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Cabalá
para o
Aluno

LAITMAN

KABBALAH PUBLISHERS
Cabalá Para o Aluno

Cabalá Para o Aluno

Copyright © 2008 - MICHAEL LAITMAN Todos os direitos reservados

Publicado por Laitman Kabbalah Publishers www.kabbalah.info info@kabbalah.info

1057 Steeles Avenue West, Suite 532, Toronto, ON, M2R 3X1, Canada Bnei Baruch USA,
2009 85th street, #51, Brooklyn, NY 11214, USA Impresso no Canadá

Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida por qualquer meio sem a autorização por
escrito do editor, exceto no caso de notas curtas em artigos de crítica ou revisões.

ISBN 978-1-897448-15-1

1. Cabala. I. Ashlag, Yehudah. II. Ashlag, Baruch Shalom, ha-Levi,

1907-1991 III. Laitman, Michael. BM525.K27 2009

296.1’6— —dc22

2008040178

Copy Editor: Claire Gerus

Editor Associado: Michael R. Kellogg Revisão: Natasha Sigmund Layout: Luba Visotzki

Diagramas: Alex Rain

Capa: Rami Yaniv

Impressão e pós produção: Uri Laitman

Tradução e Coordenação: Chaim Ratz

Primeira Edição: Agosto de 2009

Primeira impressão
Cabalá Para o Aluno

Índice

Prefácio (Bnei Baruch) 5

A Árvore da Vida - Poema (Rav Isaac Luria) 7

Tempo de Realização Espiritual 11

Tempo de Agir (Rav Yehuda Ashlag) 13

Descobrindo uma Parte, Cobrindo Duas (Rav Yehuda Ashlag) 15

A Essência da Sabedoria da Cabalá (Rav Yehuda Ashlag) 21

O Ensino da Cabala e sua essência (Rav Yehuda Ashlag) 31


A essência da religião e Seu Propósito (Rav Yehuda Ashlag) 51
Corpo e Alma (Rav Yehuda Ashlag) 59
Exílio e da Redenção (Rav Yehuda Ashlag) 65
Um Discurso pela Conclusão do Zohar (Rav Yehuda Ashlag) 69
Paz no Mundo (Rav Yehuda Ashlag) 83
A Sabedoria da Cabala e Filosofia (Rav Yehuda Ashlag) 99
Introdução ao Livro do Zohar (Rav Yehuda Ashlag) 109
A Serva Que É um Sucessora da patroa (Rav Yehuda Ashlag) 147
O Shofar do Messias (Rav Yehuda Ashlag) 153
Cabalistas Escreva sobre a Sabedoria da Cabala (Autores Diversos) 157
Uma oração antes de uma oração (trecho de Noam Elimeleque) 183
Realização espiritual 187
Divindade no Exílio (Rav Yehuda Ashlag) 189
A razão para a ansiedade no Trabalho (Rav Yehuda Ashlag) 193
Lishma é um despertar de Cima (Rav Yehuda Ashlag) 195
Apoio na Torá (Rav Yehuda Ashlag) 199
Hábito se torna segunda natureza (Rav Yehuda Ashlag) 203
A diferença entre a Sombra de Kedusha e a Sombra de Sitra Achra (Rav Yehuda Ashlag) 205
A essência do próprio trabalho (Rav Yehuda Ashlag) 207
Lishma (Rav Yehuda Ashlag) 208
O Tempo de Ascender (Rav Yehuda Ashlag) 211
Você que ama o Senhor odiar o mal (Rav Yehuda Ashlag) 213
Elevando o Escravos pelos Ministros (Rav Yehuda Ashlag) 214
PARDESS (Rav Yehuda Ashlag) 217
Sente-se e não fazer nada melhor (Rav Yehuda Ashlag) 223
Se eu não for por mim, quem será? (Rav Yehuda Ashlag) 224
Andando no Caminho da Verdade (Rav Yehuda Ashlag) 227
A Pessoa está onde Seus Pensamentos estão (Rav Yehuda Ashlag) 231
Uma alegoria sobre o Filho do Homem Rico na Adega (Rav Yehuda Ashlag) 232
O Senhor é a tua sombra (Rav Yehuda Ashlag) 235
O Trabalho é o mais importante (Rav Yehuda Ashlag) 236
Associação da Misericórdia e do Julgamento (Rav Yehuda Ashlag) 237
A Sociedade como uma condição para alcançar Espiritualidade 239
Cabalá Para o Aluno

Matan Torá (A Doação da Torá) (Rav Yehuda Ashlag) 241


O Arvut (Garantia Mútua) (Rav Yehuda Ashlag) 251
A Paz (Rav Yehuda Ashlag) 261
A Mensagem em Matan Torá (Bnei Baruch) 277
União de Amigos (Rav Yehuda Ashlag) 281
Amor de Amigos (Rav Yehuda Ashlag) 282
A Influência do Meio Ambiente em uma Pessoa (Rav Baruch Ashlag) 283
O Propósito da Sociedade (Rav Baruch Ashlag) 286
A Respeito do Amor dos Amigos (Rav Baruch Ashlag) 288
Eles ajudaram Cada Um Seus Amigos (Rav Baruch Ashlag) 290
O Propósito da Sociedade (Rav Baruch Ashlag) 291
O que "Ame Teu amigo como a ti mesmo" Nos Dá? (Rav Baruch Ashlag) 293
Amor de Amigos (Rav Baruch Ashlag) 294
De acordo com o que é explicado a respeito de "Ame Seu Amigo" (Rav Baruch Ashlag) 295
O Que Purifica o Coração ao Manter Torá e Mitzvot (Rav Baruch Ashlag) 299
Que Grau, que deve uma pessoa alcançar? (Rav Baruch Ashlag) 301
Primeiro Grau quando se nasce (Rav Baruch Ashlag) 303
Sobre a importância da sociedade (Rav Baruch Ashlag) 305
Sobre a importância dos Amigos (Rav Baruch Ashlag) 308
A Agenda da Assembléia (Rav Baruch Ashlag) 311
Estágios de Realização 313
Introdução ao Estudo das Dez Sefirot (Rav Yehuda Ashlag) 315
A Liberdade (Rav Yehuda Ashlag) 375
Ocultação e revelação do Rosto do Criador (Rav Yehuda Ashlag) Criador 403
Prefácio de O Livro do Zohar (Rav Yehuda Ashlag) 407
Introdução ao livro, Panim Meirot uMasbirot (Rav Yehuda Ashlag) 431
Matéria e Forma na Sabedoria da Cabalá (Rav Yehuda Ashlag) 471
Isto é para Judá (Rav Yehuda Ashlag) 473
Mente Atuante (Rav Yehuda Ashlag) 477
Introdução ao livro, da boca de um sábio (Rav Yehuda Ashlag) 479
Introdução ao Prefácio à Sabedoria da Cabalá (Rav Yehuda Ashlag) 489
A Evolução dos Mundos 497
Introdução ao Prefácio à Sabedoria da Cabala (Rav Michael Laitman) 499
Prefácio à Sabedoria da Cabala (Rav Yehuda Ashlag) 565
Hailan (A Árvore) (Rav Yehuda Ashlag) 645
Explicação do artigo, Prefácio à Sabedoria da Cabala (Rav Baruch Ashlag) 663
Prefácio ao Comentário Sulam (Rav Yehuda Ashlag) 681
Talmud Eser Sefirot, Parte Um, Histaklut Pnimit (Rav Yehuda Ashlag) 721
Prefácio Geral (Rav Yehuda Ashlag) 745

Apêndice A: Glossário Cabalá (Bnei Baruch) 775


Apêndice B: Siglas e Abreviaturas (Bnei Baruch) 811
Apêndice C: Diagramas dos Mundos Espirituais (Bnei Baruch) 813

Sobre o Bnei Baruch


Cabalá Para o Aluno

Prefácio

Por que estamos aqui? O que o futuro nos reserva? Como podemos evitar o sofrimento e
nos sentirmos tranqüilos e seguros? Estas são perguntas que todos nós gostaríamos de
responder. A sabedoria da Cabalá proporciona as respostas a essas perguntas e muitas
mais, permitindo-nos fazer qualquer pergunta e experimentar a satisfação íntima e
profunda advinda das respostas dos questionamentos mais profundos. É por isso que é
denominada de "a sabedoria do oculto".

A Cabalá nos ensina que todos queremos desfrutar. Os Cabalistas chamam esse desejo
de "a vontade de receber deleite e prazer", ou simplesmente, "a vontade de receber."
Esse desejo impulsiona todas as nossas ações, pensamentos e sentimentos, e a Cabalá
retrata como podemos realizar nossos desejos e satisfazer nossos anseios.

Embora a sabedoria da Cabalá, muitas vezes, tenda a parecer técnica ou obscura, é


importante lembrar que ela é uma ciência muito prática. As pessoas que a dominaram e
escreveram sobre ela eram exatamente como eu e você e estavam em busca de soluções
para as mesmas perguntas que todos nós queremos responder: "Por que nascemos?" O
que acontece depois que morremos? "Por que existe o sofrimento?" e "Posso
experimentar o prazer duradouro, e em caso afirmativo, como? " E quando elas
encontraram as respostas a essas perguntas e as colocaram em prática em suas próprias
vidas, agruparam-nas em textos, a fim de que pudéssemos conhecê-las também.

Nesta compilação, você encontrará explicações precisas sobre a forma de poder obter
esse sentimento sublime de prazer sem limites e do controle completo de sua vida.

A Cabalá ensina como usufruir da vida aqui e agora, explicando conceitos como "o
outro mundo", "almas", "reencarnação", e "a vida e a morte."

Como nós, principiantes, experimentamos tais percepções? Como podemos descobrir a


verdadeira imagem da realidade?

Cada um de nós constrói suas próprias prioridades na vida. Algumas questões são mais
importantes para nós, algumas são menos, e há algumas que preferimos adiar. Mas,
independentemente do nível de importância, podemos classificar as nossas prioridades
de acordo com uma única medida: o nosso propósito na vida.

Algumas pessoas vão lutar incansavelmente pelo amor, alguns anseiam por dinheiro,
honra, ao passo que outras desejam conhecimento. Mas a maioria das pessoas prefere
não ‘colocar todos os ovos na mesma cesta’, focando-se no cumprimento de apenas um
desejo. Elas se contentam com um pouco de tudo e reprimem qualquer desejo que surja
e exija muito de sua atenção.

Os Cabalistas que escreveram os textos que você irá ler aqui são do tipo determinado.
Eles estabeleceram uma meta muito clara diante de si: mostrar à humanidade como
Cabalá Para o Aluno

alcançar a vida eterna, cheia de prazer e sem limites, repleta de emoções. Para conseguir
isso, eles estudaram o desejo de receber e o prazer que existe em cada um de nós.

Os maiores Cabalistas que viveram em nosso tempo são também os que explicaram as
regras da sabedoria da Cabalá de forma mais simples e clara. Os dois principais
Cabalistas cujos escritos aparecem neste livro são Rav Yehuda Ashlag, conhecido como
Baal HaSulam (Proprietário da Escada) por seu comentário Sulam (escada), no Livro
do Zohar, e seu filho, Rav Baruch Ashlag, que expandiu e interpretou as explicações de
seu pai. Rav Michael Laitman, o primeiro estudante do Rav Baruch Ashlag e seu
assistente pessoal, nos ensina a interpretar corretamente os textos e como usá-los para
atingir o objetivo para o qual fomos criados.

Nós, Bnei Baruch, desejamos-lhe alegria e satisfação em seu estudo, bem como um
rápido crescimento espiritual.
Cabalá Para o Aluno

A Árvore da Vida - um poema

Eis que antes das emanações serem emanadas e as criaturas criadas,


A Simples Luz Superior tinha preenchido toda a existência.
E não havia vazio, tal como um vácuo ou um buraco,
Mas tudo era preenchido pela Luz Simples e Ilimitada.
E não havia parte como cabeça, ou fim,
Porém tudo era Uno, suave Luz, equilibrada igual e uniformemente
E ela foi chamada de “ A Luz de Ein Sof (Infinito)”.
E quando por Sua simples vontade veio o desejo de criar os mundos e emanar as
emanações,
Trazer à luz a perfeição das Suas ações, Seus nomes, Suas denominações,
Que foram a causa da criação dos mundos,
Então Ein Sof restringiu-se a Si mesmo, em Seu ponto central, precisamente no centro,
E Ele restringiu aquela Luz, moveu-se para longe, para os lados ao redor daquele
ponto central.
E lá permaneceu um espaço vazio, uma atmosfera vazia, um vácuo
Exatamente daquele ponto no meio.
E essa restrição foi uniforme, em volta do ponto vazio do centro,
A fim de que o espaço circulasse uniformemente à sua volta.
E após a restrição, quando o espaço vago permaneceu vazio,
Precisamente no meio da Luz de Ein Sof,
Um lugar foi formado, onde as Emanações, Criações, Formações e Ações possam
residir.
Então, da Luz de Ein Sof uma única linha suspensa, desceu de Cima e baixou naquele
espaço.
E através dessa linha, Ele emanou, criou, formou e fez todos os mundos.
Antes desses quatro mundos havia uma Luz de Ein Sof, cujo Nome é Um, em uma
maravilhosa e oculta união,
E mesmo nos pontos mais próximos a Ele
Não há força nem realização em Ein Sof
Bem como não há mente criada que O possa atingir,
Pois Ele não tem lugar, limite ou nome.

- O Ari, A Árvore da Vida, Parte Um, Portal Um


Cabalá Para o Aluno

O Messias senta-se no portão de Jerusalém e aguarda por pessoas dignas de redenção.


Ele está acorrentado, e ele precisa de todas as pessoas para soltar suas correntes. Ele
teve mais do que necessitava de adeptos piedosos, agora ele está fervorosamente
buscando homens de verdade.

- Dos ditos do Rabi de Kotzk,

Não Há Nada Tão Inteiro Como Um Coração Partido, p.115


Cabalá Para o Aluno

Tempo para Realização Espiritual

Hora de Agir
Por um longo tempo, a minha consciência me oprimiu com uma demanda para sair e
criar uma composição fundamental sobre a essência do judaísmo, religião e a sabedoria
da Cabala, e difundi-la entre o povo, para que as pessoas venham a conhecer e
compreender adequadamente essas questões exaltadas em seu verdadeiro significado.

Anteriormente, em Israel, antes do desenvolvimento da indústria de impressão, não


havia livros enganadores entre nós em relação à essência do Judaísmo, como quase não
havia escritores que não poderiam confirmar suas próprias palavras, pela simples razão
de que na maioria dos casos, uma pessoa irresponsável não é famosa.

Portanto, se, por acaso, alguém se atreveu a escrever tal composição, nenhum escrivão a
copiaria, porque ele não seria pago pelo seu trabalho, que, na sua maior parte, foi
bastante considerável. Assim, tal composição estava condenada a ser perdida desde o
início.

Naqueles dias, mesmo pessoas instruídas, não tinham interesse em escrever tais livros,
pois a população não precisava desse conhecimento. Muito pelo contrário, eles tinham
interesse em escondê-los em câmaras secretas porque "É a glória de Deus ocultar
algo".Fomos ordenados a ocultar a essência da Torá e do trabalho daqueles que não a
precisavam, ou eram indignos dela, e não para degradá-la ao exibi-la nas vitrines das
lojas para os olhos sedentos da ostentação, porque, assim, a glória de Deus exige.

Mas desde que a impressão de livros tornou-se popular, e os escritores não tem mais
necessidade de escrivães, o preço dos livros foi reduzido. Isso abriu caminho para
escritores irresponsáveis em publicar quaisquer livros que quiserem, por dinheiro ou
pela glória. Mas eles não levam em conta as suas próprias ações em conta e não
examinam as conseqüências do seu trabalho.

Daquele momento em diante, as publicações do gênero acima citados têm aumentado


significativamente, sem qualquer aprendizado ou recepção da boca de um Rav
qualificado, e até mesmo sem o conhecimento dos livros anteriores que trataram deste
tema. Tais escritores fabricam teorias a partir de suas próprias cascas vazias, e
relacionam as suas palavras aos temas mais exaltados para assim retratar a essência da
nação e seu fabuloso tesouro.Como tolos, eles não sabem como ser escrupulosos, nem
tem uma maneira como aprender.Eles instilam opiniões distorcidas as gerações e, em
Cabalá Para o Aluno

troca de seus desejos mesquinhos eles pecam e fazem as nações pecar por gerações
vindouras.

Recentemente, o seu cheiro forte disparou porque eles enfiaram as suas unhas na
sabedoria da Cabala, não se importando pelo fato que esta sabedoria foi trancada e
acorrentada por trás de um mil portas até hoje, que ninguém pode entender o verdadeiro
significado até mesmo de uma única palavra dela, muito menos a ligação entre uma
palavra e outra.

Isso porque em todos os livros genuínos que foram escritos até hoje, há apenas indícios
que mal bastam para um discípulo instruído entender o seu verdadeiro significado, da
boca de um sábio e qualificado Cabalista. E lá, também, "a serpente faz o seu ninho, e
coloca seus ovos, nascem os filhotes debaixo da sua sombra.” Nestes dias, tais
conspiradores se multiplicam, e fazem tais maravilhas que causam desgosto aos que os
observam.

Alguns deles chegam tão longe até presumir e assumir o lugar dos líderes da geração, e
eles pretendem saber a diferença entre os livros antigos e dizer qual deles é digno de
estudo e o que não é, pois é cheio de falsidades, e elas despertam desprezo e indignação.
Até hoje, o trabalho de fiscalização havia sido limitada a um em cada dez líderes de
uma geração, e agora o ignorante o abusa.

Portanto, a percepção dessas questões por parte do público tem sido muito danificada.
Além disso, há uma atmosfera de frivolidade e as pessoas acham que um olhar para seu
lazer é suficiente para o estudo de assuntos tão exaltados. Eles deslizam sobre o oceano
de sabedoria e a essência do Judaísmo num olhar, como aquele anjo, e tiram conclusões
baseadas em seu próprio humor.

Estas são as razões que me levaram a sair do meu caminho e decidir que é hora de
"fazer para o Senhor" e salvar o que ainda pode ser salvo.

Assim, me encarreguei de revelar um pouco da essência verdadeira, que diz respeito à


questão acima, e difundi-la entre a nação.
Cabalá Para o Aluno

Revelando uma Parte, Cobrindo Duas

Há uma expressão utilizada entre os grandes sábios quando revelam uma questão
profunda - eles começam suas palavras com, "Eu estou revelando uma parte e cobrindo
duas partes." Nossos sábios tomaram muito cuidado para não proferir palavras
desnecessariamente, como nossos sábios instruíram, "A palavra é uma rocha; o silêncio,
duas."

Isso significa que se você tiver uma palavra cujo valor seja inestimável, mas que
equivalha a uma rocha saiba que não dizê-la equivale a duas rochas. Isso se refere
àquelas palavras desnecessárias proferidas sem conteúdo ou uso pertinente, exceto para
‘enfeitar’ a língua aos olhos dos espectadores. Isso era rigorosamente proibido aos olhos
de nossos sábios, como é sabido por aqueles que estudam suas palavras. Desse modo,
devemos estar atentos para compreender essa expressão comum a eles.

Os Três tipos de Ocultação da Sabedoria

Há três partes referentes aos segredos da Torá. Cada parte tem sua própria razão de estar
oculta e são chamadas pelos seguintes nomes :

1. Desnecessárias;

2. Impossíveis;

3. A recomendação do Senhor encontra-se com os que O temem.

Não há uma única fração dessa sabedoria onde um exame minucioso dessas três partes
não se aplique, e irei esclarecê-las uma de cada vez.

1. Desnecessárias

Isso significa que nenhum benefício irá advir da sua revelação. Evidentemente, essa não
é uma perda tão grande, porque há apenas a questão da clareza da mente aqui, alertando
sobre as ações definidas como "e então o quê", significando assim que se eu fizesse algo
determinado, não haveria mal nenhum nisso.

Mas você deve saber, que aos olhos dos sábios, o "e então o quê" é considerado o pior
corruptor. Isso porque todos os destruidores do mundo, aqueles que foram e os que
serão, são os tipo de pessoas "e então o quê ". Isso significa que eles ocupam a si
mesmos e aos outros de coisas desnecessárias. Assim, os sábios não aceitariam qualquer
estudante antes que eles estivessem certos de que ele seria cauteloso em suas ações, de
modo a não revelar o que não fosse necessário.
Cabalá Para o Aluno

2. Impossíveis

Isso significa que a língua não os instiga a dizer nada a respeito de suas qualidades,
devido à sua extrema sublimidade e espiritualidade. Assim, qualquer tentativa de resisti-
la com palavras, só poderia enganar e desviar os pesquisadores, conduzindo-os a um
caminho errôneo, considerado a pior das iniquidades. Por isso, a fim de se revelar
qualquer coisa em relação a essas questões, faz-se necessária a permissão do Alto . Esta
é a segunda parte do ocultação da sabedoria. Contudo, esta permissão também requer
uma justificativa.

Permissão do Alto

Isto é explicado no livro, do Rashbi O Portal para as Palavras Ari, no Zohar, Parashat
Mishpatim, p. 100, que diz o seguinte: "Saibam que algumas das almas dos justos são
do tipo Luz-Circundante, ao passo que outras são da espécie Luz-Interna. Aquelas que
são do tipo Luz-Circundante, têm o poder de falar dos segredos da Torá por meio do
ocultação e da sugestão, a fim de que suas palavras sejam entendidas apenas por aqueles
dignos de compreendê-las.

A alma de Rabi Shimon Bar-Yochai era do tipo Luz-Circundante. Daí seu poder de
revestir as palavras e ensiná-las, de modo que, mesmo que ele as ensinasse a muitos,
somente os dignos de compreensão as entenderiam. É por isso que ele recebeu a
‘autorização’ para escrever o livro do Zohar.

"A permissão não foi ‘concedida’ para escrever um livro sobre esta sabedoria, para seus
professores ou aos primeiros que os precederam, embora eles fossem, certamente, mais
qualificados nessa sabedoria do que ele. Mas a razão é que eles não tinham a habilidade
de ocultar as questões como ele o fez. Este é o significado do que está escrito, ' O filho
de Yochai soube guardar os seus caminhos. ’ Agora você consegue entender a grande
ocultação do Livro do Zohar, escrito por Rashbi, que não é qualquer mente que pode
apreender as suas palavras."

Suas palavras em essência, são: Explicar as questões na sabedoria da verdade não


depende de modo algum da grandeza ou da pequenez do sábio cabalista. Pelo contrário,
refere-se à iluminação da alma dedicada a isso; a iluminação dessa alma é considerada "
permissão dada" do Alto para divulgar a Sabedoria Superior. Por isso, sabemos que
alguém que não tenha sido autorizado com essa permissão, não deva fazer
esclarecimentos sobre essa sabedoria, já que não está apto a ocultar as questões sutis por
meio de palavras adequadas e não venha a fracassar com os alunos.

Por essa razão, não encontramos um único livro na sabedoria da verdade que preceda O
Livro do Zohar do Rashbi, uma vez que todos os livros da sabedoria antes dele não são
classificados como interpretações da sabedoria. Em vez disso, eles são simples
sugestões, sem qualquer ordem de causa e consequência, como é sabido por aqueles que
encontram o conhecimento, mesmo agora, compreendendo suas palavras.
Cabalá Para o Aluno

Devo acrescentar, que embora tivesse adquirido dos livros e dos autores, desde o tempo
de Rashbi e de seus alunos, dos autores do Zohar, até o tempo do Ari, não houve sequer
um único escritor que compreendesse as palavras do Zohar e os Tikkunim (correções)
como o Ari. Todos os trabalhos efetuados antes de seu tempo, são meras noções dessa
sabedoria, incluindo os livros do sábio, Ramak.

E as mesmas palavras que foram ditas sobre o Rashbi deveriam ser ditas sobre o próprio
Ari - que seus antecessores não haviam recebido permissão do Alto para divulgar as
interpretações da sabedoria, e que a ele foi dada essa permissão. Além disso, não há
qualquer distinção entre grandeza ou pequenez , pois é possível que a virtude de seus
predecessores tenha sido maior do que a do Ari, porém, eles não receberam permissão
para isso. Por essa razão, eles abstiveram-se de escrever comentários que dizem respeito
à verdadeira sabedoria , mas se contentaram com sugestões breves que não eram de
nenhuma forma ligadas umas às outras.

Por essa razão, desde que os livros do Ari apareceram no mundo, todos os que estudam
a sabedoria da Cabalá, abandonaram todos os livros do Ramak, bem como os primeiros
e os grandes que precederam o Ari, como é conhecido entre aqueles que se dedicam à
essa sabedoria. Eles vincularam sua vida espiritual apenas aos seus escritos, de modo
que os livros essenciais, considerados interpretações adequadas dessa sabedoria, sejam
somente os livros do Zohar, os Tikkunim e a seguir , os livros do próprio Ari.

3. O Conselho do Senhor É para os que O Temem

Isso significa que os segredos da Torá são revelados apenas para aqueles que temem o
Seu Nome, que guardam a Sua Glória com seus corações e almas, e que nunca cometem
qualquer blasfêmia. Esta é a terceira parte da ocultação da sabedoria.

Esta parte da ocultação é a mais rígida, já que este tipo de revelação tem sido muito
falha. Dentre esses originam-se todos os mágicos, encantadores e Cabalistas "práticos",
que buscam almas com sua esperteza; os místicos, que usam sua sabedoria débil,
advinda das mãos de estudantes indignos que procuram atrair benefícios físicos para si
ou para outros. O mundo tem sofrido muito com isso e ainda está sofrendo.

Você deve saber que a raiz dessa ocultação refere-se apenas a esta parte. A partir daqui,
os sábios dedicaram um rigor extremo ao testar os alunos, como foi dito (Hagiga 13),
"os títulos são dados apenas a um Chefe Supremo, cujo coração esteja inquieto", e
"Maase Beresheet não é para ser explorada em pares, nem é Merkava para ser explorada
sozinha.” Existem muitos outros assim, e todo esse receio é ocasionado pela razão
acima.

Por isso, poucos são aqueles premiados com essa sabedoria, e mesmo aqueles que
passaram em todos os testes e exames, devem jurar, solenemente, não revelar nada
dessas três partes.
Cabalá Para o Aluno

Não entenda mal as minhas palavras, e o fato de eu ter divido a ocultação da sabedoria
em três partes. Não quero dizer que a sabedoria da verdade em si, seja dividida em três
partes. Pelo contrário, quero dizer que essas três partes resultam de cada detalhe dessa
sabedoria, pois são as três únicas formas de pesquisa que são sempre aplicadas a esta
sabedoria.

No entanto, aqui, devemos perguntar: "Se é verdade que a inflexibilidade da ocultação


da sabedoria é tão rigorosa, de onde vieram todos os milhares de obras dessa
sabedoria?" A resposta é que há uma diferença entre as primeiras duas partes e a última.
O ônus principal reside apenas na terceira parte acima, pelo motivo exposto
anteriormente.

Mas as duas primeiras partes não encontram-se sob proibição constante. Isso ocorre
porque, por vezes, uma questão "desnecessária" é contrariada, deixando de ser
desnecessária por alguma razão, e se tornando necessária. Além disso, a parte,
"impossível", por vezes, se torna possível. Isso ocorre por duas razões: ou pela evolução
da geração ou por ser dada permissão do Alto, como aconteceu ao Rashbi e ao Ari, e em
graus menores aos seus antecessores. Assim, todos os livros genuínos escritos dentro da
sabedoria, emergem desses discernimentos.

Isto é o que eles querem dizer através da expressão, "Eu estou revelando uma parte e
cobrindo duas." Isso quer dizer que eles revelaram algo novo que não havia sido
revelado por seus antecessores. E é por isso que eles indicam estarem revelando
somente uma parte, significando que ele está revelando a primeira das três partes da
ocultação, deixando duas partes ocultas.

Isso indica que alguma coisa aconteceu que é a razão para a revelação: ou o
"desnecessário" recebeu a forma de "necessário", ou a "permissão do Alto" foi
concedida, conforme coloquei acima. Este é o sentido da expressão: "Estou revelando
uma parte".

Os leitores destes escritos, que pretendo imprimir ao longo do ano, devem saber que são
todas inovações, que não são apresentados puramente como tal, em seu conteúdo
preciso, em qualquer livro anterior ao meu. Eu os recebi verbalmente do meu professor,
que fora autorizado, significando que ele também recebera verbalmente de seus
professores.

E embora eu os tenha recebido sob todas as condições de ocultação e consciência, pela


necessidade apresentada em meu ensaio, "Hora de Agir", a parte "desnecessária" foi
revertida para mim e tornou-se "necessária." Daí eu ter revelado esta parte com total
permissão, como já expliquei acima. Contudo, manterei as outras duas partes como me
foi ordenado.
Cabalá Para o Aluno

A ESSÊNCIA DA SABEDORIA DA CABALA

Antes de explicar o significado da sabedoria da Cabalá, como muitos já o fizeram antes,


acho necessário começar esclarecendo a essência desta sabedoria, que creio conhecida
por poucos. Obviamente, é impossível falar sobre o significado de uma coisa antes de
conhecê-la.

Embora essa sabedoria seja mais ampla e profunda que o mar, farei um grande esforço,
com toda a força e conhecimento que possuo, para esclarecê-la e iluminá-la em todos os
sentidos, o suficiente para qualquer pessoa tirar as conclusões corretas, como elas
realmente são, sem dar margem para erro, como muitas vezes acontece em tais assuntos.

Em torno do que gira a Sabedoria da Cabalá?

Esta questão é levantada por toda pessoa sensata. Para abordá-la corretamente, vou dar
uma definição confiável e duradoura: esta sabedoria nada mais é que uma seqüência de
raízes, resultante de um sistema de causa e efeito segundo regras fixas e determinadas,
entrelaçadas em um objetivo único e elevado, descrito como – "a revelação de Sua
Divindade a Suas criaturas neste mundo."

E isto serve para o geral e para o particular:

Geral: significa que toda a humanidade é obrigada a alcançar, mais cedo ou mais tarde,
esse enorme desenvolvimento, como se diz: “Porque a terra ficará cheia do
conhecimento do Senhor, como as águas enchem o mar” (Isaias 11, 9). “Eles não terão
mais que instruir seu próximo ou seu irmão, dizendo: “Conhecei o Senhor!” Porque
todos me conhecerão, dos menores aos maiores” (Jeremias 31, 34). “Aquele que te
instrui não tornará a esconder-se; sim, os teus olhos verão aquele que te instrui.” (Isaias
30,20).

Particular: significa que esta regra é cumprida por indivíduos específicos, antes mesmo
que toda a humanidade atinja a perfeição. Em cada geração, eles são favorecidos com
certa quantia da revelação de Sua Divindade. Esses são os profetas e os homens de
Deus.

E como os nossos sábios disseram: “Não há geração, que não tenha homens como
Abraão e Jacob” (Bereshit Raba - Cap.74). Como vemos, a revelação da Divindade é
realizada em cada geração, tal como nossos sábios, que consideramos dignos de
confiança, proclamam.

A Multiplicidade dos Partzufim, Sefirot e Mundos


Cabalá Para o Aluno

Conforme o que foi descrito acima, surge uma questão – visto que esta sabedoria tem
somente um único fim, por que existe uma multiplicidade de Partzufim, Sefirot e
interações variáveis, tão abundantes nos livros de Cabalá?

Realmente, se tomarmos o corpo de um animal pequeno, cujo único fim é sustentar a si


próprio, de modo que possa viver neste mundo, reproduzir-se e cuidar de sua espécie,
encontraremos uma complexidade muito maior que um milhão de fibras e tendões,
conforme descobriram os fisiologistas e anatomistas; e ainda há muito mais para se
descobrir. Por conseqüência, podemos imaginar a grande variedade de estruturas que
precisam estar conectadas, a fim de revelar este sublime fim.

Duas Vias: De Cima para Baixo e de Baixo para Cima

A sabedoria da Cabalá é geralmente dividida em duas vias idênticas e paralelas, como


duas gotas de água. A única diferença entre elas é que a primeira desce de cima até este
mundo, e a segunda começa e se move de baixo para cima, exatamente através do
mesmo caminho e combinações imprimidos em sua raiz, quando eles começaram a sua
descida de cima para baixo.

A primeira via é denominada “a ordem de descida dos mundos, dos Partzufim e das
Sefirot”, com todos os seus eventos, quer sejam duradouros ou transitórios. A última via
é denominada “Percepções ou graus de profecia e o Espírito Santo”, e a pessoa que a
alcança é obrigada a seguir os mesmos caminhos e a ascender a cada grau e detalhe,
etapa por etapa, exatamente de acordo com as mesmas regras que foram impressas nelas
durante a sua emanação de cima para baixo.

A revelação da Divindade não surge imediatamente, mas sim gradualmente e após certo
tempo, dependendo da pureza daquele que a busca, até que todos os níveis sejam
revelados de cima para baixo, um após o outro e um acima do outro, segundo uma
ordem, como degraus de uma escada.

Nomes Abstratos

Muitas pessoas acreditam que todos os nomes e palavras na sabedoria da Cabalá são de
certa forma abstratos, pois ela trata da Divindade e da espiritualidade, que estão acima
do tempo e do espaço, onde nem mesmo a nossa imaginação alcança. É por isso elas
que decidiram que esses temas falam de nomes abstratos, pois eles estão completamente
– e desde o princípio - desprovidos de elementos imaginários.

Mas isso não é verdade, mas sim o contrário: a Cabalá usa apenas nomes que são
concretos e reais. Existe uma lei inexorável para os Cabalistas que diz: “Tudo aquilo
que não alcançamos, não definimos com palavras ou nomes”.

É importante sabermos que a palavra “alcançar” (Hassaga, em hebraico) significa o


último grau da compreensão. Ela deriva da frase – “que a tua mão alcance” (Ki Tasig
Cabalá Para o Aluno

Yadcha, em hebraico). Isso significa que até que algo na esteja completamente evidente,
como se estivesse nas mãos de alguém, não é considerado pelos Cabalistas como algo
“alcançado”, mas sim entendido, compreendido e assim por diante.

A Realidade da Sabedoria da Cabalá

Coisas reais podem ser encontradas até mesmo na realidade física, dispostas diante de
nossos olhos, embora não tenhamos a percepção ou a imagem de sua essência. Um
exemplo disso é a eletricidade e o magnetismo, chamados “fluidos”.

No entanto, quem poderia dizer que estes nomes não são reais, quando conhecemos bem
e de forma satisfatória as suas ações? Não poderíamos ser mais indiferentes ao fato de
não concebermos a essência do próprio objeto, como no caso da eletricidade.
Este nome é tão real e próximo a nós, como se fosse percebido totalmente por nossos
sentidos. Até mesmo as crianças estão familiarizadas com a palavra “eletricidade”,
como estão familiarizadas com as palavras pão, açúcar, etc.

Mas se quisermos aprofundar um pouco o assunto, eu lhes diria que assim como não
percebemos o Criador, é impossível alcançarmos a essência de qualquer uma de Suas
criaturas, até mesmo dos objetos reais que percebemos com nossas mãos.

Nós só conhecemos os nossos amigos e parentes neste mundo físico através do


"conhecimento de suas ações". Estas ações nascem e resultam da interação de nossos
sentidos com os sentidos deles. Elas nos satisfazem totalmente, apesar de não
percebermos sua essência.

Além disso, não percebemos nossa própria essência. Tudo que sabemos sobre ela nada
mais é que uma seqüência de ações que emanam de nossa essência.

Agora podemos facilmente entender que todos os nomes e denominações que aparecem
nos livros Cabalísticos são realmente verdadeiros e efetivos, embora não saibamos nada
sobre o assunto. Isso porque aqueles que se utilizam deles estão totalmente satisfeitos
com a percepção que têm da totalidade suprema, ou seja, uma simples percepção das
ações, resultado da interação da Luz superior com aqueles que as percebe.

E isso é mais que suficiente, como diz a lei: "Tudo aquilo que é medido e sai de Sua
Providência a fim de se realizar na natureza da criação, é suficiente". Da mesma forma
que uma pessoa não exige um sexto dedo em sua mão, pois os cinco já são suficientes.

Os Termos Corpóreos e os Nomes Físicos nos Livros Cabalísticos

Qualquer pessoa razoável compreenderá que quando se trata de questões espirituais, e


ainda mais quando se trata da Divindade, não há palavras ou letras para expressá-las.
Isto porque as nossas palavras são formadas por combinações de letras da nossa
imaginação e dos nossos sentidos. Então, como elas podem ser úteis aonde não existe
Cabalá Para o Aluno

nem imaginação ou sentidos?

Até mesmo as palavras mais simples utilizadas neste contexto, como "Luz Superior", ou
“Luz Simples", estão associadas à luz solar, à luz da vela, ou à satisfação que sentimos
quando resolvemos uma dúvida importante ou uma nova invenção. Como podemos
empregá-las no contexto espiritual e divino? Elas serão falsas e vazias.

É isso que acontece quando precisamos encontrar um sentido nas palavras, que auxilie
as habituais pesquisas realizadas durante a busca da sabedoria da Cabalá. Precisamos
ser muito rigorosos e precisos, utilizando descrições exatas para os olhos do leitor.

Se o sábio se equivocasse numa só palavra, ele certamente confundiria e enganaria os


leitores, que não entenderiam nada do que ele disse antes ou depois dessa palavra, e
tudo que estiver ligado a ela. Isto é conhecido por todos que estudam livros de
sabedoria.

Assim, é preciso saber como os Cabalistas utilizam palavras falsas para explicar as
conexões desta sabedoria? Além disso, sabemos que um nome falso não tem definição,
e que a mentira tem perna curta.
Na realidade, é preciso ter o conhecimento prévio da Lei das Raízes e dos Ramos, pela
qual os mundos se relacionam entre si.

A Lei da Raiz e do Ramo na qual os Mundos estão relacionados

Os Cabalistas descobriram que a forma dos quatro mundos - denominados Atzilut,


Briah, Yetzirah e Assiya, começando pelo primeiro e mais elevado, chamado Atzilut, e
terminando neste mundo físico e concreto, chamado Assiya - é exatamente a mesma em
todos os seus aspectos e detalhes. Isso significa que tudo o que ocorre no primeiro
mundo é encontrado inalterado no mundo abaixo dele. E o mesmo ocorre nos mundos
seguintes, até este mundo físico.

Não há diferença entre eles, apenas um nível diferente, percebido na substância da


realidade de cada mundo. A substância de cada elemento do primeiro mundo, o mais
elevado, é mais pura que a substância do inferior. A substância do segundo mundo é
mais grosseira que a do primeiro, mas mais pura que a do mundo que está abaixo dele.
E assim por diante, até chegarmos ao nosso mundo, cuja substância é mais grosseira e
mais densa que todos os mundos precedentes. No entanto, as formas e os elementos que
caracterizam cada mundo permanecem inalterados e iguais em todos os mundos, tanto
em quantidade como em qualidade.

Isto é comparado a um selo e sua impressão. Todas as formas do selo são transferidas
perfeitamente, em todos os detalhes e complexidade, ao objeto selado. O mesmo ocorre
nos mundos, onde cada mundo inferior é uma impressão do mundo acima dele. Então,
Cabalá Para o Aluno

todas as formas encontradas no mundo superior são copiadas meticulosamente, em


quantidade e qualidade, no que está abaixo.

Assim, não há uma só coisa ou um acontecimento num mundo que não seja encontrado
no mundo acima dele. Esta relação que os identifica como duas gotas de água é
chamada “a Raiz e seu Ramo”. Isso significa que tudo que existe num mundo é
considerado um ramo do mundo superior, que é a sua raiz, da mesma forma que o
mundo inferior é o local onde a impressão e a existência da raiz torna-se possível.

Essa foi a intenção de nossos sábios quando disseram, "Não há um pedaço de grama
aqui embaixo que não tenha fortuna (destino) e um guardião acima que a golpeie e lhe
ordene crescer". Conseqüentemente, a raiz, chamada “fortuna”, lhe obriga a crescer e a
receber seus atributos em quantidade e qualidade, como o selo e a impressão. Esta é a
lei da Raiz e do Ramo, que se aplica à realidade de qualquer mundo, em relação ao
Mundo que lhe é superior.

A Linguagem dos Cabalistas é a Linguagem dos Ramos

Isto significa que os ramos revelam suas raízes, ou seja, as matrizes que existem
obrigatoriamente no mundo superior. Isto porque não existe uma realidade no mundo
inferior que não venha do mundo superior. Como um selo e sua impressão, a raiz no
mundo superior obriga seu ramo, no mundo inferior, a revelar-se em toda a sua forma e
conteúdo, como disseram os nossos sábios: “o destino do mundo superior obriga e força
a grama, no mundo inferior, a terminar o seu crescimento”. É por isso que cada ramo
neste mundo é uma imagem perfeita de sua matriz situada no mundo superior.

Assim, os Cabalistas encontraram um vocabulário pronto e específico, suficiente para


criar uma excelente linguagem falada. Ele permite que eles conversem entre si sobre o
que acontece nas raízes espirituais dos mundos superiores, simplesmente mencionando
o ramo material deste mundo, o qual é bem definido por nossos sentidos físicos.

Os ouvintes entendem que esse ramo material se refere à raiz superior, sendo sua
impressão. Assim, todos os seres da criação física e tudo que se refere a eles tornam-se
nomes e palavras bem definidas, designando suas raízes espirituais superiores. Embora
não possa haver uma expressão verbal daquilo que é espiritual, pois está além de
qualquer imaginação, elas ganham o direito de ser expressas através dos seus ramos, e
percebidas por nossos sentidos no mundo material.

Essa é a natureza da linguagem falada entre os Cabalistas, através da qual eles


transmitem os níveis espirituais alcançados, de pessoa para pessoa e de geração em
geração, tanto pela palavra oral quanto pela escrita. Eles se entendem perfeitamente,
com a exatidão necessária para se discutir o estudo da sabedoria com definições precisas
e sem equívocos. Isso porque cada ramo tem as sua própria e única definição, absoluta e
natural. Esta definição absoluta aponta naturalmente para a sua raiz no mundo superior.
Cabalá Para o Aluno

Lembre-se que esta Linguagem Cabalística dos Ramos é mais apropriada para explicar
os termos da sabedoria do que todas as outras línguas habituais. A teoria do
nominalismo nos ensina que as línguas foram deformadas pelo uso popular. Dito de
outra forma, devido ao uso excessivo, as palavras foram esvaziadas de seu conteúdo
exato, resultando em grandes dificuldades em se transmitir conclusões precisas, seja
pela palavra oral ou pela escrita.

Isso não ocorre com a “Linguagem Cabalística dos Ramos”, cujos termos foram
retirados dos nomes da Criação e de seus acontecimentos, dispostos diante de nossos
olhos, e definidos pelas leis imutáveis da natureza. Os leitores e os ouvintes nunca serão
enganados por uma compreensão errada das palavras empregadas, porque as definições
naturais são totalmente inabaláveis e infalíveis.

“A Transmissão da Cabalá por um Sábio a um Estudante que a Compreende”

Assim escreveu o RAMBAN na introdução do seu comentário sobre a Tora: "E é com
grande afinidade com todos aqueles que estudam este livro que afirmo que todas as
pistas que escrevi nos segredos da Tora não poderão ser alcançadas por nenhuma mente
ou inteligência, exceto da boca de um sábio Cabalista ao ouvido daquele que as recebe e
as compreende". Assim como escreveu o rabino Chaim Vital em sua introdução à “A
Árvore da Vida”, e também nas palavras de nossos sábios (Haguigá, 11): "A pessoa não
deve estudar a Cabalá sozinha, a menos que seja sábia e a compreenda por si mesma”.

Suas palavras são perfeitamente entendidas quando dizem que a pessoa deve receber o
ensinamento de um sábio Cabalista. Mas por que é necessário que o discípulo seja
primeiro sábio e compreenda por si mesmo? Além disso, se ele não for assim, então ele
não deve ser ensinado, mesmo sendo a pessoa mais justa no mundo. E ainda, se ele já é
sábio e compreende por si mesmo, por que tem que aprender pelos outros?
Com o que foi dito anteriormente, explicaremos: temos visto que todas as palavras e
expressões que os nossos lábios pronunciam não podem nos ajudar a transmitir uma só
palavra da espiritualidade ou da divindade, as quais estão além do tempo e espaço
imaginários. Por isso, existe uma linguagem especial para estas questões, a Linguagem
dos Ramos, que mostra a sua relação com as raízes superiores.

No entanto, ainda que esta linguagem seja extremamente adequada à tarefa de se


aprofundar nos estudos desta sabedoria, isso só é possível se o ouvinte for sábio por si
mesmo, ou seja, se ele souber e compreender o modo como os ramos se relacionam com
suas raízes. Isso porque estas relações não são de modo algum claras quando vistas de
baixo para cima; ou seja, olhando apenas os ramos inferiores, é impossível deduzir
quais são as suas raízes superiores.

Muito pelo contrário, os ramos são estudados a partir das raízes. Assim, precisamos
atingir primeiro as raízes superiores, a forma como elas realmente são na
espiritualidade, além de qualquer imaginação, através de uma percepção pura. Após ter
Cabalá Para o Aluno

alcançado perfeitamente as Raízes Superiores com sua própria mente, o estudante


poderá analisar os ramos concretos neste mundo e saber de que modo cada ramo se
relaciona com sua raiz no Mundo Superior, segundo sua ordem, qualidade e quantidade.
Quando o estudante sabe e compreende perfeitamente tudo isso, ele encontra uma
linguagem comum com seu Mestre, denominada A Linguagem dos Ramos. Ao
empregá-la, o cabalista poderá transmitir ao estudante todos os estudos relacionados
com os Mundos Espirituais Superiores, tanto aqueles que recebeu dos seus mestres,
como os que descobriu por si mesmo. Isso porque agora eles têm uma linguagem
comum e se entendem entre si.

Entretanto, se o estudante não é sábio e não compreende por si mesmo, ele não
entenderá a linguagem nem a relação entre as Raízes e os Ramos, e o mestre não poderá
explicar-lhe uma só palavra desta sabedoria espiritual. Eles não poderão discutir temas
de Cabalá porque não possuem uma linguagem em comum para usarem, tornando-se
por assim dizer mudos. Assim, não se ensina a da Cabalá a menos que o estudante seja
sábio e compreenda por si mesmo.

E aqui surge uma nova pergunta: como é que o estudante tornou-se sábio a ponto de
conhecer a relação entre ramo e raiz através do estudo das raízes superiores? A resposta
é que os esforços do estudante são em vão, pois é a ajuda de Deus que precisamos!
Aquele que encontra graça aos olhos de Deus, é preenchido com sabedoria,
entendimento e conhecimento, a fim de alcançar conquistas sublimes. No estágio atual,
é impossível receber ajuda de uma pessoa de carne e osso!

Na verdade, tendo encontrado a graça aos olhos de Deus e adquirido a percepção divina,
o estudante está pronto para receber toda a imensidão da sabedoria de um sábio
Cabalista, pois agora eles têm uma linguagem em comum.

Nomes Estranhos ao Espírito Humano

Por tudo aquilo que foi dito anteriormente se compreenderá por que encontramos nos
livros de Cabalá nomes e termos totalmente estranhos ao espírito humano. Eles são
abundantes nos livros básicos de Cabalá: o Zohar, as retificações do Zohar e os livros
do ARI. Isso é realmente surpreendente. Por que estes sábios usaram palavras tão
inferiores para expressar temas tão superiores e sagrados?

Nós compreenderemos perfeitamente tudo isso à medida que adquirirmos as concepções


acima. Isto porque agora está claro que nenhuma língua no mundo pode ser usada para
explicar esta sabedoria, exceto aquela que é destinada a esse fim, denominada A
Linguagem dos Ramos, em relação com suas raízes superiores.

Assim, obviamente, nenhum ramo, ou fração de um ramo, deve ser negligenciado


devido ao seu grau inferior, ou não ser utilizado para exprimir o conceito desejado nas
interligações da sabedoria, pois não existe outro ramo neste mundo para substituí-lo.
Cabalá Para o Aluno

Como não existem dois fios de cabelos saindo do mesmo folículo, não existem dois
ramos relacionados à mesma raiz. Por isso, se deixamos de fora um ramo e não o
utilizamos, perdemos o conceito espiritual correspondente a ele no Mundo Superior,
porque não temos uma única palavra que, pronunciada em seu lugar, indique aquela
raiz. Além disso, poderíamos prejudicar toda a sabedoria, em toda a sua imensidão, uma
vez que faltaria um elo na cadeia da sabedoria ligado a esse conceito.

Com isso, toda a sabedoria fica mutilada, pois não existe outra sabedoria no mundo
onde os temas se fundem e se mesclam entre si, por meio de causa e efeito, do princípio
ao fim, como a sabedoria da Cabalá, conectados dos pés à cabeça como uma longa
cadeia. Portanto, após a perda temporária de um conhecimento, por menor que seja,
toda sabedoria se obscurece diante de nossos olhos, pois seus temas estão unidos
fortemente entre si e formam um todo.

Não devemos estranhar que os sábios utilizem ocasionalmente termos estranhos, porque
eles não têm liberdade de escolha para substituir o mau pelo bom, ou o bom pelo mau.
Eles devem sempre utilizar o mesmo ramo, que define exatamente a sua Raiz Superior
em toda a sua extensão. Além disso, os temas devem ser suficientemente desenvolvidos
para fornecer uma definição precisa aos olhos de seus colegas de estudo.
Cabalá Para o Aluno

O Ensinamento da Cabalá e Sua Essência

O que é a sabedoria da Cabala? Como um todo, a sabedoria da Cabala diz respeito à


revelação da Divindade, organizada no seu caminho em todos os seus aspectos - os que
emergiram nos mundos e os que estão destinados a ser revelados, e de todas as maneiras
que podem alguma vez aparecer nos mundos, até ao fim dos tempos.

O PROPÓSITO DA CRIAÇÃO

Uma vez que não há ação sem certo propósito, é certo que o Criador tinha um propósito
na Criação colocada perante nós. E a coisa mais importante em toda esta diversa
realidade é a sensação dada aos animais - que cada um deles sente a sua própria
existência. E a sensação mais importante é a sensação noética, dada só ao homem, pela
qual um também sente o que está no seu outro - as dores e confortos. Então, é certo que
se o Criador tem um propósito nesta Criação, seu sujeito é o homem. Diz-se sobre ele,
“Todas as obras do Senhor são por ele.”

Mas devemos ainda compreender qual foi o propósito pelo qual o Criador criou esta
quota? Certamente, é para o elevar a um Superior e mais importante grau, para sentir o
seu Deus como a sensação humana, que já lhe é dada a ele. E como um sabe e sente os
desejos de seu amigo, assim também ele aprenderá as palavras do Criador, como está
escrito sobre Moisés, “E o Senhor falou para Moisés face a face, como um homem fala
ao seu amigo.”

Qualquer pessoa pode ser como Moisés. Indubitavelmente, qualquer um que examine a
evolução da Criação perante nós irá ver e compreender o grande prazer do Operador,
cuja operação evolui até que ela adquira uma sensação maravilhosa de ser capaz de
conversar e lidar com o seu Deus como um fala ao seu amigo.

DE CIMA PARA BAIXO

É sabido que o fim de uma ação está no pensamento preliminar. Antes que um comece a
pensar sobre como construir uma casa, um contempla o apartamento na casa, que é o
propósito. Depois a pessoa examina o diagrama para o fazer adequado para esta tarefa.

Assim é como nossa matéria. Uma vez que aprendemos sobre o propósito, é também
claro para nós que todas as condutas da Criação, em toda a sua esquina, entrada, e saída,
são completamente preordenadas pelo propósito de nutrir a espécie humana do seu
centro, para melhorar suas qualidades até que ela possa sentir a Divindade tal como um
sente o seu amigo.

Estas ascensões são como degraus de uma escada, organizadas grau após grau até que
seja completada e alcance seu propósito. E você deve saber que a qualidade e
Cabalá Para o Aluno

quantidade destes degraus são dispostos em duas realidades: 1) a existência das


substâncias materiais, e 2) a existência de conceitos espirituais.

Na linguagem da Cabala, eles são chamados “de Cima para baixo” e “de baixo para
Cima.” Isto significa que as substâncias corpóreas são uma sequência da divulgação da
Sua Luz de Cima para baixo - da primeira fonte, quando uma medida de Luz foi cortada
da Sua Essência, e foi restringida Tzimtzum após Tzimtzum (restrição após restrição) até
que o mundo corpóreo fosse formado disso, com criaturas corpóreas na sua parte
inferior.

DE BAIXO PARA CIMA

Posteriormente começa uma ordem de baixo para Cima. Estes são como os degraus da
escada pela qual a raça humana se desenvolve e sobe para cima até ao propósito da
criação. Estas duas realidades são explicadas em seu todo detalhe na sabedoria da
Cabala.

NECESSIDADE E ESTUDAR A CABALA

Um opositor pode dizer, “Desta forma, esta sabedoria é para os que já foram
recompensados com uma medida de revelação Divina, mas que necessidade pode a
maioria das pessoas ter para conhecer esta sublime sabedoria?”

Certamente, há uma opinião comum que o objetivo principal da religião e da Torá é


apenas a purificação das ações, e tudo o que é desejado diz respeito à observação dos
Mitzvot (mandamentos) físicos, sem quaisquer acréscimos ou nada que possa resultar
daí. Tivesse sido assim, os que dizem que estudar as ações reveladas e práticas é
suficiente estariam certos.

Todavia, este não é o caso. Nossos sábios já disseram, “Porque se deveria preocupar o
Criador se um abate na garganta ou atrás do pescoço? Afinal, todos os Mitzvot foram
dados apenas para purificar pessoas.” Então, há um propósito além da observação das
ações, e as ações são meramente preparações para este propósito. Então, claramente, se
as ações não estão organizadas para o desejado objetivo, é como se nada existisse. E
também está escrito em O Zohar: “Um Mitzva (mandamento) sem uma direção é como
um corpo sem uma alma.” Então, a direção, também deve acompanhar a ação.

Também, é claro que a direção deve ser uma verdadeira direção digna da ação, como
nossos sábios disseram sobre o verso, “‘E eu afastar-te-ei das pessoas, para que sejas
Meu,’ para que tua separação seja por Meu Nome. Não venha um a dizer, ‘Porco é
impossível.’ Em vez, deixa um dizer ‘é possível, mas que posso eu fazer, meu Pai no
Céu me sentenciou.’”
Cabalá Para o Aluno

Então, alguém evita porco devido à abominação ou devido a certos danos corporais, este
objetivo não ajuda em nada para que ele seja considerado uma Mitzva, a menos que a
pessoa tenha uma única e adequada intenção de que a Torá proibiu. Assim é com cada
Mitzva, e somente então o corpo é gradualmente purificado ao observar as Mitzvot,
que é o desejado propósito.

Então, o estudo da conduta física não é suficiente; nós precisamos estudar essas coisas
que produzem a desejável intenção, de observar tudo com fé na Torá e no Doador da
Torá, que há um Julgamento e há um Juiz.

Quem é tão tolo para não compreender que fé na Torá e na recompensa e punição, que
têm o poder de render esta grande coisa, requerem muito estudo nos livros adequados?
Então, até antes da ação, um estudo que purifica o corpo é requisitado, para ficar
acostumado à fé no criador, Sua Lei, e Sua Providência. Nossos sábios disseram sobre
isso, “Eu criei a inclinação do mal; Eu criei para ela a Torá como um condimento .”
Eles não disseram, “Eu criei para ela Mitzvot como um condimento , uma vez que
“nosso fiador precisa ele próprio de um fiador,” pois a inclinação do mal deseja
licenciosidade e não o deixará manter os Mitzvot.

A TORÁ COMO UM TEMPERO

A Torá é o único tempero para anular e subjugar as inclinações do mal, como nossos
sábios disseram, “A Luz nela os reforma.”

A MAIORIA DAS PALAVRAS DA TORÁ SÃO PARA ESTUDO

Isto reconcilia porque a Torá fala de forma alongada sobre partes que não dizem
respeito à parte prática mas apenas ao estudo, isto é a introdução da ação da Criação.
Estas são o todo do livro de Beresheet (Genesis), Shemot (Êxodo), e maior parte de
Devarim (Deuteronômio), e, desnecessário é dizer, lendas e comentários. Todavia, dado
que eles são onde a Luz está alojada, seu corpo será purificado, a inclinação do mal
subjugou, e ele virá à fé na Torá e em recompensa e punição. Este é o primeiro grau na
observação da obra.

MANDAMENTO É UMA VELA, E ENSINAMENTO É LUZ

Está escrito, “Pois o mandamento é uma vela, e o ensinamento é luz.” Como um que
tem velas mas nenhuma luz para as acender se senta no escuro, o que tem Mitzvot mas
nenhuma Torá senta-se no escuro. Isto é porque a Torá é Luz, pela qual a escuridão no
corpo é iluminada e acendida.
Cabalá Para o Aluno

NEM TODAS AS PORÇÕES DA TORÁ SÃO DE IGUAL LUZ

De acordo com o supramencionado poder na Torá, isto é, considerando a medida de


Luz nela, é certo que a Torá deve ser dividida em graus, de acordo com a medida de
Luz que um pode receber de a estudar. Claramente, quando um pondera e contempla
palavras da Torá que pertencem à revelação do Criador a nossos pais, elas trazem ao
examinador mais Luz que quando examinando questões práticas.

Embora elas sejam mais importantes em respeito às ações, com respeito à Luz, a
revelação do Criador a nossos pais é certamente mais importante. Qualquer um com um
coração honesto que tentou pedir para receber a Luz da Torá irá admitir a isso.

NECESSIDADE E REVELAÇÃO DA EXPANSÃO DA SABEDORIA

Dado que o todo da sabedoria da Cabala fala da revelação do Criador, naturalmente, não
há ensinamento mais bem sucedido para a sua tarefa. Foi para isto que os Cabalistas se
direcionaram - de a organizar para que seja adequada para estudar.

E então eles estudaram nela até ao fim do tempo de ocultação (foi concordado ocultá-la
por uma certa razão). Contudo, isto foi apenas por certo tempo, e não para sempre,
como está escrito em O Zohar, “Esta sabedoria está destinada a ser revelada no fim dos
tempos, e até a crianças.”

Segue-se que a supramencionada sabedoria não está de todo limitada à linguagem da


Cabala, pois a sua essência é uma Luz espiritual que emerge da Sua Essência, como está
escrito, “Podes tu enviar relâmpagos, para que eles possam ir, e dizer para ti: ‘Aqui
estamos nós,’” referindo-se aos dois caminhos acima: de Cima para baixo e de baixo
para Cima.

Estas questões e graus expandem-se de acordo com uma linguagem adequada para eles,
e eles são verdadeiramente todos os seres neste mundo e suas condutas neste mundo,
que são seus ramos. Isto é porque “Tu não tens uma lamina de relva em baixo que não
tenha um anjo acima, que a golpeie e lhe diga, ‘Cresce!’” Então, os mundos emergem
um do outro e estão impressos de um para outro como um selo e impressão. E tudo o
que está num está no outro, descendo até ao mundo corpóreo, que é seu último ramo,
mas contem o mundo Acima dele como uma impressão de um selo.

Então, é fácil saber que podemos falar dos Mundos Superiores apenas por seus ramos
corpóreos e inferiores, que se estendem deles, ou de suas condutas, que é a linguagem
da Bíblia, ou pelos ensinamentos seculares ou por pessoas, que é a linguagem dos
Cabalistas, ou de acordo com os concordados nomes. Esta foi a conduta na Cabala dos
Geonim desde a ocultação de O Zohar.
Cabalá Para o Aluno

Então, tornou-se claro que a revelação do Criador não é uma divulgação de uma vez,
mas uma questão progressiva que é revelada ao longo de um período de tempo,
suficiente para a divulgação de todos os grandes graus que aparecem de Cima para
baixo e de baixo para Cima. Em cima deles, e no fim deles, aparece o Criador.

É como uma pessoa proficiente em todos os países e pessoas no mundo, que não pode
dizer que o mundo inteiro lhe foi revelado a ela antes que ela tenha completado o seu
exame da última pessoa e do último país. Até um concretizar isso, um não alcançou o
mundo inteiro.

Similarmente, a realização do Criador revela-se de maneiras preordenadas. O buscador


deve alcançar todas essas maneiras em tanto o Superior como o inferior. Claramente, os
Mundos Superiores são os importantes aqui, mas eles são alcançados juntos pois não há
diferença em suas formas, apenas na sua substância. A substância de um Mundo
Superior é mais pura, mas as formas são impressas de um para o outro, e o que existe no
Mundo Superior existe necessariamente em todos os mundos abaixo dele, dado que o
inferior é impresso por ele. Saiba que estas realidades e suas condutas, que o buscador
do Criador alcança, são chamadas “graus,” dado que sua realização é organizada uma
sobre a outra, como degraus de uma escada.

EXPRESSÕES ESPIRITUAIS

O espiritual não tem imagem, consequentemente ele não tem letras com que o
contemplar. Mesmo se nós declararmos no geral que ele é Luz Simples, que desce e se
estende ao buscador até que um revista e o alcance na quantia suficiente para a Sua
revelação, isto, também, é uma expressão emprestada. Isto é assim pois tudo o que é
chamado “Luz” no mundo espiritual não é como a luz do sol ou a luz das velas.

Ao que nos referimos como Luz no mundo espiritual é emprestado da mente humana,
cuja natureza é tal que quando uma dúvida é resolvida numa pessoa, um descobre uma
abundância de luz e prazer através do corpo. É por isso que por vezes dizemos “a luz da
mente,” embora isto não seja assim. A luz que brilha nessas partes da substância do
corpo que são impróprias para receber escrutínios resolvidos é certamente inferior à
mente. Então, esses baixos, inferiores órgãos podem recebê-la e alcançá-la, também.

Todavia, ser capaz de dar nome à mente com certo nome, nós chamamos-lhe “a luz da
mente.” Similarmente, nós chamamos aos elementos da realidade dos Mundos
Superiores “Luzes,” pois eles trazem os que os alcançam abundância de luz e prazer ao
longo do corpo, da cabeça aos pés. Por esta razão, nós podemos chamar ao que alcança
“veste,” pois ele revestiu aquela Luz.

Nós podemos perguntar, “Não seria mais correto chamar-lhes pelos nomes usados no
escrutínio, tais como observação e realização, ou de um se exprimir a si mesmo com
Cabalá Para o Aluno

expressões que enfatizem os fenômenos da mente noética?” A coisa é que não é nada
como as condutas dos fenômenos noéticos, dado que a mente é um ramo particular entre
todos os elementos da realidade. Então, ela tem as suas próprias maneiras de
manifestação.

Isto não é assim com graus, pois eles são um todo completo, que contem todos os
elementos que existem num mundo. Cada elemento tem as suas próprias maneiras
particulares. Na maioria, a percepção das questões em graus é similar à percepção de
corpos animais: quando um alcança certa essência, um alcança o todo dela, da cabeça
aos pés.

Se nós julgarmos pelas leis da mente noética podemos dizer que ele alcançou tudo o
que ele podia alcançar nessa essência, e mesmo que ele tenha contemplado durante
outros milhares de anos, ele não poderia acrescentar a ela sequer um iota. Todavia, no
principio é muito similar a… isto é que ele vê tudo mas não compreende nada do que
ele vê. Porém, com o passar do tempo ele terá de alcançar questões adicionais, similares
a Ibur (concepção), Yenika (amamentação), Mochin (idade adulta), e um segundo Ibur.
Nessa altura, ele começará a sentir e a usar as suas realizações de todas as maneiras que
ele deseja.

Contudo, na verdade, ele não acrescentou uma coisa às realizações que ele tinha
concretizado no principio. É em vez disso como o amadurecimento: previamente ele era
imaturo, então ele não o podia compreender, e agora o seu amadurecimento foi
completado.

Então, você vê a grande diferença das condutas dos fenômenos noéticos. Por esta razão,
as definições a que estamos acostumados a usar não serão suficientes para nós com
fenômenos noéticos. Somos compelidos a usar apenas as condutas que se aplicam a
questões corpóreas, dado que suas formas são completamente similares, embora sua
substância seja absolutamente remota.

QUATRO LINGUAGENS SÃO USADAS NA SABEDORIA DA VERDADE

Quatro linguagens são usadas na sabedoria da verdade:

1. A linguagem da Bíblia, seus nomes, e apelações.

2. A linguagem das leis. Esta linguagem é muito próxima à linguagem da


Bíblia.

3. A linguagem das lendas, que está muito longe da Bíblia, dado que ela
não tem qualquer consideração da realidade. Nomes estranhos e
apelações são atribuídos a esta linguagem, e também, ela não se
relaciona a conceitos por meio de raiz e seu ramo.
Cabalá Para o Aluno

4. A linguagem das Sefirot e Partzufim. Em geral, os sábios tinham uma


forte inclinação para a ocultar dos ignorantes, dado que eles
acreditavam que sabedoria e ética andam de mão dada. Então, os
primeiros sábios esconderam a sabedoria na escrita, usando linhas,
pontos, topos, e fins. Foi assim que o alfabeto foi formado com as vinte
e duas letras perante nós.

A LINGUAGEM DA BÍBLIA

A linguagem da Bíblia é a linguagem principal e rudimentar, perfeitamente adequada à


sua tarefa, pois na maioria, ela contem uma relação de raiz e ramo. Esta é a linguagem
mais fácil de compreender. Esta linguagem é também a mais velha; ela é a Sagrada
Língua, atribuída a Adam HaRishon.

Esta linguagem tem duas vantagens e uma desvantagem. A sua primeira vantagem é que
é fácil de compreender, e até principiantes em realização imediatamente compreendem
tudo o que precisam. A segunda vantagem é que ela clarifica questões extensivamente e
em profundidade, mais que em todas as outras linguagens.

A sua desvantagem é que ela não pode ser usada para discutir assuntos particulares ou
ligações de causa e consequência. Isto é assim pois cada matéria precisa de ser
clarificada na sua mais completa medida, pois não é evidente por si mesma em mostrar
a que elemento a se está a referir, a não ser ao apresentar toda a questão. Então, para
enfatizar o mais pequeno detalhe, uma história completa deve ser apresentada. É por
isso que ela é indigna para pequenos detalhes ou para ligações de causa e consequência.

Também, a linguagem das orações e bênçãos é retirada da linguagem da Bíblia.

A LINGUAGEM DAS LEIS

A linguagem das leis não é da realidade, mas da existência da realidade. Esta


linguagem é retirada inteiramente da linguagem da Bíblia de acordo com as raízes das
leis lá apresentadas. Ela tem uma vantagem sobre a Bíblia: ela elabora grandemente
sobre cada questão e então aponta para as Raízes Superiores mais exatamente.

Contudo, a sua grande desvantagem, comparada à linguagem da Bíblia, é que ela é


muito difícil de compreender. Esta é a mais difícil de todas as linguagens, e apenas um
completo sábio, chamado “entrar e sair sem mal,” a irá alcançar. É claro, ela também
contem a primeira desvantagem, pois ela é retirada da Bíblia.

A LINGUAGEM DAS LENDAS

A linguagem das lendas é fácil de compreender através das alegorias que servem
Cabalá Para o Aluno

perfeitamente ao desejado significado. Em exame superficial, ela parece até mais fácil
de compreender que a linguagem da Bíblia. Todavia, para completo entendimento, ela é
uma linguagem muito difícil, pois ela não se confina a si mesma a falar em sequências
de raiz e ramo, mas apenas de alegorias e maravilhosa sagacidade. Porém, ela é muito
rica em resolver conceitos confusos e estranhos que dizem respeito à essência do grau
no seu estado, por si mesmo, que não pode ser explicado na linguagem da Bíblia e lei.

A LINGUAGEM DOS CABALISTAS

A linguagem dos Cabalistas é uma linguagem no completo sentido da palavra: muito


precisa, tanto a respeito da raiz e ramo e da causa e consequência. Ela tem um mérito
único de ser capaz de exprimir detalhes subtis nesta linguagem sem quaisquer limites.
Também, através dela, é possível abordar a desejada questão diretamente, sem a
necessidade de a ligar ao que a precede ou que se segue a ela.

Porém, apesar de todos os sublimes méritos que você encontra nela, há um grande
defeito nela: ela é muito difícil de alcançar, praticamente impossível, exceto de um
sábio Cabalista e de um sábio que a compreenda com a sua própria mente. Isto significa
que até um que compreende o resto dos graus de baixo para Cima e de Cima para baixo
com a sua própria mente, não irá ainda assim compreender uma coisa nesta linguagem
até que ele a receba de um sábio que já recebeu a linguagem de seu professor face a
face.

A LINGUAGEM DA CABALA ESTÁ CONTIDA EM TODOS

Os nomes, apelações, e Gematrias pertencem inteiramente à sabedoria da Cabala. A


razão pela qual elas são achadas nas outras linguagens, também, é que todas as
linguagens estão incluídas na sabedoria da Cabala. Isto é assim pois estes são todos
casos particulares com os quais as outras linguagens devem ser assistidas.

Mas um não deve pensar que estas quatro linguagens, que servem para explicar a
sabedoria da revelação Divina, evoluíram uma de cada vez, ao longo do tempo. A
verdade é que todas as quatro apareceram perante os sábios simultaneamente.

Na verdade, cada consiste de todas as outras. A linguagem da Cabala existe na Bíblia,


tal como o ficar sobre a Tzur (rocha), os treze atributos de misericórdia na Torá e na
Micá, e, a uma extensão, ela é sentida em todo e cada verso. Existem também as
carruagens em Isaías e Ezequiel, e sobre todos eles O Cântico dos Cânticos, todos os
quais são puramente a linguagem da Cabala. Ela é similar em leis e lendas, e tanto o
mais com a questão dos nomes indeléveis, que contêm o mesmo significado em todas as
linguagens.

ORDEM DA EVOLUÇÃO DAS LINGUAGENS


Cabalá Para o Aluno

Dentro de tudo há um desenvolvimento gradual, e a linguagem mais fácil de usar é uma


cujo desenvolvimento está completado antes das outras. Então, os primeiros produtos
estavam na linguagem da Bíblia, pois ela é a linguagem mais conveniente e foi
prevalecente na altura.

Seguindo-a veio a linguagem das leis, dado que ela está completamente imersa na
linguagem da Bíblia, também porque era necessário de forma a mostrar às pessoas como
implementar as leis.

A terceira foi a linguagem das lendas. Embora seja achada em muitos lugares na Bíblia,
também, é apenas como uma linguagem auxiliar pois a sua astúcia apressa a percepção
das questões. Contudo, ela não pode ser usada como uma linguagem básica, pois lhe
falta a precisão da raiz e seu ramo. Então, ela foi raramente usada e então não se
desenvolveu.

E embora as lendas fossem usadas extensivamente durante o tempo dos Tanaaim e dos
Amoraim, foi apenas em conjunção com a linguagem da Bíblia, para abrir as palavras
de nossos sábios — Rabino… começou, etc., (e outros sufixos). Na verdade, o uso
expansivo desta linguagem por nossos sábios começou depois da ocultação da
linguagem da Cabala, durante os dias de Yohanan Ben Zakai e pouco antes, isto é
setenta anos antes da ruína do Templo.

A última a evoluir foi a linguagem da Cabala. Isto foi assim devido às dificuldades em a
compreender: em acréscimo à realização, um precisa de compreender o significado
destas palavras. Então, até os que a compreendiam não a podiam usar, pois na maioria,
eles estavam sozinhos na sua geração e não tinham ninguém com quem estudar. Nossos
sábios chamaram a essa linguagem, Maase Merkavah, dado que ela é uma linguagem
especial pela qual um pode elaborar sobre os detalhes da Herkev (composição) dos
graus uma na outra, e não de todo com qualquer outra.

A LINGUAGEM DA CABALA É COMO QUALQUER LINGUAGEM FALADA,


E A SUA PREFERÊNCIA ESTÁ NO SENTIDO CONTIDO DENTRO DE UMA
ÚNICA PALAVRA!

À primeira vista, a linguagem da Cabala parece como uma mistura das três
supramencionadas linguagens, Contudo, o que compreende como a usar irá descobrir
que ela é uma linguagem única em si e por si mesma do inicio ao fim. Isto não pertence
às palavras, mas a seus significados. Esta é toda a diferença entre elas.

Nas primeiras três linguagens, não há praticamente qualquer significado a uma única
palavra, permitindo ao examinador compreender o que a palavra implica. Apenas ao
juntar umas poucas palavras, e por vezes assuntos, podem seu conteúdo e sentido ser
Cabalá Para o Aluno

compreendidos. A vantagem na linguagem da Cabala é que toda e cada palavra nela


divulga seu conteúdo e significado ao examinador em absoluta precisão, não menos que
em qualquer outra língua humana: cada palavra transporta a sua própria definição
precisa e não pode ser substituída por outra.

ESQUECENDO A SABEDORIA

Desde a ocultação de O Zohar, esta importante linguagem foi gradualmente esquecida,


pois era usada por cada vez menos e menos pessoas. Também, houve uma cessação de
uma geração, que o sábio receptor não a transmitiu a um receptor entendedor. Desde
então, houve um imensurável déficit.

Você pode ver evidentemente que o Cabalista Rabino Moshe de Leon, que foi o último
a possuí-lo e pelo qual ele apareceu ao mundo, não compreendia uma palavra dele. Isto
é porque nesses livros onde ele apresenta pedaços de O Livro do Zohar, é claro que ele
não compreendia as palavras de todo, pois ele o interpretou de acordo com a linguagem
da Bíblia. Ele confundiu o entendimento completamente, embora ele próprio tivesse
maravilhosa realização, como suas composições demonstram.

Assim foi por gerações: todos os Cabalistas dedicaram suas vidas inteiras a
compreender a linguagem de O Zohar, mas não conseguiram descobrir suas mãos e
pernas, dado que eles forçaram a linguagem da Bíblia sobre ele. Por esta razão, este
livro foi selado perante eles, como foi com o próprio Rabino Moshe de Leon.

A CABALA DO ARI

Isto assim foi até à chegada do Cabalista único, o Ari. Sua realização estava acima e
além de qualquer barreira, e ele abriu a linguagem de O Zohar para nós e pavimentou
nosso caminho sobre ela. Não tivesse ele falecido tão novo, é difícil imaginar a
quantidade de Luz que seria extraída de O Zohar. O pouco com que fomos abençoados
pavimentou um caminho e passagem, e verdadeira esperança que ao longo das gerações
nosso entendimento cresceria finalmente para o totalmente perceber.

Todavia, você deve compreender a razão pela qual todos os grandes sábios que
seguiram o Ari abandonaram todos os livros que eles tinham compilado nesta sabedoria
e nos comentários de O Zohar, e praticamente se proibiram a si mesmos de serem
vistos, e dedicaram suas vidas às palavras do Ari. Isto não foi porque eles não
acreditassem na santidade dos sábios precedendo o Ari; Deus nos livre que assim
pensemos. Qualquer um com olhos na sabedoria podia ver que a realização desses
grandes sábios na sabedoria da verdade era imensurável. Apenas um tolo ignorante
duvidaria deles. Porém, sua lógica na sabedoria seguiu as primeiras três linguagens.

Embora cada linguagem seja verdadeira e digna no seu lugar, ela não é completamente
Cabalá Para o Aluno

digna, e bastante enganadora para compreender a sabedoria da Cabala contida em O


Zohar usando estas ordens. Isto é assim pois ela é uma linguagem completamente
diferente, dado que foi esquecida. Por esta razão, nós não usamos suas explicações,
sejam as explicações do próprio Rabino Moshe de Leon, ou seus sucessores, pois suas
palavras em interpretar O Zohar não são verdadeiras, e até este dia temos apenas um
comentador - o Ari.

Em luz do mencionado, segue-se que a interioridade da sabedoria da Cabala é não outra


que a interioridade da Bíblia, o Talmude, e as lendas. A única diferença entre eles
encontra-se nas suas explicações.

Isto é similar a uma sabedoria que foi traduzida em quatro línguas. Naturalmente, a
essência da sabedoria não mudou de todo pela mudança da língua. Tudo em que
precisamos de pensar é que tradução é a mais conveniente para transmitir a sabedoria ao
estudante.

Assim é a questão perante nós: a sabedoria da verdade, isto é a sabedoria da revelação


da Divindade nas Suas Maneiras às criaturas, como ensinamentos seculares, deve ser
passada de geração em geração. Cada geração acrescenta um elo à sua anterior, e então
a sabedoria evolui. Além do mais, ela torna-se mais adequada para sua expansão no
público.

Então, cada sábio deve passar a seus estudantes e às seguintes gerações tudo o que ele
herdou na sabedoria de gerações anteriores, assim como os acréscimos com que ele
mesmo foi recompensado. Claramente, a realização espiritual - pois é alcançada pelo
que alcança - não pode ser passada a outro, e tudo o mais sendo escrito num livro. Isto é
assim pois objetos espirituais não podem vir em letras da imaginação ou que se pareça
(e embora esteja escrito, “…e por ministério dos profetas usei Eu similaridades,” não é
literalmente assim).

ORDEM DE PASSAR A SABEDORIA

Então, como pode o que alcança transmitir as suas realizações às gerações e a


estudantes? Saiba que há apenas uma maneira para isto: a maneira de raiz e ramo. Todos
os mundos e tudo o que os enche, em seu cada detalhe, emergiram do Criador em Um,
Único e Unificado Pensamento. E o Pensamento sozinho cascateou e criou todos os
muitos mundos e criações e suas condutas, como explicado em A Árvore da Vida e no
Tikkuney Zohar.

Então, eles são todos iguais uns aos outros, como selo e impressão, em que o primeiro
selo está impresso em todos. Como resultado, nós chamamos aos mundos mais
próximos ao Pensamento sobre o propósito, “raízes,” e aos mundos mais afastados do
propósito nós chamamos “ramos.” Isto é assim pois o fim da ação está no pensamento
Cabalá Para o Aluno

preliminar.

Agora nós podemos compreender o idioma comum nas lendas de nossos sábios: “e
observa-o do fim do mundo até ao seu fim.” Não deveriam eles ter dito, “…do principio
do mundo até ao seu fim”? Mas existem dois fins: um fim de acordo com a distância do
propósito, isto é os últimos ramos neste mundo, e 2) um fim chamado “o propósito
final,” dado que o propósito é revelado no fim da questão.

Mas como nós explicamos, “O fim de uma ação está no pensamento preliminar.” Então,
nós encontramos o propósito no principio dos mundos. Isto é ao que nos referimos
como “o primeiro mundo,” ou “o primeiro selo.” Todos os outros mundos derivam
dele, e é por isto que todas as criações — inanimado, vegetativo, animal, e falante —
em todos os seus incidentes existem na sua completa forma precisamente no primeiro
mundo. E o que não existe lá não pode aparecer no mundo, dado que um não dá o que
um não tem.

RAIZ E RAMO NOS MUNDOS

Agora é fácil compreender a questão das raízes e ramos nos mundos. Cada um dos
diversos inanimado, vegetativo, animal, e falante neste mundo têm as suas partes
correspondentes no mundo Acima dele, sem qualquer diferença na sua forma, mas
apenas na sua substância. Então, um animal ou uma pedra neste mundo é uma matéria
corpórea, e seu correspondente animal ou pedra no Mundo Elevado é uma matéria
espiritual, ocupando nenhum lugar ou tempo. Porém, sua qualidade é a mesma.

E aqui devemos certamente acrescentar a questão da relação entre matéria e forma, que
é naturalmente condicionada à qualidade da forma, também. Similarmente, com a
maioria do inanimado, vegetativo, animal, e falante no Mundo Superior, você irá
descobrir sua similaridade e semelhança no mundo Acima do Superior. Isto continua até
ao primeiro mundo, em que todos os elementos são completados, como está escrito, “E
Deus viu tudo o que Ele tinha feito, e, eis, era muito bom.”

É por isso que os Cabalistas escreveram que o mundo está no centro de tudo, para
indicar o acima, que o fim da ação é o primeiro mundo, isto é o objetivo. Também, o
afastamento do objetivo é chamado “a descida dos mundos de seu Emanador” até a este
mundo corpóreo, o mais distante do propósito.

Contudo, o fim de todos os corpóreos e de gradualmente se desenvolver e alcançar o


objetivo que o Criador desenhou para eles, isto é o primeiro mundo. Comparado a este
mundo, em que nós estamos, ele é o último mundo, isto é do fim da matéria. É por isso
que parece que o mundo do objetivo é o último mundo, e que nós, pessoas deve mundo,
estamos entre eles.
Cabalá Para o Aluno

ESSÊNCIA DA SABEDORIA DA VERDADE

Agora é claro que como a emergência das espécies vivas neste mundo e a conduta de
suas vidas é uma maravilhosa sabedoria, a aparição da Abundância Divina no mundo,
os graus e a conduta de suas ações se unem para criar uma maravilhosa sabedoria, muito
mais do que a ciência da física. Isto é porque a física é mero conhecimento da
disposição de um tipo particular existindo num mundo particular. Ela é única para o seu
sujeito, e nenhuma outra sabedoria é incluída nela.

Isto não é assim com a sabedoria da verdade, dado que ela é conhecimento de todo o
inanimado, vegetativo, animal, e falante em todos os mundos com todas as suas
instâncias e condutas, como elas são incluídas no Pensamento do Criador, isto é, no
propósito. Por esta razão, todos os ensinamentos do mundo, do menor deles até ao
maior deles, estão maravilhosamente incluídos nela, pois ela equaliza todos os
diferentes ensinamentos, os mais diferentes e mais remotos um do outro, como o este do
oeste. Ela faz todos iguais, isto é as ordens de cada ensinamento são compelidas a
chegar por seus meios.

Por exemplo, a ciência da física está ordenada precisamente pela ordem dos mundos e
Sefirot. Similarmente, a ciência da astronomia está ordenada por essa mesma ordem, e
assim é com a ciência da música, etc. Então, nós descobrimos nela que todos os
ensinamentos estão ordenados e seguem uma única ligação e uma única relação, e elas
são todas como a relação da criança ao seu progenitor. Então, elas condicionam uma à
outra; isto é, a sabedoria da verdade é condicionada por todos os ensinamentos, e todos
os ensinamentos são condicionados por ela. É por isso que nós não descobrimos um
único Cabalista genuíno sem conhecimento compreensivo em todos os ensinamentos do
mundo, dado que eles os adquirem da própria sabedoria da verdade, pois eles estão
incluídos nela.

UNIÃO

A maior maravilha sobre esta sabedoria é a integração nela: todos os elementos da vasta
realidade estão incorporados nela, até que todos eles venham a uma única coisa - o Todo
Poderoso, e todos elos eles juntos.

No principio, você descobre que todos os ensinamentos no mundo estão refletidos nela.
Eles estão ordenados dentro dela precisamente por suas próprias ordens. Depois, nós
descobrimos que todos os mundos e ordens na sabedoria da verdade em si mesma, se
unem apenas sob dez realidades, chamadas “Dez Sefirot.”

Posteriormente, estas dez Sefirot organizam-se em quatro maneiras, que são o Nome de
quatro letras. Depois disso, estas quatro maneiras estão incluídas na ponta do Yod, que
implica o Ein Sof (Infinito).
Cabalá Para o Aluno

Desta maneira, o que começa na sabedoria deve começar com a ponta do Yod, e daí para
as dez Sefirot no primeiro mundo, chamado “o mundo de Adam Kadmon.” Daí um vê
como os numerosos detalhes no mundo de Adam Kadmon necessariamente se estendem
por meio de causa e consequência, pelas mesmas leis que descobrimos na astronomia e
física, isto é constantes, e inquebráveis leis que necessariamente derivam uma da outra,
da ponta do Yod descendo até a todos os elementos no mundo de Adam Kadmon. Daí
eles são impressos um no outro dos quatro mundos por meio de selo e impressão, até
que cheguemos a todos os elementos neste mundo. Posteriormente, eles são
reintegrados um no outro até que todos eles venham ao mundo de Adam Kadmon, então
até às dez Sefirot, então até ao Nome de quatro letras, até à ponta do Yod.

Nós poderíamos perguntar, “Se o material é desconhecido, como o podemos estudar e o


examinar”? Certamente, como tal você irá descobrir em todos os ensinamentos. Por
exemplo, quando estudando anatomia - os vários órgãos e como eles se afetam um ao
outro - estes órgãos não têm qualquer similaridade ao objeto geral, que é o completo, ser
vivo humano. Contudo, ao longo do tempo, quando você cuidadosamente conhece a
sabedoria, você pode estabelecer uma relação geral de todos os detalhes sob os quais o
corpo é condicionado.

Assim é aqui: o tópico geral é a revelação da Divindade às Suas criaturas, por meio do
propósito, como está escrito, “…pois a terra estará cheia do conhecimento do Senhor.”
Porém, um novato certamente não terá conhecimento do tópico geral, que é
condicionado por todos eles. Por esta razão, um deve adquirir todos os detalhes e como
eles se afetam um ao outro, assim como suas causas por meio de causa e consequência,
até que um complete a sabedoria toda. E quando um sabe cuidadosamente tudo, se ele
tem uma alma purificada, é certo que ele será finalmente recompensado com o tópico
geral.

E até se ele não for recompensado, é ainda assim uma grande recompensa adquirir
qualquer percepção desta grande sabedoria, cuja vantagem sobre todos os outros
ensinamentos é como o valor de seus tópicos, e como a vantagem do Criador sob Suas
criações é valorizada. Similarmente, esta sabedoria, cujo sujeito é Ele, é de longe mais
valiosa que a sabedoria cujo sujeito é Suas criaturas.

Não é por ser imperceptível que o mundo se abstém de contemplá-la. Afinal de contas,
um astrônomo não tem percepção das estrelas e os planetas, mas apenas seus
movimentos, que eles executam com maravilhosa sabedoria que é predeterminada em
maravilhosa Providência. Similarmente, o conhecimento da sabedoria da verdade não
está mais escondido que isso, pois até principiantes cuidadosamente compreendem os
movimentos. Em vez disso, toda a prevenção foi porque os Cabalistas muito sabiamente
a esconderam do mundo.
Cabalá Para o Aluno

DANDO PERMISSÃO

Estou contente que eu tenha sido nascido em tal uma geração em que é permitido
divulgar a sabedoria da verdade. E caso você pergunte, “Como sei eu que é permitida?”
Eu irei responder que me foi dada permissão para divulgar. Até agora, as maneiras pelas
quais é possível publicamente se empenhar e explicar totalmente cada palavra não
foram reveladas a qualquer sábio. E eu, também, jurei por meu professor a não divulgar,
como o fizeram todos os estudantes antes de mim. Contudo, este voto e sua proibição
aplicam-se apenas a aquelas questões que são dadas oralmente de geração a geração, até
aos profetas e antes. Tivessem estas maneiras sido reveladas ao público, elas causariam
muito mal, por razões conhecidas apenas a nós.

Todavia, a maneira pela qual eu me empenho em meus livros é uma maneira permitida.
Além do mais, eu fui instruído por meu professor a o expandir tanto quanto posso. Nós
chamamos-lhe “a maneira de revestir as matérias.” Você irá ver nos escritos de Rashbi
que ele lhe chama desta maneira, “dar permissão,” e isto é o que o Criador me deu na
mais completa medida. Nós consideramos o dependente não na grandeza do sábio, mas
no estado da geração, como nossos sábios disseram, “Pequeno Samuel era digno, etc.,
mas sua geração era indigna.” Foi por isso que eu disse que eu sendo recompensado
com a questão de divulgar a sabedoria é devido à minha geração.

NOMES ABSTRATOS

É um erro grave o pensar que a linguagem da Cabala usa nomes abstratos. Pelo
contrário, ela toca apenas sob o real. Certamente, existem coisas no mundo que são reais
mesmo embora nós não tenhamos percepção delas, tal como o ímã e eletricidade.
Todavia, quem seria tão tolo para dizer que elas são nomes abstratos? Afinal de contas,
nós conhecemos cuidadosamente suas ações, e não nos podíamos preocupar menos que
nós não conhecemos sua essência. No fim, nós referimo-nos a elas como sujeitos
seguros das ações que se relacionam a elas. E isto é um nome real. Até uma criança que
está só a aprender a falar lhes pode dar nomes, se ela simplesmente começar a sentir
suas ações. Esta é a nossa lei: O que nós não alcançamos, nós não nomeamos.

ESSÊNCIA NÃO É PERCEBIDA NOS CORPÓREOS

Além do mais, até as coisas que nós imaginamos que alcançamos por sua essência, tais
como rochas e árvores, após honesto exame somos deixados com zero de realização na
sua essência, dado que só alcançamos suas ações, que correm em conjunção com o
encontro de nossos sentidos com elas.

ALMA

Por exemplo, quando a Cabala afirma que existem três forças, 1) Corpo, 2) Alma
Cabalá Para o Aluno

Animal, e 3) Alma Sagrada, isto não se refere à essência da alma. A essência da alma é
fluída; é ao que os psicólogos se referem como o “eu” e os materialistas como
“elétrico.” [1]

É um desperdício de tempo falar da sua essência, pois ela não está organizada para
impressão através do toque dos nossos sentidos, como com todos os objetos corpóreos.
Contudo, ao observar na essência deste fluido três tipos de ações nos mundos
espirituais, nós cuidadosamente distinguimos entre elas através de diferentes nomes, de
acordo com suas operações reais nos Mundos Superiores. Então, não existem nomes
abstratos aqui, mas em vez disso tangíveis no completo sentido da palavra.

VANTAGEM DO MEU COMENTÁRIO SOBRE COMENTÁRIOS


ANTERIORES

Nós podemos ser assistidos por ensinamentos seculares em interpretar as questões na


sabedoria da Cabala, dado que a sabedoria da Cabala é a raiz de tudo e eles estão todos
incluídos nela. Alguns foram assistidos pela anatomia, como em, “então sem minha
carne verei Eu Deus,” e alguns foram assistidos pela filosofia. Ultimamente, há um uso
extensivo da sabedoria da psicologia. Mas todos estes não são considerados verdadeiros
comentários, dado que eles não interpretam nada na própria sabedoria da Cabala, apenas
nos mostram como o resto dos ensinamentos estão incluídos nela. É por isso que os
observadores não podem ser assistidos por um lugar, noutro lugar. …embora a
sabedoria de servir Deus é a mais próxima sabedoria à Cabala de todos os ensinamentos
externos.

E desnecessário é dizer, que é impossível ser assistido por interpretações de acordo com
a ciência da anatomia, ou pela filosofia. Por esta razão, eu digo que sou o primeiro
interprete por raiz e ramo, e causa e consequência. Então, se um fosse a entender
alguma questão através de meu comentário, um pode estar certo que em todo o lado que
esta questão aparece em O Zohar e nas Tikkunim, ele pode ser assistido por ele, tal
como com os comentários da literal, em que você pode ser assistido por um lugar para
todos os outros lugares.

O estilo de interpretar de acordo com ensinamentos externos é uma perda de tempo pois
não é nada mais que um testemunho à genuinidade de um sobre o outro. E um
ensinamento externo não necessita de testemunho, pois a Providência preparou cinco
sentidos para o testemunhar, e na Cabala (independentemente) um deve compreender o
argumento antes de trazer testemunho ao argumento.

ESTILO DE INTERPRETAÇÃO DE ACORDO COM ENSINAMENTOS


EXTERNOS

Esta é a fonte do erro do Rav Shem Tov: ele interpretou O Guia Para o Perplexo de
Cabalá Para o Aluno

acordo com a sabedoria da Cabala, e ele não sabia, ou fez de conta não saber, que a
sabedoria da medicina, ou qualquer outra sabedoria, podia ser interpretada de acordo
com a sabedoria da Cabala não menos que a sabedoria da filosofia. Isto é assim pois
todos os ensinamentos estão incluídos nela e foram impressos por seu selo.

É claro, o Guia para o Perplexo não se referia de todo ao que Rav Shem Tov
interpretou, e ele não viu como… em O Livro da Criação, ele interpretou a Cabala de
acordo com a filosofia. Eu já provei que tal estilo de comentários é um desperdício de
tempo, dado que os ensinamentos externos não precisam de testemunho, pois é inútil
trazer testemunho à veracidade da sabedoria da Cabala antes que suas palavras sejam
interpretadas.

É como um acusador que trás testemunhas para verificar suas palavras antes que ele
tenha explicado seus argumentos (exceto os livros que lidam com o trabalho de Deus,
dado que a sabedoria de servir Deus verdadeiramente precisa de testemunhas à sua
veracidade e sucesso, e nós devemos ser assistidos pela sabedoria da verdade).

Contudo, todas as composições deste estilo não são de todo um desperdício. Depois de
cuidadosamente entendermos a sabedoria em si mesma, iremos ser capazes de receber
muita assistência de analogias, como todos os ensinamentos estão incluídos nela, assim
como as maneiras pelas quais as buscar.

ALCANÇANDO A SABEDORIA

Estas são as três ordens na sabedoria da verdade:

1. A originalidade na sabedoria. Ela não requer assistência humana, pois ela é


inteiramente a dádiva de Deus, e nenhum estranho irá interferir com ela.

2. O entendimento das fontes que um alcançou de Cima. É como uma pessoa que vê que
o mundo todo está colocado perante seus olhos, e, todavia ela deve esforçar-se e estudar
para compreender este mundo. Embora ela veja tudo com seus próprios olhos, há tolos e
há sábios. Este entendimento é chamado “a sabedoria da verdade,” e Adam HaRishon
foi o primeiro a receber uma sequência de conhecimento suficiente pelo qual
compreender e maximizar com sucesso tudo o que ele viu e alcançou com seus olhos.

A ordem deste conhecimento é dada apenas de boca a boca. E há também uma ordem de
evolução onde cada pode acrescentar ao seu amigo ou regredir (em que no primeiro
discernimento cada um recebe igualmente sem adicionar ou subtrair, como Adam, em
compreender a realidade deste mundo. Em vê-la, todos são iguais, mas isto não é assim
em compreendê-la — alguns evoluem de geração em geração e alguns regridem). E a
ordem da sua transmissão é por vezes chamada “transmitir o Nome Explicito,” e ela é
dada sob muitas condições, mas apenas em palavras, não em escrita.
Cabalá Para o Aluno

3. Esta é uma ordem escrita. Ela é uma coisa completamente nova, dado que além de
conter muito espaço para o desenvolvimento da sabedoria, através do qual cada herda
todas as expansões de suas realizações para as seguintes gerações, há outro poder
magnífico nela: Todos os que se empenham nela, embora eles ainda não compreendam
o que está escrito nela, são purificados por ela, e as Luzes Superiores aproximam-se
deles. E esta ordem contém quatro linguagens, como nós explicamos acima, e a
linguagem da Cabala excede-as a todas.

ORDEM DE TRANSMITIR A SABEDORIA

A maneira mais bem sucedida para o que deseja aprender a sabedoria é de procurar um
Cabalista genuíno e seguir todas as suas instruções, até que um seja recompensado com
entender a sabedoria na sua própria mente, isto é o primeiro discernimento.
Posteriormente, um será recompensado com sua transmissão boca a boca, que é o
segundo discernimento, e depois disso, compreender na escrita, que é o terceiro
discernimento. Então, um terá herdado toda a sabedoria e seus instrumentos de seu
professor com facilidade, e será deixado com todo o seu tempo para desenvolver e
expandir.

Contudo, na realidade há uma segunda maneira: através do seu grande anseio, as vistas
dos Céus irão abrir-se para ele e ele irá alcançar todas as origens por si mesmo. Este é o
primeiro discernimento. Todavia, posteriormente um deve ainda assim laborar e
esforçar-se extensivamente, até que um descubra um sábio Cabalista perante o qual um
se possa curvar e obedecer, e do qual receber a sabedoria por meio de transmissão face a
face, que é o segundo discernimento, e então o terceiro discernimento.

E dado que um não está ligado a um sábio Cabalista desde o inicio, as realizações vêm
com grandes esforços e consomem muito tempo, deixando um apenas com pouco tempo
para se desenvolver nela. Também, por vezes o conhecimento vem depois do fato, como
está escrito, “e eles morrerão sem sabedoria.” Estes são os noventa e nove por cento e
ao que chamamos, “entrando, mas não saindo.” Eles são como tolos e ignorantes neste
mundo, que vêem o mundo colocado perante eles, mas não compreendem nada dele,
exceto o pão nas suas bocas.

Certamente, da primeira maneira, também, nem todos têm sucesso. Isto é porque a
maioria, tendo alcançado, se torna complacente e deixam de se subjugar a si mesmos a
seu professor suficientemente, pois eles não são dignos da transmissão da sabedoria.
Neste caso, um sábio deve esconder a essência da sabedoria deles, e “eles morrerão sem
sabedoria,” “entrando, mas não saindo.”

Isto é assim pois existem duras e rígidas condições em transmitir a sabedoria, que
Cabalá Para o Aluno

derivam de razões necessárias. Então, muito poucos são altamente considerados o


suficiente por seus professores para que eles os achem dignos desta coisa, e felizes são
os recompensados.

[1] Rav Laitman explica que por “elétrico,” Baal HaSulam pretende dizer baseado em
átomos.
Cabalá Para o Aluno

A Essência da Religião e Seu Propósito

Neste artigo eu gostaria de analisar três assuntos:

A. Qual é a essência da religião?

B. Ela é obtida neste ou no próximo mundo?

C. Seu propósito é beneficiar o Criador ou as criaturas?

À primeira vista o leitor pode se surpreender com minhas palavras e pode não
compreender essas três perguntas que estabeleci como o tema deste ensaio. A quem ele
se aplica, àqueles que não sabem o que é religião e sobretudo suas recompensas e
punições, destinadas a vir em primeiro lugar na vida após a morte? Nem se cogita o
terceiro aspecto, pois sabe-se que beneficia as criaturas e as conduz ao prazer e à
felicidade, não havendo a necessidade de se acrescentar algo mais a isso.

Porém, pelo fato delas estarem associadas aos três conceitos por muito tempo, isso se
dá, denotando-se a falta de conhecimento nessas questões nobres, que são a própria
fundação onde toda a estrutura da religião se baseia.

Por isso, me diga como é possível que uma criança de doze ou treze anos de idade,
possa compreender completamente esses conceitos sutis, o suficiente para não precisar
adicionar quaisquer outros conhecimentos dessas questões até o final de sua vida?

Na verdade, aqui reside o problema! Pois essa hipótese trouxe consigo toda a
negligência e conclusões precipitadas vindas ao nosso mundo em nossa geração,
deixando-nos em um estado em que ela tem quase que completamente escorregado de
nossas mãos.

O Bem Absoluto

Para evitar cansar o leitor com longas discussões, relacionei tudo o que escrevi em
ensaios anteriores, especialmente no "Matan Torá" (A Entrega da Torá), que são como
um prefácio para o tópico a seguir. Aqui falarei breve e simplesmente, a fim de que seja
facilmente entendido por todos.

Primeiro, precisamos entender o Criador - Ele é a Bondade Absoluta. Isso significa que
é absolutamente impossível que Ele cause qualquer dor a qualquer pessoa. Esse vem a
Cabalá Para o Aluno

ser o primeiro conceito, pois nosso senso comum mostra-nos, claramente, que a base de
qualquer maldade no mundo decorre apenas da vontade de receber.

Isso significa que a avidez por beneficiarmos a nós mesmos nos faz prejudicar nossos
companheiros, devido à nossa vontade de auto-gratificação. Assim, se não se
encontrasse contentamento em favorecer a si próprio, jamais se prejudicaria outra
pessoa. E, se às vezes encontramos alguém que prejudique o outro sem qualquer
vontade de receber gratificação própria, isso ocorre por um hábito antigo, originado da
vontade de receber e que agora o livra da necessidade de encontrar uma nova razão.

E como percebemos que o Criador é em Si mesmo pleno, e que não necessita de


ninguém para ajudá-Lo à completude - pois a tudo precede - , é claro, portanto, que Ele
não tem nenhuma vontade de receber. E por não ter vontade de receber, Ele é
fundamentalmente desprovido do desejo de prejudicar alguém; simplesmente assim.

Além disso, é completamente agradável à nossa mente, como primeiro conceito, que Ele
possua o desejo de conceder o bem aos outros, ou seja, às Suas criaturas. Isso se
evidencia por meio da magnitude da criação que Ele colocou diante de nossos olhos, já
que neste mundo existem aqueles que necessariamente, experimentam um sentimento
bom ou ruim, advindo do Criador. Uma vez que esteja absolutamente claro que não há
objetivo de dano na natureza do Criador, é preciso que as criaturas recebam somente
bondade Dele, pois Ele as criou somente para beneficiá-las.

Assim, depreendemos que Ele tem apenas o desejo de nos conceder bondade, sendo
impossível que qualquer maldade possa estar em Seu domínio ou que possa emitir Dele.
Desse modo, nós O definimos como "o Bem Absoluto” e após termos sabido disso,
olhemos a realidade atual, por Ele guiada e como Ele distribui essa bondade sobre
todos.

Sua Orientação é Proposital

Ao observarmos os sistemas da natureza, percebemos que quaisquer seres dos quatro


tipos - inanimado, vegetativo, animado e falante - como um todo e em particular, são
considerados sob a orientação intencional, ou seja, sofrem um desenvolvimento lento e
gradual por meio da causa e efeito - como a fruta de uma árvore, guiada
convenientemente para finalmente tornar-se uma fruta doce e de boa aparência.

Pergunte a um botânico por quantas fases a fruta se submete a partir do momento em


que se torna visível até que esteja completamente madura. Suas fases anteriores não
mostram nenhuma evidência de seu fim doce e apetitoso, mas o oposto do resultado
final.

Quanto mais doce a fruta for, mais amarga e disforme ela foi nas fases anteriores de seu
desenvolvimento. Assim é com as categorias animado e falante: para o animal, cuja
mente é pequena no final, não há muitas vontades enquanto cresce. Enquanto que o
homem, cuja mente é grande no final de seu desenvolvimento, desse modo se apresenta
Cabalá Para o Aluno

o seu desejo. "Um bezerro com dias de idade, é chamado de boi", isto é, tem a força
para estar em seus próprios pés, caminhar, e tem inteligência para evitar os perigos em
seu caminho.

Contudo, um recém nascido de dias encontra-se aparentemente sem sentidos. E, se


alguém que não estivesse habituado às condutas deste mundo examinasse esses dois
recém-nascidos, certamente concluiria que o bebê humano iria se tornar sem valor, ao
passo que o bezerro passaria a ser um grande herói, se julgasse a sabedoria do bezerro
em relação à criança frágil.

Portanto, é evidente que Sua orientação sobre a realidade por Ele criada encontra-se sob
a forma de Orientação proposital, não levando em consideração a ordem das fases de
desenvolvimento, pois elas nos enganam e nos impedem de compreender sua
finalidade, sendo sempre contrárias à forma final.

É sobre essas questões que afirmamos: "Não há ninguém tão sábio quanto os
experientes." Somente aquele que o é, tem a oportunidade de analisar a criação sob
todas as suas fases de desenvolvimento, até sua conclusão, podendo minimizar as
coisas, de modo que não se tema as imagens destruídas que a criação sofre nas fases de
seu desenvolvimento, mas crendo no seu belo e puro final.

Assim, apresentamos por inteiro as condutas de Sua Providência em nosso mundo, que
é apenas uma Orientação intencional. O atributo da bondade não se manifesta, de modo
algum, antes da Criação chegar à sua conclusão, à sua maturação final. Pelo contrário,
ela sempre adquire a forma de degradação aos olhos dos espectadores.
Consequentemente, o Criador proporciona a suas criaturas apenas bondade, que chega,
porém, por meio da Orientação proposital.

Dois caminhos: o Caminho de Dor e o Caminho da Torá

Afirmamos que Deus é o Bem Absoluto e que Ele nos observa em benevolência
completa sem uma pitada de maldade e com orientação intencional. Isso significa que
Sua orientação nos obriga a passar por uma série de fases, por meio da causa e efeito,
anterior e resultante, até que estejamos qualificados a receber o bem desejado. Então,
chegaremos ao nosso objetivo como uma fruta bela e madura, entendendo que esse
efeito é garantido a todos nós, caso contrário invalidaríamos Sua Providência, dizendo
ser insuficiente à sua finalidade.

Nossos sábios disseram: " A Divindade nos níveis mais baixos – é uma necessidade
elevada." Isso significa que como Sua orientação é resoluta e visa por fim nos conduzir
à adesão com Ele, ela residiria dentro de nós, sendo considerada uma necessidade
elevada. Ou seja, se não chegarmos a esse ponto, nos encontraremos, em relação à Sua
Providência, imperfeitos.

Isso é semelhante a um grande rei que teve um filho em idade avançada e gostava muito
dele. Desde o dia em que nasceu, ele pensou em apenas coisas boas para ele. Coletou os
Cabalá Para o Aluno

melhores, mais sábios e mais preciosos livros do reino e lhe construiu uma escola.
Erigiu palácios, feitos pelos melhores construtores; reuniu todos os músicos e cantores e
construiu para ele salas de concerto. Chamou os melhores padeiros e cozinheiros para
lhe prover com todas as delícias do mundo.

Mas, infelizmente, o filho cresceu para ser um tolo, sem nenhum desejo para a
educação. Era cego e não via ou sentia a beleza das construções. Era surdo, incapaz de
ouvir os poemas e a música. Era doente, sendo-lhe permitido comer somente pão de
farinha integral, resultando-lhe desprezo e indignação.

No entanto, isso pode ocorrer a um rei de carne e sangue, mas isso é impossível de se
dizer em relação ao Criador, com quem não ocorre nenhum engano. Portanto, Ele nos
preparou dois caminhos de desenvolvimento:

O primeiro é um caminho de sofrimento, que é o modo do desenvolvimento da Criação


oriunda de si. Por sua própria natureza, há a obrigatoriedade de se seguir um caminho
de causa e efeito, em estados diversos e consecutivos, que lentamente nos desenvolvem,
até chegarmos a uma decisão de escolher o bem e rejeitar o mal, qualificando-nos ao
propósito, conforme Ele deseja.

Esse caminho é certamente longo e doloroso. Portanto, Ele nos preparou algo agradável
e suave, que é o caminho da Torá e da Mitzvot, que pode nos qualificar para o nosso
propósito de forma indolor e rápida.

Ocorre que o nosso objetivo final é estarmos capacitados para a adesão com Ele - para
que Ele resida dentro de nós. Esse objetivo é um fato e não há como afastar-se dele, pois
sua orientação nos conduz em ambos os caminhos, que são o caminho do sofrimento e o
caminho da Torá. Mas ao olharmos para a realidade atual, percebemos que Sua
orientação vem simultaneamente em ambos os caminhos, que nossos sábios se referem
como "o caminho da terra" e "o caminho da Torá."

A Essência da Religião é Desenvolver em Nós a Compreensão de Reconhecimento do


Mal.

Nossos sábios dizem: "Por que o Criador deveria se importar se alguém mata pela
garganta ou na parte de trás do pescoço? Afinal, as Mitzvot só foram dadas para
purificar as pessoas. " Essa purificação foi esclarecida por completo na "Matan Torá
"(Item 2), porém, eu gostaria de esclarecer a essência desse fenômeno, alcançado
através da Torá e da Mitzvot .

Lembre-se do reconhecimento do mal dentro de nós. Esse comprometimento com a


Mitzvot pode lenta e gradualmente depurar aqueles que a buscam em si mesmos; e, a
escala em que medimos o grau de limpeza, é a medida do reconhecimento do mal dentro
de nós.

O homem é naturalmente preparado para repelir e extirpar qualquer mal de dentro de si.
Nisso, todas as pessoas se assemelham. Mas a diferença entre uma pessoa e a outra, é
Cabalá Para o Aluno

apenas o reconhecimento desse mal. Uma pessoa mais desenvolvida reconhece em si


uma quantidade maior dele, e, portanto, repele-o e separa-o em maior dimensão.
Aquele menos desenvolvido sente em si apenas uma pequena quantidade dele, e,
portanto, repelirá apenas essa proporção. Como resultado, deixa dentro de si toda a
corrupção, pois não a reconhece como tal.

Para evitar cansar o leitor, definiremos o significado geral de bem e mal, conforme
explicado na "Matan Torá" (Item 12). Mal, em geral, nada mais é do que amor próprio,
chamado de "egoísmo", pois é oposto em forma ao Criador, que não tem qualquer
desejo de receber para Si, mas apenas para ofertar.

Como explicado na "Matan Torá" (Itens 9,11), o prazer e a sublimidade são medidos
pelo grau de equivalência de forma com o Criador, ao passo que a dor e a intolerância
são medidas pela disparidade de forma em relação a Ele. Assim, o egoísmo nos é
repugnante e nos causa dor, já que sua forma é oposta à Dele.

Todavia, essa repugnância não é dividida igualmente entre todas as almas, mas
distribuída em várias medidas. A pessoa ‘bruta’, não desenvolvida, não considera o
egoísmo como um atributo ruim e o utiliza abertamente, sem critério ou restrições. Ela
rouba e assassina em plena luz do dia, sempre que achar adequado. Aquele um pouco
mais desenvolvido, sente de algum modo seu egoísmo ao ser mau, e, envergonha-se de
utilizá-lo em público, roubando ou matando. Porém, em segredo, ainda comete seus
crimes.

Até mesmo o mais desenvolvido sente o egoísmo como algo realmente detestável,
passando a não tolerá-lo mais dentro de si e rejeitá-lo completamente, contanto que o
identifique. Por fim, não pode e não quer mais apreciar a aflição nos outros. Então, o
lampejo do amor pelos demais, denominado altruísmo’- o atributo geral da bondade -
começa a emergir nele.

Isso também evolui de forma gradual. Primeiro desenvolve o amor e o desejo de doar à
família e parentes, como no verso: "Não te escondas da tua carne." À medida que esse
desenvolvimento aumenta, essa doação se expande a todas as pessoas ao seu redor,
podendo ser os habitantes da cidade ou da nação, até finalmente atingir toda a
humanidade.

O Desenvolvimento Consciente e o Desenvolvimento Inconsciente

Lembre-se que há duas forças que servem para nos empurrar para cima dos degraus da
escada, até alcançarmos seu topo no céu, que é o ponto do propósito da equivalência da
forma com o nosso Criador.

A diferença entre essas duas forças é que a primeira nos empurra por detrás, o que
definimos como "o caminho da dor" ou "o caminho da terra."
Cabalá Para o Aluno

Daquele caminho origina-se a filosofia da moral chamada "ética", baseada no


conhecimento empírico, através do exame da razão prática, cuja essência não é nada
mais que o resumo dos danos visíveis resultantes dos núcleos do egoísmo.

Esses experimentos ocorrem por acaso, não como resultado da nossa escolha
consciente, mas nos conduzindo à sua meta, por certo, pois a imagem do mal aumenta
cada vez mais aos nossos sentidos. E à medida que reconhecemos seus efeitos, nós o
removemos de nós, e após isso subimos mais um degrau da escada.

A segunda força nos empurra conscientemente, por nossa própria escolha. Ela nos puxa
e isso é o que se define como "o caminho da Torá e Mitzvot." Ao observá-las,
proporcionamos satisfação a nosso Criador, desenvolvendo-se em nós o sentido do
reconhecimento do mal, conforme observado na "Matan Torá" (Item 13).

Aqui nos beneficiamos duas vezes:

A. Nós não temos que aguardar as provações da vida nos empurrarem, cuja medida de
estímulo é a medida de sofrimento e destruição. Pelo contrário, através da delicadeza
sentimos que ao trabalharmos sinceramente para Ele e para agradá-Lo, desenvolve-se
dentro de nós um reconhecimento real da pequenez dessas faíscas de amor-próprio, que
são obstáculos no nosso caminho para receber aquele sabor sutil de doação ao Criador.
Assim, o sentido gradual do reconhecimento do mal se desenvolve em nós a partir dos
momentos de alegria e de grande tranquilidade, através da recepção do bem ao servir o
Criador, e da sensação de suavidade e doçura que nos atinge, devido à equivalência de
forma com nosso Criador.

B.Nós economizamos tempo, pois Ele age para nos "iluminar", permitindo-nos
desenvolver o nosso trabalho e acelerar o tempo como desejamos.

A Religião não é para o Bem do Povo, mas para o Bem do Criador

Muitos enganam-se ao comparar nossa sagrada Torá à Ética. Isso se dá pelo fato de
nunca terem experimentado a religião em suas vidas. Eu lhes peço: "Provem e vejam
como o Senhor é bom." É verdade que tanto a ética quanto a religião buscam atingir o
mesmo objetivo - elevar o homem acima da vileza e da limitação do amor-próprio e
conduzi-lo às alturas do amor pelos demais.

Mas ainda assim eles são tão distantes um do outro como a distância entre o
Pensamento do Criador e o pensamento das pessoas. A religião ocorre a partir dos
Pensamentos do Criador, e a ética é proveniente dos pensamentos corpóreos e das
experiências de vida. Há desse modo uma diferença evidente entre eles, tanto nos
aspectos práticos quanto no objetivo final, pois o reconhecimento do bem e do mal que
se desenvolve em nós através da ética, à medida que o utilizamos, é relativo ao sucesso
da sociedade.

Com a religião, no entanto, o reconhecimento do bem e do mal que se desenvolve em


nós é relativo ao Criador somente, isto é, da disparidade de forma do Criador, para a
Cabalá Para o Aluno

equivalência de forma com Ele, denominada Dvekut (adesão), de acordo com o


especificado na "Matan Torá" (Itens 9-11).

Elas também encontram-se completamente distantes uma da outra em relação à meta,


pois o objetivo da ética é o bem-estar da sociedade sob a perspectiva da razão prática,
derivada das experiências da vida. Por fim, esse objetivo não oferece a seu seguidor
nenhum júbilo além dos limites da natureza. Portanto, é ainda sujeito a críticas, pois
quem pode provar seu benefício a alguém, de modo que seja compelido a diminuir-se
em favor do bem-estar da sociedade?

O objetivo religioso, no entanto, promete o bem-estar do indivíduo que o segue, pois


como já foi demonstrado anteriormente, ao amarmos os outros, nos encontramos em
Dvekut direto, que é a equivalência de forma com o Criador, e junto com ele o homem
passa do seu mundo estreito, repleto de dor e impedimentos, para um mundo eterno de
doação ao Senhor e às pessoas.

Você também observará que ao seguir a ética receberá aprovação das pessoas, como um
aluguel, que finalmente torna-se lucrativo. Ao acostumar-se a essa tarefa, o homem
não mais ascenderá os degraus da ética, pois passará a ser recompensado pela
sociedade, que paga por suas boas ações.

No entanto, ao observar a Torá e a Mitzvot, a fim de agradar o seu Criador, sem


qualquer recompensa, ele sobe os degraus da ética, precisamente, à medida que ele a
busca, mesmo que não haja qualquer pagamento. Cada centavo é adicionado a uma
conta maior. Por fim, ele adquire um padrão, que é o da doação aos outros, sem
qualquer auto-gratificação, exceto para as necessidades básicas de sua vida.

Nesse momento ele se encontra liberado dos encarceramentos da Criação, pois ao


repudiar qualquer ato de recepção para si mesmo e sua alma passar a desprezar os
pequenos prazeres físicos e de apreço, ele se encontra livre para se deslocar no mundo
do Criador. Como o mal atinge o homem por meio da auto-recepção nele contido,
agora nenhum dano ou infortúnio poderá lhe advir.

Assim, demonstramos que o objetivo da religião destina-se ao indivíduo que se


compromete com ela, e não à utilização ou benefício de pessoas comuns, apesar de suas
ações girarem em torno do benefício delas e sejam medidas por esses atos . Contudo,
esta é apenas uma passagem para a meta sublime, que é a equivalência de forma com o
Criador. Agora, podemos entender que o objetivo da religião é adquirido ao vivermos
neste mundo, e ao examinarmos atentamente a "Matan Torá", no que se refere ao
propósito do todo e do indivíduo.
Cabalá Para o Aluno
Cabalá Para o Aluno

Corpo e Alma
Antes de esclarecer este importante tópico, faz-se necessário observar que, embora
pareça que os leitores considerem impossível elucidar e trazer este assunto mais
próximo da mente humana, exceto por confiar nos conceitos filosóficos e abstratos,
como é geralmente o caso em tais análises, desde o dia em que descobri a sabedoria da
Cabalá e dediquei-me a ela, tenho me distanciado da filosofia abstrata e de todas as suas
ramificações, como o leste se distancia do oeste. Tudo o que escreverei agora será a
partir de uma perspectiva puramente científica, com precisão absoluta, e por meio de
simples reconhecimento de coisas práticas e úteis.

Embora eu mencione as palavras abaixo, isso ocorrerá apenas para indicar a diferença
entre o que a mente humana pode evocar e o que pode ser compreendido usando-se os
conceitos da Torá e da profecia, baseados nos fundamentos práticos (como já mostrado
na " Essência da Sabedoria da Cabalá").

Também gostaria de esclarecer os termos "corpo" e "alma", como realmente são, uma
vez que a verdade e o juízo perfeito são a mesma coisa. Isso ocorre porque a verdade
encontra-se disponível a qualquer um, mas apenas por meio do espírito da Torá Sagrada
e com a eliminação de todos os conceitos distorcidos que têm raízes entre as pessoas,
principalmente dos métodos abstratos pelos quais o espírito da nossa Sagrada Torá é
totalmente retirado.

Três métodos nos conceitos de Corpo e Alma

Em geral, os métodos que abundam em todo o mundo acerca dos conceitos do corpo e
da alma são reunidos de três formas:

1) O Método da Fé

O método de fé afirma que tudo o que existe é espírito ou alma. Acredita-se que haja
objetos espirituais separados um do outro por qualidades, sendo chamados de "almas
das pessoas", e que existem de forma independente, antes de se revestir em um corpo
humano. Depois, quando o corpo morre, a morte não se aplica a ela, pois um objeto
espiritual é um simples objeto e a morte não é mais que uma separação dos elementos
que compõem o objeto.

Isso é possível com objetos físicos, composto de vários elementos que se desintegram
com a morte. Porém, a alma espiritual, que é um objeto extremamente simples,
desprovido de qualquer complexidade, não pode ser separado de nenhuma forma, já que
essa separação anularia sua existência. Assim, a alma é eterna e existe para sempre.

O corpo assim é como uma veste sobre esse objeto espiritual. A alma espiritual se
reveste nele e usa-o para manifestar suas forças: as boas qualidades e todos os tipos de
conceitos. Além disso, ela proporciona ao corpo vida e movimento, guardando-o do
Cabalá Para o Aluno

mal. Assim, o corpo em si é inerte, imóvel e não contém nada mais que matéria morta,
como o vemos uma vez que a alma dele se afasta - quando ele morre - e todos os sinais
de vida que vemos em corpos humanos nada mais são que manifestações dos poderes
da alma .

2) O Método daqueles que Acreditam em Dualidade

Aqueles que acreditam na dualidade pensam no corpo como uma criação completa, em
pé, viva e nutrida, a preservar sua existência em tudo o que for necessário e não
necessitando de qualquer ajuda de qualquer objeto espiritual.

No entanto, o corpo não é considerado a essência do homem, mas sim a percepção da


alma, que é um objeto espiritual, semelhante à visão dos adeptos do primeiro método.

A diferença entre esses dois métodos é apenas o conceito do corpo. Dando-se


prosseguimento ao desenvolvimento extensivo em fisiologia e psicologia, descobriu-se
que a Providência concedeu, dentro da máquina do próprio corpo, todas as necessidades
da vida. Isso, a seu ver, limita o papel da funcionalidade da alma dentro do corpo apenas
a conceitos e virtudes da natureza espiritual. Assim, enquanto acredita-se em dualidade,
em ambos os métodos, diz-se que a alma é a razão para o corpo, o que significa que ele
é uma consequência que se deriva da alma.

3) O Método dos Negadores

Esse é o método dos negadores da espiritualidade, que reconhecem apenas a


corporeidade. Seus defensores negam completamente a existência de qualquer tipo de
objeto abstrato espiritual dentro do corpo. Eles já provaram, evidentemente, que a mente
do homem é também um produto do corpo, retratando-o como uma máquina eletrônica
cujos fios se estendem do corpo para o cérebro, operando pelo contato com as coisas
externas.

Além disso, eles enviam suas sensações de dor ou prazer para o cérebro, que instrui o
órgão sobre o que fazer. Tudo é executado por fios e cabos construídos para esse fim,
que movem o órgão, afastando-o das fontes de dor para as fontes de prazer, definindo
assim as conclusões do homem em relação aos acontecimentos da vida.

Igualmente, o que sentimos como conceitos e entendimentos em nossas mentes, não são
mais que imagens de ocorrências corporais dentro do corpo. A pré-eminência do
homem sobre todos os animais é o fato de nossas mentes serem desenvolvidas de modo
que os eventos do corpo sejam representados no cérebro como imagens que
experimentamos como conceitos e entendimentos.

Desse modo, a mente e todas as suas deduções, são apenas produtos oriundos dos
acontecimentos do corpo. Há defensores do segundo método que concordam
Cabalá Para o Aluno

completamente com este, mas somam o objeto espiritual e eterno a ele, denominado "a
alma que se reveste na máquina do corpo" , denominada de a essência do homem,
sendo a máquina não mais que sua roupa. Assim, defini em termos gerais, toda a
ciência humana que até agora determinou os conceitos de "corpo" e "alma".

O Significado Científico de Corpo e Alma de acordo com a nossa Sagrada Torá

Agora explicarei esta importante questão de acordo com a nossa Sagrada Torá, como
nossos sábios nos explicaram. Já escrevi em vários lugares que não há uma única
palavra de nossos sábios, nem mesmo na sabedoria da Cabalá profética, que se baseie
em pressupostos teóricos. Isso se dá porque sabe-se que o homem é naturalmente
questionável, e que cada conclusão que a mente humana considera adequada, é
considerada inadequada após algum tempo. Assim, os esforços daquele que estuda são
redobrados, pois há sempre inferências e outros a declarar outras certezas.

Todavia, um estudante genuíno andará em torno desse eixo toda a sua vida, pois a
segurança de ontem tornou-se a incerteza de hoje, e a certeza de hoje irá se tornar a
incerteza do amanhã. Portanto, é impossível determinar-se qualquer conclusão
definitiva por mais de um dia.

O Revelado e o Oculto

A ciência de hoje entende que não há certeza absoluta na realidade. Porém, nossos
sábios chegaram a essa conclusão milhares de anos atrás. Assim, em relação às questões
religiosas, eles nos orientaram e nos proibiram não apenas de tirarmos conclusões com
base na teoria, mas também nos proibiram de sermos submetidos a tais teorias, mesmo
por meio de discussões.

Nossos sábios dividiram a sabedoria em dois tópicos: revelada e oculta. A parte


revelada contém tudo o que sabemos da nossa consciência direta, bem como os
conceitos construídos sobre a experiência prática, sem qualquer auxílio de análise, tal
como nossos sábios disseram: "um juiz só tem o que seus olhos vêem."

A parte oculta contém todos esses conceitos que tínhamos ouvido falar de pessoas
confiáveis ou adquirido por nós mesmos através da compreensão geral e da percepção
deles. No entanto, não podemos abordá-la suficientemente de modo a criticá-la com
uma mente saudável, com conhecimento direto. Isso é considerado "oculto", pois
fomos orientados a aceitar as coisas com "fé simples." E, no que diz respeito à religião,
fomos estritamente proibidos até mesmo de olhar para aspectos que possam despertar-
nos para análise e estudá-los.

No entanto, as expressões “revelada” e “oculta” não são permanentes ou se aplicam a


um certo tipo de conhecimento, como o iletrado pensa. Pelo contrário, elas apenas se
aplicam à consciência humana. Assim, referem-se àqueles conceitos já descobertos e
conhecidos através da experiência real como "revelada", e referentes aos conceitos a
serem ainda reconhecidos desta forma como "ocultos".
Cabalá Para o Aluno

Logo, ao longo das gerações, todas as pessoas possuem essas duas divisões. A parte
revelada será permitida para estudo e pesquisa, já que se sustenta em uma base
verdadeira, enquanto a parte oculta é proibida, mesmo para um fragmento de análise, já
que não possui ali base real.

O Permitido e o Proibido na Utilização das Ciências Humanas

Assim, nós que seguimos os passos de nossos sábios, não somos autorizados a utilizar a
ciência humana, exceto com o conhecimento que foi comprovado por experiências
reais, e cuja validade não temos nenhuma dúvida. Portanto, não podemos aceitar
qualquer princípio religioso advindo dos três métodos acima, quanto mais sobre os
conceitos do corpo e da alma, que são os conceitos fundamentais e o tema da religião
como um todo. Podemos aceitar somente os conceitos das ciências da vida, retirados
das experiências que ninguém pode duvidar.

Tal prova não pode ser encontrada em qualquer assunto espiritual, mas apenas em
questões físicas, determinadas para a percepção dos sentidos. Portanto, estamos
autorizados a usar o terceiro método até certo ponto. Ele se ocupa apenas das questões
do corpo, das deduções que foram comprovadas por experimentos e que ninguém
duvida. Os demais conceitos, que combinam a razão do método e outros, são proibidos
para nós. Aquele que os utiliza, comete uma violação “Não se volte para os ídolos."

Esse terceiro método é estranho e extremamente desagradável ao espírito humano. Não


há praticamente nenhuma pessoa verdadeiramente culta que seja capaz de aceitá-lo. Isso
ocorre porque, segundo eles, a forma humana do homem foi eliminada, dissipada. O
homem foi transformado em uma máquina que anda e trabalha por meio de outras
forças, sem qualquer livre escolha, mas pressionado pelas forças da natureza, sendo
todas as suas ações obrigatórias. Assim, o homem não possui nenhuma recompensa ou
punição, uma vez que nenhum julgamento, punição ou recompensa, aplica-se a alguém
que não tenha liberdade de escolha.

Isso é absolutamente inimaginável, e não apenas para os religiosos - que acreditam na


recompensa e punição pois acreditam na Sua Providência e que todas as forças da
natureza são guiadas por Ele e que tudo tem uma causa boa e desejável - bem como é
ainda mais estranho aos olhos dos não-religiosos, que acreditam que todos são deixados
à mercê de uma natureza cega, descontrolada e sem propósito. Esses são como
brinquedos em suas mãos, extraviados, quem sabe onde? Logo, esse método tornou-se
negligenciado e inaceitável ao mundo.

Porém, você já deve saber que o método daqueles que concebem a dualidade, só ocorreu
a fim de corrigir o erro acima mencionado. Por esse motivo, foi por eles convencionado
que o corpo, que é apenas uma máquina de acordo com o terceiro método, não é, de
modo algum, um humano real. A verdadeira essência do homem é algo completamente
diferente - invisível e imperceptível aos sentidos, sendo uma entidade espiritual,
revestida e oculta dentro do corpo. Trata-se do "self" do homem, o "Eu". O corpo e tudo
Cabalá Para o Aluno

dentro dele são considerados bens desse Eu eterno e espiritual, conforme definido por
eles.

No entanto, eles reconhecem que esse método é equivocado, já que não podem explicar
como uma entidade espiritual, sendo a alma ou o ego, pode mover o corpo ou decidir
algo em relação a essa questão. Isso se dá pois ao seguir-se a própria precisão filosófica,
o espiritual não estabelece qualquer contato com o físico, não havendo absolutamente
nenhum impacto sobre ele, como eles próprios escreveram.

A Acusação Contra o Rambam (Maimônides)

Independente dessa questão, esse método foi proibido em Israel, conforme já explicado
acima. É importante saber que toda a acusação ao Rambam por sábios de Israel e o
julgamento severo para queimar seus livros, não ocorreram por haver dúvidas sobre a
justiça e piedade do Rambam em si. Pelo contrário, foi apenas porque ele utilizou a
filosofia e a metafísica - que se encontravam em seu auge na época - como assistência
para seus livros. O Rambam desejava salvá-los, no entanto, os sábios não concordaram
com ele.

Não é necessário dizer, que hoje em dia nossa geração já reconheceu que a filosofia
metafísica não contém nenhum conteúdo real que seja digno de se dedicar tempo, sendo
ordenado a qualquer um que não faça uso de suas palavras.
Cabalá Para o Aluno

Exílio e Redenção
A harmonia entre a religião e a lei do desenvolvimento ou o destino cego

"E entre essas nações contudo não haverá repouso".

- Deuteronômio 28:85

"E aquilo que vem à sua mente não deverá existir, naquilo que você diz seremos como
as nações, como as famílias dos países".

- Ezequiel 20:32

O Criador, evidentemente, mostra-nos que Israel não pode existir no exílio, e não
encontrará descanso como o resto das nações que se reuniu a outras encontrando assim
tranquilidade, e tornando-se semelhante, até que nenhum vestígio delas permaneceu. A
casa de Israel também não é assim. Essa nação não encontrará descanso até que realize
o verso: "E dali buscarás o Senhor teu Deus, e irás encontrá-Lo, clamando, com todo teu
coração e toda a tua alma" (Deuteronômio 4:29 ).

Isso pode ser constatado ao se estudar a Providência e o verso que nos declara, "A Torá
é verdadeira tanto como todas as suas palavras, e ai de nós ao duvidarmos de sua
veracidade." E afirmamos que todas as tribulações que nos ocorrem são falta de sorte do
destino, não sendo elas nada mais do que a solução – trazendo-nos de volta os
problemas a ponto de vermos que eles não são coincidentes, mas a Providência resoluta,
determinada na Sagrada Torá.

Poderíamos elucidar esta questão por meio da lei do desenvolvimento em si: a natureza
da Orientação determinada que atingimos através da Torá, como no caminho da
Providência (ver "Dois Caminhos"), um desenvolvimento bem mais rápido do que de
outras nações que chegou até nós e, como seus membros se desenvolveram desse
modo, sempre houve a necessidade de se prosseguir e ser extremamente preciso com
todas as Mitzvot da Torá. Pelo fato de não o terem feito, mas por terem desejado incluir
seu egoísmo limitado, ou seja, Lo Lishma, isso desencadeou a ruína do Primeiro
Templo, uma vez que pretendiam exaltar a riqueza e o poder acima da justiça, como
outras nações.

Todavia, como a Torá proíbe, negou-se a Torá e a profecia, adotando-se os hábitos dos
vizinhos a fim de que pudessem aproveitar tanto a vida quanto o egoísmo exigido
deles. E como isso foi feito, os poderes da nação se dividiram: alguns seguiram os reis e
os líderes egoístas, alguns seguiram os profetas. Essa separação persistiu até a ruína.

No Segundo Templo, isso ainda se tornou mais evidente, pois o início da separação foi
apresentado publicamente por seus discípulos licenciosos, liderados por Tzadok e
Bytos. Sua revolta contra os nossos sábios girava principalmente em torno da obrigação
de Lishma, como nossos sábios diziam: "Homens sábios, tomem cuidado com suas
palavras”, pois eles não queriam abandonar seu egoísmo, criando comunidades do tipo
Cabalá Para o Aluno

inescrupuloso e tornando-se uma grande seita denominada "Tzdokim", composta pelos


ricos e pelos líderes, a perseguir os desejos egoístas, ao contrário do caminho da Torá.
Eles lutaram a Prushim e introduziram as leis do reino romano em Israel. São aqueles
que nunca fizeram as pazes com o despótico, como nossos sábios, aconselhados pela
Torá, até que a casa estivesse em ruínas e a glória de Israel fosse eliminada.

A Diferença entre o Ideal Profano e o Ideal Religioso

O ideal profano deriva-se da humanidade e, portanto, não pode elevar-se acima dela, o
que não ocorre com a idéia religiosa, que se origina do Criador e pode assim fazê-lo.
Isso se dá porque a base para um ideal profano é o valor que se dá ao homem que está
se glorificando, que age para vangloriar-se aos olhos das pessoas. Embora às vezes ele
seja visto com demérito aos olhos de seus contemporâneos, ainda assim pode contar
com outras gerações, o que lhe é uma preciosidade, como uma pedra preciosa que
alimenta seu proprietário, embora ninguém saiba disso.

A idéia religiosa, no entanto, baseia-se na glória aos olhos de Deus. Assim, aquele que
segue uma idéia religiosa pode elevar-se acima da humanidade.

Do mesmo modo o é entre as nações de nosso exílio. Enquanto seguimos o caminho da


Torá, permanecemos seguros, pois todas elas sabiam que somos um povo altamente
desenvolvido e desejavam nossa cooperação. Eles nos exploraram, cada um segundo
seus próprios desejos egoístas. No entanto, ainda tínhamos uma grande força entre as
nações, pois, após tudo isso, ainda existe uma parte considerável deixada para nós,
maior do que para os cidadãos do país.

Contudo, como as pessoas se rebelaram contra a Torá em sua aspiração para executar
seus estratagemas egoístas, elas perderam o propósito da vida, ou seja, a obra de Deus.
E como o objetivo sublime foi trocado por objetivos egoístas dos prazeres da vida,
qualquer um que alcançasse a fortuna, imaginava que elevaria sua própria meta com
glória e beleza. Desse modo, enquanto o homem religioso distribuía para a caridade,
com boas obras, construindo seminários e outras necessidades coletivas, o egoísta
dividia com as alegrias da vida: comida, bebida, roupas e jóias, igualando-se àqueles
mais populares em cada nação.

Com essas palavras, só pretendo demonstrar que a Torá e a lei natural de


desenvolvimento caminham lado a lado na unidade maravilhosa, mesmo com a fé cega.
Assim, os incidentes desagradáveis no exílio, que temos muito para contar, se deram
porque nos desviamos da Torá. E se tivéssemos guardado seus mandamentos, nenhum
mal chegaria a nós.

A Congruência e a Unidade entre a Torá e Fé Cega e o Desenvolvimento do Cálculo


Humano

Assim, neste momento, proponho à Casa de Israel dizer aos nossos problemas: "Basta!"
- e façamos um cálculo humano sobre os eventos a nós causados por vezes, aqui em
Cabalá Para o Aluno

nosso país. Desejamos dar início à nossa própria política, já que não temos nenhuma
esperança de nos apegarmos à terra como uma nação, pois não aceitamos a nossa
sagrada Torá sem atenuantes, até a última condição do trabalho de Lishma, e não para
si, com resíduos de egoísmo, conforme comprovado no artigo "Matan Torá".

Se não nos organizarmos nesse sentido, haverá divisões entre nós, e, sem dúvida,
seremos empurrados para a direita e para a esquerda, como todas as nações, e ainda
mais. Isso se dará, pois essa é a natureza daqueles desenvolvidos, que não podem ser
contidos e que não curvam sua cabeça diante de nada, nem de qualquer idéia que
advenha de uma pessoa com opinião. É por isso que nossos sábios disseram: "Israel é a
mais feroz das nações", como aquele cuja mente é mais ampla e mais obstinada.

Essa é uma lei psicológica. Se você não me entender, estude esta lição entre os
membros contemporâneos da nação: quando começamos a construir, o tempo já terá
revelado nossa impetuosidade e determinação, e aquilo que um constrói, o outro destrói

... Isso é conhecido por todos, mas há algo novo em minhas palavras: Acredita-se que
no final, o outro lado entenderá o perigo e curvará a cabeça aceitando a sua opinião.
Mas sei que mesmo que os amarremos juntos em uma única cesta, eles não se renderão
nem mesmo um pouco, e nenhuma adversidade irá interferir para que alcancem sua
ambição.

Em uma palavra: a menos que não elevemos nosso objetivo acima da vida corpórea, não
teremos renascimento corporal, pois o espiritual e o corpóreo em nós não podem habitar
o mesmo recipiente, pois somos filhos da essência, e mesmo que estejamos imersos em
quarenta e nove portões do materialismo, ainda assim não a abandonaremos. Assim,
necessitamos do propósito sagrado de Seu nome.
Cabalá Para o Aluno

Um Discurso pela Conclusão do Zohar

Sabe-se que a finalidade pretendida com o trabalho na Torá e nas Mitzvot é aderir-se ao
Criador, de acordo com o que está escrito, "e aderir-se a Ele." Devemos entender o que
essa Dvekut (adesão) com o Criador significa, pois o pensamento não tem qualquer
percepção Dele. Na verdade, nossos sábios discutiram essa questão antes de mim,
perguntando sobre o verso, " e aderir-se a Ele" : “Como alguém pode aderir-se a Ele?
Afinal, Ele é fogo consumidor. "

Eles responderam: "Aderir-se às suas qualidades: como Ele é misericordioso, você é


misericordioso; como ele é compassivo, você é compassivo." Isso é complexo: como
nossos sábios se desviaram do texto literal? Pois está explicitamente escrito, " e se
aderir a Ele." Se o significado fosse aderir-se às suas qualidades, deveria estar escrito,
"aderir-se às Sua formas." E então, por que “e aderir-se a Ele?”

O fato é que na corporeidade, que ocupa espaço, entendemos Dvekut como a


proximidade de lugar e separação como afastamento do lugar. No entanto, na
espiritualidade, que não ocupa nenhum espaço, Dvekut e separação não significam
proximidade ou afastamento do lugar, por não ocuparem nenhum lugar. Pelo contrário,
entendemos Dvekut como equivalência de forma entre dois seres espirituais, e
entendemos separação como a disparidade de forma.

Assim como o machado corta e separa um objeto corpóreo em duas partes, separando-as
uma da outra, a disparidade de forma distingue o espiritual e o divide em dois. Se a
desigualdade de forma entre eles for pequena, dizemos que estão um pouco distante um
do outro. Se essa disparidade for grande, dizemos que estão muito longe um do outro.
Se eles forem de formas opostas, dizemos que estão longe um do outro como dois
extremos.

Por exemplo, quando duas pessoas se odeiam, diz-se que elas que estão separadas uma
da outra quanto o Leste do Oeste. E se eles se amam, diz-se que elas estão ligadas entre
si como um único corpo.

Isso não se refere à proximidade ou afastamento físico. Pelo contrário, refere-se à


equivalência de forma ou à sua disparidade. Isso acontece porque quando as pessoas se
amam, ocorre a equivalência de forma entre elas, pois aquele que ama tudo o que o
amigo ama e se detesta tudo o que o amigo detesta, eles estão ligados um ao outro e se
amam.

No entanto, se houver qualquer disparidade de forma entre eles, e um amar algo apesar
do amigo odiar essa coisa, eles são detestáveis um ao outro e se encontram distantes na
medida de sua desigualdade da forma. Se eles forem opostos de modo que tudo o que
um ama, o outro odeia, diz-se que eles que estão tão distantes e tão separados quanto o
Leste do Oeste.
Cabalá Para o Aluno

Você então descobrirá que a disparidade de forma na espiritualidade, age como o


machado que separa na corporeidade. Semelhantemente, a medida de afastamento do
local e a medida da separação entre eles depende da medida de desigualdade de forma
entre si. Além disso, a medida da Dvekut entre eles depende do grau de equivalência de
forma entre eles.

Agora compreendemos como nossos sábios estavam certos quando interpretaram o


verso, “e aderir-se a Ele”, como a adesão com Suas qualidades- tal como Ele é
misericordioso, você é misericordioso; como Ele é compassivo, você é compassivo.
Eles não desviaram o texto do significado literal. Muito pelo contrário, eles o
interpretaram precisamente, de acordo com seu significado literal, já que a Dvekut
espiritual só pode ser retratada como a equivalência da forma. Assim, ao igualarmos
nossa forma com a forma de Suas qualidades, nos tornamos ligados a Ele.

É por isso que eles disseram, "como Ele é misericordioso." Em outras palavras, todas as
Suas ações são para oferecer e beneficiar os outros, e não para seu próprio benefício,
pois Ele não possui deficiências que necessitem de complementação. Além disso, Ele
não tem ninguém de quem possa receber. Da mesma forma, todas as suas ações serão
para oferecer e beneficiar os demais. Assim, você igualará sua forma com a forma das
qualidades do Criador, e isso é a Dvekut espiritual.

Há um entendimento para "mente" e um entendimento para "coração" na equivalência


da forma mencionada anteriormente. O comprometimento com a Torá e com as Mitzvot,
a fim de proporcionar satisfação ao Criador é equivalência de forma na mente. Isso
ocorre porque o Criador não pensa em Si mesmo, ou se existe ou se cuida de Suas
criações ou outras dúvidas quaisquer. Da mesma forma, alguém que deseje alcançar
equivalência de forma, não deve pensar nessas coisas, pois o Criador não pensa nelas
também, e não há maior discrepância do que essa. Portanto, qualquer um que pensar que
tais questões são desvinculadas de Deus, nunca conseguirá atingir a equivalência de
forma.

Assim nossos sábios disseram: "Que todas as suas ações sejam para o Criador", ou seja,
Dvekut com o Criador. Não faça nada que não objetive a Dvekut. Isso significa que
todas as suas ações serão para doar e beneficiar seu companheiro. Nesse momento você
atingirá equivalência da forma com o Criador - assim como todas as Suas ações são para
doar e beneficiar os outros, então, todas as suas ações serão as mesmas. Esse é o Dvekut
completo.

Mas poderíamos perguntar: "Como a ação de alguém pode beneficiar aos demais?
Afinal, é preciso trabalhar para sustentar a si e à sua família. " A resposta é que aqueles
atos efetuados por necessidade, para suprir o sustento, não são elogiáveis nem
condenáveis, pois isso não é considerado fazer algo a alguém, de forma alguma.
Cabalá Para o Aluno

Aquele que busca respostas no coração, irá se surpreender com o modo que se pode
atingir equivalência de forma completa, pois todas as ações tornam-se doação aos
outros, ao passo que a essência do homem é apenas receber para si mesmo. Por natureza
somos incapazes de fazer a mínima coisa para beneficiar outrem; em vez disso, quando
damos aos demais, somos levados a pensar que no final, receberemos um prêmio que
vale à pena. Se houver dúvidas em relação a ele, a pessoa não mais agirá. Assim, como
pode a ação de cada homem ser somente para conceder aos outros e não para si?

Na verdade, admito que isso é algo muito complexo. Não se pode mudar a natureza da
criação de alguém - que é apenas receber para si mesmo - muito menos invertê-la de um
extremo ao outro, o que significa não receber nada para si mesmo, mas agir apenas para
doar.

No entanto, é por isso que o Criador nos deu a Torá e as Mitzvot, onde fomos ordenados
somente com o fim de dar satisfação ao Criador. Não fosse o comprometimento com a
Torá e com as Mitzvot Lishma (para Seu Nome), trazendo satisfação ao Criador e não
nos beneficiando a nós mesmos, não haveria nenhuma medida no mundo que pudesse
nos ajudar a modificar a nossa natureza.

Agora é possível entender o rigor ao se envolver com a Torá e Mitzvot Lishma. Se a


intenção de alguém não for beneficiar o Criador, mas a si mesmo, não somente a
natureza do desejo de receber não será modificada, mas também, a vontade de receber
será muito maior do que aquela concedida pela natureza de sua criação.

Mas quais são as virtudes daquele que foi recompensado com a Dvekut com o Criador?
Elas não são especificadas em nenhum lugar, exceto em insinuações sutis. Desse modo,
a fim de esclarecer essas questões em minha obra, devo revelar um pouco, tanto quanto
necessário.

Explicarei esses tópicos com uma alegoria. O corpo e seus órgãos são algo único. Esse
todo troca pensamentos e sensações referentes a cada um de seus órgãos. Por exemplo,
se o corpo pensar que um órgão específico deveria servi-lo e satisfazê-lo, esse órgão
reconhecerá imediatamente esse pensamento e proporcionará o prazer aspirado. Além
disso, se um órgão pensar e sentir que se encontra em um local incômodo, o resto do
corpo imediatamente absorverá esse pensamento e essa sensação, mudando-se para um
lugar confortável.

Porém, ao se separar um órgão do corpo, eles se tornarão duas entidades separadas; o


resto do corpo não mais conhecerá as necessidades do órgão separado e o órgão não
saberá seu pensamento para beneficiá-lo e servi-lo. Entretanto, se um médico reconectar
esse órgão ao corpo como antes, ele, uma vez mais, reconhecerá seus pensamentos e
necessidades , e, consequentemente o resto do corpo reconhecerá o que o órgão
necessita.

De acordo com essa alegoria, podemos compreender o mérito daquele que foi
recompensado com a Dvekut com o Criador. Conforme coloquei no livro "Introdução ao
Cabalá Para o Aluno

Livro do Zohar", item 9, a alma é uma luz que se expande da Essência Dele, que foi
separada do Criador por Seu revestimento e com a vontade de receber. Isso é assim
porque o Pensamento da Criação para fazer o bem às Suas criações, originou em cada
alma um desejo de receber prazer. Logo, essa forma do desejo de receber separou
aquela luz de Sua Essência e transformou-o em uma parte separada Dele.

Ocorre que cada alma foi incluída na Sua Essência antes da sua criação. Mas com ela,
ou seja, juntamente com o desejo de receber prazer que fora inserido ali, a criação
adquiriu a diferença de forma, sendo separada do Criador, cujo único desejo é o de doar.
Como já explicado acima, isso se dá pois a disparidade de forma separa espiritualmente,
como faz o machado na corporeidade.

Assim, agora a alma é completamente semelhante à alegoria sobre o órgão que foi
cortado e separado do corpo. Mesmo assim, antes da separação, eles - o órgão e o corpo
inteiro- foram um, e trocaram pensamentos e sensações um com o outro. Depois que o
órgão foi cortado do corpo eles se tornaram duas entidades. Agora um não conhece os
pensamentos e necessidades do outro; ainda mais depois da alma ser revestida com um
corpo neste mundo: todas as conexões que ela possuía antes da separação de Sua
Essência terminaram, sendo agora como duas entidades separadas.

Agora podemos entender facilmente o mérito daquele que foi recompensado com a
adesão a Ele mais uma vez. Ou seja, a equivalência de forma com o Criador lhe foi
concedida , modificando a vontade de receber, estabelecida nele através da força da
Torá e das Mitzvot. Foi exatamente isso que o separou de Sua Essência, transformando-
o em vontade de doar. Todas suas ações agora são apenas para dar e beneficiar os
outros, pois o homem igualou-se em forma com o Criador. Assim, o órgão que foi uma
vez cortado do corpo e se reuniu a ele posteriormente, sabe seus pensamentos mais uma
vez, tal como era antes da separação.

A alma é assim, também. Depois de ter adquirido a equivalência com Ele, conhece Seus
pensamentos mais uma vez, como já sabia antes da separação Dele, devido à diferença
de forma da vontade de receber. Assim, o verso "conhece o Deus de teu pai", vive nele,
sendo então recompensado com o conhecimento completo, que é o conhecimento
divino. Além disso, lhe são concedidos todos os segredos da Torá, já que Seus
Pensamentos são os segredos da Torá.

Isto é o que o Rabbi Meir afirmou: " Muitas coisas são concedidas a todos aqueles que
estudam a Torá Lishma. Os segredos dela lhes são revelados e eles se tornam como uma
fonte a fluir." Como já dissemos, através do compromisso com a Torá Lishma, visa-se
trazer satisfação a alguém e não o benefício próprio, o que garante a adesão ao Criador.
Isto significa que se irá obter equivalência de forma com Ele e todas as ações serão em
benefício dos outros e não a si mesmo. Isto é ser como o Criador.

Por meio disso se retorna à Dvekut com o Criador, como era a alma antes da sua
criação, sendo-lhe concedidos segredos e recompensas, como uma fonte a fluir. Isso
Cabalá Para o Aluno

ocorre pois as divisões que separam o homem da Criação foram eliminadas e ele uniu-se
a Ele novamente, como fora criado.

Na verdade, toda a Torá, revelada e oculta, é o Pensamento do Criador, sem nenhuma


diferença. No entanto, é como uma pessoa se afogando no rio, cujo amigo lhe atira uma
corda para salvá-lo. Se ele pegar a corda no local certo, seu amigo poderá salvá-lo e
puxá-lo para fora do rio.

A Torá é assim também. Ser inteiramente os pensamentos do Criador, assemelha-se a


uma corda que o Criador atira para as pessoas para salvá-las e tirá-las das Klipot
(cascas). A ponta da corda que está próxima a todas as pessoas é a Torá revelada, que
não exige qualquer intenção ou pensamento. Além disso, mesmo quando houver um
pensamento inadequado nas Mitzvot, ele ainda é aceito pelo Criador, conforme está
escrito: "Deve-se sempre praticar a Torá e as Mitzvot Lo Lishma (não pelo Nome Dela),
pois a partir de Lo Lishma chega-se à Lishma ".

Assim, a Torá e as Mitzvot são o fim da corda, e não há uma pessoa no mundo que não
possa alcançá-la. Se alguém agarrá-la firmemente, será recompensado com a prática da
Torá e das Mitzvot Lishma, trazendo satisfação ao Criador e não para si mesmo, sendo
conduzido à equivalência de forma com o Criador. Este é o significado da expressão
"aderir-se a Ele."

Naquele momento ocorrerá a aquisição de todos os Pensamentos do Criador,


denominados de "segredos da Torá" e "sabores da Torá", que são o resto da corda. No
entanto, isso só acontece depois de se ter alcançado a Dvekut completa.

A razão para comparamos os Pensamentos do Criador a uma corda, é existirem muitos


graus de equivalência de forma com Ele, havendo assim, muitos graus na corda para se
atingir esses segredos. A medida para atingi-los e conhecer Seus Pensamentos, é como a
medida de equivalência de forma com Ele.

Ao todo, existem cinco graus: Nefesh, Ruach, Neshama, Chaya, Yechida, e cada um é
composto de todos eles. Além disso, cada um contém cinco graus, e cada um deles
contém pelo menos vinte e cinco graus.

Eles também são chamados "mundos", como nossos sábios afirmaram: "O Criador
confere a cada justo 310 mundos." A razão para os degraus para alcançá-Lo serem
chamados de "mundos" é que há dois significados para a palavra Olam ( Mundo):

1. Todos aqueles que entram nesse mundo têm a mesma sensação; o que um vê, ouve e
sente, todos naquele mundo vêem, ouvem e sentem também.

2. Todos aqueles que estão nesse mundo “oculto” não podem conhecer ou alcançar nada
em outro mundo. E, também, esses dois degraus encontram-se em processo de
aquisição:
Cabalá Para o Aluno

1. Qualquer pessoa que tenha sido recompensada com um certo grau, sabe e atinge nele
tudo o que aqueles que chegaram àquele grau atingiram, em todas as gerações que se
foram e que ainda serão. Entre eles há a realização em comum, como se estivessem no
mesmo mundo.

2. Todos os que alcançarem esse nível não saberão ou alcançarão o que existe em outro
grau. É como este mundo: eles não se pode saber nada do que existe no mundo de
verdade. É por isso que os graus são chamados de "mundos".

Assim, aqueles que obtiveram êxito, podem compor livros e colocar seus feitos por
escrito em alusões e alegorias, que serão compreendidas por todos os que forem
premiados com os graus que os livros descrevem, obtendo êxito em comum com eles.
Mas aqueles que não foram recompensados com a plena medida do grau similar ao dos
autores, não conseguirão compreender essas sugestões. Isso se evidencia ainda mais
com aqueles que não tenham sido recompensados com qualquer realização; eles não
entenderão nada, por não possuírem realizações em comum.

Já dissemos que a Dvekut completa e a aquisição plena dividem-se em 125 degraus ao


todo. Assim, antes do dia do Messias, é impossível se alcançar todos os 125 níveis,
havendo duas diferenças entre a geração do Messias e todas as outras gerações:

1. Somente na geração do Messias é possível se atingir todos os 125 degraus, e em


nenhuma outra geração.

2. Ao longo das gerações, aqueles que ascenderam e foram recompensados com a


Dvekut foram poucos, de acordo com que nossos sábios escreveram, "Encontrei uma
pessoa em cada mil, um mil adentram a sala, e um sai a ensinar", o que significa a
Dvekut e a realização. E como afirmaram, "pois a terra estará cheia do conhecimento do
Senhor." “E cada homem não ensinará mais a seu vizinho e a seu irmão, dizendo:
'Conhece o Senhor', pois todos Me conhecerão, do menor deles ao maior. "

Uma exceção foi o Rashbi e sua geração, autores do Zohar, que alcançaram todos os
125 degraus em plenitude, mesmo antes dos dias do Messias. Sobre ele e seus
discípulos foi dito: "Um sábio é preferível a um profeta." Portanto, encontramos
frequentemente no Zohar que não haverá ninguém semelhante à geração de Rashbi até a
geração do Rei Messias. É por isso que sua obra teve um impacto tão grande no mundo,
pois os segredos da Torá nele ocupam o nível de todos os 125 degraus.

Assim, é dito no Zohar que O Livro do Zohar será revelado apenas no Final dos Dias,
nos dias do Messias. Isso pelo fato dos níveis dos estudantes não estarem na medida
plena do grau do autor, pois não entenderão suas alusões, já que não possuem uma
realização comum.

Como o nível dos autores do Zohar encontra-se no nível máximo de 125 degraus, eles
não podem ser alcançados antes do dia do Messias. Assim, o Zohar não poderia ser
revelado nas gerações anteriores à essa.
Cabalá Para o Aluno

Esta é uma prova clara de que nossa geração chegou aos dias do Messias. Podemos
observar que todas as interpretações do Livro de Zohar, antes da nossa, não
esclareceram mais que dez por cento das passagens mais difíceis do Zohar. E, no pouco
que foi esclarecido, suas palavras são quase tão enigmáticas quanto as palavras do
Zohar em si.

Entretanto, em nossa geração, fomos recompensados com o comentário do Sulam


(escada), que é uma interpretação completa de todas as palavras do Zohar. Além disso,
as questões são esclarecidas de forma analítica e direta, para que qualquer estudante
intermediário possa entender. E como o Zohar apareceu em nossa geração, essa é uma
prova clara de que já estamos nos dias do Messias, no início da geração em que se disse,
"pois a terra estará cheia do conhecimento do Senhor ".

Devemos saber que as questões espirituais não são como as questões corporais, em que
dar e receber são como uma coisa só. Na espiritualidade, o tempo para dar e o tempo de
receber são separados, pois primeiro o Criador deu ao receptor; e neste doar Ele apenas
oportunizou uma chance para receber. Contudo, ele não recebe nada, até que esteja
devidamente santificado e purificado. Então é recompensado com a recepção, podendo
levar um longo tempo entre o momento de dar e o tempo de receber.

Consequentemente, a afirmação de que esta geração acompanha o verso " pois a terra
estará cheia do conhecimento do Senhor", refere-se apenas a doar. No entanto, ainda
não chegamos a um estado de recepção. Quando estivermos purificados, santificados e
estudarmos, e agirmos adequadamente, o tempo de recepção chegará; e o verso, "pois a
terra estará cheia do conhecimento do Senhor", se tornará realidade dentro de nós.

Além disso, sabe-se que a purificação e a realização completa encontram-se


interligadas. A prova é que qualquer um que seja atraído pelos segredos da Torá,
também é atraído para a terra de Israel. Por isso que nos foi prometido "pois a terra
estará cheia do conhecimento do Senhor," somente no fim dos dias, durante o tempo de
redenção.

Portanto, como ainda não fomos recompensados com o momento de recepção por
completo, mas apenas com um tempo para doar, nos concedido para que tivéssemos a
chance de alcançar a realização plena, assim ocorre com a redenção. Fomos
recompensados com ela apenas na forma de doação. O fato é que o Criador libertou
nossa terra sagrada dos estrangeiros e deu-a de volta a nós, embora ainda não a
tenhamos recebido sob nossa própria autoridade, pois o momento da recepção ainda não
chegou, de acordo com o que explicamos em relação à realização completa.

Assim, Ele deu, mas não recebemos. Afinal, não temos independência econômica, e não
há independência política sem independência econômica. Além disso, não há redenção
do corpo sem redenção da alma. E, enquanto a maioria das pessoas for cativa das
culturas estrangeiras e for incapaz de praticar a religião e a cultura de Israel, os corpos
também estarão em cativeiro sob forças inapropriadas. A este respeito, a terra ainda se
encontra nas mãos de estrangeiros.
Cabalá Para o Aluno

A prova é que ninguém se encontra entusiasmado em relação à redenção, o que deveria


ter ocorrido após dois milênios. Não apenas aqueles da Diáspora não se inclinaram a vir
até nós e deleitar-se com o resgate, mas também uma grande parcela daqueles que
foram libertados e já moram entre nós, aguardam ansiosamente livrar-se da presente
salvação e retornar à Diáspora de onde vieram.

Assim, embora o Criador tenha libertado a terra das mãos das nações e a tenha dado a
nós, nós ainda não a recebemos e não gostamos disso. Mas com essa doação, o Criador
nos oportunizou a redenção, a possibilidade de sermos purificados e santificados e
aceitar a obra de Deus na Torá e nas Mitzvot Lishma. Naquele momento o Templo será
construído e receberemos a terra em autoridade. Então experimentaremos e sentiremos a
alegria da redenção.

Mas enquanto não chegarmos lá, nada mudará. Não há nenhuma diferença entre os
comportamentos atuais da terra e como era no tempo do domínio dos estrangeiros, na
lei, na economia e na obra de Deus. Logo, tudo o que temos é uma oportunidade para a
redenção.

Nossa geração então é a geração dos dias do Messias. E é por isso que nos foi restituída
nossa terra santa das mãos dos estrangeiros. Fomos também recompensados com a
revelação do Livro do Zohar, que é o início da realização do verso, "pois a terra estará
cheia do conhecimento do Senhor." “E eles não ensinarão mais ... pois eles todos Me
conhecerão, do menor deles até o maior. "

No entanto, só fomos recompensados com a doação do Criador, mas sem recebermos


nada em nossas próprias mãos. Em vez disso, tivemos uma chance de dar início à obra
de Deus, dedicando-nos à Torá e Mitzvot Lishma. Em seguida, nos será concedido o que
está prometido para a geração do Messias, o que todas as gerações anteriores a nós não
sabiam. Naquele momento seremos recompensados com recepção de ambas, a
realização completa e a redenção completa.

Assim, a resposta de nossos sábios em resposta à questão: "Como é possível aderir-se a


Ele?”, foi “aderir-se a suas qualidades”. Isso é possível por duas razões:

1. A Dvekut espiritual não encontra-se na proximidade do local, mas na equivalência de


forma.

2. Como a alma foi separada de Sua Essência devido apenas ao desejo de receber,
impresso nela pelo Criador, uma vez que Ele tivesse separado esse desejo, ele
naturalmente retornaria à Dvekut anterior com Sua Essência.

No entanto, tudo isso é teoria. Na verdade, eles não responderam nada explicando a
adesão às Suas Qualidades, o que vem a ser separar o desejo de receber, impresso na
natureza da Criação e chegar ao desejo de doação - o oposto da sua natureza.
Cabalá Para o Aluno

O que expusemos anteriormente, que alguém que estivesse se afogando em um rio


deveria agarrar firmemente a corda e que antes praticasse a Torá e Mitzvot Lishma de
forma que não voltasse à irracionalidade, não é considerado ‘segurar a corda com
firmeza’, e a pergunta retorna : Onde encontrar motivação para exercer a plena e
exclusiva satisfação ao Criador? Afinal, não se pode fazer um único movimento sem
qualquer benefício para si mesmo, como uma máquina não pode funcionar sem
combustível. E não existindo auto-satisfação, mas apenas a satisfação do Criador, não
haverá combustível para trabalhar.

A resposta é que qualquer um que atingir suficientemente a Sua grandeza, terá a doação
concedida a Ele transformada em recepção, de acordo com o que está escrito em
Masechet Kidushin (p. 7): quando a mulher dá dinheiro a uma pessoa importante , isso é
considerado recepção para ela, e ela é assim santificada.

Do mesmo modo ocorre com o Criador: se alguém alcança a Sua grandeza, não há
maior recepção do que a satisfação ao Criador. Este é o combustível suficiente para a
labuta e para trazer profundamente o contentamento a Ele. Evidentemente que
enquanto não se houver alcançado Sua Grandeza, não se pode considerar ter doado
contentamento ao Criador.

Assim, cada vez que alguém visar apenas trazer contentamento ao Criador e não a si
mesmo, perderá imediatamente a força para o trabalho, pois será como uma máquina
sem combustível, uma vez que não se pode mover qualquer órgão sem tirar nenhum
benefício para si . Como é referido na Torá, isso é ainda mais acentuado ao se doar com
o coração e com a alma. Sem dúvida, ninguém será capaz de fazê-lo sem nenhuma
recepção de prazer.

Com efeito, a obtenção de Sua grandeza em uma medida que o doar torna-se a recepção,
como mencionado em relação a uma pessoa importante, não é nada difícil. Todos sabem
da grandeza do Criador, que tudo criou e tudo ocupa, sem começo e sem fim, e cuja
sublimidade é interminável.

No entanto, a dificuldade nisso é que a medida da grandeza não depende do indivíduo,


mas do ambiente. Por exemplo, mesmo se alguém for cheio de virtudes, mas o ambiente
não o apreciar como tal, essa pessoa será sempre desencorajada, não sendo capaz de
orgulhar-se de suas qualidades, embora não tenha nenhuma dúvida de que elas sejam
verdadeiras. E, inversamente, uma pessoa sem qualquer mérito, mas que seja respeitada
por aqueles ao seu redor como se fosse virtuosa, será orgulhosa de si, uma vez que a
medida da importância e grandeza lhe são proporcionadas inteiramente pelo ambiente.

E enquanto alguém notar que o ambiente despreza Seu trabalho e não aprecia
devidamente Sua grandeza, não poderá ultrapassar isso, não se obtendo a Sua grandeza.

E como não se tem a base para obtê-La, obviamente, não se trabalhará para se conceder
o contentamento ao Criador e não a si, pois não haverá motivação para o labor, e "se
você não trabalhou e encontrou, não acredite." A única escolha será apenas ou trabalhar
Cabalá Para o Aluno

para si próprio ou não trabalhar, uma vez que doar satisfação ao seu Criador não se
equivale à recepção.

Agora você pode entender o verso: "Na pluralidade do povo está a glória do rei", pois a
medida da grandeza vem do ambiente, sob duas condições:

1. A medida do reconhecimento do ambiente.

2. O tamanho do ambiente. Como em, "Na multidão do povo está a glória do rei."

Devido à grande dificuldade do tópico, nossos sábios nos aconselharam: "Faça de si um


Rav e compre a si mesmo um amigo." Isto significa que se deve escolher para si uma
pessoa importante e renomada para ser o Rav de alguém, que será capaz de praticar a
Torá e as Mitzvot, trazendo satisfação ao Criador. Isso acontece porque existem duas
facilidades:

1. Como ele é uma pessoa importante, o estudante poderá conferir contentamento a ele
com base na sublimidade do Rav, uma vez que a doação torna-se recepção para ele. Este
é um combustível natural, que pode sempre aumentar os atos de doação. Uma vez que a
pessoa se acostumar a doar ao Rav, poderá praticar a Torá e Mitzvot Lishma ao Criador
também, uma vez que o hábito se torna familiar.

2. A equivalência de forma com o Criador não favorece se não for para sempre, ou seja,
"até que Ele saiba todos os mistérios, comprovará que não voltará à insanidade." Isto
não é assim com a equivalência de um forma com o Rav, pois ele está neste mundo,
neste tempo, e a equivalência de forma com ele auxiliará mesmo que seja algo apenas
temporário.

Assim, cada vez que alguém se igualar à forma de um Rav, aderiu-se a ele por um
período, obtendo seus pensamentos e conhecimento, segundo a própria medida da
Dvekut, como já explicado na alegoria do órgão cortado do corpo e reunido depois a ele.

Por esse motivo o aluno pode utilizar a realização da grandeza do Criador do Rav, que
modifica a doação em recepção e o combustível adequado para dar ao coração e à alma.
Nesse momento o estudante também será capaz de praticar a Torá e Mitzvot Lishma
com o coração e a alma, que é o medicamento que produz a Dvekut eterna com o
Criador.

Agora você consegue entender o que nossos sábios disseram (Berachot 7): "Servir na
Torá é algo maior do que estudá-la, como se diz, ‘ Eliseu, o filho de Safate, está aqui, e
despejou água sobre as mãos de Elias.’ Não foi dito não estudou, mas despejou.” Isto é
obscuro, pois como podem simples atos serem maiores do que estudar a sabedoria e o
conhecimento?

Mas, segundo o exposto, entendemos plenamente que servir a um Rav com o corpo e
com a alma, a fim de trazer satisfação e a Dvekut , conduz à equivalência de forma do
Rav, recebendo-se seus pensamentos e conhecimentos por meio dos ensinamentos orais,
Cabalá Para o Aluno

que é a Dvekut do espírito com o espírito. Através disso, se é recompensado com a


obtenção da grandeza Dele, transformando a doação em recepção, a fim de tornar-se o
combustível adequado para a devoção, até se atingir a Dvekut com o Criador.

Isso não diz respeito ao estudo da Torá com o Rav, pois isso deve ser para o benefício
próprio, não originando a Dvekut. Isso é considerado "ser ouvido." Assim, servir,
conduz o aluno aos pensamentos do Rav, e o estudo - somente às palavras do Rav.
Além disso, o mérito de servir é maior do que o mérito do estudo, como a importância
dos pensamentos do Rav sobre suas palavras, e a importância da transmissão oral sobre
o “ser ouvido”.

No entanto, tudo isso é verdadeiro se houver o objetivo de conceder contentamento a


Ele. Porém, se for em benefício próprio, não ocorrerá a Dvekut com o Rav e,
certamente, o estudo com ele é mais importante do que servi-lo.

Como já afirmamos sobre a obtenção de Sua grandeza, um ambiente que não O aprecie
devidamente, debilitará o indivíduo e o impedirá de obtê-La; o que também se aplica a
um Rav. Um ambiente que não o apreciar adequadamente, impedirá o estudante de
obter a grandeza do próprio Rav.

Por isso, nossos sábios disseram: "Faça de si um Rav e compre a si mesmo um amigo."
Ou seja, pode-se criar um novo ambiente para si, que irá ajudá-lo a obter a grandeza
desse Rav através do amor dos amigos que o apreciam. Por meio deles, cada um
receberá essa sensação de grandeza. Assim, a doação a ele se tornará recepção e
motivação suficiente a ponto de se praticar a Torá e Mitzvot Lishma.

Foi dito, "A Torá é adquirida por meio de quarenta e oito virtudes, ao servir os amigos e
pelo cuidado com eles.” Isto é assim pois além de se servir o Rav, é necessário a
atenção com os amigos e sua influência, que afetam a obtenção da grandeza e que
depende inteiramente do ambiente, não se podendo fazer nada em relação a isso.

Logo, existem duas condições para a obtenção da grandeza:

1. Sempre ouça e aceite a importância do ambiente, na medida de sua grandeza.

2. O ambiente deve ser vasto, conforme está escrito: "Na pluralidade do povo encontra-
se a glória do rei."

Para receber a primeira condição, cada estudante deve perceber o menor entre todos os
amigos. Nesse estado, pode-se reconhecer a grandeza de todos, pois o grande não pode
receber do menor, e muito menos ficar impressionado com suas palavras. Pelo
contrário, só o pequeno impressiona-se com a importância do grande.

Na segunda condição, cada aluno deve exaltar as virtudes de cada amigo e estimá-lo
como se fosse o maior na geração. Desse modo o ambiente irá afetá-lo positivamente ,
pois a qualidade é mais importante do que a quantidade.
Cabalá Para o Aluno
Cabalá Para o Aluno

A Paz No Mundo

"A Misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram. Verdade


nasce da terra, e a justiça me olhou do céu. Sim, o Senhor vai dar o que é bom, e a nossa
terra dará o seu produto."

--Salmos 85

Tudo é avaliado não por sua aparência num dado momento, mas de acordo com
sua medida de desenvolvimento.

Todas as coisas existentes na realidade, boas ou más, e mesmo as coisas mais nocivas
do mundo têm direito a existir e não devem ser erradicadas do mundo e destruídas.
Devemos somente remendar e reformar porque, qualquer observação feita ao trabalho
da criação é suficiente para nos ensinar sobre a grandeza e perfeição de seu Operador e
Criador. Portanto, devemos entender e ser muito cuidadosos ao apontar uma falha em
qualquer aspecto da realidade, em qualquer item da criação, dizendo que é redundante
ou supérfluo, pois isso seria uma calúnia sobre o Operador.

É do conhecimento comum que o Criador não concluiu completamente a Criação


quando a criou. E podemos ver em todos os cantos da realidade, geral e particular, que a
mesma obedece às leis do desenvolvimento progressivo – desde a ausência, até a plena
realização de seu crescimento. Por essa razão, quando a fruta tem um sabor amargo no
início de seu crescimento, tal fato não é considerado como uma falha no fruto pois,
todos nós sabemos que o fruto ainda não concluiu seu desenvolvimento.

E assim ocorre com todos os demais aspectos da realidade. Quando algum elemento da
mesma nos parece ruim e prejudicial, isso ocorre apenas como forma de dar testemunho
própria desse elemento, pois o mesmo ainda se encontra em uma fase de transição com
relação a seu processo de desenvolvimento. Portanto, não podemos decidir que tal
elemento é ruim e, não seria sábio de nossa parte apontar uma falha nele.

A debilidade dos "reformadores do mundo"

Esta é a chave para compreender a debilidade dos reformadores do mundo através das
gerações. Consideram o homem como uma máquina que não está funcionando
adequadamente e que precisa de reparos, ou seja, remover as peças danificadas
substituindo-as por peças boas.
Cabalá Para o Aluno

Essa é a tendência de todos os reformadores, erradicar qualquer coisa nociva e má da


espécie humana. E, é verdade que, de não ser pela oposição do Criador, teriam
certamente limpado a humanidade, deixando apenas os úteis e os bons.

Mas, é devido ao fato de que o Criador vigia meticulosamente Sua Criação, não
deixando que ninguém destrua nada em Seu domínio, mas sim apenas a reforme
tornando-a útil e boa, que todos os reformadores deste tipo desaparecerão da face da
Terra e as inclinações ao mal não. Eles continuarão a viver e contar os níveis através
dos quais ainda devem evoluir até completar seu amadurecimento.

Nesse momento, os maus atributos, por si mesmos, se tornarão úteis e bons, tal como
foram inicialmente concebidos pelo Criador. Como o fruto da árvore que se senta e
espera, contando os dias e meses que ainda deve esperar até que sua maturação
termine, momento em que o seu sabor e doçura se tornarão evidentes para qualquer
pessoa.

Recompensado – Eu o apressarei, Não recompensado - No seu devido tempo

Devemos saber que a anteriormente mencionada lei do desenvolvimento, que se


expande por toda a realidade, garante que todo mal se transforme em ações boas e úteis
através do poder do Governo Celestial, ou seja, sem pedir permissão às pessoas que
habitam a Terra abaixo. No entanto, o Criador colocou conhecimento e autoridade nas
mãos do homem, permitindo-lhe assumir a referida lei do desenvolvimento sob sua
própria autoridade e governo, entregando-lhe a habilidade de acelerar seu processo de
desenvolvimento como quisesse, livremente e com independência total dos limites de
tempo.

Acontece que, neste caso, passam a existir duas autoridades atuando sobre a referida lei.
Uma delas, é a “Autoridade dos Céus”, que se assegura de transformar qualquer coisa
nociva e má em algo útil e bom, no momento apropriado, à sua maneira e após um
longo tempo. A outra, é a “Autoridade da Terra”. E, quando o "objeto da evolução" é
um ser vivo, este sofre tormentos horrorosos enquanto é submetido à “pressão do
desenvolvimento”, uma pressão que abre seu caminho de forma impiedosa.

A "Autoridade da Terra", no entanto, está composta por pessoas que assumiram o


mando desta lei do desenvolvimento e que podem libertar-se totalmente das cadeias do
tempo, ou seja, acelerar grandemente o tempo, e assim a conclusão da maturação e das
correções do objeto, que é o objetivo final do seu desenvolvimento.

Essas são as palavras que disseram nossos sábios (Sanhedrin, 98) sobre a redenção e a
correção finais (do povo) de Israel. E assim, esclareceram o seguinte versículo "Eu, o
SENHOR, vou apressá-los no tempo devido)" (Isaías 60, 22). Se eles são dignos, vou
apressá-los, se não o são, o farei no seu devido tempo.

Assim, se o povo de Israel é merecedor (recompensado) e toma a lei do


desenvolvimento, pela qual seus maus atributos devem passar para converter-se em
Cabalá Para o Aluno

bons atributos, o fará sob seu próprio governo. Em outras palavras, colocará seus
corações e mentes na correção de todos os seus maus atributos para transformá-los em
bons, por si próprio. Portanto, "Eu vou apressar o tempo", significa que o povo de Israel
estará totalmente liberado das cadeias do tempo e que o final depende, a partir de agora,
de sua própria vontade. Ou seja, apenas da grandeza de suas obras e da atenção
colocada em realizá-lo. Assim, apressarão o fim.

Mas se não são recompensados com a capacidade de desenvolver seus maus atributos
utilizando sua própria autoridade, deixando que isso ocorra sob a autoridade dos Céus,
ainda assim alcançarão a redenção e a correção finais. Isso ocorre pois há certeza
absoluta no governo dos Céus, que atua através da lei do desenvolvimento gradual,
passo a passo, até que qualquer coisa má e nociva seja transformada em útil e boa, como
ocorre com o fruto de uma árvore. Ou seja, que o final está garantido mas, no seu
devido tempo, totalmente conectado e dependente do mesmo.

De acordo com essa lei de desenvolvimento gradual, uma pessoa deve passar por vários
níveis, que tendem a acontecer de forma muito pesada, lenta e demorada, durante muito
tempo, até que essa pessoa alcance o fim. E, como os objetos que aqui discutimos são
seres viventes, sensíveis e em desenvolvimento, também devem sentir grande agonia e
dor nestas mesmas etapas de desenvolvimento pois, a força impulsora existente nestes
níveis, destinada a elevar o homem desde os graus inferiores aos graus superiores, não é
outra coisa que a força propulsora da dor e do tormento que se acumularam no degrau
mais baixo e que não podem mais ser tolerada. Devido a isso, devemos abandonar este
degrau e subir a um degrau mais elevado. É assim como diziam nossos sábios: "O
Criador coloca sobre eles um rei cujas sentenças são ásperas, tão rigorosas como as de
Haman, e Israel se arrepende e se reforma.

Portanto, o fim seguramente chegará a Israel através da lei do desenvolvimento gradual,


que é chamado "no devido tempo", ou seja, atado às cadeias do tempo. E assim, o
objetivo garantido de Israel, ao assumir a transformação de seus atributos sob sua
própria autoridade é chamado: "Eu apressarei o Tempo" (“Eu o apressarei”), que
significa, estar livre das cadeias do tempo.

O Bem e o Mal são avaliados pelas ações do indivíduo em relação à sociedade.

Antes de examinar a correção do mal na espécie humana, devemos inicialmente


determinar o valor dos termos abstratos “bem” e “mal”. Ou seja, quando definimos uma
ação ou atributo como bom ou mau, devemos previamente estabelecer a quem este
atributo ou ação beneficia.

Para entendê-lo, devemos conhecer a fundo o valor proporcional entre o individual e o


coletivo – ou seja, entre o individual e o coletivo no qual este indivíduo vive e do qual
se nutre física e espiritualmente.

A realidade nos mostra que não existe o direito à existência para um indivíduo isolado,
sem um número de pessoas à sua volta que o sirvam e ajudem a satisfazer suas
Cabalá Para o Aluno

necessidades. Portanto, para começar, toda pessoa nasce para levar uma vida social.
Assim, todo e qualquer indivíduo numa sociedade, se comporta como uma engrenagem
conectada a muitas outras numa mesma máquina. Esta engrenagem sozinha não tem
liberdade de movimentos dentro ou fora de si mesma mas, dá continuidade ao
movimento de todas as outras numa certa direção, para que a máquina cumpra com seu
propósito.

Se ocorre alguma avaria na engrenagem, tal avaria não é avaliada em relação à


engrenagem em si, mas sim de acordo com o serviço e função que a mesma desempenha
na máquina como um todo.

Em nosso objeto de estudo, o benefício proporcionado por cada indivíduo dentro de sua
coletividade é avaliado, não de acordo com o seu grau particular de bondade, mas sim
de acordo com o seu grau de serviço ao público. Pela mesma lógica, apreciamos o
atributo do mal de cada indivíduo de acordo com o mal que inflige sobre o público em
geral e não pelo seu próprio valor individual.

Essas coisas são claras como cristal, tanto desde a perspectiva da verdade como desde a
perspectiva da bondade que existe nelas. E o benefício do coletivo é o benefício de cada
indivíduo. Aquele que fere o coletivo recebe sua parte neste mal e aquele que beneficia
o coletivo recebe sua parte neste benefício, pois os indivíduos são parte do todo e o todo
não vale mais que a soma de seus indivíduos.

Resulta, que o coletivo e o individual são uma mesma coisa. E o indivíduo não é
prejudicado por sua escravização ao coletivo, já que a liberdade do coletivo e a
liberdade do indivíduo são também a mesma coisa. Assim como compartilham o bem,
ambos também compartilham a liberdade.

Assim sendo, tanto os bons e maus atributos, como as boas e más ações são avaliados
somente de acordo com o benefício que trazem ao público.

É claro que as palavras acima só se aplicam se todos os indivíduos cumprem ao máximo


com seu papel em relação ao público e não recebem mais do que merecem, ou seja, não
mais do que recebem seus amigos. Mas, se uma parte do coletivo não age desta maneira
resulta que, não só prejudica o coletivo, como também prejudica a si própria.

Não devemos discutir mais por algo que já é sabido de todos e, o acima citado, serve
apenas para mostrar o prejuízo (obstáculo existente), ou seja, o ponto que necessita ser
corrigido. Em outras palavras, que cada indivíduo deve entender que seu próprio
benefício e o benefício do coletivo são a mesma coisa. Ao fazer isto, o mundo alcançará
sua correção.

Os quatro atributos: Misericórdia, Verdade, Justiça e Paz, no indivíduo e no


coletivo.
Cabalá Para o Aluno

Uma vez entendido em sua totalidade o desejado atributo da bondade ou qualidade do


bem, devemos examinar os meios à nossa disposição para acelerar o prazer e a
felicidade.

Para essa finalidade, existem quatro propriedades: misericórdia, verdade, justiça e paz.
Estes atributos têm sido usados até os dias de hoje por todos os reformadores do mundo.
Seria mais correto dizer que, graças a estes quatro atributos, é que o desenvolvimento
humano tem avançado, conduzido gradualmente pelos Céus até alcançar sua situação
atual.

Já dissemos anteriormente que seria melhor tomar em nossas próprias mãos o governo
da lei do desenvolvimento pois, a partir desse momento, nos livraríamos de qualquer
tormento que o desenvolvimento histórico nos reservasse. Assim sendo, devemos
investigar e examinar estes quatro atributos com a finalidade de entender
completamente o que nos foi dado até agora e, através deles, saber que ajuda deveremos
esperar receber dos mesmos no futuro.

Dificuldades Práticas na Determinação da Verdade

Na discussão dos bons atributos, em teoria, não existe nenhum atributo melhor que a
verdade. Isso ocorre porque, toda a boa qualidade, definida anteriormente na relação
entre o indivíduo e o coletivo, ocorre quando o individuo cumpre em sua totalidade com
seu papel em relação ao coletivo e, de maneira recíproca, recebe honesta e de maneira
justa do coletivo a parte que lhe corresponde. Tudo isso não é mais que a verdade, mas
o inconveniente disso reside em que o coletivo, simplesmente não aceita este atributo.
Assim, a dificuldade prática existente na verdade acima se comprova por si mesma, já
que existe um inconveniente e uma causa que a tornam inaceitável pelo coletivo.
Portanto, precisamos examinar mais a fundo esse inconveniente.

Quando se analisa atentamente a verdade anteriormente mencionada, do ponto de vista


de sua viabilidade prática, se encontra a mesma necessariamente vaga e complicada,
sendo impossível aos olhos humanos analisá-la. Pois, a verdade nos necessita para
equalizar a todos os indivíduos no coletivo, de modo a que recebam a parte que lhes
corresponde de acordo com seu trabalho, nem mais nem menos. E essa é a única base
verdadeira, da qual não se pode duvidar, pois é certo que qualquer pessoa que pretenda
desfrutar (a custa) do trabalho de seu amigo, atua contra a razão acima e contra a
verdade mais pura.

Mas, como podemos examinar, esclarecer ou analisar essa verdade, de modo que seja
aceita pelo coletivo? Por exemplo, se avaliarmos alguma coisa pelo trabalho aparente
que a mesma requer, ou seja, de acordo com o número de horas necessário, e
obrigamos a todos a trabalhar o mesmo número de horas, ainda assim, não
descobriremos o atributo da verdade.
Cabalá Para o Aluno

Além do mais, aqui existe uma mentira evidente, por duas razões. A primeira
corresponde ao lado físico e a outra ao lado mental do trabalhador.

Isto acontece porque, devido à natureza, a capacidade de trabalho não é a mesma para
todas as pessoas. Uma pessoa da sociedade trabalha em uma hora, devido à sua
fraqueza, muito mais que seu amigo que trabalha duas horas ou mais.

Aqui também se observa um aspecto psicológico pois, quem é preguiçoso por natureza,
se exaure em uma hora mais do que seu amigo em duas ou mais horas. De acordo com
essa perspectiva clara da verdade, não devemos obrigar uma parte da sociedade a
trabalhar mais que outra parte para que tenha satisfeitas suas necessidades vitais. De
fato, aquele naturalmente mais forte, ágil e ligeiro na sociedade se beneficia do trabalho
dos demais e os explora maliciosamente contra o atributo da verdade, pois trabalha
muito pouco em comparação ao fraco e ao preguiçoso.

E se além disso considerarmos a lei natural de "ir com a maioria", então essa verdade,
que toma como base o número de horas de trabalho aparente, é completamente
impraticável, porque os fracos e preguiçosos constituem sempre a vasta maioria na
sociedade e não permitirão que a minoria forte e esperta explore sua força e trabalho.
Portanto, se observa que as bases acima, que correspondem ao trabalho do indivíduo na
condição da verdade óbvia, e com ela à maior parte da sociedade, é totalmente
impraticável já que não pode ser de nenhum modo examinada e avaliada.

Assim, se observa que o atributo da verdade não está dotado da habilidade prática de
organizar o caminho do indivíduo e do coletivo de uma maneira absoluta e satisfatória.
Assim, se mostra insuficiente para organizar de forma completa e satisfatória a vida na
correção final do mundo.

Além disso, neste caso há dificuldades ainda maiores pois, não existe verdade mais
clara que a própria natureza. E é natural, que todo e qualquer indivíduo sinta-se no
mundo do Criador, como único governante, e que todos os demais tenham sido criados
unicamente para facilitar e melhorar sua vida de tal maneira que, o mesmo não sente
nenhuma obrigação de dar algo em retorno.

Para simplificar, poderíamos dizer que a natureza de todo e qualquer indivíduo é a de


explorar as vidas dos demais para seu próprio benefício. Que tudo o que dá ao outro é
sempre devido à necessidade e que, inclusive nesse caso, a exploração existe mas se
realiza com astúcia para que seu amigo não a perceba como tal e a aceite de bom grado.

A razão para isso é que a natureza de cada ramo está próxima à sua raiz. E, como a alma
do homem se estende a partir do Criador, que é Uno e Único, e como tudo Lhe pertence,
portanto, assim também o homem, que se estende Dele, sente que todos os demais
devem estar sob seu governo e para seu uso particular. E esta é uma lei que não pode ser
violada. A única diferença reside na escolha das pessoas. Uma escolhe explorar os
demais satisfazendo seus desejos mais baixos, outro alcançando posições de governo,
enquanto que uma terceira o faz conseguindo seu respeito. Além disso, se o pudesse
Cabalá Para o Aluno

realizar sem muito esforço, o homem concordaria em explorar o mundo inteiro em todos
estes três aspectos: riqueza, governo e respeito. Entretanto, é forçado a escolher de
acordo com suas possibilidades e capacidade.

Esta lei pode ser chamada “Lei da singularidade no coração do homem”. Não existe
pessoa capaz de escapar da mesma e cada um recebe sua parte na aplicação dessa lei: o
grande de acordo com seu próprio tamanho e o pequeno de acordo com o seu.

Sendo assim, a lei da singularidade na natureza de cada pessoa não pode ser condenada
nem elogiada, pois corresponde à uma realidade natural e tem direito a existir como
qualquer outro aspecto da realidade. E não há esperança de erradicá-la do mundo ou até
mesmo de atenuar um pouquinho sua forma, assim como não há maneira de erradicar a
espécie humana inteira da face da Terra. Então, não estaríamos mentindo se disséssemos
que esta lei corresponde a uma verdade absoluta.

E uma vez que indubitavelmente é assim, como poderíamos sequer tentar tranqüilizar a
mente de alguém prometendo-lhe a igualdade entre todas as pessoas do coletivo? Pois
nada é mais remoto na natureza humana do que isso, já que nossa tendência é sempre a
de voar mais alto e por cima do coletivo.

Assim, fica totalmente claro que não existem possibilidades reais de levar boas e
alegres condutas, tanto à vida do indivíduo como às vidas do coletivo, utilizando o
atributo da verdade, de modo que o mesmo alivie a mente de todo e qualquer indivíduo,
para que ele concorde totalmente com isso, como ocorrerá no fim da correção.

Ao não ter Habilidade para Estabelecer o Atributo da Verdade, Eles Tentaram


Estabelecer os Atributos Nobres.

Voltemos aos três atributos restantes: misericórdia, justiça e paz. Para começar, parece
que só foram criados em nosso mundo como suporte para o fraco atributo da verdade. E
assim se inicia a história do desenvolvimento, ascendendo através dos graus mais lentos
e atrasados, em seu progresso em direção à organização das vidas do coletivo.

Em teoria, todos concordaram de bom grado tomar sobre si o compromisso de não se


afastar, de forma alguma, da verdade. Mas, em realidade, se conduziram na direção
totalmente oposta. Desde então, tem sido o destino da verdade estar sempre nas mãos
dos mais traiçoeiros, e nunca nas mãos dos mais fracos e virtuosos – para que estes
pudessem estar minimamente assistidos pelo atributo da mesma.

Quando não puderam estabelecer o atributo de verdade na vida do coletivo, os


explorados e os fracos aumentaram no seio da sociedade. A partir daí surgiram os
atributos da misericórdia e da justiça que estabeleceram suas ações na conduta da
sociedade, pois a própria existência de toda a sociedade exigia que os bem sucedidos
apoiassem aos mais fracos de modo a não prejudicar a sociedade em geral. Portanto, se
comportavam com os mesmos com tolerância, com misericórdia e com caridade.
Cabalá Para o Aluno

Mas é simplesmente natural que, nessas condições, os fracos e explorados proliferassem


até que houvesse uma quantidade suficiente deles para protestar contra os bem
sucedidos, iniciando brigas e discussões. Daí surgiu o atributo da "paz" no mundo.
Portanto, todos esses atributos – misericórdia, caridade e paz - surgiram como resultado
da debilidade do atributo da verdade.

Isso foi o que fez com que a sociedade se dividisse em muitas facções. Algumas delas
adotaram os atributos da misericórdia e de caridade, isto é, dando seus próprios bens aos
demais. Já outras, adotaram o atributo da verdade, ou seja, "O que é meu é meu e o que
é teu é teu".

Em poucas palavras, podemos dividir estas facções em “construtores” e “destruidores”.


Os construtores são aqueles que aspiram à construção, ou seja, o benefício de todo o
coletivo. Para isso estão muitas vezes dispostos a doar seus próprios haveres aos
demais. Mas, aqueles que são naturalmente propensos à destruição e à ausência de
regras, se sentem mais à vontade apegando-se ao atributo da verdade, ou seja, "O que é
meu é meu e o que é teu é teu", para beneficio próprio, e nunca abdicariam de qualquer
coisa de sua propriedade em prol dos demais sem levar em consideração o fato de
comprometer o bem estar do coletivo pois, por sua natureza, são destruidores.

Esperança de paz

Quando essas condições terminaram por levar a sociedade à uma grande quantidade de
conflitos, chegando inclusive a arriscar o próprio bem-estar da sociedade, surgiram os
"pacificadores". Estes assumiram o controle e o poder na sociedade, renovando a vida
social sobre novas condições, que consideravam verdadeiras e suficientes para a
existência pacífica da sociedade.

Mas a maioria destes pacificadores, que aparecem depois de cada disputa, provém
naturalmente dentre os destruidores, ou seja, daqueles que buscam a verdade
fundamentados no princípio de "O que é meu é meu e o que é teu é teu". Isso acontece
porque são os mais poderosos e corajosos na sociedade, chamados “heróis”, já que estão
sempre dispostos a renunciar às suas próprias vidas e às vidas de todo o coletivo se o
mesmo não concorda com seus pontos de vista.

Mas, os construtores da sociedade, que são homens de misericórdia e de caridade, que


se importam por suas próprias vidas e pelo bem-estar do coletivo, estes se recusam a
arriscar tanto a si mesmos como ao publico, com o objetivo de impor sua opinião sobre
o coletivo. Por isso, estão sempre do lado mais débil da sociedade e são chamados “os
medrosos” e “os covardes”.

É óbvio portanto, que a mão dos valentes e devassos estará permanentemente por cima,
sendo natural que o pacificador saia dentre os destruidores e não dentre os construtores.
Cabalá Para o Aluno

Assim vemos como, a esperança de paz que a nossa geração tanto anseia, é inútil tanto
sob a perspectiva do sujeito quanto sob a perspectiva do predicado.

Isso porque, os sujeitos, os pacificadores dos nossos tempos ou de qualquer outra


geração, ou seja, aqueles que têm o poder de trazer a paz ao mundo, estão feitos da
eterna substância humana que chamamos "destruidores". São buscadores da verdade,
ou seja, aqueles que desejam estabelecer o mundo sobre o atributo de "O que é meu é
meu e o que é teu é teu".

É natural que estas pessoas defendam firmemente sua opinião, a ponto de arriscar a
própria vida e a de todo o coletivo. E isso é o que lhes dá o poder de prevalecer sempre
sobre a substância humana chamada “construtores”, ou seja, os que buscam a
misericórdia e a caridade, os que estão dispostos a desistir de seus bens em beneficio
dos demais com o propósito de salvar o mundo, porque são os medrosos e os covardes.

Acontece que a procura da verdade e a destruição do mundo são a mesma coisa, assim
como o desejo de misericórdia e a construção do mundo também são a mesma coisa.
Portanto, não se deve esperar que os destruidores estabeleçam a paz no mundo.

Também não tem sentido esperar que a paz provenha do predicado, ou seja, pelas
próprias condições da paz em si mesma. Isto porque as condições adequadas para o
bem-estar do indivíduo e do coletivo, segundo o critério da verdade que os pacificadores
tanto desejam, ainda não foram estabelecidas. E constitui um fato que sempre existirá
uma grande minoria na sociedade, que não está satisfeita com as condições que se lhes
oferece, já que demonstramos anteriormente a fragilidade da verdade. Esta minoria,
portanto, permanecerá sempre como um combustível pronto e disposto para as novas
pessoas briguentas e os novos pacificadores que surjam.

O bem-estar de um determinado coletivo e o bem-estar de todo o mundo

Não se surpreendam se eu misturar o bem-estar de um determinado coletivo com o


bem-estar de todo o mundo porque, na verdade, já chegamos a um ponto no qual o
mundo inteiro se considera como um único coletivo e uma única sociedade. Isto é,
como cada pessoa no mundo suga sua seiva vital e seu sustento de todos os povos do
mundo, está forçada a servir e cuidar do bem-estar de todo o mundo.

Já provamos anteriormente que a total subordinação do individuo ao coletivo opera


como uma pequena engrenagem em uma máquina. O individuo extrai sua vida e
felicidade do coletivo e, portanto, o bem-estar desse coletivo e o seu próprio bem-estar,
são a mesma coisa, e vice-versa. Assim, na medida em que uma pessoa está escravizada
a si mesma, se torna necessariamente escravizada ao coletivo, como já comentamos
detalhadamente acima.

E, qual é a extensão (tamanho) desse coletivo? Está determinada pelo perímetro


(âmbito) daquilo que o indivíduo extrai desse mesmo coletivo. Por exemplo, em tempos
Cabalá Para o Aluno

históricos, esse perímetro estava constituído apenas pelo perímetro da própria família, o
que significa que o indivíduo somente dependia da ajuda de seus próprios familiares.
Assim, naqueles tempos o individuo tinha que estar subordinado apenas à sua própria
família.

Posteriormente, as famílias passaram a se reunir em cidades e estados e assim, o


indivíduo se tornou escravizado à sua cidade. Mais tarde, quando as cidades e estados se
agruparam para formar países, o indivíduo, em seu objetivo de alcançar uma vida feliz,
passou a ser apoiado por todos os seus compatriotas. Desse modo, tornou-se
escravizado a este país e à seus compatriotas. Em nossa geração, portanto, quando cada
pessoa recebe ajuda de todos os países do mundo para ser feliz, se faz necessário, por
extensão, que o indivíduo se torne na mesma medida escravizado ao mundo inteiro,
como uma engrenagem em uma máquina.

Assim, a possibilidade de estabelecer comportamentos bons, felizes e pacíficos em um


estado, é inconcebível quando não ocorre a mesma coisa em todos outros países do
mundo e vice-versa. Pois, em nossos tempos, todos os países estão conectados quanto à
satisfação de suas necessidades vitais, do mesmo modo que os indivíduos o estavam às
suas famílias antigamente. Assim, já não podemos falar ou lidar com condutas que
prometem o bem estar de apenas um país ou nação, mas sim, o bem estar do mundo
inteiro, porque o benefício ou mal de cada pessoa depende e é medido pelo benefício de
todas as pessoas, no mundo inteiro.

E, apesar do fato de que tudo isso é conhecido e sentido, as pessoas no mundo ainda não
o entenderam completamente. Mas, por que? Porque este é o comportamento do
desenvolvimento na natureza onde, a ação vem antes do entendimento e, somente as
ações irão provar e empurrar a humanidade para diante.

Na vida prática, os quarto atributos se contradizem

Se as dificuldades práticas acima, que perturbam às pessoas indefesas como nós em


nosso caminho não são suficientes contamos adicionalmente com, uma confusão a mais,
a grande batalha das predisposições psicológicas, ou seja, os atributos propriamente
ditos que existem dentro de cada um de nós, e que são únicos e contraditórios, de uma
pessoa para a outra. Isso porque, os quatro atributos acima, misericórdia, verdade,
justiça e paz, que se encontram divididos na natureza das pessoas, seja pelo seu
desenvolvimento ou pela sua criação, se contradizem uns com os outros. Se tomamos
como exemplo o atributo da misericórdia em sua forma abstrata, encontraremos que seu
governo contradiz todos os outros atributos, ou seja, que pelas leis do governo da
misericórdia não existe lugar para o aparecimento de outros atributos em nosso mundo.

Em que consiste o atributo da misericórdia? Nossos sábios o definiram como: "O que é
meu é teu e o que é teu é teu" – Hasid . E, se todas as pessoas no mundo se
comportassem assim, se cancelariam todas as glórias dos atributos da verdade e da
justiça pois, se cada um de nós estivesse naturalmente disposto a dar tudo o que possui
para seu amigo sem tirar nada do outro para si próprio, então todo o interesse em mentir
Cabalá Para o Aluno

para o outro desapareceria e não haveria espaço para discutir sobre o atributo da
verdade, pois falso e verdadeiro são relativos entre si. Se não houvesse falsidade no
mundo, não existiria o conceito de verdade. Não é necessário dizer que todos outros
atributos, que servem apenas para reforçar o atributo da verdade, devido à sua
fragilidade seriam também cancelados.

A verdade se define com estas palavras: "O que é meu é meu e o que é teu é teu". Isto
contradiz o atributo da misericórdia, não podendo incluso tolerá-lo, porque na verdade é
injusto trabalhar e lutar para outro pois, além de falhar ao próprio amigo fazendo com
que ele se acostume a explorar aos demais, a verdade dita que toda pessoa deve
guardar/reservar o que possui para tempos de necessidade de modo a não tornar-se um
fardo para seus semelhantes.

Além disso, não existe pessoa sem parentes e herdeiros que, de fato, deva vir antes que
os demais, já que a natureza estabelece que aquele que dá suas propriedades aos demais,
mente à seus parentes e herdeiros naturais ao não deixar-lhes nada.

A paz também contradiz à justiça porque, para conseguir a paz na sociedade, devem
existir condições que, pelo seu próprio conteúdo estabeleçam que os espertos e
inteligentes, ou seja, os que investem sua energia e sabedoria, se tornarão ricos,
enquanto que os negligentes e ingênuos, se tornarão pobres. Daí resulta que, o que tem
mais energia, carrega sua própria parte e a parte de seu amigo negligente e, goza em
consequência de uma vida tão melhor, que não sobra o suficiente para que o negligente
e ingênuo possa suprir suas necessidades básicas. Por isso, estes últimos permanecem
de muitas maneiras, completamente nus e desamparados.

É certamente injusto punir os negligentes e ingênuos assim tão duramente sem que
tenham feito nada de mal, pois, que crime e que pecado cometeram essas desventuradas
pessoas, se a providência não lhes deu vivacidade e inteligência, que devam ser punidos
com tormentos mais severos que a morte?

Portanto, não existe nenhuma justiça nas condições da paz. A paz contradiz à justiça e a
justiça contradiz à paz porque, se ordenássemos uma divisão justa de bens, ou seja,
dando aos negligentes e ingênuos uma parte substancial do que têm os ágeis e
energéticos, então, essas pessoas poderosas e cheias de iniciativa não descansariam até
derrubar o governo que as escraviza e explora em favor dos fracos. Portanto, não existe
esperança de paz a nível coletivo, pois a justiça contradiz à paz.

O Atributo da Singularidade no Egoísmo Atua para a Ruína e a Destruição

Assim, se vê como nossos atributos colidem e lutam uns contra os outros – e não
somente entre pessoas sectárias, mas dentro de cada indivíduo, os quatro atributos
dominam, todos ao mesmo tempo ou um de cada vez, e lutam dentro dele até que se
torna impossível para seu sentido comum organizá-los e levá-los à um consenso.
Cabalá Para o Aluno

A verdade é que a raiz de todo este transtorno que existe dentro de nós não é mais que o
anteriormente mencionado atributo da singularidade o qual está, em maior ou menor
medida, dentro de cada um de nós.

E, embora tenhamos deixado claro que isso ocorre por uma sublime razão, ou seja, que
esse atributo vem à nós diretamente a partir do Criador, que é único no mundo e raiz de
todas as criações, ainda assim, mais além da sensação de singularidade, quando se apóia
em nosso estreito egoísmo, sua ação se transforma em ruína e destruição, fonte de todas
as ruínas que já existiram e que ainda existirão no mundo.

Na verdade, não existe uma única pessoa no mundo que esteja livre disso. Todas as
diferenças residem apenas na forma como se utiliza - para os anseios do coração, para o
poder ou para honra - e isso é o que distingue as pessoas umas das outras.

Mas o aspecto comum em todas as pessoas do mundo é que, todas e cada uma delas está
pronta para abusar e explorar os demais em seu próprio proveito, com todos os meios
ao seu alcance, sem levar em consideração que se estará edificando sobre a ruína do seu
amigo. E não importa que concessões cada um de nós dá a si (faça a si) mesmo,
segundo a direção escolhida, já que o desejo é a raiz da mente e não a mente a raiz do
desejo. Na verdade, quanto maior e mais notável uma pessoa, maior e mais digno de
nota é seu atributo de singularidade.

Usando a Natureza da Singularidade como Objeto de Evolução no Coletivo e no


Individual

Agora, devemos penetrar no entendimento das condições diretas que, no momento da


aparição da paz no mundo, serão finalmente aceitas pela humanidade, aprendendo como
essas condições são as adequadas para trazer não só uma vida de felicidade para o
indivíduo e para o coletivo, como também a vontade à humanidade de querer finalmente
assumir a carga que supõem essas condições especiais.

Voltemos à questão da singularidade no coração de cada pessoa, que deseja engolir o


mundo inteiro para seu próprio prazer. Sua raiz se estende diretamente do Único, em
direção às pessoas que são Seus ramos. Aqui encontramos uma questão que exige
resposta: “Como é possível que tal forma de desejo corrompido se revele em nós de
modo a tornar-se o pai de todos os males e destruição no mundo”? E, como a partir da
fonte de toda construção se pode estender/irradiar a fonte de toda destruição? Não
podemos deixar essa pergunta sem resposta.

Na verdade, na moeda da singularidade acima mencionada, existem dois lados. Se


observarmos seu lado superior, ou seja, o lado da equivalência com o Único, o mesmo
trabalha apenas na forma de doação aos demais, pois o Criador é pura doação e não tem
em sua forma a recepção porque à ele nada Lhe falta e nada tem a receber de Suas
criaturas. Portanto, a singularidade que se estende em nós a partir Dele também deve
Cabalá Para o Aluno

atuar apenas na forma de doação aos demais, sem que recebamos nada para nós
mesmos.

A outra face da mesma moeda, ou seja, do ponto de vista de como essa singularidade
realmente atua em nós, observamos que a mesma trabalha em direção completamente
oposta, porque opera somente na forma de recepção para si mesmo, tal como o desejo
de ser a única pessoa grande e rica em todo o mundo. Assim, os dois lados acima
mencionados, são tão diferentes um do outro como o Oriente do Ocidente.

Isso responde à nossa pergunta: “Como é possível que, essa mesma singularidade que se
ramifica e nos chega a partir Dele, que é Único no mundo e que é a fonte de toda
construção, atue em nós como fonte de toda a destruição”? Isso nos ocorre porque
utilizamos essa preciosa ferramenta em sua direção oposta, ou seja, a recepção para si
mesmo. E não estou dizendo que nunca chegaremos a utilizar essa singularidade na
forma de doação, pois não se pode negar que existem pessoas nas quais a singularidade
trabalha também na forma da doação aos demais como, por exemplo, os que utilizam
todo o seu dinheiro ou dedicam todos seus esforços, para o bem comum.

Mas os dois lados da moeda que acabei de descrever, falam de apenas dois pontos no
desenvolvimento da Criação, que leva tudo à sua devida conclusão, começando com a
ausência para subir progressivamente pelos graus de desenvolvimento, de um degrau à
seu superior, e assim sucessivamente, até chegar ao cume/ápice, que consiste na medida
de perfeição previamente fixada em cada caso e ali permanecer eternamente.

A sequência de desenvolvimento destes dois pontos é a seguinte: A) O ponto inicial, o


menor grau, aquele que está próximo à completa ausência. Se descreve como o segundo
lado da moeda. B) O cume/ápice, onde se descansa e existe eternamente. Se descreve
como o primeiro lado da moeda.

Mas a era na qual estamos já se desenvolveu em grande medida. Já subiu por muitos
degraus passando por sua fase mais baixa, a que corresponde ao anteriormente
mencionado “segundo lado”, e se encontra bastante próxima ao primeiro lado da moeda.

Portanto, já existem entre nós pessoas que usam sua singularidade na forma de doação
aos demais. Mas elas são poucas, pois ainda estamos na metade do caminho do nosso
desenvolvimento. Quando alcançarmos o ponto mais alto de todos os graus previstos,
estaremos utilizando nossa singularidade unicamente na forma de doação aos demais, e
então, já não haverá pessoas que a utilizem na forma de recepção para si mesmas.

De acordo com estas palavras, temos a oportunidade de examinar as condições de vida


na última geração - o tempo de paz no mundo, quando toda a humanidade atinja o
primeiro lado da moeda, utilizando sua singularidade apenas na forma de doação aos
demais e, de nenhum modo, na forma de recepção para si mesma. É bom reiterar aqui
nossa menção ao tipo de vida, para que nos sirva como lição e como um modelo que
nos permita manter nossas mentes sob a inundação das ondas de nossas vidas. Talvez
Cabalá Para o Aluno

seja válido e possível que nossa geração também experimente parecer-se à forma de
vida acima citada.

A Condição de Vida na Última Geração

Em primeiro lugar, todos devem compreender e explicar minuciosamente ao seu


entorno que o bem-estar da sociedade, que é também o bem-estar do Estado, e o bem-
estar do mundo, são totalmente interdependentes. Enquanto as leis da sociedade não
forem satisfatórias para todo e cada um dos indivíduos do estado, fazendo com que
exista uma minoria insatisfeita com o governo do mesmo, esta minoria conspirará
contra esse governo e tentará derrubá-lo.

E se o poder dessa minoria não for suficiente para lutar contra o governo cara a cara,
desejará derrubá-lo indiretamente como, por exemplo, incitando países uns contra os
outros, levando-os à guerra porque, é natural que em tempos de guerra existam mais
pessoas insatisfeitas, com o que essa minoria terá esperanças de atingir a massa crítica
necessária para derrubar o governo e estabelecer uma nova liderança que mais lhe
convenha. Assim, a paz para o indivíduo, é a causa direta da paz do estado.

Alem do mais, se tivermos em conta que, esta parte do estado cuja habilidade é a guerra
e que o estado sempre tem e, todas as esperanças de êxito dos catedráticos da guerra e
daqueles que vivem do fornecimento de munições os quais, no que tange à qualidade da
sociedade correspondem sempre à uma minoria bastante significativa, e os
adicionarmos à minoria insatisfeita com as regras correntes, num dado momento
teremos um vasto número de pessoas que desejam a guerra e o derramamento de
sangue.

Assim, a paz do mundo e a paz do Estado são interdependentes. Por isso, vemos
necessariamente que, mesmo a parte do estado que se encontra atualmente satisfeita
com sua vida, ou seja, os ágeis e espertos, ainda têm muito com que se preocupar com
relação à segurança/estabilidade de suas vidas, devido à tensão daqueles que se
esforçam para acabar com eles. E, se entendessem o valor da paz, estariam felizes por
adotar a conduta de vida da última geração. Porque, "um homem dará tudo o que tem
por sua vida".

Dor versus Prazer em Receber para Si Próprio.

Assim, quando examinamos e entendemos completamente o plano anteriormente


mencionado, vemos que toda a dificuldade reside em transformar nossa natureza
passando do desejo de receber para nós mesmos ao desejo de outorgar para os demais,
pois estas duas realidades se contradizem. À primeira vista, o plano parece coisa da
imaginação, algo que está acima da natureza humana. Mas, se observarmos em
profundidade, descobriremos que a contradição existente entre, receber para si mesmo e
Cabalá Para o Aluno

outorgar para os demais, não passa de um tema psicológico. Na verdade, já outorgamos


aos demais sem receber nenhum benefício pessoal porque, embora a recepção para si
mesmo, se manifeste em nós de várias maneiras como, por exemplo, propriedades,
possessões para os prazeres do coração, dos olhos, etc., todas essas coisas podem ser
definidas por um único nome, “prazer“. Portanto, a essência da recepção para si que a
pessoa deseja, não é mais que o desejo pelo prazer.

Agora, imaginem que pudéssemos reunir todo o prazer experimentado por uma pessoa
durante setenta anos de vida colocando-o a um lado, e logo, toda a dor e tristeza
experimentadas por ela colocando-as do outro lado, o resultado mais provável seria que
essa pessoa preferiria nem ter nascido. E, se é assim, o que é então que recebemos
durante nossa vida? Se supusermos que, durante o curso de uma vida, obtemos vinte por
cento de prazer e oitenta por cento de dor então, ao compararmos um com o outro, ainda
restariam sessenta por cento de sofrimentos por compensar.

Mas, tudo isso corresponde à um cálculo pessoal, como quando uma pessoa trabalha
para si próprio. Num cálculo global, o indivíduo produz mais do que toma para seu
próprio prazer e sustento. Assim, se a direção mudasse de recepção para si próprio à
doação, o indivíduo poderia desfrutar de sua inteira produção sem padecer muita dor.
Cabalá Para o Aluno

A Sabedoria da Cabalá e a Filosofia

O Que é a Espiritualidade?

A Filosofia passou por uma série de dificuldades para provar que a corporalidade é o
resultado da espiritualidade e que a alma origina o corpo. Porém, essas palavras não são
aceitas pelo coração - sendo seu principal erro a percepção errônea da espiritualidade -
pois definiram que a espiritualidade gerou a corporalidade, o que é certamente um
equívoco.
Qualquer pai deve de alguma forma assemelhar-se a seus filhos, sendo esta relação de
parentesco o caminho que conduz à continuidade, considerando-a, e com ela
interagindo. Por se dizer que a espiritualidade é desvinculada de quaisquer eventos
corpóreos, afirma-se que tal caminho não existe, nem a relação pela qual o espiritual
possa contatar e estabelecer-se em qualquer tipo de ação.
No entanto, ao se compreender o significado da palavra "espiritualidade" observa-se que
ela não tem nada a ver com a filosofia. Como se pode então discutir sobre algo que
nunca se viu ou sentiu? Em que se baseiam essas observações?
Se existir qualquer definição que possa distinguir o espiritual do corpóreo, diz respeito
apenas àqueles que atingiram e sentiram algo espiritual. Esses são os Cabalistas
genuínos; e essa é a sabedoria da Cabalá que necessitamos.

A Filosofia no que diz Respeito à sua Essência

A Filosofia adora relacionar-se a Ele e provar quais são as regras que a Ele não se
aplicam. Porém, a Cabalá não se refere a isso - no que diz respeito à Sua essência - ,
pois como pode o inatingível ser perceptível e definido? Na verdade, uma definição
negativa é tão válida quanto uma positiva. Por exemplo, se você enxergar um objeto à
distância e reconhecer seus aspectos negativos, ou seja, tudo o que ele não é, isso
também é considerado, até certo ponto, ver. Se um objeto estiver realmente fora de
vista, mesmo suas características negativas não são aparentes.
Se, por exemplo, vemos uma imagem escura à distância, mas podemos determinar que
ela não pertence a um humano ou a um pássaro, isso também é considerado ver. Se ela
estivesse mais longe, seríamos incapazes de determinar de que não se trata de uma
pessoa.
Essa é a origem da confusão e da concepção errônea da filosofia, que adora orgulhar-se
de compreender todos os traços negativos de Sua essência. No entanto, os sábios da
Cabalá colocam suas mãos sobre suas bocas neste ponto, não Lhe dando mesmo um
simples nome, pois não definimos por nome ou palavra o que não atingimos, já que
uma palavra implica algum grau de obtenção. Contudo, os Cabalistas falam bastante
sobre Sua iluminação real, ou seja, toda a luz efetivamente alcançada, tanto de modo
genuíno quanto tangível.
Cabalá Para o Aluno

O Espiritual é uma Força sem um Corpo


Isto é o que os Cabalistas definem como "espiritualidade" e é sobre isto que falam; sem
imagem, espaço, tempo ou qualquer valor corpóreo. (Na minha opinião a filosofia
utilizou um manto que não lhe pertence, pois apropriou-se de definições da sabedoria da
Cabalá , e aplicou-as ao entendimento humano, o que lhe proporcionou perspicácia).
Entretanto, essa é apenas uma força em potencial, isto é, não é uma força revestida em
um corpo comum e terreno, mas uma força sem corpo.

Um Vaso Espiritual é chamado " Uma Força"

Aqui denota-se que a força de que a espiritualidade se refere, não é a Luz espiritual em
si. A Luz espiritual se estende diretamente da Sua essência e é desse modo o mesmo
que a Sua Essência. Isso significa que não temos nenhuma percepção ou aquisição da
Luz espiritual que possamos definir com um nome, pois até mesmo a palavra "Luz", é
“emprestada” , não sendo real. Então, devemos saber que o nome "Força", sem um
corpo, refere-se apenas ao “vaso espiritual”.

Luzes e Vasos

Desta forma, não devemos questionar como os sábios da Cabalá, que permeiam toda a
sabedoria com seus ‘insights’, diferenciam as diversas Luzes. Isso ocorre porque essas
observações não se referem às Luzes em si; mas à impressão do vaso, sendo a força
mencionada anteriormente, afetada por seu encontro com a Luz.

Vasos e Luzes (o significado das palavras)

Aqui reside a linha entre a doação e o amor criado por ela. A Luz, ou seja, a impressão
no vaso, que é alcançável, é denominada "forma e matéria." A impressão é a forma e a
força acima dela é a matéria.

Porém, o amor originado é considerado uma "forma sem matéria." Isso significa que
se separássemos o amor da doação em si, seria como se nunca tivéssemos revestido
qualquer oferta, mas apenas de forma abstrata, "o amor de Deus," então considerado
uma forma. Nessa ocorrência, sua prática é considerada como "Cabalá Formativa."
Contudo, ainda assim seria considerada real, sem qualquer similaridade com a Filosofia
Formativa, pois o espírito deste amor permanece na realização, completamente
desvinculada da doação, sendo a Luz em si.

Matéria e Forma na Cabalá

A razão por trás desta situação é a de que apesar do amor ser meramente uma
consequência da oferenda, é ainda assim muito mais importante que a oferenda em si. É
como um grande rei que dá um objeto de pouca importância a uma pessoa. Embora a
Cabalá Para o Aluno

oferenda em si seja desprovida de valor, é o amor e a atenção do rei que a torna de valor
incalculável e preciosa. É então completamente separada da substância, sendo a Luz e a
oferenda, de forma a que o trabalho e os entendimentos permaneçam gravados na
realização são apenas com o amor em si. A oferenda em si, porém, parece esquecida ao
coração. Assim sendo, este aspecto da sabedoria é denominado de "Sabedoria
Formadora da Cabalá", sendo esta a parte mais importante da sabedoria.

ABYA

Este amor é constituído de quatro partes que se assemelham muito ao amor humano:
quando recebemos inicialmente a oferenda não nos referimos ao doador da oferenda
como alguém que nos ame, ainda mais se essa pessoa é importante e o receptor não é
igual ao doador.
Porém, a repetitiva oferta e perseverança fará mesmo a pessoa mais importante parecer-
nos alguém que nos ama verdadeiramente, de igual forma. Isto é porque existe uma
regra de que no amor não existe um maior e um mais pequeno, e dois verdadeiros
amantes devem sentir-se iguais.

Então, podemos medir quatro graus de amor aqui. O primeiro incidente é chamado
Assiya, a repetição da oferenda é chamada Yetzirah e a aparição do amor em si é
chamado de Briah
É aqui que o estudo da Sabedoria Formadora da Cabala começa, pois é neste grau
que o amor está separado das oferendas. Este é o significado das palavras, "e foi criada
escuridão," ou seja que a Luz é removida de Yetzirah e que o amor permanece sem Luz,
tal como sem oferendas.

Depois vem Atzilut. Depois de ter provado e separado inteiramente da forma e


substância, tal como em, "e foi criada escuridão," tornou-se digno de ascender a Atzilut
onde a forma veste a substância uma vez mais. Agora, a Luz e o amor estão uma vez
mais juntos.

A Origem da Alma

Tudo o que é espiritual é percebido como uma força separada do corpo porque não tem
imagem corpórea. Ainda que, devido a isso, permaneça isolado e completamente
separado do corpóreo. Em tal estado, como pode colocar algo corpóreo em movimento,
muito menos gerar algo físico, quando não entrou em contacto com o físico de alguma
forma?

O Elemento Ácido
Cabalá Para o Aluno

Entretanto, a verdade é que a força em si é também considerada uma substância


genuína, tal como qualquer outra substância corpórea do mundo concreto e o fato de
que não tenha uma imagem que os sentidos humanos consigam perceber não reduz o
valor da substância, isto é, da "força."

Tomemos em conta uma molécula de oxigênio por exemplo: é uma componente


constituinte da maioria de materiais no mundo. Embora, se pegarmos numa garrafa de
oxigênio puro quando não está misturado com qualquer outra substância, iremos
descobrir que parece que a garrafa parece estar completamente vazia. Não iremos
conseguir perceber nada acerca dela; irá ser completamente como o ar, intangível e
invisível ao olho humano.

Se removermos a tampa e a cheirarmos, não iremos obter odor algum; se a provarmos


não iremos encontrar qualquer sabor e se a colocarmos numa balança não irá pesar mais
do que a garrafa vazia. O mesmo é aplicável ao hidrogênio, que também não tem sabor,
cheiro e peso.

No entanto, colocando ambos os elementos juntos, eles irão imediatamente formar um


liquido - água potável que possui tanto sabor como peso. Se colocarmos água dentro de
cal vivo irá imediatamente misturar-se com ela e tornar-se tão sólida como o cal em si.

Então, como conseguimos determinar que forças naturais não são uma substância
corpórea apenas porque não se encontram alinhadas de forma a que os nossos sentidos
as consigam perceber? Para além do mais, conseguimos ver evidentemente que a maior
parte de materiais tangíveis do nosso mundo consistem a priori do elemento de
oxigênio, que os sentidos humanos não conseguem perceber e sentir!

Mesmo o sólido e o liquido na realidade tangível que vividamente percebemos no nosso


mundo, podem transformar-se em ar e gaseificar a determinada temperatura.
Similarmente os vapores podem transformar-se em sólidos quando a temperatura desce.

Neste caso, devemo-nos perguntar, como pode alguém dar aquilo que não possui?
Claramente vemos que as imagens tangíveis provêm de elementos que em si mesmos
são intangíveis e que não existem como materiais por si mesmos. De forma similar
todas as imagens estáticas que conhecemos e usamos para definir os materiais são
inconsistentes e não existem no seu devido direito. Em vez disso, vestem e despem
formas sob a influência de condições como o calor e frio.

A parte primária da substância corpórea é a "força" que reside nela, embora não
consigamos separar estas forças, tal como com elementos químicos. Talvez no futuro
sejam descobertas na sua forma pura, tal como recentemente descobrimos os elementos
químicos.
Cabalá Para o Aluno

Força Equivalente no Espiritual e Físico

Em poucas palavras: todos os nomes aos quais atribuímos materiais são completamente
fabricados, ou seja que derivam da percepção concreta nos nossos cinco sentidos. Eles
não existem em si mesmos. Por outro lado, qualquer definição que atribuamos a uma
força, que a separe do material, é também fabricada. Mesmo quando a ciência chegar ao
seu desenvolvimento culminante, ainda assim necessitaremos de ter em conta a
realidade tangível. Isto significa que dentro de qualquer operação material que vejamos
ou sintamos, temos de perceber o seu operador, que é a substância, como a operação em
si. Existe uma correlação entre estes, ou então não teriam chegado a tal.

Devemos saber que este erro de separação do operador da operação advém da Filosofia
Figurativa, que insistiu em comprovar que uma ação espiritual influencia uma operação
corpórea. Isso resultou em pressupostos errôneos como os que se encontram em cima,
dos quais a Cabala não precisa.

Corpo e Alma nos Superiores

A opinião da Cabala nesta matéria é clara como a água, excluindo qualquer mistura
filosófica. Isto é porque a opinião dos sábios da Cabala é a de que até entidades
espirituais separadas, cuja filosofia nega de qualquer corporalidade e apresenta como
pura substância conceptual, embora elas sejam de fato espirituais, mais sublimes e
abstratas, consistem de um corpo e alma tal como o ser físico humano.

Então, não precisam de imaginar como dois podem ganhar o prêmio dizendo que são
complexos. Mais, a filosofia crê que algo complexo irá eventualmente desintegrar-se e
decompor-se, ou seja morrer. Então, como se pode declarar que são ambos complexos e
eternos?

Luzes e Recipientes

Certamente, os seus pensamentos não são os nossos pensamentos, porque a maneira dos
sábios da Cabala é uma de encontrar provas reais de compreensão, fazendo a sua
anulação através de questionamento intelectual impossível. Mas deixem-me clarificar
estas matérias para o entendimento de cada pessoa:

Primeiro temos de saber que a diferença entre as Luzes e recipientes é imediatamente


criada no primeiro ser emanado de Ein Sof. Naturalmente a primeira emanação é
também a mais completa e nobre de todas as que se seguiram a esta. É certo que esta
agradabilidade e este preenchimento são recebidos da Sua essência, que deseja
Cabalá Para o Aluno

conceder-lhe todo o prazer e agradabilidade.

É sabido que a medida do prazer é essencialmente a medida da recepção daquele prazer.


Isto é porque o que mais queremos também é sentido como o mais agradável. Devido a
isto, devemos discernir duas observações na primeira emanação: o "desejo de receber"
que recebeu essência e a essência do objeto em si. Devemos também saber que o desejo
de receber é tudo o que percebemos como "corpo" do emanado, ou seja a sua essência
primária, sendo o recipiente para receber a bondade. A segunda é a essência da bondade
que é recebida, que é a Luz que é eternamente estendida da emanação.

Acontece que temos necessariamente de distinguir os dois opostos que vestem um ao


outro mesmo nas mais sublimes e espirituais matérias que o coração possa contemplar.
É a opinião oposta à da filosofia, que fabricou que indivíduos diferentes não são
materiais combinados. É necessário que aquele "desejo de receber" que é obrigatório no
ser emanado (porque sem ela não existiria prazer mas coerção, e nenhum sentimento de
prazer) está ausente na Sua essência. Este é o motivo do nome "emanado," pois uma vez
que já não é a Sua essência, de quem poderia Ele receber?

Apesar deste, a parte que um recebe é necessariamente uma parte da Sua essência,
porque aqui e ali não são necessárias inovações. Então vemos uma grande diferença
entre o corpo renovado e a recebida abundância considerada a Sua essência.

Como pode o Espiritual Gerar o Corpóreo

É aparentemente difícil compreender como o espiritual pode gerar e estender algo


corpóreo. Esta questão é uma antiga questão filosófica sobre a qual muita tinta foi
entornada na tentativa de resolvê-la.

A verdade é que esta questão é apenas difícil se seguir a sua doutrina. Isto porque eles
determinaram que a forma da espiritualidade era desprovida de qualquer ligação a algo
corpóreo. O que produz uma questão difícil: como pode o espiritual levar ou gerar algo
corpóreo?

Mas é da opinião dos sábios da Cabala que esta não é de todo difícil, pois os seus
termos são completamente opostos aos dos filósofos'. Eles referem que qualquer
qualidade espiritual se equipara com o corpóreo como duas gotas de água num lago.
Então, os relacionamentos são da maior afinidade e não existe uma separação entre eles
exceto na substância, ou seja que o espiritual consiste de uma substância espiritual e que
o corpóreo consiste de uma substância corpórea.
Cabalá Para o Aluno

Embora, todas as qualidades nos materiais espirituais se encontrem também nos


materiais corpóreos, tal como o artigo "A Essência da Sabedoria da Cabala" explica. A
velha filosofia apresenta três opiniões como obstáculos à minha explicação:

1. A sua decisão de que o poder do intelecto humano é a alma eterna, a essência do


homem.

2. A sua conjectura de que o corpo é um resultado da alma.

3. Quando dizem que as pessoas espirituais são simples e não complexas.

Psicologia Materialista

Não só é o lugar errado para discutir com eles sobre as suas conjecturas fabricadas mas
também porque o seu tempo passou e sua autoridade foi revogada. Também deveríamos
agradecer aos peritos da psicologia materialista por isso, tendo construído o seu suporte
sobre a ruína do anterior, ganhando a preferência do público. Agora todos admitem a
nulidade da filosofia, pois não é construída sobre bases concretas.

A velha doutrina tornou-se uma pedra no sapato e um espinho mortal para os sábios da
Cabala. Quando deveriam ser eles a submeterem-se aos sábios da Cabala e a tomarem
em si mesmos abstinência e prudência prioritária a admitir sequer a mais pequena coisa
na espiritualidade, eles receberam o que queriam facilmente da filosofia figurativa. Sem
pagamento ou um preço eles têm-se banhado da sua fonte de sabedoria até ao saciar e
escolheram não tomar parte da sabedoria da Cabala. Como consequência, a sabedoria
tornou-se praticamente esquecida entre Israel.

Por esse motivo estamos gratos à psicologia materialista por a ter vencido com um
golpe mortal.

Eu sou Salomão

O acima descrito é muito como um conto que os nossos sábios contam: "Asmodeus (o
demônio) levou o Rei Salomão por quatrocentos parsas (uma medida de distância) de
Jerusalém e deixou-o sem dinheiro e meio de se suster. Então ele sentou-se no trono do
Rei Salomão enquanto o rei estava a pedir às portas. Cada lugar onde ia dizia: "Eu sou
Eclesiastes!" mas ninguém acreditava nele. Então ele andou de cidade em cidade
declarando "Eu sou Salomão!" mas quando ele chegou ao Sanhedrin (os sábios do
Talmude) eles disseram: "Um tolo não pronuncia com a mesma folia a toda a hora,
dizendo "Eu fui rei em tempos."

Parece que embora o nome não seja a essência de uma pessoa, mas em vez disso o dono
Cabalá Para o Aluno

do nome é. Então, como pode um homem sábio como o Rei Salomão não ser
reconhecido se ele é verdadeiramente o dono do nome? Ainda mais, é a pessoa que
dignifica o nome e deveria ter demonstrado a sua sabedoria ao povo!

Três Prevenções

Existem três motivos que nos previnem de saber o dono de um nome:

1. Devido à verdade desta sabedoria, torna-se claro apenas quando todos os


detalhes nos aparentam juntos. Então, antes que saiba toda a sabedoria, é
impossível vislumbrar sequer um pequeno fragmento dela. Então, é a divulgação
da sua verdade de que precisamos, de forma a ter suficiente crédito nela para
levar a cabo um grande esforço.

2. Tal como Asmodeus, o demônio, vestiu as roupas do Rei Salomão e herdou o


seu trono, também a filosofia se sentou no trono da Cabala com conceitos
simples de captar, porque a mentira é facilmente aceite. Então, existe um
problema de duas frentes aqui: primeiro, a sabedoria da verdade é profunda e
trabalhosa, enquanto que a filosofia é falsa e facilmente compreendida; segundo,
que é supérflua, porque a filosofia é bastante satisfatória.

3. Tal como o demônio proclama que o Rei Salomão é louco, também a filosofia
goza e remove a Cabala.

Embora, enquanto sabedoria é sublime, é elevada acima das pessoas e separada delas.
Porque o Rei Salomão era o mais sábio dos homens, ele era também mais alto que
qualquer homem. Então, os mais sábios estudantes não o conseguiam compreender.
Apenas tais amigos, ou seja o Sanhedrin, a quem ele ensinou esta sabedoria cada dia
durante dias e anos, compreendiam-no e divulgavam o seu nome no mundo inteiro. O
motivo é de que sabedoria pequena é percebida em cinco minutos e de fácil divulgação,
sendo acessível a cada pessoa. Porém, um conceito mais pesado não será compreendido
em menos que várias horas. Pode até levar dias ou anos, dependendo da inteligência.
Respectivamente, os mais altos estudantes serão compreendidos por alguns poucos
escolhidos na sua geração, porque conceitos profundos são fundados em muito
conhecimento adquirido anteriormente.

Desta forma não é surpreendente que o mais sábio de todos os homens, que foi exilado
num lugar onde não era conhecido, não conseguia demonstrar a sua sabedoria ou
mesmo dar uma pista acerca dela antes que acreditassem que ele era o dono do nome.

É o mesmo com a sabedoria da Cabala nos nossos tempos: As dificuldades e o exilo que
Cabalá Para o Aluno

chegou sobre nós fez-nos esquecê-la. Acrescento que, se existem pessoas que a
praticam, não é a favor da Cabala mas ao invés disso lhe traz mal. Isto porque não a
receberam de um sábio cabalista. Então, a Cabala está na mesma situação hoje, como
quando o Rei Salomão estava exilado, declarando, "Eu sou a sabedoria e todos os
sabores da religião e da Torá são meus," no entanto ninguém acreditou.

Mas é perplexo, pois se é uma sabedoria genuína, não se pode demonstrar como todas
as outras sabedorias? Não pode. Tal como o Rei Salomão não conseguiu demonstrar a
profundidade desta sabedoria aos estudantes no espaço do seu exílio e teve de vir até
Jerusalém, o espaço dos Sanhedrin, que o conheciam e atestam a profundidade desta
sabedoria, por esse motivo a Cabala requisita que grandes sábios examinem os seus
corações e a estudem por vinte ou trinta anos. Só então poderão a poderão justificar. É o
mesmo com o Rei Salomão, que não conseguiu prevenir que Asmodeus se sentasse no
trono fingindo ser ele até que chegasse a Jerusalém.

Sábios da Cabala também observam a filosofia teológica e queixam-se que os teólogos


filosóficos roubaram a prateleira superior da sua sabedoria, que Platão e os seus
predecessores Gregos adquiriram enquanto estudaram com discípulos dos profetas em
Israel. Roubaram constituintes elementares da sabedoria de Israel e usaram uma capa
que não lhes pertence. E aos dias que correm, a filosofia teológica sentou-se no trono da
Cabala, sendo herdeira à sua ama.

Quem acreditaria nos sábios num tempo em que outros se sentam no seu trono? É como
quando não acreditavam no Rei Salomão em exílio porque o conheciam de se encontrar
sentado no seu trono, ou seja, o demônio Asmodeus. Tal como o Rei Salomão, é
desesperante que a sabedoria da verdade seja exposta, pois é profunda e não pode ser
expressada por testemunho ou mera experimentação. É só revelada aos que a acreditam
e se lhe dedicam com alma e coração.

Tal como o Sanhedrin não reconheceu o Rei Salomão enquanto a falsidade de


Asmodeus não se tornou aparente, também a Cabala não poderá provar a sua natureza e
verdade, enquanto a futilidade da filosofia teológica que tomou o seu trono se torne
aparente. Até esse tempo, não há revelação que seja suficiente para que as pessoas o
reconheçam.

Desta forma, não havia uma salvação para Israel na altura em que a psicologia
materialista apareceu e atingiu a filosofia teológica na sua cabeça com um golpe mortal.

Agora, toda a pessoa que procura o Senhor deve trazer a Cabala de volta ao seu trono - e
restaurar a sua glória passada.
Cabalá Para o Aluno

INTRODUÇÃO AO LIVRO DO ZOHAR

1) Nesta introdução, eu gostaria de esclarecer alguns temas que, embora aparentemente


simples, são temas com os quais todos se atrapalham. Muita tinta já foi derramada numa
tentativa de esclarecê-los mas, mesmo assim, ainda não chegamos a um conhecimento
concreto e suficiente dos mesmos. Aqui estão algumas perguntas:

1. Qual é a nossa essência?

2. Qual é o nosso papel na longa cadeia da realidade, da qual somos apenas


pequenos elos?

3. Quando nos examinamos, descobrimos que somos o mais corruptos e


baixos que podemos chegar a ser. E quando examinamos o Operador que
nos fez, nos vemos compelidos a alcançar o (nosso) mais alto grau, pois
não há ninguém tão digno de louvor como Ele e, necessariamente,
apenas operações perfeitas derivam de um operador perfeito.

4. Nossa mente necessita que Ele seja absolutamente benevolente, acima de


qualquer comparação. Como então, criou Ele tantas criaturas que sofrem
e agonizam durante toda sua vida? Não é então a maneira dos bons fazer
o bem, ou pelo menos não prejudicar?

5. Como é possível que o infinito, que não tem principio nem fim, produza
criaturas finitas, mortais e transitórias?

2. De forma a esclarecer isso, precisamos realizar algumas averiguações


preliminares. Certamente não, Deus nos livre, onde está proibido, ou seja,
na essência do Criador, da qual não temos idéia ou percepção e, portanto
tampouco podemos expressá-La, por pensamento ou palavra, mas sim onde
a averiguação corresponde a um Mitzva (mandamento/boa ação), a
investigação de Seus atos. Assim é como a Torá nos ordena: “Conhece ao
Deus de teu pai e serve-O” e, como diz o poema da unificação, “Por tuas
ações te conhecemos.”

Averiguação No. 1: Como podemos imaginar uma nova criação, algo novo que não
esteja incluído Nele antes que Ele a crie, quando é óbvio para qualquer observador que
não existe nada que não esteja incluído Nele? O sentido comum assim o dita, pois como
se pode dar o que não se tem?

Averiguação No. 2: Se diz que, desde Sua onipotência, Ele pode criar a existência a
partir da ausência, algo novo que não está Nele, isso levanta a seguinte questão – que
realidade é essa, que podemos estabelecer como não tendo lugar Nele, e que é
completamente nova?
Cabalá Para o Aluno

Averiguação No. 3: Esse ponto trata lida do que disseram os Cabalistas: Que a alma é
parte de Deus de tal maneira, que não existe diferença entre Ele e a alma, sendo Ele o
“todo” e a alma uma “parte”. Eles o compararam a uma pedra esculpida a partir de uma
montanha. Não existe diferença entre a pedra e a montanha, exceto que Ele é o “todo” e
a pedra uma “parte”. Portanto, devemos realizar a seguinte pergunta: Uma coisa é que
uma pedra esculpida seja separada de uma montanha por um machado construído para
essa finalidade, provocando a separação entre a “parte” e o “todo”. Mas, como
poderíamos descrever a mesma coisa com relação a Ele? Que Ele separará uma parte da
Sua essência até que essa parte abandone a Mesma tornando-se separada d'Ele, ou seja,
uma alma, a ponto que só possa ser entendida como uma parte da Sua essência?

Averiguação No. 4: Dado que a carruagem do Sitra Achra (outro lado) e das Klipot
(cascas) está tão afastada, no extremo oposto de Sua Santidade, de modo que tal
distancia é em realidade inconcebível, como pode a mesma ter sido extraída e ser
proveniente da Santidade e, muito menos, que Sua Santidade a sustente?

Averiguação No. 5: Com relação à ressurreição dos mortos: O corpo é algo tão
desprezível que, já ao nascer, está condenado a perecer e ser enterrado. Além disso, O
Zohar diz que, até que o corpo não termine de apodrecer inteiramente e ainda existam
resíduos do mesmo, a alma não pode ascender ao seu lugar no Jardim do Éden. Porque
então deve o corpo voltar a se levantar na “Ressurreição dos Mortos”? Não poderia o
Criador deleitar as almas sem o mesmo?

Ainda mais desconcertante é o que disseram nossos sábios: Que os mortos estão
destinados a se levantar com seus defeitos, para que não se confundam uns com outros e
que, depois disso, Ele curará seus defeitos. Devemos entender o porque deveria
importar-Lhe a Deus que mortos não sejam confundidos uns com outros a tal ponto que,
para isso, tivesse que recriar seus defeitos para então ter que curá-los.

Averiguação No. 6: Com relação ao que disseram nossos sábios: “Que o homem é o
centro da realidade. Que tanto os Mundos Superiores como este mundo corpóreo e tudo
que existe neles foi criado apenas para ele” (O Zohar, Tazria, 40), “...e obrigaram ao
homem acreditar que o mundo tinha sido criado para ele.” (Sanhedrin 37). É
aparentemente difícil de entender que, para este insignificante humano, cujo valor não é
mais que uma brisa com relação à realidade deste mundo, e que vale ainda menos com
relação aos Mundos Superiores, cujo caráter Elevado e Sublime é incomensurável, que
o Criador Se tivesse dado o trabalho de criar tudo isso só para ele. E também, porque
precisaria o homem de tudo isso?

3) Para compreender estas perguntas e averiguações, a única estratégia é examinar seu


resultado final, ou seja, o propósito da Criação. Pois, nada pode ser compreendido em
meio ao seu processo de desenvolvimento, mas somente ao final do mesmo. Além
disso, está claro que não existe ação sem um objetivo, já que apenas o insano pode agir
sem um propósito definido.
Cabalá Para o Aluno

Eu sei que existem pessoas que carregam em suas costas o fardo da Torá e das Mitzvot
(plural de Mitzva), dizendo que o Criador criou toda a realidade para então deixá-la à
sua sorte e que, devido à falta de valor das criaturas, não é digno do Elevado Criador
vigiar suas maneiras más e mesquinhas. Certamente essas pessoas falam sem
conhecimento, pois é impossível realizar comentários sobre nossa baixeza e
insignificância, sem antes decidir que nós mesmos fomos os que nos criamos com toda
nossa natureza corrupta e repugnante.

Mas uma vez que decidimos que o Criador, que é absolutamente perfeito, foi quem
criou e desenhou nossos corpos, com todos seus atributos, tanto admiráveis como
desprezíveis, seguramente, uma ação imperfeita não pode nunca emergir da mão do
trabalhador perfeito, pois cada ação da testemunho daquele que a produz. E, que culpa
tem uma má vestimenta se foi feita por um mau alfaiate?

Dessa maneira, encontramos o seguinte conto no Masechet Taanit, 20: O Rabino Elazar
se cruzou um dia com um homem muito feio. Então lhe disse: “Que feio é aquele
homem”. O homem lhe respondeu: “Pois vá e diga ao artesão que me fez, ‘Que feio é
este instrumento que tu fizeste’”. Portanto, aqueles que afirmam que devido a nossa
baixeza e insignificância, não somos dignos de que Ele nos cuide, nos vigie e que, desta
forma Ele nos abandonou, não fazem outra coisa que exibir sua ignorância.

Imagine que você encontrasse um homem que pudesse criar criaturas e que, por isso
precisamente, as mesmas sofressem e agonizassem durante toda sua vida como fazemos
nós e que, além disso, se desfizesse delas não querendo sequer cuidá-las ou ajudá-las
um pouco. Quão desprezível e baixo você o consideraria! Pode-se pensar tal coisa Dele?

4) Portanto, o senso comum nos dita que nós tomemos o oposto do que aparenta ser à
superfície e decidamos que somos criaturas verdadeiramente nobres e dignas, de
importância incomensurável, na verdade dignas do Trabalhador que nos fez. Pois,
qualquer falha que alguém esteja disposto a perceber em nossos corpos e, por trás de
todas as desculpas que alguém se dá a si mesmo, (a responsabilidade) recai apenas sobre
o Criador, que nos criou e à natureza dentro de nós, pois é claro que fomos criados por
Ele e não por nós mesmos.

Ele também conhece todas as formas que derivam da má natureza e atributos que Ele
criou em nós. Como dissemos anteriormente, devemos contemplar o fim da ação para
então ser capazes de compreendê-la inteiramente. É como diz o ditado: “Não mostres a
um tolo um trabalho feito pela metade.”

5) Nossos sábios já disseram que o Criador não criou o mundo por outra razão que não
fosse deleitar Suas criaturas. É aqui onde devemos colocar nossas mentes e nossos
pensamentos, pois esse constitui o derradeiro objetivo do ato da criação do mundo. E
devemos ter em mente que, dado que o Pensamento da Criação era outorgar às Suas
criaturas, Ele (o Criador) teve que criar nas almas um intenso desejo de receber tudo
aquilo que Ele tinha pensado em lhes dar. Pois, a intensidade de cada prazer e seu
Cabalá Para o Aluno

correspondente deleite depende da intensidade do desejo de recebê-lo. Quanto maior o


desejo de receber, maior o prazer e, quanto menor esse desejo, menor o prazer que se
experimenta na recepção.

Então, o próprio Pensamento da Criação indica necessariamente a criação de um


excessivo desejo de receber nas almas, para complementar o imenso prazer que Sua
Onipotência pensou outorgar sobre as almas. Pois, o grande deleite e o grande desejo de
receber andam de mão dada.

6) Uma vez que o tenhamos aprendido, chegamos a um total e claro entendimento da


segunda averiguação. Pois aprendemos qual é a realidade que pode ser claramente
determinada, que não corresponde a uma parte da Sua essência, na extensão de que
podemos dizer que é uma nova criação, existência criada a partir da ausência. E agora
que sabemos com certeza que o Pensamento da Criação, de deleitar Suas criaturas,
necessariamente criou uma medida de desejo de receber Dele toda a bondade e prazer
que Ele tinha planejado para elas, esse desejo de receber claramente não estava incluída
em Sua essência antes que Ele a tivesse criado nas almas pois, de quem poderia Ele
receber? Logo, Ele criou algo novo, que não está Nele.

E ainda assim entendemos que, de acordo com o Pensamento da Criação, não havia
necessidade de criar nada além daquele desejo de receber. Isto porque, esta nova
criação, era suficiente para que Ele realizasse o Pensamento da Criação que tinha
pensado outorgar sobre nós, em sua integridade. Mas toda a plenitude existente no
Pensamento da Criação, todos os benefícios que Ele tinha planejado entregar-nos,
derivam diretamente da Sua essência e, Ele não tem razão para recriá-los dado que os
mesmos já estão extraídos, existência a partir da ausência, para o grande desejo de
receber que existe nas almas. Logo, é evidente que toda substância na criação que se
gerou, do principio ao fim, é apenas o “desejo de receber.”

7) Agora podemos compreender as palavras dos Cabalistas na terceira averiguação.


Queríamos saber como era possível dizer que as almas eram parte de Deus como uma
pedra esculpida de uma montanha, que não há diferença entre elas exceto que uma é
uma “parte” e a outra é um “todo.” E imaginamos: uma coisa é dizer que uma pedra
esculpida da montanha se separa da mesma por um machado criado para esse propósito,
mas como podemos expressar isso com relação à Sua essência? E também, que foi o que
separou as almas de Sua essência e as excluiu do Criador, para que se tornassem
criaturas?

Do acima exposto entendemos claramente que, da mesma maneira que o machado corta
e divide um objeto físico em dois, a disparidade de forma divide o espiritual em dois.
Por exemplo, quando duas pessoas se amam uma à outra, se costuma dizer que estão
ligadas uma à outra como se fossem um só corpo. E, quando se odeiam, se diz que estão
tão distantes entre si como o leste do oeste. Mas aqui, não está em questão sua
proximidade ou afastamento em quanto à localização no espaço. Em vez disso, se fala
Cabalá Para o Aluno

de equivalência de forma: quando são iguais em forma e, cada uma ama o que a outra
ama e odeia o que a outra odeia, elas se amam e estão ligadas uma à outra.

Se existe certa disparidade de forma entre elas e, uma delas gosta de algo que a outra
odeia, então na mesma medida em que diferem em forma, se tornam mais distantes e
odiosas uma à outra. E se, por exemplo, são opostas em forma, ou seja, tudo o que uma
gosta a outra odeia, e tudo o que a outra odeia é apreciado pela primeira, se lhes
considera tão afastadas como o leste do oeste, isto é, em extremidades opostas.

8) E assim, vemos que na espiritualidade a disparidade de forma atua separando, da


mesma maneira que um machado o faz no mundo corpóreo, sendo a distância entre as
partes proporcional à sua oposição de forma. Disto aprendemos que, dado que o desejo
de receber Seu deleite foi impresso nas almas e demonstramos que esta forma está
ausente no Criador (porque, de quem receberia Ele?), essa disparidade de forma que as
almas adquiriram é o que as separa de Sua essência, como o machado que entalha uma
pedra da montanha. E devido à essa disparidade de forma é que as almas foram
separadas do Criador e se tornaram criaturas. Contudo, tudo o que as almas obtêm de
Sua Luz, se estende a partir de Sua essência, existência a partir da existência.

Segue-se portanto que, com relação à Sua Luz, que a recebem em seu Kli (recipiente),
ou seja, o desejo de receber, não há nenhuma diferença entre elas e Sua essência. Isto
ocorre porque as almas a recebem, de uma existência à outra, diretamente a partir de
Sua essência. E, a única diferença entre as almas e Sua essência é que as almas são uma
parte da mesma.

Isto significa que a quantidade de Luz que recebem em seu Kli, que é o desejo de
receber, já está separada do Criador, pois se baseia na disparidade de forma do próprio
desejo de receber. E, esta mesma disparidade de forma a tornou (à Luz) uma parte
através da qual elas (as almas) foram separadas do “todo” e se tornaram “parte.” Logo, a
única diferença entre elas é que uma é um “todo” e a outra uma “parte,” como a pedra
entalhada a partir de uma montanha. E, este ponto deve ser analisado meticulosamente
pois, ao tratar-se de um tema tão elevado, é impossível ampliar além deste ponto.

9) Agora podemos começar a compreender a quarta averiguação: como é possível que a


carruagem da impureza e Klipot surgisse desde Sua Santidade, sendo que se encontra no
outro extremo de Sua Santidade? E também, como pode ser que Ele a apóie e sustente?
Certamente, primeiro devemos compreender o significado da existência da impureza e
das Klipot.

Saiba que este enorme desejo de receber, que já determinamos ser a própria essência das
almas, por criação - pelo qual as mesmas estão aptas a receber a plenitude existente no
Pensamento da Criação - não permanece nessa forma dentro das almas. Se fosse assim,
teriam que permanecer eternamente separadas d'Ele porque sua disparidade de forma as
manteria separadas d'Ele.
Cabalá Para o Aluno

E, de forma a remendar essa separação existente no Kli das almas, foi que Ele criou
todos os mundos separando-os em dois sistemas, como se expressa no verso: “Deus os
fez um contra o outro”, correspondendo aos quatro mundos puros de ABYA e, opostos a
eles, os quatro mundos impuros de ABYA. E assim, Ele imprimiu o desejo de outorgar
no sistema dos ABYA puros, removendo deles o desejo de receber para si mesmo e
colocando-o no sistema dos mundos ABYA impuros. Devido a isso, eles (esses mundos)
se tornaram separados do Criador e de todos os mundos de santidade.

Por essa razão as Klipot (cascas) são chamadas “mortas,” como no verso: “sacrifícios
dos mortos” (Salmos 106, 28). E os perversos que os seguem, como disseram nossos
sábios, “Os perversos, em suas vidas, são chamados ‘mortos.’”, uma vez que o desejo
de receber que existe impresso neles, em oposição de forma à Sua Santidade, os separa
da “Vida de todas as Vidas”, e estão tão afastados d'Ele como duas extremidades de
uma mesma coisa. Isso ocorre porque Ele não tem nenhum interesse na recepção mas
apenas em outorgar, ao passo que, as Klipot, não desejam o outorgamento mas sim
apenas receber para si mesmas, para seu próprio deleite, não existindo maior oposição
que essa. E, já sabemos que o afastamento espiritual começa com certa disparidade de
forma e termina na total oposição de forma, a qual corresponde à máxima distância
possível.

10) E assim, os mundos se manifestaram como uma cascata em direção à realidade


deste mundo corpóreo, à um lugar onde existe um corpo, uma alma, um tempo de
corrupção e um tempo de correção. Pois, o corpo, que corresponde à desejo de receber
para si mesmo, se estende desde sua raiz no Pensamento da Criação, passando através
do sistema dos mundos impuros, como está escrito: “e o indomável potro selvagem
nasceu como homem” (Jó 11, 12). E, permanece sob a autoridade desse sistema durante
os treze primeiros anos, chamados tempo de corrupção.

Ao se empenhar-se nos Mitzvot, a partir dos treze anos de idade, para comprazer seu
Criador, começa a purificar esse desejo de receber para si mesmo que existe impresso
nele, transformando-o lentamente em desejo de outorgar. Com isso, uma alma sagrada
se estende desde sua raiz no Pensamento da Criação, passando através do sistema dos
mundos puros para vestir-se nesse corpo. Este é chamado o tempo de correção.

É então quando (o corpo) passa a acumular graus de santidade provenientes do


Pensamento da Criação existente em Ein Sof (Infinito), até que estes o ajudem a
transformar inteiramente o desejo de receber para si mesmo existente nele, na forma de
recepção orientada a outorgar contentamento ao Criador, e de nenhuma maneira para si
mesmo. Com isso, alcança a equivalência de forma com o Criador, porque a recepção
com objetivo de outorgamento se considera também como puro outorgamento.

No Masechet Kidushin está escrito que com um homem importante ela dá e ele diz –
com isso tu estás santificado. Pois, quando a sua (dele) recepção se realiza com o
objetivo de comprazê-la, essa recepção se considera absoluto outorgamento e doação.
Assim, se adquire a completa adesão à Ele já que, a adesão espiritual não é mais que a
Cabalá Para o Aluno

equivalência de forma. Como disseram nossos sábios: “Como é possível aderir-se a Ele?
Em vez disso, adira-se às Suas qualidades”. E, com isso, se torna um digno de receber
todo o deleite, o prazer e a gentileza existentes no Pensamento da Criação.

11) Explicamos anteriormente de forma clara a correção do desejo de receber, impresso


nas almas pelo Pensamento da Criação. Para elas, o Criador preparou dois sistemas,
opostos entre si, através dos quais as almas passam e se dividem em dois
discernimentos, corpo e alma, que se vestem um ao outro.

Através da prática de Torá e Mitzvot, as almas finalmente transformam a forma do


desejo de receber na forma do desejo de outorgar. É então quando podem receber toda a
bondade existente no Pensamento da Criação. Com isso, são recompensadas com uma
sólida adesão à Ele pois, através da prática da Torá e Mitzvot alcançaram a equivalência
de forma com o Criador. Isto se considera o fim da correção.

E então, já que não haverá mais necessidade para o mau Sitra Achra, o mesmo será
eliminado da Terra e a morte cessará para sempre. Assim, todo o trabalho realizado na
prática da Torá e Mitzvot que foi dado ao mundo, durante os seis mil anos da existência
do mesmo e, à cada pessoa, pela duração dos seus aproximadamente setenta anos de
vida, têm como objetivo levá-los até o fim da correção – a anteriormente mencionada
equivalência de forma.

O tema da formação e extensão do sistema das Klipot e da impureza a partir de Sua


Santidade, se encontra agora também meticulosamente esclarecido: tinha que ser assim
de forma a estender com ele a criação dos corpos, que seriam então corrigidos através
da Torá e Mitzvot. E se nossos corpos, com seu corrupto desejo de receber, não se
estendessem através do sistema impuro, não seriamos capazes de corrigi-los nunca pois,
não se pode corrigir o que não se encontra dentro de si mesmo.

12) De fato, necessitamos ainda compreender como o desejo de receber para si mesmo,
que é tão corrupto e cheio de falhas, pôde estender-se a partir de e ao mesmo tempo
estar no Pensamento da Criação em Ein Sof, cuja unidade está além das palavras e de
qualquer descrição? O caso é que, pelo próprio pensamento de criar as almas, Seu
pensamento já completou tudo, pois Ele não precisa realizar uma ação como nós.
Instantaneamente, todas as almas e mundos que estavam destinados a ser criados,
emergiram já preenchidos com todo o deleite, prazer e gentileza que Ele tinha planejado
para os mesmos, na perfeição final que as almas estavam destinadas a receber no fim da
correção, depois que o desejo de receber nas almas tenha sido totalmente corrigido e
transformado em puro outorgamento, em completa equivalência de forma com o
Emanador.

Isto é assim porque na Sua Eternidade, passado, presente e futuro são uma única coisa.
O futuro é como o presente e Nele não existe tal coisa como o tempo. Portanto, nunca
ouve um tema de um desejo de receber corrupto em seu estado separado dentro de Ein
Sof.
Cabalá Para o Aluno

Pelo contrário, essa equivalência de forma, destinada a ser revelada no fim da correção,
apareceu instantaneamente no Infinito. E sobre isso nossos sábios disseram: “Antes que
o mundo fosse criado havia Ele é Uno e Seu Nome Um,” pois a forma separada no
desejo de receber ainda não tinha sido revelada na realidade das almas que emergiram
no Pensamento da Criação. Em vez disso, elas estavam aderidas a Ele em equivalência
de forma por meio de, “Ele é Uno e Seu Nome Um.”

13) Portanto, se vê necessariamente que, como um todo, existem três estados para as
almas:

O Primeiro Estado corresponde à sua presença em Ein Sof, no Pensamento da Criação,


onde as mesmas já têm sua forma futura do Fim da Correção.

O Segundo Estado corresponde à sua presença nos seis mil anos, nos quais foram
divididas pelos dois sistemas acima em um corpo e uma alma. Foi-lhes dado o trabalho
na Torá e Mitzvot, de modo a inverter seu desejo de receber transformando-o em desejo
de outorgar contentamento ao Criador e não a si mesmas.

Durante o tempo que dure esse estado, nenhuma correção chegará aos corpos mas
somente às almas. Isto significa que devem eliminar qualquer forma de recepção para si
mesmas, como é considerado o corpo, e permanecer apenas com o desejo de outorgar,
que é a forma do desejo nas almas. Mesmo as almas dos justos não serão capazes de
rejubilar-se no Jardim do Éden depois de sua morte, mas somente depois que seus
corpos apodreçam no pó.

O Terceiro Estado corresponde ao final da correção das almas, depois da ressurreição


dos mortos. Nessa momento, a completa correção chegará também aos corpos porque,
então, elas transformarão a recepção para si mesmas, que é a forma do corpo, na forma
de puro outorgamento. E tornar-se-ão dignas de receber para si mesmas todo o deleite,
prazer e suavidade existentes no Pensamento da Criação.

Com tudo isso, alcançarão uma firme adesão, pela força de sua equivalência de forma
com o Criador, dado que não receberão devido ao seu desejo de receber, mas sim
devido a seu desejo de outorgar contentamento ao Criador, pois Ele se compraz quando
suas criaturas recebem D'Ele. Por uma questão de brevidade, de agora em diante
utilizarei simplesmente os nomes destes três estados, ou seja, “primeiro estado”,
“segundo estado” e “terceiro estado” deixando subentendido tudo o que se explicou aqui
para cada estado.

14) Quando se examinam os três estados acima, se descobre que cada um deles
necessita completamente aos outros, de forma que, se um deles fosse suprimido, os
outros também o seriam.

Se, por exemplo, o terceiro estado – a conversão da forma de recepção em forma de


outorgamento – não se houvesse materializado, o certo é que o primeiro estado em Ein
Sof nunca teria sido capaz de emergir.
Cabalá Para o Aluno

Isto porque, a perfeição se materializou ali apenas porque o futuro terceiro estado já
estava lá, como se estivesse no presente. E toda a perfeição que foi retratada lá naquele
estado é como um reflexo do futuro no presente. Mas se o futuro pudesse ser suprimido,
não haveria nenhum presente. Portanto, o terceiro estado necessita da existência do
primeiro.

Tanto mais, quando algo é suprimido no segundo estado, onde está todo o trabalho
destinado a ser completado no terceiro estado, o trabalho em corrupções e correções e a
continuidade dos graus das almas. Por conseguinte, como ocorrerá o terceiro estado?
Portanto, o segundo estado necessita da existência do terceiro.

Assim ocorre também com a existência do primeiro estado em Ein Sof, no qual a
perfeição do terceiro estado reside. O mesmo necessita definitivamente ser adaptado, ou
seja, que o segundo e terceiro estados apareçam em completa perfeição, nem mais nem
menos do que isso.

Em consequência, o primeiro estado em si mesmo necessita a expansão de dois sistemas


correspondentes no segundo estado, que permitam a existência de um corpo no desejo
de receber, corrompido pelo sistema de impureza, permitindo-nos então corrigi-lo. E, se
não tivesse havido um sistema de mundos impuros, não teríamos esse desejo de receber
e não seríamos capazes de corrigi-lo e assim chegar ao terceiro estado pois, “não se
pode corrigir o que não se encontra dentro de si”. Assim, não precisamos perguntar
como surgiu o sistema impuro a partir do primeiro estado, já que é o primeiro estado o
que necessita sua existência na forma do segundo estado.

15) Portanto, não se deve imaginar como foi que a escolha foi arrebatada de nós, já que
devemos ser completados e chegar ao terceiro estado, que já se encontra presente no
primeiro. O fato é que existem dois caminhos colocados para nós pelo Criador no
segundo estado de modo a levar-nos ao terceiro estado:

1. O caminho de Guardar a Torá e os Mitzvot.

2. O caminho do Sofrimento, pois a dor em si mesma purifica o corpo e finalmente nos


obrigará a converter nosso desejo de receber em desejo de outorgar, aderindo-nos a Ele.
Como diziam nossos sábios, (Sanhedrin, 97b), “Se te arrependeres, bem e, se não,
colocarei sobre ti um rei como Haman, e ele obrigará a que te arrependas”. Nossos
sábios disseram sobre o verso, “...irei acelerá-lo, a seu tempo”: “Se eles forem
recompensados, Eu os acelerarei e, se não, no seu devido tempo.”

Isto significa que, se tivermos acesso ao primeiro caminho, guardando a Torá e os


Mitzvot, aceleraremos nossa correção e não necessitaremos padecer as cruéis agonias e
o longo tempo necessário para experimentá-las, de modo que as mesmas nos obriguem
corrigir-nos. E, se não, “no seu devido tempo”, ou seja, apenas quando o sofrimento
venha a completar nossa correção e, dessa maneira, o tempo de correção será forçado
sobre nós. No total, o caminho do sofrimento corresponde também às punições das
almas no Inferno.
Cabalá Para o Aluno

Mas, em qualquer caso, o fim da correção – ou seja, o terceiro estado – é obrigatório,


devido ao primeiro estado. Nossa liberdade reside apenas em escolher entre o caminho
do sofrimento e o caminho da Torá e Mitzvot. Assim, esclarecemos meticulosamente
como os três estados das almas estão interconectados e necessitam um ao outro.

16) De tudo o que comentamos acima, compreendemos de forma exaustiva a terceira


averiguação, ou seja, que quando nos examinamos a nós mesmos, nós descobrimos tão
corruptos e desprezíveis como se pode chegar a ser. Mas, quando examinamos o
Operador que nos criou, nos devemos sentir exaltados, pois não existe ninguém tão
louvável como Ele, por tornar-nos como o Operador que nos criou, porque a natureza do
Perfeito Operador é a de executar operações perfeitas.

Agora sim podemos entender que nosso corpo, com todos seus frívolos incidentes e
posses, não é de nenhuma maneira nosso verdadeiro corpo. O nosso verdadeiro, eterno e
completo corpo já existe em Ein Sof, no primeiro estado, onde recebe sua forma
completa a partir do futuro terceiro estado, isto é, recepção na forma de outorgamento,
em equivalência de forma com Ein Sof.

E, se nosso primeiro estado necessita que recebamos a Klipa (casca) de nosso corpo no
segundo estado, na sua forma corrupta e repugnante, a qual corresponde ao desejo de
receber somente para si próprio, que é a força que nos separa de Ein Sof, para que a
corrijamos e assim se nos permita, na prática, receber nosso corpo eterno no terceiro
estado, não precisamos protestar contra isso. Nosso trabalho pode apenas realizar-se
neste corpo inútil e transitório pois, “não se pode corrigir o que não está dentro de si”.

Portanto, nós já estamos dentro dessa medida de perfeição, dignos e adequados ao


Perfeito Operador que nos fez, mesmo em nosso presente segundo estado, pois este
corpo de nenhuma maneira constitui um defeito dado que irá expirar e morrer, estando
aqui apenas o tempo necessário para seu cancelamento e aquisição de nossa forma
eterna.

17) Isto soluciona nossa quinta averiguação: Como pode ser que ações transitórias e
inúteis se manifestem a partir do eterno? E vemos que, certamente, já fomos
manifestados como Lhe convém à Sua Eternidade – seres eternos e perfeitos. E nossa
eternidade necessita que a Klipa do corpo, que nos foi dada apenas para trabalhar, seja
transitória e inútil. Pois, se ela se mantivesse também na eternidade, nós
permaneceríamos para sempre separados da “Vida das Vidas”.

Dissemos anteriormente (Item 13), que esta forma do nosso corpo, que é o desejo de
receber somente para nós mesmos, não está presente de nenhuma maneira no eterno
Pensamento da Criação, pois lá nós estamos na forma do terceiro estado. No entanto, a
mesma é obrigatória no segundo estado, para nos permitir corrigi-la.

E, não devemos refletir sobre o estado de qualquer outro ser no mundo que não seja o
homem pois, o homem é o centro da Criação, como será escrito abaixo (item 18). E,
todas as outras criaturas não têm qualquer valor em si mesmas, mas apenas na medida
Cabalá Para o Aluno

em que ajudam o homem a alcançar sua perfeição. Portanto, elas sobem e caem com ele
sem qualquer consideração de si mesmas.

18) Com isso, nós também solucionamos nossa quarta averiguação: Dado que a
natureza do bom é a de fazer o bem, como então criou Ele seres que sofreriam
tormentos e agonias ao longo de suas vidas? Como já dissemos, toda essa agonia é
necessária a partir de nosso primeiro estado onde, nossa completa eternidade,
proveniente de nosso futuro terceiro estado, nos obriga a avançar ou pelo caminho da
Torá ou pelo caminho do sofrimento, e a alcançar nosso estado eterno no terceiro estado
(Item 15).

Toda esta agonia é sentida apenas pela Klipa de nosso corpo, criada apenas para perecer
e ser enterrada. Isto nos ensina que o desejo de receber para si mesmo foi criado apenas
para ser erradicado, abolido do mundo e para transformar-se em desejo de outorgar. As
dores que sofremos são apenas descobertas da sua insignificância e do mal que existe
nele. De fato, quando todos os seres humanos concordarem em abolir e erradicar seu
desejo de receber para si mesmos, e não tiverem outro desejo a não ser o de outorgar a
seus amigos, todas as preocupações e perigos no mundo deixarão de existir. E teremos
todos assegurada uma vida plena e completa, pois cada um de nós terá um mundo
inteiro cuidando-nos e pronto para preencher nossas necessidades.

De modo que, enquanto cada um de nós tiver apenas o desejo de receber para nós
mesmos, o mesmo será sempre a fonte de todas nossas preocupações, sofrimento,
guerras e massacre, dos quais não conseguiremos escapar. Estes enfraquecerão nossos
corpos com todos os tipos de dores, mágoas e enfermidades e se verá que, todas as
agonias no mundo não são mais que manifestações oferecidas a nossos olhos para
incentivar-nos a revogar à maligna Klipa do corpo, e assumir a forma completa do
desejo de outorgar. E, como já dissemos, o próprio caminho do sofrimento pode levar-
nos à forma desejada. Tenha em mente que os Mitzvot entre homem e homem vêm antes
que os Mitzvot entre homem e Deus porque, o outorgar ao amigo leva ao outorgar ao
próprio Criador.

19) Depois de tudo o que dissemos, chegamos à resolução da primeira averiguação:


Qual é a nossa essência? Nossa essência é como a essência de todos os detalhes na
realidade, ou seja, não é mais nem menos que o desejo de receber (conforme descrito no
Item 7). Não como é agora no segundo estado, o desejo de receber somente para si
mesmo, mas sim como esse desejo se encontra no primeiro estado, em Ein Sof, na sua
forma eterna, que é a recepção com a finalidade de outorgar contentamento ao Criador
(como se descreve no Item 13).

Embora não tenhamos ainda alcançado de fato o terceiro estado, e ainda nos falta tempo
para isso, tal coisa de modo algum denigre nossa essência já que, nosso terceiro estado
necessita ao primeiro. Assim, “tudo o que está destinado a ser colecionado se considera
colecionado”. E, à falta de tempo se considera uma carência apenas onde há dúvida se
completará o que necessita ser completado a tempo.
Cabalá Para o Aluno

E, dado que não temos qualquer dúvida sobre isso, é como se já tivéssemos chegado ao
terceiro estado. E também nosso corpo, que nos foi dado em sua presente forma
corrupta, não denigre nossa essência já que, tanto ele como todas suas posses serão
completamente erradicados, juntamente com o sistema inteiro da impureza que é a sua
fonte. E, tudo o que está destinado a ser queimado se considerará queimado, como se
nunca tivesse existido.

Mas a alma que está vestida nesse corpo, cuja essência é também puramente um desejo
– um desejo de outorgar, que se estende até nós a partir do sistema dos quatro mundos
do Sagrado ABYA (item 11) – existe para sempre. Isto porque, esta forma de desejo de
outorgar está em equivalência de forma com a Vida das Vidas, não sendo de nenhuma
maneira intercambiável. (Esta questão será completada abaixo, a partir do item 32)

20) Não se equivoque levado pelos filósofos, que dizem que a essência da alma é uma
substância intelectual, que existe apenas através dos conceitos que aprende, que cresce
através deles e que, os mesmos constituem sua própria essência. Desde esse ponto de
vista, a resposta à pergunta sobre a continuidade da alma, depois da partida do corpo,
depende inteiramente da extensão de conceitos que a mesma adquiriu até que, na
ausência de tais conceitos, já não permaneça nada para continuar. Esta não é a visão da
Torá. É também inaceitável pelo coração e, qualquer um que alguma vez tenha tentado
adquirir conhecimento sabe e sente que a mente é uma posse, não o verdadeiro
possuidor.

Mas como dissemos anteriormente, toda a substância da criação, tanto a substância dos
objetos espirituais como a substância dos objetos corpóreos, não é nem mais nem menos
que desejo de receber. E, embora nós tenhamos dito que a alma é inteiramente desejo de
outorgar, ela o é apenas através de correções da Luz Refletida que recebe dos Mundos
Superiores, a partir dos quais ela vem até nós.

Assim, a própria essência da alma corresponde também a um desejo de receber. E, a


diferença que podemos distinguir entre dois objetos se distingue apenas pelo seu desejo
pois, o desejo em qualquer essência cria necessidades e essas necessidades criam
pensamentos e conceitos que têm por objetivo obter essas necessidades que o desejo de
receber demanda.

E, assim como os desejos humanos diferem uns dos outros, também suas necessidades,
pensamentos, e idéias. Por exemplo, naqueles cujo desejo de receber está limitado a
desejos bestiais, suas necessidades, pensamentos e idéias, estão dedicadas a satisfazer
esse desejo de receber em sua inteira bestialidade. Embora usem a mente e a razão como
o fazem os humanos, isso é contudo suficiente para que o escravo se assemelhe a seu
mestre, ou seja, como a mente bestial, dado que a mente está escravizada e serve ao
desejo bestial.

E naqueles cujo desejo de receber é forte, principalmente em desejos humanos – tais


como, o desejo por respeito e controle sobre os demais – que estão ausentes na besta, a
maioria das suas necessidades, pensamentos e idéias giram unicamente ao redor da
Cabalá Para o Aluno

satisfação desses desejos tanto quanto possam. Da mesma forma, naqueles cujo desejo
de receber se vê intensificado principalmente pela aquisição de conhecimento, a maioria
de suas necessidades, pensamentos e idéias estarão orientados a satisfazer esses desejos
na maior medida possível.

21) Estes três desejos estão na maior parte das vezes presentes em todas as pessoas. No
entanto, se misturam nelas em proporções distintas e, daí, a diferença de uma pessoa a
outra. A partir dos atributos corpóreos, podemos tirar conclusões sobre os objetos
espirituais, relacionando a seu valor espiritual.

22) Portanto, também as almas humanas, as espirituais, têm apenas desejo de outorgar
contentamento ao Criador através das vestes de Luz Refletida recebida dos Mundos
Superiores desde onde elas provêm. Esse desejo corresponde à sua essência e ao núcleo
da alma. Acontece que, uma vez vestidas em um corpo humano, o mesmo gera
necessidades, desejos e idéias orientados à satisfação, em sua totalidade, desse desejo de
outorgar, isto é, outorgar contentamento ao Criador, de acordo com o tamanho desse
mesmo desejo.

23) A essência do corpo não é mais que o desejo de receber para si mesmo e, todas suas
manifestações e posses correspondem à realização desse desejo corrupto de receber,
desejo que foi inicialmente criado apenas para ser erradicado do mundo, de modo a
alcançar o completo terceiro estado no fim da correção. Por esta razão, é mortal,
transitório e desprezível, juntamente com todas suas posses, como uma sombra fugaz
que não deixa nenhum rastro.

E, dado que a essência da alma é apenas desejo de outorgar, e todas as suas


manifestações e posses são preenchimentos desse mesmo desejo, o qual já existe tanto
no eterno primeiro estado como no futuro terceiro estado, é imortal e insubstituível. Em
vez disso, a alma e todas suas posses são eternas e existem para sempre. A ausência não
a afeta de nenhuma maneira na partida do corpo. Pelo contrário, a ausência da forma do
corpo corrupto fortalece-a enormemente, habilitando-a a subir ao Jardim do Éden.

Assim, mostramos claramente que a persistência da alma de nenhuma maneira depende


dos conceitos adquiridos por ela, como afirmam os filósofos. Em vez disso, sua
eternidade reside em sua própria essência, em seu desejo de outorgar, que corresponde à
sua essência. E, os conceitos que ela adquire, são sua recompensa não sua essência.

24) A partir desse ponto é que surge a completa resolução para a quinta averiguação: Já
que o corpo é tão corrupto que a alma não pode ser totalmente purificada até que o
mesmo apodreça na terra, porque é que ele retorna na Ressurreição dos Mortos?
Também devemos considerar o tema referente às palavras de nossos sábios: “Os mortos
estão destinados a ser ressuscitados com seus defeitos, para que não se diga, ‘É
outrem’” (O Zohar, Amor, 17).

Esta questão se compreenderá claramente a partir do próprio do Pensamento da Criação,


ou seja, a partir do primeiro estado. Porque, já dissemos que, dado que o Pensamento da
Cabalá Para o Aluno

Criação era deleitar Suas criaturas, Ele tinha que criar um desejo de receber toda a
recompensa presente no Pensamento da Criação irresistivelmente exagerado pois, “O
grande deleite e o grande desejo de receber andam de mão dada” (Itens 6-7). Afirmamos
ali que esse exagerado desejo de receber foi toda a substância que Ele criou, pois Ele
não necessita mais que isso para levar a cabo o Pensamento da Criação. E é da natureza
do Operador Perfeito o não executar operações redundantes, como se descreve no
Poema da Unificação: “De todo Teu trabalho, nem uma coisa Tu esqueces, omites ou
acrescentas”.

Também dissemos ali que esse desejo de receber tão exagerado havia sido
completamente removido do sistema puro e entregado inteiramente ao sistema dos
mundos impuros, a partir dos quais se estendem os corpos, seu sustento e todas suas
posses neste mundo. Quando um homem chega aos treze anos de idade, começa a
desenvolver uma alma sagrada ao se engajar na prática da Torá. Nesse momento, ele é
nutrido pelo sistema dos mundos puros na medida da pureza de alma que ele alcançou.

Também dissemos acima que, durante os seis mil anos que nos são dados para trabalhar
na Torá e nos Mitzvot, nenhuma correção chega ao corpo – à sua exagerada desejo de
receber. Todas as correções que nos chegam através do nosso trabalho, se relacionam
apenas à alma, que assim sobe os graus da santidade e pureza que correspondem ao
aprimoramento do desejo de outorgar que se estende com a alma.

Por esta razão, o corpo finalmente morrerá, será enterrado e apodrecerá pois não sofreu
nenhuma correção. No entanto, o mesmo não pode permanecer dessa maneira porque,
se o exagerado desejo de receber perecesse no mundo, o Pensamento da Criação não se
realizaria – isto é, que recebêssemos todos os grandes prazeres que Ele pensou outorgar
às Suas criaturas, pois “o grande desejo de receber e o grande prazer andam de mãos
dadas”. E, na medida em que o desejo de receber (esse prazer) diminui, também
diminuem o deleite e o prazer da recepção.

25) Já dissemos que o primeiro estado precisa do terceiro estado para se materializar por
completo como era no Pensamento da Criação - no primeiro estado - sem omitir
absolutamente nada (ver item 15). Portanto, o primeiro estado necessita da ressurreição
dos mortos. Isso significa que seu excessivo desejo de receber, que já havia sido
erradicado e apodrecido no segundo estado, deve agora ser ressuscitado em toda sua
exagerada medida, sem quaisquer restrições, ou seja, com todas suas falhas passadas.

Então começa o trabalho uma vez mais, para converter esse excessivo desejo de receber
em desejo de outorgar somente. E com isso teremos dobrado o nosso ganho:

1. Teríamos um lugar para receber todo o deleite, prazer e a gentileza


existentes no Pensamento da Criação, pois já teríamos o corpo com o seu
excessivo e enorme desejo de receber, que anda de mãos dadas com estes
prazeres.
Cabalá Para o Aluno

2. Já que nessa forma nossa recepção se faria apenas com o objetivo de


outorgar contentamento ao Criador, essa recepção seria considerada como
total outorgamento (ver item 11). Isso nos levaria à equivalência da forma,
que é Dvekut (adesão), ou seja, nossa forma no terceiro estado. Assim, o
primeiro estado exige absolutamente a ressurreição dos mortos.

26) Na verdade, nesse momento ainda não pode haver ressurreição dos mortos, mas
somente próximo ao termino da correção, quando se acerque o final do segundo estado.
Por uma vez fomos recompensados com a negação do nosso excessivo desejo de
receber nos sendo concedido o desejo de outorgar somente e, quando formos dotados
com todos os maravilhosos graus da alma, chamados Nefesh, Ruach, Neshama, Chaya e
Yechida, através do nosso trabalho de negar esse desejo de receber, nós teremos
alcançado a maior perfeição, até que o corpo possa ser ressuscitado com todo seu
excessivo desejo de receber, e já não seremos prejudicados por ele ao ser separados de
nossa Dvekut.

Pelo contrário, nós o superaremos e lhe daremos a forma de outorgamento. E, de fato,


isso se fará com toda qualidade corrupta que desejemos remover dele. Primeiro,
devemos removê-lo completamente, até não sobre nada dele. Depois disso, podemos
recebê-lo e conduzi-lo pelo caminho do meio. Mas, enquanto não o tenhamos removido
totalmente, é impossível conduzi-lo pelo desejado caminho do meio.

27) Nossos sábios disseram: "Os mortos estão destinados a ser ressuscitados junto com
suas falhas para então ser curados". Isto significa que, no início, o mesmo corpo é
ressuscitado, aquele que corresponde ao excessivo desejo de receber, sem quaisquer
restrições, da mesma forma que cresceu sob o alimento dos mundos impuros antes que a
Torá e os Mitzvot o tivessem purificado. Este é o significado de "com todas as suas
falhas".

E então, embarcamos em um novo tipo de trabalho - inserir todo aquele exagerado


desejo de receber na forma de outorgamento. Então sim, ele estará curado porque, agora
sim terá adquirido a equivalência da forma. E eles disseram que a razão é: "para que não
seja dito ‘É outro'", significando assim que dele não se dirá que está em uma forma
distinta à que tinha no Pensamento da Criação. Isto é assim porque, aquele excessivo
desejo de receber permanece lá, aspirando receber toda a generosidade do Pensamento
da Criação.

É somente que, nesse meio tempo, esse desejo foi dado às Klipot para purificação mas
que, no final, não deve ser um corpo diferente. Isso porque, se o mesmo fosse diminuído
em qualquer de seus aspectos, seria considerado algo totalmente diferente e, portanto,
indigno de receber todo a recompensa existente no Pensamento da Criação, da forma
como a recebe, ali, no primeiro estado .

28) Agora, podemos resolver a segunda averiguação: qual é o nosso papel na longa
cadeia da realidade, da qual nós somos mais que pequenos elos, durante a curta duração
Cabalá Para o Aluno

de nossos dias? Saiba que nosso trabalho durante os aproximadamente setenta anos de
nossas vidas está dividido em quatro partes:

A Primeira Divisão corresponde à obtenção do excessivo desejo de receber sem


restrições, em sua total e corrompida medida, das mãos dos quatro mundos impuros
ABYA. Se não tivermos esse corrupto desejo de receber, não seremos capazes de corrigi-
lo, já que “não se pode corrigir o que não se leva dentro de si”.

Portanto, o desejo de receber impresso no corpo ao nascer é insuficiente. Pelo contrário,


deve também servir como veiculo para as Klipot impuras por não menos de treze anos.
Isto significa que as Klipot devem dominá-lo e dar-lhe suas luzes, pois as mesmas
aumentam seu desejo de receber. Isso porque, as realizações com as quais as Klipot
provêem o desejo de receber, apenas expandem e aumentam as exigências do mesmo.

Por exemplo, ao nascer, esse desejo de receber tem uma intensidade equivalente a uma
centena e nada mais. Mas, no momento em que o Sitra Achra lhe proporciona essa
centena, o desejo de receber imediatamente cresce e passa a querer duas centenas.
Assim sucessivamente, quando o Sitra Achra lhe proporciona essas duas centenas, o
desejo imediatamente se expande e passa a querer quatro centenas. Afinal, se não se lhe
supera através do trabalho na Torá e Mitzvot, purificando esse desejo de receber e
transformando-o em outorgamento, o mesmo se expande ao longo de toda a vida até e
finalmente se morre sem alcançar sequer a metade desses desejos. Esse aspecto se
considera estar sob o controle do Sitra Achra e das Klipot, cujo papel é o de expandir e
aumentar o desejo de receber tornando-o exagerado e sem qualquer tipo de restrições,
de modo a fornecer todo o material que se necessita para trabalhar e corrigir.

29) A Segunda Divisão ocorre a partir dos treze anos. Nesse momento, o ponto no
coração, que corresponde ao dorso da santidade, adquire força. Embora esteja revestido
no desejo de receber desde o nascimento, só começa a despertar depois de treze anos. É
então quando, na medida em que se passe a observar a Torá e os Mitzvot, se começa a
entrar no sistema dos mundos puros.

A aspiração primária nesse momento é a de obter e intensificar a vontade de receber


espiritual porque, ao nascer, se tem apenas um desejo de receber para a corporalidade.
Portanto, embora se tenha obtido um excessivo desejo de receber antes de completar os
treze anos, o crescimento do mesmo ainda não está concluído, pois a principal
intensificação do desejo de receber é apenas pela espiritualidade.

Isto acontece porque, se, por exemplo, antes de fazer treze anos, o desejo de receber da
pessoa deseja devorar toda a riqueza e respeito existentes neste mundo corpóreo. Este
não é, aparentemente, um mundo eterno sendo, para todos nós, não mais que uma
sombra fugaz. Mas, quando se obtém o excessivo desejo de receber espiritual, se deseja
devorar, para seu próprio deleite, toda a riqueza e deleite existentes no próximo mundo,
no mundo eterno, que sim é uma posse eterna. Por isso, a maior parte desse excessivo
desejo de receber se completa apenas com o desejo de receber espiritualidade.
Cabalá Para o Aluno

30) Está escrito no Novo Tikkun (97b) sobre o seguinte verso (Provérbios 30, 15), “A
sanguessuga tinha duas filhas: ‘Dá, dá.’”: “Uma sanguessuga significa Inferno. E o mal
aprisionado nesse Inferno grita como cães ‘Hav, Hav (Hebraico: Dá, Dá)’”, isto é, “dá-
nos a riqueza deste mundo, dá-nos a riqueza do próximo mundo”.

No entanto, este é um grau muito mais importante que o primeiro dado que, aparte de
obter a completa medida do desejo de receber, o que nos dá todo o material que se
necessita para o trabalho, este é o grau que nos leva a Lishma (por Seu Nome). É como
foi dito por nossos sábios (Pesachim 50b): “Devemos sempre nos empenhar na Torá e
Mitzvot Lo Lishma (não por Seu Nome), pois desde Lo Lishma, se chega a Lishma”.

Então, este grau, que chega, passados os treze anos, é considerado santidade. Se lhe
considera a sagrada donzela que serve sua Senhora (a Sagrada Shechina, ou Divindade).
Isso porque a donzela nos leva a Lishma, e se é recompensado com a inspiração da
Divindade. Mesmo assim, devemos tomar todas as medidas necessárias para alcançar
Lishma dado que, se não nos esforçarmos por isso e não alcançarmos Lishma, cairemos
no poço da donzela impura, ou seja, no oposto da donzela sagrada, cujo papel é
confundir a pessoa fazendo-a crer que Lo Lishma não a levará a Lishma. É conhecida
como: “a serva que herda de sua senhora” (Provérbios 30, 23), pois não deixará que nos
aproximemos de sua senhora (a Sagrada Divindade).

O grau final nesta divisão é que a pessoa se apaixona profundamente pelo Criador,
como alguém se apaixona profundamente por um amor corpóreo, até que o objeto dessa
paixão se encontre diante de seus olhos todos os dias e todas as noites, como diz o
poeta, “Quando me lembro d'Ele, Ele não me deixa dormir”. Então diz-se dele: “mas o
desejo satisfeito é uma árvore da vida” (Provérbios 13, 12). Isto porque os cinco graus
da alma são a Árvore da Vida, que se estende ao longo de quinhentos anos. Cada grau
dura uma centena de anos, significando que fará com que recebamos todos os cinco
Behinot (discernimentos) NRNHY(Nefesh, Ruach, Neshama, Haya, Yechida) que
esclareceremos na terceira divisão.

31) A Terceira Divisão corresponde ao trabalho na Torá e Mitzvot Lishma, de forma a


outorgar sem receber nenhuma recompensa. Este trabalho purifica o desejo de receber
para si mesmo substituindo-o pelo desejo de outorgar. Na medida em que purificamos o
desejo de receber, nos tornamos dignos de receber as cinco partes da alma chamadas
NRNHY (ver Item 42 mais abaixo). Isto porque as mesmas se encontram no desejo de
outorgar (ver Item 23) e, não podem revestir nosso corpo enquanto o mesmo estiver
controlado pelo desejo de receber – que é oposto, ou até mesmo distinto (em forma) da
alma.

Tudo isso porque a questão de “revestir” e a equivalência de forma andam de mãos


dadas (ver Item 11). E quando se é recompensado com estar inteiramente no desejo de
outorgar e de nenhuma maneira (na recepção) para si mesmo, se será recompensado
com a obtenção da equivalência de forma com nossos NRNHY Superiores, que se
estendem desde nossa origem em Ein Sof no primeiro estado, passando através dos
Cabalá Para o Aluno

ABYA puros e imediatamente estendendo-se para revestindo-nos de uma maneira


gradual.

A Quarta Divisão corresponde ao trabalho conduzido depois da ressurreição dos


mortos. Isto significa que o desejo de receber, que já tinha estado completamente
ausente durante o processo de morte e enterro, é agora ressuscitado na sua forma
excessiva e pior do desejo de receber, como disseram nossos sábios: “Os mortos serão
ressuscitados em seus defeitos” (Item 28). E então se transforma em recepção na forma
de outorgamento. Contudo, existem alguns poucos escolhidos a quem lhes foi dado este
trabalho enquanto ainda vivem neste mundo.

32) Agora ainda devemos esclarecer a sexta averiguação que, segundo as palavras ditas
por nossos sábios, todos os mundos, Superiores e inferiores, foram criados somente para
o homem. Parece muito peculiar que o Criador se tomasse o trabalho de criar tudo isso
para o homem, cujo valor não passa de migalhas quando comparado com a realidade
deste mundo e, muito menos, quando comparado com os Mundos Superiores,
Espirituais. Mais peculiar ainda é a idéia de: para que necessitaria o homem todos estes
vastos Mundos Espirituais?

E devemos saber que qualquer contentamento do nosso Criador pelo fato de outorgar
sobre Suas criaturas depende da medida em que as criaturas O sentem – que Ele é o
outorgante e que Ele é o que as deleita. Pois então, Ele Se compraz nelas, como um pai
brincando com seu amado filho, com a intensidade em que o filho sente e reconhece a
grandeza e exaltação de seu pai, e seu pai lhe mostra todos os tesouros que preparou
para ele, como está escrito (Jeremias 31): “Ephraim, meu amado filho, é ele a alegria de
seus pais? Pois cada vez que falo dele, eu ainda o recordo seriamente. Por isso, como
Meu coração anseia por ele, eu certamente lhe terei compaixão, disse o Senhor”
(Jeremias 31, 19).

Observe estas palavras cuidadosamente e você poderá vir a conhecer os grandes deleites
do Senhor, juntamente com os completos, aqueles a quem lhes foi concedido senti-Lo e
reconhecer Sua grandeza em todas aquelas formas que Ele lhes preparou, até que
fossem como o pai e seu filho amado, a alegria de seus pais. E não necessitamos seguir
mais além, pois nos basta saber que, devido a este contentamento e deleite com os
completos, já valeu o tempo empregado por Ele em criar todos os mundos, tanto
Superiores como inferiores.

33) De modo a preparar Suas criaturas para alcançar o supramencionado elevado grau, o
Criador quis afetá-las por meio de uma sequencia de quatro graus que evoluem um a
partir do outro chamados, “imóvel,” “vegetativo,” “animal,” e “falante”. Estes
correspondem, na verdade, às quatro fases do desejo de receber pelas quais os Mundos
Superiores estão divididos. Pois, embora a maioria do desejo esteja na quarta fase do
desejo de receber, é impossível que a quarta fase apareça de uma vez, mas sim através
de suas três fases precedentes nas quais, e através das quais, ela se desenvolve
gradualmente e se manifesta até estar totalmente completa na forma da Fase Quatro.
Cabalá Para o Aluno

34) Na Fase Um do desejo de receber, chamada “imóvel”, que corresponde à


manifestação inicial do desejo de receber neste mundo corpóreo, não existe mais que
uma força coletiva de movimento para a totalidade da categoria “imóvel”. Mas não se
observa nenhum movimento aparente em cada um de seus itens. Isto porque o desejo de
receber gera necessidades e as necessidades geram movimentos suficientes, suficientes
para satisfazer essas necessidades. E, dado que, nessa categoria existe apenas um
pequeno desejo de receber, o mesmo domina a totalidade da categoria de uma só vez,
mas seu poder sobre seus itens particulares é indistinguível.

3.
O vegetativo (vegetal) é adicionado ao anterior, o qual é a Fase Dois do
desejo de receber. Sua medida é maior do que o inanimado, e seu desejo de
receber domina cada um dos elementos, porque cada elemento tem o seu
próprio movimento, expandindo-se para cima, para baixo e para os lados, e
se move onde brilha o sol. Além disso, a questão de comer, beber e eliminar
resíduos também é evidente em cada elemento. No entanto, a sensação de
liberdade e individualidade ainda está ausente neles.

4.
Depois vem a categoria animada (animal), que é a Fase Três do desejo de
receber. Sua medida já está concluída em grande parte, pois esse desejo de
receber já gera em cada item uma sensação de liberdade e individualidade,
que é a vida, a qual é única para cada elemento em separado. No entanto,
eles ainda não têm a sensação dos outros, o que significa que não têm
preparação para participar nas dores dos outros ou em suas alegrias, etc.

5.
Acima de todos vem a espécie humana, que é a Fase Quatro do desejo de
receber. Ela é a medida completa e final, e seu desejo de receber também
inclui a sensação dos outros. E se você quiser saber a diferença exata entre a
Fase Três do desejo de receber (animada) e a Fase Quatro do desejo de
receber (homem), eu diria que é como o valor de uma única criatura em
relação ao conjunto da realidade.

Isto porque o desejo de receber no animal, que carece da sensação dos outros, só pode
gerar necessidades e desejos na medida em que estes estejam gravados unicamente
nessa criatura. Mas o homem, que pode sentir os outros, também se torna carente de
tudo o que os outros têm, e é assim que se enche de inveja para adquirir tudo o que os
outros têm. Quando ele tem cem, quer duzentos, e assim as suas necessidades sempre se
multiplicam até que ele pretende devorar tudo o que existe no mundo inteiro.

6.
Agora, nós mostramos que a meta desejada pelo Criador para a Criação que
Ele havia criado é doar às Suas criaturas, de modo que elas soubessem de
Sua honestidade e grandeza, e recebessem todo o deleite e prazer que Ele
Cabalá Para o Aluno

tinha preparado para elas, conforme descrito no verso: "Efraim meu filho
querido, não é ele a alegria de seus pais?"(Jeremias 31, 19). Assim, você
facilmente descobrirá que este propósito não se aplica aos inanimados e às
grandes esferas, como a terra, a lua ou o sol, por mais luminosos que
possam ser, nem aos vegetais e animais, pois lhes falta a sensação dos
outros, mesmo entre suas próprias espécies. Portanto, como pode a sensação
do Divino e sua doação se aplicar a eles?

O Homem, depois de ter sido preparado com a sensação dos outros de sua própria
espécie, que são semelhantes a ele, depois de mergulhar na Torá e Mitzvot, transformará
o seu desejo de receber em desejo de doar, alcançando a equivalência de forma com o
seu Criador. Assim, ele recebe todos os graus que foram preparados para ele nos
Mundos Superiores, chamados NRNHY. Desta forma, ele se torna apto a receber o
propósito do Pensamento da Criação. Afinal de contas, o propósito da criação de todos
os mundos foi unicamente para o homem.

7.
Eu sei que isso é completamente inaceitável aos olhos de alguns filósofos.
Eles não podem concordar que o homem, que eles consideram ser tão baixo
e indigno, é o centro da maravilhosa Criação. Mas eles são como um verme
que nasce dentro de um rabanete. Ele vive lá e pensa que o mundo do
Criador é tão amargo, escuro e pequeno quanto o rabanete onde ele nasceu.
Mas depois que ele rompe a casca do rabanete e dá uma espiada para fora,
afirma perplexo: "Eu pensei que o mundo inteiro fosse do tamanho do
rabanete que nasci, e agora vejo um mundo grande, belo e maravilhoso
diante de mim!".

Assim também são aqueles que estão imersos na Klipa (singular para Klipot) do desejo
de receber com que nasceram, e que não tentam experimentar o tempero original, que é
a Torá e Mitzvot práticas, que podem quebrar essa difícil Klipa e transformá-la num
desejo de dar contentamento ao Criador. É certo que eles devem determinar a sua
inutilidade e vazio, como realmente são, e não podem compreender que esta magnífica
realidade foi criada somente para eles.

Na verdade, se eles tivessem mergulhado na Torá e Mitzvot com a finalidade de dar


contentamento ao seu Criador, com toda a pureza exigida, e tivessem tentado quebrar a
do desejo de receber com que nasceram e assumido o desejo de doar, seus olhos se
abririam imediatamente e alcançariam todos os graus de sabedoria, inteligência e mente
clara, que foram preparados para eles nos Mundo Espirituais. Então, eles mesmos
diriam como os nossos sábios disseram: "O que diz um bom convidado? ‘Tudo que o
anfitrião fez, ele fez só para mim’".

8.
Mas ainda devemos esclarecer porque o homem precisa de todos os Mundos
Superiores que o Criador criou para ele. Qual a utilidade deles? Tenham em
Cabalá Para o Aluno

mente que a realidade de todos os mundos é geralmente dividida em cinco


mundos: a) Adam Kadmon, b) Atzilut, c) Briah, d) Yetzirah e) Assiya. Em cada
um deles existem inúmeros detalhes, que são as cinco Sefirot KHBTM (Keter,
Hochma, Bina, Tiferet e Malchut). O mundo de AK (Adam Kadmon) é Keter, o
mundo de Atzilut é Hochma, o mundo de Briah é Bina, o mundo de Yetzirah é
Tiferet, e o mundo de Assiya é Malchut.

E as Luzes vestidas nestes cinco mundos são chamadas YHNRN. A Luz de Yechida
brilha no mundo de Adam Kadmon; a Luz de Haya no mundo de Atzilut; a Luz de
Neshama no mundo da Briah a Luz de Ruach no mundo de Yetzirah, e a Luz de Nefesh
no mundo de Assiya.

Todos estes mundos e tudo que há neles estão incluídos no Nome Sagrado, Yod-Hey-
Vav-Hey, e na ponta do Yod. Nós não temos a percepção do primeiro mundo (AK). Por
isso, ele está apenas implícito na ponta do Yod do Nome Sagrado. É por isso que nós
não falamos dele e sempre citamos apenas os quatro mundos de ABYA. Yod é o mundo
de Atzilut, Hey é o mundo de Briah, Vav é o mundo de Yetzirah, e o Hey final é o
mundo de Assiya.

9.
Agora nós explicamos os cinco mundos que incluem toda a realidade
espiritual, que se estendem desde Ein Sof até este mundo. No entanto, eles
estão incluídos um no outro, e em cada um dos mundos existe cinco
mundos, cinco Sefirot (KHBTM), onde estão vestidas as cinco Luzes
(NRNHY), correspondentes aos cinco mundos.

E além das cinco Sefirot (KHBTM) em cada mundo, existem quatro categorias
espirituais: inanimada (inerte), vegetativa (vegetal), animada (animal) e falante. A alma
do homem é considerada como falante, a categoria animada é considerada como os
anjos neste mundo, a categoria vegetativa é chamado de "vestimentas" e a categoria
inanimada é chamada de "palácios". Todas elas vestem-se mutuamente: a categoria
falante, que são as almas das pessoas, veste as cinco Sefirot (KHBTM), que representam
a Santidade neste mundo. A categoria animada, que são os anjos, veste as almas; a
vegetativa, que são as vestimentas, veste os anjos, e a inanimada, que são os palácios,
gira em torno de todas elas.

Vestir significa que elas se servem umas das outras e evoluem umas das outras, como já
esclarecemos com o inanimado, vegetativo, animado e falante deste mundo (itens 35-
38): as três categorias: inanimada, vegetativa e animada, não se expandem por si
mesmas, mas apenas a quarta categoria, que é o homem, pode se desenvolver e
aumentar por elas. Portanto, a função delas é apenas servir ao homem e ser útil a ele.

Assim é em todos os mundos espirituais. As três categorias: inanimada, vegetativa e


animada, surgem apenas para servir e ser útil à categoria falante, que é a alma do
homem. Portanto, considera-se que todas vestem a alma do homem, o que significa
servi-lo.
Cabalá Para o Aluno

10.
Quando o homem nasce, ele imediatamente tem um Nefesh [1] de Kedusha
(Santidade). Porém, não uma Nefesh verdadeira, mas a parte posterior da
mesma, seu último discernimento, que devido à sua pequenez, é chamado
de "ponto". Ela reveste o coração do homem, em seu desejo de receber, que
é encontrado antes de tudo em seu coração.

Conheça essa regra: tudo o que se aplica ao conjunto da realidade, aplica-se a cada
mundo, até mesmo nas menores partículas que podem ser encontradas nesse mundo.
Assim, como existem cinco mundos em toda a realidade, que são as cinco Sefirot
(KHBTM), existem cinco Sefirot (KHBTM) em cada mundo, e cinco Sefirot em cada
elemento desse mundo.

Nós temos dito que este mundo é dividido em inanimado, vegetativo, animado e falante
(IVAF), correspondendo às quatro Sefirot (HBTM). O inanimado corresponde à
Malchut, o vegetativo corresponde à Tiferet, o animado à Bina, e o falante à Hochma. E
a raiz de todos eles corresponde à Keter. Mas como já dissemos, mesmo no menor item
de cada espécie do IVAF há quatro discernimentos de IVAF. Assim, mesmo num único
elemento da categoria falante, ou seja, mesmo numa única pessoa, há também IVAF,
que são as quatro partes do seu desejo de receber, onde o ponto do Nefesh de Kedusha
está vestido.

11.
Antes dos treze anos, não pode haver qualquer emergência do ponto no
coração da pessoa. Porém, depois dos treze anos, quando ela começa a se
aprofundar na Torá e Mitzvot, mesmo sem qualquer intenção, ou seja, sem
amor e temor, como convém ao serviço do rei, mesmo em Lo Lishma, o
ponto em seu coração começa a crescer e a revelar suas ações.

Isto é assim porque as Mitzvot não precisam de um objetivo. Mesmo atos sem objetivo
podem purificar o desejo de receber, mas apenas no primeiro grau, chamado de
"inanimado". Na medida em que a pessoa purifica a parte inanimada do desejo de
receber, ela constrói os seiscentos e treze órgãos do ponto do coração, que é a categoria
inanimada da Nefesh de Kedusha.

E quando ela completa todas as seiscentas e treze Mitzvot na prática, ela completa os
seiscentos e treze órgãos no ponto do coração, que é a categoria inanimada da Nefesh de
Kedusha, cujos duzentos e quarenta e oito órgãos espirituais são construídos mantendo-
se as duzentos e quarenta e oito Mitzvot positivas, [2] e seus trezentos e sessenta e cinco
tendões espirituais são construídos através da observação das trezentas e sessenta e
cinco Mitzvot negativas, até que se torne um Partzuf completo (face espiritual) da
Nefesh de Kedusha. Depois, Nefesh se eleva e veste a Sefira (singular de Sefirot) de
Malchut do mundo espiritual de Assiya.

E todos os elementos espirituais do inanimado, vegetativo e animado nesse mundo, que


correspondem à essa Sefira de Malchut de Assiya, servem e ajudam esse Partzuf de
Cabalá Para o Aluno

Nefesh da pessoa que ascendeu aí, na medida em que a alma os percebe. Esses conceitos
tornam-se seu alimento espiritual, dando-lhe força para crescer e multiplicar-se, até que
ela possa estender a Luz da Sefira de Malchut de Assiya em toda a perfeição desejada,
para iluminar o corpo do homem. E essa Luz completa ajuda a pessoa a aumentar o
esforço na Torá e Mitzvot e receber os graus restantes.

E nós afirmamos que imediatamente após o nascimento do corpo da pessoa, um ponto


da Luz de Nefesh nasce e o veste. Do mesmo modo aqui: quando nasce o Partzuf de
Nefesh de Kedusha, um ponto do seu grau adjacente Mais Elevado nasce com ele - o
último grau da Luz de Ruach de Assiya – e veste o interior do Partzuf de Nefesh.

Assim é em cada grau. Com cada novo grau que nasce, o último discernimento no grau
acima dele surge instantaneamente dentro dele. Isto ocorre porque esta é a conexão
entre o Superior e o Inferior, até o topo dos graus. Assim, através deste ponto, que
existe nele desde o Alto, é possível elevar-se ao nível imediatamente Superior.

12.
Essa Luz de Nefesh é chamada de "Luz do Inanimado Sagrado no mundo de
Assiya". Isto porque ela corresponde à pureza da parte inanimada do desejo
de receber no corpo do homem. Ela brilha na espiritualidade como a
categoria inanimada na corporeidade (ver item 35), cujas partículas não têm
nenhum movimento individual, mas apenas o movimento coletivo, comum
a todos os componentes uniformemente. Assim é com a Luz do Partzuf
Nefesh de Assiya: embora haja seiscentos e treze órgãos nele, que são
seiscentos e treze formas de receber a dádiva, essas mudanças não são
aparentes nele, mas apenas uma Luz geral, cuja ação envolve a todos
igualmente, sem distinção de detalhes.

13.
Tenham em mente que, embora as Sefirot sejam Divinas, e não aja nenhuma
diferença entre elas, desde o topo de Keter no mundo de AK até o final da
Sefira de Malchut no mundo de Assiya, ainda há uma grande diferença em
relação aos receptores. Isto é assim porque as Sefirot são consideradas
Luzes e Kelim (vasos), e a Luz nas Sefirot é Divindade pura. Mas os Kelim,
chamados KHBTM em cada um dos mundos inferiores (Briah, Yetzirah,
Assiya), não são considerados Divinos, mas sim capas que ocultam a Luz de
Ein Sof dentro deles, que racionam uma certa quantidade de Luz para os
receptores. Cada um deles receberá apenas de acordo com o seu nível de
pureza.

Neste aspecto, embora a Luz seja una, nós denominamos as Luzes nas Sefirot NRNHY,
porque a Luz se divide de acordo com as qualidades dos Kelim. Malchut é a capa mais
grossa, ocultando a Luz de Ein Sof. A Luz que passa de Ein Sof para os receptores é
apenas uma pequena parte, relacionada à purificação da parte inanimada do corpo do
homem. É por isso que ela é chamada Nefesh.
Cabalá Para o Aluno

O Kli de Tiferet é mais puro que o Kli de Malchut. A Luz que passa de Ein Sof refere-se
à purificação da parte vegetativa do corpo do homem, porque atua nela mais do que a
Luz de Nefesh. Ela é chamada "Luz de Ruach".

O Kli de Bina é ainda mais puro que Tiferet, e a Luz que passa de Ein Sof refere-se à
purificação da parte animada do corpo do homem, e é chamada "Luz de Neshama".

O mais puro de todos é o Kli de Hochma. A Luz que passa de Ein Sof refere-se à
purificação da parte falante do corpo do homem. Ela é chamada de "Luz de Haya", e
sua ação não pode ser medida.

14.
No Partzuf Nefesh, que o homem alcança através da prática da Torá e
Mitzvot sem intenção, já existe um ponto da Luz de Ruach lá vestido. E
quando a pessoa se esforça e mantém a Torá e Mitzvot, com o objetivo
pretendido, ela purifica a parte vegetativa do seu desejo de receber, e, nessa
medida, constrói o ponto de Ruach no Partzuf. Realizando as 248 Mitzvot
positivas com intenção, o ponto se expande através dos seus 248 órgãos
espirituais. E observando as 365 Mitzvot negativas, o ponto se expande
através dos seus 365 tendões.

Quando ele é preenchido com todos os 613 órgãos, ele se eleva e veste a Sefira de
Tiferet no mundo espiritual de Assiya, que estende a ele uma Luz maior de Ein Sof,
denominada "Luz de Ruach", que corresponde à purificação da parte vegetativa no
corpo do homem. E todos os itens do inanimado, vegetativo e animado no mundo de
Assiya, relacionados com o nível de Tiferet, ajudam o Partzuf de Ruach da pessoa a
receber as luzes da Sefira de Tiferet em toda a sua integridade, como foi explicado
acima com a Luz de Nefesh. Por isso, ele é chamado “Vegetativo Sagrado".

A natureza de sua Luz é como o vegetativo corporal: há diferenças marcantes no


movimento de cada um dos seus elementos, assim como na Luz espiritual do vegetativo
há mais força para brilhar de forma única em cada órgão dos 613 órgãos no Partzuf
Ruach. Cada um deles manifesta o poder de ação relacionado a esse órgão. Além disso,
com a extensão do Partzuf Ruach, o ponto do grau imediatamente superior é estendida a
partir dele, o ponto da Luz de Neshama, que veste nele a sua interioridade.

15.
Ocupando-se nos segredos da Torá e nos sabores das Mitzvot, ele purifica a
parte animada do seu desejo de receber, à medida que cria o ponto da alma,
vestida nele em seus 248 órgãos e 365 tendões. Quando a criação é
concluída e ele se torna um Partzuf, ele se eleva e veste a Sefira de Bina no
mundo espiritual de Assiya. Este Kli é muito mais puro do que os primeiros
Kelim, TM (Tiferet e Malchut). Por isso, ele estende uma grande Luz de Ein
Sof, chamada "Luz de Neshama".
Cabalá Para o Aluno

E todos os itens do inanimado, vegetativo e animado no mundo de Assiya, relacionados


com o nível de Bina, ajudam e servem o Partzuf de Neshama a receber todas as luzes da
Sefira de Bina. Ele também é chamado de "Animado Sagrado", porque corresponde à
purificação da parte animada do corpo do homem. E assim é a natureza da sua Luz,
como vimos com a parte animada do corpo (item 37), que dá a sensação de
individualidade a cada um dos 613 órgãos do Partzuf, de que cada um deles está vivo e
livre, sem qualquer dependência do resto do Partzuf.

Finalmente, ele percebeu que seus 613 órgãos são 613 Partzufim (plural de Partzuf),
únicos em sua Luz, cada um à sua maneira. E a vantagem dessa Luz sobre a Luz de
Ruach, na espiritualidade, é como a vantagem da parte animada sobre a inanimada e
vegetativa na corporeidade. E lá também se estende um ponto da Luz de Haya de
Kedusha, que é a Luz da Sefira de Hochma, com o surgimento do Partzuf de Neshama,
e vestido em sua interioridade.

16.
E quando ele foi recompensado com a grande Luz chamada "Luz de
Neshama", cada um dos 613 órgãos daquele Partzuf iluminou-se totalmente
de forma única, cada um como um Partzuf independente. Em seguida, abre-
se diante dele a possibilidade de participar em cada Mitzva de acordo com
seu objetivo original, pois cada órgão no Partzuf de Neshama ilumina o
caminho de cada Mitzva relacionada a esse órgão.

E através do grande poder dessas Luzes, a pessoa purifica a parte falante do seu desejo
de receber e converte-a num desejo de doar. E assim, o ponto da Luz de Haya, vestido
nela, é construído em seus 248 órgãos e 365 tendões espirituais.

Quando ele está completo num Partzuf inteiro, eleva-se e veste a Sefira de Hochma no
mundo espiritual de Assiya, o qual é um Kli imensamente puro. Por isso, estende-se
uma tremenda Luz desde o Ein Sof, denominada "Luz de Haya" ou Neshama à
Neshama. E todos os elementos do mundo de Assiya, que são o inanimado, vegetativo e
animado relacionados à Sefira de Hochma, o ajudam a receber a Luz da Sefira de
Hochma ao máximo.

E ele também é chamado de "Falante Sagrado", pois corresponde à purificação da parte


falante do corpo do homem. E o valor da Luz Divina é o valor do falante na IVAF
corporal. Isto significa que a pessoa obtém a sensação dos outros de uma maneira que a
medida da Luz sobre a medida do inanimado, vegetativo e animado espirituais é como a
vantagem do falante corporal sobre o inanimado, vegetativo e animado corpóreos. E a
Luz de Ein Sof, vestida neste Partzuf, é chamada de "Luz de Yechida".

17.
Na verdade, você deve saber que estas cinco Luzes (NRNHY) recebidas do
mundo da Assiya não são mais que NRNHY da Luz de Nefesh e não têm
nada da Luz de Ruach. Isso ocorre porque a Luz de Ruach existe apenas no
mundo de Yetzirah, a Luz do Neshama existe apenas no mundo de Briah, a
Cabalá Para o Aluno

Luz de Haya apenas no mundo de Atzilut e a Luz de Yechida apenas no


mundo de AK.

Mas tudo o que existe no geral também é encontrado no particular, até o mais ínfimo
detalhe possível. Assim, todos os cinco discernimentos (NRNHY) também existem no
mundo de Assiya, apesar de serem apenas NRNHY de Nefesh. Da mesma forma, todos
os cinco discernimentos (NRNHY) encontram-se no mundo de Yetzirah, que são as
cinco partes de Ruach. Também há cinco discernimentos (NRNHY) no mundo de Briah,
que são as cinco partes de Neshama. E assim é no mundo de Atzilut, que são as cinco
partes da Luz de Haya; e também no mundo de AK, que são as cinco partes da Luz de
Yechida. A diferença entre os mundos é como explicamos anteriormente, considerando
a diferença entre cada um dos NRNHY de Assiya.

18.
Saiba que o arrependimento e a purificação não podem ser aceitos se não
forem totalmente permanentes e que não haverá retorno à loucura, como
está escrito, “Quando ocorre a Teshuva (arrependimento)? Quando Ele que
conhece todos os mistérios assegurar que não haverá retorno à loucura.”
Assim, como já mencionamos, se a pessoa purifica a parte inanimada de seu
desejo de receber, ela é recompensada com o Partzuf de Nefesh de Assiya e
ascende e reveste a Sefira de Malchut de Assiya.

Isto significa que ela, com certeza, receberá a purificação permanente da parte
inanimada, de uma maneira que ela não retornará à loucura. E então ela será capaz de
ascender ao mundo espiritual de Assiya, pois terá pureza definitiva e equivalência de
forma com aquele mundo.

Mas quanto ao resto dos graus, que dissemos ser Ruach, Neshama, Haya, e Yechida de
Assiya, correspondentes a eles, a pessoa deve purificar as partes vegetativa, animada e
falante de seu desejo de receber para que possam revestir e receber estas Luzes. Mas a
pureza não necessita ser permanente, “até que Ele que conhece todos os mistérios
assegurar que não haverá retorno à loucura.”

Isto porque a totalidade do mundo de Assiya, com suas cinco Sefirot KHBTM, é na
verdade apenas Malchut, que se relaciona apenas com a purificação do inanimado. E as
cinco Sefirot são as cinco partes de Malchut.

Assim, como ela já foi recompensada com a purificação da parte inanimada do desejo
de receber, ela já possui a equivalência de forma com todo o mundo de Assiya. Mas
como cada Sefira do mundo de Assiya recebe do discernimento correspondente dos
mundos Acima dela, então a Sefira de Tiferet de Assiya recebe do mundo de Yetzirah,
que é totalmente Tiferet e a Luz de Ruach. E a Sefira de Bina de Assiya recebe do
mundo de Briah, que é totalmente Neshama. E a Sefira de Hochma de Assiya recebe do
mundo de Atzilut, que é totalmente Hochma e a Luz de Haya.
Cabalá Para o Aluno

Embora ela tenha permanentemente purificado apenas a parte inanimada, se ela


purificou as três partes restantes de seu desejo de receber, mesmo que não de forma
permanente, ela pode receber a Ruach, Neshama, e Haya de Tiferet, Bina, e Hochma de
Assiya, embora não permanentemente. Isto porque quando uma das três partes do seu
desejo de receber desperta, ela perde imediatamente estas Luzes.

19.
Depois de ter purificado permanentemente a parte vegetativa de seu desejo
de receber, ela ascende permanentemente ao mundo de Yetzirah, onde
atinge o grau permanente de Ruach. Aí ela pode ainda atingir as Luzes de
Neshama e Haya das Sefirot Bina e Hochma que aí se encontram, e são
consideradas Neshama e Haya de Ruach, mesmo antes de lhe ter sido
concedida a purificação permanente das partes animada e falante, como
vimos no mundo de Assiya. Mas isto não é permanente, porque depois dela
ter purificado a parte vegetativa do desejo de receber, ela já está em
equivalência de forma com a totalidade do mundo de Yetzirah, no seu mais
alto grau, como está escrito sobre o mundo de Assiya.

20.
Depois que ela purifica a parte animada de seu desejo de receber, e o
transforma em desejo de doar, “até que Ele que conhece todos os mistérios
declarar que não haverá retorno à loucura,” ela já estará em equivalência de
forma com o mundo de Briah. E ela ascende e recebe a Luz permanente de
Neshama. E através da purificação da parte falante de seu corpo, ela pode
ascender até a Sefira de Hochma e receber a Luz de Haya que lá está,
embora ela não a tenha ainda permanentemente purificado, como ocorreu
com Yetzirah e Assiya. Mas a Luz, também, não brilha para ela
permanentemente.

21.
E quando uma pessoa é recompensada com a purificação permanente da
parte falante de seu desejo de receber, é concedida equivalência de forma
com o mundo de Atzilut e ela ascende e recebe permanentemente a Luz de
Haya. E quando ela é mais gratificada, ela recebe a Luz de Ein Sof e a Luz
de Yechida reveste a Luz de Haya e não há mais nada a ser acrescentado
aqui.

22.
Assim, nós esclarecemos o que havíamos perguntado, “Por que o homem
necessita de todos os Mundos Superiores que o Criador criou para ele?”
Que necessidade tem o homem deles? Agora você verá que uma pessoa não
pode trazer satisfação ao seu Criador, sem a ajuda de todos estes mundos.
Isto porque ela atinge as Luzes e os graus da sua alma, chamados NRNHY,
de acordo com a medida de pureza do seu desejo de receber. E com cada
grau que ela alcança, as Luzes desse grau a ajudam em sua purificação.
Cabalá Para o Aluno

Assim, ela ascende em graus até conseguir os divertimentos do objetivo final do


Pensamento da Criação (item 33). Está escrito no Zohar (Noah, item 63) sobre o
versículo “Aquele que vem para ser purificado é ajudado.” E pergunta “Ajudado com o
que?” E responde que ele é ajudado com uma alma santificada. Porque é impossível
alcançar a purificação desejada para o Pensamento da Criação, exceto pela assistência
de todos os graus de NRNHY da alma.

23.
E você deveria saber que todos os NRNHY de que falamos até agora são as
cinco partes nas quais a totalidade da realidade está dividida. Na verdade
tudo o que está no todo existe até no menor elemento da realidade. Por
exemplo, mesmo só na parte inanimada da Assiya espiritual, existem cinco
discernimentos de NRNHY a serem alcançados, os quais estão relacionados
com os cinco discernimentos gerais de NRNHY.

Assim é impossível atingir até mesmo a Luz inanimada de Assiya, exceto através das
quatro partes do trabalho. Sendo assim, não há uma só pessoa de Israel que possa se
eximir de se aplicar a todas elas, de acordo com sua própria estatura. E uma pessoa deve
se dedicar à Torá e Mitzvot com intenção, para que possa receber o nível de Ruach
correspondente à sua estatura. E deve se dedicar aos segredos da Torá, de acordo com
sua estatura, para receber o nível de Neshama de acordo com sua estatura. E o mesmo se
aplica aos Taamim (sabores) das Mitzvot, porque é impossível completar até mesmo a
menor Luz em Kedusha (santidade) sem elas.

24.
Agora você pode entender a aridez e a escuridão que se abateram sobre a
nossa geração, como nunca havíamos visto anteriormente. Isto porque os
adoradores do Criador abandonaram a dedicação aos segredos da Torá.

O RAMBAM já havia falado sobre isto: “Se uma fila de mil cegos anda ao longo do
caminho e há entre eles pelo menos um que possa ver, eles, com certeza, seguirão o
rumo certo sem cair nos poços e obstáculos, já que estão seguindo o que tem a visão e
os guia. Mas se esta pessoa não existir, eles irão certamente tropeçar em cada
dificuldade no caminho, e cairão no poço.

Este é então o problema diante de nós. Se os adoradores do Criador tivessem ao menos


se dedicado à internalidade da Torá, e estendido uma Luz completa desde Ein Sof, toda
a geração os teriam seguido. E todos estariam seguros em seu caminho e seguros de que
não iriam cair. Mas se até os servos do Criador se distanciaram desta sabedoria, não é
nenhuma surpresa que toda a geração esteja caindo por sua causa. E devido à minha
profunda tristeza não posso me aprofundar neste assunto!

25.
Certamente eu sei a razão: é principalmente pelo fato de que a fé tem
geralmente diminuído, especificamente a fé nos homens santos, os sábios de
todas as gerações. E os livros sobre a Cabala e O Zohar estão repletos de
Cabalá Para o Aluno

parábolas corpóreas. Por esta razão as pessoas estão receosas de que vão
perder mais do que ganhar, porque poderiam facilmente falhar com a
materialização. E foi isto que me levou a compor uma interpretação
suficiente dos escritos do Ari e agora do Sagrado Zohar. E removi
completamente essa preocupação, pois expliquei com evidência e provei o
sentido espiritual de tudo o que é abstrato e desprovido de qualquer imagem
corpórea, alem do espaço e do tempo, como os leitores verão, para permitir
a todos de Israel estudar o Zohar e se aquecerem com sua Luz sagrada.

E chamei esse comentário de Sulam (Escada), para mostrar que o propósito deste meu
comentário é como a finalidade de todas as escadas: se você tem um sótão cheio de
abundâncias, você só precisa de uma escada para acessá-lo. E então, todas as riquezas
do mundo estarão em suas mãos. Mas a escada não é auto suficiente para atingir o
objetivo porque se você parar em um degrau no percurso e não alcançar o porão, seu
objetivo não terá sido cumprido.

Assim também acontece com meu comentário sobre O Zohar. Porque a maneira de
esclarecer completamente suas mais profundas palavras ainda não foi criada. Mas
mesmo assim, com meu comentário, eu construí um caminho e uma entrada para
qualquer pessoa, pelas quais se pode ascender, pesquisar e verificar O Livro do Zohar,
pois só assim meu objetivo com este comentário poderá ser completado.

26.
E todos aqueles que conhecem os meandros do sagrado Livro do Zohar, ou
seja, que entendem o que nele está escrito, concordam unanimemente que o
sagrado Livro do Zohar foi escrito pelo Santificado Tanna (sábio) Rabbi
Shimon Bar Yochai. Apenas aqueles que estão longe desta sabedoria
duvidam desta origem e tendem a dizer, com base em lendas fabricadas
pelos oponentes desta sabedoria, que o seu autor é o Cabalista Rabbi Moshe
De Leon, ou outro de seus contemporâneos.

27.
Quanto a mim, desde o dia em que fui agraciado, pela Luz do Criador, com
uma visão deste livro sagrado, não passou pela minha mente questionar a
sua origem, pela simples razão de que o conteúdo do livro traz ao meu
coração o mérito do Tanna Rashbi (Rabbi Shimon Bar Yochai) mais do que
qualquer outro dos sábios. E se eu pudesse ver claramente que o seu autor
seria qualquer outro nome, como o Rabbi Moshe De Leon, eu louvaria o
mérito do Rabbi Moche De Leon mais do que qualquer outro dos sábios,
inclusive Rashbi.

Na verdade, julgando pela profundidade da sabedoria no livro, se eu descobrisse


claramente que seu escritor era um dos quarenta e oito profetas, consideraria isto muito
mais aceitável do que relacioná-lo a um dos sábios. E mais ainda, se eu descobrisse que
o próprio Moisés o tinha recebido do Criador no Monte Sinai, então minha mente
Cabalá Para o Aluno

estaria em paz, pois uma obra como esta é digna Dele. Por esta razão, já que eu fui
abençoado com a compilação de uma suficiente interpretação que permite a cada um
que examine o livro receber algum entendimento do que está ali escrito penso que fico
dispensado de qualquer esforço adicional neste exame, pois qualquer pessoa que seja
conhecedor do Zohar aceitará agora que ninguém menos do que Tanna Rashbi seja seu
autor.

28.
Consequentemente surge uma questão, “Por que O Zohar não foi revelado
para as primeiras gerações, cujo mérito foi sem dúvida muito maior que as
que se seguiram e também mais merecedoras?” Devemos ainda perguntar,
“Por que o comentário sobre O Livro do Zohar não foi revelado antes da
época do Ari e para os Cabalistas que o precederam”? E a questão mais
espantosa, “Por que os comentários sobre as palavras do Ari e do Livro do
Zohar não foram reveladas desde os dias do Ari até a nossa geração”?

A resposta é que o mundo, durante os seis mil anos de sua existência, é como um
Partzuf dividido em três partes iguais: Rosh (cabeça), Toch (interior) e Sof (fim),
significando HBD (Hochma, Bina e Daat), HGT (Hesed, Gvura e Tiferet) e NHY
(Netzah, Hod e Yesod). Isto foi o que os sábios escreveram, “Dois milênios de Tohu
(caos), dois milênios de Torá e dois milênios até os dias do Messiah” (Sanhedrin 97a).

Nos primeiros dois milênios, considerados Rosh e HBD, as Luzes eram muito pequenas.
Elas eram encaradas como Rosh sem Guf (corpo), tendo apenas Luzes de Nefesh. Isto
porque existe uma relação inversa entre as Luzes e os vasos: com os Kelim (vasos) a
regra é que o primeiro Kelim cresce primeiro em cada Partzuf e com as Luzes acontece
o oposto – as Luzes menores revestem o Partzuf em primeiro lugar.

Assim, enquanto apenas as partes superiores estão no Kelim, o Kelim HBD, apenas as
Luzes de Nefesh aí se revestem, são as menores Luzes. É por isso que está escrito que os
primeiros dois milênios são considerados Tohu. E nos seguintes dois milênios do
mundo, que são os Kelim de HGT, a Luz de Ruach desce e reveste o mundo considerado
como Torá. Por isso é que se diz que os dois milênios do meio são Torá. E os dois
últimos milênios são os Kelim de NHYM (Netzah, Hod, Yesod e Malchut).
Consequentemente, neste período, a Luz de Neshama reveste o mundo, sendo a maior
Luz, pois estes são os dias do Messiah.

Esta é também a conduta em cada Partzuf particular. Em seus vasos de HBD, HGT e
através do seu Chazeh (peito), as Luzes estão cobertas e não começam a brilhar o que
significa que o aparecimento da sublime Luz de Hochma ocorre apenas do Chazeh para
baixo, em seu NHYM. Esta é a razão pela qual antes do Kelim de NHYM começar a
aparecer no Partzuf do mundo, correspondendo aos dois últimos milênios, a sabedoria
do Zohar em particular e a sabedoria da Cabala em geral permaneceram ocultas do
mundo.
Cabalá Para o Aluno

Mas durante a época do Ari, quando o final do tempo de construção dos Kelim abaixo
do Chazeh estava se aproximando, a Luz da sublime Hochma foi revelada ao mundo
pela alma do Santificado Rabbi Isaac Luria (o Ari), o qual estava pronto para receber
essa grande Luz. Assim, ele revelou os pontos essenciais do Livro do Zohar e a
sabedoria da Cabala, até que sobrepujou todos os seus predecessores.

Entretanto, como estes Kelim ainda não estavam prontos (já que ele faleceu em 1572), o
mundo ainda não era digno para descobrir suas palavras, e suas santas palavras foram
conhecidas apenas por uns poucos escolhidos, que foram proibidos de repassá-las ao
mundo.

Agora, em nossa geração, como estamos chegando ao final dos dois últimos milênios,
nós recebemos a permissão para revelar suas palavras e as palavras do Zohar em todo o
mundo e em grande escala, de maneira que a partir de nossa geração as palavras do
Zohar serão progressivamente reveladas para o mundo, até que toda a sua totalidade seja
revelada, como deseja o Criador.

63)
Agora você pode compreender que não há verdadeiramente fim ao mérito das primeiras
gerações sobre a última, pois esta é a regra em todos os Partzufim (plural para Partzuf)
dos mundos e das almas, que o mais puro é o primeiro a ser selecionado para dentro do
Partzuf. Desta forma, os Kelim mais puros, HBD, foram selecionados primeiro no
mundo e nas almas.

Então, as almas nos primeiros dois milênios eram muito mais Elevadas. Todavia, elas
não podiam receber a medida completa da Luz, devido à falta das partes inferiores no
mundo e em si mesmas, que são HGT NHYM.

E posteriormente, e nos dois milênios do meio, quando os Kelim de HGT foram


selecionados para o mundo e nas almas, as almas eram certamente muito puras, em si e
por si mesmas. Isto é porque o mérito dos Kelim de HGT está próximo ao de HBD.
Todavia, as Luzes ainda estavam ocultas no mundo, devido à ausência dos Kelim de
Chazeh para baixo, no mundo e nas almas.

Então, na nossa geração, embora a essência das almas seja a pior, que é porque elas não
puderam ser selecionadas para Kedusha até então, elas são as que completam o Partzuf
do mundo e o Partzuf das almas em respeito aos Kelim, e o trabalho é completado
apenas através delas.

Isto é porque agora, quando os Kelim de NHY estão sendo completados, e todos os
Kelim, Rosh, Toch, Sof são no Partzuf, completas medidas de Luz, na Rosh, Toch, Sof,
estão agora sendo estendidos a todos os que são dignos, isto é completos NRN. Então,
apenas depois da conclusão destas humildes almas podem as Mais Altas Luzes se
manifestar, e não antes.
Cabalá Para o Aluno

64.
Certamente, até nossos sábios fizeram esta pergunta (Masechet Berachot, p 20): “Rav
Papa disse a Abayei: "Como eram os primeiros diferentes, que um milagre lhes
aconteceu, e como somos nós diferentes, que um milagre não acontece conosco"? É isso
devido ao estudo? Durante os anos de Rav Yehuda, o estudo inteiro era em Nezikin, ao
passo que nós aprendemos os seis volumes (o Mishná inteiro). E quando Rav Yehuda
mergulhou em Okatzin, ele disse, ‘Eu vi Rav e Shmuel lá, ao passo que nós estamos a
aprender treze Yeshivot em Okatzin. E quando Rav Yehuda tirou um sapato, a chuva
veio, ao passo que nós atormentamos nossas almas gritamos, e ninguém repara em nós.’
Ele respondeu, ‘Os primeiros deram suas almas à santidade do Senhor.’”

Então, embora seja óbvio, ambos ao que pergunta e ao que responde, que os primeiros
eram mais importantes que eles, em respeito à Torá e à sabedoria, Rav Papa e Abayei
eram mais importantes que os primeiros. Então, embora as primeiras gerações eram
mais importantes que as últimas gerações na essência de suas almas, porque o mais puro
é selecionado a vir ao mundo primeiro, em respeito à sabedoria da Torá, ela é cada vez
mais revelada nas últimas gerações. Isto é assim pela razão que mencionamos, que a
medida global é completada especificamente pelas últimas. É por isto que Luzes mais
completas são estendidas até eles, embora sua própria essência é muito pior.

65.
Então, nós podíamos perguntar, “Porquê, então, é proibido discordar com os primeiros
na Torá revelada?” É porque, na medida em que a parte prática das Mitzvot está em
causa, é ao contrário, os primeiros eram mais completos nelas que os últimos. Isto é
porque a ação estende-se dos sagrados Kelim das Sefirot, e os segredos da Torá e os
Taamim (sabores) da Mitzva estende-se das Luzes nas Sefirot.

Você já sabe que há uma relação inversa entre as Luzes e os recipientes: nos Kelim, os
Superiores crescem primeiro (veja Item 62), que é porque os primeiros eram mais
completos na parte prática que os últimos. Mas com as Luzes, em que os inferiores
entram primeiro, os últimos são mais completos que os primeiros.

66.
Tenha em mente que em tudo há interioridade e exterioridade. No mundo em geral,
Israel, os descendentes de Abraão, Isaac e Jacó, são considerados a interioridade do
mundo, e as setenta nações são consideradas a exterioridade do mundo. Também, há
interioridade dentro dos próprios Israel, que são os sinceros trabalhadores do Criador, e
há exterioridade – os que não se devotam a si mesmos ao trabalho do Criador. Entre as
nações do mundo, há interioridade também, que são os Justos das Nações do Mundo, e
há exterioridade, que são os rudes e prejudiciais entre eles.

Adicionalmente, entre os servos do Criador entre as Crianças de Israel, há interioridade,


sendo estes recompensados com compreensão da alma da interioridade da Torá e seus
segredos, e exterioridade, os que meramente observam a parte prática da Torá.
Cabalá Para o Aluno

Também, há interioridade em cada pessoa de Israel – a Israel no interior – que é o ponto


no coração, e exterioridade – que são as internas Nações do Mundo, o corpo em si
mesmo. Mas até as internas Nações do Mundo nessa pessoa são consideradas prosélitos
de entre as Nações do Mundo, que vieram e se apegaram ao todo de Israel.

67.
Quando uma pessoa de Israel aumenta e dignifica a sua interioridade, que é a Israel
nessa pessoa, sobre a exterioridade, que são as Nações do Mundo nela, isto é, quando
um dita a maioria dos seus esforços a aumentar e exaltar a sua interioridade, para
beneficiar a sua alma, e dá esforços menores, a mera necessidade, para suster as Nações
do Mundo nele, isto é as necessidades do corpo, como está escrito (Avot, 1), “Faz tua
Torá permanente e teu trabalho temporário,” ao assim fazer, um faz as Crianças de
Israel elevarem-se para cima na interioridade e exterioridade do mundo também, e as
Nações do Mundo, que são a exterioridade, a reconhecerem e admitirem o valor das
Crianças de Israel.

E se, Deus nos livre, é ao contrário, e um individuo de Israel aumenta e aprecia a sua
exterioridade, que são as Nações do Mundo em ele, mais que a Israel interna nele, como
está escrito (Deuteronômio 28), “O estranho que está no meio de ti,” isto é a
exterioridade nessa pessoa eleva-se e plana, e você em si mesmo, a interioridade, a
Israel em si, mergulha para baixo? Com estas ações, um causa a exterioridade do mundo
em geral – as Nações do Mundo – a se elevarem ainda mais alto e superarem Israel,
degradando-os até ao chão, e as Crianças de Israel, a interioridade no mundo,
mergulham ainda mais fundo.

68.
Não esteja surpreso que as ações de uma pessoa tragam elevação ou declínio ao mundo
inteiro, pois é uma lei inquebrável que o geral e o particular são iguais como duas
ervilhas numa vagem. E tudo o que se aplica no geral, se aplica no particular, pois o
geral pode aparecer apenas depois da aparição das partes nele, de acordo com a
quantidade e qualidade das partes. Evidentemente, o valor de uma ação de uma parte
eleva ou declina o todo inteiro.

Isso irá clarificar a si o que está escrito em O Zohar, que por empenho em O Livro do
Zohar e a sabedoria da verdade, elas serão recompensadas com completa redenção do
exílio (Tikkunim, fim da Tikkun Num. 6). Nós podemos perguntar, que tem o estudo de
O Zohar a ver com a redenção de Israel de entre as nações?

69.
Do acima nós podemos cuidadosamente compreender que a Torá, também, constrange
interioridade e exterioridade, como o faz o mundo inteiro. Desta forma, o que se
empenha na Torá tem estes dois graus, também. Quando um aumenta a sua labuta na
interioridade da Torá e seus segredos, a essa extensão, um faz a virtude da interioridade
do mundo – que são Israel – elevar-se alto acima da exterioridade do mundo, que são as
Nações do Mundo. E todas as nações irão admitir e reconhecer o mérito de Israel sobre
Cabalá Para o Aluno

elas, até à realização das palavras, “E o povo os tomará, e irá trazê-los a seu lugar: e a
casa de Israel irá possuí-los na terra do Senhor” (Isaías 14, 2), e também “Assim diz o
Senhor Deus, Eis, Eu irei levantar minha mão às nações, e definirei meu padrão aos
povos: e eles irão trazer teus filhos nos seus braços, e tuas filhas serão carregadas sobre
seus ombros” (Isaías 49, 22).

Mas se, Deus nos livre, é ao contrário, e uma pessoa de Israel degrada a virtude da
interioridade da Torá e seus segredos, que lidam com a conduta de nossas almas e seus
graus, e a percepção e os sabores das Mitzvot em respeito à vantagem da exterioridade
da Torá, lida apenas com a parte prática? Também, até quando um se empenha
ocasionalmente na interioridade da Torá, e dedica um pouco do seu tempo a ela, quando
não é nem noite ou dia, como se fosse redundante, por isso um desonra e degrada a
interioridade do mundo, que são as Crianças de Israel, e aumenta a exterioridade do
mundo – isto é as Nações do Mundo – sobre elas. Elas irão humilhar e envergonhar as
Crianças de Israel, e considerarão Israel como supérflua, como se o mundo não tivesse
necessidade deles, Deus nos livre.

Além do mais, com isso, eles fazem até a exterioridade nas Nações do Mundo dominar
sua própria interioridade, pois os piores entre as Nações do Mundo, os prejudiciais e
destruidores do mundo, sobem acima de sua interioridade, que são os Justos das Nações
do Mundo. E então eles fazem toda a ruína e massacre hediondo que nossa geração
testemunhou que Deus nos proteja daqui em diante.

Então você vê que a redenção de Israel e a elevação de Israel, dependem do estudo de O


Zohar e a interioridade da Torá. E vice versa, toda a destruição e declínio das Crianças
de Israel são porque elas abandonaram a interioridade da Torá. Elas degradaram seu
mérito e fizeram-na aparentemente redundante.

70.
Isto é o que está escrito nas Tikkunim (correções) de O Zohar (Tikkun 30): “Despertem e
elevem-se pela Sagrada Divindade, pois vós tendes um coração vazio, sem o
entendimento de saber e a alcançar, embora ela esteja dentro de vós.” O significado
disso é, como está escrito (Isaías 40), que uma voz bate no coração de todo e cada um
de Israel, a chorar e a orar para elevar a Sagrada Divindade, que é a coleção de todas as
almas de Israel. Mas a Divindade diz, “Eu não tenho força para me elevar a mim mesma
do pó, pois ‘toda a carne é erva,’ eles são todos como bestas, comendo feno e erva.” Isto
significa que eles mantêm as Mitzvot sem mente, como bestas, “e a divindade dali é
como a flor do campo, todas as boas ações que eles fazem, eles fazem-nas para si
mesmos.”

Isto significa que com as Mitzvot que eles executam, eles não têm intenção de fazê-las
de forma a trazer contentamento a seu Fazedor. Em vez disso, eles mantêm todas as
Mitzvot apenas por seu próprio beneficio, e até os melhores entre eles, que dedicam todo
seu tempo ao empenho na Torá, fazem-no apenas para beneficiar seus próprios corpos,
sem a desejável direção - de trazer contentamento a seu Fazedor.
Cabalá Para o Aluno

Diz-se sobre a geração desse tempo: “Um espírito abandona e não irá voltar ao mundo,”
isto é que o espírito do Messias, que deve livrar Israel de todos seus problemas até à
completa redenção, para manter as palavras, ‘pois a terra estará cheia do conhecimento
do Senhor.’ Esse espírito partiu e não brilha no mundo.

Ai dos que fazem o espírito do Messias partir abandonar e partir do mundo, e não possa
voltar ao mundo. Eles são os que fazem a Torá seca, sem qualquer umidade de
compreensão e razão. Eles confinam-se a si mesmos à parte prática da Torá, e não
desejam tentar compreender a sabedoria da Cabala, de saber e compreender os segredos
da Torá e o sabor da Mitzva. Ai deles, pois com estas ações eles acarretam a existência
da pobreza, ruína, e roubo, saque, matança, e destruições no mundo.

71.A razão de suas palavras é, como nós explicamos, que quando todos os que se
empenham na Torá degradam a sua própria interioridade e a interioridade da Torá,
deixando-a como se ela fosse redundante no mundo, e se empenham nela apenas numa
altura em que não é nem dia nem noite, e neste respeito, eles são cegos procurando a
parede, com isso, eles intensificam a sua própria exterioridade, o beneficio de seus
próprios corpos. Também, eles consideram a exterioridade da Torá mais elevada que a
interioridade da Torá. E com estas ações eles causam todas as formas de exterioridade
no mundo a dominar todas as partes internas no mundo, cada de acordo com sua
essência.

Isto é assim porque a exterioridade no todo de Israel, isto é as Nações do Mundo neles,
dominam e revogam a interioridade no todo de Israel, que são os que são grandes na
Torá. Também, a exterioridade nas Nações do Mundo – os destruidores entre eles -
intensificam e revogam a interioridade entre eles, que são os Justos das Nações do
Mundo. Adicionalmente, a exterioridade do mundo inteiro, sendo as Nações do Mundo,
intensificam e revogam as Crianças de Israel – a interioridade do mundo.

Em tal uma geração, todos os destruidores entre as Nações do Mundo levantam suas
cabeças e desejam primariamente destruir e matar as Crianças de Israel, como está
escrito (Yevamot 63), “Nenhuma calamidade vem ao mundo a não ser por Israel.” Isto
significa, como está escrito nas correções acima, que eles causam pobreza, ruína, roubo,
matança, e destruição no mundo inteiro.

E através de nossos muitos defeitos, nós testemunhamos a tudo o que é dito no


supramencionado Tikkunim, e além do mais, o julgamento golpeou os melhores entre
nós, como nossos sábios disseram (Baba Kama 60), “E começou com os justos
primeiro.” E de toda a glória que Israel tinha tido nos países da Polônia e Lituânia, etc.,
sobram apenas as relíquias na nossa sagrada terra. Agora depende de nós, relíquias,
corrigir esse terrível mal. Cada um de nós remanescentes deve tomar sobre si mesmo,
coração e alma, a doravante intensificar a interioridade da Torá e dar-lhe o seu lugar
legitimo, de acordo com seu mérito sobre a exterioridade da Torá.

E então, todo e cada um de nós será recompensado com intensificar sua própria
interioridade, isto é a Israel dentro de nós, que são as necessidades da alma sobre a
Cabalá Para o Aluno

nossa própria exterioridade, que é as Nações do Mundo conosco, isto é, as necessidades


do corpo. Que força venha ao todo de Israel, até que as Nações do Mundo dentro de nós
admitam e reconheçam o mérito dos grandes sábios de Israel sobre elas, e os escutem e
obedeçam.

Também, a interioridade das Nações do Mundo, os Justos das Nações do Mundo, irão
subjugar e submeter sua exterioridade, que são os destruidores. E a interioridade do
mundo, também, que são Israel, se elevarão em todo seu mérito e virtude sobre a
exterioridade do mundo, que são as nações. Então, todas as nações do mundo irão
admitir e reconhecer o mérito de Israel sobre elas.

E elas seguirão as palavras (Isaías 14, 2), “E o povo os tomará, e irá trazê-los a seu
lugar: e a casa de Israel irá possuí-los na terra do Senhor” E também (Isaías 49, 22), “E
eles irão trazer teus filhos nos seus braços, e tuas filhas serão carregadas sobre seus
ombros.” Isso é o que está escrito em O Zohar (Nasoh, p 124b), “através desta
composição,” que é O Livro do Zohar, “eles serão livrados do exílio com misericórdia.”
Amem, que assim seja.
Cabalá Para o Aluno

A SERVA QUE É A HERDEIRA DE SUA PATROA

Isso requer uma explicação completa. Para ficar claro para todos, vou escolher
interpretar a questão pelo que ela parece ser para nós por essa razão, se estende a nós
aqui na conduta deste mundo.

A INTERNALIDADE DA EXTERNALIDADE

O caso é que as Raízes Superiores estendem seu poder, cascateando-se até que seus
ramos apareçam neste mundo, como está escrito na explicação das raízes e dos ramos
Os mundos como um todo são considerados internamente e externamente. Isso é similar
a uma pesada carga que ninguém consegue levantar ou carregar de um lugar para outro.
Sendo assim, o conselho é dividi-la em pequenas partes e assim, transferi-la uma de
cada vez.

Isso é similar a nossa matéria, desde que o propósito da criação é inestimável, porque
uma pequena centelha como a alma de uma pessoa pode subir a sua compreensão mais
alta que os ministérios de anjos, como os nossos sábios disseram sobre o versículo
“Agora isso será dito a Jacó e Israel: o que Deus forjou”. Eles interpretaram que os
anjos superiores perguntaram a Israel: “O que Deus forjou?”.

A EVOLUÇAO DE ISRAEL (INTERNALIDADE) ─ UM DE CADA VEZ

Essa recompensa virá a nós somente se for desenvolvida de uma vez. Como na alegoria
acima, até o mais pesado fardo pode ser levantado se for dividido em partes um de cada
vez.

Não somente o propósito geral nos chega dessa forma, mas até o propósito físico, o que
não é nada mais que uma preparação para o propósito geral, que nos vem a partir de um
gradual e lento desenvolvimento.

Assim, os mundos vêm sendo divididos entre externalidade e internalidade, e cada


mundo contém iluminações capazes de operar em um lento desenvolvimento. E isso é
chamado “a internalidade do mundo”.

EVOLUÇÃO INSTANTÂNEA DAS NAÇÕES DO MUNDO (EXTERNALIDADE)

Opostos a eles estão iluminações que agem somente instantaneamente. Assim, quando
elas aparecem aqui em seu mundo ramal e o controle é dado, não somente não se
corrigem, como se arruínam.

Nossos sábios chamam a isso “imaturo,” como isso está escrito relativamente à Árvore
do Conhecimento e Adam HaRishon, que eles comeram a fruta verde. Significa que é
uma verdadeira guloseima, destinada a dar prazer ao homem, mas no futuro, não no
presente, porque continuam crescendo e se desenvolvendo. Isso porque eles compararão
Cabalá Para o Aluno

isso a uma fruta verde, como o figo, também, que é uma das mais doces frutas, mas
quando comida prematuramente, fará mal ao estomago e poderá matar.

De fato, deveríamos perguntar, “Quem que nos traz essas ações ao mundo?”. Afinal de
contas, é conhecido que não há ação no nosso mundo que não venha de uma greve do
mundo superior. Isso é o que chamamos de “domínio da externalidade”, como no
versículo: “Deus fez um como também os outros”. Isso tem uma força impulsionadora
que corre em direção da revelação do domínio da internalidade, como os nossos sábios
diziam: “Eu coloquei um rei no lugar deles como Haman, e ele os forçará a se
arrependerem”.

A INTERNALIDADE É O POVO DE ISRAEL

Quando entendermos claramente a raiz superior, esclareceremos os ramos neste mundo.


Entendendo que o galho que se estende da internalidade é o povo de Israel, que foi
escolhido como um operador do propósito geral da correção. Isso retém a preparação
requerida para o crescimento e o desenvolvimento até que mova as nações do mundo,
também, para que possam atingir a meta comum.

A EXTERNALIDADE SÃO AS NAÇÕES DO MUNDO

O galho que se estende da externalidade são as nações do mundo. Não lhe foram tiradas
as qualidades que as fariam merecer o recebimento do desenvolvimento do propósito
um de cada vez. Ao contrário, elas estão prontas para receber a correção imediatamente,
de acordo com a sua mais alta raiz. Sendo assim, quando elas recebem o domínio de sua
raiz, elas destroem as virtudes das crianças de Israel e causam sofrimento no mundo.

UMA ESCRAVA E UMA SERVA

As Raízes Superiores, chamadas “externalidade,” como explicado acima, são


geralmente chamadas de “serva” e “escrava.” E o objetivo disso é mostrar que elas não
têm a intenção de causar mal algum, como isso possa parecer superficialmente. Ao
contrário, servem à internalidade, como o escravo e a serva que servem a seus mestres.

A externalidade impera quando Israel não demanda profundidade em seu trabalho

A acima mencionada lei da externalidade é chamada de “o exílio de Israel entre as


nações do mundo”. A partir disso, são infligidas muitas formas de sofrimento,
degradação e ruína à nação de Israel. De qualquer forma, apenas para mencionar,
explicaremos somente o que é revelado a partir de uma observação geral, o que é de um
propósito geral. Isso são os adoradores de ídolos e supersticiosos, como está escrito:
“mas misturados entre si com as nações conhecem o seu trabalho”. Esse é o mais
terrível e perigoso veneno, que destruirá as almas de Israel, trazendo para perto as
vaidades da razão humana. Em outras palavras, eles não precisam de muito
aprofundamento para entender e assim plantar a fundação de seus trabalhos nos
corações das crianças de Israel. E o Israelita não está preparado para aceitar essa falta de
Cabalá Para o Aluno

senso, e no fim isso induz à idolatria e à sujeira, fora a flagrante heresia, até que o
Israelita diga: “todas as faces são iguais”.

A RAZÃO DO OCULTAÇÃO DA CABALÁ

Agora você pode entender a questão do encobrimento da sabedoria, velada aos olhos
externos, e também o que os sábios disseram: “ao gentio não pode ser ensinada a Torá".
Parece que há uma contradição entre isso e o Tana (grande sábio no inicio da nossa era)
Rebei Eliyahu, que disse: “até um gentio, um escravo e um serviçal que senta e aprende
a Torá, a Divindade está com eles”. Então, por que os nossos sábios proibiram o ensino
da Torá aos gentios?

ENSINANDO TORÁ AOS GENTIOS

De fato, o Tana Rebei Eliyahu relata sobre um convertido gentio, ou pelo menos
alguém afastado dos adoradores de ídolos e supersticiosos. Nossos sábios, conversando,
referem-se a um que não se afastou da adoração de ídolos e superstições e queria
conhecer as leis de Israel e a Sabedoria para fortalecer e fortificar sua idolatria, e pode-
se dizer: “por que nos importamos se esses gentios ficaram mais piedosos em suas
adorações por causa da nossa Torá? Se isso não ajuda, que mal fará?”.

O CHORO DE RASHBI

De fato, por isso Rashbi chorou antes de explicar um segredo importante na Sabedoria
oculta, como está escrito: “Rabbi Shimon chorou, ‘ai de mim se eu falar e ai de mim se
eu não falar. Se eu contar, os pecadores saberão como servir a seus ídolos; e se eu não
contar, os amigos perderão aquela palavra’”.

Ele estava com medo de que esse segredo caísse nas mãos dos adoradores de ídolos e
eles realizassem sua idolatria com a força dessa Mente Sagrada. Isso é o que prolonga o
nosso exílio e traz sobre nós todas as aflições e ruínas, como nós agora vemos bem a
nossa frente, desde que os sábios das nações do mundo estudaram todos os livros das
crianças de Israel e os tornaram delícias para fortalecer sua fé, isto é, sua sabedoria,
chamada “teologia”.

DOIS DANOS CAUSADOS PELA REVELAÇÃO DA SABEDORIA DE ISRAEL ÀS


NAÇÕES DO MUNDO

Eles cometeram dois erros:

1. Além de vestirem o nosso manto, dizendo que toda sabedoria vem do conhecimento
de seu próprio espírito sagrado, essas imitações ganharam reputação as nossas próprias
custas.

2. Um mal maior ainda, porém, recaiu sobre nós: quem observar a teologia deles
descobrirá que, em sua concepção e sabedoria em relação ao trabalho de Deus, parece
mais verdadeira e mais autêntica que a nossa sabedoria.
Cabalá Para o Aluno

Isso ocorre por duas razões

A primeira é porque eles são muitos, e entre eles existem grandes e proficientes
filólogos que conhecem o seu trabalho: para que as matérias sejam aceitáveis a pessoas
não educadas. A Filologia vem de ensinamentos externos, e certamente uma sociedade
de oito bilhões de pessoas pode produzir muito mais e bons filólogos que a nossa
sociedade de quinze milhões. Sendo assim, quem observa os seus livros fica na dúvida
de que eles talvez estejam certos, ou pior ainda, é claro.

A segunda e mais importante razão é que os sábios de Israel esconderam de todas as


formas a Sabedoria da religião das massas atrás de portas fechadas. Os sábios de cada
geração oferecem simples explicações para as massas e as rejeitam com todo tipo de
artifício do desejo e sequer se aproximam de tocar na Sabedoria oculta.

AI DE MIM SE EU FALAR

Eles fazem isso por medo de que o assunto caia nas mãos dos adoradores de ídolos,
como Rashbi escreveu: “se eu falar, os pecadores saberão como servir a seus ídolos”.
Depois de tudo, nós sofremos bastante pelas pequenas coisas que eles roubaram de
nossos vasos, o que acelerou para eles a guarda.

A RAZÃO DO OCULTAÇÃO DA CABALÁ

Isso esclarece o que poderia se desdobrar se nossos sábios revelassem a Sabedoria


oculta a todos. E como escondemos isso enquanto o plebeu não está preparado para
receber o segredo da Torá, ele não terá nenhum conhecimento sobre a Sabedoria da
religião. Essa pessoa, portanto, fica obviamente inspirada e exultante quando encontra
insignificante sabedoria e explanações em sua teologia, cuja essência nada mais é que
um roubo de conceitos da nossa Sabedoria, adicionada a uma saborosa literatura. Uma
vez que vemos isso, ela diz e nega a nossa lei prática e termina em completa heresia.

A SERVA QUE É A SUCESSORA DE SUA PATROA

Isso é chamado “Uma serva que é a sucessora de sua patroa”, desde que o poderoso
poder da patroa – o domínio da internalidade – ocorre pela força de nossa sabedoria e
conhecimento, como está escrito: “nós somos distinguidos, eu e o teu povo, de todas as
pessoas que estão sobre a face da terra”. E agora que a serva avançou e orgulha-se de si
mesma em público por ser a sucessora dessa Sabedoria, e você deve saber que essa sua
força é a manilha pela qual as pernas das crianças de Israel estão acorrentadas no exílio,
sob o seu domínio.

ALGEMAS DO EXÍLIO

Assim, a essência das algemas do exílio e a sua força são da Sabedoria da Torá e dos
seus segredos, que eles conseguiram roubar e colocar em seus vasos, passados todos
para o guardião. Com isso, eles induziram as massas ao erro, dizendo que herdaram o
trabalho de Deus, e introduziram dúvida e heresia também nos filhos de Israel.
Cabalá Para o Aluno

O Shofar1 do Messias

A REDENÇÃO VIRÁ SOMENTE ATRAVÉS DA CABALÁ

Saiba que este é o significado da expressão “os filhos de Israel só serão salvos do exílio
após a revelação da sabedoria do oculto em larga escala”, como está escrito no Zohar:
"Com este livro, os filhos de Israel serão salvos do exílio". Isso porque, naquela época,
havia grande esperança.

ESCREVENDO o Zohar e ocultando-o

A redação do “O Zohar” começou com o surgimento de Bar-Kokheva (séc. II D.C.), do


qual o Rabino Akiva, professor do Rashbi, disse, "Uma estrela procederá de Jacó".
Além disso, após a destruição de Beitar (Jerusalém), houve grande esperança.

E, por causa disso, o Rashbi se autorizou e revelou a sabedoria do oculto em seus livros,
o “Zohar” e o “Tikkunim”. No entanto, isso aconteceu com muito cuidado, uma vez que
ele permitiu apenas ao rabino Abba revelá-la em segredo, de forma que só os sábios dos
filhos de Israel entendessem, e os sábios das nações do mundo não, temendo que os
ímpios soubessem como servir os seus mestres. Por isso, tão logo eles viram que era
muito cedo para a redenção Israel, eles o esconderam. Foi na época dos Savoraim (500 a
700 D.C.), porque se descobriu que os nossos sábios, os Savoraim, escreveram várias
matérias a respeito no “O Zohar”.

A REVELAÇÃO DA CABALÁ É A VONTADE DE DEUS

Realmente, foi por vontade Divina que surgiria o Zohar. É por isso que ele caiu nas
mãos da viúva do rabino Moshe de Leon. Ela herdou o manuscrito de seu marido, que
provavelmente não contou a ela sobre a proibição de não divulgá-lo, e, acidentalmente,
colocou-o à venda.

OS PROBLEMAS DE ISRAEL SE DEVEM À REVELAÇÃO DA CABALÁ

Realmente, até os dias atuais, as razões acima causaram muitas ruínas ao Povo de Israel.

AS VANTAGENS DA REVELAÇÃO DA CABALÁ

1
Shofar (do hebraico rpv> shofar): é considerado um dos instrumentos de sopro mais antigos,
semelhante à trombeta, feito do chifre do carneiro. Mas, para os judeus, o shofar não é um instrumento
"musical"; não é usado por prazer ou divertimento. É considerado sagrado, quase como uma voz
celestial.
Cabalá Para o Aluno

No entanto, não há mal sem bem. É por isso que este domínio, que as nações obtiveram
com o roubo dos segredos da Tora, deu um grande impulso no desenvolvimento da
santidade. Na minha avaliação, estamos numa geração que se encontra no limiar da
redenção, se soubermos como difundir a sabedoria do oculto às multidões.

A PRIMEIRA VANTAGEM

Pela simples razão de que "Ele engoliu riquezas, porém vomitá-las-á; do seu ventre
Deus as lançará (Jó, 20:15)", isso revelará aquilo que está entre eu e meu sogro, e a
diferença entre a essência do núcleo e a Klipá (casca) superior, da qual todos os sábios
das nações do mundo se despiram. E isto porque todos os campos de Israel que negaram
a Tora estão seguros de retornar ao Criador e ao Seu trabalho.

A SEGUNDA VANTAGEM

Há outra razão para isso: Nós aceitamos que existe uma pré-condição para a redenção,
que todas as nações do mundo reconhecerão a Tora de Israel, como está escrito, "e a
terra ficará cheia do conhecimento (Isaias 11:9)", como no exemplo do êxodo do Egito,
quando o Faraó também reconheceu o verdadeiro Deus e Suas leis e permitiu que eles
fugissem.

A REDENÇÃO ATRAVÉS DA DISSEMINAÇÃO DA CABALÁ ÀS NAÇÕES DO


MUNDO

É por isso que está escrito que cada uma das nações tomará um homem Judeu e o
conduzirá à Terra Santa (Zacarias 8:23). E isso não foi suficiente para que elas
pudessem fugir por si mesmas. Você deve compreender de onde as nações do mundo
tirariam tal desejo e idéia. Saiba que isso ocorre através da disseminação da verdadeira
sabedoria, de modo que elas perceberão o verdadeiro Deus e a verdadeira Tora.

A DISSEMINAÇÃO DA SABEDORIA DA CABALÁ POR TODO O MUNDO

E a divulgação da sabedoria da Cabalá às multidões é chamada de "chifre". Como o


chifre, cujo som viaja uma grande distância, o eco da sabedoria se espalhará pelo
mundo, de modo que até as nações ouvirão e reconhecerão que existe a sabedoria
Divina em Israel.
Cabalá Para o Aluno

A REVELAÇÃO DA CABALÁ A TODAS AS NAÇÕES É A REVELAÇÃO DE


ELIAHU

E esta tarefa cabe a Eliahu, o profeta, uma vez que a revelação dos segredos é sempre
referida como a “manifestação de Eliahu”. É como disseram os sábios, "O mundo
descansará enquanto Eliahu não vier", e também, "o Tishbi solucionará as questões e os
problemas". É por isso que disseram que três dias (uma alusão conhecida) antes da
vinda do Messias, “Eliahu caminhará sobre as montanhas e soprará um grande chifre”.

A REVELAÇÃO DA CABALÁ A TODAS AS NAÇÕES É UMA PRÉ-


CONDIÇÃO PARA A REDENÇÃO TOTAL

Você deve compreender estas alusões, de que o chifre é apenas o resultado da revelação
da sabedoria do oculto às multidões, a qual é uma pré-condição necessária que deve ser
cumprida antes da redenção completa.

E os livros que já foram revelados sobre essa sabedoria testemunharão isso, que
questões da maior importância foram espalhadas como um vestido para todos verem,
que é um verdadeiro testemunho de que já estamos no limiar da redenção, e que a voz
do grande chifre já foi ouvida, embora não à distância porque ainda soa muito
suavemente.

Mas na verdade, qualquer grandeza exige antes a pequenez, e não há uma grande voz se
não for precedida por um som suave, como ocorre com o chifre, que cresce
progressivamente. E ninguém melhor do que eu sabe que não sou digno de ser nem
mesmo um mensageiro e um escriba para a revelação desses segredos, e muito menos
para compreendê-los perfeitamente.

E por que o Criador me deu essa permissão? Unicamente porque esta geração é digna,
pois é a última geração, que está no limiar da redenção completa. E por essa razão, é
digna de começar a ouvir a voz do chifre do Messias, que é a revelação de segredos,
como foi explicado.
Cabalá Para o Aluno

Cabalistas Escrevem Sobre a Sabedoria da Cabala.

Ainda se encontrarmos pessoas que são grandes na Torá, por medo e por sabedoria, mas
que ainda não estão interessadas no segredo da Torá, por causa da sublimidade do seu
grau, porque eles têm muitas posses com as quais ocupar o seu espírito com os tesouros
da revelação e sabedoria da Torá , não deixem que entristecem o coração de quem sente
uma sensação interior, uma pressão do desejo da alma para o caminho dos segredos.Pois
mesmo que decidimos que este desejo lhe chega devido a sua falta de experiência na
matéria revelada, e daí? Afinal, esta é a parte que lhe cabe, e ele deve se sentir feliz
com ela, porque o Senhor esta perto de todos aqueles que O procuram de verdade.

- O Rav Kook Raiah, Orot HaTorá (Luzes da Torá), Capítulo 10, Item4.

No que diz respeito à regra de não andar no PARDESS, a menos que satisfiz o seu
estômago com carne e vinho, deve ser dito a alguém que vem somente para cumprir
os comandos da Torá por lei. Mas aquele que anseia e deseja aprender as coisas
interiores, conhecer a Sua verdade, está sob a regra " deve-se sempre aprender a Torá
onde seu coração o deseja." E ele precisa ser muito forte a sua maneira e saber que irá
aprender e ter sucesso ... e faça que sua alma deseje aderir e conhecer o Seu Nome para
sempre. E se perceber que a maioria dos estudantes não são assim, eles devem saber
que isso é certo para eles, para que eles não destruíam a santidade até que eles avancem
gradualmente. Isto não tem nada a ver com ostentação e vanglória, mas apenas divisões
da nobreza da alma.

--The Rav Raiah


Kook, Orot HaTorá (Luzes da Torá), Capítulo 9, Item 12.

Não deixe o eunuco dizer: “Pois eu sou uma arvore seca e quem sou eu para me
aproximar da Santidade interior, nos livros da Cabala? Isso por que todos os justos já
concordaram que atualmente isso é o conselho da inclinação, e uma mentira. E embora
ele não entenda tudo, ainda, as palavras do Zohar Sagrado, tem poder para a alma, e
elas são acessíveis para todas as almas de Israel, pequena ou grande, cada uma de
acordo com o seu entendimento e a raiz da sua alma.

--Rabbi Tzvi
Hirsh Horovitz of Backshwitz, Hanhagot Yesharot ( Orientação Correta), Item 5
Cabalá Para o Aluno

Se meu povo tivesse me ouvido nessa geração, quando a heresia esta aumentando, que
eles teriam estudado O Livro do Zohar e os Tikkunim (correções), contemplando-os
com crianças de nove anos de idade.

--Rav Yitzhak
Yehudah Yehiel of Komarno, Notzer Hesed (Mantendo A Misericórdia), Capitulo 4,
Aula 4

Não ha nenhuma limitação no estudo do O Zohar porque é principalmente Midrash


(comentários). O Hafetz Chaim usado para despertar todos para estudar O Zohar dessa
Parasha (porção semanal da Torá) a cada Shabbat, mesmo para os homens não
casados.

--Rabbi Yosef
Ben Shlomo de Pojin, Hosafot Binian Yosef (Suplementos Construtivos de Yosef)

Sem o conhecimento da sabedoria da Cabala, o individuo é como a besta, uma vez que
ele vai seguindo a Mitzva sem sabor, somente fluindo com os movimentos. . Isso é
semelhante às bestas que comem feno, sem o sabor do alimentos humano. E mesmo se
ele sendo um empresário importante, muito ocupado com os negócios, ele não está
isento de se envolver nesta sabedoria.

--The Holy Rav


of Ziditshov, Sur MeRa VeAseh Tov (Afastar-se do Mal e Fazer o Bem)

A Torá é apenas um meio. Engajando-se no que deve ser, com desejo e o profundo
desejo de Dvekut (Adesão) com o Criador. Nenhuma outra intenção é permitida no
Reino de Deus. Claramente, se os estudantes da Torá tivessem se engajado, com amor
ardente a Deus nos seus corações, e o desejo de unir-se a Ele seria preencher todo o seu
ser, não haveria argumento relativo à internalidade da Torá. Todos afluiriam para o
Palácio do Rei, para se envolverem com a sabedoria da Cabala e do Zohar Sagrado na
maior parte do seu dia, e até mesmo na maioria do seu tempo.

--The Path of the


PARDESS, vol. 11, Parashat VaYishlach, November 1996, Edição 515/3
Cabalá Para o Aluno

Cabala oferece alcançar o conhecimento do Criador, que e Sua singularidade …


porque alem de envolver-se com ele e alcançá-lo, sabe-se O Nome e atinge os
segredos da Torá e os sabores das Mitzvot, os quais, por elas mesmas, reavivam a
alma.Isto acontece através delas, a alma fortificar-se e adere ao seu Criador. Também,
estendendo dela exerce corretamente a manutenção das Mitzvot, ao sair do coração
daqueles que o conhecem , fazê-lo por inteiro.

--Avodat
HaKodesh (Trabalho Sagrado), “O Propósito,” Capitulo 70

Na época do Messias, o mal aumenta e descaramento e vícios serão conduzida pelos


chefes da multidão mista. Então a Luz Oculta aparecerá no Céu, Livro do Zohar,
seguindo pelos escritos do Sagrado Ari. E esse aprendizado vai extirpar o mal de sua
alma. Ele será recompensado aderindo a Luz do Alto, e ele será recompensado de todas
as virtudes do mundo. É por esta razão que essa Luz apareceu.

E a essência de seu estudo na internalidade da Torá será para alcançar a iluminação e


animação Divina em sua alma durante seu estudo e pelo resto do dia. O Ari disse que
nesse tempo o oculto será revelado, e aprendendo os segredos da Torá e revelando os
segredos para todos de Israel dá alegria ao Criador.

--Heichal HaBrahch (Abençoando Todos), Devarim (Deuteronômio) 208

O estudo do O Livro do Zohar está acima de todos os estudos e é uma grande correção
para a alma. Uma vez que toda a Torá é os Nomes do Criador, todavia está escrita
como estórias, e quem as lê , pensa que as estórias são como escritas literalmente. No
entanto, no O Livro do Zohar, os segredos se revelam, e o leitor fica sabendo que eles
são os segredos da Torá, embora não seja entendido por causa da pouca compreensão e
profundidade alcançada.

--Apontando com
o Dedo, item 44

Por que então os Cabalistas obrigam cada pessoa a estudar a sabedoria da Cabala? De
fato, há uma grande coisa nisso, digna de ser divulgada: Não existe um remédio
Cabalá Para o Aluno

maravilhoso, de valor inestimável para aqueles que se dedicam na sabedoria da Cabala.


Embora eles não entendam o que estão aprendendo, através do desejo e do grande
desejo de entender o que eles estão aprendendo, eles despertam para si as Luzes que
cercam suas almas.

Isto significa que cada pessoa de Israel tem garantida finalmente o alcance de todas as
realizações maravilhosas que o Criador calculou no Pensamento da Criação para
encantar toda criatura. Aquele que não tem sido recompensado nesta vida, será
recompensado na próxima vida, etc., ate ele completar o seu pensamento do Criador .

--Rav Yehuda
Ashlag (Baal HaSulam), “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot,” Item 155

O mérito de contemplar as palavras do Deus vivo em O Livro do Zohar e tudo que o


acompanha, e as palavras da sabedoria da verdade, é imensurável e sem preço. Isso é
especialmente assim com as palavras claras do Ari.

E mesmo que não se chegou ainda a compreender o cerne da questão através de análise
profunda, através do empenho constante, os portões da Luz e as portas da sabedoria
aparecerão para todos os que andam no caminho de Deus em plenitude, cuja alma
anseia aproximar-se do Reino do Rei. Abençoados serão todos os que se voluntariam
para se exercer a sabedoria, mesmo por uma ou duas horas por dia, todos os dias. O
Criador acrescenta um ato a um bom pensamento, e ele será considerada como estando
sempre e todos os dias, na Corte do Senhor e Sua morada, nos segredos da Torá.

--The Rav Raiah


Kook, Quem Ama Israel com Santidade, 232

Aqueles que se dedicam exclusivamente as vestimentas da Torá estão seriamente


equivocados, que Deus tenha misericórdia deles. E quando a exigência do Schegar está
abandonada e a maioria da multidão dos sábios da Torá não sabe o seu propósito, e que
consideram a sabedoria da Torá e seu propósito como simples adição de alguma ironia
com as leis, que, embora verdadeiramente sagrados e preciosos, não iluminarão nossas
almas.

--The Rav Raiah


Kook, Igrot (Letras), Vol. 2, 8
Cabalá Para o Aluno

Eu escrevo apenas para evocar os corações dos discípulos dos sábios para se
empenharem no estudo da internalidade da Torá e estudar o Zohar Sagrado tão
diligentemente como a Mishnah e a Gemarah. No entanto, nem todos estão prontos para
isso, pela natureza de suas almas. Assim, quem não é capaz, e cujo coração está
interessado, certamente deve prolongar o zombar na Mishnah e Gemarah. Mas quem é
capaz de se aprofundar na sabedoria da Cabala, deve dedicar a maior parte de seus
estudos para conhecer o seu Criador.

--The Rav Raiah


Kook, Igrot (Letras), Vol. 1, 41-42

Os jovens, ou aqueles que encontram-se pesados e com pouco desejo para a Luz
Interior, deve, pelo menos, adotar uma regra para dedicar uma ou duas horas por dia
com a sabedoria da verdade. Com o tempo, suas mentes se ampliarão e sucesso
abundante resultara de seus estudos sobre a essência da Torá, e também, e sua força na
analise se desenvolverá e crescerá com idéias puras e ampliação da sua mente.

--The Rav Raiah


Kook, Igrot (Letras), Vol. 1, 82

Enquanto a ortodoxia insiste em dizer: "Não! Apenas Gemarah e Mishnah, sem


legendas, sem ética, sem Cabala, e nada de pesquisas, "Ela se diminui. Todos os meios
que utilizam para proteger-se, sem tomar a verdadeira da poção da vida, a Luz da Torá
em sua profundidade, para além do tangível e óbvio -o revelado na Torá e Mitzvot- são
totalmente incapazes de levarem a sua meta a todas as gerações e, especialmente, a
nossa geração, a menos que seja acompanhado para expandir as muitas raízes
espirituais.

--The Rav Raiah


Kook, Igrot (Letras), Vol. 2, 232-233

Nós não escutamos a voz dos verdadeiros profetas, a voz dos melhores sábios de
todas as gerações, a voz dos justos e dos Hassidim, os sábios da moral, os sábios de
estudos e segredos, que estavam chorando em voz alta que o rio de apenas estudos
Cabalá Para o Aluno

práticos acabara por secar , a menos que atraiamos constantemente nele a as águas d a
sabedoria da Cabala.

--The Rav Raiah


Kook, Orot (Luzes), 101

A Redenção só virá por meio do estudo da Torá, e a redenção está principalmente no


estudo da Cabala.

-- The Vilna
Gaon (GRA), Even Shlemah (Um Peso Perfeito e Justo ), Capitulo 11, Item 3

Ao participar nesta composição, um evoca o poder das almas e o poder dos justos com
a força de Moisés. Isto é assim porque ao acoplar-se nela, eles renovam a Luz gerada,
que foi criada durante a sua composição. E a Divindade brilha e se ilumina de Luz
como quando foi inicialmente criada. E todos os que se dedicam a ela reavivem esse
mesmo benefício e a Luz primeira, que Rashbi e seus amigos tinham revelado quando
de sua composição.

--Ohr Yakar (Luz


Preciosa), Portão 1, Item 5

Estudando o Santo Zohar purifica o corpo e a alma e é capaz de trazer a redenção em


breve nos nossos dias.

--Rabbi Efraim
Ben Avraham Ardot, Mateh Efraim (A Varinha de Efraim), A Ponta da Varinha
(varinha), Item 23

Pelo poder desse sagrado estudo, nos redimimos do exílio, e com nada mais do que
este estudo. A recompensa deste estudo é maior do que toda a Torá e todas as Mitzvot.
Se alguém se engaja nesta sabedoria depois que sua alma partiu do corpo, ele está isento
de todos os julgamentos. Aquele que se engaja na sabedoria da Cabala, para conhecer os
segredos da Torá e os sabores das Mitzvot de acordo com o segredo, é chamado de "um
filho para Criador."
Cabalá Para o Aluno

--Sefer HaBrit (O
Livro do Pacto), Parte 2, Artigo 12, Capitulo 5

Aquele que não está estudando essa sabedoria é como quem vive no estrangeiro. É
semelhante a quem não tem nenhum outro Deus, cujo desejo aumenta a sua inclinação
desvia-se e traz dúvidas na fé. Mas quem é arrojado e se engaja na sabedoria da Cabala
não terá nenhuma dúvida nos caminhos de Deus.

--The Holy Rav


of Ziditshov, Sur MeRa (Afastar-se do Mal), 69

E você deve retornar e distinguir entre um justo, um servo de Deus, e quem não serve a
Ele: Um servo de Deus é aquele que se engaja no Talmude e no Zohar. Aquele que se
engaja apenas no Talmude, e não se engaja no Zohar, não é um servo de Deus.

--Maayan Ganim
(As Fontes dos Jardins), Capitulo 1, Item 2

Não deixe o medo de estudar entrar em seu coração, por que ao estudar os 248 órgãos e
365 tendões será santificado e purificado. Você será capaz de purificar e santificar cada
órgão, seja isso uma carruagem para a Shechina (Divindade), e apressa o fim do exílio.

--Heichal
HaBracha (Hall da Bênção), Beresheet, p 32

Sabe-se que o estudo do Zohar é capaz de fato. Saiba que o estudo do Zohar cria o
desejo e as santas palavras do Zohar fortemente evocam a obra de Deus.

--Rabbi
Nachman of Breslev, Palavras do Rabbi Nachman, 108
Cabalá Para o Aluno

O conjunto da sabedoria Cabala é apenas conhecer a orientação da Vontade Superior,


porque Ele criou todas essas criaturas, o que Ele quer delas, qual será o fim de todos os
ciclos do mundo, e como todos esses ciclos do mundo, que são tão estranhos, são
interpretados. Isso acontece porque a Vontade Superior já calculou o ciclo da
Orientação, que termina em plenitude total. E essas medidas são o que nós
interpretamos como Sefirot e mundos.

--The Rav Moshe


Chaim Luzzato (The Ramchal), Daat Tvunot, p 21

Estudando a Cabala, eu sei que por você, só gostaria de estudar senão com alguém
maior do que você. E você não o encontrará, exceto ao estudar O Livro do Zohar. No
entanto, antes de cada estudo, decide dentro de si mesmo para não torná-lo um hábito,
mas apenas para o Criador. E nem todas as vezes será igual: às vezes você será capaz
de estudar para o Criador com fervor, e você será recompensado com a oração de um
pensamento puro, e às vezes com um pensamento pequeno, mas sempre de um
pensamento em benefício do Criador

--The Rav
Meshulam Feibush, Yosehr Divrey Emet (Sinceridade, Palavras da Verdade), p 25

Se ele estuda de verdade, e com medo de pecar, quanto mais ele estuda, mais ele se
entregará e perceberá que está longe da verdade, e ele estará certo de temer o pecado.
Mas quando ele estuda para ser um estudioso, esclarecido nas regras para julgar e
instruir, quanto mais argumentos e opiniões ele acrescenta, mais sentira dor e seu
coração se tornará ainda maior. De fato, por esse motivo, o tolo anda nas trevas, em
todos os tipos de luxúria e mentiras, e perdera seus anos com um coração insaciado.

The Rav Meshulam Feibush, Yosehr Divrey Emet (Sinceridade, Palavras da Verdade),
p 39

Todos os sábios das nações não conhecem na Yetzirah o que o menor de Israel
conhece. E o benefício do resto dos ensinamentos está em ser uma escada para a
sabedoria em conhecer o Criador.
Cabalá Para o Aluno

--The Rav Moshe


Ben Nachman, Os escritos do Ramban, Essay Torat H’ Temima (A Lei do Senhor é
Perfeita), p 155

Quando alguém se engaja nesta sabedoria, mencionando os nomes das Luzes e os vasos
relacionados com a alma, eles imediatamente brilham sobre ele até certo grau. No
entanto, eles brilham para ele sem a roupagem interior da sua alma, por falta de vasos
capazes de recebê-los. No entanto, a iluminação recebe uma vez após outra durante o
compromisso atrai-se numa graça de cima, dando-lhe com abundância de santidade e
pureza, que o trazem muito mais perto de atingir à perfeição.

--Rav Yehuda
Ashlag (Baal HaSulam), “Introdução no Estudo das dez Sefirot,” Item 155

Segue-se que todas as rejeições, que ele experimentou vêm do Criador. Todos elas
vieram para levá-lo a desenvolver a espiritualidade, para ele não se contentar com seu
estado. Essas rejeições não foram punições devido a maus atos que ele fez porque ele
não podia ultrapassar os obstáculos. Ao contrário, somente aqueles que o Criador
deseja aproximar, o próprio Criador envia-lhes ajuda de cima, usando essas rejeições.
Esta ajuda só é enviado a quem tem um verdadeiro desejo de elevar-se acima deste
mundo. Essa pessoa recebe ajuda de cima, sendo constantemente mostrada como está
em falta, que não está avançando na espiritualidade, e lhe são enviados pensamentos e
opiniões contra a unicidade das ações do Criador.

--Rav Yehuda
Ashlag (Baal HaSulam), Shamati (Eu Ouvi), Artigo. 1, “Não ha outro alem Dele”

É preciso saber que ele nunca virá a saber a verdadeira medida da importância da
ligação entre o homem e o Criador, porque não se pode avaliar o seu verdadeiro valor.
No entanto, o a pessoa o aprecia, assim que ele alcança seu mérito e importância. Há um
poder nisso, assim um pode ser concedido permanentemente essa iluminação.

--Rav Yehuda
Ashlag (Baal HaSulam), Shamati (Eu Ouvi, Artigo no. 4, “A Razão para a Opressão”
Cabalá Para o Aluno

Não há necessidade de ascetismo, e não há necessidade de corrigir o externo. Não


corrija sua exterioridade, mas apenas sua interioridade, pois só a sua interioridade está
prestes a ser corrigida. A principal causa para a corrupção da internalidade é o orgulho e
egocentrismo. Se você deseja purificar seus pecados, você deve exercer a anulação do
seu próprio egocentrismo, em vez de ascetismo, para sentir que você é mais baixa e a
pior de todos as pessoas do mundo. No entanto, um tem que prestar atenção e se
diminuir diante de pessoas oportunas, diante de nossa sociedade, mas não diante de
estranhos.

--Rav Yehuda
Ashlag (Baal HaSulam), Pri Hacham (O Fruto do Sábio), p 75

Estude um livro de Cabala e, mesmo se você não entendê-lo, diga as palavras do Zohar,
pois elas podem purificar a alma.

--The Rav
Yaakov Kapil Prayer Book, Section “A Intenção no Estudo”

A interioridade da Torá é vida para a internalidade do corpo, que é a alma e a


exterioridade para a exterioridade do corpo. E aqueles que se dedicam a intimações e
segredos, não podem ser provocados pela má tendência..

-- The Vilna
Gaon (GRA), Even Shlemah (O Peso Justo e Perfeito), Capitulo 8, Item 27

Aquele que estuda amplamente estudará principalmente no Zohar, mesmo se não


compreende. Afinal, porque deveria se importar em compreender, desde que é de
qualquer forma uma cura?

--Short Articles
of the Old Admor, p 571

Se quem não foi concedido com compreensão lerá as palavras mesmo assim, desde que
as palavras podem limpar a alma e iluminá-la com maravilhoso esplendor.
Cabalá Para o Aluno

--Rav Chaim
HaCohen, Good Guidance, Item 45

Ouça-me meus irmãos e amigos, que anseiam e procuram a verdade, a verdade do


trabalho do coração, para agradar ao Senhor e para visitar seu Palácio: Minha alma
dobrar-se-á e aderirá ao livro de Zohar, como o poder de se engajar no livro sagrado é
sabido de nossos antigos sábios.

--The Holy Rav


of Ziditshov, Sur MeRa (Depart from Evil), p 4

É verdade que nós aceitamos isso, mesmo de quem não sabe nada, as palavras do
Zohar ainda pode purificar a alma.

--Rav Tzvi
Elimelech Shapira (MAHARTZA), The MAHARTZA Additions, Item 9

A nova Luz é renovada a cada momento, até que ela realmente se torna uma nova
criação, através de O Zohar e nosso professor , o Ari.

--Heichal
HaBracha (Hall of Blessing), Devarim (Deuteronomy), p 11

Cada uma e toda carta no Livro do Zohar e os escritos de nosso grande mestre, por Rav
Chaim Vital ... são correções grande para a alma, para corrigir todas as encarnações.

--Rav Yitzhak Yehudah Yehiel of Komarno, Notzer Hesed (Keeping Mercy), Capítulo
4, Teaching 20
Cabalá Para o Aluno

Ele disse: "Antes da vinda do Messias, heresia e epicurismo aumentará no mundo." O


conselho para ele é de, meticulosamente, dizer O Zohar todos os dias, mesmo se não
entender o que está dizendo, pois diz-se O Zohar pode purificar o coração.

--The Light of
the Upright, Clear Myrrh

Uma hora de estudo do O Zohar corrigira muito mais do que um ano inteiro de estudo
literário o faria.

--Rav Shalom
Ben Moshe Buzzaglo, The King’s Throne, Tikkun 43, Item 60

O Criador não sente satisfação em Seu mundo, exceto quando envolvido nesta
sabedoria. Além disso, o homem foi criado apenas para estudar a sabedoria da Cabala.

--The Rav Chaim


Vital, Preface to the Gate to Introductions

Se você disser: "Que benefício tem nessas correções?" Saiba que existe um grande
benefício. Primeiro, eles já não estão perdidos, mas são mantidos até o final dos dias.
Segundo, quando essas ações se desenvolvem interiormente, mesmo que as próprias
ações não são manifestadas, uma iluminação sai delas, para permitir

grandes correções na redenção geral. Mas, para exteriorizar a iluminação de pequeno


porte, todas estas grandes ações são necessárias, já que estão interiormente fechadas.

--The Rav Moshe


Chaim Luzzato (The Ramchal), Adir BaMarom (The Mighty One on High), p 17

Todos os mandamentos que estão escritos na Torá ou os que são aceitos, estabelecidos
pelos Patriarcas, embora na sua maioria são ações ou palavras, todos eles são para
corrigir o coração ", Porque o Senhor procura todos os corações, e entende todas as
inclinações dos pensamentos ".
Cabalá Para o Aluno

--Rav Avraham
Eben Ezra, Yesod Morah, p 8b

Se alguém deseja saber, e pede ao Criador para entender a conexão, isso é chamado de
"a oração". E isso é uma coisa grande e muito importante, uma vez que se tem uma
ligação com o Criador e deseja algo Dele.

--Rav Baruch
Ashlag, Dargot HaSulam (Steps of the Ladder), Vol. 2, Article no. 561, “Prayer”

A oração é chamada de "a obra no coração", pois o coração é Malchut, o coração lidera
todos os órgãos.

--The Rav Moshe


Chaim Luzzato (The Ramchal), Adir BaMarom (The Mighty One on High), p 234

Mas a oração é mais especial para o coração. Toca-o primeiro, e prepara-o para
compreender corretamente os órgãos. E toda a força da correção é que o coração, em
todos os seus aspectos, vai se agarrar no Nome HaVaYaH, que significa ZA, e ser
incluído nele.

--The Rav Moshe


Chaim Luzzato (The Ramchal), Adir BaMarom (The Mighty One on High), p 242

Você pode ver, portanto, a necessidade absoluta para qualquer um de Israel ... a exercer
a internalidade da Torá e seus segredos. Sem ela, a intenção da criação não seria
concluída no homem. Esta é a razão pela qual reencarnamos, geração apos geração,
através de nossa atual geração, o restante das almas nas quais a intenção da criação não
foi concluída, porque elas não terem atingido os segredos da Torá nas gerações
anteriores.
Cabalá Para o Aluno

--Rav Yehuda
Ashlag, “Introduction to the Book, From the Mouth of a Sage”

Ser favorecido pelo Criador, ou o oposto, não depende da pessoa em si mesma. Em vez
disso, depende tudo do Criador. E o que não adquiriu uma mente espiritual não pode
compreender porque o Senhor o favoreceu agora e assim o trouxe para perto, e
subsequentemente o deixou, dado que um compreende passada sua entrada na
espiritualidade.

–Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam),

Shamati (Eu Escutei), Artigo num. 1, “Não Há Ninguém além D'Ele”

Um verdadeiro lugar na espiritualidade é chamado o lugar da realidade, dado que


qualquer um que venha a esse lugar vê a mesma forma que o outro. Contudo, uma coisa
imaginária não é chamada um verdadeiro lugar, dado que ela é imaginária, e logo todos
a imaginam diferentemente.

–Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam),

Shamati (Eu Ouvi), Artigo num. 98, “Espiritualidade É Chamada O Que Nunca Será
Perdido”

Anjos não conhecem os segredos da Torá. Também, eles não alcançaram seu Fazedor
como as almas alcançam – exigindo a Torá e, através dela, alcançar o Criador, a
grandeza do Fazedor, e subir. A inteira Torá não fala de nada senão a existência do
Fazedor e Seu mérito em Suas Sefirot e Suas operações nelas. E quanto mais um estuda
seus segredos, melhor, dado que um profere Seu mérito e faz maravilhas nas Sefirot.

–Rav Moshe Cordovero (RAMAK),

Conhece o Deus de Teu Pai, 40

Nós não conhecemos o Criador do mundo e através do mundo, mas de dentro de nossa
alma, de Sua Divina qualidade.

–O Rav Raiah Kook,


Cabalá Para o Aluno

Igrot (Cartas), Vol. 1, 45

A Sabedoria do segredo não é dada a uma pessoa, dado que cada um tem uma parte na
Torá, pois o objetivo é apenas de conhecer o Criador. Também, é impossível para uma
pessoa alcançar a inteira sabedoria se não todas as pessoas no mundo. Certamente, “Seu
marido é conhecido nos She’arim (portões).” Em Shi’urim (medidas), cada tem uma
Shi’ur (medida) na Torá, para conhecer o seu Fazedor.

–Rav Moshe Cordovero (RAMAK),

Conhece o Deus de Teu Pai, 93

Há os que só examinam a Torá literal e os assuntos literais. Estes estão em vergonha


para o Mundo Vindouro, dado que não existem questões literais lá, mas seus segredos,
para que ele possa negociar entre o resto dos justos, os estudantes dos segredos da Torá
que estão lá. Caso contrário, ele será rejeitado de eles, fora do lugar de estudantes da
literal.

E os que mergulham no segredo têm uma parte em Bina, então eles brilharão e radiarão
de lá, do segredo da interioridade da Torá, e medindo um nível, isto é, como a claridade
do firmamento. Não há recompensa como a recompensa dos discípulos da Torá e
conhecer seus segredos, para a glória de seu Criador.

–Rav Moshe Cordovero (RAMAK),

Conhece o Deus de Teu Pai, 148

Felizes são os que se envolvem na Torá para conhecer a sabedoria de seu Senhor. Eles
sabem e observam os Segredos Superiores. Quando uma pessoa que se arrependeu
abandona este mundo, e é deixada apenas com transgressões pelas quais a morte expia,
através dela, isto é a morte, todos os julgamentos do mundo partem de ela. Além do
mais, eles abrem perante ele treze portões dos segredos do Puro Dióspiro, sobre os quais
Sublime Sabedoria depende.

–O Livro do Zohar (com o comentário Sulam), Cântico dos Cânticos, p 148

Não é sem razão – de acordo com sua vontade – que eles determinaram impuro, puro,
proibido, permitido, kosher, e banido. Eles em vez disso julgaram da interioridade da
Torá, como é sabido aos que conhecem a sabedoria do oculto.
Cabalá Para o Aluno

–Rav Chaim Vital,

Os Escritos do Ari, A Árvore da Vida, Parte 1, “Introdução de Rav Chaim Vital,” 3

O que não viu a Luz da sabedoria da Cabala, nunca viu Luzes. Isto é porque então ele
compreende e aprende os segredos de Sua Singularidade e Sua Orientação. E todos os
que se retiram da sabedoria da Cabala se retiram da eterna, vida espiritual.

–Rav Isaiah Horowitz (O Sagrado Shlah),

“Primeiro Artigo,” p 30

O que nunca viu a Luz de O Livro do Zohar nunca viu Luz.

–O Rav Tzvi Hirsh de Ziditshov,

Ateret Tzvi (Uma Coroa de Glória) Parashat BeHaalotcha

Deve ser sabido porque nós somos mandados, “conhece este dia, e repousa-o a teu
coração, que o Senhor, Ele é Deus.” Então, nós devemos conhecer, e não apenas
acreditar, mas as questões devem fazer sentido.

–O Rav Moshe Chaim Luzzato (O Ramchal),

Guerra de Moisés, “Regras,” p 349

Não haverá um deus estranho em ti – Deus não será um estranho para ti, dentro de ti.

–Não Há Nenhum Mais Completo que um Coração Partido

(Dizeres do Rav de Kotzk), p 42

A alma espalha-se nas partes do corpo e é incluída um todo singular no coração, por
entendimento. Este é o significado de “o coração compreende” (Berachot 61), dado que
o entendimento do coração é na realidade ver, dado que como os olhos vêem, assim é o
entendimento da alma, que é apenas observar.

–O Rav Moshe Chaim Luzzato (O Ramchal),


Cabalá Para o Aluno

Adir BaMarom (O Poderoso no Alto), p 274

Cada alcança realização individual, de acordo com o seu próprio grau e de acordo com o
tempo.

–O Rav Moshe Chaim Luzzato (O Ramchal),

Adir BaMarom (O Poderoso no Alto), p 279

Na verdade, o que alcança verdadeiro conhecimento pode ver três coisas: o real,
Orientação oculta, a aparência superficial da Orientação, que não é a verdade, onde esta
aparência se origina, e como ela se conecta à real Orientação.

–O Rav Moshe Chaim Luzzato (O Ramchal),

Adir BaMarom (O Poderoso no Alto), p 459

O Baal Shem Tov ordenou seu povo a estudar as palavras de O Zohar antes de orarem.

–Rav Yitzhak Bar Yishaiah Atia,

Doresh Tov (Buscando o Bem), “A Respeito de O Zohar”

Não alcançará vida senão apenas através do estudo de O Zohar… E nesta geração é
impossível atrair a Alta Shechina (Divindade) senão através de O Zohar e os escritos de
Rav Chaim Vital.

–Heichal HaBracha (Salão de Bênção), Devarim (Deuteronômio), 58

Neste dia, quando o sagrado livro – O Zohar – foi escrito, que é da iluminação da
oculta, boa Luz … ele brilha para nós em exílio até que, por seu mérito, o Messias
aparecerá. Deixe esta Luz ser a Luz do Rei Messias.

–Rav Tzvi Elimelech Shapira (MAHARTZA),

Bnei Isaschar (Os Filhos de Issachar), “Artigos do Mês de Iyar,” Artigo num. 3, Item 4
Cabalá Para o Aluno

É sabido de livros e de autores que o estudo da sabedoria da Cabala é um dever absoluto


para qualquer pessoa de Israel. E até se um aprendeu a inteira Torá e memorizou o
Mishná e a Gemará; se um também é preenchido de virtudes e boas ações mais que
todos os seus contemporâneos, mas não aprendeu a sabedoria da Cabala, ele deve
reencarnar neste mundo para estudar os segredos da Torá e sabedoria da verdade.

–Rav Yehuda Ashlag,

“Introdução ao Livro, Da Boca de um Sábio”

Estou contente de ter sido nascido em tal uma geração onde é já permitido divulgar a
sabedoria da verdade. E caso você pergunte, “Como sei eu que é permitido?” Eu
responderei que me foi dada permissão para divulgar. Isto significa que até agora, os
meios pelos quais é possível publicamente se envolver, perante toda a nação e
denominação, e total e corretamente explicar cada palavra, não tinham sido revelados a
qualquer sábio.

Eu, também, jurei por meu professor a não divulgar, como fizeram todos os estudantes
antes de mim. Mas este voto e esta proibição aplicam-se apenas a essas maneiras dadas
oralmente de geração para geração, até aos profetas e antes. Tivessem estas maneiras
sido reveladas ao público, eles teriam causado muito mal, por razões conhecidas apenas
a nós.

Todavia, a maneira na qual eu me envolvo nos meus livros é uma maneira permitida.
Além do mais, eu fui instruído pelo meu professor a expandi-la tanto quanto eu puder.
Nós chamamos-lhe “a maneira de vestir os assuntos.” Isto não depende do gênio do
sábio em si mesmo, mas do estado da geração, como nós sábios disseram, “Pequeno
Samuel era digno, etc., mas sua geração era indigna.” Foi por isso que eu disse que eu
ser recompensado com a maneira de divulgar a sabedoria é por causa de minha geração.

–Rav Yehuda Ashlag,

Pri Hacham (O Fruto de um Sábio), Artigos, “O Ensinamento da Cabala e Sua


Essência,” p 165

Nós devemos estabelecer seminários e compor livros, para acelerar a disseminação da


sabedoria ao longo da nação. Isso não foi assim anteriormente, por medo caso
discípulos indignos se misturassem. E esta tornou-se a razão principal para o prolongar
o exílio, por nossos muitos pecados, até este dia. …Muitos irão vaguear, e
conhecimento aumentará entre todos os dignos dela. Com isso, nós seremos em breve
recompensados com a vinda do Messias e a redenção de nossas almas em breve nos
Cabalá Para o Aluno

nossos dias, Amem.

–Rav Yehuda Ashlag,

O Livro das Introduções, “Introdução ao Livro, A Árvore da Vida,” Item 5, p 205

Devido à ampla prevenção sobre o estudo espiritual de questões Divinas, o conceito de


Divindade está a ofuscar, por falta de trabalho purificado na mente e coração. Esta é a
heresia dos dias do Messias, quando sabedoria Divina está esgotada em Israel e pelo
mundo fora.

–O Rav Raiah Kook,

Orot (Luzes), p 126

Girar os corações e ocupar as mentes com nobres pensamentos, cuja origem é os


segredos da Torá, se tornou uma absoluta necessidade na última geração.

–O Rav Raiah Kook,

Névoa de Pureza, p 65

Certamente, nós nunca seremos capazes de ignorar a geral, abrangente cura, cujo
abandono causou nossa queda. Esta é a coisa que eu, na minha miséria e
descontentamento, estou habituado a chamar… Precisamente num tempo de grandes
apuros e crise, nós devemos tomar a melhor das curas em toda a Torá, com todas as suas
interpretações espirituais. … Em tal um tempo, nós devemos protestar pela maior das
carências.

–O Rav Raiah Kook,

Igrot (Cartas), Vol. 2, páginas 123, 125

Todos os grandes Cabalistas unanimemente gritam alto como garças que enquanto nós
negarmos a Torá de seus segredos e não nos envolvermos em seus segredos, nós
estamos a destruir o mundo.

–O Rav Raiah Kook,


Cabalá Para o Aluno

Igrot (Cartas), Vol. 2, p 231

Eu já disse em várias ocasiões que precisamente esta geração, que parece tão vaidosa e
indisciplinada, é a mais adequada para a Luz do verdadeiro arrependimento.

–O Rav Raiah Kook,

Igrot (Cartas), Vol. 2, p 34

Quando conhecimento diminui em Israel, enquanto o exílio continua, e as Divinas


introduções estão desaparecidas e esquecidas, muitos caíram no fosso da materialização,
e fazem um Deus que tem um lugar e imagem. Isto é porque os segredos da Torá estarão
escondidos deles. E não muitos serão sábios e conhecerão o segredo, mas um de uma
cidade, e muitos estarão no fosso do erro.

–Rav Moshe Cordovero (RAMAK),

Conhece o Deus de Teu Pai, 139-140

Estudar o Sagrado Zohar nesta altura é muito necessário para salvar e nos proteger de
todo o mal, dado que a divulgação desta sabedoria agora está em gerações defeituosas,
para ser um escudo para nós nos agarrarmos de todo o coração a nosso Pai nos Céus.
Anteriores gerações foram homens de ação e pios, e as boas ações os salvaram dos
acusadores. Agora estamos afastados da Superior Raiz, como a levedura no barril.
Quem nos protegerá se não nosso estudo desta sabedoria?

–O Sábio Yaakov Tzemach na sua introdução a "A Árvore da Vida"

E ele conhecerá os segredos da Torá e os sabores dos Mitzvot… porque a alma é


fortalecida por eles e se une com seu Fazedor… E além do bem escondido, o mundo
vindouro, pois o que mergulha e se torna sábio nela, um prova os sabores do mundo
vindouro neste mundo, também. … E pelo mérito dos que se envolvem, o Messias virá;
pois então a terra estará cheia de conhecimento, devido a isso, e esta será uma razão
para Sua chegada.

–Rav Isaiah Horowitz (o Sagrado Shlah),

“Primeiro Artigo,” p 30
Cabalá Para o Aluno

Todos os que forem recompensados com Ele, serão recompensados com redenção. Isto
é porque este trabalho menor, nesta altura, é mais importante que todos os carneiros de
Nebaiote que havia durante o tempo em que o Templo existia.

–Rav Avraham Katz de Kalisk,

Misericórdia a Abraão, “Primeira Fonte,” 24

Eu vi-o escrito que a proibição de Acima de se abster de estudo aberto na sabedoria da


verdade foi apenas por um período limitado, até ao fim de 1490. Mas daí em diante a
proibição foi levantada e permissão foi concedida a se envolver em O Livro do Zohar. E
do ano 1540, foi um grande Mitzva (mandamento, boa ação) para as massas estudarem,
velhos e novos… E porque o Messias virá devido a isso, por não outra razão, nós não
devemos ser negligentes.

–Avraham Ben Mordechai Azulai,

Ohr HaChama (Luz do Sol), Introdução

Através do envolvimento de Israel nos segredos da Torá, o Messias virá em breve nos
nossos dias, Amem.

– A Congregação de Jacó, Rima Secreta

Redenção virá apenas através do estudo da Cabala.

– O Vilna Gaon (GRA),

Even Shlemah (Um Perfeito e Justo Peso), Capitulo 11, Item 3

Possam eles começar a ensinar o sagrado Livro do Zohar a crianças quando elas são
ainda pequenas, idades dos nove ou dez, como foi escrito pelo grande Cabalista… e
redenção virá certamente em breve, sem quaisquer dores de parto do Messias. E Rabino
Shem Tov já tinha escrito em O Livro das Fés que Judá e Israel serão redimidos para
sempre apenas pela sabedoria da Cabala, dado que apenas esta é uma Divina sabedoria,
dada aos sábios de Israel desde dias e anos imemoriais. E por seu mérito será a glória de
Deus e a glória de Sua Sagrada Lei revelada.
Cabalá Para o Aluno

–O Rav Shabtai Ben Yaakov Yitzhak Lifshitz,

Segulot Israel (A Virtude de Israel), Conjunto num. 7, Item 5

Escutem o meu conselho e Deus estará convosco: Não evitem envolvimento nesta
sabedoria por medo. Afinal de contas, o que é a alma de vossa vida no mundo? Se, Deus
nos livre, não há sabedoria e conhecimento em vós, vossa vida não é vida. O escrito diz,
“Vê, Eu coloquei perante vós este dia vida; desta forma escolhei a vida.” Imagine que
uma pessoa veio sobre vós para vos negar da vida; travarias guerra contra ele… ou o
reinarias, ou seria ao contrário? “Tudo o que um homem tem dará ele por sua vida,” e
ele será leve em todas as ações e justificações no mundo, de atravessar o mar, de subir
até aos Céus, até que ele se renda ao que se encontra contra ele e o deseja roubar da
vida. Isto é ainda mais assim com a Vida Eterna, chamada “vida.”

–O Sagrado Rav de Ziditshov,

Sur MeRa (Parte do Mal), 8

Porque nos enviou Deus a revelar nesta geração, o que Ele não revelou exceto na
geração de Rabino Akiva e Rabino Shimon Bar-Yochai e seus amigos. … Pois este é o
rudimento da Torá e o princípio da fé sobre o qual os eixos das portas da Torá e o
trabalho revolvem. Sem ele, você não sabia o que é Torá Lishma (por Seu Nome), dado
que você não conheceria a raiz das imagens de Seus Nomes, abençoado é Ele e
abençoado é Seu Nome. … E você não está isento da interioridade da Torá, pois sem
ela, o homem é como uma besta, um boi comedor de feno.

–O Sagrado Rav de Ziditshov,

Sur MeRa (Parte do Mal), 29

Eu digo, eu desejo que a maior das gerações não tivesse facilitado o estudo da sagrada
sabedoria, e eu desejo que eles tivessem ensinado seus estudantes uma maneira de se
envolverem nesta sabedoria. Então não haveria certamente qualquer orgulho nos
ensinamentos externos, e todos os ensinamentos seriam rejeitados por ela, como a
escuridão é rejeitada pela luz. Todavia, nossos pecados causaram a uns quantos dos
justos da geração a cerrar as portas da sabedoria perante os noviços e dizem que eles
não ensinarão até que eles tenham um grau e o espírito da santidade. Por esta razão, eles
permaneceram nus da sagrada sabedoria, e através de nossos muitos pecados, a
escuridão dos ensinamentos externos aumentou. O tolo caminha no escuro e em breve
nos nossos dias o Senhor dirá, “Haja luz,” e nós seremos iluminados.
Cabalá Para o Aluno

–Rav Tzvi Elimelech Shapira (MAHARTZA),

Maayan Ganim (Uma Fonte de Jardins), Capítulo 1, Item 5

Devido à intensificação das Klipot (cascas), a heresia, impudência, e profana mistura


nesta geração, permissão foi dada de Cima para divulgar a Luz desta sabedoria, para
atar as almas à vida da Luz da Divindade, a verdadeiramente se apegarem a Ele… Isto é
porque esta sabedoria foi revelada nesta geração apenas para santificar, purificar, e
remover os vícios.

– Heichal HaBracha (Salão de Bênção), Devarim (Deuteronômio), p 27

Porque Israel estão destinados a provar da Árvore da Vida, que é o sagrado Livro do
Zohar, através dele, eles serão redimidos de exílio.

– O Livro do Zohar, Naso, Item 90

Quando nós nos arrependemos e nos envolvemos nesta sabedoria com amor, Israel será
redimida em breve nos nossos dias, Amem.

–Rav Chaim Vital, “Prefácio ao Portão às Introduções”

Redenção depende do estudo da Cabala.

–O Vilna Gaon (GRA),

Even Shlemah (Um Perfeito e Justo Peso), Capitulo 11, Item 3

Eu tenho noticias sobre a cidade de Praga, que é um lugar de estudo: o Judaísmo está
em declínio lá, em retirada dia após dia. Certamente, a coisa é que anteriormente, a Torá
revelada era suficiente. Mas agora, nos dias do Messias, há uma necessidade para a Torá
escondida, também. Anteriormente, a inclinação do mal não era tão forte, e a Torá
revelada era suficiente contra ela. Mas agora, antes da redenção, a inclinação do mal
está a intensificar-se e requer fortalecimento através da oculta, também.

–Rav Simcha Bonim de Pshischa,


Cabalá Para o Aluno

Uma Torá de Alegria, p 57

Saiba que as anteriores gerações e os primeiros dias, os do quinto milênio, não são
como estas gerações e estes dias. Nesses dias, os portões da sabedoria estavam fechados
e trancados. Assim, então os Cabalistas eram apenas uns poucos. Isto não é assim no
sexto milênio quando os portões das Luzes, os portões da Misericórdia foram abertos,
dado que ele está perto do fim dos dias. Agora é uma alegria de Mitzva (boa ação) e
grande contentamento nos olhos do Criador de tornar a glória de Seu Reino Eterno
conhecido, e especialmente agora, quando os sagrados escritos do Ari Luria foram
impressos. Isto abriu para nós os portões da Luz, que estavam selados e trancados.
Agora não há obstáculo ou perigo, tal como com a revelada.

– Sefer HaBrit (O Livro do Convênio), Parte 2, Artigo 12, Capitulo 5

Apenas através da expansão da sabedoria da Cabala nas massas obteremos nós completa
redenção. … Ambos o individuo e a nação não completarão o objetivo para o qual
foram criados, exceto ao alcançar a parte interna da Torá e seus segredos. Logo, é da
grande expansão da sabedoria dentro da nação que nós precisamos primeiro, para
merecer receber o benefício de nosso Messias. Então, a expansão da sabedoria e a vinda
de nosso Messias são interdependentes. Por esta razão, nós devemos estabelecer
seminários e compor livros, para apressar a disseminação da sabedoria pela nação fora.

–Rav Yehuda Ashlag,

O Livro das Introduções, “Introdução ao Livro, A Árvore da Vida,” Item 5, pp 204-205

Agora o tempo dita adquirir muitas posses na Torá interna. O Livro do Zohar quebra
novos caminhos, define novas pistas, faz uma via rápida no deserto, ele, e todas as suas
colheitas estão prontas para abrir as portas da redenção.

–O Rav Raiah Kook,

Orot (Luzes), 57

Muitos pensaram que demasiado envolvimento na secreta não é bom, dado que a Torá
prática seria esquecida de Israel, a proibida, a permitida, a não-kosher, e a kosher. E o
que será desta Torá tivéssemos todos mergulhado nos segredos da Torá? …Todavia, os
que a desprezam não são servos do Criador ou que se pareça.
Cabalá Para o Aluno

–Rav Moshe Cordovero (RAMAK),

Conhece o Deus de Teu Pai, 132

Mas se …uma pessoa de Israel degrada a virtude da interioridade da Torá e seus


segredos, …em consideração à virtude da exterioridade da Torá, que discute apenas a
parte prática… um causa degradação e declínio da interioridade do mundo, que são os
Filhos de Israel, e intensifica o domínio da exterioridade do mundo – as Nações do
Mundo – sobre eles. Elas irão humilhas e desgraçar os Filhos de Israel. … Então elas
fazem toda a ruína e o hediondo massacre… e o inteiro declínio dos Filhos de Israel é
porque eles abandonaram a interioridade da Torá, degradaram seu mérito, e o tornaram
aparentemente redundante.

–Rav Yehuda Ashlag,

O Livro das Introduções, “Introdução a O Livro do Zohar,” Item 69, p 91

Ai a eles que fazem o espírito do Messias partir e abandonar o mundo, e não ser capaz
de voltar ao mundo. Eles são os que tornam a Torá seca, sem a umidade de
entendimento e conhecimento, dado que eles se confinam a si mesmos à parte prática da
Torá, e não desejam tentar compreender a sabedoria da Cabala, para conhecer e
aprender os segredos da Torá e os sabores dos Mitzvot. Ai para eles, pois com estes atos
eles fazem a pobreza, ruína, saque, matança, e destruição existir no mundo.

–Rav Yehuda Ashlag,

O Livro das Introduções, “Introdução a O Livro do Zohar,” Item 70, p 91

O povo de Israel está dividido em três seitas:

1. População, servos do Criador, que não Me conhecem. Estes trazem o mundo de volta
ao caos, sustentando seus corpos, e destruindo suas almas.

2. Sábios discípulos, que se envolvem na Torá literal, os sábios da literal. Eles


desprezam envolvimento na sabedoria da verdade e dizem que tudo o que há é a Torá e
a literal. Estes são sapientes em fazer o mal, e não sabem como fazer o bem. E muitas
quedas vêm deles; eles não têm Luz na sua Torá.

3. Possuidores da sabedoria da verdade. Estes são chamados “filhos.”


Cabalá Para o Aluno

–Rav Chaim Vital,

Os Escritos do Ari, A Árvore da Vida, Parte Um, “Introdução de Rav Chaim Vital,” 9-
10

Não há dúvida que os que se envolvem apenas no Talmude Babilônio são como cegos
raspando o muro, nas vestes da Torá. Eles não têm olhos para ver os segredos da Torá
que estão escondidos nele.

–Rav Chaim Vital,

Os Escritos do Ari, A Árvore da Vida, Parte Um, “Introdução de Rav Chaim Vital,” 9-
10

Ai ao povo da afronta da Torá. Pois indubitavelmente, quando eles se envolvem apenas


na literal e nas suas histórias, ela veste suas vestimentas de viúva, está coberta com um
saco. E todas as nações dirão para Israel: “O que é vosso Amado mais que outro amado?
Porque é vossa lei mais que nossa lei? Afinal de contas, vossa lei, também, é histórias
do mundano.” Não há maior afronta à Torá que essa.

Logo, ai às pessoas da afronta da Torá. Elas não se envolvem na sabedoria da Cabala,


que honra a Torá, pois elas prolongam o exílio e todas as aflições que estão prestes a vir
ao mundo… E o que farão os tolos de nosso tempo, pois eles são espertos, e felizes com
sua quota, rejubilando no seu trabalho?… Eles não sabem que é por seu medo de
entrarem nela que eles evitam se envolver nela.

Assim, estes morros foram corrompidos; seu coração é uma raiz que carrega fel e
absinto, e a ferrugem da lama veio sobre eles, para negar a sabedoria da verdade. Eles
dizem que tudo o que há na Torá é senão a literal e suas vestes. … Indubitavelmente,
eles não terão qualquer quota do mundo vindouro. … E diz-se sobre eles, “Meus servos
comerão, mas vós estareis esfomeados.”

–Rav Chaim Vital,

Os Escritos do Ari, A Árvore da Vida, Parte Um, “Introdução de Rav Chaim Vital,” 11-
12

Nós aprendemos quantas muitas virtudes um homem inteiro tem sobre tudo o que
existe. E o oposto disso se tornará claro, dado que quando o homem peca, ele já violou a
intenção na sua criação. Não só não será ele considerado inteiro, ele é a menor de todas
Cabalá Para o Aluno

as criaturas, até mais que as bestas e predadores. Como o RAMBAM escreveu,


“Qualquer pessoa que não concretizou a forma humana completa não é considerada
humana, mas uma besta com uma forma humana.” Isto é porque tal uma pessoa tem a
habilidade de criar mal, que outros animais não têm, dado que a mente e o pensamento
que foram preparados para alcançar perfeição serão usados para todos os tipos de
truques para infligir mal. Então, ele é mais baixo que uma besta.

–Rav Shimon Lavi, autor de Ketem Paz (Ouro Fino),

“Homem – Propósito Final da Criação”

Esta é a resposta aos tolos pedantes, com vaidosa sabedoria, que falam contra os que se
envolvem na sabedoria da Cabala e dizem sobre eles que eles a vós das palavras,
todavia não vêem imagem. Ai a eles e a seu infortúnio por sua tolice e libertinagem,
pois eles não lucrarão dela; eles só afastam as pessoas de Deus de subirem à Sua
Sagrada Montanha, dado que até os anjos Acima estão cansados e não alcançam a
própria glória.

E de todo seu anseio, eles esforçam-se para subir acima de seu nível, e eles gritam pelo
caminho dizendo, “com seu amor sê tu encantado perpetuamente,” e isso não será
considerado um erro para eles. Até moradores de casas de barro, cuja fundação está na
poeira, sua luxúria não será considerada um erro, mas apenas louvor e glória e grandeza.
Porque para o que se desvia de buscar a casa do Rei, e volta para conhecer a maneira
que Ele é, isso é considerado piosidade, e ele será considerado recompensado por seu
incomodo pelo Rei.

Esta é a verdade, além qualquer dúvida. E os que orgulhosa e escarnecedoramente


balbuciam sobre os que se envolve nos livros da Cabala estão destinados a pagar o
preço: seus lábios serão selados neste e no próximo. Pois a boca de mentirosos, que se
louvam a si mesmos sobre deuses feitos pelo homem com provas tangíveis, como
aparenta a seus cegos olhos, sem vislumbrar a obra espiritual de Deus, serão
bloqueados. Isto é assim porque Ele é uma alma para ser sentida, e sua folia é punição
suficiente para suas almas.

–Rav Shimon Lavi, autor de Ketem Paz (Ouro Fino),

“Bem e Mal Estão Contidos no Homem”

A coroa da Torá é a sabedoria da Cabala, da qual a maioria do mundo se retira, dizendo


que vós deveis observar o que é permitido e que vós não tereis relações na escondida.
Tu, se tu és digno deste ensinamento, estende a tua mão, segura-o, e não te movas dele.
Cabalá Para o Aluno

Isto é porque o que não provou o sabor desta sabedoria, nunca viu Luzes na sua vida, e
ele está a caminhar no escuro. Ai às pessoas da afronta desta Torá.

Para explicar a medida da transgressão dessas pessoas que previnem os que querem de
estudar a sabedoria da Cabala com seus falsos argumentos… esta pedra de tropeço não
está nas mãos das massas apenas. Em vez disso, a mão dos assistentes e os pedantes
planeiam com motim e peculato. E eles não só relutam o conhecimento da Divindade,
eles até começaram a escarnecer e condenar esta sabedoria. Eles caminham no escuro e
seu nome estará coberto em trevas por lacunar e dizer, “Nossa mão é alta na revelada.
Porque precisamos nós desta sabedoria? Nós ficamos pela Torá literal.”

– Sefer HaBrit (O Livro do Convênio), Parte 2, Artigo 12, Capitulo 5

O que não se envolveu na sabedoria da verdade, o que não quis aprendê-la quando sua
alma quis subir ao Jardim do Éden, é rejeitado de lá com desgraça. … E não sigas o
exemplo dos maiores na Torá na revelada que não se querem envolver nesta sabedoria,
dado que as palavras de nossos sábios no Midrash e em O Zohar são mais verdadeiras
que os maiores nesta geração.

– Sefer HaBrit (O Livro do Convênio), Parte 2, Artigo 12, Capitulo 5

Todo o que se abstêm de estudar Cabala é rejeitado de entre os justos, e perde este
mundo, e não é recompensado com ver a Luz da Vida semblante do Rei.

–Rav Yair Chayim Bacharach,

Havvot Yair (Aldeias de Yair)

Muitos tolos escapam de estudar os segredos do Ari e O Livro do Zohar, que são nossas
vidas. Se meu povo me tivesse atendido no tempo do Messias, quando o mal e heresia
aumentam, eles mergulhariam no estudo de O Livro do Zohar e as Tikkunim e os
escritos do Ari todos os seus dias. Eles revogariam as duras sentenças e estenderiam
abundância e Luz. … A vida do homem Israelita depende de O Livro do Zohar e os
escritos do Ari, de estudar com santidade, alegria, com temor e com amor, cada de
acordo com sua realização e santidade, e todos de Israel são sagrados.

–Rav Yitzhak Yehudah Yehiel de Komarno,

Notzer Hesed (Mantendo Misericórdia), Capitulo 4, Ensinamento 20


Cabalá Para o Aluno

Ele diria sobre esses Chassidim que fazem demasiado alarido, mas apenas com
profundidade e sentimento, que eles são chaminés sem casas – emitindo fumo sem fogo.

–Não Há Nenhum Mais Completo que um Coração Partido (Dizeres do Rav de Kotzk),
p 38

Esta é a panacéia, e abandoná-la causou nossa queda. Esta é a coisa que eu, com minha
carência e amargura de alma, estou acostumado a repetir milhares de vezes. Nós
deixamos a interioridade da Torá. … Pequenas e limitadas pessoas vêm e curam-nos
com remédios para a gripe de todos os tipos, mas deixam de lado a principal poção da
vida.

–O Rav Raiah Kook,

Igrot (Cartas), Vol. 2, 123

Eles são os que fazem a Torá seca, pois eles não desejam mergulhar-se na sabedoria da
Cabala. Ai a eles, pois logo eles causam miséria, ruína, saque, matança, e destruição ao
mundo.

– O Livro do Zohar, Tikkuney Zohar (As Correções do Zohar), Tikkun num. 30

Qualquer um pode alcançar o que lhe é ensinado no ventre de sua mãe. E o que puder
alcançar os segredos da Torá e não tentou alcançá-los é julgado duramente, Deus nos
livre.

–O Vilna Gaon (GRA),

Even Shlemah (Um Perfeito e Justo Peso), Capitulo 24

Agora você pode compreender a aridez e as trevas que caíram sobre nós nesta geração,
tais como nós nunca vimos antes. Isso é porque até os trabalhadores do Criador
abandonaram o estudo dos segredos da Torá.

–Rav Yehuda Ashlag, O Livro das Introduções,

“Introdução a O Livro do Zohar,” Item 57, p 88


Cabalá Para o Aluno

O tolo não tem desejo por sabedoria, mas pelo que aparece no seu coração, que segue a
intoxicação do mundo sórdido. Ele faz pouco em estudar a Torá e mergulhar nos seus
segredos escondidos, dado que isto requer “sabedoria,” para deduzir uma coisa da outra.
E o tolo não tem desejo para labutar para compreender, mas pelo que aparece no seu
coração, isto é por coisas que são vistas por todos, que não requerem esforço para obter.
Na sua pequena mente, ele pensa que ele as irá compreender, embora na verdade, ele
nem sequer alcança isso.

– Interpretações de Cabalistas da Literal, Parte 2,

p 459, RAMAK, Fosca Luz, Capitulo 1

Certamente, quando a sabedoria é deixada nua, palavras abstrusas sem entendimento,


outro mal nasce disso: Grandes sábios deixam-no de parte, dado que é a natureza dos
sábios falar sóbrio entendimento e de conhecer a profundeza dos assuntos, e não
consentir a meras palavras. E quando eles viram que não havia nada nas palavras para
preencher seu desejo, eles disseram, “Porque devemos nós desperdiçar nosso tempo
com o inatingível?”

Outros magoaram ainda mais: Eles não só a repeliram, mas difamaram-na,


considerando-a ingenuidade que as pessoas assumiram, de encontrar obscenas e
inaceitáveis coisas. Além do mais, eles vieram a negar sua essência e negar o Sagrado
Zohar de ser composto por Rashbi (Rabino Shimon Bar-Yochai) e seus amigos. E tudo
isto foi porque as palavras dos sábios eram estranhas a seus olhos, até que eles
consideraram os Tanaaim, as fundações da terra, indignos de atenção.

–O Rav Moshe Chaim Luzzato (O Ramchal),

Shaarey Ramchal (Portões do Ramchal), Introdução ao Artigo, “O Debate,” p 37

Mas há uma treva, que escurece os olhos das pessoas, para as mergulhar na natureza.
Então, eles não mais sabem que o Criador é o Alto Líder, que move tudo, mas atribuem-
no à sorte. Este é o significado de “que preparais uma mesa para a Fortuna” (Isaías
65:11). Apesar disso, eles constroem todos seus pensamentos e decisões de acordo com
a natureza.

Também, há vários ensinamentos externos seguindo esta natureza, e todos eles


mergulham as pessoas do mundo nestas noções. Isto as remove de conhecer a
Orientação Interna.
Cabalá Para o Aluno

Nas últimas gerações, as questões vieram à Torá sendo esquecida de Israel, e nenhum
verdadeiramente compreende a Orientação, mas todos seguem ganância. Eu desejo dizer
que até se eles não admitirem cometer pecados reais, eles são como bestas carregando
sua carga. E esta regra é a escuridão que não permite ver onde está a raiz da Orientação.

–O Rav Moshe Chaim Luzzato (O Ramchal),

Adir BaMarom(O Poderoso no Alto), p 459

Esta é a razão porque Rabino Shimon Bar-Yochai tanto chorou sobre ela, e chamou aos
que se envolvem na Torá literal que eles estão adormecidos, pois eles não abrem seus
olhos para ver o amor que o Criador os ama, como se eles fossem, Deus nos livre,
ingratos para Ele. Além do mais, eles não querem ver e não conhecem o caminho da
santidade e a Dvekut (adesão) com Ele de todo.

Mas a Torá comanda e diz, “Apegai-vos a Ele” (Deuteronômio 10:20). E ainda embora
eles a interpretem relativamente a se apegar a um sábio discípulo, no fim, um texto não
estende seu sentido literal.

Na verdade, Israel deve se apegar a Ele com completa Dvekut (adesão), de conhecer
Seus caminhos especiais de acordo com a Sua santidade, e de caminhá-los. Assim, eles
disseram, “O Cântico dos Cânticos, o Santo dos Santos” (Midrash Rabba, Cântico dos
Cânticos). Isto é porque ele é fundado nesta mesma questão, e ele interpreta este amor e
todos os esforços que o Criador está a fazer para se agarrar com Sua santidade em
Israel, ao passo que Israel devem corresponder com um anseio por Ele, a genuinamente
se apegarem.

E isto, infelizmente, é o produto do exílio – Israel esqueceram este caminho, e eles


permanecem adormecidos, mergulhados no seu sono, absorto a isso. Mas a Torá está
vestida em luto por seu apuro, e nós estamos no escuro, como os mortos, virtualmente
como cegos arranhando o muro. Louvor não é gracioso para os justos percorrerem neste
caminho. Em vez disso, é ao contrário, de abrir olhos cegos e ver o amor de Deus, e
conhecer Santidade e seus caminhos, e ser verdadeiramente santificado nela.

–O Rav Moshe Chaim Luzzato (O Ramchal),

Shaarey Ramchal (Portões do Ramchal), “O Debate,” p 97


Cabalá Para o Aluno

Uma Oração Antes da Oração


Que seja do Teu agrado, Senhor, Deus dos nossos pais, que ouve o clamor dos apelos e
ouve a voz das orações do Teu povo, Israel, com misericórdia, preparar os nossos
corações, criar os nossos pensamentos e enviar as nossas orações nas nossas bocas.
Empresta o Teu ouvido à voz da oração dos Teus servos, que rezam a Ti com clamor e
um espírito quebrado.

Tu, Deus misericordioso, com a Tua grande misericórdia e benevolência, perdoa,


desculpa, e expia por nós e por todo o Teu povo, Casa de Israel, tudo o que temos
pecado, pervertido, condenado e transgredido diante de Ti.

É sabido por Ti que não é, de todo, com rebelião e engano que Te temos desafiado, e as
palavras da Tua lei e os Teus Mandamentos. Pelo contrário, é a perpétua, incansável,
inclinação ardente dentro de nós que nos leva à luxúria deste modesto mundo e suas
vaidades. Desorienta constantemente as nossas mentes, mesmo quando queremos rezar
perante Ti e suplicar pelas nossas almas. Vez após vez, confunde os nossos
pensamentos com os seus estratagemas. E não conseguimos levar a melhor sobre isso,
porque as nossas mentes e razões têm crescido de forma tão fraca que a força para
resistir secou, devido aos problemas, às dificuldades e à passagem do tempo.

Portanto, Tu, ó Deus Misericordioso e Clemente, faz por nós como Tu prometeste
através do Teu crente: "E Eu serei gracioso a quem Eu for gracioso, e mostrarei
misericórdia a quem Eu mostrar misericórdia." Os nossos sábios disseram: "Embora não
seja decente e não seja digno", pois este é o Teu caminho: ser bom para os maus e para
os bons. Os nossos suspiros, a nossa tristeza e as nossas conversas sobre a nossa
incapacidade de nos aproximarmos mais do Teu trabalho, para verdadeiramente nos
unirmos a Ti, são todos conhecidos por ti. Ai das nossas almas, de fato, ai de nós.

Pai Nosso no Céu, desperta agora a Tua grande e graciosa misericórdia sobre nós, bane
e arranca a nossa má inclinação de dentro de nós, e repreende-a de forma a que nos
deixe e não nos distraia do Teu trabalho. Não deixes nenhum pensamento mau crescer
nos nossos corações, quando estamos acordados e no sonho noturno também, e
especialmente quando estamos em oração perante Ti ou quando estudamos a Tua lei. E
enquanto nos envolvemos nos Teus mandamentos, permite que os nossos pensamentos
sejam verdadeiramente claros, lúcidos, sólidos e tão fortes quanto a Tua boa vontade
para conosco.

Desperta os nossos corações e os corações de todos os de Israel, o Teu povo, para


unirmo-nos Contigo verdadeiramente e com amor, para sinceramente Te servirmos,
como agrada o Teu Trono. E fixa a Tua Fé nos nossos corações para todo o sempre, e
deixa a Tua Fé ficar presa aos nossos corações como uma estaca que não cairá, e
remove todas as telas que nos separam de Ti.

Pai Nosso no Céu, salva-nos de todas as falhas e erros, não nos deixes, não nos
abandones e não nos envergonhes. Está presente nas nossas bocas quando falamos, nas
Cabalá Para o Aluno

nossas mãos quando trabalhamos e no nosso coração quando pensamos. Concedei-nos,


Pai Nosso no Céu, Deus Misericordioso, dedicarmos os nossos corações, os nossos
pensamentos, as nossas palavras e as nossas ações, e todos os nossos movimentos e
sentimentos, os que conhecemos e os que não conhecemos, os revelados e os ocultos, a
Ti somente, sinceramente, sem qualquer pensamento malicioso.

Purifica os nossos corações e santifica-nos; verte sobre nós água pura e purifica-nos
com o Teu amor e compaixão, e planta o Teu amor e temor nos nossos corações para
sempre, sem fim, em todos os momentos e em todos os lugares: quando caminhamos,
quando nos deitamos, e quando nos elevamos. E permite que o espírito da Tua
Santidade arda sempre dentro de nós.

Nós contamos sempre Contigo, com a Tua grandeza, o Teu amor, o medo de Ti, a Tua
Lei, escrita e oral, revelada e oculta, e os Teus Mandamentos, para nos unirmos com o
Teu Poderoso e Terrífico Nome. E protege-nos de enviesamento, orgulho, raiva e
pedantismo, tristeza, bisbilhotice e outros vícios, e de tudo o que diminui o Teu Sagrado
e Puro Trabalho, que tanto cuidamos.

Transmite-nos o espírito da Tua Santidade para que consigamos abrir caminho até Ti e
ansiar por Ti sempre, cada vez mais e mais. E eleva-nos de grau para grau, para que
possamos chegar ao mérito dos nossos santos pais: Abraão, Isaac e Jacó. Que a sua
virtude nos ajude e Tu ouvirás a voz das nossas orações, pelo que obteremos sempre
resposta quando rezarmos a Ti, por nós ou por qualquer um do Teu povo, Israel, um ou
muitos.

Alegra-Te e tem orgulho de nós, e daremos frutos Acima e raízes abaixo. E não
recordes os nossos pecados, especialmente os pecados da nossa juventude, como o rei
David disse: "Não recordes os pecados da minha juventude, nem as minhas
transgressões." Transforma as nossas transgressões e pecados em méritos, e revela
dentro de nós (a partir do mundo do arrependimento) pensamentos sinceros de regresso
a Ti, para corrigirmos o que temos manchado nos Teus Sagrados e Puros Nomes.

Salva-nos da inveja entre nós, e não deixes que a inveja por outros entre nos nossos
corações, nem a inveja de outros por nós. Antes, deixa que os nossos corações vejam as
virtudes dos nossos amigos, e não as suas falhas. E deixa que falemos uns com os outros
de uma forma que seja decente e digna perante Ti, e não permitas que qualquer ódio de
um por outro se desenvolva, Deus nos livre.

Fortalece os nossos laços de amor por Ti, conhecidos que são por Ti, que tudo será para
trazer-Te contentamento. Este é o nosso objetivo principal. E caso não tenhamos a
sagacidade de apontarmos os nossos corações para Ti, Tu ensinar-nos-ás, para que
possamos realmente conhecer o objetivo da Tua boa vontade.

E por tudo isso, Deus Misericordioso e Clemente, rezamos perante Ti para que aceites
as nossas orações com misericórdia e boa vontade. Amem, que assim seja.
Cabalá Para o Aluno

REALIZAÇÃO ESPIRITUAL

Divindade Em Exílio

Está escrito, “Não há nada além D’Ele.” Isto significa que não há outra força no mundo
que tenha a habilidade de fazer o que quer que seja contra Ele. E o que vê, que há coisas
no mundo que negam a Casa Superior, a razão é que esta é a Sua vontade.

E é considerada uma correção, chamada “a esquerda rejeita e a direita atrai,” quer isto
dizer que o que a esquerda rejeita é considerado correção. Isto significa que há coisas no
mundo, que, para começar, têm por objetivo desviar uma pessoa do caminho certo,
através delas ela é rejeitada da Santidade.

E o benefício das rejeições é que através delas a pessoa recebe uma necessidade e um
desejo completo pelo Criador para que a ajude, uma vez que ela vê que de outra forma
está perdida. Não só não faz progressos no seu trabalho, mas vê que retrocede, isto é,
falta-lhe a força para observar a Torá e Mitzvot mesmo em Lo Lishma (não em Seu
Nome). Que apenas ultrapassando genuinamente todos os obstáculos, acima da razão,
pode ela observar a Torá e Mitzvot. Mas ela não tem sempre a força para ultrapassar
acima da razão; caso contrário, ela é forçada a desviar-se, Deus proíba, do caminho do
Criador, mesmo em Lo Lishma.

E ela, que sempre sente que o estilhaçado é maior que o todo, ou seja que há mais
quedas que ascensões, e não vê um fim para esses estados, e permanecerá para sempre
fora da santidade, pois ela vê que é difícil para ela observar mesmo tão pouco quanto
uma gota, a não ser ultrapassando acima da razão. Mas ela nem sempre é capaz de
ultrapassar, e o que será dela?

Então ela chega à decisão que ninguém a pode ajudar a não ser o Próprio Criador. Isto
faz com que faça um pedido sentido para que o Criador abra os seus olhos e coração, e a
traga verdadeiramente para perto da adesão eterna com o Criador. Segue-se então, que
todas as rejeições que tinha experimentado vieram do Criador.

Isto significa que não foi por ela estar em falta, que não teve a capacidade de
ultrapassar, que ela teve essas rejeições. Em vez disso, para aquelas pessoas que querem
Cabalá Para o Aluno

realmente aproximar-se do Criador, e por isso não se conformam com pouco, isto é,
permanecer como crianças insensíveis, é-lhe por isso dada ajuda de Cima, de forma que
não lhe seja possível dizer, “Graças a Deus, eu tenho a Torá e Mitzvot e boas ações, e
que mais preciso?

E apenas se essa pessoa tem um desejo verdadeiro receberá ela ajuda de Cima. E é-lhe
mostrada constantemente que está em falta no seu presente estado. Nomeadamente, são-
lhe enviados pensamentos e opiniões, que são contra o trabalho. Com isto pretende-se
que veja que não é um com o Senhor. E por muito que ultrapasse, vê sempre que está
mais longe da santidade que os outros, que sentem que são um com o Criador.

Mas ela, por outro lado, tem sempre queixas e exigências, e não consegue justificar o
comportamento do Criador, e como Ele se comporta em relação a ela. Isto a faz sofrer.
Porque é que não é ela um com o Criador? Por fim, chega a sentir que não faz parte da
santidade ou que se pareça.

Embora ela ocasionalmente receba um despertar de Cima, que momentaneamente a


revive, mas pouco depois, cai no lugar da baixeza. Contudo, é isto que faz com que ela
venha a perceber que apenas Deus pode ajudá-la e trazê-la realmente para perto.

Deve sempre tentar e ir por um caminho de se apegar a Ele; nomeadamente, que todos
os seus pensamentos sejam sobre Ele. Isto é, que mesmo que esteja no pior estado, do
qual não pode haver maior declínio, ela não deve deixar o Seu domínio, nomeadamente,
que há outra autoridade que a impede de entrar na santidade, e pode trazer benefício ou
sofrimento.

Isto é, não deve pensar que existe a força do Sitra Achra (Outro Lado), que não deixa
uma pessoa fazer boas ações e seguir os caminhos do Criador. Em vez disso, tudo é
feito pelo Criador.

É como o Baal Shem Tov disse que aquele que diz que há outra força no mundo,
nomeadamente Klipot (cascas), essa pessoa está num estado de “servir outros deuses.”
Não é necessariamente o pensamento de heresia que é a infração, mas se ela pensa que
existe outra autoridade e força para além do Criador, com isso ela está a cometer um
pecado.

Para além disso, aquele que diz que o homem tem a sua própria autoridade, isto é, ele
diz que ontem ele próprio não quis seguir os caminhos do Criador, isso também, é
considerado cometer o pecado da heresia, ou seja que ele não acredita que apenas o
Criador é o governador do mundo.

Mas quando tenha cometido um pecado, deve certamente arrepender-se e sentir culpa
por tê-lo cometido. Mas aqui também devemos colocar a dor e o remorso na ordem
Cabalá Para o Aluno

correta: onde coloca ele a causa do pecado? Pois esse é o ponto que deve ser
arrependido.

Então deve ter remorso e dizer: “Eu cometi aquele pecado porque o Criador me
arremessou da santidade a um local de imundice, para o lavatório, o local da sujidade.”
Isto para dizer, que o Criador lhe deu o desejo e vontade de se divertir e respirar ar num
local fétido.

(E pode dizer que está escrito em livros, que por vezes vem encarnada como porco.
Devemos interpretar isso, como ele diz, que uma pessoa recebe um desejo e vontade de
adquirir vida de coisas que já tinha determinado serem lixo. Mas quer agora receber
alimento delas novamente).

Também, quando sente que agora está num estado de ascensão, e sente algum bom
sabor no trabalho, não deve dizer: “Agora estou num estado em que percebo que vale a
pena adorar o Criador.” Deve, em vez, saber que agora foi favorecido pelo Criador,
então o Criador trouxe-o, para mais perto, e por essa razão ele agora sente bom sabor no
trabalho. E deve ter cuidado de nunca deixar o domínio da Santidade, e dizer que existe
outro que opera para além do Criador.

(Mas isto significa que o fato de ser favorecido pelo Criador, ou o oposto, não depende
do próprio individuo, mas apenas do Criador. E o homem, com a sua mente externa, não
consegue compreender porque agora o Criador o favoreceu e posteriormente não.)

Da mesma forma, quando se arrepende que o Criador não o aproxima, deve também ser
cuidadoso para que o remorso não seja consigo próprio, no sentido em que ele está
distante do Criador. Isto é porque com isso, ele se torna um receptor para seu próprio
benefício, e aquele que recebe é separado do Criador. Deve antes estar arrependido do
exílio da Shechina (Divindade), no sentido em que é ele que causa o pesar da
Divindade.

Deve imaginar que é como se um pequeno órgão da pessoa está dorido.


Independentemente, a dor é sentida em primeiro lugar na mente e no coração. O coração
e a mente, que são o todo do homem. E certamente, a sensação de um único órgão não
se assemelha à sensação do corpo inteiro da pessoa, onde maior parte da dor é sentida.

De forma semelhante é a dor que uma pessoa sente quando está afastada do Criador.
Isto é porque o homem é apenas um único órgão da Sagrada Shechina, pois a Sagrada
Shechina é a alma comum de Israel. Então, a sensação de um único órgão não se
assemelha à sensação da dor coletiva. Isto quer dizer que há pesar na Shechina quando
os órgãos estão separados dela, e ela não pode cuidar de seus órgãos.

(E talvez este seja o significado do verso: “Quando uma pessoa se arrepende, o que diz
Cabalá Para o Aluno

a Shechina? ‘É mais leve que a minha cabeça.’”). Ao não relacionar o pesar da distância
a si mesmo, é poupado de cair na armadilha do desejo de receber para si mesmo, que é
considerado separação da santidade.

O mesmo se aplica quando sente alguma proximidade da santidade, quando ele sente
alegria ao ter sido favorecido pelo Criador. Então, também, deve dizer que a sua alegria
é principalmente porque agora há alegria Acima, na Sagrada Shechina, porque ela foi
capaz de trazer o seu órgão privado para perto dela, e não ter de enviar o seu órgão para
longe.

E deriva alegria por ter sido recompensado por agradar à Shechina. Isto está de acordo
com os cálculos acima que quando há alegria para a parte, é apenas uma parte da alegria
do todo. Através destes cálculos ele perde a sua individualidade e evita ser apanhado
pelo rede do Sitra Achra, que é a vontade de receber para o seu próprio benefício.

No entanto, a vontade de receber é necessária, uma vez que isto é o todo do homem,
uma vez que qualquer coisa que existe numa pessoa além do desejo de receber não
pertence à criatura, mas atribuímo-la ao Criador, a vontade de receber prazer deve ser
corrigida para ser com o intuito de dar.

Nomeadamente, o prazer e a alegria que a vontade de receber colhe deve ser com a
intenção de que há contentamento Acima quando as criaturas sentem prazer, pois este
foi o propósito da criação – de beneficiar as Suas criações. E isto é chamado de alegria
da Shechina Acima.

Por esta razão, deve procurar conselho em como pode trazer contentamento Acima. E
certamente, se recebe prazer, contentamento será sentido Acima. Por isso, ele anseia
estar sempre no palácio do Rei, e ter a habilidade de brincar com os tesouros do Rei. E
isso certamente irá trazer contentamento Acima. Segue-se que todo o seu anseio deve
ser apenas pelo Criador.
Cabalá Para o Aluno

A Razão do Peso no Trabalho


Devemos saber a razão pelo peso sentido quando deseja trabalhar para anular o seu "eu"
perante o Criador, e não se preocupar pelo seu próprio interesse. Chega a um estado
como se todo o mundo permanecesse imóvel, e só está agora aparentemente ausente
deste mundo, e deixa a sua família e amigos pelo bem de se anular perante o Criador.

Há apenas uma simples razão para isto, chamada "falta de fé." Isto significa que não vê
perante quem se anula, isto é ele não sente a existência do Criador, e isto causa-lhe
peso.

Contudo, quando começa a sentir a existência do Criador, a sua alma imediatamente


anseia ser anulada e ligada à raiz, ser contida nela como uma vela numa tocha, sem
qualquer mente ou razão. Todavia, isto vem a si naturalmente, como uma vela é anulada
perante uma tocha.

Desta forma segue-se que a essência do seu trabalho é apenas chegar à sensação da
existência do Criador, de sentir a existência do Criador, que "toda a terra está cheia de
Sua glória." Isto será o seu trabalho inteiro, ou seja todo o vigor que ele coloca no
trabalho será apenas para alcançar isso, e não quaisquer outras coisas.

Não deve ser induzido a ter de adquirir qualquer outra coisa. Em vez, há apenas uma
coisa que uma pessoa precisa, nomeadamente fé no Criador. Ela não deve pensar em
nada, isto é que a única recompensa que ela quer pelo seu trabalho deve ser o ser
recompensada com fé no Criador.

Devemos saber que não há diferença entre uma pequena iluminação e uma maior, que
uma pessoa alcança. Isto é porque não há mudanças na Luz. Em vez, todas as mudanças
são nos recipientes que recebem a abundância, como está escrito, "Eu o Senhor não
mudo." Então, se puder ampliar os seus recipientes, a essa extensão amplia a
luminescência.

Porém, a questão é, "Com o que se pode ampliar os seus recipientes?" A resposta é, "À
extensão que louva e dá graças ao Criador por O ter trazido para perto D'Ele, para que O
sentisse um pouco e pensasse na importância da coisa, isto é que foi recompensado em
ter alguma ligação com o Criador."

Tal como é a medida da importância que imagina para si mesmo, assim cresce a medida
de luminescência nele. Deve saber que nunca irá chegar a saber a verdadeira medida da
importância da ligação entre o homem e o Criador, porque não consegue avaliar o seu
verdadeiro valor. Em vez disso, à extensão que a aprecia, alcança o seu mérito e
importância. Há um poder nisso, dado que então pode ser recompensado ao ter esta
iluminação permanentemente.
Cabalá Para o Aluno

Lishma É Um Despertar de Cima

Para alcançar Lishma , não está em nossas mãos entender,como também não é para a
mente humana entender como estas coisas podem ser neste mundo..Isto é assim pois só
nos é permitido entender quando uma pessoa se dedica ao Torá e aos Mitzvot, assim ela
entenderá alguma coisa. Deve haver gratificação pessoal lá, caso contrário ninguém
consegue fazer nada.

Ao contrário, Lishma é uma iluminação quem vem de Cima, e somente quem a prova
pode conhecer e entender. Está escrito sobre isso: “Prove e veja como o Senhor é bom”.

Sendo assim devemos entender porque precisamos buscar conselhos em como alcançar
Lishma. Mas, nenhum conselho ajuda e se Deus não lhe dá outra natureza, chamada
“Desejo de Doar”, não há trabalho que a ajude a conseguir o Lishma.

A resposta é, como nossos sábios disseram (Avot, 2:21) ”Não é para você completar o
trabalho, e você não está livre para deixá-lo.” Isto significa que devemos despertar de
baixo, desde que isso é considerado como prece.

Uma prece é considerada uma deficiência e sem deficiência não há satisfação. Assim,
quando uma pessoa tem necessidade de Lishma, a satisfação vem de Cima, significando
que a pessoa recebe a satisfação para suas necessidades. Segue-se que o trabalho da
pessoa é necessário para receber Lishma do Criador somente na forma de falta e um Kli
(vaso). Ainda, a pessoa nunca pode conseguir a satisfação sozinha: seria mais um
presente de Deus.

No entanto a prece deve ser uma prece completa, ou seja, do fundo do coração.
Significa que a pessoa sabe cem por cento que não há ninguém no mundo que pode
ajudá-lo a não ser o Criador.

Agora, como a pessoa sabe que não há ninguém mais para ajudá-la a não ser o Criador?
A pessoa pode adquirir esta consciência precisamente quando esgotou todos os poderes
à sua disposição e nada o ajudou. Então, a pessoa deve fazer tudo o que é possível no
mundo para alcançar “para o Criador”. Então, a pessoa pode fazer sua prece do fundo
do coração, assim o Criador ouve sua prece.

Entretanto, a pessoa deve saber,quando se esforça para conseguir o Lishma , quando


trás para si querer trabalhar inteiramente para doar, completamente, significando,
apenas para doar e não receber nada. Somente então a pessoa começa a ver que os
órgãos não concordam com a idéia.

Daí a pessoa chega a um claro entendimento de que não há outro conselho a não ser
despejar sua reclamação ao Senhor para que o ajude para que o corpo concorde em
escravizar-se incondicionalmente ao Criador, quando se dá conta de que não pode
persuadir seu corpo a anular-se completamente. Acontece que precisamente quando a
Cabalá Para o Aluno

pessoa vê que não há razão para ter esperança de que seu corpo concorde em trabalhar
para o Criador, por si próprio, a prece da pessoa pode ser do fundo do coração, e depois
sua prece é aceita.

Devemos saber que ao alcançar Lishma colocamos nossa inclinação para o mal à morte.
A inclinação para o mal é o desejo de receber, e adquirindo o desejo de doar cancela o
desejo de receber de ser capaz de fazer qualquer coisa. Isto é considerado colocá-lo à
morte. Desde que removido de seu escritório e já que não tem nada a fazer pois não está
mais em uso,quando lhe foi revogada a função, isto é considerado colocá-lo à morte.

Quando contemplamos “Que lucro o homem terá de seu trabalho enquanto trabalha sob
o sol”,vemos que não é tão difícil escravizar-se ao Seu Nome, por duas razões:

1. De qualquer maneira, querendo ou não, temos que trabalhar neste mundo, e o que
nos resta dos esforços que fazemos?

2. Entretanto, ao trabalharmos Lishma recebemos prazer durante o trabalho em si,


também.

De acordo com o provérbio de Sayer de Dubna, que falou sobre o verso, who spoke
about the verse, “thou hast not called upon Me, O Jacob, neither hast thou wearied
thyself about Me, O Israel.” Ele disse que isso é como um homem rico que partiu de
treme tinha uma mala pequena. Ele a colocou no lugar onde todos os negociantes
colocavam suas bagagens para que os carregadores as levassem para o hotel onde os
negociantes ficavam. O carregador pensou que o negociante tinha certamente levaria a
mala pequena ele próprio, já que não é necessário um carregador para isso, então levou
a mala maior.

O negociante quis pagar uma pequena taxa ao carregador, como sempre o fez , mas o
carregador não aceitou. Ele disse: “eu trouxe para o hotel uma mala grande; ela me
cansou e eu nem apanhei a sua mala, e você quer me pagar tão pouco por isso?”

A lição é que quando uma pessoa vem e diz que se esforçou muito para manter o Torá e
Mitzvot, o Criador lhe responde “mas não Me convidaram, Ó Jacó”. Em outras
palavras, não foi minha bagagem que você carregou, mas a bagagem de outra pessoa.
Como a pessoa diz que se esforçou muito no Torá e Mitzvot, deve ter tido um outro
senhor para o qual trabalhou, então a pessoa deve ir até ele para receber seu pagamento.

Isto é o que significa “nem tu te has cansado de mim, ó Israel.” O que significa que
aquele que trabalha para o Criador não tem trabalho, pelo contrário, tem prazer e estado
de espírito elevado.

Entretanto, aquele que trabalha por outro propósito não pode chegar ao Criador com
reclamações de que o Criador não lhe dá vitalidade no trabalho, já que a pessoa não
trabalha para o Criador, para o Senhor lhe pagar pelo trabalho. Ao invés disso, a pessoa
Cabalá Para o Aluno

deve reclamar às pessoas para as quais trabalhou para que estas lhe administrem prazer
e vitalidade.

E como há muitos propósitos em Lo Lishma, a pessoa deve exigir do objetivo pelo qual
trabalhou, que lhe de a recompensa: prazer e vitalidade. É dito sobre elas, “Aqueles que
as fazem sejam iguais a elas; de fato, que cada um confia nelas”.

No entanto, de acordo com isso, é desconcertante. Afinal de contas, vemos que, mesmo
quando uma pessoa toma para si o fardo do Reino dos Céus, sem qualquer outra
intenção, ela ainda não se sente alguma vivacidade, para dizer que esta vivacidade
obriga-a a tomar sobre si o fardo do Reino dos Céus. E a razão é que tomar sobre si este
encargo é somente por causa da fé acima razão.

Em outras palavras, a pessoa o faz por coerção , sem desejo de fazê-lo. Então, podemos
perguntar:porque sentimos esforço neste trabalho, com o corpo constantemente
buscando a hora de se livrar deste trabalho, já que não sentimos vitalidade no trabalho?
De acordo com o acima mencionado, quando trabalhamos modestamente, com o único
propósito de doar, porque o Criador não lhe dá gosto e vitalidade no trabalho?

A resposta é que temos de saber que este assunto é uma grande correção. Se não fosse
por isso,ou seja se a Luz e a vitalidade acontecessem instantaneamente quando se toma
para si o fardo do Reino dos Céus , a pessoa teria vitalidade no trabalho. Em outras
palavras, a vontade de receber, também, teria concordado com a realização deste
trabalho.

Neste estado a pessoa iria certamente concordar, porque ela quer saciar seu desejo,
significando que ela iria trabalhar para seu benefício próprio. Se fosse o caso, jamais
teria sido possível atingir Lishma.

Isto é assim porque a pessoa seria compelida a fazer um trabalho para o seu próprio
benefício, já que sentiria um maior prazer na obra de Deus do que em desejos corpóreo.
Assim, a pessoa teria que permanecer no Lo Lishma , pois assim ele teria tido a
satisfação no trabalho. Onde não há satisfação, não podemos fazer nada, pois sem lucro,
não se pode trabalhar.Daqui decorre que, se recebeu uma satisfação, neste trabalho de
Lo Lishma, a pessoa teria que permanecer nesse estado.

Isto seria semelhante ao que as pessoas dizem que, quando há pessoas que perseguem
um ladrão para pegá-lo, o ladrão, também, corre e grita: "pega o ladrão." Então, é
impossível reconhecer quem é o verdadeiro ladrão, do modo pegar o ladrão e o roubo de
suas mãos.

No entanto, quando o ladrão, ou seja, a vontade de receber, não sente qualquer gosto e
vivacidade no trabalho de aceitar o fardo do Reino dos Céus, se neste caso a pessoa
trabalha com fé acima da razão, coercivamente, e o corpo se torna habituado a esse
Cabalá Para o Aluno

trabalho contra a vontade do desejo de receber, então a pessoa tem os meios pelos quais
chegar a um trabalho que vai ter como propósito levar contentamento ao Criador.

Isto é assim porque a principal exigência é a de uma pessoa chegue a Dvekut


(aderência), com o Criador através do trabalho, que é interpretado como equivalência de
forma, onde todas as ações são feitas com a finalidade de doar.

É como o versículo diz: "Então tu deverás deliciar-te no Senhor." O significado de


"Então," é a primeira, no início do trabalho, a pessoa não tem prazer. Em vez disso, foi
um trabalho coercivo.

Mas depois, quando a pessoa já se acostumou ao trabalho a fim de doar, e não se


examina para saber se ela se sente bem no trabalho, mas, acredita está trabalhando para
trazer contentamento ao Criador, a pessoa deve acreditar que o Criador aceita o trabalho
dos inferiores, independentemente de como e quanto é a forma de trabalhar. Em tudo, o
Criador analisa a intenção, e isto traz contentamento ao Criador. Então é dito, "Então tu
deverás deliciar-te no Senhor." Mesmo durante o trabalho para Deus a pessoa vai sentir
prazer e deleite, pois agora realmente ela faz um trabalho para o Criador, porque o
esforço que ela fez durante o trabalho coercivo a qualifica pessoa para trabalhar para o
Criador. É então você encontrará, também, que o prazer que a pessoa recebe se
relaciona com o Criador, significando especificamente para o Criador.
Cabalá Para o Aluno

Apoio na Torá

Quando uma pessoa está a estudar Torá e quer que todas as suas ações sejam em
prol de dar, precisa de tentar sempre ter apoio na Torá. Apoio é considerado
nutrições, que são amor, temor, elação, e refrescamento. E deve extrair tudo isso
da Torá. Por outras palavras, a Torá deve lhe dar estes resultados.

Contudo, quando estuda Torá e não tem estes resultados, não é considerado
Torá. Isto é porque a Torá se refere à Luz revestida na Torá, como nossos sábios
disseram, "Eu criei a inclinação do mal, Eu criei a Torá como especiaria." Isto
refere-se à Luz na Torá, dado que a Luz nela a corrige.

Devemos também saber que a Torá está dividida em dois discernimentos: 1-


Torá, 2-Mitzva. Na verdade, é impossível compreender estes dois
discernimentos antes de ser recompensado com o trilhar o caminho do Criador,
por meio de "O conselho do Senhor está com os que O temem." Isto é assim pois
quando um está no estado de preparação para entrar no Palácio do Senhor, é
impossível compreender o Caminho da Verdade.

Todavia, é possível dar um exemplo, que até uma pessoa no período de


preparação pode de alguma forma compreender. Está escrito (Sutah 21),
“Rabino Yosef disse, ‘Um Mitzva protege e salva enquanto praticado, etc. A
Torá protege e salva tanto quando praticada e quando não praticada. ”

“Quando praticada” significa quando um tem alguma Luz. Pode usar esta Luz
que este obteve apenas enquanto a Luz ainda se encontra nele, pois agora ele
está em alegria, dado que a Luz brilha para ele. Isto é discernido como um
Mitzva, isto é que ele não foi recompensado com a Torá, mas elicia uma vida de
Kedusha (santidade) da Luz.

Isto não é assim com a Torá: quando alcança certo caminho no trabalho, este
pode usar o caminho que alcançou mesmo quando não o praticando, isto é,
quando não se empenha nele, ou seja, mesmo quando ainda não tem a Luz. Isto é
assim pois apenas a luminescência o abandonou.

Ainda, este deve também saber que quando praticado, um Mitzva é maior que a
Torá quando não praticada. "Quando praticada" significa que agora ele recebe a
Luz, que é chamada "praticada," quando este recebe a Luz nela.

Consequentemente, enquanto que este tem a Luz, um Mitzva é mais importante


que a Torá quando ele não tem Luz, quando não há vivacidade da Torá. Por
outro lado, a Torá é importante pois pode usar o caminho que este adquiriu na
Torá. Contudo, é sem vitalidade, chamada "Luz." E numa altura de se empenhar
Cabalá Para o Aluno

num Mitzva, um recebe vitalidade, chamada "Luz." Neste respeito, um Mitzva é


mais importante que a Torá.

Então, quando um não tem nutrição, é considerado "mau." Isto é porque agora
não pode dizer que o Criador governa o mundo numa conduta de "Bom que Faz
o Bem." É considerado que ele é mau dado que ele condena o seu Criador, pois
agora este sente que não tem vitalidade, e não tem nada com que estar alegre
para que possa dizer que agora ele está grato pelo Criador, por dar sobre ele
deleite e prazer.

Um não pode dizer que este acredita que o Criador governa a Sua Providência
com os outros benevolentemente, dado que compreendemos o caminho da Torá
como uma sensação nos órgãos. Se não sente deleite e prazer, o que lhe serve
que outra pessoa esteja a experimentar sensações de deleite e prazer?

Se este tivesse verdadeiramente acreditado que Providência é revelada como


benevolência ao seu amigo, que o acreditar lhe devia ter trazido deleite e prazer
de acreditar que o Criador governa o mundo numa orientação de deleite e prazer.
E se isto não lhe trás vivacidade e alegria, qual é o beneficio em dizer que o
Criador verdadeiramente cuida do seu amigo com uma orientação de
benevolência?

O mais importante é o que sente no seu próprio corpo - seja bom ou mau. Um
desfruta do prazer do seu amigo apenas se ele desfrutar o beneficio do seu
amigo. Por outras palavras, aprendemos apenas pela sensação do corpo,
independentemente das razões. O que é mais importante é apenas se um se sente
bem.

Nesse estado, diz que o Criador é "bom e faz o bem." Se um se sente mal, não
pode dizer que o Criador se comporta para ele na forma do bom que faz o bem.
Então, precisamente se desfrutar da felicidade do seu amigo, e receber ânimo e
alegria disso, então este pode dizer que o Criador é um bom governante. Se um
não tem alegria, ele sente-se mal. Então, como pode ele dizer que o Criador é
benevolente?

Desta forma, se segue ao estado em que se encontra. Se um não tem qualquer


vivacidade ou alegria, este está num estado de não ter amor pelo Criador,
qualquer habilidade de justificar o seu Criador, e nenhuma alegria, como seria
adequado para um que serve um grande e importante rei.

E devemos saber que a Luz Superior está num estado de completo repouso. E
qualquer expansão dos Nomes Sagrados ocorrem pelos inferiores. Por outras
palavras, todos os nomes que a Luz Superior tem, vêm da realização dos
Cabalá Para o Aluno

inferiores. Isto significa que a Luz Superior é chamada de acordo com a suas
realizações. Colocando-o de modo diferente, dá nomes à Luz de acordo com a
maneira como a alcança, de acordo com a sua sensação.

Se um não sente que o Criador lhe dá tudo, que nome pode ele dar ao Criador se
ele não recebe uma coisa D'Ele? Em vez, quando um acredita no Criador, todo e
cada estado que este sente, ele diz que vem do Criador. E de acordo com o seu
sentimento, nomeia o Criador.

Então, se um se sente bem no estado em que se encontra, ele diz que o Criador é
chamado "Benevolente," dado que isso é o que ele sente - que ele recebe
bondade D'Ele. Nesse estado, um é chamado Tzadik (Justo), dado que ele
Matzdik (justifica) o seu Criador.

E se sente mal no estado em que se encontra, ele não pode dizer que o Criador
lhe envia o bem. Desta forma, nesse estado é chamado Rasha (Mau), dado que
ele Marshia (Condena) o seu Criador.

Contudo, não há tal coisa como intermédio, quando diz que se sente tanto bem e
mal no seu estado. Em vez disso, um esta ou feliz ou infeliz.

Os nossos sábios escreveram (Berachot 61), “O mundo não foi criado…mas


para os completos cruéis, ou para os completos justos.” Isto é assim pois não há
tal coisa como sentir bem e mal simultaneamente.

Quando os nossos sábios dizem que não há intermédio, significa que com as
criaturas, que têm um discernimento de tempo, você pode dizer "intermédio"
sobre dois tempos, um depois do outro, pois aprendemos que há a questão de
ascensões e descidas. Há dois tempos: por vezes ele é cruel, e outras ele é justo.
Mas num único momento, de se sentir bom e mau simultaneamente, isto não
existe.

Segue-se que quando disseram que a Torá é mais importante que um Mitzva, é
precisamente numa altura em que não se empenha nela, quando não tem qualquer
vitalidade. Quando a Torá é mais importante que um Mitzva, que não tem qualquer
vitalidade.

Isto é assim pois não pode receber nada de um Mitzva, que não tem qualquer vitalidade.
Mas com a Torá, ainda tem um caminho no trabalho do qual ele tinha recebido enquanto
praticava a Torá. Embora a vitalidade tenha passado, o caminho ainda permanece nele, e
ele pode usá-lo. E há um tempo em que um Mitzva é mais importante que a Torá:
quando há vitalidade no Mitzva e qualquer vitalidade na Torá.
Cabalá Para o Aluno

Então, quando não praticada, quando ainda não tem qualquer vitalidade ou alegria no
trabalho, não tem outro conselho a não ser oração. Todavia, durante a oração, deve
saber que ele é mau pois ele não sente o deleite e prazer que existem no mundo, embora
este calcule que ele possa acreditar que o Criador lhe dá apenas bondade.

Ainda assim, nem todos os seus pensamentos são verdadeiros no caminho do trabalho.
No trabalho, se o pensamento leva a ação, isto é uma sensação nos órgãos, para os que
órgãos sintam que o Criador é benevolente, os órgãos devem receber vitalidade e alegria
dele. E se não tem qualquer vitalidade, de que lhe servem todos os cálculos se agora os
órgãos não amam o Criador pois Ele lhes concede abundância?

Então, deve saber que se não tem qualquer vitalidade ou alegria no trabalho, é um sinal
de que este é cruel, pois ele está infeliz. Todos os cálculos são falsos se eles não
renderem uma ação, uma sensação nos órgãos que um ama o Criador pois Ele lhes
concede deleite e prazer às criaturas.
Cabalá Para o Aluno

Hábito Torna-se Segunda Natureza

Através de se acostumar a si mesmo a alguma coisa, essa coisa torna-se segunda


natureza para aquela pessoa. Então, não há nada no mundo que um não possa sentir a
sua existência. Isto significa que embora não tenha qualquer sensação da coisa, ao se
acostumar a essa coisa, um pode ainda assim vir a senti-la.

Devemos saber que há uma diferença entre o Criador e as criaturas em respeito às


sensações. Para as criaturas, há o que sente e o que é sentido, o que alcança e o que é
alcançado. Isto significa que temos o que sente, que está ligado a certa realidade.

Contudo, uma realidade sem um que sente é apenas o Próprio Criador. Nele, "não há
pensamento e percepção de todo." Isto não é assim com uma pessoa: toda a sua
existência é avaliada apenas em respeito ao que sente a realidade.

Por outras palavras, o que o que sente prova é o que ele considera verdadeiro. Se um
prova um sabor amargo na realidade, isto é que ele se sente mal no estado em que se
encontra, e sofre devido a esse estado, essa pessoa é considerada cruel, no trabalho. Isto
é porque ela condena o Criador, dado que o Criador é chamado "o bom que faz o bem,"
porque Ele dá apenas bondade ao mundo. Todavia, em respeito ao sentimento dessa
pessoa, a pessoa sente que ela recebeu o oposto do Criador, isto é que o estado em que
ela está é mau.

Devemos desta forma compreender o que está escrito (Berachot pág. 61), “O mundo foi
criado apenas para os completos justos ou os completos cruéis.” Isto significa o que se
segue: ou prova e sente um bom sabor no mundo, e então justifica o Criador e diz que o
Criador dá apenas bondade ao mundo, ou, se sente e prova um sabor amargo no mundo,
então um é mau, dado ele que condena o Criador.

Acontece que tudo é medido de acordo com a sua própria sensação. Contudo, todas
estas sensações não têm qualquer relação ao Criador, como está escrito no Poema da
Unificação: “Como ela, também tu serás, falta ou excesso em ti não serão.”
Consequentemente, todos os mundos e todas as mudanças são apenas em respeito aos
receptores, de acordo com a realização individual.
Cabalá Para o Aluno

QUAL A DIFERENÇA ENTRE UMA SOMBRA DE


KEDUSHA E UMA SOMBRA DE SITRA ACHRA
Eu ouvi em Tamuz, Julho de 1944

Está escrito (Cânticos dos Cânticos, 2), “Até que o dia respire, e as sombras fujam.”
Nós devemos entender o que são sombras no trabalho e o que são “duas sombras”. O
que acontece é que quando um indivíduo não sente Sua Providência, que Ele lidera o
mundo em uma maneira de “Bem que faz o bem,” é referido como a sombra
escondendo o sol.

Em outras palavras, como as sombras corporais que escondem o sol não mudam o sol
em maneira alguma, e o sol brilha em seu máximo esplendor, assim aquele que não
sente a existência de Sua Providência não produz nenhuma mudança Acima, como está
escrito, “Eu, o Senhor não mudo.”

Ao contrário, todas as mudanças estão nos receptores. Nós devemos observar dois
discernimentos nesta sombra, neste ocultação:

1. Quando uma pessoa ainda tem a habilidade de ultrapassar a escuridão e os


ocultações que ela sente, justificar o Criador, e rezar para o Criador, para que
Ele abra seus olhos para ver que todos os ocultações que ela sente vêm do
Criador, que é o Criador quem faz tudo isso para que a pessoa possa encontrar
sua prece e ter um profundo desejo de unir-se a Ele.
Isto é, porque somente através do sofrimento que a pessoa recebe Dele,
desejando libertar-se dos problemas e fugir dos tormentos, então ela faz tudo o
que ela pode. Por isso, ao receber as ocultações e aflições, ela tem a certeza de
fazer a cura conhecida, fazer muitas preces ao Criador para ajudá-la e liberá-la
do estado em que ela se encontra. Neste estado, a pessoa ainda acredita em Sua
Providência.

2. 2. Quando a pessoa chega a um estado onde ela não pode mais prevalecer e dizer
que todo sofrimento e dores que ela sente acontecem porque o Criador enviou
para ela para que tenha um motivo para ascender em nível, ela chega a um
estado de heresia. Isto acontece porque ela não pode crer em Sua Providência, e
naturalmente, ela não pode rezar.

Segue-se que existem dois tipos de sombras, e este é o significado de, “e as sombras
fogem,” ou seja, que as sombras fugirão deste mundo.

A sombra do Klipa (Casca) é chamada “Outro deus é infértil e não produz fruto.” No
entanto a sombra de Kedusha (Santidade) é chamada “Sob esta sombra eu me deleito
Cabalá Para o Aluno

em sentar, e seus frutos são doces ao meu paladar.” Em outras palavras, ela diz que
todos os ocultações e aflições que ela sente acontecem porque o Criador lhe enviou
estas situações para que ela pudesse ter espaço para trabalhar acima da razão.

Quando a pessoa tem força para dizer aquilo, ou seja, que é o Criador que lhe causa
tudo aquilo, isto é para seu benefício. Quer dizer que através disto ela pode iniciar o
trabalho com a finalidade de doar e não para se beneficiar. Naquele momento ela
percebe, quer dizer, ela acredita que o Criador gosta especificamente deste trabalho, que
é construído inteiramente acima da razão.

Segue-se que a pessoa não reza ao Criador para que as sombras fujam do mundo.
Preferivelmente, ela diz, “Eu vejo que o Criador quer que eu O sirva desta maneira,
inteiramente acima da razão.” Por isso, em tudo que ela faz, ela diz, “Certamente o
Criador gosta desse trabalho, então porque eu devo me importar se eu trabalho em um
estado de ocultação da face?

Porque a pessoa quer trabalhar com a finalidade de doar, para que o Criador goste, ela
não tem nenhuma modéstia neste trabalho, quer dizer uma sensação de que ela está em
estado de ocultação da Face, que o Criador não gosta de seu trabalho. Pelo contrário, ela
concorda com a liderança do Criador, e concorda com todo o seu coração, que o Criador
quer que ela sinta a existência do Criador durante o trabalho. Isto acontece porque ela
não considera o que pode lhe dar prazer, mas considera o que agrada o Criador. Por isso
essa sombra lhe traz vida.

Isto é chamado, “Sob a sua sombra eu me deleito,”, ou seja, ela deseja ardentemente tal
estado onde ela pode fazer alguns avanços acima da razão. Assim, se ela não se
empenha em um estado de ocultação, onde ainda há espaço para rezar para que o
Criador a traga para perto, mas ela é negligente nisso, então o que lhe é enviado é um
segundo ocultação no qual ela não pode nem mesmo rezar. Isto é por causa do pecado
de não empenhar-se com toda sua vontade em rezar ao Criador. Por essa razão a pessoa
chega a tal estado de rebaixamento.

No entanto, após ela chegar a este estado, ela é compadecida pelo Alto, e novamente lhe
é concedido do Alto um novo despertar. A mesma ordem inicia-se mais uma vez até que
finalmente ela se fortaleça em prece, e o Criador ouça sua prece, e a aproxime, e a
reforme.
Cabalá Para o Aluno

A Essência Do Seu Trabalho

A essência do seu trabalho deve ser em como chegar a sentir gosto em dar
contentamento ao seu Criador, dado que tudo o que sente para si mesmo o distancia do
Criador devido à disparidade de forma. Contudo, se realiza uma ação pelo beneficio do
Criador, até a menor ação, esta é ainda assim considerada um Mitzva (mandamento/boa
ação).

Consequentemente, o seu principal esforço deve ser em adquirir uma força que sinta
gosto em dar, que é através da diminuição da força que sente gosto em auto-recepção.
Nesse estado, adquire lentamente o sabor em dar.
Cabalá Para o Aluno

Lishma

De forma a que uma pessoa obtenha Lishma (em Seu Nome), esta precisa de um
despertar de Cima, pois este é uma iluminação de Cima, e não é para a mente humana o
compreender. Pois o que prova, sabe. Diz-se sobre isso, “Prova e vê que o Senhor é
bom.”

Devido a isso, ao assumir o fardo do Reino dos Céus, um precisa que ele seja em
absoluta plenitude, isto é apenas dar e não receber de todo. E se uma pessoa vê que os
órgãos não concordam com esta visão, ela não tem outro conselho a não ser orar - de
derramar o seu coração para o Criador, para ajudá-la a fazer o seu corpo consentir a se
escravizar a si mesma ao Criador.

E um não deve dizer que se Lishma é uma dádiva de Cima, então de que lhe serve o
seu fortalecimento no seu trabalho, e todos os remédios e correções que executa de
forma a chegar a Lishma, se isso depende do Criador? Os nossos sábios disseram a esse
respeito, "Tu não és livre para te livrares dele." Em vez disso, um deve oferecer o
despertar de baixo, e isto é considerado "oração." Mas não pode haver uma verdadeira
oração se ele não sabe em avançado que é impossível alcançar Lishma sem oração.

Desta forma, as ações e remédios que ele executa de forma a obter Lishma criam os
recipientes corrigidos dentro dele, de querer receber Lishma. E depois de todas as ações
e remédios, então ele pode fazer uma oração honesta, dado que ele já viu que todas as
suas ações não lhe trouxeram qualquer beneficio. Apenas então pode ele fazer uma
oração honesta do fundo do seu coração, e então o Criador escuta a sua oração e dá-lhe
a dádiva de Lishma.

Devemos também saber que ao obter Lishma, condena a inclinação do mal à morte.
Isto é porque a inclinação do mal é chamada "receber para seu beneficio próprio." E ao
alcançar o alvo de dar, um cancela a auto-gratificação.

E morte significa que um não mais usa os seus recipientes de recepção para si mesmo.
E dado que ele revogou o papel da inclinação do mal, ela é considerada morta.

Se considerar que recebe pelo seu trabalho debaixo do sol, irá descobrir que não é
assim tão difícil subjugar-se a si mesmo ao Criador, por duas razões:
1. Deve esforçar-se a si mesmo neste mundo em qualquer caso, caso queira ou não.
2. Mesmo durante o trabalho, se um trabalha Lishma, recebe prazer do trabalho em si.

É como o Contador de Dubna conta sobre o verso, “Tu não Me invocaste oh Jacó, nem
te preocupaste sobre mim oh Israel.” Significa que o que trabalha para o Criador não
tem qualquer esforço. Pelo contrário, tem prazer e elação.
Cabalá Para o Aluno

Mas o que não trabalha para o Criador, mas por outros objetivos, não se pode queixar
ao Criador por não lhe dar vivacidade no trabalho, dado que ele está a trabalhar por
outro objetivo. Um pode-se queixar apenas para quem este trabalha, e exigir que lhe seja
dada vitalidade e prazer durante o seu trabalho. Diz-se sobre ele: "Qualquer um que os
confiar será com os que os fizeram.”

Não fique surpreendido que quando um assume o fardo do Reino dos Céus, quando
quer trabalhar em prol de dar ao seu Criador, que ele ainda não sente qualquer vitalidade
de todo, e que esta vitalidade o compeliria a assumir o fardo do Reino dos Céus. Em vez
disso, deve aceitar o fardo do Reino dos Céus coercivamente, sentindo que não é para
seu beneficio. Isto é, o corpo não concorda com este trabalho, porque é que o Criador
não o rega com vitalidade e prazer.

A razão para isso é que é uma grande correção. Se não fosse por isso, a vontade de
receber concordaria com este trabalho, e um nunca seria capaz de alcançar Lishma. Em
vez disso, trabalharia sempre para seu próprio beneficio, para satisfazer os seus desejos.
É como as pessoas dizem, que o próprio ladrão corre e grita, "Apanhem o ladrão!" E
então você não consegue dizer qual é o verdadeiro ladrão, para apanhá-lo e reclamar o
roubo.

Mas quando o ladrão, isto é a vontade de receber, não acha o trabalho de aceitar o
fardo do Reino dos Céus saboroso, dado que o corpo se acostuma a si mesmo a
trabalhar contra sua própria natureza, um tem o meio pelo qual chegar ao trabalho
apenas de forma a trazer contentamento ao seu Criador, uma vez que sua única intenção
deve ser apenas pelo Criador, como está escrito, “Então te irás deleitar a ti mesmo no
Senhor.” Anteriormente, quando ele trabalhava pelo Criador, ele não derivava prazer
desse trabalho. Em vez disso o seu trabalho era feito por coerção.

Mas agora que se acostumou a si mesmo a trabalhar em prol de dar, um é


recompensado com o se deleitar no Criador, e o trabalho em si mesmo rende-lhe prazer
e vitalidade. E isto é considerado que o prazer, também, é especificamente pelo Criador.
Cabalá Para o Aluno

Tempo de Ascensão

Quando se sente a si mesmo num estado de ascensão, que está animado, quando sente
que não tem qualquer desejo, mas apenas pela espiritualidade, é então bom mergulhar
nos segredos da Torá, para alcançar a sua interioridade. Mesmo que um veja que
embora se esforce a si mesmo para compreender alguma coisa, e ainda assim não saiba
nada, vale ainda assim a pena mergulhar nos segredos da Torá, mesmo uma centena de
vezes numa única coisa, e não desesperar, isto é dizer que é inútil, dado que não
compreende nada.

Isto é assim por duas razões:


A) Quando examina certo assunto e anseia compreende-lo, esse anseio é chamado
"uma oração." Isto é porque uma oração é uma carência, ou seja, que um está a ansiar o
que lhe falta, que o Criador irá descobrir a sua carência.

A extensão da oração é medida pelo desejo, dado que o maior desejo é pela coisa que
lhe faz mais falta. De acordo com a medida da necessidade, então é a medida do anseio.

Há uma regra que na coisa sobre a qual um coloca o maior esforço, o esforço aumenta
o desejo, e um quer receber preenchimento pela sua carência. Também, uma falta é
chamada "uma oração," ou "o trabalho no coração," dado que "O Misericordioso quer
os corações.”

Acontece que então um pode oferecer uma verdadeira oração. E quando estuda as
palavras da Torá, o coração deve ser liberto dos outros desejos e dar à mente a força
para que seja capaz de pensar e examinar. Se não há qualquer desejo no coração, a
mente não pode examinar, como está escrito, "Um deve sempre aprender onde o seu
coração deseja.”

Para que a sua oração seja aceite, deve ser uma oração completa. Então, quando
examinando em completa medida, um elicia toda uma oração dela, e então a sua oração
pode ser aceite, pois o Criador escuta a oração. Mas há uma condição: a oração deve ser
uma oração completa, e não deve ter outras coisas misturadas no meio da oração.

B) A segunda razão é que dado que um se separou da corporalidade, e está algo


próximo à qualidade de dar, é uma melhor altura para se conectar com a interioridade da
Torá, que aparece aos que têm equivalência de forma com o Criador. Isto é porque a
Torá, o Criador, e Israel são um. Contudo, quando um está num estado de auto-
recepção, este pertence à exterioridade e não à interioridade.
Cabalá Para o Aluno

Tu Que Amas o Senhor Odeia o Mal

Eu escutei a 17 de Sivan, 2 de Junho, 1931

No verso, "Oh tu que amas o Senhor, odeia o mal; Ele preservou as almas dos Seus
seguidores; Ele livrou-os da mão dos cruéis," ele interpreta que não é suficiente amar o
Criador e querer que seja concedida adesão com o Criador. Deve também odiar o mal.

A questão de ódio para com o mal é expresso ao odiar o mal, chamado "a vontade de
receber." E vê que não tem táctica para se livrar dela, e ao mesmo tempo não quer
aceitar a situação. E sente as perdas que o mal lhe causa, e também vê a verdade que
não consegue anular o mal por si mesmo, uma vez que é uma força natural pelo Criador,
que imprimiu a vontade de receber no homem.

Nesse estado, o verso conta-nos o que pode fazer, isto é odiar o mal. E com isso o
Criador irá salvaguardá-lo desse mal, como está escrito, "Ele preservou as almas dos
Seus seguidores." E que é esta preservação? "Ele livrou-as da mão dos cruéis." Nesse
estado já é uma pessoa bem sucedida, dado que ela já tem algum contacto com o
Criador, seja esta a mais minúscula ligação.

Na verdade, a questão do mal permanece e serve como Achoraim (Dorso) ao Partzuf.


Mas isto é feito apenas pela sua correção: através de sincero ódio ao mal, é corrigido
para a forma de Achoraim. O ódio vem porque se quer obter adesão com o Criador,
então há uma conduta entre amigos: se duas pessoas chegam à realização que cada um
destes odeia o quê e o qual seu amigo odeia, e ama o que e o qual seu amigo ama, então
estes chegam a um laço perpétuo, como uma estaca que nunca cairá.

Então, dado que o Criador adora dar, os inferiores devem também se adaptar a querer
apenas dar. E porque o Criador odeia ser um receptor, dado que Ele é um todo completo
e não precisa de uma única coisa, o homem, também, deve odiar a questão da recepção
para si mesmo.

Segue-se que deve amargamente odiar a vontade de receber, pois todas as ruínas do
mundo vêm apenas da vontade de receber. E através do ódio, corrige-a e entra na
Kedusha (santidade).
Cabalá Para o Aluno

Elevando O Escravo Através Dos Ministros

Está escrito, "pois um mais alto que o mais alto observava, e há mais altos que eles."
Como uma resposta feroz é requisitada, eu irei responder-lhe que todos acreditam em
Providência Privada, mas não aderem a ela de todo.

A razão é que um pensamento estranho e abominável não pode ser atribuído ao Criador,
que é a epítome de "Bom que faz o bem." Contudo, apenas aos verdadeiros servos do
Criador se abre o conhecimento da Providência Privada - que Ele causou todas as razões
que a precederam, o bom assim como o mau. Então eles são coesivos com a Providência
Privada, pois todos os que estão ligados ao puro, são puros.

Dado que o Guardião está unido com os que guarda, não há divisão aparente entre o
bem e mal. Todos eles são amados e todos eles são claros, pois todos eles são
transportadores dos recipientes do Criador, prontos a glorificar a revelação da Sua
singularidade. É sabido ao sentir, que a essa extensão eles têm conhecimento no fim que
todas as ações e pensamentos, ambos bons e maus, são os transportadores dos
recipientes do Criador. Ele preparou-os, de Sua boca eles vieram, e isto será conhecido
a todos no fim da correção.

Contudo, entretanto é um longo e ameaçador exílio. O maior problema é que quando


um vê certa ação faltosa, este cai do seu grau, apega-se à famosa mentira, e esquece-se
que ele é como um machado na mão do lenhador. Em vez disso, este considera-se a si
mesmo o dono dessa ação e esquece a razão de todas as consequências de quem tudo
vem, e que não há outro Operador no mundo a não ser Ele.

Esta é a lição. Embora um o saiba inicialmente, ainda assim, num tempo de necessidade,
um não controla esta consciência, de unir tudo com a causa, que o sentencia a uma
escala de mérito. Esta é toda a resposta à sua carta.

Eu já lhe disse face a face uma verdadeira alegoria sobre estes dois conceitos, em que
um elucida o outro. Contudo, a força de ocultação prevalece e controla.

Há uma alegoria sobre um rei que afeiçoou ao seu servo até que ele o quisesse elevar
acima de todos os ministros, pois ele tinha reconhecido verdadeiro e inabalável amor no
seu coração.

Contudo, não faz parte da maneira da realeza elevar um ao mais alto nível de uma vez,
sem uma razão aparente. Em vez disso, a maneira da realeza é a de revelar as razões a
todos com grande sabedoria.

O que fez ele? Ele nomeou o servo como guarda no portão da cidade, e disse a um
ministro, que era um brincalhão esperto, a fingir rebelar contra a realeza, e declarar
Cabalá Para o Aluno

guerra para conquistar a casa enquanto o guarda estava desprevenido.

O ministro fez como o rei tinha comandado, e com grande sabedoria e engenho fingiu
lutar contra a casa do rei. O servo no portão arriscou a sua vida e salvou o rei, lutando
corajosamente e devotadamente contra o ministro, até que o seu grande amor pelo rei
era evidente a todos.

Então o ministro retirou as suas roupas e houve grande riso, pois ele tinha lutado tão
ferozmente e corajosamente, e agora se apercebia que havia apenas ficção aqui, não
realidade. Eles riram-se ainda mais quando o ministro disse a profundidade das
imaginações da sua crueldade e o medo que ele tinha visionado. E cada item nesta
terrível guerra tornou-se uma rodada de riso e grande alegria.

Porém, ele era ainda um servo; ele não era erudito. E como poderia ele ser elevado
acima de todos os ministros e servos do rei?

Então o rei pensou, e disse àquele ministro que ele se deve disfarçar a si mesmo como
ladrão e assassino, e declarar feroz guerra contra ele. O rei sabia que na segunda guerra
ele descobriria uma maravilhosa sabedoria, e mérito permanecendo na cabeça de todos
os ministros.

Então, ele nomeou o servo encarregado da tesouraria do reino, e aquele ministro agora
vestido como um assassino impiedoso e vinha para saquear os tesouros do rei.

O pobre nomeado lutou destemidamente e devotadamente, até que a taça estivesse


cheia. Então o ministro tirou as suas roupas e houve grande alegria e riso no palácio do
rei, ainda mais que anteriormente.

Os detalhes dos truques do ministro despertaram grande riso, dado que agora o ministro
tinha de ser mais esperto que antes, pois agora era evidentemente sabido que não havia
ninguém cruel no domínio do rei, e que todos os cruéis eram apenas brincalhões. Desta
forma, o ministro usou grande engenho para adquirir as vestes do mal.

Todavia, entretanto, o servo herdou sabedoria do posterior conhecimento, e amor do


conhecimento prévio, e então foi ele erguido para a eternidade.

Na verdade, todas as guerras naquele exílio são uma visão maravilhosa, e todos sabem
no seu amável interior que tudo é uma espécie de humor e alegria que trazem apenas o
bem.

Ainda assim, não há táctica para atenuar o peso da guerra e a ameaça.

Eu falei-te sobre isso longamente face a face, e agora tu tens o conhecimento de uma
Cabalá Para o Aluno

ponta desta alegoria, e com a ajuda do Criador tu irás compreendê-la na sua outra ponta,
também.

E a coisa que mais me queres ouvir falar é uma à qual não posso responder nada. Eu
dei-te uma alegoria sobre isso face a face, também, pois "o reino da terra é um reino do
firmamento," e a verdadeira orientação (chefia) é dada aos ministros.

Embora, tudo é feito de acordo com o conselho do rei e sua assinatura. O próprio rei não
faz mais que assinar o plano que os ministros concebem. Se ele descobre uma falha no
plano, ele não a corrige, mas coloca outro ministro no seu lugar, e o primeiro demite-se
do escritório.

Assim é o homem, um mundo pequeno, comportando-se de acordo com as letras


impressas nele, dado que os réis governam as setenta nações nele. Este é o significado
do que está escrito em Sefer Yetzirah (Livro da Criação): "Ele coroou certa letra." Cada
letra é um ministro para o seu tempo, fazendo avaliações, e o Rei do mundo assina-as.
Quando a letra erra em certo plano, ela imediatamente se demite do escritório, e Ele
coroa outra letra no seu lugar.

E este é o significado de, "Cada geração e seus juízes." No fim da correção, essa letra
chamada Messias irá governar e irá completar e amarrar todas as gerações a uma coroa
de glória na mão de Deus.

Agora você consegue compreender como eu posso interferir com o seu negócio de
estado, e cada um deve descobrir o que lhe foi atribuído a descobrir, e isso irá tornar-se
claro ao longo das encarnações.
Cabalá Para o Aluno

PARDESS

“Quatro entraram num PARDESS,” [7] etc. Antes do mundo ser criado, havia Ele é Um
e Seu Nome Um, porque as almas não eram consideradas almas, dado que todo o
assunto de nome refere-se a quando um volta a sua face para longe D'Ele, Ele invoca-o
e para voltar a sua face ao contrário.

E dado que antes da Criação, as almas eram completamente anexadas a Ele, e Ele
colocou sobre elas coroas e grinaldas, glória, majestade, e esplendor, e o que elas não
evocaram, dado que Ele sabe seus desejos por Ele mesmo, e concede-os. Então, é
certamente irrelevante afirmar um nome, que se relaciona a si mesmo a um despertar de
baixo de certo lado. Então, é considerada Luz Simples, dado que tudo está em absoluta
simplicidade, e esta Luz foi compreendida por toda a pessoa simples, mesmo aos que
nunca viram qualquer sabedoria.

É por isso que os sábios e sagazes lhe chamaram Peshat (literal), dado que o Peshat é a
raiz de tudo. Autores e livros não o discutem, pois é um, simples, e famoso conceito. E
embora nos mundos inferiores, duas divisões sejam detectadas no Reshimo desta Luz
Simples, é devido à divisão de seus próprios corações, por meio de "e Eu sou um suave
homem." [8] Contudo, no supramencionado lugar, não existem mudanças em qualquer
descrição que tu possas fazer.

É como um rei que levou o seu querido filho e o colocou no seu grandioso e
maravilhoso arvoredo. E quando o filho abriu seus olhos, ele não olhou para o local
onde estava, uma vez que devido à grande luz no arvoredo, seus olhos desviaram-se,
como o este está longe do oeste. E ele lançou o seu olhar apenas para os edifícios e
palácios ao longe para o oeste, e ele caminhou por dias e meses, vagueando e
imaginando a glória e grandiosidade que ele estava a ver para o oeste, perante seus
olhos.

Passados alguns meses, seu espírito repousou e seu desejo foi preenchido, e ele foi
saciado de olhar para o oeste. Ele reconsiderou e pensou, "Que pode ser descoberto ao
longo do caminho que atravessei?" Ele voltou sua face para o leste, o lado pelo qual
tinha ele entrado, e ele ficou assustado. Toda a grandiosidade e beleza estavam mesmo
atrás dele. Ele não se conseguia compreender a si mesmo, como tinha ele falhado ao
reparar nisso até então, e se ter agarrado apenas à Luz que estava a brilhar para o oeste.
Daí então ele ficou anexado apenas à Luz que brilha para o este, e ele vagueava para o
leste apenas para a Luz que brilha para o este, e ele estava a vaguear até que voltasse
exatamente ao portal de entrada.

Agora considere e diga-me a diferença entre os dias da entrada e os dias de saída, uma
vez que tudo o que ele tinha visto nos últimos meses, ele viu nos dias iniciais, também.
Cabalá Para o Aluno

Mas no principio, ele não estava inspirado, uma vez que seus olhos e coração estavam
tomados pela Luz que brilha ao oeste. E depois de ele ser saciado, ele voltou a sua face
ao leste e reparou na Luz que brilha para o leste. Mas como tinha isso mudado?

Mas estando perto da entrada, não há espaço para revelar a segunda forma, a qual os
sábios chamam Remez (intimação), como em "Que implicam teus olhos?" É como um
rei que sugere a seu querido filho e o assusta com o piscar de seu olho. E embora o filho
não compreenda nada de todo, e não veja o medo interno que está escondido nesta
sugestão, ainda assim, devido à sua aderência devota a seu pai, ele salta prontamente
dali para outro lado.

Este é o significado da segunda forma sendo chamada Remez, dado que as duas
formas, Peshat e Remez, são registradas nos inferiores como uma raiz, tão
meticulosamente um a escreve, que não há uma palavra que não tenha uma raiz de duas
letras, chamada a "fonte da palavra." Isto é assim, pois nenhum significado pode ser
deduzido de uma única letra; então, o acrônimo para Peshat e Remez é PR (pronunciado
Par), que é a raiz de Par Ben Bakar (jovem touro) neste mundo. E Pria e Revia
(multiplicação) vêem dessa palavra, também.

De seguida surge a terceira forma, à qual os sábios chamam Drush (interpretações).


Então, não havia Drisha (exigência) de nada, como em "Ele é Um e Seu Nome Um."
Mas nesta forma, há subtração, acrescento, interpretação (estudar), e descobrir, como
em "Eu trabalhei e descobri," como tu sabes evidentemente. É por isso que este lugar é
atribuído aos inferiores, uma vez que há um despertar de cima lá, ao contrário do
despertar da face do este para Cima, que foi por meio de, "Antes que chamem, Eu irei
responder." Em vez disso, houve um poderoso chamamento, e até esforço e anseio, e
este é o significado de "os túmulos de luxuria.”

Posteriormente começa a quarta forma, à qual os sábios chamaram Sod (segredo). Na


verdade esta é similar à Remez, mas em Remez não havia percepção de todo; era algo
como uma sombra seguindo uma pessoa, e de tal maneira que a terceira forma, Drush,
já a revestiu.

Contudo, aqui é como um sussurro, como uma mulher grávida... Tu sussurras no seu
ouvido que hoje é Yom Kippur (Dia do Perdão), para que o feto não fosse sacudido e
caísse. Como podemos dizer, "Além do mais, é a ocultação da face, e não a face!" Pois
este é o significado das palavras, "O conselho do Senhor está com os que O temem; e
Seu pacto, de os fazer saberem-no." É por isso que ele fez vários círculos até que uma
língua sussurrante lhe dissesse isto a ele: "Ele tinha dado Teref (comida) aos que O
temem," e não Trefa (comida não-kosher), como aquele soldado zombou.

Tu compreendeste esta resposta por ti mesmo, e escreveste-me na tua carta, embora


timidamente, que és um noivo, e então, naturalmente educado.
Cabalá Para o Aluno

Uma vez que este verso veio até tuas mãos, eu irei clarificá-lo para ti, pois esta é
também a pergunta do poeta, "O conselho do Senhor está com os que O temem." E
porque o disse ele assim? É como a pergunta dos nossos sábios, em que descobrimos
que o texto desperdiça (oito) doze letras, para falar com uma língua limpa, como está
escrito, "e das bestas que não estão limpas,”

Mas tua resposta não é suficiente para o poeta, pois Ele poderia ter dado abundância às
almas, com uma língua limpa, como Labão disse a Jacó, "Para onde escapaste
secretamente, e me despistaste; e não me disseste que eu te possa ter enviado para longe
com alegria e com canções; com adufe e com harpa." A resposta do poeta a isso é, "e
Seu pacto, de os fazer saberem-no.”

Este é o significado do corte, da remoção, e a gota de sangue, isto é os treze pactos


individuais. Tivesse o segredo não sido nesta forma, mas noutra língua, quatro
correções de Dikna estariam em falta, e apenas as nove correções de Dikna em ZA
permaneceriam. Então, ZA não revestiria AA, como é sabido aos que conhecem o
segredo de Deus. Este é o significado de "e Seu pacto, de os fazer saberem-no," e este é
o significado de "mérito ancestral terminou, mas pacto ancestral não terminou.”

Voltemos ao nosso assunto, que é PR (pronunciado Par), PRD (pronunciado Pered), e


PRDS (pronunciado Pardess). Esta é sua ordem e combinação de Cima para baixo.
Agora irás compreender estes quatro sábios que entraram no Pardess, isto é a quarta
forma, chamada Sod (segredo), uma vez que o inferior contem os Superiores que o
precederam. Então, todas as quatro formas estão incluídas na quarta forma, e elas estão
para a direita, esquerda, frente e trás.

As primeiras duas formas são a direita e esquerda, isto é, PR (este é o significado das
suas palavras no degrau do Monte do Templo: "Todos os sábios de Israel são inúteis a
meus olhos"). Este são Ben Azai e Ben Zuma, pois estas almas se alimentaram das duas
formas, PR. E as ultimas duas formas são a Panim (face) e Achor (dorso), que é Rabino
Akiva, que entrou em paz e saiu em paz. Eles afirmaram corretamente, "isso indica que
por cada cardo, montanhas de leis podem ser aprendidas.”

Achor é Elisha Ben Avoia, que se extraviou (se tornou herege). Nossos sábios
disseram sobre isso, "Um não criará um cão mau dentro de sua casa,", pois ele se vai
extraviar. Tudo isso foi dito sobre eles - "espreitaram e morreram," "espreitou e foi
magoado," "se extraviou" - diz-se isso dessa geração quando se reuniram proximamente
juntos, mas estavam todos completamente corrigidos, um por um, como é sabido dos
que sabem o segredo da reencarnação.

Todavia, depois ele viu a língua de Hutzpit, o tradutor, ele disse, "Voltem, O crianças
rebeldes," exceto pelo outro, e Rabino Meir, discípulo de Rabino Akiva, tomou seu
Cabalá Para o Aluno

lugar. É verdade que a Gemará, também, o acha difícil: como é que Rabino Meir
aprendeu a Torá de outro? E eles disseram, "Ele tinha descoberto uma romã, comeu seu
conteúdo, e atirou sua casca (outro)." E alguns dizem que ele corrigiu a Klipa (casca),
também, como que, elevando fumo sobre seu túmulo.

Agora consegues compreender as palavras de Elisha Ben Avoia: "O que ensina uma
criança, como é ele? Como tinta, escrita num novo papel," isto é a alma de Rabino
Akiva. "E o que ensina um homem velho, como é ele? Como tinta, escrita em papel
usado," ele disse a si mesmo. Este é o sentido do seu aviso a Rabino Meir, "Assim
distante da zona de Shabbat,", pois ele compreendeu e estimou os passos de seu cavalo,
uma vez que ele nunca tinha saído de seu cavalo.

Este é o significado de "os transgressores de Israel, o fogo do inferno não os governa, e


eles estão como que cheios de Mitzvot (boas ações) como uma romã." Ele diz que é
tanto mais com um altar de ouro, que é meramente tão denso como uma moeda dourada.
Permaneceu durante alguns anos, e a luz não o governou, etc., "os vaidosos entre ti são
tão cheios de Mitzvot como uma romã, tanto mais," como ele diz, que a Klipa, também,
está corrigida.

Sabe que o grande Rabino Eliezer, e Rabino Yehosha, também, são das almas de PR,
como são Ben Azai e Ben Zuma. Mas Ben Azai e Ben Zuma estavam na geração de
Rabino Akiva, e foram seus estudantes, entre os 24000. Mas Rabino Eliezer e Rabino
Yehosha foram seus professores.

É por isto que se diz que em vez de Rabino Eliezer, eles estavam a purificar as
purificações (Peshat) que eles tinham feito sobre o forno de Achnai, uma vez que eles o
cortaram em fatias (dezoito fatias) e colocaram areia entre cada duas fatias. Por outras
palavras, a terceira forma, a areia, junta-se à primeira fatia, que é a segunda forma, e a
segunda fatia, que é a quarta forma. E naturalmente, a irmã e a consciência são
conjugadas como uma. E Rabino Akiva é aparentemente incluído nelas. Isto é porque
um segundo bom dia, com respeito ao primeiro bom dia, é como um dia de semana aos
olhos dos nossos sábios, uma vez que Drush, comparado a Remez, é como uma vela ao
meio dia.

Mas os sábios da sua geração violaram todas essas purificações e queimaram-nas, e o


grande Rabino Eliezer provou com o aqueduto cuja agua subiu que Rabino Yehosha era
um grande sábio, e as paredes do Templo irão prová-lo. E eles começaram a cair perante
a glória de Rabino Eliezer, e eles não caíram antes perante a glória de Rabino Yehosha.
Esta é a prova completa que não há dúvida que ele é puro.

Mas os sábios tomaram Rabino Yehosha por si mesmo, e não quiseram governar como
com Rabino Eliezer, seu professor, até que uma voz desceu que Rabino Yehosha era
verdadeiramente seu discípulo. Mas Rabino Yehosha não se ligou ao seu lugar. Então,
Cabalá Para o Aluno

os sábios abençoaram-no pela Luz de Awzen (orelha) foi cancelada deles, uma vez que
eles não obedeciam às regras do grande Rabino Eliezer. E Rabino Akiva, seu discípulo
favorito, disse-lhe que seus 24000 discípulos tinham morrido durante a contagem, e o
mundo estava adoentado, um terço nas azeitonas, etc.

Elisha Ben Avoia e Rabino Tarfon vieram da mesma raiz. Mas Elisha Ben Avoia é o
Achoraim (dorso) em si, e Rabino Tarfon é a Panim de Achoraim (face do dorso). A que
se parece? Numa casa residem amargas azeitonas que não prestam para nada; e noutra
casa está o feixe do lagar, que não presta para nada. Então um homem vem e liga os
dois. Ele coloca o feixe sobre as azeitonas e produz uma riqueza de óleo.

Segue-se que o bom óleo que aparece é a Panim, e o feixe é o Achoraim. E as


ferramentas simples de madeira são mandadas fora depois de terem completado seu
trabalho.

Compreende que este costume está na expansão das raízes aos ramos nos mundos
inferiores que si mesmo. Mas na sua raiz, eles aparecem ambos de uma vez, como uma
pessoa que subitamente entra no lagar e vê o feixe, e sob ele, uma grande pilha de
azeitonas com óleo fluindo abundantemente delas. Isto é assim, por na raiz, tudo é visto
de uma vez. É por isso que um é chamado "outro" e o outro é chamado "Tarfon." Um é
"um feixe" e o outro é "óleo," que imediatamente flui através dele.

Este é também o significado de se extraviar. Depois do desejo ter surgido, que é a alma
de Rabino Tarfon, a alma de "outro" permaneceu como "maus modos" na casa de um.
Este é o significado da combinação da letra Sod (segredo): Samech é a cabeça da
palavra Sod em si, a alma de "outro," Dalet é a cabeça da palavra Drush, a alma de
Rabino Akiva, pois elas agem, e Vav no meio é Rabino Tarfon.

[7] Nota de tradutor: Em Hebraico, Pardess significa arvoredo, mas na Cabala, esta
palavra é um acrônimo para Pshat (a Torá literal), Remez (intimação), Drush
(interpretações), e Sod (segredo).

[8] Nota de tradutor: Em Hebraico, Halak significa tanto ‘suave’ como ‘parte. ’
Cabalá Para o Aluno

Sentar E Não Fazer Nada - Melhor

···… Não me posso mais impedir a mim mesmo com tudo o que há entre nós, então
tentarei a verdadeira e aberta advertência, pois eu preciso saber o verdadeiro valor de
uma palavra de verdade na nossa terra. Este tem sido o meu caminho - de
meticulosamente mergulhar em todas as ações da Criação, de saber o seu valor,
precisamente se ele é bom ou mau.

Meus pais deixaram-me apenas com esta fronteira, e eu já descobri tesouros nestas
paradas imagens que passam, pois há uma razão pela qual esta porção foi colocada
perante meus olhos. Estas encantadoras letras para frasear toda a sabedoria e todo o
conhecimento, que foram criadas apenas para combinações de sabedoria.

Primeiro, deixemo-nos julgar o atributo da indolência neste mundo. Em geral, não é de


todo um atributo mau e desprezível. A prova disso é que os nossos sábios já disseram,
"Sentar e não fazer nada - melhor." E embora o senso comum e certos textos neguem
esta regra, para ser mais exato em relação a isso, eu irei mostrar que "ambas são as
palavras do Deus vivo," e tudo será determinado.

É certamente claro que não há ações no mundo exceto Suas ações. E todos os outros
tipos de ações, além das Suas, mesmo nas almas, se elas dizem respeito ao seu próprio
eu, seria melhor que não tivessem sido criadas. Isto é porque isso vira as coisas de
pernas para o ar, dado que um ainda não mudou de receber para dar.

Então, não precisamos discutir um operador ou uma operação cujo fazedor está na
forma de receber, pois isso é completa vaidade, e não há dúvida que seria melhor estar
sentado e não fazer nada, uma vez que com tal ação, um ou se prejudica a si mesmo ou
aos outros. Ela não pode render qualquer benefício, como dissemos acima.

Eu não me preocupo de todo se alguns dos seus 248 órgãos se sentem desconfortáveis
com este governo, e até abertamente protestem contra minhas palavras, pois esta é a
natureza de toda a palavra de verdade: não requisita o consentimento de qualquer
mulher nascida, grande ou pequena. E quem quer que seja recompensado com o
conhecimento da Torá se torna o mais insistente.
Cabalá Para o Aluno

Se Eu Não Sou por Mim, Quem É por Mim?

Eu já disse anteriormente no nome do Baal Shem Tov que antes de fazer um Mitzva,
não deve considerar Providência Privada de todo. Em vez disso, deve dizer, "Se Eu não
sou por mim, quem é por mim?" Mas depois do fato, deve reconsiderar e acreditar que
não é "por meu poder e força de minha mão" que eu fiz este Mitzva, mas apenas pelo
poder do Criador, que o planeou para mim em avançado, e então fui compelido a o
fazer.

Esta é também a ordem em questões terrenas, pois espiritualidade e corporalidade são


iguais. Então, antes de sair para trabalhar e fazer os seus ganhos diários deve remover os
seus pensamentos da Providência Privada e dizer, "Se eu não sou por mim, quem é por
mim," e fazer tudo o que é feito na corporalidade para ganhar a sua vida como eles o
fazem.

Mas à noite, quando ele volta para casa com os seus ganhos, nunca deve pensar que o
seu próprio engenho lhe obteve este ganho. Em vez, mesmo que tivesse estado deitado
na cave todo o dia, ele ainda assim ganharia a sua vida, dado que foi isto que o Criador
tinha planeado para ele em avançado, e é assim que deve ser.

E embora pareça contraditório e inaceitável à mente superficial deve ainda assim


acreditar nisso, pois isto foi o que o Criador escreveu dele na Sua lei de livros e de
autores.

Este é o sentido da unificação de HaVaYaH-Elokim. HaVaYaH é a Providência Privada,


em que o Criador faz tudo, e Ele não precisa da ajuda de moradores de casas de barro.
Elokim (Deus), na Gematria, é "a natureza." E o que se comporta de acordo com a
natureza que Ele imprimiu nos sistemas do céu e terra corpóreos, e mantém as suas leis
como o resto dos corpóreos, e ao mesmo tempo acredita no nome HaVaYaH, isto é
Providência Privada, une-os, e eles tornam-se como um na sua mão. Então, ele rende
muito contentamento ao seu Criador e trás Luz a todos os mundos.

Este é o sentido dos três discernimentos: Mitzva (boa ação/mandamento), transgressão,


e permissão.

• Mitzva é o lugar da santidade.

• Transgressão é o lugar do Sitra Achra.

• Permissão é quando não é nem Mitzva ou transgressão. Este é o campo de


batalha sobre o qual a santidade e o Sitra Achra lutam.
Cabalá Para o Aluno

Quando faz o que é permitido, e não o une com a autoridade de Kedusha (santidade),
todo o local cai no domínio do Sitra Achra. E quando prevalece, e executa quantas
unificações é capaz, onde permitidas, este trás permissão de volta ao domínio de
Kedusha.

Então eu expliquei o que os nossos sábios disseram, "Ao curandeiro foi dada permissão
para curar." Isto significa que embora a cura esteja indubitavelmente nas mãos do
Criador, e o artifício humano não O moverão do Seu lugar, ainda, a sagrada Torá
afirma, "e irá fazê-lo ser completamente curado" deixando-o saber que esta é permissão,
o campo de batalha entre Mitzva e transgressão.

Então, nós mesmos devemos conquistar esta "permissão" e colocá-la sob Kedusha. E
como é conquistada? Quando visita um médico especialista, e o médico lhe dá um
remédio completamente testado que foi utilizado milhares de vezes. E depois é curado
deve acreditar que sem o médico, o Criador ainda assim o curaria, pois o seu tempo de
vida foi predeterminado. E em vez de cantar os louvores do médico humano, agradece e
louva o Criador, e então conquista a permissão e coloca-a no domínio de Kedusha.

É similar em outras questões de "permissão." Então, este expande os limites de Kedusha


e aumenta a Kedusha ao máximo. E de súbito, ele encontra-se completamente a si
mesmo de pé no Sagrado Palácio, dado que os limites de Kedusha se expandiram que
esta alcançou o seu próprio lugar.

Eu já lhe expliquei tudo isso a si várias vezes, uma vez que esta questão é um obstáculo
para algumas pessoas, que não tem clara percepção de Providência Privada. "Um
escravo está confortável sem responsabilidade," e em vez de trabalho, ele deseja o mais
garantido, e deseja ainda mais revogar as perguntas da sua fé e adquirir incontestável
comprovação de que está acima da natureza. É por isso que são castigados e seu sangue
está nas suas próprias cabeças, dado que depois do pecado de Adam HaRishon, o
Criador planeou uma correção para este pecado na forma da unificação de HaVaYaH-
Elokim, como expliquei.

E este é o significado de "com o suor de tua cara comerás tu pão." É da natureza


humana que quando consegue através de grandes esforços, acha muito difícil dizer que
foi dádiva do Criador. Então, tem espaço para trabalhar, para trabalhar com completa fé
na Providência Privada, e para decidir que obteria tudo isso mesmo sem o seu trabalho.
Então corrige esta transgressão.
Cabalá Para o Aluno

Percorrendo o Caminho da Verdade

Deixa-me escrever-te a respeito do pilar médio no trabalho de Deus, para que seja
sempre um alvo para ti entre direita e esquerda. Isto é porque há um que caminha que é
pior que o que se senta imóvel. É o que se desvia da estrada, pois o caminho da verdade
é uma linha muito fina que um caminha até que venha ao palácio do Rei.

E qualquer um que comece a caminhar no principio da linha precisa de grande cuidado


para não se desviar para a direita ou para a esquerda da linha, tanto quanto a grossura de
um cabelo, mesmo que um continue completamente a direito, é certo que ele não virá ao
palácio do Rei, pois ele não está a pisar a verdadeira linha, e esta é uma verdadeira
alegoria.

Deixa-me explicar-te o significado do pilar médio, que é o sentido de "A Torá, o


Criador, e Israel, são um." O propósito da alma, quando ela vem até ao corpo, é o de ser
recompensada com retornar à sua raiz e de se apegar a Ele, enquanto ainda revestida no
corpo, como está escrito, "de amar o Senhor teu Deus, e percorrer em todos os Seus
caminhos, e manter os Seus mandamentos, e se apegar a Ele." Tu verás que a questão
termina em "se apegar a Ele," como foi antes a se revestir no corpo.

Contudo, grande preparação é requisitada - que é de percorrer todos os Seus caminhos.


Todavia, quem sabe os caminhos do Criador? Certamente, este é o significado de "Torá,
que tem 613 caminhos." O que os caminha irá finalmente ser purificado até que seu
corpo não mais seja uma partição de ferro entre ele e seu Criador, como está escrito, "E
eu irei levar o coração de pedra de dentro de tua carne." Então irá ele apegar-se ao seu
Criador tal como foi antes do revestimento da alma no corpo.

Acontece que existem três discernimentos:

1. Israel é o que se esforça a si mesmo para voltar à sua raiz.

2. O Criador, é a raiz pela qual um anseia.

3. Os 613 caminhos da Torá, pelos quais um purifica a sua alma e corpo. São a
especiaria, como está escrito, "Eu criei a inclinação do mal, Eu criei para ela a
Torá como uma especiaria."

Porém, estes três são na verdade um e o mesmo. No fim, qualquer servo do Criador os
alcança como um, unido e unificado discernimento. Eles apenas aparecem estar
divididos em três devido a nossa incompletude no trabalho de Deus.

Deixa-me clarificá-lo a ti um pouco: tu verás a sua ponta, mas não a sua totalidade,
exceto quando Ele ta oferece. É sabido que a alma é uma parte de Deus Acima. Antes
que ela venha para um corpo, ela está anexada como um ramo à raiz. Vê no principio de
Cabalá Para o Aluno

A Árvore da Vida, que o Criador criou os mundos porque Ele desejou manifestar os
Seus Nomes Sagrados, "Misericordioso" e "Gracioso," e se não houvessem criaturas,
não haveria ninguém para quem ter misericórdia.

Todavia, quanto a caneta permite, e como eles disseram, "Toda a Torá é apenas os
nomes do Criador." O significado de realização é o de "o que não alcançamos, não
definimos por um nome." Está escrito nos livros que todos estes nomes são a
recompensa das almas, compelidas a vir para dentro do corpo, e sua estatura de acordo
com a sua realização.

Há uma regra: O sustento de qualquer coisa espiritual é de acordo com o mérito de, a
saber. Um animal corpóreo sente-se a si mesmo porque ele consiste de mente e matéria.
Então, uma sensação espiritual é certo discernimento, e a estatura espiritual é medida
pela quantidade de conhecimento, como está escrito, "Um é louvado de acordo com a
sua mente." Contudo, o animal sabe; ele não sente de todo.

Compreende a recompensa das almas: Antes que uma alma venha para um corpo, é
apenas um pequeno ponto, embora anexado à raiz como um ramo a uma árvore. Este
ponto é chamado "a raiz da alma e seu mundo." Tivesse ele não entrado neste mundo
num corpo, ele teria apenas o seu próprio mundo, isto é a sua própria parcela da raiz.

Porém, quanto mais é ele recompensado com percorrer nos caminhos do Criador, que
são os 613 caminhos da Torá que voltam a ser os próprios Nomes do Criador, mais a
sua estatura cresce, de acordo com o nível dos nomes que ele alcançou.

Este é o significado das palavras, "o Criador concede a todo e cada justo Shay (310 na
Gematria) mundos." Interpretação: a alma consiste de dois justos: Justos Superiores, e
Justos Inferiores, como o corpo é dividido do Tabur (umbigo) para cima e do Tabur
para baixo. Então ela adquire a Torá escrita e a Torá oral, que são duas vezes Shay,
sendo TaRaCh (620 na Gematria). Estes são os 613 Mitzvot da Torá e os sete Mitzvot de
Rabanan (dos nossos grandes Rabinos).

Está escrito na Árvore da Vida, "Os mundos foram criados apenas para revelar os
nomes do Criador." Então, tu vês que desde que a alma desceu para vestir esta
substância imunda, ela não mais se podia apegar à sua raiz, ao seu próprio mundo, como
antes de ela vir a este mundo. Em vez disso, ela deve aumentar a sua estatura 620 vezes
mais do que tinha anteriormente na raiz. Este é o significado de toda a perfeição todas
as NRNHY até Yechida. É por isso que Yechida é chamada Keter, implicando o numero
620 [9].

Então, podes ver que o significado dos 620 nomes, sendo os 613 Mitzvot da Torá e os
7 Mitzvot de Rabanan, são na verdade as cinco propriedades da alma, ou seja, NRNHY.
Cabalá Para o Aluno

Isto é porque os recipientes das NRNHY são dos supramencionados 620 Mitzvot, e as
Luzes de NRNHY são a própria Luz da Torá em todo e cada Mitzva. Segue-se que a
Torá e a alma são uma.

Porém, o Criador é a Luz de Ein Sof, revestida na Luz da Torá, encontrada nos acima
620 Mitzvot, como os sábios disseram, “toda a Torá é os nomes do Criador.” Isto
significa que o Criador é o todo, e os 620 nomes são partes e itens. Estes itens são de
acordo com os degraus e graus da alma, que não recebe a sua Luz de uma vez, mas
gradualmente, uma de cada vez.

De tudo o mencionado, descobres que a alma está destinada a alcançar todos os 620
Nomes Sagrados, sua estatura inteira, que é 620 mais do que tinha antes vir. Sua
estatura aparece nos 620 Mitzvot em que a Luz da Torá está revestida, e o Criador está
na Luz coletiva da Torá. Então podes ver que "a Torá, o Criador, e Israel" são realmente
um.

Voltemos à questão de que, antes da completude no trabalho de Deus, a Torá, o


Criador e Israel aparecem como três discernimentos. Por vezes, um deseja completar a
sua alma e retorná-la à sua raiz, que é considerada "Israel." E por vezes um deseja
compreender os caminhos do Criador e os segredos da Torá, "pois se um não sabe os
mandamentos do Superior, como O irá servir?" Isto é considerado "Torá.”

E por vezes um deseja alcançar o Criador, de se apegar a Ele com completo


conhecimento, e essencialmente se arrepende apenas disso, e não se agoniza sobre
alcançar os segredos da Torá, e também não se agoniza sobre retornar a sua alma à sua
origem, como era antes do seu revestimento num corpo.

Consequentemente, o que caminha sobre a verdadeira linha da preparação para o


trabalho de Deus deve sempre se testar a si mesmo: Anseia ele os três mencionados
discernimentos igualmente? Pois no final da ação equaliza com o seu principio. Se um
anseia um discernimento mais que o segundo ou o terceiro, então desvia-se do caminho
da verdade.

Então, é bom que te segures ao objetivo de ansiar pelo mandamento do Superior, pois
"o que não conhece os caminhos do Superior e os mandamentos do Superior, que são os
segredos da Torá, como irá ele O servir?" Entre todos os três, isto é o garante mais a
linha do meio.

Este é o significado de, "Abre para mim uma abertura de arrependimento, tal como um
ponto de agulha, e eu irei abrir para ti as portas onde carroças e carruagens entrem.”
Cabalá Para o Aluno

Interpretação: a abertura de um ponto de agulha não é para entrada e saída, mas para
inserir o fio para cozer e para trabalhar.

Similarmente, tu deves ansiar apenas o mandamento do Superior, para trabalhar. E


então eu irei abrir para ti uma porta tal como uma entrada para um salão. Este é o
significado do Nome Explicito no verso, "mas na própria ação [10] como eu vivo e toda
a terra será preenchida com a glória do Senhor.”

[9] Nota de tradutor: Em Hebraico, Keter contem as mesmas letras que TaRaCh.

[10] Nota de tradutor: a palavra 'realmente' é soletrada como 'salão' em Hebraico.


Cabalá Para o Aluno

A Pessoa Está Onde Pensa que Está

Salvaguarde seus pés de sofrer prematuramente o abanão dum homem, dado que "um
está onde este pensa." Então, quem está certo que não lhe irá faltar nada, pode
concentrar os seus esforços nas palavras da Torá, pois "abençoados se apegam a
abençoados.”

Mas com a ausência de confiança, este terá de labutar, e qualquer labuta é do Sitra
Achra, "e o amaldiçoado não se apega ao abençoado," dado que este não será capaz de
devotar todos os seus esforços às palavras da Torá. Mas se deseja vaguear além mar,
este não deve considerar estas palavras de todo, mas voltar à sua rotina quão rápido
possível, como se por compulsão diabólica, para que não disperse suas centelhas em
tempos e locais em que não estão ainda adequadamente unificadas.

E saiba que nenhuma falha é atribuída aos inferiores exceto num tempo e lugar que são
permitidos, como é agora. Eu desejo dizer que se defraudar, arrepender, ou desesperar
no presente momento, este deita fora todos os tempos e todos os lugares no mundo. Este
é o significado de "A cólera de um momento, que vale ela? Um momento.”

Então, não pode haver correção a uma pessoa a menos que alinhe todos os presentes e
futuros momentos e os dedique ao Seu Grande Nome. E o que rejeita o presente
momento, pois é duro revela a sua insensatez a todos - que todos os mundos e todos os
tempos não são para ele, pois a luz da sua face não está revestida nos tempos
transitórios, embora o trabalho de um homem seja necessariamente alterado por eles.
Pois esta é a razão, o credo e a confiança acima da razão que foram preparadas para nós
por mérito de nossos sagrados patriarcas, que a utiliza sem esforço em tempos difíceis.
Cabalá Para o Aluno

Uma Alegoria sobre o Filho do Homem Rico na Adega

Pareceria que devemos ser precisos na palavra Teshuva (arrependimento / retorno);


devia ter sido chamada "preenchimento" - que tudo é predeterminado e cada alma já se
encontra na sua mais alta Luz, beneficio e eternidade.

Foi apenas pelo pão da vergonha que a alma surgiu através das restrições, até que
vestisse o tenebroso corpo, e apenas através dele volta ela à sua raiz de antes da
restrição. Também, a sua recompensa pelo movimento que teria atravessado é que a
verdadeira recompensa é verdadeira Dvekut (adesão). Isto significa que esta está livre
do pão da vergonha, dado que seu recipiente da recepção foi tornado em recipiente de
dar e sua forma é igual ao seu Criador.

Agora você compreende que se a descida é pelo propósito de ascensão é considerada


como ascensão e não como descida. E certamente, a descida em si é a ascensão, dado
que as próprias letras da oração estão preenchidas de abundância, enquanto que com
uma curta oração a recompensa fica aquém pois as letras estão em falta. Também,
nossos sábios disseram, "Tivesse Israel não pecado, ter-lhes-iam sido dados apenas os
cinco livros de Moisés e o livro de Josué."

Ao que se parece? É como um homem rico que tinha um filho jovem. Um dia, o homem
tinha de viajar para longe durante muitos anos. O homem rico temia que seu filho
dispersasse suas posses imprudentemente; então, ele orquestrou um plano e trocou as
suas posses por gemas e jóias e ouro. Ele também construiu uma adega, fundo no chão,
e trancou todo o seu ouro e gemas lá, juntamente com seu filho.

Então ele chamou seus servos leais e mandou-os guardar o seu filho e não o deixar sair
da adega até que ele tivesse vinte anos de idade. Todo o dia, lhe levavam lá a baixo a
sua comida e bebida, mas sob nenhuma condição levariam a baixo fogo e velas. E
deveriam também inspecionar as paredes por rachas, para que nenhuma luz do sol
penetrasse. E para a sua saúde, eles levá-lo-iam para fora da adega durante uma hora por
dia, e caminhariam as ruas com ele, mas cuidadosamente observando, para que ele não
escapasse. E quando ele fizesse os vinte, eles dar-lhe-iam velas e abririam uma janela e
deixá-lo-iam sair.

Naturalmente, a dor do filho era imensurável, especialmente quando ele caminhava no


exterior e via todos os jovens a comer e beber e a rejubilar nas ruas, sem guardas e sem
um tempo limitado, enquanto que ele estava aprisionado com apenas alguns momentos
de luz. E se ele tentasse correr, ele seria espancado sem misericórdia. E ele estava mais
magoado e deprimido quando ele ouvia que o seu próprio pai lhe tinha trazido toda esta
dor sobre ele, pois eles eram servos de seu pai, executando a ordem de seu pai.
Claramente, ele pensava que o seu pai fosse o homem mais cruel de todos os tempos,
pois quem alguma vez ouviu de tal coisa?
Cabalá Para o Aluno

No dia do seu vigésimo aniversário, os servos penduraram uma vela, como seu pai tinha
ordenado. O rapaz pegou na vela e começou a examinar o que o rodeava. E que viu ele?
Sacos cheios de ouro e toda a generosidade da realeza. Apenas então compreendeu ele
seu pai - que era verdadeiramente misericordioso - e tudo o que ele tinha feito, ele o fez
para seu próprio bem. E ele imediatamente se apercebeu que os guardas o deixariam sair
da adega e ser livre. E então ele o fez; ele saiu da adega, e não haviam guardas, ou
servos cruéis, e ele foi o maior de todos os abastados da terra.

Na verdade, aqui não há inovação de todo, pois se torna aparente que ele era de grande
riqueza para começar, todos os seus dias, e ele apenas sentia que era pobre e indigente, e
completamente miserável. E agora, num único momento, tinha-lhe sido dada imensa
riqueza e elevou-se do mais profundo fosso ao mais elevado cume.

Mas quem pode compreender esta alegoria? O que compreende que os "pecados" são a
profunda adega e o guarda cuidadoso ao qual não irá escapar. Então, evidentemente, a
adega e o olhar atento são os "méritos" e a misericórdia de seu pai sobre seu filho. Mas
os "pecados" são "pecados a sério," não "erros," e não deve ser forçado. Em vez disso,
antes que volte à sua riqueza, a supramencionada emoção governa no sentido mais
amplo. Mas depois de voltar à sua riqueza, este vê que todas estas eram as misericórdias
do pai, e não crueldade de todo.

Devemos compreender que toda a ligação de amor entre o pai e seu filho único depende
do reconhecimento do filho da misericórdia do pai por ele, no que respeita ao assunto da
adega, a escuridão, e o olhar atento. Isto é porque o filho descobre grandes esforços e
sabedoria profunda nestas misericórdias do pai.

O Sagrado Zohar, também, fala sobre isso, dizendo que o que é recompensado com
arrependimento, a Sagrada Divindade aparece como uma mãe de bom coração que não
via a sua criança há muitos dias. E eles fizeram grandes esforços para se verem um ao
outro, e como resultado, sofreram durante muito grande perigo.

No fim, a muito esperada liberdade tinha vindo até eles, e foi-lhes atribuído o encontro.
E então a mãe caiu sobre ela e beijou e confortou-a, falando suavemente a ela todo o dia
e toda a noite. Ela contou-lhe do anseio e o perigos durante o seu percurso, e como
estava com ela desde sempre, e a Divindade não se mexeu, mas sofreu com ela em todos
os lugares, apenas ela não o conseguia ver.

Estas são as palavras de O Zohar: Ela diz-lhe, "Aqui nós dormimos; aqui fomos
assaltados por bandidos, e fomos salvos, e aqui escondemo-nos num buraco fundo." E
que tolo não compreenderia a multidão do amor, agrado, e deleite que jorra destas
histórias confortantes?
Cabalá Para o Aluno

Na verdade, antes de eles se terem encontrado face a face, parecia como tormentas que
são mais duras que a morte. Mas com uma Nega (doença / dor), o Ayin (a última letra na
palavra Hebraica) está no fim da palavra. Contudo, quando falando palavras
confortantes, o Ayin está no principio da palavra, que é certamente Oneg (prazer).

Mas estes são dois pontos que brilham apenas assim que existam no mesmo mundo. E
imagine um pai e filho que esperavam ansiosamente um pelo outro por dias e anos. No
final eles encontram-se, mas o filho estava surdo e mudo, e eles não podiam brincar um
com o outro. Então, a essência do amor está nos prazeres da realeza.
Cabalá Para o Aluno

O Senhor é Tua Sombra

O Baal Shem Tov deu um claro sinal através do qual saber quanto o Criador está a
brincar consigo - ao examinar o seu coração e ver quanto está a brincar com o Criador.
Assim são todos os assuntos, por meio de "o Senhor é tua sombra.”

Então, o que ainda sente uma distinção entre "saber" e "acariciar" ainda precisa unir o
coração. Isto é assim, pois da perspectiva do Criador, eles são um e o mesmo, e o
Criador habita verdadeiramente no coração de todos de Israel. Isto é assim da Sua
perspectiva. Então, de que precisamos? Apenas de o saber. A consciência muda e a
consciência completa, e este é significado de "o Senhor é tua sombra."
Cabalá Para o Aluno

O Trabalho é o Mais Importante

Meu querido filho, Baruch Shalom,

Eu recebi tua carta e felicito-te pela Shemicha (ordenação rabínica) que obtiveste. Esta
foi a primeira parede que bloqueava teu caminho de avançar. Eu espero que deste dia
em frente venhas a ser bem sucedido e avançar de força em força, até que entres no
Palácio do Rei.

Eu gostaria que obtivesses outra Semicha, mas deste dia em frente, apressa-te a passar
maior parte do tempo a preparar teu corpo para reunir força e coragem "como um boi
para o fardo e um burro para a carga" de forma a não ser perdido um único momento.

E caso perguntes, "Onde está esta preparação?" Eu dir-te-ei que no passado, era
necessário obter todos os sete ensinamentos seculares e atravessar terríveis tormentos
próprios antes de alcançar o Criador. Contudo, não muitos foram recompensados com o
favorecimento do Criador. Mas dado que fomos recompensados com os ensinamentos
do Ari e o trabalho do Baal Shem Tov, está verdadeiramente ao alcance de todos, e
nenhuma preparação adicional é requisitada.

Caso teus pés trilhem sobre esses dois, e com a misericórdia de Deus sobre mim, eu fui
favorecido por Ele, e eu recebi-os com ambas minhas mãos, e minha mente é tão
próxima a ti como pai é próximo ao seu filho. Eu irei certamente passá-los a ti quando
sejas digno para receber de boca a boca.

Mas o mais importante é o trabalho, de desejar labutar no Seu trabalho. Isto é porque o
trabalho vulgar não conta de todo, mas apenas os pedaços que estão além do vulgar, que
são chamados "trabalho." É como uma pessoa que precisa de um quilo de pão para
satisfação - toda a sua refeição não é considerada uma refeição satisfatória, exceto o
último pedaços do quilo. Esse pedaço, por toda a sua pequenez, faz a refeição
satisfatória.

Similarmente, por cada trabalho, o Criador retira apenas o excesso além do vulgar, e
estes irão tornar-se as Otiot (letras) e os Kelim (recipientes) para a recepção da Luz da
Sua face.
Cabalá Para o Aluno

A Associação de Misericórdia com Julgamento

A essência do trabalho é a escolha, isto é "então escolhe a vida," que é Dvekut (adesão),
Lishma (em Seu Nome). Então, um é recompensado com Dvekut com a Vida das Vidas.

Mas quando há Providência aberta, não há espaço para escolha. Por este motivo, o
Superior elevou Malchut, que é Midat ha Din (a qualidade de julgamento) aos Eynaim
(olhos). Isto criou uma ocultação, isto é tornou-se aparente ao inferior que há uma
carência no Superior, que não há Gadlut (grandeza) no Superior. Nesse estado, as
qualidades do Superior são colocadas com o inferior; isto é, elas são carentes.

Segue-se que estes Kelim (recipientes) são iguais ao inferior: pois não há sustento ao
inferior, não há sustento às qualidades Superiores. Isto significa que não há sabor na
Torá e Mitzvot; eles são sem vida.

Nesse estado, há espaço para escolha, isto é o inferior deve dizer que toda esta ocultação
que um sente é porque o Superior se restringiu a Si mesmo em favor do inferior. Isto é
chamado, "quando Israel está em exílio, Divindade está com eles." Então, quaisquer
sabor que um prove, este diz que não é sua culpa por não provar a vivacidade, mas que
na sua visão não há verdadeiramente vida no Superior.

E se um se torna fortalecido e diz que o sabor amargo que descobre nestes alimentos é
apenas porque ele não tem os recipientes adequados para receber a abundância, porque
os seus recipientes são de recepção e não de dar, e se arrepende que o Superior tenha de
se esconder a Si mesmo, que permite ao inferior a caluniar, isto é considerado MAN que
o inferior eleva. Através dele, o Superior eleva o seu AHP, e ascensão significa que o
Superior pode mostrar ao inferior o louvor e deleite nos recipientes do AHP que o
Superior pode revelar. Então, em respeito ao inferior, o Superior eleva o GE do inferior,
pela visão do inferior do mérito do Superior. Acontece que o inferior se eleva
juntamente com o AHP do Superior.

Então, quando o inferior vê a grandeza do Superior, através dela, o inferior em si cresce.


Mas no principio, o inferior é digno de receber apenas Katnut (pequenez). E quando
Gadlut (grandeza) surge no Superior, há uma divisão entre a direita e esquerda, entre
acreditar e saber.

Mas o Superior, também, é então diminuído pelo inferior, considerado um Masach de


Hirik. Por outras palavras, para que o inferior receba os graus do Superior, para receber
sabendo apenas pela medida de fé, e não além, isso é considerado que o inferior
restringe a linha esquerda do Superior. Isto é, o inferior é a causa. E então, o inferior
pode existir porque este é compreendido tanto de saber e acreditar. Isto é chamado "três
linhas," e é especificamente desta maneira que o inferior recebe a perfeição.
Cabalá Para o Aluno

A Sociedade como Condição para Alcançar a


Espiritualidade.

Matan Torá (A Doação da Torá)


“Ama ao próximo como a ti mesmo (Levítico 19, 18 )”

Rabbi Akiva diz: “esta é uma grande regra na Torá”

1) Essa afirmação exige explicação. Porque a palavra lei (a palavra lei em hebraico
também significa total – Chaim Ratz) indica uma soma de detalhes que, quando
reunidos, formam o total acima. Portanto quando ele diz, sobre a Mitzva ‘ama ao
próximo como a ti mesmo’, que esta é uma grande regra na Torá, devemos entender que
todas as outras 612 Mitzvot (preceitos) na Torá, com todas as suas interpretações, não
são mais nem menos que a soma dos detalhes inseridos e contidos nessa única Mitzva
de ‘ama ao próximo como a ti mesmo’. Isso é surpreendente, porque pode ser dito
quanto aos preceitos entre o homem e seu próximo, mas como é possível que esse único
preceito dê fundamento a todos os preceitos entre o homem e o Senhor, que são a vasta
maioria?

2) E ainda que nós nos esforcemos para encontrar um modo de conciliar suas palavras,
vem-nos um segundo dito, ainda mais notável, sobre um convertido que se apresentou a
Hilel e pediu-lhe: ‘Ensina-me toda a Torá enquanto eu fico num pé só’. E ele respondeu:
‘nada que você odeia, faça ao seu amigo (a tradução do Aramaico para ‘ama ao próximo
como a ti mesmo’) e o resto significa: vá estudar’. Apresenta-se então uma clara lei
(Halacha), que em todos os 612 preceitos e todos os escritos na Torá não há nenhum
preferível ao ‘ama ao próximo como a ti mesmo’, porque eles somente procuram
interpretar e permitir-nos observar o preceito de amar ao próximo sem reservas, pois ele
diz especificamente: ‘o resto significa: vá estudar’. Isso quer dizer que todo o resto da
Torá são interpretações desse único preceito, que não pode ser completo senão pelos
outros.

3) Antes que nos aprofundemos no âmago disto, precisamos observar esse preceito
cuidadosamente, como nos foi dito: ‘ama ao próximo como a ti mesmo’. A expressão ‘a
ti mesmo’ nos diz que é preciso amar ao amigo na mesma medida em que você ama a si
mesmo, e de modo algum menos do que isso. Quer dizer que você precisa
constantemente estar alerta para satisfazer as necessidades de cada um da nação
israelita, assim como você está alerta para satisfazer às suas próprias. Isso é
Cabalá Para o Aluno

completamente impossível, pois não são muitas as pessoas que podem satisfazer suas
próprias necessidades durante o dia de trabalho, assim, como se pode dizer a elas que
satisfaçam os desejos da nação inteira? E nós não podemos de modo algum pensar que a
Torá exagera, pois ela nos avisa para não adicionar nem subtrair, para demonstrar que
essas palavras são leis que nos foram dadas com extrema precisão.

4) E se isso ainda não for o bastante para vocês, deixem-me dizer que a simples
explicação desse preceito de amar seu companheiro é ainda mais severa – pois nós
devemos colocar as necessidades de nossos amigos à frente das nossas próprias, como
nossos sábios escreveram quanto ao versículo ‘porque ele está feliz contigo
(Deuteronômio, 15, 16)’, que se refere ao escravo hebreu: ‘se ele tiver só um
travesseiro, e se ele dormir com esse travesseiro e não o der ao seu escravo, ele não
observa ‘porque ele está feliz contigo’, pois ele se deita em um travesseiro e o escravo,
no solo. E se ele não se deitar no travesseiro, mas também não o der ao escravo, esta é a
lei sodomita. Portanto, contra a sua vontade, ele deve dar o travesseiro ao escravo,
enquanto o mestre dorme no chão’.

Também encontramos a mesma instrução na frase sobre a medida do amor ao próximo,


pois aqui também se compara a satisfação das necessidades do amigo com a satisfação
das próprias necessidades, como no exemplo ‘porque ele está feliz contigo’, relativo ao
escravo hebreu. Assim aqui também se ele tem apenas uma cadeira e seu amigo não tem
nenhuma, há um veredicto de que se ele se sentar na cadeira e não a der ao seu amigo,
ele descumpre o mandamento de ‘ama ao próximo como a ti mesmo’, porque ele não
satisfez as necessidades de seu amigo como ele satisfaz as suas próprias. E se ele não se
sentar na cadeira, nem a der ao seu amigo, isso é tão ruim quando a regra sodomita.
Assim ele precisa deixar que seu amigo se sente na cadeira enquanto ele fica de pé, ou
senta-se no chão. Entende-se que esta é a lei relativa a tudo o que está ao seu dispor, que
seu amigo não tem. E agora vamos ver se esse preceito é de algum modo praticável.

5) Primeiro nós precisamos entender por que a Torá foi dada à nação israelita e não a
todos os povos no mundo. Será que há,Deus proíba, algum nacionalismo envolvido
aqui? Naturalmente, apenas uma pessoa insana poderia pensar assim. De fato nossos
sábios examinaram essa questão, e isso é o que eles querem dizer com as palavras:
‘D’us a deu a todas as nações e línguas, e eles não quiseram recebê-la’.

Mas o que eles acham surpreendente é por que então, nós fomos chamados o povo
escolhido, como está escrito: ‘o Senhor vosso Deus vos escolheu (Deuteronômio 7,6)’,
se não havia outra nação que quisesse isso? Além do mais, pode ser que o Senhor tenha
vindo com a Torá em Suas mãos para negociar com esses povos selvagens? Tal coisa
nunca foi ouvida antes e é completamente inaceitável.

6) Mas quando nós entendermos completamente a essência da Torá e das Mitzvot que
nos foram dadas, e o seu propósito, como nossos sábios nos instruíram, que é o
Cabalá Para o Aluno

propósito da grande criação que está diante de nossos olhos, então compreenderemos
tudo. Pois o primeiro postulado é que não há ato sem propósito. E não há exceção aqui,
a não ser para os seres humanos mais humildes, ou para as crianças. Assim, é certo que
o Criador, cuja exaltação está acima de nossa compreensão, não praticaria um ato
grande ou pequeno sem um propósito.

Sobre isso, nossos sábios nos dizem que o mundo foi criado apenas para o propósito de
observar Torá e Mitzvot, ou seja, como aprendemos de nossos sábios, que o objetivo do
Criador desde quando Ele criou Sua criação, é revelar Sua Divindade a outros. Porque a
revelação de sua Divindade atinge a criatura como uma prazerosa generosidade, sempre
crescente, até que atinja a medida desejada. E assim os humildes se elevam com
verdadeiro reconhecimento e tornam-se a carruagem para Ele, e ascendem a Ele até que
encontrem sua plenitude final: ‘nem os olhos viram um Deus além de Ti (Isaías 64,3)’.
E por causa da grandeza e glória dessa perfeição, nem a Torá nem a profecia
exprimiram uma única palavra de exagero aqui, como dizem nossos sábios: ‘Todos os
profetas não fizeram suas profecias, senão para os dias do Mashiach, para o mundo
vindouro, nem o olho viu um Deus além de Ti’.

Essa perfeição está expressa na Torá, na profecia e nas palavras de nossos sábios, pela
simples palavra ‘adesão’. Mas pelo uso comum dessa palavra pelas massas, ela perdeu
quase todo o seu conteúdo. Mas se você detiver sua mente sobre essa palavra somente
por um instante, você será inundado por sua maravilhosa dimensão, pois você poderá
imaginar a exaltação do Criador e a humildade da criatura, poderá perceber o que
significa adesão das criaturas com o Criador e por que nós atribuímos a essa palavra o
propósito da inteira criação.

Portanto o propósito da inteira criação é que as humildes criaturas sejam capazes,


através da observação da Torá e das Mitzvot, de elevar-se mesmo acima, até que
alcancem a adesão com seu Criador.

7) Mas aqui vêm os Cabalistas e perguntam: Por que nós já não fomos criados nessa
elevada dimensão de adesão, desde o início? Que razão Ele teria para nos dar esse fardo
e o labor da criação, e a Torá e as Mitzvot? E eles responderam: ‘Aquele que come
aquilo que não é seu, tem medo de olhar na sua face’, ou seja, aquele que come e tem
prazer naquilo que vem do labor de seu amigo tem medo de olhar na sua face, porque
assim ele se torna mais e mais humilhado até que perca toda a humanidade. E porque
aquilo que emana da Sua perfeição não pode ser falho, Ele nos deu lugar para ganhar
nossa própria exaltação, através de nosso trabalho em Torá e Mitzvot.

Essas palavras são extremamente profundas e eu já as expliquei em meu livro Panim


Me’irot e Masbirot para a Árvore da Vida na primeira divisão, e no livro Talmud Eser
haSefirot – Reflexão Interna, Parte 1. Aqui eu as explicarei resumidamente para que
todos as entendam.
Cabalá Para o Aluno

8 ) É como um homem rico, que escolhe um homem no mercado e o alimenta, e dá-lhe


ouro e prata e tudo o que ele deseje todos os dias, e a cada dia o cobre com mais
presentes do que no dia anterior. Finalmente o homem rico pergunta: por favor, me
diga, todos os seus desejos foram satisfeitos? E o homem pobre do mercado responde,
não ainda, pois como seria prazeroso e maravilhoso se todas essas posses e coisas
preciosas viessem a mim através de meu próprio trabalho, como vieram a você, e eu não
estivesse recebendo a caridade das suas mãos. O homem rico disse então: nesse caso,
nunca nasceu uma pessoa que pudesse satisfazer seus desejos.

Isso é natural, porque por um lado ele experimenta um grande prazer e aproveita as
coisas mais e mais, na medida em que o homem rico as dá, mas por outro lado, é duro
para ele tolerar a vergonha da excessiva bondade com que o rico o agracia. Isto porque
há uma lei natural, de que o receptor sinta vergonha e impaciência ao receber presentes
gratuitos do doador, como resultado da compaixão ou piedade. Daqui deriva uma
segunda lei, de que nunca haverá ninguém capaz de satisfazer completamente as
necessidades de seu amigo, porque ao fim não poderá dar a ele a natureza e a forma da
auto-possessão, que somente se atinge com a desejada perfeição.

Mas isso se refere somente às criaturas, enquanto que, quanto ao Criador, é


completamente impossível e inaceitável. E é por isso que Ele preparou para nós a labuta
e a preocupação com Torá e Mitzvot, para produzirmos nossa exaltação por nós
mesmos, porque então a delícia e o prazer que dele, vêm a nós, ou seja, tudo o que está
incluído na adesão com Ele, serão nossas posses, que vieram a nós através de nossos
próprios esforços. Então nós nos sentiremos como os proprietários, sem o que, não é
possível haver a sensação de plenitude.

9) De fato nós precisamos examinar o coração e a fonte dessa lei natural, e quem é que
gerou o flagelo da vergonha e impaciência que nós sentimos quando recebemos
caridade de alguém. É uma lei reconhecida pelos cientistas, que cada ramo traga a
mesma natureza de sua raiz, e que todos os comportamentos da raiz, o ramo também
deseje, procure e anseie. E por outro lado, todos os comportamentos que não estejam na
raiz, seu ramo se distancia deles e não consegue tolerá-los, e é prejudicado por eles.
Essa lei se encontra entre cada raiz e cada ramo, e não pode ser quebrada.

Agora se abre perante nós a porta para compreender a fonte de todos os prazeres e dores
que subsistem neste mundo. Pois como o Senhor é a raiz de suas criações, tudo o que
subsiste nele e se estende a nós, diretamente dele, nós sentimos como prazeroso,
delicioso, porque nossa natureza está próxima à nossa raiz.

Comportamentos que não subsistam nele, e que não se estendam diretamente dele, de
acordo com a própria polaridade da criação, são contra nossa natureza e difíceis para
nós de tolerar. Por exemplo, nós amamos descansar e odiamos nos mover muito, de
Cabalá Para o Aluno

modo que nós não fazemos nem um único movimento se não for para atingir o repouso.
Isto é porque nossa raiz é imóvel, em constante repouso, e nenhum movimento existe
Nele, Deus proíba. Assim, o movimento também é odiado por nós, e contrário à nossa
natureza.

Pelo mesmo raciocínio, nós amamos a sabedoria, a força e a riqueza, porque tudo isto
subsiste Nele, que é nossa raiz. E assim nós odiamos seus opostos, tais como a tolice, a
fraqueza e a pobreza, porque não subsistem Nele, e por isso nos são intoleravelmente
odiosos e nocivos.

10) É isto que nos dá o intolerável sabor da vergonha e impaciência quando recebemos
caridade de outros, por meio da caridade, porque no Criador não existe, Deus proíba,
nada parecido com a recepção de favores, porque de quem Ele poderia receber? E como
esse elemento não existe em nossa raiz, nós o sentimos como repulsivo e asqueroso. Por
outro lado, nós sentimos delícia e prazer com cada doação que fazemos aos outros, pois
nosso comportamento subsiste em nossa raiz, que é benevolente.

11) Agora encontramos um modo de investigar o propósito da criação, que é a adesão


com Ele em sua verdadeira aparência. Essa exaltação e adesão, que está garantida a vir a
nós através de nosso trabalho em Torá e Mitzvot, não é mais nem menos que a
equivalência dos ramos com sua raiz, da qual cada bondade, prazer e sublimidade torna-
se uma extensão natural - como dissemos acima, esse prazer está somente na
equivalência de forma com o Criador. E quando nos equalizamos a cada comportamento
que está em nossa raiz nós sentimos delícia, e tudo o que não está em nossa raiz torna-se
intolerável, repugnante ou consideravelmente doloroso para nós. E nós naturalmente
achamos que nossa única esperança depende de nossa equivalência com nossa raiz.

12) Essas são as palavras de nossos sábios quando perguntaram: ‘Por que Deus se
importaria se alguém corta (*para matar o gado) na garganta ou no pescoço?’ – Afinal,
as Mitzvot foram dadas para purificar o povo, e essa purificação significa a purificação
do corpo sombrio, que é o propósito que emerge da observação das Mitzvot.

‘Uma mula selvagem se transformará em homem’ (Jó, 11,12), porque quando ele sai do
âmago da criação, ele está em extrema imundície e baixeza, ou seja, uma multiplicidade
de amor próprio que está impressa nele, de quem cada movimento gira somente em
torno de si mesmo, sem uma partícula de doação aos outros.

Nessa situação ele está na mais extrema distância da raiz, na outra extremidade, pois a
raiz é toda doação sem nenhuma ínfima sugestão de recepção, enquanto o recém-
nascido é totalmente recepção para si mesmo, sem nenhuma ínfima sugestão de doação.
Por isso essa situação é considerada como o ponto mais baixo e corrupto, que é nosso
mundo humano.
Cabalá Para o Aluno

Na medida em que ele cresce, ele recebe de seu ambiente porções de ‘doação aos
outros’, dependendo dos valores e do desenvolvimento de seu ambiente. E então ele é
iniciado em Torá e Mitzvot pelo propósito do amor próprio, para recompensa neste
mundo e no próximo, o que é chamado não para o Seu nome, porque ele não pode ser
acostumado de outra forma.

Quando ele cresce mais alguns anos, ele é ensinado como deve observar Mitzvot em
Seu nome, o que significa, com uma especial intenção, somente para trazer
contentamento ao seu Criador, como disse o Rambam: ‘não se deve dizer a mulheres e
crianças para observar Torá e Mitzvot pelo Seu nome, porque não podem suportar isto.
Somente quando crescem e adquirem conhecimento e sabedoria pode-se lhe dizer para
trabalhar pelo Seu nome’. E como disserem nossos sábios: ‘de não pelo Seu nome, a
pessoa vem a pelo Seu nome’, o que é definido como a intenção de dar contentamento
ao seu Criador, e não por nenhum amor próprio.

Através do remédio natural do estudo de Torá e Mitzvot pelo Seu nome, que o doador
da Torá conhece, nossos sábios disseram: ‘o Criador disse: eu criei a má inclinação, e
criei a Torá como tempero’, que a criatura desenvolve e marcha adiante em degraus da
supra citada exaltação, até que ela perca todas as reminiscências de amor próprio e todas
as Mitzvot em seu corpo aflorem, e ela desempenhe todas as suas ações somente para
beneficiar, de modo que até mesmo a necessidade que ela receba flua na direção da
doação, ou seja, para que ela possa doar. E isso é o que nossos sábios disseram: ‘as
Mitzvot não foram doadas senão para purificar o povo com elas’.

13) Há duas partes na Torá: 1) Mitzvot entre o homem e Deus, e 2) Mitzvot entre o
homem e seu próximo, e ambas almejam a mesma coisa – trazer a criatura ao propósito
final de adesão com Ele.

Além disso, mesmo o lado prático de ambas é realmente um e o mesmo, porque quando
alguém pratica um ato pelo Seu nome, sem nenhuma mistura de amor próprio, ou seja,
sem encontrar nenhum benefício para si mesmo, então a pessoa não sente nenhuma
diferença em estar trabalhando pelo amor de seu próximo ou pelo amor do Criador.

Isto é porque é uma lei natural para qualquer ser que qualquer coisa fora de seu próprio
corpo seja considerada irreal e vazia, e qualquer movimento que a pessoa faça para
amar seu próximo, ela o faz pela luz que retorna, e receberá alguma recompensa que
finalmente virá a ela e lhe servirá para seu próprio bem. Portanto, tal ato não pode ser
considerado ‘amor ao próximo’, porque é julgado pelo seu fim, e é como o aluguel, que
ao final não é pago. Porém, o ato de alugar não é considerado amor ao próximo.

Mas fazer qualquer espécie de movimento tendo como causa somente o amor aos
outros, ou seja, sem uma partícula de luz em retorno, e nenhuma esperança de qualquer
Cabalá Para o Aluno

espécie de auto-gratificação é completamente impossível. Sobre isto, diz-se no Zohar


que ‘todo ato de misericórdia que eles praticam é apenas para si mesmos’.

Isso significa que todas as boas ações que eles fazem, seja para seus amigos ou para seu
Deus, não são por causa de seu amor pelos outros, mas por causa de seu amor por si
mesmos. E isso é assim, porque isto (*o amor ao próximo) é completamente anti-
natural.

Assim, somente aqueles que observam Torá e Mitzvot estão qualificados para isto,
porque treinando-se para observar Torá e Mitzvot para dar contentamento ao seu
Criador, a pessoa gradualmente se separa do âmago da criação natural e adquire uma
segunda natureza, que é o supra-mencionado amor ao próximo.

Foi isto que trouxe os Cabalistas do Zohar a excluir as nações do mundo do problema
de amar ao próximo, quando disseram que ‘cada ato de misericórdia que eles praticam é
apenas para si mesmos’, porque elas não estão envolvidas em observar Torá e Mitzvot
em Seu nome, e o tema de sua adoração a seus deuses é por confiar na recompensa neste
mundo e no próximo. Portanto, sua adoração aos seus deuses é por causa de seu amor
próprio, e eles nunca praticarão nenhuma ação que esteja fora dos limites de seus
próprios corpos, e então não serão capazes de se elevar nem mesmo um fio de cabelo
acima de sua natureza básica.

14) Portanto podemos ver claramente que para aqueles que observam Torá e Mitzvot
em Seu nome, não há diferença entre as duas partes da Torá, nem mesmo no lado
prático, porque antes que pratique isto, a pessoa é compelida a sentir qualquer ato de
doação, seja quanto ao próximo seja quanto a Deus, como de um vazio inconcebível.
Mas através de grande esforço, lentamente a pessoa se eleva e adquire uma segunda
natureza, e então chega ao propósito final, que é a adesão com Ele.

Neste caso, é razoável pensar que a parte da Torá, que lida com a relação entre o
homem e seu próximo, é mais capaz de trazer a pessoa ao objetivo desejado, porque o
trabalho em Mitzvot entre a pessoa e o Senhor é fixo e específico e a pessoa se
acostuma a ele facilmente, e tudo o que é feito por hábito já não é mais útil, enquanto as
Mitzvot entre a pessoa e seu próximo se modificam, são irregulares, são exigências
constantemente renovadas para onde quer que a pessoa se volte. Assim sua virtude é
muito mais eficiente e certa, e sua intenção é mais próxima.

15) Agora podemos entender as palavras de Hillel HaNassi para Giora, que a essência
da Torá é: ama ao próximo como a ti mesmo, e as demais seiscentos e doze Mitzvot são
apenas interpretação disto. E mesmo as Mitzvot entre o homem e Deus também são
consideradas uma qualificação para esta Mitzva, como disseram nossos sábios: ‘A Torá
e as Mitzvot não foram dadas para outro objetivo além de purificar Israel com elas’, o
que é a purificação do corpo, até que a pessoa alcance uma segunda natureza definida
Cabalá Para o Aluno

por seu amor ao próximo, ou seja, o único preceito de ‘Amar ao próximo como a si
mesmo’, que é o objetivo final da Torá, após o que a pessoa imediatamente atinge a
adesão a Deus.

Mas não se deve ficar surpreso pelo fato de isto não estar definido nas palavras: ‘E
amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma e com toda a
tua força’ (Deuteronômio 6,5). Isto é porque de fato, com relação ao homem, que ainda
está dentro da natureza da criação, não há diferença entre amar a Deus e amar ao
próximo, porque nada além dele mesmo é real para ele. É por isso que aquele prosélito
pediu a Hillel HaNassi para explicar-lhe o objetivo desejado pela Torá, para que ele
atingisse seu objetivo com facilidade e não precisasse percorrer um longo caminho,
como ele disse: ‘ensina-me toda a Torá enquanto eu fico num pé só’. Assim Hillel
definiu a Torá para ele como amor ao próximo, porque seu objetivo está mais próximo e
se revela mais rápido, já que é à prova de enganos e tem exigências.

16) Nas palavras acima encontramos um modo de compreender nosso conceito anterior
(itens 3 e 4) sobre o preceito de ‘amar ao próximo como a si mesmo’, e como a Torá nos
compele a fazer algo que não pode ser feito.

De fato, vejam que por essa razão a Torá não foi dada aos nossos santos pais –
Abraham, Isaac e Yakov, mas somente após o êxodo do Egito, e após eles terem se
tornado uma nação de seiscentas mil pessoas de vinte anos de idade ou mais. Pois então
a cada membro da nação foi perguntado se concordava com o trabalho exaltado, e uma
vez que eles aceitaram em fazê-lo em seus corações e almas, e disseram ‘nós faremos e
ouviremos’ (Êxodo, 24, 7), então tornou-se possível observar o total da Torá, e o que
antes era considerado impossível tornou-se possível.

Porque é certo que se seiscentas mil pessoas abandonarem seu trabalho pela satisfação
de suas próprias necessidades, e não se preocuparem com nada além de cuidar para que
seis amigos nunca sintam a falta de coisa alguma, e mais ainda, que elas observem isto
com um poderoso amor em seus corações e em suas almas, no completo significado do
preceito de ‘ama ao próximo como a ti mesmo’, então está além de qualquer dúvida que
nenhum homem da nação precisará se preocupar com seu próprio bem-estar.

Por isso ele se torna completamente livre de assegurar sua própria sobrevivência e pode,
com facilidade, observar o preceito de amar ao próximo como a si mesmo, obedecendo
a todas as condições expostas nos itens 3 e 4. Afinal, por que ele se preocuparia com sua
própria sobrevivência quando seiscentos mil amigos amorosos e leais estão prontos,
com grande cuidado, a assegurar que nada lhe falte em suas necessidades?

Assim, uma vez que todos os membros da nação concordaram, eles imediatamente
receberam a Torá, porque agora eles eram capazes de observá-la. Mas antes que eles se
tornassem uma completa nação, e certamente durante a era de nossos pais, que eram
Cabalá Para o Aluno

únicos na terra, eles não estavam qualificados para observar verdadeiramente a Torá em
sua forma desejável. Isto é porque com um número pequeno de pessoas é impossível até
mesmo começar o assunto das Mitzvot entre o homem e seu próximo, na extensão de
amar ao próximo como a si mesmo, como explicamos nos capítulos 3 e 4. É por isso
que eles não receberam a Torá.

17) De tudo o que foi dito, podemos compreender uma das frases mais surpreendentes
de nossos sábios: a que diz que todos em Israel são responsáveis uns pelos outros, o que
parece ser completamente injustificado, pois se alguém pecar, ou cometer alguma
maldade que desagrade ao seu Criador, e não tenha proximidade com Ele, como é
possível que o Senhor responsabilize a todos nós? Está escrito: ‘Os pais não serão
levados à morte pelos filhos... todo homem deve ser levado à morte por seu próprio
pecado’ (Deuteronômio 24, 16). Assim, como é possível dizer até mesmo sobre aquele
que seja um completo estranho, de quem você não sabe nada, nem sobre seu paradeiro,
que você é responsável por seus pecados?

E se isso não for o bastante para você, nossos sábios dizem: ‘Rabbi Elazar, o filho do
Rabbi Shimon, diz: como o mundo é julgado pela sua maioria, e o indivíduo é julgado
por sua maioria, se ele pratica uma Mitzva, ele faz o mundo inteiro justo, e se ele
comete um pecado, ele faz o mundo inteiro pecador, como foi dito: um pecador causa a
perda de muito bem’.

Portanto o Rabbi Elazar, filho do Rabbi Shimon, fez-me responsável pelo mundo
inteiro, já que ele pensa que todos no mundo são responsáveis uns pelos outros e cada
pessoa traz mérito ou pecado para o mundo inteiro. Isso é surpreendente de fato.

De acordo com o que foi dito acima, podemos entender as palavras dos sábios de um
modo muito simples, pois mostramos que cada uma das 613 Mitzvot refere-se à única
Mitzva de ‘ama ao próximo como a ti mesmo’. E concluímos que tal estado somente
pode existir em uma nação em que todos os membros concordem com isto.
Cabalá Para o Aluno

O Argot

Todos os membros de Israel são responsáveis uns pelos outros

(Sanhedrin, 27, 72)

Aqui falamos sobre da união quando todos de Israel forem responsáveis uns pelos
outros. Pois o Torá não lhes foi dado antes que cada um deles respondesse se tomaria
sobre si o Mitzva (preceito) de amar os outros, na plena medida expressa nas palavras:
"Ama ao teu amigo como a ti mesmo". Isso significa que cada um em Israel tomou
sobre si o cuidado e trabalho em favor de cada membro da nação e de satisfazer cada
uma de suas necessidades, nada menos do que o valor impresso em si para cuidar de
suas próprias necessidades.

E uma vez toda a nação por unanimidade disse: "vamos fazer e vamos ouvir (Êxodo 24,
7)", em seguida, cada membro de Israel se tornou responsável por nada faltar a qualquer
outro membro da nação, e só então tornaram-se dignos de receber a Torá. Com essa
responsabilidade todos os membros da nação se tornaram livres de preocupações com as
necessidades do seu próprio corpo, e puderam observar o Mitzva de "Ame a teu amigo
como a ti mesmo" em toda a extensão e dar a cada membro necessitado tudo que ele
possui, pois ele não mais se preocupava com a existência do seu próprio corpo, já que
agora sabe que tem seiscentos mil amantes fiéis prontos a fornecer o que for necessário
para ele.

Devido a isso não estavam prontos para receber a Torá na época de Abraão, Isaac e
Jacó, mas apenas quando eles saíram do Egito e se tornaram uma nação completa. Só
então houve uma possibilidade de que cada um teria a garantia de que teria todas suas
necessidades supridas sem a mínima preocupação.

No entanto, quando eles ainda estavam misturados com os egípcios, uma parte de suas
necessidades era necessariamente dada nas mãos destes selvagens, permeada com o
amor-próprio. Assim, a parte que é dada às mãos dos estrangeiros não será garantida por
qualquer indivíduo de Israel, porque os seus amigos não serão capazes de prover essas
necessidades, pois elas não vão ficar na posse dos mesmos. Por conseguinte, enquanto o
indivíduo estiver incomodado com a preocupação por si próprio, é incapaz de até
mesmo começar a manter o Mitzva de "Ame a teu amigo como a ti mesmo".

E você evidentemente achará que a entrega da Torá teve de ser adiado até que saíssem
do Egito e se tornassem uma nação por si próprios, significando até que todas as suas
necessidades fossem satisfeitas por eles mesmos sem. a necessidade de ajuda externa, o
que os qualificaria a receber a responsabilidade acima mencionada. Então, a Torá seria
entregue a eles. Acontece que devido a isso, mesmo depois da recepção do Torá, se
poucos de Israel cometerem a traição e retornarem à imundice do amor-próprio sem
Cabalá Para o Aluno

consideração pelos seus amigos, esta mesma quantidade de necessidades que é posta na
mão dos poucos que fariam com que Israel provesse suas próprias necessidade.

Porque esses poucos não lamentariam por essas pessoas e o cumprimento do Mitzva de
amar seu amigo é o que impede a todos de Israel. Assim, os rebeldes causam àqueles
que observam a Torá, a permanência na imundice de seu amor próprio, para que não
possa observar o preceito de "Ame a teu amigo como a ti mesmo", e completar seu
amor sem a sua ajuda.

Assim, você vê que todos os de Israel são responsáveis uns pelos outros, tanto no lado
positivo quanto no negativo. Porque pelo lado positivo, se cada um mantiver o Arvut e
satisfizer as necessidades de seus amigos, eles podem observar integralmente a Tora e
Mitzvot, o que significa trazer contentamento ao seu Criador. E sobre o lado negativo,
vemos que, se uma parte da nação não quiser manter o Arvut, mas sim escolher
revolver-se no amor-próprio, faz com que o resto da nação mantenha-se imersa em sua
imundice e baixeza, sem nunca encontrar o caminho para sair de sua imoralidade.

18) Por conseguinte, o Tana (Rabino Shimon Bar Yochai) descreveu o Arvut como duas
pessoas num barco, quando de repente um deles começa a perfurar um buraco no barco.
Seu amigo perguntou: "por que você está fazendo esse furo?" E ele respondeu: "o que
Você tem a ver com isso, eu estou perfuração debaixo de mim, não de baixo de você", o
primeiro homem disse-lhe: "Louco, vamos afogar os dois juntos!”.

Dessa estória aprendemos que uma vez que os rebeldes que se revolvem em amor-
próprio, pelos seus atos construíram um muro de ferro que impede que os que
observam a Torá, até mesmo comecem a respeitar plenamente a Torá e Mitzvot, na
medida de "Ame a teu amigo a ti mesmo”, que é a escada para alcançar a aderência à
Ele. E como são certas as palavras do provérbio que dizia: "Louco, vamos afogar os
dois juntos!"

19) Rabbi Elazar, filho de Rabbi Shimon, esclarece o conceito de Arvut mais
profundamente, dizendo que não é suficiente apenas que os de Israel sejam responsáveis
uns pelos outros, mas o mundo inteiro deve ser incluído neste Arvut. Na verdade não há
controvérsia aqui, já que todos concordam que não é suficiente começar com uma
nação para observar a Torá e começar a correção do mundo, porque é impossível
começar com todas as nações de uma só vez, já que o Senhor foi com a Torá a cada
nação e elas não quiserem receber, o que significa que estavam imersos em amor
próprio até o pescoço alguns com adultério, outros com roubo e assassinato e assim por
diante, até que se tornou impossível conceber, nos dias de hoje, até perguntar se
concordariam em retirar-se do amor próprio.

Assim, o Criador não encontrou uma nação ou uma língua que estivesse qualificada a
receber a Torá, mas, os filhos de Abraham, Isaac e Jacob, cuja retidão de seus pais
refletiu neles e como nossos sábios disseram: “Os pais observaram completamente a
Torá mesmo antes de ser dada”. Isto significa que devido à elevação de suas almas
tinham a habilidade de compreender todos os caminhos do Senhor como expressas na
Cabalá Para o Aluno

espiritualidade do Torá, devido à sua adesão a Ele, sem antes precisar da parte prática
da Torá, que não tinham possibilidade de observar.

Ambos, elevado refinamento físico e mental de seus sagrados pais, certamente


influenciaram enormemente a seus filhos e aos filhos de seus filhos e sua retidão
refletiu-se na geração, cujos membros aceitaram sobre si o trabalho sublime e cada um
deles afirmaram claramente “faremos e ouviremos”. Devido a isso fomos escolhidos e
fomos compelidos a ser o povo escolhido, um povo virtuoso, entre todas as nações do
mundo. Pois só os membros de Israel tomaram sobre si a responsabilidade e não as
outras nações do mundo, pois não participaram nisso. E está é a complete realidade, e
como o Rabbi Elazar discordaria disso?

20) Mas no final da correção do mundo será feita ao colocar todas as pessoas do mundo
sob Seu trabalho, como é dito: “E o Senhor será o rei de toda terra: neste dia o Senhor
será um, e seu nome um (Zacarias 14,9)”. E está escrito: ”neste dia, e não antes”. E
também está escrito: “... e a terra se encherá com o conhecimento do Senhor (Isaias
11,9)... e todas as nações correram para ele (Isaias 2,2)”.

Mas, o papel de Israel em relação ao mundo se assemelha ao papel dos nossos santos
pais com relação à nação de Israel, o que significa que somente a retidão de nossos pais
refletiu sobre nós e nos ajudou a nos desenvolvermos e a nos purificarmos até que
sejamos dignos de receber a Torá, que senão fosse pelos nossos pais, que observaram a
Torá antes de ser dada, não seríamos nem um pouco melhores que as outras nações.

É dever da nação de Israel, qualificar a si e a pessoas de todo o mundo através da Torá


e Mitzvot, para que elas tomem sobre si essa obra sublime de amar o amigo, que é a
escada para alcançar o objetivo de criação, que é aderência com Ele.
De uma forma tal que todo e qualquer preceito de que cada indivíduo de Israel realiza, a
fim de trazer para contentamento ao Criador, e não por qualquer auto gratificação,
contribui, em certa medida, com o desenvolvimento de todas as pessoas do mundo, pois
é não feito de uma só vez, mas pelo desenvolvimento gradual até atingir um montante
que pode trazer o mundo para a desejada purificação. E é isso que os nossos sábios
chamam de: alteração do equilíbrio pela virtude, o que significa que o refinamento
necessário foi atingido. E comparou-se a pesagem em uma balança, onde a alteração do
equilíbrio é a obtenção do peso desejado.

21) Estas são as palavras do Rabbi Elazar, filho do Rabbi Shimon, que disse que o
mundo é julgado por sua maioria, referindo-se ao papel da nação de Israel de qualificar
o mundo para certo refinamento até que sejam merecedores de tomar sobre eles o
trabalho do Criador não menos do que quando Israel foi merecedora no tempo em que
recebeu a Torá. Nossos sábios comentam sobre isso que eles alcançaram a maioria de
suas virtudes, por alterar o equilíbrio da falha, ou seja, do imundo amor próprio
Cabalá Para o Aluno

E logicamente se o lado dos direitos, que é a compreensão sublime da bondade do amor


ao amigo se eleva sobre o lado imundo das falhas, tornando-se qualificados para a
decisão e acordo de “faremos e ouviremos” como Israel falou. Mas, antes disso, antes
que alcancem os direitos, o amor próprio certamente os impediria de concordar em
tomar sobre si esta tarefa.

Nossos sábios disseram: "Se ele executou um Mitzva, ele fez todo o mundo justo" o que
significa que ele adiciona sua partícula individual de Israel para a decisão geral
sementes de gergelim, e adiciona um por um na balança, até que haja sementes
suficientes para alterar o equilíbrio. Certamente todos toma parte no processo de
alteração, sem os quais jamais teria sido concluída. E, por isso, ele diz sobre o ato de um
indivíduo de Israel que ele faz todo o mundo virtuoso. Porque quando a mudança do
mundo acabar, cada indivíduo terá tomado parte na mudança, ou então ela nunca teria
sido concluída.

Assim você pode achar que o Rabbi ELAZAR, filho do Rabbi Shimon não contesta a
expressão dos nossos sábios, que todos os de Israel são responsáveis uns pelos outros,
mas Rabbi ELAZAR, o filho do Rabbi Shimon, fala da correção de todo o mundo no
tempo do fim da correção, enquanto que os nossos sábios falam do presente, no qual só
Israel tem sobre si o fardo da Torá.

22) E isso é que Rabino ELAZAR, filho do Rabbi Shimon fala em relação ao versículo:
"Um pecador aniquilará tanto bem." Porque já foi visto (item 20) que a impressão que
vem ao homem ao lidar com o Mitzvot entre o homem e seu Deus, é totalmente igual a
impressão que ele recebe a partir do Mitzvot entre o homem e seu amigo. Porque ele é
obrigado a executar todas as Mitzvot em Seu nome, sem qualquer esperança para o
amor-próprio, o que significa que nenhuma esperança ou brilho vem para ele através
deste trabalho em forma de recompensa ou honra etc. Pois aqui, neste elevado ponto o
amor a Deus e o amor ao seu amigo se unem e na realidade, se tornam um.

Acontece que ele apresenta certo grau de progresso na escada ao amar seus
companheiros em todas as pessoas do mundo, devido a esse grau que despertou em suas
ações, quer grande ou pequeno acaba unindo-se ao futuro em mudar o equilíbrio para a
direita, pois sua parte foi adicionada ao peso.

Mas, aquele que comete um pecado, que não pode vencer o seu imundo amor-próprio,
que o torna imóvel ou o faz algo do gênero, muda a si próprio e a todas as pessoas do
mundo para o lado errado. Pois com a revelação da imundice do amor próprio a
natureza baixa das criaturas é reforçada e ele se encontra subtraindo certa quantidade da
mudança certa, igual a uma pessoa que tirasse da balança as sementes de gergelim que
seu amigo havia posto, que faz subir muito o lado errado da balança. Acontece que ele
faz o mundo inteiro retroceder, como o que foi dito: “Um pecador destrói muito do
bem”, como não pode superar seus míseros desejos, puxa a espiritualidade do mundo
inteiro para trás.
Cabalá Para o Aluno

23) Com estas palavras entendemos claramente o que foi dito acima (item5), sobre a
Torá ser dada especificamente para a nação de Israel, pois é certo e inequívoco que o
propósito da criação está nos ombros de toda a raça humana, negros, brancos ou
amarelos.

Mas devido a queda da natureza humana para o mais baixo nível, que é o amor próprio
que rege a raça humana, não havia mais modo de negociar com eles e persuadi-los a
concordar em tomar sobre si, mesmo como uma promessa vazia, a saída deste mundo
estreito para espaços amplos de amor ao amigo, exceto da Nação de Israel, pois foram
escravizados no selvagem império egípcio por terríveis quatrocentos anos.

Nossos sábios disseram:” Como o sal tempera a carne, a agonia poli o homem.” Isto é,
trazem ao corpo grande purificação, e mais, a purificação de seus santos pais refletiu-se
sobre eles, como testificam os versos da Torá.

Devido ao que foi dito acima, eles foram qualificados para isso, e é a razão pela qual
são chamados no singular: “e Israel acampou na frente da montanha (Êxodo 19,2)”, que
os nossos sábios interpretam como um homem e um só coração. Isto acontece, pois cada
pessoa da nação se desprende totalmente do amor próprio e deseja somente beneficiar
seu amigo, como visto acima (item 16) com referencia ao Mitzva “Ame ao teu próximo
como a ti mesmo”. Acontece que todos os indivíduos da nação se uniram e tornaram-se
um homem com um só coração, e só depois disso foram qualificados para receber a
Torá.

24) Assim, devido à necessidade acima, a Torá foi dada especificamente para a nação
de Israel, os descendentes de Abrão, Isaac e Jacó, pois era inconcebível que qualquer
estranho fizesse parte nisso. Devido a isso Israel foi construído como um tipo de saída
pela qual as fagulhas do refinamento brilhariam sobre toda raça humana.

E essas fagulhas multiplicam-se diariamente até que alcancem a quantidade desejada, ou


seja, até que eles possam desenvolver e entender o prazer e a tranqüilidade que é o
ponto central de ame o seu amigo. Pois assim saberão como alterar o equilíbrio para a
direita e os colocará acima de seus fardos, e o que é errado será erradicado do mundo

25) Ainda existe a necessidade de completar o que está escrito acima (item 16) sobre a
razão pela qual a Torá não foi dada aos nossos pais, pois o preceito de “ame ao seu
próximo como a ti mesmo” que é o ponto fundamental onde este Mitzvot se baseia, e
apenas para esclarecer e interpretar, não pode ser observado por um indivíduo, mas
apenas com o consentimento de uma nação inteira.

E por isso levou até o êxodo do Egito para se tornarem merecedores de observá-la, e
depois lhes foi perguntado se cada um da nação estava disposto a tomar sobre si este
Mitzva. E somente quando todos concordaram lhes foi dada a Torá. Entretanto nos resta
ver na Torá onde todos concordaram com isso, previamente ao recebimento da Torá.
Cabalá Para o Aluno

26) Tenha em mente, que estas coisas são óbvias para cada pessoa educada no convite
que Deus enviou a Israel através de Moisés antes da recepção da Torá, como está
escrito: “Agora, pois, se diligentemente ouvirem a minha voz e guardarem a minha
aliança, então serão meu próprio tesouro entre todos os povos, pois toda a terra é
minha; e serão para mim um reino de sacerdotes e nação santa. Estas são as palavras
que falará ao filhos de Israel. E Moisés e chamou os anciãos do povo e expôs diante
deles todas essas palavras que o Senhor havia falado, e todas as pessoas responderam
juntas, e disseram: Tudo o que o Senhor falou, nós faremos. E Moisés relatou ao Senhor
as palavras do povo. (Êxodo 19,5)”.

Estas palavras parecem não ter sentido, pois o senso comum nos diz que se uma pessoa
oferece um trabalho para seu amigo fazer e quer que ele concorde com isso, deve dar-
lhe um exemplo do conteúdo do trabalho e lhe dizer quanto irá pagar por isso. Somente
então esse amigo decidirá se faz ou não este trabalho.

Mas lá não encontramos nem o exemplo do trabalho nem o pagamento do mesmo, pois
diz, “Agora, pois, se diligentemente ouvirem a minha voz e guardarem a minha aliança”
e não interpreta a voz ou nos diz do que se trata a aliança. Depois diz, “então serão meu
próprio tesouro entre todos os povos, pois toda a terra é minha”, mas não podemos ver
nestas palavras onde Ele nos comanda a trabalhar para sermos o remédio (Segula
significa remédio em hebraico e também significa virtuoso). Ba’al Hasulam usa ambos
os significados livremente. CR) para todos os povos, ou esta é uma promessa para nós
também?

Devemos também entender a conexão das palavras: “pois está terra é minha.” Todos os
três interpretes - Unkalus, Yonatan Ben Uziel, e O Yerushalmi—e todos os intérpretes,
Rashi, Ramban, etc.—tentam corrigir o significado literal desta escritura. Mesmo Ezra
diz, em nome do Rabbi Marinos que a palavra “para” significa, e ele interpreta-a como,
”então serão meu tesouro entre todos os povos: apesar da terra ser minha.” Até mesmo
Ezra tende a concordar com isso, mas essa interpretação não coincide com os nossos
sábios que disseram que “para” para quarto significados: “apesar de”,” que”, “mas”,
“para que.”

E acrescenta a quinta interpretação: ”posto que”. E depois diz: “serão para mim um
reino de sacerdotes e uma nação sagrada.” Mas aqui não há evidencias nos texto se isto
é um preceito que devemos nos aprofundar, ou uma boa promessa. As palavras “um
reino de sacerdotes” não se repetem e não são explicadas em nenhum lugar das
Escrituras Sagradas. E devemos nos focar somente em definir a diferença entre “um
reino de sacerdotes” e “uma nação sagrada”. Pois o significado comum de sacerdócio é
a pessoa com santidade, assim sendo óbvio um reino onde todos sejam sacerdotes seja
considerada uma nação sagrada, então as palavras “nação sagrada” parece redundante.

27) Entretanto, por todas estas interpretações que fizemos até agora, aprendemos que o
verdadeiro significado destas palavras, como deveriam ser vistas na forma de uma
negociação com uma oferta e uma aceitação. O que significa que ele realmente quer
Cabalá Para o Aluno

oferecer-lhes o conteúdo do trabalho da Torá e Mitzvot e que a recompensa seguirá a


isto.

O trabalho na Torá e Mitzvot são expressos nas palavras: “e serão meu reino de
sacerdotes”, significa que todos vocês, do mais jovem ao mais velho são como
sacerdotes. Como não têm possessão alguma neste mundo físico, porque o Senhor é a
possessão deles, então a nação inteira será organizada para que toda a terra e tudo que
nela existe seja devotada ao Senhor. E nenhum indivíduo nela, irá trabalhar a não ser
para observar os mandamentos de Deus e satisfazer as necessidades de seu amigo, assim
nenhuma pessoa terá que se preocupar sobre ela mesma.

Deste modo, até mesmo os trabalhos mundanos como a colheita ou o plantio, são como
os sacrifícios que os sacerdotes fazem no Templo, pois para que necessito o Mitzva de
fazer sacrifícios ao Senhor, se posso observar o Mitzva ”Ama ao teu próximo como a ti
mesmo”? , é mais importante do que aquele que faz sacrifícios, como vimos acima
(itens 14, 15)

Na verdade, este não é o fim ainda, porque o conjunto da Torá e do Mitzvot foram
dados com a única finalidade de purificar a Israel, ou seja, é a limpeza do corpo (ver
item 12), após a qual ele iria atingir a verdadeira recompensa que é união com Ele, que
é o propósito da criação. E essa recompensa é expressa nas palavras "uma nação
sagrada", que através da aderência com Ele, nos tornamos santificados, como está
escrito: "Você é sagrada, pois Eu, seu Senhor e seu Deus sou santo (Levítico 19, 2)”.

E você vê que as palavras "um reino de sacerdotes" expressam de forma completa do


trabalho sobre o eixo "Ama teu amigo como a ti mesmo", o que significa que é um reino
onde todos são sacerdotes do Senhor é a sua posse, e eles não têm a posse própria das
posses mundanas. E temos de admitir que esta é a única definição através da qual
podemos compreender a expressão: "um reino de sacerdotes". Porque você não pode
interpretá-la no que diz respeito ao sacrifício sobre o altar, pois isso não poderia ter sido
dito de toda a nação, pois quem faria os sacrifícios?

E também em relação aos presentes do sacerdócio, quem seriam o os doadores? E


também com relação à santidade dos sacerdotes, foi dito: "uma nação sagrada".
Portanto, isso deve significar que certamente não é só que Deus é a sua posse, mas que
lhes falta a posse, para si mesmos, o significado pleno das palavras é:" Ame teu amigo
como a ti mesmo", que engloba o conjunto da Torá. E as palavras "uma nação santa"
expressa a plena recompensa, que é a aderência.

28) Agora vamos entender completamente as palavras anteriores, já que ele afirma:
“Agora, pois, se diligentemente ouvirem a minha voz e guardarem a minha aliança”,
que significa fazer um pacto sobre o que eu te disse aqui, que vocês i se tornarão meu
tesouro entre todas as nações, e faíscas de refinamento e purificação do corpo deverão
passar de vocês para todos os povos e as nações do mundo, como as nações do mundo
ainda não estão preparados para ela, e eu preciso uma nação que possa iniciar e ser
como um remédio para todas as outras nações. E, por isso, ele termina: "para que toda a
Cabalá Para o Aluno

terra seja minha", que significa todos os povos da terra pertencem a mim e estão
destinados a se unir a mim tanto quanto vocês.

Mas ainda são incapazes de cumprir essa tarefa, preciso de pessoas valorosas, e se você
concordar com isso, concordar em ser o remédio para todas as nações, eu ordeno que
sejam para mim como um reino de sacerdotes. Este é o amor aos homens em sua forma
final de “Ama ao teu próximo como a ti mesmo”, e o final da Torá e Mitzvot, e “uma
nação sagrada” é a recompensa final da adesão com Ele, que inclui recompensas que
não podem ser imaginadas.

É assim que nossos sábios interpretam o final – “Essas são as palavras que deverão ser
ditas aos filhos de Israel”. ”Essas palavras”, não mais nem menos . Como pode-se falar
que Moisés adicionaria ou subtrairia destas palavras que o Senhor, do que ele teria que
estar prevenido? Não encontramos nada na Torá, pelo contrário, a Torá diz a seu
respeito: ”porque ele é o mais confiável de toda minha casa. (números 12,7)”

29) Agora você pode compreender completamente a última forma do trabalho, como
explicado pelas palavras “um reino de sacerdotes”, que é a definição final de “ama ao
teu amigo como a ti mesmo”, já que isto foi concebido por Moisés para conter-se e
recusar-se a mostrar o plano completo de todo o trabalho de uma só vez, não que Israel
se recusasse a desprender-se por si mesmos das possessões materiais e presentear sua
fortuna e bens ao Criador, mas, como nas palavras”, uma nação sagrada”.

Muito parecido com o que RAMBAM escreveu que mulheres e crianças não devem
saber sobre o trabalho limpo, já que não devem receber recompensa por ele, e esperar
até que cresçam e se tornem sábios e tenham coragem para executá-lo. Portanto o
Senhor o advertiu Moisés para que oferecesse a eles a verdadeira natureza do trabalho,
como expressas nas palavras “um reino de sacerdotes”.

E com relação às recompensas definidas em “uma nação sagrada”, aqui também Moises
pode ter pensado em elaborar mais sobre os prazeres que viriam da adesão ao Criador, e
assim persuadi-los a aceitar e se desvencilhar das possessões deste mundo. Assim, ele
foi advertido para não falar sobre toda a recompense incluída na expressão “uma nação
sagrada”.

A razão para isso é que se ele tivesse dito a eles sobre as coisas maravilhosas que são a
essência da recompensa, eles teriam aceito Sua obra a fim de obter essa maravilhosa
recompensa, para si, o que seria considerada a trabalhar para si, para o amor-próprio.
Que, por sua vez, teria falsificado todo o propósito.

Assim, vemos que no que diz respeito à forma do trabalho que está expresso nas
palavras "um reino de sacerdotes" foi-lhe dito "não menos", e sobre a medida da
recompensa, expresso nas palavras "uma nação santa", foi lhe dito "não mais".
Cabalá Para o Aluno

A Paz

Uma investigação empírica e cientifica sobre a necessidade da obra de Deus

“O lobo também habitará com o carneiro, e o leopardo se deitará com o cabrito; e o


bezerro e o jovem leão e o animal cevado juntos; e uma pequena criança os levará. E
chegará a se passar nesse dia, que o Senhor colocará a sua mão novamente a segunda
vez para recuperar os remanescentes do seu povo, que serão deixados, de Ashur, e do
Egito, de Patros, e de Kush, e de Elam, e de Shin’ar, e de Hamat, e das ilhas do mar”
(Isaías 11).

“Rabino Shimon Ben Halafta disse, ‘Deus não encontrou um recipiente para conter a
bênção por Israel a não ser paz, como diz: ‘O Senhor deu força ao Seu povo; o Senhor
abençoou Seu povo com paz’’” (fim de Masechet Okatzin).

Tendo demonstrado em artigos anteriores a forma geral da Sua obra, cuja essência é
apenas amor dos outros, praticamente determinada como "dar sob os outros," isto é que
a real manifestação de amor dos outros é o dar da bondade sob os outros, amor dos
outros deve ser determinado como dar sob os outros, que é mais adequado ao seu
conteúdo, destinado a garantir que não nos esqueceremos da direção.

Agora que sabemos por certo a conduta da Sua obra, ainda falta inquirir se a sua obra é
aceitável a nós somente por fé, sem qualquer base cientifica, empírica, ou se também
temos uma base empírica para ela. É isto que quero demonstrar no ensaio perante nós.
Mas primeiro devo demonstrar cuidadosamente o assunto em si mesmo, isto é quem é
que aceita o nosso trabalho.

Mas não sou entusiasta de filosofia formativa, dado que desgosto de estudos
teoricamente baseados, e é bem sabido que maioria de meus contemporâneos
concordam comigo, pois nós estamos demasiado familiarizados com tais fundamentos,
que são fundamentos raquíticos; e quando a fundação flutua, todo o edifício tomba.

Desta forma, vim aqui para falar apenas através de critica da razão empírica, começando
do simples reconhecimento que ninguém discorda com, embora provando
analiticamente (separando os vários elementos num assunto), até que cheguemos a
determinar o tópico mais alto. E será testado sinteticamente (a ligação e união entre
matérias, tais como a inferência e o "tudo o mais"), como Sua obra é confirmada e
reafirmada por simples reconhecimento do aspecto prático.
Cabalá Para o Aluno

CONTRADIÇÕES NA PROVIDÊNCIA

Toda a pessoa razoável que examina a realidade perante nós descobre dois completos
opostos nela. Quando examinando a Criação, sua realidade e condutas há uma aparente
e afirmada liderança de grande sabedoria e habilidade, tanto respeitando à formação da
realidade e à garantia de sua existência em geral.

Tomemos a criação de um ser humano como exemplo: o amor e prazer de seus


progenitores é a primeira razão, garantida a executar seu dever. E quando a gota
essencial é extraída do cérebro do pai, a Providência garantiu muito sabiamente um
lugar para ela, que a qualifica a receber vida. A Providência também lhe dá o seu pão
diário na quantia exata, e ela também prepara uma fundação maravilhosa para ela no
ventre da mãe para que nenhum estranho a possa magoar.

Ela tende a toda a sua necessidade como uma ama treinada que nunca a irá esquecer
sequer por um momento, até que ela tenha adquirido a força para emergir no nosso
mundo. Nessa altura, a Providência brevemente lhe empresta apenas suficiente força
para quebrar as paredes que a rodeiam, e como um guerreiro treinado e armado ela
rompe uma abertura e emerge no mundo.

Então, também, a Providência não a abandona. Como uma amável mãe, ela lhe traz tais
pessoas amáveis e leais em que pode confiar, chamadas "Mãe" e "Pai," para a assistir
durante seus dias de fraqueza até que cresça e seja capaz de se sustentar a si mesma. Tal
como o homem, são também todos os animais, plantas, e objetos, todos são sabiamente
e misericordiosamente cuidados para garantirem sua própria existência e a continuação
da sua espécie.

Mas os que examinam essa realidade da perspectiva da provisão e persistência da


existência podem claramente ver grande desordem e confusão, como se não houvesse
líder e nenhuma orientação. Todos fazem o que é certo aos seus próprios olhos,
construindo-se a si mesmos sobre a ruína dos outros, os maus prosperam e os justos são
atropelados sem mercê.

Tenha em mente que esta contrariedade, apresentada perante os olhos de toda a pessoa
sensível e educada, preocupou a humanidade até nos dias da antiguidade. E lá muitos
métodos para explicar estes dois aparentes opostos na Providência, que ocupam o
mesmo mundo.

PRIMEIRO MÉTODO: NATUREZA

Este método é um da antiguidade. Dado que eles não descobriram uma maneira e um
canal de fazer estes dois notáveis opostos próximos, eles vieram a assumir que o
Criador, que criou todos estes, que observa poderosamente sobre Sua realidade para que
Cabalá Para o Aluno

nada dela seja cancelado, é sem mente e sem sentido.

Então, embora Ele observe sobre a existência da realidade com maravilhosa sabedoria,
todavia Ele Próprio é sem mente, e faz tudo sem sentido. Se tivesse havido qualquer
razão e sentimento em Ele, Ele certamente não deixaria tais avarias na provisão da
realidade sem piedade e compaixão pelos atormentados. Por esta razão, eles chamaram
de "Natureza," isto é um supervisor sem mente e sem coração. E por essa razão eles
acreditam que não há ninguém para com quem nos zangarmos, ou para quem orarmos,
ou para quem nos justificarmos.

SEGUNDO MÉTODO: DUAS AUTORIDADES

Outros foram mais espertos. Eles acharam-na difícil de aceitar a suposição da


supervisão da Natureza, dado que eles viram que a supervisão sobre a realidade, de
assegurar sua existência, é uma sabedoria muito mais profunda que qualquer
culminação humana. Eles não conseguiram concordar que o que supervisiona tudo que
seja Ele Mesmo sem mente, pois como pode um dar o que ele não possui? E como pode
um ensinar ao seu amigo quando ele próprio é um tolo?

Como pode você dizer sobre Ele que executa perante nós tais astuciosas e sábias ações
que ele não saiba o que Ele está a fazer, e que Ele o faz por acaso? É claramente
evidente que o acaso não pode organizar qualquer ação ordeira, concebida em
sabedoria, muito menos assegurar a sua existência eterna.

Em consequência, eles chegaram a uma segunda suposição que haviam dois


supervisores aqui: um cria e sustenta o bom, e o outro cria e sustenta o mau. E eles
elaboraram grandemente esse método com evidência e prova ao longo do caminho.

TERCEIRO MÉTODO: DEUSES MÚLTIPLOS

Este método nasceu do seio do método de duas autoridades. Isto é porque eles dividiram
e separaram cada uma das ações gerais por si mesma, isto é força, riqueza, dominação,
beleza, fome, morte, desordem, e tudo o mais. Eles nomearam a cada uma seu próprio
supervisor, e expandiram o sistema como lhes apeteceu.

QUINTO MÉTODO: ABANDONOU SUA OPERAÇÃO

Recentemente, quando conhecimento aumentou e eles viram a estreita ligação entre


todas as partes da Criação, eles reconheceram o conceito de deuses múltiplos como
sendo completamente impossível. Então, a questão da contrariedade sentida na Criação
voltou a despertar.

Isto levou-os a uma nova suposição: que o Supervisor da realidade é certamente sábio e
Cabalá Para o Aluno

amável. Todavia, devido à Sua exaltação, que está além da concepção, o nosso mundo é
considerado um grão de areia, nada aos Seus olhos. Não vale a pena para Ele se
incomodar com nossos assuntos mesquinhos, e é por isso que a nossa subsistência está
tão desordenada e cada homem faz o que é certo aos seus próprios olhos.

Paralelamente a estes métodos, existiram métodos religiosos de união Divina. Mas este
não é o lugar para os examinar, pois eu queria apenas examinar as origens das quais
tomaram lugar os métodos falhados e suposições intrigantes que dominaram largamente
e se expandiram em tempos diferentes e lugares.

Nós descobrimos que a base sobre a qual todos os métodos acima nasceram e
emergiram da contradição entre os dois tipos de Providência detectáveis no mundo, e
todos estes métodos vieram a ser apenas para remendar esse grande rasgão.

Todavia, não há nada por baixo do sol. E não só não foi o grande rasgão remendado; em
vez disso, ele cresce e se expande perante nossos olhos num terrível abismo, sem ver ou
ter esperança de uma maneira de lhe escapar. E quando eu olho para todas essas
tentativas que a humanidade tem estado a fazer há vários milhares de anos sem qualquer
proveito, eu imagino se não deveríamos procurar o remendar deste grande rasgão do
ponto de vista do Supervisor de todo, mas em vez disso aceitar que esta grande correção
está nas nossas próprias mãos.

NECESSIDADE DE SER CUIDADOSO COM AS LEIS DA NATUREZA

Podemos todos ver claramente que a espécie humana deve levar uma vida social, isto é
que ela não pode existir e se sustentar a si mesma sem a ajuda de outros. Desta forma,
imagine um acontecimento em que um se retira da sociedade para uma localização
desolada e vive lá uma vida de miséria e grande dor devido à sua incapacidade de
providenciar para suas necessidades. Essa pessoa não teria direito a se queixar sobre a
Providência ou seu destino. E se uma pessoa fosse fazer isso, isto é queixar-se e
amaldiçoar seu amargo fado, ela estaria apenas a exibir sua estupidez.

Isto é porque enquanto a Providência preparou para ela um lugar confortável, desejável
na sociedade, ela não tem justificação para se retirar dela para um local desolado. Tal
pessoa não deve ser lamentada, dado que ela está a ir contra a natureza da Criação. E
dado que ela tem a opção de viver como a Providência lhe ordenou, ela não deve ser
lamentada. Essa sentença é concordada sobre por toda a humanidade sem disputa.

E eu posso acrescentar e estabelecê-lo numa base religiosa, e dar-lhe tal uma forma:
dado que a Providência se estende do Criador, que indubitavelmente tem um propósito
nas Suas ações, uma vez que não há ação sem um propósito, descobrimos que quem
quer que quebre uma lei das leis da natureza que Ele imprimiu em nós, corrompe a
propositada direção.
Cabalá Para o Aluno

Porque o propósito é indubitavelmente construído sobre todas as leis da natureza,


nenhuma excluída, tal como o esperto trabalhador não acrescentaria ou subtrairia sequer
um fio de cabelo às ações necessárias para alcançar o objetivo, o que altera sequer uma
única lei prejudica e danifica a propositada direção que o Criador definiu, e irá desta
forma ser punido pela natureza. Então, nós, também, criaturas do Criador não o
devemos lamentar, pois ele está a profanar as leis da natureza e viola o propósito do
Criador. Esta, eu creio, é a forma da sentença.

E eu creio que não é uma boa idéia que ninguém contradiga esta forma que eu dei à
sentença, pois as palavras da sentença são uma. Pois qual é a diferença se dizemos que o
supervisor é chamado "natureza," isto é sem mente e propósito, ou dizemos que o
supervisor é sábio, maravilhoso, conhecedor, e sensível e tem um propósito nas suas
ações?

No final, todos nós admitimos e concordamos que somos obrigados a manter os


mandamentos da Providência, isto é as leis da natureza. E todos nós admitimos que um
que quebre os mandamentos da Providência, isto é as leis da natureza, deve ser punido
pela natureza, e não deve ser lamentado por ninguém. Então, a natureza da sentença é a
mesma, e a única diferença está no motivo: eles alegam que o motivo é necessário, e eu
alego que ele é propositado.

Para evitar usar ambos os línguas de agora em diante - natureza e um supervisor - entre
as quais, como eu mostrei, não há diferença em respeito a seguir as leis, e é melhor que
nos encontremos a meio caminho e aceitemos as palavras dos Cabalistas que HaTeva (a
natureza) tem o mesmo valor numérico (em Hebraico) que Elokim (Deus) — oitenta e
seis. Então, eu serei capaz de chamar às leis de Deus "os Mitzvot (mandamentos) da
natureza," ou vice-versa, pois eles são um e o mesmo, e não precisamos de o discutir
mais além.

Agora é vitalmente importante para nós examinar os Mitzvot da natureza, para saber o
que ela exige de nós, caso contrário ela nos puniria sem mercê. Nós dissemos que a
natureza obriga a humanidade a levar uma vida social, e isto é simples. Mas precisamos
examinar os Mitzvot que a natureza nos obriga a manter nesse respeito, isto é em
respeito à vida social.

Ao fazer uma análise geral, nós descobrimos que existem apenas dois Mitzvot a seguir
na sociedade. Eles podem ser chamados "recepção" e "dar." Isto significa que cada
membro deve, por natureza, receber as suas necessidades da sociedade e deve beneficiar
a sociedade através de seu trabalho para o seu bem estar. E se um quebra um destes dois
Mitzvot, ele será punido sem mercê.

Não precisamos examinar excessivamente o Mitzva (singular de Mitzvot) da recepção,


Cabalá Para o Aluno

dado que a punição é levada a cabo imediatamente, que previne qualquer negligência.
Mas no outro Mitzva, o de dar sob a sociedade, não é apenas a punição não imediata,
mas ela é dada indiretamente. Desta forma, este Mitzva não é adequadamente
observado.

Então, a humanidade está a ser frita num tumulto hediondo, e contendas e fome e suas
consequências não cessaram até agora. E o espanto sobre isso é que a natureza como um
hábil juiz, nos pune de acordo com o nosso desenvolvimento. Pois nós podemos ver que
à extensão que a humanidade se desenvolve, as dores e os tormentos que rodeiam nosso
sustento e existência também se multiplicam.

Então você tem uma base cientifica e empírica que a Sua Providência nos comandou a
manter com todo o nosso poder o Mitzva de dar sob os outros com absoluta precisão, de
tal uma maneira que nenhum membro de entre nós trabalharia menos que a medida
requisitada para assegurar a felicidade da sociedade e seu sucesso. E enquanto nós
formos preguiçosos de o executar na sua totalidade, a natureza não deixará de nos punir
e tomar sua vingança.

E além dos golpes que sofremos hoje, nós devemos também considerar a espada
desembainhada para o futuro. A conclusão certa deve ser tirada - que a natureza nos
derrotará por fim e seremos todos compelidos a unir esforços em seguir os seus Mitzvot
com toda a medida que nos é requisitada.

PROVA DE SUA OBRA PELA EXPERIÊNCIA

Mas o que deseja criticar as minhas palavras pode ainda assim perguntar, "Embora eu
tenha até agora provado que um deve trabalhar para beneficiar as pessoas, onde está a
prova que isso tem de ser feito pelo Criador?”

Certamente, a própria história se incomodou em nosso favor e preparou para nós um


fato estabelecido, suficiente para uma completa apreciação e inequívoca conclusão:
qualquer um pode ver como uma grande sociedade tal como o estado da Rússia, com
centenas de milhões em população, mais terra que o todo da Europa, riqueza sem igual
de matérias-primas, e a qual já concordou em levar uma vida comunitária e
praticamente aboliu completamente a propriedade privada, em que cada um se preocupa
apenas sobre o bem estar da sociedade, aparentemente adquiriu a completa medida da
virtude de dar sobre os outros no seu completo sentido, tão longe quanto a mente
humana pode compreender.

E ainda assim, vá e veja o que foi deles: em vez de subirem e excederem as


concretizações dos países capitalistas, eles afundaram-se ainda mais fundo. Agora, eles
não só falham em beneficiar as vidas dos trabalhadores um pouco mais que nos países
capitalistas, eles nem sequer podem assegurar seu pão diário e roupas sobre sua carne.
Cabalá Para o Aluno

Certamente, esse fato intriga-nos, pois julgando pela riqueza desse país e sua abundante
população, parece irracional que o levaria a isso.

Mas esta nação pecou um pecado que o Criador não perdoa: que todo o seu precioso e
exaltado trabalho, nomeadamente dar sobre os outros, que eles começaram a executar,
precisa ser pelo Criador e não pela humanidade. E porque eles trabalham não em Seu
nome, do ponto de vista da natureza, eles não têm direito a existir.

Tente imaginar se cada pessoa nessa sociedade fosse ansiosa em manter os Mitzvot do
Criador à extensão do verso: "E tu amaras o Senhor teu Deus com todo teu coração, e
com toda tua alma, e com todo o teu poder," e que a essa extensão cada um correria para
satisfazer as necessidades e desejos do seu amigo na completa medida impressa no
homem de satisfazer seus próprios desejos, como está escrito, "Ama teu próximo como
a ti mesmo.”

Se o Próprio Criador fosse o objetivo de cada trabalhador quando trabalhando pelo bem
estar da sociedade, significando que o trabalhador esperaria que seu trabalho pela
sociedade o recompensasse com Dvekut (adesão) com Ele, a fonte de toda a bondade e
verdade e todo o agrado e suavidade, não há dúvida que dentro de uns quantos anos eles
se elevariam em riqueza sobre todos os países do mundo juntos. Isto é porque então eles
seriam capazes de utilizar as matérias-primas no seu rico solo, seriam verdadeiramente
um exemplo para todos os países, e seriam considerados abençoados pelo Criador.

Mas quando todo o trabalho de dar sobre os outros é baseado somente no beneficio da
sociedade, é uma fundação frágil, pois quem e o que obrigaria o individuo a obrar pela
sociedade? Num principio seco e sem vida, um nunca pode esperar encontrar motivação
sequer em indivíduos desenvolvidos, muito menos pelas nas subdesenvolvidas. Então
surge a questão "Onde encontrariam o trabalhador ou o agricultor encontrar motivação
suficiente para trabalhar?”

Pois seu pão diário não aumentaria ou diminuiria por seus esforços, e não existem
objetivos ou recompensas perante ele. É bem sabido aos investigadores da natureza que
um não consegue executar sequer o mais ligeiro movimento sem motivação, sem de
alguma forma se beneficiar a si mesmo.

Quando, por exemplo, um move a sua mão da cadeira para a mesa, isso é porque um
pensa que ao colocar a sua mão na mesa ele irá gostar mais. Se ele não pensasse assim,
ele deixaria sua mão na cadeira para o resto da sua vida sem a mover de todo. É tanto
mais com grandes esforços.

E se você diz que há uma solução - de colocá-los sob supervisão para que qualquer um
que seja preguiçoso no seu trabalho seja punido por negação de salário, eu perguntarei,
"Diga-me de onde os próprios supervisores tomariam a motivação para seu trabalho?"
Cabalá Para o Aluno

Pois estando num lugar e observar as outras pessoas a as motivar a trabalhar é um


grande esforço, também, talvez mais que o trabalho em si mesmo. Desta forma, é como
se um deseje ligar uma máquina sem lhe dar combustível.

Então, eles estão fadados pela natureza, dado que as leis da natureza os punirão, pois
eles não se adaptam a obedecer aos seus mandamentos - executar estas ações de dar
sobre os outros na forma do trabalho pelo Criador, para alcançar através dele o
propósito da Criação, que é Dvekut com Ele. Foi explicado no artigo, "Matan Torá"
(Item 6), que esta Dvekut vem ao trabalhador na medida da Sua agradável e prazenteira
recompensa, que aumenta até à desejada medida de subir para conhecer Sua
genuinidade, sempre desenvolvendo até que ele seja recompensado com a excessividade
implícita nas palavras, "Nem o olho viu um Deus além de Ti.”

E imagine que o agricultor e o trabalhador viessem a sentir este objetivo perante eles
enquanto trabalhando pelo bem estar da sociedade, eles certamente não necessitariam de
quaisquer supervisores, dado que eles teriam já suficiente motivação para um grande
esforço, suficiente para elevar a sociedade à derradeira felicidade.

Certamente, compreender que de tal maneira requer grande cuidado e condutas


comprovadas. Mas todos podem ver que sem isso eles não teriam direito a existir da
perspectiva da obstinada, intransigente natureza, e isto é o que eu queria provar aqui.

Então, eu provei evidentemente da perspectiva da razão empírica - através da história


prática desdobrando-se perante seus próprios olhos -- que não há outra cura para a
humanidade, mas a aceitação do mandamento da Providência: dar sobre os outros de
forma a trazer contentamento ao Criador na medida dos dois versos.

O primeiro é "ama teu amigo como a ti mesmo," que é o atributo do trabalho em si


mesmo. Isto significa que a medida do trabalho de dar sobre os outros pela felicidade da
sociedade deve ser não menos que a medida impressa no homem de cuidar pelas suas
próprias necessidades. Além do mais, ele deve colocar as necessidades dos seus
companheiros antes das suas, como está escrito no artigo, "Matan Torá" (Item 4).

E o outro verso é, "E tu amarás o Senhor teu Deus com todo teu coração, e com toda tua
alma, e com todo o teu poder." Este é o objetivo que deve estar perante os olhos de
todos quando laborando pelas necessidades do seu amigo. Isto significa que ele labora e
obra apenas para ser apreciado pelo Criador, isso Ele disse e eles fazem Sua vontade.

E se você desejar escutar, você se alimentará da fruta da terra, pois a pobreza e tormento
e exploração não serão mais na terra, e a felicidade de todo e cada um se elevarão cada
vez mais alto, além medida. Mas enquanto você recusar de assumir o convênio do
trabalho pelo Criador na mais completa medida, a natureza e suas leis irão estar prontas
a tomar vingança. E como nós mostramos, ela não irá parar até que nos derrote e nós
Cabalá Para o Aluno

aceitemos a sua autoridade em o que quer que ela comande.

Agora eu dei-lhe investigação prática e cientifica pela critica da razão empírica em


respeito à necessidade absoluta de todas as pessoas assumirem o trabalho de Deus com
todos os seus corações, e almas, e poder.

CLARIFICAÇÃO DA FRASE DA MISHNÁ: "TUDO ESTÁ EM DEPÓSITO, E


UMA FORTALEZA SE ESTENDE SOBRE TODA A VIDA”

Agora que nós aprendemos tudo o acima, podemos compreender uma frase pouco clara
em Masechet Avot (Capitulo 3, Item 16). Lê-se como se segue: "Ele (Rabino Akiva)
diria, ‘Tudo está em depósito, e uma fortaleza se espalha sobre toda a vida. A loja está
aberta e o lojista vende por pagamento deferido; o livro está aberto e a mão escreve. E
todos os que desejam pedir emprestado podem vir e pedir emprestado, e os coletores
voltam regularmente, dia após dia, e cobram de uma pessoa consciente ou
inconscientemente. E eles têm sobre que confiar, e o julgamento é verdadeiro, e tudo
está pronto para o festim. ’”

Esta frase não permaneceu uma alegoria confusa sem razão, sem sequer uma pista do
seu significado. Ela diz-nos que aqui há uma grande profundidade sobre a qual
mergulhar; certamente, o conhecimento que adquirimos até agora clarifica-a muito bem
deveras.

A RODA DA TRANSFORMAÇÃO DA FORMA

Primeiro, deixem-me apresentar a opinião de nossos sábios a respeito do desdobrar das


gerações do mundo: embora nós vejamos os corpos mudando de geração para geração,
este é apenas o caso com os corpos. Mas as almas, que são a essência do eu do corpo,
não desaparecem, para serem substituídas, mas movimentam-se de corpo para corpo, de
geração em geração. As mesmas almas que eram no tempo do dilúvio vieram também
durante o tempo da Babilônia, e no exílio no Egito, e no êxodo do Egito, etc. até esta
geração e até ao fim da correção.

Então, no nosso mundo, não existem novas almas da maneira que os corpos são
renovados, mas apenas certa quantia de almas que encarnam na roda da transformação
da forma, pois cada vez elas revestem um novo corpo e uma nova geração.

Desta forma, em respeito às almas, todas as gerações desde o principio da Criação até
ao fim da correção são como uma geração que estendeu sua vida ao longo de vários
milhares de anos, até que se desenvolveu e se tornou mais corrigida como deveria ser. E
o fato que, entretanto cada mudou o seu corpo várias milhares de vezes é
completamente irrelevante, pois a essência do corpo em si mesmo, chamada "a alma,"
não sofreu de todo com estas mudanças.
Cabalá Para o Aluno

E há muita evidência apontando para isso, e uma grande sabedoria chamada "o segredo
da encarnação das almas." E enquanto este não é o lugar para o explicar, devido à
grande importância da matéria, vale a pena apontar aos incultos que a reencarnação
ocorre em todos os objetos da realidade tangível, e cada objeto, na sua própria maneira,
vive vida eterna.

Embora nossos sentidos nos digam que tudo é transitório, é apenas como o vemos. Na
verdade, existem apenas encarnações aqui - cada item não é inanimado e não repousa
por um momento, mas na roda da transformação da forma, perdendo nada de sua
essência ao longo do seu caminho, como os físicos demonstraram.

E agora chegamos a clarificar a frase: "Tudo está em depósito." Ela foi comparada a
alguém que empresta dinheiro ao seu amigo de forma a fazê-lo um parceiro no lucro.
Para se certificar que ele não perde seu dinheiro, ele dá-o a ele como garantia, e então
ele está livre de qualquer incerteza. O mesmo se aplica à criação do mundo e sua
existência, que o Criador preparou para os humanos a se empenharem e eventualmente
o alcançarem pelo objetivo exaltado de Dvekut com Ele, como é explicado em "Matan
Torá" (Item 6). Então, a pessoa deve imaginar quem compeliria a humanidade a se
empenhar na Sua obra, até que eles chegassem finalmente a este fim exaltado?

Rabino Akiva conta-nos sobre isso, "Tudo está em depósito." Isto significa que tudo o
que Deus colocou na Criação e deu às pessoas, Ele não lhes deu licenciosamente, mas
garantiu-se a Si Mesmo com garantia. E caso você se pergunte que garantia Ele
recebeu?

Ele responde a isso pelo dizer: "e uma fortaleza espalha-se sobre toda a vida." Isto
significa que o Criador habilmente planeou uma maravilhosa fortaleza e espalhou-a
sobre toda a humanidade, para que ninguém escape. Todos os vivos devem ser
apanhados nessa fortaleza e necessariamente aceitar Sua obra, até que eles alcancei seu
sublime objetivo. Esta é a garantia pela qual o Criador se garantiu a Si Mesmo, para
garantir que nenhum mal viesse à ação da Criação.

Posteriormente, ele interpreta-o em detalhe e diz, "A loja está aberta." Isto significa que
este mundo parece-nos como uma loja aberta, sem um dono, e qualquer um que passe
por ele pode receber abundantemente, tanto quanto um deseje, de graça. Contudo,
Rabino Akiva avisa-nos que o lojista está a vender por pagamento deferido. Por outras
palavras, você não consiga ver qualquer lojista aqui, saiba que há um lojista, e a razão
que ele não está a exigir pagamento é porque ele vende-o a você por pagamento
deferido.

E caso você diga, "Como sabe ele a minha divida?" A isso ele responde, "O livro está
aberto e a mão escreve." Isto é que há um livro geral no qual cada ação é escrita sem
Cabalá Para o Aluno

perder sequer uma. E a direção rodeia a lei do desenvolvimento que o Criador imprimiu
na humanidade, que nos promove sempre em frente.

Isto significa que as condutas corruptas nos estados da humanidade são as mesmas que
geram os bons estados. E cada bom estado é nada mais que o fruto do trabalho no mau
estado que o precedeu. Certamente, estes valores de bom e mau não se referem ao valor
do estado em si mesmo, mas ao propósito geral: cada estado que trás a humanidade para
mais perto do objetivo é considerado bom, e o que os desvia do objetivo é considerado
mau.

Por esse padrão sozinho é a "lei do desenvolvimento" construída - a corrupção e a


crueldade que aparecem num estado são consideradas a causa e o gerador do bom
estado, para que cada estado dure apenas o suficiente para fazer crescer o mal nele a tal
extensão que o público não mais o consegue suportar. Nessa altura, o público deve unir-
se contra ele, destruí-lo, e reorganizar-se num estado melhor para a correção dessa
geração.

E o novo estado, também, dura apenas tanto quanto as centelhas do mal nele
amadurecem e alcançam tal um nível que elas não mais podem ser toleradas, em tal
altura ele deve ser destruído e um estado mais confortável é construído no seu lugar. E
então os estados clarificam-se um por um e grau por grau até que eles cheguem a tal
estado corrigido que não haverão quaisquer centelhas do mal.

E você descobrirá que todas as sementes das quais os bons estados crescerão são apenas
as próprias ações corruptas, isto é que todos os males expostos que vêm das mãos dos
cruéis na geração se juntam e acumulam numa grande soma, até que pesem tão
pesadamente que o publico não mais as consegue suportar. Então, eles levantam-se e o
arruínam e criam um estado mais desejável. Então você vê que cada crueldade se torna
uma condição para a força condutora, pela qual o bom estado é desenvolvido.

Estas são as palavras de Rabino Akiva: "O livro está aberto e a mão escreve." Qualquer
estado em que a geração se encontre é como um livro, e todos os malfeitores são como
mãos que escrevem, pois cada mal é cravado e escrito no livro até que eles acumulem a
uma quantia que o público não o mais pode suportar. Nessa altura, eles arruínam esse
estado mau e reorganizam-se num estado mais desejável. Então, toda e cada ação é
calculada e escrita no livro, isto é no estado.

E ele diz, "Todos os que desejam pedir emprestado podem vir e pedir emprestado." Isto
significa que ele acredita que este mundo não é como uma loja aberta sem um dono,
mas que há um dono presente, um lojista que permanece na sua loja e exige de cada
cliente o preço certo pela mercadoria que ele está a levar da loja, isto é labuta na Sua
obra enquanto ele é nutrido por essa loja, de uma maneira que é certa a o trazer ao
propósito da criação, como Ele deseja.
Cabalá Para o Aluno

Tal pessoa é considerada como um que deseja levar. Então, mesmo antes de ele esticar
sua mão para levar deste mundo, que é a loja, ele leva-o como um empréstimo, para
pagar seu preço. Por outras palavras, ele toma sobre si mesmo de trabalhar para alcançar
o Seu objetivo durante o tempo em que ele vive à conta da loja, de uma maneira que ele
promete a pagar a sua divida ao alcançar o desejado objetivo. Desta forma, ele é
considerado como o que deseja pedir emprestado, isto é que ele se compromete a
devolver a divida.

Rabino Akiva descreve dois tipos de pessoas: as primeiras são do tipo "loja aberta," que
consideram este mundo como uma loja aberta sem um lojista. Ele diz sobre eles, "O
livro está aberto e a mão escreve." Isto é, que embora eles não vejam que existe uma
conta, todas as suas ações são independentemente escritas no livro, como explicado
acima. Isto é feito pela lei do desenvolvimento impressa na Criação contra a vontade da
humanidade, em que as ações dos próprios cruéis instigam necessariamente as boas
ações, como mostramos acima.

O segundo tipo de pessoas é chamado "os que querem pedir emprestado." Eles levam o
lojista em consideração, e quando eles levam algo da loja, eles levam-no apenas como
um empréstimo. Eles prometem pagar ao lojista o desejado preço, isto é alcançar o
objetivo com isso. E ele diz sobre eles, "Todos os que desejam pedir emprestado podem
vir e pedir emprestado.”

E caso você diga, "Qual é a diferença entre o primeiro tipo, cujo objetivo vem a eles
pela lei do desenvolvimento, e o outro tipo, cujo objetivo vem até eles por auto-
escravatura à Sua obra? Não são eles iguais em alcançar o objetivo?”

Nesse respeito, ele continua, "e os coletores voltam regularmente, dia após dia, e
cobram de uma pessoa consciente e inconscientemente." Então, na verdade, ambos
pagam sua porção diária da divida.

E tal como as forças que emergem ao se empenharem na Sua obra são consideradas os
leais coletores, que cobram sua dívida em porções cada dia, até que ela seja
completamente paga, as poderosas forças impressas na lei do desenvolvimento são
também consideradas como coletores leais que cobram as suas porções diárias da dívida
até que ela seja paga na totalidade. Este é o significado de, "e os coletores voltam
regularmente, dia após dia, e cobram de uma pessoa.

Porém, há uma grande diferença e uma grande distância entre eles, isto é "consciente e
inconscientemente." O primeiro tipo, cuja divida é cobrada pelos coletores do
desenvolvimento, pagam sua divida inconscientemente, mas ondas de tempestade vêm
sobre eles, através do vento forte do desenvolvimento, e empurram-nos de trás
forçando-os a avançar para frente.
Cabalá Para o Aluno

Então, sua divida é cobrada contra sua vontade e com grandes dores por manifestações
das forças más, que os empurram de trás. Mas o segundo tipo pagam sua divida, que é a
realização do objetivo conscientemente, de sua própria vontade, ao repetirem as ações
que aceleram o desenvolvimento do sentido do reconhecimento do mal. E através deste
trabalho eles ganham duplamente.

O primeiro ganho que estas forças, que aparecem da Sua obra, são colocadas perante
eles como uma força de atração magnética. Eles perseguem-na de sua própria livre
vontade, com o espírito do amor. Desnecessário é dizer que, eles são libertos de
qualquer tipo de tristeza e sofrimento como o primeiro tipo.

O segundo ganho é que eles aceleram o desejado objetivo, pois eles são os justos e os
profetas que alcançam o objetivo em cada geração, como é explicado no ensaio, "A
Essência da Sabedoria da Cabala," na secção, À Volta do Que Gira a Sabedoria?

Tudo está em depósito, e uma fortaleza se espalha sobre toda a vida. A loja está aberta e
o lojista vende por pagamento deferido; o livro está aberto e a mão escreve. E todos os
que desejam pedir emprestado podem vir e pedir emprestado, e os coletores voltam
regularmente, dia após dia, e coletam de uma pessoa consciente e inconscientemente. E
eles têm sobre que confiar, e o julgamento é verdadeiro, e tudo está pronto para o
festim.

Então você vê que aqui há uma grande distância entre os que pagam consciente e os que
pagam inconscientemente, como a supremacia da luz do deleite e prazer sobre a
escuridão da dor e agonia. E ele diz posteriormente: "Eles têm sobre o que confiar, e o
julgamento é verdadeiro." Por outras palavras, ele promete a todos os que pagam
conscientemente e de bom grado que "eles têm sobre que confiar," e que há uma grande
força na Sua obra para trazê-los ao sublime objetivo, e que lhes vale a pena de se
arriarem a eles mesmos sob Seu fardo.

E aos que pagam inconscientemente, ele diz, "e o julgamento é verdadeiro."


Aparentemente, um deve perguntar-se porque permite a Providência essas corrupções e
agonias a aparecerem no mundo, no qual a humanidade está a ser frita sem misericórdia.

Ele diz sobre isso que este "julgamento é verdadeiro," dado que "tudo está pronto para o
festim," para o verdadeiro objetivo. E o sublime deleite que está destinado a emergir
com a revelação do Seu propósito na Criação, quando todos os problemas e labuta e
angustia que caem sobre nós ao longo do tempo parecem um anfitrião que se incomoda
grandemente a si mesmo para preparar um grande festim para os hospedes convidados.
E ele compara o objetivo antecipado que deve ser finalmente revelado a um festim,
cujos convidados participam com grande deleite. É por isso que ele diz, "e o julgamento
é verdadeiro, e tudo está pronto para o festim.”
Cabalá Para o Aluno

Coisas tais descobrirá você em Beresheet Rabba, Capitulo 6, em respeito à criação do


homem: os anjos perguntaram ao Criador: "O que é um homem, para que sejas
cuidadoso com ele? E o filho do homem, que tu o visitas? Porque precisas tu deste
incomodo?”

E o Criador disse-lhes: "Então porque foram Tzona e Alafim criados?" Há uma alegoria
sobre um rei que tinha uma torre cheia de bens, mas sem convidados. Que prazer um rei
tem na sua cheia torre? Eles disseram para Ele: "Senhor do mundo, o Senhor nosso
mestre, quão grande é teu nome em toda a terra. Faz aquilo que te agrada.”

Interpretação: Os anjos que viram toda a dor e agonia que iria cair sobre a humanidade
perguntaram-se: "Porque precisas tu deste incomodo?" E o Criador respondeu-lhes que
certamente ele tinha uma torre cheia de bens, mas apenas esta humanidade foi
convidada para isso. E é claro, os anjos pesaram os prazeres nessa torre, aguardando
seus convidados, contra a agonia e problemas que esperavam a humanidade.

E assim que eles viram que valia a pena que a humanidade sofresse pelo bem que lhes
esperava, eles concordaram com a criação do homem, tal como Rabino Akiva disse, "e
o julgamento é verdadeiro, e tudo está pronto para o festim." Desde o principio da
Criação, todas as pessoas têm reservas, e o Pensamento do Criador precisa que eles
venham ao festim, conscientemente ou inconscientemente.

E agora você irá ver a verdade nas palavras do profeta (Isaías 11) na profecia da paz: "O
lobo também habitará com o carneiro, e o leopardo se deitará com o cabrito." E ele
fundamentou que: "A terra estará cheia do conhecimento do Senhor, como as águas
cobrem o mar" (Isaías 11:9).

Então, o profeta condiciona paz no mundo inteiro com o preenchimento do mundo


inteiro com o conhecimento de Deus, tal como dissemos acima, que a dura, resistência
egoísta entre as pessoas, juntamente com a qual os relacionamentos internacionais se
deterioram, todos estes não cessarão do mundo por qualquer conselho humano ou
táctica, qualquer que ela possa ser.

Nossos olhos podem ver como os pobres doentes se reviram em terríveis e intoleráveis
dores, e a humanidade já se atirou a si mesma à extrema direita, como com a Alemanha,
ou à extrema esquerda, como com a Rússia. Mas não só não acalmaram a situação para
si mesmos, eles pioraram a doença e agonia, e as vozes sobem alto para o céu, como
todos nós sabemos.

Então, eles não têm outra escolha a não ser chegar a aceitar o Seu fardo em
conhecimento do Criador, isto é que eles irão direcionar suas ações à vontade do
Criador e ao Seu propósito, como Ele tinha planeado para eles antes da Criação. E
Cabalá Para o Aluno

quando eles o fizerem, está à vista que com a Sua obra, toda a inveja e ódio serão
abolidos da humanidade, como eu mostrei acima. Isto é porque então todos os membros
da humanidade se unirão em um corpo e um coração, cheios do conhecimento do
Senhor. Então, a paz mundial e o conhecimento de Deus são uma e a mesma coisa.

Imediatamente seguindo, o profeta diz, "E tudo isso se virá a passar nesse dia, que o
Senhor colocou Sua mão novamente a segunda vez para recuperar os remanescentes do
Seu povo… e reunir juntos os dispersados de Judá dos quatro cantos da terra" (Isaías
11:12). Então nós aprendemos que a paz mundial vem antes da reunião da Diáspora.

Agora você consegue compreender as palavras de nossos sábios no fim de Masechet


Okatzin: "O Criador não encontrou um recipiente para conter a bênção para Israel a não
ser paz," como diz: "O Senhor dará força ao Seu povo, o Senhor abençoará o Seu povo
com paz" (Salmos 29:11). Aparentemente, um deve perguntar-se sobre a alegoria, "um
recipiente para conter a bênção para Israel." E também, como conclui um isso destas
palavras?

Mas estas palavras tornam-se claras a eles como a profecia de Isaías que a paz mundial
precede à reunião da Diáspora. É por isso que o verso diz: "O Senhor dará força ao Seu
povo," que no futuro, quando o Criador dá ao Seu povo força, isto é ressurreição eterna,
então "o Senhor abençoará o Seu povo com paz." Isto significa que Ele irá primeiro
abençoar Seu povo, Israel, com paz no mundo inteiro, e então Ele irá "colocar sua mão
novamente a segunda vez para recuperar o remanescente de seu povo.”

Nossos sábios disseram sobre a razão das palavras: Desta forma, a bênção de paz no
mundo inteiro precede a força, isto é a redenção, pois "Deus não encontrou um
recipiente para conter a bênção para Israel a não ser paz." Então, enquanto o amor
próprio e o egoísmo existirem entre as nações, Israel, também, não será capaz de servir
o Criador em pureza, em dar, como está escrito na explicação das palavras, "E vós serão
para mim um reino de sacerdotes," no ensaio, "A Arvut." E nós o vemos da experiência,
pois a vinda à terra e a construção do Templo não poderiam persistir e receber as
bênçãos que Deus jurou a nossos pais.

E é por isto que eles disseram: "Deus não encontrou um recipiente para conter a
bênção," isto é até agora Israel não tinha um recipiente para conter a bênção dos pais.
Desta forma, o juramento que nós podemos herdar a terra para toda a eternidade ainda
não foi concretizado, pois a paz mundial é o único recipiente que nos capacita a receber
a bênção dos pais, como na profecia de Isaías.
Cabalá Para o Aluno

A Mensagem em Matan Torá

Nos três ensaios: "Matan Torá" (A Entrega da Torá), "A Arvut" (A Garantia Mútua) e
"A Paz", Baal HaSulam ensina-nos sobre a necessidade que uma grande sociedade
atinja o objectivo da Criação . Ele demonstra porque uma pessoa sozinha não consegue
alcançar os seus objectivos sem o resto das pessoas no mundo, e que apenas a
combinação certa entre unidade social e trabalho de Deus recompensará a humanidade
com paz, prosperidade e realização do nosso potencial humano.

Em "Matan Torá", ponto 14, ele escreve explicitamente que a parte da Torá que diz
respeito à relação entre os homens é a mais capaz de nos trazer à meta desejável. No
final do ensaio, ele insiste e desenvolve ainda mais sobre o significado da relação de
reciprocidade ao nível de uma nação inteira quando diz: "Temos comprovado que cada
um dos 613 Mitzvot da Torá gira em torno do Mitzva individual “Ama o teu próximo
como a ti mesmo”". Ele também diz que este ponto não é exequível excepto quando
feito por toda uma nação na qual cada membro esteja pronto e disposto a isso.

No ensaio "A Arvut," ponto 20, Baal HaSulam explica que o fim da correcção do
mundo ocorrerá quando todas as pessoas no mundo se juntarem à Sua obra. Mas os
primeiros a entrarem na obra de Deus e a conduzirem todo o mundo no seu encalce são
os filhos de Israel: "O papel de Israel em relação ao resto do mundo é similar ao papel
dos Santos Patriarcas relativamente à nação de Israel (...) Também, a nação de Israel
deve (...) qualificar-se e ao resto dos povos do mundo a desenvolver-se até eles
assumirem este trabalho sublime de amor do homem, que é a escada para o propósito da
Criação. (...) Assim, cada Mitzva que um indivíduo de Israel realiza a fim de trazer
satisfação ao seu Criador, e por nenhuma outra recompensa e amor-próprio, afecta, até
certo ponto, a evolução do resto das pessoas no mundo. "

Mais adiante no ensaio (ponto 28), ele define o papel dos filhos de Israel como os que
devem ser o remédio através do qual as faíscas da pureza e da purificação do corpo se
transmitirão a todas as nações do mundo. Isto ocorre porque o resto das nações do
mundo ainda não estão prontas para tal, e o Criador precisa pelo menos de uma nação
para começar, por isso será escolhida de entre todas as nações.

Todas as nações do mundo pertencem-Me [ao Criador], tal como vocês, e acabarão
eventualmente por se unirem a Mim. Mas enquanto são ainda incapazes desta tarefa, Eu
preciso de um povo virtuoso. Se concordarem em ser o povo escolhido, então Eu vos
mandarei serem um reino de sacerdotes para Mim, que é a forma suprema do amor
pelos outros: "ama o teu próximo como a ti mesmo."
Cabalá Para o Aluno

No ensaio "A Paz", Baal HaSulam ensina-nos a verdadeira razão para o sofrimento das
pessoas, em geral, e do povo de Israel, em particular. Ele escreve que a resistência dura
e egoísta entre as pessoas, que provoca tensão nas relações entre os membros da nação,
não cessará por nenhuma táctica humana. Conseguimos ver claramente que já somos
como uma pessoa doente, virando-se de um lado para o outro com dores imensuráveis,
tal como a humanidade se lançou para a extrema direita, como a Alemanha, ou para a
extrema esquerda, como a Rússia. E não só eles não aliviaram a situação, como só
agravaram a dor, e os lamentos sobem aos céus, como todos sabemos.

A partir daqui, ele conduz à inevitável conclusão de que as pessoas não terão outra
escolha senão aceitar o Seu fardo, conhecer o Criador, e dirigir as suas acções para a
satisfação de Deus e para o Seu objectivo, como Ele havia planeado para eles antes da
Criação. E quando o fizerem, é evidente que, juntamente com servi-Lo, qualquer pingo
de inveja ou ódio desaparecerá da humanidade, visto que todos os membros da
humanidade se unirão num só corpo e num só coração, preenchido com o conhecimento
de Deus. Assim, a paz mundial e o conhecimento de Deus são uma e a mesma coisa.

Para resumir as suas palavras nos três ensaios, podemos destacar uma série de
mensagens distintas:

1.O objectivo de toda a Criação é que todas as criaturas se liguem ao seu


Criador. Assim, serão recompensadas com alegria e plenitude eterna através dos
seus próprios actos.

2.É possível atingir este objectivo somente através da realização da lei: "Ama o
teu próximo como a ti mesmo".

3.Esta regra será realizada progressivamente, começando com a unidade de


algumas pessoas, através de um grupo que cresce gradualmente, até uma nação
inteira que dirigirá eventualmente todas as nações do mundo para a obra de Deus
e o amor do homem.

4.A primeira nação que deve desempenhar o seu papel de realizar esta ideia é a
nação de Israel.

5.O povo de Israel deverá ser um exemplo para todas as nações e deverá
conduzi-las aos mesmos conceitos.

6.Qualquer indivíduo, grupo ou nação que se recuse a percorrer este caminho


infligirá tormentos terríveis sobre si próprio, os quais o encaminhará de volta ao
caminho certo: em direcção ao final da correcção.

7.Qualquer indivíduo, grupo ou nação que se dedique a este objectivo afectará e


acelerará todo o processo e será recompensado com a desejada plenitude.

Em seguida apresentam-se os princípios orientadores do grupo de cabalistas Bnei


Baruch.
Cabalá Para o Aluno

Os membros deste grupo levam uma vida de partilha e de unidade no dia-a-dia,


aprendendo os escritos dos grandes cabalistas que implementaram estes princípios e
ensinando o que aprendem, em Israel e por todo o mundo. Isto é feito através dos seus
muitos grupos de estudo, activos durante todo o ano, da divulgação de livros de
cabalistas, e através de lições de Cabala, em directo e arquivadas, transmitidas através
da Internet e por TV. O seu site de Internet, www.kabbalah.info, é o site líder de Cabala
na Internet e, até à data, disponibiliza conteúdos em trinta e dois idiomas. Existem
também artigos de Cabala e revistas publicadas mensalmente em oito idiomas.

O objectivo principal do Bnei Baruch consiste na apresentação do material cabalístico


complexo em termos tão simples quanto possível, para que qualquer pessoa que procure
o objectivo da vida seja capaz de se relacionar e identificar com eles. Além disso,
seguindo os ensinamentos de Baal HaSulam, o Bnei Baruch tenta, através de todos os
meios à sua disposição, ensinar a todo o povo de Israel o seu papel histórico.

Eles ensinam a única mensagem que pode evitar sofrimento, dor e guerra: a mensagem
chamada: "Não há ninguém além de Ele."

É claro para os membros do Bnei Baruch que a situação política, económica e global
depende unicamente do ensino desta mensagem simples. A única razão para o
sofrimento no mundo é para desenvolver as pessoas e ensiná-las a voltarem-se para o
Criador e contactá-Lo. As várias tentativas para evitar esta missão de conduzir o mundo
rumo a essa conclusão infligem dor tremenda sobre os judeus.

A evolução humana é obrigatória, não pode ser interrompida. Tudo o que podemos
fazer é entender a mensagem e apressar a sua realização. Infelizmente, a história
sangrenta do povo de Israel ensina-nos aonde leva a recusa obstinada em realizar esta
missão.

A única coisa que devemos ter em mente é que existe apenas uma causa em toda a
realidade. Esta causa aparece-nos em várias formas, fora de nós e dentro de nós.
Contacta-nos através dos nossos sentimentos, pensamentos, desejos e acções, e aparece
da mesma forma ao resto das pessoas no mundo. É importante lembrar que só com a sua
ajuda seremos capazes de realizar a regra: "Ama o próximo como a ti mesmo". Tudo
isto pode ser conseguido mudando simplesmente a nossa atitude em relação à realidade;
não há necessidade de fazer quaisquer mudanças externas.

Se formos bem sucedidos em ensinar tantas pessoas quanto possível a relacionarem-se


com a vida desta maneira, rapidamente nos encontraremos num mundo muito mais
tranquilo e pacífico. A ligação profunda com o Criador ajudará cada um de nós a
entender o propósito das nossas vidas, a raíz das nossas almas, e como podemos obter
prazer sem limites. Ao conseguir isso, estaremos atingindo o objectivo da Criação e
receberemos todo o prazer e toda a satisfação que foram preparados para cada um de
nós.
Cabalá Para o Aluno
União de Amigos
Faça o quanto puder e a salvação do Senhor será num piscar de olhos. A coisa mais importante
com que você se depara hoje é a união de amigos. Trabalhe nisso mais e mais, pois isso pode
compensar todas as falhas.

Está escrito, “Um estudante exilado; o seu Rav está exilado com ele.” Os nossos sábios ficaram
perplexos. Como é que desculpas podem reger a Torá e o trabalho de um estudante até ao ponto
de repeli-lo de estar no domínio de Deus, em especial quando se ligou a um Rav autêntico?

E eles explicaram que quando um estudante decai, parece a este que o Rav decaiu igualmente
com ele. E por isto ser assim, é que é de fato assim. Isto é, ele poderá beneficiar do seu Rav
apenas na medida em que ele o assuma no seu coração. Por isso, ele tem apenas um Rav baixo e
inferior na medida em que ele o mediu assim. E assim, o seu Rav está exilado com ele.

O início do exílio e da escravidão no Egito começa com as palavras, “Agora surgiu um novo rei
no Egito, que não conhecia José.” Isto significa que uma nova soberania apareceu na mente de
todos; uma soberania acabada de erguer, pois eles caíram do seu anterior degrau, como está
escrito, “Um estudante exilado; o seu Rav está exilado com ele.” Assim, eles não conheciam
José; isto é, eles apreendem-no apenas na medida em que eles o assumam nos seus corações.

Por esta razão, eles afiguraram a imagem de José igual ao que eles eram eles próprios. E por
esta razão, eles não conheceram José e a escravidão começou. Caso contrário, os justos
certamente os protegeriam e nenhum exílio ou escravidão ser-lhes-iam retratados.
Amor de Amigos
E o que você escreveu que me informou do exílio no Egito, eu imagino, você precisará estudar
mais. "E eles gritaram, e o seu grito veio até Deus por razão da escravidão." Então, "e Deus
sabia." Sem o conhecimento de Deus em exílio, a redenção é impossível. Além do mais, o
conhecimento do exilo em si é a razão pela redenção. Então, como pode você desejar informar-
me no tempo da redenção?

A verdade mostra a sua maneira e a mágoa de um declara o seu pesar, e não se pode restringir
ou esconder nela. Certamente, eu sinto-vos a todos, que dentro de vós, hoje foi substituído o
amanhã, e em vez de "agora" vocês dizem, "mais tarde." Não há cura para isso, mas de esforçar
para compreender esse erro e perversão – que só os que precisam de salvação hoje são salvados
pelo Criador. E os que podem esperar por amanhã irão obter a sua sagacidade apenas depois de
seus anos, Deus proíba.

E isto veio até si devido à sua negligência do meu pedido para se esforçar no amor de amigos,
pois agora lhe expliquei a si em toda a maneira possível que este remédio é suficiente para
complementar todas as suas deficiências. E se você não se consegue elevar até ao céu, eu dei-lhe
os caminhos na terra; e porque não se colocou neste trabalho sequer?

E alem do grande poder nele, você deve saber que há muitas centelhas de santidade em cada
pessoa no grupo. E quando você coleciona todas as centelhas de santidade em um lugar, como
irmãos, com amor e amizade, você irá certamente ter um muito elevado nível de santidade…
A Influência do Meio Ambiente Sobre Uma Pessoa
··… Nós sabemos que há um costume, aplicado pelo mundo fora, que não é bom que um
profissional altamente qualificado se encontre entre trabalhadores pobremente qualificados e
aprender de suas ações. Por exemplo, quando um sapateiro está entre sapateiros inábeis, eles
deixam-no entender que não vale à pena fazer um bom sapato, mas fazer o que quer que saia, e
que não vale a pena fazer um bom e belo sapato.

Ou um alfaiate, se ele é hábil, quando ele está entre alfaiates inábeis, eles deixam-no entender
que não vale à pena se esforçar em fazer as roupas limpas, arrumadas, e ajustadas a seu dono.
Então, ele deve ficar desconfiado de estar em contacto com eles.

Mas quando um construtor está entre alfaiates, ele não pode aprender de suas más ações, pois
não há ligação entre eles. Mas dentro da mesma profissão, cada um deve prestar atenção a si
mesmo e estar em contacto apenas com pessoas de coração puro.

De acordo com o acima, com qualquer pessoa que você considere um servo do Criador, você
deve prestar atenção e ver se ele é um profissional qualificado, ou seja, deseja que seu trabalho
seja limpo e puro e dirigido ao Seu Nome. No mínimo, ele deve saber que ele não é um bom
trabalhador e procurar conselho na sua alma pelo qual ser um hábil trabalhador, e não um
trabalhador vulgar que se direciona apenas à recompensa.

Mas um bom, trabalhador hábil é o que não considera a recompensa, mas desfruta de seu
trabalho. Se, por exemplo, um hábil alfaiate sabe que a roupa serve a seu dono em cada ponto,
isso dá prazer espiritual, mais que o dinheiro que ele recebe.

Então, com pessoas que não são da sua profissão, não é importante se você está entre elas, dado
que você se empenha em construir e elas se empenham em curtimento. Mas com pessoas que se
empenham na Torá, mas não são meticulosas sobre manter a roupagem digna para seu dono,
elas têm apenas uma mente que é contra a Torá, oposta da visão da Torá. E aqui você deve
sempre ser atento… e manter uma boa distância dessas pessoas, como se tratasse de um
lançamento de flecha. E isto não é assim com pessoas vulgares.

• Então, dado que você não tem qualquer contacto com o povo de Mizrahi, você não
precisa de tal cuidadosa guarda.

• Mas do povo de Agudat Israel, você precisa de se distanciar.

• E com Hassidim, você precisa de ainda maior vigilância.

• E com as pessoas que eram próximas de meu pai (Baal HaSulam) você precisa manter
um olho muito atento.

E esta é a razão: No mundo de Nekudim, Melech ha Daat, o nível de Keter, que é o primeiro
Melech (rei), caiu mais baixo que todos os Melachim (Reis) durante a quebra. Isto é porque ao
passo que o mais denso é também mais elevado quando ele tem um Masach, ele é o pior quando
perdendo o Masach. Por esta razão, ele caiu mais baixo que todos os Melachim.
E nós podemos interpretar estas palavras. Quando eles percorrem o caminho do Criador, eles
têm uma vontade de receber a dobrar: por corporalidade, assim como por espiritualidade. Então,
os que eram próximos a Baal HaSulam, enquanto estavam inclinados, tinham um Masach e
Aviut (densidade). Mas agora eles não se estão a render e não têm interesse em ter um Masach,
todo o seu trabalho é em serem "Judeus formosos" ou "Rebbes" (grandes rabinos).

Então, isto é Aviut sem um Masach, e eles dão naturalmente do que fazem. E quanto a mim, eu
não tenho confiança neles, e não há ninguém para segurá-los. Eu sou breve, pois eu não desejo
tê-los nos meus pensamentos, pois você conhece a regra: "Um está onde este pensa.”

Para compreender a questão mais claramente, eu irei dar-lhe um breve exemplo: É sabido que
entre dois graus há um meio, feito de ambos os discernimentos juntos.

• Entre o inanimado e o vegetativo, há um meio chamado "corais."

• Entre o vegetativo e o animado, há a pedra do campo, que é um animal que está atado a
terra pelo seu umbigo e se nutre dele.

• E entre o animado e o falante, há o macaco.

Então, há uma pergunta: Qual é o meio entre a verdade e falsidade? Qual é o ponto que é feito
de ambos os discernimentos juntos?

Antes de eu clarificar, irei acrescentar outra regra: É sabido que é impossível ver um pequeno
objeto, e que é mais fácil ver um grande objeto. Então, quando uma pessoa comete algumas
mentiras, ela não pode ver a verdade - que ela está a percorrer um caminho falso. Em vez disso,
ela diz que está a percorrer o caminho da verdade. Mas não há maior mentida que isso. E a
razão é que ela não tem suficientes mentiras para ver o seu verdadeiro estado.

Mas quando uma pessoa adquiriu muitas mentiras, as mentiras crescem nela a uma extensão que
ela não as consegue ver se ela o desejar. Então, agora que ela vê as mentiras - que ela está a
percorrer um caminho falso - ela vê o seu verdadeiro estado. Por outras palavras, ela vê a
verdade na sua alma e como voltar ao caminho certo.

Segue-se que este ponto, que é um ponto de verdade - que ele está a trilhar um caminho falso - é
o meio entre verdade e falsidade. Esta é a ponte que liga a verdade e falsidade. Este ponto é
também o fim da mentira, e daqui em diante começa o caminho da verdade.

Então, podemos ver que para sermos recompensados com Lishma (por Seu Nome), primeiro
precisamos preparar a maior Lo Lishma (não por Seu Nome), e então podemos alcançar Lishma.
E similarmente, Lo Lishma é chamada uma "mentira" e Lishma é chamada "verdade." Quando a
mentira é pequena e os Mitzvot e boas ações são poucos, ele diz que está a percorrer o bom e
verdadeiro caminho, isto é trabalhar Lishma.

Mas quando ele se empenha em Torá todo o dia e toda a noite em Lo Lishma, então ele não
pode ver que ele está certamente a percorrer um caminho falso.

E então ele começa a corrigir suas ações. Por outras palavras, então ele sente que tudo o que ele
faz é apenas Lo Lishma. A partir deste ponto, um passa para o caminho da verdade, para
Lishma. Apenas aqui, neste ponto, começa o assunto de "de Lo Lishma um chega a Lishma."
Mas antes disso, ele discute que está a trabalhar Lishma, e como pode ele mudar o seu estado e
suas maneiras?

Então, se uma pessoa é preguiçosa no trabalho, ela não pode ver a verdade, que ela está imersa
em falsidade. Mas apenas ao aumentar Torá em prol de dar contentamento sob seu Fazedor,
pode um então ver a verdade: que ele está a percorrer um caminho falso, chamado Lo Lishma. E
este é o ponto médio entre verdade e falsidade. Então, nós devemos ser fortes e confiantes no
nosso caminho, para que cada dia seja para nós como novo, pois nós precisamos sempre renovar
nossas fundações, e então iremos marchar em frente.
O Propósito da Sociedade
Nós nos reunimos aqui para estabelecer uma sociedade para todos os que desejam seguir o
caminho e método de Baal HaSulam, o caminho pelo qual subir os degraus do homem, e não
permanecer como uma besta, como nossos sábios disseram (Yevamot, 61a) sobre o verso, "E vós
Minhas ovelhas, as ovelhas de Meu pastoreio, são homens." E Rashbi disse, "Vós sois
chamados ‘homens, ’ e idolatras não são chamados ‘homens. ’”

Para compreender o mérito do homem, traremos agora um verso dos nossos sábios (Berachot,
6b) sobre o verso, "O fim do assunto, tendo todos sido escutados: tema a Deus, e mantenha Seus
mandamentos; pois este é todo o homem" (Eclesiastes, 12:13). E a Gemará pergunta, "O que é
‘pois isto é todo o homem’? Rabino Elazar disse, ‘O Criador disse, ‘O mundo inteiro foi criado
apenas para isso. ’ Isto significa que o mundo inteiro foi criado pelo temor a Deus. ’”

Todavia, nós precisamos compreender o que o temor a Deus é, sendo a razão pelo qual o mundo
foi criado. De todas as palavras de nossos sábios, nós aprendemos que a razão para a Criação foi
de fazer bem às Suas criações. Isto significa que o Criador desejou deleitar as criaturas para que
elas se sentissem felizes no mundo. E aqui os nossos sábios disseram sobre o verso, "pois isto é
todo o homem," que a razão para a Criação foi o temor a Deus.

Mas de acordo com o que é explicado no ensaio, "Matan Torá," está escrito que a razão porque
as criaturas não estão a receber o deleite e prazer, embora isso seja a razão da Criação, é a
disparidade de forma entre o Criador e as criaturas. O Criador é o doador e as criaturas são os
receptores. Mas há uma regra que os ramos são similares à raiz da qual os ramos nasceram.

E dado que não há recepção na nossa raiz, uma vez que o Criador não é de maneira alguma
carente, precisando receber nada para satisfazer Sua vontade, o homem sente dissabor quando
ele precisa ser um receptor. É por isto que cada pessoa tem vergonha de comer o pão da
vergonha.

E para corrigir isso, o mundo tinha de ser criado. Olam (mundo) significa He’elem (ocultação),
que o deleite e o prazer devem ser ocultados. Porque é assim? A resposta é por temor. Por outras
palavras, é assim para que o homem temesse usar os seus recipientes de recepção, chamados
"amor próprio." Isto significa que um se deve prevenir a si mesmo de receber prazeres porque
um os anseia, e deve ter a força para prevalecer sobre o anseio, o objeto do seu desejo.

Em vez disso, um deve receber prazeres que tragam contentamento ao Criador. Isto significa
que a criatura irá querer dar sob o Criador, e terá temor do Criador, de receber para si mesma,
dado que a recepção de prazer - quando um recebe para seu próprio beneficio - o remove de se
apegar ao Criador.

Desta forma, quando uma pessoa leva a cabo um dos Mitzvot (mandamentos) do Criador, um
deve direcionar que este Mitzva lhe traga pensamentos puros, que ele venha a dar sob o Criador
ao manter os Mitzvot de Deus. É como nossos sábios disseram, "Rabino Hanania Ben Akashia
diz, ‘O Criador queria purificar Israel; então, Ele deu-lhes abundantes Torá e Mitzvot. ’”

E é por isto que nós nos reunimos aqui - para estabelecer uma sociedade em que cada um de nós
segue o espírito de dar sob o Criador. E para alcançar dar sob o Criador, nós devemos começar
com o dar sob o homem, que é chamado "amor de outros.”

E o amor de outros pode apenas ser ao revogar o seu eu. Então, por um lado, cada pessoa deve
sentir-se humilde, e por outro lado, ser orgulhosa que o Criador nos deu a chance de estarmos
numa sociedade em que cada um de nós tem somente um singular objetivo: que a Divindade
esteja entre nós.

E embora nós não tenhamos ainda alcançado este objetivo, nós temos o desejo de alcançá-lo. E
isto, também, deve ser apreciado por nós, pois mesmo embora nós estejamos no principio do
caminho, nós esperamos alcançar o exaltado objetivo.
Sobre o Amor de Amigos

1) A necessidade de amor de amigos.

2) Qual é a razão pela qual escolhi especificamente estes amigos, e porque me escolheram os
amigos a mim?

3) Deve cada um dos amigos divulgar o seu amor pela sociedade, ou é suficiente de sentir amor
no coração e um e praticar o amor de amigos em ocultação, e então não necessitar de
abertamente mostrar o que está no seu coração?

É sabido que ser humilde é uma grande coisa. Mas nós podemos também dizer o oposto – que
um deve divulgar o amor no seu coração para com os amigos, dado que ao revelá-lo ele evoca
os corações de seus amigos para os amigos para que eles sentiriam que cada um deles está a
praticar o amor de amigos. O beneficio disso é que desta maneira, a pessoa ganha força para
praticar o amor de amigos mais forçosamente, dado que a força do amor de cada pessoa é
integrada em cada uma.

Acontece que onde uma pessoa tem uma medida de força para praticar o amor de amigos, se o
grupo consiste de dez membros, então ela é integrada com dez forças da necessidade, que
compreendem que é necessário se empenharem em amor de amigos. Contudo, se cada uma
delas não mostrar à sociedade que ela está a praticar amor de amigos, então um carece da força
do grupo.

Isto é assim, pois é muito difícil julgar o seu amigo a uma escala de mérito. Cada um pensa que
ele é justo e que apenas ele se empenha em amor de amigos. Nesse estado, um tem muito pouca
força para praticar o amor de amigos. Então, este trabalho, especificamente, deve ser público e
não oculto.

Mas um deve sempre se recordar a si mesmo do propósito da sociedade. Caso contrário, o corpo
tende a enevoar o objetivo, dado que o corpo se preocupa sempre pelo seu próprio beneficio.
Nós devemos recordar-nos que a sociedade foi estabelecida somente sobre a base de alcançar o
amor de outros, e que isto seria o trampolim para o amor de Deus.

Isto é alcançado especificamente ao dizer que um precisa de uma sociedade para que seja capaz
de dar ao seu amigo sem qualquer recompensa. Por outras palavras, ele não precisa de uma
sociedade para que a sociedade lhe dê assistência e presentes, que fariam os recipientes de
recepção do corpo contentes. Tal uma sociedade é construída sobre amor-próprio e promove
apenas o desenvolvimento dos seus recipientes de recepção, pois agora ele vê uma oportunidade
de ganhar mais posses através da assistência de seu amigo para obter posses corpóreas.

Em vez disso, nós devemos recordar-nos que a sociedade foi estabelecida sobre a base do amor
de outros, para que cada membro receba do grupo o amor de outros e ódio de si mesmo. E
vendo que seu amigo está a esforçar-se para anular o seu eu e para amar os outros causaria que
todos fossem integrados nas intenções de seus amigos.

Então, se a sociedade é feita de dez membros, por exemplo, cada terá dez forças praticando
auto-anulação, ódio ao eu, e amor de outros. Caso contrário, um permanece com apenas uma
força singular de amor de outros, uma vez que ele não vê que os amigos o estão a praticar, dado
que os amigos estão a praticar o amor de outros em ocultação. Além do mais, os amigos fazem-
no perder sua força no seu desejo de percorrer o caminho de amar os outros. Nesse estado, ele
aprende das suas ações e cai no domínio do amor-próprio.

4) Devem todos saber as necessidades de seus amigos, especificamente para cada amigo, para
que ele saiba como ele as pode satisfazer, ou é suficiente praticar amor de amigos em geral?
Eles Ajudaram Cada Um de Seus Amigos
Nós devemos entender como alguém pode ajudar a seu amigo. Será quando existirem ricos e
pobres, sábios e tolos, fracos e fortes? Mas quando todos forem ricos, inteligentes, ou fortes,
etc., como alguém pode ajudar o outro?

Nós percebemos que há uma coisa que é comum a todos - o estado de ânimo. É dito, "Uma
preocupação no coração da pessoa, deixe-a falar sobre isso com os outros". Isso porque, no que
diz respeito ao sentimento de bom ânimo, nem a riqueza, nem a erudição podem ajudar.

Pelo contrário, é a pessoa que pode ajudar o outro, vendo que seu amigo está por baixo,
deprimido. Está escrito: "A pessoa não sai sozinha da prisão". Pelo contrário, é seu amigo quem
pode elevar seu ânimo.

Isto significa que seu amigo a eleva de seu estado atual para um estado de animação. Então, a
pessoa começa a readquirir força e confiança na vida e na riqueza, e começa como se o seu
objetivo estivesse agora próximo a ela.

Acontece que todos devem estar atentos e pensar como podem ajudar seu amigo a aumentar seu
ânimo, porque em matéria de ânimo, qualquer pessoa pode encontrar um lugar carente em seu
amigo, o qual possa preencher.
O Propósito da Sociedade

Uma vez que o homem é criado com um Kli chamado “amor-próprio,” onde um não vê que uma
ação venha a render beneficio próprio, um não tem motivação para fazer sequer um minúsculo
movimento. E sem anular o amor-próprio, é impossível alcançar Dvekut (adesão) com o
Criador, isto é equivalência de forma.

E dado que é contra a nossa natureza, nós precisamos de uma sociedade que venha a formar
uma grande força para que nós possamos trabalhar juntos em anular a vontade de receber,
chamada “mal,”, pois ela entrava a concretização do objetivo para o qual o homem foi criado.

Por esta razão, a sociedade deve consistir de indivíduos que unanimemente concordam que eles
o devem alcançar. Então, todos os indivíduos tornam-se uma grande força que possa lutar contra
si mesma, dado que cada um é integrado em todos os outros. Então, cada pessoa é fundada num
grande desejo de alcançar o objetivo.

Para ser integrada uma na outra, cada pessoa deve anular-se a si mesma perante os outros. Isto é
feito por cada um vendo os méritos dos amigos e não seus defeitos. Mas o que pensa que ele é
um pouco mais elevado que os amigos não pode mais se unir com eles.

Também, é importante permanecer sério durante a assembléia para não perder a intenção, pois é
por esta direção que eles se reuniram. E para caminhar humildemente, um deve ser acostumado
a aparecer como se um não esteja sério. Mas na verdade, um fogo arde dentro de seus corações.

Todavia, para pequenas pessoas, durante a assembléia um deve estar cauteloso de seguir
palavras e ações que não rendam o objetivo da reunião - que daí eles devem alcançar Dvekut
com o Criador. E sobre Dkevut, veja o ensaio, “Matan Torá.”

Mas quando um não está com os amigos, é melhor não mostrar nada do intento no seu coração e
aparentar ser como todos os outros. Este é o significado de “caminha humildemente com o
Senhor teu Deus.” Enquanto existem interpretações mais elevadas que isso, a simples
explicação é também uma grande coisa.

Então, é bom que haja igualdade entre os amigos que se unem, para que um possa ser anulado
perante o outro. E deve haver cuidadosa guarda na sociedade, proibindo frivolidade entre eles,
dado que frivolidade arruína tudo. Mas como nós dissemos acima, esta deve ser uma questão
interna.

Mas quando há alguém que não é desta sociedade, nenhuma serosidade deve ser mostrada, mas
de equalizar com a pessoa que acaba de entrar. Por outras palavras, evite falar de assuntos
sérios, mas apenas de coisas que servem ao que acabou de entrar, que é chamado um “hospede
não convidado.”
O Que é Que “Ama O Teu Amigo Como a Ti Próprio” Nos Dá?

O que é que a lei (Klal 1) "ama o teu amigo como a ti próprio" nos dá? Através desta lei, nós
podemos vir a amar o Criador. Se assim é, o que nos dá o cumprimento dos 612 Mitzvot?

Em primeiro lugar, necessitamos saber o que é uma lei. Sabe-se que um colectivo (Klal) é
composto de muitos indivíduos. Sem indivíduos, não pode haver um colectivo. Por exemplo,
quando nos referimos a uma audiência como "uma audiência sagrada", estamos a referir-nos a
um número de indivíduos que se reuniram e formaram uma unidade. Depois, é nomeada uma
presidência para a audiência, etc., e chama-se a isto um Minian (dez/quorum) ou uma
“congregação”. Pelo menos dez pessoas devem estar presentes e então é possível dizer Kedusha
(parte específica de uma oração judaica) durante o serviço.

O Zohar Sagrado diz sobre isso: "Sempre que há dez, a Divindade habita". Isto significa que,
num lugar onde existem dez homens, existe lugar para a habitação da Divindade.

Daqui resulta que a lei "Ama o teu amigo como a ti próprio" é construída sobre 612 Mitzvot.
Por outras palavras, se cumprirmos os 612 Mitzvot seremos capazes de alcançar a lei "Ama o
teu amigo como a ti próprio". Acontece que os elementos particulares permitem-nos atingir o
colectivo e, quando tivermos o colectivo, seremos capazes de alcançar o amor do Criador, como
está escrito: "A minha alma anseia pelo Senhor".

No entanto, um não consegue cumprir sozinho todos os 612 Mitzvot. Tomemos, por exemplo, a
redenção do primogénito. Se o primeiro filho de alguém for uma menina, ele não pode cumprir
o Mitzva da redenção do primogênito. Além disso, as mulheres estão isentas de observar Mitzvot
dependentes do tempo, tais como Tzitzit e Tefillin. Mas porque "todos os de Israel são
responsáveis uns pelos outros", através de todos, todos eles são cumpridos. É como se cada um
cumprisse todos os mandamentos em conjunto. Assim, através dos 612 Mitzvot, podemos
alcançar a lei: "Ama o teu amigo como a ti próprio".

____________________________

Nota do tradutor: Em Hebraico, a palavra Klal significa igualmente “regra” e “colectivo”. O


autor alterna entre os dois significados.
Amor de Amigos

"E um certo homem encontrou-o, e eis que ele estava vagueando no campo. E o homem
perguntou-lhe, dizendo: “Que procuras?”" E ele disse: "Procuro os meus irmãos. Diz-me, peço-
te, onde estão eles alimentando o rebanho" (Génesis, 37).

Um homem "vagueando no campo" refere-se a um lugar a partir do qual a colheita do campo


para sustentar o mundo deveria rebentar. E os trabalhos do campo consistem em lavrar, semear
e colher. Diz-se sobre isso: "Os que semeiam em lágrimas colherão com alegria", e isto é
chamado de "um campo que o Senhor abençoou."

Baal HaTurim explicou que uma pessoa vagueando pelo campo refere-se a quem se desvia do
caminho da razão, que não conhece o verdadeiro caminho que leva ao lugar onde ele deve
chegar, como em "um burro vagueando pelo campo." E ele chega a um estado em que ele pensa
que nunca alcançará a meta que deve alcançar.

"E o homem perguntou-lhe, dizendo: “Que procuras?”" significando "Como posso ajudar-te?"
"E ele disse: “Procuro os meus irmãos”". Por estar junto com os meus irmãos, isto é, estar num
grupo onde existe amor de amigos, eu serei capaz de trepar o trilho que conduz à casa de Deus.

Este trilho é chamado de "um caminho de doação", e esta via é contra a nossa natureza. Para ser
capaz de alcançá-la, não há outro caminho senão o amor de amigos, pelo qual cada um pode
ajudar o seu amigo.

"E o homem disse: “Partiram daqui”". E Rashi interpretou que eles próprios se tinham separado
da irmandade, ou seja, eles não se querem ligar a si. Isto, no final, originou o exílio de Israel no
Egito. E para sermos redimidos do Egito temos de nos levar a entrar num grupo que quer estar
no amor de amigos, e por isso seremos recompensados com o êxodo do Egito e a recepção da
Torá.
Que desejo de Manter da Torah e Mitzvot purifica o coração.

Pergunta: A manutenção da Torá e Mitzvot, a fim de receber recompensa purifica o coração,


também? Nossos sábios disseram: "Eu criei a má inclinação, eu criei o tempero da Torá e." Isto
significa que ele não purifica o coração. Mas é assim quando um visa, especificamente, não
receber a recompensa, ou também purificar o coração, se trabalha, a fim de receber
recompensa?

Resposta: Na "Introdução ao Livro do Zohar" (ponto 44), está escrito: "Quando alguém começa
a participar na Torá e Mitzvot, mesmo sem intenção, ou seja, sem amor e sem medo, como é
adequado ao servir o Rei, mesmo em Lo Lishma (não em Seu Nome), o ponto em seu coração
começa a crescer e mostrar a sua atividade.

Isto é assim porque Mitzvot não exige a intenção, e até mesmo ações sem intenção pode
purificar o desejo de receber, mas em seu primeiro grau, chamado de "ainda". E na medida em
que se purifica a parte ainda da vontade de receber, desenvolve gradualmente os 613 órgãos do
ponto do coração, que é ainda de Nefesh de Kedusha (Santidade).

"Assim, vemos que a observância da Torá e Mitzvot, mesmo Lo Lishma purifica o coração.

Pergunta: É pelo caminho de observar Torá e Mitzvot, a fim de não ser recompensado significa
apenas para uns poucos, ou ninguém pode trilhar este caminho de observar tudo para não ser
recompensado, pelo qual eles serão recompensados com Dvekut (adesão) com o Criador?

Resposta: Apesar do desejo de receber só para si, surgiu e passou a ser no Pensamento da
Criação, sendo dada uma correção a alma vai corrigi-lo, a fim de conceder, ou seja, observando
a Torá e Mitzvot, irá transformar a nossa vontade de receber.

Esta é dada a todos, sem exceção, para todos foi dado este remédio, e não necessariamente uns
poucos escolhidos.

Mas uma vez, esta é uma questão de escolha, alguns avançam mais rapidamente e outros mais
lentamente. Mas como está escrito na "Introdução do Livro do Zohar" (itens 13, 14), no final,
todo mundo vai atingir sua perfeição completa, como está escrito: "Aquele que é banido não
pode ser um pária dele”

Ainda assim, quando começam a aprender e a observar a Torah e Mitzvot, começa em Lo


Lishma. Isto é porque o homem é criado com um desejo de receber, portanto, ele não entende
nada que não lhe rende benefício próprio e ele nunca vai querer começar a observar a Torá e
Mitzvot.

É como escreveu o Rambam (Hilchot Teshuva, capítulo 10), "Os sábios disseram: devemos
sempre envolver na Torá e mesmo Lo Lishma, porque a partir de Lo Lishma, chega-se Lishma.”
Assim, ao ensinar as crianças as mulheres e a população, eles são apenas ensinados a trabalhar
com medo e receberam a recompensa. E quando eles ganham conhecimento e adquirem
sabedoria, que o segredo é revelado para eles pouco a pouco. Eles estão acostumados a isso com
calma, até atingir-Lo e servi-Lo com amor. "Assim, vemos as palavras do Rambam de que todos
devem atingir Lishma, mas a diferença está no tempo.

Pergunta: Se uma pessoa vê e sente que ele está trilhando um caminho que conduz à Lishma,
ele deveria tentar influenciar os outros para que outros trilhem no caminho certo, também, ou
não?

Resposta: Esta é uma pergunta geral. É igual a uma pessoa religiosa examinar uma pessoa
secular. Se ele sabe que pode reformá-lo, então é preciso reformá-lo, devido à Mitzva, "Tu
certamente repreenderá o teu próximo." Da mesma forma, neste caso, pode-se dizer que você
deve dizer ao seu amigo a melhor maneira de agir, desde que sua intenção é apenas a Mitzva.
Mas, não deve agir assim, quando muitas vezes uma pessoa repreende outra somente com a
finalidade de dominar, e não para "repreender o teu próximo."
E nós aprendemos a partir do exposto que, com o desejo de querer que o outro trilhe o caminho
da verdade criou conflitos entre os ortodoxos e seculares, entre Litaim e Hassidim, e entre os
próprios Hassidim. Isto é porque cada um pensa que ele está no caminho certo, e então tenta
convencer ao próximo a trilhar o mesmo caminho.

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17 – Uma facção do Judaísmo Ortodoxo que começou com o Vilna Gaon (GRA), em Vilna,
Lituânia
Qual o grau que cada um deve alcançar?

Pergunta: Qual é o grau que cada um deve alcançar, para não ter de reencarnar?

Resposta: Está escrito no livro Sha'ar HaGilgulim (Portal para Reencarnações) que "Todos os
filhos de Israel devem reencarnar até que eles estejam completos, com todas as NRNHY. No
entanto, a maioria das pessoas não têm todas as cinco partes chamadas NRNHY, apenas Nefesh,
que é de Assiahh”.

Isto significa que cada pessoa deve corrigir apenas uma parte da própria raiz, da própria alma, e
nada mais, e isso completa o que a pessoa deve corrigir.

A única coisa é que devemos saber que todas as almas vêm da alma de Adam HaRishon
(Primeiro Homem). Depois do pecado da Árvore do Conhecimento, a alma de Adão dividiu em
600.000 almas. Isto significa que a única luz que Adam HaRishon tinha no Jardim do Éden, que
é chamado pelo Zohar Sagrado”, Zihara Ilaa" (Luz Superior), dispersou-se em muitos pedaços.

No livro, Panim Masbirot (p 56), Baal HaSulam escreve: "Depois do bem misturar-se com o
mau (após o pecado), uma grande estrutura de Klipot (cascas) foi criada, com o poder de se
agarrar a Kedusha (Santidade)." Em forma de tomar cuidado com eles, a Luz dos sete dias da
Criação foi dividida em pedaços muito pequenos, que são pequenos demais para que as Klipot
(cascas) possam sugar deles.

Isso pode ser comparado na estória de um rei que pretendia entregar uma grande soma de
dinheiro para seu filho, que morava do outro lado do mar. Infelizmente, todas as pessoas no país
do rei eram coniventes com ladrões, e ele não conseguia encontrar um emissário fiel. O que ele
fez? Ele dividiu o dinheiro em moedas de um centavo e os enviou com um grande número de
emissários. Assim, eles descobriram que o prazer do roubo não valia pena desonrar a realeza.
Desta forma, ao longo do tempo e em muitas almas, através da iluminação dos dias, foi possível
classificar as faíscas de todos os santos que foram roubados pelas Klipot (cascas), pelo pecado
da Árvore do Conhecimento.
"Muitas almas" refere-se à divisão em luzes internas, e muitos dias é uma divisão em muitas
luzes externas. E os pedaços se acumularam numa grande quantidade de Luz na qual Adam
HaRishon pecou e então trará o fim da correção.
Isso leva à conclusão de que cada um nasce com apenas um pequeno pedaço da alma de Adam
HaRishon. Quando se corrige esse pedaço, então não precisa mais reencarnar. É por isso que
cada um só pode corrigir o pedaço que lhe pertence

.
Foi escrito sobre isso no livro do Ari The Tree of Life, (A arvore da vida)
"Não há um dia como outro dia, um momento como outro momento, ou uma pessoa como outra
pessoa. E o Helbona (parte do incenso sagrado) irá corrigir o que o Levona (outra parte do
incenso sagrado) não irá. Cada um deve corrigir a sua própria parte”.

No entanto, devemos saber que cada pessoa tem uma escolha, pois não nasceu um justo. Nossos
sábios disseram (Nida 16b): "Rabi Hanina Bar Pappa disse: 'O anjo nomeado na concepção é
chamada Laila (noite). É preciso uma queda para colocá-lo diante do Criador, e diz: 'Meu Deus,
essa queda, o que deve tornar-se um herói ou um fraco, um sábio ou um louco, rico ou pobre?
"Mas não pergunte, `justos ou maus`.
Isto significa que não nasce justo, pois "não pergunte, 'justos ou ímpios." Isto é da esquerda para
a nossa escolha, cada um faz segundo o seu trabalho na Torah e Mitzvot. Assim, um é
recompensado com a limpeza do coração de alguém, de corrigir o que deve, de acordo com a
raiz da sua alma, e então ele está completo.
O Primeiro Grau Quando Alguém Nasce

No Zohar, Mishpatim (p 4, Item 11 no comentário do Sulam), está escrito:

"Vinde e vede, quando nasce uma pessoa, a ela é dada um Nefesh que é do lado da besta, e do
lado da pureza, que é a partir do lado dos chamados” Anjos Santos", que significa o mundo da
Assiahh. Se ele é mais recompensado, a ele é dado Ruach da parte do” Animais Santos ', que
significa a partir do lado de Yetzirah. Se mais recompensado, a ele é dado Neshama do lado do
Kisse (trono), o que significa no mundo de Briah. Se for mais recompensado, a ele é dado
Nefesh, na forma de Atzilut. Se mais recompensado, a ele é dado Ruach de Atzilut do lado do
pilar do meio, e ele é considerado o filho do Criador, como está escrito: 'Vós sois os filhos do
Senhor, teu Deus. "Se mais recompensado, a ele é dada Neshama do lado de Aba ve Ima, que
são Binah, sobre o qual foi dito: "Deixe a alma inteira louvar ao Senhor", e com eles, o nome
HaVaYaH está completo."

Assim, a perfeição da alma é ter NRN de BYA e NRN de Atzilut. Esta é a perfeição que Adam
HaRishon tinha antes do pecado. Somente após o pecado, ele declinou de seu grau e sua alma
foi dividida em 600, 000 almas.

Esta é a razão pela qual a espiritualidade do homem é chamada Neshama (alma), mesmo quando
se tem apenas Nefesh de Nefesh, uma vez que existe uma regra que ao se falar de nada, sempre
refere ao seu mais alto nível. E desde o homem mais elevado tem se o grau de Neshama, sendo
a espiritualidade do homem, geralmente referida como Neshama.

E, embora as pessoas nasçam com o menor grau espiritual, eles disseram: (11b p Shaar
HaGilgulim), "cada pessoa pode ser como Moisés se desejar limpar suas ações. Isto é assim
porque ele pode ter outro espírito, um mais elevado, com altura de Yetzirah, bem como
Neshama a partir da altura de Briah".

Agora você também pode compreender as palavras de nossos famosos sábios: "O espírito dos
justos ou suas almas vêm e estão impregnadas no que é chamado Ibur (gestação), para auxiliá-lo
com o trabalho de Deus".

É também apresentado no Sulam (Introdução ao Livro de Zohar, p 93): "O importante é que o
condutor do burro é o ajudante das almas dos justos, que lhes foi enviada do Alto, a fim de
elevá-los de um grau para o próximo. Sem essa assistência, que O Criador envia os justos, eles
seriam incapazes de sair de um grau e elevar-se mais Alto. Assim, o Criador envia a cada justo,
uma alma Elevada do Alto, cada um de acordo com o seu mérito e grau, que o ajuda em seu
caminho. Isso é chamado de "impregnação da alma de um justo, e ele é chamado de" revelação
da alma do justo.”.

Daí que, quando se diz que não há geração sem os gostos de Abraão, Isaac e Jacob, isso não
significa que eles nasceram assim e não tiveram uma escolha na matéria. Pelo contrário, estas
são as pessoas que estão tentando andar no caminho da verdade e fazer os esforços necessários.

Essas pessoas sempre recebem ajuda do Alto através de impregnação das almas dos justos, e
eles recebem força para escalar Graus mais Elevados.
Acontece que tudo o que vem do Alto é considerado assistência, mas não sem trabalho e
escolha. E a persistência do mundo vem através desses justos, que estendem a abundância do
Alto, e assim há sustentação do Alto.
SOBRE A IMPORTANCIA DA SOCIEDADE

É sabido que desde que o homem vive em sociedade, encontra-se entre pessoas que não têm
ligação com o trabalho no caminho da verdade, ao contrário, sempre tenta resistir àqueles que
andam no caminho da verdade, e quando os pensamentos das pessoas se misturam as posições
daqueles que opõem ao caminho da verdade permeiam aqueles que tem algum desejo de
caminhar no caminho da verdade.

Por isso, não há outro conselho a não ser estabelecer uma sociedade separada para eles mesmos,
para ser sua estrutura, ou seja, uma comunidade separada, que não se mistura com outras
pessoas cujos pontos de vista diferem dessa sociedade. Assim, eles devem constantemente
evocar neles mesmos a questão do propósito da sociedade, para que não sigam a maioria,
mesmo porque seguir a maioria é a nossa natureza.

Se a sociedade o isola do resto do povo, se ele não têm nenhuma conexão com outras pessoas
em relação aos assuntos espirituais, e seu contato com eles é apenas sobre questões corporais,
eles não interagem com seu ponto de vista, pois não existe ligação em assuntos de religião.

Mas quando uma pessoa está entre os religiosos, e começa a conversar e discutir com eles, ela
imediatamente interage com suas opiniões. Seus pontos de vista penetram sua mente abaixo do
limiar de sua consciência a tal ponto que ela não será capaz de discernir que estes não são os
seus próprios pontos de vista, mas o que ela recebeu das pessoas com quem se conectou.

Portanto, em assuntos de trabalho no caminho da verdade, deve-se isolar das outras pessoas.
Isso ocorre porque o caminho da verdade requer um fortalecimento constante, uma vez que
difere da visão do mundo. A visão do mundo é saber e receber, enquanto a visão da Torah é a fé
e doação. Se alguém desvia disso, ele imediatamente se esquece de todo o trabalho do caminho
da verdade e cai no mundo de amor-próprio. Somente a partir de uma sociedade sob a forma de
"Eles ajudaram cada um ao seu amigo” só assim, cada pessoa na sociedade recebera a força para
lutar contra a opinião do mundo.

Além disso, encontramos o seguinte, nas palavras do Zohar (Pinechas, p 31, item 91, e no
Sulam): "Quando uma pessoa mora em uma cidade habitada por pessoas más, e não pode
manter os Mizvot da Torah, e não tem êxito na Torah, ele arranca suas raízes desse lugar e
muda-se se plantando num lugar habitado por pessoas de bem, com Torah e Mitzvot. Isso ocorre
porque a Torah é chamado de 'Árvore', como está escrito: 'Ela é uma árvore da vida para os que
lançar mão dela. "E o homem é uma árvore, como está escrito," é a árvore do homem do campo.
'E os Mitzvot da Torah são comparados aos seus frutos. E o que é diz? "Somente as árvores que
tu sabes não serem árvores de alimento, esses tu poderás destruir e cortar," destruir deste mundo
e cortar do outro mundo.”

Por esta razão, ele deve arrancar-se do lugar onde há más pessoas, pois ele não terá sucesso na
Torah e Mitzvot, e plantar-se em outros lugares, entre justos, e ele terá sucesso na Torah e
Mizsvot.

E o homem, a quem O Zohar compara até com árvore do campo, como a árvore do campo sofre
de maus vizinhos. Em outras palavras, devemos sempre cortar as ervas más que nos rodeiam
que nos afetam, e devemos também manter-nos longe de ambientes ruins, de pessoas que não
favorecem o caminho da verdade. Precisamos de uma vigilância atenta de modo a não sermos
atraídos a segui-los.

Isso é chamado de "isolamento", quando alguém tem pensamentos de "autoridade única",


chamado de "doação", e não "autoridade pública", que é o amor-próprio. Isso é chamado de
"duas autoridades"- a autoridade do Criador e a nossa própria autoridade

Agora podemos compreender o que nossos sábios disseram (Sanhedrin, p 38), "Rav Yehuda
disse: 'o Rav disse," Adam HaRishon foi herege”, como esta escrito:" E o Senhor Deus chamou
ao homem, e disse: lhe: "Onde estás? ''Onde foi o teu coração?"

Na interpretação de Rashi, "herege" refere-se a uma tendência para a idolatria. E no comentário,


Etz Yosef (A Árvore de José), está escrito: "Quando se escreve," Onde, onde foi o teu coração?
"É heresia, como está escrito," que vos não segue vosso próprio coração, "isso é heresia, quando
o seu coração se inclina para o outro lado."

Mas tudo isso é muito complicado: Como é que se pode dizer que Adam HaRishon estava
inclinado para a idolatria? Ou de acordo com o comentário Etz Yosef, que estava sob a forma de
"que não segue o seu próprio coração," é uma heresia? De acordo com o que aprendemos sobre
a obra de Deus, que é exclusivamente sobre o objetivo de doar, se uma pessoa trabalha, a fim de
receber, este trabalho é estranho para nós, pois precisamos trabalhar apenas para doar, e ele
pegou tudo a fim de receber.

Este é o significado do que ele disse que ele falhou em "de não seguir seu próprio coração." Em
outras palavras, ele não poderia comer da Árvore do Conhecimento, a fim de doar, mas recebeu
comendo da Árvore do Conhecimento, a fim de receber. Isso é chamado de "coração",
significando que o coração deseja apenas receber auto-gratificação. E este foi o pecado da
Árvore do Conhecimento.

Para entender este assunto, veja a introdução ao livro Panim Masbirot. E a partir disso,
podemos compreender os benefícios da sociedade, ela pode criar um ambiente diferente -
trabalhar só para doação.
Sobre a Importância dos Amigos
A respeito da importância dos amigos na sociedade e como os apreciar, isto é com que tipo de
importância todos devem considerar seu amigo. Senso comum dita que se um considerar o seu
amigo como estando num grau inferior que o seu mesmo, então ele irá querer ensiná-lo como se
comportar mais virtuosamente que as qualidades que ele tem. Então, ele não pode ser seu
amigo; ele pode tomar o amigo como um estudante, mas não como um amigo.

E se um vê o seu amigo como estando num grau superior que o seu próprio, e vê que ele pode
adquirir boas qualidades dele, então ele pode ser seu Rav, mas não seu amigo.

Isto significa que precisamente quando um vê o seu amigo como estando num grau igual ao seu
próprio, um pode aceitar o outro como um amigo e se unir com ele. Isto é assim, pois um amigo
significa que eles estão ambos no mesmo estado. Isto é o que é o senso comum dita. Por outras
palavras, eles têm as mesmas visões e então decidem se unir. Então, ambos estes agem para o
objetivo que ambos eles desejam alcançar.

É como dois amigos da mesma opinião que estão a fazer certo negócio juntos, para que este
negócio lhes traga lucros. Nesse estado, eles sentem que têm poderes iguais. Mas caso um deles
sinta que é mais competente que o outro, ele não irá querer aceitá-lo como um parceiro igual.
Em vez disso, eles criariam uma parceria proporcional de acordo com a força e qualidades que
um tem sobre o outro. Nesse estado, a parceria é uma parceria de trinta e três ou trinta e cinco, e
não pode ser dito que eles são iguais no negócio.

Mas com amor dos amigos, quando amigos se unem para criar união entre si mesmos, isso
significa explicitamente que eles são iguais. Isto é chamado "união." Por exemplo, se eles fazem
negócio juntos e dizem que os lucros não serão distribuídos igualmente, é isto chamado
"união"? Claramente, um negócio de amor de amigos deve ser quando todos os lucros e posses
que o amor de amigos rende serão igualmente controlados por eles. Eles não devem esconder ou
ocultar um do outro, mas tudo deve ser com amor, amizade, verdade, e paz.

Mas no ensaio, "Um Discurso para a Conclusão de O Zohar," está escrito, "A medida da
grandeza vem sob duas condições: 1) de escutar sempre e receber a apreciação da sociedade, à
extensão da sua grandeza; 2) o meio ambiente deve ser grande, como está escrito, ‘Na multidão
do povo está a glória do rei. ’”

Para aceitar a primeira condição, cada estudante deve sentir que ele é o menor entre todos os
amigos, e então ele será capaz de receber a apreciação da grandeza de todos. Isto é assim, pois o
maior não pode receber do menor, muito menos ser impressionado por suas palavras. Apenas o
menor é impressionado pela apreciação do maior.

E pela segunda condição, cada estudante deve exaltar o mérito de cada amigo como se ele fosse
o maior na geração. Então o meio ambiente irá afetá-lo como um grande ambiente o deveria,
dado que qualidade é mais importante que quantidade.

Segue-se que na matéria de amor de amigos, eles ajudam-se um ao outro, isto é que é suficiente
para todos de considerar o seu amigo como sendo do mesmo grau que seu mesmo. Mas porque
todos devem aprender de seus amigos, há o assunto do Rav e discípulo. Por esta razão, ele deve
considerar o amigo como maior que si mesmo.

Mas como pode um considerar o seu amigo como maior que si mesmo, quando ele pode ver que
os seus próprios méritos são maiores que os do seu amigo, que ele é mais talentoso e tem
melhores qualidades naturais? Existem duas maneiras de compreender isto:

1. Ele avança com fé acima da razão: assim que ele o escolheu como um amigo, ele
aprecia-o acima da razão.

2. Isto é mais natural - dentro da razão. Se ele decidiu aceitar o outro como um amigo, e
trabalha sobre si mesmo para amá-lo, do que é natural com o amor de ver apenas coisas
boas. E mesmo embora existam coisas más no seu amigo, ele não as pode ver, como
está escrito, "o amor cobre todas as transgressões.”

Nós podemos ver que uma pessoa pode ver falhas nas crianças do seu próximo, mas não nas
suas próprias crianças. E quando alguém menciona algumas falhas nas suas crianças, ele resiste
imediatamente ao seu amigo e começa a declarar os méritos das suas crianças.

E a questão é, qual delas é a verdade? Afinal, existem méritos nas suas crianças, e então ele está
perturbado quando outros falam de suas crianças. A coisa é esta, como eu a escutei de meu pai:
Certamente, cada pessoa tem vantagens e desvantagens. E ambos o próximo e o pai estão a dizer
a verdade. Mas o próximo não trata as crianças do outro como um pai às suas crianças, dado que
ele não tem o mesmo amor pelas crianças como o pai tem.

Então, quando ele considera as crianças do outro, ele vê apenas falhas das crianças, dado que
isto lhe dá mais prazer. Isto é porque ele pode mostrar que ele é mais virtuoso que o outro
porque as suas próprias crianças são melhores. Por esta razão, ele vê apenas as falhas do outro.
O que ele está a ver é verdade, mas ele vê apenas coisas que lhe agradam.

Mas o pai, também, vê apenas a verdade, exceto que ele considera apenas as coisas boas que as
suas crianças têm. Ele não vê as falhas das suas crianças, dado que isso não lhe dá qualquer
prazer. Então, ele está a dizer a verdade sobre o que ele vê nas suas crianças. E porque ele
considera apenas as cosias que lhe podem agradar, ele vê apenas as virtudes. Acontece que se
um tem amor de amigos, a lei no amor é que você quer ver os méritos dos amigos e não suas
falhas. Então, se um vê certa falha no seu amigo, não é um sinal que seu amigo esteja em falha,
mas que a falha está nele, isto é porque ele falhou no amor de amigos, ele vê falhas no seu
amigo.

Desta forma, agora ele não deve ver pela correção do seu amigo. Em vez disso, ele mesmo
precisa de correção. Segue-se de tudo o mencionado que ele não deve cuidar pela correção das
falhas do seu amigo, que ele vê no seu amigo, mas ele mesmo precisa corrigir a falha que ele
criou no amor de amigos. E quando ele se corrige a si mesmo, ele irá ver apenas os méritos do
seu amigo e não suas falhas.
A Agenda da Assembléia

No principio da assembléia, deve haver uma agenda. Cada um deve falar da importância da
sociedade tanto quanto ele puder, descrevendo os lucros que a sociedade lhe dará a ele e as
coisas importantes que ele espera que a sociedade lhe traga, as quais ele não pode obter por ele
mesmo, e como ele aprecia a sociedade em conformidade.

É como os nossos sábios escreveram (Berachot 32), "Rabino Shamlai disse, ‘Um deve sempre
louvar o Criador, e então orar. ’ De onde recebemos isso? De Moisés, como está escrito, ‘E eu
roguei ao Senhor nessa altura. ’ Está também escrito, ‘O Senhor Deus, Tu começaste, ’ e está
escrito, ‘Deixa-me passar, Eu rogo-Te, e ver a boa terra. ’”

E a razão que precisamos começar a louvar o Criador é que é natural que hajam duas condições
quando um pede por algo a outro:

1. Que ele tem o que pedir dele, tal como riqueza, poder, e reputação como rico e afluente.

2. Que ele tenha um coração bondoso, isto é um desejo de fazer bem aos outros.

De tal pessoa você pode pedir um favor. Foi por isso que eles disseram, "Um deve sempre
louvar o Criador, e então orar." Isto significa que depois um acredita na grandeza do Criador,
que Ele tem todos os tipos de prazeres para dar às criaturas e Ele deseja fazer o bem, então é
pertinente dizer que ele está a orar ao Criador, que o irá certamente ajudar, dado que Ele deseja
dar. E então o Criador pode dar-lhe o que ele deseja. Então, também a oração pode ser com
confiança que o Criador a irá conceder.

Similarmente, com o amor dos amigos, bem no inicio da assembléia, quando reunindo, devemos
louvar os amigos, a importância de cada um dos amigos. À extensão que assumimos a grandeza
da sociedade, um pode apreciar a sociedade.

“E então orar," isto é que cada um se deve examinar a si mesmo e ver quanto esforço está ele a
dar à sociedade. Então, quando eles vêem que você está impotente de fazer alguma coisa pela
sociedade, não há lugar para orar ao Criador para ajudá-lo, e lhe dar força e desejo para se
empenhar no amor aos outros.

E posteriormente, cada um deve comportar-se da mesma maneira que nas ultimas três da
"Décima Oitava Oração." Por outras palavras, depois de ter pedido perante o Criador, o Sagrado
Zohar diz que nas últimas três da "Décima Oitava Oração," um deve pensar como se o Criador
já tivesse concedido seu pedido, e ele partiu.

No amor de amigos devemos comportar-nos da mesma maneira: Depois de nos examinarmos a


nós mesmos e seguir o conhecido conselho de orar, devemos pensar como se a nossa oração
tivesse sido atendida e rejubilar com nossos amigos, como se todos os amigos são um corpo. E
como o corpo deseja que todos os seus órgãos desfrutem, nós, também, queremos que todos os
nossos amigos se desfrutem consigo mesmos agora.

Então, depois de todos os cálculos vem o tempo de alegria e amor de amigos. Nessa altura, cada
um deve sentir que ele é feliz, como se ele tivesse acabado de selar um negócio muito bom que
lhe irá render montes de dinheiro. E é costume que em tal altura ele dê bebidas aos amigos.

Similarmente, aqui todos precisam dos seus amigos para beber e comer bolos, etc. Porque agora
ele está feliz, ele deseja que os seus amigos se sintam bem, também. Daí, a dispersão da
assembléia deva ser num estado de alegria e elação.

Isto segue a maneira de "um tempo de Torá" e "um tempo de oração." "Um tempo de Torá"
significa plenitude, quando não existem carências. Isto é chamado "direita," como está escrito,
"na Sua mão direita estava uma lei ardente.”

Mas "um tempo de oração" é chamado "esquerda," dado que um lugar de carência é um lugar
que precisa de correção. Isto é chamado "a correção dos Kelim (recipientes)." Mas no estado de
Torá, chamado "direita," não há lugar para correção, é por isso que a Torá é chamada uma
"dádiva.”

É costume dar presentes a uma pessoa que você ama. E é também costume não amar quem é
carente. Então, num "tempo de Torá," não há lugar para pensamentos de correção. Então,
quando abandonando a assembléia, deve ser como nas últimas três da "Décima Oitava Oração."
E por esta razão, cada um irá sentir plenitude.
Fases do Entendimento

Introdução ao Estudo das Dez Sefirot


1) No início das minhas palavras, sinto uma grande necessidade de quebrar um muro de ferro
que nos tem separado da sabedoria da Cabalá, desde a ruína do Templo até a geração atual.
Encontra-se pesadamente sobre nós e levanta o receio de nos termos esquecido de Israel.

No entanto, quando falo com alguém sobre este estudo, a sua primeira pergunta é: "Por que
devo eu saber quantos anjos existem no céu e quais os seus nomes? Não posso eu cumprir toda
a Torá, em todos os seus detalhes e complexidades, sem este conhecimento?"

Em segundo lugar, ele perguntará: "Os sábios já determinaram que é necessário, em primeiro
lugar, encher a barriga com Mishná e Gemará. Assim, como pode alguém enganar-se a si
mesmo, dizendo que já completou toda a Torá revelada e que lhe falta apenas a sabedoria do
oculto?"

Terceiro, ele tem medo de se tornar amargo por causa deste envolvimento. Isto se deve a já
terem existido casos de desvio do caminho da Torá por causa de envolvimento na Cabalá.
Assim: "Por que preciso deste problema? Quem é tão tolo ao ponto de se colocar em perigo sem
qualquer motivo?"

Quarto: Até mesmo aqueles que são a favor deste estudo permitem-no apenas aos santos, aos
servos do Criador. E nem todos os que desejam ter o Senhor podem chegar e levar.

Em quinto lugar, e mais importante: "Há o costume no nosso meio de, em caso de dúvida,
seguir: “Faz como as pessoas fazem”", e os meus olhos vêem que todos aqueles que estudam a
Torá na minha geração têm a mesma mente e abstêm-se de estudar o oculto. Para, além disso,
eles aconselham aqueles que os consultam que é sem dúvida preferível estudar uma página de
Gemará a este envolvimento.

2) Na verdade, se depusermos os nossos corações para responder somente a uma questão muito
famosa, estou seguro de que todas estas questões e dúvidas desaparecerão do horizonte, e você
olhará para o seu lugar e descobrirá que desapareceram. Esta questão indignada é uma questão
que todo o mundo pergunta, nomeadamente: "Qual é o significado da minha vida?" Por outras
palavras, estes anos passados da nossa vida que nos custam tão pesadamente, e as dores e
tormentos numerosos que sofremos com eles, para os concluirmos completamente, quem é que
os aprecia? Ou, mais precisamente ainda, a quem dou prazer?

É verdade que os historiadores se fartaram de refletir sobre isto, particularmente na nossa


geração. Ninguém quer mesmo considerá-lo. No entanto, a questão permanece tão amarga e
veemente como sempre. Às vezes chega sem ser convidada, dá-nos bicadas nas nossas mentes e
humilha-nos até nos colocar de rastos, até descobrirmos o famoso truque de prosseguirmos sem
pensarmos, fluindo nas correntes da vida, como sempre.

3) Na verdade, é para resolver este grande enigma que o verso escreve: "Prova e vê que o
Senhor é bom". Aqueles que cumprem corretamente a Torá e os Mitzvot são os que sentem o
gosto da vida. São eles que vêem e testemunham que o Senhor é bom, como os nossos sábios
dizem que Ele criou o mundo para fazer bem às Suas criações, pois a orientação do Bom é fazer
bem.

No entanto, aqueles que ainda não provaram o gosto da vida ao cumprir a Torá e os Mitzvot não
podem sentir e compreender que o Senhor é bom, como dizem os nossos sábios que, quando o
Criador nos criou, o Seu único objetivo foi beneficiar-nos. Portanto, não temos outro conselho
senão cumprir corretamente a Torá e os Mitzvot.

Está escrito na Torá (Parashat Nitzavim): "Vê, eu coloquei neste dia diante de ti a vida e o bem,
a morte e o mal". Isto significa que antes da entrega da Torá tivemos apenas morte e mal diante
de nós, como dizem os nossos sábios: "Os ímpios, na sua vida, são chamados de 'mortos'". Isto
porque a sua morte é melhor do que as suas vidas, dado que a dor e o sofrimento que suportam
para o seu sustento são muitas vezes maiores do que o pouco prazer que eles sentem nesta vida.

No entanto, agora a Torá e os Mitzvot, nos foram concedidos e por os cumprirmos seremos
recompensados com a vida real, alegre e agradável ao seu dono, como está escrito: "Prova e vê
que o Senhor é bom". Portanto, a escrita diz: "Vê, eu coloquei neste dia diante de ti a vida e o
bem", que você não tem minimamente, na verdade, antes da entrega da Torá.

E o texto termina: "portanto escolhe a vida, para que possas viver, tu e a tua descendência".
Aparentemente, há uma declaração repetida aqui: "escolhe a vida, para que possas viver". No
entanto, é uma referência para a vida no cumprimento da Torá e Mitzvot, que é quando existe
vida real. Porém, uma vida sem Torá e Mitzvot é mais difícil do que a morte. Este é o
significado das palavras dos nossos sábios: “Os ímpios, nas suas vidas, são chamados de
"mortos"”.

A escritura diz: "para que possas viver, tu e a tua descendência". Isto significa que uma vida
sem Torá não só é triste para o seu dono, como também não poderá dar prazer a outros. Uma
pessoa não encontra satisfação nem na sua descendência, uma vez que a vida da sua
descendência também é mais difícil do que a morte. De fato, que presente lhes deixa?

No entanto, aquele que vive em Torá e Mitzvot não só desfruta da sua própria vida, como
também tem alegria por poder ter filhos e legar-lhes essa vida boa. Este é o significado de: "para
que possas viver, tu e a tua descendência", pois ele recebe prazer adicional pela vida da sua
descendência, da qual ele foi a causa.

4) Agora você pode entender as palavras dos nossos sábios sobre o verso: "portanto, escolhe a
vida". Afirma: "Eu dei-te instruções para escolheres a parte da vida, como quem diz ao seu
filho: “Escolhe para ti uma boa parte na minha terra”. Ele coloca-o na parte boa e diz-lhe:
“Escolhe isto para ti”". Está escrito sobre isto: "Ó Senhor, a porção da minha herança e a minha
taça, Tu mantiveste o meu lote. Tu colocaste a minha mão sobre o destino bom e disseste:
'Toma isto para ti".

As palavras são aparentemente perplexas. O verso diz: “portanto escolhe a vida". Isto significa
que uma pessoa escolhe por si. No entanto, eles dizem que Ele a coloca sobre a parte boa.
Portanto, já não existirá escolha aqui? Além disso, eles dizem que o Criador coloca a mão sobre
o destino bom. Isto é realmente desconcertante, porque se assim for, onde está então a escolha?

Agora você pode ver o verdadeiro significado das suas palavras. É verdade que o próprio
Criador coloca a mão de uma pessoa sobre o destino bom, dando-lhe uma vida de prazer e
satisfação dentro da vida corpórea que está cheia de tormentos e dor, e desprovida de conteúdo.
Uma pessoa parte inevitavelmente e foge deles quando vê um lugar tranquilo, mesmo que
aparentemente apareça no meio de rachas. Ele foge da sua vida, que é mais difícil do que a
morte. Na verdade, não há melhor colocação da sua mão por Ele do que isto.

E a escolha de uma pessoa cinge-se apenas ao fortalecimento. Isto porque certamente ocorre
aqui um grande esforço e empenho antes de uma pessoa purificar o corpo para ser capaz de
cumprir corretamente a Torá e os Mitzvot, não para o seu próprio prazer, mas para trazer
satisfação ao seu Criador, o que é chamado Lishma (em Seu Nome). Somente desta forma é
uma pessoa dotada com uma vida de felicidade e prazer, que acompanha o cumprimento da
Torá.

No entanto, antes de uma pessoa chegar a essa purificação, existe certamente a opção de
fortalecer no bom sentido, através de todos os tipos de meios e tácticas. Além disso, deve-se
fazer tudo o que a mão tenha força para fazer até terminar o trabalho de purificação, e não cair
sob o seu fardo a meio caminho.

5) De acordo com o mencionado acima, você vai compreender as palavras dos nossos sábios em
Masechet Avot: "Assim é o caminho da Torá: comer pão com sal, beber pouca água, dormir no
chão, levar uma vida sofrida e de trabalho na Torá. Se assim o fizeres, serás feliz; feliz neste
mundo e feliz no próximo mundo".

Temos de questionar as suas palavras: em que é a sabedoria da Torá diferente dos outros
ensinamentos no mundo, que não necessitam deste ascetismo e desta vida sofrida, mas em que o
próprio trabalho é suficiente para adquirir esses ensinamentos? Mesmo que trabalhemos
extensivamente na Torá, isso ainda não é suficiente para adquirir a sabedoria da Torá, senão
através da mortificação de pão com sal e uma vida sofrida.

O fim das palavras é ainda mais surpreendente, ao terem dito: "Se assim o fizeres, serás feliz,
feliz neste mundo e feliz no próximo mundo". Isto significa que é possível que eu seja feliz no
próximo mundo. Mas neste mundo, enquanto eu me atormentar ao comer e beber, e levar uma
vida sofrida, deveriam ser dito sobre este tipo de vida: "feliz neste mundo?" É este o significado
de uma vida feliz neste mundo?

6) No entanto, foi explicado anteriormente que o envolvimento correto em Torá e Mitzvot, em


sentido estrito, consiste em dar satisfação ao Criador e não em auto-gratificação. E isto é
impossível de alcançar, exceto através de grande trabalho e esforço na purificação do corpo.

A primeira táctica é uma pessoa acostumar-se a não receber nada para o seu prazer, mesmo as
coisas necessárias e permitidas para a existência do seu corpo, como comer, beber, dormir e
outras necessidades similares. Assim, irá separar-se completamente de todo o prazer que vem
consigo, mesmo nas necessidades, no preenchimento da própria subsistência, até que leve uma
vida sofrida no seu sentido literal.

E depois de uma pessoa se acostumar a isso e o seu corpo não possuir qualquer desejo de
receber qualquer prazer para si, é-lhe agora possível envolver-se na Torá e cumprir os Mitzvot
também dessa maneira, com o objetivo de dar satisfação ao seu Criador e de obter nada para o
seu próprio prazer.

Quando se adquire isso, é-se recompensado com o gosto da vida feliz, cheia de bondade e
alegria, sem qualquer laivo de tristeza, que aparece com a prática da Torá e dos Mitzvot Lishma.
É como diz o rabino Meir (Avot 86): "Qualquer um que se envolva em Torá Lishma é-lhe
concedido muitas coisas. Mais, o mundo inteiro é gratificante para ele, os segredos da Torá são-
lhe revelados e ele torna-se uma fonte abundante".

É sobre ele que o verso diz: "Prova e vê que o Senhor é bom". Aquele que experimenta o sabor
da prática de Torá e Mitzvot Lishma é dotado com a sua visão da intenção da Criação, que
consiste em fazer apenas bem às Suas criações, dado que a conduta do Bom é fazer bem. Então,
ele alegra-se e regozija-se com o número de anos de vida que o Criador lhe concedeu, e o
mundo inteiro é gratificante para ele.

7) Agora você entenderá os dois lados da moeda sobre o envolvimento na Torá e nos Mitzvot:
por um lado, é o percurso da Torá, ou seja, a preparação extensiva que é preciso fazer para
preparar a purificação do seu corpo antes de ser realmente recompensado com o cumprimento
da Torá e dos Mitzvot.

Nesse estado, ele envolve-se necessariamente em Torá e Mitzvot Lo Lishma (não em Seu
nome), mas misturado com auto-satisfação. Isto se deve a ele ainda não ter purificado e limpo o
seu corpo do desejo de obter prazer das vaidades deste mundo. Durante este período, deve-se
levar uma vida sofrida e trabalhar na Torá, como está escrito na Mishná.

No entanto, após uma pessoa completar o percurso da Torá, ter purificado o seu corpo e estar
agora pronto para cumprir a Torá e os Mitzvot Lishma para trazer satisfação ao seu Criador, ele
chega ao outro lado da moeda. Esta é a vida de prazer e de grande tranquilidade, relativamente à
qual a intenção da Criação - "fazer bem às Suas criações" – se refere, o que significa a vida mais
feliz neste mundo e no próximo mundo.

8) Isto explica a grande diferença entre a sabedoria da Torá e o resto dos ensinamentos do
mundo: adquirir os outros ensinamentos do mundo não beneficia em nada a vida neste mundo.
Isto porque eles nem sequer apresentam mera gratificação para os tormentos e sofrimentos que
uma pessoa experimenta durante a vida. Portanto, não é necessário corrigir o corpo, e o trabalho
que ele dá em troca por eles é suficiente, como todos os outros bens mundanos adquiridos em
troca de trabalho e labor.

No entanto, o único propósito do envolvimento em Torá e Mitzvot é tornar uma pessoa digna de
receber toda a bondade na intenção da Criação: "fazer bem às suas criações". Portanto, é
necessário purificar o próprio corpo para merecer essa bondade Divina.

9) Isto também esclarece completamente as palavras da Mishná: "Se assim o fizeres, serás feliz
neste mundo". Eles especificaram-no precisa e deliberadamente, para indicar que uma vida feliz
neste mundo é apenas para aqueles que tenham concluído o caminho da Torá. Assim, a
mortificação em comer, beber, dormir e levar uma vida sofrida, que são aqui mencionadas, só se
aplicam quando se está no caminho da Torá. É por isso que meticulosamente declararam:
"Assim é o caminho da Torá".

E quando se completa o percurso de Lo Lishma na vida sofrida e mortificada, a Mishná termina:


"... feliz és neste mundo". Isto porque lhe será concedida a felicidade e bondade na intenção da
Criação, e todo o mundo será gratificante para si, mesmo este mundo, quanto mais o próximo
mundo.

10) O Zohar (Beresheet, 31b) escreve sobre o verso: "E Deus disse: 'Haja luz' e houve luz",
houve luz para este mundo e houve luz para o próximo mundo. Isto significa que os atos de
criação foram criados na estatura e forma plenas, ou seja, na sua completa glória e perfeição.
Assim, a Luz que foi criada no primeiro dia surgiu com toda a sua perfeição, contendo a vida
deste mundo, também, em total amenidade e suavidade, tal como expresso nas palavras: "Haja
luz".

No entanto, para preparar um lugar de escolha e de trabalho, Ele reteve-a e escondeu-a para os
justos no fim dos dias, como dizem os nossos sábios. Por isso, eles disseram na sua língua pura:
"Haja Luz para este mundo". No entanto, não permaneceu assim, mas "Haja Luz para o próximo
mundo".

Por outras palavras, aqueles que praticam a Torá e Mitzvot Lishma são recompensados apenas
no fim dos dias, durante o fim dos dias, após terminar a purificação do seu corpo no caminho da
Torá. Então eles são recompensados também com essa grande Luz neste mundo, como os
nossos sábios disseram: "Deverás ver o teu mundo na tua vida".

11) No entanto, descobrimos e vemos nas palavras dos sábios do Talmude que estes fizeram o
caminho da Torá mais fácil para nós do que os sábios da Mishná. Isto porque eles disseram:
"Uma pessoa deve sempre praticar a Torá e os Mitzvot, mesmo em Lo Lishma, e de Lo Lishma
ela chegará a Lishma, porque a Luz presente neles corrige-a."

Assim, eles disponibilizaram-nos um novo meio, em vez da penitência apresentada na


mencionada Mishná, Avot: a “Luz na Torá". Ela tem poder suficiente para corrigir e trazer para
a prática de Torá e Mitzvot Lishma.

Eles não mencionaram penitência aqui, apenas o envolvimento em Torá e Mitzvot, por si só,
proporciona essa Luz que corrige, de forma que um pode envolver-se em Torá e Mitzvot com o
objetivo de trazer satisfação ao seu Criador, e não para o seu próprio prazer. E isto é chamado
de Lishma.

12) No entanto, parece que devemos questionar as suas palavras. Afinal, encontramos alguns
alunos cuja prática da Torá não os ajudou a chegar a Lishma através da Luz aí presente. De fato,
a prática de Torá e Mitzvot em Lo Lishma significa que uma pessoa acredita no Criador, na
Torá e em recompensa e punição. E ele envolve-se na Torá porque o Criador ordenou o
envolvimento, mas associa o seu próprio prazer ao objetivo de contentar o seu Criador.

Se, depois de todos os problemas na prática da Torá e dos Mitzvot, ele aprender que não obteve
nenhum prazer ou benefício próprio através deste grande esforço e pressão, ele arrepender-se-á
de ter realizado todos esses esforços. Tal deve-se a, desde o início, ele se ter torturado, pensando
que também ele iria desfrutar do seu esforço. Isto é chamado Lo Lishma.

No entanto, os nossos sábios permitiram igualmente o início da prática da Torá e Mitzvot em Lo


Lishma, porque a partir de Lo Lishma uma pessoa chega a Lishma. No entanto, não há dúvida
de que, se o estudante não foi recompensado com fé no Criador e na Sua lei, e ainda vive em
dúvida, não é sobre ele que os nossos sábios disseram: "de Lo Lishma ele chegará a Lishma.
Não é sobre ele que disseram que, por se envolver nisso, "a Luz presente corrige"-os.

Isto é assim porque a Luz da Torá brilha apenas sobre aqueles que têm fé. Além disso, o nível
dessa Luz é conforme o nível da força de fé que cada um tem. No entanto, é o oposto para
aqueles sem fé, pois eles recebem escuridão da Torá e os seus olhos escurecem.
13) Os sábios já apresentaram uma alegoria interessante sobre o verso: "Ai de vós que desejais o
Dia do Senhor! Porque tenderias o dia do Senhor? Ele é escuridão e não luz." (Amos 5). Existe
uma alegoria sobre um galo e um morcego que estavam à espera da luz. O galo disse ao
morcego: "Eu espero pela Luz, porque a Luz é minha. Mas tu, porque precisas da Luz?"
(Sanhedrin 98b).

Claramente, os estudantes que não foram dotados com a vinda de Lo Lishma para Lishma,
devido à sua falta de fé, não receberam qualquer Luz da Torá. Assim, eles andam em trevas e
morrerão sem sabedoria.

Por outro lado, aqueles a quem foi transmitida fé completa é-lhes garantido, nas palavras dos
nossos sábios, que, por se envolverem na Torá, mesmo em Lo Lishma, a Luz presente corrige-
os. Eles receberão a Torá Lishma, que traz uma vida boa e feliz neste mundo e no próximo
mundo, mesmo sem a prévia aflição e vida sofrida. É sobre eles que o verso diz: "Então deverás
tu deleitar-te no Senhor, e te farei cavalgar sobre os altos lugares da terra".

14) Relativamente a um assunto como o anterior, uma vez interpretei as palavras dos nossos
Sábios: "Aquele cuja Torá é o seu comércio". O nível da sua fé é evidente na sua prática da
Torá, pois as letras da palavra Umanuto (seu comércio), são as mesmas (em hebraico) que as
letras da palavra Emunato (sua fé).

É como uma pessoa que confia no seu amigo e lhe empresta dinheiro. Ele pode confiar um quilo
nele, e se ele lhe pedir dois quilos, ele recusará emprestar-lhe. Ele também lhe poderia confiar
cem quilos e não mais. Também, ele poderia confiar nele o suficiente para emprestar-lhe metade
das suas propriedades, mas não todas as suas propriedades. Finalmente, ele poderia confiar nele
todas as suas propriedades sem um pingo de medo. Esta última fé é considerada "fé total", e as
formas anteriores são consideradas "fé incompleta." Pelo contrário, é fé parcial, seja maior ou
menor.

Da mesma forma, um permite-se apenas uma hora por dia para praticar a Torá e trabalhar na
medida da sua fé no Criador. Outro permite-se duas horas, segundo a medida da fé no Criador.
O terceiro não descuida um momento sequer do seu tempo livre sem se envolver na Torá e no
trabalho. Assim, somente a fé deste último é total, pois ele confia no Criador toda a sua
propriedade. Relativamente aos anteriores, no entanto, a sua fé ainda é incompleta.

15) Assim, ficou completamente esclarecido que uma pessoa não deve esperar que o
envolvimento em Torá e Mitzvot em Lo Lishma a traga até Lishma, exceto quando saiba no seu
coração que lhe foi concedida fé adequada no Criador e na Sua Torá. Isto porque então a luz
presente o corrige e ele alcançará o "dia do Senhor", que consiste em Luz total. A santidade da
fé purifica os seus olhos para que aprecie a Sua Luz até a Luz na Torá o corrigir.

No entanto, aqueles sem fé são como morcegos. Eles não podem olhar para a Luz do dia porque
a luz foi invertida para uma escuridão mais terrível do que a escuridão da noite, dado
alimentarem-se apenas na escuridão da noite.

Desta forma, os olhos das pessoas sem fé estão cegos relativamente à Luz de Deus; portanto, a
luz torna-se escuridão para elas. Para elas, a poção de vida é transformada numa poção de
morte. É sobre elas que o texto diz: "Ai de vós que desejais o Dia do Senhor! Porque tenderias o
dia do Senhor? Ele é escuridão e não luz". Assim, em primeiro lugar, uma pessoa deve tornar a
sua fé total.
16) Isto responde ainda a outra questão em Tosfot (Taanit pág. 7): "Aquele que pratica Torá
Lishma, a sua Torá revela-se uma poção de vida. E quem pratica a Torá Lo Lishma, a sua Torá
torna-se para ele uma poção de morte." Eles perguntaram: "mas, eles disseram, 'Uma pessoa
praticará sempre a Torá, mesmo em Lo Lishma, e de Lo Lishma ele chegará a Lishma'".

De acordo com o explicado acima, devemos dividi-lo simplesmente: "Aquele que se envolve na
Torá com o Mitzva de estudar Torá, e acredita em recompensa e punição, mas associando
benefício e prazer próprios com a intenção de trazer satisfação ao seu Criador, a Luz presente
corrigi-lo-á e ele chegará a Lishma. E quem não estuda com o Mitzva de estudar a Torá, porque
ele não acredita em recompensa e punição nessa medida, em trabalhar por isso, mas que se
esforça apenas pelo seu próprio prazer, torna-se uma poção de morte para si, pois para ele a Luz
presente é transformada em escuridão.

17) Assim, o estudante compromete-se, antes do estudo, a reforçar-se na fé no Criador e na Sua


orientação em recompensa e punição, como os nossos sábios disseram: "O teu proprietário é
responsável por recompensar-te pelo teu trabalho". Uma pessoa deve direcionar o seu trabalho
para os Mitzvot da Torá e, desta forma, ser-lhe-á transmitido o prazer da Luz presente neles. A
sua fé fortalecer-se-á e crescerá através do remédio nesta Luz, como está escrito: "Será saúde
para o teu umbigo e medula para os teus ossos" (Provérbios 3:8).

Então o seu coração deve ficar descansado de que, a partir de Lo Lishma, ele chegará a Lishma.
Assim, mesmo quem reconhece não ter sido recompensado com a fé, ainda tem esperança
através da prática da Torá.

Porque que se uma pessoa regula o seu coração e a sua mente para alcançar fé no Criador, não
há maior Mitzva do que isso, como os nossos sábios disseram: “Habakkuk veio e salientou
apenas que: ‘o justo viverá pela sua fé’” (Makkot 24).

Mais, não há outro conselho para além deste, como está escrito (Masechet Baba Batra pág. 16a):
“o rabino disse: ‘Jó queria livrar o mundo inteiro de julgamento. Ele disse perante Ele: ‘Ó
Senhor, Tu criaste os justos, Tu criaste os ímpios; quem Te contém? ’’”

E Rashi interpreta aí: “Tu criaste justos por meio da boa inclinação; Tu criaste ímpios por meio
da inclinação má. Assim, ninguém está a salvo da Tua mão, pois quem Te contém? Coagidos
são os pecadores”. E o que responderam os amigos de Jó (Jó 15:4)? “Sim, tu afastas o medo, e a
devoção degradada (?) perante Deus, o Criador criou a inclinação má, Ele criou para isso a
especiaria da Torá.”

Rashi interpreta aí: “Criaste a Torá, que é uma especiaria que revoga ‘pensamentos" de
transgressão’”, como está escrito (Kidushin pág. 30): “Se te cruzares com este vilão, puxa-o
para o Beit Midrash (seminário). Se ele é duro, ele vai amolecer. Portanto, eles não são
coagidos, pois eles poderiam salvar-se.”

18) Evidentemente, eles não podem livrar-se do julgamento se eles dizem que receberam essa
especiaria e ainda têm pensamentos de transgressão, o que significa que eles ainda duvidam e a
inclinação má ainda não amoleceu. Isto porque o Criador, que criou e deu força à má inclinação,
evidentemente soube criar o remédio e a especiaria passível de desgastar o poder da má
inclinação e erradicá-la completamente.

E alguém que pratique a Torá e não consiga remover de si mesmo a inclinação má, tal deve-se a
ter sido negligente no trabalho e no esforço necessário aplicado na prática da Torá, como está
escrito: “Eu trabalhei e não achei, não acreditai”, ou talvez tenha aplicado a quantidade
necessária de trabalho, mas foi negligente na qualidade.

Isto significa que ao praticar a Torá, eles não dirigiram as suas mentes e corações para atrair a
luz da Torá, que traz fé ao coração. Em vez disso, eles abstraíram-se do principal requisito
exigido pela Torá, nomeadamente a Luz que produz fé. E embora tenham inicialmente apontado
para isso, as suas mentes extraviaram-se durante o estudo.

De qualquer maneira, uma pessoa não se pode livrar do julgamento por alegar coação, pois os
nossos sábios declaram precisamente: "Eu criei a inclinação má; Eu criei para ela a especiaria da
Torá". Se tivessem havido quaisquer exceções nisso, então a questão de Jó permaneceria válida.

19) Através de tudo o que foi explicado até agora, eu removi uma grande queixa sobre as
palavras do rabino Chaim Vital, na sua introdução a Shaar HaHakdamot (Porta para
Introduções) do Ari, e na introdução a Árvore da Vida. Ele escreve: “Na verdade, um indivíduo
não deve dizer: 'Eu irei e envolver-me-ei na sabedoria da Cabalá', antes que ele se envolva em
Torá, Mishná e Talmude. Isto porque os nossos sábios já haviam dito: ‘Não se deve entrar na
PARDESS2 a menos que se tenha enchido o seu estômago com carne e vinho. ’”

Tal é como uma alma sem um corpo: não tem recompensa ou ato ou consideração antes de estar
ligada a um corpo, quando está completa, corrigida nos Mitzvot da Torá, em 613 Mitzvot.

Inversamente, quando se está ocupado com a sabedoria da Mishná e do Talmude Babilônico, e


não se concede uma parte para os segredos da Torá e as suas ocultações, igualmente, é como um
corpo que permanece no escuro sem uma alma humana, vela divina, que brilha dentro dele.
Assim, o corpo é seco e não extrai de uma fonte de vida.

Assim, um discípulo sábio, que pratica Torá Lishma, deve primeiro envolver-se na sabedoria da
Bíblia, da Mishná e do Talmude, tanto tempo quanto a sua mente o consiga tolerar.
Posteriormente, ele concentrar-se-á em conhecer o seu Criador na sabedoria da verdade.

É como o Rei David ordenou ao seu filho Salomão: "conhece o Deus de teu pai e serve-O". E se
essa pessoa considerar o estudo do Talmude pesado e difícil é melhor para ele que o abandone
após testar a sua sorte nesta sabedoria, e que se envolva na sabedoria da verdade.

Está escrito: "um discípulo que não viu um bom sinal no seu estudo dentro de cinco anos,
também não o verá" (Hullin pág. 24). Assim, cada pessoa para quem o estudo seja fácil deve
dedicar um período de uma a duas horas por dia a estudar a Halachah (código de leis judaicas) e
a explicar e interpretar as questões da Halachah literal.

20) Estas suas palavras parecem ser muito perplexas: ele diz que antes de ser bem-sucedida no
estudo do literal, uma pessoa já deve estar envolvida na sabedoria da verdade. Isto contradiz as
suas palavras anteriores de que a sabedoria da Cabalá sem a Torá literal é como uma alma sem
um corpo, sem qualquer ação, consideração ou recompensa.

A evidência que ele traz de um discípulo que não vê um bom sinal é ainda mais desconcertante,
pois os nossos sábios disseram que ele deve então abandonar o estudo da Torá. Mas certamente

2
Ver explicação no ensaio PARDESS.
que é para adverti-lo para examinar os seus métodos e tentar com outro Rav ou em outra parte.
Mas certamente que ele não deve deixar a Torá, mesmo a Torá literal.

21) É mais difícil ainda compreender tanto as palavras do rabino Chaim Vital como as palavras
da Gemará. Está implícito nas suas palavras que é preciso algum mérito e preparação
específicos para se atingir a sabedoria da Torá. No entanto, os nossos sábios disseram (Midrash
Raba, Porção “E esta é a Bênção”): “O Criador disse a Israel: ‘Reparai, toda a sabedoria e toda a
Torá são fáceis: quem Me tema e observe as palavras da Torá, toda a sabedoria e toda a Torá
estarão no seu coração. ’”

Assim, não precisamos de nenhum mérito prévio aqui, e apenas em virtude do temor a Deus e
da manutenção dos Mitzvot se é concedido toda a sabedoria da Torá.

22) De fato, se examinarmos as suas palavras elas tornar-se-ão claras para nós como puras
estrelas celestes. O texto: “é melhor ele deixar a sua mão fora disso, uma vez que testou a sua
sorte nesta [revelada] sabedoria”, não se refere à sorte de perspicácia e erudição. Pelo contrário,
é como explicamos anteriormente, na explicação: “Eu criei a má inclinação; eu criei para isso a
especiaria da Torá”. Significa que uma pessoa investigou e praticou a Torá revelada, e ainda
assim a má inclinação tem o controlo e não derreteu minimamente. Isto porque ele ainda não
está a salvo de pensamentos de transgressão, como Rashi escreve acima na explicação: “Eu criei
para isso a especiaria da Torá.”

Por isso, ele aconselha a deixar as suas mãos fora e a envolver-se na sabedoria da verdade, pois
é mais fácil atrair a luz da Torá enquanto se pratica e trabalha na sabedoria da verdade do que
trabalhando na Torá literal. A razão é muito simples: a sabedoria do revelado é vestida por
vestes corpóreas, externas, tais como furtos, roubos, danos, etc. Por este motivo, é difícil e
pesado para qualquer pessoa apontar a sua mente e coração ao Criador enquanto estuda, de
forma a atrair a luz na Torá.

Mais ainda para uma pessoa para quem o estudo do Talmude seja por si só, pesado e difícil.
Como pode ele lembrar-se do Criador durante o estudo, uma vez que o escrutínio diz respeito a
questões corporais, e não pode aparecer nele em simultâneo com a intenção para o Criador?

Por isso, ele aconselha-o a praticar a sabedoria da Cabalá, pois esta sabedoria está inteiramente
vestida nos nomes do Criador. Assim, ele será certamente capaz de apontar facilmente a sua
mente e o seu coração ao Criador durante o estudo, mesmo que seja o mais lento dos alunos.
Isto é assim porque o estudo dos assuntos da sabedoria e do Criador são uma e a mesma coisa, e
isto é muito simples.

23) Por isso, ele traz uma boa evidência a partir das palavras da Gemará: "Um discípulo que não
tenha visto um bom sinal no seu estudo após cinco anos, também não o verá." Por que não viu
ele um bom sinal no seu estudo? Certamente, é apenas devido à ausência da intenção do
coração, e não devido a qualquer falta de aptidão, dado que a sabedoria da Torá não exige
aptidão.

Em vez disso, como está escrito no estudo referido: "Observai, toda a sabedoria e toda a Torá é
fácil: qualquer um que Me tema e observe as palavras da Torá, toda a sabedoria e toda a Torá
estão no seu coração".
É claro que é preciso que uma pessoa se acostume à luz da Torá e Mitzvot, e eu não sei quanto.
Uma pessoa pode passar todos os seus anos à espera. Daí Braita nos advertir (Hulin 24) para
não esperarmos mais de cinco anos.

Além disso, o rabino Yossi diz que apenas três anos são suficientes para receber a sabedoria da
Torá. Se uma pessoa não vir um bom sinal durante esse período de tempo, não se deve enganar
com falsas esperanças e mentiras, mas saber que nunca verá um bom sinal.

Assim, deve-se imediatamente encontrar uma boa táctica para conseguir obter sucesso na
realização Lishma e para lhe ser concedida a sabedoria da Torá. Braita não especificou a táctica,
mas adverte para não permanecer parado nessa situação e não continuar a aguardar.

Este é o significado das palavras do Rav, que dizem que a táctica mais segura e com maior
sucesso é o envolvimento na sabedoria da Cabalá. Uma pessoa deve largar o envolvimento na
sabedoria da Torá revelada, visto já ter testado a sua sorte sem ter obtido sucesso. E deve
dedicar todo o seu tempo à sabedoria da Cabalá, onde o seu sucesso é certo.

24) Isto é muito simples, dado que estas palavras não têm qualquer ligação com o estudo da
Torá literal, em qualquer coisa que uma pessoa deva realmente praticar, pois "não é o ignorante
que é devoto, e uma aprendizagem enganada faz o mal, e um só pecador destrói muitos bens".
Portanto, deve-se necessariamente repeti-las tanto quanto seja necessário para não fracassar na
sua prática.

No entanto, aqui se fala apenas do estudo da sabedoria da Torá revelada, sobre a explicação e a
análise de questões que surgem na interpretação das leis, como o rabino Chaim Vital aí deduz.
Refere-se à parte do estudo da Torá que não é realizado de fato, ou às próprias leis.

De fato, aqui é possível ser brando e estudar as abreviações e não as origens. No entanto,
também isto requer aprendizagem extensiva, pois quem conhece a partir da origem não é como
quem conhece a partir de uma análise breve de alguma abreviação. Para que não se erre nisso, o
rabino Chaim Vital diz logo no início das suas palavras que a alma se conecta ao corpo apenas
quando é corrigida nos Mitzvot da Torá, nos 613 Mitzvot.

25) Agora você vê como todas as questões que apresentamos no início da introdução são
completamente tolas. Estes são os obstáculos que a má inclinação espalha a fim de caçar almas
inocentes, para aliená-las do mundo, roubadas e abusadas.

Examine a primeira pergunta, na qual eles imaginam que podem cumprir toda a Torá sem o
conhecimento da sabedoria da Cabalá. Eu digo-lhes: - “na verdade, se conseguis cumprir
apropriadamente o estudo da Torá e os Mitzvot, Lishma, ou seja, apenas com o propósito de
trazer satisfação ao Criador, então, de fato, vós não precisais estudar Cabalá. Isso porque é dito
sobre vós: “a sua alma deverá ensiná-lo”. Isto porque então todos os segredos da Torá vos
aparecerão como uma fonte abundante, como nas palavras do rabino Meir na Mishná (Avot), e
não precisareis de ajuda dos livros.

No entanto, se vós ainda estiverdes envolvidos em aprender Lo Lishma, mas esperais merecer
Lishma por este meio, então eu pergunto: "Há quantos anos vós vinde fazendo isso?" Se ainda
estais no período de cinco anos, como diz Tana Kama, ou no período de três anos, como o
rabino Yossi diz, então ainda podeis aguardar e ter esperança.
Mas se vós praticais a Torá em Lo Lishma há mais de três anos, como diz o Rabino Yossi, e
cinco anos, como o Kama Tana diz, então Braita avisa-vos que não vereis um bom sinal nesse
caminho que estais pisando! Porquê iludirem as vossas almas com falsas esperanças quando vós
tendes uma táctica tão próxima e segura como é o estudo da sabedoria da Cabalá, como já
demonstrei, no raciocínio anterior, que o estudo nas questões da sabedoria e o próprio Criador
são um?”

26) Vamos também analisar a segunda questão, acerca de se dever encher a barriga com Mishná
e Gemará. Todos concordam que é realmente assim. No entanto, tudo isso é verdade se já lhe
tiver sido concedido aprender Lishma, ou até mesmo Lo Lishma se você ainda estiver no
período de três anos ou de cinco anos. No entanto, após esse tempo, Braita avisa-o de que nunca
verá um bom sinal, e por isso você deve testar o seu sucesso no estudo da Cabalá.

27) Temos também de saber que existem duas partes na sabedoria da verdade: a primeira,
chamada de "segredos da Torá", não deve ser exposta senão por insinuação, e de um cabalista
sábio a um discípulo que compreende com a sua própria mente. Maase Merkava e Maase
Beresheet pertencem a esta parte, também. Os sábios do Zohar referem-se a esta parte como "as
primeiras três Sefirot: Keter, Chochma, Binah" e é também chamada de "a Rosh (Cabeça) da
Partzuf".

A segunda parte é chamada de “sabores da Torá". É permitido revelá-los e é considerado, na


verdade, um grande Mitzva revelá-los. O Zohar se refere a ele como as "sete Sefirot inferiores
da Partzuf", sendo também chamada de Guf (corpo) da Partzuf.

Cada uma das Partzuf de Kedusha (de santidade) consiste em dez Sefirot. Estas são chamadas
Keter, Chochma, Binah, Hesed, Gvura, Tiferet, Netzach, Hod, Yesod, Malchut. As primeiras
três Sefirot são consideradas a "Rosh da Partzuf" e as sete Sefirot inferiores são chamadas de
"Guf da Partzuf". Mesmo a alma da pessoa inferior contém as dez Sefirot com os nomes
mencionados, bem como cada discernimento, no Superior e no inferior.

A razão pela qual as sete Sefirot inferiores, que são o Guf da Partzuf, são chamadas de "sabores
da Torá" é de acordo com o significado do verso: "e o palato saboreou o seu alimento". As luzes
que aparecem nas três primeiras, ou seja, a Rosh são chamadas de Taamim (sabores), e Malchut
de (da) Rosh é chamada Hech (palato).

Por esta razão, elas são chamadas de Taamim da Torá. Isso significa que elas aparecem no
palato da Rosh, que é a fonte de todos os Taamim, que é Malchut de Rosh. Daí para baixo não é
proibido revelá-los. Muito pelo contrário, a recompensa de quem os revela é imensurável e
ilimitada.

Além disso, estas três Primeiras Sefirot e as sete Sefirot inferiores expandem-se tanto no global
como no segmento mais específico que possa ser dividido. Assim, mesmo as primeiras três
Sefirot de Malchut no fim do mundo de Assiahh pertencem à secção dos "segredos da Torá",
que não devem ser divulgados. E as sete Sefirot inferiores em Keter da Rosh de Atzilut
pertencem à secção "Taamim da Torá", que estão autorizados a ser divulgados, e estas palavras
estão escritas nos livros de Cabalá.

28) Vós encontrareis a origem destas palavras em Mishná Pesachim (pág. 119), como está
escrito (Isaías 23): "os lucros, que lhe trouxer o seu comércio, serão consagrados ao Senhor, em
vez de serem entesourados; o seu comércio aproveitará àqueles que habitam na presença do
Senhor, a fim de que tenham o que comer até se saciarem e vestuário esplêndido." "O que é
“vestuário esplêndido”? Isto é o que cobre coisas que Atik Yomin cobriu. E que coisas são
essas? Os segredos da Torá. Outros dizem que é o que descobre coisas que Atik Yomin cobriu.
Que coisas são essas? Os sabores da Torá".

RASHBAM interpreta: "Atik Yomin é o Criador", como está escrito, "e Atik Yomin senta-se".
Os segredos da Torá são Maase Merkava e Maase Beresheet. O significado de "Nome" é como
está escrito: "Este é o Meu Nome para sempre". O vestuário significa que Ele não os dá a
qualquer pessoa, mas somente àqueles cujo coração está ansioso. "Isto é o que descobre coisas
que Atik Yomin cobriu" significa a cobertura dos segredos da Torá, que foram inicialmente
cobertos, e Atik Yomin revelou-os, e deu permissão para divulgá-los. E àquele que os divulga é-
lhe concedido o que ele disse neste versículo.

29) Agora podeis ver, evidentemente, a grande diferença entre os segredos da Torá, onde todos
os que os alcançam recebem esta grande recompensa para cobri-los e não os divulgar. E é ao
contrário com os Taamim da Torá, onde todos os que os alcançam recebem esta grande
recompensa para divulgá-los aos outros.

Não há nenhuma controvérsia sobre o primeiro parecer, mas apenas análise dos diferentes
significados entre eles. O Lishna Kama salienta o final, que diz: "vestuário esplêndido." Daí,
eles interpretam a realização da grande recompensa de cobrir os segredos da Torá.

Outros dizem que afirma o princípio, que diz: "comerem até se saciarem", significando os
Taamim da Torá, como está escrito: "e o palato saboreou o seu alimento". Isto porque as luzes
dos Taamim são chamadas de "comer"; portanto, eles interpretam a realização da grande
recompensa mencionada no texto sobre aquele que revela os Taamim da Torá (não há disputa
entre eles, mas um fala dos segredos da Torá e o outro fala dos Taamim da Torá). No entanto,
ambos pensam que os segredos da Torá devem ser cobertos e que os Taamim da Torá devem ser
divulgados.

30) Assim, você obtém uma resposta clara a quarta e a quinta questões do início da introdução.
E o que você encontra nas palavras dos nossos sábios, assim como nos livros sagrados, que só é
concedido àquele cujo coração está preocupado, ou seja, a parte chamada de "segredos da
Torá", considerada as três Primeiras Sefirot e Rosh, que é concedida a alguns ocultos e sob
certas condições, você não encontrará nem um vestígio delas em todos os livros da Cabalá,
escritos e impressos, uma vez que essas são as coisas que Atik Yomin cobriu como está escrito
na Gemará.

Além disso, diga se é possível sequer pensar e visualizar todos os justos famosos e santos, que
são os maiores e melhores da nação, como Sefer Yetzirah (Livro da Criação), O Livro de Zohar,
e Braita de Rabi Ishmael, Rabi Hai Gaon, e Rabi Hamai Gaon, Rabi Elazar de Garmiza, e o
resto de Rishonim (os primeiros), através de RAMBAN, e Baal HaTurim e Baal Shulchan
Aruch, até Vilna Gaon (GRA), e Ladi Gaon, e o resto dos justos, a memória de todos seja
abençoada.

Deles recebemos a totalidade da Torá revelada, e pelas suas palavras vivemos e sabemos o que
fazer de modo a ser favorecido pelo Criador. Todos eles escreveram e publicaram livros sobre a
sabedoria da Cabalá. E não há maior revelação do que escrever um livro, em que o autor não
sabe quem lê o livro. É possível que ímpios o investiguem. Assim, não há maior descoberta dos
segredos da Torá do que essa.
E não devemos duvidar das palavras desses santos e puros, que pudessem violar nem mesmo
uma vírgula sobre o que está escrito e explicado em Mishná e Gemará que estão proibidos de
divulgar, conforme escrito em Masechet Hagigah.

Pelo contrário, todos os livros escritos e impressos são necessariamente considerados os


Taamim da Torá, que Atik Yomin primeiro cobriu e depois descobriu como está escrito: "e o
palato saboreou o seu alimento". Não só não é proibido divulgar estes segredos, como, pelo
contrário, é um grande Mitzva (muito boa ação) divulgá-los (como está escrito em Pesachim
119).

E para quem sabe como os divulgar e os divulga, a sua recompensa é abundante. Isto porque da
divulgação destas luzes a muitos, especialmente à maioria, depende a vinda em breve do
Messias nos nossos dias Amém.

31) É fortemente necessário explicar de uma vez por todas porque a vinda do Messias depende
do estudo da Cabalá pelas massas, que é tão prevalente em O Zohar e em todos os livros da
Cabalá. A população já o discutiu inutilmente até se ter tornado insuportável.

A explicação desta questão é expressa em Tikkunim (correções) de O Zohar (Tikun 30).


Tradução abreviada: quando a Divindade Sagrada foi para o exílio, este espírito sopra sobre os
que se envolvem na Torá, pois a Divindade Sagrada está entre eles. Eles são como os animais
que comem feno, toda a graça que eles fazem, fazem-na para si próprios. Mesmo todos aqueles
que estudam a Torá, toda a graça que eles fazem, fazem-na para si próprios. Nesse tempo, o
espírito parte e não regressa ao mundo. Este é o espírito do Messias.

Ai daqueles que levam o espírito do Messias a partir e não regressar ao mundo. Eles tornam
seca a Torá e não pretendem investigar a sabedoria da Cabalá. Essas pessoas causam a partida
do florescimento da sabedoria, que é o Yod no nome HaVaYaH.

O espírito do Messias parte, o espírito de santidade, o espírito de sabedoria e compreensão,


espírito de conselho e poder, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor. "E Deus disse:
'Haja luz'." Esta é a luz do amor, o amor de misericórdia, como está escrito: "Eu amo-te com um
amor eterno".

É dito sobre isso, "se despertardes, e se agitardes o amor, até satisfazer...", então isso não é amor
com o propósito de ser recompensado. Isto porque se o medo e o amor forem com o propósito
de se ser recompensados, são uma serva... "uma serva que é herdeira da sua senhora".

32) Vamos começar a explicar as Tikkunim de O Zohar dos pés à cabeça. Ele diz que o medo e
o amor na prática da Torá e Mitzvot, a fim de receber recompensa, ou seja, enquanto esperando
algum benefício da Torá e do trabalho, esta é considerada a criada. Está escrito sobre ela: "serva
que é herdeira da sua senhora."

Isto é aparentemente desconcertante, pois está escrito: "Uma pessoa sempre se envolverá em
Torá e Mitzvot, mesmo Lo Lishma" e porque "treme a terra?" Além disso, devemos entender a
correlação entre o envolvimento em Lo Lishma especificamente para a serva, e também a
parábola que ela é herdeira da sua senhora. Que herança há aqui?

33) Você entenderá o assunto relativamente a tudo o que é explicado acima nesta introdução,
que eles não permitiram o estudo em Lo Lishma, mas só a partir de Lo Lishma se chega a
Lishma, pois a Luz aí presente corrige. Assim, o envolvimento em Lo Lishma é considerado
uma serva auxiliar, que auxilia e executa os trabalhos ignóbeis da sua Senhora, a Divindade
Sagrada.

Isto ocorre assim porque, finalmente, um chegará a Lishma e ser-lhe-á transmitida a inspiração
da Divindade. Então a criada, que é o envolvimento em Lo Lishma, será também considerada
uma criada santa, pois ela suporta e prepara a santidade, embora sendo considerada o mundo de
Assiahh de Kedusha (santidade).

No entanto, se a fé de uma pessoa não é completa, e ela não se envolve na Torá ou no trabalho
só porque o Criador lhe ordenou para estudar, então vimos anteriormente que, nessa Torá e
nesse trabalho, a Luz não aparece. Isto porque os olhos da pessoa estão deturpados e, como um
morcego, transformam a luz em escuridão.

Tal estudo já não é considerado uma criada de Kedusha, dado que ele não obterá Lishma por seu
intermédio. Vem então para o domínio da criada da Klipa (casca), que herda esta Torá e este
trabalho, e os rouba para si.

Assim, "a terra treme", representando a Sagrada Divindade, chamada "terra". Isto ocorre assim
porque essa Torá e esse trabalho que deveriam ter chegado até si, como possessões da Sagrada
Divindade, essa serva má rouba-os e os reduz a possessões das Klipot (cascas). Assim, a serva é
herdeira da sua senhora.

34) As Tikkunim de O Zohar interpretam o significado do juramento: "se despertardes, e se


agitardes o amor, até satisfazer". A precisão é que Israel atrairá a Luz de Hesed (Misericórdia)
Superior, denominado “Amor de Misericórdia", dado que isto é o que é desejado. Isto é atraído
especialmente pelo envolvimento na Torá e nos Mitzvot sem o objetivo de receber recompensa.
A razão é que a Luz da Sabedoria Superior é estendida a Israel através desta Luz da
Misericórdia, aparecendo e incorporando nesta Luz da Misericórdia, que Israel prolonga.

E esta Luz da Sabedoria é o sentido do verso: "E o Espírito do Senhor repousará sobre ele, o
espírito de sabedoria e de compreensão, espírito de conselho e de poder, espírito de
conhecimento e do temor do Senhor" (Isaías 11). É dito sobre o Rei, o Messias: "E Ele criará
um estandarte para as nações, e juntará os dispersos de Israel, e reunirá os dispersos de Judá dos
quatro cantos da terra". Isto porque depois de Israel estender a Luz da Sabedoria através da Luz
da Misericórdia, o Messias aparece e reúne os dispersos de Israel.

Assim, tudo depende da prática da Torá e do trabalho Lishma, que pode estender a grande Luz
da Misericórdia, onde a Luz da Sabedoria se incorpora e prolonga. Este é o significado do
juramento "se despertardes, e se agitardes". Assim é porque a redenção completa e a reunião dos
exilados são impossíveis sem isso, pois assim estão organizados os canais da santidade.

35) Também interpretaram: "e o espírito de Deus pairava sobre a superfície das águas". O que é
"o espírito de Deus"? Durante o exílio, enquanto Israel esteja ainda ocupado com Torá e
Mitzvot Lo Lishma, se eles estiverem nesse caminho por parti-la de Lo Lishma se chegar a
Lishma, então a Divindade está entre eles, embora no exílio, uma vez que ainda não atingiram
Lishma.

Este é o significado do texto quando a Divindade está em ocultação. No entanto, eles estão
obrigados a realizar a revelação da Divindade, e então o espírito do Rei Messias paira sobre o
envolvimento e os desperta para chegarem a Lishma, como está escrito: "a Luz presente corrige-
os". Ela ajuda e prepara para a inspiração da Divindade, que é a sua senhora.
No entanto, se esta aprendizagem em Lo Lishma não for adequada para trazê-los para Lishma, a
Divindade lamenta-o e diz que o espírito do homem que ascende não está presente entre os
praticantes da Torá. Pelo contrário, eles são suficientes para o espírito do animal, que desce,
cujo envolvimento em Torá e Mitzvot é apenas para o seu próprio benefício e prazer.

O envolvimento na Torá não pode trazê-los para Lishma, uma vez que o espírito do Messias não
paira sobre eles, mas deixa-os e não voltará, porque a criada impura rouba a sua Torá e herda da
sua patroa, visto que não estão no caminho para vir de Lo Lishma para Lishma.

Mesmo não conseguindo através da prática da Torá revelada, visto não haver qualquer Luz nela,
e estar seca devido à pequenez de suas mentes, eles poderiam ainda obter sucesso através do
envolvimento no estudo da Cabalá. Isto porque a Luz aí presente está vestida nas vestes do
Criador: as Sefirot e os Nomes Sagrados. Eles poderiam facilmente chegar a essa forma de Lo
Lishma, que os traz a Lishma, e então o espírito de Deus pairaria sobre eles, como está escrito:
"a Luz presente corrige-os".

No entanto, eles não têm qualquer desejo de estudar Cabalá. E assim eles causam pobreza,
pilhagem, ruína, morte e destruição no mundo, uma vez que o espírito do Messias parte, o
espírito de santidade, o espírito de sabedoria e de compreensão.

36) Aprendemos pelas palavras das Tikkunim de O Zohar que existe um juramento que a luz da
misericórdia e do amor não despertarão no mundo antes que as ações de Israel em Torá e
Mitzvot tenham a intenção de não receber a recompensa, mas apenas de dar satisfação ao
Criador. Este é o significado do juramento: "Eu vos conjuro, ó filhas de Jerusalém".

Assim, a duração do exílio e da aflição que sofremos depende de nós e aguarda por merecermos
a prática de Torá e Mitzvot Lishma. E mal atinjamos isso, esta Luz de amor e Misericórdia, que
tem o poder de ampliar, despertará imediatamente, como está escrito: "E o espírito deve
repousar sobre ele, o espírito de sabedoria e de compreensão". Então nos será concedida a
redenção completa.

Também foi esclarecido que é impossível para toda a Israel chegar a essa grande pureza a não
ser através do estudo da Cabalá, que é a maneira mais fácil, adequada até para plebeus.

No entanto, enquanto o envolvimento for apenas na Torá revelada, é impossível de se ser


recompensado através disso, com exceção de alguns escolhidos e após grandes esforços, mas
não para a maioria das pessoas (pelo motivo exposto no item 24). Isto explica perfeitamente a
irrelevância das quarta e da quinta questões no início da introdução.

37) A terceira questão, que é o receio de que uma pessoa fique amarga, bem, não há qualquer
receio disso. Isto porque o desvio do caminho de Deus, que ocorreu previamente, se deveu a
dois motivos: ou porque eles arruinaram as palavras dos nossos sábios com coisas que estavam
proibidos de divulgar, ou porque entenderam as palavras da Cabalá no seu sentido superficial,
como instruções corpóreas, violando: "não farás para ti uma imagem esculpida".

Assim, até este dia, tem realmente havido uma muralha à volta desta sabedoria. Muitos tentaram
iniciar o seu estudo, mas não conseguiram continuar por falta de entendimento e devido às
denominações corpóreas. É por isso que trabalhei com a interpretação Panim Me’irot e Panim
Masbirot, para interpretar o grande livro A Árvore da Vida, do Ari, para tornar as formas
corpóreas abstratas e consagrá-las como leis espirituais, acima de tempo e lugar. Assim,
qualquer principiante pode compreender as questões, as suas razões e explicações com uma
mente limpa e grande simplicidade, não inferior à compreensão da Gemará através da
interpretação de Rashi.

38) Continuemos a reflexão sobre a prática de Torá e Mitzvot Lishma. Devemos entender esse
nome "Torá Lishma". Porque é o trabalho inteiro e desejável definido pelo nome Lishma, e o
trabalho indesejável denominado Lo Lishma?

O significado literal implica que aquele que se envolve em Torá e Mitzvot com o propósito de
direcionar o seu coração para trazer satisfação ao seu Criador e não a si mesmo, deveria ter sido
referido de Torá Lishmo (em Seu nome) e Torá Lo Lishmo (não em Seu nome), ou seja, pelo
Criador. Porque, então, é isto definido pelo nome Lishma e Lo Lishma, ou seja, pela Torá?

Há certamente algo mais para entender aqui para além do que já foi mencionado, dado que o
versículo prova que Torá Lishmo, ou seja, para trazer satisfação ao seu Criador, é ainda
insuficiente. Em vez disso, o estudo deve ser Lishma, ou seja, pela Torá. Isto exige uma
explicação.

39) É sabido que o nome da Torá é "Torá da Vida", como está escrito: "Porque são vida para
quem os encontra" (Provérbios, 4:22): "Pois não é coisa vã para vós, porque é a vossa vida
"(Deuteronômio 32:47). Assim, o significado da Torá Lishma é que a prática de Torá e Mitzvot
traz vida e dias longos, e então a Torá é como o seu nome.

E quem não direciona o seu coração e a sua mente para o acima exposto, a prática de Torá e
Mitzvot traz-lhe o oposto de vida e dias longos, ou seja, completamente Lo Lishma, uma vez
que o seu nome é "Torá da Vida". Estas palavras estão explicadas nas palavras dos nossos
sábios (Taanit 7a): "Aquele que pratica Torá Lo Lishma, a sua Torá torna-se uma poção de
morte para ele, e aquele que pratica Torá Lishmo, a sua Torá torna-se uma poção de vida para
ele".

No entanto, as suas palavras exigem explicação; como entender e porque razão a Sagrada Torá
se torna uma poção de morte para ele? Não só o seu trabalho e o seu esforço são em vão, e ele
não recebe qualquer benefício do seu trabalho e empenho, como a Torá e o trabalho se tornam
uma poção de morte para ele. Isto é realmente desconcertante.

40) Em primeiro lugar, devemos entender as palavras dos nossos sábios (Megillah 6b), que
disseram: "Eu trabalhei e achei: acreditai. Eu não trabalhei e achei: não acreditai”.

Temos de perguntar sobre as palavras: "trabalhei e achei", que parecem contradizer-se, já que o
trabalho se refere à obra e ao esforço que se dá em troca de qualquer posse desejada. Por uma
posse importante, uma pessoa faz um grande esforço, por uma posse menor, uma pessoa
esforça-se menos.

O seu oposto é o achado. O costume é chegar a uma pessoa distraída e sem qualquer preparação
no trabalho, labuta e preço. Assim, como se pode dizer "trabalhei e achei"? E se existe esforço
aqui, deveria ter-se dito "trabalhei e comprei" ou "trabalhei e adquiri", etc., e não "trabalhei e
achei".

41) O Zohar escreve sobre o texto: "e aqueles que Me procuram achar-Me-ão" e pergunta:
"onde uma pessoa encontra o Criador?" Eles disseram que o Criador é encontrado somente na
Torá. Além disso, em relação ao verso: "Verdadeiramente Tu és um Deus que Te ocultas", que
o Criador Se esconde na Divindade Sagrada.
Devemos entender inteiramente as suas palavras. Parece que o Criador está escondido somente
em coisas e comportamentos corpóreos e em todas as futilidades deste mundo, que estão fora da
Torá. Assim, como se pode dizer o contrário, que Ele Se esconde apenas na Torá?

Existe também o significado geral, que o Criador Se esconde de forma a ter de ser procurado;
porque precisa Ele desta ocultação? E também: "Todos os que O procuram deverão achá-Lo",
que entendemos a partir do verso "e aqueles que Me procuram deverão achar-Me". Devemos
compreender completamente essa procura e esse achado, o que são e porque o são?

42) Na verdade, você deve saber que o motivo da nossa grande distância do Criador, e porque
somos tão propensos a transgredir a Sua vontade, deve-se apenas a um motivo, que se tornou a
causa de todos os tormentos e os sofrimentos que sentimos, e de todos os pecados e erros em
que caímos. Claramente, eliminando esse motivo, livrar-nos-emos imediatamente de qualquer
tristeza e dor. Ser-nos-á imediatamente concedida à adesão com Ele de coração, alma e força. E
digo-lhe que o motivo basilar não é mais do que a "falta de compreensão da Sua Providência
sobre as Suas criações", que não O entendemos corretamente.

43) Se, por exemplo, o Criador estabelecesse Providência aberta com as suas criações de modo
que, por exemplo, quem comesse uma coisa proibida sufocasse logo nesse momento, e qualquer
pessoa que praticasse um Mitzva descobrisse prazeres maravilhosos nisso, como os melhores
prazeres deste mundo corpóreo; então, que louco ponderaria sequer provar uma coisa proibida,
sabendo que perderia imediatamente a sua vida por causa disso, tal como ninguém considera em
lançar-se a um fogo?

Além disso, que louco deixaria qualquer Mitzva sem o executar o mais rapidamente possível, tal
como alguém que não consegue deixar ou lidar com um grande prazer corpóreo que lhe chega
às mãos, sem o receber tão rapidamente quanto ele consiga? Assim, se a Providência fosse
aberta perante nós, todas as pessoas no mundo seriam justos completos.

44) Assim, você vê que tudo o que precisamos no nosso mundo é Providência aberta. Se
tivéssemos Providência aberta, todas as pessoas no mundo seriam justos completos. Elas
também adereriam a Ele com amor absoluto, pois certamente seria uma grande honra, para
qualquer um de nós, ajudar e amá-Lo com o nosso coração e a nossa alma, e aderirmos a Ele
sem desperdiçarmos um minuto sequer.

No entanto, uma vez que não é assim, e um Mitzva não é recompensado neste mundo, e aqueles
que desafiam a Sua vontade não são punidos diante de nossos olhos, mas o Criador é paciente
com eles, e para além que às vezes consideram o contrário, como está escrito (Salmos 73): "Eis
que são estes os ímpios: e eles que vivem à vontade aumentam as riquezas". Portanto, nem
todos os que querem levar o Senhor podem chegar e levar. Em vez disso, nós tropeçamos a cada
passo do caminho até, como os nossos sábios escreveram (VaYikra Rabba, 2) sobre o verso:
"Eu encontrei um homem em mil, pois mil entram numa sala, e um sai para ensinar".

Assim, a compreensão da Sua Providência é a razão para todo o bem, e a falta de compreensão é
a razão para todo o mal. Acontece que este é o eixo que todas as pessoas do mundo rodeiam,
para o melhor ou para o pior.

45) Quando examinamos atentamente a realização da Providência que as pessoas chegam a


sentir, encontramos quatro tipos. Cada um dos tipos recebe Providência específica do Criador,
de modo que existem aqui quatro discernimentos na realização da Providência. Na verdade, eles
são apenas dois: ocultação do rosto e revelação do rosto, mas estão divididos em quatro.

Há dois discernimentos na Providência de ocultação do rosto, que são "ocultação única" e


"ocultação dentro de ocultação", e dois discernimentos na Providência de revelação do rosto:
Providência de "recompensa e punição" e "Providência eterna".

46) O verso diz (Deuteronômio 31:17): "Então a Minha ira se acenderá contra eles nesse dia, e
Eu abandoná-los-ei, e Eu esconderei o Meu rosto deles, e eles serão devorados, e muitos males e
problemas recairão sobre eles; de modo que eles dirão nesse dia: Não recaem estes males sobre
nós porque o nosso Deus não está entre nós? E Eu certamente esconderei o Meu rosto nesse dia
por todo o mal que tiverem feito, na medida em que eles estão ligados a outros deuses".

Quando observa estas palavras, você percebe que no início ele afirma: "Então, a Minha ira se
acenderá (…) E eu esconderei o Meu rosto”, significando uma ocultação. Depois disso, é
afirmado: "e muitos males e problemas recairão sobre eles (...). E Eu certamente esconderei o
Meu rosto", o que significa dupla ocultação. Devemos entender o que é esta “dupla ocultação”.

47) Devemos começar por entender qual é o significado do "rosto do Criador", sobre o qual a
escritura diz: "Eu esconderei o Meu rosto". Pode ser pensado como uma pessoa que vê a cara do
seu amigo e o reconhece imediatamente. No entanto, quando o vê por detrás, ele não tem
certeza da sua identidade. Ele poderia duvidar: "Talvez seja outra pessoa e não o seu amigo?".

Assim é a questão diante de nós: Toda a gente sabe e sente que o Criador é bom e que é norma
do bom fazer o bem. Assim, quando o Criador generosamente dá às Suas criações, é
considerado que o Seu rosto é revelado às Suas criações. Isto porque então toda a gente sabe e
sente-O, dado que Ele se comporta de acordo com o Seu nome, como vimos acima a respeito da
Providência aberta.

48) No entanto, quando Ele se comporta com as Suas criações de forma oposta ao que foi
mencionado, ou seja, quando eles sofrem angústia e tormento no Seu mundo, é considerado a
parte posterior do Criador. Isto porque o Seu rosto, ou seja, o Seu atributo completo de bondade
está totalmente escondido deles, uma vez que este não é um comportamento adequado ao Seu
nome. É como uma pessoa que vê o seu amigo por detrás, pode ser que duvide e pense: "Talvez
seja outro?".

A escritura diz: "Então, a Minha ira se acenderá... E eu esconderei o Meu rosto". Durante a
raiva, quando as pessoas sofrem transtornos e dores, significa que o Criador está escondendo o
seu rosto, que é a Sua bondade absoluta, e somente o Seu posterior é revelado. Nesse estado, é
necessário um grande reforço na Sua fé, para ter cuidado com os pensamentos de transgressão,
uma vez que é difícil conhecê-Lo por detrás. Isto é chamado de "Ocultação única".

49) No entanto, quando os problemas e sofrimentos se acumulam em grande volume, tal


provoca uma dupla ocultação, que os livros denominam de "ocultação dentro de ocultação."
Significa que mesmo a Sua parte posterior é invisível, ou seja, eles não acreditam que o Criador
esteja zangado com eles e os esteja a punir, mas atribuem-no ao acaso ou à natureza, e chegam a
negar a Sua Providência de recompensa e punição. Este é o significado do verso: "E Eu
certamente esconderei o Meu rosto (...) na medida em que eles estão ligados a outros deuses",
isto é, que se tornam hereges e adoradores de ídolos.
50) No entanto, antes disso, quando a escritura fala apenas da perspectiva de uma ocultação, o
texto termina: “eles dirão nesse dia: Não recaem estes males sobre nós porque o nosso Deus não
está entre nós?". Isso significa que eles ainda acreditam na Providência de recompensa e
punição, e dizem que os problemas e o sofrimento recaem sobre eles por não aderirem ao
Criador, como está escrito: "estes males recaem sobre nós porque o nosso Deus não está entre
nós". É considerado que eles ainda vêem o Criador, mas apenas por detrás. Por essa razão é
chamada de “Ocultação Única", somente ocultação do rosto.

51) Explicamos agora os dois discernimentos sobre a percepção da Providência oculta, que as
pessoas sentem: "ocultação única" e "ocultação dentro da ocultação." Ocultação única refere-se
apenas a ocultação do rosto, sendo-lhes revelada a parte posterior. Isso significa que eles
acreditam que o Criador lhes deu a aflição como uma punição. E embora lhes seja difícil
conhecerem o Criador sempre através do seu lado posterior, que os leva a transgredir, mesmo
assim eles são considerados "ímpios incompletos". Por outras palavras, estas transgressões são
consideradas como erros, porque resultam da acumulação da aflição, visto que, em geral, eles
acreditam em recompensa e punição.

52) Ocultação dentro da ocultação significa que mesmo a parte posterior do Criador está
escondida deles, pois não acreditam em recompensa e punição. Estas suas transgressões são
consideradas pecados. Eles são considerados "ímpios completos", porque eles se revoltam e
dizem que o Criador não vigia, de todo, as suas criações, e voltam-se para a idolatria, como está
escrito: "na medida em que eles estão ligados a outros deuses".

53) Devemos saber que toda a matéria do trabalho no cumprimento da Torá e dos Mitzvot por
questão de escolha, se aplica principalmente aos dois discernimentos mencionados de
Providência oculta. E Ben Ha diz sobre esse período (Avot, capítulo 5): "A recompensa é de
acordo com a dor".

Dado que a Sua Orientação não é revelada, é impossível vê-Lo senão com ocultação do rosto,
por detrás, como quem vê um amigo por detrás e pode duvidar e pensar se trata de outra pessoa.
Desta maneira, uma pessoa tem sempre a opção de manter a Sua vontade ou quebrá-la. Isto
porque os problemas e as dores que sofre fazem-na duvidar da realidade da Sua orientação sobre
as Suas criações, seja na primeira maneira, que é a dos erros, ou na segunda maneira, que são os
pecados.

De qualquer forma, uma pessoa sente ainda grande dor e trabalho. O escrito diz sobre este
momento: "Tudo o que te vier à mão para fazer, o faz, conforme as tuas forças" (Eclesiastes 9).
Isto sucede assim porque não lhe será concedida a revelação do rosto, a medida completa da Sua
bondade, antes de ele se esforçar e fazer tudo o que está ao seu alcance para fazer, e a
recompensa é de acordo com a dor.

54) Quando o Criador vê que uma pessoa completou a sua medida de esforço e terminou tudo o
que tinha para fazer no fortalecimento da sua escolha na fé no Criador, o Criador ajuda-o.
Então, a pessoa atinge Providência aberta, ou seja, a revelação do rosto. Então, ele é
recompensado com o arrependimento completo, significando que ele se liga ao Criador, uma
vez mais, com o seu coração, a sua alma e a sua força, como se naturalmente atraído pela
realização da Providência aberta.

55) Esta realização e este arrependimento mencionados atingem uma pessoa em dois níveis: o
primeiro é a obtenção da Providência de recompensa e punição absolutas. Além de atingir a
recompensa para cada Mitzva no próximo mundo com clareza absoluta, ele é também
recompensado com a realização do prazer maravilhoso na observação imediata do Mitzva neste
mundo.

Além disso, além de atingir a punição amarga que se estende de cada pecado após a morte, é-se
também recompensado com a sensação do gosto amargo de cada transgressão ainda em vida.

Naturalmente, a quem é dada essa Providência aberta é certo que não pecará novamente, como é
certo que ele não vai cortar sua própria carne e provocar um sofrimento terrível. Além disso, é
certo que ele não descurará um Mitzva sem o executar no instante em que lhe chegue à mão,
tanto quanto é certo que ele não negligenciará qualquer prazer mundano ou grande lucro que lhe
chegue às mãos.

56) Agora você pode entender as palavras dos nossos sábios: "O que é o arrependimento?
Quando Aquele que conhece todos os mistérios testemunha que ele não voltará à loucura". Estas
são palavras aparentemente desconcertantes, pois quem subiria ao céu para ouvir o testemunho
do Criador? Além disso, perante o qual deveria o Criador depor? Não é suficiente que o próprio
Criador saiba que a pessoa se arrependeu e que não voltará a pecar?

Pela explicação, a questão torna-se bastante clara: em verdade, não é absolutamente seguro que
ele não peque novamente antes de ser recompensado com a realização de recompensa e punição,
ou seja, com a revelação do rosto. E esta revelação do rosto, da perspectiva da salvação do
Criador, é chamada de "testemunho", pois a Sua salvação, por si mesma, para esta realização de
recompensa e punição, é o que garante que ele não pecará novamente.

É, portanto, considerado que o Criador testemunha por ele. Está escrito: "O que é o
arrependimento?". Por outras palavras, quando terá uma pessoa a certeza de que lhe foi
concedido o arrependimento completo? Relativamente a isto, é-lhe dado um sinal claro:
"Quando Aquele que conhece todos os mistérios testemunha que ele não voltará à loucura". Isto
significa que a pessoa atingirá a revelação do rosto, momento em que a sua própria salvação
testemunhará que não voltará à loucura.

57) O arrependimento, mencionado anteriormente, é chamado de “arrependimento por medo".


Isto porque, embora uma pessoa regresse ao Criador de coração e alma, até que Ele, que
conhece todos os mistérios, ateste que ele não voltará à loucura, essa certeza de que ele não
pecará novamente deve-se à realização e sensação da punição terrível e do tormento perverso
resultantes das transgressões. Por isso, uma pessoa está segura de que não pecará, tal como tem
a certeza de que não se afligirá com sofrimento horrível.

No entanto, por último, estes arrependimentos e certezas devem-se apenas ao medo de punição
que se estende a partir das transgressões. Acontece que o arrependimento é apenas pelo medo de
punição. Por isso, é chamado de “arrependimento por medo".

58) Com isto compreendemos as palavras dos nossos sábios: aquele que se arrepende por medo
é recompensado com a transformação dos seus pecados em erros. Precisamos entender como
isso acontece. De acordo com o mencionado anteriormente (Item 52), pode entender
perfeitamente que os pecados que uma pessoa comete se estendem da recepção da Providência
através de dupla ocultação, ou seja, de ocultação dentro de ocultação. Isto significa que não
acredita na Providência de recompensa e punição.
Ocultação única significa que ele acredita na Providência de recompensa e punição. No entanto,
devido ao sofrimento acumulado, por vezes tem pensamentos de transgressão. Isso ocorre
porque, embora ele acredite que o sofrimento lhe chegou como um castigo, ele ainda é como
alguém que vê o seu amigo de trás, e pode duvidar e confudi-lo com outra pessoa. E estes
pecados são apenas erros, visto que ele não acredita globalmente em Providência de recompensa
e punição.

59) Assim, quando se é concedido o arrependimento por medo, ou seja, uma clara realização de
recompensa e punição, até que a pessoa esteja segura de que não voltará a pecar, a ocultação
dentro de ocultação nela é totalmente corrigida. Isto porque agora ela vê que, evidentemente,
existe a Providência de recompensa e punição. Torna-se claro para si que todo o sofrimento que
alguma vez sentira fora uma punição da Sua Providência pelos pecados que cometera. Em
retrospectiva, ela cometera um erro grave, por isso, ela arranca estes pecados pela raiz.

No entanto, isto não é totalmente assim. Eles tornam-se pecados. Por outras palavras, é como as
transgressões que ele cometeu em ocultação, quando falhou por causa da confusão que sentiu,
gerada pela multiplicidade de tormentos que deixam uma pessoa fora de si. Estes são
observados apenas como erros.

60) No entanto, neste arrependimento, ele não corrigiu totalmente a primeira ocultação do rosto,
que ele tinha antes, mas só a partir deste momento, após ter atingido a revelação do rosto. No
passado, contudo, antes de ter atingido arrependimento, a ocultação do rosto e todos os erros
permaneceram como eram, sem qualquer alteração ou correção. Isto porque também então ele
acreditara que os problemas e o sofrimento surgiam como punição, como está escrito: "eles
dirão nesse dia: não recaem estes males sobre nós porque o nosso Deus não está entre nós?".

61) Por isso, ele ainda é considerado justo incompleto, porque alguém que é premiado com a
revelação do rosto, ou seja, a medida completa de Sua bondade, como é próprio do seu nome, é
chamado de "justo" (item 55). Isto porque ele justifica a Sua Providência como realmente é, que
Ele é totalmente bom e totalmente perfeito com as Suas criações, que Ele é bom para o bem e
para o mal.

Assim, visto que lhe foi concedida a revelação do rosto, doravante ele merece o nome de
"justo". No entanto, visto não ter concluído a correção, mas apenas a ocultação dentro de
ocultação, e não ter corrigido a primeira ocultação, mas somente doravante, então esse
momento, antes de lhe ter sido concedido o arrependimento, ainda não merece o nome de
"justo". Isto porque depois ele permanece com a ocultação do rosto, como antes. Por esta razão,
ele é chamado de “justo incompleto”, significando alguém que ainda precisa corrigir o seu
passado.

62) É também chamado de "médio", pois depois de ele atingir o arrependimento por medo ele
fica igualmente qualificado, através da sua conclusão em Torá e boas ações, para atingir o
arrependimento por amor. Então atinge ser um "justo completo". Assim, agora está no
intermédio entre o medo e o amor, e por isso é chamado de "médio". No entanto, antes disso, ele
não estava totalmente qualificado nem sequer para se preparar para o arrependimento por amor.

63) Isto explica completamente o primeiro nível de realização da revelação do rosto, a


realização e a sensação da Providência de recompensa e punição, de uma maneira que Aquele
que conhece todos os mistérios testemunhará que ele não voltará à loucura. Isso é chamado de
"arrependimento por medo", quando os seus pecados se tornam erros. Isto também é chamado
de "justo incompleto" e "médio".

64) Agora vamos explicar o segundo nível de realização da revelação do rosto, que é a obtenção
da Providência completa, verdadeira e eterna. Isso significa que o Criador cuida das Suas
criações na forma de "Bem que é bom para o bem e para o mal". Agora, uma pessoa é
considerada um "justo completo" e "arrependimento por amor", quando lhe é concedida a
transformação dos seus pecados em virtudes.

Isso explica os quatro discernimentos da percepção da Providência que se aplicam nas criações.
Os três primeiros discernimentos, ocultação dupla, ocultação simples e realização da
Providência de recompensa e punição, não são mais do que preparações através das quais se
atinge o quarto discernimento, que é a obtenção da verdadeira e eterna Providência.

65) Mas nós ainda devemos entender porque o terceiro discernimento não é suficiente para uma
pessoa, nomeadamente a realização da Providência de recompensa e punição. Dissemos que ela
já fora recompensada com o testemunho de Aquele que conhece todos os mistérios de que não
pecará novamente. Assim, pois ele é ainda chamado de "justo incompleto" ou "médio", cujo
nome revela que o seu trabalho ainda não é desejável aos olhos do Criador, e que ainda existe
um defeito e uma falha no seu trabalho e na sua Torá?

66) Em primeiro lugar, vamos examinar o que os intérpretes perguntaram sobre o Mitzva de
amar o Criador. Como pôde a Torá Sagrada obrigar-nos a um Mitzva que não podemos cumprir
minimamente? Uma pessoa pode-se coagir e escravizar por qualquer coisa, mas nenhuma
coerção ou escravidão no mundo ajudará com o amor.

Eles explicaram que, quando se cumprem adequadamente os 612 Mizvot, o amor de Deus
prolonga-se, por si mesmo, à pessoa. Assim, considera-se possível o cumprimento, uma vez que
se pode escravizar e obrigar a cumprir adequadamente os 612 Mitzvot, e então a pessoa atingirá
também o amor de Deus.

67) Na verdade, as suas palavras exigem uma explicação mais elaborada. No final, o amor de
Deus não deve chegar até nós como um Mitzva, uma vez que não há nenhum ato ou escravidão
da nossa parte nele. Antes vem, por si só, após a conclusão dos 612 Mitzvot. Assim, bastam-nos
perfeitamente os mandamentos dos 612 Mitzvot, portanto porque foi escrito o Mitzva do amor?

68) Para compreendermos isso, devemos primeiro adquirir uma verdadeira compreensão sobre a
própria natureza do amor de Deus. Devemos saber que todas as inclinações, tendências e
propriedades incorporadas numa pessoa, com as quais serve os amigos, todas estas tendências e
as propriedades naturais são necessárias para a obra de Deus.

Para começar, elas foram criadas e impressas no homem apenas por causa do seu papel final,
que é o objetivo último do homem, como está escrito: "aquele que é banido, que não seja
exilado dele". Uma pessoa necessita de todas, para que a complementem nas formas de
recepção de abundância, e para que complementem a vontade de Deus.

Este é o significado de "Todo aquele que é chamado pelo Meu nome, e que criei para minha
glória" (Isaías 43:7) e também de: "O Senhor fez todas as coisas para os seus próprios fins"
(Provérbios 16: 4). Contudo, entretanto foi dado ao homem um mundo inteiro para desenvolver
e concluir todas estas qualidades e inclinações naturais, através do envolvimento entre as
pessoas, tornando-as apropriadas para os seus propósitos.
Está escrito: "Uma pessoa deve dizer: “o mundo foi criado para mim”" porque todas as pessoas
no mundo são necessárias a uma pessoa, dado desenvolverem e qualificarem os atributos e as
inclinações de cada indivíduo para se tornar um instrumento adequado para a Sua obra.

69) Assim, devemos entender a essência do amor de Deus a partir das propriedades do amor
pelo qual uma pessoa se relaciona com outra. O amor de Deus é determinado necessariamente
por essas qualidades, pois só foram impressas nos humanos em Seu Nome. E quando
observamos os atributos do amor entre homem e homem, encontramos quatro medidas de amor,
uma sobre a outra, significando duas que são quatro.

70) A primeira é o "amor condicional". Significa que, devido à grande bondade, prazer e
benefício que se recebe de um amigo, a sua alma une-se à do amigo com amor maravilhoso.

Existem duas medidas nessa situação: a primeira é que, antes de eles se conhecerem e
começarem a amar o outro, eles fizeram mal um ao outro. No entanto, agora eles não querem
recordar isso, pois "o amor cobre todas as transgressões". A segunda medida é que eles sempre
fizeram bem e ajudaram-se um ao outro e não há qualquer vestígio de dano ou prejuízo entre si.

72) A segunda é o "amor incondicional". Significa que uma pessoa sabe que a virtude do seu
amigo é sublime, para além de qualquer medida imaginável. Por isso, a sua alma apega-se a ele
com amor infinito.

Também aqui existem duas medidas: a primeira medida é antes de uma pessoa conhecer cada
conduta e cada ação do seu amigo relativamente aos outros. Nesse período, este amor é
considerado "menos do que o amor absoluto."

Isto porque um amigo tem relações com outros, e superficialmente ele parece estar a prejudicar
os outros por negligência. Desta forma, se o amado os visse, o mérito do seu amigo ficaria
totalmente manchado e o amor entre eles seria corrompido. No entanto, desde que ele não tenha
visto estas relações, o seu amor ainda é total, grande e maravilhoso.

73) O segundo atributo do amor incondicional é o quarto atributo do amor em geral, que
também provém de conhecer o mérito do seu amigo. No entanto, ele agora conhece
adicionalmente todas as suas relações e condutas com cada pessoa, sem exceção. Ele verificou e
constatou que não só não existe um vestígio de falha nelas, como a sua bondade é maior do que
qualquer coisa imaginável. Agora é “amor eterno e completo”.

74) Note-se que estes quatro atributos do amor entre homem e homem aplicam-se também entre
homem e Deus. Além disso, aqui, no amor de Deus, eles tornam-se graus, por meio de causa e
consequência.

É impossível adquirir qualquer um deles sem adquirir o primeiro atributo do amor condicional.
Depois de completamente adquirido, esse primeiro atributo leva-nos a adquirir o segundo
atributo. Após adquirir o segundo atributo ao máximo, este leva à aquisição do terceiro atributo.
Finalmente, do terceiro atributo para o quarto atributo, o amor eterno.

75) Assim, surge a pergunta: "Como se pode adquirir o primeiro grau do amor de Deus, o
primeiro grau de amor condicional, que é o amor que chega através da multiplicidade de
bondade que se recebe do amado, quando não há recompensa por um Mitzva neste mundo?"
Além disso, de acordo com o exposto anteriormente, é preciso atravessar as duas primeiras
formas da Providência por meio da ocultação do rosto. Por outras palavras, o Seu rosto, ou seja,
a Sua medida de bondade – a conduta do bom é fazer o bem – está escondida nessa altura (ponto
47). Portanto, nessa altura, uma pessoa experimenta dor e sofrimento.

No entanto, aprendemos que toda a prática da Torá e todo o trabalho de escolha são realizados
principalmente durante esse período, de ocultação do rosto. Se assim é, como pode suceder que
uma pessoa seja premiada com o segundo atributo do amor condicional, que o ser amado
sempre tenha feito apenas bem maravilhoso e abundante, e que nunca lhe causou qualquer dano,
e mais ainda quando ele atinja o terceiro grau, ou o quarto?

76) De fato, aqui nós mergulhamos em águas profundas. Pelo menos temos de pescar uma jóia
preciosa aqui. Para esse efeito, vamos examinar as palavras dos nossos sábios (Berachot 17):
"Verás o teu mundo na tua vida, e o teu fim para a vida do próximo mundo".

Devemos entender, por que não dizem: "Receberás o mundo na tua vida", mas apenas "verás"?
Se eles quisessem abençoar, eles deveriam ter abençoado totalmente, ou seja, adquirindo e
recebendo o mundo na sua vida. Também temos de compreender porque deverá uma pessoa ver
o seu próximo mundo na sua vida? Pelo menos o seu fim será a vida do próximo mundo. Além
disso, porque colocaram esta bênção em primeiro lugar?

77) Em primeiro lugar temos que perceber como é isto de ver o próximo mundo na sua vida?
Certamente não conseguimos ver nada espiritual com os olhos corpóreos. Também não é
conduta do Criador mudar as leis da natureza. Isto porque o Criador organizou originalmente
estas condutas desta maneira por serem as mais eficientes para o seu objetivo. Através delas,
uma pessoa chega a unir-se a Ele, como está escrito: "O Senhor fez todas as coisas para o Seu
próprio objetivo". Portanto, temos de entender como uma pessoa vê o seu mundo na sua vida.

78) Eu devo dizer-lhe que esta visão chega a uma pessoa através da abertura dos olhos na Santa
Torá, como está escrito: "Abre os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da Tua lei". É
sobre isto que a alma deve jurar antes de entrar no corpo (Nida pág. 30), e "mesmo que todo o
mundo diga que és justo, sê ímpio aos teus próprios olhos", especificamente aos teus próprios
olhos.

Por outras palavras, enquanto não tiver atingido a "abertura dos olhos" na Torá, considere-se um
ímpio. Não se deixe enganar pela sua reputação em todo o mundo como sendo um justo.

Agora também pode entender por que eles efetuaram a bênção: "Deves ver o mundo na tua
vida" no início de todas as bênçãos. É porque antes disso não foi ainda concedida a propriedade
de "Justo Incompleto".

79) Devemos ainda compreender, se uma pessoa sabe dentro de si que já cumpriu toda a Torá, e
todo o mundo concorda com ele sobre isso, porque não é isso suficiente para ele? Em vez disso,
ele deve jurar continuar a considerar-se um ímpio. É por faltar esse grau extraordinário de abrir
os seus olhos na Torá que você o compara a um ímpio?

80) Na verdade, as quatro medidas de realização da Sua Providência sobre as próprias pessoas já
foram explicadas. Duas delas estão na ocultação do rosto, e duas estão na revelação do rosto.

Além disso, a razão para a ocultação do rosto às pessoas tem sido explicada: é deliberadamente
para dar às pessoas espaço para trabalho e envolvimento no Seu trabalho em Torá e Mitzvot sem
outra escolha. Isto porque isso aumenta a satisfação do Criador pelo seu trabalho na Sua Torá e
Mitzvot, mais do que a sua satisfação pelos seus anjos acima, que não têm escolha e cujo
trabalho é forçado.

81) Apesar do louvor acima pela ocultação do rosto, ainda não é considerado total, mas apenas
como uma "transição." Este é o local a partir do qual a esperada plenitude é atingida.

Isso significa que qualquer recompensa por um Mitzva que está preparado para uma pessoa é
adquirida somente através do seu trabalho em Torá e boas ações durante a ocultação do rosto,
quando ele se envolve sem outra "escolha". Isto sucede assim porque então a pessoa sente dor
devido ao seu fortalecimento na Sua fé, cumprindo a Sua vontade. E a sua recompensa total é
medida apenas de acordo com a dor que ele sofre por cumprir a Torá e o Mitzva, como está
escrito: "A recompensa é de acordo com a dor".

82) Assim, cada pessoa deve experimenta esse período de transição de ocultação do rosto.
Quando o termina, ele é recompensado com a Providência aberta, ou seja, a revelação do rosto.

E até ser recompensado com a revelação do rosto, e embora ele veja o lado posterior, ele não
pode abster-se de nunca cometer um pecado. Não só ele é incapaz de manter todos os 613
Mitzvot, porque o amor não vem por meio da coerção e compulsão, como não concluiu nem os
612 Mitzvot, visto que nem o seu medo está reparado como deveria estar.

Este é o significado de a Torá ser 611 em Gematria (qualquer Gematria é o lado posterior), que
ainda não se consegue observar corretamente os 612 Mitzvot. Este é o significado de: "Ele não
vai combater sempre". No final, será recompensado com a revelação do rosto.

83) O primeiro grau da revelação do rosto é a obtenção da Providência de recompensa e punição


com perfeita clareza. Isto chega a uma pessoa somente através da Sua salvação, quando lhe é
concedida a abertura dos olhos da Santa Torá em realização maravilhosa, e se torna "uma fonte
abundante" (Avot 86). Em qualquer Mitzva na Santa Torá que já cumprira por sua escolha, é-lhe
concedido ver a recompensa do Mitzva em si, que lhe é destinado no próximo mundo, bem
como a grande perda na transgressão.

84) E, apesar da recompensa ainda não estar na sua mão, pois a recompensa de um Mitzva não
está neste mundo, a nítida realização é suficiente para ele doravante, sentir o grande prazer ao
executar cada Mitzva. Isto ocorre assim, pois: "tudo o que está prestes a ser cobrado é
considerado cobrado".

Por exemplo, um comerciante que fez um negócio e ganhou uma grande quantia, mesmo que o
lucro lhe chegue só depois de um longo período. Mas se ele está seguro, sem qualquer sombra
de dúvida, que o lucro lhe chegará no momento, ele fica tão feliz como se o dinheiro lhe
chegasse imediatamente.

85) Naturalmente, tal Providência atesta que a partir de agora ele se unirá à Torá e aos Mitzvot
com o seu coração e alma, e força, e que ele abandonará os pecados como se escapasse de um
incêndio. E embora ele ainda não seja um justo completo, já que ele não adquiriu o
arrependimento por amor, a sua grande adesão à Torá e às boas ações ajudam-no lentamente a
que lhe seja concedido o arrependimento por amor, ou seja, o segundo grau da revelação do
rosto. Então consegue ele cumprir todos os 613 Mitzvot na íntegra, e torna-se um justo
completo.
86) Agora, nós entendemos perfeitamente o que perguntamos sobre o juramento, que a alma
deve jurar antes de vir a este mundo: "mesmo que todo o mundo diga que és justo, sê ímpio aos
teus próprios olhos”. Perguntamos: "Se todo o mundo concorda que ele é justo, porque deve ele
ainda considerar-se ímpio? Não confia ele em todo o mundo?"

Devemos ainda acrescentar, no que respeita à frase: "mesmo que todo o mundo diga". Qual é a
relação entre isto e o testemunho de todo o mundo, visto que uma pessoa se conhece melhor do
que o resto do mundo? Deveria ter-lhe jurado: "Mesmo que tu saibas para ti próprio que és
justo".

No entanto, a perplexidade maior é que a Gemará afirma explicitamente (Berachot 61) que uma
pessoa deve saber na sua alma se ela é justa ou não. Assim, existe uma obrigação e uma
possibilidade de realmente ser completamente justo.

Além disso, é preciso investigar e conhecer esta verdade. Se isto é assim, como é a alma jurada
de ser perversa aos seus próprios olhos, e nunca conhecer a verdade real, quando os nossos
sábios obrigaram o contrário?

87) As palavras são muito precisas, de fato. Enquanto não lhe for concedida a abertura dos olhos
na Torá com realização maravilhosa, suficiente para a sua realização evidente de recompensa e
punição, ele não será certamente capaz de se enganar a si mesmo e considerar-se justo. Isso
porque ele necessariamente sentirá que lhe faltam os dois Mitzvot mais abrangentes na Torá,
nomeadamente o amor e o medo.

Mesmo alcançando o medo completo, de uma forma que "Aquele que conhece todos os
mistérios testemunhará que ele não voltará à loucura", devido ao seu grande medo do castigo e
da grande perda por transgredir, é completamente inimaginável antes de lhe ter ser sido
concedida a realização absoluta, clara e completa da Providência de recompensa e punição.

Isto se refere à realização do primeiro grau de revelação do rosto, que chega a uma pessoa
através da abertura dos olhos na Torá. Mais ainda com o amor, que vai para além das
capacidades de uma pessoa, uma vez que depende do entendimento do coração, e nenhum tipo
de trabalho ou coerção ajudará aqui.

88) Por isso, o juramento declara: "Mesmo que o mundo inteiro diga que és justo". Isto porque
estes dois Mitzvot, o amor e o medo, são dados apenas ao indivíduo, e mais ninguém no mundo
pode distingui-los e conhecê-los.

Assim, logo que eles vêem que ele completou 611 Mitzvot, eles dizem imediatamente que
provavelmente ele também possui os dois mandamentos do amor e do medo. E uma vez que a
natureza humana compele uma pessoa a acreditar no mundo, ela pode cair num erro grave.

Por essa razão, a alma é jurada sobre isso ainda antes que chegar a este mundo, podendo ajudar-
nos. No entanto, é o próprio indivíduo que deve questionar e saber no seu coração se ele é um
justo completo.

89) Também conseguimos entender o que perguntamos: "Como pode sequer o primeiro grau de
amor ser atingido, se não há recompensa para um Mitzva neste mundo (nesta vida)?" Agora está
claro que uma pessoa não precisa realmente de receber a recompensa pelo Mitzva na sua vida,
daí a sua precisão: "verás o teu mundo na tua vida, e o teu fim para a vida do próximo mundo",
indicando que a recompensa por um Mitzva não está neste mundo, mas no próximo mundo.
No entanto, para conhecer, ver e sentir a recompensa futura do Mitzva no próximo mundo é
preciso conhecê-lo com plena certeza e clareza durante esta vida, através da realização
maravilhosa na Torá. Isso ocorre assim porque então uma pessoa atinge amor condicional, que é
o primeiro nível da saída de ocultação do rosto e da entrada na revelação do rosto, que se deve
ter para cumprir a Torá e os Mitzvot corretamente, de uma forma que "Aquele que conhece
todos os mistérios testemunhará que ele não voltará à loucura".

90) E trabalhando para observar a Torá e os Mitzvot sob a forma de amor condicional, que
provém de conhecer a futura recompensa no próximo mundo, como em: "tudo o que está prestes
a ser cobrado é considerado cobrado", alcança-se o segundo nível de revelação do rosto: a Sua
Orientação sobre o mundo a partir da Sua eternidade e veracidade, o que significa que Ele é
Bom e faz bem para o bem e para o mal.

Nesse estado, um indivíduo atinge o amor incondicional e os pecados tornam-se virtudes para
ele. E, a partir daí, ele é chamado de "justo completo", uma vez que ele pode cumprir a Torá e
os Mitzvot com amor e medo. E ele é chamado de "completo", porque ele possui os 613 Mitzvot
na totalidade.

91) Isto responde ao que perguntamos: "Aquele que atinge a terceira medida da Providência,
nomeadamente a Providência de recompensa e punição, quando Ele que conhece todos os
mistérios já testemunha que ele não voltará à loucura, ainda é considerado "Justo Incompleto".
Agora entendemos perfeitamente que ainda lhe falta um Mitzva, o Mitzva do amor. Claro que
está incompleto, visto que ele tem necessariamente de completar os 613 Mitzvot, o que é
obrigatoriamente o primeiro passo na porta da perfeição.

92) Com tudo o que foi dito anteriormente, compreendemos o que eles perguntaram: "Como é
que a Torá nos obrigou ao Mitzva do amor, quando não está em nossas mãos envolvermo-nos
neste Mitzva e nem sequer conseguir tocar-lhe?" Agora você vê e entende que é sobre isto que
os nossos sábios nos advertiram: "Eu trabalhei e não achei, não acreditai", e também: "Deixe
sempre um envolver-se em Torá e Mitzvot em Lo Lishma porque, a partir de Lo Lishma, um
chega a Lishma" (Pesachim 50). Além disso, o verso "aqueles que Me procuram achar-Me-ão"
(Provérbios 8) comprova isso.

93) Estas são as palavras dos nossos sábios (Meguilá pág. 6): "O rabino Yitzhak disse: “Se uma
pessoa vos disser: «eu trabalhei e não achei», não acreditai"; «eu não trabalhei e achei», não
acreditai, «eu trabalhei e achei", acreditai “". E nós questionamo-nos sobre "eu trabalhei e achei,
acreditai", que as palavras parecem contradizer-se, já que o trabalho está relacionado com a
posse, e um achado é algo que surge sem qualquer trabalho, distraidamente. Ele deveria ter dito:
"eu trabalhei e comprei".

No entanto, você deve saber que este termo "achar", aqui mencionado, diz respeito ao verso:
"aqueles que Me procuram achar-Me-ão". Refere-se a achar o rosto do Criador, como está
escrito em O Zohar, que Ele é achado somente na Torá, o que significa que se é recompensado
com o achado do rosto do Criador através do trabalho na Torá. Por isso, os nossos sábios foram
precisos nas suas palavras, e disseram: "Eu trabalhei e achei, acreditai" porque o trabalho está
na Torá e o achado na revelação do rosto da Sua Providência.

Eles abstiveram-se deliberadamente de dizer: "eu trabalhei e ganhei, acreditai" ou "eu trabalhei
e comprei". Isto porque então não haveria margem para erro na matéria, visto que ganhar ou
possuir referem-se apenas à posse da Torá. Assim, eles escolheram precisamente a palavra
"achei", indicando que se refere à outra coisa para além da aquisição da Torá, nomeadamente a
revelação do rosto de Sua Providência.

94) Isso resolve o verso: "Eu não trabalhei e achei, não acreditai." Parece intrigante, pois quem
poderia pensar que é possível atingir a Torá sem ter que trabalhar por ela? Mas visto que as
palavras se relacionam com o verso: "aqueles que Me procuram achar-Me-ão" (Provérbios
8:17), isso significa que qualquer um, pequeno ou grande, que O procure, encontra-O
imediatamente. Isto é o que a palavra "procuram" implica.

Poderíamos pensar que isto não exige tanto trabalho, e até mesmo uma pessoa menor, sem
vontade de fazer qualquer esforço por isto, vai encontrá-Lo também. Os nossos sábios avisaram-
nos, a este respeito, para não acreditarmos em tal explicação. Pelo contrário, o trabalho é
necessário aqui, e não: "Eu trabalhei e achei, não acreditai."

95) Agora você vê porque a Torá é chamada de "Vida", como está escrito: "vê, eu coloquei
diante de ti, neste dia, a vida e o bem" (Deuteronômio 30:15) e também: "portanto escolhe a
vida" e "porque eles são vida para aqueles que os encontram" (Provérbios 4:22). Isto provém do
verso: "À luz do semblante do rei está a vida" (Provérbios 16), uma vez que o Criador é a fonte
de toda a vida e de todo o bem.

Assim, a vida estende-se àqueles ramos que aderem à sua raiz. Isto se refere àqueles que
trabalharam e acharam a Luz do Seu rosto na Torá, que lhes foi concedido abrirem os seus olhos
na Torá com realização maravilhosa, até lhes ter sido concedida a revelação do rosto, a
realização da verdadeira Providência própria do Seu nome: "Bom", e a conduta do Bom é fazer
o bem.

96) E os que venceram não conseguem mais deixar de cumprir corretamente o Mitzva, como
não consegue largar um prazer maravilhoso que lhe chega às mãos. Por isso, eles correm da
transgressão como quem foge do fogo.

É dito sobre eles: "Mas vós que aderistes ao Senhor vosso Deus estais vivos, cada um de vós
neste dia", dado que o Seu amor chega abundantemente até eles como amor natural, através dos
canais naturais preparados para um indivíduo pela natureza da Criação. Isto é assim porque
agora o ramo está devidamente aderido à sua raiz, e a vida jorra abundante e incessantemente a
partir da sua origem. É por isso que a Torá é chamada de "Vida".

97) Por essa razão, os nossos sábios advertiram-nos em muitos lugares sobre a condição
necessária para a prática da Torá, que seja especificamente Lishma, de forma a que a um lhe
seja concedido a vida através dela, pois é uma Torá de vida, e é por isso que nos foi dada, como
está escrito: "portanto escolhe a vida".

Assim, durante a prática da Torá, cada pessoa deve trabalhar sobre ela, e direcionar a sua mente
e o seu coração para encontrar "a luz do semblante do rei" nela, ou seja, a realização da
Providência aberta, chamada de "luz do semblante". E qualquer pessoa está apta para isso, como
está escrito: "aqueles que Me procuram achar-Me-ão", e como está escrito: "Eu trabalhei e não
achei, não acreditai".

Assim, nada é necessário nesta matéria exceto o próprio trabalho. Está escrito: "Aquele que
pratique Torá Lishma, a sua Torá torna-se uma poção de vida para ele" (Taanit 7a). Isso
significa que se deve apenas direcionar a mente e o coração para alcançar a vida, que é o
significado de Lishma.
98) Agora você pode ver que a questão que os intérpretes colocaram sobre o Mitzva do amor,
dizendo que este Mitzva não está em nossas mãos, visto que o amor não vem por meio de
coerção e força, nem sequer é uma questão. Isto porque está totalmente em nossas mãos. Cada
pessoa pode trabalhar na Torá até encontrar a realização da Sua Providência aberta, como está
escrito: "Eu trabalhei e achei, acreditai".

Quando um indivíduo atinge a Providência aberta, o amor estende-se até ele por si mesmo
através dos canais naturais. E quem não acredita poder atingi-lo através dos seus esforços, por
um motivo qualquer, está, forçosamente, a desacreditar as palavras dos nossos sábios. Em vez
disso, ele imagina que o trabalho não é suficiente para cada pessoa, o que é o oposto do verso:
"Eu trabalhei e não achei, não acreditai". Também vai contra as palavras: "aqueles que me
procuram achar-Me-ão", especificamente aqueles que "procuram", sejam quem forem, grandes
ou pequenos. No entanto, certamente que ele precisa trabalhar.

99) Posto isto, você entenderá o significado de: "Aquele que pratica Torá Lo Lishma, a sua Torá
torna-se uma poção de morte para ele" (Taanit 7a), e o verso: "Verdadeiramente Tu és um Deus
que Te ocultas", que o Criador se esconde Ele próprio na Torá.

Perguntamos: "Parece racional que o Criador está escondido neste mundo, fora da Torá, e não
na própria Torá, que só aí é o local da revelação. E perguntamos mais: "Esta ocultação em que o
próprio Criador se esconde, para ser procurado e achado, porque deverei eu fazê-lo?"

100) Pelo que foi explicado anteriormente, você pode entender perfeitamente que esta
ocultação, em que o Criador Se esconde de modo a ser procurado, é a ocultação do rosto, que
Ele efetua com as Suas criações de duas maneiras: ocultação única e ocultação dentro da
ocultação.

O Zohar diz-nos que não devemos sequer considerar que o Criador deseja permanecer na
Providência de rosto oculto das Suas criações. Pelo contrário, é como uma pessoa que se
esconde deliberadamente para que o seu amigo a procure e encontre.

Da mesma forma, quando o Criador Se comporta em ocultação de rosto com as Suas criações é
somente porque Ele quer que as criaturas procurem a revelação do Seu rosto e O encontrem. Por
outras palavras, não haveria qualquer forma ou abertura para as pessoas atingirem a Luz do
semblante do Rei caso Ele não Se tivesse comportado com eles, em primeiro lugar, com
ocultação do rosto. Assim, a ocultação total não é mais do que uma preparação para a revelação
do rosto.

101) Está escrito que o Criador Se esconde na Torá. Quanto aos tormentos e dores que se
experimenta durante a ocultação do rosto, um indivíduo que possui alguns pecados e tenha
pouca prática em Torá e Mitzvot não é como um que se tenha envolvido extensivamente em
Torá e boas ações. Isto porque o primeiro é bastante qualificado para julgar o seu Criador numa
escala de mérito e considerar que o sofrimento que chegou até ele se deveu aos seus pecados e
escassez de Torá.

Para o outro, no entanto, é muito mais difícil sentenciar o seu Criador a uma escala de mérito.
Isto porque na sua mente ele não merece tal severa punição. Além disso, ele vê que os seus
amigos, que são piores do que ele, não sofrem tanto, como está escrito: "os ímpios: e eles que
vivem à vontade, aumentam as riquezas", e também "em vão purifiquei eu o meu coração”.
Assim, enquanto um indivíduo não atinja a Providência de revelação do rosto, a abundância de
Torá e Mitzvot que ele praticou torna a sua ocultação do rosto muito mais pesada. Este é o
significado de “o Criador esconde-Se na Torá."

De fato, todo o peso que ele sente através da Torá não é mais do que proclamações pelas quais a
Santa Torá o chama para si, despertando-o para se apressar e exercer a quantidade necessária de
trabalho, para dotá-lo imediatamente com a revelação do rosto, como é a vontade de Deus.

102) É por isso que está escrito que todos os que aprendem Torá Lo Lishma, a sua Torá torna-se
uma poção de morte para eles. Não só eles não emergem de ocultação do rosto para a revelação
do rosto, uma vez que não orientaram as suas mentes para trabalhar e atingi-la, como a Torá que
acumulam aumenta a sua ocultação do rosto. Por fim, eles caem em ocultação dentro da
ocultação, o que é considerado morte, completamente isolados da raiz de cada um. Assim, a sua
Torá torna-se uma poção de morte para eles.

103) Isto esclarece os dois nomes atribuídos à Torá: "revelada" e "oculta". Temos de entender
porque necessitamos da Torá oculta, e porque não está revelada toda a Torá?

De fato, há aqui uma intenção profunda. A Torá oculta implica que o Criador Se oculta na Torá,
daí o nome "a Torá do oculto". Por outro lado, é chamada de "revelada", pois o Criador é
revelado pela Torá.

Assim, os Cabalistas disseram, e também o encontramos no livro de orações de Gaon de Vilna


(GRA), que a ordem na realização da Torá começa com o oculto e termina com o revelado. Isto
significa que através do trabalho apropriado, em que um indivíduo se envolve primeiro na Torá
do oculto, é-lhe concedida a Torá revelada, a literal. Assim, um inicia com o oculto, chamado
Sod (segredo), e quando ele é recompensado, termina na literal.

104) Ficou perfeitamente esclarecida a forma como é possível alcançar o primeiro nível de
amor, que é o amor condicional. Aprendemos que, embora não exista nenhuma recompensa por
um Mitzva neste mundo, a realização da recompensa pelo Mitzva existe, não obstante, na vida
mundana. Chega a uma pessoa pela abertura dos olhos na Torá. E esta realização evidente é
completamente semelhante a receber a recompensa instantânea pelo Mitzva.

Por isso, um indivíduo sente o benefício maravilhoso contido no Pensamento da Criação, que é
dar prazer às Suas criaturas com a Sua mão cheia, boa e generosa. Devido à abundância de
benefício que atinge, aparece amor maravilhoso entre uma pessoa e o Criador. Jorra
incessantemente para o indivíduo, pelas mesmas vias e canais pelas quais aparece o amor
natural.

105) No entanto, tudo isto chega a uma pessoa a partir do momento em que ela atinge em
diante. No entanto, ela não se quer lembrar-se de todos os tormentos causados pela Providência
de ocultação do rosto, que sofrera antes de atingir a revelação do rosto, uma vez que "o amor
cobre todas as transgressões". No entanto, é considerada uma grande falha, mesmo com o amor
entre as pessoas, muito menos relativamente à veracidade da Sua Providência, porque Ele é
Bem que é bom para o bem e para o mal.

Portanto, devemos entender como um indivíduo pode atingir o Seu amor de tal maneira que
sentirá e saberá que o Criador lhe fez sempre um bem maravilhoso, desde o dia em que nasceu;
que Ele nunca lhe causou ou causará sequer um grama de dano, o que é a segunda forma de
amor.
106) Para entender isso, precisamos das palavras dos nossos sábios. Eles disseram: "àquele que
se arrepende por amor, os seus pecados tornam-se como virtudes". Isto significa que não só o
Criador perdoa os seus pecados, como cada pecado e transgressão que se tenha cometido é
transformado num Mitzva pelo Criador.

107) Assim, após um indivíduo alcançar a iluminação do rosto em tal medida que cada pecado
que cometera, mesmo os deliberados, é invertido e se torna um Mitzva para si, ele alegra-se com
todo o tormento e aflição que alguma vez sofrera, desde o momento em que foi colocado nos
dois discernimentos de ocultação do rosto. Isto porque são eles que lhe trouxeram todos estes
pecados, que agora tornaram-se Mitzvot, pela iluminação do seu rosto, que realiza maravilhas.

E qualquer sofrimento e problema que o deixara fora de si, e no qual falhou com erros, como na
primeira ocultação, ou falhou com pecados, como na ocultação dupla, tornou-se agora uma
causa e preparação para o cumprimento de um Mitzva e para a recepção da recompensa eterna e
maravilhosa por isso. Portanto, qualquer tristeza transformou-se em grande alegria, para ele, e
qualquer mal em bem maravilhoso.

108) Isto assemelha-se a um conto bem conhecido sobre um judeu que era governante da casa
de um determinado senhorio. O senhorio amava-o muito. Certo dia, o senhorio ausentou-se e
deixou os seus negócios nas mãos do seu substituto, que era anti-semita.

O que fez ele? Ele pegou no judeu e bateu-lhe cinco vezes em frente de toda a gente, para
humilhá-lo completamente.

Após o retorno do senhorio, o judeu dirigiu-se até ele e disse-lhe tudo o que lhe tinha
acontecido. A sua ira irrompeu, chamou o substituto e ordenou-lhe que desse imediatamente ao
judeu mil moedas por cada vez que lhe batera.

O judeu guardou-as e foi para casa. A sua esposa encontrou-o chorando. Ela perguntou-lhe
ansiosamente: "O que te aconteceu com o senhorio?" Ele disse-lhe. Ela perguntou: "Então
porque estás a chorar?" Ele respondeu: "Estou a chorar porque ele só me bateu cinco vezes.
Desejaria que ele me tivesse batido pelo menos dez vezes, já que agora eu teria dez mil
moedas".

109) Agora você vê que, após um indivíduo ter sido recompensado com o arrependimento dos
pecados de uma forma que os pecados se tornaram virtudes para ele, é-lhe concedida a
realização do segundo nível de amor do Criador, no qual o amado nunca causou qualquer mal
ao seu amado, nem mesmo uma sombra de mal. Em vez disso, ele pratica bem maravilhoso e
abundante, sempre e para sempre, de forma que o arrependimento por amor e a transformação
dos pecados em méritos surgem como um só.

110) Até agora, examinamos apenas os dois graus de amor condicional. No entanto, devemos
ainda compreender como se pode ser recompensado com as duas formas de amor incondicional
para com o Seu Criador.

Para isso, devemos entender completamente o que está escrito (Kidushin pág. 40): "Uma pessoa
deve-se sempre considerar meio indigna e meio digna. Se ele pratica um Mitzva, feliz dele, pois
sentenciou-se a si mesmo a uma escala de mérito. Se ele comete um pecado, ai dele, pois
sentenciou-se a si mesmo a uma escala de pecado.
Rabbi Elazar, filho de Rabbi Shimon, diz: “Visto que o mundo é julgado pela sua maioria, e o
indivíduo é julgado pela maioria, se ele pratica um Mitzva, feliz dele, pois sentenciou-se a si
mesmo e ao mundo inteiro a uma escala de mérito. Se ele comete um pecado, ai dele, pois
sentenciou-se a si mesmo e ao mundo inteiro a uma escala de pecado”. Pois este pecado que ele
cometera, o mundo e ele perderam muito bem."

111) Estas palavras parecem intrigantes do início ao fim. Ele diz que aquele que pratique um
Mitzva, imediatamente sentencia a uma escala de mérito, pois ele é julgado pela maioria. No
entanto, isto refere-se apenas àqueles que são meio indignos e meio dignos. E Rabbi Elazar,
filho de Rabbi Shimon, não fala sequer sobre esses. Assim, a essência ainda está omissa.

Rashi interpretou as suas palavras como referindo-se às palavras: "Uma pessoa deve-se sempre
considerar meio indigna e meio digna". Rabbi Elazar, filho de Rabbi Shimon, acrescenta que
deve-se também considerar todo o mundo como sendo meio indigno e meio digno. No entanto,
a essência ainda está omissa, porque mudou ele as suas palavras, se o significado é o mesmo?

112) Isto é ainda mais difícil para o próprio objeto, ou seja, para uma pessoa ver-se a si mesma
como se fosse meio indigna. Isto é um espanto: se alguém conhece as suas muitas iniqüidades,
iria ele enganar-se dizendo que ele é apenas meio isto e meio aquilo?

A Torá declara: "Mantém-te longe de uma falsa questão!" Além disso, está escrito: "Um só
pecador destrói muitos bens". Isto porque um pecado sentencia a pessoa e o mundo inteiro a
uma escala de pecado. Assim, é sobre a própria realidade, e não uma falsa imaginação pela qual
uma pessoa deveria considerar-se a si e ao mundo.

113) E ainda há outro espanto: é possível que não existam muitas pessoas em cada geração que
pratiquem um Mitzva? Então, como é o mundo sentenciado a uma escala de mérito? Isso
significa que a situação não muda minimamente, e não há nada novo sob o sol? Na verdade,
grande profundidade é necessária aqui, pois as palavras não podem ser compreendidas
superficialmente.

No entanto, isto não diz respeito a uma pessoa que sabe que são muitos os seus pecados, para
ensinar-lhe equívoco, que ela é meio isto e meio aquilo, ou insinuar que lhe falta apenas um
Mitzva. Este não é, de todo, o caminho do sábio. Pelo contrário, isto diz respeito a alguém que
se sente e imagina como sendo completa e absolutamente justo, e se encontra totalmente
completo. É assim porque ele já foi recompensado com o primeiro nível de amor, pela abertura
dos olhos na Torá, e Aquele que conhece todos os mistérios já testemunha que ele não voltará à
loucura.

Para ele, a escrita mostra o caminho e prova que ele ainda não é justo, mas intermédio – meio
indigno e meio digno. Isto é assim porque ainda lhe falta um dos 613 Mitzvot da Torá,
nomeadamente o Mitzva do amor.

Todo o testemunho de Aquele que conhece todos os mistérios, de que ele não pecará
novamente, deve-se apenas à clareza na própria realização da grande perda em transgredir. Este
é considerado o medo de punição, e por isso é chamado de "arrependimento por medo".

114) Aprendemos também anteriormente que este nível de arrependimento por medo ainda não
corrige uma pessoa, mas somente a partir do momento do arrependimento em diante. No
entanto, toda a tristeza e toda a angústia que sofrera antes de lhe ser concedida a revelação do
rosto permanecem como estavam não corrigidas. Além disso, as transgressões que tinha
cometido não são completamente corrigidas, permanecendo como erros.

115) É por isso que é dito que tal pessoa, à qual falta ainda um Mitzva, considerar-se-á como
meio indigna e meio digna. Ou seja, uma pessoa deve imaginar que o momento em que ele lhe
foi concedido o arrependimento foi a meio dos seus anos. Assim, ele ainda é meio indigno, na
metade dos seus anos que passaram antes de ele ter se arrependido. Nesse período, certamente
é-se indigno, uma vez que o arrependimento por medo não os corrige.

Segue-se que ele também é meio digno, na metade dos anos a partir do momento em que lhe foi
concedido o seu arrependimento. Durante esse período, é-se certamente digno, pois tem certeza
que não pecará novamente. Assim, na primeira metade dos anos ele é indigno e, na segunda
metade dos anos, ele é digno.

116) É-lhe dito para pensar que, se realizar um Mitzva, aquele Mitzva que lhe falta do número
613, ele será feliz, pois ele sentenciou-se a uma escala de mérito. Isto porque um indivíduo a
quem seja concedido o Mitzva do amor por via de arrependimento por amor, através disso ele
será recompensado com a transformação dos seus pecados em méritos.

Então, toda a tristeza e todo o sofrimento que ele alguma vez sofrera, antes de lhe ser concedido
o arrependimento, são transformados em prazeres maravilhosos e infinitos para ele. Além disso,
ele lamenta não ter sofrido o dobro ou mais, como na alegoria sobre o senhorio e o Judeu que o
amava.

Isto é chamado de "sentenciação a uma escala de mérito", visto que todas as emoções, os erros e
os pecados foram transformados em méritos. Assim, a sentenciação a uma escala de mérito
significa que toda a taça que estava cheia de pecados foi agora transformada numa taça cheia de
méritos. Nas palavras dos sábios, esta inversão é chamada de "sentenciação".

117) Além disso, adverte-nos mais e diz que, enquanto um indivíduo está no meio e não lhe
tenha sido concedido o Mitzva que está em falta do número 613, ele não deve acreditar em si
mesmo até ao dia da sua morte. Ele também não deve fiar-se no testemunho de Aquele que
conhece todos os mistérios, que ele não voltará à loucura, mas que ele pode ainda transgredir.

Assim, deve pensar por si mesmo que se cometer um pecado, ai de si, porque se terá condenado
a uma escala de pecado. Isso ocorre porque, em seguida, ele perderá imediatamente toda a
realização maravilhosa na Torá e toda a divulgação do rosto que lhe tenha sido concedida, e
voltará à ocultação do rosto. Assim, ele sentenciar-se-á a uma escala de pecado, pois perderá
todos os méritos e o bem, mesmo da segunda metade dos seus anos. E como prova, traz o verso:
"um só pecador destrói muitos bens".

118) Agora você compreende a adição que Rabbi Elazar, filho de Rabbi Shimon, acrescenta, e
também porque ele não traz a frase: "meio indigno e meio digno". Isto ocorre assim porque aí
fala do segundo e do terceiro discernimentos de amor, enquanto Rabbi Elazar, filho de Rabbi
Shimon, fala do quarto discernimento de amor, o amor eterno: a divulgação do rosto, como
realmente é, Bem que é bom para o bem e para o mal.

119) Aprendemos aí que é impossível alcançar o quarto discernimento, êxito quando se é


proficiente e se conhece todas as condutas do ser amado, e como ele se comporta com todos os
outros, sem excluir alguém. É também por isso que o grande privilégio, quando é concedido a
alguém sentenciar-se a uma escala de mérito, ainda não é suficiente para se alcançar o amor
total, ou seja, o quarto discernimento. Isto porque agora ele não atinge o Seu mérito como sendo
bom que faz bem, para o bem e para o mal, mas apenas a Sua Providência sobre si.

No entanto, ele ainda desconhece a Sua Providência nesta forma sublime e maravilhosa com o
resto das pessoas no mundo. Assim, aprendemos anteriormente que, enquanto não se conhecem
as condutas do amado com os outros, até não faltar nenhum, o amor ainda não é eterno. Por
isso, um indivíduo tem que sentenciar também todo o mundo a uma escala de mérito, e só então
lhe surge o amor eterno.

120) Isto é o que Rabbi Elazar, filho de Rabbi Shimon, diz: "visto que o mundo é julgado pela
sua maioria, e o indivíduo é julgado pela maioria" e visto que ele se relaciona com o mundo
inteiro, ele não pode dizer, como está escrito, que os vai considerar meio indignos, meio dignos.
Este nível chega a uma pessoa só quando lhe é concedida a divulgação do rosto e o
arrependimento por medo.

No entanto, como é dito isto sobre o mundo inteiro, quando não lhes foi concedido este
arrependimento? Assim, deve-se apenas dizer que o mundo é julgado pela sua maioria, e o
indivíduo é julgado pela sua maioria.

Explicação: um indivíduo pode pensar que não se tornará um justo completo, exceto quando não
tenha transgressões e nunca tenha pecado. Mas aqueles que falharam nos pecados e
transgressões não merecem mais tornarem-se justos completos.

Por essa razão, Rabbi Elazar, filho de Rabbi Shimon, ensina-nos que isto não é assim. Pelo
contrário, o mundo é julgado pela sua maioria, tal como é o indivíduo. Isto significa que após
um indivíduo já não ser considerado médio, depois de se ter arrependido por medo, ele atinge
instantaneamente os 613 Mitzvot e é chamado de "médio", significando que em metade dos seus
anos ele é indigno e em metade dos seus anos ele é digno.

Então, se ele acrescentar apenas um único Mitzva, o Mitzva do amor, considera-se que ele é
muito digno e sentencia tudo a uma escala de mérito. Assim, a escala dos pecados torna-se,
também, uma escala de mérito.

Acontece que, mesmo que se tenha uma escala completa de transgressões e pecados, todos eles
se tornam méritos. Então é como se alguém que nunca tenha pecado, sendo-se considerado
"justo completo".

Este é o significado do adágio que o mundo e o indivíduo são julgados pela maioria. Assim, as
transgressões nas mãos do indivíduo anteriores ao arrependimento não são tidas em conta, pois
tornaram-se méritos. Neste sentido, mesmo "ímpios completos" são considerados "justos
completos" após lhes ter sido concedido o arrependimento por amor.

121) Portanto, ele diz que, se um indivíduo pratica um Mitzva, após o arrependimento por
medo, então fica a faltar-lhe apenas um Mitzva, e "ele fica feliz porque se sentenciou, a si
mesmo e ao mundo inteiro, a uma escala de mérito". Assim, não só ele é recompensado através
do seu arrependimento por amor, com a própria sentenciação a uma escala de mérito, como o
verso diz, como ainda lhe é concedido sentenciar todo o mundo a uma escala de mérito.

Isso significa que lhe é concedido ascender em realizações maravilhosas na Santa Torá, até ele
descobrir como será finalmente concedido a toda a gente no mundo o arrependimento por amor.
Então, também eles descobrirão e verão toda essa Providência maravilhosa, tal como ele
alcançara para si mesmo. E todos eles serão também sentenciados a uma escala de mérito. Nesse
tempo, os "pecados se extinguirão da terra e os ímpios desaparecerão".

E pese embora as pessoas no mundo não tenham ainda, elas próprias, lhes sido sequer
concedido o arrependimento por medo, mesmo assim, após um indivíduo atingir a sentenciação
a uma escala de mérito, destinada a chegar a elas com realização clara e absoluta, é similar a
"deverás ver o teu mundo na tua vida", dito sobre aquele que se arrepende por medo. Dissemos
que um indivíduo fica impressionado e feliz por isso como se o obtivesse instantaneamente,
uma vez que "tudo o que está prestes a ser cobrado é considerado cobrado".

Além disso, aqui é considerado sobre o indivíduo que alcança o arrependimento de todo o
mundo, precisamente como se lhes tivesse sido concedido e chegado ao arrependimento por
amor. Cada um deles sentenciou suficientemente os seus pecados a méritos para conhecer as
Suas condutas com cada pessoa no mundo.

É por isso que Rabbi Elazar, filho de Rabbi Shimon, diz: "Feliz dele, pois sentenciou-se a si
mesmo e a todo o mundo a uma escala de mérito". De agora em diante, conhece perfeitamente
todas as condutas da Sua Providência com cada uma das criações, através de revelação do seu
verdadeiro rosto, ou seja, o Bem que é bom para o bem e para o mal. E, por o saber, foi-lhe
assim concedido o quarto discernimento de amor, nomeadamente o "amor eterno".

Como o verso, também Rabbi Elazar, filho de Rabbi Shimon, adverte que mesmo após uma
pessoa sentenciar todo o mundo a uma escala de mérito, não deve acreditar em si mesmo até ao
dia da sua morte. Se ele falhar com uma única transgressão, ele perderá imediatamente todas as
suas realizações maravilhosas, como está escrito: "um só pecador destrói muitos bens".

Isso explica a diferença sobre a qual Rabbi Elazar, filho do Rabbi Shimon, escreve. O texto só
fala sobre o segundo discernimento e o terceiro discernimentos de amor, portanto, não menciona
a sentenciação do mundo inteiro.

Mas Rabbi Elazar, filho de Rabbi Shimon, fala do quarto discernimento do amor, o qual não
pode ser descrito exceto pela realização da sentenciação de todo o mundo a uma escala de
mérito. No entanto, nós ainda temos que entender como atingimos esta maravilhosa realização
da sentenciação de todo o mundo a uma escala de mérito.

122) É preciso entender o que está escrito (Taanit 11a): "Quando o público está de luto, não se
deve dizer, 'Eu irei para casa comer e beber, e terei a minha alma em paz'. Se um indivíduo fizer
isso, a escrita diz sobre ele: "E eis a alegria e o contentamento, chacinando bois e matando
ovelhas, comendo carne e bebendo vinho: comamos e bebamos, porque amanhã morreremos!”O
que diz sobre isso? "E o Senhor dos Exércitos revelou-Se nos meus ouvidos: Certamente esta
maldade não será expiada por ti até morreres".

Até ao momento sobre o atributo de médio. Mas está escrito sobre o atributo de ímpio: "Vinde,
vou buscar o vinho, e vamos encher-nos de bebida forte, e amanhã será como este dia".

O que diz sobre isso? "O justo pereceu, e ninguém levou isto a sério (...) que o justo é retirado
do mal que há de vir". Em vez disso, quando se sofre com o público, é-se recompensado com o
conforto do público".

123) Estas palavras parecem completamente irrelevantes. Ele pretende evidenciar, baseado no
texto, sobre o sofrimento que se deve obter com o público. Assim, porque deveríamos dividir e
separar o atributo de médio do atributo de ímpio? Além disso, qual é a precisão que ele faz
sobre o atributo de médio e o atributo de ímpio? E por que não diz "intermédio" e "maus", e por
que preciso eu dos atributos?

Além disso, onde se implica que o texto fala de uma iniquidade, quando um indivíduo não sofre
com o público? Ainda para mais, não vemos qualquer punição no atributo dos maus, mas no que
está escrito: "O justo perece, e ninguém leva isso a sério". Se o ímpio peca, o que o justo faz
para que ele seja punido, e porque deveria o ímpio chorar se o justo perecesse?

124) No entanto, você deve saber que todos esses atributos: "medium", "ímpio" e "justo" não
são de pessoas especiais. Pelo contrário, os três estão presentes dentro de cada uma das pessoas
no mundo. Estes três atributos são perceptíveis em cada indivíduo. Durante o período de
ocultação do rosto, mesmo antes de se atingir o arrependimento por medo, ele é perspectivado
como estando no atributo de ímpio.

Depois, se lhe for concedido o arrependimento do medo, ele é considerado médio. Então, se
também lhe for concedido o arrependimento por amor, no seu quarto discernimento, ou seja, o
amor eterno, ele é considerado "justo completo". Assim, eles não falaram apenas em médio e
em justo, mas em atributo de médio e em atributo de ímpio.

125) Devemos também recordar que é impossível atingir o referido quarto discernimento de
amor sem antes alcançar a revelação do rosto, que está destinada a chegar ao mundo inteiro. Isso
dá força a um indivíduo para sentenciar todo o mundo a uma escala de mérito, como diz Rabbi
Elazar, filho de Rabbi Shimon. E nós já aprendemos que a questão da revelação do rosto
transformará inevitavelmente cada dor e cada tristeza, surgidas durante a ocultação do rosto, em
prazeres maravilhosos, até ao ponto de se arrepender por se ter sofrido tão pouco.

Portanto, devemos questionar: "Quando um indivíduo se sentencia a uma escala de mérito,


certamente se recorda de todas as dores e tristeza que tivera durante a ocultação do rosto". É por
isso que é possível que todas elas sejam transformadas em prazeres maravilhosos para si, como
dissemos anteriormente. Mas quando ele sentencia todo o mundo a uma escala de mérito, como
o conhece a medida do sofrimento e da dor suportada por todas as pessoas no mundo, de modo a
compreender como é que elas são sentenciadas a uma escala de mérito, da mesma forma que
explicamos sobre a sua própria sentenciação?

Para evitar que a escala de mérito do mundo inteiro esteja em falta, quando um indivíduo está
qualificado para sentenciá-los a uma escala de mérito, ele não tem outra táctica senão sofrer
sempre com os problemas do público tal como ele sofre com os seus próprios problemas. Então
a escala do pecado do mundo inteiro estará preparada dentro de si, como a sua própria escala de
pecado. Assim, se lhe for concedido sentenciar-se a uma escala de mérito, ele também será
capaz de sentenciar todo o mundo a uma escala de mérito, e atingir ser "um justo completo".

126) Assim, se um indivíduo não sofrer com o público, então, mesmo quando lhe é concedido o
arrependimento por medo, ou seja, o atributo de médio, a escrita diz sobre ele: "E eis que alegria
e felicidade". Isto significa que a quem tenha sido concedido a bênção: "deverás ver o teu
mundo na tua vida", e vê a toda a recompensa pelo seu Mitzva, o qual está preparado para o
próximo mundo, está certamente "cheio de alegria e felicidade". E diz a si mesmo: "chacinando
bois e matando ovelhas, comendo carne e bebendo vinho: comamos e bebamos, porque amanhã
morreremos!".
Por outras palavras, ele é preenchido com grande alegria por causa da sua recompensa garantida
no próximo mundo. É por isso que ele diz isso com prazer: "pois amanhã morreremos", e eu vou
cobrar a minha vida no mundo próximo Ao Todo depois de morrer.

No entanto, é escrito sobre isso: "E o Senhor dos exércitos revelou-Se nos meus ouvidos:
Certamente esta iniquidade não deve ser expiada por ti até morreres". Isto significa que o texto
repreende-o dos erros em suas mãos.

Nós aprendemos que os pecados de quem se arrepende por medo se tornam meros erros. Assim,
dado que ele não sofreu com o público e não pode alcançar o arrependimento por amor,
momento em que os pecados são transformados em virtudes, é forçoso que os erros em suas
mãos nunca sejam arrependidos na sua vida. Assim, como pode ele alegrar-se da sua vida no
próximo mundo? É por isso que está escrito: "Certamente esta iniquidade não deve ser expiada
por ti até morreres", significando os erros, "até morreres", significando antes de ele morrer.
Assim, ele é desprovido de arrependimento.

127) Está também escrito que isto é o "atributo de médio", significando que o texto fala de uma
época a partir da qual um indivíduo se tenha arrependido por medo. Nessa época, ele é
considerado "médio".

No entanto, o que está escrito sobre o "atributo de ímpio"? Por outras palavras, o que será feito
do tempo em que estava em ocultação do rosto, o que então foi chamado de "atributo de ímpio"?
Nós aprendemos que o arrependimento por medo não corrige o passado anterior ao seu
arrependimento.

Por conseguinte, o texto traz outro verso: "Vinde, vou buscar o vinho, e vamos encher-nos de
bebida forte, e amanhã será como este dia". Isto significa que esses dias e anos que passaram
desde o momento da ocultação do rosto, que ele ainda não corrigiu, são chamados de "atributo
de ímpio", pois não querem que ele morra, visto que eles não têm lugar no próximo mundo
depois da morte, dado serem o atributo de ímpio.

Por conseguinte, na altura em que o atributo de médio nele está feliz e alegre, "pois amanhã
morreremos", e será recompensado com a vida do próximo mundo, nessa mesma altura o
atributo de ímpio não fala assim. Antes diz: "e amanhã será como este dia", significando que
deseja viver e ser feliz neste mundo para sempre, pois ainda não tem lugar no próximo mundo,
visto que ainda não o corrigiu, pois só é corrigido através de arrependimento por amor.

128) Está escrito: "o justo pereceu", ou seja, o atributo de justo completo, que a pessoa deve
merecer, está perdido dela. "E nenhum homem o levou a sério (...) o justo é retirado do mal que
há de vir". Isto significa que, por esse médio não ter sofrido com o público, não pode atingir o
arrependimento por amor, invertendo pecados em virtudes e males em prazeres maravilhosos.
Ao invés disso, todos os enganos e o mal que havia experimentado antes de ter adquirido o
arrependimento por medo ainda estão presentes no atributo de ímpio, o qual sente dano na Sua
Providência. E por causa destes danos que ainda sentem, eles não podem ser recompensados a
serem justos completos.

A escritura afirma: "e nenhum homem levou isto a sério", significando que essa pessoa não leva
a sério "do mal que há de vir". Por outras palavras, por causa do dano que ainda sente na Sua
Providência do passado: "o justo perece", ou seja, ele perdeu o atributo de justo. E ele morrerá e
partirá do mundo como mero médio.
Tudo isto é sobre aquele que não sofre com o público, e que não é recompensado com o
conforto do público, pois não será capaz de sentenciá-los a uma escala de mérito e ver o seu
consolo. Por conseguinte, ele nunca atingirá o atributo de justo.

129) Por tudo o que foi mencionado anteriormente, vimos a saber que não há nenhuma pessoa
nascida mulher que não chegue a experimentar os três atributos anteriores: o atributo de ímpio;
atributo de médio; atributo de justo.

Eles são chamados de Midot (atributos), dado que se estendem da Midah (medida) da sua
realização da Sua Providência. Os nossos sábios disseram: "é-se medido na medida em que se
mede" (Sutah 8). E aqueles que alcançam a Sua Providência em ocultação do rosto são
considerados ímpios: ou ímpios incompletos da perspectiva da ocultação única ou ímpios
completos da perspectiva da dupla ocultação.

E porque se sentem e pensam que o mundo é conduzido com má orientação, é como se eles se
condenassem a si próprios, visto que eles recebem tormentos e dores da Sua Providência e
sentem-se unicamente mal ao longo do dia. E eles condenam-se mais ainda por pensarem que
todas as pessoas no mundo são guiadas como eles, com má orientação.

Assim, aqueles que atingem a Providência pela perspectiva da ocultação do rosto são chamados
"ímpios", pois esse nome aparece neles vindo da profundidade das suas sensações. Depende da
compreensão do coração, e as palavras ou pensamentos que justifiquem a Sua Providência não
interessam minimamente, opondo-se à sensação de cada órgão e sentido, que não pode forçá-los
a mentirem, como o faz.

Assim, os que se encontram nesta medida de realização da Providência são considerados como
se tendo sentenciado e ao mundo inteiro a uma escala de pecado, conforme está escrito nas
palavras de Rabbi Elazar, filho de Rabbi Shimon. Isto porque imaginam que todas as pessoas no
mundo são guiadas com má orientação, como se estivesse de acordo com o Seu Nome: "o Bom
que faz bem ao bem e ao mal".

130) Aqueles a quem é concedida a sensação da Sua Providência na forma de primeiro nível de
revelação do rosto, chamado de "arrependimento por medo", são considerados médios. Isto
ocorre porque as suas emoções são divididas em duas partes, chamadas "duas taças de escalas".

Agora que adquiriram a revelação do rosto, por via de "deverás ver o teu mundo na tua vida",
pelo menos eles atingiram a Sua Boa Providência de acordo com o Seu Nome: "Bom". Por isso,
eles têm uma escala de mérito.

No entanto, todos os tormentos amargos e sofrimentos que foram completamente impressos nos
seus sentimentos, de todos os dias e anos que receberam Providência do rosto oculto, do tempo
anterior à recompensa do arrependimento, todos continuam de pé e são chamados de "uma
escala de pecado".

E visto que eles que possuem estas duas escalas posicionadas opostamente, de forma que a
escala do pecado é definida a partir do momento do seu arrependimento para trás, e a escala de
mérito está definida e garantida a eles a partir do momento do seu arrependimento em diante, o
tempo do arrependimento posiciona-se "entre" o mérito e o pecado, e assim eles são chamados
de "médio".
131) E aqueles que merecem a revelação do rosto no segundo nível, chamado "arrependimento
por amor", quando os pecados se tornam como méritos para eles, são considerados como tendo
sentenciado a escala anterior de pecado a uma escala de mérito. Isto significa que todo o
sofrimento e toda a aflição nos seus ossos, enquanto sob a Providência de ocultação do rosto,
foram agora invertidos e sentenciados a uma "escala de mérito".

Isso ocorre porque cada sofrimento e cada dor já se transformou em prazer maravilhoso e
infinito. Agora são chamados "justos", pois justificam a Sua Providência.

132) Devemos saber que o atributo de médio aplica-se mesmo quando se está sob a Providência
de ocultação do rosto. Devido a um grande esforço na fé em recompensa e punição, a Luz de
grande confiança no Criador aparece-lhes. Por um momento, é-lhes concedido um nível de
revelação do Seu rosto no nível de médio. Porém, a contrapartida é que não podem ficar
permanentemente nos seus níveis, visto que ficar permanentemente num nível só é possível
através de arrependimento por medo.

133) Também devemos saber que aquilo que dissemos que há escolha apenas quando há
ocultação do rosto, não significa que depois de se ter atingido Providência de rosto revelado não
haja mais trabalho ou esforço na prática de Torá e Mitzvot. Pelo contrário, o trabalho apropriado
em Torá e Mitzvot começa principalmente após ter sido concedido o arrependimento por amor.
Só então é possível participar em Torá e Mitzvot com amor e medo, como nos é ordenado, e "o
mundo foi criado apenas para os justos completos" (Berachot 61).

É um pouco como um rei que pretendeu escolher para si os mais fiéis dos seus súbditos no país
e trazê-los para trabalharem dentro do seu palácio. O que fez ele? Emitiu um decreto para que
qualquer um que assim desejasse jovem ou velho viesse ao seu palácio para participar nos
trabalhos no interior do seu palácio.

No entanto, ele nomeou muitos dos seus criados para guardarem o portão do palácio e todas as
estradas que levam até ele, e ordenou-lhes que astuciosamente afastassem todos os que se
aproximassem do seu palácio e os desviassem do caminho que conduz ao palácio.

Naturalmente, todos os indivíduos no país começaram a correr para o palácio do rei. Mas os
guardas diligentes rejeitaram-nos astuciosamente. Muitos deles dominaram-nos e chegaram
perto do portão do palácio, mas os guardas no portão foram os mais diligentes, e alguém que se
aproximasse do portão seria desviado e afastado por eles com grande astúcia, até que uma
pessoa desesperasse e regressasse como viera.

E assim eles vieram e foram, e recuperaram força, e vieram e foram novamente, e assim por
diante por vários dias e anos, até que se cansaram de tentar. E só os heróis entre eles, cuja
paciência resistiu, derrotaram os guardas e abriram o portão. E eles foram imediatamente
premiados com a visão do rosto do rei, que nomeou cada um deles para o seu lugar certo.

Obviamente, a partir daquele momento, eles não tiveram mais contacto com aqueles guardas,
que os desviaram e enganaram e amargaram as suas vidas durante vários dias e anos, correndo
para frente e para trás à volta do portão. Isto porque eles foram recompensados com trabalharem
e servirem diante da glória do rosto do rei, dentro do Seu palácio.

Assim é com o trabalho dos justos completos. A escolha aplicada durante a ocultação do rosto
certamente não se aplica após abrirem a porta para atingirem a Providência aberta.
Contudo, eles começam o seu trabalho principalmente a partir da revelação do rosto. Nessa
altura, eles começam a marchar os muitos degraus na escada estabelecida na terra, cujo topo
atinge os céus, como está escrito: "os justos deverão ir de força em força".

É como dizem os nossos sábios: "todo e cada justo é coberto pela cobertura do seu amigo".
Estas obras habilitam-nos para a vontade de Deus, para realizar em si o Seu Pensamento da
Criação, que é "deliciar as Suas criaturas", de acordo com a Sua mão boa e generosa.

134) Você deve conhecer esta lei, que só há revelação num lugar onde houve ocultação. Isto é
semelhante às questões deste mundo onde a ausência precede a existência, como o crescimento
do trigo só aparece onde foi semeado e apodreceu.

É idêntico com as questões mais elevadas, onde ocultação e revelação relacionam-se entre si
como o pavio e a luz que o pega. Isto porque qualquer ocultação, uma vez corrigida, é uma
razão para a revelação da Luz relacionada com esse tipo de ocultação, e a Luz que aparece
apega-se a ela como a luz a um pavio. Lembre-se disto em todos os seus caminhos.

135) Agora você pode entender o que os nossos sábios escreveram, que a Torá inteira é os
nomes do Criador. Isto parece intrigante, pois existem muitas indecências, como nomes de
ímpios (Faraó, Balaão, etc.), proibição, impureza, maldições implacáveis nas duas
admoestações, e assim por diante. Assim, como podemos compreender que todos estes são os
nomes do Criador?

136) Para compreender isso, devemos saber que os nossos caminhos não são os Seus caminhos.
O nosso caminho é vir do imperfeito para a perfeição. No Seu caminho, todas as revelações
chegam-nos da perfeição para o imperfeito.

Em primeiro lugar, perfeição completa emana e emerge de Ele. Esta perfeição desce do Seu
rosto e baixa restrição a restrição, através de vários níveis, até que chega à última fase, a mais
restrita, adequada ao nosso mundo material. E então a matéria aparece-nos aqui neste mundo.

137) A partir do que foi mencionado, você aprenderá que a Santa Torá, cuja Altura é infinita,
não emanou ou emergiu a partir de Ele, como nos parece a nós aqui neste mundo, pois é sabido
que "a Torá e o Criador são um", e isso não é de todo aparente na Torá do nosso mundo. Além
disso, aquele que se envolve nela em Lo Lishma, a sua Torá torna-se uma poção da morte para
ele.

Pelo contrário, quando foi inicialmente emanada de Ele, foi emanada e emergiu em perfeição
absoluta, ou seja, sob a forma real de "A Torá e o Criador são um". Esta é chamada de "A Torá
de Atzilut" na Introdução às Correções de O Zohar (pág. 3), em que "Ele, a Sua Vida e Ele
Próprio são um". Depois, desceu do Seu rosto e foi progressivamente restringida através de
muitas restrições, até que foi dada no Sinai, quando foi escrita como está perante nós aqui neste
mundo, vestida com as vestes rudes do mundo material.

138) No entanto, você deve saber que a distância entre as vestes da Torá neste mundo e as
vestes da Torá no mundo de Atzilut é imensurável. No entanto, a Torá em si, ou seja, a Luz
dentro da veste mantém-se completamente inalterada entre a Torá de Atzilut e a Torá deste
mundo, como está escrito: "Eu, o Senhor, não mudo” (Malaquias 3:6).
Além disso, estas vestes rudes na nossa Torá de Assiahh não são, de todo, de valor inferior à
Luz que está vestida nela. Pelo contrário, a sua importância é muito maior, relativamente ao
final da sua correção, do que todas as suas vestes puras nos Mundos Superiores.

Isto sucede assim porque a ocultação é a razão para a revelação. Após a sua correção, durante a
revelação, a ocultação está para a revelação como um pavio está para a luz que o pega. Quanto
maior a ocultação, maior Luz se apegará a ele quando for corrigido. Assim, todas estas vestes
rudes com que a Torá está vestida, neste mundo, o seu valor não é em nada inferior à Luz que os
veste, muito pelo contrário.

139) Este é o triunfo de Moisés sobre os anjos com o seu argumento: "Existe inveja entre vós?
Está a má inclinação entre vós?" (Shabbat 89). Isto significa que uma maior ocultação revela
uma Luz maior. Ele mostrou-lhes que nas vestes puras em que a Torá se veste, no mundo dos
anjos, as maiores Luzes não conseguem aparecer através delas como conseguem nas vestes
deste mundo.

140) Assim, aprendemos que não há qualquer mudança da Torá de Atzilut, onde "a Torá e o
Criador são um" até a Torá neste mundo. A única diferença está nas vestes, visto que as vestes
deste mundo ocultam o Criador e escondem-No.

Saiba que, por Se vestir na Torá, esta é chamada de "Ensino". Diz-lhe que, mesmo durante a
ocultação do rosto, e mesmo durante a dupla ocultação, o Criador está incorporado e vestido na
Torá. Ele é o "Mestre" e é a Torá, mas as vestes rudes da Torá perante os nossos olhos são como
asas que cobrem e escondem o Mestre, que está vestido e escondido nelas.

No entanto, quando é concedida a um indivíduo a revelação do rosto em arrependimento por


amor, no seu quarto discernimento, é dito sobre ele: "não deverá o teu Mestre esconder-se mais,
mas os teus olhos verão o teu Mestre" (Isaías, 30: 20). Daí em diante, as vestes da Torá não
escondem e ocultam mais o "Mestre", e um indivíduo descobre para sempre que "a Torá e o
Criador são um".

141) Agora você pode entender o significado das palavras: "abandonem-Me e cumpram a
Minha lei". Eles interpretaram: "eu desejo que Me tenham deixado e cumprido a Minha Torá, a
Luz aí contida corrige" (Yerushalmi, Hagiga, pág. 6b).

Isto é desconcertante. Eles querem dizer que eles estavam em jejum e tortura para encontrar a
revelação do Seu rosto, como está escrito: "eles têm prazer em chegar perto de Deus" (Isaías
58:2). No entanto, o texto diz-lhes, em nome do Criador: "Eu gostaria que vós me deixásseis,
pois todo o vosso trabalho é em vão e inútil. Eu não sou encontrado em nenhum outro lugar
senão na Torá. Portanto, cumpram a Torá e procurarem-Me aí, e a Luz aí contida corrigir-vos-á
e vós achar-Me-eis", como está escrito: "aqueles que Me procuram achar-Me-ão".

142) Agora podemos esclarecer um pouco a essência da sabedoria da Cabalá, o suficiente para
uma percepção segura na qualidade dessa sabedoria. Assim, um indivíduo não se deve enganar
com falsas imaginações, como as massas enfrentam.

Você deve saber que a Santa Torá divide-se em quatro discernimentos, que abrangem a
totalidade da realidade. Três discernimentos são discernidos na realidade geral deste mundo.
Eles são chamados de "Mundo", "Ano" e "Alma". O quarto discernimento é a orientação de
existência das três partes referidas da realidade, a sua nutrição, as suas condutas e todos os seus
incidentes.
143) A parte exterior da realidade, como o céu e os firmamentos, a terra e os mares, etc., que
estão escritos na Torá, são todos chamados de "Mundo". A parte interna da realidade: homem e
besta, animais e aves diversas, etc., trazidos pela Torá, que existe nos locais anteriores,
chamados de "parte externa", são chamados de "Alma".

A evolução da realidade ao longo das gerações é chamada de "causa e consequência". Por


exemplo, na evolução das cabeças das gerações desde Adam HaRishon até Josué e Calebe, que
vieram à terra, que são trazidos pela Torá, o pai é considerado a "causa" do filho, que é
"causado" por ele. Esta evolução dos detalhes da realidade por meio da referida causa e
consequência é chamada de "Ano". Da mesma forma, todas as manifestações da existência da
realidade, tanto externas como internas, em cada incidente e em cada comportamento, trazidas
pela Torá, são chamadas de "a existência da realidade".

144) Saiba que os quatro mundos são chamados, na sabedoria da Cabalá, de Atzilut, Briah,
Yetzirah e Assiahh. Quando eles saíram e evoluíram, eles emergiram um a partir do outro como
um selo e a sua impressão. Isso significa que tudo o que está escrito no selo aparece
necessariamente no que é impresso a partir dele, nem mais nem menos, e assim foi também com
a evolução dos mundos.

Assim, todos os quatro discernimentos MAA (Mundo, Ano, Alma), com todos os seus modos
de subsistência, que estavam no mundo de Atzilut, saíram, foram impressos, e manifestaram a
sua imagem também no mundo de Briah. O mesmo sucedeu do mundo de Briah para o mundo
de Yetzirah, descendo até ao mundo de Assiahh.

Assim, os três discernimentos na realidade diante de nós, chamados MAA, com todos os seus
modos de subsistência, que são determinados diante dos nossos olhos aqui neste mundo,
estenderam e apareceram aqui provenientes do mundo de Yetzirah, e em Yetzirah do seu
superior.

Desta forma, a origem dos numerosos detalhes diante dos nossos olhos está no mundo de
Atzilut. Além disso, mesmo com as inovações que aparecem hoje neste mundo, cada novidade
deve aparecer primeiro Acima, no mundo de Atzilut, e de lá desce e aparece-nos neste mundo.

Este é o significado das palavras dos nossos sábios: "não há uma folha de erva abaixo que não
tenha uma fortuna e um guarda acima, que lhe bate e lhe diz: “cresce!”" (Beresheet Rabba,
Capítulo Dez). Este é o significado do texto: "Um indivíduo não move um dedo abaixo, sem que
seja declarado Acima" (Hulin pág. 7).

145) Saiba que o fato de a Torá se vestir nos três discernimentos da realidade: "Mundo", "Ano"
e "Alma" e a sua existência neste mundo material produzem as proibições, as impurezas e
interdições encontradas na Torá revelada. Foi explicado que o Criador está vestido nela por
intermédio de "A Torá e o Criador são um", mas em grande ocultação. Isto ocorre porque estas
vestes materiais são as asas que O cobrem e escondem.

No entanto, o vestir da Torá na forma de MAA puros, e a sua existência nos três mundos
superiores, chamados Atzilut, Briah, Yetzirah, são geralmente chamados de "A Sabedoria da
Cabalá".

146) Assim, a sabedoria da Cabalá e a Torá revelada são uma e a mesma coisa. No entanto,
quando uma pessoa recebe de uma Providência de rosto oculto, e o Criador Se esconde na Torá,
considera-se que ela está praticando a Torá revelada. Por outras palavras, ela é incapaz de
receber qualquer iluminação da Torá de Yetzirah, já para não falar de Yetzirah Superior.

E quando lhe é concedida a revelação do rosto, ela começa a envolver-se na sabedoria da


Cabalá. Isso ocorre porque as vestes da Torá revelada foram purificadas para si, e a sua Torá
tornou-se a Torá de Yetzirah, chamada "A Sabedoria da Cabalá".

Mesmo para aquele a quem é concedido a Torá de Atzilut, não significa que as letras da Torá
tenham mudado para ele. Pelo contrário, as mesmas precisas vestes da Torá revelada foram
purificadas para ele e tornaram-se roupas muito puras. Tornaram-se como o verso: "não deverá
o teu Mestre esconder-se mais, mas os teus olhos verão o teu Mestre". Nessa altura, elas tornam-
se como "Ele, a Sua Vida e Ele Próprio são um".

147) Deixe-me dar-lhe um exemplo, para trazer a questão um pouco mais próxima da sua
mente. Por exemplo: enquanto um indivíduo esteve com ocultação do rosto, as letras e as vestes
da Torá esconderam necessariamente o Criador. Assim, ele falhou, devido aos pecados e aos
erros que cometera. Nessa altura, ele foi colocado sob a punição das vestes rudes na Torá, as
quais são: impureza, proibição e interdições.

No entanto, quando se é concedido Providência aberta e arrependimento por amor, quando os


seus pecados se tornam virtudes, todos os pecados e os erros em que ele falhara enquanto esteve
sob a ocultação do rosto, deixaram agora as suas vestes rudes e muito amargas e vestiram as
vestes de Luz, Mitzva e méritos.

Isto sucede assim porque as mesmas vestes rudes tornaram-se virtudes. Agora elas são como
vestes que se prolongam do mundo de Atzilut ou de Briah, e não cobrem ou escondem O
Mestre. Pelo contrário, "os teus olhos verão o teu Mestre".

Assim, não existe diferença alguma entre a Torá de Atzilut e a Torá neste mundo, entre a
sabedoria da Cabalá e a Torá revelada. Pelo contrário, a única diferença está na pessoa que se
envolve na Torá. Duas pessoas podem estudar a mesma porção e as mesmas palavras na Torá,
mas para uma esta Torá será como a sabedoria da Cabalá e a Torá de Atzilut, enquanto para a
outra será a Torá de Assiahh, a revelada.

148) Agora você entenderá a verdade nas palavras de Gaon de Vilna no livro de orações, na
bênção da Torá. Ele escreveu que a Torá começa com Sod (segredo), significando a Torá
revelada de Assiahh, que é considerada oculta, uma vez que o Criador está completamente
oculto nela.

Depois ele segue para a Remez (intimação), significando que Ele é mais revelado na Torá de
Yetzirah. Finalmente, alcança-se a Peshat (literal), que é a Torá de Atzilut. É chamada Peshat,
pois é Mufshat (despida) de todas as vestes que ocultam o Criador.

149) Uma vez que chegamos até aqui, podemos providenciar alguma idéia e discernimento
sobre os quatro mundos, conhecidos na sabedoria da Cabalá pelos nomes: Atzilut, Briah,
Yetzirah, Assiahh de Kedusha (santidade), e sobre os quatro mundos ABYA das Klipot,
dispostos cada um oposto ao outro, opostos a ABYA de Kedusha.

Você compreenderá isso nos quatro discernimentos de realização da Sua Providência e nos
quatro níveis de amor. Primeiro, vamos explicar os quatro mundos ABYA de Kedusha, e
começaremos a partir de baixo, do mundo de Assiahh.
150) Já explicamos os dois primeiros discernimentos da Providência de ocultação do rosto.
Você deve saber que ambos são considerados no mundo de Assiahh. É por isso que está escrito
no livro A Árvore da Vida que o mundo de Assiahh é maiormente mau, e até mesmo o pouco de
bom contido nele está misturado com o mal e é irreconhecível.

Pela perspectiva da primeira ocultação, segue-se que é, maiormente má, significando os


tormentos e as dores que sentem aqueles que recebem esta Providência. E, pela perspectiva da
dupla ocultação, o bem está misturado com o mal, igualmente, e o bem é completamente
imperceptível.

O primeiro discernimento de revelação do rosto é considerado "o mundo de Yetzirah". Assim,


está escrito no livro A Árvore da Vida (Porta 48, Capítulo III), que o mundo de Yetzirah é meio
bom e meio mau. Isto significa que aquele que alcança o primeiro discernimento de revelação
do rosto, que é a primeira forma de amor condicional, considerada um mero "arrependimento
por medo", é chamado de "médio", e ele é meio indigno, meio digno.

O segundo discernimento de amor também é condicional, mas não existe qualquer vestígio de
dano ou prejuízo entre eles. Conjuntamente, o terceiro discernimento de amor é o primeiro
discernimento de amor incondicional. Ambos são considerados como sendo o mundo de Briah.

Assim, está escrito no livro A Árvore da Vida que o mundo de Briah é maiormente bom e
apenas uma minoria é má, e essa minoria má é imperceptível. Isto significa que quando o médio
é recompensado com um Mitzva, ele sentencia-se a uma escala de mérito. E por essa razão, ele é
considerado "maiormente bom", representando a forma de discernimento do amor.

O minúsculo e imperceptível mal que sai em Briah estende-se do terceiro discernimento de


amor, que é incondicional. Além disso, ele já se sentenciou a uma escala de mérito, mas ainda
não sentenciou todo o mundo; assim, uma minoria em si é má, uma vez que este amor ainda não
é considerado eterno. No entanto, esta minoria é imperceptível porque ele ainda não sentiu
qualquer dano ou prejuízo, mesmo relativamente a outros.

O quarto discernimento de amor, o amor incondicional que também é eterno, é considerado o


mundo de Atzilut. Este é o significado do que está escrito no livro A Árvore da Vida, que no
mundo de Atzilut não há qualquer mal, e aí "o mal não deve andar convosco".

Isto porque após se ter sentenciado todo o mundo a uma escala de mérito, igualmente, o amor é
eterno, completo e nenhuma ocultação ou dissimulação será concebida. Isto ocorre assim porque
é o lugar da revelação absoluta do rosto, como está escrito, "não deverá o teu Mestre esconder-
se mais, mas os teus olhos verão o teu Mestre". Isto porque agora ele conhece todas as ligações
do Criador com todas as pessoas, como verdadeira Providência que emana do seu nome: "O
Bem que é bom para o bem e para o mal".

151) Agora você pode entender também o discernimento dos quatro mundos de ABYA de
Klipa, posicionados opostamente a ABYA de Kedusha, como em "Deus fez justamente um tão
bem como o outro". Isto porque a carruagem das Klipot de Assiahh provém do discernimento
do rosto oculto em ambos os seus níveis. Essa carruagem domina para fazer o homem
sentenciar tudo a uma escala de pecado.

E o mundo de Yetzirah de Klipa apanha a escala de pecado, não corrigida no mundo de Yetzirah
de Kedusha, em suas mãos. Assim, eles dominam o médio, que recebem do mundo de Yetzirah
por meio de "Deus fez justamente um tão bem como o outro".
O mundo de Briah de Klipa tem o mesmo poder de anular o amor condicional, cancelando a
única coisa que segura o amor, isto é, a imperfeição no amor do segundo discernimento.

E o mundo de Atzilut de Klipa é o que capta na sua mão essa minoria do mal, cuja existência
em Briah não é aparente, devido ao terceiro discernimento de amor. E embora seja amor
verdadeiro, pela força do Bem que é bom para o bem e para o mal, que é considerado Atzilut de
Kedusha, não obstante, por não lhe ter sido concedido sentenciar todo o mundo a uma escala de
mérito, a Klipa tem força para falhar o amor relativo à Providência sobre os outros.

152) Este é o significado do que está escrito em A Árvore da Vida, que o mundo de Atzilut das
Klipot fica oposto ao mundo de Briah, e não oposto ao mundo de Atzilut. Isto é assim porque só
o quarto discernimento do amor se estende do mundo de Atzilut de Kedusha. Assim, aí não há
qualquer domínio das Klipot, uma vez que já sentenciou o mundo inteiro a uma escala de
mérito, e conhece igualmente todas as condutas do Criador, na Sua providência sobre as
pessoas, a partir da Providência do Seu nome: "O Bem que é bom para o bem e para o mal".

No entanto, no mundo de Briah, a partir do qual estende-se o terceiro discernimento, ainda não
há sentenciação de todo o mundo. Portanto, ainda há um suporte para as Klipot. No entanto,
estas Klipot são consideradas o Atzilut da Klipa, uma vez que estão opostas ao terceiro
discernimento, o amor incondicional, e este amor é considerado Atzilut.

153) Agora explicamos perfeitamente os quatro mundos ABYA de Kedusha e as Klipot, que
estão vis-à-vis cada um dos mundos. Elas são consideradas a deficiência que existe no seu
mundo correspondente, em Kedusha, e elas são os chamados “quatro mundos ABYA de
Klipot”.

154) Estas palavras são suficientes para qualquer observador sentir em certa medida a essência
da sabedoria da Cabalá. Você deve saber que a maioria dos autores de livros de Cabalá dirigiu
os seus livros apenas para leitores que já hão alcançado uma revelação do rosto e todas as
realizações sublimes.

Não deveríamos perguntar: "se já lhes tinham sido concedidas realizações, então eles conhecem
tudo através da sua própria realização. Por que precisariam então eles de se envolver em livros
de Cabalá de outros autores?"

No entanto, não é sábio fazer essa pergunta. É como alguém que se envolve na Torá literal que
não tem conhecimento das condutas deste mundo em relação ao Mundo, Ano, Alma deste
mundo, e que não conhece o comportamento das pessoas e as suas condutas entre si e os outros.
E também não conhece as feras e os pássaros neste mundo.

Você considera mesmo que essa pessoa seria capaz de compreender mesmo uma única edição
da Torá corretamente? Ele reviraria os assuntos na Torá de bons a maus e de maus a bons, e não
encontraria as suas mãos ou os seus pés em nada.

Assim é a questão diante de nós: mesmo que lhe tenha sido concedida realização, e mesmo ao
nível da Torá de Atzilut, ele ainda não perceberá mais do que diz respeito à sua própria alma.
Não obstante, é necessário conhecer todos os três discernimentos Mundo, Ano, Alma, em todos
os seus incidentes e comportamentos com plena consciência, para ser capaz de compreender as
questões da Torá que dizem respeito a esse mundo.
Estas questões são explicadas em O Livro do Zohar e nos livros de Cabalá genuína com todos
os seus detalhes e complexidades. Assim, cada sábio e aquele que entende com a sua própria
mente, deve contemplá-los dia e noite.

155) Portanto, devemos perguntar, porque obrigaram então os Cabalistas cada pessoa a estudar
a sabedoria da Cabalá? De fato, existe nisso uma grande coisa, digna de ser divulgada: existe
um remédio maravilhoso, de valor inestimável para aqueles que se dedicam à sabedoria da
Cabalá. Embora eles não entendam o que estão aprendendo, através do esforço e do grande
desejo de entender o que estão a aprender, eles despertam sobre si as Luzes que rodeiam as suas
almas.

Isto significa que é garantido a cada pessoa de Israel alcançar finalmente todas as realizações
maravilhosas que o Criador contemplara no Pensamento da Criação para deliciar cada criatura.
E aquele a quem não tenha sido concedido nesta vida ser-lhe-á garantido na próxima vida, etc.,
até lhe ser concedido concluir o Seu Pensamento, que Ele planeara para si.

E enquanto não tenha atingido a perfeição, as Luzes que estão destinadas a alcançá-lo são
consideradas Luzes Envolventes. Isto significa que elas estão prontas para ele, mas estão
esperando até que ele purifique os seus recipientes de recepção, momento no qual essas luzes
vestirão os recipientes habilitados.

Assim, mesmo quando ele não tem recipientes, quando ele se envolve nesta sabedoria,
mencionando os nomes das Luzes e os recipientes relacionados com a sua alma, elas
imediatamente brilham sobre ele até certa medida. No entanto, elas brilham para ele sem vestir
o interior da sua alma, por falta de recipientes capazes de recebê-los. No entanto, a iluminação
que se recebe vez após vez durante o envolvimento atrai sobre ele graça do Superior,
transmitindo-lhe abundância de santidade e pureza, que o aproxima muito mais do alcance da
perfeição.

156) Contudo, há uma condição rigorosa durante o envolvimento nesta sabedoria: não
materializar os assuntos com casos imaginários e corpóreos. Isto porque assim eles violam "Não
farás para ti uma imagem esculpida, nem qualquer tipo de semelhança".

Nesse caso, é-se prejudicado em vez de se receber benefícios. Por isso, os nossos sábios
advertiram para estudar a sabedoria só depois dos quarenta anos, ou de um rabino, e outras
precauções do gênero. Tudo isto se prende com o motivo exposto anteriormente.

Para acautelar os leitores de qualquer materialização, eu compus o livro Talmude Eser Sefirot
(O Estudo das Dez Sefirot) pelo Ari. Nele eu selecionei, a partir dos livros do Ari, todos os
ensaios principais associados à explicação das dez Sefirot, na linguagem mais simples e fácil
que consegui. Também organizei a tabela de perguntas e a tabela de respostas para cada palavra
e assunto. "(...) E que a vontade de Deus tenha sucesso na Sua mão".
A Liberdade

“Harut (esculpida) sobre as pedras”; não pronunciá-lo Harut (esculpida), mas sim Herut
(liberdade), para mostrar que eles estão libertos do anjo da morte. --Midrash Shemot Raba, 41

Essas palavras precisam ser esclarecidas, pois como é a questão da recepção da Torah
relacionada com a libertação da morte? Além disso, desde que eles tenham atingido um corpo
eterno que não pode morrer, através da recepção da Torah, como eles o perdem novamente?
Pode o eterno tornar-se ausente?

Liberdade de Escolha

Para entender o sublime conceito “liberto do anjo da morte”, devemos primeiro entender o
conceito de liberdade, como normalmente é entendido por toda a humanidade.

É uma visão geral que a liberdade é considerada um direito natural, que se aplica a tudo na vida.
Assim, vemos que os animais que caem em cativeiro morrem, quando sua liberdade é roubada.
Este é um verdadeiro testemunho de que a Providência não aceita a escravidão de nenhuma
criatura. É com razão que a humanidade tem se esforçado nos últimos cem anos para obter certa
margem de liberdade do indivíduo.

Mesmo assim, este conceito expresso pela palavra ‘liberdade’ permanece obscuro, e se nos
aprofundarmos no significado da palavra, não haverá quase nada. Antes de você procurar a
liberdade do individuo, você deve assumir que qualquer indivíduo, por si mesmo, tem esta
qualidade chamada ‘liberdade’, significando que pode-se agir de acordo com sua livre escolha.

Prazer e dor

Entretanto, ao examinarmos as ações de um indivíduo, elas são compulsórias. Ele é compelido


para fazê-las e não tem liberdade de escolha. De certa forma, ele é como um guisado
cozinhando em um fogão, não existe escolha senão a de cozinhar. E ele deve cozinhar porque a
Providencia tem amarrado a vida com duas correntes: prazer e dor.

Os seres vivos não têm liberdade de escolha, de escolher a dor ou rejeitar o prazer. E a
vantagem do homem sobre os animais é que ele pode aspirar a um objetivo remoto, o que
significa concordar com certa quantidade de dor atual, sem a opção de um benefício futuro ou
prazer, a ser alcançado após algum tempo.

Mas, na verdade, aqui não há nada mais do que um aparente calculo comercial, onde o benefício
ou prazer futuro parece preferível e vantajoso para suportar a agonia que estão sofrendo e
concordaram em assumir neste momento. Existe apenas uma questão de desconto aqui,
descontam-se a dor e o sofrimento do prazer esperado, e resultará ainda alguns excedentes

Assim, apenas o prazer é prorrogado. E por isso, às vezes acontece que somos atormentados
porque não encontramos, no prazer atingido, o excedente que esperávamos, em comparação
com a agonia que sofremos, daí, nós ficamos em déficit, como os comerciantes ficam.

E quando tudo está dito e feito, não há, aqui, qualquer diferença entre o homem e o animal. E se
esse for o caso, não há qualquer liberdade de escolha, mas uma força de tração, puxando-os para
qualquer prazer e afastando-os de circunstâncias dolorosas. E a Providência os leva a qualquer
lugar que escolher, por meio dessas duas forças, sem pedir sua opinião sobre o assunto.

Além disso, mesmo a determinação do tipo de prazer e benefício estão totalmente fora de nossa
própria escolha, mas segue a vontade dos outros, como os outros querem, e não a própria
pessoa. Por exemplo: eu me sento, eu me visto, falo, e como. Eu faço todas essas coisas não
porque eu quero sentar-me dessa forma, ou falar, vestir ou comer assim, mas porque os outros
querem que eu me sente, me vista, fale e coma dessa maneira. Tudo segue o desejo e a fantasia
da sociedade, não a minha própria vontade.

Além disso, na maioria dos casos, eu faço tudo isso contra a minha vontade. Eu estaria muito
mais confortável me comportando, simplesmente, sem qualquer encargo. Mas eu estou
acorrentado com grilhões de ferro, em todos os meus movimentos, para as fantasias e os
costumes dos outros, que compõem a sociedade.

Então me diga, onde está a liberdade da minha vontade? Por outro lado, se assumirmos que a
vontade não tem liberdade, então somos todos nós como máquinas, operando e criando através
de forças externas, que nos obrigam a agir desta forma. Isto significa que estamos todos
encarcerados na prisão da Providência, que, usando essas duas correntes, prazer e dor, nos
empurra e nos puxa à sua vontade, para onde lhe aprouver.

Acontece que não existe tal coisa como o egoísmo no mundo, já que ninguém aqui está livre ou
está sobre seus próprios pés. Eu não sou o dono do ato, e eu não sou o intérprete, porque eu
assim o desejo fazer, mas sou realizado acima, de forma obrigatória, e sem a minha consciência.
Assim, recompensa e punição tornam-se extintos.

E é muito estranho, não só para os ortodoxos, que acreditam na Sua Providência e confiam Nele
e confiam que Ele quer somente o melhor ao agir desta forma. É ainda mais estranho para
aqueles que acreditam na natureza, pois de acordo com o acima exposto, estamos todos presos
pelas correntes da natureza cega, sem consciência ou responsabilidade. E nós, a espécie
escolhida, com a razão e o conhecimento, tornamo-nos um brinquedo nas mãos da natureza
cega, que nos conduz ao descaminho, e quem sabe para onde mais?

A Lei da Casualidade

Vale à pena tomar algum tempo para entender uma coisa tão importante, ou seja, como nós
existimos no mundo como seres com um "self", onde cada um de nós se considera uma entidade
única, agindo por conta própria, independente de uma força externa, estranha, e desconhecida. E
esse ser - o self - aparece para nós?

É verdade que existe uma relação geral entre todos os elementos da realidade diante de nós, os
quais subordinam-se à lei da causalidade, o caminho da causa e efeito, movendo em frente. E
assim como o todo, e cada item dele; o que significa que cada e toda criatura no mundo dos
quatro tipos - imóvel, vegetativa, animada e falante- permanece sob a lei da causalidade por
meio de causa e efeito.

Além disso, cada forma particular de um comportamento específico, o qual uma criatura segue
enquanto está neste mundo, é empurrado por causas antigas, estabelecendo que esta mudança
seja nesse comportamento e não em outro qualquer. E isto é evidente para todos que estudam as
formas da natureza de um ponto de vista científico puro e sem nenhum preconceito. Na verdade,
devemos analisar esta questão, permitindo, a nós mesmos, examiná-la de todos os ângulos.
Quatro fatores

Tenha em mente que cada aparecimento que ocorre nos seres do mundo deve ser percebido não
como uma extensão da existência da ausência, mas como a existência da existência, através de
uma entidade real que tem derramado sua forma anterior e tem vestido sua forma atual.

Portanto, devemos compreender que em cada surgimento no mundo, existem quatro fatores que
estando juntos, permite este aparecimento. Eles são chamados pelos nomes:

A. A fonte.

B. O comportamento imutável de causa e efeito, relacionado aos atributos da própria fonte.

C. Sua conduta interna de causa e efeito, a qual muda através do contato com forças estranhas.

D. As condutas de causa e efeito de coisas estranhas, que afetam a partir do exterior.

E eu vou explicitá-los um de cada vez:

A Primeira Razão: a Fonte, a Primeira Matéria

A) A fonte "é o primeiro aspecto, relacionado com esse ser. Para que "não há nada de novo
debaixo do sol", e tudo o que acontece em nosso mundo não é a existência da ausência, mas a
existência da existência. É uma entidade que despiu a sua forma anterior e assumiu outra forma,
diferente da primeira. E essa entidade, que derramou a sua forma anterior, é definida como "a
fonte." Nela reside o potencial que está destinado a ser revelado e determinado no final da
formação deste surgimento. Portanto, é claramente considerada sua causa primária.

A Segunda Razão: Causa e Efeito que resultam de si mesmo

B) Esta é uma conduta de causa e efeito, diz respeito aos atributos da própria fonte, e que é
imutável. Tomemos, por exemplo, uma haste de trigo que apodreceu no chão e chegou a um
estado de semeadura de muitos talos de trigo. Assim, este estado podre é considerado a "fonte",
significando que a essência do trigo foi tomada de sua forma anterior, a forma de trigo, e
assumiu um novo discernimento, a de trigo podre, que é a semente, chamada "a fonte", que não
tem forma alguma. Agora, depois de podre no chão, ela tornou-se apta para revestir outra forma,
a forma de muitos talos de trigo, destinado a surgir a partir dessa fonte, que é a semente.

É conhecido de todos que esta fonte não está destinada a se tornar nem cereal nem aveia, mas
apenas igualar com a sua forma anterior, que o deixou, ser unicamente caule de trigo. E embora
ele se transforme, em certo grau, em qualidade e quantidade, pois na forma antiga era uma haste
única, e agora existem dez hastes, e no sabor e aparência, também, a essência da forma do trigo
permanece inalterada.

Assim, aqui há um comportamento de causa e efeito, referente ao atributo da própria fonte, que
nunca muda. Assim, cereais nunca sairão de trigo, como já dissemos, e isso é chamado de "a
segunda razão."
A Terceira Razão: Causa e Efeito Internas

C) Este é o comportamento da causa e efeito interno à fonte, que muda ao encontrar forças
estranhas em seu ambiente. Assim, vemos que a partir de um caule de trigo, que apodrece no
chão, muitos caules emergem, por vezes, trigo maior e melhor do que antes da semeadura.

Portanto, deve haver outros fatores envolvidos aqui, colaborando e conectando-se com a força
oculta no meio ambiente, significando a "fonte". E por causa disso, as adições em qualidade e
quantidade, que estavam ausentes na forma anterior de trigo, agora aparecem. Esses são os
minerais e os materiais na terra, a chuva e o sol. Todas estas operam sobre ele através da
administração de suas forças e unindo com a força da própria fonte. E através da realização de
causa e efeito, eles têm produzido a multiplicidade em quantidade e qualidade neste surgimento.

Devemos entender que este terceiro fator junta-se com a internalidade da fonte, uma vez que a
força escondida na fonte os controla. No final, todas essas mudanças pertencem ao trigo e a
nenhuma outra planta. Assim, nós o definimos como fatores internos. No entanto, eles diferem
do segundo fator, que é absolutamente imutável, enquanto o terceiro fator muda na qualidade e
quantidade.

A Quarta Razão: Causa e Efeito por Fatores Externos

Este é um comportamento de causa e efeito das coisas externas, que agem vindo de fora. Em
outras palavras, eles não têm relação direta com o trigo, como os minerais, chuva ou sol, mas
são estranhos a ele, como as coisas próximas ou eventos externos, como o granizo, vento, etc.

E você encontra esses quatro fatores comBinahndo-se ao longo do crescimento do trigo. Cada
estado particular que o trigo está sujeito, durante esse tempo torna-se condicionado por todos os
quatro fatores, a qualidade e a quantidade de cada estado é determinado por eles. E como já
retratado no trigo, então essa é a regra em todos os surgimentos no mundo, mesmo em
pensamentos e idéias.

Se, por exemplo, nós imaginamos algum conceito sobre um determinado indivíduo, como o fato
de uma pessoa ser religiosa ou não religiosa, ou ser uma extrema ortodoxa ou não ser tão
extrema, ou estar a meio termo, vamos entender que esse estado é determinado nesta pessoa
através dos quatro fatores já citados.

Posses Hereditárias

A causa da primeira razão é a fonte, que é a sua substância primeira. O homem é criado da
existência da existência, o que significa das mentes dos seus progenitores. Assim, em certa
medida, é como a cópia de livro para livro. Isso significa que quase todas as substancias que
foram recebidas e alcançadas nos pais e avós são copiadas aqui, também.

Mas a diferença é que eles estão em uma forma abstrata, bem como a semeadura do trigo, que
não está apto para a sementeira até que tenha apodrecido e despido de sua forma anterior. Assim
é o caso com a gota de sêmen de que o homem nasce: não há nada nele das formas de seus
antepassados, somente uma força abstrata.

Para as mesmas idéias, que foram conceitos em seus antepassados, transformaram-se em meras
tendências nele, chamado de "instintos" ou "hábitos", mesmo sem saber por que se faz o que se
faz. Na verdade, elas são forças escondidas que ele herdou de seus antepassados de uma
maneira que não só os bens materiais vêm até nós por meio da herança dos nossos antepassados,
mas os bens espirituais e todos os conceitos que nossos pais se envolveram, chegam até nós por
herança de geração em geração.

E daqui emerge as múltiplas tendências que encontramos nas pessoas, como a tendência a
acreditar ou criticar, a tendência de se contentar com a vida material ou desejando apenas idéias,
desprezando uma vida sem aspirações, mesquinho, complacente, insolente, ou tímido.

Todas estas imagens que aparecem nas pessoas não são sua propriedade, as quais eles tenham
adquirido, mas mera herança que foi dada a eles por seus antepassados. Sabe-se que há um lugar
especial no cérebro onde esses bens tributáveis residem. É chamado de "medula oblongata" (o
cérebro alongado), ou “subconsciente", e todas as tendências aparecem lá.

Mas porque os conceitos de nossos antepassados, adquiridos através de suas experiências,


tornaram-se meras tendências em nós, eles são considerados o mesmo que o trigo semeado, o
qual tirou a sua forma antiga e ficou nu, tendo apenas forças em potencial digno de receber as
novas formas. Em nossa matéria, essas tendências vestirão as formas dos conceitos. Esta é
considerada a primeira substância, e este é o fator primário, chamado de "fonte". Nela residem
todas as forças das tendências singulares que ele tinha herdado de seus ancestrais, que são
definidos como "herança ancestral".

Tenha em mente que algumas dessas tendências vêm em uma forma negativa, ou seja, o oposto
dos que estavam em seus antepassados. É por isso que eles disseram, "Tudo o que está
escondido no coração do pai surge abertamente no filho."

O motivo é que a fonte tira a sua forma anterior, a fim de assumir uma nova forma. Por isso,
está perto de perder as formas dos conceitos de seus ancestrais, como o trigo que apodrece no
solo perde a forma que existia no trigo. No entanto, isto ainda depende dos outros três fatores.

Influencia do Ambiente

A segunda razão é uma conduta imutável e direta de causa e efeito, diz respeito aos atributos da
própria fonte. Significando, como temos esclarecido com o trigo que apodrece no solo, o
ambiente no qual a fonte repousa, tais como solo, minerais, chuva, ar e o sol afetam a
semeadura em uma longa cadeia de causa e efeito em um processo longo e gradual, de estado a
estado, até que eles amadureçam.

E a fonte retoma a sua forma anterior, a forma de trigo, mas com diferenças na qualidade e
quantidade. Em seu aspecto geral, eles permanecem totalmente inalterados; portanto, nem
cereais ou aveia vão crescer a partir dele. Mas em seu aspecto particular, elas mudam em
quantidade, a partir de um caule emerge uma dúzia ou duas dúzias de hastes, e de qualidade,
como eles são melhores ou piores do que a forma anterior do trigo.

É a mesma coisa aqui: o homem, como uma "fonte", é colocado em um ambiente, ou seja, na
sociedade. E ele é, necessariamente, afetado por ela, como o trigo no seu ambiente, para a fonte
é apenas uma forma bruta. Assim, através do contato constante com o meio ambiente e a
sociedade, ele é gradualmente impressionado por eles através de uma cadeia de estados
consecutivos, um por um, como causa e efeito.

Neste momento, as tendências incluídas em sua origem são alteradas e tomam a forma de
conceitos. Por exemplo, se alguém herda de seus ancestrais uma tendência à mesquinhez, à
medida que ele cresce, ele constrói para si conceitos e idéias que decisivamente concluem que é
bom para uma pessoa ser mesquinho. Assim, embora seu pai seja generoso, ele pode herdar dele
a tendência negativa de ser mesquinho, porque a ausência é tão herdada quanto à presença.

Ou, se alguém herda de seus ancestrais uma tendência de ter mente aberta, ele constrói para si
idéias, e tira conclusões a partir delas, que é bom para uma pessoa ter mente aberta. Mas onde se
encontra essas opiniões e justificativas? Toma-se tudo, sem saber, de seu ambiente, porque eles
lhe dão as suas opiniões e gostos, sob a forma progressiva de causa e efeito.

Daí, considera-se como se fosse sua propriedade, que ele adquiriu através de seu livre
pensamento. Mas também aqui, como no caso do trigo, há uma parte imutável da fonte, que é no
final, as tendências que ele herdou que permanecem como estavam em seus antepassados. E isso
é chamado de "o segundo fator."

Hábito Torna-se Segunda Natureza

A terceira razão é uma conduta direta de causa e efeito, que afetam a fonte e a mudam. Porque
as tendências herdadas no homem tornam-se conceitos, devido ao ambiente, elas operam nas
mesmas direções que definem estes conceitos. Por exemplo, um homem de natureza frugal, no
qual a tendência para a avareza transformou-se em um conceito, através do ambiente, percebe a
frugalidade através de alguma definição razoável.

Vamos supor que, com essa conduta, ele se protege da necessidade de outros. Assim, ele
adquiriu uma escala de frugalidade, e quando esse medo é ausente, ele pode dispensá-lo. Assim,
ele mudou substancialmente para o melhor da tendência que ele tinha herdado de seus
antepassados. E às vezes, consegue-se erradicar completamente a tendência ruim. Isso é feito
pelo hábito, que tem a capacidade de se tornar uma segunda natureza.

Nisso, a força do homem é maior do que a de uma planta. Porque o trigo pode alterar apenas na
sua parte privada, enquanto o homem tem a capacidade de mudança, através da causa e efeito do
ambiente, mesmo no geral, ou seja, inverter completamente a tendência e transformar para o seu
oposto.

Fatores Externos

A quarta razão é uma conduta de causa e efeito que afeta a fonte por coisas que são
completamente estranhas a ela, e opera nela do lado de fora. Isto significa que estas coisas não
estão de todo relacionadas com o procedimento de crescimento da fonte, que afetam
diretamente, mas sim que operam indiretamente. Por exemplo, questões monetárias, encargos,
ou os ventos, etc., têm as suas próprias, lenta e gradual sequência de estados por meio de "causa
e efeito", e muda os conceitos do homem para melhor ou para pior.

Assim, eu configurei que os quatro fatores naturais que cada pensamento e idéia que aparece em
nós não é nada além de seus frutos. E mesmo que alguém se sentasse e contemplasse algo
durante todo o dia, ele não será capaz de adicionar ou alterar o que esses quatro fatores lhe dão.
Qualquer acréscimo que ele pode adicionar está na quantidade: se um grande intelecto ou um
pequeno. Mas, na qualidade, ele não pode adicionar nada. Isso é porque eles são os que, de
forma constrangedora, determinam a natureza e a forma da idéia e da conclusão, sem pedir a
nossa opinião. Assim, estamos nas mãos destes quatro fatores, como o barro nas mãos de um
oleiro.

Livre Escolha

No entanto, quando examinamos esses quatro fatores, descobrimos que, embora a nossa força
não seja suficiente para enfrentar o primeiro fator, a 'fonte", ainda temos a capacidade e a
liberdade de escolha para nos proteger contra os outros três fatores, pelo qual a fonte muda em
suas partes individuais, e algumas vezes em suas partes gerais, bem como, através do hábito, o
que lhe confere uma segunda natureza.

O Ambiente como um Fator

Essa proteção significa que podemos sempre acrescentar na questão de escolher o nosso
ambiente, que são os amigos, livros, professores, e assim por diante. É como uma pessoa que
tenha herdado algumas hastes de trigo de seu pai. A partir desta pequena quantidade, ele pode
crescer através de dezenas de pés, através de escolhas do ambiente para a sua "fonte", que é o
solo fértil, com todos os minerais necessários e matérias-primas que alimentam o trigo em
abundância.

Há também a questão do trabalho de melhorar as condições ambientais para atender às


necessidades da planta e do crescimento, para o sábio fará bem escolher as melhores condições
e será abençoado. E o tolo tomará o que vier antes dele, e, assim, transformará o plantio em uma
maldição em vez de uma bênção.

Assim, toda sua glória e espírito depende da escolha do ambiente para semear o trigo. Mas uma
vez que foi semeado no local selecionado, a forma absoluta do trigo é determinada de acordo
com a medida que o ambiente é capaz de fornecer.

Assim é o caso do nosso tópico, pois é verdade que o desejo não tem liberdade. Pelo contrário, é
operado pelos quatro fatores acima. E se é obrigado a pensar e analisar como eles sugerem,
sendo negada qualquer força para criticar ou mudar, como o trigo que foi semeado no seu
ambiente.

Entretanto, há liberdade no desejo inicial para escolher o ambiente, tais como livros,
guias, que dão a ele bons conceitos. Se não se faz isso, mas está disposto a entrar em qualquer
ambiente que aparece para ele e ler qualquer livro que cai em suas mãos, ele é obrigado a cair
em um ambiente ruim ou perder seu tempo com livros inúteis, que são abundantes e fáceis de
adquirir. Em conseqüência, ele será forçado em conceitos enganadores que o tornam pecador e o
condenam. Ele certamente será punido, não por causa de seus maus pensamentos ou atos,
no qual ele não tem escolha, mas porque ele não escolheu estar em um bom ambiente, no
que é definitivamente uma escolha.

Portanto, aquele que se esforça para melhorar continuamente a escolher um ambiente


melhor é digno de elogio e recompensa. Mas também aqui, não é por causa de seus bons
pensamentos e ações, que vêm a ele sem a sua escolha, mas por causa de seu esforço para
adquirir um bom ambiente, os quais lhe trazem esses bons pensamentos e ações. É como o
rabino Yehoshua Ben Perachya disse: "Faça para você mesmo um Rav, e compre para si mesmo
um amigo".

A Necessidade de Escolher um Bom Ambiente

Agora você pode entender as palavras do rabino Yossi Ben Kisma (Avot 86), que respondeu a
uma pessoa que lhe ofereceu para viver em sua cidade, e ele lhe daria milhares de moedas de
ouro para ele: "Mesmo que você me dê todo o ouro, prata e jóias no mundo, eu viverei só num
local de Torah". Estas palavras parecem demasiado sublimes para a nossa mente simples
entender, como ele poderia abandonar milhares de moedas de ouro para uma coisa tão pequena
como viver em um lugar onde não há discípulos de Torah, enquanto ele próprio era um grande
sábio que não precisava aprender com ninguém? De fato, um mistério.

Mas, como vimos, é uma coisa simples, e deve ser respeitada por todos e cada um de nós. Pois,
embora todos tenham "a sua própria fonte", as forças são reveladas abertamente apenas através
do meio ambiente em que se encontra. Isto é semelhante ao trigo semeado no solo, cujas forças
só se manifestam através de seu ambiente, que é o solo, a chuva, e da luz do sol.

Assim, o rabino Yossi Ben Kisma corretamente presumiu que, se tivesse de deixar o bom
ambiente que ele tinha escolhido e cair em um ambiente nocivo, em uma cidade onde não há
Torah, não somente seus conceitos antigos seriam comprometidos, mas todas as outras forças
escondidas em sua origem, que ele ainda não tinha revelado em ação, permaneceriam
escondidas. Isso é porque elas não estariam sujeitas a um ambiente adequado que seria capaz de
ativá-las.

E como já esclarecido acima, somente na questão da escolha do ambiente é medido o reino


do homem sobre si mesmo, e sobre isso ele deveria receber uma recompensa ou castigo.
Portanto, não se deve admirar de um sábio, como o rabino Yossi Ben Kisma em escolher o bom
e declinar o mal, e por não ser tentado por coisas materiais e corporais, como ele conclui que:
"Quando alguém morre, não leva com ele prata, ou ouro, ou jóias, mas apenas a Torah e boas
ações.”.

E nossos sábios advertiram: "Faça você mesmo um Rav, e compre para si mesmo um amigo." E
há também a escolha de livros, como já mencionado, somente sobre isso se é um repreendido ou
elogiado - em sua escolha de ambiente. Mas, uma vez que escolheu o meio ambiente, ele está
nas mãos do ambiente como o barro nas mãos do oleiro.

O Controle da Mente sobre o Corpo

Alguns sábios contemporâneos externos, depois de contemplar o assunto acima e verificar como
a mente do homem é apenas um fruto que cresce fora dos acontecimentos da vida, concluíram
que a mente não tem qualquer controlo sobre o corpo, mas só os acontecimentos da vida,
impresso nos tendões físicos do cérebro, controla e ativa o homem. E a mente de um homem é
como um espelho, refletindo as formas diante dele. E, embora o espelho seja o portador dessas
formas, não pode ativar ou mover as formas nele refletida.

Assim é a mente. Embora os eventos da vida, em todos os seus discernimentos de causa e efeito,
sejam vistos e reconhecidos pela mente, a mente não deixa de ser totalmente incapaz de
controlar o corpo, para trazê-lo em movimento, ou seja, aproximá-lo para o bem ou removê-lo
do mau. Isso ocorre porque o espiritual e o físico estão completamente distantes uns dos outros,
e não há nenhum instrumento intermediário entre eles capaz de permitir que a mente espiritual
ativasse e explore o corpo corporal, como tem sido amplamente discutido.

Mas quando eles são espertos, eles interrompem. A imaginação do homem usa a mente como o
microscópio serve ao olho: sem o microscópio, ele não veria nada de prejudicial, devido à sua
pequenez. Mas uma vez que ele tenha visto o ser prejudicial através do microscópio, o homem
se distancia do fator nocivo.

Assim, é o microscópio que leva o homem a distanciar-se do mal, e não o sentido, para o
sentido não detectar o fator nocivo. E, nessa medida, a mente controla totalmente o corpo do
homem, para evitá-lo do mal e trazê-lo perto do bem. Assim, em todos os lugares onde o
atributo do corpo falha em reconhecer o benéfico ou o prejudicial, ele só precisa da perspicácia
da mente.

Além disso, desde que o homem conhece a sua mente, que é uma conclusão verdadeira das suas
experiências da vida, ele pode, portanto, receber o conhecimento e a compreensão de uma
pessoa confiável e tomá-lo como lei, embora os eventos de sua vida ainda não tenham
revelado esses conceitos a ele. É como uma pessoa que pede o conselho de um médico e o
obedece mesmo que ele não entenda nada com sua própria mente. Assim, usa-se a mente dos
outros não menos do que se usa a própria.

Como já esclarecido acima, existem duas maneiras da Providência se certificar de que o homem
consegue o bem, o objetivo final:

A. O caminho da dor.

B. O caminho da Torah.

Toda a clareza no caminho da Torah decorre disso. Por estas concepções claras que foram
revelados e reconhecidos depois de uma longa cadeia de acontecimentos nas vidas dos profetas
e dos homens de Deus, vem um homem que se utiliza e se beneficia totalmente deles, como se
estes fossem os conceitos e os eventos de sua própria vida. Assim, você pode ver que ninguém
está isento de todas as provações que deverá experimentar antes que ele possa desenvolver a
mente clara por si mesmo. Assim, economiza-se tempo e dor.

Ele pode ser comparado a um homem doente que não quer obedecer às ordens do médico, antes
que ele entende por si mesmo como esse conselho iria curá-lo e, portanto, começa a estudar
medicina. Ele pode morrer de sua doença antes que ele aprenda medicina.

Assim é o caminho da dor versus o caminho da Torah. Aquele que não acredita que os conceitos
que a Torah e a profecia os dá sem antes ter sua auto-compreensão, deve chegar a essas
concepções por ele próprio, seguindo a cadeia de causa e efeito dos acontecimentos da vida.
Estas são experiências muito rápidas, e pode desenvolver um sentido de reconhecimento do mal
em si mesmas, como vimos, sem escolha, mas devido aos esforços para adquirir um bom
ambiente, que são levados a esses pensamentos e ações.

A Liberdade do Indivíduo

Agora chegamos a um entendimento completo e exato da liberdade do indivíduo. No entanto,


isso só diz respeito ao primeiro fator, “a fonte”, que é a primeira substância de cada pessoa, ou
seja, todas as características que herdamos de nossos antepassados e através da qual somos
diferentes uns dos outros.

Isso ocorre porque, mesmo quando milhares de pessoas compartilham o mesmo ambiente de tal
forma que os outros três fatores afetam a todos igualmente, você não vai encontrar ainda duas
pessoas que compartilham o mesmo atributo. Isso ocorre porque cada um deles tem sua própria
fonte original. Isto é como a origem do trigo: apesar dele mudar muito pelos três fatores
restantes, ainda mantém a forma preliminar de trigo e nunca assumirá a forma de outra espécie.

A Forma Geral do Progenitor Nunca se Perde

Assim é que cada "fonte" que tinha tirado a forma preliminar do progenitor e havia assumido
uma nova forma, como resultado dos três elementos que foram adicionados a ele, e que o
mudam de forma significativa, ainda permanece com a forma geral do progenitor, e nunca vai
assumir a forma de outra pessoa que se assemelha a ele, assim como aveia, nunca lembra o
trigo.

Isto é assim porque cada fonte é, em si, uma longa seqüência de gerações composto de várias
centenas de gerações, e a fonte inclui as concepções de todos eles. No entanto, elas não são
reveladas nelas da mesma forma que apareceram nos antepassados, isto é, sob a forma de idéias,
mas apenas como formas abstratas. Portanto, eles existem nele, sob a forma de forças abstrata
chamada "tendências" e "instintos", sem ele saber a razão ou por que ele faz o que ele faz.
Assim, nunca pode haver duas pessoas com o mesmo atributo.

A Necessidade de Preservar a Liberdade do Indivíduo

Saiba que esta é uma verdadeira posse do indivíduo, que não deve ser prejudicada ou alterada.
Isto porque o fim de todas estas tendências, que estão incluídos na fonte, é para materializar-se e
assumir a forma de conceitos, quando este indivíduo cresce e obtém uma mente própria, como
resultado da lei da evolução, que controla a cadeia e pede-se sempre para frente, como é
explicado no artigo "A Paz". Além disso, nós aprendemos que cada e toda tendência é obrigada
a se transformar em um sublime e imensamente importante conceito.

Assim, quem elimina a tendência de um indivíduo e a arranca, ela provoca a perda desse
conceito sublime e maravilhoso do mundo, destinado a surgir no final da cadeia, para que a
tendência nunca mais surja em qualquer outro corpo. Por conseguinte, temos de compreender
que quando uma tendência particular toma a forma de um conceito, já não pode ser distinguido
como boa ou má. Isso ocorre porque tais distinções são reconhecidas apenas quando eles ainda
são tendências ou conceitos imaturos, e de nenhuma maneira eles são reconhecidos quando eles
assumem a forma de conceitos de verdade.

Do acima, nós aprendemos que um terrível erro inflige àquelas nações que forçam o seu reinado
sobre as minorias, privando-os da liberdade, sem que lhes permita viver suas vidas pelas
tendências que herdaram dos seus antepassados. Eles são considerados não menos que
assassinos...

E mesmo aqueles que não acreditam na religião ou na orientação intencional podem


compreender a necessidade de preservar a liberdade do indivíduo, observando os sistemas da
natureza. Para que possamos ver como todas as nações que nunca caíram, ao longo das
gerações, chegou a isso apenas devido à opressão das minorias e os indivíduos, que tinham,
portanto, se rebelado contra eles e arruinou-os. Por isso, é claro para todos que a paz não pode
existir no mundo se não levarmos em consideração a liberdade do indivíduo. Sem ele, a paz não
será sustentável e a ruína prevalecerá.

Assim, temos claramente definida a essência do indivíduo com maior rigor, após a dedução de
tudo o que ele tem do público. Mas agora estamos diante de uma pergunta: "Quando, no fim, é o
próprio indivíduo?" Tudo o que temos dito até agora sobre o indivíduo é percebido como apenas
a propriedade do indivíduo, herdada de seus antepassados. Mas onde está o próprio indivíduo, o
herdeiro e o portador dessa propriedade, que exige sua propriedade seja guardada?

De tudo o que foi dito até agora, ainda temos de encontrar o ponto de "self" no homem, que está
diante de nós como uma unidade independente. E por que eu preciso do primeiro fator, que é
uma longa cadeia de milhares de pessoas, um após o outro, de geração em geração, com qual
nós definimos a imagem do indivíduo como um herdeiro? E o que eu preciso de três outros
fatores, que são as milhares de pessoas, um ao lado do outro na mesma geração? No final, cada
indivíduo não é mais que uma máquina pública, sempre pronto para servir o público como lhe
aprouver. Significa que, ele tornou-se subordinado a dois tipos de público:

A. A partir da perspectiva do primeiro fator, ele tornou-se subordinado a um público grande de


gerações passadas, um após o outro.

B. Do ponto de vista dos três outros fatores, tornou-se subordinado ao seu público
contemporâneo.

Esta é certamente uma questão universal. Por esta razão, muitos se opõem ao método natural
acima, embora conheçam completamente a sua validade. Em vez disso, eles escolhem métodos
metafísicos, ou o dualismo, ou transcendentalismo, para representar para si algum objeto
espiritual e como ela se instala dentro o corpo, na alma do homem. E é essa alma que aprende e
que opera o corpo, e é a essência do homem, o seu "eu".

E talvez essas interpretações possam aliviar a mente, mas o problema é que eles não têm
solução científica a respeito de como um objeto espiritual pode ter qualquer contacto com os
átomos físicos para trazê-los em qualquer tipo de movimento. Toda sua sabedoria não ajudaram
a encontrar uma ponte em que para atravessar a fenda larga e profunda que se espalha entre a
entidade espiritual e corporal do átomo. Assim, a ciência não ganhou nada em todos estes
métodos metafísicos.

O Desejo de Receber – Existência da Ausência

Para mover aqui um passo em frente de uma maneira científica, tudo o que precisamos é a
sabedoria da Cabalá. Isto porque todos os ensinamentos do mundo estão incluídos na sabedoria
da Cabalá. No que diz respeito luzes espirituais e vasos, nós aprendemos que a inovação
primária, do ponto de vista da criação, que Ele criou a existência de ausência, aplica-se a um
único aspecto, definida como a "vontade de receber." Todos os outros assuntos em toda a
Criação não são inovações; não são a existência da ausência, mas a existência de existência. Isso
significa que eles expandem diretamente de Sua essência, como a luz se expande do sol. Aqui,
também, não há nada de novo, pois o que é encontrado no núcleo do sol se estende
externamente.
No entanto, a vontade de receber é completa novidade. Significando, antes da criação de tal
coisa não existia na realidade, uma vez que Ele não tem nenhum aspecto do desejo de receber,
como Ele precede tudo, por isso, de quem ele iria receber?

Por esta razão, este desejo de receber, que Ele extraiu como a existência de ausência, é a
novidade completa. Mas todo o resto não é considerado uma inovação que poderia ser chamado
de "Criação." Portanto, todos os vasos e os corpos, tanto do mundo espiritual e do mundo físico,
são considerados espirituais ou substância corpórea, cuja natureza é a vontade de receber.

Duas Forças no desejo de Receber: Força de Atração e Força de Rejeição

Você precisa determinar ainda que nós distinguimos duas forças nesta força chamada "desejo de
receber":

A. A força da atração

B. A força da rejeição.

A razão é que cada órgão, ou vaso, definido pelo desejo de receber é de fato limitado, o que
significa a qualidade que irá receber e a quantidade que irá receber. Portanto, toda a quantidade
e qualidade que estão fora de suas fronteiras parece ser contra a sua natureza, portanto, rejeita-
as. Assim, essa "vontade de receber", embora seja considerada uma força de atração, é obrigada
a se tornar uma força de rejeição, também.

Uma Lei para Todos os Mundos

Embora a sabedoria da Cabalá não mencione nada do nosso mundo corpóreo, ainda há uma
única lei para todos os mundos (como está escrito no artigo, "A Essência da Sabedoria da
Cabalá", seção "A lei ou Raiz e Ramos"). Assim, todas as entidades corpóreas do nosso mundo,
ou seja, tudo dentro desse espaço, seja ele inanimado, vegetativa, animal, um objeto espiritual
ou um objeto corpóreo, se quisermos distinguir o único aspecto original, de cada um deles,
como se diferenciam um do outro, mesmo na menor das partículas, que equivale a não mais do
que um "desejo de receber." Esta é a sua forma particular completa, sob a perspectiva gerada a
partir da Criação, limitando-o em quantidade e qualidade. Como resultado, há uma força de
atração e força rejeição nele.

No entanto, outra coisa que exista que está para além destas duas forças é considerada a graça
de Sua essência. Essa generosidade é igual para todas as criaturas, e não apresenta qualquer
inovação, diz respeito à Criação, já que amplia a existência da existência.

Além disso, não pode ser atribuída a qualquer unidade em particular, mas apenas para as coisas
que são comuns a todas as partes da Criação, pequenas ou grandes. Cada um deles recebe a
recompensa de acordo com a sua vontade de receber, e essa limitação define cada indivíduo e a
unidade.

Assim, eu tenho evidentemente - de uma perspectiva puramente científica – comprovado o


"self" (ego) de cada indivíduo em uma método científico, completamente a prova de crítica,
mesmo de acordo com o sistema dos materialistas, fanáticos, automáticos. De agora em diante,
não temos necessidade desses métodos imperfeitos mergulhado em metafísica.
E, claro, não faz diferença se essa força, sendo o desejo de receber, é um resultado e um fruto do
material que tinha produzido através da química, ou que o material é um resultado e um fruto
dessa força. Isto é porque nós sabemos que a principal coisa é que somente esta força, impressa
em cada ser e átomo e do “desejo de receber”, no âmbito de seus limites, é a unidade onde é
separado e distinto do seu ambiente. E isto é verdade tanto para um único átomo ou de um
grupo de átomos, chamado “um corpo”.

Todos os outros discernimentos em que há um excedente dessa força que não estão relacionados
de alguma forma para essas partículas ou esse grupo de partículas, com relação a si, mas apenas
em relação ao todo, que é a graça estendida a eles a partir do Criador que é comum a todas as
partes da Criação em conjunto, sem distinção de corpos específicos criados.

Agora vamos entender a questão da liberdade do indivíduo, de acordo com a definição do


primeiro fator, que chamamos de "fonte", onde todas as gerações anteriores, que são os
antepassados desse indivíduo, tem impresso sua natureza. Como já esclarecido, o significado da
palavra "indivíduo", não é mais que os limites do desejo de receber, impresso em seu grupo de
moléculas.

Assim, você verá que todas as tendências que herdou de seus antepassados são, na verdade não
mais do que os limites de sua vontade de receber, relacionadas com a força de atração por ele,
ou para rejeitar a força nele, que aparecem diante de nós como tendências para avareza ou
generosidade, tendência a misturar-se ou a permanecer isolado, e assim por diante.

Por causa disso, eles realmente são seus self (ego), lutando por sua existência. Assim, se nós
eliminarmos uma só tendência de um indivíduo, nós estamos considerando como cortar um
órgão real de sua essência. E também é considerado uma verdadeira perda para toda a Criação,
pois não há outro como ele, nem nunca haverá como ele no mundo inteiro.

Depois temos completamente esclarecido o justo direito do indivíduo de acordo com as leis
naturais, vamos voltar e ver o quão prático é, sem comprometer a teoria da ética e da
diplomacia. E o mais importante: como esse direito é aplicado por nossa sagrada Torah.

Seguindo o Coletivo

Nossas escrituras dizem: "Siga o coletivo." Isso significa que sempre que há uma disputa entre o
coletivo e o individual, somos obrigados a decidir segundo a vontade do coletivo. Assim, você
vê que o coletivo tem o direito de expropriar a liberdade do indivíduo.

Mas somos confrontados com uma pergunta diferente aqui, ainda mais grave do que o primeiro.
Parece que esta lei regride a humanidade ao invés de promovê-la. Isto porque, enquanto a
maioria da humanidade está ainda pouco desenvolvida, e os mais desenvolvidos são sempre
uma pequena minoria, se você sempre determinar de acordo com a vontade do coletivo, que são
pouco desenvolvidos, e os mais imprudentes, as opiniões e desejos dos sábios e desenvolvidos
na sociedade, que são sempre a minoria, nunca será ouvidos e não serão levados em
consideração. Assim, lacra o destino da humanidade para regressão, pois não será capaz de fazer
sequer um único passo em frente.

No entanto, como é explicado no artigo, "A Paz”, secção, "Necessidade de praticar o cuidado
com as Leis da Natureza", uma vez que somos ordenados pela Providência para levar uma vida
social, tornamo-nos obrigados a observar todas as leis referentes para o sustento da sociedade. E
se formos um pouco negligente, a natureza vai se vingar em nós, independentemente de
havermos ou não compreendido as razões para as leis.

E podemos ver que não há outra solução para se viver em sociedade, exceto na sequência da lei
de "Tomar após o coletivo", que define cada disputa e tribulação na sociedade. Assim, esta lei é
o único instrumento que dá sustentabilidade social. Por esta razão, é considerado um dos
naturais Mitzvot (mandamentos) da Providência, e devemos aceitá-lo e guardá-lo
cuidadosamente, independentemente do nosso entendimento.

Isso é semelhante a todas as outras Mitzvot da Torah: todos eles são leis da natureza e de Sua
Providência, que nos vêm de Cima para baixo. E eu já descrevi ("A Essência da Sabedoria da
Cabalá," A Lei ou Raiz e Ramo) como todas as obstinações que nós detectamos no
comportamento da natureza neste mundo é somente porque elas são estendidas e tomadas das
leis e condutas dos Mundos Superior, Espirituais.

Agora você pode entender que as Mitzvot da Torah não são mais do que os conjuntos das leis e
condutas dos Mundos Superiores, que são os rizomas de todas as condutas da natureza neste
nosso mundo. As leis da Torah sempre correspondem às leis da natureza neste mundo como
duas gotas em uma lagoa. Assim, temos provado que a lei, "Tomar após o coletivo" é a lei da
Providência e da natureza.

O Caminho da Torá e o Caminho da Dor

No entanto, a nossa pergunta sobre a regressão, que surgiu a partir desta lei, ainda não está
resolvida por estas palavras. Na verdade, esta é a nossa preocupação, de encontrar formas de
consertar isso. Mas a Providência, por si só, não perde por causa disso, por isso a humanidade
tem envolvido em dois caminhos: o "Caminho da Torah", e "Caminho da Dor" de uma forma
que garante o desenvolvimento contínuo da humanidade e do progresso em direção à meta sem
reservas ("A Paz", Tudo está no depósito). De fato, obedecendo a essa lei é um compromisso,
natural e necessário.

O Direito Coletivo de desapropriar a liberdade do indivíduo

Devemos perguntar ainda: as coisas se justificam quando os assuntos giram em torno de


questões entre as pessoas. Então, podemos aceitar o direito de "seguir o coletivo", através da
obrigação da Providência, que nos ensina a procurar sempre o bem-estar e felicidade dos
amigos. Mas a Torah nos obriga a obedecer à lei de "seguir o coletivo" em disputas entre o
homem e Deus, bem como, embora estes assuntos parecem completamente alheios à existência
da sociedade.

Portanto, a questão ainda permanece: como podemos justificar esta lei, o que nos obriga a
aceitar a opinião da maioria, que é, como já dissemos, não desenvolvida, e para rejeitar e anular
o parecer dos desenvolvidos, que são sempre uma pequena minoria?

Mas, como temos mostrado ("A Essência da Religião Sua finalidade," Desenvolvimento
Consciente e Desenvolvimento Inconsciente), a Torah e as Mitzvot foram dadas apenas para
purificar Israel, para desenvolver em nós o sentimento de reconhecimento do mal, impressa em
nós no nascimento, que é geralmente definido como o nosso amor-próprio, e para vir ao puro
bom definido como o "amor aos outros", que é uma e única passagem para o amor de Deus.
Assim, os preceitos entre o homem e Deus são consideradas ferramentas que o homem separar o
amor próprio, que é prejudicial para a sociedade. Assim, é óbvio que os tópicos de disputa em
relação Mitzvot entre o homem e Deus referem-se ao problema da sustentabilidade da
sociedade. Assim, eles também caem no âmbito da "Tomar após a coletiva."

Agora podemos entender o procedimento de discriminar entre Halachá (lei judaica) e Agadah
(lendas). Isso ocorre porque somente em Halachot (plural de Halachá), acontece à lei
"individual e coletivo, Halachá (lei) como o coletivo" se aplica. Não é assim no Agadah, uma
vez que questões de Agadah estão acima de assuntos que dizem respeito à existência da
sociedade, porque elas falam exatamente da questão da conduta do povo em questões relativas
ao homem e Deus, na mesma parte onde a existência e felicidade física da sociedade não tem
qualquer consequência.

Assim, não há qualquer justificação para o coletivo anular o ponto de vista do indivíduo e "cada
um fazia o que era direito aos seus próprios olhos." Mas com respeito à Halachot que tratam de
observar as Mitzvot da Torah, todos os que se inserem no âmbito da fiscalização da sociedade,
uma vez que não pode haver qualquer ordem, mas por meio da lei, "Tomam após o coletivo."

Na Vida social, a lei, "Tome após o coletivo"

Agora chegamos a um entendimento claro da sentença relativa à liberdade do indivíduo. De


fato, há uma pergunta: "Onde é que o coletivo tem o direito de expropriar a liberdade do
indivíduo e negar-lhe a coisa mais preciosa na vida, a liberdade?" Aparentemente, não há mais
do que força bruta aqui.

Mas como temos claramente explicado acima, é uma lei natural e do decreto da Providência. E
porque a Providência obriga cada um de nós para conduzir uma vida social, segue-se
naturalmente que cada pessoa é obrigada a assegurar a existência e o bem-estar da sociedade. E
isso não pode existir, se não por imposição da conduta de "Seguir o coletivo", ignorando a
opinião do indivíduo.

Assim, você vê que, evidentemente, essa é a origem de todo o direito e a justificativa de que o
coletivo tem de expropriar a liberdade do indivíduo contra a sua vontade, e colocá-lo sob a sua
autoridade. Portanto, entende-se que no que diz respeito a todos aqueles assuntos que não dizem
respeito à existência da vida material da sociedade, não há, de nenhuma maneira, justificativa
para o coletivo para roubar e abusar da liberdade do indivíduo. E se eles fizerem isso, eles são
considerados ladrões e ladrões que preferem a força bruta a qualquer direito e justiça no mundo,
já que aqui a obrigação do indivíduo a obedecer à vontade do coletivo não se aplica.

Na vida espiritual, "Tome depois do individual"

Acontece que, no que se refere à vida espiritual, não há obrigação natural no indivíduo a
respeitar a sociedade de qualquer forma. Pelo contrário, aqui se aplica um direito natural sobre o
coletivo, para submeter-se ao individual. E isso é esclarecido no artigo, "A Paz", que há duas
maneiras pelas quais a Providência nos envolve e rodeia, para nos levar até o fim:

A. Um caminho de dor, o qual nos desenvolve desta forma inconsciente.


B. Um caminho de Torah e da sabedoria, que, conscientemente, desenvolve-nos desta maneira,
sem agonia ou coerção.

E já que o mais desenvolvido na geração é, certamente, o indivíduo, segue-se que quando o


público quer aliviar-se da agonia terrível e assumir consciente e voluntário desenvolvimento,
que é o caminho da Torah, eles não têm escolha senão submeter-se e sua liberdade física para a
disciplina do indivíduo, e obedecer às ordens e os remédios que ele vai oferecer-lhes.

Portanto, você vê que em questões espirituais, a autoridade do coletivo é derrubada e a lei do


"Seguir o indivíduo" é aplicado, isto é, o indivíduo desenvolvido. Pois é fácil constatar que os
desenvolvidos e os educados em todas as sociedades são sempre uma pequena minoria. Daqui
se conclui que o sucesso e o bem-estar espiritual da sociedade são engarrafados e selados nas
mãos de uma minoria.

Assim, o coletivo é obrigado a guardar escrupulosamente todas as opiniões de alguns, para que
eles não pereçam do mundo. Isso é porque eles devem saber com certeza, em total confiança,
que o mais fiel e mais desenvolvido nunca são vistas na autoridade das mãos do coletivo, mas
sim nas mãos dos mais fracos, ou seja, nas mãos da minoria indistinguíveis. Isso é porque toda a
sabedoria e toda preciosidade vem ao mundo em pequenas quantidades. Portanto, somos
alertados para preservar as visões de todos os indivíduos, devido à incapacidade do coletivo
para dizer o certo do errado entre eles.

A crítica traz o sucesso; falta de crítica causa degeneração

Devemos ainda acrescentar que a realidade apresenta aos nossos olhos oposições extremas entre
coisas físicas e os conceitos e idéias sobre o tema acima. Para a questão de unidade social, que
pode ser a fonte de toda alegria e sucesso, aplica-se especialmente entre os corpos e as questões
corporais nas pessoas, e a separação entre elas é a fonte de todas as calamidades e desgraças.

Mas, com conceitos e idéias, é o contrário: a unidade e a falta de crítica são consideradas como
a fonte de todos os fracassos e obstáculo para todos os progressos e adubação didáticos. Isso
ocorre porque tirar as conclusões certas depende, sobretudo na multiplicidade dos desacordos e
separação entre as opiniões. Quanto mais contradições existem entre as opiniões e quanto mais
críticas existam, mais o conhecimento e a sabedoria aumentam e as questões tornam-se mais
adequado para análise e esclarecimento.

A degeneração e o fracasso da inteligência se originam da falta de crítica e discordância. Assim,


evidentemente, toda a base do sucesso física é a medida da unidade da sociedade, e a base para
o sucesso da inteligência e do conhecimento é a separação e discordância entre eles.

Acontece que quando a humanidade atinge o seu objetivo, com relação ao sucesso dos corpos,
trazendo-lhes o grau de amor completo dos outros, todos os corpos do mundo se unirão em um
só corpo e um só coração, como está escrito no artigo, "A Paz". Só então é que toda a felicidade
para a humanidade tornar-se revelado em toda sua glória.

Mas contra isso, devemos estar atentos para se aproximar tanto das opiniões das pessoas até que
o desacordo e a crítica possam ser separados do sábio e do erudito, porque o amor do corpo
naturalmente traz com ele a proximidade de pontos de vista. E se a crítica e a discordância
desaparecem, todo o progresso em conceitos e idéias sumirá, também, e fonte de conhecimento
do mundo irá secar.
Esta é a prova do dever de cuidado com a liberdade do indivíduo em relação aos conceitos e
idéias. Pois todo o desenvolvimento da sabedoria e do conhecimento baseia-se na liberdade do
indivíduo. Assim, somos alertados para preservá-la com muito cuidado, para cada forma dentro
de nós, que nós chamamos "indivíduo", isto é, a força particular de uma única pessoa,
geralmente chamado de "vontade de receber."

Herança Ancestral

Todos os detalhes das imagens que este desejo de receber inclui que temos definido como a
"fonte", ou a Primeira Razão, cujo significado inclui todas as tendências e costumes herdados de
seus antepassados, a imagem que nós, como uma longa cadeia de milhares de pessoas que uma
vez estiveram vivos, e que ficam uma em cima da outra. Cada um deles é uma gota essencial de
seus antepassados, e esta gota traz a cada pessoa todos os bens espirituais dos seus antepassados
em sua "medulla oblongata" (o cérebro alongada), chamado de "subconsciente." Assim, o
indivíduo diante de nós tem, em seu subconsciente, todos os milhares de herança espirituais de
todos os indivíduos representados nessa cadeia, que são seus antepassados.

Assim, tal como o rosto de cada pessoa é diferente, suas posições divergem. Não há duas
pessoas na terra, cujos pareceres são idênticos, pois cada pessoa tem um grande e sublime porte
herdado de seus antepassados, e os quais outros não têm fragmentos deles.

Portanto, todos os bens são considerados como propriedade do indivíduo e a sociedade deve ser
alertada para preservar seu sabor e espírito, de modo a não ser ofuscada pelo seu ambiente. Ao
contrário, cada indivíduo deve manter a integridade de sua herança. Então, a contradição e
oposição entre eles permanecerão para sempre, para sempre garantir a crítica e o progresso da
sabedoria, que é a vantagem da humanidade e seu desejo de verdade eterna.

E depois chegamos a certo grau de reconhecimento no egoísmo do homem, que nós


determinamos como uma força e uma "vontade de receber", sendo o ponto essencial do ser
despido, também aprendemos bastante claro, de todos os lados, a posse original de cada corpo, o
que nós definimos como "herança ancestral." Isso vale para todas as tendências potenciais e
qualidades que entraram em sua "fonte" por herança, que é a primeira substância de cada
pessoa, isto é, a semente inicial de seus antepassados. Agora vamos esclarecer os dois
discernimentos na vontade de receber.

Dois discernimentos: a) O potencial, B) Real

Primeiro, devemos entender que embora esse egoísmo, que temos definido como o "desejo de
receber", é a própria essência do homem, não pode existir na realidade, nem por um segundo.
Para o que chamamos de "potencial", significa antes que emerja do potencial para o real, só
existe em nosso pensamento, o que significa que somente o pensamento pode determiná-lo.

Mas, na verdade, não pode haver qualquer força real no mundo que está adormecido e inativo.
Isso ocorre porque a força existe na realidade, apenas quando é revelada em ação. Pela mesma
razão, não se pode dizer sobre uma criança que é muito forte quando ele não consegue levantar
nem mesmo um peso leve, mas você pode dizer que você vê nessa criança que, quando ela
crescer, se manifestará grande força.

No entanto, devemos dizer que a força que encontramos no homem quando ele está crescido
esteve presente em seus órgãos e em seu corpo mesmo quando ele ainda era um bebê, mas a
força tinha estado escondida e não era aparente. É verdade que em nossas mentes podemos
determinar (os poderes destinados a manifestar-se), pois a mente, afirma ele. No entanto, no
próprio corpo atual do bebê não há nenhuma força, já que nenhuma força se manifesta nas ações
da criança.

Assim é com apetite. Esta força não aparecerá no corpo de um homem na realidade atual,
quando os órgãos não podem comer, ou seja, quando ele está saciado. Mas, mesmo quando se
está saciado, a força de apetite existe, mas está escondido no corpo do homem. Depois de algum
tempo, quando a comida tinha sido digerida, ela reaparece e se manifesta de potencial para real.

No entanto, tal sentença, de determinar uma força potencial que ainda não foi revelado, na
realidade, pertence à conduta pelo qual o pensamento percebe. Mas não existe na realidade, uma
vez que, quando saciado, sentimo-nos muito claramente que a força de apetite se foi, e se você
procurar por ela, você não achará em nenhum lugar.

Acontece que não podemos exibir um potencial como um sujeito que existe em si, mas apenas
como um predicado. Assim, quando uma ação ocorre na realidade, nessa hora a força se
manifesta na ação.

No entanto, nós, necessariamente, encontramos duas coisas aqui, no processo de percepção: um


sujeito e um predicado, ou seja, potenciais e reais, tais como a força de apetite, que é o sujeito, e
a imagem do prato, que é o predicado e a ação. Na realidade, porém, elas vêm como uma. Isso
nunca vai acontecer que a força de apetite irá aparecer em uma pessoa, sem imaginar o prato
que deseja comer. Assim, estas são duas metades da mesma coisa. A força de apetite deve vestir
nessa imagem. Você, portanto, vê que o sujeito e o predicado são apresentados de uma só vez, e
tornam-se ausentes de uma vez.

Agora entendemos que o desejo de receber, que apresentamos como o egoísmo, não significa
que ela existe em uma pessoa, como uma força ardente que deseja receber na forma de um
predicado passivo. Pelo contrário, isso pertence ao sujeito, que veste a imagem do objeto
comestível, e cuja operação aparece sob a forma da coisa sendo comida, e na qual as veste. Nós
chamamos essa ação, "desejo", que significa a força de apetite, revelada na ação da imaginação.

E assim é com o nosso tema - a vontade geral de receber, que é a essência do homem. Afigura-
se e existe somente através de vestir-se nas formas dos objetos que são susceptíveis de serem
recebidos. Pois então ele existe como sujeito, e em nenhuma outra maneira. Nós chamamos essa
ação, “vida”, no sentido de vida do homem, o que significa que a força do desejo de receber se
veste e age dentro dos objetos desejados. E a medida da revelação desta ação é a medida de sua
vida, como já explicado no ato que chamamos de ‘desejo”.

Duas Criações: A) Homem, B) A Alma Vivente

Do acima exposto, podemos entender claramente o verso: "E o Senhor Deus formou o homem
do pó da terra, e soprou em seus narizes o fôlego da vida, e o homem tornou-se um vivente
(CChaya) alma (Nefesh)" (Gênesis 2:7). Aqui encontramos duas criações:

A. O próprio homem;

B. A própria alma vivente


E o verso diz que no começo, o homem foi criado como pó da terra, uma coleção de moléculas
em que reside a essência do homem, ou seja, sua vontade de receber. Essa força, a vontade de
receber, está presente em cada elemento da realidade, como já explicado acima. Além disso,
todos os quatro tipos: inanimado, vegetativo, animado e falante surgiu a partir deles. A este
respeito, o homem não tem vantagem sobre qualquer parte da criação, e este é o significado do
verso nas palavras: "pó da terra."

No entanto, já vimos que essa força, chamada "vontade de receber", não pode existir sem se
vestir e agir em um objeto desejado, e esta ação é chamada de "vida". E, nesse sentido, vemos
que antes do homem ter chegado à forma humana de recepção do prazer, que diferem dos outros
animais, ele ainda é considerado uma pessoa, sem vida, pessoa morta. Isso ocorre porque o seu
desejo de receber não tem lugar em que se vestir e manifestar suas ações, que são as
manifestações da vida.

Este é o significado do verso”, e lhe soprou nas narinas o sopro da vida", que é a forma geral de
recepção adequada para os seres humanos. A palavra, Nishmat, (respiração) vem da palavra,
Samin, (colocação), o terreno para ele, que é como "valor". E a origem da palavra "sopro" é
entendida a partir do versículo (Jó 33:4): "O espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-
Poderoso me deu vida", e veja o comentário do MALBIM lá. A palavra "alma" (Neshama) tem
a mesma estrutura sintática que as palavras, "em falta" (Nifkad), "acusado" (Ne'esham), e
"acusado" (Ne'eshama - termo feminino de Ne'esham).

E o significado das palavras, "e soprou em seus narizes" é que Ele infunde uma alma
(Neshama), em sua internalidade e uma valorização da vida, que é a soma das formas que são
dignos de acolhimento em sua vontade de receber. Então, essa força, a vontade de receber,
fechado em suas moléculas, encontrou um lugar em que se vestir e agir, no sentido dessas
formas de recepção que ele tinha obtido do Criador. E esta ação é chamada de "vida", como já
explicado acima.

E o verso termina, “e o homem se tornou uma alma vivente." Isto significa que desde que o
desejo de receber começou a atuar através de medidas das formas de recepção, de imediato, a
vida manifestou-se nele e ele "tornou-se uma alma vivente." Entretanto, antes da realização das
formas de recepção, embora a força de vontade para receber tenha sido gravada nele, ainda é
considerado um corpo sem vida, uma vez que não tem lugar no qual a aparecer e se manifestar
na ação.

Como vimos acima, embora a essência do homem seja apenas o desejo de receber, ainda é tido
como metade de um todo, pois deve vestir-se em uma realidade que vem a caminho. Por esse
motivo, ele e a imagem do poder que representa, são literalmente um, de outro modo não seria
capaz de existir por um momento.

Portanto, quando a máquina do corpo está em seu pico, ou seja, até a sua meia-idade, o seu
"ego" se ergue em toda a altura impresso nele no nascimento. Por causa disso, ele se sente
dentro de si uma grande e poderosa medida do desejo de receber. Em outras palavras, ele anseia
por uma grande riqueza e honra, e qualquer coisa que vem desta maneira. Isto é assim porque a
perfeição do ego do homem, o que atrai as formas de estruturas e conceitos que se veste e se
sustenta através deles.

Mas quando metade de sua vida vem, comece os dias do declínio, que, por seu conteúdo, são
seus últimos dias. Isto é porque uma pessoa não morre em um instante, assim como ele não
recebeu a sua vida em um instante. Em vez disso, suas velas, sendo o seu ego, definha e morre
pouco a pouco, e junto com ele morre as imagens dos bens que ele deseja receber.

Ele começa a abandonar muitas posses, ele sonhava em sua juventude, e gradualmente
abandona grandes posses, de acordo com seu declínio ao longo dos anos. Finalmente, em seus
dias de velhice, quando a sombra da morte paira sobre todo o seu ser, uma pessoa encontra a si
mesma "em tempos de nenhum recurso", já que sua vontade de receber, seu ego, secou. Apenas
uma pequena faísca que permanece escondida dos olhos, das roupas, em algumas posses.
Portanto, não há recurso ou esperança nesses dias de nenhuma imagem da recepção.

Assim, temos provado que o desejo de receber, junto com a imagem do objeto que se espera
receber, são uma e a mesma coisa. E sua manifestação é igual, sua estatura é igual, e assim é o
comprimento de suas vidas.

No entanto, há uma significativa distinção aqui na forma do rendimento no momento do


declínio da vida. Esse rendimento não é um resultado de saciedade, como uma pessoa que
abandona o alimento quando ele está saciado, mas uma conseqüência do desespero. Em outras
palavras, quando o ego começa a morrer durante o dia de declínio, ele sente a sua própria
fraqueza e se aproximando da morte. Portanto, uma pessoa solta e desiste dos sonhos e das
esperanças da sua juventude.

Observe atentamente a diferença entre este e o rendimento devido à saciedade, que não causa
dor e não pode ser chamado de "morte parcial", mas é como um trabalhador que completou o
seu trabalho. Na verdade, abandono, do desespero, está cheio de dor e tristeza, e pode, portanto,
ser chamado de "morte parcial".

Libertos do Anjo da Morte

Agora, depois de tudo o que temos aprendido, podemos encontrar uma maneira de realmente
entender as palavras de nossos sábios, quando eles disseram: "Harut (esculpida) sobre as
pedras", não pronunciá-lo Harut (esculpida), mas sim Herut (liberdade), por terem sido
libertados do anjo da morte”.

Foi explicado nos artigos, "Matan Torá" e "O Arvut", que, antes da entrega da Torah, que eles
haviam assumido o abandono de qualquer propriedade privada, na medida expressa em
palavras, "um reino de sacerdotes "e o propósito de toda a Criação - para unir-se a Ele, em
equivalência de forma com Ele: que Ele dá e não recebe, eles, também, darão e não receberão.
Este é o último grau de Dvekut (aderência), expressa nas palavras, "Nação santa", como está
escrito no final do artigo, "O Arvut".

Eu já te fiz perceber que a essência do homem, ou seja, seu egoísmo, definida como o desejo de
receber, é apenas metade da coisa, e só pode existir quando se reveste de alguma imagem de
uma esperança para a posse ou detenção. Pois só então é a nossa matéria está completa, e pode
ser chamado de "a essência do homem."

Assim, quando os filhos de Israel foram recompensados com Dvekut completo nessa ocasião
sagrada, seus vasos de recepção foram completamente esvaziados de qualquer poder mundano e
que foram tecidos a Ele, em equivalência de forma. Isso significa que eles não têm qualquer
desejo de toda e qualquer posse, mas apenas na medida em que poderia conceder o
contentamento, por seu criador teria prazer em si.

E desde a sua vontade de receber tinha vestido de uma imagem do objeto, que tinha vestido com
ele e com ele ligado em unidade completa. Portanto, eles certamente foram libertados do anjo da
morte, a morte é necessariamente uma ausência e negação da existência de um determinado
objeto. Mas só enquanto há uma centelha que pretenda existir para seu próprio prazer é possível
dizer sobre isso que a centelha não existe, porque tornou-se ausente e morreu.

No entanto, se não houver uma faísca, como no homem, mas todas as fagulhas de sua essência
em vestir outorga de contentamento sobre o seu Criador, então ele não é nem ausente nem
morto. Pois mesmo quando o corpo é anulado, só é anulada no que diz respeito à auto-
satisfação, no qual o desejo de receber é vestida e só podem existir na mesma.

No entanto, quando ele atinge o objetivo da criação e o Criador recebe o prazer dele Sua
vontade é feito, a essência do homem, que a roupa em seu contentamento, é concedida a
eternidade completo, como Ele. Assim, ele foi recompensado com a liberdade do anjo da morte.
Este é o significado das palavras do Midrash (Midrash Raba, Shemot, 41, ponto 7): "A liberdade
do anjo da morte." E na Mishná (Avot 86): "Harut (esculpida) sobre as pedras; fazer não
pronunciá-lo Harut (esculpida), mas sim a Herut (liberdade), pois ninguém está livre, a menos
que se envolvem no estudo da Torah.”
Ocultação e Revelação da Face do Criador

A segunda ocultação a que os livros se referem como “ocultação dentro da ocultação” significa
que uma pessoa não pode ver nem mesmo as costas do Criador. Ao contrário, esta diz que o
Criador o deixou e para ele não olha mais. Ele atribui todos os sofrimentos que sente a destino
cego e a natureza, uma vez que os caminhos da Providencia se tornam tão complexos perante
seus olhos que estes o levam a negação.

Isto significa (descrição) que uma pessoa reza e faz caridade pelos seus problemas, mas não é
atendido de nenhuma forma. E precisamente quando a pessoa cessa de reza pelos seus
problemas, ela é atendida. Sempre que ele supera, acredita na Providencia e melhora suas ações,
a sorte se distancia dela e sem piedade retira-se. E quando ela nega e começa a piorar suas
ações, ela torna-se bem sucedida e se sente muito aliviada.

A pessoa não encontra seu sustento de maneira apropriada, mas enganando ou profanando o
Shabbat. Ou, todos os seus conhecidos que seguem a Torah e os Mitzvot (mandamentos) sofrem
de pobreza, doenças e são desprezados pelas pessoas. Estes seguidores dos Mitzvot parecem
para ela mal educados, com inata falta de inteligência e tão hipócritas que ela mal pode estar
entre eles sequer por um minuto.

Em contrapartida, todos os seus malvados conhecidos, que zombam de sua fé, são bem
sucedidos, prósperos e saudáveis. Eles não conhecem a doença, são inteligentes, virtuosos e de
bom temperamento. São despreocupados, confiantes e tranquilos o dia todo, todos os dias.

Quando a Providencia arranja as coisas deste modo para uma pessoa, isto é chamado de
“ocultação dentro da ocultação”. Isto porque então a pessoa cai sobre seu próprio peso e não
consegue continuar a fortalecer a crença de que a sua dor vem do Criador por alguma razão
oculta. Finalmente, ela fracassa, torna-se herética e diz que o Criador não está cuidando de Suas
criações, e tudo que transpira, transpira pelo destino e pela natureza cega. Isto é não enxergar
até mesmo as costas.

Descrição da Ocultação da Face

1. Sofrendo de problemas tais como renda deficiente, pouca saúde , humilhações, fracassando
em realizar seus próprios planos, e insatisfação emocional tal como evitar atormentar o seu
amigo.

Rezando sem ser atendido. Declinando quando melhorar suas próprias ações, e tendo sucesso
quando as torna piores. Obtendo seu sustento de maneira imprópria: enganando, roubando, ou
profanando o Shabbat.
Todos os seus conhecidos honestos sofrem de pobreza, saúde fraca, e humilhações de todo o
tipo, e os conhecidos malvados o zombo a cada dia, e gozam de saúde, riqueza e vivem uma
vida despreocupada.

Todos os seus conhecidos íntegros que seguem a Torah e os Mitzvot parecem cruéis, egoístas,
estranhos ou estúpidos e mal educados inatos, bem como hipócritas. A pessoa acha repulsivo r
estar entre eles, até mesmo no Jardim do Eden, e ela não pode suportar estar com eles mesmo
por um momento.

Uma Ocultação (descrição): Sua Face não é revelada; ou seja, o Criador não se comporta em
relação a uma pessoa de acordo com Seu Nome – O Deus que faz o Bem. Mais bem ao
contrário: uma pessoa é afligida por Ele ou sofre de baixa renda e muitas pessoas querem cobrar
suas dívidas dela e tornar sua vida mais amarga. Todo o seu dia está cheio de problemas e
preocupações. Ou ela sofre de saúde fraca, e desrespeito das pessoas. Cada projeto que ela
começa fracassa por completo, e ela está constantemente frustrada.

Desta maneira, naturalmente um pessoa não consegue ver a boa Face do Criador. Ou seja, ela
acredita que o Criador é aquele que lhe faz estas coisas, tanto como punição pela transgressão
ou para recompensá-la no final. A isto se segue o verso, “A quem o Senhor Ama, Ele corrige”, e
também “O íntegro começa com sofrimento, uma vez que o Criador deseja eventualmente
transmintir-lhe grande paz”

Ainda, a pessoa não erra dizendo que tudo isto que veio para ela pelo destino cego ou natureza
sem nenhuma razão ou consideração. Mais, ela se fortalece acreditando que o Criador, com Sua
Orientação, lhe causou tudo isto. Isto é não obstante, considerado ver as costas do Criador.

Descrição da Revelação da Face

Mas uma vez que ela tenha descoberto totalmente o tempero – A Luz que ela inala para dentro
de seu corpo – através do fortalecimento da fé no Criador, ela se torna merecedora da
Orientação com a revelação de Sua Face. Isto significa que o Criador se comporta em relação a
ela como merecedora de Seu Nome, “O Bem que Faz o Bem”

Desta forma (descrição), ela recebe de forma abundante o bem e grande paz do Criador e está
sempre satisfeita. Isto porque uma pessoa obtém seu sustento com facilidade e ao máximo,
nunca experimentando problemas ou pressões, não conhece doença, é altamente respeitada pelas
pessoas, sem grandes esforços termina plenamente qualquer plano que lhe vem à mente e é bem
sucedida em qualquer lugar onde se dirige.

E quando ela deseja obter alguma coisa, ela reza e instantaneamente é atendida, Porque Ele
atende qualquer coisa que ela exige Dele, e nenhuma oração lhe é negada. Quando uma pessoa
se fortalece através de boas ações, ela tem cada vez mais sucesso, e quando ela é negligente seu
sucesso descresse proporcionalmente.
Todos os seus conhecidos são honestos, gozam de boa renda e boa saúde. Elas são altamente
respeitadas aos olhos das pessoas e não tem qualquer tipo de preocupações. Eles estão em paz
todo o dia e a cada dia. Eles são inteligentes, verdadeiros e tão atraentes que a pessoa se sente
abençoada por estar entre eles.

Contrariamente, todos seus conhecidos que não seguem o caminho da Torah são pobres de
sustento, preocupados pelas pesadas dívidas, e não tem um simples momento de paz. Eles são
doentes, mergulhados na dor, desprezados aos olhos das pessoas. Eles parecem-lhe como
desatentos, grosseiros, mal intencionados e cruéis em relação às pessoas, enganadores e tão
bajuladores que é intolerável estar entre eles.

Seu Nome nos mostra que Ele é benevolente para todas as Suas criações em todas as formas de
benefícios, suficientes para cada recebedor entre aqueles de Israel. Certamente, o prazer de um
não é igual ao de outro. Por exemplo, quando uma pessoa se junta na sabedoria não gozará de
honra e riqueza, e aquele que não se junta na sabedoria não gozará de grandes conquistas e
invenções na sabedoria. Por esta razão Ele concede riqueza e honra para um, e conquistas
maravilhosas para outro.

Os pedidos de uma pessoa se tornam mais fortes acreditando na Sua Orientação sobre o mundo
durante o período de ocultação, a leva a contemplar os livros, a Torah, e atrair dali a Luz e o
entendimento de como fortalecer sua fé na Sua orientação. Estas iluminações e observações que
ela recebe através da Torah são chamadas “O tempero da Torah”. Quando elas são coletadas
numa certa quantidade, O Criador tem misericórdia para com ela e derrama sobre ela o espírito
que vem de Cima, e isto é, a Mais Alta Abundância.

Descrição da Revelação da Face

1. Recepção do bem abundante e da paz, e obtenção do seu sustento com a máxima facilidade.
Ela nunca sentirá a contenção ou doença, ela é respeitada em qualquer lugar que esteja, e é bem
sucedida e com facilmente atinge qualquer plano que lhe venha à mente.

2. Quando ela ora, ela é imediatamente atendida. Quando melhora seus modos, ela é bem
sucedida e quando os piora, perde seu sucesso.

3. Todos os seus conhecidos que andam no caminho certo, são ricos, saudáveis, não conhecem a
doença, são altamente respeitados pelas pessoas, e vivem em paz e tranquilidade. E os
conhecidos que não seguem o caminho certo são pobres de renda, repletos de problemas e
sofrimentos, são doentes, e são repulsivos aos olhos das pessoas.

4. Uma pessoa considera todos os conhecidos íntegros, como inteligentes, razoáveis, bem
educados, verdadeiros e tão atraentes que é muito prazeroso estar entre eles.
Prefácio do O Livro do Zohar

1) A profundidade da sabedoria contida no sagrado Livro do Zohar encontra-se fechada e


encarcerada por sob mil fechaduras, e a nossa linguagem humana, demasiado pobre para nos
oferecer expressões fidedignas e adequadas para interpretar neste livro o que ele realmente se
propõe. Além disso, o entendimento que fiz nada mais é do que uma escada para auxiliar o
estudioso a subir à altura das questões e examinar as palavras do próprio livro. Por essa razão,
considerei necessário preparar o leitor e dar a ele um direcionamento, um caminho, com
definições corretas no que se refere a como alguém deveria contemplar e estudar o livro.

2) Primeiramente, você deve saber que tudo que é dito no Livro do Zohar, e até mesmo em suas
histórias, são denominações das dez Sefirot, chamadas KHB (Keter, Chochma, Binah), HGT
(Hesed, Gvura, Tiferet), NHYM (Netzach, Hod, Yesod, Malchut), e suas variações. Assim como
as vinte e duas letras da linguagem falada, cujas variações são suficientes para revelar cada
objeto e cada conceito, os conceitos e variações dos conceitos, as dez Sefirot são suficientes
para desvelar toda a sabedoria no livro do Firmamento. Entretanto, há três limites com que se
deve ser muito prudente e não ultrapassá-los ao estudar as palavras do livro.

3) Primeiro limite: Há quatro categorias na condução do aprendizado, chamados “Matéria,”


“Forma na Matéria,” “Forma Abstrata,” e “Essência.” Ocorre o mesmo nas dez Sefirot. Saiba
que O Livro do Zohar não participa de nenhum modo da Essência e da Forma Abstrata nas dez
Sefirot, mas somente da Matéria contida nelas, ou na sua Forma, enquanto provida de Matéria.

4) Segundo limite: Distinguimos três aspectos na realidade abrangente e divina no que diz
respeito à criação das almas e à conduta de sua existência:

Ein Sof (Infinito);

O mundo de Atzilut;

Os três mundos chamados Briah, Yetzirah, e Assiahh.

Deve-se saber que O Zohar participa somente dos mundos, BYA (Briah, Yetzirah, Assiahh), e
em Ein Sof e no mundo de Atzilut, enquanto que BYA recebe deles. Contudo, O Livro do Zohar
não se refere à Ein Sof e ao mundo de Atzilut de forma alguma.

5) Terceiro limite: Há três aspectos em cada um dos mundos, BYA:

As dez Sefirot, que são a Religiosidade que brilha no mundo;

Neshamot (Almas), Ruchot (espíritos), e Nefashot (vida) 3 das pessoas;

O resto da realidade ali contida é chamada de ‘anjos’,” “corpo,” e “palácios,” cujos elementos
são inumeráveis.

3
Nota do tradutor: A tradução usual para Neshama e Nefesh é Almas, mas aqui tive que escolher uma
palavra diferente para Nefesh para distingui-la de Neshama.
Tenha em mente que embora O Zohar elucide amplamente os detalhes em cada mundo, você
deverá ainda saber que a essência das palavras do Zohar sempre focará as almas das pessoas
naquele mundo. Isso explica outros aspectos, apenas para sabermos à medida que as almas
recebem a partir deles. O Zohar não menciona sequer uma simples palavra do que não se
relaciona à recepção das almas. Logo, você deve aprender que tudo que é apresentado no Livro
do Zohar relaciona-se à recepção da alma.

E já que essas fronteiras são bastante rigorosas, caso o leitor não seja cauteloso com elas e
considere as questões fora do contexto, ele irá compreender o tópico de forma equivocada. Por
essa razão, considerei necessário questionar e expandir o entendimento dessas três fronteiras
tanto quanto pude, de forma que elas sejam entendidas por todos.

6) Você já sabe que há dez Sefirot, chamados Chochma, Binah, Tiferet, e Malchut, e sua
origem, chamada Keter. Elas são dez porque Sefira (singular de Sefirot) Tiferet contém seis
Sefirot, chamados Hesed, Gvura, Tiferet, Netzach, Hod, e Yesod. Lembre-se que onde
costumamos usar dez Sefirot, eles são HB TM.

Em geral, elas compreendem os quatro mundos ABYA, já que o mundo de Atzilut é Sefira
Chochma; o mundo de Briah é Sefira Binah; o mundo de Yetzirah é Sefira Tiferet; e o mundo de
Assiahh é Sefira Malchut. Particularmente, não é somente cada mundo que possui dez Sefirot
HBTM, mas até mesmo o menor elemento em cada mundo possui também essas dez Sefirot HB
TM.

7) O Zohar comparou essas dez Sefirot, HB TM, a quatro cores:

Branco para Sefira Chochma;

Vermelho para Sefira Binah;

Verde para Sefira Tiferet;

Preto para Sefira Malchut.

Ela assemelha-se a um espelho que tem quatro facetas pintadas nas quatro cores acima. E,
embora a luz nela seja uma, ela é colorida ao atravessar essas facetas e se transforma em quatro
tipos luz: luz branca, luz vermelha, luz verde e luz preta.

Desse modo, a Luz em todas as Sefirot é simplesmente a Divindade a Unidade, da parte de cima
de Atzilut, à parte de baixo de Assiahh. A divisão em dez Sefirot HB TM deve-se aos Kelim
(Vasos) chamados HB TM. Cada Kli (singular para Kelim) é como uma fina divisão através da
qual a Luz Divina cruza em direção aos receptores.

Por esse motivo, considera-se que cada Kli ‘pinta’ a Luz de uma cor diferente. O Kli de
Chochma no mundo Atzilut, carrega Luz branca, ou seja, incolor. Isso ocorre porque o Kli de
Atzilut é como se fosse a própria luz, e a Luz do Criador não sofre qualquer alteração ao
atravessá-la.

Este é o significado do que está escrito no Zohar sobre o mundo de Atzilut, “Ele, Sua Vida, e
Ele Mesmo são um.” Assim, a Luz de Atzilut é considerada Luz branca. Porém, quando ela se
move através do Kelim dos mundos Briah, Yetzirah e Assiahh, a Luz se modifica e se
enfraquece à medida que se move através deles para os receptores. Por exemplo, a Luz
vermelha está para Binah, que é Briah; a Luz verde, como a luz do sol, está para
Tiferet, que é o mundo de Yetzirah; e a Luz preta está para Sefira Malchut, que é o mundo de
Assiahh.

8) Complementando acima, há uma observação muito importante em relação a essa alegoria das
quatro cores. As Luzes Superiores são chamadas de Sefer (livro), como está escrito (Livro da
Criação, Capítulo Um, Primeiro Parágrafo), “Ele criou Seu mundo em três livros: Um livro, um
autor, e uma história.”

A revelação da sabedoria em cada livro não se encontra na sua ‘parte branca’, mas, sobretudo
nas cores, na tinta, da qual as letras no livro, nas comBinahções de sabedoria, chegam ao leitor.
Ao todo, há três tipos de tinta no livro: vermelha, verde, e preta.

Do mesmo modo, o mundo de Atzilut, que é Chochma, é todo Divindade, como o branco no
livro. Isso significa que não possuímos percepção em nada, mas toda a revelação no livro do
Firmamento encontra-se no Sefirot Binah, Tiferet, e Malchut, que são os três mundos BYA,
considerados a tinta no livro do Firmamento.

As letras e suas comBinahções aparecem nos três tipos de tinta mencionados acima, e é somente
através deles que a Luz Divina surge para os receptores. Ao mesmo tempo, devemos notar que o
branco no livro é o tema principal do livro, e as letras são todas “predicados” sobre o branco no
livro. Dessa forma, não tivesse sido pelo branco, a existência das letras e todas as manifestações
de Chochma nelas, não teriam sido possíveis.

Semelhantemente, o mundo de Atzilut, que é Sefirah Chochma, é o primeiro objeto de


manifestação de Chochma, que surge através dos mundos de BYA. Este é o significado de, “Na
sabedoria Tu fizeste eles todos.”

9) Dissemos acima, no terceiro limite, que o Zohar não fala do mundo interno de Atzilut e dele
mesmo, já que é considerado a parte branca do livro, mas de acordo com sua iluminação nos
três mundos BYA. Isso é assim porque é como a tinta, as letras e suas comBinahções no livro, de
duas maneiras:

Ou os três mundos BYA recebem a iluminação do mundo Atzilut em seu próprio lugar, cada vez
que a Luz for amplamente reduzida, já que ela passa através de Parsa, abaixo do mundo de
Atzilut, até que seja percebida como simples luz do Kelim de Atzilut.

Ou na forma que os mundos BYA ascendam acima de Parsa, para o lugar de Sefirot Binah,
Tiferet e Malchut de Atzilut. Nesse momento, eles revestem o mundo de Atzilut e recebem a Luz
no local em que ela resplandece.

10) Não obstante, a alegoria e a lição não são exatamente comparáveis, pois no livro de
sabedoria neste mundo, ambos, o branco e a tinta em suas letras, não têm vida. A revelação da
sabedoria causada por eles não se encontra em sua própria essência, mas fora deles, na mente do
investigador.

Porém, nos quatro mundos ABYA, que são o livro do Firmamento, todas as Luzes nas realidades
espiritual e corporal estão presentes e continuam nelas. Assim, você deveria saber que o branco
contido nele, que é o tópico deste livro, é a matéria aprendida em si, enquanto as três cores da
tinta elucidam esse tópico.
11) Aqui você deveria compreender os quatro modos de percepção, apresentados acima no
primeiro limiar:

Matéria;

Forma Revestida de Matéria;

Forma Abstrata;

Essência.

Por ora, eu os explicarei utilizando exemplos tangíveis deste mundo. Por exemplo, quando você
diz que uma pessoa é forte, verdadeira ou desonesta, etc., você tem à sua frente o seguinte:

Sua matéria, representando seu corpo;

A forma que a matéria é caracterizada, forte, verdadeira ou desonesta;

A forma abstrata. Você pode remover a forma forte, verdadeira ou desonesta da matéria daquela
pessoa e analisar essas três formas em si, destituídas de qualquer matéria ou corpo, examinando
os atributos de força, verdade e desonestidade e reconhecer mérito ou demérito nelas, enquanto
que livres de qualquer substância.

A essência da pessoa.

12) Saiba que nós não possuímos nenhuma percepção em relação ao quarto modo, a essência da
pessoa em si, sem a matéria. Isso ocorre porque nossos cinco sentidos e nossa imaginação nos
oferecem somente manifestações de ações da essência, mas não a essência em si.

Por exemplo, o sentido da visão nos oferece somente sombras da essência, já que são formadas
opostas à luz.

Semelhantemente, o sentido da audição é nada mais do que uma força do golpe de uma forma
no ar. E o ar que é rejeitado por ela, golpeia o tambor em nosso ouvido, e nós escutamos que há
forma próxima a nós.

O sentido do olfato nada mais é do que o ar que emerge da forma e atinge nossos nervos
olfativos e então nós cheiramos. Além disso, o sentido do paladar é o resultado de do contato de
alguma forma com nossos nervos gustativos.

Assim, todos esses quatro sentidos nos proporcionam manifestações de atos que se originam de
uma forma, não sendo a própria forma. Até mesmo o sentido do tato, o mais forte dos sentidos,
ao separar o quente do frio e o sólido do macio, é apenas manifestação de ações na forma; não
sendo mais do que apenas eventos da forma. Isso ocorre porque o quente pode ser resfriado e o
frio pode ser aquecido; o sólido pode ser transformado em líquido por meio de processos
químicos e o líquido pode ser transformado em ar, representando somente gás, quando qualquer
entendimento dos nossos cinco sentidos tiver findado. Logo, a essência em si ainda existe, já
que se pode transformar o ar em líquido mais uma vez, e o líquido em sólido.

Obviamente que os cinco sentidos não nos revelam qualquer essência, mas somente evidências e
manifestações de atividades da essência. Sabe-se que o que não sentimos, não podemos
imaginar; e o que não podemos imaginar, nunca irá surgir em nossos pensamentos, e não há
forma de se perceber.

Assim, o pensamento não possui nenhuma percepção na essência. Além do mais, nós nem
mesmo conhecemos a nossa própria essência. Eu sinto e sei que ocupo espaço no mundo, que
sou sólido, amoroso, e que penso, e outras manifestações de ações de minha essência. Mas se
você me perguntar sobre minha própria essência, de onde todas essas manifestações se
originam, eu não sei o que lhe responder.

Você assim nota que a Providência nos impediu de atingirmos qualquer essência. Nós atingimos
somente manifestações e imagens de ações que derivam de nossas essências.

13) Temos uma percepção plena do primeiro aspecto, que é a Matéria, representando as
manifestações das ações expressas de cada essência. Ou seja, isso nos esclarece que a essência
reside na substância, de modo que nós não sofremos de modo algum com a falta da obtenção da
essência em si.

Nós não sentimos falta disso como não sentimos falta de um sexto dedo em nossa mão. Essa
obtenção, representando a manifestação das ações da essência, é totalmente suficiente para cada
uma de nossas necessidades e aprendizado, tanto para alcançarmos o nosso próprio ser, como
para alcançarmos o todo que existe fora de nós.

14) O segundo aspecto, a Forma Revestida de Matéria, é também uma realização efetiva e
clara, já que nós a adquiramos por meio de experiências práticas e reais, que encontramos na
ação de qualquer matéria. Todo nosso conhecimento superior e determinado origina-se desse
entendimento.

15) O terceiro aspecto denomina-se Forma Abstrata. Uma vez que a forma foi revelada,
enquanto revestida de alguma matéria, nossa imaginação pode abstraí-la por inteiro e percebê-la
independente de qualquer substância, semelhantemente às virtudes e boas qualidades que
aparecem em livros éticos, onde se fala das propriedades da verdade e da mentira, da raiva,
força, etc., quando destituídos de qualquer matéria. Nós as designamos meritórias ou não,
mesmo sendo abstratas.

Você deveria saber que este terceiro aspecto não é aceito pelo erudito dito sensato, já que é não
é possível confiar nele cem por cento, por não ser provido de matéria e por ser passível de erro.

Tome por exemplo alguém com uma moral idealista, alguém que não seja religioso. Devido ao
seu profundo compromisso em relação à verdade, enquanto forma abstrata, essa pessoa poderia
decidir que mesmo que pudesse salvar as pessoas da morte, dizendo-lhes uma mentira, e mesmo
que o mundo inteiro estivesse condenado, ele não diria uma mentira deliberada. Esta não é a
visão do Torah, já que nada é mais importante do que salvar vidas (Yoma, 82a).

Certamente, se alguém tivesse aprendido as formas da verdade e da mentira quando providas de


matéria, ele iria compreender apenas em relação ao seu benefício ou prejuízo a ela.

Em outras palavras, após o mundo ter passado por muitas provações, tendo visto o grande
número de ruína e os danos que pessoas enganosas causaram com suas mentiras e o imenso
benefício que pessoas verdadeiras trouxeram, restringindo-se a dizer apenas palavras de
verdade, elas concordaram que nenhum mérito é mais importante que a qualidade da verdade, e
não há vergonha tanta quanto à falsidade.
E se o idealista tivesse entendido isso, ele certamente concordaria com a visão do Torah, e
acharia que a mentira que salva mesmo uma pessoa da morte é muito mais importante do que
todo o mérito e louvor da qualidade abstrata da verdade. Assim, não há nenhuma certeza em
todos esses conceitos do terceiro aspecto, que são formas abstratas, muito menos com formas
abstratas nunca providas de qualquer substância. Tais conceitos nada mais são que perda de
tempo.

16) Agora você aprendeu de forma completa esses quatro aspectos - Matéria, Forma na Matéria,
Forma Abstrata e Essência – de modo tangível. Foi esclarecido que não temos qualquer
percepção no quarto modo, a essência, e o terceiro modo é um conceito que pode induzir a erro.
Apenas a primeira forma, que é a Matéria, e a segunda, que é a Forma Revestida de Matéria, nos
são dadas pelo Governo Superior para a obtenção efetiva e clara.

Através deles você será capaz de perceber a existência de objetos espirituais, ou seja, os
Mundos Superiores, ABYA, uma vez que não existe um pequeno detalhe neles que não seja
dividido pelas quatro maneiras acima. Se, por exemplo, você tomar certo elemento no mundo da
Briah, há Kelim lá, de cor vermelha, através dos quais a Luz de Briah cruza para os residentes
de Briah. Assim, o Kli em Briah, que é a cor vermelha, é considerada Matéria ou objeto, ou
seja, a primeira forma.

E mesmo que seja apenas uma cor, que é uma ocorrência e manifestação de uma ação no objeto,
já dissemos que não temos a realização na Essência em si, mas apenas na manifestação de uma
ação da Essência. E nós nos referimos àquela manifestação como Essência, Matéria, corpo, ou
um Kli.

E a Luz Divina, que se move e se reveste através da cor vermelha, é a forma revestida no objeto,
representando o segundo aspecto. Por essa razão, a Luz em si parece vermelha, indicando sua
roupagem e iluminação através do objeto, considerados o corpo e a substância, ou seja, a cor
vermelha.

E se você quiser remover a Luz Divina do objeto - a cor vermelha - e discuti-la em si, sem
revestir um objeto, isto já pertence ao terceiro aspecto - Forma destituída de Matéria, que
poderia ser objeto de erros. Por esse motivo, é rigorosamente proibido estudar os Mundos
Superiores, e nenhum Cabalista genuíno se ocuparia disso, muito menos os autores do Zohar.

Isso se refere ainda mais em relação à Essência de um elemento em Briah, já que não temos
qualquer percepção, seja na essência dos objetos corpóreos, quanto mais nos objetos espirituais.

Assim você tem à sua frente quatro aspectos:

• O Kli de Briah, que é a cor vermelha, considerada o objeto ou substância de Briah;

• A roupagem da Luz Divina no Kli de Briah, que é a forma no objeto;

• A Luz Divina em si, destituída do objeto em Briah; A essência do item.


Assim, a primeira fronteira foi completamente explicada, não havendo sequer uma única palavra
dos terceiro e quarto aspectos em todo o Zohar, mas somente do primeiro e segundo aspectos.

17) Junto a ela, o segundo aspecto foi esclarecido. Saiba que como esclarecemos os quatro
aspectos em um único item no mundo de Briah, especificamente, do mesmo modo eles o são
nos quatro mundos de ABYA. As três cores : vermelho, verde, preto ,nos três mundos BYA, são
consideradas a substância ou o objeto. A cor branca, considerada o mundo de Atzilut, é a forma
revestida na matéria, nas três cores, chamada BYA.

Ein Sof em si é a essência. Isso é o que dizemos primeiramente, que não possuímos percepção
na essência, que é a quarta forma, oculta em todos os objetos, mesmo os objetos deste mundo.
Quando a cor branca não estiver revestida nas três cores em BYA, ou seja, quando a Luz de
Chochma não estiver revestida de Binah, Tiferet e Malchut, ela é forma abstrata, o que não se
refere a nós.

O Zohar não fala de maneira qualquer, mas apenas no primeiro modo, sendo as três cores BYA,
consideradas substância, a saber, os três Sefirot Binah, Tiferet e Malchut, e no segundo modo,
que são a iluminação de Atzilut, revestido nas três cores BYA, representando Luz de Chochma,
revestidas de Binah, Tiferet e Malchut, que são, por sua vez, revestidas em forma de matéria.
Esses são os dois aspectos que O Livro do Zohar diz respeito em todos os lugares.

Assim, se o leitor não for cauteloso, restringindo seu pensamento e entendimento a aprender
sempre as palavras do Zohar estritamente sob as duas formas mencionadas acima, o tópico será
prontamente mal compreendido por inteiro, pois as palavras serão tomadas fora de contexto.

18) Como os quatro modos no ABYA geral foram explicados, assim é em cada mundo, mesmo
no menor item de algum mundo, tanto no topo do mundo de Atzilut quanto na parte inferior do
mundo de Assiahh, porque há HB TM nele. Você acha que o Chochma Sefira é considerado uma
"forma" e Binah e TM são considerados a "matéria" na qual a forma se reveste, representando o
primeiro e segundo aspectos que o Zohar se refere. Porém o Zohar não se refere à Sefira
Chochma quando despido de Binah e TM, que é forma sem matéria, e muito menos à essência,
considerada Ein Sof nesse item.

Assim, nos dedicamos a Binah, Tiferet e Malchut em cada item, mesmo em Atzilut, mas não em
Keter e Chochma de cada item em si, mesmo em Malchut do fim de Assiahh, quando não
revestidos, mas apenas na medida em que revestem Binah e TM. Agora, os dois primeiros
limites foram explicados por inteiro. Tudo o que os autores do Zohar se comprometem é com a
matéria ou a forma na matéria, que é a primeira fronteira, bem como em BYA, ou a iluminação
de Atzilut em BYA, que é a segunda fronteira.

19) Agora explicaremos o terceiro limiar. O Zohar se ocupa das Sefirot em cada mundo, sendo a
Divindade que brilha nesse mundo, assim como em cada item do SVAS (Inerte, Vegetal,
Animada e da Fala), sendo as criaturas nesse mundo. Entretanto, o Zohar se refere
principalmente ao da Fala nesse mundo.
Deixe-me dar um exemplo da conduta deste mundo. É explicado na "Introdução ao Livro de
Zohar" (item 42) que as quatro formas, Inanimada, Vegetal, Animada e da Falante em cada
mundo, e até mesmo neste, são as quatro partes da vontade de receber. Cada um deles contém
seus quatro próprios tipos de SVAS (Inanimada, Vegetal, Animada e da Falante). Assim, você
percebe que uma pessoa neste mundo deve manter e ser mantida pelas quatro categorias SVAS
neste mundo.

Isso é assim porque o alimento do homem, também contém essas quatro categorias,
provenientes das quatro categorias SVAS do corpo do homem. Elas são: a) desejo de receber de
acordo com a medida necessária para a própria subsistência; b) querer mais do que o necessário
para o sustento, desejando intensamente luxos, mas restringindo-se unicamente aos desejos
físicos; c) ânsia por desejos humanos, tais como a honra e o poder; d) ânsia de conhecimento.

Essas se prolongam para as quatro partes da vontade de receber em nós:


• Querer o suprimento necessário é considerado o Inanimado da vontade de receber.

• Querer luxúrias físicas é considerado o Vegetativo da vontade de receber, uma vez que elas
vêm somente para aumentar o prazer do Kli (vaso) de alguém, que é a carne do corpo.
• Querer desejos humanos é considerado o Animado no desejo de receber, uma vez que eles
exaltam o espírito de alguém.
• Querer conhecimento é a Falante na vontade de receber.

20) Assim, na primeira categoria – a medida necessária para a própria subsistência - e na


segunda categoria, os desejos físicos que excedem a medida para o sustento de alguém – alguém
é nutrido de coisas inferiores à pessoa: o inanimado, o vegetativo e o animado. No entanto, na
terceira categoria, os desejos humanos tais como o poder e respeito, são recebidos e nutridos por
aqueles de sua própria espécie, seus semelhantes. E na quarta categoria, o conhecimento, a
pessoa recebe e é alimentada por uma categoria mais elevada do que sua própria – da sabedoria
real e do intelecto, que são espirituais.

21) Você notará semelhança nos Mundos Espirituais Superiores, uma vez que os mundos são
impressos de um para outro, de Cima para baixo. Assim, todas as categorias de SVAS no
mundo de Briah deixam sua marca no mundo de Yetzirah. Os SVAS de Assiahh são impressos a
partir dos SVAS de Yetzirah. Por último, o SVAS neste mundo é impresso a partir do SVAS do
mundo de Assiahh.

Foi explicado na "Introdução ao Livro de Zohar" (Item 42) que o inanimado nos mundos
espirituais é chamado de Heichalot (Palácios), o vegetativo é chamado Levushim
(Revestimentos ou Vestes), o animado é nomeado Mala'achim (Anjos), e a falante é
considerado Neshamot (Almas) das pessoas naquele mundo. As Dez Sefirot nesse mundo são a
Divindade.

As almas das pessoas são o centro em cada mundo, que são alimentadas pela realidade espiritual
daquele mundo, como a fala corpórea alimenta toda a realidade corpórea neste mundo. Assim, a
primeira categoria, que é a vontade que alguém tem de receber o sustento necessário, é recebida
da iluminação de Heichalot e Levushim. A segunda categoria, a animada excedente, que
aumenta um corpo, é recebida a partir da categoria de Mala'achim, que são iluminações
espirituais além da medida necessária para o sustento de alguém, para ampliar os Kelim
espirituais que sua alma reveste-se.
Assim, recebe-se a primeira e a segunda categoria de categorias inferiores à sua própria, que são
Heichalot, Levushim, e o Mala'achim, que são inferiores às humanas Neshamot (almas). A
terceira categoria, que são os desejos humanos que aumentam o espírito de alguém, é oriunda
neste mundo de sua própria espécie. O que ocorre é que se recebe de sua própria espécie
também, de todos os Neshamot naquele mundo. Através dele, aumenta-se a iluminação de
Ruach de sua alma.

A quarta categoria de desejo, por conhecimento, é recebida das Sefirot naquele mundo. Deles,
recebe-se o HBD para a alma.

Ocorre que a alma daquele homem, que está presente em cada mundo, deveria crescer e ser
completa por todas as categorias existentes naquele mundo. Essa é a terceira fronteira que
mencionamos.

Deve-se entender que todas as palavras do Zohar, em cada item dos Mundos Superiores
tratados, as Sefirot, Neshamot, Mala'achim, Levushim, e Heichalot, embora se ajustem em si
como se fossem elas próprias, deve-se considerar que são citadas primeiramente com respeito à
medida pela qual a alma humana recebe e é encorajada por elas. Logo, todos seus mundos são
conectados às necessidades da alma. E se você aprender todas as coisas de acordo com essa
linha, você entenderá e seu caminho será bem-sucedido.

22) Após isso tudo, temos ainda que explicar todos esses nomes corpóreos citados no Livro do
Zohar, referentes as dez Sefirot, assim como são acima e abaixo, ascendente e descendente,
contração e expansão, pequenez e grandiosidade, separação e união, números e gostos, que os
inferiores induzem através dos bons e maus atos nas dez Sefirot.

Estas palavras causam perplexo. Pode ocorrer de a Divindade ser afetada e modificada de
modos diferentes em função dos inferiores? Pode-se dizer que essas palavras não se referem à
Divindade em si, que se reveste e brilha nas Sefirot, mas somente aos Kelim das Sefirot, que não
é Divindade. Na realidade elas foram geradas com a criação das almas, para ocultar ou revelar
graus de realização na razão e medida apropriadas para as almas, para trazer-lhes para o fim
desejado e sua correção. Isso se assemelha à alegoria do espelho com as quatro facetas pintadas
em quatro cores: branco, vermelho, verde e preto. E há também o branco no livro, assim como o
significado das letras no livro.

Tudo isso é possível nos três mundos BYA, onde os Kelim das Sefirot são gerados e não é
Divindade. No entanto, não é correto de forma alguma, abstrair que, o mundo de Atzilut, onde
os Kelim das dez Sefirot é também Divindade completa, seja Luz Divina em si.

Está escrito no Tikkunim (correções): “Ele, Sua Vida, e Seu Eu, são um.” Ele pertence à
essência das Sefirot, que é Ein Sof. Sua Vida pertence à Luz que brilha nas Sefirot, chamada
"Luz de Chaya." Isso é assim porque todo o mundo, Atzilut, é considerado Chochma e a Luz de
Chochma é chamada de "Luz de Chaya". É por essa razão que se diz "Vida". Seu Eu refere-se
aos Kelim das Sefirot.

Assim, tudo é completa Divindade e unidade. Como então é possível perceber essas mudanças,
induzidas pelos inferiores? Ao mesmo tempo, devemos entender que se tudo é Divindade nesse
mundo e nenhuma das criaturas geradas deva ser encontrada lá, onde então perceberemos os três
entendimentos acima nos Tikkunim do Zohar - Ele, Sua Vida, e Seu Eu -, já que são unidade
completa?
23) A fim de entendimento, você deve lembrar-se do explicado anteriormente, no Item 17. Ele
coloca que um objeto necessário é uma essência de que não temos percepção, mesmo das
essências corpóreas e até da nossa própria essência, quanto mais do Necessário.

O mundo de Atzilut é a Forma e os três mundos BYA são Matéria. A Luz de Atzilut em BYA é a
Forma revestida de Matéria. Por essa razão, você pode observar que o nome Ein Sof, não é em
absoluto o nome para a essência do Necessário, já que o que não alcançamos como podemos
definir com um nome ou uma palavra?

Já que a imaginação e os cinco sentidos nada nos propõem a respeito da essência, mesmo na
corporeidade, como poderá haver um pensamento e uma palavra nela, e muito menos no
Necessário em Si? Em vez disso, devemos entender o nome Ein Sof, como nos foi definido no
terceiro limite, que tudo que o Livro do Zohar aborda, refere-se precisamente às almas (Item
21).

Assim, o nome Ein Sof, não é de maneira alguma O Necessário em Si, mas relaciona-se a todos
os mundos e almas incluídos Nele, no Pensamento da Criação, de modo que “O fim de uma
ação encontra-se num pensamento inicial”. Logo, Ein Sof é o nome da conexão com que a
Criação completa está conectada, até o fim da correção.

Isto é o que denominamos “o Primeiro Estado das almas” (“Introdução ao Livro de Zohar,” Item
13), visto que todas as almas existem Nele, preenchidas com todo o prazer e bondade, na Altura
final, quando receberão ao final da correção.

24) Deixe-me dar-lhe um exemplo da conduta deste mundo: Uma pessoa quer construir uma
bela casa. A princípio, ela vê perante si uma casa elegante com todos seus aposentos e detalhes
e como será quando a construção estiver finalizada.

Depois disso, ela faz um projeto do plano de execução, meticulosamente. No tempo devido, ela
irá explicar cada detalhe aos trabalhadores: a madeira, os tijolos, o ferro, e assim por diante.
Então ela iniciará a construção real da casa até o fim, como fora determinado antes dela, no
pensamento inicial.

Saiba que Ein Sof diz respeito ao primeiro pensamento, em que o todo da Criação já fora
retratado antes Dele em total plenitude. No entanto, a lição não é exatamente como o exemplo,
porque nele, o futuro e o presente são iguais. Nele, a idéia se completa e Ele não precisa de
ferramentas de atuação, como nós. Assim, Nele, é a realidade autêntica.

O mundo de Atzilut assemelha-se aos detalhes do plano executado, que mais tarde precisará
mostrar quando a construção da casa começará de verdade. Saiba que nestes dois, no
pensamento preliminar, que é Ein Sof, e no projeto previsto dos detalhes da execução em tempo
hábil, não há sequer um traço das criaturas, uma vez que este é inanimado em potencial, e não
de fato.

É semelhante aos humanos: embora eles calculem todos os detalhes — a madeira, os tijolos e o
metal — que será necessário para executar o plano, é essencialmente uma questão conceitual.
Não há mesmo uma evidência de qualquer madeira real ou tijolos nele. A única diferença é que
em uma pessoa, o projeto contemplado não é considerado uma realidade autêntica. Mas no
Pensamento Divino, é uma realidade muito mais genuína do que as criaturas reais.
Assim explicamos o significado de Ein Sof e do mundo de Atzilut, e que como tudo que é dito
em relação a eles diz respeito apenas à criação dos seres. Entretanto, eles são inanimados em
potencial e sua essência não foi revelada, como com a nossa alegoria sobre a pessoa que
desenhou o protótipo, que não contém qualquer madeira, tijolos e metal.

25) Os três mundos BYA e este mundo, são considerados a execução do potencial para o real,
assim como aquele que constrói a própria casa, de modo real, e traz a madeira, os tijolos e os
trabalhadores até que a casa esteja completa. Logo, a Divindade que resplandece em BYA,
reveste os dez Kelim KHB HGT NHYM, na medida em que as almas deveriam receber a fim de
alcançar sua perfeição. Esses são os verdadeiros Kelim, com respeito à Sua Divindade,
significando que eles não são divindade, mas são gerados para as almas.

26) Na alegoria acima, você percebe como os três entendimentos de quem contempla a
construção de uma casa, são interligados por meio da causa e conseqüência. A origem deles
todos é o primeiro pensamento, já que nenhum item aparece no protótipo planejado, exceto de
acordo com o término da ação, que se originou antes, no pensamento preliminar.

Além disso, não se executa nada durante a construção, mas apenas de acordo com os detalhes
dispostos diante dele no protótipo. Dessa maneira você pode ver, em relação aos mundos, que
não existe uma pequeníssima geração nos mundos que não se desenvolva a partir de Ein Sof, do
primeiro estado das almas, que se encontram lá em sua máxima perfeição do fim da correção,
como “No fim de uma ação está o pensamento inicial”. Logo, tudo que se manifestar através do
fim da correção, está incluso lá.

Originariamente, há desenvolvimento a partir de Ein Sof para o mundo de Atzilut, como na


alegoria, onde o protótipo se desenvolve a partir do primeiro pensamento. Cada elemento se
expande a partir do mundo de Atzilut para os mundos BYA, como na alegoria, onde todos os
detalhes se originam do protótipo, quando na verdade são executados durante a construção da
casa.

Assim, não há sequer um pequeno item, gerado neste mundo, que não se desenvolva a partir de
Ein Sof, do primeiro estado das almas. E de Ein Sof, desenvolve-se para o mundo de Atzilut, ou
seja, especificamente associado ao que está na verdade sendo gerado neste mundo. E do mundo
de Atzilut, a geração se expande para os três mundos BYA, onde a geração surge real, onde cessa
de ser Divindade e se torna uma criatura, e assim para Yetzirah e Assiahh, até se estender ao
mais inferior neste mundo.

Ocorre que não há geração no mundo que não se desenvolva a partir de sua origem geral em Ein
Sof, e de sua origem oculta em Atzilut. Mais tarde ela se move através de BYA e adota a forma
de uma criatura, e então é produzida no mundo.

27) Agora você consegue entender que todas essas mudanças descritas no mundo de Atzilut não
pertencem à Divindade em si, mas somente às almas, à medida que recebem de Atzilut por meio
dos três mundos BYA. O significado da existência desse mundo encontra-se em relação ao
protótipo para com o pensamento preliminar, que é Ein Sof.

Contudo, tanto em Ein Sof quanto no mundo de Atzilut, não existe nada em termo de almas,
assim como não há nada de tangível na madeira, tijolos ou metal, no modelo da pessoa que o
projeta. A existência das almas começa a se manifestar no mundo de Briah. Por essa razão, o
Kelim das dez Sefirot, que na realidade distribui uma parte às almas, não é necessariamente
Divindade, mas inovação. Isso ocorre porque não podem haver mudanças ou quantificação na
Divindade.

Por isso designamos as três cores, vermelho, verde e preto, ao Kelim das dez Sefirot em BYA. É
inconcebível que sejam considerados Divindade, já que não há nenhuma alteração Nele.

Contudo, a Luz revestida nos dez Kelim em BYA é apenas Divindade e unidade, imutáveis.
Mesmo a Luz revestida no Kli mais inferior em Assiahh é Divindade inteira, sem nenhuma
alteração. Isso ocorre porque a Luz em si é uma, e todas as mudanças ocorridas em sua
iluminação são efetuadas pelos Kelim das Sefirot, que não é Divindade. Em geral, elas
abrangem as três tonalidades acima; especificamente, diversas mudanças foram efetuadas a
partir dessas três tonalidades.

28) No entanto, os Kelim das dez Sefirot de BYA certamente recebe cada pequeno item e detalhe
das mudanças, já que há o protótipo de todos os detalhes que se evidenciará na real construção
da casa em BYA. Logo, considera-se que o Kelim dos dez Sefirot HB TM em BYA recebe de sua
característica correspondente no HB TM em Atzilut, denotando o protótipo.

Isso se deve a cada detalhe na execução, que se origina de cada detalhe do projeto. Assim, a
esse respeito, nominamos o Kelim de Atzilut “branco,” embora ele não seja uma cor.

Contudo, ele é a fonte de todas as cores. E, à semelhança do livro de sabedoria, onde não há
percepção do branco nele, e o branco no livro é insignificante pra nós, é ainda o assunto do livro
de sabedoria inteiro. Isso ocorre porque ele resplandece por volta e por dentro de cada letra e dá
a cada uma sua forma única, e a cada permutação seu lugar original.

Poderíamos dizer o contrário: não possuímos percepção da substância das letras em vermelho,
verde, ou preto, e tudo que percebemos e conhecemos das letras do livro é apenas através do
branco contido nele. Isso ocorre desse modo, pois é através da luz ao redor de cada letra e
dentro de cada uma, que se cria forma nelas, e essas formas nos revelam toda a sabedoria do
livro.

Podemos compará-lo aos dez Sefirot de Atzilut: mesmo que eles se pareçam com a cor branca, é
impossível discriminar tudo em relação a eles, nem um número, nem qualquer mudança como o
descrito. Não obstante, todas as mudanças necessariamente advêm dos dez Kelim das Sefirot de
Atzilut na iluminação do branco para os mundos BYA, que são as três cores do corpo das letras,
embora por si só não exista lá Kelim, já que é toda branca. É como a alegoria do branco no livro,
com respeito às letras e suas permutações, desde que a iluminação para BYA produz os Kelim
nelas.

29) A partir do que foi expresso, você verá que o Tikkunim do Zohar divide o mundo de Atzilut
em três entendimentos—Ele, Sua Vida, e Ele em Si, embora seja simples unidade e não haja
nada das criaturas ali. Ele pertence à Divindade como ela em si, da qual não possuímos
percepção e não se pode perceber nenhuma essência, mesmo as corpóreas. (Item 12). Seu Eu
pertence aos dez Kelim HB TM, que temos assemelhado ao branco no livro da sabedoria.

Mesmo um número não pode ser observado no branco, uma vez que não há nada lá para
representar um número, já que é todo branco. No entanto, não só lhes atribuímos um número,
mas também o grande número de alterações que aparecem em BYA, que são a essência das
letras, encontradas primeiro no Kelim HB TM Atzilut em si.
É a postura do branco que dá todas as formas às letras no livro, enquanto ele mesmo não tenha
forma. Assim, você acha que o branco é dividido em inúmeras formas, embora ele mesmo não
as tenha. Do mesmo modo, os dez Kelim são detalhados com diversas alterações, de acordo com
sua iluminação em BYA, como no protótipo, executado no trabalho real da construção da casa.

Portanto, todas essas mudanças efetuadas em BYA, são apenas da iluminação dos Kelim das dez
Sefirot HB TM de Atzilut. E a variedade de diversidade que encontramos no branco, refere-se
aos receptores em BYA. Em relação ao Atzilut em si, é como o branco, despido da tinta nas
letras; sem número e sem nada mais. Logo, explicamos ou Eu por inteiro, o Kelim, que, em si
próprio, é simples unidade, como Ele é.

30) Sua Vida pertence à Luz que é revestida no branco, que são os Kelim. Nós
compreendemos esta Luz somente com o que diz respeito às almas que recebem de Atzilut, e
não na Divindade em si. “Ele” significa que quando os três mundos BYA subirem para Atzilut
com as almas das pessoas, a Luz que elas irão receber é considerada a Luz de Chochma,
denominada” a Luz de Chaya".

É nesse sentido que nominamos a Luz lá, de "Sua Vida". Este é também o significado do que
está escrito no Tikkunim do Zohar, que Ele, Sua Vida, e Seu Eu são somente um. Todos esses
três entendimentos relacionam-se aos receptores, onde Seu Eu é a iluminação dos Kelim no
lugar de BYA sob a Parsa de Atzilut, uma vez que a Luz de Atzilut nunca estará abaixo da Parsa
de Atzilut, mas apenas a iluminação dos Kelim. A categoria "Sua Vida", é a iluminação da Luz
de Atzilut em si, quando BYA subir para Atzilut. E "Ele" pertence à essência da Divindade, que é
completamente inacessível.

O Tikkunim do Zohar diz que, embora nós, os receptores, devamos diferenciar essas três
categorias em Atzilut, ela ainda assim refere-se apenas aos receptores. No entanto, com

respeito ao mundo de Atzilut em si, mesmo o “Seu Eu” é considerado “Ele,” significando a
essência da Divindade. Por isso, não há nenhuma percepção no mundo de Atzilut em si. Este é o
significado da cor branca, em que não há percepção de si e tudo é absolutamente simples
unidade lá.

31) O Zohar descreve os Kelim HB TM em Atzilut como crescente ou redutor pelas ações das
pessoas. Além disso, encontramos (Zohar, Bo, 32b p), "Israel... dá raiva e força para o Criador",
o que significa que não deve ser tomada literalmente, na Divindade em si, não podendo haver
quaisquer alterações na Divindade, como está escrito, "Eu, o Senhor não mudo."

No entanto, já que o Pensamento da Criação era deleitar Suas criaturas, nos é ensinado que Ele
tem um desejo de conceder. Descobrimos que neste mundo o contentamento dos doadores
cresce quando os receptores Dele se multiplicam e Ele deseja proliferar os receptores. Assim,
nesse contexto, dizemos que as Luzes em Atzilut crescem quando os menores são dados a
Atzilut, ou que eles a desenvolvem. Inversamente, quando não há inferiores dignos de receber
Sua abundância, as Luzes diminuem proporcionalmente, ou seja, não há ninguém para receber
deles.

32) Você pode compará-lo a uma vela. Se você acender mil velas a partir dela, ou se você não
acender nenhuma, você não vai achar que ela causou quaisquer alterações na própria vela. É
também como Adam HaRishon: se ele tivesse uma prole de milhares, como nós hoje, ou se ele
não tivesse nenhuma, não haveria qualquer mudança no Adam HaRishon em si mesmo.
Da mesma forma, não há nenhuma mudança no mundo de Atzilut em si, seja se os inferiores
receberem sua grande abundância luxuriante, ou não receberem nada. A grandeza supracitada
situa-se apenas nos níveis mais baixos.

33) Assim, por que os autores do Zohar têm que descrever todas essas mudanças no mundo de
Atzilut em si? Eles deveriam ter falado explicitamente apenas em relação aos receptores em
BYA, e não falar tão elaboradamente de Atzilut, nos forçando a dar respostas.

Na verdade, há um segredo bem nítido aqui: este é o significado de, “e pelo ministério dos
profetas utilizei semelhanças" (Oséias 12). A verdade é que existe uma vontade divina aqui, que
essas semelhanças que operam apenas nas almas dos receptores, aparecerão às almas, como Ele
Mesmo toma parte nelas para muito aumentar sua realização.

É como um pai que se limita a mostrar ao seu filho querido uma face de tristeza e uma face de
satisfação, embora não haja nem tristeza nem contentamento nele. Ele só faz isso para
impressionar seu filho querido e ampliar sua compreensão, de modo a brincar com ele.

Somente quando ele crescer ele irá aprender e saber que tudo o que seu pai fez nada mais foi do
que apenas brincar com ele. Assim é a questão diante de nós: todas essas imagens e as
mudanças começam e terminam apenas com a impressão das almas. No entanto, pela vontade de
Deus, elas aparecem como se estivessem Nele Mesmo. Ele faz isso para aumentar e expandir o
alcance das almas ao máximo, de acordo com o Pensamento da Criação, para deleitar Suas
criaturas.

34) Não se surpreenda ao encontrar tal conduta na nossa percepção corpórea, também. Tome o
nosso sentido da visão, por exemplo: vemos um mundo inteiro diante de nós, maravilhosamente
preenchido. Mas, na verdade, nós vemos tudo aquilo somente em nosso próprio interior. Em
outras palavras, há uma espécie de máquina fotográfica no nosso cérebro posterior, que retrata
tudo o que aparece para nós e nada fora de nós.

Por isso, Ele fez para nós, em nosso cérebro, uma espécie de espelho polido que inverte tudo
que é visto ali; assim veremos pelo lado de fora do nosso cérebro, à frente da nossa face. No
entanto, o que vemos fora de nós não é algo real. No entanto, devemos ser gratos à Sua
Providência por ter criado esse espelho polido em nossos cérebros, o que nos permite ver e
perceber tudo fora de nós. Isso ocorre porque, por meio disso, Ele nos deu o poder de perceber
tudo com o conhecimento claro e realização, bem como medir tudo tanto pela parte de dentro
quanto pelo lado de fora.

Sem ele, perderíamos a maior parte de nossa percepção. O mesmo sucede com a vontade
Divina, no que se refere às percepções divinas. Apesar de todas essas mudanças se desenrolarem
no interior das almas que recebem, elas não deixam de ver tudo no Doador em Si, pois só desta
forma são concedidas todas as percepções e todos os deleites no Pensamento da Criação.

Você também pode deduzir isso a partir da parábola acima. Mesmo que nós vejamos tudo como
se realmente estivesse em frente de nós, cada pessoa sensata sabe ao certo que tudo o que vemos
está apenas dentro de nossos próprios cérebros.
Assim são as almas: Apesar de elas verem todas as imagens no Doador, elas ainda não têm
nenhuma dúvida que tudo isso está somente no seu próprio interior, e não no do Doador.

35) Uma vez que essas questões estão no centro do mundo, e receio que o estudante cometa um
erro ao percebê-las, vale à pena trazer à tona outras questões e as palavras de ouro do Zohar em
si nestes questionamentos (Parashat Bo, item 215) e interpretá-las ao máximo da minha
habilidade: "Alguém poderia perguntar, 'Está escrito no Torah, ‘para o que viste não há forma. ’
Assim, como podemos utilizar nomes e as Sefirot Nele? ’ Ele irá responder, ‘Eu vi desta forma,
como nas palavras, ‘e à semelhança do que o Senhor vê. '“

Isso significa que o Sefira Malchut, onde todas as almas e palavras estão radicadas, já que é a
raiz de todos os Kelim, por meio de "Os que recebem a partir dela, devem adquirir os Kelim
dela," ela é considerada semelhante a eles. Por conseguinte, é dito sobre ela, "e à semelhança do
que o Senhor vê."

Mesmo essa semelhança, que nominamos em Sefira Malchut, não se encontra em seu lugar em
relação a si mesma, mas somente quando a Luz de Malchut desce e se expande sobre as pessoas.
Nesse momento ela surge a todos e a cada um, de acordo com sua própria aparência, visão e
imaginação, ou seja, apenas aos receptores e não a Sefira Malchut em si.

Este é o significado de, “e pelo ministério dos profetas utilizei similitudes." Por isso, o Criador
lhes diz: "Embora eu me manifeste a vocês em suas formas, na visão e imaginação, ainda, ‘A
quem, me assemelharei, que eu deveria ser igual?” ‘ Afinal de contas, depois de o Criador ter
criado uma similitude no mundo, e antes Dele criar uma forma, o Criador era único, sem forma
e sem imagens.

E aquele que alcançá-Lo, antes do grau de Briah, que é Binah, onde Ele está além de qualquer
semelhança, é proibido atribuir a Ele uma forma e uma imagem do mundo, nem na letra Hey,
nem na letra Yod, ou até mesmo chamá-lo pelo nome sagrado de HAVAYA, ou por qualquer letra
e ponto.

Este é o significado do verso, "para vós não verdes forma da forma." Em outras palavras, o
verso, "para vós não verdes forma da forma", refere-se aos beneficiados pela obtenção Dele
acima do grau de Briah, que é Binah. Isso ocorre porque não há forma nem imaginação nos dois
Sefirot Keter e Chochma, significando Kelim e os limites (item 18). Os Kelim se originam a
partir da Sefira Binah para baixo.

Essa é a razão pela qual todas as implicações em letras, em pontos, ou nos nomes sagrados são
apenas oriundas de Binah para baixo. Eles também não estão no lugar das Sefirot em si, mas
apenas em relação aos receptores, como com Sefira Malchut.

36) Parece haver uma contradição em suas palavras: primeiro foi dito que as formas se
prolongam para os receptores somente de Sefira Malchut, e aqui é dito que as formas se
prolongam para os receptores de Briah para baixo, ou seja, de Binah para baixo. O fato é que na
verdade, a forma e a similitude se estendem apenas a partir de Bechina Dalet, que é Malchut.
Dela os Kelim se estendem até o local dos receptores, não a partir das primeiras nove Sefirot,
que são Keter, Chochma, Binah, e Tiferet.
No entanto, a associação de Midat ha Rachamim com Din foi efetuada no Mundo de Tikkun.
Isso elevou Sefira Malchut, considerado Midat ha Din, e o trouxe à Sefira Binah, considerada
Midat ha Rachamim.

Assim, a partir desse momento, os Kelim de Malchut tornou-se proveniente de Sefira Binah,
como é dito aqui. Por essa razão, o Zohar começa a falar a partir da origem real das imagens,
que são os Kelim. Diz-se que elas estão em Malchut, e então que estão em Briah, devido à
associação feita para a correção do mundo.

Nossos sábios também disseram: "No início, o Criador criou o mundo em Midat ha Din; Ele viu
que o mundo não pôde existir e associou Midat ha Rachamim a ela." Saiba que os dez Sefirot
KHBTM possuem denominações diversas no Livro do Zohar, de acordo com suas múltiplas
funções.

Quando denominamos Keter, Atzilut, Briah, Yetzirah, e Assiah, sua função é distinguir entre os
Kelim anterior, chamado Keter e Atzilut, representando Keter e Chochma, e os posteriores
Kelim, chamados Briah, Yetzirah, Assiah, representando Binah, Tiferet, e Malchut. Esse
entendimento desenvolveu-se neles por meio da associação de Midat ha Din com Midat ha
Rachamim.

O Zohar pretende sugerir a questão da associação de Malchut em Binah. Assim, o Zohar chama
Sefira Binah pelo nome de Briah. Isso é assim porque antes dessa associação, não havia imagem
ou forma em Binah, mesmo em relação aos receptores, mas apenas em Malchut.

37) Ele continua lá: Depois de feita a forma de Merkava de Adam Superior, ele desceu e
revestiu-se. É denominado na forma das quatro letras HaVaYaH, ou seja, as dez Sefirot
KHBTM. Isso é porque a ponta do Yod é Keter, Yod é Chochma, Hey é Binah, Vav é Tiferet e a
última Hey é Malchut. Isso é assim para que eles o alcançassem através de Seus atributos,
representando as Sefirot, em cada simples atributo Nele.

38) Explicação das questões: De Briah em diante, ou seja, a partir de Binah, após ter sido
associada com Midat ha Din, que é Malchut, as semelhanças e as formas se estendem para os
receptores, que são as almas. No entanto, não no seu lugar, mas somente no lugar dos
receptores.

Ele diz que naquele momento ele fez a forma da Merkava de Adam Superior e desceu e o
revestiu na forma de Adam. Em outras palavras, toda a forma de Adam, em seus 613 Kelim, se
estende a partir dos Kelim da alma, uma vez que a alma tem 613 Kelim, chamados 248 órgãos e
365 tendões espirituais, divididos em cinco categorias, de acordo com as quatro letras
HaVaYaH:

A ponta do Yod, seu Rosh, é considera Keter;

De Peh a Chazeh é Chochma;

De Chazeh a Tabur é Binah;

De Tabur a Sium Raglin são as duas Sefirot Tiferet e Malchut;


Além disso, a Torah, como um todo, é considerada Partzuf Adam, relacionando-se as 248
Mitzvot positivas, correspondentes aos 248 órgãos. E as 365 Mitzvot negativas correspondem
aos 365 tendões. Ela contém cinco divisões, que são os cinco livros de Moisés, chamados "A
imagem de Merkava de Adam superior", representando Adão de Briah, que é Binah, a partir do
qual o Kelim começa a estender-se para o lugar das almas.

Ele é chamado “Adam Superior”, porque há três categorias de Adam nas Sefirot: Adam de
Briah, Adam de Yetzirah, e Adam de Assiah. Em Keter e Chochma, no entanto, não há nenhuma
similitude, o que poderia ser chamado por letra e ponto, ou pelas quatro letras HAVAYA. Já que
aqui se fala do mundo de Briah, salientando-se Adam Superior.

Ao mesmo tempo, você deve sempre se lembrar das palavras do Zohar que essas imagens não
estão no lugar da Sefirot Binah, Tiferet e Malchut, mas somente no lugar dos receptores. No
entanto, essas Sefirot dão atributos aos Kelim e Levushim (revestimentos) para que as almas O
atinjam através da Luz que se estende a eles, por medida e limite, de acordo com seus 613
órgãos. Por esse motivo, nós chamamos os doadores também pelo nome de "Adam", apesar de
estarem apenas sob a forma da cor branca (Item 8).

39) Isso não deve ser complicado para você, uma vez que as quatro letras HAVAYA e a ponta do
Yod, são cinco Kelim, já que os Kelim são sempre chamados de "letras", e elas são as cinco
Sefirot KHBTM. Assim, é evidente que existem Kelim em Keter e Chochma também, implícita
pela ponta de Yod e o Yod de HaVaYaH.

A única coisa é que as similitudes e os atributos mencionados, que são Kelim, têm início a partir
de Briah para baixo, ou seja, apenas as três Sefirot Binah, Tiferet e Malchut, e não em Keter e
Chochma, sendo representadas do ponto de vista da essência das Sefirot.

No entanto, é sabido que as Sefirot são integradas umas as outras. Há dez Sefirot KHBTM em
Keter, KHBTM em Chochma, KHBTM em Binah, bem como em Tiferet, e Malchut.

Assim, você percebe que os três Sefirot Binah, Tiferet e Malchut, de onde vêm os Kelim, são
encontrados em cada uma das cinco Sefirot KHBTM. Agora você observa que a ponta de Yod,
que é os Kelim de Keter, indica Binah e TM, incorporados em Keter.

O Yod de HaVaYaH, que é um Kli de Chochma, indica Binah e TM incorporados em Chochma.


Logo, Keter e Chochma incorporados mesmo em Binah e ZON, não possuem Kelim, e em Binah
e TM incorporados mesmo em Keter e Chochma, há Kelim.

A este respeito, existem cinco categorias em Adam. Binah e TM em todas as cinco Sefirot
atribuem forma de Merkava de Adam. Por essa razão, há Adam na categoria de Keter, chamado
Adam Kadmon, e há Adam na categoria de Chochma, chamado "Adam de Atzilut." Há Adam na
categoria de Binah, chamado "Adam de Briah", Adam na categoria de Tiferet é chamado "Adam
de Yetzirah", e Adam na categoria de Malchut, chama-se "Adam de Assiah".

(40) Ele nomeou a Si próprio El, Elokim, Shadai, Tsabaoth e Ekie, de modo que cada simples
atributo Nele fosse conhecido. Os dez nomes na Torah, que não devem ser apagados pertencem
as dez Sefirot, como escrito no Zohar (Vayikra, item 168):

A Sefira Keter é chamada Ekie;

A Sefira Chochma é chamada Koh;


E a Sefira Binah é chamada HAVAYA (evidenciado Elokim);

A Sefira Hesed é chamada Kel;

A Sefira Gvura é chamada Elokim;

A Sefira Tiferet é chamada HaVaYaH;

As duas Sefirot Netzach e Hod são chamadas Tzvaot;

A Sefira Yesod é chamada El Hay;

E a Sefira Malchut é chamada Adni.

41) Não tivesse Sua Luz se expandido por todas as criações aparentemente revestindo estas
Sefirot sagradas, como as criaturas viriam a conhecê-Lo? E como elas manteriam o verso, "toda
a terra está repleta da Sua glória"? Em outras palavras, através disso se explica a vontade Divina
de surgir às almas, como se todas essas mudanças nas Sefirot estivessem nele. É para
proporcionar às almas espaço para o conhecimento suficiente e realização Nele, que então o
verso, "toda a terra está repleta da Sua glória" virá a se tornar realidade.

42) No entanto, ai de quem atribuir qualquer medida a Ele, que disser haver uma medida Nele
para Ele mesmo, e até nas medidas espirituais pelas quais Ele aparece para as almas. Ainda mais
nas medidas corporais de natureza humana, que são feitas de pó e são transitórias e sem valor.

Como dissemos acima, embora seja um desejo Divino das almas notarem que as mudanças em
si estão no Doador, deve-se, contudo, ser claro para com as almas em relação a não haver
qualquer mudança ou medida Nele. É apenas um desejo Divino a ser imaginado, como está
escrito, “e pelo ministério dos profetas utilizei semelhanças”.

E eles errando, ai deles, pois perderão de imediato a abundância Divina. Isso ainda mais com os
tolos que atribuem a Ele algum incidente transitório, da carne sem valor e incidentes de sangue.
Introdução ao Livro, Panim Me’irot uMasbirot

1) Está escrito no final do Mishnah (Okatzin), “O Criador não encontrou um receptáculo


que contivesse as bênçãos de Israel, mas paz, assim como está escrito, “O Senhor dará
força para Seu povo; o Senhor abençoará seu povo com paz.””

Há muito que aprender aqui: Primeiro, como eles provam que não há melhor pra Israel do que a
paz? Segundo, o texto afirma explicitamente que paz é uma benção por si própria, como está
escrito, “outorgando com forças e abençoando em paz”. De acordo com eles, deveria ter sido
afirmado, “outorgando em paz”. Terceiro, por que essa frase foi escrita no final do Mishnah?
Também precisamos entender o significado das palavras “paz”, “força”, e o que elas significam.

Para interpretar este artigo em seu verdadeiro significado, nós precisamos ir por um longo
caminho, pois o coração dos locutores é muito profundo para se procurar. Isso quer dizer que
todas as questões do Torah e dos Mitzva carregam revelação e ocultação, como está escrito,
“Uma palavra bem dita é como maças de ouro em armações de prata”

De fato, as Halachot (nome coletivo dado para Torah e Mitzvot) são como graais de vinho.
Quando alguém dá um presente para um amigo, um graal de vinho, então ambos o interior e o
exterior são importantes. Isso porque o graal tem seu próprio valor, assim como o vinho dentro
dele.

As lendas, no entanto, são as maças. Seu interior é comido e seu exterior é jogado fora, porque o
exterior é completamente sem valor. Você percebe que todo o valor e importância estão
somente no interior, na parte de dentro.

Tal é a questão com as lendas; a aparente superficialidade parece não ter significado e valor. No
entanto, o conteúdo interno escondido nas palavras é construído exclusivamente no alicerce da
sabedoria da verdade, dada a alguns virtuosos.

Quem ousaria extraí-la do coração das massas e investigar seus modos, quando seu
conhecimento está incompleto em ambas as partes do Torah chamadas Peshat (literal) e Drush
(interpretação)? Na visão deles, a ordem das quatro partes do Torah (PARDESS) começa com o
Peshat, então o Drush, e então Remez (insinuando), e no final o Sod (Segredo) é entendido.

No entanto, está escrito no livro de orações Vilna Gaon que o conhecimento começa com o Sod.
Depois que a parte Sod do Torah é conhecida é possível conhecer a parte do Drush, e então a
parte do Remez. Quando a alguém é concedida a sabedoria completa dessas partes do Torah,
essa pessoa é recompensada com o conhecimento da parte Peshat .Quando uma pessoa é
garantida o conhecimento completo destas três partes da Torá , a pessoa faz a Torá.

Está escrito no Masechet Taanit: “Se alguém é recompensado, isso se torna uma dose de vida
para ele; se não é recompensado, se torna uma dose de morte.” Grande mérito é requerido para
se entender o Peshat dos textos, uma vez que, primeiro devemos conhecer as três partes internas
do Torah, tais que o Peshat se veste, e o Pashat não será analisado. Se a pessoa não foi
beneficiada com isto, essa pessoa precisa de muita misericórdia, para que isto não se torne uma
dose de morte para ele.
É o oposto da discussão do negligente quando conhece o interior, que dizem para eles mesmos:
“Nós nos bastamos com o Peshat. Se nós alcançarmos isso, estaremos contentes.” As suas
palavras podem ser comparadas com as de alguém que deseja pisar no quarto degrau sem antes
ter pisado nos três primeiros degraus.

2) No entanto, de acordo, nós precisamos entender a grande ocultação aplicada no interior do


Torah, como foi dito no Masechet Hagiga, um indivíduo não estuda Maase Beresheet em
duplas, e não o Merkava sozinho. Também, todos os livros em nossa disposição nessa troca
estão selados e bloqueados diante dos olhos das massas. Somente uns poucos que são evocados
pelo Criador deverão entendê-los, como eles já entendem as raízes por eles próprios e na
recepção pelo boca a boca.

É realmente surpreendente como os modos da sabedoria e da inteligência são negados para as


pessoas, para os quais é a vida e a duração de seus dias. É aparentemente uma ofensa criminal,
assim como nossos sábios disseram no Midrash Rabba, Beresheet, sobre Ahaz, que ele era
chamado Ahaz (literalmente traduzido como “mantido” ou “apreendido”), pois ele havia
apreendido sinagogas e seminários, e esse foi sua grande iniqüidade.

Também, é uma lei natural que um indivíduo possessivo fique preocupado em dispensar seu
capital e suas propriedades para os outros. No entanto, existe alguém que seja possessivo
preocupado em dispensar sua sabedoria e inteligência com os outros? O oposto disso, mais do
que o bezerro quer comer, a vaca quer alimentar.

De fato, nós encontramos mistérios desse tipo na sabedoria mesmo em sábios seculares em
gerações passadas. Como na introdução do Rav Butril ao seu comentário no Livro da Criação,
existe um texto atribuído a Platão onde ele adverte seus discípulos dessa forma: “Não leve a
sabedoria para alguém que não entende seu mérito.”

Aristóteles também avisou, “Não transmita a sabedoria para os indignos, para que não seja
roubada.” Ele (Rav Butril) interpretou que se um sábio ensinar a sabedoria para o indigno, eles a
roubarão e a destruirão.

Os sábios seculares do nosso tempo não fazem isso. Ao contrário, eles esforçam-se em expandir
os portões de sua sagacidade para toda a multidão sem nenhum limite ou condição.
Aparentemente, eles discordam fortemente dos primeiros sábios, que abriram as portas de sua
sabedoria para somente uma porção de virtuosos, os quais eles acharam merecedores, deixando
o resto do povo desajeitado nas paredes.

Item 3

3) Deixe-me explicar o assunto. Distinguimos quatro divisões nas espécies Falantes, dispostas
em gradações uma sobre a outra. Essas são as Massas, os Fortes, os Ricos, e os Sagazes. Eles
são iguais para os quatro graus em toda a realidade, denominada "Inanimada", "Vegetativa",
"Animada" e "Falante".

A Inanimada pode deduzir as três propriedades, Vegetativa, Animada e Falante, e nós


discernimos três valores na quantidade de força, do benéfico e prejudicial em si.
A menor força entre elas é a Vegetativa. A flora opera atraindo o que é benéfico e rejeitando o
prejudicial da mesma forma que os humanos e os animais fazem. No entanto, não existe
sensação individual nela, mas uma força coletiva, comum a todos os tipos de plantas no mundo,
a qual afeta essa operação nelas.

Acima delas é o Animado. Cada criatura sente-se a si mesma, atraindo o que é benéfico para ele
e rejeitando o que é prejudicial. Disso resulta que um animal se iguala em valor a todas as
plantas na realidade. É assim, porque a força que distingue o benéfico do prejudicial em todo o
Vegetativo é encontrada em uma criatura no Animado, separados pela sua própria autoridade.

Este sentido de força nos Animados é muito limitado no tempo e no espaço, uma vez que a
sensação não opera nem mesmo a distância mais curta fora do seu corpo. Além disso, ele não
sente nada fora do seu próprio tempo, ou seja, no passado ou no futuro, mas somente no
momento presente.

Acima deles é o Falante, que consiste de uma força emocional e intelectual em conjunto. Por
esta razão, seu poder é ilimitado pelo tempo e pelo espaço para atrair o que é bom para ele e
rejeitar o que é nocivo, como o Animado.

Isto é assim por causa de sua ciência, que é uma questão espiritual, ilimitado pelo tempo e lugar.
Um pode ensinar aos outros onde quer que estejam no conjunto da realidade e, no passado e no
futuro através das gerações.

Daqui resulta que o valor de uma pessoa dos Falantes equaliza com o valor de todas as forças no
Vegetativo e Animado em toda a realidade, no presente, e em todas as gerações passadas. Isto é
assim porque seu poder os abrange e os contém no seu próprio ser, juntamente com todas as
suas forças.

Esta regra também se aplica para as quatro divisões da espécie humana, ou seja, as Massas, os
Fortes, os Ricos, e os Sagazes. Certamente, todos eles vêm das Massas, que são o primeiro grau,
como está escrito, "todos são do pó."

É certo que todo o mérito do pó e do seu próprio direito de existir, está de acordo com o mérito
das três virtudes que deduz, Vegetativa, Animar e Falante. Também, o mérito das Massas
corresponde às propriedades que elas deduzem a partir deles. Assim, eles, também, ligam-se na
forma de um rosto humano.

Para esse efeito, o Criador incutiu três inclinações nas Massas, chamadas de "inveja", "luxúria"
e "honra". Devido a elas, as Massas desenvolvem grau por grau para deduzir a face de um
homem completo.

A inclinação para a luxúria induz a Riqueza. O selecionado entre elas têm um forte desejo, e
também luxúria. Eles se sobressaem em adquirir a riqueza, que é o primeiro grau na evolução
das Massas. Como o grau Vegetativo na realidade geral, eles são regidos por uma força externa
que os desvia para sua inclinação, como a luxúria é uma força exterior da espécie humana
emprestado do Animado.

A inclinação para honra induz aos heróis famosos dentre eles. Eles governam as sinagogas, as
cidades, etc. O mais firme de vontade entre eles, que também têm uma inclinação para a honra,
se sobressai na obtenção de domínio. Estes são o segundo grau na evolução das Massas, similar
ao grau Animado em toda a realidade, cuja força operacional está presente na sua própria
essência, como dissemos acima. Isso ocorre porque a inclinação para a honra é exclusivo para a
espécie humana, e junto com ela o desejo de governança.

A inclinação para a Inveja induz os sábios dentre eles, como nossos sábios disseram: "A inveja
do autor aumenta a sabedoria." A força de vontade, com a inclinação para a inveja, sobressai em
adquirir conhecimento e sabedoria. É como o grau Falante em toda a realidade, em que a força
operacional não está limitada pelo tempo e lugar, mas é coletivo e abrange qualquer item do
mundo, em todos os tempos.

Também, é a natureza do fogo da inveja ser geral, englobando todos os tempos e toda a
realidade. Isso é porque é a conduta de inveja: se alguém não tivesse visto o objeto na posse de
um amigo, o desejo pela posse não teria despertado de maneira alguma.

Você acha que a sensação de ausência não é pelo que não tem, mas pelo que um amigo tem,
quem são todos os descendentes de Adão e Eva, ao longo das gerações. Assim, esta força é
ilimitada e é, portanto, apta para o seu papel sublime e exaltado.

No entanto, aqueles que permanecem sem mérito algum, é porque não têm um desejo forte.
Assim, todas as três inclinações acima mencionadas operam juntas, misturadas. Às vezes, eles
são sensuais, às vezes invejosas, e às vezes anseiam honra. Seus desejos quebram em pedaços, e
eles são como crianças, que anseiam por tudo o que vêem, e não pode alcançar qualquer coisa.
Assim, seu valor é como a palha e farelo que sobram após a farinha.

É sabido que a força benéfica e a força prejudicial andam de mãos dadas. Em outras palavras,
assim como algo pode beneficiar, também pode prejudicar. Assim, desde que a força de uma
pessoa é maior que todas as bestas e animais de todos os tempos, uma força nociva os substitui a
todos também.

Deste modo, enquanto um não merece seu grau de uma forma que usa uma única força de fazer
o bem, é necessário um olhar cuidadoso para que ele não adquira grandes quantidades do nível
humano, que é sabedoria e ciência.

Por esta razão, os primeiros sábios esconderam a sabedoria das massas, com medo de tomar
discípulos indecentes que usariam a força da sabedoria para ferir e prejudicar. Estes iriam
quebrar e destruir toda a população com sua sensualidade e selvageria bestial, usando as grandes
potências do Homem.

Quando as gerações têm diminuído e os seus sábios eles mesmos começaram a implorar ambas
as tábuas, significando uma vida boa para sua corporeidade, também, seus pontos de vista
aproximaram-se das massas. Eles negociavam com eles e venderam a sabedoria como
prostitutas, pelo preço de um cão.

Desde então, a muralha que primeiro tinha exercido foi arruinada e as massas a saquearam. Os
selvagens encheram as mãos com a força dos homens, apreenderam a sabedoria e a rasgaram.
Metade foi herdada por adúlteros e metade por assassinos, e a puseram em vergonha eterna
desde esse dia.
Item 4

4) De que você pode deduzir sobre a sabedoria da verdade, a qual contém dentro de si todos os
ensinamentos seculares, que são as sete pequenas donzelas. Esta é a totalidade das espécies
humanas e o propósito para o qual todos os mundos foram criados, como está escrito: "Se a
minha aliança não ficar com o dia e a noite, se eu não tiver determinado as ordenanças dos céus
e da terra."

Por isso, nossos sábios tem afirmado (Avot 4, Mishnah 7), "Aquele que usa a coroa passa." Isso
é porque eles proibiram-nos de utilizá-la para qualquer tipo de prazeres mundanos.

Isto é o que nos sustentou até agora, manter os exércitos e o muro ao redor da sabedoria da
verdade, por isso nenhum estranho ou estrangeiro pede quebrá-la e colocá-la em seus vasos para
ir e negociá-las no mercado, como com os sábios seculares. Isto porque todos os que entraram já
foram testados por sete testes, até que foi determinado para além de qualquer preocupação e
desconfiança.

Depois destas palavras e verdade, nós encontramos o que parece ser uma grande contradição, de
um extremo ao outro, nas palavras de nossos sábios. Está escrito no Zohar que no tempo do
Messias, esta sabedoria será revelada ainda aos jovens. No entanto, de acordo com o exposto,
aprendemos que nos dias do Messias, que toda geração estará no mais alto nível. Nós não
precisaremos de guarda para todos, e as fontes de sabedoria irão se abrir e regar toda a nação.

No entanto, em Masechet Sutah, 49 e Sanhedrin 97a, eles disseram, "impudência deve soar, no
momento do Messias, a sabedoria dos autores deve se desviar, e o justo devem ser
desqualificados." Ele interpreta que não existe nada tão mal como essa geração. Assim, como
podemos conciliar as duas declarações, pois ambas são certamente as palavras do Deus vivo?

O ponto é que esse olhar cuidadoso com as portas fechando no hall da sabedoria é por medo de
pessoas nas quais o espírito da inveja dos escritores é misturado com a força da luxúria e da
honra. Sua inveja não é limitada a querer somente sabedoria e conhecimento.

Assim, ambos os textos estão corretos, e um vem e ensina do outro. A face da geração é como o
cara do cachorro, significando que latem como cães “Hau,Hau”, os justos são náufragos e a
sabedoria dos autores extraviou-os.

Daqui resulta que é permitido abrir os portões da sabedoria e remover os guardas cuidadosos,
pois ele já é naturalmente protegido contra o roubo e a exploração. Não há mais medo de que os
discípulos indecentes podem levá-lo e vendê-lo no mercado para a plebe materialista, uma vez
que eles não vão encontrar nenhum comprador para esta mercadoria, pois é abominável aos seus
olhos.

E já que eles não têm nenhuma esperança de adquirir a luxúria e honra através dela, ela tornou-
se segura e protegida por si. Nenhum estranho se aproximará, exceto os amantes da sabedoria e
seus moradores. Assim, quaisquer testes serão retirados dos que entram, até mesmo os muito
jovens serão capazes de atingi-lo.

Agora você pode entender suas palavras (Sanhedrin 98a): "O Filho de David vem em uma
geração que é toda digna ou indigna." Isto é muito desconcertante. Aparentemente, enquanto há
poucos justos na geração, que detêm a redenção. Quando o justo perece da terra, o Messias será
capaz de vir. Eu me admiro.

Na verdade, deveríamos compreender profundamente que a questão da redenção e da vinda do


Messias que esperamos seja breve em nossos dias, amém, é a plenitude da realização superior e
conhecimento, como está escrito," e eles não ensinam mais cada um a seu vizinho, dizendo:
'Conhece o Senhor”, porque todos Me conhecerão, desde o maior deles até o menor deles." E
com a completude da mente, os corpos estão completos também, como está escrito (Isaías 65),
"o mais jovem morrerá com cem anos."

Quando os filhos de Israel são complementados com o completo conhecimento, as fontes de


inteligência e conhecimento devem fluir para além das fronteiras de Israel e regar a todas as
nações do mundo, como está escrito (Isaías 11), "a terra se encherá do conhecimento do
Senhor”, e como está escrito, "e deve vir ao Senhor e à Sua bondade.”

A proliferação desse conhecimento é a questão da expansão do Rei Messias para todas as


nações. No entanto, ocorre o oposto, com as rudes plebes materialistas. Como a sua imaginação
está ligada ao poder total do punho, a questão da expansão do Reino de Israel está gravada em
sua imaginação apenas como uma espécie de domínio dos corpos sobre os corpos, para ter o seu
pedaço do todo com muito orgulho, e de ser arrogante sobre todas as pessoas no mundo.

E o que posso fazer para eles, se nossos sábios já os rejeitaram, e os gostos deles, na
congregação do Senhor, dizendo: "Todos os que tem orgulho, o Criador diz:" ele e EU não
podemos habitar na mesma morada. "

Por outro lado, alguns erram e determinam que, como o corpo tem de existir antes da existência
da alma e da percepção completa, a perfeição do corpo e suas necessidades precedem no tempo
a realização da alma e da percepção completa. Assim, a percepção completa é negada de um
corpo fraco.

Este é um erro grave, pior que a morte, uma vez que um corpo perfeito não é concebível antes
que seja alcançada a percepção completa. Isto porque, em si, é um saco furado, uma cisterna
quebrada. Ele não pode conter nada de benéfico, nem para si nem para os outros, exceto com a
realização do conhecimento completo.

Nessa altura, o corpo também aumenta a sua completude com ela, literalmente de mãos dadas.
Esta regra aplica-se tanto nos indivíduos como no todo.

Item 5

5) Agora você vai entender o que está escrito O Zohar: "Com essa composição, os Filhos de
Israel serão redimidos do exílio." Além disso, em muitos outros lugares, somente através da
expansão da sabedoria da Cabalá nas massas, obteremos a redenção total.

Eles também disseram, "A Luz nele o reforma." Eles foram intencionalmente meticulosos sobre
isso, para mostrar-nos que só a Luz dentro dele, "como maçãs de ouro em salvas de prata", em
que se encontra a cura que reforma uma pessoa. Ambos o indivíduo e a nação não completarão a
meta para a qual foram criados, exceto ao atingir a internalidade da Torá e seus segredos.

E embora nós tenhamos esperança na realização completa com a vinda do Messias, está escrito:
"Vai dar sabedoria para os sábios." Também diz: "Eu pus a sabedoria no coração de todos os
sábios de coração."

Por isso, é a grande expansão da sabedoria da verdade dentro da nação de que precisamos em
primeiro lugar, para que possa merecer receber o benefício de nosso Messias. Por conseguinte, a
expansão da sabedoria e a vinda do nosso Messias são interdependentes.

Portanto, devemos estabelecer seminários e escrever livros para acelerar a disseminação da


sabedoria por toda a nação. E isso não aconteceu antes, por medo de que os discípulos indignos
se misturassem, como se explicou acima. Este se tornou o principal motivo para o
prolongamento do exílio para os nossos muitos pecados, até o dia de hoje.

Nossos sábios disseram: "Messias, Filho de David vem apenas em uma geração que é toda
digna ...", que significa quando todos se aposentarem da busca da honra e da luxúria. Nessa
altura, será possível estabelecer muitos seminários para prepará-los para a vinda do Messias, o
Filho de David. "... Ou de uma geração que é toda indigna", ou seja, de uma geração em que "o
rosto da geração é como a cara do cachorro, e o justo será expulso, e os autores da Sabedoria se
extraviarão neles." Nesse tempo, será possível remover a proteção cuidadosa e todos os que
permanecem na casa de Jacó com seus corações batendo para atingir a sabedoria e a meta,

Isto é assim porque não deixará de ser um medo que não pôde sustentar a trocar o mérito e
sabedoria no mercado, uma vez que ninguém na multidão vai comprá-lo. A sabedoria será tão
repugnante em seus olhos que nem a glória nem luxúria poderão ser obtidas em troca por isso.

Assim, todos aqueles que desejam entrar podem vir e entrar. Muitos vão vagar, e aumentará o
conhecimento entre os dignos dele. E por isso em breve será recompensado com a vinda do
Messias e da redenção de nossas almas brevemente em nossos dias, amém.

Com essas palavras, eu me desvincular de uma denúncia importante, que eu tenho coragem mais
do que todos os meus antecessores na divulgação dos rudimentos normalmente ocultos na
sabedoria no meu livro, que foi até agora inexplorado. Refere-se à essência das dez Sefirot e
tudo o que lhes diz respeito, Yashar e Chozer, Pnimi e Makif, o significado da Hakaah e o
significado do Hizdakchut.

Os autores que me precederam deliberadamente espalhado as palavras aqui e ali, e em


insinuações subtis, então uma mão não seria suficiente para reuni-los. Eu , através da Sua Luz,
que apareceu em cima de mim, e com a ajuda dos meus professores, eles se reuniram e
divulgaram a matéria com bastante clareza e em sua forma espiritual, acima do lugar e do tempo
.

Eles poderiam ter vindo para mim com um grande argumento: Se não há adições aos meus
professores aqui, então o Ari e Rav Chaim Vital e os autores do original, os comentaristas de
suas palavras, poderiam ter divulgado e explicar as questões de forma tão aberta como eu. E se
você quiser dizer que foi revelado a eles, então quem é este escritor, para quem é, sem dúvida
um grande privilégio de ser pó e cinza sob os pés, que diz que o lote que lhe confere o Criador é
mais do que a sua sorte?

No entanto, como você verá nas referências, eu não adicionei nada aos meus professores, nem
inovei na composição. Todas as minhas palavras já estão escritas nas Oito Portas, na A Árvore
da Vida, e no Mavo Shearim (entrada dos portões) pelo Ari. Eu não acrescentei uma só palavra
para , mas eles destinadas a ocultar as questões, e por isso, eles espalharam as palavras por aqui
e por ali.

Isto porque sua geração ainda não foi completamente indigna e exigiu grande cuidado. Nós,
porém, para os nossos muitos pecados, todas as palavras de nossos sábios são já verdade em
nós. Eles haviam dito em relação ao tempo do Messias, para começar, para tanto numa geração
que já não tem o medo de revelar a sabedoria, como já se explicou acima, portanto, minhas
palavras estão abertas e em ordem.

Item 6

6) E agora filhos ouçam-me: A "Sabedoria clama em alta voz nas ruas, ela levanta a sua voz",
"Quem está do lado do Senhor, deixe-o vir a mim", "Pois não é coisa vã para você, porque é a
sua vida, e a duração de seus dias.”

"Você não foi criado para acompanhar o ato do grão e de batata, você e seus burros num cocho."
E como a finalidade do burro não é para servir todos os seus jumentos contemporâneos, o
objetivo do homem não é para servir todos os corpos das pessoas de seu tempo, os
contemporâneos de seu corpo físico. Pelo contrário, o objetivo do burro é servir e ser útil ao
homem, que é superior a ele e, à finalidade do homem é servir ao Criador e completar seu
objetivo.

Como disse Ben Zuma: "Todos esses foram criados apenas para servir-me, e eu, para servir ao
meu Criador." Ele diz: "O Senhor fez todas as coisas para seus próprios fins", já que o Criador
deseja e anseia a nossa perfeição.

Diz-se na Beresheet Rabba, Parasha 8, que os anjos disseram-Lhe: "O que é o homem, que Tu
lembras dele, e o filho do homem, que Tu pensas dele?" Por que Você precisa deste problema?
O Criador disse-lhes: “Portanto, por que ovelhas e bois?" O que se assemelham? Um rei que
tinha uma torre cheia abundantemente, mas sem convidados. Que prazer tem o rei da sua
abundância? Eles prontamente disseram-Lhe: "Ó Senhor, Senhor nosso, quão glorioso é o Teu
nome em toda a terra! Faça o que parece bom para você.”

Aparentemente, devemos duvidar daquela alegoria, desde que onde aquela torre cheia
abundantemente está? No nosso tempo, nós realmente iríamos enchê-la com os convidados até a
borda.

Na verdade, as palavras são sérias, pois você vê que os anjos não fizeram nenhuma reclamação
sobre qualquer uma das criaturas que foram criadas durante os seis dias da Criação, exceto sobre
o Homem. Isso é porque ele foi criado à imagem de Deus e consiste no Alto e Baixo juntos.
Quando os anjos viram-no, eles ficaram assustados e perplexos. Como seria a pura, a alma
espiritual descer do seu grau sublime, e vir morar na mesma morada com este sujo, bestial
corpo? Em outras palavras, eles se perguntavam: "Por que Você precisa deste problema?"

A resposta que veio para eles é que já existe uma torre cheia abundantemente, e vazia de
convidados. Para preenchê-la com os convidados, nos precisamos da existência deste ser
humano, feito de Superior e inferior juntos. Por este motivo, esta alma pura deve se vestir na
forma deste corpo imundo. Eles compreenderam imediatamente e disseram: "Faça o que parece
bom para Você."

Saiba que esta torre, cheia abundantemente, implica todo o prazer e a bondade para os quais Ele
criou as criaturas, como eles disseram, "A conduta do Bem é fazer o bem." Portanto, Ele criou
os mundos para deleite Suas criaturas .

E já que não há passado e futuro Nele, devemos perceber que, tão logo Ele tinha Pensado para
criar as criaturas e deleitá-las, elas saíram e foram imediatamente feitas antes Dele, elas e todas
as suas realizações de deleite e prazer, como ele havia lhes contemplado.

Está escrito no livro, Heftzi Bah (Meu Prazer Está Nela), pelo Ari, que todos os mundos,
Superiores e inferiores, estão contidos no Ein Sof (infinito), antes mesmo da Tzimtzum
(restrição), através do caminho de Ele é Um e Seu Nome Um.

O incidente do Tzimtzum, que é a raiz dos mundos ABYA, confinados a este mundo, ocorreu
porque as raízes das almas, elas mesmas, desejaram igualar sua forma com o Emanador. Este é
o significado de Dvekut (adesão), como separação e Dvekut em algo espiritual, é possível
somente nos valores de equivalência de forma ou de disparidade de forma.

Desde que Ele queria deleitá-los, o desejo de receber prazer era necessariamente impresso nos
receptores. Assim, sua forma foi alterada de His, uma vez que esta forma não é em todos os
presentes no Emanador, a partir de quem Ele iria receber?

O Tzimtzum e Gvul (limite/restrição) foi feita para este fim, até o surgimento deste mundo para
uma realidade de uma vestimenta de uma alma num corpo físico. Quando alguém se engaja na
Torá e trabalha a fim de doar a satisfação de um Criador, a forma de recepção será reunida a fim
de doar mais uma vez.

Este é o significado do texto "e te apegando a ele", desde então alguém iguala sua forma do seu
Criador, e como já dissemos, a equivalência da forma é Dvekut na espiritualidade. Quando a
questão de Dvekut é completa em todas as partes da alma, os mundos voltarão ao estado de Ein
Sof, como antes da Tzimtzum.

"Em suas terras eles irão herdar duplamente". Isto porque, em seguida, eles serão capazes de
receber mais uma vez todo o prazer e deleite, preparado para eles anteriormente no mundo do
Ein Sof. Além disso, agora eles estão preparados para o real Dvekut, sem qualquer disparidade
de forma, desde que a sua recepção não é mais para si mesmos, mas para doar contentamento
em seu Criador. Você acha que eles equalizaram na forma de doação com o Criador.
Item 7

7) Agora você compreenderá suas palavras, que a Divindade nos inferiores é uma alta
necessidade. Esta é a mais desconcertante declaração, embora ande lado a lado com o estudo
acima.

Eles compararam o tema a um rei que tem uma torre abundantemente abastecida, sem nenhum
convidado. É certo que ele se senta e espera pelos convidados, ou toda sua preparação terá sido
em vão.

É como um grande rei que teve um filho quando ele já era idoso, e ele era muito afeiçoado a ele.
Por isso, desde o dia do seu nascimento ele teve pensamentos favoráveis a respeito dele, reuniu
todos os livros e os melhores estudiosos da região, e construiu escolas para ele.

Ele reuniu os melhores construtores da região e construí palácios de prazeres para ele, reuniu
todos os músicos e os cantores e construiu pra ele salas de concerto. Ele contratou os melhores
“chefes de cozinha” e padeiros do país que lhe serviram todas as delícias do mundo e assim por
diante.

Lamentavelmente, o garoto cresceu e tornou-se um tolo com nenhum conhecimento. Ele era
cego e não poderia ver ou sentir a beleza dos prédios; e ele era surdo e não poderia ouvir os
cantores. Tristemente, ele era diabético, e lhe era permitido comer apenas pão de farinha grossa,
despertando desprezo e ira.

Agora você pode compreender suas palavras a respeito dos versos, “Eu, o Senhor, o acelerarei
no seu tempo. O (A) Sanhedrin (98) interpretou, "não recompensado – no seu tempo;
recompensado – Eu o apressarei.

Assim, existem duas maneiras de atingir o objetivo acima mencionado: através da sua própria
atenção, que é chamada um “Caminho de Arrependimento”. Se eles foram recompensados por
isso, então "Eu O apressarei" será aplicado a eles. Isto significa que não há tempo determinado
para isso, mas quando eles estão premiados, a correção assim termina com certeza.

Se eles não são premiados com a atenção, existe outro caminho, chamado “Caminho do
Sofrimento” . Como o Sanhedrin disse (97), “Eu lhes coloco um rei tal como Haman, e eles se
arrependerão contra sua própria vontade”, significando em seu próprio tempo, porque naquele
existe um tempo determinado.

Por isso, eles queriam mostrar-nos que Seus modos não são os nossos modos. Por esta razão, o
caso do rei em carne e sangue (em carne e osso) que se preocupou a fim de preparar aquelas
grandiosas coisas pra seu filho amado e foi finalmente atormentado todos s dias, e todos os seus
esforços foram em vão, trazendo desprezo e ira, não acontecerá com Ele.

Ao invés, todas as ações do Criador são garantidas e verdadeiras, e não há nenhuma fraude
Nele. Isto é o que nossos sábios disseram: “Não recompensado - no seu tempo.” O que o desejo
não faz, o tempo fará, como está escrito, “Pode você enviar a diante relâmpagos, que eles ir
dizendo-lhe: “Aqui estamos nós”?

Existe um caminho de dor que pode limpar qualquer defeito e materialismo até que se descubra
como elevar a sua cabeça fora do bercinho animal, elevar-se e escalar os degraus da escada da
felicidade e sucesso humano, porque seu desejo aderir à sua raiz e completa o objetivo.
Item 8

8) Por conseguinte, venha e veja quão gratos nós devemos ser aos nossos professores, que dão-
nos as suas Luzes sagradas e dedicam suas almas para fazer o bem para nossas almas. Eles estão
no meio entre o caminho de duros tormentos e o caminho do arrependimento. Eles nos salvam
do submundo, que é mais difícil do que a morte, e habituam-nos a alcançar os prazeres
celestiais, a sublime gentileza e o bem estar que é a nossa parte, pronto e esperando por nós
desde o início, como já dissemos acima. Cada uma delas opera em sua geração, de acordo com o
poder da Luz de sua Torá e santidade.

Nossos sábios já disseram, "Você não tem uma geração sem tais como Abraão, Isaac e Jacó".
Na verdade, esse homem de Deus, nosso Rav Isaac Luria, incomodado nos forneceu a maior
medida. Ele fez maravilhosamente mais do que seus antecessores, e se eu tivesse uma língua
que louvasse, eu louvaria aquele dia em que sua sabedoria apareceu quase como o dia em que a
Torá foi dada a Israel.

Não há palavras suficientes para medir a seu sagrado trabalho em nosso favor. As portas de
realizações foram bloqueadas e lacradas, e ele veio e abriu-as para nós. Assim, todos os que
desejam entrar no palácio do Rei, só precisam de pureza e santidade, e banhar-se, raspar os
cabelos e usar roupas limpas, de forma a estar de acordo diante da sublime Realeza.

Você encontra uma pessoa com trinta e oito anos de idade, que com sua sabedoria subjugou
todos os seus antecessores através do Gênio e através de todos os tempos. Todos os anciãos da
terra, os pastores corajosos, amigos e discípulos do sábio Divino, o Ramak, estavam diante dele,
como discípulos antes do Rav.

Todos os sábios das gerações seguintes até o dia de hoje, sem faltar nenhum, abandonaram
todos os livros e composições que o precedem, a Cabalá do Ramak, a Cabalá, da Primeira e a
Cabalá do Gênio, bendita seja a memória de todos eles. Eles ligaram sua vida espiritual
totalmente e exclusivamente à sua Santa Sabedoria. Naturalmente, não é sem mérito que a
vitória total é atribuída, como tem este jovem pai de sabedoria.

Infelizmente, as obras do diabo conseguiram, e obstáculos foram colocados ao longo do


caminho da expansão da sua sabedoria para uma nação santa, e só pouquíssimos começaram a
conquistá-los.

Isso foi tão principalmente porque as palavras foram escritas por ouvir dizer, como ele tinha
interpretado a sabedoria dia-a-dia antes de seus discípulos, que já eram idosos e com grande
proficiência no Zohar e Tikkunim (Correções). Na maioria dos casos, seus ditos sagrados foram
organizados de acordo com as questões profundas que eles lhe perguntavam, cada um de acordo
com seu próprio interesse.

Por esta razão, ele não transmitiu a sabedoria em uma ordem adequada, como as composições
que o precederam. Nós encontramos nos textos que o próprio Ari tinha a intenção de trazer as
questões em ordem. A esse respeito, ver o começo das palavras de Rashbi na interpretação do
Idra Zuta, em uma breve introdução por Rav Chaim Vital.
Há também o curto período de tempo de seu ensino, desde que o tempo todo do seu seminário
foi de cerca de dezessete meses, como está escrito no Portal para Reencarnações, Portão 8, p
49, desde que ele chegou a Safed do Egito logo antes do Pessach (Páscoa) no ano de 1571, e
naquele tempo, Rav Chaim Vital tinha vinte e nove anos de idade. E em julho de 1572, na
véspera do Shabat, Parashat Matot Masaey1, o início do mês de Av, ele adoeceu, e na terça-
feira, quinto dia de Av, na semana seguinte, ele faleceu.

Também está escrito no Portal para Reencarnações, Portão 8, p 71a, que após sua morte, ele
ordenou ao Rav Chaim Vital para não ensinar a sabedoria para os outros, e permitiu-lhe estudar
apenas por ele próprio e em um sussurro. O resto dos amigos era proibido de exercê-lo
completamente porque ele disse que eles não entendiam a sabedoria corretamente.

Esta é a razão pela qual Rav Chaim Vital não organizou os textos para todos e deixou-os
desorganizados. Naturalmente, ele não explicou as conexões entre as questões, então não seria
como ensinar aos outros. Esta é a razão pela qual encontramos muita cautela de sua parte, como
é conhecido por aqueles proficientes nos escritos do Ari.

As modalidades encontradas nos escritos do Ari foram arranjadas e organizadas por uma
terceira geração, em três vezes, e por três compiladores. O primeiro compilador foi o sábio
MAHARI Tzemach. Ele viveu na mesma época do MAHARA Azulai, que faleceu no ano de
1644.

Uma grande parte dos textos veio por ele, e ele arranjou muitos livros deles. O mais importante
deles é o livro de Adam Yashar (Homem Íntegro), no qual ele recolheu a raiz e os ensinamentos
essenciais que estavam à sua disposição. No entanto, alguns dos livros que este Rav tinha
compilado foram perdidos. Na introdução de seu livro, Kol BeRama (Em Voz Alta), ele
apresenta todos os livros que ele havia compilado.

O segundo compilador foi seu discípulo, MAHARAM Paprish. Ele fez mais do que o seu Rav,
uma vez que alguns dos livros que foram realizadas pelo sábio MAHARASH Vital veio através
de suas mãos, e ele compilou muitos livros. O mais importante entre eles são os livros, Etz
haChaim (A Árvore da Vida) e Pri Etz hacChaim (Fruto da Árvore da Vida). Elas contêm todo
o âmbito da sabedoria em seu sentido mais amplo.

O terceiro compilador foi o sábio MAHARASH Vital, o filho de MOHARAR Chaim Vital. Ele
era um grande e renomado sábio. Ele elaborou o famoso Oito Portais do patrimônio de seu pai
lhe havia deixado.

Assim, vemos que cada um dos compiladores não têm os escritos completos. É muito pesado o
arranjo das questões, que são inadequados para aqueles sem verdadeira proficiência no Zohar e
Tikkunim. Assim, poucos são aqueles que ascendem.

Item 9

9) Em troca disso, nós somos privilegiados por Ele ter sido recompensado com o espírito do
Baal Shem Tov, cuja grandeza e santidade estão acima de qualquer palavra e qualquer
enunciação. Ele não foi contemplado e não será contemplado, exceto por aqueles dignos que
tenham servido sob sua Luz, e eles, também, apenas de forma intermitente, a cada um, segundo
o que recebeu em seu coração.

É verdade que a Luz de sua Torá e Sabedoria Sagrada são construídas principalmente nas
sagradas bases de Ari. No entanto, eles não são de todo semelhantes. Vou explicar isso com
uma alegoria de uma pessoa que está se afogando no rio, subindo e descendo como as pessoas
se afogando fazem. Às vezes, só o cabelo é visível, e, então o conselho é agarrá-lo pela sua
cabeça. Outras vezes, seu corpo aparece tão bem, e, então o conselho é agarrá-lo do lado oposto
ao seu coração.

Assim é a questão diante de nós. Depois de Israel ter se afogado nas águas do mal do exílio das
nações, a partir de então até agora, ascensão e queda, e não todas as vezes são as mesmas. Na
época do Ari, apenas a cabeça era visível. Assim, o Ari era incomodado em nosso favor para
nos salvar através da mente. Na época de Baal Shem Tov, houve alívio. Dessa forma, foi uma
benção para nós para nos salvar do lado oposto do nosso coração, e que foi uma grande e
verdadeira salvação para nós.

E para nossos muitos pecados, a roda foi girada novamente em nossa geração e nós temos
diminuído drasticamente, como se a partir do zênite ao nadir.

Além disso, há a colisão entre as nações, o que confundiu o mundo inteiro. As necessidades têm
aumentado e a mente cresceu curta e corrupta na imundície do materialismo, que apreende a
liderança. Cavaleiros e ministros servis andam na terra, e tudo o que é dito em nosso estudo na
supramencionada Masechet Sutah tornou-se realidade em nós, por nossos muitos pecados.
Novamente, o muro de ferro foi erguido, mesmo com esta grande Luz do Baal Shem Tov, que
temos dito iluminado na medida do estabelecimento da nossa redenção completa.

E o sábio de coração, não acredita na possibilidade de que uma geração viria quando não podia
ver pela sua Luz. Agora, nossos olhos se escureceram, nosso bem tem sido roubado, e quando
eu vi isso eu disse: "É hora de agir!" Assim, vim abrir amplamente as portas da Luz do Ari, pois
ele é realmente capaz e apto para a nossa geração, também, e "Dois é melhor que um."

Nós não devemos ser responsabilizados pela brevidade na minha composição, uma vez que ela
corresponde e se adapta a qualquer amante da sabedoria, como muito vinho perde o sabor e a
realização se tornará mais difícil para o discípulo.

Além disso, nós não somos responsáveis por aqueles obesos de coração, uma vez que a
linguagem para ajudá-los ainda tem que ser criada. Onde quer que eles descansem os olhos, eles
acham loucura, e há uma regra que, da mesma fonte onde o sábio faz a sua sabedoria, o tolo faz
sua loucura.

Assim, eu estou no início do meu livro e aviso que eu não tenho perturbado a todos, para todos
aqueles que gostam de olhar através das janelas. Pelo contrário, é para aqueles que se importam
com as palavras do Criador e por muito tempo para o Criador e Sua Bondade, para completar o
objetivo para o qual eles foram criados, para com o desejo de Deus, o verso: "Todos aqueles que
Me procuram, Me encontrarão”, deve tornar-se realidade neles.
Item 10 e 11

Introdução ao livro –Panim Me’irot uMasbirot

10) Venha e veja as palavras do sábio, Rabbi Even Ezra em seu livro, Yesod Mora,p8b: “E agora
note e saiba que todas as Mitzvot (mandamentos) que estão escritos na Torah ou as convenções
que os pais tenham estabelecido, embora sejam principalmente em ações ou palavras, todos eles
tem a finalidade de corrigir o coração, ‘porque o Senhor esquadrinha todos os corações e
entende todas as imaginações dos pensamentos”

Está escrito, “para os que são retos de coração”. O oposto é “Um coração que maquina
pensamentos perversos”. Encontrei um verso que contém todas as Mitzvot (mandamentos), o
qual é, “Tu deves temer o Senhor teu Deus; e a Ele deves tu servir”

A palavra “temer” contem todas as Mitzvot negativas nas palavras, no coração, e nas ações. Este
é o primeiro grau a partir do qual se ascende para a obra de Deus, o qual contem todas as
Mitzvot positivas.

Estas acostumarão o coração e o guiarão até aderir-se ao Senhor, para que o homem foi criado.
Ele não foi criado para adquirir fortunas ou para a construção de edifícios. Assim, deveria
procurar tudo que o trouxesse a amar a Ele, aprender a sabedoria e a busca da fé.

E o Criador abrirá os olhos de seu coração e renovará um espírito diferente dentro dele. Então
ele será amado por seu Criador em sua vida

Saibam que a Torah foi dada apenas para os homens de coração. Palavras são como cadáveres e
Taamim (sabores) como almas. Se a pessoa não entende os Taamim, todo o seu esforço fica em
vão e o trabalho se perde.

É como se uma pessoa se empenhasse para contar as letras e palavras de um livro de medicina.
Nenhuma cura viria desse trabalho. É também, como um camelo transportando seda; que não
beneficia a seda, nem a seda o beneficia.

Nós podemos extrair somente isso de suas palavras; aferre-se ao objetivo para o qual o homem
foi criado. Ele diz isso sobre a Dvekut (a adesão) ao Criador.

Assim, ele diz que se devem procurar todos os meios que induza a amá-Lo, aprender a sabedoria
e buscar a fé, até que o Criador o recompense com a abertura dos seus olhos e o renove com um
espírito diferente dentro dele. Neste momento, ele será amado por seu Criador.

Ele deliberadamente faz o que é preciso, para ser amado em sua vida por seu Criador. Isso
indica que enquanto ele não adquiriu isto, seu trabalho estava incompleto, e o trabalho nos foi
dado necessariamente para ser feito hoje. É como ele termina, que a Torah foi dada somente aos
homens de coração, significando que adquiriram o coração para amar e desejar a Ele. Os sábios
os chamam de “sábios de coração”, desde que já não há mais uma descida, um espírito
animalesco lá, porque a inclinação para o mal está presente somente em um coração vazio de
sabedoria.
Ele interpreta e diz que as palavras são como cadáveres e as Taamim, como almas. Se alguém
não entende as Taamim, é semelhante a alguém que se empenha contando páginas e palavras de
um livro de medicina. Esse empenho não trará nenhum remédio.

Ele quer dizer que a pessoa é obrigada a achar os meios de adquirir a possessão acima
mencionada. É porque quando alguém pode provar os sabores da Torah, que é a sabedoria
interior e seus mistérios, e os sabores da Mitzva, que é o amor interior e o desejo por Ele.

Sem isso, a pessoa tem somente as palavras e as ações, corpos mortos sem almas. È como
alguém que trabalha contando páginas e palavras em um livro de medicina. Etc. Certamente, ele
não se aperfeiçoará em medicina sem antes entender o significado da medicina ali descrita.

Mesmo depois que alguém o compra, por qualquer preço que foi pedido, se a realização do
estudo e das ações não estão dispostas a levá-lo a ele, é como um camelo transportando seda,
isso não beneficia a seda e a seda não o beneficia, para trazê-lo para completar o objetivo para o
qual foi criado.

11) De acordo com estas palavras, nossos olhos foram abertos com respeito às palavras do
Rabbi Simon in Midrash Rabba, Parasha 6, sobre o verso: “Façamos o homem”. Quando o
Criador veio para criar o homem, Ele consultou o ministério de anjos, e eles foram divididos em
facções e grupos. Alguns diziam “Que ele seja criado” e alguns diziam “Que ele não seja
criado” como está escrito,” Misericórdia e verdade se encontraram; a justiça e a paz se
beijaram”

• Misericórdia disse: “Deixe-o ser criado, pois ele faz ações misericordiosas.

• Verdade disse: “Não o deixe ser criado, pois ele é todas as mentiras”

• Justiça disse: “Deixe-o ser criado, pois ele realiza a justiça”

• Paz disse: “Não o deixe ser criado, pois ele é toda a contenda”

Que o Criador fez? Ele tomou a Verdade e a jogou no chão, como está escrito, “E lançou a
verdade por terra”. Os anjos disseram perante o Criador: “Por que desgraças seu selo? Deixe a
verdade vir do chão, como está escrito, “A Verdade brota da terra”

Este texto é difícil de todos os lados

i. Não explicou a gravidade do verso, “Façamos o homem”. È um conselho que Ele precisa,
como está escrito, “Deliberação no coração de um conselho?”

ii. Com respeito à Verdade, como isso pode ser dito sobre a espécie humana inteira que são
todas as mentiras, quando não há uma geração sem tais como Abraham, Isaac e Jacob?

iii. Se as palavras da Verdade são sérias, como os anjos da Misericórdia e da Justiça


concordaram com um mundo que fosse todas as mentiras?

iv. Por que é a verdade chamada “Selo”, o qual vem à borda de uma carta?

Certamente, a realidade existe principalmente fora do selo. Não há realidade em toda parte
externa das fronteiras da Verdade?
v. Podem na verdade pensar os anjos do Verdadeiro Operador que a operação Dele é falsa?

vi. Por que a Verdade mereceu uma punição tão áspera para ser jogada na terra e dentro da
terra?

vii. Por que a resposta dos anjos não está na Torah, enquanto sua pergunta está?

Nós devemos entender que essas duas condutas colocadas diante de nossos olhos, que são
completamente opostas. Estas são as condutas da existência de toda realidade desse mundo e as
condutas dos modos de existência para a subsistência de cada um na realidade antes de nós.
Finalmente encontramos uma afirmação de orientação de conduta completamente confiável, o
qual controla os feitos de cada e toda criatura na realidade.

Vamos tomar a geração de um ser humano como um exemplo. O amor e prazer são a primeira
razão, certa e confiável esta é a primeira tarefa. Logo que é desarraigado do cérebro de seu pai,
a Providência fornece um seguro e protegido lugar entre os fundamentos do abdômen da mãe,
assim nenhum estranho pode tocá-lo.

Lá a Providencia o fornece o pão de cada dia na medida certa. Isto atende toda sua necessidade
sem esquecer por um momento sequer, até que ganhe força para sair para o ar de nosso mundo,
o qual é cheio de obstáculos.

Neste momento, a Providência lhe dá poder e força, e como um armado, experiente herói, abre
portas e quebra as paredes até que venha para pessoas que acredita que possa ajudá-lo a passar
por seus dias de fraqueza com amor e compaixão e sustentar sua existência, assim elas são as
pessoas mais preciosas para ele no mundo inteiro.

Assim, a Providência o abraça até que o qualifique para existir e levar sua existência adiante.
Como é com o homem, assim também o é com os animais e a flora. Todos são
maravilhosamente assistidos, assegurando sua existência, e cada cientista da natureza sabe disto.

No outro extremo, quando nós consideramos a ordem da existência e sustento nos modos de
vida da realidade inteira, grande e pequeno, nós encontramos ordens confusas, como se um
exército esteja fugindo da campanha doente, espancado, e afligido pelo Criador. Sua vida toda é
como a morte, não tendo nenhuma subsistência ao menos que seja atormentado primeiro,
arriscando sua vida pelo seu pão.

Mesmo um minúsculo piolho quebra seus dentes quando sai para uma refeição. Quanto ele salta
para obter alimento o bastante para seu sustento? Como eles assim são todos, grandes e
pequenos iguais, e tanto mais com seres humanos, a elite da Criação, que está envolvida em
tudo.

Item 12

12) Nós discernimos dois opostos nas dez Sefirot de Kedusha (Santidade). As primeiras nove
Sefirot são na forma de doação, e Malchut significa recepção. Além disso, as nove primeiras
estão preenchidas de Luz, e Malchut não tem nada de seu.
Este é o significado de nossa discriminação de dois discernimentos da Luz em cada Partzuf:
Orh Pnimi (Luz Interna) e Orh Makif (Luz Circundante), e dois discernimentos nos Kelim
(Vasos), que são o Kli Interior (Vaso) para Orh Pnimi e um Kli Exterior para Orh Makif.

Assim é devido aos dois opostos acima mencionados, como é impossível para dois opostos
estarem no mesmo sujeito. Assim, um sujeito específico é necessário para o Orh Pnimi e um
sujeito específico para o Orh Makif.

No entanto, eles não são realmente opostos em Kedusha, uma vez que Malchut está em Zivug
(Acasalamento), com o superior nove, e sua qualidade de doação, também, sob a forma de Orh
Chozer (Luz Refletida). Mas o Sitra Achra (Outro Lado) não tem nada dos nove Superiores.
Eles são construídos principalmente a partir do Espaço Vazio, o qual é a forma completa de
recepção, no qual o primeiro Tzimtzum (Restrição) ocorreu. Essa raiz ficou sem Luz, mesmo
após a iluminação do Kav (Linha) alcançada dentro do Reshimo (Reminiscência).

Por esta razão, eles são dois opostos completos, comparados com a vida e Kedusha, como está
escrito: "Deus fez o mesmo, assim como também o outro", daí eles são chamados "mortos".

Foi explicado acima, Item 6, que a questão do Tzimtzum era somente para o adorno das almas,
sobre a equivalência de forma com o seu Criador, que é a inversão dos vasos de recepção para a
forma de doação.

Você percebe que esse objetivo ainda é negado da perspectiva dos Partzufim de Kedusha
(Rostos da Santidade). Isso é porque não há nada lá do Espaço Vazio, que é a forma completa
de recepção, sobre a qual estava o Tzimtzum, portanto, nenhuma correção será aplicada a ele,
pois não existe na realidade.

Além disso, não há nenhuma correção aqui a partir da perspectiva do Sitra Achra, embora
tenha um Espaço Vazio, uma vez que tem um interesse completamente oposto, e tudo o que ele
recebe morre.

Por isso, é apenas um humano neste mundo que precisamos. Na infância, ele é sustentado e
apoiado pelo Sitra Achra, herdando os Kelim do seu Espaço Vazio. Quando ele cresce, ele se
conecta a estrutura do Kedusha através do poder da Torá e Mitzvot para doar contentamento ao
seu Criador.

Assim, a pessoa transforma a total medida de recepção que já adquiriu para ser exclusivamente
organizada para doação. Desse modo, ele equivale a sua forma com o seu Criador e o objetivo
se torna realidade nele.

Este é o significado da existência do tempo neste mundo. Você descobre isso em primeiro lugar,
esses dois opostos acima foram divididos em dois assuntos separados, chamados Kedusha e
Sitra Achra, por meio de, "mesmo a um bem como o outro". Eles ainda estão desprovidos da
correção acima, pois eles devem estar no mesmo assunto, que é o homem.

Portanto, a existência de uma ordem de tempo é necessária para nós, desde então, os dois
opostos irão se transformar em uma pessoa, um por um, ou seja, sentindo uma hora a Katnut
(infância) e em outra a Gadlut (idade adulta/maturidade) .
Item 13

13) Agora você pode entender a necessidade da quebra dos vasos e suas propriedades, como
está escrito no O Zohar e os escritos do Ari, que duas espécies de Luz estão presentes em cada
dez Sefirot, correndo para trás e para frente.

. . A primeira Luz é Orh Ein Sof (Luz do Infinito), que se desloca de cima para baixo. Ela é
chamada Orh Yashar (Luz Direta).

.A segunda Luz é resultado do Kli de Malchut, retornando de baixo para cima, chamada Orh
Chozer (Luz Refletida).

Ambos unidos num só. Saibam que a partir do Tzimtzum para baixo, o ponto de Tzimtzum é
desprovido de qualquer Luz e continua a ser um Espaço Vazio. A Luz Superior não pode mais
aparecer na última Bechina (discernimento) antes do fim da correção, e isso é dito
particularmente sobre Orh Ein Sof, chamado Orh Yashar. No entanto, a segunda Luz, chamada
Orh Chozer, pode aparecer na última Bechina, uma vez que o caso do Tzimtzum não se aplica a
ele no seu todo.

Agora aprendemos que o sistema do Sitra Achra e Klipot (cascas) é uma necessidade para o
propósito da Tzimtzum, a fim de instilar na pessoa os grandes vasos de recepção, enquanto em
Katnut, quando se está dependente dela.

Assim, o Sitra Achra também precisa de abundância. Onde ela iria levá-lo se ela é feita
exclusivamente da última Bechina, o qual é um espaço que está vazio de qualquer Luz, já que
desde o Tzimtzum para baixo a luz superior é completamente separada dela?

Assim, a questão da quebra dos vasos tinha sido preparada. A quebra indica que uma parte do
Orh Chozer do mundo dos Nekudim descendentes de Atzilut para o Espaço Vazio. E você já
sabe que Orh Chozer pode aparecer no Espaço Vazio, também.

Essa parte, o Orh Chozer que desceu de Atzilut exteriormente, contém trinta e duas Behinot
(discernimento) especiais de cada e toda Sefira dos dez Sefirot de Nekudim. Dez vezes trinta e
dois é 320, e estas 320 Behinot que desceram, foram preparadas para o sustento da existência de
níveis inferiores, que vêm para eles, em dois sistemas, como está escrito: "Deus fez igualmente
um, assim como os outros”, significando os mundos de ABYA de Kedusha e oposto a eles os
mundos de ABYA de Sitra Achra.

Na interpretação do verso, "e uma pessoa será mais forte do que as outras pessoas," nossos
sábios disseram que, quando um sobe, o outro cai, e Tzor é construída apenas sobre as ruínas de
Jerusalém. Isto é assim porque todas estas 320 Behinot podem aparecer para a Sitra Achra, no
momento em que a estrutura do sistema de Kedusha, com relação a esses inferiores, é
completamente arruinada.

Além disso, esses 320 Behinot podem ligar-se exclusivamente à Kedusha. Naquele tempo, o
sistema de Sitra Achra é completamente destruído da terra, e eles podem se dividir mais ou
menos uniformemente entre eles, de acordo com as ações das pessoas. E assim eles encarnam
nos dois sistemas, até que a correção seja concluída.
Após a quebra dos vasos e do declínio das 320 Behinot de centelhas de Luz de Atzilut para o
exterior, 288 deles foram classificadas e se elevaram, o que significa tudo o que desceu dos
primeiros nove Sefirot dos dez Sefirot de Nekudim. Nove vezes trinta e dois são 288 Behinot, e
elas são as que se reconectaram à construção do sistema de Kedusha.

Você verifica que apenas trinta e dois Behinot permaneceram para a Sitra Achra das que haviam
descido de Malchut do mundo de Nekudim. Este foi o início da estrutura de Sitra Achra, na sua
pequenez extrema, quando ela ainda é imprópria para a sua tarefa. A conclusão de sua
construção terminou mais tarde, pelo pecado de Adam HaRishon com a Árvore do
Conhecimento.

Assim, vemos que existem dois sistemas, um oposto ao outro, operando na persistência e na
sustentação da realidade. A porção de Luz necessária para essa existência é de 320 centelhas.
Estas foram preparadas e mensuradas pela quebra dos vasos. Esta porção é para balançar entre
os dois sistemas, e é disso que a condução da sustentação e existência da realidade depende.

Você deve saber que o sistema de Kedusha deve conter, pelo menos, uma porção de 288
centelhas para completar seus nove Sefirot superiores, e então ele pode manter e fornecer para a
existência dos níveis inferiores. Isto é o que tinha antes do pecado de Adam HaRishon, e por
isso toda a realidade foi então conduzida pelo sistema de Kedusha, uma vez que tinha todas as
288 centelhas.

Item 14

14) Agora, encontramos a abertura para o estudo acima , em relação às quatro seitas,
Misericórdia, Justiça, Verdade e Paz, que negociou com o Criador sobre a criação do homem.
Esses anjos são servidores da alma do homem, por isso, Ele negociou com eles, uma vez que o
próprio ato de Criação foi criado de acordo com eles, como toda e qualquer alma é composta de
dez Sefirot no Orh Pnimi e Orh Makif .

• A misericórdia é o Orh Pnimi dos primeiros nove da alma.

• Retidão é o Orh Pnimi do Malchut da alma.

• A Verdade é a Orh Makif da alma.

Já dissemos que Orh Pnimi e Orh Makif são opostos, pois o Orh Pnimi é desenhado pela lei da
iluminação do Kav, que está impedido de aparecer no momento do Tzimtzum, que é a forma de
recepção de Gadlut .

O Orh Makif estende do Orh Ein Sof, que envolve todos os mundos, uma vez que lá, no Ein Sof,
grandes e pequenos são iguais. Por esta razão, o Orh Makif brilha e doa em cima do ponto de
Tzimtzum, também, muito menos para Malchut.

Uma vez que eles são opostos, dois Kelim são necessários. Isso ocorre porque o Orh Pnimi
ilumina nos nove Superiores. Mesmo para Malchut, ele brilha somente de acordo com a lei dos
nove Superiores, e não propriamente para ela. No entanto, o Orh Makif brilha nos Kelim que se
estendem especificamente do ponto de Tzimtzum, que é chamado de “Kli externo".
Agora você pode entender porque a Verdade é chamada de “Selo”. É um nome emprestado de
um selo na borda de uma carta, no final das matérias. No entanto, ele afirma e lhes dá validade.
Sem o selo eles são inúteis, e todo o texto é desperdiçado.

É o mesmo com o Orh Makif que outorga sobre o ponto do Tzimtzum, que é a medida Gadlut de
recepção, até que equivale a sua forma com o seu Criador em outorga. Na verdade, este é o
propósito de todos os mundos limitados, Superior e inferior.

O protesto da Verdade sobre a criação do homem é a sua afirmação de que é tudo mentira. Isto é
assim porque, a partir da perspectiva do Criador, o homem não tem um Kli exterior, que ele
precisa tirar do ponto de Tzimtzum, como ela já foi separada de sua luz. Assim, os Anjos da
Verdade não poderiam ajudar o homem a obter o Orh Makif.

Todos os mundos limitados, Superior e inferior , foram criados exclusivamente para esta
conclusão, e este homem deve ser o seu único sujeito . Mas desde que este homem é impróprio
para o seu papel, eles são todos abismo e falsidade, e o trabalho neles - inútil.

É o oposto com os anjos da Misericórdia e da Justiça, que pertencem especificamente ao Orh


Pnimi da alma. Porque ele não tem nada do Espaço Vago, que poderia conceder-lhe todas as
Luzes de Neshama abundantemente, na perfeição mais sublime.

Assim, eles eram felizes para beneficiá-lo e concordar de todo coração para a criação do
homem. Porque eles são NHY que entram por Zivug de Hakaah (Acoplamento por golpes), eles
pertencem à metade do Orh Makif a partir da perspectiva do Orh Chozer nele.

Os anjos da Paz, alegam que ele é todo luta. Em outras palavras, como ele vai receber a Orh
Makif? No final, eles não podem vir no mesmo assunto com o Orh Pnimi, porque são opostos
entre si, ou seja, significando todas as lutas.

O Orh Makif é discernido em dois: o futuro Orh Chozer e o futuro Orh Makif. O Kli externo
para Orh Chozer é o Masach (Tela) e Kli externo para o Orh Makif é o próprio Aviut de Bechina
Dalet (Quarto Discernimento), ou seja, o Coração de Pedra.

Você verifica que Adam HaRishon carece do Kli exterior, que pertence aos anjos da Verdade.
Ele não carece do Kli exterior, pertencentes aos anjos da Paz. Assim, eles concordaram com a
Criação, mas afirmaram que ele é todo luta, o que significa que o Orh Makif não pode entrar no
Kli Interior, uma vez que são opostos

Item 15

15. Agora nos foi concedida a compreensão do resto dos versos no pecado da Árvore do
Conhecimento do bem e do mal, os quais são mais profundos. Nossos sábios, que divulgaram
uma porção deles, ocultaram dez porções com suas palavras.

Como prefácio, está escrito: "E ambos estavam nus, o homem e sua esposa, e não se
envergonhavam." Saber que a roupa significa um Kli Exterior. Assim, o texto precede para
demonstrar a razão para o pecado da Árvore do Conhecimento, assim como está escrito no
verso, "Difamação é terrível para os filhos do homem, na difamação você vem sobre ele."
Isso significa que seu pecado tinha sido preparado com antecedência, e este é o significado das
palavras que Adam e sua esposa não têm um Kli Exterior no momento da criação, mas apenas o
Kelim Interior, que se estendem a partir do sistema de Kedusha, portanto, eles não se
envergonhavam. É por isso que não sinto sua falta, como a vergonha refere-se a uma sensação
de ausência.

Sabe-se que a sensação de ausência é a primeira razão para a realização da deficiência. É como
alguém que se sente que está com uma doença e está disposto a receber a medicação. No
entanto, quando a pessoa não sente que está doente, ela certamente vai evitar todos os
medicamentos.

Na verdade, essa tarefa é para o Kli Exterior fazer. Uma vez que é na construção do corpo e é
vazia de Luz, como ele vem do Espaço Vago, que gera a sensação de vazio e escassez nele, pelo
qual se torna vergonha.

Assim, somos compelidos a voltar a preencher a ausência e extrair a falta da Orh Makif, que
está prestes a preencher essa Kli. Este é o significado do versículo: "E ambos estavam nus, o
homem e sua esposa," do Kli Exterior. Por esta razão, eles não tinham vergonha, pois não se
sentia a sua ausência. Dessa maneira, elas são desprovidas de finalidade para a qual foram
criados.

No entanto, devemos entender a sublimidade daquele homem, feito pelas mãos do Criador.
Além disso, sua esposa, a quem o Criador tem administrado mais inteligência do que ele, como
eles têm escrito (Nidah 45) na interpretação do verso: "E o Senhor fez a costela."

Assim, como é que eles falham e se tornam tolos, não sabendo tomar cuidado com a astúcia da
serpente? Por outro lado, aquela serpente, de que o texto atesta era mais esperta do que todos os
animais do campo, como foi essa loucura total e vazio de que eles deveriam jogar fora o fruto da
Árvore do Conhecimento, que eles se voltariam para Deus? Além disso, como é que essa
loucura se estabelece em seus corações?

Além disso, é dito abaixo que eles não comeram por causa do desejo deles de tornarem-se Deus,
mas simplesmente porque a árvore é boa para comer. Este é aparentemente um desejo
animalesco!

Item 16

16) Devemos reconhecer a natureza dos dois tipos de discernimentos a que estamos
habituados:

• O primeiro discernimento é chamado de “discernimento entre o bem e o mal.”

• O segundo discernimento é chamado de “discernimento entre o verdadeiro e o falso.”


Isso significa que o Criador implantou em cada criatura uma força de discernimento que
executa tudo que é bom para ela levando-a a deseja perfeição. O primeiro discernimento é a
força física ativa. Ela funciona usando a sensação do amargo e doce, que detesta e repele o
amargo, uma vez que é ruim para ela, amando e atraindo o doce porque é bom para ela. Essa
força atuante é suficiente nos reinos Inanimado, Vegetativo e Animal a fim de levá-los à sua
desejada perfeição.

Acima deles está a espécie humana, na qual o Criador instilou uma força operacional
racional. Ela atua utilizando a segunda opção de discernimento acima, rejeitando a falsidade
e o vazio ao ponto de sentir-se nauseada, atraindo verdades e benefícios com grande amor.

Esse discernimento é chamado de “discernimento entre o verdadeiro e o falso.” Somente existe


na espécie humana, cada um na sua própria medida. Saiba que esta segunda força atuante foi
criada e colocada no homem por causa da serpente. Na criação, ele possuía apenas a primeira
força ativa, do discernimento entre o bem e o mal, que era suficiente para ele àquela época.
Deixe-me explicar-lhe através de uma estória: se os justos fossem recompensados de acordo
com suas boas ações e os fracos punidos de acordo com suas más ações nesse mundo, Kedusha
seria imputada a nós na realidade do doce e bom e Sitra Achra seria imputada na realidade do
mau e amargo.

Nesse estado, o mandamento da escolha nos alcançaria, conforme está escrito, “Veja, eis que
Tenho posto diante de ti o doce e o amargo, portanto escolha o doce.” Dessa forma, todos teriam
garantia de atingir a perfeição, pois certamente fugiriam do pecado, pois lhes é prejudicial.
Estariam ocupados em Suas Mitzvot dia após dia, incessantemente, como os tolos de hoje com
suas preocupações materiais e suas impurezas, já que é bom e doce para eles. Assim foi o
problema de Adam HaRishon quando Ele o criou.

“E o colocou no Jardim do Éden para vesti-lo e protegê-lo.” Nossos sábios interpretam que
“para vesti-lo” são Mitzvot positivas, e “protegê-lo” são Mitzvot negativas. Suas Mitzvot
positivas eram comer e deliciar-se com todas as árvores do Jardim, e suas Mitzvot negativas
eram não comer da Árvore do Conhecimento do bem e do mal. As Mitzvot positivas eram doces
e agradáveis e as Mitzvot negativas eram afastar-se da frutas amargas que são duras como a
morte.

Não é surpresa que essas não possam ser chamadas Mitzvot e trabalho. Nós encontramos suas
semelhanças em nosso íntimo hoje em dia, onde, através dos prazeres do Shabbat e bons dias
somos agraciados com o sublime Kedusha. E também somos agraciados com o distanciamento
de répteis e insetos e tudo aquilo que nos incomoda.

Observe que a escolha na tarefa de Adam HaRishon encontrava-se estava em “portanto escolha
o doce.” Entende-se que o paladar físico por si só era suficiente para todas as suas necessidades,
a fim de saber o que o Criador determinou e o que Ele não determinou.
Item 17

17) Agora nos podemos entender a astúcia da serpente, a qual foi adicionada pelos os nossos
sábios e nos informou que SAM se revestiu nela, porque suas palavras eram muito elevadas. E
começou com: Sim, Deus disse:

“Não comerás de nenhuma árvore do jardim ? Quer dizer que ele começou a falar com ela
desde que a mulher não era ordenada pelo Criador . Consequentemente perguntei sobre os
modos de verificação; ou seja, como você sabe que a Árvore do Conhecimento havia sido
proibida ? Talvez todos os frutos do Jardim fossem proibidos para você também ? E a mulher
disse... “- Os frutos das árvores do Jardim nós podemos comer ; ... Vós não podereis comê-los
nem tocá-los para que não morras.”

Há dois grandes pontos aqui :

A. Tocar nunca havia sido proibido; ou seja porque ela incluiu a proibição ?

B. Teria ela duvidado das palavras do Criador ? O Criador disse, “Tu certamente morrerás” e a
mulher disse ,"para que não morras" . Poderia ela não ter acreditado na palavra do Criador
mesmo antes do pecado ?

A mulher respondeu de acordo com a pergunta da serpente. Ela sabia que o Criador havia
proibido, e que todas as árvores do Jardim são doces e gostosas de comerem. Contudo ela já
estava perto de tocar a árvore dentro do Jardim, e provou um gosto tão desagradável como a
morte.

Ela constatou a sua própria observação, há o medo da morte mesmo com um simples toque. Por
esse motivo ela entendeu a proibição muito mais do que ouvira de seu marido , como não há
nada tão sábio quanto o experiente.

“Para que não morras” se refere ao toque . A resposta deve ter sido suficiente, por quem
interferiria e negasse outro sabor ? Contudo a serpente a contrariou e disse “Vós certamente
morrerá” ; Deus sabe que o dia que comeres do fruto, seus olhos serão abertos.

Nós devemos ser precisos sobre a questão de abrir olhos neste lugar. Na verdade ela teve uma
nova informação. Isso provou para eles que e insensato pensar que o Criador faria algo que
fosse danoso ou prejudicial ao seu próprio mundo. Então tudo que diz respeito ao Criador com
certeza não pode ser algo ruim ou prejudicial.

Ao invés dessa amargura que você provará, quando mesmo perto de tocar, e somente na sua
parte , uma vez comendo será comunicada a altura de seu mérito Assim e Kedusha adicional
que você precisa durante o ato, então o seu único objetivo será trazer contentamento ao seu
autor mantendo o objetivo para o qual você foi criado. Por esta razão parece malvado para você
, então você entenderá a Kedusha adicional exigida de você.

“Porque no dia em que comeres dela” Ou seja se o ato está em Kedusha é puro e claro como o
dia, então” Serás como Deus conhecendo o bem e o mal” Isto significa que e harmonioso para o
Criador e se equivalem, então bem e mal será para você equivalente amável e gentil.

Então é possível duvidar da credibilidade da serpente, uma vez que não foi o Criador quem
disse . Portanto a primeira serpente disse : “Deus sabe que o dia que comeres os seus olhos
serão abertos”
Isso significa que não é necessário para o Criador notificar você disso, pois ele sabe que se você
prestar atenção no que comer ao lado de Kedusha, seus olhos serão abertos por eles mesmos,
para entender o tamanho de sua grandeza. Você sentira a doçura e delicadeza que há nele.
Portanto ele não precisa deixar você saber o que ele sabe, logo ele deu a você a força do
discernimento para que você saiba qual é o seu benefício por você mesmo.

Está escrito após isso que: “Quando a mulher viu que árvore era um bom alimento, seus olhos
se deleitaram” Isso significa que ela não confiou nas palavras dele, mas foi e examinou com a
sua própria consciência, entendimento, e santificou-se com Kedusha adicional para trazer
contentamento ao Criador e para completar os objetivos pretendidos por ela, e não tudo só para
ela mesma. Neste momento seus olhos estavam abertos, quando a serpente disse: “E a mulher
viu que a árvore era um bom alimento”

Em outras palavras , vendo aquilo “Era um deleite para os olhos” antes mesmo dela tocar, sentiu
a doçura e o desejo, nunca havia visto algo tão desejável dentre todas as árvores do Jardim.

Ela também aprendeu que aquela árvore era boa para o conhecimento, ou seja há muito mais
para se desejar, e se cobiçar naquela árvore do que em todas as demais árvores do Jardim. Isso
se refere ao fato de que eles foram criados para o ato de comer, e que esse era o objetivo, como
disse a serpente para ela.

Depois de todas essas observações “Ela pegou o fruto e comeu, e deu para seu marido e ele
comeu” O texto escreve precisamente “com ela”, o que quer dizer, pura intenção para doar
conceder, e não apenas para suas próprias necessidades. Em outras palavras “ela deu também ao
seu marido juntamente com ela” com ela na Kedusha.

Item 18

18) Chegamos agora ao cerne da questão e do erro relativo à perna dele. Esta Arvore do
Conhecimento do bem e do mal foi misturada com o Espaço Vazio, ou seja, com a forma
Gadlut de recepção em que o Tzimtzum foi executado e do qual o Orh Elyon partiu.

Também foi explicado que Adam HaRishon não têm qualquer forma Gadlut de recepção em sua
estrutura, que se estende do Espaço Vazio. Em vez disso, ele estendeu exclusivamente do
sistema de Kedusha, preocupado apenas com doação.

Está escrito n'O Zohar (Kedoshim), que Adam HaRishon não tinha nada deste mundo. Por esta
razão, a Árvore do Conhecimento foi proibida a ele, como sua raiz e todo o sistema de Kedusha
são separados do Sitra Achra, devido à sua disparidade de forma, que é a separação.

Assim, ele também foi ordenado, e advertiu sobre a ligação para ele, pois assim ele seria
separado de sua raiz santa e morreria como o Sitra Achra e Klipot que morrem devido a sua
oposição e separação do Kedusha e da Vida de Vidas.

No entanto, Satã, que é SAM, o anjo da morte que se vestia na serpente, desceu e seduziu Eva
com dolo em sua boca: "Certamente vós não morrereis." Sabe-se que qualquer mentira não
resiste se não for precedida por palavras de verdade. Daí, ele começou com uma palavra
verdadeira e revelou o propósito da Criação para ela, que só veio para corrigir essa árvore,
significando inverter a grandes vasos de recepção para o lado da doação.

Ele disse a ela que Deus tinha comido dessa árvore e criou o mundo, significando que olhou
para essa matéria na forma de "O fim de um ato está no pensamento preliminar", e por esta
razão que Ele criou o mundo. Como vimos acima, toda a questão do primeiro Tzimtzum foi só
para o homem, destinado a uniformizar a forma de recepção para a doação.

Esta era a verdade, é por isso que sucedeu e que a mulher acreditava que, quando ela preparou a
si mesma para receber e apreciar apenas para outorgar. Você acha que, de algum modo, o mal
desapareceu da Árvore do Conhecimento do bem e do mal e a Árvore do Conhecimento do bem
permaneceu.

Isso ocorre porque o mal é somente a diferença de forma de recepção para "si mesmo", que foi
gravado nele. No entanto, com a recepção, a fim de doar, ele é levado à sua perfeição completa,
e assim você encontra que ela fez a grande unificação, como deve ser no final do ato.

No entanto, essa Kedusha sublime ainda era prematura. Ela era apenas apta para suportá-la ao
comer primeiro, mas não num segundo comer. Vou explicar-lhe que aquele que se abstém do
prazer antes de ter provado e não está acostumado, não é como aquele que se abstém de prazer,
depois de te-lo provado e se conecta a ele. O primeiro certamente pode abster-se de uma vez por
todas, mas o outro precisa exercer um desejo para se abster pouco a pouco até que o assunto
esteja concluído.

Então é aqui, pois a mulher ainda não havia provado da Árvore do Conhecimento, e estava
completamente em doação. Por esta razão, foi fácil para ela realizar a comer primeiro, a fim de
doar contentamento ao Criador em Kedusha absoluta. No entanto, depois de ter provado, um
grande desejo e cobiça para a Árvore do Conhecimento foi feito nela, até que ela não poderia se
abster a partir de seu desejo, uma vez que a situação tinha ido para fora do seu controle.

É por isso que nossos sábios disseram que ela comeu prematuramente, ou seja, antes de ser
maduro, antes que eles adquirissem força e poder para governar sobre o seu desejo. É
semelhante ao que os sábios disseram em Masechet Yevamot, "Eu comi e vou comer mais." Isto
significa que, mesmo quando ele tinha ouvido falar explicitamente que o Criador estava em ira
com ele, ele ainda não podia se abster a partir dele, uma vez que o desejo já havia sido ligado a
ele. Você acha que comer primeiro foi do lado do Kedusha, e comer em seguida foi em grande
imundície.

Agora podemos entender a gravidade da punição da Árvore do Conhecimento, para que todas as
pessoas são condenadas à morte. Esta morte se estende a partir de comê-la, como o Criador
tinha avisado, "no dia em que comeres, certamente morrerás".

A única coisa é que a forma de recepção Gadlut estende seus braços a partir do Espaço Vazio, e
diante da Tzimtzum não é mais possível para ela, que esteja sob o mesmo teto com a Elyon Orh
(Luz Superior). Assim, o eterno sopro de vida, expressa no verso”, e soprou nas suas narinas o
fôlego da vida", teve que sair de lá e dependem de uma fatia de pão para o seu sustento
transitório.

Esta vida não é uma vida eterna, como antes, quando era para si. É bastante semelhante à de um
suor da vida, uma vida que foi dividida em gotas minúsculas, onde cada gota é um fragmento de
sua vida anterior. E este é o significado das faíscas de almas que foram espalhadas ao longo de
seus descendentes. Assim, em todos os seus descendentes, todas as pessoas no mundo, em todas
as gerações, através da última geração, que conclui a finalidade da criação, são uma longa
cadeia.

Isso segue que os atos do Criador não mudam em nada pelo pecado da Árvore do
Conhecimento. Pelo contrário, esta luz de vida que veio de uma só vez em Adam HaRishon
alargada e esticada em uma longa cadeia, girando na roda da transformação da forma até o final
da correção. Não há interrupção por um momento, uma vez que as ações do Criador deve ser
vivas e duradouras, "Santidade é gerado, não baixada."

Como é o caso do homem, isso é o que acontece com todas as criaturas no mundo, porque todos
eles descendem de uma forma eterna e geral, na roda da transformação da forma, como o fez o
homem.

Ambos o homem e o mundo têm um valor interior e um valor exterior. O exterior sempre sobe e
desce de acordo com o interior, e este é o significado de "No suor do teu rosto comerás o teu
pão." Ao invés da respiração anterior de vida que o Criador tinha respirado nas narinas, existe
agora um suor da vida em suas narinas

Item 19

19) Nossos sábios disseram (Babba Batra 17), "Ele é a má inclinação, ele é o Satã, ele é o anjo
da morte. Ele desce e incita, sobe e reclama, ele vem e ele toma a sua alma. "Isto é se deve a
duas corrupções gerais que ocorreram em função do pecado da Árvore do Conhecimento.

A primeira corrupção é a questão de "sobe e reclama." Ele foi tentado a comer da Árvore do
Conhecimento adquirindo um receptor de Espaço Vazio na estrutura de seu corpo. Isso, por sua
vez, causou ódio e distanciamento entre a Luz eterna da vida que o Criador soprou nas narinas e
corpo de Adão.

É semelhante ao que eles disseram, “Todos aqueles que são orgulhosos, diz o Criador, “ele e
Eu não podemos viver na mesma morada”. Isso ocorre porque o orgulho deriva dos
receptores do Espaço Vazio, do qual a Orh Elyon já havia partido desde o Tzimtzum.

Está escrito no Zohar que o Criador odeia os corpos que são criados apenas para eles mesmos.
Por isso, o Luz da vida o abandonou, sendo esta a primeira corrupção.

A Segunda corrupção é queda das 288 faíscas que se encontravam conectadas no sistema de
Kedusha. Foram dadas e desceram para o sistema da Sitra Achra e Klipot evitando que o
mundo fosse destruído.
Isso acontece porque o sistema de Kedusha não pode sustentar e alimentar as pessoas e o
mundo, em função do ódio criado entre a Kedusha e o Kelim do Espaço Vago. Isso está de
acordo com a lei dos opostos, “ele e Eu não podemos habitar a mesma morada”. Assim, as 288
faíscas foram dadas para o sistema da Sitra Achra a fim de que ela nutrisse e sustentasse do
homem e o mundo por todas as encarnações das almas nos corpos, como está escrito, “Dez mil
para uma geração e por mil gerações”, até a correção final.

Agora você entende porque elas são chamadas de Klipot. Deve-se ao fato de elas se assemelham
a cascas de uma fruta. A casca dura envelopa e cobre a fruta a fim de mantê-la longe de
qualquer sujeira e perigo até que seja comida. Sem isso a fruta seria corrompida e não alcançaria
seu propósito. Assim você entende porque as 288 faíscas foram dadas à Klipot, como forma de
sustentar e qualificar a realidade até que conectem-se e atinjam seu objetivo

A Segunda corrupção

Para entender isso, você precisa de uma boa imagem da Sitra Achra do jeito que ela realmente
é. Dessa forma você será capaz de examinar todos seus caminhos, Todas as partes da realidade
do mundo inferior são ramos, expandindo-se de suas raízes como um selo impresso dos Mundos
Superiores, e daquele Acima destes e daqueles mais Acima deste último Acima.

Saiba que qualquer diferenciação de ramos a partir das raízes encontra-se apenas em relação às
suas substâncias. Isso significa que as substâncias nesse mundo são corpóreas e as substâncias
no mundo de Yetzirah são espirituais, relacionando-se à espiritualidade em Yetzirah. É assim em
todos os mundos.

Entretanto, a ocorrência e o comportamento neles têm o mesmo valor de cada ramo a partir de
sua raiz, como duas gotas num lago da mesma forma que a marca cuja forma é idêntica àquela
deixada por um selo aplicado. E, uma vez que você saiba isso, podemos procurar aquele ramo
que a Sitra Achra superior tem nesse mundo e, através dela, conheceremos, também, a raiz da
Sitra Achra superior.

Encontramos no Zohar (Parashat Tazriya) que as aflições no corpo das pessoas são ramos da
Sitra Achra superior. Dessa forma, tomemos o nível Animal e vamos aprender a partir dele.
Percebemos que o jorro que ocorre em seu corpo através do atingir do prazer é o que prolifera
sua vida. Por essa razão a Providência (Divina) implantou nos pequenos que qualquer coisa que
eles vejam proporciones-lhe prazer e contentamento, mesmo as coisas mais insignificantes.

Isso acontece porque o nível do menor deve proliferar suficientemente para crescer e brotar, por
isso o prazer deles é tão intenso. Dessa forma descobre-se que a Luz do prazer é a progenitora
da vida.

Entretanto, esta lei aplica-se apenas aos prazeres que atendam o nível como um todo. Em
prazeres de separação, onde o prazer está concentrado sendo recebido apenas por uma das partes
do nível Animal, verificamos a regra oposta. Se há uma parte defeituosa em sua carne, que
necessita ser arranhada ou coçada, o ato de arranhar já traz a recompensa em si, à medida que a
pessoa sente grande prazer nisso. Entretanto, este prazer está manchado com uma gota da
porção da morte: se a pessoa não controla seus desejos e sucumbe a essas tentações, o
pagamento será cada vez maior.

Em outras palavras, à medida que aumenta o prazer gerado pelo ato de arranhar, coçar,
aumentará, por sua vez, a dor. A partir do momento em começar a curar-se novamente, uma
nova necessidade de coçar aparece, mais forte do que anteriormente. Se o indivíduo ainda não
consegue controlar-se em seu desejo, atuando a fim de preencher esta demanda, terá um
incremento no mal estar também.

Finalmente, ele traz uma gota amarga, envenenando completamente o sangue daquele animal.
Descobre-se que ele morreu ao receber prazer, já que é um prazer de separação, recebido apenas
pela parte separada do nível.

Aqui temos diante de nós a forma da Sitra Achra superior da cabeça aos dedos dos pés. Sua
cabeça é o desejo de receber para si mesmo e não compartilhar fora de si mesmo, da mesma
forma de exigência que não será cumprida em relação a todo o mundo animal. O corpo da Sitra
Achra é um tipo de demanda que não será paga. O pagamento que o individuo faz aumenta o
débito e o sofrimento ainda mais, da mesma forma que o prazer recebido quando coçamos.

O dedo do pé da Sitra Achra é gota da poção da morte que a rouba e separa da última faísca de
vida que lhe restou, assim como a gota da poção da morte que intoxica todo o sangue no animal.

Este é o significado do que disseram nossos sábios, “no final, ele veio e tomou sua alma”. Em
outras palavras, eles disseram que o anjo da morte veio com sua espada com uma gota de
veneno em sua ponta; a pessoa abre a boca, ele joga a gota lá dentro e ele more.

A espada do anjo da morte é a influência da Sitra Achra, chamada Herev {1} em função da
separação que aumenta de acordo com a medida da receptividade e a separação o destrói. O
individuo é compelido a abrir a boca, uma vez que deve receber a abundância para o sustento e
persistência das mãos dela. No final, a gota amarga na ponta da espada o alcança completando a
separação de sua última faísca de vida.
Item 20

20) Como resultado destas duas corrupções, o corpo do homem foi corrompido também, pois é
precisamente adaptado pela Criação para receber a abundância para seu sustento do sistema de
Kedusha. Isto é assim porque em qualquer ato viável, suas partes são guardadas de qualquer
excesso ou escassez. Um ato que não é viável é porque suas partes estão desequilibradas e há
alguma carência ou excesso neles

Como ele diz no “Poema da Unificação” : “De todo o Seu trabalho, nenhuma coisa Você
esqueceu; Você não acrescentou, e Você não subtraiu.” É uma lei compulsória que operações
perfeitas provem do Operador perfeito

Entretanto, quando uma pessoa passa do sistema de Kedusha para o sistema da Sitra Achra,
devido a craca ligada a sua construção pela Árvore do Conhecimento, muitas partes dela estão
em excesso, desnecessárias . Isto é porque elas não recebem nada da abundância do sustento
dispensada pela autoridade da Sitra Achra, como vemos com o osso Luz (Zohar, Midrash
HaNe’elam, Toladot), e também numa certa porção de cada e todo órgão.

Por isso, tem-se que receber sustento do nosso próprio do corpo mais do que é necessário, visto
que o excesso se junta a toda exigência que nasce do corpo. Portanto, o corpo recebe por eles.
Contudo, o excesso ele mesmo não pode receber sua parte; assim sua parte permanece no corpo
como excesso e lixo que o corpo tem que expulsá-lo mais tarde.

Em consequência, as ferramentas de alimentação e digestão esforçam-se em vão. Elas diminuem


e se reduzem até a extinção porque seu fim está predeterminado, como o de qualquer ato
desequilibrado, está destinado a se desintegrar. Assim você constata que da perspectiva da
construção do corpo, também, sua morte depende da causa e do efeito da Árvore do
Conhecimento.

Agora nós conseguimos aprender e conhecer as duas condutas contraditórias e opostas (Item
11). O sustento e a manutenção dos seres criados já passou do sistema de Kedusha para o
sistema da Sitra Achra. Isto acontece devido à craca do grande desejo de receber para si mesmo,
presa nos seres criados por comer da Tree of Knowlegde (Árvore do Conhecimento). Isto induz
a separação, oposição, e aversão entre o sistema de Kedusha e a estrutura dos corpos dos seres
criados neste mundo.

E quando Kedusha não pode mais sustentar e alimentá-los da grande mesa, para não destruir a
realidade e para induzir um ato de correção neles, ele dá ao coletivo a abundância de sustento da
realidade – suas 288 faíscas - para o sistema da Sitra Achra, então eles abastecerão toda a
criação do mundo durante o período de correção.
Por esta razão, as ações da existência estão muito confusas, uma vez que o mal brota da
maldade, e se a abundância é reduzida para os seres criados, certamente traz ruína e destruição.
E se a abundância é aumentada, traz excessiva força de separação aos receptores, como nossos
sábios dizem, “Aquele que tem cem, quer duzentos; aquele que tem duzentos quer
quatrocentos.”

É como o prazer separado que o corpo separado e defeituoso sente, onde o prazer aumentou,
aumenta a separação e a aflição. Assim, o amor-próprio aumenta imensamente nos receptores, e
engole-se o amigo vivo. Também, a vida do corpo encurta, uma vez que a acumulação de
recepção traz a gota amarga ao fim mais cedo, e para onde quer que eles se virem eles apenas
condenam.

Agora você pode compreender o que está escrito em “Tosfot (Ktubot p. 103):” Quando alguém
ora para que a Torah entre no corpo, deveria orar para que nenhuma iguaria entre no corpo.”
Isto porque a forma de auto-correção, que é o oposto de Kedusha, aumenta e se multiplica na
medida do prazer que o corpo adquire.

Assim, Como pode alguém obter a Luz da Torah dentro do corpo, quando ele está separado e
em completa oposição da forma de Kedusha, e há grande ódio entre eles, como em todos os
opostos: eles se odeiam uns aos outros e não podem estar debaixo do mesmo teto.

Portanto, deve-se primeiro orar para que nenhum deleite ou prazer entre no corpo, e como os
feitos na Torah e Mitzvot acumulados, lentamente você purifica-se e inverte-se a forma de
recepção no sentido de doar. Você descobre que se iguala a sua forma ao sistema de Kedusha, e
a equivalência e o amor entre eles retorna, como antes do pecado da Árvore do Conhecimento .
Assim, você é premiado com a Luz da Torah, uma vez que entrou na presença do Criador.

Item 21 -22

21) Agora é completamente compreendido por que a resposta dos anjos a respeito da criação do
homem, que nós aprendemos na Midrash (item 11), não é apresentada. É porque até mesmo os
anjos de Misericórdia e da Justiça não concordaram com o homem atual, já que ele tem estado
completamente fora de suas influências e se tornou totalmente dependente da Sitra Achra.

O Midrash termina: "Ele tomou a Verdade e a jogou no chão. Todos disseram imediatamente,
"Deixe a Verdade brotar da terra." Isto significa que até mesmo os anjos da Misericórdia e da
Justiça lamentaram o consentimento deles, como nunca concordaram que a Verdade seria
desonrada.

Este incidente ocorreu no momento da alimentação da Árvore do Conhecimento, quando a


verdade estava ausente da gestão da sustentação da realidade, pois a força do exame impresso
no homem pela Criação, que opera pela sensação de amargo e doce, tem enfraquecido e falhado
(Item 17).

Isto é assim porque a provisão para o sustento, que são as 288 diferentes Behinot, já estavam tão
claras como dia, ligado ao sistema da Kedusha. E "o palato prove seu alimento", para atrair
integralmente tudo o que é amado e doce, e rejeitar tudo o que é amargo, então ninguém deve
falhá-los.

No entanto, após a primeira degustação da Árvore do Conhecimento, para o qual Gadlut forma
auto-recepção ficou presa a eles, seu corpo e a Kedusha tornaram-se dois opostos. Naquela
época, a abundância de sustento, que são as 288 Behinot, passou para as mãos da Sitra Achra.

Você descobre que as 288 faíscas que já haviam sido classificadas foram remixadas pela Sitra
Achra. Assim, uma nova forma foi feita na realidade a forma cujo início é doce e cujo fim é
amargo.

Isto foi porque a forma das 288 foi alterada pela Sitra Achra, onde a Luz do prazer traz
separação e uma gota de amargura. Esta é a forma de mentira; o primeiro e o principal
progenitor de toda a destruição e confusão.

Está escrito: "Ele tomou a Verdade e a jogou no chão." Assim, por causa da serpente, um novo
discernimento foi adicionado ao homem, a força ativa e cognitiva. Ela opera por discernimentos
do verdadeiro e do falso, e é preciso usá-la durante todo o período de correção, pois sem ela o
benefício é impossível (Item 17).

Venha e veja toda a confusão causada pela queda das 288 faíscas nas mãos da Sitra Achra.
Antes que eles provassem da Árvore do Conhecimento, a mulher não podia nem mesmo tocar a
coisa proibida (Item 17). Por mera proximidade da Árvore do Conhecimento, ela provou
amargura que tinha gosto da morte. Por esta razão, ela entendeu e acrescentou a proibição de
tocá-la. E depois da primeira mordida, quando a Sitra Achra e a falsidade já controlavam o
sustento da realidade, a proibição tornou-se tão doce no seu início, que já não podiam se afasta
dela. É por isso que ele disse, "Eu comi e vou comer mais."

Agora vocês entendem porque a recompensa na Torá é destinada apenas para os corpos
maduros. É porque todo o propósito da Torá é para corrigir o pecado da Árvore do
Conhecimento, o que induziu à confusão da conduta do sustento da realidade.

É por essa correção que a Torá foi dada para elevar as 288 faíscas para a Kedusha mais uma
vez. Naquela época, a condução do sustento vai voltar para Kedusha e as confusões cessarão a
forma dos meios de sustento da realidade. Então, as pessoas serão levadas à sua perfeição
desejada por si só, apenas pelo discernimento de amargo e do doce, que foi o primeiro operador,
antes do pecado da Árvore do Conhecimento.

Os profetas, também, falam apenas da correção deles, como é dito, "Todos os profetas
profetizaram apenas para os dias do Messias." Esse é o sentido da restauração das formas de
sustento do mundo sob ordenados pela Providência, como era antes do pecado. "Mas para o
outro mundo" implica o fim do problema, que é a equivalência de forma com o Criador, “nem
tem o olho visto um Deus além de Ti." Também está escrito que nos dias do Messias, se o Egito
não subir, não vai chover sobre eles, ou seja, através dos discernimentos do bem e do mal.

22) Agora que entendemos as palavras de nossos sábios que o Criador não encontrou um navio
que contém uma bênção para Israel, mas a paz. Nós perguntamos: "Por que foi escolhida esta
declaração ao final da Mishnah?"

De acordo com o acima exposto, entendemos que a alma eterna da vida que o Criador tem
soprado em suas narinas, só para as necessidades de Adam HaRishon, se afastou por causa do
pecado da Árvore do Conhecimento. Ela adquiriu uma nova forma, chamada "Suor da Vida",
que significa que o geral foi dividido em um grande número de particulares, gotas minúsculas,
divididas entre Adam HaRishon e todos os seus descendentes até o final dos tempos.

Daqui resulta que não existem alterações nos atos do Criador, mas há sim uma forma adicional
aqui. Esta Luz comum da vida, que estava lotado no nariz de Adam HaRishon expandiu-se em
uma longa cadeia, girando na roda da transformação da forma de muitos corpos, corpo após
corpo, até o fim da necessária correção.

Acontece que ele morreu no mesmo dia em que comeu do fruto da Árvore do Conhecimento e
da vida eterna partiu dele. Em vez disso, ele foi amarrado a uma longa cadeia pelo órgão da
procriação (que é o significado da cópula, chamado "Paz").

Você descobre que um não vive para si mesmo, mas para toda a cadeia. Assim, cada parte da
cadeia não recebe a Luz da vida em si, mas apenas distribui a Luz da vida para toda a cadeia.
Este é também o que você encontra nos seus próprios dias de vida: aos vinte anos, ele está apto
a casar com uma mulher e dez anos, ele pode esperar para ter filhos, portanto, ele será pai,
certamente aos trinta anos.

Então, ele senta e espera por seu filho até que ele estar com quarenta anos de idade, a idade de
Binah (entendimento), então ele pode passar para ele a felicidade e o conhecimento que ele
adquiriu por si mesmo, e tudo o que tinha aprendido e herdado de seus antepassados, e ele vai
confiar nele para não perdê-lo para um assunto mal. Em seguida, ele prontamente desaparece, e
apertos de seu filho a continuação da cadeia no lugar de seu pai.

Foi explicado (Item 15) que o incidente do pecado da Árvore do Conhecimento foi obrigatório
para Adam HaRishon, como está escrito, "Libel é terrível para os filhos dos homens." Isto é
assim porque é preciso acrescentar a uma estrutura de um Kli exterior para receber a Luz
Circundante, então os dois opostos se tornarão em um assunto, em duas épocas consecutivas.
Durante o período de Katnut, ele vai ficar dependente da Sitra Achra. Seus vasos de recepção do
Espaço Vazio irão crescer à suas medidas desejadas pelos prazeres separados que se recebe por
causa deles.

Finalmente, quando se atinge Gadlut e se engaja na Torá e Mitzvot, a capacidade de transformar


grandes vasos de recepção, a fim de outorgar estarão prontamente disponíveis. Este é o objetivo
principal, chamado "A Luz da Verdade" e "O Selo" (Item 14).

No entanto, sabe-se que antes que alguém se conecte à Kedusha, deve aposentar-se mais uma
vez de qualquer tipo de recepção que ele recebeu da tabela do Sitra Achra, tal como o
mandamento do amor veio até nós, "com todo o teu coração e com toda a tua alma." Portanto, o
que tem os sábios feito por essa correção se alguém perde tudo o que adquiriu a partir do Sitra
Achra?

Por esta razão, Sua Providência proveu a proliferação dos corpos em cada geração, como nossos
sábios disseram: "Ele viu que os justos eram poucos, Ele levantou e os plantou em cada
geração." Isto significa que Ele viu que no final, os justos irão repelir o problema do auto-
recebimento completamente e, portanto, a Luz Circundante deles diminuiria, uma vez que o Kli
exterior que está apto para ela será repelida deles.
Por esta razão, Ele plantou em cada geração, porque em todas as gerações, um grande número
de pessoas é criado principalmente para os justos, para os portadores do Kelim do Espaço Vago
para eles. Assim, o Kli exterior necessariamente operaria no justo involuntariamente.

Isto é assim porque todas as pessoas no mundo estão ligadas uma as outras. Eles afetam um ao
outro, tanto em inclinações corporais quanto nas opiniões. Portanto, eles necessariamente
trazem a inclinação para o auto-recebimento dos justos, e desta maneira eles podem receber a
Luz Circundante desejada.

No entanto, por conseguinte, o justo e o perverso deveriam ter sido iguais em peso em cada
geração. No entanto, isto não é assim, e para cada justo, nós encontramos muitos milhares de
inúteis. No entanto, você deve saber que existem dois tipos de governo na criação de: a) uma
força qualitativa; b) uma força quantitativa.

A força daqueles que pendem sobre os pés da Sitra Achra é deficiente, desprezível e baixo,
indesejável, e sem propósito, e eles são como a palha soprada pelo vento. Assim, como tais
pessoas podem fazer qualquer coisa para as pessoas hábeis cujo caminho é claro com o desejo e
o objetivo, e um pilar da Luz Superior brilha diante deles dia e noite, o suficiente para trazer as
minúsculas inclinações em seus corações?

Assim, Ele proveu a força quantitativa na Criação, como esta força não precisa de qualquer
qualidade. Vou explicar-lhe pelo caminho encontramos a força qualitativa na força, como nos
leões e tigres, onde, devido à grande qualidade da sua força ninguém vai lutar contra eles.

Oposto a eles, nós encontramos força e poder, sem nenhuma qualidade, como nas moscas. Mas
por causa de seus números, ninguém vai lutar contra eles. Esses andarilhos vagam pela casa do
homem e ficam sobre a mesa livremente e é o homem que se sente fraco contra eles.

No entanto, com as moscas selvagens, insetos e outros hóspedes indesejados, embora a


qualidade de sua força seja maior do que a das moscas domésticas, o homem não vai descansar
até que ele expulsá-las completamente do seu domínio. Isto é assim porque a natureza não lhes
atribui à capacidade de reprodução das moscas.

Assim, você pode ver que necessariamente é preciso ter uma grande multidão para cada justo.
Eles transmitem suas inclinações brutas nele através do poder de seus números, pois eles não
têm qualidade alguma.

Este é o significado do versículo: "O Senhor dará força ao seu povo." Significa que a Luz eterna
da vida, atingida por toda a cadeia da criação, é chamada de "Força". O texto garante que o
Criador certamente nos dará essa força.

No entanto, devemos perguntar: Como assim? Uma vez que cada pessoa não é em toda de si
mesma, como nossos sábios escreveram: "É melhor para um ser não nascido que de nascer ', por
que então temos certeza da Sua eternidade?"

E o verso termina: “o Senhor abençoará o seu povo com a paz", que significa a bênção dos
filhos. É como nossos sábios disseram em Masechet Shabbat, “quem faz a paz na casa está
ocioso." É assim porque através dos filhos, esta corrente está amarrada e ligada até o final da
correção. Naquela época, todas as peças estarão na eternidade.
Por esta razão, nossos sábios disseram: "O Criador não encontrou um recipiente que contenha
uma bênção para Israel, mas a paz." Porque, como Sua bênção é eterna, o receptor deve ser
eterno.

Assim, você descobrirá que através dos filhos, os pais possuem e criam entre eles a cadeia de
eternidade, apto para realizar a bênção para a eternidade. Daqui resulta que é a paz que mantém
e realiza a plenitude da bênção.

Por isso, nossos sábios terminaram a Mishnah com este versículo, uma vez que a paz é o vaso
que mantém a bênção da Torá e todas as Mitzvot para nós até a redenção completa e eterna em
breve em nossos dias Amém, e tudo virá para o seu lugar em paz .
Matéria e Forma na Sabedoria da Cabalá

Como um todo, a ciência é dividida em duas partes: uma é chamada “pesquisa material” e a
outra, “pesquisa formativa.” Isto significa que matéria e forma são percebidos em cada elemento
de toda a realidade perante nós.

Por exemplo, uma mesa consiste de matéria, ou seja, madeira, e consiste de forma, o formato de
uma mesa. A matéria, sendo a madeira, é a portadora da forma: a mesa. Também, na palavra
“mentiroso”, há a matéria, que é a pessoa, e há a forma: a mentira. A matéria, que é a pessoa,
porta a forma de uma mentira, ou seja, o hábito de contar mentiras. E é assim com tudo.

Portanto, a ciência, também, que investiga os elementos da realidade, é dividida em duas partes:
a pesquisa material e a pesquisa formativa. A parte da ciência que estuda as qualidades das
substâncias na realidade, ambas, materiais sem sua forma, e materiais junto com suas formas, é
chamada “pesquisa material.” Esta pesquisa é empírica, baseada em evidências e deduções
derivadas da experimentação prática, e estas experimentações práticas são tratadas como uma
base sólida para deduções válidas.

A outra parte da ciência estuda somente formas abstraídas dos materiais, sem nenhum contato
com a substância em si mesma. Em outras palavras, eles extraem as formas de verdadeiro e
falso a partir dos materiais, que são as pessoas que as portam, e se empenham somente em
pesquisar para saber tais valores de superioridade e inferioridade nestas formas de verdadeiro e
falso como elas são por elas mesmas, nuas, como se elas nunca tivessem vestido alguma
matéria. Isto é chamado “pesquisa formativa.”

Esta pesquisa não é baseada em experimentos práticos, pois tais formas abstratas não aparecem
em experimentos práticos, pois elas não existem na realidade de fato. Isso é porque tal forma
abstrata é imaginária, significando que só a imaginação pode vê-la, mesmo que não exista na
realidade de fato.

Portanto, qualquer pesquisa científica deste tipo é necessariamente baseada somente em uma
base teórica. Isso significa que ele que não é derivada de uma experimentação prática, mas
somente de uma pesquisa de negociações teóricas.

O total de toda a alta filosofia pertence a este tipo; portanto, muitos intelectuais contemporâneos
a deixaram, desde que eles estão descontentes com qualquer pesquisa construída em bases
teóricas. Eles acreditam que não seja uma base sólida, pois eles consideram comente a base
experimental como sólida.

E a sabedoria da Cabalá, também, é divida nestas duas partes: “pesquisa material” e “pesquisa
formativa.” Mas aqui existe uma grande vantagem com relação às ciências seculares: aqui,
mesmo parte da pesquisa formativa está construída inteiramente na crítica da razão prática, ou
seja em uma base prática empírica.
Isto é para Judah

Esse pão, o que os nossos pais comeram na terra do Egito. A Mitzva de comer Matza 4 foi
dado aos filhos de Israel mesmo antes de eles terem partido do Egito, relacionado com o êxodo
futuro, o qual era para ser com pressa. Daqui resulta que o Mitzva de comer um Matza foi-lhes
dado quando eles ainda estavam em escravidão, e a intenção do Mitzva era para o tempo da
redenção, dado que então eles partiram apressadamente.

É por isso que ainda actualmente gostamos de lembrar o consumo de Matzas no Egito, visto que
também nós estamos como quando fomos escravizados no estrangeiro. Além disso, com este
Mitzva pretendemos alargar a redenção que acontecerá em breve nos nossos dias, Amén, assim
como os nossos pais comeram no Egito.

Este ano: aqui... no próximo ano: livres. Foi escrito acima que, com a intenção deste Mitzva
podemos evocar a redenção garantida, que nos foi destinada, como no Mitzva de comer o Matza
dos nossos pais no Egito.

Éramos escravos... Está escrito em Masechet Pesachim (pág. 116): "Começa com denúncia, e
termina com louvor." Quanto à denúncia, Rav e Shmuel estavam em disputa: o Rav disse para
começar com: "no início, os nossos pais eram adoradores de ídolos" e Shmuel disse para
começar com: "Éramos escravos". A prática segue Shmuel.

Precisamos compreender esta disputa. A razão para "começar com denúncia e terminar com
louvor" é, como está escrito, "na medida em que a luz excedia as trevas". Portanto, devemos
recordar a questão da denúncia, que através dela podemos adquirir conhecimentos profundos
sobre as misericórdias do Criador connosco.

É sabido que todo o nosso início é apenas em denúncia, dado que "a ausência precede a
presença". É por isso que "um potro selvagem nasce um homem." E, no final, ele adquire a
forma de um homem. Isto aplica-se a cada elemento na Criação, e assim foi no enraizamento da
nação israelita, também.

O motivo é que o Criador extraiu a existência da Criação a partir da ausência. Portanto, não há
uma única criação que não tenha estado previamente ausente. No entanto, esta ausência
apresenta uma forma distinta em cada elemento da criação, porque quando dividimos a
realidade em quatro tipos: imóvel, vegetativo, animado e discursivo, verificamos que o início do
imóvel é necessariamente ausência total.

No entanto, o início do vegetativo não é ausência total, mas apenas o seu nível anterior, o qual,
comparado com este, é considerado ausência. E em matéria de semear e apodrecer, necessários
para qualquer semente, são recebidos da forma do imóvel. É idêntico com a ausência do
animado e do discursivo: a forma vegetativa é considerada ausência relativamente ao animado e
a forma animada é considerada ausência relativamente ao discursivo.

Assim, o texto ensina-nos que a ausência que precede a existência do homem é a forma da
besta. É por isso que está escrito: "um potro selvagem nasce um homem", visto ser necessário

4
Pão não fermentado comido pelos Judeus durante o feriado da Páscoa
cada pessoa começar no estado de uma besta. E o escrito diz: " Homem e besta tu conservas, ó
Senhor". E como a um animal é dado tudo o que precisa para a sua subsistência e para o
cumprimento do seu propósito, Ele também proporciona ao homem tudo que é necessário para a
sua substância e para o cumprimento do seu propósito.

Portanto, devemos entender onde está a vantagem da forma do homem sobre o animal, na
perspectiva da sua própria preparação. Na verdade, é discernido nos seus desejos, pois
certamente que os desejos do homem são certamente diferentes dos de uma besta. E, nessa
medida, a salvação de Deus para o homem difere da salvação de Deus para uma besta.

Assim, depois de todos os escrutínios e averiguações, descobrimos que a única necessidade nos
desejos do homem, que não existe na totalidade das espécies animadas, é o despertar para
Dvekut (adesão) Divina. Somente a espécie humana está pronta para tal, e nenhuma outra.

Daqui decorre que toda a questão da presença da espécie humana está nessa preparação gravada
nele para que anseie pelo Seu trabalho, e nisso ele é superior à besta. E muitos já disseram que
até a inteligência no artesanato e nas práticas políticas está presente, com grande sabedoria, em
muitos elementos do mundo animal.

Deste modo, podemos também entender a questão da ausência que precede a existência do
homem como a negação do desejo da proximidade de Deus, dado estar-se no estado animado.
Agora nós compreendemos as palavras da frase que disse: “Começa com denúncia, e termina
com louvor". Isto significa que devemos recordar e pesquisar a ausência que precede a nossa
existência de uma forma positiva, pois esta é a denúncia que precede o louvor , e a partir dela
entenderemos o louvor mais profundamente, como está escrito: "Começa com denúncia, e
termina com louvor."

Este é também o significado dos nossos quatro exílios, exílio a exílio, que precedem as quatro
redenções, redenção a redenção, até à quarta redenção, que é a perfeição completa que
esperamos para breve nos nossos dias, Amén. O exílio refere-se à "ausência que precede a
presença", que é a redenção. E dado que esta ausência é o que se prepara para o HaVaYaH que
lhe foi atribuído, como o semear prepara a colheita, todas as letras da redenção estão presentes
no exílio, com excepção de Aleph, dado que esta letra indica o "Aluph (Campeão) do mundo". 5

Isto ensina-nos que a forma da ausência não é mais do que a negação da presença. E nós
conhecemos a forma da presença – redenção – a partir do verso: "e não ensinarão mais cada um
ao seu próximo ... porque todos Me conhecerão, desde o menor deles até o maior deles".
Portanto, a forma da ausência anterior, ou seja, a forma de exílio, é apenas a ausência do
conhecimento do Senhor. Esta é a ausência de Aleph, que está faltando em Gola (exílio) e
presente em Geula (redenção): Dvekut com o “Campeão do mundo". Isto é precisamente a
redenção das nossas almas, nem mais nem menos, como já dissemos que todas as letras de
Geula estão presentes em Gola, exceto Aleph, que é o Campeão do mundo.

Para entender esta questão de peso, que a ausência em si é o que prepara a presença que lhe foi
destinada, devemos aprender com as condutas deste mundo corpóreo. Vemos que no conceito
de liberdade, que é um conceito sublime, só alguns poucos escolhidos o compreendem, e

5
Nota do Tradutor: Em hebraico, a diferença entre as palavras Galut (exílio) e Ge'ula (redenção) é a
adição da letra Aleph a este último.
mesmo estes necessitam de preparações adequadas. Mas a maioria das pessoas é totalmente
incapaz de o compreender. Por outro lado, no que diz respeito ao conceito de escravidão, os
pequenos e os grandes são iguais: nem a menor das pessoas o tolerará.

(Vimos que a Polónia perdeu o seu reino apenas porque a maioria deles não compreendeu
adequadamente o mérito da liberdade e não o preservou. Assim, eles caíram sob o peso da
dominação do governo russo durante cem anos. Durante esse período, todos eles sofreram o
peso da subjugação e procuraram desesperadamente a liberdade, do menos ao mais importante.
E embora ainda não reconhecessem o gosto da liberdade como realmente é, cada um deles
imaginou-o como quis, mas, na ausência de liberdade, que é a subjugação, ficou profundamente
gravada no seu coração a estimação da liberdade.

Por este motivo, quando foram libertados do fardo da subjugação, muitos deles ficaram
desnorteados, sem saber o que haviam ganho com essa liberdade. Alguns deles até se
arrependeram e disseram que o seu governo estava a sobrecarregá-los ainda com mais impostos
do que o governo estrangeiro, desejando o seu regresso. Isto porque a força da ausência não os
afectara suficientemente.)

Agora podemos entender a disputa entre Rav e Shmuel. O Rav interpreta a frase como
começando com a denúncia para que através dela a salvação possa ser profundamente apreciada.
Por isso, ele diz para começar a partir do tempo de Terah. E ele não diz o que diz Shmuel, pois
no Egipto o Seu amor e trabalho já estavam plantados em alguns poucos pertencentes à nação.
Além disso, a dificuldade adicional da escravidão no Egipto não é uma deficiência por si
própria, na vida da nação chamada "Adão".

E Shmuel interpreta a frase dizendo que, uma vez que a ausência prepara a presença, é
considerada uma parte da Sua salvação, devendo ser igualmente recebida com gratidão.
Portanto, não devemos começar com: "no início, os nossos pais eram adoradores de ídolos",
visto que aquela época não é sequer considerada como "ausência que precede a presença". Isto
porque eles estão completamente desprovidos do tipo de presença humana, dado terem sido
completamente retirados do Seu amor, como o neutro, que é desprovido de amor.

Assim, começamos com a escravidão no Egipto, quando as faíscas do Seu amor estavam
queimando nos seus corações, até certo ponto, mas devido à impaciência e ao trabalho duro,
estava a extinguir-se todos os dias. Isto é considerado "ausência que precede a presença" e é por
isso que ele diz para começar com: "éramos escravos."

E também deve-se ao facto de o conceito de liberdade da nação no conhecimento de Deus ser


um conceito muito elevado, que apenas alguns poucos entendem, e que mesmo assim exige
preparações adequadas, mas a maioria das pessoas não atingiu isso. Por outro lado, a percepção
das dificuldades da escravidão é clara para todos, como Even Ezra escreveu no início de
Parashat Mishpatim: "Nada é mais difícil para o homem do que estar na autoridade de outro
homem como ele".
A Mente Atuante

Cada criatura é obrigada a alcançar a raiz de sua alma, significa que o propósito dessa criatura,
mais desejado e cheio de esperança é a união com o Criador, como no verso: “e unir-se a Ele”, e
os sábios interpretam esta união com Seus Atributos, assim como Ele tem compaixão, então
você… e assim por diante. E estes Seus Atributos são conhecidos como Sefirot, estes sete
Sefirot (Sua criação) estão atuando e conduzindo Seu mundo; pois Ele os mede por seus meios,
Sua influência e beneficência.

Mesmo assim é necessário considerar porque isto é chamado de “unir-se” ao Criador, pois
parece ser o simples estudo (das Esferas). E eu vou explicar por meio de uma ilustração:
observamos que em cada ação feita no mundo, lá se adere e permanece nesta ação da mente que
a fez; então, na mesa sentimos a mente do carpinteiro e o comando de sua habilidade, grande ou
pequeno, pois quando estava trabalhando avaliou a mesa com seu conhecimento e
inteligência.Assim, quem examina a ação e pensa na mente escondida ali (entende que) é desde
seu inicio unido à mente que a fez, ou seja, estão de fato unificados.

Porque realmente não existe distância nem divisão em entidades espirituais mesmo se
apresentarem-se como corpos distintos, assim a inteligência dentro deles não pode ser dividida
em partes, pois com que faca você dividiria o espiritual para que permanecesse dividido?
Portanto, a coisa mais importante que divide as espiritualidades umas das outras são (a diferença
de) atributos: ou seja, atributos louváveis ou atributos desprezíveis; também em compostos (de
espiritualidades), pois uma inteligência que contempla astrologia não se unirá (se comporá) com
outra que contempla as ciências naturais, e mesmo em uma mesma área de conhecimento
existem muitos compostos (de sabedoria), pois um substitui seu companheiro por (tendo
adquirido) um conhecimento (a mais), e apenas por estes (diferentes atributos) as
espiritualidades são dividas entre os homens. Entretanto, quando dois homens sábios pensam
em um campo de conhecimento no qual ambos são iguais no que se refere ao conhecimento,
então eles estão de fato unificados, pois, o que há para diferenciá-los?

E assim, quando alguém pensa na desempenho de seu amigo, e compreende a inteligência que
ele exercitou neste desempenho, então ambos estão igualmente envolvidos com o poder e a
inteligência de um deles; Agora estão, de fato, unificados como um homem que encontra seu
amigo no Mercado, e o abraça, e o beija e ninguém consegue separá-los devido ao grande laço
que existe entre eles.

E assim, de modo geral, o aspecto de Inteligência do qual falamos, é o poder (e inteligência) que
é encontrado entre o Criador e Suas criaturas, é o intermediário, (entre o Criador e a criatura),
ou seja, Ele emanou uma centelha de Inteligência pela qual tudo retorna a Ele. E nos lembra o
versículo: “Todos, Vós fizestes com sabedoria”, ou seja, Ele criou todo o universo com Sua
Sabedoria, e assim sendo aquele que por merecimento possa compreender os modos pelos quais
Ele criou o universo e sua ordem, certamente se une com Sua Inteligência, que os causou, e
assim se une com o Abençoado Criador.

E este é o segredo do Torah; são todos os Criadores do Criador, que são pertinentes (podem ser
entendidos por) as criaturas, e então a criatura compreende pelos seus meios a Inteligência que
formou todas elas.

Pois o Criador olhou dentro do Torah na hora em que criou o mundo, que é conhecida como
Luz (Neshama) que compreende os meios pelos quais as criaturas se unem sempre a essa
Inteligência e portanto, se unem ao Criador.

E com isso entendemos o porquê do Criador nos ter mostrado as Ferramentas de Suas
Habilidades; estamos precisando criar mundos? Pelo que dissemos acima está claro que o
Criador nos mostrou Seu Sistema para sabermos como unirmo-nos a ele, que é o preenchimento
de “unir-se a Seus Atributos”.
Introdução ao Livro Da Boca de um Sábio

É sabido, de livros e autores, que o estudo da sabedoria da Cabalá é uma necessidade absoluta
para qualquer pessoa de Israel. E uma pessoa que estude a Torah e conheça de cor a Mishnah e
o Gemurah, e uma pessoa que seja cheia de virtudes e boas ações ainda mais do que todos os
seus contemporâneos, mas que não tenha aprendido a sabedoria da Cabalá, essa pessoa tem que
reencarnar neste mundo para estudar os segredos da Torah e da sabedoria da verdade. Isto está
presente em vários sítios nos escritos dos nossos sábios.

Isto é o que O Zohar escreve na interpretação do Cântico dos Cânticos, explicando o versículo:
"Se não o sabes, ó mais formosa entre as mulheres" que os nossos sábios interpretaram como
uma alma que se apresenta diante do Trono depois de seu falecimento.

O Criador diz-lhe: “Se não o sabes, ó mais formosa entre as mulheres.” Embora você seja a
mais formosa (justa) entre as mulheres e mais virtuosa em boas ações do que todas as almas, se
não tem conhecimento nos segredos da Torah: "volta para trás pelas pegadas do rebanho", saia
daqui e não regresse mais a este mundo. "E alimenta as crianças, junto às tendas dos pastores",
vá para os seminários e aprenda os segredos da Torah da boca dos discípulos dos nossos sábios.

Temos de compreender as suas palavras ao condicionarem a perfeição de alguém ao estudo da


sabedoria da verdade. Igualmente, como é que é diferente das outras palavras da Torah
revelada? Não encontramos em nenhum lugar que um é obrigado a entender todos os assuntos
da Torah, e que não terá concluído caso algum assunto da Torah esteja em falta. Além disso, os
nossos sábios disseram que não é o estudo que é o mais importante, mas sim o acto. Os nossos
sábios também disseram: "Um faz muito, o outro pouco, desde que direccionem os seus
corações para o Céu", e há muitas outros ditos do género.

A fim de atingir a profundidade das suas palavras mencionadas anteriormente, devemos


primeiro compreender o que já foi escrito muitas vezes em O Zohar e em Tikkunim (Correções
de O Zohar), sábia e deliciosamente: "A Torah, o Criador e Israel são um.” Isto parece ser
muito paradoxal.

Antes de explicar as suas palavras, aviso-o que os nossos sábios definiram uma grande regra
para nós relativamente a todos os nomes sagrados e denominações nos livros. Estas são as suas
palavras de ouro: "Aquilo que não alcançamos, não definimos por um nome."

Interpretação: É sabido que não há qualquer pensamento e percepção sobre Ele, como está
escrito no artigo "Elijah começou" no início de Tikkunim de O Zohar. Por esse motivo, até o
pensamento do ”Ser "do Criador é proibido, quanto mais o discurso.

Todos os nomes que atribuimos a Ele não se referem ao Seu Eu, mas apenas às Suas Luzes, que
se expandem a partir d’Ele para os inferiores. Mesmo o nome sagrado, Ein Sof (Infinito),
apresentado nos livros de Cabalá, é considerado também como Luz que se expande da Sua
Essência.

Mas desde que Ele determinou que a Sua Luz, que se expande do Seu Eu, será alcançada pelos
inferiores como Ein Sof, devemos, portanto, defini-lo por esse nome. No entanto, isto não se
refere à Sua Essência, uma vez que não há absolutamente nenhuma percepção ou pensamento
n’Ele. Assim, como poderemos defini-Lo por um nome ou uma palavra, se tudo aquilo que nós
não alcançamos não definimos por um nome?

Qualquer novato na sabedoria da verdade deve contemplar a grande regra acima descrita antes
de qualquer escrutínio num livro de Cabalá, que mesmo o pensamento é proibido no Seu Eu,
uma vez que não há qualquer percepção n’Ele. Assim, como podemos mencionar um nome ou
uma palavra n’Ele, o que indica realização?

No entanto, é um grande Mitzva examinar e pesquisar nas Suas iluminações, que expandem
d’Ele, que são todas as denominações e nomes sagrados contidos nos livros. É uma absoluta
necessidade para qualquer pessoa de Israel estudar e compreender os segredos da Torah e todas
as formas da Sua doação sobre os inferiores, que são a essência da sabedoria da verdade e a
recompensa futura das almas no final da correção.

Está escrito nas palavras dos nossos sábios, em O Zohar e em Tikkunim, que todos os Mundos
Superiores e todas as Sefirot Sagradas dos cinco mundos AK e ABYA foram previamente
preparados em quantidade e qualidade para complementar os filhos de Israel. Isso acontece
porque a alma de um de Israel é uma parte de Deus Acima e "O fim de um acto está no
pensamento preliminar."

Surgiu na Sua Simples Vontade de deliciar com recompensa pelo trabalho deles. E por essa
razão, toda a realidade expandiu perante Ele por via de uma sequência de causas e respectivas
consequências na descida dos níveis através dos mundos AK e ABYA. Finalmente, eles
suscitaram dois discernimentos incorporados um no outro: a alma pertencente às ocultações do
céu, que se expande e veste o corpo físico.

A essência da realidade expandiu através do último nível, que é o corpo físico com uma alma.
Da mesma forma, o encadeamento foi feita por via de causa e consequência, relacionando com a
essência da existência da realidade, que são as formas da Sua doação pendentes por diferentes
graus.

Assim, a Luz Superior é Mais Alta do que Alta e acabará por se expandir e chegar à alma
vestida no corpo físico neste mundo, como está escrito: “pois a terra será cheia do conhecimento
do Senhor, e eles não ensinarão mais cada homem seu vizinho, e cada homem o seu irmão,
dizendo: 'Conheçam o Senhor', porque todos me conhecerão, desde o menor deles até o maior
deles.”

É escrito pelos nossos sábios e em O Livro de Zohar: "Toda a Torah são os nomes do Criador."
Todas as histórias e as leis e as frases, todos são os Seus Nomes Sagrados.

De acordo com o explicado anteriormente, que "tudo que nós não alcançamos nós não
definimos com um nome", você vai entender imediatamente o significado dos Nomes Sagrados
do Criador. Estas são as realizações que se expandem desde Ele até aos Seus servos, os profetas
e os justos, cada um segundo o seu mérito, como está escrito: "somos distintos, eu e o Teu povo,
de todos os povos que há sobre a face da terra ".

Esta distinção vem até nós através da recepção da Torah e do cumprimento dos Mitzvot,
inicialmente apenas na forma revelada. Tem o mérito de purificar os nossos corpos e de elevar
as nossas almas até ao ponto em que nos tornamos dignos de alcançar toda a Torah e os seus
Mitzvot como sendo os Seus Nomes. Esta é a recompensa completa pretendida para as almas no
final da correção. No entanto, para este mundo também, como está escrito em Gemarah, "Verás
o teu mundo na tua vida."

Isso explica-nos porque ele chama os 613 Mitzvot de 613 conselhos em vários lugares em O
Zohar, e em muitos outros lugares em O Zohar ele chama os 613 Mitzvot de “613 depósitos." É
assim porque, em primeiro lugar, deve manter-se a Torah e os Mitzvot para purificar o seu corpo
e desenvolver a sua alma. Naquele período, os 613 Mitzvot são como 613 conselhos para ele,
"dicas" de que como gradualmente purificar e ser premiado com presença perante o Rei, e
receber a Luz do seu rosto. Isto porque manter a Torah e os Mitzvot purifica-o gradualmente, até
ele ser recompensado com a Luz do rosto do Rei.

Além disso, é escrito igualmente em Gemarah: "O Criador não se importa se um abate pela
garganta ou abate pela parte de trás do pescoço? Pelo contrário, foi-nos concedida a Torah
apenas para purificar Israel".

No entanto, depois de se ter sido suficientemente purificado e merecer a Luz do rosto do Rei, os
seus olhos e a alma abrem-se e é recompensado com a realização das 613 Luzes Sagradas
encontradas nos 613 Mitzvot. Estes são os Seus Nomes Sagrados, aqueles que ele pode atingir.

Por cumprir cada um dos Mitzvot, um recebe a parte da Luz depositada nesse Mitzva, visto que
o Mitzva é um Kli (receptáculo) onde a luz é vestida, significando um Nome Sagrado que
pertence especificamente a esse Mitzva. Este é o significado de: "O Mitzva é uma vela e a Torah
– Luz."

Naquele momento, ele chama os 613 Mitzvot de "613 mandamentos (depósitos)". É como
alguém que deposita pedras preciosas num recipiente e diz à sua amada: "Toma este Kli para ti,
mas protege-o de ladrões e assaltantes”. Assim, eles só falam do recipiente, mas a sua principal
intenção são as pedras preciosas depositadas lá.

É conhecido nos livros de Kabbalah que o significado do Nome Sagrado: "O Sagrado Bendito
seja Ele" ou Kudsha Brich Hu (o mesmo nome em Aramaico) trazido pelos nossos sábios e
presente em O Zohar, deriva de HaVaYaH (Yod-Hey-Vav-Hey). Este Nome Sagrado contém
todos os Nomes Sagrados até ao Mais Alto do que Alto. Assim, aprendemos que "a Torah e o
Criador são um", embora as massas não O vejam na Torah, mas apenas estórias, frases e leis.

Na verdade, já expliquei que "maçãs de ouro em salvas de prata" é como os 613 depósitos são
chamados, como disseram os nossos sábios: "Toda a Torah são os nomes do Criador." Portanto,
a Torah e o Criador são um.

No entanto, existe o geral e o particular, em que o Criador é o conjunto de todos os nomes, e a


Luz geral, e a Torah é dividida em 613 Luzes. Daqui resulta que todos eles juntos são um, e são
o Próprio Criador.

Agora ainda permanece por explicarmos o discernimento de Israel. Primeiro, deve compreender
a questão da multiplicidade de formas separadas na espiritualidade, ou seja, como elas estão
divididas e em quê. Coisas corpóreas são separados por uma faca ou algo similar, ou então o
tempo ou o espaço separam-nas e distinguem-nas. No entanto, isso é impensável na
espiritualidade, por estar acima do tempo e do espaço, como é conhecido.
No entanto, saiba que toda a diferença na espiritualidade entre as Luzes Superiores está apenas
na disparidade de forma. Por exemplo: as almas mentais das pessoas estão certamente divididas
em almas distintas. Cada indivíduo tem uma alma diferente.

No entanto, a diferença essencial entre si não vai para além do decorrente da sua disparidade de
forma, que a alma de um é boa, e a do outro é má; uma adquiriu sabedoria e a outra insensatez,
etc. Os nossos sábios dizem sobre isso: "Como os rostos diferem uns dos outros, os seus pontos
de vista diferem uns dos outros".

Agora podemos compreender que, se fosse para todas as pessoas virem com conceitos e
tendências iguais, sem diferença alguma, todas as almas de todas as pessoas seriam
consideradas como uma só alma. O seu valor seria como a luz do sol: o sol cobre todos os
habitantes do mundo, mas nós não conseguimos distinguir as diferentes formas à luz do sol.
Igualmente, uma alma conceptual revesteria muitos corpos, visto que os lugares não se separam,
de todo, em questões espirituais se não existirem formas distintas nas suas qualidades.

Agora chegamos ao verdadeiro escrutínio: Sabe-se que o significado das almas dos filhos de
Israel é que eles são uma parte de Deus Acima. A alma desceu em cascata por meio de causa e
consequência e baixou nível após nível, até se tornar adequada para chegar a este mundo e vestir
o imundo corpo físico.

Ao cumprir a Torah e observando os seus Mitzvot, sobe nível após nível, até o seu
desenvolvimento estar concluído e ficar apta para receber a sua recompensa d’O Todo. Esta foi
previamente preparada, ou seja, atingir o sagrada Torah por via dos Nomes do Criador, que são
os 613 depósitos.

Agora pode ver com os seus próprios olhos que "a Torah e Israel são um." E a única diferença
entre a Torah e a alma é devido à disparidade de forma na alma, que foi reduzida a uma Luz
muito, muito pequena, e a Torah é Luz Simples que se expande da Sua Essência, cuja
sublimidade é infinita, como está escrito: "A Torah e o Criador são um".

No entanto, quando a alma está completa em sua plena estatura e recebe a Torah por via dos
Seus Nomes, nomeadamente alcançando toda a Luz depositada na Torah e nos Mitzvot, você
descobre que, de qualquer forma, a luz da alma é igual à Luz da Torah. Isso deve-se a ter já
atingido toda a luz da Torah.

É considerada ainda incompleta enquanto houver alguma falta na realização de uma parte
pequena e subtil da Luz geral da Torah. Isso ocorre porque toda a sua Luz foi preparada para as
almas, como já expliquei anteriormente: "Tudo o que não alcançamos, não definimos por um
nome”.

E desde que a Luz foi preparada para a realização da alma e enquanto a alma não a alcançar
inteiramente, é, portanto, considerada incompleta, como em: "Vou cumprir toda a Torah, exceto
uma coisa. Certamente, ele é um completo ímpio.”

No entanto, você pode declará-lo na manutenção da Torah e Mitzvot alcançando os 613


depósitos. É incompleto enquanto faltar nem que seja uma coisa, grande ou pequena.

Assim, atingirá finalmente a perfeição completa, nomeadamente alcançando toda a Luz da


Torah. Nesse momento, não haverá qualquer disparidade de forma entre a Luz da alma e da Luz
da Torah. Assim, você graciosamente descobrirá que "A Torah e Israel são um", literalmente.
Porque não há nenhuma diferença ou disparidade de forma entre si, são literalmente um. E uma
vez que já havíamos provado que "O Criador e a Torah são um", e que agora provámos que "A
Torah e Israel são um", é portanto evidente que "a Torah e o Criador e Israel são um".

De tudo o que foi exposto, você encontra duas partes na Torah e Mitzvot:
A. A Torah e Mitzvot aparentes a todos, sendo a manutenção dos Mitzvot e o estudo da Torah
sob a forma de 613 conselhos. Estes têm o poder de purificar e limpar o corpo e reforçar a força
da alma, para ser digno e merecer receber a Luz do rosto do Rei, como a alma estava na sua
raíz, antes de diminuir e vir a este corpo básico no mundo básico.
B. Cumprir os Mitzvot e estudar a Torah sob a forma de 613 depósitos, nomeadamente a questão
de alcançar os Seus Nomes e a recompensa total das almas.

O mérito da última parte sobre a primeira é como o mérito do Céu sobre a Terra. Isso ocorre
porque a primeira parte é mera preparação e a segunda parte é a verdadeira plenitude e o
propósito da Criação.

Isso explica a nossa questão anterior sobre as palavras dos nossos sábios, que, mesmo que uma
pessoa se destaque na Torah e nas boas ações mais do que todos os seus contemporâneos, se ele
não tiver aprendido os segredos da Torah e da sabedoria de verdade, ele tem que reencarnar no
mundo.

Nós perguntamos: "Qual é a diferença entre este assunto na sabedoria de verdade de outros
assuntos na Torah?" Nós não encontramos em nenhum lugar que se é obrigado a envolver em
todos os temas na Torah. Pelo contrário, temos encontrado oposição a tal em muitos lugares,
tais como: "Um faz muito, o outro pouco, desde que direcionem os seus corações para o Céu", e
também: "não é o estudo que é importante, mas o ato."

Agora o assunto está esclarecido: toda a parte da Torah revelada, não é senão uma preparação
para se tornar digno de mérito e merecer atingir a parte escondida. É a parte oculta que é a
verdadeira plenitude e a finalidade para a qual o homem é criado.

Assim, claramente, se uma parte da parte oculta está ausente, embora se possa manter a Torah e
observar os seus mandamentos na parte revelada, ainda terá de reencarnar neste mundo e
receber o que deveria receber, ou seja, a parte escondida, por meio de 613 depósitos. Apenas
assim é a alma completada, da maneira que o Criador pré-determinou.

Você pode ver, portanto, a necessidade absoluta para qualquer um de Israel, seja ele quem for,
envolver-se na interioridade da Torah e nos seus segredos. Sem isso, a intenção da Criação não
estará concluída nele.

Esta é a razão pela qual nós reencarnamos, geração após geração até a nossa geração atual, que
é o resíduo das almas sobre as quais a intenção da Criação não ficou concluída, dado não terem
atingido os segredos da Torah nas gerações passadas.

Por esta razão, eles disseram no Zohar: "Os segredos da Torah e os seus mistérios estão
destinados a serem revelados na época do Messias." É claro para qualquer pessoa que entenda,
que uma vez que completem a intenção da Criação, que serão recompensadas com a vinda do
Messias. Assim, inevitavelmente, os segredos da Torah serão abertamente revelados entre eles,
sendo que se a correção for bloqueada eles serão obrigados a reencarnar.
Isto deve explicar-lhe o que devemos questionar sobre esta interpretação em geral, pois quem
sou eu, e quem são os meus pais, para me ter sido concedido fazer a interpretação para expandir
o conhecimento dos segredos escondidos em O Zohar e nos escritos do Ari? Além disso, porque
é que ainda não encontramos ninguém que interprete esta sabedoria de forma tão aberta como
eu?

Agora você pode ver que, devido à nossa geração, estamos realmente na época do Messias, e
estamos todos à beira da correção completa, e a única resistência é o abandono completo da
sabedoria de verdade nesta geração, devido à dificuldade da língua e à dispersão das matérias.

Além de tudo isso, há a pequenez da mente e os problemas abundantes na nossa geração. Assim,
quando o Senhor deseja acelerar a redenção das nossas almas, Ele colocou na minha mão um
privilégio para divulgar a medida nesta interpretação, e a vontade de Deus obteve sucesso na
minha mão.

E eu tinha outra razão para fazer esta interpretação aberta, como está escrito em O Zohar: "É
preciso aprender um pouco, mesmo com um disparate", como está escrito: "na medida em que a
luz exceda a escuridão." Depois de eu ter terminado a minha época na cidade de Varsóvia, na
Polônia, confinado ao meu quarto, não tendo nada a ver com a escuridão do meu ambiente, fui
abençoado com o estabelecimento na Cidade Santa de Jerusalém.

E quando caminhava entre as pessoas aqui, eu vi a miséria do meu povo, a pobreza da sua
mente. O seu riso tolo soava nos meus ouvidos como o barulho de o barulho de panelas sob a
cidade zombando e calcando o coração e a alma dos nossos anseios, caluniando o Senhor, a Sua
Lei e o Seu povo em voz alta, sem qualquer sabedoria, entendimento e conhecimento na
sabedoria da Cabalá, de todo. Pelo contrário, é uma variedade de palavras e nomes, sem sentido
e sem moral, apenas palavras literais.

É um privilégio trocar palavras soltas no texto escrito com fé completa de que são coisas
sagradas, e que, portanto, a finalidade da criação será concluída sobre nós. E quando aqueles
que se dedicam aos textos literais com completa fé aumentarem em número, o Rei Messias virá
imediatamente, pois devido a isso a correção total estará completa, e nada mais é necessário.

Finalmente, encontrei-me com os famosos entre eles, pessoas que já tinham gasto os seus anos
pesquisando os escritos do Ari e O Zohar. Eles foram tão bem sucedidos que se tornaram
proficientes e familiarizados com todos os escritos do Ari.

Eles têm a reputação de serem as pessoas mais sagradas na terra. Perguntei-lhes se tinham
estudado com um Rav que alcançou a interioridade das coisas. Eles responderam: "Céus, não!
Não há aqui qualquer interioridade, mas textos precisos, que nos foram dados, e nada mais do
que isso, Deus nos livre.”

Perguntei-lhes se Rav Chaim Vital tinha atingido a interioridade das coisas. Eles responderam:
"Ele certamente não atingiu mais do que nós." Então, perguntei-lhes sobre o próprio Ari. Eles
responderam: "Ele certamente não conhecia a interioridade mais do que nós, e tudo o que ele
sabia, ele passou para o seu discípulo, Rav Chaim Vital, tendo assim chegado às nossas mãos.”

Eu gozei-os: "Como, então, foram os assuntos compostos no coração do Ari, sem qualquer
compreensão e conhecimento?" Eles responderam: "Ele recebeu a composição destes assuntos
de Elias, e este conhecia a interioridade, visto ser um anjo." Aqui a minha ira derramou sobre
eles, pois terminara a minha paciência para estar com eles.
E quando eu vi que a sua insensatez se tinha enraizado em quase todos os que se dedicavam a
esta sabedoria, nessa altura, coitados dos ouvidos que tal ouvem, "Será que ele até forçará a
rainha perante mim na casa?"

O Santo Zohar já lamentara amargamente a negação dos pecadores nas suas almas, que dizem
não haver segredos internos na Torah, conforme está escrito em Parashat Vayerah: "Será que a
Torah veio para mostrar-nos fábulas e contos históricos? Tais histórias e fábulas são
encontrados entre outras nações, também". Os nossos sábios disseram que eles arrancam pelas
raízes as plantações, pois eles tomam Malchut.

O que diriam os autores de O Zohar vendo a cultura desse povo tão pecador, negando que haja
qualquer conhecimento ou sabedoria nas palavras do próprio O Zohar e da própria sabedoria da
verdade? Eles dizem sobre os próprios segredos da Torah que não existe conhecimento ou
percepção revelada neste mundo, mas apenas palavras vazias. Assim, eles vieram para forçar a
Sagrada Divindade dentro do palácio do Rei. Coitados deles, pois causaram danos às suas
almas.

Os nossos sábios disseram que a Torah Sagrada lamenta-se diante do Criador: "Os Teus filhos
transformaram-me numa canção em casas públicas." Mas eles não fazem da Torah sequer a
parecença de uma canção, apenas palavras assustadoras para qualquer ouvinte, que suscitam
desprezo e ira.

Além disso, eles querem ser recompensados como Finéias, dizendo que o fazem com completa
fé. A escritura diz sobre eles: "Porquanto este povo se aproxima, e com a sua boca e com os
seus lábios honram-Me, mas afastaram o seu coração de Mim", e esta é a razão para a ruína do
Primeiro Templo.

O demónio ainda dança entre nós, precisamente no tempo do Messias, o tempo do fim dos
segredos da Torah. O zelo do Senhor dos Exércitos veio como fogo que não se vai extinguir nos
meus ossos. Por causa disso, fui despertado para expor o traje de tal forma que eles saberão que
há sabedoria em Israel.

Este foi um dos principais motivos que me levou a esta explicação. Você deve ver em cada
objectivo e em cada meta que é absolutamente simples. Toda a sagacidade, a inteligência e
muitas questões formam-se durante a preparação, até o objectivo ser alcançado. Por exemplo,
quando alguém quer estabelecer-se numa casa, precisa de inteligência e conhecimento no
desenho, no artesanato e na qualidade e quantidade dos quartos e das posses.

O objectivo final é uma coisa simples: habitar lá. Este é o significado das palavras: "de acordo
com a beleza de um homem, habitar na casa." É um pensamento simples, sem conceitos nem
proliferação, e sem sagacidade, mas uma simples vontade.

Saiba que todas as sofisticações no conhecimento são principalmente erros que devem perecer
perante a verdade. No entanto, a verdade em si é simples, sem sagacidade.

Há um segredo nisso, constituindo principalmente o muro de ferro que nos separa do nosso Pai
no Céu: há coisas que estão escondidas devido à sua grande altura e profundidade, e há coisas
que estão escondidas devido à sua extrema subtileza, como moscas no ar, demasiado finas para
serem vistas.
Dado que a Sua Luz é Luz Simples de tal forma que a mente humana, que sente apenas uma
pequena porção de alguma coisa, simplesmente não percepciona. É como as coisas mais
pequenas de uma determinada medida, que exigem uma ferramenta real para ver.

Isto é assim porque, embora nem toda a profundidade da altura e a profundidade da largura
sejam percebidas, você consegue contudo percebidas de forma aproximada. No entanto, com
coisas subtis, é como se elas não existissem de todo, visto você não alcançar nem um pedacinho
delas.
Introdução ao Prefácio à Sabedoria da Cabalá

1) Está escrito em O Zohar, Vayikra, Parashat Tazria, pág. 40: "Vem e vê, tudo o que existe no
mundo, existe para o homem, e tudo existe para ele, como está escrito: «Então o Senhor Deus
criou o homem» com um nome completo, como tínhamos estabelecido, que é o conjunto de
tudo e contém tudo, e tudo o que está Acima e abaixo, etc. está incluído nessa imagem."

Assim, ele explica que todos os mundos, Superior e inferior, estão incluídos no homem. E
também que toda a realidade dentro desses mundos existe só para o homem. E devemos
entender estas palavras: É este mundo e tudo contido nele, que o serve e o beneficia, muito
pouco para o homem, para ele precisar dos Mundos Superiores e de tudo dentro deles, também?
Afinal, eles foram criados exclusivamente para as suas necessidades.

2) Para explicar completamente esta questão, eu teria que apresentar toda a sabedoria da Cabalá.
Mas, em geral, as questões serão suficientemente explicadas no livro para que consigam ser
entendidas. A sua essência é que a intenção do Criador na Criação foi deliciar as Suas criaturas.
Certamente, a partir do momento que Ele contemplou criar as almas e deliciá-las
abundantemente, elas imediatamente surgiram diante d’Ele, de forma completa e com todas as
delícias que Ele planeara doar-lhes. Isto é assim porque Nele, o pensamento só por si conclui, e
Ele não precisa de ações como nós. Assim, devemos perguntar: "Por que criou Ele os mundos,
restrição por restrição, até descer a este mundo tenebroso, e vestiu as almas nos corpos
tenebrosos deste mundo?

3) A resposta está escrita em A Árvore da Vida: "para trazer à luz a perfeição dos Seus actos" (A
Árvore da Vida, Ramo Um). No entanto, precisamos entender como pode suceder que operações
incompletas decorram de um Operador completo, ao ponto que exigissem uma conclusão
através de um acto neste mundo?

O que se passa é que devemos distinguir entre Luz e Kli (recipiente) nas almas. A essência das
almas que foram criadas é o Kli nelas, e toda a graça com que Ele planeara conceder-lhes e
deliciá-las é a Luz nelas. Isto porque desde que Ele planeara deliciá-las, Ele necessariamente
criou-as como um desejo de receber o Seu prazer, dado que o prazer e o deleite aumentam de
acordo com a medida do desejo de receber a abundância.

E saiba que esse desejo de receber é a própria essência da alma no que diz respeito à geração e
evocação de existência a partir de ausência. Este é considerado o Kli da alma, enquanto a alegria
e a abundância são consideradas a Luz da alma, estendendo existência a partir de existência da
Sua essência.

4) Explicação: Criação refere-se ao aparecimento de algo que não existia antes. Isto é
considerado como existência a partir da ausência. No entanto, como podemos imaginar alguma
coisa que não esteja incluída Nele, pois Ele é Todo-Poderoso e inclui todas as coisas juntas? E,
também, um não dá o que não está Nele.

Como já dissemos, toda a Criação que Ele criou são apenas os Kelim (plural para Kli) das almas,
que é o desejo de receber. Isto é bastante evidente, dado que Ele necessariamente não possui um
desejo de receber, pois de quem iria Ele receber? Assim, esta é realmente uma nova Criação,
não um traço do que existia anteriormente, sendo, portanto, considerada existência a partir de
ausência.

5) Devemos saber que unificação e separação aplicadas na espiritualidade referem-se apenas a


equivalência de forma e a disparidade de forma. Isto porque se dois objectos espirituais são da
mesma forma, eles estão unidos, e eles são um e não dois, pois não há nada a separá-los um do
outro. Eles só podem ser distinguidos como dois quando há alguma disparidade de forma entre
si.

Além disso, a medida da sua disparidade de forma é a medida da sua distância um do outro.
Assim, se forem de formas opostas, eles são considerados como estando tão remotos como o
leste está do oeste, ou seja, a maior distância que conseguimos perspectivar na realidade.

6) Mas no Criador não há qualquer pensamento ou percepção, e não podemos pronunciar ou


dizer seja o que for a Seu respeito. Mas visto que O conhecemos pelas Suas Ações, devemos
discernir que Ele é um desejo de doar, dado que Ele criou tudo para deliciar as Suas criaturas e
espalhar a Sua abundância sobre nós.

Assim, as almas estão em oposição de forma relativamente a Ele, pois Ele é tudo doação e não
tem vontade de receber nada, enquanto que as almas foram impressas com um desejo de receber
para si próprias. E nós já dissemos que não há maior oposição de forma do que isso.

Daqui resulta que tivessem as almas permanecido com o desejo de receber, teriam permanecido
eternamente separadas de Ele.

7) Agora você entenderá o que está escrito (A Árvore da Vida, Ramo Um), que a razão para a
criação dos mundos foi que Ele deve ser completo em todas as Suas ações e poderes, e se Ele
não executasse as suas ações e poderes na realidade, Ele aparentemente não seria considerado
inteiro. Isto parece perplexo, pois como podem ações incompletas emergir de um operador
completo, na medida em que elas viessem a precisar de correção?

Do que foi explicado, você pode ver que a essência da Criação é apenas o desejo de receber. Por
um lado, é extremamente deficiente, uma vez que é oposto em forma ao Doador, que é a
separação dele, mas por outro lado, esta é a inovação e toda a existência a partir de ausência que
Ele criara, pela qual pode receber d’Ele o que Ele planeara doar-lhes.

No entanto, tivessem elas permanecido separadas do Emanator, ficaria Ele aparentemente


incompleto, dado que, no final, operações completas devem emanar do Operador completo.

Por esta razão, Ele restringiu a Sua Luz e criou os mundos restrição a restrição até descer a este
mundo, e vestiu a alma num corpo mundano. E através da prática da Torah e dos Mitzvot, a
alma obtém a perfeição que lhe faltava antes da Criação: a equivalência de forma com Ele.
Assim, ficará apta para receber toda a abundância e todo o prazer incluídos no Pensamento da
Criação, e também estará em completa Dvekut (adesão) com ele, em equivalência de forma.

8) A questão da Segula (poder) da Torah e Mitzvot para trazer a alma a Dvekut com Ele só se
aplica quando o envolvimento não é com o objectivo de receber qualquer recompensa, mas
apenas doar contentamento ao seu Criador. Isto é assim porque então a alma adquire
gradualmente equivalência de forma com o seu Criador, como posteriormente estará escrito
relativamente às palavras de Rabbi Hanina, no início do livro ( "Prefácio à Sabedoria da
Cabalá").
Ao todo, existem cinco graus: Nefesh, Ruach, Neshama, Chaya, Yechida (NRNHY) - que
provêm dos cinco mundos chamados AK, Atzilut, Briah, Yetzira e Assiahh. Além disso, existem
cinco graus NRNHY particulares, que provêm dos cinco Partzufim (plural de Partzuf)
particulares em cada um dos cinco mundos. Depois, há cinco NRNHY subparticulares, que
provêm das dez Sefirot em cada Partzuf, como estará escrito no livro.

E através da Torah e dos Mitzvot para transmitir satisfação ao Criador, um é gradualmente


recompensado com os Kelim sob a forma de desejo de doar, que provêm nestes graus, grau a
grau, até alcançarem equivalência total de forma com Ele. Nesse estado, o Pensamento de
Criação, para receber todo o prazer, a ternura e a abundância que Ele planeara para eles, é
realizado. Adicionalmente, eles recebem a maior recompensa, uma vez que são recompensados
com verdadeira Dvekut, dado terem obtido o desejo de doar, como o seu Criador.

9) Agora, não será difícil para si entender as palavras anteriores de O Zohar, que todos os
mundos, Superiores e inferiores e tudo dentro deles, foram criados apenas para o homem. Isto é
assim porque todos estes níveis e mundos vieram apenas complementar as almas na medida de
Dvekut que lhes faltava relativamente ao Pensamento da Criação.

No início, eles foram restringidos e descidos grau-a-grau, e mundo após mundo, até ao nosso
mundo material, para trazer a alma a um corpo deste mundo, que é totalmente para receber e
não para doar, como animais e bestas. Está escrito: "um potro selvagem nasce um homem." Este
é considerado o desejo de receber completo, que não tem nada sob a forma de doação. Nesse
estado, um homem é considerado como o completo oposto d’Ele, e não há maior afastamento do
que isso.

Posteriormente, através da alma que o veste, ele envolve-se na Torah e nos Mitzvot.
Paulatinamente, de baixo para Cima, ele obtém a mesma forma de doação que o Seu Criador,
através de todos os discernimentos que descem de Cima para baixo, que não são mais do que
níveis e medidas sob a forma do desejo de doar.

Cada nível Superior significa que está mais longe do desejo de receber e mais perto de ser
apenas para doar. No final, é-se premiado com ser inteiramente para doar e não receber nada
para si mesmo. Nessa altura, é-se completado com Dvekut verdadeira com Ele, pois esta é a
única razão pela qual o homem foi criado. Assim, todos os mundos, e tudo o que contêm, foram
criados apenas para o homem.

10) Agora que passou a conhecer tudo isto, você tem permissão para estudar esta sabedoria sem
qualquer medo de materialização. Isso ocorre porque os alunos são muito confundidos: por um
lado, diz-se que as dez Sefirot e os Partzufim, desde o início das dez Sefirot de Atzilut até ao
final das dez Sefirot de Assiahh, são unidade e Divindade completa.

Mas por outro lado, diz-se que todos estes mundos são gerados e aparecem após a Tzimtzum
(restrição); mas como pode isso mesmo ser concebido em Divindade? E também existem os
números, e Acima e abaixo, e outras alterações do género, e subidas e descidas e Zivugim
(acasalamentos). Mas está escrito: "Eu, o Senhor, não mudo".

11) Do que é esclarecido perante nós, é claro que todas estas subidas, descidas, restrições e os
números apenas são considerados como Kelim (recipientes) dos receptores, as almas. E devemos
distinguir entre o potencial e o real em si mesmas, como uma pessoa que constrói uma casa: o
fim do acto está no seu pensamento preliminar.
Mas a qualidade da casa na sua mente não se assemelha à casa que realmente deve ser
construída, uma vez que a casa concebida é espiritualidade, uma substância conceptual, e é
considerada a substância da pessoa pensadora. Nessa altura, a casa existe apenas em potencial.
Mas quando a construção da casa começa na realidade, ela adquire uma substância
completamente diferente, a de madeira e tijolos.

Do mesmo modo, devemos discernir o potencial e o real nas almas. O início da sua emergência
do Emanator em almas “reais” começa apenas no mundo de Briah. E a sua integração em Ein
Sof, antes da Tzimtzum, relativamente ao Pensamento da Criação, como escrito no Item 2,
refere-se apenas ao “potencial”, sem qualquer manifestação real.

Nesse sentido, diz-se que todas as almas foram integrados em Malchut de Ein Sof, chamado “o
ponto médio", já que este ponto está incluído em "potencial" em todos os Kelim das almas que
estão destinadas a "realmente" emergir do mundo de Briah para baixo. E a primeira restrição
ocorreu somente neste ponto médio, ou seja, precisamente naquele discernimento e medida
considerados o "potencial" das almas futuras, e não, de todo, em si mesmo.

Você deve saber que todos os Kelim das Sefirot e os mundos, através do mundo de Briah, que
pendem e emergem a partir deste ponto, ou devido ao seu Zivug de Hakaa, chamado Ohr
Chozer, também são considerados meramente potencial, sem qualquer essência das almas. Mas
estas mudanças estão destinadas a afectar A seguir as almas cuja essência começa a emergir do
mundo de Briah para baixo, já que elas ainda não se hão separado da essência do Emanador.

12) E vou dar-lhe uma alegoria das condutas deste mundo. Por exemplo, uma pessoa que se
cubra e esconda por detrás de roupas e vestuário para que o seu amigo não o veja e repare nele,
será possível que ele próprio possa ser afectado pela ocultação provocada por todas as roupas
que o cobrem?

Da mesma forma, tome como exemplo as dez Sefirot que chamamos Keter, Chochma, Binah,
Hesed, Gevura, Tifferet, Netzah, Hod, Yesod, Malchut. Estas são apenas dez coberturas pelas
quais Ein Sof está coberto e escondido. As almas que estão destinadas a receber daí serão
obrigadas a receber através dessas medidas distribuídas pelas dez Sefirot. Assim, os receptores
são afectados por este número de dez Sefirot, e não pela Sua Luz, que é uma, única e imutável.

Os receptores dividem-se em dez graus, precisamente de acordo com as qualidades destes


nomes. Além disso, mesmo estas coberturas de que falámos pertencem somente ao mundo de
Briah e para baixo, uma vez que é neste lugar que se encontram as almas que recebem estas dez
Sefirot. Mas nos mundos AK e Atzilut nem as almas existem, uma vez que elas são apenas em
potencial.

Assim, as dez coberturas superiores nas dez Sefirot governam apenas nos três mundos
inferiores, chamados Briah, Yetzira e Assiahh. Mas nos mundos BYA as dez Sefirot são
consideradas Divindade até ao final de Assiahh, tal como em AK e ABYA, e como antes da
Tzimtzum.

A única diferença está nos Kelim das dez Sefirot: em AK e Atzilut, eles nem sequer revelam a
sua posição dominante, já que ali encontram-se apenas em "potencial", e só em BYA começam
os Kelim das dez Sefirot a manifestar a sua força de cobertura e ocultação. Mas na Luz das dez
Sefirot não há qualquer mudança devido a estas coberturas, como foi escrito na alegoria. Este é
o significado de "Eu, o Senhor, não mudo".
13) Podemos perguntar: "Como não há revelação da essência da alma dos receptores, em AK e
Atzilut, para que servem esses Kelim chamados de dez Sefirot, e quem escondem e cobrem
nessas medidas?"

Há duas respostas para isso: a primeira é a suspensão, como você vai encontrar no interior do
livro. A segunda é que as almas, também, estão destinados a receber essas dez Sefirot em AK e
Atzilut, através da ascensão dos três mundos BYA até eles (como estará escrito no Item 163 no
"Prefácio à Sabedoria da Cabalá" ). Assim, devemos discernir estas mudanças nas dez Sefirot
em AK e Atzilut, igualmente de acordo com a Luz que elas estão destinadas a brilhar sobre as
almas, a partir do momento em subam até aí com os mundos BYA, pois então elas receberão de
acordo com o nível daquelas dez Sefirot.

14) Assim, clarificámos totalmente que os mundos, a geração, as mudanças, o número de níveis,
etc., foram ditos apenas relativamente aos Kelim que dão às almas, e escondem e medem por
elas, para que possam gradualmente receber nelas a Luz de Ein Sof. Mas eles não afectam a Luz
de Ein Sof de nenhuma forma, uma vez que nenhuma cobertura afecta o que é coberto, mas
apenas o outro, que deseja senti-lo e receber dele, como dito na alegoria.

15) Em geral, devemos distinguir estes três discernimentos nas Sefirot e Partzufim, onde quer
que estejam: Atzmuto (Ele Próprio/ Essência), Kelim e Luzes.

Em Atzilut não há qualquer pensamento ou percepção. Nos Kelim, há sempre dois


discernimentos opostos: ocultação e revelação. Isto é assim porque, no início, o Kli cobre
Atzmuto de uma forma que estes dez Kelim nas dez Sefirot são dez graus de ocultações.

Mas uma vez que as almas recebam esses Kelim sob todas as condições neles, estas ocultações
tornam-se revelações para a realização das almas. Assim, os Kelim contêm dois discernimentos
opostos, que são um só. Isto ocorre porque a medida da revelação no Kli é exactamente como a
medida de ocultação no Kli, e quanto mais espesso o Kli, mais ele esconde Atzmuto e revela um
grau mais Elevado. Assim, estes dois opostos são um.

E as luzes nas Sefirot referem-se a essa medida do grau adequado para aparecer para a
realização das almas. Uma vez que tudo se estende desde Atzmuto e, no entanto, não há
realização n’Ele, mas apenas nas qualidades dos Kelim, existem necessariamente dez Luzes
nestes dez Kelim, ou seja, graus de revelação para aqueles que recebem nas qualidades desses
Kelim.

Assim, a Sua Luz e a Sua Essência são indistinguíveis, exceto que na Sua Essência não há
qualquer realização ou percepção, exceto relativamente ao que vem d’Ele até nós coberto nos
Kelim das dez Sefirot. E, nesse sentido, referimo-nos a tudo o que alcançamos pelo nome:
"Luzes".
A EVOLUÇÃO DOS MUNDOS

Introdução ao Prefácio à Sabedoria da Cabalá

1) Todos os mundos, Acima e abaixo, estão dentro do homem, e toda a realidade foi criada
apenas para o homem. Isto está escrito no Livro do Zohar. Então, por que nos sentimos
diferentes? Nós sentimos que estamos dentro da realidade, não que a realidade está dentro
de nós. Além disso, por que este mundo não é suficiente para nós? Por que precisamos de
Mundos Superiores?

2) O motivo para a criação da realidade foi o desejo do Criador de beneficiar Suas criaturas.
Portanto, o Criador dotou a criatura com uma natureza que deseja usufruir dos benefícios
concedidos pelo Criador. O Criador está acima do tempo e do espaço; Seu Pensamento opera
como o próprio Ato

Portanto, quando Ele desejou e pensou em criar todas as suas criações, com o intuito de dar-lhes
prazer, as criaturas foram imediatamente criadas, e contempladas com os prazeres que
receberam do Criador. No entanto, não nos sentimos dessa forma, uma vez que essa situação è
apenas a nossa raiz, que devemos alcançar, de acordo com o plano da criação.

Ao criar a seqüência dos mundos, do mundo do Ein Sof até o nosso mundo, o Criador removeu
a criatura Dele Mesmo e a encaminhou até o estado mais baixo. É importante entender porque
Ele fez isso. Será que este ato indica imperfeição em Suas ações?

O Ari responde a esta questão no livro, A Arvore da Vida “revelar a perfeição de Seus atos",
para que as criaturas possam se aperfeiçoar elas mesmas e alcançar o nível do Criador, que é a
única verdadeira perfeição. Para ajudá-las, o Criador criou a escada dos mundos. As almas
descem essa escada até o último nível, onde se vestem de corpos físicos deste mundo. Então,
por meio do estudo da Cabalá, as próprias almas começam a se elevar e subir essa escada, pela
qual haviam descido, até que retornam ao Criador.

3) A alma é formada de Luz e Kli. A Luz da alma vem do Criador, de Atzmut (Sua Essência).
Pela Luz, o Kli (vaso) da alma foi criado, sendo ele o desejo de receber e deleitar-se com a Luz.
Assim, o Kli (vaso) se ajusta perfeitamente á Luz que vem lhe preencher.

A Luz é parte do Criador. A alma é o Kli. Portanto, apenas o Kli é considerado uma criação. Ele
foi criado a partir de ausência, ou seja, não existia desejo antes do Criador decidir criá-lo. E
porque o Criador desejou dar ao Kli um prazer que fosse perfeito, como é próprio Dele. Ele
criou este Kli - o desejo de receber - enorme, de acordo com a medida de Luz (prazer) que Ele
desejava dar.
4) Criação significa início, algo novo que antes não existia, e esse início è chamado de
“existência vinda da ausência”. Mas se o Criador è completo, como algo poderia não estar
incluído Nele mesmo? Do que foi dito, está claro que antes da criação, não existia o desejo de
receber no Criador, já que o Criador è pleno e apenas deseja dar. Assim, o que não è Ele, e
deveria ser criado, è apenas o desejo de receber prazer D’Ele.

O desejo de receber é toda a realidade. Assim, a única diferença entre os elementos da realidade
é a medida do desejo de receber de cada elemento, pois não há dois elementos com o mesmo
desejo.

5) Não existem corpos físicos na espiritualidade. O mundo espiritual é o mundo dos desejos, de
forças "cruas", sem roupagem material de qualquer espécie. Assim, todas as palavras na
sabedoria da Cabalá são, na verdade, apelações do desejo de receber, ou de suas impressões de
preenchimento pela recepção da Luz .

O Criador é o desejo de dar, e a criatura è o desejo de receber os prazeres dados pelo Criador. Se
a criatura está feliz apenas pelo fato de que o Criador rejubila-se com a felicidade da criatura,
esse ato è considerado como doação, de acordo com sua intenção e não como um ato de
recebimento. Isso è percebido como a equivalência dos desejos do Criador e da criatura,
situação em nada os separa.

Portanto, de acordo com a lei spiritual da equivalência de forma, como resultado da


coincidência de qualidades (desejos), eles se tornam um só. Nesse estado, eles não são dois
desejos idênticos, mas são literalmente um único.

No entanto, se eles não têm o mesmo desejo, a mesma intenção, eles não tem o mesmo objetivo
e estão separados. Pelo fato de que eles têm qualidades realidades (desejos), eles são dois, não
um. Na espiritualidade, esse estado è chamado de “disparidade de forma”.

A medida de equivalência de forma entre o Criador e a criatura determina a sua proximidade e a


medida da disparidade de forma determina a distância entre eles. No começo, o desejo do
Criador de doar e o desejo da criatura de receber são iguais, já que o desejo de receber da
criatura se originou do desejo do Criador de doar.

Portanto:

- se todos seus desejos (intenções) são as mesmas, eles são um;

-se todos os seus desejos (intenções) são opostos, eles estão em posições opostas;

-se, de todos os desejos (intenções), eles têm apenas um desejo em comum, então eles estão em
comunhão por meio desse desejo compartilhado;

-se alguns dos desejos (intenções) são similares, eles estão perto ou longe um do outro
dependendo da medida de equivalência de forma ou disparidade de forma.

6) Nós não conseguimos compreender o Criador, em Atzmut, já que alcançamos apenas a


sensação da Luz no Kli (vaso), a satisfação do nosso desejo. E o que não compreendemos, não
podemos chamar por nenhum nome, já que os nomes que damos dependem das nossas
impressões decorrentes da satisfação. Assim, não podemos designar nenhum nome para
Atzmuto. Todos os nomes e apelações, a respeito do Criador, são apenas reflexos do que
sentimos com relação a Ele.
Podemos senti-lo e Suas ações apenas de acordo com a medida de equivalência de forma
(desejo, intenção) com Ele. Portanto, a medida que somos similares a Ele, sentimos Seus
desejos e intenções, e O nomeamos de acordo. Quando sentimos, podemos nomeá-Lo de acordo
com o que sentimos D’Ele. Isso se chama “Pelas Suas ações, nós Te conhecemos”.

7) Os cabalistas são pessoas que estão vivendo neste mundo e que se conectam ao Criador de
acordo com sua medida de equivalência enquanto vivem neste mundo. Os Mundos são as
diferentes medidas da sensação do Criador. Um “mundo” é uma medida da revelação ou do
ocultamento do Criador em relação às criaturas, e o completo ocultamento é chamado “este
mundo”.

O começo da sensação do Criador é a transição entre este mundo e o mundo spiritual. A


transição mesmo é chamada “barreira”. Existem 125 graus de revelação das partes do Criador
para suas criaturas entre o ocultamento e a completa revelação. Essas partes são chamadas de
“mundos”.

Os Cabalistas sobem até os mundos espirituais ao corrigir seus desejos (intenções). Eles nos
dizem-verbalmente ou nos textos- que o Criador tem apenas o desejo de beneficiar. Ele criou
tudo para nos dar a Sua abundância. È por isso que Ele nos criou com o desejo de receber, para
que possamos receber o que Ele deseja nos dar.

O desejo de receber para nós mesmos è a nossa natureza. Mas, nesta natureza, estamos em
oposição ao Criador, já que Ele è apenas o desejo de dar e não possui o desejo de receber.
Portanto, se nós permanecemos no desejo de receber para nós mesmos, permaneceremos para
sempre longe do Criador.

Os Cabalistas nos dizem que o propósito do Criador é trazer toda a Criação a Ele e que Ele è a
absoluta bondade. Por essa razão, Ele deseja dar para todos.

Eles também dizem que os mundos foram criados porque o Criador deve ser completo em todas
as Suas ações e forces. E se Ele não executa Suas forces em ações completas, Ele é considerado
incompleto.

Mas como operações imperfeitas podem originar-se do Criador ao ponto que Suas ações
necessitam de correção pelas criaturas? Nós somos Suas ações! Se devemos corrigir-nos a nós
mesmos, isso não significa que Suas ações são imperfeitas

O Criador criou apenas o desejo de receber, chamada de “a criatura”. Mas quando a criatura
recebe o que o Criador desejar dar-lhe, ela está separada do Criador, já que o Criador è o
Doador e a criatura è o recipiente, e nisso, eles são opostos. Na espiritualidade, a equivalência
de forma é determinada pela equivalência dos desejos ( qualidades, intenções).. E se a criatura
permanece separada do Criador, o Criador também não será completo, já que operações
perfeitas são originadas de um operador perfeito.

Para dar à criatura a possibilidade de atingir perfeição pela sua própria escolha, o Criador
restringiu-Se – Sua Luz – e criou mundos, restrição por restrição, até este mundo. Aqui o
homem è totalmente subordinado ao desejo de usufruir, mas não de satisfazer-se com a Luz de
Deus, mas com prazeres materiais. Toda a humanidade está se desenvolvendo pelo desejo de
prazer que os animais possuem, mas também pelos desejos de riqueza, honra, dominação e
conhecimento, até que o Criador implante o desejo de usufruir de algo desconhecido por esses
prazeres mundanos, algo além da satisfação material.
O novo desejo leva o homem a buscar respostas até que ele encontre o estudo da Cabalá.
Durante o estudo, ele começa a entender a intenção do Criador com relação à sua vida. Neste
estado, ele estuda não apenas para receber conhecimento, mas para atrair para si a Luz que
reforma (“Introdução ao Estudo das 10 Sefirot” Item 155).

Através da Luz, a pessoa começa a corrigir seus desejos. Ao total, o homem possui 613 desejos,
que são geralmente chamados de Guf (corpo). A correção dos desejos é realizada ao utilizar
cada desejo com a intenção de satisfazer ao Criador, da mesma forma que o Criador nos deseja
satisfazer. A correção de cada desejo e a recepção da Luz advinda da correção è chamada de
“observância de um Mitzva (bom ato/mandamento). A Luz que a pessoa recebe dentro do
desejo comum, corrigido, è chamada de “Torah”. E a Luz que corrige (reforma) os desejos
humanos è o meio pelo qual a criatura obtém a sua perfeição (veja “Trilhando o Caminho da
Verdade”).

A perfeição é alcançada quando a criatura obtém equivalência de forma (qualidades) com o


Criador como fruto do seu esforço. Isso ocorre quando ela merece receber toda a felicidade e
prazer incluídos no Propósito da Criação. Em outras palavras, a pessoa usufrui a Luz e o status
de Criador, já que alcançou equivalência de forma nos desejos e pensamentos.

Acontece que so atraves do estudo da Cabalá uma pessoa pode corrigir-se e alcançar a meta para
a qual o homem foi criado. Isso è o que todos os cabalistas escrevem. A única diferença entre os
livros sagrados (Torah, Profetas, Hagiographa, Mishnah, Talmud, etc.) è a intensidade de Luz
neles contida, que pode corrigir uma pessoa. A Luz nos livros de Cabalá è a maior; e è por isso
que os cabalistas recomendam o estudo especifico desses livros.

“Não há outra forma para que todos alcancem elevação espiritual e redenção senão pelo estudo
da Cabalá, que é um meio fácil e acessível. No entanto, apenas uns poucos alcançam o mesmo
objetivo usando outras partes da Torah”.

-- Rav Yehuda Ashlag, “Introdução ao Estudo das 10 Sefirot,” Item 36

“O alcance spiritual começa com a sabedoria do oculto, e apenas então as outras partes da Torah
podem ser compreendidas. No final, a Torah revelada é assimilada”.

--The Vilna Gaon (GRA), Livro de Preces

“A proibição de estudar Cabalá era válida apenas por um tempo limitado, até 1490. Mas, desde
1540, todos devem ser encorajados a estudar o Zohar, já que apenas pelo estudo do Zohar a
humanidade alcançará sua salvação espiritual e a vinda do Messias. Portanto, não devemos
evitar o estudo da Cabalá”.

--Avraham Ben Mordechai Azulai, Orh HaChama (Light of the Sun)

“Afaste-se daqueles que não desejam estudar O Zohar, porque eles causam desgraça, ruína,
pilhagem, morte e destruição ao mundo”

--O Livro do Zohar, Tikkuney Zohar (Correções do Zohar), Tikkun no. 30

“O estudo do Livro do Zohar está acima e è preferïvel a qualquer outro tipo de estudo”.
--The Chidah

“Redenção e a vinda do Messias dependem apenas do estudo da Cabalá”

The Vilna Gaon (GRA), Even Shlemah (O Peso Perfeito)

“Não há limitações para o estudo do Zohar”

--The Chafetz Chaim

“Se meus contemporâneos me escutassem, eles estudariam o Livro do Zohar aos 9 anos e então
iriam adquirir medo do paraíso no lugar de conhecimento superficial”.

--Rav Yitzhak Yehudah Yehiel of Komarno, Notzer Hesed (Mantendo Misericórdia)

“Incentivo a toda pessoa a dedicar tempo para o estudo da Cabalá todos os dias, uma vez que a
limpeza de sua alma depende disso”.

--Rav Yitzhak Kaduri

“No futuro, apenas pelo mérito do Livro do Zohar as crianças de Israel serão libertadas do
exílio”.

--O Livro do Zohar, Parashat Nasso

(Há muitas outras citações no capítulo “Cabalistas escrevem sobre a Sabedoria da Cabalá”).

8) Existe um “poder” no estudo da Torah e Mitzvot. Esse poder è a força espiritual que leva a
pessoa a igualar seus desejos aos desejos do Criador. Mas esse poder surge e se manifesta na
pessoa apenas quando ela se dedica ao estudo da Torah e Mitzvot para não receber nenhum
ganho para si mesma. Na verdade, ela trabalha apenas para dar satisfação ao Criador. Apenas
sob essa condição uma pessoa adquire gradualmente equivalência de forma com o Criador.

A correção para que o homem alcance equivalência de forma com o Criador è gradual e
consiste, geralmente, de 5 estágios: Nefesh, Ruach, Neshama, Chaya, Yechida. Cada estágio è
considerado um mundo, já que se alguém logra avançar no seu processo de correção, ele sente a
existência do Criador de acordo com a medida desta correção. Essas correções são chamadas de
“mundos”, porque elas revelam o Criador na medida na correção de cada um, e ocultam o
Criador de acordo com o –ainda- Kelim incorreto (desejos), do total de 613 desejos.

Como consequencia, uma pessoa recebe esses 5 estágios em seu caminho para a perfeição dos 5
mundos: Assiah, Yetzirah, Briah, Atzilut, e Adam Kadmon. Em cada mundo, há 5 Partzufim, em
em cada um deles, 5 Sefirot, daí o total de 125 degraus na “Escada de Jacó” deste mundo até o
topo da escada.

Ao engajar-se no estudo da Torah e em Mitzvot, com o objetivo de dar satisfação ao seu


Criador, uma pessoa è gradualmente contemplada com o Kelim do desejo de doar, degrau por
degrau. Assim, uma pessoa sobe os degraus, um por um, até que finalmente alcance a completa
equivalência de forma com o Criador. Nesse momento, o Pensamento da Criação é realizado na
pessoa- ao receber o prazer e a plenitude que o Criador planejou para ela. Adicionalmente, a
pessoa recebe o maior benefício de todos- verdadeiro Dvekut- ao obter o desejo de doar, como o
Criador.

9) Agora, tentaremos entender o que está escrito acima “Todos os mundos, Acima e abaixo, e
tudo neles foi criado apenas para o homem”. Todos esses níveis e mundos existem apenas para
complementar cada desejo em uma pessoa com o desejo de doar, para que o homem adquira
equivalência de forma com o Criador. Essa equivalência de forma está absente no homem pela
natureza de sua criação.

No começo, os mundos eram restritos e os degraus desciam um por um e mundo por mundo, até
o nosso mundo material, para tornar-se um “corpo deste mundo”. Este è o nome Cabalá que se
refere ao desejo de receber para si mesmo. No nível “deste mundo”, uma pessoa é como uma
besta, já que ela è incapaz de qualquer doação. Neste estado, o homem é oposto ao Criador, e
não há maior distância entre eles do que essa.

Uma pessoa que estuda Cabalá desperta a “Luz Circundante” para si mesma, na proporção do
seu desejo por espiritualidade. Essa é a Luz que existe do lado de fora, ou em volta do Kli
(desejo/alma). A Luz Circundante corrige o Kli de tal forma que o seu desejo será de doar. A
intenção de doar ao Criador e não para si mesmo transforma o ato de receber em um ato de doar.

Seguindo a sua natureza, o Kli permanence como o desejo de usufruir, mas o objetivo munda a
essência do ato da recepção para a doação. Então, a Luz Circundante pode penetrar o Kli
corrigido com o objetivo de doar ao Criador. Ë precisamente durante o estudo da Cabalá que a
Luz Circundante pode corrigir os desejos até que eles sejam merecedores de recebê-la como
“Luz Interna”.

Uma pessoa obtém o desejo de doar gradualmente, de Cima para baixo, de um pequeno desejo
que è fácil de ser corrigido, para um maior, seguindo a mesma ordem pela qual os degraus
descem de Cima para baixo.

Todos os degraus são medidas do desejo de doar. A escada de degraus está organizada de tal
forma que quanto mais Altos os degraus, mais longe se está do desejo de receber para si mesmo,
e mais perto se está do desejo de doar. Uma pessoa adquire gradualmente todo os degraus de
doação até que recebe apenas o desejo de apenas doar, sem receber nada para si mesmo.

Neste momento, a pessoa está completa, em verdadeiro Dvekut com o Criador. Esse é o
propósito da Criação, e a única meta da Criação do homem. Isso è porque todos os mundos e
tudo neles não foram criados para eles mesmos, mas apenas para auxiliar o homem a subir os
degraus da escada. Quando uma pessoa se corrige e está plena de Luz, o sistema inteito dos
mundoa e tudo neles está incluída nela.

10) Uma pessoa que sabe e se recorda o que foi dito é autorizada a estudar Cabalá sem medo
algum de materializar-se. Isso è porque estudar Cabalá sem um tutor apropriado confunde o
estudante. De um lado, todos os Sefirot e Partzufim do mundo de Atzilut para o mundo de
Assiahh são a pura Santidade, em unidade com o Criador, e, de outro lado, como pode haver
mudanças, ascenções, quedas e Zivugim (acoplamento) na Santidade e unidade?
.

11) Tendo em vista o que foi explicado, está claro que todas essas mudanças – ascensões,
quedas, restrições e Zivugim - são identificadas apenas com respeito do Kelim, das almas que
recebem a Luz. Realidade pode ser dividida em duas partes: potencial e real.

Isso é similar à pessoa que deseja construir uma casa e que já possui um projeto da casa na
cabeça. Mas o projeto da casa não è como uma casa completa- um projeto que foi executado. O
pensamento sobre a casa è feito de substância conceitual e existe em potencial. Mas quando a
casa começa a emergir do pensamento para a ação, ela se torna uma substância diferente- tijolos
e madeira.

Da mesma forma, devemos distinguir entre potencial e real nas nossas almas. A realização
“real” das almas do Criador começa apenas a partir do mundo de Briah. Portanto, todas as
mudanças e tudo o que ocorre antes do mundo de Briah é considerado “pontencial” sem
distinção verdadeira do Criador.

É por isso que se diz que todas as almas estão incluídas no Malchut de Ein Sof, no ponto- médio
da realidade, já que esse ponto contém “potencialmente” todos os Kelim (plural para Kli) das
almas do mundo de Briah para abaixo que estão destinadas a emergir na realidade. E Tzimtzum
Aleph (primeira restrição), também, ocorreu no ponto-médio, apenas no “pontencial”, com
respeito às almas futuras.

A respeito das almas, todos os Kelim dos Sefirot e mundos que emergem e que descem desde o
ponto médio, depois Tzimtzum Aleph e até o mundo de Briah, são apenas em potenzia. Quando
as almas começam a emergir de fato, do mundo de Briah para baixo, apenas nesse momento as
mudanças nos degraus dos mundos as afetam.

12) A situação se parece à pessoa que se esconde e se disfarça com roupas e disfarces, para não
ser visto ou percebido. Mas, para ela mesmo, ela segue como é. Portanto, as 10 Sefirot, Keter,
Chochma, Binah, Hesed, Gevura, Tifferet, Netzah, Hod, Yesod e Malchut são apenas 10 capas
que cobrem Ein Sof e que a ocultam das almas.

A Luz de Ein Sof está em descanço completo; portanto, ela brilha por debaixo dos disfarces.
Como as almas recebem a Luz de Ein Sof por debaixo dos disfarces, elas sentem como se
houvesse mudanças na Luz. Por essa razão, as almas que recebem Luz estão divididas em 10
graus também, de acordo com a divisão dos disfarces/coberturas.

Todas as coberturas vêm apenas do mundo de Briah para baixo, já que apenas abaixo de Briah
existem almas que recebem as 10 Sefirot através de coberturas. Nos mundos de Adam Kadmon
(AK) e Atzilut não existe ainda a presença de almas, já que elas existem apenas em potencial.

Muito embora as 10 coberturas nas 10 Sefirot governem apenas os mundos BYA _Briah,
Yetzirah, Assiah- as 10 Sefirot são consideradas Santidade também, como previamente em
Tzimtzum Aleph. A única diferença está no Kelim das 10 Sefirot: em AK e em Atzilut elas
estão em potencial; e de BYA o Kelim das 10 Sefirot começam a revelar a sua força de
ocultação e cobertura. Isso ocorre embora as coberturas não causem mudanças na Luz mesma.

13) Isso levanta questão: se, dentro dos mundos AK e Atzilut, não há ainda revelação das almas
que recebem Luz dos mundos, qual é o propósito do Kelim de AK e Atzilut, e em relação a
quem elas escondem ou acobertam a Luz de Ein Sof, de acordo com suas medidas? No futuro,
as almas se elevarão a AK e Atzilut, junto com os mundos BYA, e receberão Luz deles.
Portanto, mudanças acontecem em AK e Atzilut também, de acordo com as qualidades das
almas, já que elas estão destinadas a brilhar para as almas que se elevarão no futuro.

14) Assim sendo, os mundos, iniciativas, mudanças e graus se relacionam apenas ao Kelim, que
afeta as almas e as modelam de forma que possam receber Luz de Ein Sof. Mas quando a alma
se eleva em graus, elas não acarretam mundaças na Luz de Ein Sof, já que as coberturas não
afetam o que está sendo coberto, mas apenas aquele que deseja sentir e receber do que está
oculto.

15) Devemos ter 3 discernimentos sobre as Sefirot e Partzufim, onde quer que estejam –
Atzmuto, Kelim e Luzes.

1. Em Atzmuto, os recipients não têm pensamento ou percepção.

2. Nos Kelim, há sempre 2 discernimentos opostos: ocultamento e revelação. Neste estado, os


discernimentos opostos no Kelim se tornam um só, já que a medida da revelação no Kli
corresponde à medida de ocultamento no Kli. E quanto mais Aviut (grossura) se encontra no
Kli, quando se esconde mais de seu Atzmuto, ele revela um Nível Mais Elevado.

3.As Luzes nas Sefirot são medidas específicas que devem surgir para a revelação das almas.
Embora tudo se origine de Atzmuto, alcançar a Luz apenas é possível nas qualidades do Kli.
Portanto, há necessariamente 10 Luzes nesses 10 kelim, ou seja, 10 graus de revelação. Assim, a
Luz não pode ser diferenciada de Atzmuto, mas apenas que nãqo existe percepção ou revelação
em Atzumto. O que nos è revelado é tão somente o que chega até nós pelo Criador através das
Sua cobertura nos Kelim das 10 Sefirot. Neste contexto, referimos a tudo que revelamos pelo
nome de “Luzes”.
Os Quatros Estágios de Desenvolvimento do Kli

Os Cabalistas alcançaram a espiritualidade e a descreveram nos livros da Cabalá. Eles


perceberam que a raiz de toda a realidade é uma Força Superior, que eles a chamaram de Atzmut
(Ele Mesmo), uma vez que eles não puderam alcançá-la por si. Entretanto eles alcançaram que o
pensamento e a intenção originam-se de Atzmut – para criar as criações e deleitá-las (dar-lhes
prazer). Eles chamaram aquele pensamento e intenção de “O Pensamento da Criação” ou “Luz
Superior”. Portanto, no que diz respeito à criatura, a Luz é o Criador, uma vez que Atzmut não é
alcançável. Logo, a conexão Criadora-criatura existe através da Luz Superior.

Resumindo: A Luz irradia-se de Atzmut e deseja criar a criatura e deleitá-la preenchendo-a com
prazer. Em outras palavras o objetivo da Luz é criar uma criatura que sentirá a Luz como prazer.
Isto é pro que os Cabalistas nomearam a criatura, Kli e a Luz “preenchimento”. A Luz que se
origina de Atzmut para criar a criatura, é chamada de Behinot Shoresh (Raiz do discernimento)
uma vez que ela é a raiz de toda a realidade. Esta Luz cria um desejo de ter prazer e o desejo
sentir prazer na Luz é chamado “a vontade de receber” Luz.

A medida do prazer depende da medida do desejo de recebê-lo. Tal como em nosso mundo
alguém pode estar de estômago vazio, porém sem desejo de comer. Por conseguinte, o desejo é
o Kli para preenchimento, e sem desejo, não há prazer. Não há coerção na espiritualidade, e o
preenchimento sempre segue o desejo.

A Luz surge de Atzmut, cria um Kli e o preenche. O prazer experimentado na criatura pela
recepção da Luz é chamado de Orh Chochma (Luz da Sabedoria). O desejo criado pela Luz que
o preenche é chamado Bechina Aleph (primeiro discernimento). A ele é dado este nome uma
vez que é o primeiro discernimento do futuro Kli.

Mesmo assim, este desejo ainda não é autônomo, uma vez que é diretamente criado pela Luz.
Um ser criado é aquele que quer deleitar-se com toda a Luz emitida do Criador por si próprio.
Em outras palavras, seu desejo e decisão de deleitar-se com a Luz deve vir de seu interior, ao
invés de ser instigado pelo Criador.

Para querer receber a Luz, a criatura deve primeiro saber a quantidade de prazer que existe na
Luz. Portanto, ela precisa ser preenchida com a Luz e então sentir o que é estar sem a Luz.
Neste estado, um verdadeiro desejo pela Luz é criado nela.

Isto é similar a situações que nós conhecemos da vida. Quando a uma a pessoa é dada uma fruta
não conhecida para provar peça primeira vez, esta pessoa não tem o desejo de prová-la. Mas
após ter provado a fruta, e ter experimentado o prazer que se origina dela, e esta fruta lhe é
tirada, ela então começa a sentir um grande desejo por aquela fruta e de experimentar
novamente o prazer. Este desejo intenso é um novo desejo que nasceu em uma pessoa, o qual
ela sente como sendo um desejo autônomo.

Por esta razão, é impossível construir o Kli de uma só vez. Pelo contrário, para o desejo saiba
com o que se deleitar, para que sinta que quer ter prazer, ele deve experimentar a inteira ordem
da evolução. Na Cabalá, esta condição é apresentada como uma lei. “A expansão da Luz dentro
da vontade de receber e a sua partida e daquele ponto adequar o Kli para a sua tarefa de receber
toda a Luz e se deleitar nela. Os estados de desenvolvimento do desejo são chamados de
Behinot (discernimentos) , uma vez que são novas observações no desejo de receber.

Então, a Luz que preenche o Kli lhe dá , junto com o prazer, sua qualidade de doar. E enquanto
o Kli deleita-se com a Luz, este de repente descobre que ele deseja doar, tal como a natureza da
Luz que o preenche. A razão para isto é que o Criador intencionalmente dotou a Luz com a
habilidade de transmitir ao Kli o desejo de doar, conjuntamente com o prazer.

Segue-se então uma vez que a Luz criou Bechina Aleph e a preencheu, esta sentiu que desejava
tornar-se similar ao Criador. E por ter sido este um novo desejo, foi um novo discernimento,
chamado Bechina Bet (segundo discernimento)

Bechina Bet é o desejo de doar. O prazer que esta sente de ser similar ao Criador é chamado de
Orh Chassadim (Luz da Misericórdia). Nós portanto vemos que Bechina Aleph é o oposto de
Bechina Bet no sentido de que o desejo em Bechina Aleph é o de receber e o desejo de Bechina
Bet é o de doar. A Luz em Bechina Aleph é Orh Chochma e em Bechina Bet é Orh Chassadim

Quando a vontade de receber em Bechina Aleph começa a deleitar-se com a Luz que a preenche,
esta imediatamente sente que a Luz é a doadora do prazer e que esta (Bechina Aleph) é a
recebedora do prazer. Por conseqüência, esta começa a querer ser ela mesmo tal como a Luz,
não desejando receber o prazer, mas sim doá-lo tal como a Luz. Por esta razão, o desejo de
receber desaparece e torna-se vazio de Orh Chochma, uma vez que o prazer é sentido somente
no desejo por ela.

A vontade de receber não pode ficar sem Orh Chochma, uma vez que Orh Chochma é a Luz da
sua vida. Portanto, ela é forçada a receber uma quantidade de Orh Chochma. Por conseguinte
este novo desejo, chamado Bechina Gimel (terceiro discernimento) consiste de dois desejos: 1)
O desejo de ser similar a Luz, 2) O desejo de receber um pouco de Orh Chochma.

Neste estado, o Kli sente duas Luzes: a Luz de Chassadim – no desejo de doar – e Luz de
Chochma – no desejo de receber.

Quando Bechina Gimel recebe Luz, esta sente são duas de suas Luzes), Orh Chochma, a Luz da
Vida, que satisfaz sua natureza. Então esta decide recebe-la em sua totalidade, e por
conseguinte, um novo desejo independente de receber prazer, Orh Chochma nasce. Este é o
mesmo prazer com que o Criador deseja preencher a criatura.

Nós por conseguinte vemos que a Luz que emerge de Atzmut cria para si um Kli em quatro
etapas. Portanto, este desejo final, chamado Bechina Dalet (quarto discernimento) é a única
criatura. Todos os seus estágios anteriores são nada mais que estágios de seu desenvolvimento.
De fato, a Criação inteira é Bechina Dalet. Tudo que existe na realidade além do Criador é
Bechina Dalet. Bechina Dalet é chamada Malchut (majestade/realeza) uma vez que a vontade
de receber reina nela.
Quatro Behinot

Bechina Dalet é a única criatura. Bechina Dalet esta dividida em externalidade, cujas partes são
Sefirot, Partzufim (plural de Partzuf), mundos e nosso mundo- inanimado, vegetal, e animado- e
na internalidade: as almas das pessoas. A diferença entre todas estas partes é somente na medida
do desejo de receber contido nelas.

Bechina Dalet, a qual era completamente preenchida com Orh Chochma é chamada de “O
mundo de Ein Sof (Sem Fim), uma vez que não há fim para o seu desejo em receber a Luz.
Bechina Dalet recebe a Luz através de seus quatro precedentes Behinot – Shoresh, Aleph, Bet,
Gimel. Por esta razão, ela é dividida internamente em cinco Behinot do desejo de receber:
desejos pelas Luzes nas Behinot que a precedem e o desejo pela Luz que vem para ela.

Os quatro Behinot anteriores a Bechina Dalet, com as cinco Behinot dentro dela

Resumo: A Luz irradia-se do Criador, Behinot Shoresh, A Luz cria a criatura, Bechina Dalet,
em quatro estágios, A essência da criatura é o desejo de receber prazer. O prazer é a sensação da
Luz dentro do desejo. Bechina Dalet se divide em quatro partes, que recebem a Luz das Behinot
que a precedem. Bechina Dalet que é preenchida com Orh Chochma é chamada de “o mundo de
Ein Sof”. As partes de Bechina Dalet são chamadas de “almas” e “mundos”. Os mundos contêm
Partzufim e Sefirot e tudo mais com exceção das almas.

Tzimtzum Aleph, Masach, Partzuf

Quando Orh Chochma preenche a vontade de receber em Bechina Aleph, ele forma a vontade de
receber a sua natureza – O desejo de doar. Esta é a razão, pela qual ao final, Bechina Aleph –
depois de sentir a natureza da Luz que a preenche – muda seu desejo de querer receber para o
desejo de doar.

Uma vez que Bechina Dalet partiu de Bechina Gimel e foi preenchida com sua Luz, que
também é Orh Chochma, a Luz a influencia de tal maneira que ela começa a querer doar,
assimilando-se com a natureza da Luz que esta dentro dela. Por isso, a vontade de receber
desapareceu em Bechina Dalet.

Mas porque Orh Chochma dá ao Kli o desejo de doar quando o preenche? Isto assim ocorre
porque o Kli sente não somente o prazer que vem da Luz, mas também o desejo do Doador. O
Criador poderia ter criado um Kli que não sentisse a Ele como o Doador, mas somente o prazer
da recepção. Em nosso mundo, isto é o que as pessoas sentem quando a vontade de receber
delas não está desenvolvida, tal como as crianças, pessoas rudes, ou mentalmente doentes.

Quando uma criança cresce, ele se envergonha impor receber. No homem, esta sensação é tão
desenvolvida que ele preferiria sofrer qualquer dor neste mundo ao invés de sofrer de vergonha.
O Criador criou esta qualidade em nós deliberadamente, para que através dela possamos ser
capazes de nos elevar acima de nossa natureza, a vontade de receber.
Estar envergonhado e Sofrer por receber, uma pessoa precisa sentir que está recebendo. Isto é
possível somente se você sente o doador, que existe um doador. Se eu não consigo sentir o
anfitrião eu não estarei envergonhado. Mas se o anfitrião está a minha frente, Eu estarei
envergonhado.

Eu não posso receber diretamente porque eu terei que me relacionar com ele. Eu sentirei que eu
preciso dar alguma coisa em troca pelo fato de estar recebendo dele. Neste caso, eu não estarei
mais recebendo, mas estarei trocando de lugar com ele e tornando-me um doador, uma vez que,
então, ele também estará recebendo de mim.

A sensação do Criador evoca tamanho sofrimento pela recepção em Malchut, que esta decide
nunca usar sua vontade de receber para a recepção de prazeres para si mesma. Esta decisão de
Malchut de não receber Luz para si própria, é chamada de Tzimtzum (restrição). O nome
Tzimtzum Aleph (primeira restrição) indica que esta ação ocorreu pela primeira vez.

Portanto, Malchut parou de receber Luz. Por esta razão, ela para de ser uma receptora , mas ela
continua sem dar nada ao Criador, ela continua ainda sem realizar seu desejo de se tornar como
a Luz, a doadora do prazer. Por não estar recebendo prazer do Criador, Malchut não obtém a
equivalência de forma. Por conseguinte, nós entendemos que o ato de Tzimtzum Aleph não era
um objetivo, mas uma forma de adquirir a habilidade de doar.

O propósito do Criador na Criação foi para Malchut, a criatura gerada, para receber prazeres. O
Pensamento da Criação é constante e absoluto. Portanto, o Criador, a Luz, continuaram
pressionando Malchut para que a receba. Malchut sentiu que a ação de restrição foi suficiente
para adquirir a ação de doar. Todavia, como poderia a criatura , a qual a única qualidade é a de
receber, doar para o Criador, tal como Ele o faz?

Pela percepção das qualidades das nove (Sefirot) Superiores nela – As qualidades do Criador
que ela sente interiormente, as quais, para ela, formam a atitude do Criador em relação a ela –
Malchut começa a entender como ela pode vir a doar para o Criador. Ela decide que se ela
recebe a Luz e deleita-se é somente porque o Criador aprecia que ela deleite-se com a Luz, sua
recepção seria igual a doar. A recepção do prazer pelo recebedor no sentido de beneficiar o
doador torna uma ação de recepção em um ato de doação. Por isto, se Malchut recebe toda a
Luz (prazer) que o Criador preparou para ela, ela estaria doando para Ele, tal como Ele está
doando para ela.

Tome, por exemplo, a visita de um hóspede. O anfitrião recebe o hóspede com comida,
precisamente com a quantidade e sabor que o hóspede assim deseja (o desejo esta em perfeita
sintonia com a Luz, tanto em sabor quanto em quantidade, uma vez que a Luz – prazer criou o
Kli – desejo de acordo com si próprio.

Mais ainda, embora o hospede esteja faminto, a presença do anfitrião causa-lhe vergonha, e para
de receber dele. A vergonha se origina da sensação em si próprio de ser um recebedor e o
anfitrião um doador. E a vergonha é tão poderosa que o hóspede não consegue mais receber.

Mesmo assim, o anfitrião o implora a comer, uma vez que Ele preparou tudo para ele, convence
o hospede que o anfitrião teria prazer se ele comesse . Então, isto parece ao hospede como se ele
tivesse que receber prazer, após o ter rejeitado por inúmeras vezes, esta recepção seria pareceria
a ele como estar doando e beneficiando o anfitrião. Assim, o hóspede se tornaria o doador, e o
anfitrião o receptor.
Na Cabalá, a fome, o desejo de receber deleite e prazer, é chamada Kli (vaso). O prazer que vem
do Criador é chamado Orh Yashar (Luz Direta). A força que repele o prazer que vem do Criador
é chamada Masach (Tela). A Luz repelida pela Masach é chamada de Orh Chozer (Luz
Refletida).

A usando a força da Masach – o poder de resistir à auto-gratificação e deleitar o Criador – O Kli


pode resistir contra sua própria vontade de receber. Nós podemos entender que o Kli rejeita a
Luz, mas é mais verdadeiro dizer que o Kli rejeita usando o desejo de deleitar a si próprio.

O Kli não pode devolver a Luz para o Criador. Ele pode somente mudar suas intenções. O
objetivo criado no Kli em dar prazer ao Criador é chamado Orh Chozer (Luz Refletida). Orh
(Luz) é outro nome para o prazer. Orh Yashar é o prazer que o Criador deseja conceder à
criatura e Orh Chozer é o prazer que a criatura deseja doar para o Criador.

Uma vez que o Kli (hospede) tem certeza que não receberá (deleite) para si próprio, ele examina
a intensidade de sua Orh Chozer (a medida do seu desejo de doar prazer ao Criador – Anfitrião),
e decide receber a abundância que vem de Orh Yashar (as iguarias e deleites que seu anfitrião
esta oferecendo), mas somente na medida em que ele (Kli) pode receber para deleitar o Criador
(Anfitrião).

Os Cabalistas são pessoas que sentem a Luz emanada do Criador e todas as suas ações. Mas
quando eles escrevem sobre espiritualidade, eles comunicam suas sensações em uma linguagem
de termos e definições técnicas. Portanto, somente se o leitor possuir uma Masach e as forças de
que os livros falam, pode alguém “traduzir” as palavras em sentimentos, em desempenhando as
mesmas ações que ele lê a respeito, dentro de si próprio.

A Luz vem diretamente do Criador (portanto seu nome é Orh Yashar) e deseja vestir o interior
do Kli. Mais , ela encontra a Masach. A Masach repele a Luz (recusa-se a recebê-la com o
objetivo de apenas receber), por esta razão mantendo a condição de Tzimtzum Aleph: não
receber em benefício próprio. Uma vez que é certo que o Kli não receberá em benefício próprio,
ele calcula (usando a Masach) o quanto pode receber no sentido de doar (deleitar o Criador). A
sensação da Luz e a decisão de quanto receber é feita antes de recebê-la. Por esta razão, esta
parte do Kli é chamada de Rosh (cabeça). O lugar do cálculo, onde a Masach se encontra, é
chamado de Peh (boca).

Seguindo a decisão tomada pela Rosh, o Kli recebe a Luz no Toch (interior). O Toch é a parte do
Kli onde a recepção da Luz (a sensação de prazer dentro do desejo de deleitar) ocorre de fato.
Desta maneira Orh Chochma (o prazer) é recebida com o objetivo de dar prazer ao Criador. Este
objetivo é chamado Orh Chassadim (Luz da Misericórdia). Na linguagem da Cabalá. Orh
Yashar veste-se em Orh Chozer, e Orh Chochma veste-se em Orh Chassadim.

O Kli somente pode receber uma pequena porção da Luz que vem do Criador, uma vez que a
Masach não tem o poder de receber toda a Luz. Por esta razão, uma parte (dos desejos) é
preenchida e parte permanece vazia no Kli. A parte que permanece vazia é chamada de Sof (fim,
conclusão). Nós portanto vemos que a criatura consiste de três partes: Rosh, Toch e Sof. Juntas
são denominadas de Partzuf (face, semblante). O Guf do Partzuf (todos os seus desejos) divide-
se em, Toch a parte recebedora e Sof a parte que permanece vazia.

O limite no Guf do Partzuf onde a recepção da Luz acaba, é chamada de Tabur (umbigo).

A parte da Luz recebida dentro do Partzuf é chamada Orh Pnimi (Luz Interior);

The part of the Light that remains outside the Kli is called Ohr Makif (Surrounding Light).

A parte da Luz que permanece do lado de fora do Kli é chamada de Orh Makif (Luz
Circundante)

Através da Masach, Orh Yashar divide-se em Orh Pnimi e Orh Makif.

Malchut inclui cinco Behinot (discernimentos). A Masach decide quanto receber em cada
Bechina. Cada Bechina divide-se em uma parte que recebe e outra não. Portanto há cinco
Behinot no Toch e cinco Behinot no Sof.

Resumo: Quando a Luz corrige o Kli, esta concede o desejo do Criador para o Kli. Isto, de fato,
é o que nos falta: A Luz (A Luz Circundante, que nós invocamos durante o estudo, se
desejarmos alcançar o propósito da Criação) para que Ela venha e nos corrija, de modo que
possamos querer que nossas ações sejam iguais as do Criador (doação). Esta é a singularidade
do estudo da Cabalá e também sua importância. O Estudo evoca a Luz Circundante (Orh
Makif), a qual corrige a pessoa.

Expansão e Partida das Luzes

Após Malchut ter decidido receber apenas parte de Orh Yashar e esta é recebida no Toch, ela
para de receber. Malchut sempre calcula, no Rosh do Partzuf qual é o máximo de Luz que ela
pode receber com a intenção de doar. Dependendo da força da Masach, Malchut recebe somente
uma pequena parte do total de Orh Yashar, uma que vez que o ato de receber para beneficiar o
Criador é contra sua natureza.

A parte de Orh Yashar que permanece fora do Kli é chamada Orh Makif. Esta continua a
pressionar a Masach que limita sua expansão através do Partzuf e deseja passar pela Masach e
preencher todo o Kli, incluindo o Sof do Partzuf, tal como fora antes do Tzimtzum.

O Partzuf entende que se ele recebe somente uma parte, ou seja preenchido somente até o
Tabur, e se permanece neste estado O Pensamento da Criação não será realizado. Para
completar o Pensamento da Criação, toda a Luz que preencheu Malchut antes do Tzimtzum tem
que ser recebida com o objetivo de doar. Mas se o Partzuf fosse receber mais, abaixo do Tabur,
isto seria recepção com o objetivo apenas de receber, uma vez que este não tem uma Masach
para receber com a intenção de doar sobre estes Kelim (plural de Kli).

Por esta razão, o Partzuf decide deixar de receber a Luz e retorna ao seu estado antes da
recepção. Esta decisão é feita no Rosh do Partzuf tal como todas as decisões. Seguindo a
decisão, a Masach que desce do Peh até o Tabur e ali permanece, começa a subir do Tabur até a
Peh. A ascensão da Masach ocasiona a partida das Luzes no Partzuf a partir do Peh até a Rosh.
A decisão de parar de receber a Luz foi feita porque a Masach que permanecia no nível do
Tabur era pressionada por Orh Makif (Luz Circundante) que queria ser recebida no Partzuf,
assim como Orh Pnimi. Estas duas Luzes desejam cancelar a Masach a qual é uma limitadora
para expansão da Luz. A pressão exercida sobre a Masach é chamada Bitush (bater) de Orh
Pnimi e Orh Makif.

Estas duas Luzes pressionam a Masach no nível do Tabur, que limita a recepção da Luz no
Partzuf. Elas (as Luzes) querem que a Masach desça do Tabur até o Sium (fim) do Partzuf e por
esta razão, Orh Makif em seu todo estaria apta a entrar.

Este estado é similar a uma pessoa que recebeu parte do que seu anfitrião tinha lhe preparado.
Ele sente grande prazer pelo que ele recebeu, e isto o enfraquece porque ele sente que grandes
prazeres existem naquilo que ele não recebeu.

Como resultado, a Masach retorna do Tabur para o Peh, e o Partzuf está vazio de Luz. Tal
como a Luz entrou no Partzuf através do Peh, esta sai do Partzuf através do Peh. A expansão da
Luz do Alto para baixo, do Peh até o Tabur, é chamada de Taamin (sabores). A partida da Luz
no Partzuf, do Toch através do Rosh é chamada de Nekudot (pontos). Quando a Luz parte do
Partzuf, esta deixa registrada uma impressão dela mesma, chamada Reshimo
(memória/lembrança). O Reshimo da Luz do Taamin é chamado de Tagin (tags) e o Reshimo da
Luz de Nekudot é chamado de Otiot (letras).

A expansão da Luz e sua partida faz o Kli adequado para esta tarefa, uma vez que o Kli após ter
sentido o prazer e este em seguida parte , então um verdadeiro desejo surge no Kli. Após a
partida da Luz, um Reshimo permanece no Kli. Este é o Reshimo do prazer que estava lá, de
Nekudot. Uma vez que o Kli está vazio de Luz, o Reshimo determina o desejo e a vontade deste
no Kli. Portanto, o Reshimo da partida da Luz é chamado de Otiyot ou Kli.

Antes do Tzimtzum, Bechina Dalet recebe Luzes através de todas as quatro precedentes Behinot.
A Luz vem para ela de Atzmut através de Behinot Shoresh, Aleph, Bet, Gimel, e Dalet. Por esta
razão Bechina Dalet contem cinco Behinot internos. Cada Bechina interior de Bechina Dalet
recebe Luz dos seus respectivos e correspondentes Bechina.

Bechina Shoresh em Bechina Dalet recebe Orh Yechida (Luz de Yechida) de Bechina Shoresh.

Bechina Aleph em Bechina Dalet recebe Orh Chaya de Bechina Aleph.

Bechina Bet em Bechina Dalet recebe Orh Neshama de Bechina Bet.

Bechina Gimel em Bechina Dalet recebe Orh Ruach de Bechina Gimel.

Bechina Dalet em Bechina Dalet recebe Ohr Nefesh de Bechina Dalet.

Somente Bechina Dalet em Bechina Dalet sente que o desejo de receber prazer é dela. Portanto
somente esta Bechina é considerada a “criatura”. As restantes Behinot em Bechina Dalet
precedendo Bechina Dalet em Bechina Dalet, são desejos que Bechina Dalet recebeu de
Behinot Shoresh, Aleph, Bet, e Gimel que a precederam. Embora os desejos nas Behinot
precedentes são desejos de receber, eles vêm do Criador e não da própria Bechina Dalet .
Bechina Dalet consiste de cinco Behinot, esta é sua estrutura e é imutável. Estas Behinot podem
dividir-se, preencher, juntarem-se para ações de recepção da Luzes em seus interiores, mas as
suas estruturas permanecem as mesmas. Isso é chamado o ponto do Yod, Yod, Hey, Vav, Hey.

Os mundos, e tudo mais dentro deles além das pessoas, emergem dos Behinot que precedem
Bechina Dalet em Dalet. Eles não possuem desejo independente de receber. Eles são operados
pelos desejos implantados nestes pelo Criador, e por esta razão não definidos pela Cabalá como
“criaturas”. Somente as almas das pessoas foram formadas de Bechina Dalet em Dalet, onde o
desejo de receber existe nela de forma independente. Portanto, somente as almas das pessoas
são consideradas “criaturas”.

O verdadeiro desejo de receber para si próprio aparece apenas em Bechina Dalet em Bechina
Dalet. Ela é a única que percebe a si mesma como recebedora. Portanto, ela é a única que decide
restringir a recepção da Luz. Mas a Luz também se desvia das restantes Behinot em Bechina
Dalet, uma vez que somente Dalet em Dalet recebe, enquanto as Behinot precedentes apenas
desenvolvem o seu desejo de receber. Quando ela para de receber, a Luz desaparece de todas
elas, isto porque todas as cinco Behinot são um Kli o ponto do Yod, Yod, Hey, Vav, Hey.

Depois de Tzimtzum, quando Malchut recebe estas cinco luzes através da Masach, - dentro de
suas cinco Behinot - elas entram nestas cinco partes de Malchut. A ordem pela qual as Luzes
entram no Partzuf é da menor para a maior Luz: Nefesh, Ruach, Neshama, Chaya, e Yechida.
Portanto estas Luzes são chamadas de NRNHY.

Entrada e Partida das Luzes no Partzuf

The five parts of Malchut are called Behinot Shoresh, Aleph, Bet, Gimel, and Dalet. Following
the Tzimtzum, when these parts receive Lights through the Masach, they are called Sefirot
(sapphires, illuminations) because the Light shines in them. Hence, instead of Behinot, we call
them Sefirot.

As cinco partes de Malchut são chamadas de Behinot Shoresh, Aleph, Bet, Gimel, e Dalet.
Seguindo o Tzimtzum, quando estas partes recebem Luzes através da Masach, elas são
chamadas de Sefirot (Sefirah, iluminações) porque as Luz brilham nelas. Portanto, ao invés de
Behinot nos as chamamos de Sefirot.

Keter = Shoresh

Chochma = Aleph

Binah = Bet

Zeir Anpin (ZA) = Gimel

Malchut = Dalet

Os Reshimot (plural de Reshimo) das Luzes que partem são chamados de Otiyot (Letras). Após
a partida das cinco Luzes, Nefesh, Ruach, Neshama, Chaya, e Yechida, dos cinco Sefirot,
Keter, Chochma, Binah, Zeir Anpin, e Malchut, cinco Reshimot, ou Otiyot permanecem: o
ponto do Yod, Yod, Hey, Vav, Hey.

Mais adiante neste artigo, aprenderemos como os Cabalistas usam símbolos para descrever as
forças espirituais por escrito. Eles constroem letras, palavras, e nomes fora de pontos e linhas.
Isto é como todos os livros sagrados são escritos. Resulta que a escrita é informação a respeito
das forças e operações espirituais. Quando Cabalistas lêem livros, eles podem agir de acordo
com as instruções contidas nestes.

No entanto, quando nós examinamos livros sagrados, eles parecem discutir eventos históricos.
Mas está escrito na Torah que a Torah inteira são nomes do Criador. Isto significa que todas as
palavras da Torah nos contam ou a respeito dos Kelim ou a de suas ações. Em outras palavras, a
inteira Torah é a mesma coisa que a sabedoria da Cabalá que nós devemos aprender nos dias de
hoje, escrita numa linguagem diferente.

Existem quatro linguagens para a Torah: A linguagem da Torah, a linguagem das lendas, a
linguagem do Talmude e a linguagem da Cabalá. Todas inventadas por Cabalistas que
alcançaram a espiritualidade, para nos contar como nós podemos atingir a propósito da Criação.

Visão Geral

O Criador quer beneficiar Suas criaturas. As criaturas estão destinadas a receber os benefícios
do Criador por elas mesmas. Para este propósito, o Criador criou uma criatura independente,
totalmente desprendida Dele. A criatura não sente o Criador porque a Luz é Mais Alta do que o
Kli, e quando a Luz preenche o Kli, Ela o controla e determina o que o Kli vai querer.

Portanto, a criatura precisa nascer ocultada da Luz para ser independente, sem a sensação da
espiritualidade e da existência do Criador. A criatura nasce no nível mais distante em relação ao
Criador, no nível chamado “este mundo”. No entanto, quando a criatura se torna independente
da influencia da Luz Superior (O Criador), lhe falta também a capacidade de entender seu
estado, sua realidade, o propósito de sua vida. Segue-se que o Criador precisa preparar o
ambiente adequado para a Criatura se desenvolver e crescer:

1. Ele precisa restringir a Sua Luz ao mínimo, restrição por restrição. Isto é como os degraus
foram construídos de Cima para baixo, do degrau de Ein Sof, o mais perto do Criador, para o
degrau “este mundo” o mais baixo e distante do Criador. Este ato é chamado “a expansão dos
mundos e dos Partzufim”.

2. Uma vez que o ponto de partida foi preparado para a criatura, a ela é dada a possibilidade
de elevar-se daquele estado e atingir o degrau do Criador. Mas como isto pode ser feito, se após
Tzimtzum Aleph nenhuma Luz alcança o Kli – a criatura – que esta no degrau “este mundo”? Por
esta razão, o Criador nos dotou neste mundo com a Segula (poder, remédio) : Orh Makif (Luz
Circundante) que brilha até mesmo para o restrito Kli.

Rav Yehuda Ashlag escreveu sobre esta Segula no item 155 em sua “Introdução ao Estudo dos
Dez Sefirot”: Por esta razão nós precisamos perguntar, porque então, os Cabalistas obrigaram
cada pessoa a estudar a sabedoria da Cabalá? Certamente, existe uma grande coisa nisto, que
merece ser publicado: Há um maravilhoso, inestimável remédio para aqueles que se engajam na
sabedoria da Cabalá. Embora eles não entendam o que eles estão aprendendo, através de seu
grande desejo de compreender aquilo que estudam, eles despertam sobre si próprios as Luzes
que circundam suas almas.
“Isto significa que a cada pessoa de Israel é garantido finalmente alcançar todas as
maravilhosas realizações que o Criador calculou no Pensamento da Criação que é deleitar cada
criatura. Aquele que não foi contemplado nesta vida ser-lhe-á dado na próxima vida etc.. até que
seja contemplado com o Pensamento do Criador, o qual Ele planejou para aquela pessoa.

“E enquanto alguém não atingiu a perfeição, as Luzes que são destinadas a alcançá-lo são
consideradas Luzes Circundantes. Isto significa que elas se mantém prontas, mas esperando que
ele purifique seus vasos de recepção, tempo em que estas Luzes vestirão os vasos aptos para
recebê-las.

Portanto, mesmo que uma pessoa não tenha os vasos, quando ela se engaja nesta sabedoria
mencionando os nomes das Luzes e os vasos relacionados com sua alma, elas brilham
imediatamente sobre ela até certa medida. Entretanto elas brilham pra ela sem vestir o interior
de sua alma por falta de vasos aptos a recebê-las

Todavia, a iluminação que uma pessoa recebe tempo após tempo durante seu engajamento na
sabedoria da Cabalá atrai sobre si a Graça do Alto, gratificando-a com abundância de santidade
e pureza, as quais a aproximam até que ela adquira a perfeição.

No entanto, há uma estrita condição durante o engajamento nesta sabedoria, que é não
materializar os temas com o imaginário ou coisas corporais, caso contrário elas se rompem. “E
não farás para ti nenhum ídolo, nem qualquer outra coisa semelhante”. Pois caso isto ocorra,
uma pessoa será antes ferida ao invés de beneficiada.

Portanto, somente o apropriado estudo da sabedoria da Cabalá pode trazer o homem para o
propósito de sua vida. Isto é o que os Cabalistas nos dizem, e quem sabe mais a respeito da
realidade do que eles?

Ohr Makif (Luz Circundante) é a força com a qual cada pessoa pode começar a elevar-se deste
mundo para o mundo espiritual. Sem a ajuda da iluminação do Ohr Makif, nós não teríamos
nenhuma possibilidade de transcender nosso estado, uma vez que o Kli pode somente ser
corrigido pela Luz, e a Luz Superior não pode alcançar este mundo. Por esta razão, nós
necessitamos do Orh Makif.

Para auxiliar os iniciantes a prevenir falhas em seus caminhos, nós adicionamos uma planilha de
perguntas e respostas, um glossário, abreviações, e vários arquivos de media. Nós não temos a
intenção de aprofundar ou expandir as explicações e a quantidade de informação, mas levar o
estudante em obter uma vontade de progredir corretamente. Deve ser claro que o propósito do
estudo é atingir Dvekut (adesão) com o Criador. Isto deve ocorrer perante nossos olhos, uma vez
que somente então nós invocamos sobre nós mesmos as Luzes Circundantes, e através dos seus
impactos, entraremos no Mundo Superior.

O glossário objetiva o correto entendimento dos termos básicos. Mas somente se uma pessoa
sabe como interpretar as palavras ela estará lendo corretamente, em seus verdadeiros
significados espirituais, diferente da maneira como nós usualmente as interpretamos em nosso
mundo, somente nesta na medida em que a uma pessoa é permitido aprender e ler qualquer
coisa na Torah. Caso contrário, uma pessoa entenderá os livros da Torah como sendo meras
narrativas históricas.
Quando um Cabalista atinge a espiritualidade, é indescritível em palavras, uma vez que a
espiritualidade contem somente sensações. Esta é a razão pela qual os livros Cabalísticos são
escritos na linguagem dos ramos, usando palavras no nosso mundo físico para descrever
conceitos espirituais.

O mundo spiritual é um lugar abstrato, "virtual", onde somente forças e emoções existem, sem
vestimentas corporais. Nós necessitamos constantemente renovar e repetir os conceitos
espirituais porque até adquirirmos a conexão emocional com a espiritualidade, nós estaremos
lendo os livros da Cabalá sem nenhum entendimento sobre o que está atrás das palavras.

O erro primário é que existem “Cabalistas” que ensinam que há alguma conexão entre o corpo
humano e o Kli espiritual, apesar do fato que o Kli espiritual se veste em um corpo humano,
como se no interior de cada órgão corpóreo vestisse um órgão espiritual. Na visão destes
“Cabalistas”, se alguém executa um ato físico ou qualquer movimento físico, este
aparentemente contivesse um conteúdo espiritual. Eles pensam que assim fazendo, uma pessoa
realmente executa uma ação espiritual.

Os erros destes “Cabalistas” se origina no uso da linguagem dos ramos, usando palavras do
mundo físico para nomear e definir termos espirituais. Esta é a razão para a estrita proibição na
Torah “E não farás para ti nenhum ídolo, nem qualquer outra coisa semelhante”. Em outras
palavras, é proibido imaginar a espiritualidade em formas corporais, não porque isto pudesse
causar algum dano ao Alto, mas porque a falsa imagem impediria uma pessoa em entender os
caminhos do Criador e se aproximar do objetivo.

Portanto, o estudante deve constantemente repetir os conceitos-chave da Cabalá tais como


“lugar”, “tempo”, “movimento”, “não ausência”, Guf (corpo), “partes do corpo” ou “órgãos”,
Zivug (acasalamento), “beijo”, “abraço”, até que cada conceito é percebido corretamente. Esta é
a maneira como Baal HaSulam escreve em sua “Introdução ao Estudo dos Dez Sefirot”. Aqueles
que desejam estudar a Cabalá de maneira correta, são aconselhados de deixar de lado todos os
livros com este tema, exceto O Livro do Zohar , os textos de Ari, os textos de Baal HaSulam e
os textos do Rabash.

Interpretar a Torah com uma narrativa histórica contradiz o verso que diz que a Torah inteira
são os nomes do Criador, isto é a Torah do mundo de Atzilut, e que todos os mundos contidos
em Atzilut são Nomes Sagrados. É importante lembrar que não falamos deste mundo e das
pessoas que nele estão (ver “Introdução ao Livro do Zohar” item 58).

Todos os nomes da Torah são sagrados, até mesmo nomes como Faraó, Balaam, Balak. Por
exemplo alguém que é convocado para se manter próximo a Arca da sinagoga durante o serviço,
beija o Livro da Torah sem primeiro conferir se ele erroneamente beijou em nome do Faraó ou
Laban. O Zohar explica que cada nome simboliza um degrau espiritual: Faraó corresponde a
Malchut, Laban a Mais Alta Pureza, Partzuf de Chochma Superior, etc..

Reshimot

Para executar a correta operação, o Kli necessita saber o que ele quer, como obter o que ele quer
e possuir a força para obter o que quer.

Além do Criador, existe apenas uma Criação: O desejo de receber prazer. Portanto toda a
realidade contem somente a Luz e o Kli, prazer e desejo. Hitlabshut (vestimenta) e Aviut
(rudeza/desejo de receber)
Em cada ato espiritual, após a saída da Luz do Kli, significando após a transição de um estado
onde o Kli é preenchido com a Luz para um estado onde o Kli está vazio, deixa atrás de si duas
"recordações" do estado anterior. Elas são chamadas de Reshimo de Hitlabshut (memória da
vestimenta) a Reshimo da Luz que estava no Kli e saiu e o Reshimo de Aviut (recordação do
desejo de receber) – um Reshimo do Kli sobre o Masach que permanece para ser usado.

Estes dois Reshimot (plural de Reshimo) são considerados como apenas um Reshimo. Se
nenhum Reshimo é deixado, o Kli não saberá o que quer ou como obter o que deseja. Todo
processo da realidade cacadeando de sua iniciação em Malchut de Ein Sof até seu fim que é
neste mundo, são estados diferentes de Malchut de Ein Sof. Ela (Malchut) submete-se a esta
seqüência de estados com o auxilio da Luz que a circunda, a qual invoca os Reshimot que
permaneceram nela após cada estado.

O estado na qual Bechina Dalet é preenchida com a Luz é chamado Malchut de Ein Sof. Após
Bechina Dalet ter tido a experiência de “receptora” , ela decide restringir a recepção da Luz. A
Luz partiu e um Reshimo de Luz que estava nela permaneceu em Malchut. Mesmo após o
Tzimtzum, A Luz veio para preencher Malchut, mas ela calculou e decidiu receber apenas o
quanto ela podia receber com a intenção de doar para o Criador.

Os dados necessários para este cálculo são: (a) O Reshimo de Hitlabshut da Luz no estado
anterior, e (b) O desejo de receber com a intenção de doar. Uma vez que Malchut calcula estes
Reshimot no Rosh, ela recebe o que havia decidido receber no Guf. E quando o Kli completa a
recepção da parte de Luz que ela havia decidido receber, o Orh Makif golpeia a Masach e a
força a retornar para o Peh. Portanto o Partzuf está vazio deste preenchimento .

Quando a Masach se eleva da Tabur de Galgalta para o seu Peh, o Orh Pnimi (Luz Interior) sai
de Galgalta e deixa a Masach do Guf com um Reshimo de Luz que este tinha, chamado de
Reshimo de Hitlabshut. Mas o Reshimo da força da Masach que recebeu a Luz não permanece,
uma vez que a Masach havia decidido parar de receber a Luz e desqualificou a si mesma de
trabalhar com sua força; Portanto o Reshimo da Masach desaparece.

A Masach elevou-se da Tabur voltando para o Peh. Portanto ela sente a Luz Superior no Rosh
que a pressiona exigindo que receba a Luz. A isto resulta que o desejo de receber a Luz com a
intenção de doar é reavivada em Malchut. Isto é o começo do nascimento de um novo Partzuf
sob o Reshimot remanescente do estado anterior.

Sumário: O Reshimo da Luz é uma parte da Luz, a qual a Luz deixa após sua partida. Isto é o
núcleo, a raiz do nascimento do próximo Partzuf. O Reshimo da Masach esta perdido e o Zivug
acoplamento é feito sob um novo Reshimo.
O Reshimot do qual os Partzufim Emergem

Mundo/Partzuf Nome Reshimo de Reshimo de Aviut


Hitlabshut

Mundo de Adam Kadmon:

Partzuf Keter Galgalta Dalet Dalet

Partzuf Chochma AB Dalet Gimel

Partzuf Binah SAG Gimel Bet

Partzuf ZA MA Bet Aleph

Partzuf Malchut BOM Aleph Shoresh

Partzuf Nekudot de SAG:

Partzuf Nekudot de SAG Bet Bet

Mundo de Nekudim

Partzuf Katnut (pequenez/infância) Bet Bet

Partzuf Gadlut (grande ZA/maioridade) Bet Bet

Mundo de Atzilut

Partzuf Keter Atik Dalet Dalet

Partzuf Chochma AA Dalet Gimel

Partzuf Binah AVI Gimel Bet

Partzuf ZA ZA Bet Aleph

Partzuf Malchut Nukvah Aleph Shoresh

Mundo de Briah

Partzuf Keter Atik Dalet Dalet

Partzuf Chochma AA Dalet Gimel

Partzuf Binah AVI Gimel Bet

Partzuf ZA ZA Bet Aleph


Partzuf Malchut Nukvah Aleph Shoresh

Mundo de Yetzirah

Partzuf Keter Atik Dalet Dalet

Partzuf Chochma AA Dalet Gimel

Partzuf Binah AVI Gimel Bet

Partzuf ZA ZA Bet Aleph

Partzuf Malchut Nukvah Aleph Shoresh

Mundo de Assiah

Partzuf Keter Atik Dalet Dalet

Partzuf Chochma AA Dalet Gimel

Partzuf Binah AVI Gimel Bet

Partzuf ZA ZA Bet Aleph

Partzuf Malchut Nukvah Aleph Shoresh

RESHIMOT DE AVIUT DO MASACH DOS MUNDOS

Mundo de Keter Mundo de Adam Kadmon Aviut Dalet

Mundo de Chochma Mundo de Atzilut Aviut Gimel

Mundo de Binah Mundo de Briah Aviut Bet

Mundo de ZA Mundo de Yetzirah Aviut Aleph

Mundo de Malchut Mundo de Assiah Aviut Shoresh

Quando toda a realidade se expande até que nenhum Reshimo é deixado na Masach, isto é o fim
do mundo de Assiah. Malchut do mundo de Atzilut gera outro Partzuf chamado Adam
HaRishon, o qual se fragmenta em pedaços que descem para o mundo de Assiah para um lugar
chamado “nosso mundo”.

O menor Reshimo contido no menor Kli fragmentado é chamado de “o ponto no coração”. Isto é
o que a pessoa sente como um desejo pela espiritualidade quando é despertado do Acima. Estes
Reshimot vestem-se em certas pessoas em nosso mundo e não lhes dão descanso, até que elas se
corrigiam com a Masach e sejam preenchidas com a Luz.
Se a pessoa sente aquele Reshimo, ele ou ela são merecedores de alcançar a espiritualidade,
experimentar o Mundo Superior e conhecer a realidade em sua totalidade. A condução para
alcançá-la (espiritualidade) é encontrada nos livros da Cabalá. Cada geração tem seus próprios
livros de Cabalá, escritos para aquela geração, para tipos particulares de almas que descem em
uma determinada geração.

Os livros que guiam nossa geração para a espiritualidade são os livros de Rav Yehuda Ashlag
(Baal HaSulam), e Rav Baruch Ashlag (O Rabash). Além do estudo destes livros, existem duas
outras condições necessárias para um adequado aprendizado: O Estudo em grupo, para quem o
objetivo é alcançar o propósito da Criação, o qual é dirigido por um professor Cabalista (Rav).

Na seqüência de quedas da realidade do Acima para baixo, uma escada de degraus foi formada,
na qual uma pessoa deve voltar a subir. Uma pessoa que alcança certo degrau descobre neste
degrau um Reshimot de um degrau mais Alto, e pode portanto continuar a subir. Os Reshimot de
degraus mais Altos aparecem também em pessoas do nosso mundo. Estes são Reshimot mais
próximos do degrau espiritual daquela pessoa. Ao trabalhar com estes Reshimot, uma pessoa sai
de nosso mundo e entra no mundo espiritual.

O Nascimento dos Partzufim

Behinot Dalet é chamada de Malchut, uma vez que ela hóspeda o maior desejo de receber.
Quando preenchida pela Luz, ela é chamada de Ein Sof (sem fim), visto que ela recebe a Luz
sem colocar um fim nisto (na recepção da Luz). Malchut é a única criatura criada. Suas partes
são chamadas de Olamot (mundos), uma vez que eles Maalimim (ocultam) a Luz do Criador das
criaturas. A ocultação em cada mundo corresponde a uma medida pela qual as criaturas podem
receber a Luz utilizando a Masach.

Quando Behinot Dalet recebeu a Luz de Ein Sof, ela sentiu que a Luz vinha do Doador. A
sensação do Doador invocou tamanha vergonha e agonia em si, que ela decidiu jamais ser uma
receptora (recebedora).

A decisão de Um Maior torna-se uma Lei obrigatória para todos os demais estados
subsequentes. Por esta razão, mesmo que parte de Malchut não queira receber em benefício
próprio, ela não estará apta a receber, uma vez que Malchut controla todas as suas partes. Cada
nova decisão vem da fraqueza do degrau, portanto, cada decisão afeta somente os degraus mais
baixos.

Seguindo Tzimtzum Aleph, o Reshimo da Luz e do Kli ficaram em Malchut. A Luz retornou para
Malchut e desejou preenche-la., uma vez que a intenção do Criador é dar prazer à criatura é
constante. É somente este Pensamento do Criador que opera em cada ato na Criação, até mesmo
quando nos parece que a realidade não está a nosso favor.

Malchut que se mantém ao nível da Peh da Rosh do Partzuf sente que o objetivo do Criador é
beneficiá-la , tal como no exemplo do Anfitrião e o hóspede. Malchut sente que se não recebe
do Criador, ela não estará dando nada e Ele. Portanto ela decide receber, assim o Criador se
contentará com sua (Malchut) recepção.

Com o auxílio dos Reshimot de Hitlabshut e Aviut do preenchimento anterior, Malchut pode
acuradamente calcular quanto ela pode receber, não de acordo com seu desejo de se deleitar,
mas no sentido de contentar o Criador.

O Reshimo de Hitlabshut é um Reshimo da Luz que estava em Malchut. A Masach, na qual


Malchut recebia aquela Luz foi purificada. Não há força na Masach para que mais uma vez
receba a mesma Luz na qual o Reshimo de Hitlabshut permaneceu. Portanto, a Rosh de
Hitlabshut do próximo Partzuf nasceu no Reshimo de Hitlabshut. Depois disto, a Masach
realizou um Zivug com o Reshimo de Aviut, gerando a segunda Rosh, chamada Rosh de Aviut,
do qual o Guf se expandiu. Esta é a cobertura da Luz em Malchut.

A parte na qual Malchut decide quanto ela pode receber da Luz Superior com a intenção de doar
é chamada Rosh. Seguindo-se a decisão na Rosh, Malchut recebe a quantidade de Luz que ela
decidiu, no interior do Partzuf. Esta Luz é chamada deTaamin (sabores).

Quando a Luz de Taamin completa sua entrada no Guf, a Masach que a prolongou (expandiu)
suspende a expansão da Luz dentro do Partzuf. A Masach não permite que a Luz continue a
entrar, uma vez que a decisão de Malchut é uma decisão da quantidade máxima que ela pode
receber não com a intenção de deleitar a si própria. Se ela receber mais, isto será com a intenção
de receber para si própria.

Portanto, no lugar onde a Masach para e não mais recebe, Malchut sente uma vez mais o
estímulo da Luz Superior para que a receba. Este lugar é chamado Tabur (umbigo). Se Malchut
receber mais Luz, será para seu próprio prazer. Por esta razão ela não tem outra escolha senão
parar de receber a Luz.

Todas as decisões são tomadas somente na Rosh do Partzuf, e então são executadas. Aqui,
também, seguindo-se a decisão da Rosh de parar de receber, a Masach eleva-se do Tabur para a
Peh e bane as Luzes do Guf do Partzuf.

O Masach vem até a Peh com um Reshimo da Luz que havia preenchido o Partzuf e um
Reshimo de Aviut que permaneceu no Masach. Pelo encontro do Masach com a Luz Superior na
Rosh do Partzuf, o desejo de receber a Luz com a intenção de doar é novamente despertado na
Masach, que lhe desperta os Reshimot. O Masach faz um Zivug de Hakaah com a Luz Superior
e gera o próximo Partzuf.

Existem dois Masachim (plural de Masach) em cada Partzuf: O Masach que rejeita a Luz, e o
Masach que recebe a Luz. O Masach que rejeita a Luz sempre se manter no nível da Peh do
Partzuf, repelindo a Luz que deseja entrar (penetrar) no Partzuf, e portanto encontrando a
condição de Tzimtzum Aleph.

Uma vez que a primeira Masach repele toda a Luz e tem a certeza que não recebera para si
própria, mas somente com a intenção de doar para o Criador, isto ativa o segundo Masach, o
qual determina quanto da Luz Superior pode ser recebida com a intenção de doar.
Seguindo-se esta decisão, o Masach começa a receber a Luz. Ela (Masach) desloca-se da Peh
para baixo, permitindo que a Luz entre no Partzuf. Quando a quantidade de Luz que entrou no
Partzuf atinge à medida que o Masach da Rosh tinha decidido receber, o Masach que desceu no
Guf para. Isto porque o Masach do Guf sempre segue as ordens e decisões feitas pelo Masach
da Rosh. Portanto, o próximo Partzuf é gerado do anterior.

O cálculo é feito no Masach na Rosh. Mas porque seu Aviut é menor do que o Partzuf anterior,
o Masach desce para o Chazeh (peito) do Partzuf, e não se mantém na Peh. Isto porque o
Chazeh é o nível de Aviut Gimel do Guf, de forma oposta à Peh que é Dalet.

Por conseguinte, uma vez que o Masach eleva-se do Tabur para a Peh, onde ela recebe o desejo
de fazer um novo Zivug, ela desce para o Chazeh e calcula quanto pode receber. Este cálculo
gera uma segunda Rosh do Partzuf. Seguindo a decisão, o Masach desce da Peh para o lugar
que ela escolheu como o lugar através do qual ele receBriah a Luz. Este lugar se tornará o Tabur
do próximo Partzuf.

Abaixo do Tabur e através do Sium Raglim do próximo Partzuf, ali permanecem Kelim vazios
que o Masach não preenche devido à falta de força para resistir. O segundo Partzuf e o resto dos
Partzufim do mundo de Adam Kadmon, não podem descer abaixo do Tabur do primeiro Partzuf
devido à falta de força em seus Masachim.

Depois que o Segundo Partzuf, AB de AK (Adam Kadmon), emergiu e recebeu o que foi
decidido pela Rosh, na Masach que desceu para o seu Tabur, ali também existia a Bitush
(batida) de Ohr Pnimi e Ohr Makif. Aqui também, a Masach entende que ela não pode
permanecer no Tabur porque não possui força para receber mais e se permanecesse neste
estado, não alcançaria o propósito da Criação.

Por conseguinte, o Masach do segundo Partzuf, decide também purificar-se, e eleva-se para a
Peh. Aqui também um Reshimo permanece no Masach. Quando ele atinge a Peh e é integrada
no Masach da Peh, ele se desperta novamente para receber a Luz. O último Reshimo de Aviut,
de Behinot Gimel, desaparece do Masach, e o Reshimo de Behinot Bet aparece. Portanto, o
Masach desce para o Chazeh, onde faz um Zivug de Hakaah para gerar o novo Partzuf chamado
Partzuf SAG de AK.

Aqui, também, uma vez que Partzuf de SAG emergiu, seu Masach de Guf é purificado pela
Bitush de Ohr Pnimi e Ohr Makif sobre ela. O Masach eleva-se para a Peh, desce para ou
Chazeh e gera próximo Partzuf no nível de Aviut Aleph, chamado “MA Superior”

Quando o Partzuf MA Superior interrompe a expansão da Luz dentro de si, ele sente a Bitush
das Luzes Interior (Pnimi) e Circundante (Makif) em seu interior, e decide purificar-se. Ele
retorna para a Peh com Aviut Shoresh, uma vez que o Masach não tem mais a força de Kashiut
(dureza/resistência) para receber a Luz. Ela não pode gerar um Partzuf, mas somente uma Rosh,
e assim interrompendo o processo de nascimento dos Partzufim

A Realidade em sua Totalidade

Seguindo a Tzimtzum, Malchut decide receber com a intenção de doar para o Criador. Esta
intenção é chamada de Masach (tela). Segue-se então, que uma seqüência de Partzufim
emergem em Malchut:

Um Partzuf chamado Galgalta emerge na Masach com força para receber Luz em Aviut Dalet
Um Partzuf chamado AB emerge na Masach com força para receber Luz em Aviut Gimel

Um Partzuf chamado SAG emerge na Masach com força de receber Luz em Aviut Bet

Um Partzuf chamado MA emerge na Masach com força para receber Luz em Aviut Aleph

Um Partzuf chamado BON emerge na Masach com a força para receber Luz em Aviut Shoresh.

Os nomes dos Partzufim são determinados pela quantidade e qualidade das Luzes que os
preenchem. Malchut emerge como Behinot Dalet, significando a quinta na evolução da Luz de
Atzmut. Portanto ela recebe das Behinot anteriores e as contem. Por esta razão, dentro de
Malchut de Ein Sof são cinco Behinot do desejo, do menor desejo em Behinot Shoresh para o
maior desejo em Behinot Dalet, e ela recebe Luz dentro de si ilimitadamente.

Após a Tzimtzum, Malchut decide receber Luz somente com a intenção de doar ao Criador. A
recepção feita desta maneira é contrária à natureza de seu desejo, portanto, ela não pode receber
ilimitadamente. Ela não pode receber toda a Luz de uma só vez, como antes. Por conseguinte,
ela decide receber toda a Luz mas em pequenas porções. No final, ela será completamente
preenchida e alcançara o propósito da Criação.

Cada pequena parte de Malchut é como o todo de Malchut, contendo as cinco partes da vontade
de receber. Isto é assim porque não pode existir o desejo se não existirem quatro degraus da
expansão das Luzes precedendo-o.

Por esta razão, cada Kli tem uma estrutura fixa, de acordo com as cinco partes de Aviut:
Shoresh, Aleph, Bet, Gimel, e Dalet, chamadas Sefirot Keter, Chochma, Binah, ZA, e
Malchut, chamadas de Otiyot O ponto de Yod, Yod, Hey, Vav, e Hey.

O Todo de Malchut é dividido em cinco partes principais, chamados cinco mundos AK (Adam
Kadmon), Atzilut, Briah, Yetzirah, e Assiah. Cada mundo é dividido em cinco Partzufim Atik,
AA (Arich Anpin), AVI (Aba ve Ima), ZA (Zeir Anpin), e Nukvah (Malchut). Cada Partzuf
contém cinco Sefirot: Keter, Chochma, Binah, ZA, e Malchut.

Os cinco mundos contem 5x5=25 Partzufim. Cada Partzuf contem cinco Sefirot. Portanto, em
todos os mundos são 25x5=125 Sefirot ou degraus que cada alma deve experimentar, a partir
deste mundo para o mundo de Ein Sof, com o objetivo de alcançar Dvekut com o Criador.

Cada degrau, Sefira (singular de Sefirot), Partzuf, mundo – uma parte de Malchut de Ein Sof, a
menor fração da realidade – compreende cinco partes da vontade de receber, a Masach acima
deste, a Luz, que este recebe através da Masach. Portanto, a diferença entre todas as partes da
Criação é somente na medida da vontade de receber e a Masach sobre este desejo. A medida da
Masach define o tipo e o nível de implementação do desejo.

Nosso corpo contem as mesmas partes. A diferença entre as partes está no seu preenchimento
(forte, esperto ou mais habilidoso). Por conseguinte, as mesmas partes existem em todos os
Partzufim espirituais: O ponto de Yod, Yod, Hey, Vav, e Hey.
Estas letras são chamadas “o nome do Criador” uma vez que Ele criou a criatura neste modelo.
A criatura sente seu Criador pela maneira com que este é preenchido com a Luz – o Criador – e
atribui os nomes do Criador por consequencia.

O nome de cada Kli segue na medida em que o Kli sente o Criador. Por esta razão, cada degrau
produz (ou usa, ou cria, ou descobre) seu próprio nome, a partir deste mundo até o mundo de
Ein Sof. As almas elevam-se para atingir o propósito da Criação, começando neste mundo, o
qual é o menor dos degraus. Quando uma alma ascende para um determinado degrau, isto
significa que ela recebe a Luz pertinente àquele degrau. Em outras palavras, ela preenche seu
HaVaYaH com um determinado preenchimento da Luz de HaVaYaH, o qual junto com o
preenchimento, cria o nome do degrau.

Está escrito que cada um necessita se tornar tal como Moises. Isto significa que cada um precisa
alcançar o degrau chamado “Moises”. Todos os nomes da Torah são Nomes Sagrados, uma vez
que eles são descrições da revelação da Luz, o Criador. Portanto, a inteira Torah chamada de
“Os nomes do Criador” incluindo nomes tais como Faraó, Balaam, Balak, etc.

O nome do degrau é determinado pela Luz que preenche o Partzuf, o HaVaYaH. Por exemplo,
se o Kli é preenchido com Orh Chochma, e o símbolo para aquela Luz é e letra Yod, o
preenchimento das letras Yod, Hey, é Yod, Hey (um Yod no Hey), Viv (um Yod em Vav), Hey
(um Yod em Hey).

Isto porque cada letra no alfabeto Hebraico tem seu próprio número:

Aleph = 1 ZAyin = 7 Mem = 40 Kof = 100

Bet = 2 Het = 8 Nun = 50 Reish = 200

Gimel = 3 Tet = 9 Samech = 60 Shin = 300

Dalet = 4 Yod = 10 Ayin = 70 Tav = 400

Hey = 5Chaf = 20 Peh = 80

Vav = 6 Lamed = 30 TZAdi = 90

Portanto, se nós somarmos as letras no nome HaVaYaH. Yod, Hey, Vav, Hey = Yod (10+6+4) +
Hey (5+10) + Viv (6+10+6) + Hey (5+10) = 72, as quais são as letras AB (Ayin+Bet). Isto é o
motivo do Partzuf Chochma ser chamado AB.

Um Partzuf que recebe a Luz de Chassadim é chamado de SAG.

Yod, Hey, Vav, Hey = 63 = SAG (Samech + Gimel).

Isto é como todos os degraus e toda a realidade são nomeados. Portanto, para saber o nome de
cada degrau, nós necessitamos somente saber os nomes de cada tipo de Luz. Então, quando nós
lemos a Torah, nós entenderemos quais ações espirituais e quais lugares e degraus nos Mundos
Superiores estão sendo discutidos.

Então nós não mais pensaremos de maneira errônea que a Torah discute qualquer coisa abaixo
do mundo espiritual. Nós não pensaremos que a Torah fala sobre a nossa vida corpórea, de
história, ou como administrarmos nós mesmos em nossa vida material. Ao contrário, nós
conheceremos que todos os livros da Torah são na realidade instruções nos dizendo com atingir
o propósito de nossas vidas enquanto ainda vivemos neste mundo, assim nós não teremos que
retornar para este mundo ciclo após ciclo e repetidamente sofrer em vão, sem propósito, e uma
vida inútil (imprestável).

Um Partzuf tem dez Sefirot: Keter, Chochma, Binah, ZA, e Malchut

Um Partzuf em letras: Yod (Chochma), Hey (Binah), Vav (ZA), e Hey (Malchut).

Mas o nível de um Partzuf : Nefesh, Ruach, Neshama, Chaya, Yechida- não é explicado pelo
nome HaVaYaH, uma vez que as letras HaVaYaH são as dez Sefirot, o esqueleto de um Kli.
Elas explicam o estado do vazio do Kli, sem o preenchimento da Luz Superior. O nível do Kli, o
degrau espiritual do Kli, é determinado pela medida da Masach. A Masach preenche as dez
Sefirot de HaVaYaH com Luzes. A Masach pode preencher o Kli com as Luzes de Nefesh,
Ruach, Neshama, Chaya, ou Yechida,. A Luz no Kli determina o degrau em que se encontra o
Kli em relação à escada dos degraus.

Na realidade existem apenas duas Luzes: Orh Chochma (Luz da Sabedoria) e Orh Chassadim
(Luz da Compaixão (misericórdia/perdão). O símbolo de Orh Chochma é a letra Yod, e o
símbolo de Orh Chassadim é a letra Hey.

1. O registro do nível de Yechida (Kli Keter) é simplesmente HaVaYaH, sem


preenchimento

Yod, Hey, Vav, Hey = 10+5+6+5 = 26.

1. O registro do nível de Chaya (Kli Chochma) é HaVaYaH, preenchido com Yod. Yod, Hey,
Viv, Hey = (10+6+4) + (5+10) + (6+10+6) + (5+10) = 72.

2. O registro do nível de Neshama (Kli Binah) é HaVaYaH preenchido com Hey, com exceção
da letra Vav que é preenchida com Aleph, e a letra Hey com Yod. Yod, Hey, Vav, Hey =
(10+6+4) + (5+10) + (6+1+6) + (5+10) = 63.

3. O Registro do nível de Ruach (Kli ZA) é HaVaYaH preenchido com Hey, exceto a letra Vav
de HaVaYaH que é preenchida com Aleph. Yod, He, Vav, He = (10+6+4) + (5+1) + (6+1+6) +
(5+1) = 45.

1. O Registro do nível de Nefesh (Kli Malchut) é HaVaYaH preenchido com Hey,


exceto a letra Vav de HaVaYaH, que permanece sem preenchimento. Yod, Hh,
Vv, Hh = (10+6+4) + (5+5) + (6+6) + (5+5) = 52.

Esta é a origem dos nomes, AB, SAG, MA, BON.


Nekudot de SAG

Após Tzimtzum Aleph, Malchut decide preencher a si mesma com a intenção de doar usando o
Reshimo que permaneceu do mundo de Ein Sof. No entanto recepção com a intenção de doar é
contra a sua natureza. Portanto, Malchut não pode instantaneamente receber toda a Luz Superior
que a havia preenchido no mundo de Ein Sof, mas somente em pequenas porções, chamadas
Partzufim. Por esta razão Malchut recebe cinco porções de Luz: Galgalta, AB, SAG, MA
Superior, e BON Superior. Isto completa a saída de todos os Reshimot que estavam em seu
interior e a cadeia de expansão é detida (barrada/parada).

O terceiro Partzuf que emerge é o Partzuf SAG. Sua natureza é a de Binah, assim ele não deseja
receber nada para si próprio, ele se “deleita em compaixão”. Por esta razão, este Partzuf pode
descer abaixo do Tabur de Galgalta e preencher a parte final de Galgalta com suas Luzes.

Partzuf SAG emergiu com Reshimot de Hitlabshut Gimel e Aviut Bet. Portando, existe uma
iluminação de Chochma em seu Taamim (sabores). Por este motivo, o Taamim de SAG não
pode descer abaixo do Tabur de Galgalta. Mas quando Partzuf SAG começa a se purificar, Orh
Chochma desaparece imediatamente e a Masach purifica do Tabur à Peh, Partzuf Nekudot de
SAG emerge, e este Partzuf contem somente Orh Chassadim , Portanto, este Partzuf desce
abaixo do Tabur de Galgalta e preenche o Sof (fim) de Galgalta com Orh Chassadim.

A inteira realidade emerge de Behinot Shoresh, o desejo do Criador de beneficiar Suas criaturas.
De acordo com este desejo, a Luz expande como a sequencia de causa e efeito para realizar o
Pensamento da Criação dentro do Kli, e assim ele a receberá.

Em Behinot Aleph, a qual é toda a Luz e o Kli, existe toda a intenção do Criador de criar o Kli e
preenche-lo com Luz. Tudo mais que emerge depois de Behinot Aleph surge deste principio.
Portanto o pensamento do Criador aparece como um fato real. O Criador deixou estampada a
possibilidade de trazer a Criação para seu objetivo de elevar-se para degrau do Criador dentro
da natureza dos Kelim e das Luzes, ou seja do início (do principio).

Após Tzimtzum Aleph, Malchut de Ein Sof decidiu de receber através da Masach e gerou cinco
Partzufim: Galgalta, AB, SAG, MA Superior, e BON Superior. Isto completa a descoberta
(explicação, resposta) de todos os Reshimot e exaure a força da Masach, embora somente uma
parte de Malchut fosse preenchida.

Tivesse Nekudot de SAG não descido para preencher o Sof de Galgalta, Malchut de Ein Sof
jamais teria sido preenchida. Isto é porque Malchut é somente o desejo de receber, sem
nenhuma mescla dos desejos de doar. E aqui, quando Nekudot de SAG – que são Binah – desce
para o Sof de Galgalta – que é Malchut – uma mescla de Malchut é Binah é criada. Portanto a
Malchut é dada uma oportunidade de adquirir o desejo (Kli) para doar, para corrigir si mesma e
ser preenchida pela Luz.

Seguindo-se a Tzimtzum Aleph, Malchut de Ein Sof decide receber somente por meio da
Masach, que é, de acordo com sua habilidade de receber com a intenção de doar. Ela realiza um
Zivug nos Reshimot de Hitlabshut Dalet e Aviut Dalet, os quais permaneceram depois da
Tzimtzum, e recebeu parte da Luz de Ein Sof. A parte de Malchut de Ein Sof que foi preenchida
por este Zivug é chamada de Galgalta ou Keter.
Consequentemente, Malchut recebe ainda outra parte da Luz de Ein Sof com a intenção de doar.
A parte de Malchut que foi preenchida pelo Zivug na Masach com Reshimot de Hitlabshut Dalet
e Aviut Gimel que permaneceu depois de Galgalta é chamada de AB, ou Partzuf Chochma.

A parte de Malchut de Ein Sof que foi preenchida pelo Zivug no Reshimo do estágio seguinte –
Hitlabshut Gimel e Aviut Bet que permaneceu depois do Partzuf AB – é chamado de SAG.
Partzuf SAG é a mesma Malchut, vontade de receber, exceto que ela não pode receber com a
intenção de doar, através da Masach, tal como Partzufim Galgalta e AB, ela somente pode se
tornar semelhante à Behinot Bet, Binah.

Por sua natureza, Binah não deseja receber a Luz, ela deseja somente doar. Não limitações no
ato da doação, portanto, Partzuf SAG pode preencher com sua Orh Chassadim, a inteira parte de
Malchut que permaneceu vazia.

Binah abrange (ou contem) três partes:

1.Expansão de Orh Chochma

2. A decisão de Binah que é de não receber Orh Chochma, mas deseja somente doar. Isto é a
causa pela qual Orh Chassadim se espalha nesta parte.

3. Binah recebe alguma porção de Orh Chochma, mas não para si própria, mas para passar ao
Partzuf ZA.

A primeira parte de Binah ainda é Chochma. Somente a partir da segunda parte de Binah o
desejo de doar começa a se manifestar. Portanto, ela pode preencher parte de Malchut de Ein
Sof, a parte onde existe o desejo de doar com Orh Chassadim , abaixo do Tabur geral, que ainda
não foi preenchido.

Partzuf SAG começa a receber Luz em seu Toch através de um Zivug em Hitlabshut Gimel e
Aviut Bet. A presença dos Reshimot Gimel e Hitlabshut induz a expansão de Orh Chochma em
seu Taamin. Por esta razão, esta parte de Malchut não pode descer abaixo do Tabur de Galgalta.

Mas uma vez que a Masach de SAG começa a purificar e elevar-se do Tabur para a Peh, a parte
do Partzuf, que é somente Binah, pode descer abaixo do Tabur de Galgalta. A Luz que parte do
Partzuf SAG pode também descer abaixo do Tabur de Galgalta, uma vez que é Orh Chassadim
sem Orh Chochma.

Por esta razão, a parte do Partzuf SAG, chamada de Nekudot de SAG, que inclui a segunda e
Terceira partes do Partzuf Binah, desce abaixo do Tabur de Galgalta e veste (cobre) seu Sof.

Tzimtzum Bet

Nekudot de SAG desceu abaixo do Tabur de Galgalta e lá preencheu os Kelim vazios do Sof de
Galgalta com Orh Chassadim . Eles sentiram que existem Reshimot da Luz que preencheu o Sof
de Galgalta anteriormente à sua Hizdakchut (purificação) nos Kelim vazios de Galgalta.

A Luz que preencheu o Sof de Galgalta era Orh Chassadim com um pouco de Chochma, e
Reshimot que permaneceram ali após a Hizdakchut da Masach: Reshimo da Luz de Dalet de
Hitlabshut, e o Reshimo da Masach em Gimel de Aviut. O Sof de Galgalta repeliu a Luz de
expandir-se nele, tal como Binah , e nisto, tornou-se similar a Nekudot de SAG. Portanto
Nekudot de SAG misturou-se com o Sof de Galgalta e preencheu seus Kelim vazios.

Pela mixagem entre Nekudot de SAG e o Sof de Galgalta, eles receberam Reshimot que
permaneceu no Sof de Galgalta. Os Reshimot de Galgalta eram maiores que a Masach de
Nekudot de SAG, e por conseguinte, Nekudot de SAG começou a querer receber o prazer que
estava em Galgalta para si próprias.

A regra é que se o prazer sendo sentido na vontade de receber é maior que a força da Masach, o
Kli o quer para si próprio, uma vez que o mais forte – Masach ou desejo – é quem determina.

Todos os mundos e Partzufim são partes de Malchut de Ein Sof. Esta Malchut efetuou um
Tzimtzum e decidiu nunca mais receber para si própria. Portanto, agora que o desejo de receber
para si apareceu no Partzuf Nekudot de SAG, Malchut que efetuou Tzimtzum Aleph elevou-se e
permaneceu no Sium de Galgalta, acima do lugar onde o Partzuf Nekudot de SAG se mantém.
Este é o lugar que Nekudot de SAG começou a querer receber a Luz para si mesmos.

Cada Partzuf contêm dez Sefirot: Keter, Chochma, Binah, Hesed, Gvura, Tiferet, Netzach, Hod,
Yesod, Malchut. Nekudot de SAG é Partzuf Binah, e Binah se divide em duas partes:

1.As partes Superiores de Binah são as Sefirot Keter, Chochma, Binah, Hesed, Gvura, Tiferet.
Estas Sefirot desejam somente doar e nada receber.

2. As partes inferiores de Binah são as Sefirot Netzach, Hod, Yesod, Malchut.

Estas Sefirot não pertencem a Binah. Suas funções (ou papéis) em Binah são para receber Ohr
Chochma a partir Chochma e passá-la para os que estão abaixo. Isto significa que as Sefirot
Netzach, Hod, Yesod, e Malchut em Binah têm o desejo de receber a Luz. Elas tem uma
Masach para receber a Luz não para si próprias, mas para os que estão abaixo. Mas se a Masach
está perdida, as Sefirot – estes desejos – imediatamente querem receber para si próprias, sem
doar (dar) a Luz para os demais.

Exemplo: Certa pessoa foi escolhida para receber regularmente certa quantia de e dinheiro
passá-lo pessoas que eram desamparadas. Subitamente, ela recebeu uma quantia bem maior do
que a usual, e sentiu que ela não poderia entregar o dinheiro, ela desejava para si. Ela não pode
resistir a tamanho prazer.

Enquanto o prazer pelo dinheiro era menor que a sua Masach, ela resistiu aos prazeres porque o
prazer de doar o dinheiro era maior do que o prazer de deleitar-se (roubando). Mas quando o
prazer da recepção tornou-se maior do que o prazer de doar, ela imediatamente quis receber para
si própria.

Isto é como o desejo de receber opera em cada pessoa e em cada criatura porque nossa real
essência (ou substância) é a vontade de receber. Se nós realizamos atos de doação, é somente
porque nos traz mais benefícios do que os atos de recepção.

Isto é o que aconteceu com Partzuf Nekudot de SAG. Quando parte do Partzuf que recebeu no
sentido de entregar (passar) para os que estão abaixo foi exposto a um prazer maior do que a
Masach, a Masach foi imediatamente suprimida (ou cancelada) e o Partzuf recebeu para si
próprio.

O desejo de receber para si foi suscitado no Partzuf Nekudot de SAG a partir da Sefira Tiferet
para baixo. Isto assim é porque as Sefirot: Keter, Chochma, Binah são Sefirot da Rosh que não
querem receber, e Hesed, Gvura, Tiferet são como as Sefirot Keter, Chochma Binah, com a
diferença que elas se situam no Guf do Partzuf. Hesed é como Keter, Gvura como Chochma,
Tiferet como Binah. Portanto a Sefira Tiferet é Binah no Guf do Partzuf.

Cada Sefira compõem de dez Sefirot internas. Por conseguinte, a Sefira Tiferet é dividida em
suas dez Sefirot internas em duas partes, como Binah: 1) Kelim que “não querem receber” –
Sefirot Keter, Chochma, Binah, Hesed, Gvura, Tiferet; 2) Kelim que “recebem com intenção de
doar” que são a parte inferior de Binah, Sefirot Netzach, Hod, Yesod e Malchut.

Partzuf Nekudot de SAG divide-se em vasos de doação e de recepção. A linha divisória entre
eles está na Sefira interna de Tiferet, da Sefira de Tiferet. Este lugar é chamado de “O Chazeh
do Partzuf de Nekudot de SAG”.

Agora, uma parte dos Kelim de Nekudot de SAG receberam um desejo que era maior do que
suas respectivas Masach, portanto Malchut de Tzimtzum Aleph que mantém Tzimtzum Aleph
elevou-se especificamente para este lugar. Ali se manteve e não permitiu que a Luz permeasse
abaixo (do Chazeh). A fronteira (ou limite) da expansão da Luz que se criou aqui é chamada de
Parsa.

A ascensão de Malchut para o Chazeh de Nekudot de SAG, foi para limitar a expansão da Luz
para baixo, é chamada de Tzimtzum Bet (segunda restrição).Tzimtzum Aleph (a primeira
restrição) é a proibição de receber Ohr Chochma com a intenção de receber, e Tzimtzum Bet é
uma proibição de qualquer recepção de Ohr Chochma, uma vez que não há forças para receber
Ohr Chochma com a intenção de doar no Partzuf Nekudot de SAG para baixo. Esta é a razão
pela qual qualquer concessão (ou negociação,ou distribuição, ou tratativa) é proibida.

“Um desejo no Maior torna-se uma lei compulsória para o que está abaixo”. Portanto, em todos
Partzufim que aparecem depois de Tzimtzum Bet, a Parsa destes (Partzufim) não permite que a
Luz Superior – Ohr Chochma – prossiga para os vasos de recepção. Por esta razão, o lugar
abaixo do Tabur de Galgalta foi dividido em quatro partes:

1. O mundo de Atzilut, onde Ohr Chochma pode brilhar.

2. O lugar do mundo de Briah, abaixo da Parsa onde Ohr Chochma não pode
aparecer, mas somente Ohr Chassadim .

3. O lugar do mundo de Yetzirah, abaixo do lugar do mundo de Briah

4. O lugar do mundo de Assiahh, abaixo do lugar do mundo de Yetzirah.

O Sium (fim) do mundo de Assiahh é também o fim de Kedusha (Santidade). Abaixo de


Kedusha existem (1) A Barreira (Machsom) – A fronteira entre a espiritualidade e
corporalidade, separando o mundo de Assiahh do ponto do mundo, (2) o lugar deste mundo, e
(3) nosso mundo.
O Mundo de Nekudim

O inteiro processo de descida de Nekudot de SAG abaixo de Tabur de Galgalta, e suas mesclas
com o Sof de Galgalta, e Tzimtzum Bet que ocorreu (tomou lugar) durante a ascensão da
Masach de SAG do Tabur para a Peh. Portanto, quando a Masach alcança Peh de SAG, os
Reshimot de tudo o que aconteceu desde Nekudot de SAG acima e a partir do Tabur de Galgalta
abaixo já estavam nele.

Seguindo a Hizdakchut (purificação) do Partzuf Galgalta, ali permanece um Reshimo de


Hitlabshut Dalet da Luz que estava em Galgalta e um Reshimo de Aviut Gimel da Masach
reminiscente. Seguindo a Hizdakchut do Partzuf AB, Reshimot de Hitlabshut Gimel e Aviut Bet
permaneceram na Masach. Por esta razão, nós vemos que após Hizdakchut do Partzuf, um par
de Reshimot permanecem nele: Reshimo de Hitlabshut e Reshimo de Aviut.

Mas seguindo a Hizdakchut do Partzuf SAG, três pares de Reshimot permaneceram na Masach
que alcançou do Tabur à Peh, no qual a Masach fez três Zivugim, pela ordem de importância:

1.Um Zivug com Reshimot Bet de Hitlabshut e Aleph de Aviut do Taamin de SAG. Eles criaram
um Partzuf no nível de ZA, Acima do Tabur, chamado “MA Superior”

2.Um Zivug com Reshimot Bet de Hitlabshut e Aleph de Aviut a partir de Nekudot de SAG que
haviam se estendido abaixo do Tabur de Galgalta. Estes Reshimot são subsequentes a Tzimtzum
Bet que foi feita em Nekudot de SAG, abaixo do Tabur.

Tudo que estava no Partzuf move-se para os Reshimot. Portanto, a proibição de usar os vasos de
recepção a partir de Tzimtzum Bet esta registrada nos Reshimot desde Nekudot de SAG. Para
manter esta condição de acordo com as necessidades dos Reshimot, a Masach de Rosh de SAG
eleva-se da Peh para Nikvey Eynaim, onde este faz um Zivug de Kakaa com a Luz Superior com
Reshimot Bet de Hitlabshut e Aleph de Aviut.

O lugar no Rosh onde a Masach faz um Zivug de Hakaah com a Luz Superior determina a
singularidade da expansão das Luzes no Guf do Partzuf.

1.Um Zivug com Reshimot Dalet de Aviut e Gimel de Hitlabshut. Isto será discutido Mais tarde
neste ensaio.

A Masach elevou-se para Nikvey Eynaim (NE) devido à proibição da recepção da Luz nos vasos
de recepção. A Luz pode somente expandir-se através do Chazeh em cada Partzuf, uma vez que
os vasos de doação estão presentes somente através do Chazeh, e do Chazeh para baixo
começam os vasos de recepção do Partzuf.

A Masach que realiza um Zivug nos restritos Reshimot gera um Partzuf. A Luz se espalha neste
Partzuf e preenche somente os vasos de doação. Ela não preenche os Kelim de recepção da Luz
e por sua vez eles permanecem vazios. O Partzuf somente pode usar parte de seus Kelim,
motivo pelo qual ele é considerado “pequeno”.

Pergunta: Porque a Masach eleva-se da Peh para Nikvey Eynaim e realiza ali um Zivug de
acordo com as necessidades dos Reshimot?
Resposta: Isto assim é porque os Reshimot requerem um Zivug somente nos vasos de doação.
Por esta razão, a Masach deve subir até metade de Binah de Rosh de SAG, onde os vasos de
doação da Rosh acabam, e realiza um Zivug com Reshimot Bet de Hitlabshut e Aleph de Aviut.

Os Reshimot abaixo do Tabur necessitam que Luz se estenda somente para os vasos de
recepção, mas como pode um Partzuf nascer somente com vasos de doação? Não pode existir
um Partzuf que não contenha as dez Sefirot. No entanto, pode existir um Partzuf que não esta
usando alguns de seus desejos – Sefirot. Portanto, Rosh de SAG precisa gerar um Partzuf onde
os vasos de recepção estarão inativos. Estes Kelim no Partzuf estão na metade inferior de Binah,
ZA, e Malchut.

A Masach de SAG necessita gerar o Partzuf de um modo que, desde o inicio, ele não usará os
vasos de recepção em seu Toch, assim estes vasos no Partzuf não serão preenchidos. Para que
isto aconteça, a Masach necessita realizar um Zivug para entregar ao Partzuf, somente os vasos
de doação na Rosh.

Os Kelim da Rosh são como segue:

Keter = Galgalta

Chochma = Eynaim

Binah = Awznaim

ZA = Hotem

Malchut = Peh

A Divisão da Rosh de SAG em Cinco Behinot

Os Kelim, Keter, Chochma e a Metade Superior de Binah conjuntamente são chamados de


Galgalta ve Eynaim (GE) ou “vasos de doação”, A Metade Superior de Binah pertence aos
vasos de doação uma vez que ela é preenchida com Ohr Chochma, e portanto não deseja receber
nada,mas deseja por Ohr Chassadim . Mas a metade inferior de Binah quer receber a Luz para
ZA. Partzuf Nekudot de SAG é Partzuf Binah. Da metade inferior do Partzuf Binah, que é, a
partir da Sefira Tiferet de Nekudot de SAG para baixo, ali existem vasos de recepção:

A metade inferior de Binah deseja receber Luz para ZA

ZA deseja receber Ohr Chassadim em iluminação de Ohr Chochma

Malchut deseja receber o máximo de Ohr Chochma

Por esta razão, esta parte de Partzuf Nekudot de SAG recebeu um desejo com a intenção de
receber.

A Divisão de Partzuf Nekudot de SAG em GE e AHP

O Lugar onde a Masach de Rosh se posiciona determina a forma do Partzuf que será gerado:
Se a Masach deseja gerar um Partzuf com desejo de receber a Luz em todas as dez Sefirot, ela
necessita realizar um Zivug na Peh. Uma vez que a Masach se posiciona na Peh, a Kashiut
(dureza/resistência) da Masach determina o nível do Partzuf (tamanho e altura), ou seja, na
medida em que a Masach usará seus cinco Kelim.

Se a Masach deseja gerar um Partzuf que somente recebera Luz nos vasos de doação, que é,
somente na metade do Partzuf, ela deve se posicionar em Nikvey Eynaim (Pupila dos Olhos), e
não na Peh (boca). Então os vasos de doação estarão acima da Masach, significando que eles
serão usados no cálculo da Masach.

Uma vez que a Masach se posiciona em Nikvey Eynaim, seu Kashiut determina tamanho (altura)
do Partzuf, que é, o percentual de seus vasos de doação que o Partzuf usará. O Partzuf que
nasce sob estas condições é chamado “Katnut do mundo de Nekudim”.

Uma vez que um Zivug com restritos Reshimot de Bet de Hitlabshut e Aleph de Aviut é feito na
Rosh de SAG, o recém nascido Partzuf desce para lugar de onde os Reshimot haviam se elevado.
Ele desce abaixo do Tabur de Galgalta e ali se estende na Rosh e Guf. A Rosh de Hitlabshut é
chamada Keter, Rosh de Aviut é chamada Aba ve IMA (AVI) e o Guf é chamado ZON.

GE são sempre vasos de doação. Eles podem sempre ser usados porque a Tzimtzum era somente
para Ohr Chochma.

AHP são sempre vasos de recepção. Uma vez que Tzimtzum Bet foi feita no Partzuf Nekudot de
SAG, no Partzuf que emerge existe a força para receber Ohr Chochma nos Kelim de AHP com a
intenção de doar.

O terceiro par de Reshimot, os quais se elevaram com a Masach para Rosh de SAG, são
Reshimot que se movimentaram de Nekudot de SAG a partir de Sof de Galgalta: Dalet de
Hitlabshut e Gimel de Aviut. Partzuf Nekudot de SAG foi integrado com estes Reshimot quando
este preencheu Sof de Galgalta e estes Reshimot pedem para receber Ohr Chochma.

Após Partzuf Katnut do mundo de Nekudim ter descido para o seu lugar, a partir do Tabur de
Galgalta através da Parsa, Rosh de SAG deu a este (Partzuf Katnut) o Reshimo remanescente,
Dalet de Hitlabshut e Gimel de Aviut. Pelas necessidades destes Reshimot, a Masach que se
manteve em Nikvey Eynaim de Rosh AVI desceu para a Peh de AVI, onde esta efetuou um Zivug
com Reshimot Dalet-Gimel. Como resultado deste Zivug, Ohr Chochma desceu para o Guf,
alcançou a Parsa e moveu-se ao longo deste.

Rosh de AVI pensou que de acordo com o atual despertar dos Reshimot Dalet-Gimel, os vasos
de recepção abaixo da Parsa poderiam agora receber com a intenção de doar. Portanto AVI fez
Zivug com Gadlut, ou seja, com Reshimot Dalet-Gimel. Para este propósito, eles se juntam aos
Kelim de GE com AHP em suas Rosh, tal como em seus Guf, que são ZON, e Ohr Chochma se
expandiu a partir deles para baixo em direção a ZON.

O nascimento do Partzuf a partir do Maior (Upper One), Partzuf Katnut de Nekudim, e


Partzuf Gadlut de Nekudim
As Roshim (plural de Rosh) de Keter e AVI não possuem conhecimento que a Luz de AB-SAG
que veio de cima e deu a força para o Kli para trocar de Katnut para Gadlut, não poderia descer
abaixo da Parsa. Isto é porque a Parsa não estava cancelada. Quando Ohr Chochma começou a
preencher os Kelim abaixo da Parsa, os Kelim começaram a se romper, uma vez que eles
permaneceram com a vontade de receber com a intenção de receber.

Naquele tempo (período), os Kelim de AHP começaram a receber Ohr Chochma com a intenção
de receber. Os Kelim de GE, que se posicionam acima da Parsa, juntaram-se com os Kelim de
AHP abaixo da Parsa dentro de um simples Guf. Por esta razão, os GE – vasos de doação – se
quebram junto com os AHP – vasos de recepção.

O primeiro Partzuf de Gadlut de Nekudim foi feito quando Ohr Chochma saiu da Peh de AVI e
se expandiu através do Guf de Nekudim, o qual inclui GE e AHP. E ele se quebrou – (a) Os
Kelim de Guf perderam a Masach, e (b) Eles caíram nos seus estados anteriores uma vez que
eles queriam receber com a intenção de receber.

Como conseqüência da fragmentação, a Masach do primeiro Partzuf de Gadlut, Partzuf AVI,


purificou e elevou se com Reshimot Gimel-Bet que permaneceram nele, para Peh de Rosh AVI.
Lá, ela fez um Zivug de Hakaah com estes Reshimot e o próximo Partzuf foi gerado cuja Rosh é
chamada YESHSUT. Uma vez que a Rosh emergiu, ela calculou e criou (gerou, produziu) um
Guf.

Partzuf YESHSUT também se quebrou e morreu. Portanto a Masach purificou e elevou-se para a
Peh de YESHSUT com Reshimot Bet-Aleph. Um Guf não pode emergir com estes Reshimot uma
vez que não há suficiente Aviut para receber a Luz.

Portanto, nós vemos que os dois Partzufim que emergiram, AVI e YESHSUT, quebraram-se.
Como cada Partzuf se purificou, quatro Partzufim de Nekudot emergiram. Por esta razão, ao
todo, oito Partzufim emergiram, chamados de “Os oito Melachim” (reis), uma vez que Malchut,
a vontade de receber com intenção de receber, os governa.

Cada Partzuf inclui HaVaYaH, quarto partes. Esta é a estrutura de cada criação. Cada Partzuf
contem suas próprias dez Sefirot, portanto, o número total de partes é 8x4x10=320. Na
Gematria, este número é chamado Shach (Shin + Chaf), uma vez a letra Shin é igual a 300 e a
letra Chaf é igual a 20.

A fragmentação ocorreu em todas as Sefirot. Todas as Sefirot foram mescladas e integradas uma
à outra, assim cada parte fragmentada engloba 320 partes. Portanto, o inteiro trabalho na Tikkun
(correção) é separar (ou ordenar) cada uma das partes dos Kelim fragmentados.

A menor das 320 partes fragmentadas deve ser escolhida primeiro, e então separar as partes de
Malchut que causaram a fragmentação entre seus pedaços fragmentados. No total, as 320 partes
fragmentadas são as nove Sefirot de ZON de Nekudim. Malchut é a décima parte nestas dez
Sefirot, significando que dentro das 320 partes estão 32 partes de Malchut.
A separação das partes de Malchut é feita por Ohr Chochma. Quando Ohr Chochma brilha para
todas as 320 partes fragmentadas, ela somente pode brilhar para as nove Sefirot, significando
para 288 (320-32) das partes, e não para a décima Sefira, as 32 partes de Malchut. Isto é como a
separação é feita.

Malchut é a única parte egoísta (mal), impedindo de entrarmos na espiritualidade. Nossa


natureza é nos distanciarmos do mal. Isto é como uma pessoa vem a abominar (odiar) o
egoísmo. Porque na espiritualidade o separador é o ódio, uma pessoa é separada de seu
egoísmo, o desejo de receber para si própria.

As 288 partes que estão adequadas para correção são chamadas Rapach (Reish=200 + Peh=80 +
Het=8)

As 32 partes não adequadas para correção são chamadas Lev ha Even (coração
petrificado/coração de pedra). Lev é escrita como Lamed (30) e Bet (2). Portanto Lamed(30) +
Bet(2) = 32.

Então, após a separação de Lamed-Bet (32) Malchuts que não são usadas, a Rapach (288) partes
fragmentadas permanecem para serem corrigidas. Estas são as partes fragmentadas das nove
Sefirot. Destas, as primeiras a serem separadas são os vasos de doação, GE. Elas englobam ZON
do mundo de Atzilut.

Tal como existem dez Sefirot em Hitpashtut (expansão) da Luz no Kli do Acima para abaixo,
também existem dez Sefirot no comprimento do Kli. Estas vêm de Hitkalelut (mescla) das
Sefirot através de Ohr Chozer. As dez Sefirot no comprimento do Partzuf são chamadas:

Keter — Mocha

Chochma — Atzmut

Binah — Gidim

ZA — Bassar

Malchut — Or

Aqui, também, a lei de Tzimtzum Bet se aplica nas Sefirot da largura.

O Mundo do Tikkun (correção)

Seguindo a fragmentação do mundo de Nekudim, as Luzes que preencheram o Partzuf Gadlut


de Nekudim partiram do Rosh do Partzuf Nekudim. Os Reshimot que permaneceram na Masach
elevaram-se para a Rosh do Partzuf Nekudim e então para a Rosh de SAG. As
Nitzotzim(centelhas), partes de Ohr Chozer (partes da Masach fragmentada), caem dentro dos
Kelim quebrados, os quais perderam a Masach e retornaram para a vontade de receber com
intenção de receber. Isto é considerado que eles caíram para o lugar de BYA (Briah, Yetzirah,
Assiahh), abaixo da Parsa.

A diferença entre Hizdakchut (refinamento) do Partzuf através da Bitush (batida) de Ohr Pnimi
e Ohr Makif, e Hizdakchut do Partzuf através da fragmentação é que após a fragmentação, os
Kelim precisam ser reparados (consertados) primeiro, e somente então Zivugim (plural de Zivug)
podem ser realizados com eles (Kelim), para gerar novos Partzufim, ou seja para preenchê-los
com Luz.

A intenção da Rosh do mundo de Nekudim era de receber toda Luz do propósito da Criação com
a intenção de doar, pelo preenchimento de todo o Sof de Galgalta. Portanto, ela alcançaria o
completo preenchimento de Malchut de Ein Sof. Então, quando a fragmentação dos vasos é
corrigida, ela corrige todos os vasos de recepção, assim eles trabalharão com a intenção de doar,
e a Gmar Tikkun (o final da correção) é alcançada.

Mais ainda, isto não fará com que Malchut de Ein Sof seja corrigida na sua totalidade, mas
apenas parte dela, suas Behinot Shoresh, Aleph, Bet e Gimel, excluindo Behinot Dalet. Behinot
Dalet é a única criatura. Behinot Shoresh, Aleph, Bet, e Gimel que estão em (Malchut) vêm de
Hitkalelut (inclusão) das nove (Sefirot) Superiores em Malchut, enquanto uma “criatura” é um
desejo que está completamente separado do Criador e mantém por si própria.

Somente Behinot Dalet em Behinot Dalet é a vontade de receber com a intenção de receber que
se sente independente. Portanto, é somente ela que restringe a vontade de receber. Após
Tzimtzum e todos Partzufim e todos os mundos emergem para preencher os desejos Shoresh,
Aleph, Bet, e Gimel em Behinot Dalet, e não Behinot Dalet em Dalet.

Mas se o que requer correção é Behinot Dalet em Dalet, e não Behinot Shoresh, Aleph, Bet, e
Gimel em Dalet, porque então as Luzes são recebidas por estes desejos? Estes desejos não são
desejos da criatura, elas são qualidades do Criador, as forças do Criador. Usando-as, Ele conduz
a criatura — Behinot Dalet em Behinot Dalet. Estas forças preenchem os mundos espirituais,
exceto para a alma de Adão.

A própria Behinot Dalet , a alma de Adão, não pode corrigir a si mesma em receber com a
intenção de doar. Mais exatamente, a verdadeira correção da criatura é no exame de todas as
suas qualidades em oposição (ou opostas) com todas as qualidades do Criador, e em todos os
casos, preferindo ser como o Criador. A criatura não pode utilizar de sua própria qualidade – o
coração petrificado - (ou o coração de pedra), mas somente as nove (Sefirot) Superiores, as 248
Behinot que ela separa e eleva após a fragmentação, em direção a unidade com o Criador.

Todos Zivugim realizados depois de Tzimtzum Aleph são feitos com estes desejos. Os Partzufim,
mundos, e tudo mais dentro dos mundos são gerados destes Zivugim e espalham-se do Acima
para baixo. Todos os cinco mundos, com os cinco Partzufim de cada mundo, tornam-se a escada
de degraus do Criador – O Doador – para a criatura – a receptora. Os degraus da escada são
medidas da equivalência de desejos entre a criatura e o Criador.

A queda em cascata dos Partzufim e dos mundos do Acima para baixo constrói os degraus, os
quais são como coberturas (ou invólucros) sobre a Luz de Ein Sof. Cada Partzuf cobre a Luz e
oculta-a dos Partzufim abaixo deste., na medida em que este recebe com a intenção de doar.

No podemos comparar os Partzufim e os mundos como as camadas de uma cebola, redondas,


sobrepostas uma sobre as outras, e quanto mais interna é a camada, maior quantidade de Luz é
coberta (oculta). Portanto o ponto de escuridão está no final da escada, no meio de todas estas
camadas (círculos).
Para permitir a liberdade de ação do desejo da Criatura, e para a Criatura alcançar equivalência
com o Criador e aderir a Ele por sua livre escolha, e também, para capacitar à criatura
desenvolver e elevar-se do seu estado para o degrau (ou nível) do Criador, a criatura precisa
nascer no ponto mediano de todos os mundos, o ponto da escuridão. Além disso, a possibilidade
de corrigir seus desejos precisa ser preparada para isso, embora devido à fraqueza da criatura, a
correção não é instantânea, mas gradual.

Para este propósito, a escada de degraus foi preparada, com cinco mundos, cinco Partzufim em
cada mundo, e cinco Sefirot em cada Partzuf. No total, existem 125 degraus do estado inicial da
criatura para sua complementação. Portanto, os mundos tem dois papéis:

1. Gradualmente ocultar a Luz de Ein Sof. Isto é feito pela queda em cascata dos mundos do
Acima para baixo. Esta é a razão pela qual os degraus de ocultação (ou ocultação) são
chamados de Olamot (mundos), da palavra Haalama (ocultação/ocultação).

2. Provendo a criatura (almas) com correções pelas quais elas podem subir os degraus dos
mundos de baixo para Cima. Cada degrau que ela conquista é um Partzuf criado durante a
queda em cascata do Acima para baixo. Para subir os degraus espirituais, a criatura precisa ser
ajudada na medida do degrau pela qual ela aspira. Quando a criatura é auxiliada por aquela
medida, ela usa esta força auxiliar para adquirir a Masach e elevar-se para aquele estágio.
Quando a criatura eleva-se para aquele degrau, a ela é dado o nome daquele degrau.

Disto, nós aprendemos que todos os mundos e o que os preenche é uma escada preparada pelo
Criador para a ascensão do homem. Quando alguém sobe estes degraus, todas as almas sobem
junto com este alguém, uma vez que os mundos e tudo mais que os preenche está dentro de nós.
Por esta razão, além do alcance individual, a criatura, existe somente o Criador!

Em nossa volta é somente Simples, Luz Superior, em total repouso. Isto significa que a intenção
do Criador é imutável e o mesmo acontece com todas as Suas Ações – para beneficiar o homem.
Uma pessoa sente o Criador somente na medida em que suas qualidades são equivalentes com
as do Criador na qualidade da doação (de doar).

Se as qualidades – desejos e intenções – contradizem totalmente as do Criador, esta pessoa não


sente o Criador. De acordo com a sensação desta pessoa, ela chama aquele estado “este mundo”.

Se uma pessoa tem sucesso em mudar certas qualidades e faz com que de alguma forma se torne
similar ao Criador na qualidade de doar, isto é considerado que a pessoa foi do estado chamado
“este mundo” para o estado do “mundo espiritual”. Portanto ela entra ou galga o primeiro
degrau da escada em direção da proximidade do Criador.

Todas as mudanças ocorrem somente no interior do homem, nos seus vasos de recepção. Eles
dependem da medida de correção da Masach que está dentro dele. Mas além do homem, existe
somente a Luz Superior onde não há mudanças. Pela obtenção de parte da Luz Superior, uma
pessoa alcança e sente se como parte do Criador. E de acordo com este sentimento, uma pessoa
nomeia a sensação do Criador: “Misericordioso”, “Bondoso”, “Terrível” etc.

A Torah em sua totalidade consiste somente dos registros de sensações de uma pessoa que
alcança a espiritualidade, que se aproxima do Criador. A isto segue que a Torah em sua
totalidade são os nomes do Criador. Por isso é que está escrito que a inteira Torah são Nomes
Sagrados. Um a pessoa que alcança a Torah alcança uma parte da Luz Comum. Os degraus
onde alcançamos a Luz são chamados pelos nomes das Sefirot (Partzufim, mundos) ou pelas
Luzes que uma pessoa recebe (NRNHY) (Nefesh, Ruach, Neshama, CChaya, Yechida).

Além do homem, existe somente o Criador. Portanto, cada coisa que cada um de nós sente,
pensa e deseja vem do para nós através do Criador. O que cada pessoa neste mundo sente é
somente o Criador.

Quando a criatura ascende do ponto mais baixo, pelo qual uma pessoa começa a se aproximar o
Criador (o ponto deste mundo), no tempo quando esta pessoa alcança completa equivalência de
forma com o Criador (Gmar Tikkun),ela atravessa 620 degraus, chamados “Os 613 Mitzvot da
Torah” e os “Sete Mitzvot dos nossos grandes sábios.

Um Zivug com a Luz Superior na Masach é chamado um Mitzva. A Luz que do individuo que a
alcançou recebe em seu Kli é chamada de Ohr Pnimi (Luz Interna), ou Ohr Taamim (Luz dos
Sabores), ou “Torah”. Isto é a razão que os Cabalistas dizem para todos, “experimente e veja
que o Senhor é bom”

A criatura, Behinot Dalet em Behinot Dalet corrige sua vontade de receber assim ela receBriah
com a intenção de doar. A Tikkun (correção) não está no desejo de receber para si própria, mas
no como o desejo é usado – com o objetivo de doar. Esta correção, colocando o objetivo de
doar, é feita em pequenas porções no desejo da criatura, da menor parte para a maior, e não no
todo dela. Por isto, a criatura eleva-se de degrau em degrau na escada dos degraus. Os mundos
são degraus pelos quais uma pessoa ascende para Cima.

A Tikkun da vontade de receber, receber somente com a intenção de doar, é uma Tikkun bastante
difícil, uma vez que é oposta em relação à intenção. É oposta à natureza da Criatura. Portanto, o
Criador dividiu o todo o caminho em 613 pequenos degraus, e dividiu a criatura em 600.000
pequenos fragmentos (pedaços) chamados de “almas”. Quando todas as almas se unem, elas são
chamadas de “a alma comum” ou Adam HaRishon(o primeiro homem).

Mas o trabalho da correção começa até mesmo antes disto, no estado inferior, chamado “nosso
mundo” onde todas as partes da Criação existem numa realidade onde não existe o Criador e
nem espiritualidade. Elas (as pessoas) não sentem sequer que lhes falta a sensação da ausência
do conhecimento do Criador. Todos nós nascemos neste degrau, o qual é somente o desejo de
receber os prazeres disponíveis para os nossos cinco sentidos.

O inteiro mundo é conduzido pelos mandamentos do Criador. Esta liderança é chamada


“natureza” uma vez que o desejo de receber prazer em cada um dos estados – inanimado
vegetativo, animado e falante (humano) – necessariamente determina cada reação. Isso é assim
porque a lei que cada criatura escolhe é sempre o de maior prazer e escapando do sofrimento.

Em cada geração, existem pessoas em quem o Criador “planta” um ponto no coração – o desejo
de sentir o Criador. Esta pessoa começa a procurar preenchimento para este seu novo desejo,
não sabendo que isto é um desejo do Criador e que este somente pode ser preenchido somente
com a Luz Superior.

Os Partzufim que emergiram depois da fragmentação são chamados de “O mundo da Tikkun”.


Tudo o que acontece deve aparecer na Criação e é necessário para o desenvolvimento da
criatura, só assim ela pode obter a perfeição das ações do Criador e deleitar-se com o que o
Criador preparou para ela.

Portanto, ambos a ruptura do mundo de Nekudim, chamada de “a ruptura dos mundos” e a


fragmentação de Adam HaRishon , chamada de “ a fragmentação das almas” foram
preordenadas. Na ruptura do mundo de Nekudim, vasos de recepção misturaram-se com vasos
de doação. As partes rompidas estão tão misturadas que cada uma delas esta incluída em todas
as outras. Portanto, cada uma das 320 partes (desejos) contem todos os outros desejos em si. E
como resultado, 1) vasos de recepção serão corrigidos devido à mistura com os vasos de doação,
e 2) As Luzes NRNHY aparecerão em cada desejo (menos a Luz de Nefesh, que previamente já
estava lá).

Sem a mistura, obtida pela ruptura, os vasos de recepção não teriam uma maneira de receber
Luz, uma vez que a Parsa separaria estes do lugar na qual a Luz Superior pudesse começar a se
espalhar. Mas agora, após a ruptura, eles podem ser elevados para Atzilut (AHP) e ser
preenchido lá.

A ruptura do mundo de Nekudim é chamada de a “ruptura dos mundos”, uma vez que Malchut
de Ein Sof compõe-se de cinco partes. Quatro delas geram os mundos e tudo mais que neles
está, tal como eles se espalham do Acima para baixo. Eles contem o todo da Criação além do
homem, que foi criado a partir de Behinot Dalet em Dalet, da última parte de Malchut – a real,
independente vontade de receber completamente separada do desejo de doar do Criador.

Por esta razão o homem é o propósito e objetivo da Criação. Além dele, o resto das partes da
Criação não é independente. Elas pertencem ao desejo do Criador, uma vez que o Criador
determina suas condutas, como no inanimado, vegetativo, e animado que existem em nosso
mundo.

Em nosso mundo o desejo do homem não é essencialmente diferente dos animais. Somente na
pessoa em quem o desejo pelo Criador emergiu ( a parte do desejo de Adam HaRishon) é
chamado de “Adão” (homem). Uma pessoa com tal desejo pode se corrigir adquirindo uma
Masach e alcançado o desejo de doar. E se tal desejo não aparece em uma pessoa, esta pessoa
nada tem a corrigir e ela não sente nenhuma inclinação (vocação) para caminhar em direção e
para perto do Criador.

A inteira realidade neste mundo é dividida em quarto partes: inanimado, vegetativa, animado e
falante (humano), de acordo com a medida da vontade de receber, e portanto de acordo com a
medida das forças benéficas ou prejudiciais.

Uma pessoa neste mundo precisa passar pelos quatro estágios de desenvolvimento: inanimado,
vegetativa, animado e falante, para desenvolver e intensificar o seu desejo de receber, até que o
Criador “planta” o um ponto nesta pessoa, o que significa o desejo pelo Criador, para alcançá-la
a meta. Por esta razão, por milênios, a humanidade tem sido pulverizada sob a pressão da
natureza – A evolução da vontade de receber a partir do degrau “inanimado” até o degrau
“falante”. Esta é a evolução das gerações que conhecemos.

A humanidade inteira, e cada alma – de geração em geração – passa por quatro estágios do
desenvolvimento da vontade de receber:

1. Plebe: Equivale ao “inanimado” na espécie humana. Através da propensão por riqueza, eles
se desenvolvem até o degrau da abundância/prosperidade
2. Rico: O “Vegetativo” na espécie humana. Através da propensão para honra (poder), eles se
desenvolvem para o degrau de “fortes”

3. Forte: O “Animado” na espécie humana. Através da propensão pelo conhecimento, eles se


desenvolvem para o degrau de “inteligente.”

4. Conhecimento: Inteligente: O “Falante” na espécie humana. No estágio falante no homem, o


desejo é ilimitado pelo tempo e lugar. Uma pessoa tem inveja das pessoas que viveram em
gerações anteriores , por coisas que uma pessoa não tem necessidade, mas que no entanto outras
pessoas têm e ela não as tem. Portanto, ela poder incrementar sua vontade de receber,uma vez
que ela deseja o que ve nos outros. Por este motivo, uma pessoa pode acentuar sua vontade de
receber sem limitações, e isto torna uma pessoa adequada para se candidatar a atingir o
propósito da Criação.

5. Se o Criador planta um ponto no coração neste “falante”, tal pessoa começa a despertar em
direção à meta e procura a raiz de sua alma.

A ordem das correções do Acima para baixo é como se segue:

Recepção com a intenção de receber – existe em nosso mundo

Doação com a intenção de receber – existe em nosso mundo

Doação com a intenção de doar – existe nos mundos BYA (Briah, Yetzirah e Assiahh)

Recepção com a intenção de doar – existe no mundo de Atzilut

Todo o sistema da Criação alcança Gmar Tikkun somente através do mundo de Atzilut. Isto é o
porquê do mundo de Atzilut é chamado “O mundo da Tikkun” (o mundo da correção)

O Mundo de Atzilut

Seguindo a ruptura, a Masach purificou e se elevou com os Reshimot para a Rosh de AVI de
Nekudim. Os Reshimot na Masach necessitam correção assim um Zivug pode ser realizado
neles para a recepção da Luz. Mas a Rosh de AVI de Nekudim retornou para o estado de Katnut
e não pode realizá-lo. Portanto a Masach elevou-se para a Rosh do mais alto Partzuf, Rosh de
SAG.

Não existe diferença entre uma Masach que é purificada pela Bitush de suas Luzes interna e
circundante e a Masach que é purificada pela ruptura. Mesmo após a ruptura os Reshimot
permanecem na Masach e necessitam ser preenchidos:

Os Reshimot restringidos de Hitlabshut Aleph e Shoresh de Aviut que permaneceram no Partzuf


Nekudim;

Reshimot Dalet de Hitlabshut e Gimel de Aviut no Sof do Partzuf Galgalta.

Os Reshimot restringidos Aleph de Hitlabshut e Shoresh de Aviut vem do próprio Partzuf


Nekudim. Portanto a Masach realiza com eles o primeiro Zivug. Após o Partzuf ter sido gerado
por eles, a Masach providenciara pelas necessidades dos Reshimot Dalet-Gimel que causaram a
elicitação do Gadlut do Partzuf. Portanto, uma vez que a Masach elevou-se para a Rosh de SAG,
ela elevou-se de acordo com os Reshimot restritos de Aviut Shoresh, para Binah de Keter de
Rosh SAG.

Os cinco Behinot do Rosh são chamados:

Keter—Galgalta—Aviut de Shoresh

Chochma—Eynaim—Aviut Aleph

Binah—Awznaim—Aviut Bet

ZA—Hotem—Aviut Gimel

Malchut—Peh—Aviut Dalet

Em cada uma das Sefirot situadas na Rosh existem cinco particulares Sefirot: Keter, Chochma,
Binah, ZA, Malchut. O Reshimo restrito de Aviut Shoresh necessita um Zivug somente nos vasos
de doação em Aviut Shoresh. O Reshimo necessita que um Partzuf seja gerado, o qual trabalhará
somente com os vasos de doação, GE, de Aviut Shoresh. Portanto. A Masach que gera este
Partzuf necessita realizar um Zivug somente nos vaso de doação de Aviut Shoresh na Rosh.

Consequentemente, a Masach eleva-se da Peh para a Sefira Keter de Rosh de SAG, e de lá se


mais Elevado ainda, para Binah de Keter, mantendo depois os Sefirot KHB HGT de Keter. A
isto se segue que Acima da Masach existem somente vasos de doação de Keter, o que significa
Aviut Shoresh. O lugar onde a Masach se mantém é chamado Metzach (testa).

O Partzuf gerado no Zivug ocorrido no Reshimo restrito de Aviut Shoresh, é chamado Ubar
(feto). Na espiritualidade não pode exisitir nada menos do que este degrau. Explicando de outra
maneira, este é o degrau espiritual mínimo. Após o seu nascimento, o recém nascido Partzuf
desce para o lugar do qual os Reshimot elevaram-se, abaixo do Tabur de Galgalta, e se estende
de lá a partir do Tabur para baixo.

Após o Partzuf Ubar estender-se em seu lugar, Reshimot Dalet de Hitlabshut e Gimel de Aviut
(do Sof de Galgalta) despertam-se nele. A Gadlut do Partzuf emerge nestes Reshimot: A
Masach realiza um Zivug com a Luz Superior nos Reshimot Dalet-Gimel e o nível de Gadlut se
estende do Tabur de Galgalta através da Parsa. Este Partzuf é chamado de Atik (Antigo), uma
vez que ele é Ne´etak (separado) do alcance das inferiores (almas).

Partzuf Atik é o primeiro Partzuf em uma nova série de cinco Partzufim, chamado “o mundo de
Atzilut.” Portanto, Partzuf Atik é a Keter do mundo de Atzilut.

Após Partzuf Atik ter emergido em Gadlut, Rosh de SAG deu a ele todos os Reshimot que se
elevaram para ele após a ruptura. De todos os Reshimot, Atik escolheu o mais puro Reshimo,
realizou um Zivug com este, e gerou o próximo Partzuf, primeiro criando-o no nível de Ubar e
então realizando um Zivug em Gadlut (Dalet Gimel). Este Partzuf estendeu-se da Peh de Atik
através da Parsa, e é chamado de Partzuf Chochma, ou Arich Anpin (AA)
Uma vez que Gadlut de Partzuf AA emerge, Atik dá a este todos os Reshimot remanescentes,
daqueles que se elevaram para o Rosh de SAG após a ruptura. Daqueles, AA escolhe os mais
puros, realiza um Zivug com eles, e isto gera o Partzuf Binah do mundo de Atzilut, primeiro no
nível de Ubar e finalmente em Gadlut. Este Partzuf espalha-se da Peh de AA para o Tabur de
AA. Ele é chamado de Aba ve Ima (AVI)

Após Partzuf AVI emergir em Gadlut, AA dá a este todos os Reshimot remanescentes. Dos
Reshimot que AA deu a este, AVI escolhe os mais puros Reshimot e realiza um Zivug com eles,
portanto gerando o Partzuf ZA do mundo de Atzilut. Aqui, pela primeira vez, existem três
estados: Ubar, Katnut (infância, pequeneza), e Gadlut (maturidade, grandeza). Partzuf ZA toma
seu lugar no Tabur de AA através da Parsa.

Uma vez que Partzuf ZA emerge, AVI dá a este todos os Reshimot remanescentes. ZA realiza um
Zivug com eles e gera Malchut do mundo de Atzilut. Isto completa os Zivugim que podem
emergir nos Reshimot que se elevaram de Rosh de SAG seguindo a ruptura dos vasos.

O Estado constante de Atzilut é Katnut – GE – vasos de doação. Não podendo existir menos do
que isto nele (Atzilut). Neste estado, ele precisamente se iguala (ou compatibiliza) a Katnut do
mundo de Nekudim, antes da ruptura. Entretanto, o mundo de Atzilut emergiu com o objetivo de
trazer o todo da Criação para a Gmar Tikkun, assim Malchut de Ein Sof poderia ser preenchido
com a Luz de Ein Sof com a intenção de doar. E isto ainda não foi alcançado.

Na fragmentação, os vasos de recepção foram misturados com os vasos de doação. Portanto,


quatro discernimentos foram feitos em cada Kli

Vasos de doação.

Vasos de doação dentro de vasos de recepção.

Vasos de recepção dentro dos vasos de doação.

Vasos de recepção.

Primeira classificação: Vasos de doação são escolhidos da mistura e formam a Katnut do mundo
de Atzilut.

Segunda classificação: Vasos de doação dentro dos vasos de recepção são escolhidos da mistura
e compreendem os mundos de BYA. Estes mundos são vasos de doação, GE, tal como no mundo
de Atzilut, mas eles permanecem contidos em AHP, os vasos de recepção. Para eles próprios,
estes são vasos de doação, portanto, a Luz pode estender-se dentro deles.

Portanto, uma vez que o mundo de Atzilut emergiu, Malchut do mundo de Atzilut elevou-se para
AVI e realizou um Zivug com os vasos de doação dentro dos vasos de recepção. Ela gerou o
mundo de Briah, então o mundo de Yetzirah, e finalmente o mundo de Assiahh.

O mundo de Briah emergiu no Zivug em GE que são vasos de recepção de Aviut Bet.

O mundo de Yetzirah emergiu no Zivug em GE que são vasos de recepção de Aviut Gimel.

O mundo de Assiahh emergiu no Zivug em GE que são vasos de recepção com Aviut Dalet.
A terceira classificação: Vasos de recepção dentro de vasos de doação são escolhidos da
mistura. Esta separação e correção são feitas pelas almas das pessoas. Elas separam estes Kelim
e elevam-se acima da Parsa do mundo de Atzilut. Este trabalho é chamado “o despertar do
abaixo”, uma vez que é feito pelas almas. Os Kelim quebrados que se elevam para Atzilut são
chamados “AHP elevados”

A quarta classificação: Vasos de recepção que não estavam misturados com os vasos de doação
são examinados, verificando se estes permaneceram com suas qualidades, e são portanto
proibidos de serem usados. Estes Kelim são chamados Klipot (conchas), ou Lev ha Even
(coração petrificado), uma vez que não podem ser corrigidos até a Gmar Tikkun.

Os Mundos BYA

O Zivug para nascimento do mundo de Briah foi feito em Binah de Atzilut. Portanto, o mundo
de Briah expande-se no lugar de ZA de Atzilut.

O mundo de Yetzirah, nascido depois do mundo de Briah, estende-se dele para baixo no lugar
de Malchut de Atzilut. Partzuf Malchut de Atzilut veste somente as quatro Sefirot NHYM do
Partzuf ZA. Portanto, somente as primeiras quatro Sefirot do Partzuf Malchut – KHB e Hesed –
estão em Atzilut, opostas as quatro Sefirot NHYM de ZA. As Sefirot Gvura, Tiferet, e NHYM do
Partzuf Malchut estão abaixo da Parsa.

Por esta razão, quando o mundo de Yetzirah nasceu, as primeiras quatro Sefirot deste mundo
vestiram as primeiras quatro Sefirot de Malchut, enquanto as seis últimas Sefirot vestiram o
lugar das seis primeiras Sefirot do lugar de BYA.

O lugar de BYA compõe-se de trinta Sefirot. No futuro, depois do pecado de Adam HaRishon ,
os mundos de BYA caem neste lugar. O lugar onde as últimas seis Sefirot do mundo de Yetzirah
acabam é chamado de “Chazeh do lugar do mundo de Briah”. Isto é onde Chazeh de Briah
estará depois dos pecados de Adam HaRishon.

O mundo de Yetzirah nasceu e expandiu-se para seu lugar, Malchut de Atzilut gerou o mundo de
Assiahh, o qual se espalhou abaixo do mundo de Yetzirah do Chazeh do lugar do mundo de
Briah para o Chazeh do lugar do mundo de Yetzirah.

O Chazeh do lugar do mundo de Yetzirah é chamado “Chazeh do lugar dos mundos de BYA”.
Este é o lugar onde a expansão dos mundos de BYA acaba. Abaixo do Chazeh do lugar do
mundo de Yetzirah, está vazio de Luz. Este lugar, a partir do Chazeh do lugar de BYA indo
abaixo através do Sium, é o lugar das Klipot, chamado de Mador ha Klipot (a seção da concha).
Abaixo dele é um lugar chamado “o ponto deste mundo”.

Na espiritualidade, um “lugar” significa um “desejo”. O ponto deste mundo é um desejo de


receber (deleite) com intenção de receber (para si próprio), um desejo de deleitar-se em
vestimentas deste mundo: sexo, honra, poder, inveja. As Klipot são consideradas Altas, uma vez
que elas desejam receber prazer do Criador, o qual corresponde a Kedusha (santidade).

A sabedoria da Cabalá sempre fala a partir da perspectiva da percepção individual. Portanto,


uma pessoa que percebe que seus desejos são somente receber com intenção de receber, e não
de doar, pode ser dito de ter alcançado que ela está em um estado chamado “este mundo”. Mas
quem não percebeu que todos seus desejos são para receber com a intenção de receber não está
neste lugar (desejo). Deste modo ta pessoa esta abaixo (antes desta revelação), em um lugar
(desejo) chamado “nosso mundo”, onde as pessoas são inconscientes (dos seus desejos), e não
sentem esta inconsciência.

A inteira humanidade está no degrau de “nosso mundo”, inconsciente. Deste degrau, o desejo de
receber começa a se desenvolver em uma pessoa. Evolução ocorre pela instigação da natureza
sobre cada um em direção a correção pela força do rude (ou duro) julgamento.

A inteira história da humanidade é uma evolução de geração em geração da vontade de receber


pelos três elementos: orgulho, honrar e inveja. Sofrimento traz o homem, e a humanidade como
um todo, para a decisão de sair da vontade de receber, uma vez que esta é a razão de todo o
sofrimento.

Aqueles em quem a vontade de receber desenvolveu-se suficientemente recebem uma força do


Acima para desejar o que está além deste mundo. Seguindo esta força, uma pessoa começa a
procurar pela origem do prazer que preencherá o novo desejo, até que esta pessoa ache o
professor certo (ou correto). Esta busca pode durar anos ou até mesmo mais de uma vida, mas se
o Criador traz uma pessoa para o lugar onde a Cabalá está sendo ensinada, tal como aconteceu
comigo (Rav Laitman) é um sinal que a você foi dada uma oportunidade do Acima para corrigir
sua alma e alcançar a meta.

Os Estados dos Partzufim nos mundos de ABYA

Adam HaRishon

Adam HaRishon é uma entidade separada de tudo que o precede. Ele é o único que foi criado
em Malchut de Ein Sof, portanto, ele é o único que merece o nome (ou o titulo) de “criatura”.
Ele também, foi gerado por Malchut de Atzilut, a qual se elevou para AVI. Ela procriou Partzuf
Adam HaRishon , tal como ela procriou os mundos de BYA, e por esta razão, Adam HaRishon
esta sempre dentro dos mundos de BYA.

Quando os mundos de BYA nasceram, eles se mantiveram em AVI através do Chazeh do lugar
do mundo de Yetzirah. Quando Adam HaRishon nasceu, ele estava dentro deles no nível dos três
mundos BYA, recebendo as Luzes NRN (Nefesh, Ruach, Neshama) de BYA, Adam HaRishon
recebeu mais Luzes, NRN de Atzilut, uma vez que BYA estava em Atzilut.

O Estado dos mundos quando Adam HaRishon nasceu é chamado de “véspera do Shabbat”.
Depois através do despertar vindo do Acima, os mundos elevaram-se para a primeira ascensão,
um degrau mais Alto – dez Sefirot – junto com Adam HaRishon, assim como o Sium dos
mundos de BYA, com Adam HaRishon dentro deles, elevaram-se para o Chazeh do lugar do
mundo de Briah.

Naquele estado, Adam HaRishon queria receber todas as Luzes com intenção de doar, como no
estado que precedeu a fragmentação dos vasos no mundo de Nekudim. Lá, em Nekudim, Rosh de
AVI não tinha entendido que parte de ZON não tinha Tikkun Kavim (correção das linhas),
portanto eles deram a Luz de Gadlut e ZON rompeu-se.

O mesmo ocorreu aqui com Adam HaRishon : não existia entendimento que uma fragmentação
ocorreria. Mas depois deste primeiro tempo ele erroneamente recebeu com a intenção de
receber, ele queria receber novamente, mas agora deliberadamente. Ele não pode mais
interromper (para) a si próprio de deleitar-se.

Como resultado, Klipot nasceram nesta fragmentação, desejos de receber com a intenção de
receber. Também, os mundos de BYA desceram abaixo da Parsa, para seus estados constantes,
da Parsa para o Sium geral. É chamado “estado constante” porque os mundos BYA não podem
estar em um estado mais baixo do que este. Mas eles não estão “permanentemente” fixados
naquele lugar; eles podem ascender para seus lugares constantes.

Além do declínio dos mundos de BYA para seus lugares constantes, como resultado da
fragmentação do Partzuf Adam HaRishon, nasceram os impuros BYA. Estes são os três mundos
que contêm deficiências em BYA e se mantém opostos a BYA. Portanto, BYA, que estão livres do
desejo de receber com a intenção de receber, são chamados de “BYA puros” as suas
correspondentes deficiências de “BYA impuros”.

Estes três mundos impuros são chamados

Esh Mitlakachat (fogo resplandecente)—corresponde ao mundo de Briah.

Anan Gadol (grande nuvem)—corresponde ao mundo de Yetzirah.

Ruach Se’ara (vento tempestuoso)—corresponde ao mundo de Assiahh.

Após o pecado, Partzuf Adam HaRishon fragmentou-se em 600.000 pedaços. A fragmentação


continuou de forma mais profunda nos pedaços fragmentados (fragmentações adicionais são
mencionadas na Torah como “O assassinato de Abel”, “A geração da enchente”, “a geração da
Babilônia” etc..)

Finalmente todos os pedaços em seu Partzuf permaneceram somente em suas vontades de


receber com a intenção de receber, com uma centelha de Luz que estava dentro dele. Estes
pedaços, os desejos com as centelhas contidas dentro deles, vestem as pessoas em nosso mundo
e as estimulam para despertar em direção a espiritualidade, para a Luz, o Criador. Portanto, nós
somos feitos para entrarmos em um grupo de pessoas que estão estudando a Cabalá, aprendendo
o método pelo qual atingimos a meta.

Existe ainda outra Klipa (singular de Klipot): Klipa (Klipa de) Noga. Estes são desejos
misturados entre bons e egoístas. “Misturados” significa que eles recebem Luz em suas partes
boas e também transferem a Luz para suas partes não boas (ou ruins). A Tikkun da realidade em
sua totalidade foca-se na Tikkun da Klipa Noga – separando-a dos três impuros Klipot (Ruach
Se’ara, Anan Gadol, e Esh Mitlakachat), na qual está atada (ou presa) em sua parte egoísta, e
juntada sua parte boa em Kedusha, para Atzilut.

A Ascensão dos Mundos


O lugar real dos mundos é aquele do segundo estado, antes do pecado:

ZA no lugar de AA;

Malchut no lugar de AVI;

Briah no lugar de YESHSUT;

Yetzirah no lugar de ZA

As primeiras das quatro Sefirot do mundo de Assiahh no lugar das primeiras quatro Sefirot de
Nukvah de Atzilut vestindo TNHYM (Tiferet, Netzach, Hod, Yesod, Malchut) do mundo de
Yetzirah;

As últimas seis Sefirot do mundo de Assiahh no lugar das seis Sefirot do mundo de Briah,
abaixo da Parsa;

As seis primeiras Sefirot no lugar do mundo de Briah, entendido como o lugar a partir da Parsa
até o Chazeh do lugar do mundo de Briah, é chamado de “periferia da cidade”, uma vez que elas
pertencem ao mundo de Atzilut, o qual é chamado de cidade. Também, Parsa é chamada de “O
muro da cidade”.

Existem vinte e quatro Sefirot do Chazeh do lugar do mundo de Briah através do Sium geral.
Isto é um vácuo que está vazio de Luz.

As dezesseis Sefirot a partir da Parsa para o Chazeh de Yetzirah são chamadas de “Zona do
Shabbat”, esta por sua vez contem a “periferia da cidade”, mais dez Sefirot do Chazeh de Briah
para o Chazeh de Yetzirah. Cada dez Sefirot são chamadas de Amma (cerca de ¾ de uma jarda).
Portanto, a totalidade do lugar dos mundos de BYA é chamada de 6.000 Amma ou 6.000 anos de
vida do mundo.

As quatorze Sefirot do Chazeh de Yetzirah através do Sium geral são chamadas de “secção da
concha”. Isto é onde os Klipot estavam antes do pecado de Adam HaRishon Mas após o pecado,
elas se tornaram os quatro mundos impuros de ABYA.

A Seqüência de Causa e Conseqüência

Quatro Behinot (estágios) de Ohr Yashar

Behinot Shoresh: A Luz é emitida de Atzmut – Seu desejo de fazer o bem para as Suas
criações. Como resultado de Seu desejo de beneficiar, Ele cria Behinot Aleph, a vontade de
receber, o desejo de deleitar a Luz.

Behinot Aleph: Uma vez que ela esta recebendo, ela decide que não quer mais receber. Este
novo desejo é Behinot Bet.

Behinot Bet: Uma vez que ela está completamente vazia de Ohr Chochma, Behinot Bet sente a
sua ausência e decide que ela quer receber um pouco de Ohr Chochma dentro de Ohr
Chassadim. Esta é Behinot Gimel.
Behinot Gimel: No final, quando ela recebe Ohr Chochma bem como Ohr Chassadim, Behinot
Gimel decide que ela quer receber toda a Luz. Esta é Behinot Dalet, chamada Malchut, uma vez
que ela é governada pelo desejo de receber. Ela sente o desejo de receber a Luz, tal como em
Behinot Aleph, mas com um adicional. Este desejo adicional é um novo Kli, chamado “desejo
ardente”. Malchut sente que seu desejo é independente, que vem dela.

Behinot Dalet: Ela recebe toda a Luz sem limitações, por esta razão seu atributo (ou título, ou
rótulo), “O mundo de Ein Sof”.

Tzimtzum Aleph: Behinot Dalet realiza a Tzimtzum Aleph. A restrita Behinot Dalet é chamada
de “O mundo de Tzimtzum”.

O Trabalho da Masach: Behinot Dalet, que é Malchut, decide receber a Luz no desejo de doar,
ou seja em suas Behinot Shoresh, Aleph, Bet e Gimel

Partzuf Galgalta: Através da Masach com Reshimot Dalet de Hitlabshut e Dalet de Aviut,
Malchut realiza um Zivug com a Luz Superior que se separou devido a Tzimtzum. No Zivug com
a Luz, a Masach decide o quanto de Luz ela vai receber dentro de Malchut.

Seguindo a decisão, a Masach desce para o Guf com a quantidade de Luz que ela decidiu
receber. As Luzes que entram no Partzuf são chamadas de Taamin. O lugar em que a Masach
interrompe a descida e limita a recepção da Luz é chamado de Tabur.

A Luz que entra o Partzuf é chamada de Ohr Pnimi (Luz Interna). A Luz geral que permaneceu
do lado de fora do Kli é chamada de Ohr Makif (Luz Circundante). Subseqüentemente, a Bitush
(batida) entre Ohr Pnimi e Ohr Makif ocorre na Masach que se mantém no Tabur, uma vez que
ambas desejam eliminar a limitação da recepção.

A Masach decide não usar os Reshimot de Aviut Dalet e purificar-se. Ela se eleva do Tabur para
a Peh e Ohr Pnimi deixa o Partzuf. A partida das Luzes são chamadas de Nekudot (pontos). O
inteiro Partzuf, do Zivug na Rosh até o fim de seu Hizdakchut (refinamento), é chamado de
Partzuf Galgalta.

Partzuf AB: A Masach de Guf de Galgalta que elevou-se para a Peh de Rosh de Galgalta está
integrada no perpétuo Zivug na Masach na Peh. O encontro entre a Masach e a Luz Superior na
Rosh induz a Masach querer receber uma parte da Luz na Rosh, mas de acordo com os Reshimot
que estão nela (Masach), Dalet de Hitlabshut e Gimel de Aviut. O último Reshimo de Aviut
(para a expansão da Luz) desaparece, como resultado da decisão de desisitr da recepção.

A Masach desce do Chazeh de Galgalta, de acordo com o Reshimo Gimel de Aviut, e realiza um
Zivug com os Reshimot Dalet de Hitlabshut e Gimel de Aviut. Este é o lugar da Peh do próximo
Partzuf. Após o Zivug, a Masach desce da Peh em direção ao Tabur do novo Partzuf, e as Luzes
do Taamin entram no Toch.

Subseqüentemente, existe uma Bitush de Ohr Pnimi e Ohr Makif na Masach no Tabur, para
cancelar a limitação da Masach. A Masach decide purificar-se, os Reshimot de Aviut Gimel
desaparecem, e a Masach sobe do Tabur para a Peh. As Luzes que partem são chamadas
Nekudot de AB.
Partzuf SAG: Quando a Masach vem para a Peh, ela está integrada no perpétuo Zivug com a
Luz Superior que lá está, e deseja receber parte da Luz que está na Rosh. Portanto, a Masach
desce para o Chazeh do Partzuf AB, de acordo com o Reshimo, e lá realiza um Zivug com a Luz
com Reshimot Gimel de Hitlabshut e Bet de Aviut. Ele recebe Luz e interrompe no lugar
determinado pela Rosh – Tabur. De imediato Bitush de Ohr Pnimi e Ohr Makif é aplicada na
Masach, uma vez que elas querem cancelar a limitação da recepção que a Masach de Toch cria.
A Masach decide purificar e sobe para a Peh.

Nekudot de SAG: As Luzes, que emergiram durante o Hizdakchut da Masach, são chamadas de
Nekudot. Nekudot de SAG são Bet de Hitlabshut e Bet de Aviut. Esta é uma qualidade de Binah.
Estas Luzes podem aparecer em qualquer lugar (qualquer desejo). Por esta razão, as Luzes de
Nekudot descem abaixo de Tabur de Galgalta e preenchem o Sof de Galgalta.

Sof de Galgalta e Nekudot de SAG se misturam e Partzuf Nekudot de SAG, que é Partzuf Binah,
divide-se em GAR de Binah e ZAT de Binah. ZAT de Binah, são vasos de recepção, são afetados
pelos Reshimot que estão no Sof de Galgalta e querem receber aquelas Luzes com a intenção de
receber. Isto assim é porque a força da Masach de Nekudot de SAG é Bet de Aviut, e os
Reshimot no Sof de Galgalta são Dalet Gimel, mais do que o poder de resistência da Masach.

Portanto, um desejo de receber com a intenção de receber é formado a partir do Chazeh de


Nekudot de SAG para baixo. Isto obriga Malchut, que realizou Tzimtzum Aleph, subir do Sium
de Galgalta para o lugar do Chazeh de Nekudot de SAG e limita a expansão da Luz que assim
alcança somente o Chazeh.

Todos os processos em Nekudot de SAG se desenvolvem durante a ascensão da Masach de Guf


de SAG do Tabur de SAG para a sua Rosh, exceto que os Reshimot de Tzimtzum Bet e do Sof de
Galgalta que foram adicionados a este.

Tzimtzum Bet (segunda restrição): A ascensão de Malchut de Tzimtzum Aleph para o Chazeh
de Nekudot de SAG é chamada de Tzimtzum Bet.

MA e BON acima de Tabur de Galgalta: Quando a Masach de Guf de SAG alcança a Peh, ela
realiza o Zivug com Reshimot Bet de Hitlabshut e Aleph de Aviut que permaneceram das Luzes
de Taamim de SAG acima do Tabur, gerando Partzuf MA Superior, da Peh de SAG através do
Tabur de Galgalta. Após o Hizdakchut do Partzuf MA Superior, Partzuf BON Superior nasce
dele, da Peh de MA através Tabur de Galgalta.

O Mundo de Nekudim (Katnut): Quando a Masach de Guf de SAG purifica-se e sobe para a
Peh de SAG, ela quer realizar um Zivug com os Reshimot que estão nela (Bet de Hitlabshut e
Aleph de Aviut abaixo do Tabur de Galgalta). Ela ascende, seguindo as demandas dos Reshimot,
a partir da Peh para Nikvey Eynaim (NE) de Rosh de SAG, uma vez que Reshimot Bet-Aleph
estão restritos, necessitando receber Luz somente nos vasos de doação.

Portanto, a Masach se mantém abaixo dos vasos de doação na Rosh, abaixo de Keter e
Chochma na Rosh de SAG. A Masach sempre realiza um Zivug somente com os Behinot Rosh
que estão acima dela; Por esta razão, ela se mantém na Rosh, o lugar do qual ela deseja receber
Luz dentro do Guf.

Após o Zivug, a Masach passa ativamente para o Guf o que ela tinha recebido na Rosh em
potencial. A Luz se espalha para o lugar do qual os restritos Reshimot Bet-Aleph elevaram-se,
ou seja abaixo do Tabur de Galgalta. Este Partzuf é chamado de Partzuf Nekudim, uma vez que
ele emergiu com os Reshimot de Nekudot de SAG.

Este Partzuf inclui:

Rosh de Hitlabshut, chamada Keter;

Rosh de Aviut, chamada Aba ve IMA (AVI);

Guf, chamado ZON (Zeir Anpin and Nukva).

Em cada um deles, somente vasos de doação estão ativos, seus vasos de recepção estão ocultos
(dentro deles).

Gadlut do Mundo de Nekudim: Após a elicitação (descoberta) de Katnut do mundo de


Nekudim, a Masach na Rosh de SAG desce, seguindo a necessidade dos Reshimot Dalet de
Hitlabshut e Gimel de Aviut, dentro da Peh de SAG, e realizou um Zivug. Como resultado deste
Zivug, Ohr Chochma veio para a Rosh de Keter de Nekudim e para ABA da Rosh AVI.

IMA é Binah a qual não quer receber Ohr Chochma exceto por requisição de ZON. Ohr
Chochma brilha a partir da Rosh de Nekudim até o Sof de Galgalta, e de lá vem a requisição –
através de ZON de Nekudim – para pedir a AVI por Gadlut, Ohr Chochma. Quando ZON pede
de AVI, eles copulam e trazem ZON Ohr Chochma.

A Quebra dos Vasos: Ohr Chochma se espalha a partir da Rosh de AVI para dentro de ZON,
através de GE de ZON e para a Parsa. Quando a Luz deseja cruzar a Parsa e preenche os Kelim
de AHP de ZON, ela encontra o desejo de receber e parte para Cima. Os Kelim GE e AHP se
rompem e 320 partes fragmentadas e caem abaixo da Parsa.

Na fragmentação, os vasos de doação (GE) misturam-se com os vasos de recepção (AHP);


portanto em cada parte fragmentada existem quatro tipos de Kelim:

GE – que formou GE de ZON de Atzilut,

Hitkalelut de GE em AHP – que formou os mundos de BYA;

Hitkalelut de AHP em GE— que formou o ascendido AHP;

AHP- que formou os Klipot, que são desejos de receber com a intenção de receber, não são
adequados para receber a Luz. Estes são os (32 Lamed Bet) Malchuts dos (320 Shach) pedaços
(fragmentos) que não podem ser corrigidos até Gmar Tikkun, e recebem com a intenção de doar.
Os trinta e dois Malchuts são chamados de Lev ha Even (coração petrificado). Suas correções
consistem na separação dos 320 pedaços e não serem utilizados.

288 pedaços (320-32) dos 320 que existem em cada pedaço fragmentado podem ser corrigidos,
uma vez que eles não são partes de Malchut, mas partes das nove Sefirot Superiores. Algumas
delas pertencem a GE de ZON, devem se separadas da mistura, já que são vasos de doação.
Estes são os que construíram Katnut (GE) de Zon de Atzilut.
O Surgimento do Mundo de Atzilut

Atik: A Masach, com os Reshimot, elevou-se para a Rosh de Nekudim e dali para a Rosh de
SAG. A Masach separou os mais puros Reshimot, Aleph de Hitlabshut e Shoresh de Aviut,
elevou-se da Peh para a Sefira Keter de Rosh de SAG, e dali ela foi adiante e acima para Binah
em Keter, onde ali se manteve atrás dos Sefirot KHB HGT de Keter

Por conseguinte, acima da Masach estão somente os vasos de doação de Aviut Shoresh. Este
lugar é chamado de Metzach (testa), e é onde a Masach realiza um Zivug, do qual o Partzuf
Keter de Atzilut nasce, chamado de Partzuf Atik.

O Partzuf gerado deste Zivug é chamado de Ubar, uma vez que ele tem somente vasos de
doação em Aviut Shoresh, o mínimo que pode existir na espiritualidade. Após o seu nascimento,
este Partzuf desce para o lugar do qual os Reshimot se elevaram, abaixo do Tabur de Galgalta.

Quando o Partzuf Atik nasce e desce para seu lugar, Reshimot Dalet-Gimel despertam nele e
demandam que este Partzuf obtenha Gadlut. A Masach realiza um Zivug com a Luz Superior
com estes Reshimot e constrói o nível de Atik em Gadlut. Este Partzuf se espalha do Tabur de
Galgalta para o Sium de Galgalta, cruzado a Parsa, uma vez que ele é Partzuf Keter, o qual
ainda pertence à Tzimtzum Aleph. Isto é porque ele é chamado Atik, porque ele é Ne’etak
(separado) do alcance dos que estão mais abaixo.

AA: Uma vez que Partzuf Atik em Gadlut emerge, Rosh de SAG passa a ele todos os Reshimot
que recebeu após a fragmentação. De todos os Reshimot, Atik escolhe o mais puro Reshimo,
realiza um Zivug com este e gera o próximo Partzuf – Chochma – no final do nível de Ubar, e
subseqüentemente em Gadlut. Este Partzuf espalha-se da Peh de Atik para a Parsa e é chamado
de Partzuf Arich Anpin (AA)

AVI: Uma vez que Gadlut do Partzuf AA emerge, Atik concede todos os Reshimot que
permaneceram daqueles que subiram para Rosh de SAG após a fragmentação. Daqueles, AA
escolhe os mais puros Reshimot e realiza um Zivug com estes. Este Zivug gera o Partzuf Binah
de Atzilut, primeiro no nível de Ubar e subseqüentemente em Gadlut. Este Partzuf espalha-se da
Peh de AA através de seu Tabur.

ZA: Uma vez que AVI emerge em Gadlut, AA concede a este todos os restantes Reshimot. AVI
escolhe os mais puros Reshimot de todos os Reshimot que ele tinha recebido. Realiza um Zivug
com estes, e gera o Partzuf ZA de Atzilut, nos níveis de Ubar (Katnut) e então Gadlut. Partzuf
ZA toma seu lugar a partir do Tabur de AA através da Parsa.

Malchut: Após Partzuf ZA em Katnut emerge, AVI concede a ele todos os restantes Reshimot,
os quais não foram corrigidos pelos Partzufim anteriores. Daqueles, ZA escolhe aqueles que se
adéquam a ele, realiza um Zivug, e gera Partzuf Malchut de Atzilut com um Nekuda (ponto),
como era no mundo de Nekudim. Isto completa a correção de todos os Reshimot de Katnut que
subiram para Rosh de SAG após a fragmentação.

Surgimento do Mundo de BYA

Os Partzufim de GAR do mundo de Atzilut emergiram com os Reshimot de Rosh de Nekudim,


que foi somente purificado, mas não fragmentado. De ZON de Nekudim para baixo, o
nascimento dos Partzufim é feito pela separação e correção das partes fragmentadas. Isto se dá
assim porque através da fragmentação do mundo de Nekudim, vasos de doação acima da Parsa
misturam-se com os vasos de recepção que estão abaixo da Parsa e foram integrados uns com
os outros. Por esta razão, em cada uma das 320 partes (fragmentos) existem quatro tipos de
Kelim:

Vasos de doação;

Vasos de doação integrados com vasos de recepção;

Vasos de recepção integrados com vasos de doação;

Vasos de recepção.

Primeiro, somente os vasos de doação são classificados e corrigidos (Zivugim são feitos com
eles) em todas as 320 partes por ordem de Aviut, dos puros aos grossos. A Masach que desce da
Rosh de SAG gera todos os Partzufim do mundo de Atzilut, primeiro em Katnut e então em
Gadlut. Katnut do mundo de Atzilut emerge em oposição a Katnut do mundo de Nekudim.

Subseqüentemente, Zon de Atzilut sobe para AVI de Atzilut, ZA torna-se com Aba, e Malchut
torna-se como IMA. O que está mais abaixo que sobe para Aquele Acima torna-se como ele,
portanto, Lachut recebeu o degrau de Binah assim ela pode realizar um Zivug em Ohr Chochma
e gera um novo Partzufim. Quando Malchut de Atzilut subiu para IMA, ela separou os vasos de
doação que estavam integrados aos vasos de recepção de cada uma das 320 partes fragmentadas,
por ordem de Aviut – dos puros aos ásperos . Nesta ordem, ela gerou novos Partzufim

Cinco Partzufim foram gerados da separação e Zivug realizado com os vasos de doação (GE)
que caíram na parte de Binah que estava abaixo da Parsa (GE integrado em Aviut Bet de AHP):
Keter — Atik, Chochma — AA, Binahh — AVI, ZA—ZA, e Malchut — Nukvah do mundo de
Briah.

Cinco Partzufim foram gerados pela separação e Zivug realizado com os vasos de doação (GE)
que caíram nos Kelim de ZA abaixo da Parsa (GE integrado em Aviut Gimel de AHP): Keter —
Atik, Chochma — AA, Binah — AVI, ZA — ZA, e Malchut — Nukvah do mundo de Yetzirah.

Cinco Partzufim foram gerados pela separação e Zivug realizado com os vasos de doação (GE)
que caíram para Malchut abaixo da Parsa (GE integrado em Aviut Dalet de AHP): Keter —
Atik, Chochma — AA, Binah — AVI, ZA — ZA, e Malchut — Nukvah do mundo de Assiahh.

Malchut de Atzilut realiza estes Zivugim enquanto se mantém no lugar de IMA de Atzilut. Por
esta razão, o mundo de Briah, o qual ela criou, mantém abaixo dela, ocupando o espaço de ZA
de Atzilut.

O mundo de Yetzirah, nascido de Malchut de Atzilut após o mundo de Briah, emergiu dela e
ocupou o lugar abaixo do mundo de Briah no lugar das quatro Sefirot de Malchut de Atzilut e
seis Sefirot do lugar do mundo de Briah.

O mundo de Assiahh, nascido de Malchut de Atzilut após o mundo de Yetzirah, emergiu dela e
ocupou o lugar abaixo do mundo de Yetzirah, do Chazeh do lugar do mundo de Briah para o
Chazeh do lugar do mundo de Yetzirah.
Todos os mundos acabam no Chazeh do mundo de Yetzirah, uma vez que todas as partes
fragmentadas, aquelas que estavam separadas são vasos de doação e vasos de doação,
integrados com os vasos de recepção. Isto corresponde ao Chazeh do lugar dos mundos de BYA,
uma vez que é onde seus GE acabam.

Abaixo do Chazeh de Yetzirah começa AHP do lugar de BYA, o lugar dos vasos de recepção que
foram integrados com os vasos de doação, e os vasos de recepção (Lev ha Even).

AHP Elevado: A separação e correção dos vasos de recepção que estavam integrados nos vasos
de doação adicionam Kelim de AHP no mundo de Atzilut. A Luz que se espalha nestes Kelim é
Ohr Chochma, e o mundo de Atzilut recebe Gadlut.

Ohr Chochma se espalha somente nos verdadeiros vasos de recepção, enquanto aqui existem
vasos de recepção integrados com vasos de doação durante a fragmentação. Portanto, a Luz que
aparece nos Zivugim destes Kelim não é Ohr Chochma (Luz de Chochma), mas somente
He’arat (iluminação, Luz menor) de Chochma.

Existe uma especial Tikkun na Rosh do mundo de Atzilut assegurando que não haverá outra
fragmentação no mundo de Atzilut, como aconteceu no mundo de Nekudim. Existe uma
limitação na Rosh do Partzuf AA, assim não há Zivug com Malchut em si mesma abaixo do
Partzuf AA, mas somente em Hitkalelut (integração) de Malchut nas Sefirot acima dela, nos
desejos de doar.

Como resultado, o mundo de Atzilut nasceu somente em Katnut, e cada Partzuf tem somente
vasos de doação, Kelim GE. Os vasos de recepção, AHP, estão abaixo da Parsa. É impossível
adicionar AHP À GE e fazer um Zivug em todos os dez Sefirot em seus lugares, com era no
mundo de Nekudim, tal com isto foi a causa da fragmentação.

Portanto, cada adição de vasos de recepção em Atzilut é feita pelo levantamento de alguns vasos
de recepção, que estão integrados em vasos de doação. A ascensão é abaixo da Parsa para
acima da Parsa, assim é que partes de AHP são adicionadas para Atzilut.

Portanto, partes de vasos de recepção elevam-se do abaixo da Parsa e juntam-se a Atzilut.


Todos os vasos de recepção que podem se juntar aos vasos de Atzilut, os quais são vasos de
recepção que estão integrados em vasos de doação, elevam se na ordem do puro para o áspero.

Correção do Lev ha Even é feita somente pela Luz do Messias: Após tudo do que foi acima
mencionado, as correções estão completadas, tudo o que permanece em BYA são vasos de
recepção, chamado Lev ha Even. Estes vasos não estão incluídos nos vasos de recepção e
portanto não podem ser corrigidos. Suas correções consistem em ser excluídos todas as vezes
que uma separação é feita nas 320 partes que se fragmentaram. Portanto, as trinta e duas partes
de Lev ha Even são removidas. Quando usamos as 288 partes para construir os Partzufim, nós
devemos separar e decidir o que não queremos usar as Lev ha Even que pertencem a aquela
parte.
Após a correção das 288 partes, uma Ohr Chochma especial virá do Acima chamado “Messiah”,
e corrigirá estes Kelim na Masach. Por esta ocasião, a inteira Malchut de Ein Sof será corrigida
com a Masach. Este estado em Malchut é considerado sua Gmar Tikkun (fim da correção).

Todas as partes nos mundos de BYA, exceto para Lev ha Even, são corrigidas por ordem dos
puros para os ásperos. Em cada um dos mundos de BYA existem 2.000 estágios de correção
chamados de “anos” ou “degraus”. Ao todo são 6.000 degraus nos três mundos de BYA,
chamados de “Os seis dias da semana”, uma vez que os mundos de BYA são considerados dias
da semana, enquanto Atzilut é considerado “O Sagrado Shabbat”.

Quando todos os mundos de BYA são corrigidos, bem como os Lev ha Even, o mundo de Atzilut
se espalhará abaixo da Parsa através deste mundo. Este estado é chamado de “O sétimo
milênio”.

Depois, os mundos de ABYA subirão para SAG, e isto será chamado de “O oitavo milênio”.

Depois, os mundos de ABYA subirão para AB, e isto será chamado de “O nono milênio”.

Depois, os mundos de ABYA subirão para Galgalta, e isto será chamado de “O décimo
milênio”

Em outras palavras, após a correção de toda Malchut de Ein Sof, ela será preenchida tal como
ela foi antes da Tzimtzum Aleph. Bem como, ela receberá adições das infinitas ascensões nos
degraus de doação sob o Criador.

Ainda, desde que a sabedoria da Cabalá ensina uma pessoa somente aquilo que lhe compete
com relação a sua própria correção, e o que ela precisa fazer, estes estados não são ensinados.
Eles não aparecem nos livros da Cabalá, uma vez que eles pertencem à parte que esta proibida
de se revelada, chamada de “Segredos da Torah”. Somente alguns poucos engajam-se neles e
sob rígidas condições.

Adam HaRishon: Em todas as correções de Malchut mencionadas até agora, Malchut de


Malchut, o ponto central de todos os mundos, não foi preenchida. Tudo o que se desvendou até
agora – Tzimtzum Aleph, Tzimtzum Bet, a fragmentação dos vasos, a Tikkun dos Kelim –
aconteceram nas nove Sefirot Superiores, não na própria Malchut, Behinot Dalet em Behinot
Dalet. Isto porque havia uma Tzimtzum sobre ela, assim ela não poderia receber dentro dela, no
desejo de receber. O que é recebido após Tzimtzum Aleph é recebido somente nos vasos de
doação, nos Kelim de Malchut de Ein Sof, que foram estampados pelas nove Superiores, o
desejo de doar da Luz Superior.

Malchut em Malchut será corrigida e preenchida com Ohr Chochma, tal com antes de Tzimtzum
Aleph, somente se desejos de doar entrem naquela Malchut e misturem-se com os desejos de
receber de Malchut. Na fragmentação dos vasos no mundo de Nekudim, Malchut misturou-se
com as nove Sefirot que a precediam. Como resultado, os mundos, a externalidade da realidade,
emergiram. Mas isto não corrigiu nada na própria Malchut, uma vez que ela não se misturou
com o desejo de doar.

Após o nascimento dos mundos de BYA, Malchut de Atzilut, a qual se mantém no lugar de IMA,
realizou um Zivug em Katnut ao juntar os vasos de doação com Behinot Dalet de Dalet. O
resultado deste Zivug é o Partzuf Katnut, GE, de quem AHP é Behinot Dalet de Dalet. Portanto
este Partzuf está proibido de usar seus vasos de recepção, seus AHP. Este Partzuf é chamado de
Adam HaRishon(O Primeiro Homem), o qual foi proibido de se alimentar da Árvore do
Conhecimento, que é, realizar um Zivug com os vasos de recepção – AHP.

Com o nascimento de Adam HaRishon, os mundos de BYA expandiram-se através do local


denominado Chazeh de Yetzirah. Depois, a Luz de Ein Sof, chamada de “O despertar do
Acima”, veio e elevou todos os mundos em um degrau. Portanto, o Sium do mundo de Assiahh
elevou-se a partir do local chamado Chazeh de Yetzirah para o local do Chazeh de Briah.
Depois, mais Luz do despertar de Ein Sof chegou, pela qual todos os mundos elevaram-se em
mais um degrau, assim o Sium do mundo de Assiahh elevou-se acima da Parsa.

Adam HaRishon está dentro dos mundos de BYA, ele elevou-se para Atzilut conjuntamente com
eles. Adam HaRishon pensou que agora poderia receber com a intenção de doar toda a Luz em
seus vasos de recepção, nos AHP, em Behinot Dalet em Behinot Dalet.

Mas tal como isto aconteceu com a fragmentação dos vasos no mundo de Nekudim, quando ele
estendeu Luz dentro dos vasos de recepção, ele rompeu-se. Ele perdeu sua Masach, sua intenção
de doar. Seu inteiro Guf foi dividido em 600.000 partes (peças), chamados “órgãos” ou “almas”
as quais caíram nas Klipot (conchas) e receberam então o desejo de receber.

Todas as peças juntas, e cada peça em particular, caíram abaixo do inanimado (como descrito
nos pecados que a Torah narra na primeira geração seguindo-se a Adão) Estas partes se vestiram
em pessoas no nosso mundo. Aqueles em quem estas partes rompidas do Partzuf Adam
HaRishon se vestiram, sentem – especificamente nesta parte – um desejo de elevarem-se e
unirem-se com sua Fonte (ou Origem), a qual era em Adam HaRishon. Esta Fonte (Origem) é
chamada “ a raiz de alma de uma pessoa”

Para a criatura merecer o título (ou o nome) de “criatura”, ela deve se manter em seu próprio
direito, que é, não ser influenciada pelo Criador. Isto é o porque o Criador esconde a Si Próprio.
Em assim fazendo, Ele ajuda as criaturas equalizarem-se com Ele através de seus próprios
esforços. A isto resulta que uma pessoa em nosso mundo, em quem um pedaço de Adam
HaRishon está contido, é definida como uma “criatura”.

Uma criatura é uma parte de Adam ha Rishom que existe em um pessoa em nosso mundo. Todas
as criaturas, todas as almas, são partes do Guf de Adam ha Rishon. Elas todas devem participar
na correção da dispersão. Em fazendo isto, elas retornam para o estado que antecedeu o pecado
e somam Dvekut (adesão) com o Criador. Elas separam todas as peças dos Klipot (conchas).
Portanto, cada pessoa deve atingir a raiz de sua alma enquanto vive neste mundo. Quem assim
não o fizer, reencarnará em nosso mundo até que atinja o propósito pela qual foi criado.
Prefácio sobre a Sabedoria da Cabalá

Durante o estudo, é recomendado examinar os desenhos que estão no fim do capítulo, Hallan

O Pensamento da Criação e as Quatro fases da Luz Direta

1. Rabbi Hanania filho de Akashia diz: “ O Criador quis purificar Israel; portanto, Ele deu a eles
a fértil (ou abundante, rica) Torah e Mitzvot (mandamentos), tal como está escrito”, “O Senhor
estava contente (satisfeito), por Sua retidão” propósito, em fazer o ensino grande e glorioso”
(Makot 23b). É sabido que “purificação” é originada da palavra (Hebraico) “purificação” (*). É
como os nossos sábios disseram. “Os Mitzvot foram dados somente para a purificação de
Israel”(Beresheet Rabba, Parasha 44). Nós precisamos entender esta purificação, que
alcançamos através da Torah e Mitzvot, e o que é Aviut (rudeza, grossura, a vontade de receber)
que está dentro de nós, que devemos purificar usando a Torah e Mitzvot.

(*) Ficou estranho talvez seja melhor usar a palavra em hebraico, ou usar alternadamente para
a tradução de cleanse= limpar/lavar e depois o sinônimo purificar. Não tenho conhecimento
suficiente para alterar o texto.

Uma vez que nós já discutimos isto em meu livro, Panim Masbirot, e no Estudos das dez
Sefirot, Eu resumidamente reiterarei que o Pensamento da Criação era deleitar as criaturas, de
acordo com a Sua abundante generosidade. Por esta razão, um grande desejo e urgência em
receber Sua Abundância foram estampados (impresso) nas almas.

Isto é assim porque o desejo de receber é o Kli (vaso) para a medida do prazer na abundância,
uma vez que a medida e força do desejo de receber a abundância precisamente corresponde à
medida do prazer e deleite na abundância. E eles estão tão conectados que eles são indivisíveis,
exceto no que eles se relacionam a: O prazer está relacionado à abundância, e o grande desejo
de receber a abundância está relacionado à criatura que a recebe.

Estes dois necessariamente se estendem (são concedidos pelo) do Criador, e devidamente


vieram no Pensamento da Criação. Entretanto, eles devem ser divididos conforme o que está
acima mencionado: a abundância vem de Sua Essência, estendendo existência da ausência, e a
vontade de receber incluída ali é a raiz das criaturas. Isto significa que é a raiz da iniciação, que
é, surgimento da existência da ausência, uma vez que certamente não existe forma da vontade
de receber em Sua Essência.

Por conseguinte, é considerado que o acima descrito desejo de receber é toda a substância da
Criação do começo ao fim. Portanto, todas as criaturas, todas as suas incontáveis instâncias e
condutas que apareceram e aparecerão, são antes de tudo medidas e várias denominações do
desejo de receber. Tudo que existe naquelas criaturas, que é, tudo que é recebido no desejo de
receber estampado (impresso) nelas (criaturas), estendidas de Sua Essência existência a partir da
ausência. Em todo o caso não se trata de uma nova criação. Ao contrário, ela se estende de Sua
Infinita (Infinitude/Infinidade) existência para existência.

2. Como nós dissemos, o desejo de receber é congenitamente incluído no


Pensamento da Criação com todas as suas denominações, junto com a grande
abundância que Ele planejou para deleitar e transmitir a elas (criaturas). E
saibam que estas são Ohr (Luz) e Kli (vaso) que nós discernimos nos Mundos
Superiores. Eles (mundos) vêm ligados uns aos outros e caem em cascata
também juntos degrau por degrau. E na medida em que os degraus descem a
partir da Luz de Sua Face e partem Dele isto é a extensão da materialização do
desejo de receber contido na abundância.

Nós poderíamos também declarar o oposto: Na medida em que o desejo de receber incluído na
abundância materializa-se, ele desce degrau por degrau até o mais baixo de todos os lugares,
onde o desejo de receber é totalmente materializado. Este lugar é chamado “o mundo de
Assiahh”, o desejo de receber é considerado “o corpo do homem”, e a abundância que uma
pessoa recebe é considerada a medida de “vitalidade naquele corpo”.

Isto é similar em outras criaturas neste mundo. Portanto, a única diferença entre os Mundos
Superiores e este mundo é que enquanto o desejo de receber incluído em Sua Abundância não se
materializou completamente, ele esta relacionado com os mundos espirituais, Acima deste
mundo. E uma vez que o desejo de receber materializou-se totalmente, ele está relacionado
como sendo neste mundo.

1) O acima mencionado sobre a queda em cascata, que traz o desejo de receber para a sua
forma final neste mundo, segue a seqüência dos quatro discernimentos que existe nas
quatro-letras-nome HaVaYaH. Isto é porque as quatro letras HaVaYaH (Yod, Hey, Vav,
Hey), no Seu Nome contem a totalidade da realidade, sem qualquer exceção.

No geral, elas são descritas nas dez Sefirot, Chochma, Binah, Tiferet, Malchut, e suas Shoresh
(Raiz). Elas são dez Sefirot porque Sefira Tiferet contem seis Sefirot internas chamadas HGT
NHY (Hesed – Gvura –Tiferet Netzach – Hod – Yesod), e a Raiz, chamada Keter. Mais ainda,
na essência, elas são chamadas HB TM (Chochma - Binah Tiferet - Malchut).

E eles são quatro mundos, chamados Atzilut, Briah, Yetzirah, e Assiahh. O mundo de Assiahh
contem “este mundo” dentro de si. Portanto, não existe criatura neste mundo (Assiahh), que não
e iniciada no mundo de Ein Sof, no Pensamento da Criação para deleitar Suas criaturas.
Portanto, é congenitamente composta da Luz e Kli, significando certa medida de abundância
com o desejo de receber esta abundância.

A medida da abundância se estende da existência para existência a partir de Sua Essência, e o


desejo de receber a abundância é iniciado pela existência a partir da ausência.

Mas para aquele desejo de receber adquirir sua qualidade final, ele precisa cair em cascata junto
com a abundância dentro de si através dos quatro mundos- Atzilut, Briah, Yetzirah, e Assiahh.
Isto completa a Criação com a Luz e Kli chamado Guf (corpo), e a “Luz da Vida” dentro de si.

1) A razão porque o desejo de receber precisa cair em cascata pelos quatro discernimentos
acima mencionados em ABYA (Atzilut, Briah, Yetzirah, Assiahh) é que existe uma
grande regra no que diz respeito aos Kelim (plural de Kli): A expansão da Luz e sua
partida faz o Kli adequado para sua tarefa. Isto significa que enquanto o Kli não se
separou de sua Luz, ele está incluído na Luz e é anulado dentro dela tal como uma vela
em uma tocha.

Esta anulação é porque eles são completamente opostos um do outro, em fins opostos. Isto
assim é porque a Luz se estende de Sua Essência existência da existência. Da perspectiva do
Pensamento da Criação em Ein Sof, tudo é em direção à doação e não existe nenhum traço do
desejo de receber nele (Pensamento da Criação). O seu oposto é o Kli, o grande desejo de
receber aquela abundância, que é a raiz da criatura que se iniciou, na qual não existe doação em
absoluto.

Portanto, quando eles juntos estão atados, o desejo de receber é anulado pela Luz que esta
dentro dele (do desejo de receber), e pode determinar sua forma somente quando a Luz tenha
partido dali uma vez. Isto assim é porque seguindo a partida da Luz dele (do desejo de receber),
este começa a suplicar por ela, e esta súplica propriamente determina e define a forma do desejo
de receber. Subseqüentemente, quando a Luz veste-se no desejo de receber uma vez mais, isto
está relacionado como duas matérias (assuntos): Kli e Luz, ou Guf e Vida. Observe atentamente,
porque isto é muito profundo.

1) Portanto, os quatro discernimentos contidos no nome HaVaYaH, chamados Chochma,


Binah, Tiferet e Malchut, são exigidos. Bechina Aleph (Fase Um), chamada Chochma,
é certamente a totalidade da existência emanada, Luz e Kli. Nela está o grande desejo de
receber toda a Luz nele contido, é chamada Ohr Chochma (Luz da Sabedoria) ou Ohr
CChaya (Luz de CChaya), à medida que ela é toda a Haym (Vida) da existência
emanada, vestida em seu Kli. Entretanto esta Bechina Aleph é considerada como toda a
Luz e o Kli nela inclusa é quase imperceptível, uma vez que está misturado com a Luz e
anulado por ela tal como a vela em frente a uma tocha.

Na seqüência vem Bechina Bet (fase dois), uma vez que no seu final, o Kli de Chochma
prevalece em equivalência de forma com a Luz Superior dentro de si. Isto significa que o desejo
de doar sob o Emanante aparece nele, de acordo com a natureza da Luz que o preenche – que é
inteiramente para doar.

Então, usando este desejo, que despertou nele, uma nova Luz se estende para ele a partir do
Emanante chamada Ohr Chassadim (Luz da Misericórdia). Com resultado ele se torna quase
que totalmente separado de Ohr Chochma que o Emanante nele imprimiu (estampou), uma vez
que Ohr Chochma somente pode ser recebida em seu próprio Kli – o desejo de receber que
cresceu em sua máxima medida.

Portanto, a Luz e o Kli em Bechina Bet são completamente diferentes daqueles em Bechina
Aleph, uma vez que o Kli nela é o desejo de doar. A Luz dentro dele é considerada Ohr
Chassadim, a Luz que se origina do Dvekut (adesão) do emanado no Emanante, como o desejo
de doar induz sua equivalência de forma com o Emanante, e na espiritualidade equivalência de
forma é Dvekut.

Segue a próxima Bechina Gimel (Fase Três). Uma vez que a Luz havia diminuído sobre a
emanada criatura em Ohr Chassadim sem nenhuma Chochma, e enquanto é sabido que Ohr
Chochma é a essência da emanada criatura, portanto, no fim de Bechina Bet, isto despertou e
atraiu dentro dela uma medida de Ohr Chochma, para brilhar dentro de sua Ohr Chassadim.
Este despertar re-acendeu em certa medida o desejo de receber, que forma um novo Kli
chamado Bechina Gimel ou Tiferet. E a Luz nele é chamada “Luz de Chassadim com
iluminação de Chochma” uma vez que a maior parte daquela Luz é Ohr Chassadim e a sua
menor parte é Ohr Chochma.

Seguindo veio Bechina Dalet (Fase Quatro), uma vez que o Kli de Bechina Gimel, também,
despertou no seu fim para atrair Ohr Chochma de forma completa, tal como ocorreu em
Bechina Aleph. Por conseguinte, este despertar é considerado uma “vontade ardente” na medida
do desejo de receber em Bechina Aleph, e superando-a, uma vez que agora ela já se separou
daquela Luz, como a Luz de Chochma não é mais vestida nele, mas desejada. Portanto, a forma
do desejo de receber foi inteiramente determinada, uma vez que o Kli é determinado seguindo a
expansão da Luz e sua partida dali. Mais tarde, quando ela retorna, ele vai receber a Luz uma
vez mais. A isto resulta que o Kli precede a Luz, e isto é porque esta Bechina Dalet é
considerada a finalização do Kli, e é chamada de Malchut (Majestade).

1) Estes quatro discernimentos acima mencionados são as dez Sefirot, discernidas em cada
emanação e em cada criatura, ao todo, que são quatro mundos e até mesmo na menor
parte na realidade. Bechina Aleph é chamada Chochma ou “o mundo de Atzilut”;
Bechina Bet é chamada de “O mundo de Briah”; Bechina Gimel é chamada de Tiferet
ou “O mundo de Yetzirah”; e Bechina Dalet é chamada de Malchut ou “ O mundo de
Assiahh”.

Deixe-nos explicar os quatro discernimentos aplicados em cada alma. Quando a alma sai de Ein
Sof e vem para o mundo de Atzilut, isto é Bechina Aleph da alma. Todavia, lá, ainda não é
discernida por aquele nome, uma vez que o nome Neshama (alma) implica que existe alguma
diferença entre ela (Neshama) e o Emanante, e que através desta diferença, ela partiu de Ein Sof
e revelou-se por sua própria autoridade.

Mas enquanto ela não tem uma forma de um Kli, não há nada que a distinga de Sua Essência,
para merecer seu próprio nome. Você já sabe que Bechina Aleph do Kli não é considerada de
qualquer modo um Kli, e é totalmente anulado na Luz. E este é o significado sobre o que foi dito
sobre o mundo de Atzilut, que é completa Santidade (Divindade), com em “Ele, Sua Vida e Ele
Mesmo são Um”. Até mesmo as almas de todas as criaturas viventes, enquanto atravessando o
mundo de Atzilut, são ainda consideradas ligadas à Sua Essência.

1) A acima mencionada Bechina Bet governa no mundo de Briah – O Kli do desejo de


doar. Por conseguinte, quando a alma desce em cascata para o mundo de Briah e
adquire o Kli que existe ali, ela é considerada uma Neshama (alma). Isto significa que
ela realmente separou-se de Sua Essência e merece seu próprio nome - Neshama. Mais
ainda, este é um Kli muito puro e fino (ou bonito/belo/admirável), uma vez que ele está
em equivalência de forma com o Emanante. Por esta razão, ele é considerado completa
espiritualidade.

2) A acima mencionada Bechina Gimel governa no mundo de Yetzirah, contendo um


pouco da forma do desejo de receber. Portanto, quando a alma cai em cascata para o
mundo de Yetzirah e adquire aquele Kli, ela sai da espiritualidade de Neshama e então é
chamada de Ruach. Isto é porque aqui seu Kli já está misturado com algum Aviut, ou
seja um pouco do desejo de receber dentro de si. Todavia, ela ainda é considerada
espiritual por causa da medida de seu Aviut que é insuficiente para separá-la
completamente de Sua Essência e merecer o nome de “corpo”, que se mantém por si
próprio.

1) Bechina Dalet governa o mundo de Assiahh, o qual é o Kli do completo e grande desejo
de receber. Portanto, ele obtém um corpo completamente separado e distinto de Sua
Essência, que se mantém por si próprio. A Luz dentro dele é chamada Nefesh (da palavra
em Hebraico “descanso”), indicando que a Luz está sem movimento (parada) dentro de
si mesma. Você deve saber que não há um simples elemento na realidade que não esteja
incluso no todo de ABYA (Atzilut, Briah, Yetzirah, Assiahh).

2) Por conseguinte, você achará que esta Nefesh, a Luz da Vida que esta vestida no corpo,
estende-se de Sua Real Essência, existência da existência. Como ela atravessa os quatro
mundos de ABYA, ela se torna distante da Luz de Sua Face, até que ela vem para seu
designado Kli, chamado Guf (body). Isto é considerado que o Kli completou sua forma
desejável.

E até mesmo se a Luz dentro dele diminui a tal ponto que sua origem torna-se não detectável,
através do engajamento na Torah e Mitzvot com a intenção de doar contentamento ao Criador,
uma pessoa purifica seu Kli, chamado Guf, até que ela se torne merecedora de receber a grande
abundância em sua completa medida incluída no Pensamento da Criação, quando Ele o criou.
Isto é o que Rabbi Hanania quis dizer pelo “O Criador desejou purificar Israel, portanto, Ele deu
para eles a abundante Torah e Mitzvot”.

3) Agora você pode entender a verdadeira diferença entre espiritualidade e corporalidade:


qualquer coisa que contenha um completo desejo de receber, em todos os seus aspectos,
a qual é Bechina Dalet, é considerada “corpórea”. Isto é o que existe em todos os
elementos da realidade diante de nós neste mundo. De modo oposto, qualquer coisa
acima deste grande desejo de receber é considerada “espiritualidade”. Estes são os
mundos de ABYA –Acima deste mundo – e a totalidade da realidade dentro deles.

Agora você pode ver que toda a questão relativa às ascensões e descensos descritos nos Mundos
Superiores não estão relacionadas com um lugar imaginário, mas somente nos quatro
discernimentos no desejo de receber. Quanto mais distante de Bechina Dalet, Mais Alto ele é
considerado ser. E de modo posto, quanto mais próximo de Bechina Dalet, no mais baixo ele é
considerado ser.

4) Nós devemos entender que a essência da criatura, e da Criação como um todo, é somente
o desejo de receber. Qualquer coisa além disto não é parte da Criação, mas estende-se de
Sua Essência por meio da existência a partir da existência. Portanto, porque nós
discernimos este desejo de receber como Aviut (grossura/espessura) e turbidez, e somos
ordenados a purificá-lo através da Torah e Mitzvot, ao ponto que sem isto nós não
alcançaremos a sublime meta do Pensamento da Criação?

5) A questão é que como os objetos corpóreos são separados um do outro pela distância da
localização, os espirituais são separados um do outro pela disparidade de forma entre
eles. Isto também pode ser achado em nosso mundo. Por exemplo quando duas pessoas
compartilham os mesmos pontos de vista, elas gostam uma da outra e a distância de
localização não lhes causa o afastamento uma da outra.
De modo contrário quando seus pontos de vista estão distantes (diferentes), elas se odeiam, e a
proximidade de localização não as traz próximas uma da outra. Portanto, a disparidade de forma
em seus pontos de vista as distância uma da outra, e a proximidade de forma em seus pontos de
vista as traz perto uma da outra. Se, por exemplo, a natureza de uma pessoa é completamente
oposta da outra, elas estão tão distantes entre si tal como o leste do oeste.

De maneira similar, todos os assuntos de proximidade ou distanciamento, acasalamento e


unidade que se desvendam na espiritualidade são antes de tudo medidas de disparidade da
forma. Elas se distanciam uma da outra conforme suas medidas de disparidade de forma, e se
tornam ligadas uma a outra conforme sua equivalência de forma.

Todavia, você deve entender que embora o desejo de receber é uma lei mandatória na criatura,
tal como isto é a essência da criatura e o Kli apropriado para recepção da meta do Pensamento
da Criação, isto não obstante separa completamente a criatura do Emanante. Isto é assim
porque existe a disparidade de forma no ponto de oposição entre ela mesma e o Emanante. Isto
porque o Emanante é completa doação sem nenhum fragmento de recepção, e a criatura é
completa recepção sem nenhum fragmento de doação. Portanto, não há maior oposição de
forma do que esta. A isto portanto segue que esta oposição de forma necessariamente separa a
criatura do Emanante.

6) Para salvar as criaturas desta separação titânica, Tzimtzum Aleph (Primeira Restrição)
tomou lugar. Ela essencialmente separou Bechina Dalet do resto dos Partzufim
(faces/semblantes) de Kedusha (santidade) de tal maneira que aquela grande medida de
recepção ficou em um vácuo (vazio), um espaço desprovido de Luz.

Isto assim é porque todos os Partzufim de Kedusha emergiram com uma Masach (tela) erguidas
em seus Kli Malchut assim eles não receBriahm nesta Bechina Dalet. Então, quando a Luz
Superior foi estendida e espalha-se nas criaturas emanadas, esta Masach a rejeita (Luz
Superior). Isto é relacionado com o choque entre a Luz Superior e a Masach, a qual levanta Ohe
Chozer (Luz Refletida) a partir de baixo para Cima, vestindo as dez Sefirot da Luz Superior.

Esta parte da Luz que é rejeitada e retrocede é chamada de Ohr Chozer (Luz Refletida). Como
ela veste a Luz Superior, ela se torna um Kli para a recepção da Luz Superior ao invés de
Bechina Dalet, uma vez que depois que o Kli de Malchut tinha se expandido na medida de Ohr
Chozer – a Luz rejeitada – o qual subiu e vestiu a Luz Superior a partir de baixo para Cima e
que também expandiu do Acima para baixo. Portanto, as Luzes foram vestidas nos Kelim (plural
de Kli), dentro daquela Ohr Chozer.

Este é o significado da Rosh (cabeça) e Guf (corpo) em cada degrau. O Zivug de Hakaah
(acasalamento do choque/batida) da Luz Superior na Masach ergue Ohr Chozer de baixo para
Cima e veste (cobre), as dez Sefirot da Luz Superior na forma das dez Sefirot de (de) Rosh, isto
é as raízes dos Kelim (vasos). Isto é porque não pode haver uma real cobertura
(cobertura/vestimenta) ali.

Subseqüentemente, quando Malchut se expande com aquela Ohr Chozer, do Acima para baixo,
Ohr Chozer acaba se torna Kelim para a Luz Superior. Nesta hora, existe uma cobertura
(vestimenta) da Luzes nos Kelim, e isto é chamado de o Guf daquele degrau, que são, Kelim
completos.
7) Portanto os novos Kelim foram feitos nos Partzufim de Kedusha ao invés de Bechina
Dalet depois de Tzimtzum Aleph (Primeira Restrição). Eles foram feitos de Ohr Chozer
Certamente, nós devemos entender esta Ohr Chozer e como ela se transforma em um
vaso de recepção, uma vez que inicialmente foi uma Luz rejeitada. Portanto, ela está
exercendo um papel oposto em relação a sua própria essência.

Eu explicarei isto com uma alegoria (parábola) da vida. A natureza do homem é cultivar e
favorecer a qualidade de doar, e desprezar e ser contrário (aversão) no ato de recepção de um
amigo. Portanto, quando uma pessoa vem para seu amigo e ele (o anfitrião) o convida para uma
refeição, ele (o hóspede) recusará, até mesmo se ele está faminto, uma vez que perante seus
olhos é humilhante receber um presente de seu amigo.

Mais ainda seu amigo lhe implora bastante até que fique claro que por comer (aceitar a refeição)
ele (hóspede) estaria fazendo um grande favor, ele aceita comer, uma vez que ele não se sente
como estar recebendo um presente e que seu amigo seja o doador. Pelo contrário, ele (hóspede)
é o doador, aquele que está fazendo um favor para seu amigo pelo fato de estar recebendo este
benefício dele (anfitrião).

Portanto, você conclui que apesar de que a fome e o apetite sejam vasos de recepção designados
para o ato de comer, e que aquela pessoa tinha fome e apetite suficientes para receber a refeição
de seu amigo, ela ainda não poderia experimentar qualquer coisa, devido à vergonha. Mais
ainda, como seu amigo (anfitrião) lhe implorou e ele (hóspede) rejeitou, novos vasos
começaram a se formar dentro dele para comer (aceitar a refeição), uma vez que a força das
súplicas de seu amigo e a força de suas rejeições, tal como elas se acumularam, finalmente se
acumularam em um montante suficiente que transforma a medida de recepção em medida de
doação.

Ao final, ela pode ver que em comendo, ela estará fazendo um grande favor e trazendo grande
contentamento para seu amigo. Naquele estado, novos vasos de recepção para receber a refeição
de seu amigo foram feitos dentro de si. Agora isto é considerado que a força de sua rejeição
tornou-se um vaso essencial para receber a refeição, e não a fome e o apetite, embora eles sejam
na verdadeiramente os vasos de recepção usuais.

8) Da alegoria acima entre os dois amigos, nós podemos entender a questão do Zivug de
Hakaah e como Ohr Chozer se eleva através dele, a qual então se torna em novos vasos
de recepção para a Luz Superior ao invés de Bechina Dalet. Nós podemos comparar a
Luz Superior a qual se choca com a Masach e quer se expandir dentro de Bechina Dalet,
para súplica de comer (aceitar a refeição), porque como ele deseja ardentemente que seu
amigo receba a sua refeição, a Luz Superior deseja se espalhar para o receptor. E a
Masach, que se choca com a Luz a repele, pode ser parecido com a rejeição do amigo ao
rejeitar em receber a refeição, uma vez que ele rejeita seu favor.

E exatamente como você encontra aqui é precisamente a rejeição e a recusa que tornaram os
vasos apropriados para receber a refeição do amigo, você pode imaginar que Ohr Chozer, que se
eleva pelo choque da Masach e pela rejeição da Luz Superior, torna-se um novo vaso de
recepção da Luz Superior, ao invés de Bechina Dalet, que serviu como vaso da recepção antes
da primeira restrição.

Entretanto, isto foi colocado somente nos Partzufim (plural de Partzuf) de Kedusha (santidade),
não nos Partzufim das Klipot (conchas), e neste mundo, onde Bechina Dalet ela mesma é
considerada um vaso de recepção. Por conseqüência, elas são separadas da Luz Superior, uma
vez que a disparidade de forma em Bechina Dalet as separa. Por esta razão, as Klipot são
consideradas más e mortas, tal como elas são separadas da Vida das Vidas pelo desejo de
receber nelas contido.

Os Cinco Discernimentos da Masach

9) Até aqui nós explicamos os três elementos básicos da sabedoria. O primeiro é a Luz e o
Kli, onde a Luz é uma expansão direta de Sua Essência, e o Kli é o desejo de receber, o
qual necessariamente está incluso naquela Luz. O Kli parte do Emanante e torna-se uma
emanada criatura na extensão daquele desejo. Além disso, este desejo de receber é
considerado Malchut discernido(a) na Luz Superior. Isto é o porque de ser chamada
Malchut, pelo motivo de “Ele é Um e Seu Nome, Um” como Seu nome na Gematria é
RatZON (desejo).

A segunda questão é a explicação das dez Sefirot e os quatro mundos de ABYA, que são os
quatro degraus um abaixo do outro. O desejo de receber precisa descer através destes (degraus)
até que esteja completado – Kli e conteúdo.

A terceira questão é Tzimtzum e a Masach colocadas nos vasos de recepção, os quais são
Bechina Dalet, em troca da qual novos vasos de recepção são feitos nas dez Sefirot, chamados
de Ohr Chozer. Entender e memorizar estas três fundações e suas razões, tal como elas
aparecem perante a você, uma vez que sem elas não há compreensão até mesmo de uma simples
palavra nesta sabedoria.

10) Agora nós explicaremos os cinco discernimentos da Masach, pelos quais os níveis
trocam durante o Zivug de Hakaah feito com a Luz Superior. Primeiro nós precisamos
entender a fundo (completamente) que embora Bechina Dalet foi proibida de ser um
vaso de recepção para as dez Sefirot depois da Tzimtzum, e Ohr Chozer que se eleva da
Masach através do Zivug de Kakaa tornou-se um vaso de recepção em seu lugar. Não
tivesse sido por isto, Ohr Chozer teria sido inadequada para ser um vaso de recepção.

Você deve também entender que da alegoria (parábola) do item 15, nós demonstramos ali que a
força de rejeitar e declinar a refeição tornou-se um vaso de recepção ao invés da fome e do
apetite. Porque a fome e o apetite, vasos usuais de recepção neste caso foram proibidos de serem
vasos de recepção, devido à vergonha e desgraça de receber um presente (ou dádiva) de um
amigo. Somente as forças de rejeição e negação tornaram-se vasos de recepção em seus lugares,
como resultado da rejeição e negação recepção se tornou doação, e através delas ele adquiriu
vasos de recepção adequados para receber a refeição de seu amigo.

Mais ainda, não pode ser dito que ele não mais necessita os vasos usuais de recepção, ou seja a
fome e o apetite, como é claro que sem o apetite para comer ele não será capaz de
satisfazer o desejo de seu amigo e trazer a ele contentamento pelo ato de comer no seu lugar.
Mas a questão é que a fome e o apetite, que foram proibidos em suas formas usuais,
transformaram-se agora pelas forças da rejeição e declinação em uma nova forma – recepção
com a intenção de doação. Portanto, a humilhação se tornou em dignidade.

A isto resulta que os vasos usuais de recepção estão ainda ativos como nunca, mas adquiriram
uma nova forma. Você também concluirá, no que concerne a nossa questão, que é verdadeiro
que Bechina Dalet foi proibida de ser um Kli para a recepção das dez Sefirot por causa de seu
Aviut, ou seja pela diferença de forma do Doador, a qual a separa do Doador. Ainda, através da
correção da Masach em Bechina Dalet, que se choca com a Luz Superior e a repele, sua
precedente, forma faltosa transformou-se e adquiriu uma nova forma, chamada de Ohr Chozer,
tal como a transformação da forma de recepção em doação.

O conteúdo de sua forma inicial não mudou, ele continua sem comer uma vez que não há o
apetite. De modo similar, todo o Aviut, que é a força de recepção em Bechina Dalet, veio dentro
de Ohr Chozer, portanto Ohr Chozer torna-se adequada para ser um vaso de recepção.

Portanto, dois discernimentos sempre são feitos na Masach

1. Kashiut (dureza/aspereza), que é a força dentro dela que rejeita a Luz


Superior,
2. Aviut, que é a medida do desejo de receber de Bechina Dalet inclusa na
Masach. Pelo Zivug de Hakaah através da força de Kashiut dentro dela,
seu Aviut torna-se pureza, significando recepção transformada em doação.

Estas duas forças na Masach agem nos cinco discernimentos: as quarto Behinot HB TM e na
raiz, chamada Keter.

11) Nós já explicamos que os três primeiros discernimentos não são ainda considerados um
Kli, mas somente Bechina Dalet é considerada um Kli. Continuando, porque os três
discernimentos são suas causas e induzem a finalização (término) de Bechina Dalet, uma
vez que Bechina Dalet está completada, quatro medidas são registradas em sua
qualidade de recepção

Bechina Aleph em sua mínima medida qualidade de recepção

Bechina Bet é de algum modo mais abundante (tendo mais Aviut) do que Bechina Aleph em
termos de sua qualidade de recepção.

Bechina Gimel é mais abundante do que Bechina Bet na sua qualidade de recepção.

E finalmente, Bechina Dalet é a mais abundante de todas, e sua qualidade de recepção é perfeita
em todos os modos.
Nós também devemos discernir que a raiz das quatro Behinot (plural de Bechina), que é a mais
pura de todas elas, também está inclusa nela.

Estes são os cinco discernimentos da recepção contidos em Bechina Dalet, que são chamados
pelos nomes das dez Sefirot KHB (Keter-Chochma-Binah) TM (Tifferet-Malchut), inclusas em
Bechina Dalet, uma vez que as quatro fases são HB TM, e a raiz é chamada Keter.

12) Os cinco discernimentos da recepção em Bechina Dalet são chamados pelos nomes das
Sefirot KHB TM. Isto assim é porque antes da Tzimtzum enquanto Bechina Dalet era
ainda o vaso de recepção para as dez Sefirot inclusas na Luz Superior a propósito de “Ele
é Um e Seu Nome é Um”, uma vez que todos os mundos ali estão inclusos, o seu vestir
(cobrir/encobrimento) nas dez Sefirot naquele lugar seguiu estas cinco Behinot. Cada
Bechina das cinco Behinot contidas nela cobriu (vestiu) sua correspondente Bechina nas
dez Sefirot contidas na Luz Superior.

Bechina Shoresh (Fase Raiz) em Bechina Dalet vestiu a Luz de Keter nas dez Sefirot;

Bechina Aleph em Bechina Dalet vestiu a Luz de Chochma nas dez Sefirot

Bechina Bet nela vestiu a Luz de Binah;

Bechina Gimel nela vestiu a Luz de Tiferet;

E sua mesma Bechina vestiu a Luz de Malchut.

Portanto, mesmo agora, após a primeira restrição, quando Bechina Dalet foi proibida de ser um
vaso de recepção, os cinco discernimentos de Aviut nela são nomeados após as cinco Sefirot
KHB TM.

13) E você já sabe que de maneira geral, a substância da Masach é chamada de Kashiut, que
significa algo muito duro, o qual não permite que nada seja empurrado para dentro de
seus limites (fronteiras). De modo similar, a Masach não deixa que nenhuma Luz
Superior passe através dela e para dentro de Malchut, Bechina Dalet, Portanto, é
considerado que a Masach para e repele a quantidade total de Luz que deveria cobrir o
Kli de Malchut.

Também foi esclarecido que aquelas cinco Behinot de Aviut em Bechina Dalet estão inclusas e
vem para a Masach, e juntam-se à sua medida de Kashiut. Por esta razão, Zivug de Hakaah são
discernidos na Masach, correspondendo às cinco medidas de Aviut nela (Masach):

o Um Zivug de Hakaah na completa Masach com todos os níveis de Aviut


levantam quantidade suficiente de Ohr Chozer para cobrir as dez Sefirot, acima
do nível de Keter.
o Um Zivug de Hakaah na Masach faltando Aviut de Bechina Dalet, e contem
apenas Aviut de Bechina Gimel, levanta quantidade suficiente de Ohr Chozer
pata cobrir as dez Sefirot somente acima do nível de Chochma, faltando Keter.

o E se ela (Masach) tem somente Aviut de Bechina Bet, sua Ohr Chozer diminui e
é suficiente somente para cobrir as dez Sefirot acima do nível de Binah,
faltando Keter e Chochma.

o Se ela contem apenas Aviut de Bechina Aleph, sua Ohr Chozer diminui mais
ainda e é suficiente apenas para cobrir acima do nível de Tiferet, faltando KHB.

o E se Aviut de Bechina Aleph também falta, e é deixada apena com Aviut de


Bechina Shoresh, seu golpe (Zivug) é muito fraco e é suficiente para cobrir
somente acima do nível de Malchut, faltando as nove primeiras Sefirot que são
KHB e Tiferet.

14) Portanto você vê como os cinco níveis das dez Sefirot emergem através dos cinco tipos
de Zivug de Hakaah na Masach, aplicados nas suas cinco medidas de Aviut. E agora Eu
deverei lhes contar a razão pela qual é conhecida que a Luz não é alcançada sem um Kli.

Também, você sabe que estas cinco medidas de Aviut vêm das cinco medidas de Aviut em
Bechina Dalet. Antes da Tzimtzum, existiam cinco Kelim em Bechina Dalet cobrindo as dez
Sefirot KHB TM (item 18). Após a Tzimtzum Aleph, elas foram incorporadas nas cinco medidas
da Masach, que junto com Ohr Chozer eleva-se, retorna para existir cinco Kelim, com respeito à
Ohr Chozer nas dez Sefirot KHB TM, ao invés de cinco Kelim em Bechina Dalet em si mesma
antes da Tzimtzum.

Consequentemente, claro está que se a Masach contem todos estes cinco níveis de Aviut, ela
contem os cinco Kelim para cobrir as dez Sefirot. Mas quando ela não contem as cinco medidas,
uma vez que Aviut de Bechina Dalet é ausente nela (Masach), ela contem somente quatro
Kelim. Portanto ela pode somente cobrir quatro Luzes: HB TM, a uma Luz fica faltando – A Luz
de Keter – justamente porque lhe falta um Kli –Aviut de Bechina Dalet.

Semelhantemente, quando Bechina Gimel também é ausente, e a Masach contem somente três
medidas de Aviut, significando somente acima de Bechina Bet, ela contem somente três Kelim.
Por conseguinte, ela pode apenas cobrir três Luzes: Binah, Tiferet e Malchut. Neste estado,
faltam duas Luzes, Keter e Chochma, tal como lhe faltam dois Kelim, Bechina Gimel e Bechina
Dalet.

E quando a Masach contem somente duas medidas de Aviut, que são Behinot Shoresh e Bechina
Aleph, ela contem somente Kelim. Portanto, ela cobre apenas duas Luzes: a Luz de Tiferet e a
Luz de Malchut. Por conseguinte, neste nível faltam três Luzes KHB, exatamente como faltam
três Kelim, Bechina Bet, Bechina Gimel, e Bechina Dalet.
E quando a Masach, tem apenas um nível de Aviut, que é somente Bechina Shoresh de Aviut,
ela tem somente um Kli. Portanto, ela pode cobrir apenas uma Luz: a Luz de Malchut. Neste
nível estão ausentes as quatro Luzes KHB e Tiferet, tal como faltam quatro Kelim Aviut de
Bechina Dalet, Bechina Gimel, Bechina Bet, e Bechina Aleph.

Por esta razão, o nível da cada Partzuf precisamente depende da medida de Aviut na Masach. A
Masach de Bechina Dalet gera o nível de Keter, Bechina Gimel gera o nível de Chochma,
Bechina Bet gera o nível de Binah, Bechina Aleph gera o nível de Tiferet, e Bechina Shoresh
gera o nível de Malchut.

15) Todavia, nós ainda devemos descobrir porque é que quando o Kli de Malchut – Bechina
Dalet – está faltando na Masach, lhe falta a Luz de Keter, e quando o Kli de Tiferet está
faltando, lhe falta a Luz de Chochma, etc. Pareceria ser que isto deveria ter sido ao
contrário, que quando o Kli de Malchut, Bechina Dalet, está ausente na Masach,
somente a Luz de Malchut seria perdida no nível e deveriam existir as quatro luzes KHB
e Tiferet,. Também, na ausência dos dois Kelim, Bechina Gimel e Bechina Dalet,
deveriam faltar as Luzes de Tiferet e Malchut, e no nível deveriam existir três Luzes
KHB, etc.

16) A resposta é que existe sempre uma relação inversa entre as Luzes e os vasos (Kelim).
Nos Kelim, O Maiores (Os Mais Altos) crescem primeiro no Partzuf: primeiro Keter,
então o Kli de Chochma, etc., e o Kli de Malchut cresce por último. Este é o proque nós
nomeamos os Kelim pela ordem KHB TM, a partir do Acima para baixo, tal como esta, é
a ordem dos seus crescimentos.

Com as Luzes isto é feito de maneira inversa. Nas Luzes, a menor das Luzes é a primeira a
entrar no Partzuf. Primeiro entra Nefesh, que é a Luz de Malchut, então Ruach, que é a Luz de
ZA (Zeir Anpin), etc.e a Luz de Yechida é a última a entrar. Isto é o porquê nós nomeamos as
Luzes pela ordem NRNHY, 6, a partir debaixo para Cima, tal como esta é a ordem como elas
entram – a partir debaixo para Cima.

Portanto, quando somente um Kli cresceu no Partzuf, que é necessariamente no mais Alto Kli –
Keter – a Luz de Yechida, atribuída para aquele Kli, não entra no Partzuf, mas somente a menor
das Luzes – A Luz de Nefesh. Portanto, a Luz de Nefesh cobre-se no Kli de Keter.

E quando dois Kelim crescem no Partzuf, que são os dois mais Altos, - Keter e Chochma – a
Luz de Ruach também entra. Neste tempo, a Luz de Nefesh desce do Kli de Keter para o Kli de
Chochma, e a Luz de Ruach cobre-se no Kli de Keter.

6
Nota da Tradução: Nefesh, Ruach, Neshama, Chaya, Yechida, pronúncia-se NaRaNHaY.
De forma similar, quando o terceiro Kli no Partzuf – o Kli de Binah – a Luz de Neshama entra.
Neste tempo, a Luz de Nefesh desce do Kli de Chochma para o Kli de Binah, a Luz de Ruach do
Kli de Chochma, e a Luz de Neshama cobre-se no Kli de Keter.

E quando um quarto Kli cresce no Partzuf – o Kli de Tiferet - a Luz de CChaya entra o Partzuf.
Neste tempo, a Luz de Nefesh desce do Kli de Binah para o Kli de Tiferet, a Luz de Ruach para
o Kli de Binah, a Luz de Neshama para o Kli de Chochma, e a Luz de CChaya para o Kli de
Keter.

E quando um quinto Kli cresce no Partzuf, o Kli de Malchut, a Luz de Yechida entra. Neste
tempo, todas as Luzes entram nos seus respectivos Kelim. A luz de Nefesh desce do Kli de
Tiferet para o Kli de Malchut, a Luz de Ruach para o Kli de Tiferet, a Luz de Neshama para o
Kli de Binah, a Luz de CChaya para o Kli de Chochma, e a Luz de Yechida para o Kli de Keter.

17) Por esta razão, até que os cinco Kelim KHB TM não tenham crescido no Partzuf, as
Luzes não estarão em seus lugares designados. Mais ainda, elas estarão numa relação
inversa: na ausência do Kli de Malchut, a Luz de Yechida é ausente, e quando dois
Kelim, TM, estão faltando, Yechida e CChaya estarão ausentes dali, etc.Isto assim é
proque os Kelim, os mais Altos surgem primeiro, e as Luzes são as primeiras a entrar.

Você também achará que cada nova Luz que entra novamente veste somente o Kli de Keter. Isto
assim é porque o receptor precisa receber no seu mais puro Kli, o Kli de Keter.

Por esta razão, sob a recepção de cada nova Luz, as Luzes que já estão vestidas no Partzuf
precisam descer um degrau do seu lugar. Por exemplo, quando a Luz de Ruach entra, a Luz de
Nefesh precisa descer do Kli de Keter para o Kli de Chochma, para criar espaço no Kli de Keter
para receber a nova Luz, Ruach. Semelhantemente, se a nova Luz é Neshama, Ruach, também
necessita descer do Kli de Keter para o Kli de Chochma, para liberar seu lugar em Keter para a
nova Luz, Neshama. Como resultado, Nefesh, que estava no Kli de Chochma, precisa descer
para o Kli de Binah, etc. Tudo isto é feito para criar espaço no Kli de Keter para a nova Luz.

Mantenha esta regra em mente e você sempre será capaz de discernir em cada caso se este se
refere aos Kelim ou às Luzes. Então você não estará confuso, porque sempre existirá uma
relação inversa entre eles. Portanto nós esclarecemos de forma completa a matéria dos cinco
discernimentos da Masach, e como através deles, os níveis mudam um abaixo do outro.

Os Cinco Partzufim de AK (Adam Kadmon)

18) Portanto, nós esclarecemos completamente a questão da Masach que foi colocada no Kli
de Malchut – a Bechina Dalet após ter sido restrita – e a questão dos cinco tipos de
Zivug de Hakaah dentro dela, que produz cinco níveis de dez Sefirot uma abaixo da
outra. Agora nós explicaremos os cinco Partzufim de AK, que precedem os mundos de
ABYA.

Você já sabe que esta Ohr Chozer, que se eleva através do Zivug de Hakka a partir debaixo para
Cima e veste as dez Sefirot da Luz Superior, é suficiente apenas para as raízes dos Kelim,
chamados “dez Sefirot de Rosh (cabeça) do Partzuf” . Para completar os Kelim, Malchut da
Rosh expande daquelas dez Sefirot de Ohr Chozer que vestiu as dez Sefirot de Rosh e espalham-
se dela e dentro dela do Acima para abaixo na mesma medida como nas dez Sefirot de Rosh.
Este espalhar completa os Kelim, chamados “O Guf do Partzuf”. Portanto, nós devemos sempre
distinguir dois discernimentos das dez Sefirot em cada Partzuf: Rosh e Guf.
19) No começo, o primeiro Partzuf de AK surgiu. Isto porque imediatamente seguindo
Tzimtzum Aleph, quando Bechina Dalet foi proibida de ser um receptáculo para a Luz
Superior, e foi erguida com a Masach, a Luz Superior foi atraída para vestir-se no Kli de
Malchut, como antes. Todavia, a Masach no Kli de Malchut deteve e repeliu a Luz,
Através do choque na Masach de Bechina Dalet, ela levantou Ohr Chozer para o nível
de Keter na Luz Superior, e esta Ohr Chozer tornou-se uma cobertura e as raízes dos
Kelim para as dez Sefirot na Luz Superior, chamados “dez Sefirot de Rosh” do
“primeiro Partzuf de AK.”

Subseqüentemente, Malchut com Ohr Chozer expandiram a partir dela e dentro dela pela força
das dez Sefirot de Rosh em dez novas Sefirot a partir do Acima para baixo. Isto completou os
Kelim do Guf. Então, a completa medida que emergiu nas dez Sefirot de Rosh também cobriu as
dez Sefirot de Guf. Isto completou o primeiro Partzuf de AK, Rosh e Guf.

20) Subseqüentemente, aquele mesmo Zivug de Hakaah repetiu-se, na Masach erguida no


Kli de Malchut, o qual tem apenas Aviut de Bechina Gimel. E então, somente o nível de
Chochma, Rosh e Guf, emergiam nele, uma vez que a ausência da Masach em Aviut de
Bechina Dalet lhe causou ter apenas quatro Kelim, KHB Tiferet. Portanto, Ohr Chozer
tem capacidade para cobrir somente quatro Luzes, HNRN (CChaya, Neshama, Ruach,
Nefesh), faltando a Luz de Yechida. Isto é chamado de AB (Partzuf) de AK.

Seguindo, aquele mesmo Zivug de Hakaah repetiu-se, na Masach no Kli de Malchut que contem
apenas Aviut de Bechina Bet. Por esta razão, dez Sefirot, Rosh e Guf, no nível de Binah
emergiram nele. Isto é chamado de SAG de AK. Falta-lhe a dois Kelim, ZA e Malchut, e duas
Luzes, CChaya e Yechida.

Depois o Zivug de Hakaah surgiu na Masach que tem somente Aviut de Bechina Aleph.
Portanto, dez Sefirot, Rosh e Guf, emergiram no nível de Tiferet, faltando três Kelim, Binah, ZA
e Malchut, e três Luzes, Neshama, CChaya e Yechida. Ele tem somente as Luzes de Ruach e
Nefesh, vestidas nos Kelim Keter e Chochma. Isto é chamado Partzuf MA e BON de AK.
Lembre-se da relação inversa entre os Kelim e as Luzes (como mencionado no item 24).

21) Por conseguinte nós explicamos o surgimento dos cinco Partzufim de AK, chamados de
Galgalta AB, SAG, MA, BOM, um abaixo do outro. Cada um abaixo falta a Bechina de
seu superior. Portanto para o Partzuf AB lhe falta a Luz de Yechida, para o Partzuf SAG
lhe falta a Luz de CChaya, tal como o seu superior, AB, a tem. Partzuf MA e BON lhe
falta as Luzes de Neshama, que o seu superior SAG as tem.

Isto é assim porque depende da medida de Aviut na Masach onde Zivug de Hakaah ocorre (item
18). Todavia, nós devemos entender quem e o que causou a Masach diminuir gradualmente seu
Aviut, Bechina por Bechina, até que ela se dividiu em cinco níveis que existem nestes cinco
tipos de Zivugim (plural de Zivug – acoplamento, acasalamento)
A Hizdakchut da Masach de Atzilut do Partzuf

21) Para entender esta questão de concatenação dos degraus pelos cinco níveis um abaixo do
outro, explicado acima no que diz respeito aos cinco Partzufim de AK, bem como em todos os
degraus que aparecem nos cinco Partzufim de cada mundo dos quatro mundos de ABYA, através
de Malchut de Assiahh, nós precisamos entender completamente que a questão do Hizdakchut
(purificação/refinamento) da Masach de Guf, implementada em cada Partzufim de AK, o mundo
de Nekudim, e o mundo da Tikkun (correção).

22) O assunto é que não existe Partzuf, ou qualquer degrau, que não contenha duas Luzes,
chamadas Ohr Makif (Luz Circundante) e Ohr Pnimi (Luz Interna), e nós as explicaremos em
AK. Ohr Makif do primiero Partzuf de AK é a Luz de Ein Sof, que preenche toda a realidade.
Seguindo Tzimtzum Aleph e a Masach que foi erguida em Malchut, houve um Zivug de Hakaah
a partir da Luz de Ein Sof naquela Masach. E usando Ohr Chozer que a Masach levantou, ela
re-atraiu novamente a Luz Superior para o mundo restrito na forma das dez Sefirot de Rosh e
dez Sefirot do Guf (item 25).

Todavia esta extensão a partir de Ein Sof no Partzuf AK não preenche toda a realidade, como
antes da Tzimtzum. Ao contrário, isto é discernido com uma Rosh e um Sof.

o A partir do Acima para baixo – sua Luz para no ponto deste mundo, a qual é a
Malchut concluída, com no verso, “E Seus pés manter-se-ão...sob o Monte das
Oliveiras”.

o E do interior para o exterior, porque como existem dez Sefirot KHB TM do


Acima para baixo, e Malchut conclui AK a partir debaixo, existem dez Sefirot
KHB TM do interior para o exterior, chamadas Mocha, Atzamot, Gidim, Bassar
e Or. A Ohr é Malchut, a qual termina o Partzuf do lado de fora. A este
respeito, Partzuf AK é considerado uma mera linha fina comparado com Ein
Sof, o qual preenche toda a realidade. Isto é assim porque Partzuf Ohr a acaba e
a limita de todos os lados, a partir do lado de fora, e não pode expandir-se e
preencher de forma completa o restrito espaço. Portanto somente uma linha fina
se mantém no meio do espaço.

E a medida de Luz recebida em AK, a linha fina, é chamada de Ohr Pnimi. A diferença entre
Ohr Pnimi em AK e a Luz de Ein Sof de antes da Tzimtzum é chamada de Ohr Makif, uma vez
que ela se mantém como Ohr Makif em volta do Partzuf de AK, tal como ela não podia se vestir
dentro do Partzuf.

32) This thoroughly clarifies the meaning of the Ohr Makif of AK, whose immensity is
immeasurable. Yet, this does not mean that Ein Sof, which fills the whole of reality, is in
itself considered the Ohr Makif of AK. Rather, it means that a Zivug de Hakaa was made
on the Malchut of the Rosh of AK, that Ein Sof struck the Masach positioned there. In
other words, it wished to dress in Bechina Dalet de AK, as prior to the Tzimtzum, but the
Masach in Malchut de Rosh AK struck it. This means that it detained it from spreading in
Bechina Dalet and repelled it (Item 14). This Ohr Chozer that emerged from the pushing
of the Light back became Kelim for clothing the Upper Light, as well.

Isto esclarece de forma completa o significado de Ohr Makif de AK, o qual a imensidão é
incomensurável. Todavia, isto não significa que Ein Sof, que preenche toda a realidade, é em si
própria considerada Ohr Makif de AK. Ao contrário, isto significa que um Zivug de Hakaah foi
feito em Malchut da Rosh de AK, que Ein Sof golpeou (chocou-se) a Masach ali posicionada.
Em outras palavras, ela quis vestir-se em Bechina Dalet de AK, como antes da Tzimtzum, mas a
Masach em Malchut de Rosh AK golpeou-a. Isto significa que ela (Masach) deteve-a (Ein Sof)
de se espalhar em Bechina Dalet e a repeliu (item 14). Esta Ohr Chozer que emergiu do
empurrão para trás (pressão) da Luz tornou-se Kelim para também vestir a Luz Superior.

No entanto existe uma grande diferença entre a recepção em Bechina Dalet antes da Tzimtzum e
a recepção de Ohr Chozer depois da Tzimtzum, como agora ela vestiu somente uma linha fina na
Rosh e Sof. Isto é o que a Masach fez através de choque com a Luz Superior. E na medida em
que foi rejeitada de AK pela Masach, a medida completa da Luz Superior de Ein Sof que queria
vestir se em Bechina Dalet – se não tivesse sido pela Masach que a deteve – tornou-se Ohr
Makif circundando AK.

A razão é que não existe mudança ou ausência no espiritual. E uma vez que a Luz de Ein Sof é
atraída para AK, para vestir-se em Bechina Dalet, isto portanto precisa ser assim.

Por conseguinte, embora a Masach agora a tenha detido e repelido-a, isto não nega a extensão
de Ein Sof. Ao contrário, isto a sustenta mas de uma maneira diferente, através da multiplicação
de Zivugim (plural de Zivug) nos cinco mundos de AK e ABYA, até o final da correção, quando
Bechina Dalet esta completamente corrigida através deles. Neste tempo, Ein Sof vestir-se-á
como

Portanto, nenhuma mudança ou ausência tem sido efetiva ali pelo choque da Masach com a Luz
Superior. Este é o significado sobre o que está escrito no Zohar, “O Zivug de Ein Sof não desce
até que lhe é dada a seu par”. Enquanto isto, que é, até aquele momento, é considerado que esta
Luz de Ein Sof tornou-se Ohr Makif, significando que ela vestir-se-á nela no futuro. Por ora, ela
a circula e brilha sobre ela a partir do exterior com certa iluminação. Esta iluminação
condiciona-a para expandir-se pelas leis certas que a trarão para receber esta Ohr Makif na
medida que Ein Sof foi inicialmente atraída para ela.

33) Agora nós esclaceremos esta questão da Bitush (batida) de Ohr Pnimi e Ohr Makif uma
contra a outra, o qual produz a Hizdakchut (purificação) da Masach e a perda da última
Bechina de Aviut. Como estas duas luzes são opostas, todavia conectadas através da
Masach em Malchut de Rosh de AK, elas batem e se chocam uma contra a outra.
Interpretação: O Zivug de Hakaa na Peh (boca) de Rosh de AK na Masach em Malchut de Rosh,
chamada Peh, a qual foi a razão para o cobrimetnto de Ohr Pnimi de AK por Ohr Chozer ela
ergueu-se, e também a razão para a saída de Ohr Makif de AK. Porque ela parou a Luz de Ein
Sof de vestir-se em Bechina Dalet, a Luz saiu na forma de Ohr Makif.

Em outras palavras, aquela parte inteira de Luz que Ohr Chozer não pode vestir, como Bechina
Dalet em si, saiu e tornou-se Ohr Makif. Portanto, a Masach na Peh é a razão de Ohr Makif,
como ela é a razão para Ohr Pnimi.

34) Nós aprendemos que ambas Ohr Pnimi e Ohr Makif estão conectadas na Masach, mas
em ações opostas. E tal como a Masach se estende parte da Luz Superior dentro do
Partzuf através de Ohr Chozer que a veste, isto conduz Ohr Makif a distanciar-se de
cobrir a Masach.

E uma vez que parte da Luz que fica do lado de fora como Ohr Makif é muito larga, devido a
Masach que a detém de vestir AK, isto é considerado que ela choca-se na Masach e a remove,
uma vez que ela que cobrir dentro do Partzuf. Em contraste, isto é considerado que a força de
Aviut e Kashiut na Masach choca-se com Ohr Makif, a qual quer cobrir dentro dela(e), e a
detém, como ela choca-se com a Luz Superior durante o Zivug. Estas batidas que Ohr Makif e
Aviut na Masach batem-se uma na outra são chamadas de Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi.

Todavia, esta Bitush entre elas ocorreu somente no Guf do Partzuf, uma vez que o cobrimento
da Luz no Kelim, o qual deixa Ohr Chozer fora do Kli, ali é aparente. Entretanto, esta Bitush
não se aplica para as dez Sefirot de Rosh, uma vez que Ohr Chozer ali não é considerada Kelim
ou seja o que for, mas como meras e finas raízes. Por esta razão, a Luz nelas não é relacionada
como limitação de Ohr Pnimi, para o ponto de distinção entre isto (aquela) e a Luz que
permanece fora como Ohr Makif. E uma vez que esta distinção entre elas não existe, não há
batida de Orh Pnimi e Orh Makif nas dez Sefirot de Rosh.

Somente uma vez que as Luzes se estendem da Peh para baixo das dez Sefirot de Guf, onde as
Luzes cobrem os Kelim, as quais são as dez Sefirot de Ohr Chozer da Peh para baixo, existe
batida ali entre Ohr Pnimi dentro dos Kelim e Ohr Makif que permaneceu do lado de fora.

35) A Batida continuou até que Orh Makif purificou a Masach de todos os seus Aviut e a
elevou para sua Raiz Superior na Peh de Rosh. Isto significa que ela purificou todos
Aviut do Acima para baixo, chamada Masach e Aviut de Guf, deixando-a com somente
Shoresh (raiz) de Guf, a Masach de Malchut de Rosh, chamada de Peh. Em outras
palavras, ela tinha sido purificada de seus inteiros Aviut a partir debaixo para Cima que é
o divisor entre Ohr Pnimi e Ohr Makif, deixando somente o Aviut a partir do abaixo
para Cima, onde a distinção entre Ohr Pnimi e Ohr Makif ainda não tomou lugar (ou
aconteceu).

É sabido que a equivalência de forma junta espirituais em um. Portanto, uma vez que a Masach
de Guf tem sido purificada de todos Aviut de Guf, deixando nela somente Aviut que é igual a da
Masach da Peh de Rosh, sua forma foi equalizada com a Masach de Rosh. Portanto, ela foi
integrada e tornou-se literalmente uma com ela, uma vez que não havia nada para dividi-las em
duas. Isto é considerado que a Masach de Guf subiu para a Peh de Rosh.
E uma vez que a Masach de Guf foi integrada na Masach de Rosh, ela se re-incluiu no Zivug de
Hakaah na Masach da Peh de Rosh, e um novo Zivug de Hakaah foi feito com ela.
Consequentemente, dez novas Sefirot, em um novo nível, emergiram nele, chamado AB de AK
ou Partzuf Chochma de AK. Isto é considerado “um filho”, um descendente do primeiro Partzuf
de AK.

36) E após Partzuf de AB de AK emergiu, completo com Rosh e Guf, a Bitush de Ohr Makif
e Ohr Pnimi se repetiu ali, também, como isto foi explicado acima no que concerne ao
primeiro Partzuf de AK. Sua Masach de Guf foi purificada de todos os seus Aviut de Guf,
também, até ela equalizou sua forma com sua Masach de Rosh e então foi incluída no
Zivug em seu Peh de Rosh.

A seguir, um novo Zivug de Hakaah foi feito nele, produzindo um novo nível de dez Sefirot no
nível de Binah, chamado SAG de AK. Isto é considerado o filho e um descendente do Partzuf
AB de AK, uma vez que emergiu do seu Zivug na Peh de Rosh. E o Partzufim de SAG de AK
para baixo emergiu de maneira similar.

37) Portanto nós explicamos o surgimento dos Partzufim um abaixo do outro pela força da
Bitush de Ohr Makif e Ohr Pnimi, a qual purifica a Masach de Guf até que ela a traz de
volta para o estado da Masach de Peh de Rosh. Neste tempo, ela é incluída ali no Zivug
de Hakaah, o qual se desdobra na Peh de Rosh, e através deste Zivug emite um novo
nível de dez Sefirot. Este novo nível é considerado o filho do Partzuf anterior.

Desta maneira, AB emergiu do Partzuf Keter, SAG do Partzuf AB, MA do Partzuf SAG,e assim
por diante com os resto dos degraus em Nekudim e ABYA. Todavia, nos devemos ainda entender
porque as dez Sefirot emergiram somente em Bechina Gimel, e não em Bechina Dalet, e porque
SAG somente em Bechina Bet, etc., significando que cada um mais baixo é inferior ao seu
superior por um degrau. Porque eles não emergiram um depois do outro no mesmo nível?

38) Primeiro, nós precisamos entender porque as dez Sefirot de AB são consideradas um
desdobramento (ramificação) do primeiro Partzuf de AK, uma vez que ele emergiu do
Zivug na Peh de Rosh do primeiro Partzuf, como as dez Sefirot do Guf do Partzuf nele
mesmo. Portanto, de que maneira ele saiu do primeiro Partzuf, para ser considerado um
segundo Partzuf e seu desdobramento?

Aqui você necessita entender a grande diferença entre a Masach de Rosh e a Masach de Guf.
Existem dois tipos de Malchut no Partzuf.

1. A Malchut que copula – com a Luz Superior – pela força da Masach erguida nela.

2. A Malchut final – A Luz Superior nas dez Sefirot do Guf – pela força da Masach erguida
nela.

A diferença entre elas é tão grande quanto à diferença entre o Emanante e o emanado. Malchut
de Rosh. Malchut de Rosh, a qual se copula em um Zivug de Hakaah com a Luz Superior, é
considerada “A Emanante do Guf”, uma vez que a Masach erguida nela não rejeitou a Luz
Superior tal como ela chocou-se com a Masach. Ao contrário, através de Orh Chozer que ela
levantou, ela vestiu e estendeu a Luz Superior na forma das dez Sefirot de Rosh. Portanto, ela
expandiu do Acima para baixo, até que as dez Sefirot da Luz Superior cobriram no Kli de Orh
Chozer, chamado de Guf.

Por esta razão, a Masach e Malchut da Rosh são considerada Emanantes das dez Sefirot do Guf.
E sem limitação ou rejeição são visíveis naquela Masach e Malchut. Todavia, a Masach e
Malchut de Guf, que é, após as dez Sefirot terem se expandido da Peh de Rosh do Acima para
baixo, espalharam-se somente abaixo de Malchut naquelas dez Sefirot. Isto é porque a Luz
Superior não pode espalhar-se dentro de Malchut. Por esta razão, o Partzuf para aqui, e o fim e a
conclusão do Partzuf são feitas.

Portanto, o inteiro poder da Tzimtzum e limitação aparece somente nesta Masach e na Malchut
do Guf. Por esta razão, a inteira Bitush de Orh Makif e Orh Pnimi é somente feita na Masach do
Guf, como isto é que limita e empurra Orh Makif para longe e de brilhar no Partzuf. Isto não é
assim na Masach de Rosh, uma vez que a Masach de Rosh somente estende e veste as Luzes,
mas o poder de limitação é ainda completamente oculto nela.

39) A isto se segue que pela força da Bitush de Orh Makif e Orh Pnimi, a Masach da última
Malchut tornou-se a Masach e Malchut e a Malchut que copula mais uma vez (item 35).
Isto é porque a Bitush de Orh Makif purificou a última Masach de todos os seu Aviut de
Guf, deixando nela somente finos Reshimot (registros) daquele Aviut, igual ao Aviut da
Masach de Rosh

É também conhecido que a equivalência de forma liga e une os espirituais um ao outro. Portanto
uma vez que a Masach de Guf equalizou a forma do seu Aviut para Masach de Rosh, ela foi
imediatamente incluída e elas se tornaram como se fossem uma Masach. Neste estado, ela
recebeu força para Zivug de Hakaah, como a Masach de Rosh, e as dez Sefirot do novo nível
que emergiu nela.

Todavia, conjuntamente com este Zivug, os Reshimot de Aviut de Guf, os quais estavam nele
(Aviut de Guf) desde o começo foram renovados na sua Masach de Guf. Naquele estado, a
disparidade de forma entre ela mesma e a Masach de Rosh inclui-se nela uma vez mais, para um
extensão. O reconhecimento desta diferença separa e remove-a da Peh de Rosh do Superior,
uma vez que após ela ter retornado e sua origina – do Peh do Superior para baixo – tornou-se
conhecida, ela não podia continuar a se manter acima da Peh do Superior, como a disparidade
de forma separa os espirituais um do outro. A isto se segue que ela foi compelida a declinar dali
para o lugar da Peh do Superior para baixo.

Portanto, é necessariamente considerada a segunda entidade com respeito ao Superior, tal como
até a Rosh do novo nível é considerada meramente o corpo do novo nível, uma vez que ela se
estende de sua Masach de Guf. Portanto, esta disparidade de forma distingue-as em duas
entidades separadas. E desde que o novo nível é inteiramente um resultado da Masach de Guf
do Partzuf anterior, ele é considerado um descendente, tal como um ramo (ramificação) que se
estende dele.
40) E existe outra diferença entre o inferior e o Superior: Cada inferior emerge com um nível
diferente do que nas cinco Behinot na Masach (item 22). Também, em cada inferior falta
a mais Alta Bechina das Luzes do Superior, e a mais baixa Bechina dos Kelim do Maior.
A razão é que é a natureza da Bitush de Orh Makif na Masach para excluir a última
Bechina de seu Aviut.

Por exemplo, no primeiro Partzuf de AK, de quem a Masach contem todos os cinco níveis de
Aviut, descendo para Bechina Dalet, a Bitush de Orh Makif na Masach de Guf purifica
completamente o Aviut de Bechina Dalet, não deixando até mesmo um Reshimo (singular de
Reshimot) daquele Aviut. E somente os Reshimot de Aviut de Bechina Gimel e Acima
permanecem na Masach.

Portanto, quando a Masach esta incluída na Rosh e recebe um Zivug de Hakaah no Aviut que
permaneceu em seu Reshimot a partir do Guf, O Zivug emerge somente em Bechina Gimel de
Aviut na Masach. Isto é porque o Reshimo de Aviut de Bechina Dalet foi embora dali. Por
conseguinte, o nível que emerge naquela Masach é somente no nível de Chochma, chamado
HaVaYaH de AB de AK, ou Partzuf AB de AK.

Nós já aprendemos, no item 22, que o nível Chochma que emerge na Masach de Bechina Gimel
falta a Malchut de Kelim e o discernimento da Luz de Yechida das Luzes, a qual é a Luz de
Keter. Portanto para o Partzuf AB lhe falta o último discernimento dos Kelim do Superior e o
Mais Alto discernimento das Luzes do Superior. E por causa desta grande disparidade de forma,
o inferior é considerado um Partzuf separado do Superior.

41) De modo semelhante, uma vez que o Partzuf AB expandiu-se na Rosh e Guf e houve a
Bitush de Orh Makif na Masach do Guf de AB, que é a Masach de Bechina Gimel, esta
Bitush cancela e anula o Reshimo de Aviut da última Bechina na Masach, que é Bechina
Gimel. A isto resulta que durante a ascensão da Masach para a Peh de Rosh e sua
inclusão no Zivug de Hakaah, a batida ocorreu somente no Aviut de Bechina Bet que
permaneceu na Masach, uma vez que Bechina Gimel desapareceu dele. Portanto produz
somente dez Sefirot no nível de Binah, chamado HaVaYaH de SAG de AK, ou Partzuf
SAG, faltando-lhe ZA e Malchut nos Kelim, e as Luzes de CChaya e Yechida.

Semelhantemente, quando este Partzuf SAG expandiu-se na Rosh e Guf, houve a Bitush de Orh
Makif na sua Masach de Guf, que é a Masach de Bechina Bet. Esta Bitush cancela e anula a
última Bechina de Aviut na Masach de – Bechina Bet - deixando apenas Reshimot de Aviut de
Bechina Aleph e acima da Masach.

Portanto, durante a ascensão da Masach para a Peh de Rosh, e a inclusão no Zivug de Hakaah
ali, a batida ocorreu somente na Masach de Bechina Aleph que permaneceu na Masach, uma
vez que Bechina Bet já tinha desaparecido dela. Por esta razão, ela gera somente dez Sefirot no
nível de Tiferet, chamado “o nível de ZA”, faltando-lhe Binah, ZA, e Malchut nos Kelim, e as
Luzes de Neshama, CChaya e Yechida, etc. de modo semelhante.
42) Isto esclarece completamente a razão para o declínio dos níveis um abaixo do outro
durante a concatenação dos Partzufim de um para outro. É porque a Bitush de Orh Makif
e Orh Pnimi, aplicadas em cada Partzuf, sempre cancela a última Bechina de Reshimo de
Aviut ali. Ainda, nós devemos saber que existem dois discernimentos nos Reshimot que
permaneceram na Masach após sua Hizdakchut (purificação):

3. Reshimo de Aviut

Reshimo de Aviut

Reshimo de Hitlabshut (cobertura)

Por exemplo, uma vez que a Masach de Guf do primeiro Partzuf em AK foi purificada, nós
dissemos que a última Bechina dos Reshimot de Aviut, o Reshimo de Bechina Dalet, foi perdido,
e que tudo o que permaneceu na Masach foi o Reshimo de Aviut de Bechina Gimel. Ainda,
embora o Reshimo de Bechina Dalet contem dois discernimentos, como havíamos dito -
Hitlabshut e Aviut — somente o Reshimo de Aviut de Bechina Dalet tinha desaparecido da
Masach por aquela Hizdakchut. Mas o Reshimo de Hitlabshut de Bechina Dalet permaneceu
naquela Masach e não desapareceu dela.

Reshimo de Hitlabshut refere-se a uma sutil Bechina (discernimento) do Reshimo de Bechina


Dalet, que não contem suficiente Aviut para Zivug de Hakaah com a Luz Superior. Este
Reshimo permanece a partir da última Bechina em cada Partzuf durante sua Hizdakchut. E o que
dissemos que a última Bechina desaparece de cada Partzuf durante sua Hizdakchut refere-se
somente ao Reshimo de Aviut deste. (Partzuf).

43) O resto dos Reshimot de Hitlabshut da última Bechina que ficaram em cada Masach
provocaram a descoberta de dois níveis – masculino e feminino – nas cabeças de todos
os Partzufim: começando em AB de AK, SAG de AK, MA e BON de AK, e em todos os
Partzufim de Atzilut. Isto é porque no Partzuf AB de AK, onde há somente Reshimo de
Aviut de Bechina Gimel na Masach, que descobre dez Sefirot no nível de Chochma, o
Reshimo de Hitlabshut de Bechina Dalet, o qual permaneceu ali na Masach, não serve
para um Zivug com a Luz Superior, devido a sua pureza. Todavia, ele (Reshimo) esta
incluso com Aviut de Bechina Gimel e torna-se um simples Reshimo, o qual no tempo
Reshimo de Hitlabshut adquire a força para acoplar-se com a Luz Superior. Por esta
razão, o Zivug de Hakaah com a Luz Superior emergiu nele, descobrindo as dez Sefirot
próximo ao nível de Keter.

Isto é porque ela tinha Hitlabshut de Bechina Dalet. Esta Hitkalelut (mistura/integração) é
chamada Hitkalelut do feminino ao masculino, uma vez que o Reshimo de Aviut de Bechina
Gimel é chamada de “feminino”, uma vez que ela transmite o Aviut. E o Reshimo de Hitlabshut
de Bechina Dalet é chamado “masculino” uma vez que ele vem de um lugar Alto, e porque ele é
purificado do Aviut. Portanto o Reshimo do masculino é insuficiente para um Zivug de Hakaah
com ele mesmo, ele se torna adequado para um Zivug de Hakaah através da Hitkalelut do
feminino que está nele.
44) Subseqüentemente, também existe Hitkalelut do masculino no feminino. Isto significa
que o Reshimo de Hitlabshut está integrado com o Reshimot de Aviut. Isto gera um Zivug
de Hakaah somente no nível do feminino, o nível de Bechina Gimel, que é o nível de
Chochma, chamado HaVaYaH de AB. O Zivug Superior, quando o feminino está incluso
no masculino, é considerado o nível do masculino, que está próximo ao nível de Keter. E
o Zivug inferior, quando o masculino está incluso no feminino, é considerado o nível
feminino, o qual está somente no nível de Chochma.

Todavia, o Aviut no nível masculino não vem dele mesmo, mas por meio da Hitkalelut com o
feminino. E embora este seja suficiente para descobrir o nível das dez Sefirot a partir do debaixo
para o Acima, chamada Rosh, este nível ainda não pode se espalhar (expandir) do Acima para
baixo na forma de um Guf, o que significaria a cobertura das Luzes nos Kelim. Isto assim é
porque um Zivug de Hakaah que vem de Hitkalelut é insuficiente para a expansão dos Kelim.

Por conseguinte, o nível masculino contem somente o discernimento da Rosh, sem um Guf. O
Guf do Partzuf se estende somente do nível feminino, que tem seu próprio Aviut. Por esta razão,
nós nomeamos o Partzuf somente depois que o nível feminino, isto é Partzuf AB. Isto assim é
porque a essência do Partzuf é o seu Guf – a cobertura da Luzes nos Kelim. E isto surge
somente do nível feminino, tal como explicamos. Isto é porque o Partzuf é nomeado após ela.

45) E como nós explicamos a respeito os dois níveis – masculino e feminino – na Rosh do
Partzuf AB, estes dois emergem precisamente da mesma maneira na Rosh de SAG. Mas
ali, o nível masculino é próximo a Chochma, uma vez que ele é do Reshimo de
Hitlabshut de Bechina Gimel na Hitkalelut de Aviut de Bechina Bet. E o nível feminino
está no nível de Binah, do Aviut de Bechina Bet. E aqui, também o Partzuf é nomeado
somente após o nível feminino, uma vez que o masculino é a Rosh sem um Guf.

De modo semelhante, no Partzuf MA de AK, o nível masculino é revelado próximo ao nível de


Binah, chamado o “nível de YESHSUT”, uma vez que ele vem do Reshimo de Bechina Bet de
Hitlabshut, com Hitkalelut de Aviut de Bechina Aleph, enquanto o nível feminino, que é
somente, Partzuf MA ou Partzuf VAK, uma vez que o masculino é a Rosh sem um Guf. Você
achará isto de modo semelhante em todos os Partzufim.

Taamim, Nekudot, Tagin, e Otiyot

46) Agora nos esclarecemos a Bitush de Orh Makif e Orh Pnimi, ocorrendo após a expansão
do Partzuf dentro de um Guf. Isto causa a Masach de Guf purificar, todas as Luzes do
Guf para partir, e a Masach com Reshimot que permanecem nele a elevar-se para a Peh
de Rosh, onde elas são renovadas com um novo Zivug de Hakaah, e gera um novo nível
na medida do Aviut nos Reshimot. Agora nos explanaremos os quatro tipos de Luzes,
TANTA (Taamim, Nekudot, Tagin, Otiyot), ocorrendo com a Bitush de Orh Makif e as
ascensões da Masach para a Peh de Rosh.
47) Tem sido explicado que através da Bitush de Orh Makif na Masach de Guf, ela purifica a
Masach de todos os Aviut de Guf até que ela está purificada e se iguala com a Masach de
Peh de Rosh. A equivalência de forma com a Peh de Rosh as une como uma, e isto esta
incluso no Zivug de Hakaah dentro dela.

No entanto, a Masach não é purificada de uma só vez, mas gradualmente, primeiro a partir de
Bechina Dalet para Bechina Gimel, então a partir de Bechina Gimel para Bechina Bet, então de
Bechina Bet para Bechina Aleph, e então de Bechina Aleph para Bechina Shoresh. Finalmente,
ela é purificada de todos os Aviut e torna-se tão pura tal como a Masach de Peh de Rosh.

Agora a Luz Superior não para de brilhar até mesmo por um momento, e acopla-se com a
Masach em cada estágio de sua Hizdakchut. Isto é porque uma vez que ela tem sido purificada
de Bechina Dalet e no nível de Keter tem sido inteiramente removida, e a Masach veio para o
Aviut de Bechina Gimel, a Luz Superior acopla-se com a Masach na remanescente Aviut de
Bechina Gimel e gera dez Sefirot no nível de Chochma.

Depois, quando a Masach também parte de Bechina Gimel, e o nível de Chochma parte
também, deixando somente Bechina Bet na Masach, a Luz Superior acopla-se com ela em
Bechina Bet e gera as dez Sefirot no nível de Binah. Então, quando ela também tem sido
purificada de Bechina Bet, e este nível partiu, deixando somente Aviut de Bechina Aleph nela, a
Luz Superior acopla-se com a Masach no remanescente Aviut de Bechina Aleph, e gera as dez
Sefirot no nível de ZA. E quando ela também tem sido purificada do Aviut de Bechina Aleph, e
o nível de ZA partiu, ela fica somente com a Shoresh (raiz) do Aviut.

Naquele estado, a Luz Superior faz um Zivug no Aviut Shoresh que permanece na Masach, e
gera as dez Sefirot no nível de Malchut. E quando a Masach é purificada de Aviut Shoresh,
também, o nível de Malchut parte daquele lugar, também, uma vez que nenhum Aviut de Guf ali
permanece. Naquele estado, e considerado que a Masach e seus Reshimot elevaram-se e uniram-
se com a Masach de Rosh, tornaram-se ali inclusas ali em um Zivug de Hakaah, e geraram
novas dez Sefirot sobre ela, chamadas uma “criança” e uma “conseqüência” do primeiro
Partzuf.

Portanto nós explicamos que a Bitush de Orh Makif e Orh Pnimi que purifica a Masach de Guf
do primeiro Partzuf de AK e a eleva para a sua Peh de Rosh, pelo qual o segundo Partzuf, AB de
AK, emerge, ele não é feito de uma só vez. Ao contrário, isto ocorre gradualmente, uma vez que
a Luz Superior acopla-se com ela em cada estado nos quatro degraus que ela atravessa durante
sua Hizdakchut, até que ela se equaliza com a Peh de Rosh.

E como isto foi explicado com relação ao esclarecimento dos quatro níveis durante a Hizdakchut
do Guf do primeiro Partzuf para o propósito de AB, três níveis emergem durante o período da
Hizdakchut da Masach de Guf do Partzuf AB, tal como ele emana Partzuf SAG, e
semelhantemente em todos os degraus. A regra é esta: A Masach não se purifica de uma só vez,
mas gradualmente. E a Luz Superior, a qual não para de se espalhar para o que esta abaixo,
acopla-se com esta em cada degrau conjuntamente com sua purificação.
48) Todavia, estes níveis que emergem na Masach durante sua gradual Hizdakchut, não são
considerados Hitpashtut dos degraus reais, como no primeiro nível que emergiu antes do
começo da Hizdakchut. Ao contrario, eles são considerados Nekudot, e são chamados de
Orh Chozer e Din (julgamento), uma vez que o Din força a partida das Luzes e está já
misturado com elas. Isto é assim porque no primeiro Partzuf, tão logo a Bitush começou
a ocorrer, e purificou a Masach de Guf a partir de Bechina Dalet, isto é considerado
como tendo sido completamente purificada, uma vez que não há “algum” no espiritual.

E desde que ela começou purificar-se, ela tinha que purificar-se completamente. Todavia, uma
vez que a Masach se purifica gradualmente, existe um tempo para que a Luz Superior acople-se
com ela em cada degrau de Aviut que a Masach assume durante seu Hizdakchut, até que ela
esteja completamente purificada. Portanto, a partida força sua mistura com os níveis que
emergem durante sua partida, e eles são considerados como apenas Nekudot e Orh Chozer e
Din.

Isto é porque nos discernimos dois tipos de níveis em cada Partzuf. Taamin e Nekudot. Isto é
assim porque as primeiras dez Sefirot de Guf que emergem em cada Partzuf são chamadas
Taamim, e o níveis que emergem no Partzuf na medida em que ele se purifica, após a Masach já
tinha começado até que ela alcança a Peh de Rosh, são chamadas de Nekudot

49) Os Reshimot que ficaram abaixo, no Guf, após a partida das Luzes de Taamim, são
chamadas de Tagin, e os Reshimot que ficaram nos níveis de Nekudot são chamadas de
Otiyot, que são Kelim. Também as Tagin, que são Reshimot das Luzes de Taamim,
pairam sobre as Otiyot e os Kelim e as sustenta.

Por conseguinte nós aprendemos os quatro tipos de Luzes, chamadas Taamim, Nekudot, Tagin,
Otiyot. O primeiro nível que emerge em cada Partzuf dos cinco Partzufim chamados Galgalta,
AB, SAG, MA e BON é chamado de Taamim. Os níveis que emergem em cada Partzuf uma vez
que ele começou a se purificar, até que ele esteja completamente purificado, são chamados de
Nekudot. Os Reshimot que permaneceram das Luzes de Taamim em cada nível, após a partida
são chamados de Tagin, e os Reshimot que permanecem das Luzes dos níveis de Nekudot após
suas partidas são chamadas de Otiyot ou Kelim. Lembre-se que em todos os cinco Partzufim
chamados Galgalta, AB, SAG, MA e BON, em todos eles há Hizdakchut e eles todos têm estes
quatro tipos de Luzes.

A Rosh, Toch, Sof em cada Partzuf e a ordem de Hitlabshut dos Partzufim em Um no Outro

50) Você já sabe a diferença entre as duas Malchut em cada Partzuf – a copulante Malchut e
a Malchut final. As dez Sefirot de Orh Chozer emergem da Masach na Malchut
copulante cobrindo as dez Sefirot da Luz Superior, chamadas “dez Sefirot de Rosh”, que
significa, somente raízes. Dali para baixo, as dez Sefirot de Guf do Partzuf expandem na
forma de Hitlabshut (cobertura/vestimenta) da Luzes em Kelim completos.

Estas dez Sefirot de Guf são divididas em dois discernimentos das dez Sefirot: dez Sefirot de
Toch (interiores) e dez Sefirot de Sof (fim/conclusão). A posição das dez Sefirot de Toch é da
Peh para o Tabur (umbigo), o lugar da cobertura da Luzes nos Kelim. As dez Sefirot do fim do
Partzuf estão posicionadas do Tabur para baixo para o Sium Raglin (fim das pernas/pés).
This means that Malchut ends each Sefira until it reaches itself, which is unfit to receive any
Light, hence the Partzuf ends there. This cessation is called “the end of the Etzbaot Raglin
(toes) of the Partzuf,” and from there down it is an empty space, a void without Light.

Saiba que estes dois tipos de dez Sefirot entendem da raiz das dez Sefirot, chamada Rosh, uma
vez que ambas estão inclusas na Malchut copulante. Isto é assim porque existe o revestimento
da força ali – Orh Chozer que se eleva e reveste a Luz Superior. Existe também a Masach a que
detém a força sobre Malchut assim ela não receBriah a Luz pela qual o Zivug de Hakaah que
sobe Orh Chozer foi feito. Na Rosh estas duas forças são somente raízes.

Todavia, quando elas expandem do Acima para baixo, a primeira força, que é a força que
reveste, é executada nas dez Sefirot de Toch, da Peh para baixo em direção ao Tabur. A segunda
força, que detém Malchut de receber Luz, é executada nas dez Sefirot de Sof e Sium, do Tabur
para baixo para o fim de Etzbaot Raglin.

Estas dois tipo de dez Sefirot são sempre chamadas HGT NHYM. As dez Sefirot de Toch, da Peh
para o Tabur, são chamadas de HGT, e as dez Sefirot do Tabur para baixo são chamadas de
NHYM.

51) Nós devemos também saber que a questão da Tzimtzum foi somente sobre Orh
Chochma, de quem o Kli é o desejo de receber que acaba em Bechina Dalet, onde
ocorreu a Tzimtzum e a Masach. Todavia, ali não existia nenhuma Tzimtzum sobre Orh
de Chassadim, uma vez que seu Kli é o desejo de doar, no qual não existem Aviut e
disparidade de forma do Emanante, e o qual não necessita de nenhuma correção.

Portanto, nas dez Sefirot da Luz Superior estas duas Luzes, Chochma e Chassadim, estão
conectadas juntas sem nenhuma diferença entre elas, uma vez que elas são uma Luz que
expande de acordo com sua qualidade. Por esta razão, quando elas vêm para revestir os Kelim
após a Tzimtzum, Orh Chassadim (Luz da Misericórdia) para em Malchut, também, embora ela
não era restringida. Isto é assim porque tivesse Orh Chassadim expandido no lugar onde Orh
Chochma (Luz da Sabedoria) não pudesse expandir nem em pequena quantidade – a Malchut
final – existiria a fragmentação da Luz Superior, como Orh Chassadim teria de ser
completamente separada de Orh Chochma. Portanto, a Malchut final tornou-se um espaço
vazio, desprovida até mesmo de Orh Chassadim.

52) Agora nós podemos entender o conteúdo das dez Sefirot de Sof do Partzuf do Tabur para
baixo. Não pode ser dito que elas são somente consideradas Orh Chassadim, sem
nenhuma Chochma, uma vez que Orh Chassadim nunca está completamente separada de
Orh Chochma. Ao contrário, existe necessariamente uma pequena iluminação de Orh
Chochma nelas, também. Você deve saber que nós sempre chamamos esta pequena
iluminação “VAK sem uma Rosh”. Portanto, os três discernimentos das dez Sefirot no
Partzuf chamados de Rosh, Toch e Sof foram explicados.
53) E agora nós explicaremos a ordem de revestimento dos Partzufim Galgalta, AB, e SAG
de AK um no outro. Saiba que cada inferior (Partzuf) emerge da Masach do Guf do
Superior, uma vez que ele foi purificado e equalizou sua forma com Malchut e a Masach
na Rosh. Isto é assim porque então ele está incluído na Masach da Rosh, no Zivug de
Hakaah que ocorre nele.

E uma vez que ele submete-se a Zivug de Hakaah nos dois Reshimot – Aviut e Hitlabshut – que
permanecem na Masach de Guf, seu Aviut é reconhecido como Aviut de Guf. Através deste
reconhecimento, é discernido que o nível emerge da Rosh do primeiro Partzuf de AK, desce, e
reveste seu Guf, significando sua raiz, uma vez que ela é da Masach de Guf.

Certamente, a Masach com a Malchut copulante do novo Partzuf teve que descer para o lugar
do Tabur do primeiro Partzuf uma vez que a Masach de Guf com a Malchut final do primeiro
Partzuf começa ali. Também, a raiz do novo Partzuf e seu apoio estão ali. Todavia, a última
Bechina de Aviut desapareceu da Masach pela Bitush de Orh Pnimi e Orh Makif (item 40), e
somente Aviut de Bechina Gimel ficou na Masach. Esta Bechina Gimel de Aviut é chamada
Chazeh (peito). Por esta razão, a Masach e a Malchut copulante do novo Partzuf não tem apoio
e raiz no Tabur do Superior, mas somente no seu Chazeh, onde esta ligado tal como um ramo
com sua raiz.

54) Portanto, a Masach do novo Partzuf desce para o lugar do Chazeh do primeiro Partzuf,
onde ela (Masach) obtém as dez Sefirot de Rosh desta e acima dela através de um Zivug
de Hakaah com a Luz Superior, acima da Peh do Superior – Malchut de Rosh do
primeiro Partzuf. Mas o inferior não pode de modo algum vestir (cobrir) as dez Sefirot
de Rosh do Partzuf Superior , uma vez que este é considerado meramente a Masach de
Guf do Superior. Subseqüentemente, ela gera dez Sefirot do Acima para baixo, chamadas
“dez Sefirot de Guf” no Toch e Sof do inferior.

Os seus lugares estão somente a partir do Chazeh do Partzuf Superior em direção (para baixo)
ao seu Tabur, uma vez que do Tabur para baixo é o lugar das dez Sefirot do Sium do Superior,
sendo então Bechina Dalet. O inferior não tem apoio da última Bechina do Superior, uma vez
que esta perdeu sua Hizdakchut (item 40). Por esta razão, o Partzuf inferior, chamado Partzuf
Chochma de AK, ou Partzuf AB de AK, tem que acabar acima do Tabur do primeiro Partzuf de
AK.

Portanto, foi completamente esclarecido que cada Rosh, Toch, Sof do Partzuf AB de AK, que é o
inferior do primeiro Partzuf de AK, se mantém do lugar abaixo da Peh do primeiro Partzuf indo
para baixo para seu Tabur. Por conseguinte, o Chazeh do primeiro Partzuf é o lugar da Rosh do
Partzuf AB, a Malchut copulante, e o Tabur do primeiro Partzuf é o lugar do Sium Raglin do
Partzuf AB, que é, a última Malchut
55) Tal como foi explicado em relação à ordem do surgimento do Partzuf AB a partir do
primeiro Partzuf de AK, este processo é o mesmo em todos os Partzufim, até o fim do
mundo de Assiahh. Cada inferior surge a partir da Masach de Guf do seu (Partzuf)
Superior, após ele ter sido purificado e incluído na Masach de Malchut de Rosh do
Superior no Zivug de Hakaah que ocorre ali.

Depois, aparece dali para seu ponto apoio no Guf do Superior, e gera as dez Sefirot de Rosh a
partir debaixo para Cima em seu lugar, através de um Zivug de Hakaah com a luz Superior.
Também ele se expande a partir do Acima para baixo dentro das dez Sefirot de Guf no Toch e
Sof, com foi explicado no Partzuf AB de AK. Todavia, existem diferenças no que diz respeito ao
fim do Partzuf, tal como esta escrito em qualquer lugar.

Tzimtzum Bet, Chamada de Tzimtzum NHY de AK

56) Portanto nós explicamos completamente a questão da Tzimtzum Aleph ( a primeira


restrição) realizada no Kli de Malchut – Bechina Dalet – assim ela (Malchut) não
receBriah a Luz Superior em seu interior. Nós também explicamos a questão da Masach
e seu Zivug de Hakaah com a Luz Superior, que eleva Orh Chozer. Esta Orh Chozer
tornou-se novos vasos de recepção ao invés de Bechina Dalet.

Também explicamos foi a Hizdakchut da Masach de Guf, feitai nos Gufim (plural de Guf) de
cada Partzuf pela Bitush de Orh Makif e Orh Pnimi, que gera os quatro discernimentos TANTA
do Guf de cada Partzuf e eleva a Masach de Guf para ser considerada a Masach de Rosh. Isto a
qualifica para um Zivug de Hakaah com a Luz Superior, no qual outro Partzuf nasce, um degrau
abaixo do Partzuf anterior. Finalmente explicamos a geração do três primeiros Partzufim de AK,
chamados Galgalta, AB, SAG, e a ordem de suas coberturas um sobre o outro.

57) Saiba que nestes três Partzufim, Galgalta, AB, SAG de AK não existe sequer um raiz dos
quatro mundos de ABYA, uma vez que não há espaço até para os três de mundos de BYA
aqui, isto porque o Partzuf interior de AK entendeu para baixo para o ponto deste
mundo, e a raiz da correção desejável, que foi a causa para a Tzimtzum, não foi revelada.
Isto é assim porque a proposta da Tzimtzum que se desvendou em Bechina Dalet era para
corrigi-la, assim não existiria disparidade de forma dentro dela, uma vez que ela recebe a
Luz Superior (item 14).

Em outras palavras para criar o Guf de Adão daquela Bechina Dalet, ele tornará a força de
recepção em Bechina Dalet para ser no sentido de doar, através de seu engajamento na Torah e
Mitzvot no sentido de doar contentamento (alegria) sobre seu Criador. Por isto ele equalizará a
forma de recepção em completa doação e isto seria o fim da correção, uma vez isto traria de
volta Bechina Dalet para ser um vaso de recepção da Luz Superior, enquanto estando em
completo Dvekut (adesão) com a Luz, sem nenhuma disparidade de forma.

Todavia, até aqui, a raiz desta correção não foi revelada, como isto requer que aquele homem
(Adão) fosse incluído com a Behinot superior, acima de Bechina Dalet, de modo a estar apto
para executar boas ações de doação. E tivesse Adão partido do estado do Partzufim de AK, ele
teria ficado completamente em um estado de um espaço vazio. Isto é porque então a inteira
Bechina Dalet, que deveria ser a raiz do Guf de Adão, teria estado abaixo do Raglaim (pés) de
AK, na forma de um espaço vazio e escuro, como se fosse de forma oposta da Luz Superior.
Portanto, ele seria considerado separado e morto.

E tivesse Adão sido criado daquilo, ele não teria sido capaz de corrigir suas ações quaisquer que
fossem, uma vez que não existiriam absolutamente centelhas de doação nele. Ele seria
considerado uma besta que nada tem da forma de doação, e de quem a vida seria para si próprio.
Isto seria como o egoísta que está imerso na cobiça da auto recepção, “e até mesmo a
generosidade que eles fazem, eles a fazem para si próprios”. É dito a respeito deles, “os egoístas
– durante suas vidas são chamados de “morte”” uma vez que eles estão em oposição da forma
da Vida das Vidas.

58) Este é o significado das palavras dos nossos sábios: “No começo, Ele contemplou criar o
mundo com a qualidade do Din (julgamento). Ele viu que o mundo não existe e precedia
da qualidade de Rachamim (misericórdia), e associou-a com a qualidade do Din
(Beresheet Rabba, 12). Isto significa que cada “primeiro” e “próximo” na espiritualidade
refere-se à causa e conseqüência.

Isto é o pro que está escrito que a primeira razão para os mundos, significando Partzufim de AK,
originaram-se antes de todos os mundos, foram emanados na qualidade do Din, que é, em
Malchut apenas, chamada Midat ha Din (qualidade de julgamento). Isto se refere para Bechina
Dalet que tem sido restringida e partiu como um espaço vazio e a conclusão do Raglaim de AK,
que é, o ponto deste mundo, abaixo do Sium do Raglaim de AK, na forma de um espaço vazio
desprovido de qualquer Luz.

“Ele viu que o mundo não existe” isto é que deste modo, era impossível para Adão, a quem era
para ser criado desta Bechina Dalet, para adquirir atos de doação assim o mundo seria corrigido
no montante desejado através dele. Isto é proque ele “associou a qualidade Rachamim com a
qualidade do Din”.

Explicação: A Sefira (singular de Sefirot) Binah é chamada Midat ha Rachamim (qualidade da


misericórdia), e a Sefira Malchut é chamada Midat ha Din, uma vez que a Tzimtzum foi feita
nela. O Emanante levantou Midat ha Din, que é a força concludente feita na Sefira Malchut, e
elevou a para Binah - Midat ha Rachamim. Ele associo-as uma com a outra, e através desta
associação, Bechina Dalet – Midat ha Din – foi incorporada com as centelhas de doação no Kli
de Binah.

Isto permitiu o Guf de Adão, que surgiu de Bechina Dalet, para ser integrado também com a
qualidade de doação. Portanto, ele será capaz de executar boas ações com a intenção de doar
alegria sobre o seu Criador, até que ele torne a qualidade de recepção dele como sendo
inteiramente com a intenção de doar. Portanto, o mundo alcançará a correção desejada pela
criação do mundo.
59) Esta associação de Malchut em Binah ocorreu no Partzuf SAG de AK e estimulou uma
segunda Tzimtzum nos mundos a partir deste mesmo mundo para baixo. Isto porque um
novo Sium na Luz Superior foi feito neste mundo, que é, no lugar onde está Binah. A isto
segue que a última Malchut que permaneceu no Sium Raglaim de SAG de AK, acima do
ponto deste mundo, elevou-se e finalizou a Luz Superior na metade de Binah de Guf de
SAG de AK, chamado de Tiferet, uma vez que KHB de Guf é chamada HGT. Portanto,
Tiferet é Binah de Guf.

Também, a Malchut copulante que permaneceu na Peh de Rosh de SAG, subiu para o lugar de
Nikvey Eynaim (pupilas) de AK, a qual é metade de Binah de Rosh. Então, um acoplamento para
MA de AK foi feito ali, em Nikvey Eynaim, chamado “o mundo de Nekudim”.

60) Isto é também chamado Tzimtzum NHY de AK. Isto porque SAG de AK, o qual acabou de
igual maneira com Partzuf Galgalta de AK, acima do ponto deste mundo, acaba acima
do Tabur do AK interior através da associação e ascensão de Malchut para o lugar de
Binah, na metade de Tiferet, a qual é metade de Binah de Guf do interno AK. Isto porque
a última Malchut subiu para aquele lugar e deteve a Luz Superior de se espalhar dali para
baixo.

Por esta razão, um espaço vazio foi feito ali, desprovido de Luz. Portanto, TNHY (Tiferet,
Netzach, Hod, Yesod) de SAG tornaram-se restritas e desprovidas da Luz Superior. Isto é porque
Tzimtzum Bet (segunda restrição) é chamada Tzimtzum NHY de AK, uma vez que através do
novo Sium no lugar do Tabur, NHY de SAG de AK foram esvaziadas de suas Luzes.

Isto também é considerado que AHP da Rosh de SAG partiu do degrau da Rosh de SAG e
tornou-se seu Guf, uma vez que Malchut copulante subiu para Nikvey Eynaim e as dez Sefirot de
Rosh emergiram da Masach em Nikvey Eynaim e Acima. Também, de Nikvey Eynaim para
baixo é considerado o Guf do Partzuf, uma vez que ele somente pode receber iluminação de
Nikvey Eynaim e abaixo, que é considerado Guf.

O nível destas dez Sefirot que emergiram em Nikvey Eynaim de SAG de AK são as dez Sefirot
chamadas “o mundo de Nekudim”. Elas vieram para baixo a partir de Nikvey Eynaim de SAG
para seus lugares abaixo do Tabur do AK interior, onde elas se expandiram com a Rosh e Guf.
Saiba que este novo Sium, feito no lugar de Binah de Guf, é chamado de Parsa. Também, existe
internalidade e externalidade aqui, e somente as dez Sefirot externas são chamadas “o mundo de
Nekudim”, enquanto as dez Sefirot internas são chamadas MA e BON de AK

61) Todavia, nós devemos entender que uma vez que as dez Sefirot de Nekudim e MA de AK
foram emanadas e surgiram a partir de Nikvey Eynaim de Rosh de SAG, elas deveriam ter
coberto SAG a partir de sua Peh de Rosh e abaixo, tal como o outro Partzufim, onde cada
inferior cobre seu superior a partir da Peh de Rosh para baixo. Porque isto não é assim?
Porque elas desceram e cobriram o lugar abaixo do Tabur de AK? Para entender isto, nós
precisamos entender completamente como esta associação ocorreu, quando Binah e
Malchut estavam conectadas em uma.

62) A questão é que durante o surgimento do Partzuf SAG, ele acabou inteiramente acima do
Tabur do AK interior, tal como foi explicado no que se refere ao Partzuf AB de AK. Elas
não puderam espalhar-se a partir do Tabur para baixo, uma vez que o comando de
Bechina Dalet do AK interior começa ali, em suas dez Sefirot no Sium, e não há nada de
Bechina Dalet ou qualquer que seja nos Partzufim AB e SAG (item 54).
Todavia, quando Nekudot de SAG de AK começou a surgir, após a Masach de SAG, que é
Bechina Dalet de Aviut, foi purificada através da Bitush de Orh Makif que ocorreu nela, e veio
para Bechina Bet de Hitlabshut e Bechina Aleph de Aviut, o Taamin de SAG paritu. Então, o
nível de Nekudot surgiu no Aviut que permaneceu na Masach, em VAK sem uma Rosh.

Isto é assim porque as dez Sefirot que surgiram em Bechina Aleph de Aviut são o nível de ZA,
faltando GAR. Também, não existe Binah no nível masculino, que é Bechina Bet de Hitlabshut,
mas somente perto dela. Isto é considerado VAK de Binah.

Portanto, esta forma do nível de Nekudot de SAG foi equalizado com as dez Sefirot de Sium
abaixo do Tabur de AK, considerado VAK sem a Rosh, também (item 52). É sabido que a
equivalência de forma une os espirituais em um. Portanto, este nível A seguir desceu abaixo do
Tabur de AK e misturou-se com ZON de AK, onde eles eram como um, uma vez que eles são de
níveis iguais.

63) Nós talvez nos surpreendamos com o fato que existe ainda uma grande distância entre
eles com relação aos seus Aviut, uma vez que Nekudot de SAG vem a partir do Aviut de
Bechina Bet e nada tem de Bechina Dalet. E embora eles estão no nível de ZA, não é
como no nível de ZA abaixo do Tabur de AK, que é ZA de Bechina Dalet. Por esta razão,
existe uma grande diferença entre eles.

A resposta é que o Aviut não é aparente no Partzuf durante a cobertura da Luz, mas somente
após a partida da Luz. Portanto, quando Partzuf Nekudot de SAG apareceu no nível de ZA,
desceu e cobriu no nível de ZON do Tabur de AK para baixo, Bechina Bet foi misturada com
Bechina Dalet e causou a Tzimtzum Bet. Isto criou um novo Sium no lugar de Binah de Guf
daquele Partzuf, bem como estimulou uma mudança no lugar do Zivug, fazendo-o em Peh de
Rosh, ao invés de Nikvey Eynaim.

64) Portanto, você encontra que a origem da associação de Malchut em Binah, chamada
Tzimtzum Bet, ocorreu abaixo do Tabur de AK, pela expansão do Partzuf Nekudot de
SAG naquele lugar. Portanto, este nível das dez Sefirot de Nekudim, que vem da
Tzimtzum Bet, não poderia se espalhar acima do Tabur de AK, uma vez que não existe
força e nem governo que possa aparecer acima de sua origem. E desde que o lugar onde
Tzimtzum Bet foi criada foi do Tabur para baixo, o nível de Nekudim tinha que expandir
ali, também.

O Lugar para os Quatro Mundos ABYA, e o Parsa entre Atzilut e BYA

65) Portanto, nós aprendemos que Tzimtzum Bet ocorreu somente no Partzuf Nekudot de
SAG, posicionado do Tabur de AK para baixo, através seu Sium Raglim, que é, acima do
ponto deste mundo. Saiba que todas as mudanças que seguiram-se após a segunda
restrição vieram somente naquele Partzuf Nekudot de SAG, e não Acima dele.

Quando nós dissemos que Acima, que através da ascensão de Malchut para a metade de Tiferet
de AK, onde ela acabou o Partzuf, a parte inferior de Tiferet e NHYM de AK saiu na forma de
um espaço vazio, isto não ocorreu em TNHY de AK em si mesmo, mas somente em TNHY do
Partzuf Nekudot de SAG de AK. Todavia, estas mudanças são consideradas meras elevações do
MAN em AK em si próprio. Em outras palavras, ele vestiu-se nestas mudanças para emanar as
dez Sefirot de Nekudim, embora nenhuma mudança foi estimulada em AK por ele mesmo.

66) E tão logo a Tzimtzum ocorreu, durante a ascensão de Malchut para Binah, até mesmo
antes da elevação de MAN e o Zivug que foi feito em Nikvey Eynaim de AK, isto causou
ao Partzuf Nekudot de SAG de AK dividir-se em quatro divisões

4. KHB HGT para cima de seu Chazeh são consideradas o lugar de Atzilut;
Os dois terços inferiores de Tiferet, do Chazeh para baixo para o Sium de Tiferet tornaram-se o
lugar do mundo de Briah;

Suas três Sefirot, NHY, tornaram-se o lugar do mundo de Yetzirah;

A Malchut nele tornou-se o lugar do mundo de Assiahh;

67) A razão para isto é que o lugar do mundo de Atzilut significa o lugar merecedor da
expansão da Luz Superior. E porque a ascensão da última Malchut para o lugar de Binah
de Guf, chamada Tiferet, o Partzuf acaba ali e a Luz não pode atravessar dali para baixo.
Portanto, o lugar de Atzilut acaba ali, na metade de Tiferet, no Chazeh.

E você já sabe que o novo Sium, feito aqui, é chamado “O Parsa abaixo do mundo de Atzilut”.
E não existem três divisões nas Sefirot abaixo do Parsa. Isto é porque uma vez que o Sium foi
feito em Binah de Guf, que é Tiferet, somente ZON abaixo de Tiferet estão abaixo do Sium, e
não Tiferet, embora a metade inferior de Tiferet saiu para abaixo do Sium , também.

A razão é que Binah de Guf também consiste das dez Sefirot KHB ZON. E uma vez que estas
ZON de Binah são as raízes ZON de Guf, a qual estava incluída em Binah, elas são consideradas
como elas. Portanto, ZON de Binah saiu abaixo do Parsa de Atzilut, como também, junto com o
inclusivo ZON. Por esta razão, A Sefira Tiferet foi quebrada através dela no lugar do Chazeh,
uma vez que Malchut que subiu para Binah está se mantendo ali e revela ZON de Binah, que é,
dois terços de Tiferet do Chazeh para baixo de seu Sium

Todavia, existe ainda uma diferença entre os dois terços de Tiferet e as NHYM uma vez que
dois terços de Tiferet verdadeiramente pertencem a Binah de Guf e nunca surgiram abaixo do
Sium de Atzilut por causa delas mesmas, mas somente porque elas eram as raízes de ZON.
Portanto, suas falhas (faltas) não eram tão grandes, uma vez que elas não apareceram por causa
delas mesmas. Por esta razão elas se tornaram separadas de NHYM e se tornaram um mundo em
e nelas mesmas chamado de “O mundo de Briah”.

68) ZON de Guf, também, chamado de NHYM, estão divididas em dois discernimentos, uma
vez que Malchut é considerada Nukvah (feminino), sua falha (falta) é grande, e ela se
torna o lugar do mundo de Assiahh. ZA, que NHY, tornou-se o mundo de Yetzirah,
acima do mundo de Assiahh.

Portanto nós explicamos como o Partzuf Nekudot de SAG foi dividido pela Tzimtzum Bet e
tornou-se o lugar dos quatro mundos: Atzilut, Briah, Yetzirah, e Assiahh. KHB HGT, abaixo de
seu Chazeh, tornou-se o lugar do mundo de Atzilut. A metade mais baixa de Tiferet, do Chazeh
para o Sium de Tiferet, tornou-se o lugar do mundo de Briah, as NHY in it – o mundo de
Yetzirah e sua Malchut – o mundo de Assiahh. Seus lugares começam a partir do ponto do
Tabur de AK e terminam acima do ponto deste mundo, que é, através do Sium Raglin de AK, o
qual é o fim da cobertura do Partzuf Nekudot de SAG sobre o Partzuf Galgalta de AK.

A Katnut e Gadlut Iniciaram-se no Mundo de Nekudim

69) Agora que você conhece sobre a Tzimtzum Bet que ocorreu no Partzuf Nekudot de SAG
para o propósito de emanar as dez Sefirot no mundo de Nekudim, o quarto Partzuf de
AK, nós devemos retornar a explicar a geração das dez particulares Sefirot de Nekudim.
A geração de um Partzuf para o próximo já foi explicada. Cada Partzuf inferior nasce e
se origina da Masach de Guf do Superior (Partzuf), após sua Hizdakchut e ascensão para
renovar o Zivug na Peh do Superior. E a causa desta Hizdakchut é a Bitush na Peh de
Orh Makif na Masach do Partzuf Superior, que purifica a Masach do seu Aviut de Guf e
o equaliza com Aviut de Rosh (item 35).

Desta maneira, Partzuf AB de AK surgiu do Partzuf Keter de AK, Partzuf SAG de AK do Partzuf
AB de AK, e o quarto Partzuf de AK, chamado de “dez Sefirot do mundo de Nekudim,” nasceu e
surgiu de seu superior, sendo SAG de AK, da mesma forma.

70) Todavia, existe outra questão aqui. Nos Partzufim anteriores, a Masach foi feita somente
nos Reshimot de Aviut do Guf do Superior (Partzuf). Durante a Hizdakchut da Masach
da Peh de Rosh do Superior. Mas aqui, na Hizdakchut da Masach de SAG de AK para
Nekudim, esta Masach foi feita por dois tipos de Reshimot. Além disto sendo feita de seu
próprio Reshimot de Aviut, com relação às Sefirot de Guf de SAG de AK , está inclusa
com o Reshimot de Aviut de ZON de AK também abaixo do Tabur . isto porque após elas
terem se misturado abaixo do Tabur de AK, tal como está escrito (item 61) que Nekudot
de SAG desceu abaixo do Tabur de AK e ali misturou-se com ZON de AK.

71) Portanto, a questão de Katnut (pequeneza) (infância) e Gadlut (maturidade)(maioridade)


tem sido iniciada aqui no Partzuf Nekudim. Com respeito ao Reshimot de Aviut na
Masach, dez Sefirot de Katnut Nekudim surgiram sobre elas. E com respeito ao Reshimot
de ZON de AK abaixo do Tabur, o qual se misturou e se conectou com Reshimot da
Masach, as dez Sefirot de Gadlut de Nekudim surgiram sobre elas.

72) Você também deve saber que as dez Sefirot de Katnut Nekudim que emergiram na
Masach são consideradas a essência do Partzuf Nekudim, uma vez que elas surgiram
gradualmente, que é, da essência da Masach de Guf do Superior (Partzuf), o mesmo
como os três Partzufim de AK surgiram, Mas as dez Sefirot de Gadlut de Nekudim são
consideradas como meras adições ao Partzuf Nekudim. Isto é porque elas somente
surgiram do Zivug na Reshimot de ZON de AK, abaixo do Tabur, que não apareceu
gradualmente, mas fora adicionadas e conectadas na Masach devido ao declínio do
Partzuf Nekudot de SAG abaixo do Tabur de AK (item 70).

73) Nós devemos primeiro esclarecer que as dez Sefirot de Katnut Nekudim. Você já sabe
que seguindo Hitpashtut (propagação/expansão) de SAG de AK, ele submeteu-se a
Bitush de Orh Makif e Orh Pnimi em sua Masach, que gradualmente a purificou. Os
níveis que emergiram conforme sua purificação são chamados Nekudot de SAG, e elas
desceram abaixo do Tabur de AK e ali misturaram-se com Bechina Dalet (item 62).
Após ele ter completado sua purificação de todos os Aviut de Guf na Masach e
permaneceu somente com Aviut de Rosh, é considerado como ter subido da Rosh de
SAG, onde ela recebeu um novo Zivug na medida do Aviut que ficou no Reshimot da
Masach (item 35).

74) E aqui, também, é considerado que a última Bechina de Aviut, Aviut de Bechina Dalet
que foi na Masach, desapareceu completamente, deixando somente Reshimo de
Hitlabshut. Portanto, nada foi deixado do Aviut mas Bechina Aleph. Portanto (item 43) a
Masach recebeu dois tipos de Zivugim (plural de Zivug) na Rosh de SAG.

5. Hitkalelut de Bechina Aleph de Aviut dentro de Bechina Bet de Hitlabshut


(cobertura), chamada “Hitkalelut do Reshimo feminino no Reshimo
Masculino,” gerou um nível próximo do degrau de Binah, que é o degrau
de VAK de Binah. Este nível é chamado de “A Sefira Keter de Nekudim.”

Hitkalelut do masculino com Reshimo do feminino, o Reshimo de Bechina Bet de Hitlabshut


em Bechina Aleph de Aviut, gerou o nível de ZA, considerado VAK sem uma Rosh, chamada
“Aba ve Ima de Nekudim de costas para as costas.”

Estes dois níveis são chamados GAR de Nekudim, que é, eles são considerados as dez Sefirot de
Rosh Nekudim, uma vez que cada Rosh é chamada GAR ou KHB. Mas existe uma diferença
entre eles: Keter de Nekudim, que está no nível masculino, não se espalha no Guf e brilha
somente na Rosh. Somente AVI de Nekudim, que são os níveis femininos, chamadas “sete
inferiores Sefirot de Nekudim” ou “HGT NHY de Nekudim” expandem-se para o Guf.

Portanto, existem três degraus um abaixo do outro:

6. Keter de Nekudim, com o nível de VAK de Binah.

O Nível de AVI (Aba e Ima) de Nekudim, que tem o nível de ZA, Estes são ambos considerados
Rosh.
ZAT de Nekudim, HGT NHYM, considerado Guf de Nekudim.

75) Saiba, que pela ascensão de Malchut para Binah, estes dois degraus de Nekudim
dividiram-se em duas metades em suas saídas, chamadas Panim (face) e Achoraim
(costas). Isto é assim uma vez que o Zivug foi feito em Nikvey Eyanim, existem somente
duas e meia metades de Sefirot na Rosh – Galgalta, Eynaim (olhos), que é Keter,
Chochma, e a metade Superior de Binah. Estas são chamadas de Kelim Panim (Kelim
Frontal).

Os Kelim de AHP, que são a metade inferior de Binah, ZA, e Nukvah, surgiram das dez Sefirot
de Rosh e foram consideradas o degrau abaixo da Rosh. Portanto, Kelim de Rosh, que partiu da
Rosh, são considerados Kelim de Achoraim (Kelim Posterior). Cada degrau foi dividido desta
maneira.

76) A isto segue que não existe um simples degrau que não tenha Panim e Achoraim. Isto
porque os AHP do nível masculino Keter de Nekudim , surgiu do degrau de Keter e
desceu para o degrau de AVI de Nekudim, o nível feminino. E AHP do nível feminino –
AVI de Nekudim – desce e caiu nos seus degraus do Guf, o degrau das sete inferiores
Sefirot HGT NHY de Nekudim.

Como resultado AVI compreende dois Behinot (discernimentos) Panim e Achoraim: dentro
deles estão Achoraim dos degraus de Keter, ou seja, os AHP de Keter e no topo destes cobre os
Kelim de Panim de AVI a si mesmos, isto é, seus próprios Galgalta Eynaim, e Nikvey Eynaim.
Também, ZAT de Nekudim inclui Panim e Achoraim: Os Kelim de Achoraim de AVI, que são
seus AHP, estão dentro de ZAT, e os Kelim de Panim de ZAT cobre-os da parte de fora.

77) Esta questão da divisão em duas metades fez com que os degraus de Nekudim fossem
incapazes de conter mais do que Bechina Nefesh Ruach, significando VAK sem GAR.
Isto porque cada degrau é deficiente dos três Kelim Binah e ZON, portanto a ausência
das luzes de GAR ali, sendo Neshama, CChaya, Yechida (item 24). Portanto nós
explicamos completamente as dez Sefirot de Katnut de Nekudim, que são os três degraus
chamados Keter, AVI, e ZAT. Cada degrau contem somente Keter Chochma no Kelim e
Nefesh Ruach na Luzes, uma vez que Binah e ZON de cada degrau caíram para o degrau
abaixo deste.

Elevando MAN e a Descoberta (construção?) de Gadlut de Nekudim

78) Agora nós vamos explicar as dez Sefirot de Gadlut (maturidade/grandes) de Nekudim
que surgiu em MAN de Reshimot de ZON de AK abaixo de seu Tabur (item 71).
Primeiro, nós precisamos entender a subida de MAN. Até aqui, nós temos apenas
discutido a ascensão da Masach de Guf para a Peh de Rosh do Superior, uma vez que
esta foi purificada. Também, houve um Zivug de Hakaah no Reshimot incluído nele, que
gera o nível das dez Sefirot para as necessidades do que está abaixo. Agora, no entanto, a
questão da subida Ma yin Nukvin (MAN/água feminina) foi renovada, por estas Luzes,
que subiram abaixo do Tabur de AK para a Rosh de SAG, que são os Reshimot de ZON
de Guf de AK , chamado “subindo MAN”.

79) Saiba, que a origem da subida MAN é a partir de ZA e Binah das dez Sefirot de Orh
Yashar (Luz Direta) (item 5). Ali está explicado que Binah, considerada Orh Chassadim,
reuniu-se com Chochma quando ela emanou a Sefira Tiferet, chamada Bechina Gimel, e
estendeu a iluminação de Chochma desta para Tiferet, que é ZA. A maior parte de ZA
surgiu de Orh Chassadim de Binah, e sua menor parte com a iluminação de Chochma.

Isto é onde a conexão entre ZA e Binah foi feita, como a cada tempo o Reshimot de ZA sobe até
Binah, Binah se conecta com Chochma e estende a iluminação de Chochma desta, para ZA. Esta
ascensão de ZA para Binah, que a conecta com Chochma, é sempre chamada “subindo MAN”.
Sem esta ascensão de ZA para Binah, Binah não é considerada Nukvah para Chochma, uma vez
que ela mesma é somente Orh Chassadim e não necessita receber Orh Chochma.

Ela é sempre considerada “de costas- para – as costas” com Chochma, que significa que ela não
quer receber de Chochma. Somente quando ZA sobre para ela, ela se torna Nukvah para
Chochma uma vez mais, para receber iluminação de Chochma desta, para ZA. Portanto, a
ascensão de ZA faz dela uma Nukvah, e isto é porque sua ascensão é chamada de Ma yin Nukvin,
como a ascensão de ZA traz ela para “de costas – para – as costas” uma vez mais. Isto significa
que ela recebe dele a maneira que Nukvah faz a partir do masculino. Portanto nós explicamos
completamente a subida de MAN.

80) Você já sabe que Partzuf AB de AK é Partzuf Chochma, e Partzuf SAG de AK é Partzuf
Binah. Isto significa que eles são discernidos de acordo com a Mais Alta Bechina do seu
nível. AB, de quem a Mais Alta Bechina é Chochma, é considerado totalmente como
Chochma. SAG, de quem Alta Bechina é Binah, é considerado totalmente Binah.

Portanto, quando os Reshimot de ZON de Guf abaixo do Tabur de AK subiu para a Rosh de
SAG, eles se tornaram MAN para o SAG que ali está, onde SAG, que é Binah, acoplou-se com o
Partzuf AB, que é Chochma. Subseqüentemente, AB deu a SAG uma nova Luz para as
necessidades de ZON, abaixo do Tabur que ali se elevou.

E uma vez que ZON de AK recebeu esta nova Luz, eles desceram novamente para seus lugares
abaixo do Tabur de AK, onde existem dez Sefirot de Nekudim, onde eles iluminaram a nova Luz
dentro das dez Sefirot de Nekudim. Esta é a Mochin (Luz) de Gadlut das dez Sefirot de
Nekudim. Portanto nós explicamos as dez Sefirot de Gadlut que surgiram no segundo tipo dos
Reshimot, que são os Reshimot de ZON abaixo do Tabur de AK (item 71). Certamente, são estes
Mochin de Gadlut que causam a fragmentação dos vasos, tal como estará escrito abaixo.

81) Foi explicado acima (item 74) que existem dois degraus em Rosh de Nekudim, chamado
Keter e AVI. Portanto, quando ZON de AK brilhou a nova Luz de AB SAG para as dez
Sefirot de Nekudim, primeiro foi mostrado a Keter de Nekudim através de seu Tabur de
AK, onde Keter cobre, e completou-o com GAR com Luzes e Binah e ZON em Kelim.
Subseqüentemente, ele brilhou para AVI de Nekudim através de Yesod de AK, onde AVI
cobre, e completou-os com GAR com Luzes e Binah e ZON em Kelim.

82) Primeiro, vamos explicar Gadlut, o que esta nova Luz causou nas dez Sefirot de
Nekudim. A questão é que nós devemos perguntar a respeito do que está escrito no item
74, que o nível de Keter e AVI de Nekudim foram considerados VAK porque eles agiram
no Aviut de Bechina Aleph. Mas nós dissemos que através da descida de Nekudot de SAG
abaixo do Tabur de AK, Bechina Dalet juntou-se com a Masach de Nekudot de SAG,
que é Binah. Portanto, esta Masach contém também um Reshimo de Bechina Dalet de
Aviut. Naquele caso, durante a Hitkalelut da Masach na Rosh de SAG, dez Sefirot
deveriam ter surgido no nível de Keter e a Luz de Yechida, e não no nível de VAK de
Binah na Sefira Keter, e o nível de VAK sem uma Rosh em AVI.

A resposta é que o lugar é a causa. Uma vez que Bechina Dalet está inclusa em Binah, que é
Nikvey Eyanaim, Aviut Dalet desapareceu dali na internalidade de Binah, como se ela não está
ali sob nenhuma hipótese. Portanto, a Zivug foi feita somente no Reshimot de Bechina Bet de
Hitlabshut e Bechina Aleph de Aviut, que são essencialmente somente da Masach de Binah
(item 74), e somente dois níveis surgiram ali: VAK de Binah e completa VAK.

83) Por esta razão, agora ZON de AK abaixo do Tabur estendeu a nova Luz através dos seus
MAN a partir de AB de SAG, e o iluminou para a Rosh de Nekudim (item 81). E uma vez
que Partzuf AB de AK não tem conexão com esta Tzimtzum Bet, que elevou Bechina
Dalet para o lugar de Nikvey Eynaim, quando sua Luz foi atraída para a Rosh de
Nekudim ele cancelou novamente a Tzimtzum Bet dentro de si, o qual elevou o lugar do
Zivug para Nikvey Eynaim. Também, ele desceu Bechina Dalet de volta para seu lugar na
Peh¸ como antes de Tzimtzum Aleph, que é, o lugar da Peh de Rosh.

Portanto, os três Kelim – Auzen (orelha), Hotem (nariz), e Peh (boca) – que caíram de degrau
por causa da Tzimtzum Bet (item 76), agora retornaram aos seus lugares – seus degraus – tal
com antes. Naquele período, o lugar do Zivug desceu uma vez mais de Nikvey Eynaim para
Bechina Dalet para o lugar da Peh de Rosh. E uma vez que Bechina Dalet está já em seu lugar,
dez Sefirot surgiram ali no degrau de Keter.

Desta forma, foi explicado que através da nova Luz, que ZON de AK estendeu para Rosh de
Nekudim, ele ganhou as três Luzes Neshama, CChaya, Yechida e os três Kelim AHP, que são
Binah e ZON que estavam perdidos quando ele primeiro surgiu.

84) Agora nós explicamos completamente a Katnut e Gadlut de Nekudim. Tzimtzum Bet, que
subiu o Hey – Bechina Dalet – inferior para o lugar de Nikvey Eyanim, onde ele estava
oculto, ocasionou o nível de Katnut de Nekudim – o nível de VAK ou ZA nas Luzes de
Nefesh Ruach. Ali lhes estava faltando Binah e ZON nos Kelim e Neshama, CChaya,
Yechida nas Luzes. E através da aproximação da nova Luz de AB SAG de AK para
Nekudim, Tzimtzum Aleph voltou para seu lugar.

Binah e ZON dos Kelim voltaram para a Rosh, uma vez que o Hey inferior desceu de Nikvey
Eyanim e voltou para o seu lugar – Malchut, chamada Peh. Então um Zivug foi feito em
Bechina Dalet, que retornou para seu lugar, e dez Sefirot no nível de Keter e Yechida surgiram.
Isto completou as NRNHY das Luzes de KHB ZON dos Kelim.

Em Resumo, de agora em diante nós nos referiremos à Tzimtzum Bet e a Katnut pelo nome
“ascensão do hey inferior para Nikvey Eynaimi e o descenso de AHP para baixo”. Também, nós
nos referimos à Gadlut pelo nome de “A aproximação da Luz de AB SAG, que abaixa o Hey
inferior de Nikvey Eyanimi e traz AHP de volta para seus lugares”. Lembre-se das explicações
acima mencionadas.

Você deve também se lembrar que GE (Galgalta Eyanim) e AHP são nomes das dez Sefirot
KHB ZON de Rosh, e as dez Sefirot de Guf são chamadas de HGT NHYM. Elas, também, estão
divididas em GE e AHP, uma vez Hesed e Gvura e o terço Superior de Tiferet – através do
Chazeh – são Galgalta ve (e) Eynaim e Nikvey Eynaim e os dois terço de Tiferet e NHYM são
AHP, como tem sido escrito acima;

Também, lembre que Galgalta, Eynaim, e Nikvey Eynaim, ou HGT acima do Chazeh, são
chamados Kelim de Panim (Kelim anterior). E AHP, ou AHP, ou os dois terços inferiores de
Tiferet e NHYM do Chazeh para baixo são chamados de Kelim de Achoraim (Kelim posterior),
como escrito no item 76. E você deve se lembrar que a ramificação (ou fissura) do degrau que
ocorreu com Tzimtzum Bet, que deixou somente os Kelim de Panim no degrau inteiro. E
finalmente, cada inferior contem dentro de si os Kelim de Achoraim do que está Acima (item
77).

Explicando os Três Nekudot Holam, Shuruk, Hirik

85) Saiba, que os Nekudot (pontos) estão divididos em três Behinot – Rosh, Toch, e Sof, que
são

Nekudot Superior, acima das Otiyot (letras), incluídos no nome, Holam,

Nekudot Médio, dentro das Otiyot, incluídos no nome, Shuruk ou Melaform, significando Vav e
um ponto dentro dele;

Nekudot Inferior, abaixo das Otiyot, incluídos no nome, Hirik

86) Estas são suas explicações: Otiyot são Kelim, que são, Sefirot do Guf. Isto é porque as
dez Sefirot de Rosh são somente raízes dos Kelim, não é um Kelim real. Nekudot
significa Luzes, as quais sustentam os Kelim e os movem, significando Orh Chochma
chamada Orh CChaya (4). Isto é considerado uma nova Luz, que ZON de AK recebeu de
AB SAG e iluminou os Kelim de Nekudim, trazendo de volta e para baixo Hey inferior
para a Peh de cada degrau, e voltando o AHP de Kelim e GAR das Luzes de cada degrau.
Portanto, estas Luzes movimentam os Kelim de AHP e os elevam do degrau inferior,
conectando-os com o Superior, tal como no começo. Isto é o significado de Nekudot que move
as Otiyot. E uma vez que esta Luz se estende de AB de AK, que é Orh CChaya, ela reanima
aqueles Kelim de AHP pelo fato de cobrí-los.

87) Você já sabe que ZON de AK brilhou esta nova Luz para as dez Sefirot de Nekudim
através de dois lugares: Ele iluminou Keter de Nekudim através do Tabur, e iluminou
AVI de Nekudim através de Yesod.

Saiba que esta iluminação através do Tabur é chamada Holam, que brilha para as Otiyot acima
delas. Isto é assim porque a iluminação do Tabur alcança somente Keter de Nekudim, o nível
masculino de Rosh de Nekudim (item 74). E o nível masculino não se expande dentro dos sete
inferiores de Nekudim, que são os Kelim de Guf, chamadas Otiyot¸ portanto isto é considerado
estar brilhando sobre elas do seu lugar acima, sem expansão nas próprias Otiyot.

Esta iluminação através de Yesod é chamada Shuruk, que é, Vav com um ponto que se mantém
dentro da linha das Otiyot. A razão é que esta iluminação vem de AVI de Nekudim, que são os
níveis femininos da Rosh de Nekudim, de quem as Luzes também expandem dentro do Guf, que
são ZAT de Nekudim, chamadas Otiyot. Isto é o porquê que você encontrará o ponto de Shuruk
dentro da linha das Otiyot.

88) Por esta razão, Holam e Shuruk foram completamente explicados. A iluminação de uma
nova Luz através do Tabur, que abaixa o Hey inferior de Nikvey Eynaim de Keter para a
Peh, e eleva os AHP de Keter uma vez mais, é o ponto de Holam acima das Otiyot. A
iluminação de uma nova Luz através de Yesod, que abaixa o Hey inferior de Nikvey
Eynaim de AVI para suas Peh e retorna seus AHP, é o ponto de Shuruk dentro das Otiyot.
Isto é porque estes Mochin também vem em ZAT de Nekudim, chamadas de Otiyot.

89) Hirik é considerada a nova Luz que ZAT por si próprios recebem de AVI, para trazer para
baixo o Hey inferior final, que esse mantém em seus Chazeh, o lugar de Sium Raglin de
AK. Portanto, seus AHP, particularmente os Kelim do Chazeh para baixo, que tornaram-
se o lugar de BYA, retornam para eles. Neste tempo, BYA mais uma vez será como
Atzilut.

Mas ZAT de Nekudim não poderia trazer o Hey inferior para baixo do Chazeh e revogar
completamente Tzimtzum Bet, a Parsa, e o lugar de BYA. Ao contrário, quando eles se estendem
a Luz dentro BYA, todos os Kelim de ZAT imediatamente se quebraram, uma vez que a força do
Hey inferior final, que se mantém na Parsa, foi misturado com estes Kelim.

Portanto, a Luz tinha que instantaneamente partir dali e os Kelim e quebraram, morreram, e
caíram dentro de BYA. Também, seus Kelim de Panim, acima da Parsa, os Kelim acima do
Chazeh¸ quebraram da mesma forma, uma vez que também toda a Luz partiu daquele lugar.
Portanto, eles quebraram e caíram dentro de BYA, devido a sua união dentro de um só Guf com
os Kelim de Achoraim.
90) Portanto você ve que o ponto de Hirik não poderia surgir e controlar no mundo de
Nekudim, uma vez que, além do mais, isto causou a fragmentação (quebra) dos vasos.
Isto foi porque ela quis cobrir (vestir) dentro das Otiyot, em TNHYM abaixo da Parsa de
Atzilut que se tornou BYA.

Entretanto, mais tarde, no mundo da Tikkun, o ponto de Hirik recebeu sua correção, uma vez
que ela foi corrigida dentro da iluminação abaixo das Otiyot. Isto significa que quando ZAT de
Atzilut recebe a Luz de Gadlut a partir de AVI, que deveria abaixar o Hey inferior final a partir
do lugar do Chazeh para Sium Raglin de AK, e conectar os Kelim de TNHYM para Atzilut, acima
da Parsa, e receber as Luzes enquanto elas estão acima da Parsa de Atzilut, assim nenhuma
fragmentação (quebra) ocorreria neles novamente, como no mundo do Nekudim.

Isto é considerado que o ponto de Hirik, que eleva os Kelim de THNY de ZAT de Atzilut,
mantém abaixo dos Kelim de TNHYM que subiram, que significa, ela se manter no lugar da
Parsa de Atzilut. Portanto, o ponto de Hirik serve sob as Otiyot. Isto explica os três pontos,
Holam, Shuruk, Hirik, de maneira geral.

A Ascensão de MAN de ZAT de Nekudim para AVI e a Explicação da Sefira Daat

91) Já foi explicado que devido à ascensão do Hey inferior para Nikvey Eynaim, que ocorreu
na Tzimtzum Bet, quando Katnut das dez Sefirot de Nekudim surgiram, cada degrau foi
dividido em duas metades.

Galgalta ve Eynaim permaneceu no degrau, portanto, eles são chamados Kelim de Panim
(Kelim anterior).

Auzen, Hotem, e Peh, que caíram do degrau de onde estavam para o que está abaixo deste, são
por esta razão chamados de Kelim de Achoraim (Kelim posterior)

Portanto, cada degrau é agora feito de internalidade e externalidade, uma vez que os Kelim de
Achoraim do degrau Superior caiu na internalidade de seus próprios Kelim de Panim. E a queda
dos AHP de Keter de Nekudim estão cobertos dentro de Galgalta ve Eynaim de AVI, e a queda
AHP de AVI estão cobertas dentro de Galgalta ve Eynaim de ZAT de Nekudim (item 76).

92) Em conseqüência, quando a nova Luz de AB SAG de AK vem para o degrau, e abaixa a
Hey inferior de volta para seu lugar na Peh, durante Gadlut de Nekudim, o degrau traz
seu AHP de volta para ela, e seus dez Sefirot de Kelim e dez Sefirot do Superior, sobre
conjuntamente com elas para o Superior.

Isto é assim porque a regra é que “Não há ausência no espiritual”. E como o inferior estava
ligado com AHP do Superior durante a Katnut, eles não estão separados entre si durante a
Gadlut também, quando os AHP do Superior retornam para os seus degraus. A isto resulta que
o degrau inferior tem agora se tornado um Degrau Maior, uma vez que o inferior (degrau mais
baixo) que sobre para o Superior torna-se como Ele.
93) A isto resulta que quando AVI receberam a nova Luz de AB SAG e abaixou a Hey
inferior de Nikvey Eynaim de volta para as suas Peh, e levantou também seus AHP, as
ZAT (sete Sefirot inferiores), que cobrem estes AHP durante Katnut, agora subiu com
elas para AVI. Portanto, as ZAT tornaram-se um simples degrau com AVI. Estas
ascensão das ZAT para AVI é chamada de “elevando MAN”. E quando elas estão no
mesmo degrau de AVI, elas recebem também as Luzes de AVI.

94) E isto é chamado MAN uma vez que a ascensão de ZA para Binah trouxe a de volta para
estar face-a-face com Chochma (item 80). É sabido que cada ZAT são ZON. Por esta
razão, quando ZAT subiu com AHP de AVI para o degrau de AVI, elas se tornam MAN
para Binah das Sefirot de AVI. Então ela retorna para ser face-a-face com Chochma de
AVI e prove ZON, que são ZAT de Nekudim que subiram para elas, com a iluminação de
Chochma.

95) Apesar da ascensão acima mencionada de ZAT para AVI, isto não significa que eles
estavam completamente ausentes de seus lugares e subiram para AVI, uma vez que não
há ausência (vazio) no espiritual. Também, cada “troca de lugar” na espiritualidade não
significa que ele/ela/algo partiu de seu antigo lugar e mudou-se para uma nova
localização, tal como nos realocamos/reposicionamos na corporalidade. Ao contrário, há
meramente um acréscimo aqui, eles vieram para um novo local, enquanto permanecem
no antigo. Portanto, embora ZAT subiu para AVI para MAN, eles ainda ficaram em seus
lugares, nos seus degraus inferiores, tal como antes.

96) De modo similar, você pode entender que mesmo que nós digamos que uma vez que
ZON subiu para MAN para AVI e recebeu suas Luzes ali, e dali saíram e retornando para
seus lugares abaixo, aqui, também, isto não significa que eles partiram de seus lugares
acima e se mudaram para o lugar abaixo. Tivesse ZON estado ausente de seus lugares
acima em AVI, o face-a-face Zivug de AVI pararia instantaneamente, e eles retornariam
para ser costas-a-costas com antes. Eles parariam suas abundâncias, e ZON abaixo,
perderia seus Mochin, também.

Já foi explicado acima que Binah naturalmente deseja somente Orh Chassadim, com em, “uma
vez que ele se deleita em misericórdia”. Ela não tem interesse em receber Orh Chochma, uma
vez que, ela é costas-acostas com Chochma. Somente quando ZON ascende para eles apesar de
que MAN faz Binah retornar para o face-a-face Zivug com Chochma, para doar a iluminação de
Chochma para ZA.

Portanto, é necessário que ZON sempre permaneça ali, para dar sustento e subsistência para o
face-a-face do Zivug de AVI. Por esta razão, não pode ser dito que ZON estão ausentes dos seus
lugares de AVI quando eles vêm para os seus lugares abaixo , eles ainda permaneceram acima.

98-99) Agora você pode entender a Sefira Daat que teve seu inicio no mundo de Nekudim. Em
todos os Partzufim de AK, através de Nekudim, existem sempre dez KHB ZON. Mas a partir do
mundo de Nekudim em diante, existe a Sefira Daat, que nós consideramos com KHBD ZON.
A questão é que não havia a ascensão de MAN no Partzufim de AK, mas somente a ascensão da
Masach to Peh de Rosh (item 79). Mas você deve saber que a Sefira Daat se estende a partir da
ascensão de MAN de ZON para AVI, tal como foi esclarecido que ZON , que ali se elevou para
MAN para Chochma e Binah, permanecem ali até mesmo após a saída deles dali para os seus
lugares abaixo, para prover sustento e subsistência para o face-a-face Zivug de AVI. Estes ZON,
que permanecem em AVI são chamados “A Sefira Daat”. Portanto, agora Hbi têm a Sefira
Daat, que sustenta e as posiciona no face-a-face Zivug. Estes são os ZON que ali subiram para
MAN e permaneceram ali até mesmo após a saída dos ZON para os seus lugares.

Portanto, de agora em diante nós chamamos as dez Sefirot pelos nomes KHBD ZON. Mas nos
Partzufim de AK, antes do mundo de Nekudim, antes da subida de MAN, não havia ali Sefira
Daat. Você também de saber que a Sefira Daat é sempre chamada “de cinco Chassadim e cinco
Gevurot” uma vez que ZA que permanece ali é considerado cinco Chassadim, e Nukvah que
permaneceu ali é considerada cinco Gevurot.

100) Você talvez pergunte a respeito do que está escrito no Livro da Criação, que as dez Sefirot
são “dez e não nove, dez e não onze”. É dito que a Sefira Daat I foi iniciada no mundo de
Nekudim, portanto, existem onze Sefirot KHBD ZON.

A resposta é que não é um acréscimo nas dez Sefirot, uma vez que nós aprendemos que a Sefira
Daat é ZON que subiu para MAN e permaneceu ali. Portanto, não há acréscimo aqui, mas ao
contrário dois discernimentos em ZON:

7. Os ZON em seus lugares abaixo, que são considerados Guf,


Os ZON que permaneceram na Rosh de AVI, uma vez que eles já estavam ali durante a subida
de MAN, e não há ausência no espiritual. Portanto, não há em absoluto acréscimo nas dez Sefirot
aqui, pois no fim, existem aqui somente dez Sefirot KHB ZON. E se o discernimento de ZON
permanece na Rosh em AVI, isto não acresce (adiciona) nada as dez Sefirot.

A Quebra dos Vasos e Suas Quedas em BYA

101) Agora que nós explicamos completamente a subida de MAN e a Sefira Daat, que eram
consideradas os Kelim de Panim de ZAT de Nekudim que se estendeu e subiu para AVI. Isto é
porque AVI recebeu a nova Luz de AB SAG de AK de ZON de AK na forma do ponto de Shuruk.
Eles abaixaram o Hey inferior de seus Nikvey Eynaim para Peh, e subiram seus Kelim de
Achoraim, que estavam caídos em ZAT de Nekudim. Como resultado, os Kelim de Panim de
ZAT, que estavam ligados ao Kelim de Achoraim de AVI (itens 89-94), também subiram, e ZAT
de Nekudim ali tornou-se MAN, e retornou AVI para ser face-a-face.

E uma vez que a Hey inferior, que é Bechina Dalet, tinha já retornado para o seu lugar na Peh, o
Zivug de Hakaah que foi feito naquela Masach de Bechina Dalet gerou dez Sefirot completas no
nível de Keter na Luz de Yechida (item 84). Portanto, ZAT, que estão inclusos ali como MAN,
receberam também aquelas grandes Luzes de AVI. Todavia, tudo isto é somente relacionado
como sendo do Acima para baixo, uma vez que AVI são considerados a Rosh de Nekudim, onde
ocorre o Zivug que gera as dez Sefirot do Acima para abaixo.

Subseqüentemente, eles se expandem também dentro do Guf, do Acima para baixo (item 50).
Naquele período, as ZAT se estendem com todas as Luzes que elas tinham recebido em AVI para
os seus lugares abaixo, e a Rosh e Guf do Partzuf Gadlut de Nekudim acaba. Esta Hitpashtut é
considerada o Taamin do Partzuf Gadlut de Nekudim (item 26).

102) Os quatro Behinot – Taamin, Nekudot, Tagin, Otiyot – são também discernidos no Partzuf
Nekudim (item 47). Isto é assim porque todas as forças que existem no Superiores devem existir
nos inferiores, também. Mas no inferior, existem questões adicionais para o Superior. Foi
explicado que o coração de Hitpashtut de cada Partzuf é chamado de Taamin. Após sua
expansão, a Bitush de Orh Makif e Orh Pnimi ocorre nele, e através desta Bitush, a Masach é
gradualmente purificada até que ela se iguala com a Peh de Rosh.

E uma vez que a Luz Superior não para, a Luz Superior acopla-se (acasala-se) com a Masach
em cada estado de Aviut junto com a sua purificação. Isto significa que quando ela se purifica de
Bechina Dalet para Bechina Gimel, o nível de Chochma surge nela. E quando ela vem para
Bechina Bet, no nível de Binah nela surge. Quando ela vem para Bechina Aleph, o nível de ZA
surge nela, e quando ela vem para Bechina Shoresh, o nível de Malchut surge nela. Todos estes
níveis que surgem na Masach através de sua purificação são chamados Nekudot.

As Reshimot que permanecem das Luzes, uma vez que elas partiram, são chamadas Tagin. Os
Kelim que ficam após a partida das Luzes deles (Kelim) são chamados de Otiyot, e uma vez que
a Masach foi completamente purificada do seu Aviut de Guf, está inclusa na Masach de Peh de
Rosh no Zivug ali, e um segundo Partzuf surge nela.

103) E aqui no Partzuf Nekudim, este foi feito precisamente da mesma maneira. Aqui, também,
dois Partzufim surgem – AB e SAG – uma abaixo do outro. E em cada um deles estão Taamin,
Nekudot, Tagin, e Otiyot.

A única diferença é que a questão do Hizdakchut da Masach não foi feita aqui por causa da
Bitush de Orh Makif e Orh Pnimi, mas por causa da falta de força de Din na Malchut final,
incluída naqueles Kelim (item 90). Por esta razão, os Kelim vazios ficaram no Partzuf após a
partida das Luzes, tal como nos três Partzufim Galgalta, AB, SAG de AK, mas se quebraram,
faleceram e caíram em BYA.

104) Partzuf Taamin, que surgiu no mundo de Nekudim, que é o primeiro Partzuf em Nekudim,
que surgiu no nível de Keter, surgiu com Rosh e Guf. A Rosh saiu em AVI, e o Guf é a
Hitpashtut de ZAT a partir da Peh de AVI para baixo (Item 101). Esta Hitpashtut da Peh de AVI
para baixo é chamada de Melech ha Daat (Rei Daat).

E isto é certamente o todo de ZAT de Nekudim que re-expandiu dos seu lugares após a subida de
MAN. Mas uma vez que suas raízes permaneceram em AVI para o sustento e subsistência para o
face-a-face de AVI (item 98), chamado de Moach ha Daat. Este é o primeiro Melech (Rei) de
Nekudim.
105) É sabido que toda a quantidade e qualidade nas dez Sefirot de Rosh aparece na Hitpashtut
do Acima para baixo para Guf, também. Portanto, como nas Luzes da Rosh, a Malchut
acasalada, retornou e desceu de Nikvey Eynaim para a Peh. Então, GE (Galgalta Eyanim) e
Nikvey Eynaim, que são Kelim de Panim, reunificaram seus Kelim de Achoraim, suas AHP, e as
Luzes expandiram-se nelas. De modo similar, como elas expandiram-se a partir do Acima para
abaixo para o Guf, as Luzes foram atraídas também para seus Kelim de Achoraim, que são as
TNHYM em BYA, abaixo do Parsa de Atzilut.

No entanto, uma vez que a força da Malchut final no Parsa de Atzilut está misturada com
aqueles Kelim, tão logo as Luzes de Melech ha Daat encontraram esta força, elas partiram dos
Kelim e subiram para as suas raízes. Então, todos os Kelim de Melech ha Daat se quebraram
face e costas, faleceram, e caíram em BYA, uma vez que a partida das Luzes dos Kelim é como a
partida da vitalidade de um corpo corpóreo, chamado “morte”. Naquele período, a Masach foi
purificada do Aviut de Bechina Dalet, uma vez que estes Kelim já se quebraram e faleceram, e
somente Aviut Bechina Gimel ficou nela (Masach).

106) E como o Aviut de Bechina Dalet foi revogado da Masach de Guf pela fragmentação
(quebra), aquele Aviut foi revogado na Malchut acasaladora da Rosh em AVI, também. Isto é
assim porque Aviut de Rosh e Aviut de Guf são as mesmas coisas, exceto que um é potencial e
outro é real (item 50). Portanto, o Zivug no nível de Keter parou na Rosh em AVI, também, e os
Kelim de Achoraim, as AHP que completaram o nível de Keter, caíram uma vez mais para o
degrau debaixo dela – ZAT. Isto é chamado “revogando Achoraim do nível de Keter de AVI”. A
isto resulta que todo o nível de Taamin de Nekudim, Rosh e Guf, partiu.

107) E uma vez que a Luz Superior não para de brilhar, esta se acopla mais uma vez em Aviut
de Bechina Gimel que permaneceu na Masach de Rosh em AVI, gerando dez Sefirot no nível de
Chochma. O Guf a parir do Acima para abaixo expandiu-se para a Sefira Hesed, e esta é o
segundo Melech de Nekudim. Este, também, se estendeu para BYA, quebrou, e faleceu, ao
mesmo tempo o Aviut de Bechina Gimel foi revogado também da Masach de Guf e de Rosh.
Também, os Kelim de Achoraim, os AHP que completaram este nível de Chochma de AVI,
foram revogados uma vez mais, e caíram no degrau abaixo deste, para ZAT, como aconteceu no
nível de Keter.

Na seqüência, o Zivug foi feito em Aviut Bechina Bet que permaneceu na Masach, gerando dez
Sefirot no nível de Binah. O Guf, a partir do Acima para baixo, expandiu-se na Sefira Gvura, e
este é o terceiro Melech de Nekudim.

Este, também, estendeu-se dentro de BYA, quebrou, e faleceu, revogando também o Aviut de
Bechina Bet na Rosh e Guf, finalizando também o Zivug no nível de Binah na Rosh. O
Achoraim no nível de Binah de Rosh caiu no degrau abaixo dela em ZAT, e então o Zivug foi
feito no Aviut de Bechina Aleph que permaneceu na Masach, gerando dez Sefirot no nível de
ZA sobre ela. Também, seu Guf, a partir do Acima para baixo, espalha-se no terço Superior de
Tiferet. Todavia, esta, também, não agüentou e sua Luz partiu. Portanto, o Aviut de Bechina
Aleph foi
purificado com Guf e Rosh, e o Achoraim do nível de ZA caiu para o degrau abaixo dela, para
ZAT.

108) Isto completa o descenso de todos os Achoraim de AVI, que são AHP. Isto é assim porque
com a quebra de Melech ha Daat, somente os AHP que pertencem ao nível de Keter foram
cancelados em AVI. E com a quebra de Melech ha Hesed, somente os AHP que pertencem ao
nível de Chochma foram cancelados em AVI. E com a quebra de Melech ha Gvura, os AHP que
pertencem ao nível de Binah foram cancelados; e com a partida do terço Superior de Tiferet, os
AHP do nível de ZA foram cancelados.

A isto segue que a inteira Gadlut de AVI foi cancelada, e somente GE de Katnut permaneceu
neles, e somente Aviut Shoresh permaneceu na Masach. Depois, a Masach de Guf foi purificada
de todos os seus Aviut, e se equalizou com a Masach de Rosh, Naquela ocasião, ela foi incluída
em um Zivug de Hakaah da Rosh, e os Reshimot nela foram renovados, menos a última
Bechina(item 41). E por esta renovação, um novo nível emergiu, chamado YESHSUT.

109) E uma vez que a última Bechina foi perdida, tudo o que foi deixado foi Bechina Gimel, na
qual dez Sefirot surgiram no nível de Chochma. E quando seu Aviut de Guf foi reconhecido, este
deixou Rosh de AVI, desceu, e cobriu o lugar do Chazeh de Guf de Nekudim (item 55). Gerou as
dez Sefirot de Rosh do Chazeh para cima, e esta Rosh é chamada de YESHSUT. Ele gerou seu
Guf do Chazeh para baixo a partir dos dois terços de Tiferet através do Sium de Tiferet. Este é o
quarto Melech de Nekudim, e este, também, estendeu-se para BYA, quebrou e faleceu. Portanto,
Aviut de Bechina Gimel purificou Rosh e Guf. Seus Kelim de Achoraim da Rosh caíram para o
degrau abaixo deste, no lugar de seus Guf.

Subseqüentemente, um Zivug foi feito em Aviut de Bechina Bet, o qual permaneceu nela,
gerando o nível de Binah nela. Seu Guf, do Acima para baixo, expandiu-se nos dois Kelim
Netzach e Hod, que são ambos um Melech – o quinto Melech de Nekudim. E eles, também,
estenderam-se para BYA, quebraram e faleceram. Portanto, Aviut Bet, purificou Rosh e Guf, e os
Kelim de Achoraim do nível caíram no degrau abaixo desta: o Guf.

Depois, um Zivug foi feito em Aviut de Bechina Bet, o qual permaneceu nela, e gerou o nível de
ZA. Seu Guf a partir do Acima para baixo, expandiu-se no Kli de Yesod, e este é o sexto Melech
de Nekudim. Este, também expandiu-se dentro de BYA, quebrou e morreu. Portanto, o Aviut de
Bechina Aleph foi purificado na Rosh e Guf, também, e os Kelim de Achoraim na Rosh caíram
para degrau abaixo deles, o Guf.

Então houve o Zivug em Aviut de Bechina Shoresh que permaneceu na Masach, gerando o
nível de Malchut. Esta do Acima para baixo se estendeu dento do Kli de Malchut, e este é o
sétimo Melech de Nekudim. Este, também, expandiu-se em BYA, quebrou e morreu. Portanto,
Aviut Shoresh foi purificada na Rosh e Guf, também, e o Achoraim de Rosh caiu para o degrau
abaixo deste, no Guf. Agora todos os Kelim de Achoraim de YESHSUT foram cancelados, assim
como a fragmentação dos vasos do inteiro ZAT de Nekudim, chamado “os sete Melachim
(Reis)”.
110) Portanto nós explicamos o Taamin e Nekudot que surgiram nos dois Partzufim AVI e
YESHSUT de Nekudim, chamado AB SAG. Em AVI, quatro níveis surgiram uma abaixo do
outro:

. O nível de Keter é chamado “contemplação de Eyanim de AVI”.

O nível de Chochma é chamado Guf de Aba.

O nível de Binah é chamado Guf de Ima.

O nível de ZA é chamado Yesod (fundações) de AVI.

Quatro corpos se expandem a partir deles:

Melech ha (Rei de) Daat;

Melech ha Hesed;

Melech ha Gvura;

O Melech do terço Superior de Tiferet, através do Chazeh.

Estes quatro Gufim (plural de Guf) quebraram-se em ambos Panim e Achoraim. Mas com
respeito aos seus Roshim (plural de Rosh), que é, os quatro níveis em AVI, todos os seus Kelim
de Panim permanecerem nos níveis, que é, GE e Nikvey Eynaim de cada nível, que estavam
neles desde Katnut de Nekudim. Somente os Kelim de Achoraim em cada degrau, que se
juntaram a eles durante Gadlut, foram re-cancelados pela fragmentação (quebra), caíram para o
degrau abaixo deles. E permaneceram tal como eram antes do surgimento de Gadlut de
Nekudim (itens 76-77).

111) O surgimento dos quarto níveis, um abaixo do outro, no Partzuf YESHSUT foi
precisamente da mesma maneira:

O primeiro nível é o nível de Chochma, chamado “contemplação de Eynaim de YESHSUT de


um para outro.”

O nível de Binah;

O nível de ZA;

O nível de Malchut;

Quatro Gufim expandiram-se a partir deles:

O Melech dos dois terços inferiores de Tiferet;

Melech de Netzach e Hod;

Melech de Yesod;

Malchut.
Seus quatro Gufim quebraram em ambos Panim e Achor (costas). Mas nos Roshim, que é, nos
quatro níveis de YESHSUT, os Kelim de Panim neles permaneceram, e somente seus Achoraim
foram canelados pela fragmentação (quebra), e caíram para o degrau abaixo deles. Após o
cancelamento dos dois Partzufim AVI e YESHSUT, o nível MA de Nekudim surgiu. E uma vez
que tudo que se expandiu dela para o Guf foram somente correções dos Kelim, Eu não
elaborarei aqui.

O Mundo da Tikkun e o Novo MA que Surgiu de Metzach de AK

112) Do início do prefácio para este ponto nos explicamos de forma complete o primeiro dos
quarto Partzufim de AK:

O primeiro Partzuf de AK é chamado Partzuf Galgalta, de quem o Zivug de Hakaah foi feito
em Bechina Dalet e suas dez Sefirot estão no nível de Keter.

O segundo Partzuf de AK é chamado de AB de AK. O Zivug de Hakaah nele foi feito em Aviut
de Bechina Gimel, e suas dez Sefirot estão no nível de Chochma. Ele cobre do Peh de Partzuf
Galgalta para baixo.

O terceiro Partzuf de AK é chamado de SAG de AK. O Zivug de Hakaah nele ocorre em Aviut
de Bechina Bet, e suas dez Sefirot estão no nível de Binah. Ele cobre o Partzuf AB de AK da
Peh para baixo.

O quarto Partzuf de AK é chamado de MA de AK. O Zivug de Hakaah nele ocorre em Aviut de


Bechina Aleph, e suas dez Sefirot estão no nível de ZA. Este Partzuf cobre SAG de AK do
Tabur para baixo, e está dividido em internalidade e externalidade. A internalidade é chamada
de MA e BON de AK, e a externalidade é chamada de “o mundo de Nekudim.” Isto é aonde a
associação de Malchut em Binah, chamada de Tzimtzum Bet, toma lugar, tal como a Katnut,
Gadlut, a ascensão de MAN, e a Daat, que determina e acopla as HB face-a-face, e a questão da
fragmentação dos vasos. Isto é assim porque todos estes foram inicializados no quarto Partzuf
de AK, chamado de MA ou “o mundo de Nekudim.”

113 Estes cinco discernimentos de Aviut na Masach são nomeado após as Sefirot na Rosh,
que é, Galgalta Eynaim e AHP:

Aviut de Bechina Dalet é chamado de Peh, na qual o primeiro Partzuf de AK surge.

Aviut de Bechina Gimel é chamado Hotem, na qual Partzuf AB de AK surge.

Aviut de Bechina Bet é chamado Auzen, no qual Partzuf SAG de AK surge.


Aviut de Bechina Aleph é chamado Nikvey Eynaim, no qual Partzuf MA de AK e o mundo de
Nekudim surgem.

Aviut de Bechina Shoresh é chamado Galgalta ou Metzach, no qual o mundo da Tikkun


(correção) surge, chamado de “o novo MA,” uma vez que o quarto Partzuf de AK é o centro do
Partzuf MA de AK, tal como ele se origina de Nikvey Eynaim no nível ZA, chamado de
HaVaYaH de MA.

Mas a quinta parte de AK, que surgiu de Metzach, que é, Bechina Galgalta, considerado Aviut
Shoresh, na verdade tem somente o nível de Malchut, chamado BON. Todavia, porque Bechina
Aleph de Hitlabshut, considerada ZA, permaneceu ali, este, também, é chamado de MA.
Todavia, ele é chamado MA que surgiu de Metzach de AK, que significa é de Hitkalelut de
Aviut Shoresh, chamado Metzach. È também chamado “o novo MA,” para distingui-lo de MA
que surgiu de Nikvey Eynaim de AK. R este novo Partzuf MA é chamado “ o mundo da
Tikkun” ou “ o mundo de Atzilut.”

114) Todavia nós temos que entender porque os três primeiros níveis de AK, chamados
Galgalta, AB, e SAG não são considerados três mundos mas três Partzufim e como o quarto
Partzuf de AK se diferencia para merecer o nome “mundo”. Isto também concerne ao quinto
Partzuf de AK, uma vez que o quarto Partzufim é chamado “ o mundo de Nekudim” e o quinto
Partzuf é chamado de “o mundo de Atzilut” ou “o mundo da Tikkun.”

115Nós devemos saber a diferença entre um Partzuf e um mundo. Cada nível de dez Sefirot que
emerge na Masach de Guf de um Superior, após esta ter sido purificada e inclusa na Peh de
Rosh do Superior (item 50), é chamado Partzuf. Após sua partida da Rosh do Superior, esta se
expande dentro de sua própria Rosh, Toch e Sof, e ela também contem cinco níveis um abaixo
do outro, chamado Taamin e Nekudot (item 47). Todavia, este é nomeado somente após o nível
de Taamin que está nele. E os três primeiros Partzufim de AK – Galgalta, AB, SAG (item 47) –
surgiram daquela maneira. Mas um mudo significa que este contem tudo que existe no mundo
Acima dele, tal como um selo e estampa (carimbo), onde tudo que existe no selo é transferido
para sua estampa (carimbada) em sua totalidade.

116Portanto você ve que os três primeiros Partzufim, Galgalta, AB, e SAG de AK são
considerados um mundo, o mundo de AK, que surgiu na primeira restrição. Mas o quarto
Partzuf de AK, onde Tzimtzum Bet ocorreu, tornou-se um mundo de si mesmo, devido à
dualidade que ocorreu na Masach de Nekudot de SAG em seu descenso a partir do Tabur de
AK. Isto é assim porque ela foi dobrada (multiplicada por dois) pelo Aviut de Bechina Dalet,
na forma da Hey inferior em Eynaim (item 63).

Durante a Gadlut, Bechina Dalet voltou para seu lugar na Peh e gerou o nível de Keter (item
84), e este nível se equalizou com o primeiro Partzuf de AK. E após se espalhar dentro da Rosh,
Toch, Sof, no Taamin e Nekudot, um segundo Partzuf surgiu nele, no nível de Chochma,
chamado YESHSUT, que é similar ao segundo Partzuf de AK, chamado AB de AK. E seguindo
sua Hitpashtut (expansão) dentro do Taamim e Nekudot, um terceiro Partzuf surgiu, chamado
de MA de Nekudim (item 111), que é similar ao terceiro Partzuf de AK.

Por esta razão, tudo que existiu no mundo de AK apareceu aqui no mundo de Nekudim, que
são, três Partzufim um abaixo do outro. Cada um deles contem Taamin e Nekudot e todas as
suas instâncias, como os três Partzufim Galgalta, AB, SAG de AK no mundo de AK. Isto é o
porquê do mundo de Nekudim é considerado como uma “estampa/carimbada” do mundo de
AK.

Também, por esta razão este é considerado um completo mundo em si mesmo. (E a razão
porque os três Partzufim de Nekudim não são chamados de Galgalta, AB, SAG, mas ao
contrário AB, SAG, MA que é Aviut de Bechina Dalet que se juntou com a Masach de SAG
esta incompleta, devido a Hizdakchut que ocorreu no primeiro Partzuf de AK. Isto é o porquê
eles desceram para ser AB, SAG e MA).

117) Portanto nós aprendemos como o mundo de Nekudim foi estampado a partir do mundo de
AK. De modo similar, o quinto Partzuf de AK, que é, o novo MA, foi inteiramente estampado a
partir do mundo de Nekudim. Portanto, embora todos os discernimentos que serviram em
Nekudim foram fragmentados (quebrado) e ali cancelados, eles foram renovados no novo MA.
Isto é o porquê ele é considerado um mundo separado.

Também, ele é chamado de “o mundo de Atzilut” porque ele acaba acima do Parsa que foi
criado na segunda restrição. É também chamado “o mundo da Tikkun” (correção) porque o
mundo de Nekudim não poderia persistir porque a fragmentação e cancelamento que ocorreu
nele. Somente pós, no novo MA, quando todos aqueles Behinot que estavam no mundo de
Nekudim voltaram e vieram para o novo MA, eles se estabeleceram e ali persistiram.

Isto é o porquê é chamado de “O mundo da Tikkun” com certeza, é na verdade o mundo de


Nekudim, mas aqui, no novo MA, ele recebe sua correção a partir do Inteiro. Isto é porque
através do novo MA, todos os Achoraim que caíram de AVI e YESHSUT para o Guf, assim
como os Panim e Achoraim de todo o ZAT que caíram em BYA e morreram, reunem-se e
sobem através dele para Atzilut.

118) A razão para isto é que cada Partzuf que está abaixo (ou inferior) retorna e preenche os
Kelim daquele que está Acima, após a partida de suas Luzes durante Hizdakchut da Masach.
Isto é porque após a partida das Luzes do Guf do primeiro Partzuf de AK, por causa da
Hizdakchut da Masach, a Masach, recebeu um novo Zivug no nível de AB, que tornou a
preencher os Kelim vazios do Guf do Superior (do que está acima), que é, o primeiro Partzuf.

Também, seguindo a partida das Luzes do Guf de AB por causa do Hizdakchut (refinamento)
da Masach, a Masach recebeu um novo Zivug no nível de SAG, que tornou a preencher os
Kelim vazios do Superior, que é AB. Adicionalmente, após a partida das Luzes de SAG, devido
ao Hizdakchut da Masach, a Masach recebeu um novo Zivug no nível de MA, que emergiu de
Nikvey Eynaim, sendo Nekudim, que tornou a preencher os Kelim vazios do Superior, sendo
Nekudot de SAG.

E exatamente assim, seguindo a partida das Luzes de Nekudim devido ao cancelamento dos
Achoraim e a fragmentação dos vasos, a Masach recebeu um novo Zivug no nível de MA, que
se surgiu de Metzach do Partzuf SAG de AK. Este preenche os Kelim do Guf do Superior, que
são os Kelim de Nekudim, que foram cancelados e fragmentados.

119) Todavia, existe uma diferença essencial aqui no novo MA: Ele tornou-se homem, e um
Superior para o Kelim de Nekudim, e isto está correto. De forma contrária, no Partzuf Anterior,
o inferior não se torna um homem e um Superior para o Kelim de Guf do Superior, embora ele
os preencha através de seu nível. E esta mudança é porque nos Partzufim anteriores não havia
falhas (faltas) na partida das Luzes, porque somente a partida da Masach ocasionou a partida
deles.

Mas aqui, no mundo de Nekudim, havia uma falha (falta) nos Kelim, uma vez que a força da
última Malchut estava misturada com os Kelim de Achoraim de ZAT, tornando-os inaptos para
receber as Luzes. Esta é a razão porque ele se quebraram e caíram em BYA. Portanto, eles estão
completamente dependentes do novo MA para ativá-los, classificá-los, e os elevar até Atzilut.
Como resultado, o novo MA é considerado homem e doador.

E estes Kelim de Nekudim, classificado por este, tornam-se Nukvah (fêmea) para MA. Por esta
razão, seus nomes mudaram para BON, significando que eles tinham se tornado Tachton (o que
está abaixo) para MA, embora eles sejam superiores em relação ao novo MA, uma vez eles são
Kelim do mundo de Nekudim e são considerados MA e Nikvey Eynaim, de quem a Alta
Bechina é VAK de SAG de AK (item 74). Ainda que, eles agora se tornaram Tachton (o que
está abaixo) para o novo MA, razão pela qual eles são chamados BON.

Os Cinco Partzufim de Atzilut e MA e BON em Cada Partzuf

120) Tem sido explicado que o nível do novo MA expandiu-se dentro de um mundo inteiro em
si mesmo, também, tal como o mundo de Nekudim. A razão é, como tem sido explicado
considerando o nível de Nekudim, também a duplicação da Masach de Bechina Dalet, (Item
116). Isto ocorre porque a iluminação de ZON de AK que brilhou através do Tabur e Yesod
para GAR de Nekudim trouxe Tzimtzum Aleph de volta para seu lugar, e a Hey inferior desceu
de sua Nikvey Eyanim para a Peh, que foi a causa para o surgir de todos estes níveis de Gadlut
de Nekudim (Item 101). Todavia, todos estes níveis foram cancelados e fragmentados uma vez
mais, e todas as Luzes partiram deles. Por esta razão, Tzimtzum Bet voltou para seu lugar, e
Bechina Dalet foi reunificada com a Masach.

121) Portanto, também, no novo MA, que surgiu da Metzach (testa), existem também dois
Behinot de Katnut e Gadlut, como no mundo de Nekudim. A Katnut surge primeiro, de acordo
com o Aviut revelado na Masach, que é o nível de ZA de Hitlabshut, chamado HGT, e o nível
de Malchut de Aviut, chamado NHY, devido às três linhas feitas em Malchut. A linha direita é
chamada d Netzach, a linha esquerda é chamada de Hod, e a linha do meio chamada Yesod.

Todavia, uma vez que existe somente Hitlabshut em Bechina Aleph, sem Aviut, não existem
Kelim. Portanto, o nível de HGT é privado dos Kelim, cobrindo nos Kelim de NHY, e este nível
é chamado Ubar (embrião). Isto significa que ali existe somente Aviut Shoresh, que permaneceu
na Masach após seu Hizdakchut, durante sua ascensão para Zivug em Metzach do Superior. E o
nível que surge dali é somente o nível de Malchut.

Todavia, dentro dela esta oculta a Hey inferior, considerada como “A Hey inferior em
Metzach”. Uma vez que Ubar, que são Aviut de Bechina Aleph, considerado “A Hey inferior
em Nikvey Eyanim”. Portanto, este também adquire os Kelim para HGT, e HGT se espalham de
NHY e este tem o nível de ZA.

122) Após, ela sobre para MAN para o Superior mais uma vez. Isto é chamado de Ibur Bet
(segunda concepção/gravidez), onde esta recebe os Mochin (cerebros) de AB SAG de AK.
Durante aquele período Bechina Dalet desce de Nikvey Eynaim para seu lugar na Peh (item
101), e um Zivug foi feito em Bechina Dalet no seu lugar, gerando dez Sefirot no nível de
Keter. Portanto, os Kelim de AHP sobem novamente para seus lugares na Rosh, e o Partzuf está
completo com a dez Sefirot de Luzes e vasos. E Este Mochin são chamados Mochin de Gadlut
doPartzuf. Este é o nível de primeiro Partzuf de Atzilut, chamado Partzuf Keter ou Partzuf
Atik de Atzilut.

123) E você já sabe que após a fragmentação (quebra) dos vasos, todos os AHP caíram de seus
degraus, cada para o degrau abaixo de si (itens 77, 106). Portanto, os AHP do nível de Keter de
Nekudim estão em GE do nível de Chochma, e os AHP do nível de Chochma estão em GE no
nível de Binah, etc. Portanto, durante Ibur Bet de Gadlut do primeiro Partzuf de Atzilut,
chamado Atik que eleva seus AHP uma vez mais, GE do nível de Chochma elevou junto com
eles. Eles foram corrigido juntamente com os AHP do nível de Atik, e receberam ali o primeiro
Ibur.

124) uma vez que GE de Chochma receberam seus níveis de Ibur e Yenika (assistência,
enfermagem, lactação)(item 121), eles subiram para a Rosh de Atik novamente, onde eles
receberam uma segunda Ibur para Mochin de Gadlut. Bechina Gimel desceu para seu lugar na
Peh, gerou nela dez Sefirot, no nível de Chochma, e seus Kelim de AHP subiram para seus
lugares na Rosh. Portanto, Partzuf Chochma foi completado com dez Sefirot de Luzes e Kelim.
Este Partzuf é chamado Arich Anpin de Atzilut.

125) GE do nível de Binah subiu junto com estes AHP de AA, onde eles receberam suas
primeiras Ibur e Yenika. Depois, eles subiram para a Rosh de AA para uma segunda Ibur,
subiram seus AHP, receberam os Mochin de Gadlut, e Partzuf Binah foi completado com dez
Sefirot, Luzes e vasos. Este Partzuf é chamado AVI e YESHSUT, uma vez que os GAR são
chamados AVI, e as ZAT são chamadas YESHSUT.

126) GE de ZON subiu junto com estes AHP de AVI, onde eles receberam suas primeiras Ibur
e Yenika. Isto completa o ZON no estado de VAK para ZA e Nekudah (ponto) para Nukvah.
Portanto nós temos explicado os cinco Partzufim do novo MA que emergiu no mundo de
Atzilut, no estado constante, chamado Atik, AA, AVI, e ZON

Atik surgiu no nível Keter;

AA - no nível de Chochma;

AVI— no nível de Binah;


E ZON em VAK e Nekudah, que é o nível de ZA.

Também, não pode nunca existir qualquer diminuição nestes cinco níveis. Uma vez que os atos
dos inferiores nunca alcançam GAR de maneira que eles possam deformar/manchar estes. As
ações dos inferiores também atingem ZA e Nukvah, que é, seus Kelim de Achoraim, que eles
obtém durante Gadlut. Mas as ações dos inferiores não podem alcançar os Kelim de Panim, que
são GE em Luzes de VAK e Neluda. Portanto, estes cinco níveis são considerados Mochin
constantes em Atzilut.

127) A ordem de suas coberturas de cada deles e no Partzuf AK é que Partzuf Atik de Atzilut,
embora este surgisse da Rosh de SAG de AK (item 118), este ainda não pode cobrir da Peh de
SAG de AK para abaixo, mas somente abaixo do Tabur. Isto é porque acima do Tabur de AK é
considerado Tzimtzum Aleph, Akudim.

Uma vez que Partzuf Atik é o primeiro Rosh de Atzilut, Tzimtzum Bet não pode controlá-lo,
assim este deve ter sido merecedor do cobrimento (cobertura) acima de Tabur de AK. Mas uma
vez que, Tzimtzum Bet tinha já sido estabelecida em sua Peh de Rosh, para o resto dos
Partzufim de Atzilut, a partir deste para baixo, este pode somente cobrir Tabur de AK para
baixo.

A isto resulta que o nível de Atik começa no Tabur de AK e acaba igualmente com Raglaim de
AK, que é, acima do ponto deste mundo. Isto é assim devido ao seu próprio Partzuf. Todavia,
devido a sua conexão com o resto dos Partzufim de Atzilut, de quem a perspectiva é
relacionada com sendo inclusa em Tzimtzum Bet, também, a este respeito, é considerado que
seu Raglaim acaba acima de Parsa de Atzilut, uma vez que Parsa é o novo Sium (fim) de
Tzimtzum Bet (item 68).

128) O segundo Partzuf no novo MA, chamado AA, que foi emanado e saiu da Peh de Rosh
Atik, começa a partir do lugar de seu surgimento, a partir da Peh de Rosh de Atik e cobre os
ZAT de Atik, que acaba acima da Parsa de Atzilut. O terceiro Partzuf, chamado AVI, que
surgiu da Peh de Rosh de AA, começa da Peh de Rosh de AA e acaba acima do Tabur de AA.
E ZON começa no Tabur de AA e acaba igualmente com o Sium de AA, que é, acima da Parsa
de Atzilut

129) Você deve saber que cada nível destes cinco Partzufim do novo MA ordenaram e
conectaram com ele mesmo, uma parte dos Kelim de Nekudim, que se tornou sua Nukvah.
Portanto, quando Partzuf Atik surgiu, este tomou e se conectou em si mesmo com todo GAR de
Nekudim que permaneceu completo durante a fragmentação (quebra) dos vasos. Isto se refere a
GE dentro deles, que surgiram durante suas Katnut, chamados de Kelim de Panim (item 76).
Na Katnut de Nekudim, somente a metade do Superior de cada degrau veio com eles, que é, GE
e Nikvey Eyanim. A metade do fundo de cada, chamado AHP, desceu para o degrau mais baixo.

Portanto, é considerado que o Partzuf Atik do novo MA tomou a metade Superior de Keter dos
Kelim de Nekudim, como também a metade Superior de HB, e as sete raízes de ZAT, inclusa
em GAR de Nekudim. E estes tornaram-se um Partzuf Nukvah para Atik do novo MA, e
juntou uma com o outro. Eles são chamados BOM (item 119). Eles estão arranjados face e
costas: Atik de MA em Panim, e Atik de BON em seu Achor.

130) Partzuf AA do novo MA que surgiu no nível de Chochma, ordenou e conectou para si
próprio a metade inferior de Keter de Nekudim – os AHP de Keter – que, durante a Katnut,
estavam no degrau abaixo de Keter, que é, em Chochma e Binah de Nekudim (item 77). Este se
tornou uma Nukvah para o AA do novo MA, e eles foram juntados. Suas posições são direita e
esquerda: AA de MA, que é masculino, se posiciona à direita, e AA de BOM, que é Nukvah, se
posiciona à esquerda.

E a razão pela qual Partzuf Atik de MA não tomou a metade inferior de Keter de Nekudim,
também, é que uma vez que Atik é a primeira Rosh de Atzilut, cujo nível é muito alto, este
conectou-se para si mesmo somente os Kelim de Panim de GAR de Nekudim, onde nenhuma
falta/falha ocorreu durante a fragmentação (quebra). Isto não é assim na metade do fundo de
Keter, os AHP que estavam caídos em HB durante a Katnut. Depois, durante a Gadlut, eles
subiram de HB e foram unidos em Keter de Nekudim (item 84). Então, após a fragmentação
(quebra) dos vasos, eles caíram de Keter de Nekudim uma vez mais e foram cancelados.
Portanto, eles estavam falhos pelas suas quedas e cancelamentos, e são portanto não
merecedores de Atik. Isto é porque AA de MA os pegou.

131) E o novo Partzuf AVI, no nível de Binah, ordenou e conectou para si próprios a metade
inferior de HB de Nekudim, que são os AHP de HB que caíram em ZAT de Nekudim durante a
Katnut. Mas depois, durante a Gadlut de Nekudim eles subiram e uniram-se com HB de
Nekudim (item 94). Durante a fragmentação dos vasos eles caíram dentro de ZAT de Nekudim
uma vez mais e foram cancelados (item 107), e AVI de MA ordenou-os como sendo suas
Nukvah.

Eles são chamados ZAT de Chochma e VAT de Binah de BON, uma vez que Hesed de Binah
permaneceu com GAR de HB de BON no Partzuf Atik, e somente Vav inferior, de Gvura para
baixo, permaneceu na metade do fundo de Binah. A isto resulta que o masculino de AVI é o
nível de Binah de MA, e a Nukvah de AVI é ZAT de HB de BON. Ele se posicionam na direita
e na esquerda, e AVI de BON à esquerda. E YESHSUT de MA, que são ZAT de AVI, pegou as
Malchuts de HB de BON.

132) E Partzuf ZON do novo MA, no nível de VAK e Nekudah, ordenou e conectou para si
mesmos os Kelim de Panim de ZAT de Nekudim (item 78). Eles se tornaram Nukvah para ZON
de Mai e se posicionam à direita e à esquerda: ZON de MA à direita, e ZON de BON à
esquerda.

133) Portanto nós explicamos MA e BON nos cinco Partzufim de Atzilut. Estes cinco níveis
do novo MA que surgiu no mundo de Atzilut classificaram os antigos Kelim que trabalharam
em Nekudim, e os fizeram dentro de Nukvah (fêmeas), chamadas BON.

BON de Atik foram separados e feitos da parte Superior de GAR de Nekudim.


BON de AA e AVI foram classificado e feitos da metade do fundo de GAR de Nekudim, que
os serviu durante a Gadlut de Nekudim e foram cancelados uma vez mais.

BON de ZON foram classificado e feitos dos Kelim de Panim que surgiram durante a Katnut de
Nekudim, que se quebrou e caíram junto com seus Kelim de Achoraim durante seus Gadlut.

Uma Grande Regra em relação ao Constante Mochin e as Ascensões dos Partzufim e os


Mundos durante os Seis Mil Anos

134Já foi explicado que o surgimento de Gadlut de GAR e ZAT de Nekudim vieram em três
sequências, via três pontos Holam, Shuruk, Hirik (item 86). A partir disto você pode entender
que existem dois tipos de finalizações das dez Sefirot para a recepção de Mochin de Gadlut.

A primeira é através da ascensão e integração no Superior, que é, quando ZON de AK iluminou


a nova Luz através do Tabur dentro de Keter de Nekudim e abaixou Hey inferior de Nikvey
Eynaim de Keter para a sua Peh. Portanto, as cadentes AHP de Keter que estavam em AVI
subiram e voltaram para seus degraus em Keter, completando suas dez Sefirot.

É considerado que naquele estado, GE de AVI unido com AHP de Keter subiu conjuntamente
com elas. Portanto, AVI, também, estão inclusos nas dez completas Sefirot de Keter, uma vez
que o inferior que sobre para o Superior se torna tal como ela (item 93). Portanto é considerado
que AVI, também, obtiver os AHP que lhes faltavam para completar suas dez Sefirot, pela suas
integrações em Keter. Este é o primeiro tipo de Mochin de Gadlut.

135) O segundo tipo é um degrau que estava completado dentro das dez Sefirot por si próprio
quando ZON de AK iluminou a nova Luz através de Yesod de AK, chamado “o ponto de
Shuruk” para AVI, e abaixou Hey inferior de Nikevey Eynaim de AVI por si próprios para suas
Peh. Por isto, eles elevaram os Kelim de AVI do lugar de onde caíram em ZAT para a Rosh de
AVI, e completou suas dez Sefirot. Por esta razão, agora AVI estão completados por si mesmos,
uma vez que agora eles obtiveram o verdadeiro Kelim de AHP que lhes estavam faltando.

Todavia, no primeiro tipo, quando eles recebem suas finalizações de Keter através de Dvekut
com seus AHP, eles estavam, na verdade, ainda deficientes de AHP. Mas devido as suas
Hitkalelut em Keter, eles receberam uma iluminação de seus AHP, que foi suficiente somente
para completá-los nas dez Sefirot enquanto elas estavam no lugar de Keter, e quando elas
partiram daquele lugar (desde então?) para seu próprio lugar.

136) De modo semelhante, existem também dois tipos de finalizações em ZAT,

1. Durante a iluminação de Shuruk e a ascensão de AHP de AVI, onde naquele tempo GE de


ZAT que estavam nelas ligados subiram também conjuntamente para AVI, onde eles receberam
alguns AHP para completar suas dez Sefirot. Estes AHP já não são mais seus AHP verdadeiros,
mas somente iluminação dos AHP, suficiente para completar as dez Sefirot enquanto elas
estavam em AVI, e não sobre os seus descensos para seus próprios lugares.

2. A finalização das dez Sefirot, que ZAT obteve durante a Hitpashtut de Mochin de AVI para
ZAT, pelo qual eles, também, desceram seus Hey inferiores de seus Chazeh para o Sium Raglin
de AK e elevou seus TNHY de BYA e conectaram-se em seus degraus, para Atzilut. Então, não
tivessem eles sido quebrados e mortos, eles teriam completado com a dez Sefirot por si
próprios, uma vez que agora eles obtiveram os verdadeiros AHP que lhes faltava.

137) Nos quatro Partzufim que surgem do AVI no Kelim de HGT, bem como nos quatro
Partzufim que surgiu de YESHSUT para o de Kelim de TNHYM (Itens 107-109), existem estes
dois tipos de conclusões das dez Sefirot, também. Isto ocorre, porque em primeiro lugar, cada
um deles foi completado por sua adesão com a AHP de AVI e YESHSUT enquanto eles eram
ainda inanimados no Rosh. Este é o primeiro tipo de conclusão das dez Sefirot. Depois, quando
se expandiram para BYA, elas queriam estar completas até completar o segundo tipo das dez
Sefirot. Isso também se aplica as Sefirot dentro das Sefirot.

138) Você deve saber que estes cinco Partzufim de Atzilut, Atik, AA, AVI e ZON foram
estabelecidos na permanência28 e, nenhuma diminuição lhes é aplicável (Item 126). Atik
surgiram no nível de Keter, AA ao nível da Chochma; AVI ao nível da Binah e ZON ao nível de
ZA, VAK sem Rosh.

Assim, o Kelim de AHP que foram ordenados para eles, do período de Gadlut, foram
considerados a conclusão do primeiro tipo das dez Sefirot, por meio do ponto de Holam
mostrada em Keter de Nekudim. Naquela época AVI, também, foram completas por Keter e
obteve a iluminação do Kelim de AHP (item 134). Por isso, embora Atik, AA e AVI todos
tivessem dez Sefirot completas no Rosh, nenhuma GAR expandiu-se dela para a sua Gufim.
Mesmo Partzuf Atik tinha apenas VAK, sem a Rosh, para a Guf, e assim o fez AA e AVI.

A razão para isto é que o puro é classificado primeiro. Portanto, apenas a realização do primeiro
tipo das dez Sefirot foi classificada em si mesmas, da perspectiva da sua ascensão ao Superior,
que é, a iluminação do Kelim de AHP, o que basta para completar as dez Sefirot no Rosh. Mas
ainda não há Hitpashtut do Rosh ao Guf, desde quando AVI foram incluídos no Keter de
Nekudim, eles concordaram com a iluminação de AHP pelo poder de Keter, e não a todos por
sua Hitpashtut para o seu lugar próprio, de Peh de Keter de Nekudim baixo (Item 135). E desde
que os corpos de Atik e AA e AVI estavam em VAK sem um Rosh, é tanto mais que com ZON
eles mesmos, considerado o comum Guf de Atzilut que emergiu em VAK sem um Rosh.

139) No entanto, isto não era assim em AK. Ao contrário, toda a quantidade que surgiu nos
Roshim dos Partzufim de AK expandiram-se para seus Gufim também. Assim, todos os cinco
Partzufim de Atzilut são considerados como meramente VAK dos Partzufim de AK. É por isso
que eles são chamados de "o novo MA" ou "MA dos cinco Partzufim de AK", isto é, o nível da
ZA, que é MA sem GAR. GAR são Galgalta, AB, SAG, desde que o coração do grau é medido
de acordo com a sua expansão para a Guf, a partir do Peh abaixo. E uma vez que os três
primeiros Partzufim não se propagam no Guf, mas apenas VAK sem um Rosh, eles são
considerados MA, que é o nível de VAK sem um Rosh, em relação aos cinco Partzufim de AK.

140) Assim, Atik de Atzilut, com o nível de Keter no Rosh, é considerada VAK para Partzuf
Keter de AK, e carece Neshama, CChaya, Yechida de Keter de AK. AA de Atzilut, tendo o
nível de Chochma no Rosh, é considerada a VAK para Partzuf AB de AK, que é Chochma,
faltando Neshama, CChaya, Yechida de AB de AK.

AVI de Atzilut, com o nível de Binah no Rosh, são considerados VAK de Partzuf SAG de AK,
e falta Neshama, Chaya, Yechida de SAG de AK. ZON de Atzilut são considerados VAK de
Partzuf MA e BON de AK, e falta Neshama, Chaya, Yechida de MA e BON de AK. E
YESHSUT e ZON estão sempre no mesmo grau um sendo o Rosh e sendo o outro Guf.

141) A conclusão do AHP das dez Sefirot da segunda espécie são ordenadas aumentando MAN
das boas ações dos inferiores. Isto significa que completam AVI, com relação a si mesmos,
como do ponto de Shuruk. Naquela época, AVI ele mesmo abaixo do baixo Hey do seu Nikvei
Eynaim e aumentar suas AHP para eles. Então eles têm a força para doar às ZAT, assim, que
são ZON, isto é, para os Gufim de Acima para baixo. Isso é porque a GE de ZON, anexado ao
de AHP de AVI, são traçadas junto com eles para AVI, e receber a conclusão dos seus dez
Sefirot (Item 94).

Naquela época, o valor total do Mochin em AVI são dadas à ZON que subiu junto com eles ao
seu AHP, também. Assim, quando os cinco Partzufim de Atzilut recebem esta conclusão do
segundo tipo, há GAR ao Gufim dos três primeiros Partzufim Atik, AA, e AVI de Atzilut bem
como para ZON de Atzilut, o comum Guf de Atzilut .

Naquela época, os cinco Partzufim de Atzilut sobem e vestem os cinco Partzufim de AK. Isso
ocorre porque durante o Hitpashtut de GAR aos Gufim dos cinco Partzufim de Atzilut, eles
igualam com os cinco Partzufim de AK:

Atik de Atzilut sobe e veste Partzuf Keter de AK

AA veste AB de AK

AVI—SAG de AK

E ZON veste MA e BON de AK.

E então cada um deles recebe Neshama, Chaya, e Yechida do seu Bechina correspondente no
AK.

142) No entanto, com relação à ZON de Atzilut, estes Mochin são considerados apenas o
primeiro tipo de conclusão das dez Sefirot. Isso ocorre porque esses AHP não são AHP
completos, mas a mera iluminação de AHP, que recebem através de AVI, enquanto eles estão
no local de AVI. Mas em sua expansão para o seu próprio lugar, eles ainda não têm os seus
próprios AHP (Item 136).

Por esta razão, todos os Mochin que ZON obtêm nos 6.000 anos são considerados "Mochin de
ascensão", já que eles podem obter Mochin de GAR apenas quando eles sobem ao lugar de
GAR, como então eles são completados por eles. Mas se eles não sobem ao lugar de GAR, eles
não podem ter Mochin, uma vez que ZON tem ainda que classificar o segundo tipo de Mochin,
e isto só acontecerá no final de correção.

143) Assim, explicamos que o Mochin dos cinco Partzufim no Atzilut permanentes são do
primeiro tipo de classificação dos Kelim de AVI. No mundo de Nekudim, esta iluminação é
chamada de "iluminação de Tabur" ou "o ponto de Holam." Mesmo AVI têm apenas o primeiro
tipo de conclusão; Portanto, nenhuma iluminação de GAR se espalha dos Roshim de Atik, AA,
e AVI para suas próprias Gufim e para ZON, desde ZAT de Nekudim, também, não receberam
dessa iluminação de Holam (Item 88).

.
E o Mochin de 6000 anos, até o final da correção, que vêm através dos mais baixos aumentando
de MAN, são considerados classificação de Kelim para completar o segundo tipo das dez
Sefirot de AVI. No mundo das Nekudim, esta iluminação é chamada "iluminação do Yesod" ou
"o ponto de Shuruk," desde então AVI aumentam suas próprias AHP, que as GE de ZAT estão
ligadas, também. Assim, ZAT, também, recebe Mochin de GAR no lugar de AVI. Assim, esses
Mochin chegam aos Gufim dos cinco Partzufim de Atzilut e a ZON comum, exceto que devem
estar acima, no lugar de GAR, e vesti-las.

No futuro, no final da correção, ZON vai receber a conclusão do segundo tipo das dez Sefirot, e
vai baixar o concludente mais baixo Hey dos seus Chazeh, que é Parsa de Atzilut, para o lugar
de Sium Raglin de AK (Item 136). Naquele tempo TNHY de ZON em BYA irá se conectar ao
grau de ZON de Atzilut, e Sium Raglin de Atzilut vai equalizar com Sium Raglin de AK. Então
o Rei Messias irá aparecer, como está escrito, "E Seus pés pisarão... sobre o monte das
Oliveiras." Assim, ele foi totalmente esclarecido que não há correção para os mundos durante os
6,000 anos, exceto por meio de ascensão.

Explicando os Três Mundos Briah, Yetzirah, e Assiah

144) Há sete pontos básicos para discernir nos três mundos BYA:

De onde era o lugar para estes três mundos feitos?

O níveis dos Partzufim BYA e a posição inicial dos mundos, quando foram criados
e emanados dos Nukvah de Atzilut.

Todos os níveis dos Mochin adicionados e a posição que tinham obtido antes do
pecado de Adam HaRishon.

Os Mochin que permaneceram no Partzufim BYA e o lugar para onde os mundos


caíram depois que eles foram traídos pelo pecado de Adam HaRishon.

Os Mochin de Ima de que os Partzufim BYA recebidos após sua queda abaixo de
Parsa de Atzilut.

Os Partzufim de Achor dos cinco Partzufim de Atzilut, que desceu e vestiu os Partzufim BYA e
se tornou o que é percebido como Neshama para Neshama para eles.

O Malchut de Atzilut que desceu e tornou-se Atik para os Partzufim BYA.

145) O primeiro discernimento já foi explicado (Item 66): Por causa da ascensão do Malchut
finalizando, que ficou abaixo da Sium Raglin de AK, para o lugar do Chazeh de ZAT de
Nekudot de SAG, que ocorreu durante Tzimtzum Bet, os dois terços inferiores do Tiferet e
NHYM caíram abaixo do novo ponto de Sium na Chazeh de Nekudot. Assim, eles não são mais
dignos de receber a Luz Superior, e o local dos três mundos BYA foi feito deles:

O lugar do mundo de Briah foi feito de dois terços inferiores de Tiferet;

O lugar do mundo de Yetzirah foi feito dos três Sefirot NHY;

O lugar do mundo de Assiah foi feito de Malchut.


146) O segundo discernimento são os níveis dos Partzufim BYA e sua posição sobre a suas
saídas e nascimento do Nukvah de Atzilut. Saiba que, nesse momento, ZA tinha já obtido o
Bechina Chaya de Aba, e Nukvah tinha já obtido o Bechina Neshama de Ima.

E você já sabe que a ZON recebe o Mochin de AVI somente por ascensão e vestuário (Item
142). Assim, ZA veste Aba de Atzilut, chamado AVI Superior, Nukvah veste Ima de Atzilut,
chamada YESHSUT e, em então Nukvah de Atzilut classificou e emanou o mundo de Briah
com seus cinco Partzufim.

147) E já que a Nukvah está no local de Ima, ela é considerada tendo o grau de Ima, uma vez
que o mais baixo sobe para o Superior torna-se como ele. Assim, o mundo de Briah, que foi
classificado por ela, é considerado o grau de ZA, já que é um grau inferior para Nukvah,
considerado Ima, e o mais baixo para Ima é ZA. Então o mundo de Briah, que está no local de
ZA de Atzilut, está abaixo de Nukvah de Atzilut, que era então considerado Ima de Atzilut.

148) Assim, considera-se que o mundo de Yetzirah, que foi classificado e emanado pelo mundo
da Briah, é então no grau de Nukvah de Atzilut. Isso é porque ele é o grau abaixo do mundo de
Briah, que era então considerado ZA de Atzilut. E o abaixo ZA é considerado Nukvah. No
entanto, nem todos os dez Sefirot do mundo de Yetzirah são considerados Nukvah de Atzilut,
mas apenas os quatro primeiros de Yetzirah. A razão é que existem dois estados para o Nukvah:
face a face e costas com costas:

Quando ela está face a face com ZA, seu nível é igual ao de ZA;

E quando ela está costas com costas, ela ocupa apenas as quatro Sefirot TNHY de ZA.

E já que nesse momento o estado de todos os mundos era só costas com costas, haviam apenas
quatro Sefirot na Nukvah. Assim, o mundo de Yetzirah, também, tem apenas as suas quatro
primeiras Sefirot no lugar de Nukvah de Atzilut. E as seis de baixo de Yetzirah estavam nas
primeiras seis Sefirot do mundo atual de Briah, de acordo com as qualidades no lugar de BYA
no primeiro discernimento (Item 145), onde os mundos BYA caíram após o pecado de Adam
HaRishon, e este é agora o seu lugar permanente.

149) O mundo de Assiah, que foi classificado pelo mundo de Yetzirah, é considerado o atual
grau de Briah. Desde que o mundo de Yetzirah foi previamente ao grau de Nukvah de Atzilut, o
grau abaixo dele—o mundo da Assiah é considerado o mundo atual de Briah. Mas uma vez que
apenas os quatro primeiros de Yetzirah foram considerados Nukvah de Atzilut e seus seis mais
baixos estavam no mundo de Briah, assim, apenas os quatro primeiros do mundo de Assiah
abaixo dele são considerados como os quatro Sefirot inferiores do mundo de Briah. E os seis
inferiores do mundo de Assiah estavam no lugar dos seis primeiros do mundo atual de Yetzirah.

Naquela época, os catorze Sefirot NHYM do Yetzirah atual e todas as dez Sefirot do mundo
atual de Assiah se desprovida de qualquer Kedusha (santidade), e tornou-se Mador ha Klipot
(seção casca). Isto é assim porque só haviam Klipot (cascas), no lugar destas quatorze Sefirot,
desde que os mundos da Kedusha terminaram no local de Chazeh do mundo atual de Yetzirah.
Assim, nós aprendemos os níveis dos Partzufim BYA e o local de sua postura sobre seu
primeiro surgimento.

150) Agora vamos explicar o terceiro discernimento —os níveis dos Partzufim BYA e a postura
que eles tinham dos adicionados Mochin antes do pecado de Adam HaRishon. Isto é porque
através da iluminação da adição do Shabbat, eles tiveram duas ascensões.
1. Na quinta hora, na véspera do Shabbat, quando Adam HaRishon nasceu. Naquela época, a
iluminação do Shabbat começa a brilhar na forma do quinto do sexto dia. Naquela época:

ZA obteve Bechina Yechida e levantou-se e vestiu AA de Atzilut;

E Nukvah - Bechina Chaya, e levantou-se e vestiu AVI de Atzilut;

Briah subiu para YESHSUT;

The whole of Yetzirah rose to ZA;

O Yetzirah total subiu para ZA;

The first four Sefirot of Assiahh rose to the place of Nukvah de Atzilut;

Os primeiros quatro Sefirot de Assiah subiram para o lugar de Nukvah de Atzilut;

E os seis de baixo de Assiah subiram para o lugar dos seis primeiros Briah.

1. Na véspera do Shabbat, no crepúsculo. Através da adição do Shabbat, os seis de baixo de


Assiah subiram para o lugar de Nukvah de Atzilut, bem como, e os mundos de Yetzirah e
Assiah ficaram no mundo da Atzilut, no lugar de ZON de Atzilut, na forma de face-a-face.

151) E agora vamos explicar o quarto discernimento — o nível de Mochin que continuou em
BYA, e o lugar para o qual caíram depois do pecado. Devido à falha do pecado da Árvore do
Conhecimento, todos os Mochin adicionados que eles haviam obtido através das duas ascensões
afastaram os mundos, e ZON voltou a ser VAK e Nekudah. E os três mundos BYA foram
deixados com apenas o Mochin com os quais inicialmente emergiram. O mundo de Briah era no
grau de ZA, que significa VAK e, Yetzirah e Assiah na medida acima referida, também (Item
148).

Além disso, o discernimento das Atzilut deixou-os completamente e eles caíram abaixo de Parsa
de Atzilut, à qualidade do local de BYA, elaborado por Tzimtzum Bet (Item 145). Assim, as
quatro de baixo de Yetzirah e as dez Sefirot do mundo de Assiah caíram e ficaram no lugar das
quatorze Sefirot dos Klipot (Item 149), chamado Mador ha Klipot.

152) O quinto discernimento é o Mochin de Ima que BYA recebido no lugar para o qual eles
caíram. Depois BYA partiu Atzilut e caiu abaixo de Parsa de Atzilut, eles tinham apenas VAK
(Item 151). Então YESHSUT vestido em ZON de Atzilut e, YESHSUT casaram com a
finalidade de vestir no ZON, e informava Mochin de Neshama ao Partzufim BYA em seus
lugares:

O mundo da Briah recebeu deles dez Sefirot completas ao nível de Binah;

O mundo de Yetzirah recebeu deles VAK;

E o mundo de Assiah, apenas o discernimento de costas com costas.

153) O sexto discernimento é o Neshama para Neshama, que o Partzufim BYA obteve do
Partzufim de Achor dos cinco Partzufim de Atzilut. Isso é porque durante a diminuição lunar, o
Partzuf de Achor de Nukvah de Atzilut caiu e vestiu no Partzufim BYA. Ele contém três
Partzufim, chamados Ibur, Yenika, Mochin.
Bechina (discernment of) Mochin fell into Briah;

Bechina (discernimento de) Mochin caiu em Briah;

Bechina Yenika fell into Yetzirah;

Bechina Yenika caiu em Yetzirah;

And Bechina Ibur fell into Assiahh.

E Bechina Ibur caiu em Assiah.

Eles se tornaram Bechina Neshama para Neshama a todos os Partzufim BYA, que é considerado
Chaya, em relação a eles.

154) O sétimo discernimento é o Nukvah de Atzilut, que se tornou a RADLA e a iluminação do


Yechida em BYA. Isso é porque ele tem sido explicado que, durante a diminuição lunar, os três
discernimentos — Ibur, Yenika, Mochin — do Partzuf Achor de Nukvah de Atzilut caiu e
vestiu em BYA. Eles são considerados como os Achoraim dos nono fundo do Nukvah, que são
Ibur, Yenika e Mochin:

NHY é chamado Ibur;

HGT é chamado Yenika;

HBD é chamado Mochin.

No entanto, o Achor de Bechina Keter de Nukvah tornou-se Atik para o Partzufim BYA, de
uma forma que as Luzes da atual Partzufim BYA são principalmente dos remanescentes,
deixados neles depois do pecado de Adam HaRishon , que é o VAK de cada deles (Item 151).

Eles receberam Bechina Neshama de Mochin de Ima (Item 152);

E eles receberam Bechina Neshama para Neshama, que é Bechina Chaya, das nove de baixo do
Partzuf Achor de Nukvah;

E eles receberam Bechina Yechida de Bechina Acor de Keter de Nukvah de Atzilut.

Explicando as ascensões dos Mundos

155) A principal diferença entre os Partzufim de AK e os Partzufim do mundo de Atzilut é que


os Partzufim de AK são de Tzimtzum Aleph, onde cada grau contém dez Sefirot completas.
Além disso, existe apenas um Kli nas dez Sefirot — o Kli de Malchut, mas as primeiras nove
Sefirot só são consideradas Luzes.

Os Partzufim de Atzilut, no entanto, são de Tzimtzum Bet, como está escrito, "no dia em que o
Senhor Deus fez o céu e a terra", quando Ele associou Rachamim (misericórdia) com Din
(julgamento) (Item 59). Midat ha Din (qualidade de julgamento), que é Malchut, subiu e
conectou a Binah, que é Midat ha Rachamim (qualidade de misericórdia), e estavam co-unidas.
Assim, uma nova Sium foi colocado sobre a Luz Superior no lugar de Binah. A Malchut que
termina a Guf subiu para Binah de Guf, que é Tiferet, no lugar do Chazeh e a acoplante Malchut
no Peh de Rosh subiu para Binah de Rosh, chamado Nikvei Eynaim.
Assim, o nível dos Partzufim diminuída na GE, que são Keter Chochma em Kelim, ao nível de
VAK sem um Rosh, que é Nefesh Ruach em Luzes (Item 74). Assim, eles são deficientes de
AHP de Kelim, que são Binah e ZON, e as Luzes Neshama, Chaya, e Yechida.

156) Foi explicado (Item 124) que, elevando MAN para o segundo Ibur, os Partzufim de Atzilut
obtiveram a iluminação de Mochin de AB SAG de AK, o que reduz Hey de Nikvei Eynaim de
volta ao seu lugar na Peh, como no Tzimtzum Aleph. Assim, eles recuperam a AHP de Kelim e
Neshama, Chaya, Yechida das Luzes. No entanto, isso ajudou apenas para as dez Sefirot de
Rosh dos Partzufim, mas não para suas Gufim, uma vez que estes Mochin não se espalharam da
Peh abaixo aos seus Gufim (Item 138).

Portanto, mesmo após o Mochin de Gadlut, os Gufim permaneceram em Tzimtzum Bet, como
durante a Katnut. Por esta razão, todos os cinco Partzufim de Atzilut são considerados ter
apenas o nível das dez Sefirot que emergem sobre Aviut de Bechina Aleph, o nível de ZA, VAK
sem um Rosh, chamado "o nível de MA." Eles vestem o nível de MA dos cinco Partzufim de
AK, isto é, do Tabur dos cinco Partzufim de AK para baixo.

157) Assim, Partzuf Atik de Atzilut veste Partzuf Keter de AK de seu Tabur para baixo, e
recebe sua graça do nível de MA do Partzuf Keter de AK, que está lá. Partzuf AA de Atzilut
veste Partzuf AB de AK do Tabur abaixo e recebe sua graça do nível de MA de AB de AK, que
está lá. AVI de Atzilut veste Partzuf SAG de AK do Tabur para baixo, e recebe sua graça do
nível de MA de SAG, que está lá. ZON Atzilut veste Partzuf MA e BON de AK do Tabur para
baixo, e recebe sua graça do nível de MA de Partzuf MA e BON de AK.

Assim, cada um dos cinco Partzufim de Atzilut recebe de seus correspondente Partzuf em AK,
apenas VAK sem um Rosh, chamado "o nível de MA." E mesmo embora haja GAR no Roshim
dos cinco Partzufim de Atzilut, apenas o Mochin que se expandem do Peh para baixo para seus
Gufim, que são meramente VAK sem Rosh, são tomadas em consideração (Item 139).

158) Isso não significa que cada uma das cinco Partzufim de Atzilut veste seu correspondente
Bechina (discernimento) na AK. Isso é impossível, desde que as cinco Partzufim de Atzilut
veste sobre a outra, e assim fazem os cinco Partzufim de Atzilut. Pelo contrário, isso significa
que o nível de cada Partzuf dos Partzufim de Atzilut objetiva sua correspondente Bechina nos
cinco Partzufim de AK, dos quais recebe a sua graça (Hallan, imagem no. 3).

159) Para os Mochin a fluir do Peh para baixo até os Gufim dos cinco Partzufim de Atzilut, foi
explicado (Item 141), que elevando MAN dos mais baixos é requerido. Isto porque, em seguida,
a realização dos dez Sefirot do segundo tipo são dadas a eles, o que bastaria para os Gufim,
também.

E há três discernimentos nestes MAN que as mais baixas se elevam:

Quando eles elevam MAN do Aviut de Bechina Bet, dez Sefirot no nível da Binah surgem,
chamadas "o nível de SAG." Estas são Mochin da Luz de Neshamah.

Quando eles elevam MAN do Aviut de Bechina Gimel, dez Sefirot no nível da Chochma
surgem, chamadas "o nível de AB." Estas são Mochin da Luz de Chaya.
Quando eles elevam MAN do Aviut de Bechina Dalet, dez Sefirot no nível de Keter surgem,
chamadas "o nível de Galgata." Estas são Mochin da Luz de Yechida (Item 29).

160) Saiba que os mais baixos que são adequados para elevar MAN só são considerados NRN
(Nefesh, Ruach, Neshamah) de Tzadikim (justo), que já estão incluídos no BYA e podem elevar
MAN à ZON de Atzilut, considerada sua Parte Superior. Naquela ocasião o ZON eleva MAN
ao Seu Superior, que são AVI e, AVI Superior permanece, até chegar aos Partzufim de AK.
Então a Luz Superior desce do Ein Sof aos Partzufim de AK no MAN que subiu lá, e o nível das
dez Sefirot surge, de acordo com a medida de Aviut do MAN que eles elevaram.

Se for de Bechina Bet, é no nível de Neshama;

Se for de Bechina Gimel, é o nível de Chaya.

E daí, os Mochin descem grau a grau através dos Partzufim de AK, até chegarem aos Partzufim
de Atzilut. E eles também viajam grau a grau, em todos os Partzufim de Atzilut, até chegar aos
Partzufim ZON de Atzilut, que transmitem essas Mochin sobre o NRN de Tzadikim que
levantou estes MAN de BYA.

E esta é a regra: qualquer iniciação de Mochin vem apenas do Ein Sof, e nenhum grau pode
elevar MAN ou receber graças exceto de seu Superior adjacente.

161) Isto diz-lhe que é impossível para os inferiores receberem qualquer coisa de ZON de
Atzilut antes que todos os Partzufim Superiores no mundo de Atzilut e o mundo de AK são
trazidos para Gadlut por eles. Isso é porque ele foi explicado que não há iniciação de Mochin
exceto de Ein Sof.

Yet, the NRN de Tzadikim can only receive them from their adjacent Upper One, which are
ZON de Atzilut. Hence, the Mochin must cascade through the Upper Worlds and Partzufim,
until they reach the ZON, which then give to the NRN de Tzadikim.

No entanto, a NRN de Tzadikim pode somente recebê-los de seus Superiores adjacentes, que
são ZON de Atzilut. Assim, o Mochin deve cascatear através dos Mundos Superiores e
Partzufim, até eles chegarem a ZON, que então dá para o NRN de Tzadikim.

Você já sabe que não há falta, no espiritual, e que a transferência de local para local não
significa tornar-se ausente do primeiro lugar e chegar ao local seguinte, como na corporeidade.
Em vez disso, eles permanecem no primeiro lugar, mesmo depois que eles se moveram e
chegaram ao lugar seguinte, como se a iluminação de uma vela por outro, sem que a primeira
seja deficiente.

Além disso, a regra é que a essência e a raiz da Luz continue no primeiro lugar, e apenas um
ramo dela se estenda até o lugar seguinte. Agora você pode ver que a graça que atravessa os
Superiores até que cheguem à NRN de Tzadikim permanecem em cada grau que haviam
atravessado. Assim, todos os graus crescem por causa da graça que eles passam para NRN de
Tzadikim.

162) Agora você pode entender como as ações dos inferiores causam subidas e descidas nos
Partzufim Superiores e mundos. Isso é porque quando eles melhoram suas ações e levantam o
MAN e estendem graça, todos os mundos e graus através dos quais a graça passou a crescer e
subir Mais Alto, por causa da graça que eles passam. E quando eles corrompem seus atos, mais
uma vez, MAN é corrompido, e os Mochin afastam os graus Mais Elevados, também, desde a
transferência da graça para eles para as paradas mais baixas, e eles descem mais uma vez para o
seu estado permanente, como no início.

163) E agora vamos explicar a ordem das ascensões dos cinco Partzufim de Atzilut aos cinco
Partzufim de AK, e os três mundos BYA para YESHSUT e ZON de Atzilut, começando com o
seus estados constantes e subindo ao nível que pode ser atingido durante os 6.000 anos antes do
fim da correção. Em geral, há três ascensões, mas elas são divididas em muitos detalhes.

O constante estado de mundos AK e ABYA já foi explicado acima: o primeiro Partzuf que foi
emanada após Tzimtzum Aleph é Partzuf Galgalta de AK, vestido pelos quatro Partzufim de
AK: AB, SAG, MA, e BON, e o Sium Raglin de AK está acima do ponto deste mundo (Itens
27, 31). É rodeada pelas imediações de AK de Ein Sof, cuja magnitude é infinita e imensurável
(Item 32). E assim como Ein Sof rodeia-o, ele veste dentro dele, e ele é chamado "a linha de Ein
Sof."

164) E, no MA e BON de AK cai Partzuf TNHYM de AK, chamado Nekudot de SAG de AK


(Item 63, 66). Durante Tzimtzum Bet, o Malchut terminal, que se situou acima do ponto deste
mundo, levantou-se e determinou seu lugar no Chazeh deste Partzuf, abaixo do terço Superior
das Tifferet, onde criou um novo Sium na Luz Superior, de modo que não se espalhou de lá para
baixo. Este novo Sium é chamado "Parsa abaixo Atzilut" (Item 68).

Também, essas Sefirot do Chazeh abaixo do Partzuf Nekudot de SAG de AK que permaneceu
abaixo do Parsa se tornou um lugar para os três mundos BYA:

Os dois terços dos Tifferet através do Chazeh tornaram-se o lugar do mundo de Briah;

NHY se tornou o lugar do mundo de Yetzira;

E Malchut, o lugar do mundo de Assiah (Item 67).

Acontece que o lugar dos três mundos BYA começam abaixo do Parsa e terminam acima do
ponto deste mundo.

165) Assim, os quatro mundos, Atzilut, Briah, Yetzirah e Assiah começam do local abaixo
Tabur de AK e termina acima do ponto deste mundo. Isso ocorre porque os cinco Partzufim do
mundo da Atzilut começam a partir do local abaixo Tabur de AK, e terminam acima dos Parsa.
E do Parsa abaixo a este mundo ficam os três mundos BYA. Este é o estado permanente dos
mundos AK e ABYA, e ali nunca haverá qualquer redução neles.

E isso já foi explicado (Item 138) que, naquele estado, existe apenas Bechina VAK sem um
Rosh em todos os Partzufim e os mundos. Isto é assim porque, mesmo nos primeiros três
Partzufim de Atzilut, em cujo Roshim está GAR, eles ainda não são transmitidos de seus Peh
para baixo, e todos os Gufim são VAK sem um Rosh, tanto mais que nos Partzufim BYA.
Mesmo os Partzufim de AK, com respeito ao seu ambiente, são considerados como faltando
GAR (Item 32).

166) Assim, sobre todos lá existem três ascensões para completar os mundos em três níveis,
Neshamah, Chaya, e Yechida, o que lhes falta. E essas ascensões dependem as inferiores
acensão de MAN.
The first ascension is when the lower ones raise MAN from the Bechina Aviut of Bechina Bet.
At that time, the AHP of the level of Binah and Neshama, with respect to the ten Sefirot of the
second kind, are sorted, from the illumination of the point of Shuruk (Item 135). These Mochin
shine to the ZAT and the Gufim, as well, like in the Partzufim of AK, when the full quantity
that exists in the ten Sefirot in the Roshim of the Partzufim of AK traverses and spreads to the
Gufim, as well.

A primeira ascensão é quando as inferiores elevam MAN do Bechina Aviut de Bechina Bet.
Naquela época, o AHP do nível de Binah e Neshama, com respeito às dez Sefirot do segundo
tipo, são classificadas, da iluminação do ponto de Shuruk (Item 135). Estes Mochin brilham ao
ZAT e os Gufim, também, como nos Partzufim de AK, quando a quantidade total que existe nas
dez Sefirot na Roshim dos Partzufim de AK atravessa e se espalha para os Gufim, também.

167) Acontece que, quando estes Mochin viajam através dos Partzufim de Atzilut, cada um dos
cinco Partzufim de Atzilut recebe Mochin de Binah e Neshama, chamados Mochin de SAG, que
iluminam GAR às seus Partzufim, assim, como em AK. Por isso, é então considerado que eles
crescem e sobem e vestem os cinco Partzufim de AK, na medida dos Mochin que eles
alcançaram.

168) Thus, when Partzuf Atik de Atzilut obtained these Mochin de Binah, it rises and clothes
Partzuf Binah de AK, opposite the level of SAG de Partzuf Galgalta de AK, from which it
receives its Bechina Neshama de Yechida de AK, which shines for his ZAT, too.

168) Assim, quando Partzuf Atik de Atzilut obteve esses Mochin de Binah, ele sobe e veste
Partzuf Binah de AK, oposto ao nível do SAG de Partzuf Galgalta de AK, do qual recebe seu
Bechina Neshama de Yechida de AK, que brilha para sua ZAT também.

E quando os Mochin vierem ao Partzuf AA de Atzilut, eles sobem e vestem o Rosh de Atik do
estado constante, oposto ao nível de SAG do Partzuf AB de AK, da qual recebe Bechina
Neshama de Chaya de AK, que brilha para sua ZAT. E quando o Mochin vir a Partzuf AVI de
Atzilut, ela sobe e veste a constante GAR de AA, oposto ao nível de Binah de SAG de AK, da
qual ela recebe Bechina Neshama de Neshamah de AK, que brilha para seus ZAT também. E
quando esses Mochin vierem ao YESHSUT e ZON de Atzilut, eles sobem e vestem o constante
AVI, oposto ao nível de Binah de Partzuf MA e BON de AK, do qual eles recebem Bechina
Neshama de Nefesh Ruach de AK. Então, o NRN de Tzadikim receber os Mochin de Neshamah
de Atzilut.

And when the Mochin come to the Partzufim of the world of Briah, the world of Briah ascends
and clothes Nukva de Atzilut, from which it receives Bechina Nefesh de Atzilut. And when the
Mochin come to the world of Yetzira, it ascends and clothes the constant world of Briah, from
which it receives Bechina Neshama and GAR de Briah. And when the Mochin come to the
world of Assiahh, it ascends and clothes the world of Yetzira, from which it receives Bechina
Mochin de VAK that are in Yetzira. Thus we have explained the first ascension that each
Partzuf in ABYA obtained by the MAN de Bechina Bet, which the lower ones raised (HaIlan,
Image no 7).

E quando os Mochin vierem aos Partzufim do mundo de Briah, o mundo de Briah sobe e veste
Nukva de Atzilut, dos quais recebe Bechina Nefesh de Atzilut. E quando os Mochin vem ao
mundo de Yetzira, ele sobe e veste o mundo constante de Briah, do qual recebe Bechina
Neshama e GAR de Briah. E quando os Mochin vem ao mundo de Assiah, ele sobe e veste o
mundo de Yetzira, do qual recebe Bechina Mochin de VAK que estão em Yetzira. Assim
explicamos a primeira ascensão que cada Partzuf em ABYA obteve pelo MAN de Bechina Bet,
que os inferiores levantaram (HaIlan, Imagem nº 7).

169) The second ascension occurs when the lower ones raise MAN from Aviut de Bechina
Gimel. At that time the AHP of the level of Chochma and Chaya are sorted with respect to the
completion of the second kind of ten Sefirot. These Mochin shine for the ZAT and the Gufim,
too, as in the Partzufim of AK. And when the Mochin pass through the Partzufim ABYA, each
Partzuf rises and grows through them, according to the Mochin it had attained.

169) A segunda ascensão ocorre quando os inferiores elevam o MAN de Aviut de Bechina
Gimel. Naquela ocasião, o AHP do nível de Chochma e Chaya são classificados com relação à
conclusão do segundo tipo das dez Sefirot. Estes Mochin brilham para o ZAT e os Gufim,
também, como nos Partzufim de AK. E quando os Mochin passam pelos Partzufim ABYA, cada
Partzuf sobe e cresce através deles, de acordo com os Mochin que tenha atingido.

170) Thus, when the Mochin came to Partzuf Atik de Atzilut, it rose and clothed the GAR of
Partzuf Chochma de AK, called AB de AK, opposite the level of AB de Galgalta de AK, from
which it receives the Light of Chaya de Yechida. And when the Mochin reach Partzuf AA de
Atzilut, it rises and clothes GAR de SAG de AK, opposite the level of AB de Partzuf AB de
AK, from which it receives the Light of Chaya de Chaya de AK. And when the Mochin reach
the Partzufim AVI de Atzilut, they rise and clothe the constant GAR de Atik, opposite the level
of AB of Partzuf SAG de AK, from which they receive the Light of Chaya de Neshama de AK,
which shines for the ZAT and the Gufim, as well. And when the Mochin reach YESHSUT de
Atzilut, they rise and clothe the constant GAR de AA, opposite the level of AB de MA de AK,
from which they receive the Light of Chaya de MA de AK. And when the Mochin reach ZON
de Atzilut, they rise to GAR de AVI, opposite the level of AB de BON de AK, from which they
receive the Light of Chaya de BON de AK. Also, they receive the souls of the righteous from
ZON.

170) Assim, quando os Mochin vieram para o Partzuf Atik de Atzilut, levantou-se e vestiu a
GAR do Partzuf Chochma de AK, chamado AB de AK, oposto ao nível de AB de Galgalta de
AK, da qual recebe a Luz de Chaya de Yechida. E quando os Mochin alcançam Partzuf AA de
Atzilut, eles levantam-se e vestem GAR de SAG de AK, oposto ao nível de AB de Partzuf AB
de AK, da qual recebe a Luz de Chaya de Chaya de AK. E quando os Mochin chegam aos
Partzufim AVI de Atzilut, levantam-se e vestim o constante GAR de Atik, oposto ao nível de
AB do Partzuf SAG de AK, do qual eles recebem a Luz de Chaya de Neshama de AK, que
brilha para o ZAT e os Gufim, também. E quando os Mochin alcançam YESHSUT de Atzilut,
levantam-se e vestem o constante GAR de AA, oposto ao nível de AB de MA de AK, do qual
eles recebem a Luz de Chaya de MA de AK. E quando os Mochin chegarem a ZON de Atzilut,
eles sobem ao GAR de AVI, oposto ao nível de AB de BON de AK, do qual eles recebem a Luz
de Chaya de BON de AK. Também, eles recebem as almas dos justos de ZON.

E quando os Mochin alcançam o mundo de Briah, eles sobem e vestem ZA de Atzilut, da qual
ele recebe Bechina Ruach de Atzilut. E quando os Mochin alcançam o mundo de Yetzira,
Yetzira sobe e veste Nukva de Atzilut, e recebe dela a Luz de Nefesh de Atzilut. E quando os
Mochin alcançam o mundo de Assiah, eles sobem e vestem o mundo de Briah, e recebem dele
Bechina GAR e Neshama de Briah. Naquela época, o mundo de Assiah é completado com a
plena NRN de BYA. Assim explicamos a segunda ascensão de cada Partzuf dos Partzufim
ABYA que subiram e cresceram pelo MAN de Bechina Gimel, que a NRN de Tzadikim
levantou. (HaIlan, Imagem, nº 8)

171) A terceira ascensão é quando as inferiores elevam MAN de Aviut de Bechina Dalet.
Naquela ocasião, o AHP do nível de Keter de Yechida são classificadas, com relação à
conclusão do segundo tipo das dez Sefirot. Estes Mochin brilham para o ZAT e seus Gufim,
também, como nos Partzufim de AK. E quando estes Mochin atravessam os Partzufim ABYA,
cada Partzuf sobe, cresce, e veste de seu Superior, de acordo com a medida daqueles Mochin.

172) Assim, quando os Mochin alcançam Partzuf Atik de Atzilut, ele sobe e veste a GAR do
Partzuf Galgalta de AK, e recebe sua Luz de Yechida de Yechida de lá. E quando os Mochin
alcançam o Partzuf AA de Atzilut, eles sobem e vestem o GAR de Partzuf AB de AK, e
recebem a Luz de Yechida de Chaya de AK de lá. E quando os Mochin alcançam o Partzuf AVI
de Atzilut, levantam-se e vestem GAR de SAG de AK, e recebem a Luz de Yechida de
Neshama de AK de lá. E quando os Mochin alcançam o Partzuf YESHSUT, levantam-se e
vestem o GAR de MA de AK, e recebem a Luz de Yechida de MA de AK de lá. E quando os
Mochin alcançam o ZON de Atzilut, levantam-se e vestem GAR de BON de AK, e recebem a
Luz de Yechida de BON de AK de lá. E então o NRN Tzadikim recebe a Luz de Yechida do
ZON de Atzilut.

E quando os Mochin alcançam o mundo de Briah, eles sobem e vestem o Partzuf YESHSUT de
Atzilut, e recebem Neshama de Atzilut de lá. E quando os Mochin alcançam o mundo de
Yetzirah, levantam-se e vestem Partzuf ZA de Atzilut, e recebem Bechina Ruach de Atzilut
dele. E quando os Mochin alcançam o mundo de Assiah, levantam-se e vestem Nukvah de
Atzilut, e recebem Bechina Luz de Nefesh de Atzilut dela (HaIlan, Imagem nº 9).

173) Acontece que agora, durante a terceira ascensão, os cinco Partzufim de Atzilut cada um foi
concluído com três níveis, Neshamah, Chaya, e Yechida de AK, que lhes faltavam no estado
constante. É, portanto, considerado que desses cinco Partzufim levantaram e vestiram aos cinco
Partzufim de AK, cada um no seu Bechina correspondente nos Partzufim de AK.

Também, a NRN de Tzadikim recebeu os GAR que lhes faltava. Os três mundos BYA que
estavam sob a Parsa de Atzilut tinha apenas NRN da Luz de Chassadim no estado constante,
partiram Chochma pela força da Parsa sobre eles. Agora, porém, eles subiram acima da Parsa e
vestiram YESHSUT e ZON de Atzilut, e têm NRN de Atzilut, quando a Luz de Chochma brilha
nos seus Chassadim.

174) Devemos saber que a NRN de Tzadikim permanente veste somente os Partzufim BYA
abaixo do Parsa:

Nefesh veste as dez Sefirot de Assiah;

Ruach—as dez Sefirot de Yetzira;

E Neshama—as dez Sefirot de Briah.

Acontece que, apesar de receber de ZON de Atzilut, ela ainda atinge-os somente através dos
Partzufim BYA, que veste sobre eles. Assim, a NRN de Tzadikim também se eleva juntamente
com as ascensões dos três mundos BYA. Acontece que os mundos BYA, também, crescem
apenas de acordo com a medida de recepção de abundância pela NRN de Tzadikim, isto é, de
acordo com o MAN, classificados por eles.
175) Assim, ficou claro que, no estado constante, há somente VAK sem um Rosh em todos os
mundos e Partzufim, cada um segundo a sua Bechina. Mesmo o NRN de Tzadikim são apenas
considerados VAK, pois embora tenham GAR de Neshamah do mundo de Briah, estes GAR são
considerados como VAK, comparados com o mundo de Atzilut, pois são considerados Luz de
Chassadim, separados de Chochma.

Também, os Partzufim de Atzilut, embora haja GAR nos seus Roshim, eles são apenas
considerados como VAK, uma vez que não brilham para os Gufim. E todos os Mochin que
atingem os mundos, que são mais que o VAK, vem somente através do MAN que o Tzadikim
(justo) aumenta.

No entanto, estes Mochin só podem ser aceitos nos Partzufim através da ascensão do inferior
para o lugar do Superior. Isto é assim porque, embora sejam consideradas de conclusão do
segundo tipo das dez Sefirot, com relação aos Gufim e o ZAT eles mesmos, eles ainda são
considerados como classificação de AHP do primeiro tipo, que não são completas em seu lugar
próprio, mas apenas quando eles estão no lugar do Alto (Item 142). Assim, os cinco Partzufim
de Atzilut não podem receber Neshama, Chaya, e Yechida de AK, exceto quando se levantam e
vestem-nos.

Também, os NRN e os três mundos BYA não podem receber NRN de Atzilut, exceto quando
eles sobem e vestem YESHSUT e ZON de Atzilut. Isso é porque esses AHP do segundo tipo,
que pertencem a ZAT, e expandir de Cima para baixo para o local de ZAT, somente serão
classificados no final da correção. Assim, quando os três mundos BYA crescem e vestem
YESHSUT e ZON de Atzilut, seu lugar permanente, da Parsa desce, fica totalmente vazio de
qualquer Luz de Kedusha.

E ai, há uma diferença entre de Chazeh subindo do mundo de Yetzirah, e de seu Chazeh abaixo.
Isso é porque ele foi explicado acima que do Chazeh do mundo de Yetzirah abaixo, é o lugar
permanente dos Klipot (Item 149). Mas por causa da falha do pecado de Adam HaRishon, os
quatro abaixo do Yetzirah de Kedusha e as dez Sefirot de Assiah de Kedusha ali desceram e
vestiram (Item 156). Assim, durante as ascensões de BYA para Atzilut, não há nem Kedusha
nem Klipot de Chazeh de Yetzirah para cima. Mas de Chazeh de Yetzirah para baixo, há Klipot,
pois esta é a sua seção.

176) E desde que os Mochin adicionais dos níveis de VAK vem somente através de MAN das
mais baixas, eles não estão constantemente presentes nos Partzufim, pois eles são dependentes
das ações dos inferiores. Quando eles corrompem as suas ações, os Mochin saem (Item 162).
No entanto, os Mochin constantes nos Partzufim, que foram estabelecidas por força da
Emanador Ele Mesmo, nunca vai sofrer qualquer alteração, uma vez que não são aumentadas
pelas mais baixas, e não são, portanto, falhos por eles.

177) Não queira saber sobre AA de BON sendo considerado Keter de Atzilut e, AVI como AB
(Item 130). Isto é porque AA é a metade inferior de Keter de BON, e AVI estão na metade
inferior do HB de Nekudim. Por isso, sua correspondente Bechina de AA em AK deveria ter
sido Partzuf Keter de AK, e as Bechina correspondendo AVI em AK deveriam ter sido AB de
AK.

A resposta é que os Partzufim de BON são femininos, não tendo nenhuma recepção própria,
exceto o que os machos - Partzufim de MA - concedem-lhes. Assim, todos estes discernimentos
nas ascensões, o que significa obter Mochin do Superior, são discernidas somente nos machos,
que são os Partzufim de MA. E desde que AA de MA não tem nada de Bechina Keter, mas
apenas o nível de Chochma, e AVI de MA não tem nada de Bechina Chochma, mas apenas o
nível de Binah (Item 126), considera-se que o seu correspondente Bechina em AK é AB de AK
para AA, e SAG de AK para AVI. E Partzuf Keter de AK se refere apenas a Atik, que tomou
todo o nível de Keter de MA.

178) Você também deve observar o que é dito, que a escada de graus, como eles estão nos
Mochin permanentes, nunca muda por todas essas ascensões. Afinal, foi explicado que o motivo
para todas essas subidas é que a NRN de Tzadikim, que estão na BYA, não pode receber
qualquer coisa antes de todos os Partzufim Superiores transferi-lo para Ein Sof. Nessa medida,
os superiores, através de Ein Sof, crescem e ascendem, assim, cada um ao seu próprio Superior
(Item 161).

Acontece que na medida em que um grau sobe, todos os graus através de Ein Sof devem elevar-
se, também. Por exemplo, quando ZON sobe de seu estado constante, abaixo Tabur de AA,
vestindo o Chazeh AA abaixo, então AA, também sobe um grau acima do seu estado constante,
de Peh de Atik abaixo, verte GAR de Atik. Seguindo-o, todos os seus graus internos aumentam,
também: seu HGT sobe para o lugar do GAR constante, e da sua Chazeh para Tabur sobe para o
lugar do HGT constante, e da sua Tabur abaixo sobe para o lugar do Chazeh através de Tabur.

Assim, ZON, que subiu ao lugar do Chazeh através de Tabur do AA constante, ainda está
abaixo Tabur de AA. Isso ocorre porque, nesse momento, o Tabur de AA abaixo já tinha
ascendido ao lugar do Chazeh para Tabur. (HaIlan, Item nº 4: as ascensões de ZON, no estado
constante dos cinco Partzufim de Atzilut, que sobem e vestem durante a obtenção de Neshama
para GAR de YESHSUT, sobre o Peh de AVI abaixo, sobre o de Chazeh de AA para baixo).

No entanto, todos os Partzufim de Atzilut se levantam naquela época (HaIlan, Imagem nº 7).
Por esta razão, você vai descobrir que lá, a ZON continua vestir YESHSUT da Peh para baixo,
acima de Chazeh de AVI para baixo, acima de Tabur de AA para baixo. Assim, a escala de
graus não mudou em nada pela ascensão. E é o mesmo em todas as ascensões (HaIlan, Imagens
nº 3-passado).

179) Devemos saber também que mesmo após a ascensão dos Partzufim, eles deixam o seu grau
inteiro no lugar permanente, ou no lugar onde estavam no começo, já que não há ausência no
espiritual (Item 96). Assim, quando GAR de AVI sobe para GAR de AA, GAR de AVI ainda
permanecem no local permanente de Peh de AA para baixo. E YESHSUT sobe acima do HGT
do AVI elevados, e recebem do real GAR de AVI, que estavam lá antes da ascensão.

Além disso, considera-se que existem três graus juntos lá. As GAR de AVI elevadas
permanecem no local do GAR de AA constante, e outorgam sobre eles seu local permanente de
Peh de AA para baixo, onde YESHSUT estão agora presentes. Assim, GAR de AA e AVI e
YESHSUT iluminam ao mesmo tempo no mesmo lugar.

Esta é também a maneira com todos os Partzufim de AK e ABYA durante as ascensões. Por
este motivo, quando um Partzuf sobe, devemos sempre observar o significado da ascensão em
relação aos Superiores nos seus estados constantes, e seu valor para os Superiores, que também
sobem um grau. (Examine tudo isso no livro HaIlan. Na Imagem nº 3, você vai encontrar o
estado dos Partzufim em seu estado constante. E nas Imagens 4-6 você encontrará as três
ascensões de ZA pelo valor dos cinco Partzufim de Atzilut constantes. Nas imagens de 7-9 você
encontrará as três ascensões de todos os cinco Partzufim de Atzilut, pelo valor dos cinco
Partzufim de AK permanentes. E nas imagens 10-12 que você encontrará as três ascensões de
todos os cinco Partzufim de AK em relação à linha do permanente Ein Sof).

A Divisão de cada Partzuf em Keter e ABYA

180) Devemos saber que o geral e o particular são iguais. Também, o que é discernido no geral,
é também presente nos seus detalhes e, também nos menores detalhes que podem estar.
Também, a realidade geral é discernida em cinco mundos, AK e ABYA, onde o mundo de AK é
considerado o Keter dos mundos, e os quatro mundos ABYA são considerados como HB ZON
(Item 3). Da mesma forma, não há um único item em todos os quatro mundos ABYA que não
compreendem estes cinco: O Rosh de cada Partzuf é considerado seu Keter, correspondendo ao
mundo de AK, e o Guf, de Peh a Chazeh é considerado o Atzilut nele. Do lugar de Chazeh
através do Tabur, é considerado seu Briah, e do Tabur para baixo para seu Sium Raglin, é
considerado seu Yetzirah e Assiah.

181) E você deve saber que há muitas denominações para as dez Sefirot KHB, HGT, NHYM.
Às vezes, elas são chamadas de GE e AHP, ou KHB e ZON, ou NRNHY, ou a ponta do Yod e
as quatro letras, Yod, Hey, Vav, Hey, ou HaVaYaH simplesmente e AB, SAG, MA, e BON,
sendo os quatro tipos de preenchimentos em HaVaYaH:

O preenchimento de AB é Yod, Hey, Viv, Hey (o Aleph em Vav é substituído por um Yod);

O preenchimento de SAG é Yod, Hey, Vav, Hey;

O preenchimento de MA é Yod, He (Aleph substitui o Yod), Vav, He;

O preenchimento de BON é Yod, Heh (Hey substitui o Yod), Vav, Heh;

Eles são também chamados AA, AVI, e ZON. AA é Keter, Aba é Chochma, Ima é Binah, ZA é
HGT NHY, e Nukvah de ZA é Malchut.

E eles são também chamados AK e ABYA, ou Keter e ABYA. Malchut de Keter é chamado
Peh, Malchut de Atzilut é chamado Chazeh, Malchut de Briah é chamado Tabur, Malchut de
Yetzirah é chamado Ateret Yesod, e o geral Malchut é chamado Sium Raglin.

182) Saiba que você deve sempre distinguir duas instruções nesses diferentes nomes das dez
Sefirot:

1. Isso iguala-se à Sefira à qual ele se relaciona;

2. Como ele difere daquela Sefira para a qual ele se relaciona, para qual seu nome é mudado na
denominação específica.

Por exemplo, Keter das dez Sefirot da Luz Direta é Ein Sof, e cada Rosh de um Partzuf também
é chamado Keter. Da mesma forma, todos os cinco Partzufim de AK são chamados Keter,
também. Partzuf Atik é também chamado Keter, e AA também é chamado Keter. Portanto,
devemos considerar isso: se eles são todos Keter, por que seus nomes mudam para serem
chamados por estas denominações? E também, se todos eles se relacionam com Keter, elas não
deveriam ser igual a Keter?

De fato, em certo sentido, eles são todos iguais a Keter, como eles são considerados Ein Sof,
para a regra é que, enquanto a Luz Superior não vestiu num Kli, ela é considerada Ein Sof.
Assim, todos os cinco Partzufim de AK são considerados Luz sem um Kli com respeito ao
mundo de Tikkun, desde que nós não temos percepção no Kelim de Tzimtzum Aleph. Por esta
razão, para nós, suas Luzes são considerados Ein Sof.

Também, Atik e AA de Atzilut são ambos considerados Keter de Nekudim. No entanto, por um
ângulo diferente, eles são distantes uns dos outros, desde Keter de Orh Yashar é uma Sefira,
mas AK ela contém cinco Partzufim completos, cada um dos quais contém Rosh, Toch, Sof
(Item 142). Também, Partzuf Atik é apenas metade da metade Superior de Keter de Nekudim e,
Partzuf AA é a metade da metade inferior da Keter de Nekudim (Item 129). Da mesma forma,
essas duas instruções devem ser discernidas em todas as denominações das Sefirot.

183) Saiba que a instrução especial nestas denominações das dez Sefirot chamadas Keter e
ABYA é para mostrar que se refere à divisão das dez Sefirot em Kelim de Panim e Kelim de
Achoraim, feitos por causa do Tzimtzum Bet (Item 60). Naquela época, o Malchut final subiu
para o lugar de Binah de Guf, chamado "Tiferet no lugar de Chazeh", onde ela terminou o grau
e criou um Sium novo, chamado "Parsa abaixo do Atzilut" (Item 68).

E os Kelim do Chazeh abaixo saiu de Atzilut, e eles são chamados BYA. Os dois terços de
Tiferet de Chazeh para Sium são chamados Briah; NHY são chamados Yetzirah e Malchut é
chamado Assiah. Também foi explicado que, por isso, cada grau foi dividido em Kelim de
Panim e Kelim de Achoraim: da Chazeh para cima é chamado Kelim de Panim e de Chazeh
para baixo eles são chamados Kelim de Achoraim.

184) Portanto, esse discernimento da Parsa no lugar de Chazeh divide o grau em quatro Behinot
especiais, chamados ABYA: Atzilut - através do Chazeh e, BYA - do Chazeh para baixo. E o
princípio da distinção está no próprio AK. Mas lá, a Parsa desceu através do seu Tabur (Item
68), pelo que o Atzilut neles é o AB SAG que terminam acima de seu Tabur.

Do seu Tabur abaixo é seu BYA, o lugar dos dois Partzufim MA e BON nele. Isto é como os
cinco Partzufim de AK são divididos em ABYA pela força do Sium de Tzimtzum Bet,
chamados Parsa: Galgalta é o Rosh, AB SAG através de seu Tabur são Atzilut, e o MA e BON
do seu Tabur abaixo é BYA.

185) Da mesma forma, todos os cinco Partzufim do mundo de Atzilut estão divididos em suas
próprias Keter e ABYA:

AA é o Rosh da totalidade de Atzilut.

O AVI Superior, que são AB, vestindo de Peh de AA abaixo para o Chazeh, são Atzilut. E lá,
no ponto de Chazeh, está Parsa, que termina o Bechina Atzilut do mundo de Atzilut.

YESHSUT, que são SAG, vestindo de Chazeh de AA através de seus Tabur, são Briah de
Atzilut.

ZON, que são MA e BON, vestindo de Tabur de AA através do Sium de Atzilut, são Yetzirah e
Assiah de Atzilut.

Assim, o mundo de Atzilut, também, com seus cinco Partzufim, é dividido em Rosh e ABYA,
assim como os cinco Partzufim de AK. Mas aqui está o Parsa em seu lugar em Chazeh de AA,
que é o seu verdadeiro lugar (Item 127).
186) No entanto, nos mundos em geral, todos os três Partzufim Galgalta, AB, SAG de AK são
consideradas como o Rosh geral. E os cinco Partzufim do mundo de Atzilut, que veste de Tabur
de AK abaixo até o Parsa geral, sendo o Parsa que foi feito no Chazeh Nekudot de SAG (Item
66), são a Atzilut geral. E os três mundos gerais BYA ficam de Parsa para baixo (Itens 67-68).

187) Desta forma, cada grau determinado em cada um dos mundos ABYA é dividido em Rosh e
ABYA, mesmo Malchut de Malchut de Assiah, porque contém um Rosh e um Guf.

O Guf é dividido em Chazeh, Tabur, e Sium Raglin.

O Parsa, abaixo Atzilut naquele grau, está em sua Chazeh e termina o Atzilut.

De Chazeh para Tabur, é considerado o Briah do grau, que conclui do ponto de Tabur.

De Tabur para baixo a sua Sium Raglin, considera-se Yetzirah e Assiah do grau.

E com relação aos Sefirot, HGT através de Chazeh são considerados Atzilut, os dois terços da
parte inferior de Tiferet de Chazeh para Tabur são considerados Briah; NHY é Yetzirah e,
Malchut é Assiah.

188) Por esta razão, o Rosh de cada grau é atribuído a Bechina Keter, ou Yechida ou Partzuf
Galgalta. O Atzilut nele, de Peh até Chazeh, é atribuída a Chochma, para Orh Chaya, ou para o
Partzuf AB. A Briah nele, de Chazeh até Tabur, é atribuída a Binah, para Orh Neshama, ou para
Partzuf SAG. E o Yetzirah e Assiah nela, de Tabur abaixo, são atribuídas a ZON, a Luzes
Ruach Nefesh, ou para Partzuf MA e BON. (Examine o livro, HaIlan, da imagem nº 3 em
diante, como cada Partzuf é dividido por esses Behinot).
HaIlan (A Árvore)

Ilustrações e Referências

DIAGRAMA 1

Item 1 descreve a Rosh, Toch, Sof de Partzuf Keter de AK.

Item 2 descreve Partzuf AB de AK em Rosh, Toch, Sof e como ele veste Partzuf Keter de AK de
sua Peh para baixo.

Item 3 descreve Partzuf SAG de AK em Rosh, Toch, Sof e como ele veste Partzuf AB de AK de
sua Peh para baixo.

DIAGRAMA 1, ITEM 1

Este é Partzuf Keter de AK, as primeiras dez Sefirot que expandiram de Ein Sof para o espaço
depois da Tzimtzum. Sua Rosh toca Ein Sof, Acima, e suas Sium Raglin estão ponto do meio,
central, que é este mundo. Ele contém três Behinot de dez Sefirot: dez Sefirot de Rosh, dez
Sefirot de Toch, e dez Sefirot de Sof.

As dez Sefirot de Rosh são chamadas “as raízes das dez Sefirot,” dado que há o principio de sua
criação, através do encontro das dez Sefirot de Orh Yashar pelo Zivug de Hakaah na Masach
em Malchut de Rosh, que ergue dez Sefirot de Orh Chozer que vestem as dez Sefirot de Orh
Yashar, que se estendem de Ein Sof (como está escrito em A Árvore da Vida, Portão 47,
Capitulo 1). As dez Sefirot de Orh Yashar estão ordenadas de Cima para baixo, e seu oposto é a
Orh Chozer, onde elas estão ordenadas de baixo para Cima. Malchut das dez Sefirot de Rosh é
chamada Peh.

As dez Sefirot de Toch nos Partzufim de AK é chamado Akudim, em Partzuf Keter, em AB,
assim como em SAG. Todavia, em Partzuf Keter, A Luz Superior não foi ainda extinta nas dez
Sefirot, e a diferença entre elas foi apenas em impressões (como o Ari escreveu em A Árvore da
Vida, Secção Presente e Não Presente, Capitulo 1). Também, Malchut das dez Sefirot de Toch é
chamada Tabur.

As dez Sefirot de Sof são consideradas o Sium de cada Sefira das dez Sefirot através de Malchut.
O Partzuf termina na Sefira de Malchut, que é porquê ela é chamada Sium Raglin.

DIAGRAMA 1, ITEM 2

Este é Partzuf AB de AK, a segunda Hitpashtut das dez Sefirot a partir de Ein Sof para o espaço,
depois da Tzimtzum. Ele começa de Chochma, e falta-lhe a Luz de Keter. Ele é emanado e sai de
Malchut de Rosh de Partzuf Keter, que é chamada Peh. Assim, ele veste Partzuf Keter de sua
Peh abaixo até Tabur de Partzuf Keter.
Suas dez Sefirot de Rosh são como as dez Sefirot de Rosh de Partzuf Keter de AK, exceto que
lhe falta Keter. A suscitação destas dez Sefirot é elaborada em A Árvore da Vida, Secção
Presente e Não Presente, Capítulos 1 e 2, assim como em Talmude Eser Sefirot, Parte 5, onde
estas palavras do Ari são cuidadosamente explicadas.

Aqui, as dez Sefirot de Toch tornam-se mais ilustres que as dez Sefirot de Toch em Partzuf
Keter, dado que aqui haviam dez entradas e dez saídas na ordem de Presente e Não Presente
(como está escrito em A Árvore da Vida, Secção Presente e Não Presente, e em Talmude Eser
Sefirot, Parte 5). Na Sefira Keter das dez Sefirot de Toch, existem dois Kelim, chamados Yod-
Hey. Isto é assim na sua Sefira Chochma, também, mas na Sefira Binah, as Yod- Hey estão
apenas em um Kli, e a Vav está no Kli de Yesod, e a Hey do fundo está em Malchut.

As dez Sefirot de Sof são as mesmas como em Partzuf Keter de AK, exceto seu Sium Raglin está
acima do Tabur de Partzuf Keter.

DIAGRAMA 1, ITEM 3

Este é Partzuf SAG de AK, a terceira expansão das dez Sefirot de Ein Sof para o espaço após a
Tzimtzum, em Rosh, Toch, Sof. Ele é emanado e sai da Peh de Partzuf AB de AK. Ele começa a
partir de Binah e carência as Luzes Keter e Chochma, e veste a partir da Peh de Partzuf AB de
AK para baixo, embora abaixo dele ele seja mais longo que ele, dado que ele expandiu para
baixo, ao mesmo nível como o Raglin de Partzuf Keter de AK.

DIAGRAMA 2, ITEM 1

Este é o estado de Partzuf SAG de AK durante Tzimtzum Alef. Ele é apresentado acima, no
Diagrama 1, Item 3, mas aqui há a distinção adicional de seus próprios dois Partzufim: Partzuf
Taamim, de Peh a Tabur, e Partzuf Nekudim, de Tabur para baixo. Você descobrirá sua
explicação em Talmude Eser Sefirot, Parte 6, p. 390.

Até então, estes três mundos inferiores Briah, Yetzirah, e Assiah não vieram a qualquer
existência, dado que SAG de AK, também, se estenderam através do ponto deste mundo. Segue-
se que foi considerado Atzilut abaixo até ao ponto deste mundo.

DIAGRAMA 2, ITEM 2

Este é o estado de SAG de AK durante Tzimtzum Bet, antes do Zivug em Nikvei Eynaim, que foi
feito em prol de emanar as dez Sefirot de Nekudim. Devido à descida de SAG para os internos
MA e BON de AK, Binah recebeu a Bechina Malchut. Então, a Malchut finalizadora, que se
encontrou no ponto deste mundo, subiu ao lugar de Tabur, e a Malchut acasaladora, que se
encontrou em Peh de Rosh de SAG, subiu ao lugar de Nikvei Eynaim de Rosh de SAG, e as
Auzen, Hotem, Peh de Rosh desceu a Bechina Guf de SAG. Também, a Luz foi esvaziada de
Tabur para baixo, e isto, em geral, é Partzuf SAG.

E há Rosh, Toch, Sof, chamados HBD, HGT, NHYM no seu próprio Partzuf Nekudot de SAG,
encontrando-se inteiramente abaixo de Tabur (veja acima, diagrama 2, Item 1). Nele, também,
como em geral, é considerado que a Malchut finalizadora subiu a Binah de Guf, chamada
Tiferet, no lugar de sua Chazeh, onde a linha de Ein Sof terminou, e abaixo dela a Parsa foi
estabelecida, dado que aqui é onde Bechina Atzilut terminou.

Daí para baixo, ele tornou-se o lugar dos três mundos Briah, Yetzirah, e Assiah. O mundo de
Briah foi feito dos dois terços do fundo de Tiferet, abaixo até seu Sium. O mundo de Yetzirah
foi feito de Netzach, Hod, e Yesod, e o mundo de Assiah foi feito de Malchut. Isto é
cuidadosamente explicado nas palavras do Ari, p. 8, e em Orh Pashut lá.

DIAGRAMA 2, ITEM 3

Este é o estado em SAG de AK durante o Zivug que foi feito em Nikvei Eynaim: pois Auzen,
Hotem, Peh saíram de Bechina Rosh e para dentro de Guf, abaixo do lugar do Zivug de Rosh.
Todavia, dado que não há ausência no espiritual, dois tipos de Auzen, Hotem, e Peh são
discernidos aqui: os primeiros são as Auzen, Hotem, Peh no seu lugar de saída, seu lugar na
Rosh, como no princípio . O segundo são as Auzen, Hotem, Peh que desceram para a própria
Bechina Guf abaixo de Peh de Rosh de SAG. Elas são chamadas Auzen, Hotem, Peh não no
lugar de sua saída. E todas estas são chamadas “internas Auzen, Hotem, Peh.”

Aqui, as dez Sefirot de Toch através de Tabur são chamadas Akudim, como antes de Tzimtzum
Bet, dado que as dez Sefirot que saíram do Zivug de Nikvei Eynaim podiam apenas manifestar-se
abaixo de Tabur. Estas são chamadas “dez Sefirot de Nekudim,” e elas saem principalmente fora
de Partzuf SAG, embora sua interioridade tenha surgido no próprio AK.

Também, elas são chamadas MA e BON de AK, dado que a interioridade das três Superiores de
Nekudim é chamada MA de AK e a interioridade das inferiores sete de Nekudim é chamada BON
de AK. Elas terminam no ponto de Sium de Tzimtzum Bet, chamado “a Parsa entre Atzilut e
Briah.” Abaixo dela estão os três mundos, os inferiores Briah, Yetzirah, e Assiah.

DIAGRAM 2, ITEM 4

Este é um externo Partzuf Auzen, Hotem, Peh de SAG de AK, até Tabur. De Tabur para baixo,
ele é Partzuf de dez Sefirot de Nekudim, que terminam na Parsa. Abaixo de Parsa encontram-se
os três mundos, inferiores Briah, Yetzirah, e Assiah.

Nos externos, as Auzen, Hotem, Peh estão divididas em dois Behinot Auzen, Hotem, Peh:
externas Auzen, Hotem, Peh, no lugar de sua suscitação, encontrando-se acima da Peh, e
externas Auzen, Hotem, Peh, não no seu lugar de suscitação, encontrando-se de abaixo da Peh
até Tabur. Suas três Superiores estão anexadas ao lábio do fundo. Ele é chamado Shibolet ha
Zakan (o bocado de cabelo abaixo do lábio do fundo), e as três Superiores são principalmente a
Luz de Auzen, mas seus Behinot Hotem, Peh estão incluídos neles, também. Estas são as raízes
das três Superiores de Nekudim.

Suas sete inferiores, que são os próprios Hotem e Peh, encontram-se abaixo de Shibolet ha
Zakan e espalham-se até o Tabur. Estas externas Auzen, Hotem, Peh são também chamadas
Dikna (barba) de SAG de AK, e você encontrará uma explicação detalhada delas em Talmude
Eser Sefirot, Parte 6, p. 409, Item 20.

As dez Sefirot de Nekudim encontram-se de Tabur para baixo. Suas Primeiras três estão em
Tikkun Kavim e vestem MA de AK, e suas sete do fundo estão uma abaixo da outra, como em
Tzimtzum Alef, vestindo BON de AK. Abaixo delas estão a Parsa e os três mundos Briah,
Yetzirah, e Assiah, por baixo de Parsa.

DIAGRAMA 3, ITEM 1

Este é o estado constante dos cinco Partzufim de AK, a partir dos quais os cinco Partzufim dos
novos MA surgiram, chamados “os cinco Partzufim constantes de Atzilut.” Assim que eles
foram estabelecidos, nenhuma diminuição irá alguma vez ocorrer neles.

Isso também explica a divisão de cada Partzuf em Keter, Atzilut, Briah, Yetzirah, e Assiah, que
são também chamados Keter, AB, SAG, MA, e BON, ou Yechida, Chaya, Neshama, Ruach, e
Nefesh. Cada Rosh, até à Peh, é chamada Keter ou Yechida. De Peh até Chazeh em cada delas, é
chamado Atzilut ou AB ou Chaya. E de Chazeh a Tabur em cada deles, é chamado Briah ou
Neshama ou SAG. E a partir de Tabur para baixo a cada deles, é chamado Yetzirah e Assiah, ou
MA e BON, ou Ruach- Nefesh.

Adicionalmente, ele explica seu vestir uns dentro dos outros. Cada veste seu Superior a partir da
Peh de seu Superior para baixo em tal uma maneira que a Rosh de cada inferior veste os AB e
Atzilut do Superior, e AB e Atzilut do inferior vestem a SAG e Briah de seu Superior.

Também, SAG e Briah de cada inferior vestem MA e BON, que é Yetzirah e Assiah do Superior.
Então, a Peh do Superior é considerada a Galgalta do inferior, e o Chazeh do Superior é
considerado Peh do inferior, e Tabur do Superior é considerado o Chazeh do inferior.

Também, ele explica a suscitação dos novos MA em cada dos cinco Partzufim de Atzilut, os MA
no seu correspondente Partzuf em AK.

DIAGRAMA 4

O estado de ZA durante sua ascensão para obter Neshama, em respeito aos constantes cinco
Partzufim de AK e Atzilut, e como ele toma e se nutre de Briah de BON de AK — seu
correspondente Partzuf em AK.

DIAGRAMA 5

O estado de ZA durante sua ascensão para obter Chaya, em respeito aos constantes cinco
Partzufim de AK e Atzilut, e como ele toma e nutre a partir de Atzilut de BON de AK — seu
correspondente Partzuf em AK.

DIAGRAMA 6

O estado de ZA durante sua ascensão para obter Yechida, em respeito aos constantes cinco
Partzufim de AK e Atzilut, e como ele toma e se nutre a partir de Rosh de BON de AK — seu
correspondente Partzuf em AK.

DIAGRAMA 7

Os estados dos cinco Partzufim de Atzilut sobre sua ascensão para obter Neshama, em respeito
aos constantes cinco Partzufim de AK, e como cada toma e se nutre a partir de seu
correspondente Partzuf em AK.

DIAGRAMA 8

Os estados dos cinco Partzufim de Atzilut sobre sua ascensão para obter Chaya, em respeito aos
cinco constantes Partzufim de AK, e como cada toma e se nutre a partir de seu correspondente
Partzuf em AK.

DIAGRAMA 9

Os estados dos cinco Partzufim de Atzilut sobre sua ascensão para obter Yechida, em respeito
aos cinco constantes Partzufim de AK, e como cada toma e se nutre a partir de seu
correspondente Partzuf em AK.

DIAGRAMAS 10, 11, 12

Estes descrevem como a escada de graus nunca muda, e os graus, como um todo, sempre
permanecem como eles eram no seu princípio, no tempo da suscitação dos novos MA, como no
estado constante. Isto é assim porque quando ZA ascende e obtém Neshama, todos os graus
sobem juntamente com ele - os cinco Partzufim de AK e Atzilut — e cada obtém a Bechina
Neshama relacionada a ele. É similar a obter Chaya de ZA e obter Yechida de ZA.

Diagrama 10 é o estado dos cinco Partzufim de AK como eles ascendem para obter Neshama.
Diagrama 11 descreve seu estado quando eles obtêm Chaya, e Diagrama 12 é seu estado quando
eles obtêm Yechida.
Explicação do Artigo, Prefácio à Sabedoria da Cabalá
QUATRO FASES DE LUZ DIRETA

A aprendizagem começa com um discernimento chamado "A ligação entre o Criador e as


criaturas," dado que não falamos do Próprio Criador e não O podemos alcançar. Em vez disso,
"Por Tuas ações Te conhecemos," ou seja a realização é apenas nas operações que se estendem
d'Ele.

Esta ligação é também chamada "o propósito da Criação." Nossos sábios perceberam que Seu
desejo e objetivo eram de beneficiar Suas criações. Então, a ordem de evolução começa deste
discernimento até que alcance as almas, cuja raiz é a alma de Adam HaRishon, que se alonga da
interioridade dos mundos BYA.

Alegoricamente falando, quando o Criador desejou beneficiar Suas criaturas, Ele queria dar-lhes
100 quilogramas de prazer. Então, ele tinha de criar tais criações que o quisessem receber.
Aprendemos que o desejo de receber deleite e prazer é a própria essência da criatura e a razão
pela qual a Criação é chamada "existência da ausência." E Ele criou-a para que Seu Pensamento
de deleitar Suas criações fosse realizado.

E para que a vontade de receber nascesse, tinha de haver uma ordem de quatro discernimentos,
dado que um pode apenas desfrutar de algo apenas de acordo com o seu desejo por este. É por
isso que chamamos o Kli (recipiente) pelo nome, "vontade de receber" ou "anseio." Então, de
acordo com a medida de carência e a medida de anseio de satisfazer a carência.

Existem duas condições para a criação de um anseio:

1. A pessoa deve saber o que ansiar. Um não pode ansiar algo que nunca tenha visto ou
ouvido falar.

2. Um não terá a coisa desejada, dado que se ele tenha obtido seu desejo, este perde o
anseio.

Para realizar estas duas condições, quatro fases/discernimentos surgiram na vontade de receber,
que são na verdade cinco, juntamente com sua raiz. O quinto discernimento é chamado um Kli,
adequado para a recepção de deleite e prazer.

Eles seguem esta ordem:

1) Keter: Seu desejo de beneficiar Suas criações.

2) Chochma: Seu desejo de beneficiar Suas criações criou uma carência - existência a partir da
ausência - e juntamente com ela, criou a Luz. Então, a abundância e o desejo de receber a
abundância vieram juntos. Isto é porque o desejo ainda não sabe o que querer; então, este nasceu
juntamente com seu preenchimento. Mas se ele tem seu preenchimento, este perde o desejo de
ser preenchido, como a segunda condição requer. Este discernimento é chamado Bechina Alef
(primeiro discernimento) de Aviut (de desejo).
3) Binah: Dado que a Luz vem do Doador, a força de dar está incluída nela. Então, no seu fim,
Chochma deseja igualar sua forma, isto é não ser receptora, mas doadora. Há uma regra na
espiritualidade: "Qualquer geração de uma forma é considerada um novo discernimento." Então,
a este discernimento é seu próprio nome — Binah, e esta é Bechina Bet (segundo
discernimento) de Aviut. Também aprendemos que a Luz que se espalha quando que o inferior
deseja igualar sua forma é Orh Chassadim (Luz da Misericórdia), e esta é a Luz que brilha em
Binah.

Pergunta: Se Binah anseia dar, porque é ela considerada Aviut Bet (segundo grau de Aviut)? Pelo
contrário, parece que esta deveria ter sido mais pura que Bechina Alef de Aviut (primeiro grau
de Aviut).

Resposta: Eu explico-o com uma alegoria: Uma pessoa dá ao seu amigo um presente e o amigo
recebe-o. Posteriormente, ele reconsidera e decide que não é de seu interesse receber, e devolve
o presente. No principio, ele estava sobre influência e domínio do doador; então, ele recebeu.
Mas assim que ele recebeu, ele sentiu que ele era o receptor, e essa sensação fez com que ele
devolvesse o presente.

Lição: em Bechina Alef, ele recebeu devido ao domínio do doador, mas ele ainda não se sentiu
como um receptor. E quando ele viu e sentiu que era um receptor, ele parou de receber, e isto é
Bechina Bet. Por outras palavras, nesse estado, ele sentiu que era o receptor, e então queria dar
sob o doador. É por isso que Bechina Bet é chamada Binah, pois ela se Hitbonena
(examinou/observou) a si mesma como receptora e então quis dar. É também por isto que
aprendemos que o inicio da aprendizagem é de Binah para baixo.

4) ZA: No seu final, Binah recebeu uma espécie de impulso que deriva do propósito da Criação,
em que ela deve receber pois o propósito da Criação não foi que as criaturas se empenhassem
em dar. Desta forma, Por outro lado, ela também queria equivalência de forma, o dar. Desta
forma, ela comprometeu-se: ela recebe Briah Chassadim (misericórdia) e iluminação de Orh
Chochma (Luz da Sabedoria).

Esta é chamada Bechina Gimel de Aviut, dado que ela já alonga Chochma, mas existe ainda
Chassadim nela. Esta é a razão pelo nome Zeir Anpin (face curta). Chochma é chamada Panim
(face), como em, “A sabedoria de um homem faz sua face brilhar,” mas ela recebe esta Orh
Chochma numa Zeir, isto é em muito pequena medida. Mas este discernimento ainda não é
considerado um Kli (recipiente), dado que se ele pode dar e receber apenas uma iluminação da
Orh Chochma, é um sinal que seu anseio de receber é incompleto, uma vez que ele ainda tem a
força de se empenhar no dar, também.

5) Malchut: No seu final, Bechina Gimel é promovida de Cima para receber abundantemente
devido ao Seu desejo de beneficiar Suas criações. Afinal de contas, o propósito da Criação não
foi que os inferiores recebessem em Zeir Anpin. Então, este despertar faz com que Malchut
tenha um desejo e anseio de receber a Orh Chochma como ela brilhou em Bechina Alef, quando
ela tinha toda a Orh Chochma.

Mas a diferença entre Bechina Alef e Bechina Dalet é que em Bechina Alef, não poderia ser dito
que ela estava a desfrutar da Orh Chochma, uma vez que ela ainda não possuía o anseio e a
carência, uma vez que o Kli e a abundância vieram juntos. Mas Bechina Dalet anseia a Orh
Chochma quando ela não a tem; então, quando ela recebe, ela sente o deleite e prazer que vêm
de concretizar seu desejo.

Apenas esta Bechina é chamada um Kli, uma vez que ela deseja apenas receber. Todas as
Behinot (plural de Bechina) antes dela são consideradas “Luz sem um Kli.” E quando esta
Bechina Dalet recebe a Luz, ela está num estado chamado “o mundo de Ein Sof,” e também
“preencher toda a realidade.”

Pergunta: Se estamos a lidar com a espiritualidade, em que não há tempo e lugar, o que
“preencher toda a realidade” significa?

Resposta: Voltemos à nossa alegoria do inicio desta explicação, a alegria que Ele queria dar às
Suas criaturas 100 Kg de prazer e desta forma teve de criar 100 kg de carência e desejo de
receber nas criaturas, correspondendo ao prazer. Quando os 100 kg de desejo recebem os 100 kg
de preenchimento, isto é chamado “preencher toda a realidade,” isto é carência alguma é
deixada por insatisfeita.

E agora iremos explicar o significado do nome Malchut de Ein Sof: Esta Malchut, que anseia
receber abundância para preencher sua carência, é chamada “receber em prol de receber.” Isto
significa que ela recebe em prol de satisfazer sua carência. Numa fase tardia, ela pôs um fim e
Tzimtzum (restrição) ao usar este Kli. Mas na fase inicial, com a qual estamos a lidar, ela ainda
não fez esse Sof (fim) e Sium (conclusão); então, este estado é ainda chamado Ein Sof (sem
fim).

Aprendemos que, no seu fim, depois de receber a abundância, um desejo de dar despertou em
Chochma, apropriado ao desejo do Emanador de dar. Também, assim que Malchut recebeu a
Luz, ela evocou dentro dela um desejo de dar, dado que esta Luz possui o poder de dar. Binah
desejou dar, mas falhou pois na maneira de Binah, o propósito da Criação está ausente. Mesmo
a sua subsequente recepção da iluminação em ZA não foi suficiente, dado que o desejo do
Criador de beneficiar Suas criações foi de abundância, não de ZA. Então, como poderia Malchut
alcançar equivalência de forma e obter o propósito da Criação, também?

Diz-se sobre isso que ela inventou algo novo: Malchut era receber tudo, mas ao contrário de Ein
Sof, em que era tudo em prol de receber, ela o faria em prol de dar. Então, por um lado ela
estaria a realizar o propósito da Criação de beneficiar Suas criações, uma vez que ela estaria a
receber, e por outro lado o seu alvo seria de dar, que é equivalência de forma.

TZIMTZUM ALEF

A decisão de Malchut de que ela não queria receber em prol de receber é considerado que ela
repeliu a Luz. Este estado é chamado Tzimtzum (restrição). Há uma regra na espiritualidade que
qualquer aparição de uma nova forma é considerada um novo discernimentos. Desta forma,
devemos discernir dois estados:

1. Quando Bechina Dalet recebeu toda a Luz com um Kli chamado "anseio." Isto é
chamado "preencher toda a realidade." É também chamado "o mundo de Ein Sof."
2. Depois ela quis equivalência de forma, este estado é considerado um mundo diferente,
chamado "o mundo de Tzimtzum," do qual a Luz partiu.

Então, como discernimos que Chochma recebeu e Binah refletiu a Luz, Malchut permaneceu
como ela era, num estado do mundo de Ein Sof, recebendo toda a Luz. E agora discernimos uma
nova Malchut, que reflete a Luz.

Devemos saber que no primeiro estado, chamado Ein Sof, este era "Ele é Um e Seu Nome Um,"
isto é a Luz e o Kli eram um discernimento. Apenas depois do Tzimtzum houve uma distinção
das quatro fases, ou as dez Sefirot, dado que a Luz as abandonou.

Pergunta: Com este Tzimtzum, a Luz partiu de todas as dez Sefirot. Isto é perplexo, pois o
Tzimtzum foi sobre recepção em prol de receber, que é Bechina Dalet, e não sobre as outras
Behinot!

Resposta: As primeiras três Behinot não são consideradas Kelim, elas apenas promovem uma
ordem de desenvolvimento, no fim da qual o Kli, chamado receber em prol de receber, nasce e
torna-se separado do Doador. Mas as primeiras três Behinot não estão ainda separadas do
Doador.

Depois de Malchut ter nascido, ela obteve suas causas. Consequentemente, não pode ser dito
que depois do Tzimtzum, a Luz permaneceu nos Nove Superiores, dado que eles não são Kelim.
O único Kli é Malchut, e se ela não quer receber, toda a Luz parte e ela não recebe uma única
coisa.

O Ari também diz, "O Tzimtzum foi igual," sem distinção de graus.

Pergunta: Se isto é assim, porque dissemos que as quatro Behinot se tornaram distintas depois
do Tzimtzum?

Resposta: A distinção foi feita em respeito à causa e consequência, mas não houve qualquer
distinção de Acima e abaixo.

Pergunta: O que Acima e abaixo significam na espiritualidade?

Resposta: Importância - ao passo que causa e consequência não implicam importância. Por
exemplo, o Vilna Gaon foi uma consequência de seu pai, mas quem foi mais importante, a causa
ou a consequência?

Precisamos de compreender porque não houve distinção de Acima e abaixo. Malchut recebeu a
Luz que "preenche toda a realidade," e isto não é considerado uma carência ou inferioridade em
importância. Então, ela poderia ter permanecido nesse estado, não tivesse ela escolhido fazer o
Tzimtzum.

Isto é o que o Ari deseja implicar quando ele diz que o Tzimtzum foi igual, que Malchut não era
de importância inferior, mas que o Tzimtzum foi feito por sua escolha própria. Mas
posteriormente, quando Malchut não recebe devido à proibição, ela torna-se inferior em
importância. Consequentemente, o que está mais longe de Malchut torna-se de Superior
importância, e o que está mais próximo de Malchut torna-se de importância inferior.

AS DEZ SEFIROT DE IGULIM (CÍRCULOS) E A LINHA DE EIN SOF QUE AS


PREENCHE

Depois do Tzimtzum, os Kelim foram deixados vazios, e dentro deles Reshimot


(lembranças/memórias) da Luz que eles tiveram. Elas são chamadas "as dez Sefirot de Igulim no
mundo de Tzimtzum." Elas são chamadas Igulim para implicar que o assunto de Acima e abaixo
não se aplica a elas, tal como é num circulo corpóreo.

E dado que Malchut é o operador, uma vez que ela é o Kli real, Malchut de Igulim voltou e
estendeu a Luz para recebê-la em prol de dar. E aqui aprendemos uma nova regra: "Um desejo
no Superior torna-se uma lei vinculativa no inferior."

Então, agora ela está proibida de receber.

Em tempos ofereci uma alegoria sobre isso: A véspera de um novo mês é uma altura para dizer
a pequena oração de Yom Kippur (Dia do Perdão) e despertar para o arrependimento.

Por vezes uma pessoa debate de jejuar ou não nesse dia. Não é mandatário jejuar e não há
qualquer proibição sobre a comida, da mesma maneira. Então, a escolha está nas suas próprias
mãos.

Se, no fim, uma pessoa decide jejuar, e mais tarde se arrepende e deseja comer, a regra é que a
comida é agora proibida, então "ele não quebrará sua palavra" a respeito do voto. Então, vemos
que inicialmente, não havia qualquer proibição sobre a comida, mas depois de ele ter escolhido
evitar comer, a comida tornou-se proibida.

Lição: No principio, Malchut não queria receber através de sua escolha própria. Mas agora que
ela estende a Luz novamente, ela está proibida de receber a Luz. E se existe proibição, existe
Acima e abaixo em importância. Então, esta extensão é chamada "a linha que se estende de Ein
Sof de Cima para baixo."

Também aprendemos que embora os Igulim estendessem a Luz, eles receberam-na apenas da
linha. Devemos compreender porque é isto assim: Qualquer nova forma na espiritualidade é um
novo discernimento. Então, existem dois tipos de Kelim (plural de Kli):

1. Kelim nos quais não há qualquer proibição sobre a recepção.

2. Kelim que estendem agora, com a extensão da Luz, e cuja Malchut é chamada Malchut
de Yosher (direcionamento), na qual há uma proibição de receber, devido à regra: Um
desejo no Superior torna-se uma lei vinculativa no inferior.

Aprendemos também que os Igulim deveriam receber Luz do que eles elaboraram de novo. Esta
Luz é chamada "uma linha." Ela contem Acima e abaixo em importância, e não há outra Luz.
Este é o significado dos Igulim não tendo qualquer Luz a não ser a da linha.
Todavia há uma grande diferença entre Malchut de Igulim e Malchut da linha. Malchut de
Igulim teve a Luz na forma de "preencher toda a realidade," enquanto que Malchut de Yosher
nunca tiveram qualquer Luz, nem alguma vez terão Luz no seu Kli, chamado "receber em prol
de receber."

A LINHA E O ZIVUG DE HAKAA

Até agora, discutimos três estados:

1. A vontade de receber que foi criada no mundo de Ein Sof, e que recebeu toda a Luz.

2. No mundo de Tzimtzum, tornou-se aparente que a vontade de receber deve ser corrigida
pelo propósito da criação.

3. Na linha, é aparente que o Kli deve ser corrigido devido à carência. Caso contrário, a
Luz não expande para ele.

E agora falaremos da linha. Já aprendemos que a linha tem Acima e abaixo em importância,
dado que Malchut da linha foi proibida de receber pois ela é considerada como receber em prol
de receber. A regra é que em todos os graus, o nome de Malchut não foi alterado, que é "receber
em prol de receber." E sua Luz é Orh Chozer, ou seja que ela deseja dar sob o Superior.

E quando a Luz se estende a Malchut, ela fez um Zivug de Hakaah, um Masach, que implica
acabar com a Luz e fazer cálculos. Por exemplo, ela assumiu que ela poderia receber apenas
vinte por cento da Luz em prol de dar. Então, ela decidiu revestir apenas essa tanta Luz.

Contudo, ela sentiu que havia demasiado prazer nos remanescentes oito por cento, e se ela os
recebesse, seria em prol de receber. Então, ela decidiu não receber essa parte da Luz. Então qual
é a diferença entre um Tzimtzum e um Masach (tela)?

• Um Tzimtzum ocorre através de escolha, como aprendemos que Malchut tinha toda a
Luz e ela escolheu não a receber.

• Um Masach é a dominação do Superior sobre ela. Então, mesmo que o inferior


desejasse receber, o Superior não o deixaria.

O significado do termo Zivug de Hakaah (acasalamento por golpe) é o que se segue: Na


corporalidade, por vezes acontece que quando as pessoas discordam, elas se golpeiam uma à
outra. Na espiritualidade, quando duas coisas se contradizem uma à outra, é considerado que
elas se golpeiam uma à outra.

E qual é a disputa? O Superior, que deseja beneficiar Suas criações, evoca no inferior um desejo
de receber toda a Luz. Mas o inferior deseja o contrário, de igualar a sua forma, e então não
deseja receber de todo. Este é o golpe que se revela entre o Superior e o inferior.

No fim, eles igualam-se um com o outro e criam uma união e Zivug entre eles. Por outras
palavras, o inferior recebe a Luz como o Superior deseja, mas apenas tanto dela quanto ele pode
receber em prol de dar, como o inferior deseja. Então, existem duas coisas aqui: 1) equivalência
de forma, e 2) recepção da Luz.

Porém, o Zivug é possível apenas se um golpe o tenha precedido, dado que sem o golpe, e com
o desejo do inferior de receber a Luz, isto seria contrariedade e separação do Criador. Este
processo de Zivug de Hakaah é chamado Rosh (cabeça). Uma Rosh significa raiz, um potencial,
que precisa de um processo de realização. A Rosh existe devido à existência de Ein Sof, a
proibição sobre a recepção. Então, Malchut é compelida a calcular, e isto é chamado uma Rosh,
precedendo a própria recepção.

Consequentemente, podemos compreender as palavras do Ari no principio de Talmude Eser


Sefirot (O Estudo das Dez Sefirot): "Eis que antes das emanações serem emanadas e as criaturas
serem criadas, etc., e não havia tal parte como uma cabeça, ou fim," etc. Isto é porque em Ein
Sof, ainda não havia qualquer proibição sobre receber; então, ela imediatamente a recebeu. Mas
agora que havia um fim, podemos distinguir entre a Rosh, que é o potencial, e o Guf (corpo),
que é a realização.

E posteriormente ela recebe na verdade, isto é os vinte por cento que ela recebe em prol de dar
são chamados Toch (interior) do grau, e o lugar da expansão da Luz é chamado de Peh (boca)
a Tabur (umbigo). E Malchut de Toch permanece em Tabur, dizendo, "O que recebo daqui em
frente, isto é os oitenta por cento, serão em prol de receber. Então, eu não quero receber, e não
serei separada." Então, a Luz parte, e este discernimento é chamado o Sof do grau.

O BITUSH ENTRE INTERNA E CIRCUNDANTE NO PARTZUF

Tudo o discutido aqui respeitando os RTS(Rosh, Toch, Sof) diz respeito ao primeiro Partzuf,
chamado Galgalta, o qual usa o Aviut de Bechina Dalet. E nós aprendemos que Galgalta
recebeu o máximo que podia receber em prol de dar. Ele não podia receber mais. Todavia,
aprendemos que no Pensamento da Criação, o Kli recebeu tudo. Isto é porque o Kli da recepção
em prol de receber foi criado pelo Criador, quando no Kli que o inferior faz, chamado "em prol
de dar," há um limite na quantia que ele pode receber. Acontece que não há Kli que possa
receber os oitenta por cento de Luz que permaneceram fora do Partzuf.

Então o que será deles? Para corrigir isso, um Bitush de Interno e Externo foi criado. Estas são
as palavras do Ari a respeito deste assunto (Talmude Eser Sefirot, Parte 4, Capitulo 1, Item 4):
"Quando as Luzes Internas se ligam às Luzes Circundantes, elas ligam-se dentro de Peh.
Consequentemente, quando elas surgem juntas fora de Peh, entrelaçadas, elas golpeiam e batem
sobre uma e outra, e seus golpes geram os Kelim." Então, é através dos golpes que os Kelim
são feitos.

E precisamos de compreender porquê 1) a Orh Pnimi (Luz Interna) e Orh Makif (Luz
Circundante) se golpeiam uma à outra, e 2) porque este golpeamento cria os Kelim.

Resposta: Já dissemos que na espiritualidade, um golpe ocorre quando duas coisas estão em
oposição uma com a outra. Mas também precisamos de compreender porque o golpeamento
ocorre "quando elas emergem juntas fora da Peh."

Na Rosh do grau, 100 por cento da Luz expande sem uma distinção de Interna e Circundante.
Isto é porque Seu desejo é de beneficiar Suas criações é completo. Mas o inferior, que é
limitado, calcula e decide, por exemplo, que ele pode apenas receber vinte por cento em prol de
dar. Isto ocorre na Rosh, em potencial. "Quando elas emergem juntas fora da Peh":
Surgimento, na espiritualidade, é chamada "revelação," quando o que estava em potencial é
revelado na atualidade. Nessa altura, ele recebe uma parte e repele uma parte, para se tornar Orh
Makif.

Esta Orh Makif aparentemente vem ao Masach e argumenta, "Tua conduta, isto é o fato de que
tu ergueste o Masach, não é boa, uma vez que como irá o propósito da Criação de beneficiar
Suas criações ser implementado? Quem irá receber a Luz?"

Por outro lado, a Orh Pnimi concorda com o Masach, dado que a própria expansão da Luz no
interior é através do Masach e Orh Chozer (Luz Refletida). Esta disputa é chamada Bitush de
Orh Makif e Orh Pnimi, ou Bitush de Orh Makif no Masach.

Na verdade, a Orh Makif está na direita; consequentemente, o Masach concorda com ela. E
dado que ele concorda, ele não mais pode repelir e erguer Orh Chozer, e então não pode mais
receber em prol de dar. Então, a Luz parte e o Masach é purificado, isto é deixa de receber. Este
estado é chamado Din (julgamento) e Achoraim (dorso).

E dado que cada Bechina (discernimento) consiste de quatro Behinot, o Masach parte
gradualmente, começando com Bechina Dalet em Bechina Dalet, então de Bechina Gimel em
Bechina Dalet, etc., até que se ergue até Peh de Rosh, a fonte da qual o Masach de Guf chegou.
Por outras palavras, ele deixa de receber por completo.

À medida que se ergue, ele usa um Aviut mais pequeno cada vez, e então recebe Luzes mais
pequenas em prol de dar. Por exemplo, quando ele ascende até Bechina Alef, ele pode apenas
receber a Luz de Ruach. Quando ele se ergue até Bechina Shoresh (raiz), ele pode apenas
receber em prol de dar e então deixa de receber por completo.

Pergunta: Qual é o beneficio da Orh Makif, que quer brilhar devido ao propósito da Criação, e
desta forma deseja que o Masach receba mais? Afinal de contas, as coisas estão a revelar-se em
contraste à sua vontade, isto é o Masach perde até o que ele já teve!

Resposta: Todos os graus que apareceram durante a partida não são resíduos do que ele tinha no
principio, uma vez que há uma regra: "Não há geração de Luz que não se estenda de Ein Sof."
Isto significa que cada discernimento que aparece é um novo discernimento. Então, no
principio, ele não podia receber nada mais. Mas agora que Bechina Dalet partiu, ele pode
receber mais de Bechina Gimel.

Este é o significado dos Kelim foram feitos através dos Bitush, isto é, previamente aos Bitush,
ele não tinha mais Kelim para recepção, dado que ele recebeu tudo o que podia com a direção de
dar. Mas depois dos Bitush, quando o Masach de Bechina Dalet foi purificado, não havia
espaço para receber em Bechina Gimel, uma vez que ele partiu de Bechina Dalet e não tinha
nada. E quando ele partiu de Bechina Gimel, ele podia receber em Bechina Bet.

Mas isto ainda deixa a pergunta: Qual é o beneficio, se ele recebe menos cada vez?

Resposta: Não há ausência na espiritualidade. Isto significa que o que quer que apareça
permanece, exceto que ele não o vê, e não o pode presentemente desfrutar, mas apenas do
presente. Mas quando a obra é feita, todas as Luzes irão aparecer de uma vez. Então no fim,
existe beneficiar.

Baal HaSulam uma vez disse uma alegoria sobre isso: Duas pessoas que eram amigos de
infância separaram-se em adultos. Um deles tornou-se um rei, e o outro, indigente. Depois de
muitos anos, o pobre ouviu que seu amigo se tornara um rei e decidiu ir ao país de seu amigo e
pedir ajuda. Ele guardou seus pertences e foi.

Quando eles se encontraram, ele disse ao rei que ele era desprovido, e isto tocou no coração do
rei. O rei disse ao seu amigo: "Eu irei dar-te uma carta ao meu tesoureiro a te permitir entrar na
tesouraria durante duas horas. Nessas duas horas, o que quer que consigas reunir é teu." O
homem pobre foi até ao tesoureiro, armado com sua carta, e recebeu a permissão muito ansiada.
Ele caminhou para a tesouraria com a caixa que ele costumava usar para seu mendigar, e dentro
de cinco minutos, ele encheu sua caixa até à borda e alegremente saiu para fora da tesouraria.

Mas o tesoureiro tomou sua caixa dele e entornou todos os seus conteúdos. Então o tesoureiro
disse ao soluçante indigente, "Pega na tua caixa e enche-a de novo." O pobre homem caminhou
para a tesouraria e uma vez mais encheu sua caixa. Mas quando ele caminhava para o exterior, o
tesoureiro entornou seus conteúdos como antes.

Este ciclo repetiu-se a si mesmo, até que as duas horas se passaram. A última vez que o pedinte
saiu, ele disse ao tesoureiro: "Eu peço-te, deixa-me o que reuni. O meu tempo terminou e eu não
posso mais entrar na tesouraria." Então o tesoureiro disse-lhe: "Os conteúdos desta caixa são
teus, e assim é tudo o que entornei da tua caixa nas passadas duas horas. Eu tenho estado e
entornar teu dinheiro cada vez porque eu te queria beneficiar, uma vez que cada vez, tu
entravas com tua minúscula caixa cheia e não tinhas espaço para nada mais."

Lição: Cada recepção de Luz em prol de dar permanece. Mas se a Luz permanecesse, nós não
quereríamos receber mais, dado que não seriamos capazes de receber em prol de dar em mais
que o que recebemos. Então cada grau deve partir e cada vez que corrigimos um Kli da vontade
de receber com a direção de dar, até que tudo seja corrigido. Então, todas as Luzes irão brilhar
de súbito.

E agora voltemos à purificação do Masach. A primeira expansão que surgiu da Peh para baixo é
chamada Taamim (sabores), do verso, "como o palato prova sua comida." Depois do Bitush de
Orh Makif, o Masach começou a purificar, e no seu caminho, produziu um novo grau a cada
vez. Estes graus são chamados Nekudot (pontos).

Eu já expliquei as palavras do Ari, que os Kelim foram feitos através dos Bitush, dado que agora
ele tem a habilidade de receber mais Luz. Mas Baal HaSulam interpreta a criação dos Kelim
(plural de Kli) diferentemente: Enquanto a Luz estava no Kli, a Luz e o Kli foram misturados
um no outro. Através do Bitush, a Luz partiu, e então o Kli tornou-se aparente.

Interpretação: Enquanto a Luz brilha no Kli a carência do Kli é indistinguível;


consequentemente, ela não merece o nome Kli. Isto é porque sem o Kli, a Luz não pode brilhar.
Consequentemente, eles são de igual importância. Mas assim que a Luz parte, o Kli é
distinguido como um Kli, e a Luz, como Luz.
O Nekudah (ponto) de Tzimtzum é a razão pela qual os graus surgem durante a purificação são
chamados Nekudot.

E o que é o Nekudah de Tzimtzum? O Sagrado Zohar diz que Malchut é chamada "um ponto
negro sem qualquer branco nele." Isto significa que durante a escuridão, Malchut é chamada
"um ponto." E quando há Tzimtzum, e é proibido receber em prol de receber, ele torna-se negro.
Por outras palavras, o ponto de Tzimtzum está presente onde quer que seja possível receber
em prol de dar e há um desejo de receber em prol de receber.

Para voltar ao nosso assunto, quando o Masach foi purificado de Bechina Dalet, Bechina Dalet
foi proibida de receber. Este é o significado do ponto de Tzimtzum estar sobre ela. Mas Bechina
Gimel podia ainda receber, e quando o Masach foi purificado de Bechina Gimel, também, isto
tornou-se o ponto de Tzimtzum.

Devemos também explicar a diferença entre Rosh, Toch, e Sof: Rosh é considerada
"potencial," isto é que não lá há recepção. Duas partes espalham-se do Rosh:

• Uma parte pode receber a Luz, e ela é chamada dez Sefirot de Toch. A Luz é a
abundância que entra nos Kelim, e ela é chamada Orh Pnimi, que é Orh Chochma - a
Luz do Seu desejo de beneficiar Suas criações.

• A segunda parte que se espalha da Rosh é a parte do desejo de receber em prol de


receber, que ela não quer usar. Ela diz que não quer receber lá, isto é que ela a finaliza.
Então, esta parte é chamada dez Sefirot de Sof.

Pergunta: Nós aprendemos que a palavra Sefirot vem da palavra 'safira,' isto é que brilha. Mas
se Malchut de Guf, chamada Malchut de Tabur, não quer receber e coloca um Sof sobre a Luz,
porque é esta parte chamada Sefirot?

Resposta: Elas são chamadas dez Sefirot porque, na verdade, a Luz brilhou para eles. Uma
explicação disso pode ser encontrada na Parte 4, Capitulo 5, Item 1, onde ele explica a diferença
entre Toch e Sof: "De Peh de AK surgiram 10 Sefirot internas e dez Sefirot circundantes. Elas
estendem-se do contrário da Panim através do contrário de Tabur de AK. Esta é a Luz essencial,
mas ela também brilha através dos lados e à volta daquele Adam," isto é não necessariamente
contrária à Panim, mas também dos lados.

No Item 2, ele interpreta as palavras do Ari como se segue: "Curtamente, iremos explicar que de
Tabur para cima é chamado Panim. Isto é porque a Luz de Chochma, considerada Luz
essencial, se lá espalha, e de Tabur para baixo ele é chamado Achor (dorso), dado que ela é
considerada receber em prol de receber. Então, a Luz de Chochma não se lá espalha, mas vem
através dos lados."

Mais a baixo nessa página, ele continua, "...porque através da Orh Chozer que Bechina Dalet
trás ao Partzuf, que é Orh Chassadim." Isto significa que Malchut de Tabur não quer receber
lá, dado que ela é uma vontade de receber em prol de receber. Em vez disso, ela quer
equivalência de forma, chamada Chassadim. "Então, ela recebe iluminação de Chochma,
também, embora na forma de 'Luz feminina,' isto é apenas receber e não dar." "Receber e não
dar" significa que ela não quer dar a Luz sobre si mesma, mas, pelo contrário ela diz que não
quer receber.

E através deste Dvekut (adesão), uma iluminação da Luz de Chochma brilha sobre ela, e isto é
chamado "iluminação de Chochma." Consequentemente, a diferença entre Toch e Sof é que a
Orh Chochma brilha no Toch e no Sof enquanto ela não queira receber, pelo propósito da
equivalência de forma, a Luz que brilha é Orh Chassadim na iluminação de Chochma.

Pois precisamos ainda de explicar porquê os nomes em Orh Chassadim são "direita" e
"esquerda," e na Orh Chochma eles são chamados "longa" e "curta." Quando a Luz brilha, em
Chassadim, é chamado "direita," e em Chochma, "longa." E quando ela não brilha, em
Chassadim, ela é chamada "esquerda," e em Chochma, "curta." O que significam estes nomes?

Resposta: Nós aprendemos que Orh Chochma brilha nos recipientes de recepção em prol de dar,
é claro. Então, a medida de iluminação depende da sua medida de Aviut. Isto é chamado
"Acima" e "abaixo," e isto é porque os nomes em Orh Chochma são "longa" e "curta." Mas Orh
Chassadim não é estendida através de Aviut e não é dependente dela. Consequentemente, os
nomes em Orh Chassadim relacionam-se a largura: "direita" e "esquerda," implicando que elas
brilham no mesmo nível, e não lhes importa se há mais Aviut ou menos Aviut.

UM PARTZUF INTERNO

Até agora temos estado a discutir o primeiro Partzuf de AK, chamado Galgalta ou o Partzuf
Interno de AK. Agora iremos explicar o Partzuf interno. Há uma regra que em todos os mundos,
existem Partzufim internos (plural de Partzuf), com quatro vestes. Nós iremos explicá-lo em
AK, Partzuf Galgalta tem HaVaYaH completos dentro de seu grau, e um completo grau emerge
de cada letra neste HaVaYaH.

• Sua Rosh, chamada Keter ou "a ponta do Yod," é inatingível.

• De Peh a Chazeh, é chamado Yod de HaVaYaH, e de lá emerge o Partzuf AB de AK,


que o reveste.

• De seu primeiro Hey, chamado Binah, emerge Partzuf SAG, de Chazeh para baixo.

Daí, o Yod - Hey, que são AB e SAG, revestem-no de Tabur para cima. E abaixo de Tabur, é
chamado Vav - Hey de HaVaYaH.

• *O Vav é chamado os três Superiores de NHY, chamados Partzuf MA, e dele, emerge o
mundo de Nekudim, que lá reveste.

• *Do seu último Hey, chamado Malchut, que são os dois terços inferiores de NHY de
AK, emergiu Partzuf BON, chamado "o mundo de Atzilut," que usa Aviut Shoresh.

OS RESHIMOT

Quando a Luz abandona Partzuf Galgalta, Kelim vazios permanecem, e neles estão Reshimot
das Luzes que brilharam dentro dos Kelim. O significado dos Reshimot é como vemos na
corporalidade: quando uma pessoa come um prato delicioso ou escuta algo agradável, um sabor
permanece do que ela experimentou, evocando-a a re-estender o que ela tinha tido.
Similarmente, um Reshimo (singular de Reshimot) é um desejo pelo que ela tinha tido.

Existem dois discernimentos nos Reshimot: 1) a Luz pura no Reshimo, e 2) a Luz densa no
Reshimot.

Isto significa que como a Orh Yashar geral brilho nos Kelim chamados "Orh Chozer gerais,"
quando a Orh Yashar parte, ela deixa um Reshimo que é uma parte da Orh Yashar. Este
Reshimo reveste em parte da Orh Chozer que lá estava, isto é que ele deixa uma recordação do
fato de que ele trabalhou com a direção de dar. Isto é chamado um Reshimo da Ohr Chozer.

• *O que permanece da Orh Yashar é chamado "a Luz pura no Reshimo";

• *E o que permanece da Orh Chozer é chamado "a Luz densa no Reshimo."

Ambos estão revestidos na Orh Chozer geral, chamada Kli, e ambos são um discernimento.

Explicação: Quando a Luz brilha nos Kelim, dizemos que a Luz e o Kli estão misturados um no
outro até que a Luz e o Kli se tornem indistinguíveis. Isto significa que eles estão a executar a
mesma ação, e um não pode ser sem o outro. É como a refeição e apetite: ambos executam a
mesma ação, dado que é impossível comer se há um apetite mas nenhuma refeição, e é também
impossível comer se há uma refeição mas nenhum apetite. Mas posteriormente, quando a Luz
parte, nós discernimos o Kli, isto é a Orh Chozer recebe um Kli lá.

Assim é a respeito dos Reshimot: quando a Luz pura e a Luz densa estão juntas, elas são ambas
chamadas Luz e elas estão misturadas uma na outra. E quando a Luz pura é separada da Luz
densa, a Luz densa recebe um novo nome: Nitzotzim (centelhas).

Devemos compreender porque é que quando a Orh Yashar geral parte, a Orh Chozer geral é
chamada Kli, mas quando a Orh Yashar no Reshimo parte a Luz densa no Reshimo é chamada
Nitzutz (centelha), isto é uma centelha de Luz.

Resposta: Devemos dizer que quando a Orh Yashar geral parte, ela não brilha de todo. Mas
quando a Orh Yashar no Reshimo parte, ela brilha de longe.

Agora podemos compreender a questão da raiz dos Kelim e a raiz das Luzes: há uma regra que
todos os mundos emergem na forma de selo e impressão. Isto significa que tal como o
discernimento emergiu a primeira vez, os mundos expandem de Cima para baixo pela mesma
ordem. A primeira vez que os Kelim emergiram foi no Partzuf Galgalta. É por isso que é
considerado "a raiz dos Kelim."

Isto significa que quando a Luz brilha nos Kelim, eles são misturados. Por esta razão, é
impossível distinguir a Luz do Kli. Mas depois da partida da Luz, os Kelim aparecem. Também,
Reshimot da Luz permanecem nos Kelim: um Reshimo da Luz de Keter no Kli de Keter, um
Reshimo da Luz de Chochma no Kli de Chochma, etc. Então, quando falamos dos Kelim,
começamos com KHB.
E quando o segundo Partzuf emergiu, chamado AB, onde a Luz de Chochma brilha, seguindo a
regra que cada Luz que vem brilha no Kli mais puro, chamado Keter, agora a Luz de Chochma
brilha no Kli de Keter. Isto é chamado "a raiz das Luzes," que estão organizadas nesta ordem, a
ordem de HBD. Então podemos compreender porque por vezes ele inicia as dez Sefirot com
KHB e outras com HBD.

TAGIN E OTIOT

Agora explicaremos a questão de Tagin e Otiyot. Nós aprendemos que os Reshimot que
permaneceram dos Taamim são chamados Tagin. Por vezes ele chama aos Reshimot que
permanecem dos Nekudot pelo nome Otiyot. A razão para isso é que quando o Partzuf Galgalta
todo se purifica, que é Bechina Dalet de Aviut, o Masach foi incluído com os Reshimot de todos
os níveis que partiram. Este nível elevou-se à Rosh do grau e pediu pelos poderes que ele tinha
perdido. E dado que a última Bechina está perdida, devido aos Bitush de Orh Makif que
enfraqueceram a força do Masach, ela não podia ultrapassar Bechina Dalet, mas apenas Bechina
Gimel, que é similar a Nekudot.

E nós aprendemos que dois tipos de Reshimot permaneceram - um Reshimo da Luz de Keter que
estava revestida nos Kelim, chamada Dalet de Hitlabshut (vestes). Todavia, ela perdeu o
Reshimo dos poderes e intensificações. Diz-se sobre isso, "a última Bechina é perdida," e o que
sobre é apenas o Gimel de Aviut.

Segue-se que quando o Masach de Guf de Galgalta se elevou até a Rosh de Galgalta, ele pediu
pelo poder do Masach para ambos os tipos de Reshimot:

1. Em Dalet, o Reshimo do nível de Taamim.

2. Sobre o Aviut do nível de Nekudot.

Então, dois Zivugim foram feitos na Rosh do grau:

1. Sobre Dalet de Hitlabshut no nível de Keter.

2. Sobre Gimel de Aviut no nível de Chochma.

Nós também aprendemos que Dalet de Hitlabshut brilha apenas na Rosh do grau do inferior, a
Rosh de AB. Mas Gimel de Aviut tem Hitpashtut no Guf, também. E dado que o Guf é chamado
Kelim e Otiyot, o Reshimo de Aviut, isto é o Reshimo de Nekudot, é chamado Otiyot. Isto é
assim pois posteriormente, os Kelim se espalharam deste Reshimo, ao passo que o Reshimo de
Hitlabshut permanece como Tagin, brilhando apenas na Rosh do grau.

Oralmente, ele explicou-o desta maneira: Gimel de Aviut de AB, e Gimel de Galgalta não são
idênticos, dado que Gimel de AB é o Gimel do Aviut geral, enquanto que Gimel de Galgalta é o
Gimel de Dalet de Aviut. Mas ainda assim, Gimel de AB ainda se estende de Gimel de Galgalta.
Então, aqui ele atribui o Reshimo de Aviut no qual Partzuf AB emerge um Reshimo de Nekudot,
cuja mais Superior Bechina é Gimel.

A CONTINUAÇÃO DA SEQUÊNCIA
Voltemos a clarificar o resto da sequência. Assim que a Orh Makif cancelou o Masach de Guf
de Galgalta, o Masach de Guf elevou-se até à Rosh. E dado que a última Bechina foi perdida,
houve um Zivug na Rosh de Galgalta em Reshimot Dalet Gimel apenas, espalhando de Peh a
Chazeh.

E dado que o Masach de Tabur está incluído no Aviut de Rosh, enquanto ele está na Rosh,
existem dois discernimentos para fazer nele:

1. A sua própria Bechina - Masach de Tabur;

2. Aviut de Rosh.

Assim que este Masach desceu de Peh a Chazeh, que é Bechina Gimel, é considerado que a Luz
de AB brilha na interioridade dos Kelim de Galgalta. Isto significa que o AB interno fez um
Zivug sobre o que estava incluído em Aviut de Rosh. De Chazeh a Peh de Galgalta, um novo
grau emergiu, chamado "Rosh do AB externo," e de Chazeh a Tabur emergiu o Guf de AB.

Pergunta: Isto é perplexo. Afinal, há uma regra que o próximo grau deve preencher os Kelim
vazios do grau anterior. Então porque AB não se expande abaixo de Tabur de Galgalta?

Resposta: É porque ele não tem um Masach sobre Bechina Dalet. Então, se ele fosse a se
expandir abaixo e ver a vontade de receber que lá está presente, ele não seria capaz de a
ultrapassar. É por isso que ele permaneceu acima de Tabur.

Em Partzuf AB, também, houve um Bitush de Orh Makif, e Partzuf SAG emergiu dos Reshimot
de Partzuf AB. Existem ainda os Reshimot de acima de Tabur de AK, mas os Reshimot de
abaixo de Tabur de AK não foram ainda preenchidos.

E este Partzuf SAG emergiu em Reshimot Gimel de Hitlabshut e Bet de Aviut, e encheu os
Kelim vazios de Partzuf AB, também. Contudo, ele não podia descer abaixo de Tabur de
Galgalta e encher os Kelim vazios lá, dado que ele tem Gimel de Hitlabshut, que são Kelim para
a extensão de Chochma. Segue-se que este discernimento chamado Taamim de SAG, se
expandiu através de Tabur de AK.

Mas Nekudot de SAG, considerou meramente Chassadim, dado que eles não têm a
supramencionada Bechina Gimel, podiam expandir abaixo de Tabur de Galgalta, embora haja
Bechina Dalet de Aviut lá, que é um recipiente de recepção sobre o qual é impossível colocar
um Masach. Ainda assim, porque Nekudot de SAG são recipientes de dar, eles não têm qualquer
interesse nos recipientes de recepção. Então, eles expandiram abaixo de Tabur de Galgalta e
encheram os Kelim vazios que lá estavam.

Todavia, dado que eles viram a vontade de receber que lá estava, eles quiseram receber em prol
de receber, pois eles não tinham um Masach sobre Bechina Dalet. E dado que aprendemos que
houve um Tzimtzum sobre receber em prol de receber, a Luz imediatamente os abandonou.

Pergunta: Nós aprendemos que Nekudot de SAG são recipientes de dar. Então, como foram eles
restringidos?
Resposta: Há uma diferença entre GAR de Binah e ZAT de Binah, dado que aprendemos que
ZAT de Binah deve receber Chochma em prol de dar sobre ZA, mas GAR de Binah empenha-se
somente em dar.

Agora podemos compreender porque GAR de Binah, que são GE, não foram misturados, que
abandonou GE no grau, irrestringível, enquanto que ZAT de Binah, chamados AHP,
abandonaram o grau pois eles queriam receber em prol de receber. Isto é chamado Tzimtzum Bet
(segunda restrição).

Acontece que em HBD, HGT de Nekudot de SAG, que são GE, não há mistura de Bechina
Dalet. Então, seu lugar é ainda considerado o lugar de Atzilut. E abaixo de Tabur de Nekudot de
SAG, revestindo os dois terços do fundo de NHY de AK, a recepção em prol de receber governa.

E quando Partzuf SAG se elevou até Peh de Rosh, dois Zivugim foram feitos lá em Rosh de
SAG:

1. Um Zivug em Reshimot de Taamim de SAG que não desceu abaixo de Tabur de AK, e
do qual o Partzuf da MA Superior emergiu.

2. Um Zivug em Reshimot de Nekudot de SAG que não estavam restringidos e misturados


com Bechina Dalet abaixo de Tabur de AK, do qual MA emergiu - o mundo de
Nekudim. Este Zivug revelou em metade um grau de Alef de Aviut e sobre Bet de
Hitlabshut.

Desta forma, devemos compreender que Malchut não estende Luz dos seus próprios recipientes
de recepção, mas apenas de recipientes de dar, devido ao Tzimtzum. Devido a isso, se ela usasse
os recipientes de recepção, seria em prol de receber.

E aqui, também, nós compreendemos que a Luz se expande em ambos os internos Kelim de
SAG, e a MA Superior, dado que estamos a falar principalmente da associação de Midat ha
Rachamim (qualidade de misericórdia) no Din (julgamento), que começa no Partzuf MA, que é
o mundo de Nekudim.

Nós aprendemos que haviam duas Roshim (plural de Rosh) no mundo de Nekudim: 1) de Aviut,
e 2) de Hitlabshut (vestes). Keter é chamado Bet de Hitlabshut, e AVI são Alef de Aviut. E dado
que Bet de Hitlabshut não pode estender Luz, dado que não há carência lá, ela precisa da
associação com o Aviut, que tem o poder de estender Luz. Também aprendemos que o nível da
Luz que brilha lá é VAK de Binah, na forma de "pois Ele deleita em Misericórdia," que libera o
grau da necessidade de Chochma.

Esta Luz é também chamada Tikkun Kavim (correção das linhas). Então, nós aprendemos que a
Tikkun Kavim brilha apenas na Rosh, dado que o Hitlabshut não tem Hitpashtut (expansão) no
Guf. Mas o Guf tinha apenas uma pequena iluminação, e não foi satisfeito com o estado de
Katnut. Então, quando a luz alcançou Gadlut, os recipientes de doação do Guf se quebraram,
também.
Prefácio ao comentário do Sulam

Dez Sefirot

1) Primeiro, precisamos saber os nomes das dez Sefirot: KHB, HGT, NHYM. Estas são as siglas
de Keter, Chochma, Binah, Hesed, Gvura, Tiferet, Netzach, Hod, Yesod, Malchut.Estes também
são os dez revestimentos da Sua Luz, criados para que os mais baixos possam receber a Sua
Luz.

Isto é como a luz do sol, que é impossível olhar para ela a menos que através de um vidro
escurecido que diminui a sua luz e torna-a adequada para a capacidade dos olhos para a ver. Da
mesma forma, que a Sua Luz não foi ocultada por estas dez coberturas , chamadas de "dez
Sefirot", em que cada uma mais abaixo cobre a Sua Luz, os menores teriam sido incapazes de
obtê-la.

2)Estas dez Sefirot são os dez Nomes Santos da Torá: o nome Ehyeh (pronuncia-se Ekyeh), é a
Sefira Keter, o nome Yah (pronuncia-se Koh) é a Sefira Chochma e Havayah o nome com a
pontuação de Elokim é Binah.O nome El (pronuncia-se Kel) é Hesed, o nome Elohim
(pronuncia-se Elokim) é Gvura e Havayah o nome com a pontuação de Shvah, Holam, Kamatz é
Tiferet.O nome Tsabaoth é Netzach e Hod, o nome Shadai (pronuncia-se Shadi) é Yesod, e o
nome Adonay (pronuncia-se Adni) é Malchut ( O Zohar, Vayikra, artigos 157-163, 166-177).

3) E apesar de contar dez Sefirot, não há mais de cinco Behinot (discernimentos) nelas,
chamados Keter, Chochma, Binah, Tiferet e Malchut.A razão pela qual contamos com dez
Sefirot é porque a Sefira Tiferet contém seis Sefirot, chamadas Hesed, Gvura, Tiferet, Netzach,
Hod e Yesod, que faz delas dez (Introdução do Livro do Zohar, "Espelhos do Sulam, p" 5).

E estas cinco Behinot, KHB TM são discernidas em cada emanação e em cada criatura, em todos
os mundos - os cinco mundos, chamados Adam Kadmon, Atzilut, Briah, Yetzirah e Assiah, que
correspondem as cinco Behinot KHB TM - bem como no menor item na realidade .Nós
discernimos que o Rosh (cabeça) que é em Keter, a partir de Rosh para Chazeh (peito) é
Chochma; de Chazeh para Tabur (umbigo) é Binah e abaixo do Tabur é Tiferet e Malchut.
Porque Tiferet Inclui HGT NHY

4) Quando as cinco Behinot KHB TM surgiram, elas foram incorporadas umas nas outras de tal
forma que cada uma delas continha KHB TM. No entanto, na Sefira Tiferet, o nível das Sefirot
desceu do GAR ,sendo portanto, os nomes dos KHB TM incluídos nessa mudança para HGT
NH, e Yesod, que as contém.Portanto, quando dizemos que Tiferet contém seis Sefirot, não é por
causa de seu mérito sobre as três primeiras Sefirot , mas ao contrário, é a falta de luz do GAR
que causou que as cinco Behinot KHB TM recebessem diferentes nomes: HGT NH.

Assim, Hesed, é Keter ,Gvura, é Chochma e Tiferet é Binah, Netzach é Tiferet e Hod é
Malchut.A Sefira Yesod é adicionado a elas, mas não é uma Bechina adicional (singular para
Behinot) as cinco Behinot .Pelo contrário, é um recipiente que contém todas as cinco Sefirot
HGT NH dentro dela.Além disso, eles são sempre chamadas VAK, que é um acrônimo para Vav
(seis) Ktzavot (pontas / arestas), que são a seis Sefirot HGT NHY. E uma vez que esta descida
das cinco Behinot até HGT NHY ocorreu apenas em ZA, nós atribuímos as cinco mudanças das
Behinot apenas a ZA.

Luz e Kli

5) É impossível ter Luz sem um Kli em qualquer dos mundos.Inicialmente, havia apenas um kli
nas dez Sefirot - Malchut.A razão pela qual nós dizemos que há cinco Behinot KHB TM é que
elas são todas partes de Malchut, chamada Bechina Dalet.Isso significa que elas são organizadas
por sua proximidade com o kli completo, que é Malchut, chamada Bechina Dalet.

Mas depois do Tzimtzum Aleph (a primeira restrição), o Masach (tela) foi construído no kli de
Malchut, parando a Luz do Alto de entrar nele.Assim, quando a Luz do Alto atinge o Masach, o
Masach a atinge e a repele.Esse golpe é chamado de "Zivug de Hakaah (acoplamento por
golpes) da Luz do Alto com o Masach no kli de Malchut ", e a Luz repelida é chamado de dez
Sefirot" de Orh Chozer (luz refletida). "

Isto é assim porque a Luz repelida sobe de baixo para cima e preenche as dez Sefirot com a Luz
Superior, chamado de "dez Sefirot de Orh Yashar (Luz Direta). "E novos

Kelim são feitos deste Orh Chozer, para vestir a Luz do Alto, em vez de Malchut, que havia sido
restrita de modo a não receber Luz.O conteúdo desses novos Kelim (plural de kli) é chamado de
dez Sefirot "de Orh Chozer ".

Rosh-Toch-Sof, Peh-Tabur-Sium Raglin

6) E por causa dos novos Kelim (vasos) de Orh Chozer, cada Partzuf é composto por três partes,
chamadas Rosh, Toch, Sof (Cabeça, Interior, Fim).Foi explicado que, por força do Masach que
impede a luz de atingir Malchut, houve um Zivug de Hakaah com a Luz, que produziu as dez
Sefirot de Orh Chozer e vestiu as dez Sefirot de Orh Yashar na Luz Superior.

Estas dez Sefirot de Orh Yashar e Orh Chozer são chamadas de "dez Sefirot de Rosh ".No
entanto, estas dez Sefirot de Orh Chozer, que surgiram a partir da Masach superior e vestiram as
dez Sefirot de Orh Yashar, ainda não estão no Kelim real.Isso ocorre porque o nome, kli, indica
o Aviut nele, ou seja, a força de Din (julgamento, restrição ) na Masach, que impede a Luz de
entrar em Malchut.

Existe uma regra que a força Din opera apenas a partir do local da emergência do Din para
baixo, não a partir do local da emergência do Din para cima.E desde que as dez Sefirot de Orh
Chozer surgiram a partir da Masach, a força Din não é aparente no Orh Chozer e é incapaz de
ser um kli.Por esta razão, estas dez Sefirot de Orh Chozer são chamadas de Rosh, isto é, uma
raiz para o Kelim, e não o Kelim real.

E Malchut, na qual o Masach para o Zivug de Hakaa tinha sido estabelecido, é assim chamado
Peh (boca). Isto implica que, como em uma boca corporal, onde Otiot (letras) são feitas através
de um Zivug de Hakaa das cinco saídas da boca, o Peh espiritual contém um Zivug de Hakaa
para produzir dez Sefirot de Ohr Chozer, sendo os cinco Behinot KHB TM, que são os Kelim
para os dez Sefirot de Ohr Yashar, e Kelim são chamados Otiot. Assim, as dez Sefirot de Rosh
foram explicadas.

7) Logo, as dez Sefirot de Orh Yashar e as dez Sefirot de Orh Chozer tinham de expandir do
Masach para baixo, nesse momento as dez Sefirot de Orh Chozer tornaram-se Kelim que
recebem e revestem as dez Sefirot de Orh Yashar. Isto é porque agora há um Masach sobre as
dez Sefirot de Orh Chozer. Por esta razão, a sua densidade controla das dez Sefirot de Orh
Chozer, e com isso os Kelim foram feitos.

Também, estas dez Sefirot, que são Kelim verdadeiros, são chamadas Toch e Guf (corpo), isto é,
eles são os próprios interiores do Partzuf. E Malchut do Toch é chamada Tabur, como na frase,
“o Tabur (umbigo, centro) da terra,” referindo-se ao centro e ao meio. Isto indica que Malchut
de Toch é a Malchut central, e é da sua Orh Chozer que os Kelim verdadeiros do Guf foram
feitos.

Também pode ser dito que Tabur vem das palavras, Tov Orh (Boa Luz), indicando que até
então a Luz é boa, pois ela está revestida em Kelim que são adequados a recebê-la. Então nós
explicamos as dez Sefirot de Toch através do Tabur.

8) Então, nós descobrimos dois discernimentos em Malchut de Rosh:

• A Malchut Finalizadora: o Masach detentor da Luz Superior de se revestir no Kli de


Malchut.
• A Malchut de Acasalamento: Não tivesse sido pelo Zivug da Luz Superior com o
Masach através de um Zivug de Hakaah, que eleva Orh Chozer a revestir a Luz
Superior, não haveriam recipientes de recepção na Luz Superior, e não haveria Luz na
realidade, dado que não há Luz sem um Kli.

Mas em Malchut da Rosh, estes dois discernimentos são apenas duas raízes. A Malchut
finalizadora é a raiz da Malchut que termina o grau, e a Malchut de acasalamento é a raiz do
revestir da Luz nos Kelim.

Ambas estas ações apareceram e ocorreram no Guf do Partzuf:

• De Peh a Tabur, a Malchut de acasalamento mostra a sua força lá, e a Luz Superior é
revestida em Kelim.

• E de Tabur para baixo, a Malchut finalizadora mostra a sua força e produz dez Sefirot
de Sium (final). Cada Sefira emerge com iluminação apenas de Orh Chozer, sem a Luz
Superior. E quando ela alcança a Malchut destas dez Sefirot de Sium, o Partzuf inteiro
termina. Isto é porque esta Malchut é a Malchut finalizadora, que não recebe nada, e
então termina a expansão do Partzuf.

E nós chamamos a esta Malchut, Malchut de Sium Raglaim, que corta a Luz e termina o
Partzuf. E estas dez Sefirot de Sium que expandem de Tabur para baixo até a seu Sium Raglaim
são chamadas "dez Sefirot de Sof" (fim), e elas são todas as partes da Malchut de Sof e Sium.
Também, quando nós dizemos que lá há apenas Orh Chozer nelas, isso não significa que elas
não tenham qualquer Orh Yashar de todo. Em vez disso, significa que elas têm certa iluminação
de Orh Yashar, mas ela é considerada VAK sem uma Rosh.

CHAZEH

9) Até então nós discutimos os Partzufim (plural de Partzuf) de Adam Kadmon. Mas nos
Partzufim do mundo de Atzilut, outro Sium foi acrescentado nas dez Sefirot de Toch: Malchut
de Toch, chamada Tabur, elevou-se até Binah das Sefirot de Toch, e finalizou as dez Sefirot do
grau Toch lá. Este Sium é chamado Chazeh, e a Parsa foi colocada lá.

Isto significa que o novo Sium que foi feito pela ascensão de Malchut até Binah no lugar do
Chazeh é chamado Parsa (diafragma, boca do estômago), como no firmamento que separa as
Águas Superiores — Keter e Chochma que permaneceram no grau Toch — de Binah e TM, que
abandonou o grau das dez Sefirot de Toch e se tornou o grau das dez Sefirot de Sof.

Por esta razão, as dez Sefirot de Toch foram divididas em dois graus:

• De Peh a Chazeh é considerado dez Sefirot de Toch, Atzilut, GAR do Guf.

• De Chazeh para baixo até Tabur, é considerado dez Sefirot de Sof, Briah, VAK sem uma
Rosh, como as dez Sefirot de Sof.
RELAÇÃO INVERSA ENTRE KELIM E LUZES

10) Há sempre uma relação inversa entre Luzes e Kelim. Nos Kelim, a ordem é que os
Superiores são os primeiros a crescer num Partzuf. Primeiro, Keter vem até ao Partzuf, então
Chochma, então Binah, então Tiferet, e então Malchut. Por esta razão, nós nomeamos os Kelim
KHB TM, isto é, de Cima para baixo, pois assim é a sua ordem de aparição no Partzuf.

Mas as Luzes são opostas. A ordem das Luzes é que os inferiores entrem no Partzuf primeiro. A
primeira a entrar é a Luz de Nefesh, então a Luz de Ruach, então a Luz de Neshama, então a
Luz de Chaya, e então a Luz de Yechida.

Então, no principio vem a Luz de Nefesh, que é a Luz de Malchut, a mais pequena de todas de
todas as Luzes. E a última a chegar é a Luz de Yechida, a maior de todas as Luzes. É por isso
que nós nomeamos sempre as Luzes NRNHY, isto é, de baixo para Cima, pois esta é a sua
ordem de entrar no Partzuf.

11) Desta forma segue-se que enquanto há apenas um Kli no Partzuf, que é necessariamente o
Mais Alto Kli — Keter — que é o primeiro a emergir, a grande Luz relacionada a Keter, a Luz
de Yechida, não entra no Partzuf. Em vez disso, a Luz que entra e reveste no Kli de Keter é a
mais pequena Luz, a Luz de Nefesh.

E quando dois Kelim crescem no Partzuf, que são os Kelim maiores — Keter e Chochma — a
Luz de Ruach entra, também. Nesse estado, a Luz de Nefesh desce do Kli de Keter para o Kli de
Chochma, e a Luz de Ruach reveste-se no Kli de Keter. Similarmente, quando o terceiro Kli
cresce no Partzuf - o Kli de Binah - a Luz de Neshama entra no Partzuf. Nesse estado, a Luz de
Nefesh desce do Kli de Chochma até ao Kli de Binah, a Luz de Ruach abandona o Kli de Keter e
entra no Kli de Chochma, a Luz de Ruach entra, também. Nesse estado, a Luz de Nefesh desce
do Kli de Keter até a Kli de Chochma, e a Luz de Ruach se reveste no Kli de Keter.
Similarmente, quando o terceiro Kli cresce no Partzuf - o Kli de Binah - a Luz de Neshama
entra no Partzuf. Nesse estado do Kli de Chochma até ao Kli de Binah, a Luz de Ruach parte do
Kli de Keter e entra no Kli de Chochma, e a Luz de Neshama reveste-se no Kli de Keter.

E quando um quarto Kli cresce no Partzuf, sendo o Kli de Tiferet, a Luz de Chaya entra no
Partzuf. Nesse estado, a Luz de Nefesh desce do Kli de Binah até ao Kli de Tiferet, a Luz de
Ruach até ao Kli de Binah, a Luz de Neshama até ao Kli de Chochma, e a Luz de Chaya até ao
Kli de Keter.

E quando um quinto Kli cresce no Partzuf, o Kli de Malchut, todas as Luzes entram nos seus
respectivos Kelim. Isto é porque então a Luz de Yechida é atraída para o Partzuf: a Luz de
Nefesh desce do Kli de Tiferet até ao Kli de Malchut, a Luz de Ruach desce do Kli de Binah e
entra no Kli de Tiferet, a Luz de Neshama desce do Kli de Chochma e entra no Kli de Binah, e a
Luz de Chaya desce do Kli de Keter e entra dentro do Kli de Chochma, e a Luz de Yechida vem
e reveste-se no Kli de Keter.

12) Você irá descobrir que enquanto nem todos os cinco Kelim KHB TM tenham crescido no
Partzuf, as Luzes não estão nos seus lugares designados. Além do mais, elas estão numa
percentagem invertida, dado que se ao Kli de Malchut — o mais pequeno Kli — está carente no
Partzuf, a Luz de Yechida — a maior Luz — estará faltando. E se os dois Kelim do fundo —
Tiferet e Malchut — estiverem em falta, as duas maiores Luzes — Chaya e Yechida — estarão
em falta. E se os três Kelim do fundo — Binah, Tiferet, e Malchut — estiverem em falta, as três
maiores Luzes — Neshama, Chaya, e Yechida — estarão em falta, etc.

Então, enquanto nem todos os cinco Kelim KHB TM tenham crescido num Partzuf, há uma
relação inversa entre os Kelim e as Luzes. Se uma Luz e um Kli estão em falta, então a maior
Luz, a Luz de Yechida, estarão em falta. E é o oposto nos Kelim: o mais pequeno Kli estará em
falta — o Kli de Malchut.

13) Agora você pode ver porque é que nós dizemos que através da ascensão de Malchut até
Binah, o grau terminou abaixo de Chochma. E por esta razão, apenas duas Sefirot
permaneceram no grau — Keter e Chochma, enquanto Binah e TM do grau foram canceladas e
desceram do grau. Todavia, isto relaciona-se apenas aos Kelim. Mas é o oposto nas Luzes: as
Luzes Nefesh - Ruach permaneceram no grau, e as Luzes Neshama, Chaya, e Yechida foram
canceladas do grau.

14) Agora você pode compreender porque O Zohar por vezes diz que com a ascensão de
Malchut até Binah, as cinco Otiyot (letras) do nome Elokim foram divididas de uma maneira que
as duas Otiyot MI (Mem, Yod) permaneceram no grau e as três Otiyot ELEH (Alef, Lamed, Hey)
partiram e foram canceladas no grau.

Mas por vezes O Zohar diz o oposto, que quando Malchut subiu até Binah, as duas Otiyot EL
(Alef, Lamed) permaneceram no grau, e as três Otiyot HYM (Hey, Yod, Mem) foram canceladas
e desceram do grau. A coisa é que as cinco Otiyot Elokim são as cinco Sefirot KHB TM ou cinco
Luzes NRNHY. E quando Malchut sobe até Binah, apenas os Kelim Keter e Chochma, que são
as duas Otiyot EL, permanecem no grau, e as três Otiyot HYM descem do grau.

Na Luz é ao contrário: as duas Otiyot do fundo MI, que implicam as duas Luzes menores,
Nefesh - Ruach, permaneceram no grau, e as três Superiores Otiyot, ELEH, que implicam
Yechida, Chaya, Neshama, partiram e foram canceladas do grau.

Então, na Introdução de o Livro do Zohar, O Zohar fala das cinco Luzes NRNHY, implicadas
nas cinco Otiyot Elokim. É por isto que diz que MI permaneceram e ELEH abandonaram o grau.
Também, em O Zohar (Beresheet, 1), fala de cinco Kelim KHB TM, implicados nas cinco Otiyot
Elokim.

Por esta razão, ele afirma o oposto: EL permaneceu no grau e as três Otiyot HYM abandonaram
o grau. Devemos recordar-nos destas palavras e examinar cada lugar para ver se ele fala de
Luzes ou de Kelim, e isto irá resolver muitas contradições aparentes.

A ASCENSÃO DE MALCHUT A BINAH

15) Nós devemos cuidadosamente compreender o assunto do adocicar de Malchut com Binah,
pois é a raiz de toda a sabedoria. Malchut é Midat ha Din (qualidade de julgamento), na qual o
mundo não pode existir. Por esta razão, o Emanador elevou-a até à Sefira de Binah, que é Midat
ha Rachamim (qualidade de misericórdia). Nossos sábios insinuaram sobre isso: “No principio,
Ele contemplou criar o mundo em Midat ha Din,” isto é, apenas em Malchut, que é Midat ha
Din. “Ele viu que o mundo não existe, precedendo Midat ha Rachamim e associou-a com Midat
ha Din” (Beresheet Rabba, 12).

Através da ascensão de Malchut a Binah, Malchut adquire a forma de Binah, que é Midat ha
Rachamim, e então Malchut lidera o mundo em Midat ha Rachamim. Este assunto da ascensão
de Malchut a Binah ocorre em todo e cada grau, do topo do mundo de Atzilut até ao fundo do
mundo de Assiah, uma vez que lá não há qualquer grau sem dez Sefirot KHB, HGT, NHYM. E a
Malchut em cada grau subiu até Binah nesse grau e foi adocicada lá.

A DIVISÃO DE CADA GRAU EM DUAS METADES

16) É sabido que Malchut finaliza cada Sefira e cada grau. Isto significa que pela Tzimtzum
(restrição) que foi feita sobre ela, de não receber a Luz Superior, Malchut pára de receber a Luz
no grau de se espalhar dentro dela. Logo, a Luz do grau estende-se apenas através de Malchut e
pára quando ela alcança o Masach em Malchut, e um Zivug de Hakaah com a Luz é executado
sobre o Masach em Malchut.

Desta forma, dado que Malchut do grau subiu até Binah nesse grau, Malchut acaba com a Luz
no lugar no até à qual ela subiu, isto é, no meio de Binah. Logo, metade de Binah, Tiferet, e
Malchut, que estão por baixo de Malchut finalizadora, saem de seu grau e tornam-se outro grau,
abaixo de Malchut.

Assim, pela ascensão de Malchut a Binah, cada grau é cortado em dois: Keter, Chochma, e
metade de Binah acima da Malchut permanecem no grau, e metade de Binah, Tiferet (incluindo
HGT NHY), e Malchut saem do grau e tornam-se um grau abaixo dele. Este fim que Malchut
criou no meio de Binah é chamado Parsa.

17) Cada grau deve ter cinco Luzes, chamadas Yechida, Chaya, Neshama, Ruach, e Nefesh
vestidas em cinco Kelim, chamadas Keter, Chochma, Binah, Tiferet (incluindo HGT NHY), e
Malchut. E uma vez que devido à ascensão de Malchut a Binah, apenas dois completos Kelim
permaneceram no grau — Keter e Chochma — e três Kelim, Binah, Tiferet, e Malchut estão a
faltar nele, apenas duas Luzes permanecem nele — Nefesh, Ruach — vestindo os dois Kelim,
Keter e Chochma. e as três Luzes Neshama, Chaya, e Yechida estão a faltar nele, uma vez que
elas não têm Kelim nos quais revestir.

Acontece que o grau é carente das primeiras três Sefirot, dado que devido à ascensão de
Malchut a Binah, o grau foi cortado em duas metades: metade dela permaneceu no grau —
Keter - Chochma nos Kelim e Nefesh - Ruach nas Luzes - e metade dela abandonou o grau —
Binah e TM nos Kelim, e Neshama, Chaya, Yechida nas Luzes. É por isto que esta ascensão de
Malchut a Binah é implicada pelo Yod que entrou na Luz do grau, e a Orh (Luz) tornou-se Avir
(ar). Como resultado da ascensão de Malchut a Binah, o grau perdeu a Luz das suas primeiras
três Sefirot e permaneceu no nível de Ruach Nefesh, chamado Avir. Esta questão é também
aplicada nas cinco letras do nome, Elokim, dividido em duas metades: MI-ELEH. As duas letras
MI implicam as duas Luzes Ruach Nefesh, vestidas nos dois Kelim Keter Chochma que
permaneceram no grau, e as três letras ELEH implicam os três Kelim Binah, Tiferet, e Malchut
que abandonaram o grau.

A DESCIDA DE MALCHUT DE BINAH A SEU LUGAR

18) Contudo, ao elevar Mayin Nukvin da Torá e oração dos inferiores. Iluminação Superior é
extraída de Chochma e Binah de AK, que trás Malchut de Binah em todos os graus, e desce-a
até a seu lugar (O Zohar, VaYikahel, p 41). Os três Kelim, Binah, Tiferet, e Malchut
previamente abandonaram o grau devido à entrada do Yod, que é Malchut, na Luz do grau,
assim finalizando o grau por baixo de Chochma e tornando a Orh (Luz) em Avir (ar).

Mas agora, depois de Malchut ter descido de lá e abandonado o Avir, os Kelim voltam a seu
grau. Logo, uma vez mais existem cinco Kelim KHB TM no grau. E dado que existem cinco
Kelim, todas as cinco Luzes Yechida, Chaya, Neshama, Ruach, Nefesh voltam e vestem-se
neles, e o Avir torna-se Orh uma vez mais, dado que o nível dos primeiros três, chamado Orh,
voltou a seu grau.

UM TEMPO DE KATNUT E UM TEMPO DE GADLUT

19) Assim, foi explicado que devido à ascensão de Malchut a Binah, dois tempos foram feitos
em cada grau: um tempo de Katnut (pequenez, infância) e um tempo de Gadlut (grandeza, idade
adulta). Com a ascensão de Malchut a Binah, isso finaliza o grau abaixo de Chochma, e Binah,
Tiferet, e Malchut do grau abandonam o grau e vão para o grau abaixo dele. Logo, apenas Keter
Chochma nos Kelim e Ruach Nefesh nas Luzes permanecem no grau, sem o GAR (primeiros
três). Este é o tempo de Katnut.

Mas depois dos inferiores elevarem Mayin Nukvin e estenderem iluminação de Chochma Binah
de AK, que trás Malchut fora de Binah, os três Kelim Binah e TM que caíram para o grau abaixo
dele voltam e sobem de lá para seu grau inicial. E uma vez que existem agora cinco Kelim KHB
TM no grau, cinco Luzes voltam e vestem-se neles: Nefesh, Ruach, Neshama, Chaya, e Yechida.
Este é o tempo de Gadlut do grau. Assim nós explicamos que devido à queda de Binah e TM do
grau até ao grau abaixo dele, o grau está em Katnut, sem GAR. E através do retorno de Binah e
TM ao grau, o grau está em Gadlut, isto é, com preenchimento de GAR.
COMO O INFERIOR SOBE AO SEU SUPERIOR

20) Por esta ascensão de Malchut a Binah, a ligação e a possibilidade de elevar cada inferior ao
seu Superior foram preparados. Isto é porque a regra é que quando o Superior desce ao inferior,
ele torna-se como ele. E também, quando o inferior sobe ao Superior, ele torna-se como ele.

Logo, no estado do grau de Katnut, quando a Malchut finalizadora sobe a Binah, ela leva Binah
e TM para fora do grau com o grau abaixo dela, uma vez que o Superior que desce ao inferior se
torna como ele. Por esta razão, no estado do grau de Gadlut, quando Malchut volta e sai de
Binah e vai para seu lugar, Binah e TM que caíram de Binah voltam ao seu grau e tomam o grau
inferior no qual eles estavam quando eles estavam caídos, juntamente com eles.

Porque eles agora se tornaram um grau com o inferior, quando eles estavam caídos, e se
tornaram como um com ele, eles levaram-no com eles sobre seu retorno ao grau, e elevaram o
grau inferior até ao Grau Superior. De acordo com a regra que o inferior que sobe ao lugar do
Superior se torna como ele, agora o grau inferior recebe todas as Luzes e Mochin que existem
no Grau Superior.

Assim foi clarificado como a ascensão de Malchut a Binah induziram a ligação entre os graus,
para que cada grau possa subir ao grau acima dele. Então, até o grau mais baixo pode subir ao
Mais Alto Nível através desta conexão feita pela queda de Binah e TM de cada grau ao grau
abaixo dele (O Zohar, VaYikahel, p 41).

KATNUT E GADLUT DE YESHSUT E ZON

21) Assim que o assunto da ascensão de Malchut a Binah, se aplicou em todo e cada grau nos
quatro mundos ABYA, foi explicado em geral, eu irei agora explicá-los em detalhe. Tomemos
dois graus, chamados YESHSUT e ZON no mundo de Atzilut, como um exemplo. Através da
ascensão de Malchut de YESHSUT a Binah de YESHSUT no estado de Katnut, as três Sefirot,
Binah e TM de YESHSUT partiram e caíram no grau abaixo de YESHSUT, sendo ZON. E estas
Binah e TM agarraram-se ao grau de ZON durante sua queda.

Então, à chegada do tempo de Gadlut, Malchut abandonou Binah de YESHSUT de volta para
seu próprio lugar. Logo, Binah e TM de YESHSUT subiram de sua queda e chegaram ao grau de
YESHSUT. E juntamente com elas, elas trouxeram ZON, uma vez que elas estavam anexadas a
eles durante a Katnut, quando eles estavam caídos. Acontece que esse ZON, também, subiram e
se tornaram o grau de YESHSUT, recebendo as mesmas Luzes e Mochin dignos do grau de
YESHSUT.

NÃO TIVESSE SIDO A ASCENÇÃO DE MALCHUT A BINAH, ZON NÃO TERIAM


SIDO DIGNOS DE MOCHIN
22) E aqui nós devemos saber que por si mesmos, ZON são indignos de receber Mochin de todo,
uma vez que a origem de ZON está em baixo de Tabur de AK, onde Malchut de Midat ha Din
governa, que é governada pela força de Tzimtzum e é imprópria de receber a Luz Superior.
Todavia, agora que Binah e TM de YESHSUT elevou ZON ao grau de YESHSUT, ZON
tornaram-se como o grau de YESHSUT e podem receber a Luz Superior como eles o fazem.

23) Agora você pode cuidadosamente compreender porque nossos sábios (Beresheet Rabba,
Parasha 12): “No principio, Ele contemplou criar o mundo em Midat ha Din,” isto é, com
Malchut da primeira restrição, que é Midat ha Din. E “mundo” deve ser compreendido como
“este mundo,” que recebe de ZON de Atzilut. Isso é porque tudo o que é recebido em ZON de
Atzilut pode ser recebido pelas pessoas neste mundo, e tudo o que não é recebido em ZON não é
recebido pelas pessoas neste mundo, pois nós não podemos receber acima do grau de ZON.

Assim, uma vez que a raiz de ZON é abaixo de Tabur de AK, onde Malchut de Midat ha Din
governa, eles não podem receber a Luz Superior e existir, dado que eles estão por baixo do
Tzimtzum em Malchut. Tanto mais,este mundo não pode existir.

Este é o significado de, “Ele viu que o mundo não existe, precedendo Midat ha Rachamim e
associou-a com Midat ha Din.” Isto significa que Ele elevou Malchut de cada grau, que é Midat
ha Din, à Binah do grau, que é Midat ha Rachamim. Segue-se que Malchut de YESHSUT subiu
a Binah de YESHSUT, pelo qual Binah e TM de YESHSUT caíram ao grau abaixo dela, que é
ZON, e agarrou-se a eles.

Por esta razão, durante a Gadlut de YESHSUT, quando Malchut desceu de Binah de YESHSUT e
voltou a seu lugar, e os três Kelim Binah e TM de YESHSUT voltaram a seu lugar, YESHSUT,
como no principio, eles tomaram ZON que estavam agarrados a eles juntamente com eles, e
elevaram-nos ao grau de YESHSUT. Assim, ZON tornou-se como o grau de YESHSUT, isto é,
eles tornaram-se dignos de receber a Luz Superior como YESHSUT. Por esta razão, eles
recebem a Luz Superior de YESHSUT e dão a este mundo, e agora o mundo pode existir.

Mas não tivesse sido a associação de Midat ha Din com Midat ha Rachamim, isto é se Malchut
de YESHSUT não tivesse subido a Binah de YESHSUT, Binah e TM de YESHSUT não teriam
caído para ZON, e não haveria qualquer possibilidade para ZON subir a YESHSUT. Nesse
estado, eles não seriam capazes de receber a Luz Superior para o mundo, e o mundo não seria
capaz de existir. Assim nós explicamos o assunto da ascensão de Malchut a Binah.

TIKKUNKAVIM KAVIM

24) Nos primeiros três Partzufim de AK, chamados Galgalta, AB, SAG de AK, as Sefirot eram
numa linha singular, uma por baixo da outra. Mas no mundo de Nekudim, vestindo de Tabur de
AK para baixo, houve uma Tikkun Kavim (correção das linhas) em seu GAR, mas não nas sete
Sefirot inferiores. E no mundo de Atzilut, houve uma Tikkun Kavim nas sete Sefirot inferiores,
também.
DOIS DISCERNIMENTOS EM TIKKUN KAVIM

25) A razão para isso é que a Tikkun Kavim executada nas dez Sefirot se estende da ascensão de
Malchut a Binah, que se tornou Nukvah (fêmea) para Chochma. Como resultado, dois lados
foram feitos nas dez Sefirot:

• A Malchut que foi misturada em cada Sefira tornou-se o lado esquerdo da Sefira;

• A Sefira em si é considerada a linha direita na Sefira.

Também, a linha esquerda manchou a linha direita. Nesse estado, a Luz Superior acasalou no
Masach de Dinim (plural para Din) nesta Malchut, e o nível de Chassadim que emergiu no
Zivug de Hakaah da Luz Superior no Masach dessa Malchut tornou-se a linha do meio, unindo
e equalizando as duas linhas uma com a outra. Não fossem os Dinim em Malchut, não haveria
qualquer Zivug de Hakaah, nem haveriam os muitos Chassadim. Assim, Malchut, que é
esquerda, tornou-se tão importante que a própria Sefira, que é a direita.

É sabido que o principio da Tikkun da ascensão de Malchut a Binah foi no mundo de Nekudim,
que emergiu depois de Partzuf SAG de AK. Logo, a Tikkun das três Kavim começa no mundo de
Nekudim, também, pois uma está dependente da outra. Mas nos primeiros três Partzufim,
Galgalta, AB, SAG que precederam o mundo de Nekudim, não houve tal assunto como a
ascensão de Malchut a Binah, assim, não houveram três linhas neles, mas apenas uma linha.

26) E tudo isto é possível apenas em GAR do mundo de Nekudim, considerado GAR de Binah,
cujas Chassadim são GAR, uma vez que elas são Orh Chassadim na sua própria essência, dado
que elas nunca recebem Orh Chochma. Por esta razão, o nível de Chassadim que emergiu no
Masach de Malchut é suficiente para unir as duas linhas, direita e esquerda, uma com a outra, e
devolver GAR às Sefirot.

Todavia, isto não é assim nas sete Sefirot inferiores no mundo de Nekudim, que são
consideradas ZA, cuja essência é iluminação de Chochma em Chassadim, dado que elas
precisam de Chochma. E uma vez que a Malchut está envolvida em todas as Sefirot, elas não
podem receber Chochma. Por esta razão, elas são carentes e defeituosas enquanto Chochma não
brilhar nelas.

Logo, o nível de Chassadim que emergiu em Masach de Malchut não as ajuda de todo a
equalizar as duas linhas, direita e esquerda, uma com a outra. Isto é porque os Dinim estão na
esquerda, que são os Dinim de Malchut que subiu a Binah, mancham a linha direita e removem
a Luz de GAR dela. Assim, a Tikkun Kavim de GAR não ajuda de todo em corrigir as duas
linhas, direita e esquerda em VAK, dado que VAK em todas as Sefirot são da Hitkalelut (mistura,
integração) de ZA lá. Enquanto ela não tiver iluminação de Chochma, ela é carente e defeituosa.
TIKKUN KAVIM EM ZAT E EM YESHSUT

27) Assim, os primeiros Tikkun a necessidade as sete Sefirot inferiores de remover os Dinim em
Malchut que foi misturada nas Sefirot, isto é, de simplesmente estender iluminação de Chochma
Binah de AK, que baixa a Malchut de Binah e devolve-a ao seu lugar. Nessa altura, os três
Kelim Binah e TM voltam à Sefira e tornam-se a linha esquerda, e Keter e Chochma que
sobraram, tornam-se a linha direita. E dado que o grau é completado com cinco Kelim, KHB
TM, todas as cinco Luzes NRNHY voltam para ele, e a Luz de Chochma volta ao grau. Então a
linha do meio pode unir as duas linhas uma na outra e completar o grau com todas as suas
correções.

28) A segunda Tikkun é de fortalecer a Parsa, que é a força finalizadora de Malchut que subiu a
Binah, para que ela nunca seja cancelada. E até quando Malchut desce de Binah, sua força
finalizadora permanece no lugar de Binah. Então Binah e TM, que se unem com o grau, devem
subir acima da Parsa e unirem-se lá com o grau. Todavia, quando elas estão abaixo da Parsa,
elas não podem conectar-se com o grau, mesmo que Malchut já tenha descido de lá, uma vez
que sua força finalizadora permanece depois de sua descida de lá, também.

29) E quando Binah e TM sobem acima da Parsa e conectam-se ao grau, elas não se tornam na
verdade um grau com os dois Kelim Keter e Chochma, que nunca foram manchados pois eles
nunca deixaram seu grau, e os três Kelim Binah e TM que abandonaram seu grau, foram
manchados durante a Katnut, e agora voltaram. E essa diferença torna-os em duas linhas, direita
e esquerda, em que Keter e Chochma do grau se tornam a linha direita, e Binah e TM do grau
tornam-se a linha esquerda.

30) Esta diferença e estas direita e esquerda não se referem a uma localização porque o
espiritual está acima de local e acima do tempo. Em vez disso, uma diferença significa que elas
não se querem unir uma com a outra. Também, direita refere-se a Orh Chassadim e esquerda
refere-se a Orh Chochma.

A coisa é que Keter e Chochma do grau, que permanecem nele durante a Katnut - com Orh
Chassadim - ficam-se por esta Orh Chassadim durante a Gadlut, também, depois de Malchut ter
descido de Binah. Isto é porque esta Luz não foi danificada. Elas não querem receber a Orh
Chochma e GAR que agora voltaram ao grau, com o retorno de Binah e TM ao grau. Por esta
razão, Keter e Chochma são consideradas a linha direita, isto é Orh Chassadim.

Também, estas Binah e TM, as quais, sobre seu regresso ao grau, introduzem Orh Chochma e
GAR ao grau, não se querem unir com Keter e Chochma, dado que elas mantêm a Orh
Chassadim que elas tinham tido durante a Katnut. Binah e TM têm alta consideração pela Orh
Chochma que agora veio ao grau; assim, elas são consideradas a linha esquerda, uma vez que
elas mantêm a Orh Chochma.
31) E esta diferença entre a linha direita e a linha esquerda é também considerada a divisão da
direita da esquerda. A linha direita mantém a Chassadim, e deseja cancelar a Orh Chochma na
linha esquerda, e ordenar a Orh Chochma sozinha. Inversamente, a linha esquerda, que mantêm
a Orh Chochma, deseja cancelar a Orh Chassadim na linha direita e ordenar apenas a Orh
Chochma. Devido a esta disputa, nenhuma delas brilha, dado que a Orh Chassadim na linha
direita é carente de Orh Chochma, como um Guf sem uma Rosh, e a Orh Chochma na linha
esquerda é completa escuridão porque Orh Chochma não pode brilhar sem Chassadim

32) E não há qualquer correção nesta disputa exceto através da linha do meio, criada pelo
inferior que ascende lá por MAN, na forma da linha do meio. Um Zivug da Luz Superior é feito
no Masach do inferior, chamado Masach de Hirik, e o nível de Chassadim emerge nele, e esta é
a linha do meio. Por um lado, este Masach diminui GAR da linha esquerda, e por outro lado, ele
aumenta a Orh Chassadim. Por estes dois, ele compele a linha esquerda a se unir com a linha
direita.

Logo, a Luz de VAK de Chochma da linha esquerda veste a Chassadim na linha direita, e agora
ela pode brilhar. Também, isto completa a linha esquerda, e a Orh Chassadim na linha direita
une-se com a Chochma na linha esquerda, assim obtendo a Luz de GAR, que completa a linha
direita. Assim, você vê como a linha do meio completa as duas linhas, direita e esquerda. Isto
explica em termos gerais a Tikkun das três linhas que foi estabelecida nas sete Sefirot inferiores.

A EMERGÊNCIA DAS TRÊS LINHAS EM YESHSUT

33) Agora nós explicaremos a ordem do surgimento das três linhas em um grau particular. E
daí, você será capaz de deduzir sobre todos os graus.

Tome o grau de YESHSUT, como exemplo, que são, as sete Sefirot do fundo de Binah. GAR de
Binah de AA foram estabelecidas em AVI Superior, e ZAT de Binah de AA foram estabelecidas
em YESHSUT. A primeira a emergir foi a linha direita de YESHSUT — Keter e Chochma de
YESHSUT. Ela foi estabelecida durante a ascensão de Malchut de YESHSUT a Binah de
YESHSUT, que finalizou o grau de YESHSUT por baixo da Chochma, e Binah e TM de
YESHSUT caíram para baixo, para o grau de ZA.

Então, estes dois Kelim, Keter e Chochma, permaneceram no grau de YESHSUT e tornaram-se a
linha direita. E dado que existem apenas dois Kelim lá, Keter e Chochma, eles têm apenas duas
Luzes, Nefesh Ruach, carenciando GAR.

34) Então a linha esquerda emergiu — os três Kelim de Binah e TM de YESHSUT — depois de
eles terem voltado e terem subido de sua queda. Isso foi estabelecido pela iluminação de
Chochma e Binah de AK, que trouxeram a Malchut finalizadora de Binah de YESHSUT, e a
retornaram a seu lugar. Nessa altura, Binah e TM de YESHSUT subiram de volta a seu grau.

E dado que os cinco Kelim no Partzuf estão agora completados, o completo NRNHY se vestiu
neles. Nessa altura eles se tornaram a linha esquerda de YESHSUT. Também, com a emergência
da linha esquerda, há uma divisão entre a direita e a esquerda: a direita deseja cancelar a
esquerda e governar por si mesma, e a esquerda, também, deseja cancelar a direita e governar
por si mesma. Por esta razão, nenhuma delas pode brilhar enquanto a linha do meio, que as une,
não for erguida.

35) Posteriormente emergiu a linha do meio. Ela emergiu pelo Masach do grau mais baixo em
YESHSUT, ZA, que subiu como MAN a YESHSUT. Ele subiu a YESHSUT juntamente com os
três Kelim Binah e TM quando eles subiram de volta aos seus graus.

O nível da Luz que emerge sobre este Masach une a direita e esquerda em YESHSUT em uma.
Contudo, a direita brilha de Cima para baixo e a esquerda brilha de baixo para Cima. Nesse
estado, a Chochma está vestida com Chassadim e pode brilhar, enquanto as Chassadim são
incluídas na iluminação de Chochma e são completadas com GAR.

Assim, você descobre que antes do estabelecimento da linha do meio, a linha direita e a linha
esquerda estavam em disputa. Elas queriam revogar-se uma à outra: a linha direita, sendo sem
defeito e a raiz do grau, desejou revogar o domínio da esquerda e subjugá-la, como é a relação
da raiz com seu ramo. E dado que a linha esquerda contém a Orh Chochma, que é maior que a
Orh Chassadim na linha direita, seu poder é desta forma maior para revogar a Orh Chassadim
na linha direita. É por isto que nenhuma delas podia brilhar, dado que Chochma não pode
brilhar sem revestimento de Chassadim, e Chassadim sem iluminação de Chochma são VAK
sem uma Rosh.

36) A razão de Chochma não poder brilhar sem Orh Chassadim é que ela é YESHSUT — as sete
Sefirot inferiores de Binah — HGT NHYM de Binah. E estas HGT NHYM de Binah não são a
própria Binah, mas da Hitkalelut de ZA em Binah. Isto é porque todas as dez Sefirot estão
incluídas uma na outra e cada Sefira contém dez Sefirot.

Por exemplo a Sefira Binah é compreendida de todas as dez Sefirot KHB TM, e sua Binah é
discernida como seu eu. Keter e Chochma nela são de Keter e Chochma que foram incluídas
nela, e Tiferet e Malchut, que são suas HGT NHYM, são da Hitkalelut de ZON nela. E é sabido
que a Sefira ZA de sua fonte está nas dez Sefirot de Orh Yashar é principalmente Orh
Chassadim, mas a Orh Chochma brilha na sua Chassadim. Logo, é impossível que Chochma
venha a brilhar sem Chassadim em todas as sete Sefirot inferiores, dado que elas carenciam do
núcleo e portador da iluminação de Chochma - a Chassadim - a essência de ZA das dez Sefirot
de Orh Yashar, que é a raiz de todas as sete Sefirot inferiores incluídas em todos os graus.
Logo, a regra é que Chochma pode brilhar sem Chassadim apenas nas primeiras três Sefirot.
Mas nas sete Sefirot inferiores, onde quer que elas estejam, elas são consideradas ZA, e
Chochma não pode brilhar sem Chassadim, dado que as Chassadim são sua principal essência.
Por essa razão, se Chochma é carente de Chassadim, ela é escuridão e não Luz.

37) Mas devido ao Peso da Chochma que a esquerda contém, a linha esquerda não se rende ou
que se pareça para se unir com a Chassadim na linha direita. Além do mais, ela luta com ela e
deseja revogá-la. Ela não se rende à direita, a não ser pelas duas forças que sobem da linha do
meio, que agem sobre ela e a subjugam:

1. O Masach de Bechina Alef na linha do meio, que é ZA. Este Masach diminui o nível de
Chochma na linha esquerda do nível de GAR de Chochma ao nível de VAK de
Chochma. Isto é assim para que Chochma não se expandisse e brilhasse de Cima para
baixo, mas brilhasse de baixo para Cima. Esta iluminação é considerada como apenas
VAK de Chochma.

2. O Zivug da Luz Superior sobre este Masach de Bechina Alef, que estende o nível de
Orh Chassadim. Então, por outro lado, o nível de Chochma na esquerda desceu para
VAK de Chochma, pela força do Masach; e por outro lado, a Chassadim na linha
esquerda aumentou de dois lados: do lado da linha direita e do lado do Zivug da Luz
Superior sobre o Masach na linha do meio. Nessa altura, a linha esquerda rende-se e
une-se com a Chassadim na linha direita e na linha do meio. Contudo, enquanto o
Masach da linha do meio não diminuir o nível de GAR de Chochma, não há poder no
mundo que a possa unir com a linha direita.

38) Nós devemos saber que duas forças operam neste Masach da linha do meio, para diminuir o
nível de GAR de Chochma na linha esquerda. Isto é porque em si mesmas ZON são impróprias
para receber Mochin, pois elas são controladas por Malchut de Midat ha Din, que é conduzido
pela força de Tzimtzum, para não receber iluminação de Chochma. Nós chamamos a esta
Malchut de Midat ha Din, Man’ula (fechadura). Mas posteriormente, Malchut foi associada
com Midat ha Rachamim, Binah, e em Bechina Malchut que está associada com Binah, eles são
dignos de receber Mochin — Luz de Chochma. E nós chamamos a esta Malchut, que está
associada com Binah, Miftacha (chave).

Assim, em Masach de ZA, também, que é sua linha do meio, existem estas duas forças de
Miftacha e Man’ula. No principio, quando ele precisa de diminuir o GAR da linha esquerda, ele
trabalha neste Masach de Man’ula, isto é, em Malchut de Midat ha Din. Onde quer que ela
apareça, a Luz Superior foge. Mas dado que ela deseja que VAK de Chochma permaneça, ela
remove A seguir este Masach de Man’ula, e opera com o Masach de Miftacha, sendo Malchut
que está associada com Binah. E através de sua força, uma iluminação de VAK de Chochma
permanece, independentemente.

Assim, nós explicamos cuidadosamente como ZA sobe juntamente com Binah e TM de


YESHSUT, e através de seu Masach, se une e completa as duas linhas, direita e esquerda em
YESHSUT, onde ele se torna uma linha do meio. E estas três linhas em YESHSUT são chamadas
Chochma, Binah, Daat de YESHSUT. As duas linhas, direita e esquerda, são chamadas HB, e
ZA, a linha do meio que decide entre elas, é chamada Daat.

HOLAM, SHURUK, HIRIK

39) Estas três linhas são também chamadas “os três pontos, Holam, Shuruk, Hirik.” A linha
direita é o ponto de Holam, a linha esquerda é o ponto de Shuruk, o Melafom, que é uma Vav
com um ponto dentro dela, e a linha do meio é o ponto de Hirik. A razão para isso é que os
pontos implicam iluminação de Chochma, que ressuscita e movimenta as Otiyot (letras), que são
os Kelim.

Assim, a linha direita, erguida durante a ascensão de Malchut a Binah, que carece de Chochma,
está implícita pelo ponto de Holam, que se encontra acima das Otiyot. Isto indica que o ponto,
que é Chochma, não está vestido nos Kelim, que são as Otiyot, mas está acima dos Kelim.

E a linha esquerda é feita de Binah e TM, que têm Orh Chochma, depois delas terem voltado a
seu grau. Por esta razão, isso está implícito pelo ponto de Shuruk, que é uma Vav com um ponto
dentro dela. Isto indica que o ponto, que é Chochma, está vestido dentro dos Kelim, chamados
Otiyot. E a linha do meio é feita do grau abaixo dela, que subiu ao mais Alto Grau, decidindo e
completando suas duas linhas.

Não tivesse sido a linha do meio, Chochma nunca teria sido capaz de brilhar. E dado que este
Tikkun vem do grau abaixo dela, ele está implícito pelo ponto de Hirik, que se encontra abaixo
das Otiyot — os Kelim — pois este é seu grau inferior. E devido a isso, nós sempre nos
referimos ao Masach da linha do meio como Masach de Hirik.

A LINHA DO MEIO ACIMA DAS DUAS LINHAS

40) Certamente, há uma linha do meio acima das duas linhas, nas primeiras Roshim (cabeças) de
Atik, onde a Reisha de lo Etyada decide e une as duas linhas, direita e esquerda, que são as duas
Roshim, Keter e Chochma Stimaa de AA, que estão abaixo dela. Mas embora elas tivessem sido
erguidas como a raiz para as três linhas, em todas as três linhas, a linha do meio vem de baixo,
exceto nestas.

E você descobre que existem Behinot (discernimentos) de Tikkun Kavim:

Tikkun Kavim nas três Roshim de Atik, onde a linha do meio está acima das duas linhas.
Tikkun Kavim no GAR, onde não há aparição de Chochma até na linha esquerda (Item 26).
Tikkun Kavim nas sete Sefirot inferiores, onde há aparição de Chochma na linha esquerda (Itens
27-39).
TRÊS TIPOS DE CHOCHMA EM ATZILUT

41) Existem três Chochma em Atzilut:

1. Chochma nas dez Sefirot de Orh Yashar, que, nos Partzufim, é Chochma Stimaa de AA;

2. GAR de Binah, que, nos Partzufim, é AVI, e é chamado “Chochma da direita”;

3. ZAT de Binah, que, nos Partzufim, é YESHSUT, e é chamado “Chochma da esquerda.”

As primeiras duas Chochma as estão bloqueadas e não brilham nos inferiores. Apenas a terceira
Chochma, a Chochma da esquerda, é aparente no lugar de Malchut, e brilha para ZON e para os
inferiores.

42) Você já sabe que AA é Chochma de Atzilut, e AVI são GAR de Binah de Atzilut, e YESHSUT
são as sete inferiores Sefirot de Binah de Atzilut. E é sabido que existem apenas duas Sefirot,
Keter e Chochma, na Rosh de AA, chamadas Kitra e Chochma Stimaa [29]. Sua Binah
abandonou sua Rosh e tornou-se um Guf sem uma Rosh devido à Malchut finalizadora que
subiu e finalizou a Rosh por baixo de sua Chochma.

Por esta razão, Binah e TM estão abaixo da Malchut finalizadora na Rosh (Item 33), e assim foi
discernida como um Guf. Também, estas Binah e TM são todas chamadas devido à Mais Alta
Bechina nelas, que é Binah. E dado que ela abandonou a Rosh para formar um Guf sem uma
Rosh, ela é não mais digna de receber Chochma até que ela volte à Rosh de AA.

43) Esta Binah está dividida em dois Behinot, GAR e ZAT, dado que o defeito da ausência de
Chochma que foi feito nela por sua saída da Rosh de AA não afeta o GAR de Binah o que se
pareça, dado que eles estão sempre no estado de “pois ele se deleita em misericórdia.” Logo,
Binah almeja apenas Orh Chassadim, e não Orh Chochma. Até quando ela estava na Rosh de
AA, seu GAR não recebeu Chochma, mas apenas Chassadim.

Isto estendeu-se a ela de Binah de Orh Yashar, cuja essência é Chassadim sem Chochma. Por
esta razão, GAR de Binah não ficam defeituosos de nenhuma maneira por sua saída da Rosh, e
eles são considerados completamente perfeitos quando ainda na Rosh de AA. Logo, GAR de
Binah foram separados para um grau em e de si mesmos. Também, as vestes dos Superiores
AVI, de Peh de AA para baixo, que são sempre considerados GAR, são feitas deles, embora eles
estejam abaixo da Rosh de AA.

Mas as sete Sefirot inferiores não são a essência de Binah, mas são da Hitkalelut de ZON em
Binah. E a essência de ZA é a iluminação de Chochma em Chassadim. Assim, elas precisam da
iluminação de Chochma de forma a dar a ZON. e dado que elas não são dignas de receber
Chochma para ZON sob sua saída de Rosh de AA, eles são considerados defeituosas.

Por esta razão, eles foram separados do completo GAR de Binah e tornaram-se um grau
separado em si mesmo, do qual Partzuf YESHSUT de Atzilut que veste de Chazeh de AA para
baixo foi feito. Também, eles são considerados VAK sem uma Rosh, até que Binah volte à Rosh
de AA, momento no qual eles obtêm GAR.
44) Assim, você vê que Chochma está principalmente na Rosh de AA, chamada Chochma
Stimaa, dado que esta Chochma inicial foi bloqueada na Rosh de AA e não brilha para os
inferiores, abaixo da Rosh de AA. E AVI e YESHSUT são as originais Binah de Atzilut,
chamadas “o nível de SAG e MA,” cuja essência é Chassadim e não Chochma.

E sob a saída de Binah da Rosh de AA, apenas ZAT de Binah — YESHSUT — são defeituosos, e
assim permaneceram sem GAR. Eles são completados apenas sob o retorno de Binah a Rosh de
AA, momento em que Chochma recebe para ZON.

Nessa altura, eles são considerados como Chochma da linha esquerda. Isto significa que esta
Chochma aparece apenas através das três linhas que emergem em YESHSUT, onde a Chochma
aparece na linha esquerda destas três linhas (Item 34).

Embora GAR e ZAT de Binah, que são AVI e YESHSUT, voltaram a Rosh de AA, YESHSUT não
recebem a Chochma diretamente de Chochma Stimaa em Rosh de AA, dado que cada grau
recebe apenas de seu Superior adjacente. Logo, AVI recebem a Chochma de Chochma Stimaa na
Rosh de AA, e dão a YESHSUT.

45) AVI são considerados como Chochma da direita. Isto é porque mesmo quando eles estão
abaixo da Rosh, eles são como completos como se eles estivessem na Rosh. Eles estão sempre
unidos com a Chochma Stimaa na Rosh de AA, mas não recebem dela, dado que eles estão
sempre num estado de, “pois ele se deleita em misericórdia.”

Isto cuidadosamente explica que a essência de Chochma está na Rosh de AA, mas ela está
bloqueada e não brilha de todo abaixo de sua Rosh. também, a iluminação de Chochma Stimaa,
incluída em AVI, é considerada Chochma da direita, embora elas não a recebam na verdade. E
sob seu retorno à Rosh, elas são chamadas Chochma Ilaa (Chochma Superior).

E a razão é que elas são consideradas Chochma, embora elas não recebam dela, e que sua
unificação com a Chochma torna a Chassadim em AVI em completos GAR. Também a
Chochma que brilha em YESHSUT é a Chochma da esquerda, dado que ela brilha apenas na
linha esquerda. Esta Chochma da esquerda é chamada “Trinta e dois caminhos de Chochma
(sabedoria),” e esta é a Chochma que aparece a ZON e aos inferiores.

Mas a Chochma da direita não brilha qualquer Chochma de todo, mas apenas Chassadim, dado
que AVI não recebem a Chochma, muito menos a Chochma de Orh Yashar na Rosh de AA, que
não brilha abaixo de sua Rosh. É por isso que ela é chamada Chochma Stimaa. Logo, a
iluminação de Chochma não aparece, mas apenas Chochma da esquerda, ainda embora esta não
seja a própria Chochma, mas Binah que recebe Chochma para ZON.
TRÊS OTIOT, MEM, LAMED, TZADIK EM TZELEM

46) Os Mochin de Gadlut - depois de Malchut ter voltado para baixo do lugar de Binah ao seu
próprio, e Binah e TM terem voltado a seu grau, e o grau foi completado com cinco Kelim KHB
TM e cinco Luzes NRNHY. Isto é considerado que Malchut, que é a Yod que entrou na Orh
(Luz) e a tornou em Avir (ar), e o Avir volto a ser Orh. Existem três graus para discernir nestes
Mochin, implícitos pelas três Otiyot (letras) — Mem, Lamed, Tzadik — que é Tzelem.

Primeiro Grau: Este é o GAR de Binah que foi estabelecido nos Superiores AVI. Eles estão
num estado de “pois ele se deleita em misericórdia,” e nunca recebem Chochma. Por esta razão,
é discernido neles que a Yod não abandona seu Avir. Isto é porque Avir implica o nível de
Ruach, Chassadim, e em AVI estas Chassadim são consideradas como GAR na verdade, e eles
não têm interesse em remover a Yod de seu Avir.

Também, elas são chamadas Mem de Tzelem, dado que esta letra implica que eles contêm quatro
Mochin: Chochma, Binah, a direita de Daat, e a esquerda de Daat. Cada Moach (singular de
Mochin) compreende dez Sefirot, logo eles são quarenta Sefirot. Isso também implica que os
Mochin estão fechados como se por um anel, que é a forma da Mem, para não receberem
Chochma.

47) Segundo Grau: Estas são as sete Sefirot inferiores de Binah que foram erguidas em
YESHSUT, que requerem Chochma em prol de dar a ZON. Assim, durante a Gadlut, a Yod
abandona seu Avir e a Orh Chochma volta a elas de forma a dar a ZON. Todavia, elas, também,
não recebem Chochma para si mesmas, dado que elas são de Binah, e cada Binah, seja GAR ou
ZAT, é de Orh Chassadim. A única diferença está em ZAT, que recebem Chochma de forma a
dar a ZON.

Este grau é chamado Lamed de Tzelem. Esta letra implica que existem três Mochin neles:
Chochma, Binah, e Daat. Cada Moach contém dez Sefirot, logo elas são trinta Sefirot. Isto é
porque a direita em Daat e a esquerda em Daat são consideradas como um aqui, uma vez que
elas são consideradas a linha do meio, unindo Chochma e Binah.

48) The third degree is ZON, in which the Chochma appears from the Chazeh down, since the
place where Chochma appears is in them. It is called Tzadik de Tzelem, after the nine Sefirot in
ZON. Each comprises ten, hence they are ninety. 7 Thus we have explained the three Otiyot
Mem, Lamed, Tzadik (MLTz) in the three Partzufim AVI, YESHSUT, and ZON in the world of
Atzilut in general. Yet, this is so in every detail, too, since there is no degree in which these
three Behinot MLTz are not discerned, since each of them contains MLTz. 48) O terceiro grau é
ZON, no qual a Chochma aparece do Chazeh para baixo, dado que o lugar onde Chochma
aparece está neles. Ele é chamado Tzadik de Tzelem, depois das nove Sefirot em ZON. Cada
compreende dez, assim elas são noventa [30]. Então nós explicamos as três Otiyot Mem, Lamed,

7
Nota do tradutor:Em Gematriao valor numeric de Tzadik é 90.
Tzadik (MLTz) nos três Partzufim AVI, YESHSUT, e ZON no mundo de Atzilut em geral.
Todavia, isto é assim em cada detalhe, também dado que não há grau no qual estes três Behinot
MLTz não sejam discernidos, dado que cada um deles contém MLTz.

49) Todavia, o lugar onde Chochma aparece não é em ZA, mas em Malchut. Quando nós
dizemos que Chochma aparece do Chazeh de ZA para baixo, isso é porque do Chazeh de ZA
para baixo é considerado Malchut. Assim, Chochma não aparece nas primeiras nove Sefirot,
mas apenas em Malchut. É por isso que Malchut é chamada Chochma Tataa (Chochma
inferior).

DOIS DISCERNIMENTOS AO ELEVAR MAN

50) Existem dois Behinot (discernimentos) em erguer MAN de ZA: 1) Dado que GAR de Binah,
que são os Superiores AVI, estão sempre em Achoraim para Chochma. Isto significa que eles
não querem receber Chochma, mas Chassadim, como está escrito, “pois ele se deleita em
misericórdia.” Também, YESHSUT não pode receber Chochma de AA, mas apenas através de
AVI (Item 44). Logo, YESHSUT não pode receber Chochma através de AVI, a não menos que
ZA suba a YESHSUT por MAN. Nessa altura, AVI removem seu Achoraim da Chochma, e
Chochma passa através de AVI para YESHSUT.

Este despertar estende-se de Binah de Orh Yashar, que estende iluminação de Chochma em
Chassadim para ZA de Orh Yashar. E desta forma, quando quer que ZA suba por MAN, AVI
despertam para estender Chochma por isso.

51) O segundo discernimento no erguer de MAN por ZA é de unir as duas linhas, direita e
esquerda, em YESHSUT (Item 35). Isto é porque quando a linha esquerda de YESHSUT emerge,
uma divisão é feita entre a direita e a esquerda. Por esta razão, nenhuma delas brilha até que ZA
as una uma com a outra através da linha do meio, e então ambas brilham.

TRÊS SAEM DE UM, UM EXISTE EM TRÊS

52) Assim, foi explicado que o segundo discernimento em erguer MAN de ZA a YESHSUT é de
unir as duas linhas de YESHSUT, direita e esquerda. Elas podem apenas brilhar através do
Masach de Hirik em ZA (Item 39), que completa a linha do meio nelas e determina as duas
linhas de Binah. Isso é considerado que três linhas emergem em Binah através do Masach de
ZA, chamadas Chochma, Binah, e Daat.

A regra é que o inferior é recompensado com a completa iluminação que ele causa no Superior.
Logo, dado que ZA, com seu Masach, causou o surgimento das três linhas Chochma, Binah, e
Daat em YESHSUT, ZA, também, é recompensado com as três linhas, Chochma, Binah, e Daat.
Este é o significado do que está escrito em O Zohar: “Três saem de um, um existe em três”
(Beresheet, 1, Item 363).

A RAIZ DE NUKVA DE ZA, OU SEJA A MALCHUT

53) Durante a Katnut do mundo de Nekudim, ZA, que é HGT NHY de Nekudim, tinha seis Kelim,
HBD HGT. Isto é porque da perspectiva das Luzes, onde os pequenos crescem primeiro, eles
são chamados HGT NHY e falta-lhes GAR. E da perspectiva dos Kelim, onde os Superiores
crescem primeiro, eles são chamados HBD HGT e falta-lhes NHY de Kelim.

Logo, faltava-lhe NHY de Kelim devido à ascensão de Malchut ao lugar de Binah de ZA,
nomeadamente a Sefira Tiferet, dado que HGT de ZA são KHB (Item 9), isto é, no terço
Superior de Tiferet, no lugar de Chazeh. E os dois terços, Binah e TM, que, em ZA, são
chamados os dois terços Tiferet e NHY, caíram do seu grau para o grau abaixo dele, para os
mundos Briah, Yetzirah, e Assiah, em baixo de ZA de Atzilut.

Por esta razão, apenas HBD HGT de Kelim através do ponto de Chazeh permaneceram nele. e o
ponto de Chazeh é a Malchut que finaliza o grau no lugar de Binah, e baixa Binah e TM,
chamados TNHY, ao grau abaixo dela (Item 16). É por isso que ZON em Katnut são sempre
chamados VAK e Nekudah, dado que os seis Kelim HBD HGT nele são chamados VAK, isto é
Vav Ktzavot (seis fins), e o ponto de Chazeh, que é a Malchut que finaliza seu grau é chamada
Nekudah (ponto). Da perspectiva das Luzes, onde os mais pequenos crescem primeiro, eles são
chamados HGT NHY, e a Malchut finalizadora é chamada “Nekudah por baixo de Yesod.”

54) Por esta razão, Malchut tomou todos os Kelim em BYA para seu próprio domínio, que é o
ponto de Chazeh. Isto é porque este ponto tomou todos os Kelim de TNHY de ZA para fora para
BYA. Também, ela retornou esses Kelim ao grau de Atzilut quando a Gadlut de Nekudim
emergiu, antes deles quebrarem. Isto é porque durante a Gadlut, a Malchut finalizadora decaiu
do lugar do Chazeh de volta para seu próprio lugar, sob NHY de Kelim de ZA. Então os Kelim de
Binah e TM que caíram para BYA, que são TNHY, subiram de volta para Atzilut. E dado que ZA
adquiriu o completo TNHY de Kelim, ele tinha Luzes de GAR.

E dado que não há ausência no espiritual, é considerado que até agora Malchut permanece no
lugar de Chazeh de ZA como antes, e que apenas a força de Din e Sium (final) nela desceu para
o ponto deste mundo. Assim, esses Kelim TNHY de ZA que estavam sob sua autoridade durante
a Katnut, e agora retornaram e se uniram com ZA, unem-se com ela durante a Gadlut, também,
depois deles se terem unido e completado os TNHY de ZA.

Também, eles tornam-se seus nove Sefirot inferiores, dado que o ponto de Chazeh, que é a raiz
de Malchut que ela tinha desde o tempo de Katnut, tornou-se Keter. E nos três Kelim NHY de
ZA, cada Kli foi dividido em três terços. Os três terços de Netzach de ZA tornaram-se Malchut,
Chochma, Hesed, Netzach. E os três terços de Hod de ZA tornaram-se Malchut, Binah, Gvura,
Hod, e os três terços de Yesod de ZA tornaram-se Malchut, Daat, Tiferet, Yesod. Então, estes
TNHY de ZA que subiram de BYA durante a Gadlut, e se uniram com seu grau, causando seus
GAR de Luzes, unem-se com Malchut, também, e tornam-se seus nove Sefirot inferiores em
Kelim e primeiros nove em Luzes.

55) E você descobre que a raiz de Nukvah de ZA é o ponto de Chazeh, que não está ausente nela
sequer durante a Katnut. E ele é chamado pelo nome Keter de Malchut. Estes Kelim TNHY de
ZA que caíram para BYA durante a Katnut e voltam a Atzilut durante a Gadlut, dividem-se em
dois Partzufim: ZA e Malchut. Isto é porque eles servem como TNHY de Kelim para ZA e HBD
HGT NHY de Kelim para Malchut.

DE CHAZEH DE ZA PARA BAIXO, PERTENCE A NUKVA

56) Isto fornece a regra que de Chazeh de ZA para baixo, isto é, os Kelim TNHY de ZA, são
considerados Malchut, chamados “a Nukvah de ZA separada.” Isto é porque todos as nove
Sefirot do fundo de Malchut são feitos destes TNHY de ZA depois de eles se unirem com ele,
durante a Gadlut. Também, nós cuidadosamente compreendemos o que nós dizemos, que em
Katnut, ZA e Malchut estão na forma de Vav e Nekudah, isto é HBD HGT de Kelim e Nekudah
de Chazeh. A ZA falta GAR de Luzes devido à ausência de NHY de Kelim, e a Malchut faltam as
primeiros nove Sefirot de Luzes devido à ausência das inferiores nove nos Kelim.

Logo, foi cuidadosamente clarificado que a raiz da Nukvah de ZA em Katnut e Gadlut é da


Katnut e Gadlut do mundo de Nekudim. E embora os Kelim de Nekudim tenham quebrado, eles
ainda assim voltaram e foram corrigidos no mundo de Atzilut, em ambos estes tempos de Katnut
e Gadlut. Assim, ambos ZA e Malchut de Atzilut são VAK e Nekudah em Katnut, como na
Katnut das dez Sefirot de Nekudim.

Nessa altura, TNHY de ZA de Atzilut caem em BYA, e este ponto é a raiz da Nukvah. Durante a
Gadlut, eles voltam ao seu grau em ZA de Atzilut e completam NHY de Kelim para ZA e as
inferiores nove de Kelim para sua Nukvah, que é Malchut, como em Katnut e Gadlut do mundo
de Nekudim. Então, estes TNHY de ZA de seu Chazeh para baixo são as raízes de Gadlut de
Nukvah.

DOZE PARTZUFIM EM ATZILUT

57) Cada grau que contém três vezes dez Sefirot - dez Sefirot de Rosh, dez Sefirot de Toch, e
dez Sefirot de Sof - é chamado um Partzuf. Ele é discernido pela sua Mais Alta Bechina. Se a
Mais Alta Bechina é Keter, todas as trinta Sefirot nele são chamadas Keter; e se a Mais Alta
Bechina é Chochma, todas elas são chamadas Chochma, etc.

Também, existem cinco Partzufim cujo nível é medido pelo Zivug de Hakaah nos cinco Behinot
no Masach. Um Zivug de Hakaah sobre o Masach de Bechina Dalet estende o nível de Keter;
Masach de Bechina Gimel estende o nível de Chochma; Masach de Bechina Bet estende o nível
de Binah; Masach de Bechina Alef estende o nível de ZA; e Masach de Bechina Shoresh estende
o nível de Malchut.
58) Todavia, existem doze Partzufim em Atzilut: os quatro Partzufim de Keter, chamados Atik e
Nukvah, e Arich e Nukvah; os quatro Partzufim de Binah, chamados Superiores AVI e
YESHSUT; e os quatro Partzufim de ZON, chamados “o grande ZON” e “o pequeno ZON.” A
razão porque eles estão divididos desta maneira é que cada Partzuf em Atzilut compreende dois
tipos de Kelim:

• Kelim que emergiram no mundo de Atzilut nos Zivugim de Hakaah (plural de Zivug de
Hakaah). Esses são chamados Kelim de MA.

• Kelim que quebraram no mundo de Nekudim, chamados Kelim de BON. Eles estão
corrigidos e sobem de BYA, e conectam-se aos níveis que emergiram através de um
Zivug de Hakaah no mundo de Atzilut, chamado MA. Também, os Kelim de MA são
considerados “macho” e os Kelim de BON são considerados “fêmea.” Assim, cada
Partzuf contém macho e fêmea.

59) Em adição, cada Partzuf está dividido em GAR e ZAT. Acontece que há macho e fêmea no
GAR do Partzuf e há macho e fêmea no ZAT do Partzuf. Por esta razão, quatro Partzufim
emergiram em cada Partzuf.

Os dois Partzufim de GAR de Keter são chamados Atik e Nukvah, onde Atik é MA e Nukvah é
BON. Os dois Partzufim de ZAT de Keter são chamados Arich Anpin e Nukvah, onde Arich
Anpin é MA e Nukvah é BON. Os dois Partzufim de GAR de Binah são chamados Superiores
AVI, os dois Partzufim de ZAT de Binah são chamados YESHSUT, dos dois Partzufim de GAR
de ZON são chamados “o grande ZON,” e os dois Partzufim de ZAT em ZON são chamados “o
pequeno ZON.”

60) A razão pela qual nós não contamos quatro Partzufim em Chochma é que AA é o nível de
Chochma de MA, mas a Chochma nele foi bloqueada dentro de seu Keter, por meio de “um
dentro do outro.” Também, Chochma nunca brilha em Atzilut de todo. Em vez disso, toda a
Chochma que brilha em Atzilut é de Binah que voltou a Rosh de AA e se tornou Chochma. Esta
Binah vestida em AVI e YESHSUT. E AVI são considerados como Chochma da direita, e
YESHSUT são considerados como Chochma da esquerda (Item 41). Logo, nós não contamos
quatro Partzufim em Chochma, mas em Binah, que é também considerada Chochma, que brilha
em ZA e Malchut em todos os mundos.

UMA GRANDE REGRA EM TEMPO E LUGAR

61) Saiba que todas as expressões da sabedoria da Cabalá que são com tempo e lugar não se
referem aos imaginários tempo e lugar na corporalidade, dado que aqui tudo está acima do
tempo e acima do espaço. Em vez disso, “antes” e “depois” referem-se a causa e consequência.
Nós referimo-nos à causa como “antes,” e à consequência como “depois,” uma vez que toda a
causa precede sua consequência.

Também, “acima,” “abaixo,” “ascensão,” e “descida” são medidas de Aviut e Zakut (pureza)
[31]. Isto é porque “ascensão” significa Hizdakchut, e “descida” significa Hit’abbut (aumentar o
Aviut). E quando nós dizemos que um grau inferior subiu, isso significa o que o inferior foi
purificado e se tornou tão puro como o Grau Superior. Assim, é considerado que ele se agarrou
a ele porque equivalência de forma anexa os espirituais um ao outro.

Também, quando nós dizemos que o inferior reveste o Superior, isso significa que uma
equivalência de forma com a exterioridade do Superior foi feita nele. Isto é porque nós
chamamos à exterioridade do Superior “vestir o Superior.” E é o mesmo em todas as outras
coisas percebidas no tempo ou no espaço. Estude-as desta maneira, isto é, em significados
espirituais, de acordo com o assunto.

DUAS DIFERENÇAS ENTRE OS PARTZUFIM DE GAR E OS PARTZUFIM DE VAK

62) Cada Partzuf é emanado e nasce do Masach de Guf do Partzuf Superior por meio de causa e
consequência. Isto aplica-se a todos os Partzufim, de Partzuf Keter de AK, que emergiu após a
primeira restrição, ao fim dos Partzufim de Assiah. Também, eles vestem-se uns aos outros; isto
é, cada inferior veste o Guf do seu Superior.

63) Os Partzufim estão divididos em Partzufim de GAR — Partzuf Keter, Partzuf Chochma, e
Partzuf Binah — e Partzufim de VAK — Partzuf ZAT de Binah, chamado YESHSUT, Partzuf
ZA, e Partzuf Malchut. Estes três Partzufim são sempre considerados Partzufim de VAK. E até
quando eles recebem GAR, eles não deixam de ser VAK, uma vez que lhes falta KHB da sua
própria raiz. E há uma diferença entre os Partzufim de GAR e os Partzufim de VAK, tanto no seu
surgimento e nascimento e em como eles vestem o Guf do Superior.

Os Partzufim de GAR saem de Peh de Rosh do seu adjacente Superior. Isto começa em Partzuf
Keter de AK, uma vez que Partzuf Keter de AK emergiu em Rosh e Guf, houve o Bitush de Orh
Makif (Luz Circundante) e Orh Pnimi (Luz Interna) nas dez Sefirot do Guf.

Isto significa que essa Luz, que o Aviut do Masach deteve de entrar no Guf do Partzuf, é
chamada Orh Makif. Ela golpeou o Aviut do Masach, cuja Orh Pnimi está vestida na sua Orh
Chozer (Luz Refletida), e através deste golpear da Orh Makif no Aviut sobre o Masach, o
Masach no Guf foi purificado e sua forma foi equalizada com o Masach acasalador na Rosh do
Partzuf. Isto é considerado que o Masach de Guf subiu e foi incluído no Masach na Peh de
Rosh, dentro do Zivug lá, uma vez que equivalência de forma é considerada Dvekut
(adesão/anexar).

Assim, através de sua Hitkalelut (inclusão/mistura) no Zivug da Rosh, todos os Behinot


(discernimentos) de Aviut no Masach foram renovados, à parte da última Bechina. Então, um
Zivug de Hakaah na medida de Aviut que permaneceu no Masach — Aviut de Bechina Gimel —
emergiu nele da Luz Superior na Rosh, e o nível do Partzuf Chochma emergiu nele.

Nessa altura, foi reconhecido que o Masach era de outra Bechina, uma vez que o Superior é
Partzuf Keter, e este nível que foi renovado no Masach é o nível de Chochma, dado que a
última Bechina tinha sido perdida. E seu reconhecimento é considerado “nascimento,” isto é que
ele abandonou o nível de Keter e se tornou um Partzuf distinto que tem apenas o nível de
Chochma. Logo, a fonte do recém nascido Partzuf Chochma é o Masach de Guf do nível de
Keter, que purificou e subiu à Peh de Rosh, e a saída, local de nascença, é Peh de Rosh de
Partzuf Keter.

E depois de Partzuf Chochma ter nascido e emergido de Peh de Rosh de Partzuf Keter, é
considerado vestir apenas o Guf de Partzuf Keter, isto é, o GAR de Guf, que é HGT. Isto é
porque o Masach de Guf é a raiz da qual ele nasceu. Também, ele veste apenas a exterioridade
do Guf de Partzuf Keter, uma vez que o nível de Bechina Gimel é externo a Partzuf Keter, cujo
nível é da Orh Chozer de Bechina Dalet. Logo, isto é considerado como vestir, indicando
Dvekut na exterioridade

64) Como foi explicado relativamente ao nascimento de Partzuf Chochma de AK de Peh de


Rosh de Partzuf Keter de AK, Partzuf Binah emergiu de Peh e Rosh de Partzuf Chochma
precisamente desta maneira. Depois de Partzuf Chochma ter sido completado com Rosh e Guf,
houve outro Bitush de Orh Makif e Orh Pnimi, que purifica o Aviut do Masach e equaliza sua
forma com o Masach de Malchut da Rosh. E uma vez que ele é incluído no Zivug da Rosh, a
Bechina Aviut nele foi renovada, exceto a última Bechina, que foi perdida.

Então, dez Sefirot emergiram no remanescente Aviut nele, Aviut de Bechina Bet, no nível de
Binah. E dado que foi reconhecido que ele é um mais baixo que Partzuf Chochma, ele foi
discernido como separado dele e nasceu em seu próprio domínio. todavia, ele veste o Guf do
Superior, o qual é sua raiz. E ele também veste o GAR de Guf, no lugar de HGT.

65) Os três Partzufim de VAK — YESHSUT, ZA, e Malchut — emergiram nesta mesma
maneira, exceto que existem duas diferenças neles:

1. Seu inferior não emerge da Peh de Rosh de seu adjacente Superior, mas da Peh de Rosh
do que está Acima do seu Superior. Por exemplo, ZA não emerge de Peh de Rosh de
YESHSUT, mas apenas depois de YESHSUT se ter tornado um Partzuf com AVI, que
são um Acima do Seu Superior. Similarmente, Nukvah não emerge de Peh de Rosh de
ZA, mas apenas após ZA ter subido até AVI. Similarmente, Partzuf Atik de Atzilut não
emergiram da primeira Rosh de Nekudim, mas a Rosh de SAG de AK. A razão é que
estas Roshim (plural para Rosh), consideradas VAK de sua própria raiz, são desajustadas
para Zivug com a Luz Superior de uma maneira que elas possam emanar um Partzuf
inferior.

2. Isto diz respeito à veste: Os Partzufim de VAK não vestem o GAR de Guf de seu
Superior, HGT, mas o VAK de Guf do Superior, que é NHY de Chazeh para baixo. Uma
vez que eles são VAK na sua raiz, eles não se podem agarrar ao GAR de Guf do
Superior. Logo, as duas diferenças entre os Partzufim de GAR e os Partzufim de VAK
foram cuidadosamente clarificadas:

• Uma diz respeito ao surgimento, onde apenas Partzufim de GAR emergem da Peh de
seu adjacente Superior. Isto não é assim nos Partzufim de VAK, que emergem de um
Acima de seu Superior.
• E a outra diz respeito à veste, que apenas Partzufim de GAR se podem agarrar aos HGT
do Superior, que são GAR de Guf, mas não os Partzufim de VAK, que se agarram apenas
de Chazeh para baixo, no VAK de Guf.

TRÊS CONDIÇÕES PARA O SURGIMENTO DE UM PARTZUF INFERIOR

66) Existem três condições para um Zivug gerar um Partzuf inferior:

A primeira condição é o Masach que acasala com a Luz Superior num Zivug de Hakaah e
ergue Orh Chozer, que veste a Luz Superior. O nível do inferior é de acordo com a medida da
veste de Orh Chozer. Similarmente, depois do Masach suscitar todos os Partzufim e graus no
mundo de Nekudim, eles não persistiram mas quebraram e cancelara, e o Masach foi purificado
de todas as cinco Behinot Aviut nele, retornou a Rosh de SAG, e todos os graus que surgiram em
Nekudim deixaram seus Reshimot no Masach.

Assim, quando o Masach foi incluído no Zivug em Rosh de SAG, seus prévios Reshimot foram
renovados nele. Inicialmente, o Masach suscitou a Mais Alta Bechina nele, o Reshimo de
Partzuf Keter, chamado Atik de Atzilut, em Aviut de Bechina Dalet. O resto dos Reshimot, que
permaneceram no Masach, surgiram juntamente com o nascimento de Atik para o lugar de Atik.

E assim que Atik tinha sido completado, houve um Zivug de Hakaah nele, na Mais Alta Bechina
no remanescente do Masach dentro dele, que é Bechina Gimel, e suscitou o nível de AA nele. E
o resto dos Reshimot no Masach, sobre os quais Zivug de Hakaah ainda não tinha sido feito,
desceram junto com o nascimento de AA para o lugar de AA.

E quando AA foi completado, um Zivug foi feito nele sobre a Mais Alta Bechina no
remanescente do Masach, que é Bechina Bet, e suscitou o nível de AVI, etc., similarmente.
Logo, todos os Partzufim emergem através de um Zivug de Hakaah da Luz Superior com o
Masach.

67) A segunda condição é que Keter e Chochma de cada inferior estão anexados a Binah e TM
de seu Superior. Logo, quando o Superior é completado e ergue sua Binah e TM, Keter e
Chochma do inferior sobem junto com eles para o lugar do Superior e são incluídos no Zivug do
Superior. Logo, cada inferior recebe seu nível do Zivug da Rosh do Superior.

68) A terceira condição é que ZA sobe a YESHSUT e completa e une as Luzes da direita e
esquerda de YESHSUT. Não tivesse sido a ascensão de ZA por MAN, a direita e esquerda de
YESHSUT não teriam sido capazes de brilhar. Segue-se que a ascensão de ZA a YESHSUT
causou a suscitação das três linhas, direita, esquerda, e média, que são HBD de YESHSUT.

Há uma regra: o inferior é recompensado com a completa pedida de Luz que ele causa sua
iluminação no Superior. Assim, ZA recebe os mesmos Mochin de HBD de YESHSUT. Este é o
significado de “Três emergem de um; um existem em três.” Logo, nós explicamos as três
condições para o Zivug suscitar o inferior.
69) Em essência, o Zivug para suscitar o inferior surge do Zivug de Hakaah da Luz Superior no
Masach, uma vez isto mede o nível do inferior. Todavia, isso requer um despertar de MAN do
inferior, e este despertar é feito por Keter e Chochma do inferior, que estão anexadas a Binah e
TM do Superior. Desta forma, ambos são requisitados para suscitar um Partzuf inferior.

Todavia, em ZA há uma questão adicional: seu Masach não estende Kelim de GAR, dado que ele
é um Masach de Bechina Alef. Logo, o Superior não pode dar-lhe Mochin de um Zivug do
Masach na Luz Superior. Assim, a terceira condição é requisitada - de receber os Mochin ao
induzir Mochin no seu Superior, como em “três emergem de um; um existem em três.”

TRÊS FASES NA SUSCITAÇÃO DAS DEZ SEFIROT

70) A primeira fase é nos primeiros Partzufim de AK, onde todas dez Sefirot emergiram de
uma vez. No Zivug de Hakaah no Masach de Bechina Dalet, das dez Sefirot do nível de Keter
emergiu. E no Zivug de Hakaah no Masach de Bechina Gimel, dez Sefirot no nível de Chochma
emergiram. E no Zivug de Hakaah no Masach de Bechina Bet, dez Sefirot no nível de Binah
emergiram.

71) A segunda fase é o mundo de Nekudim, que emergiu num Masach de Bechina Alef,
conectado com a Malchut, e na qual dez Sefirot emergiram em dois tempos. Primeiro, Malchut
subiu a Binah de SAG de AK. Então, quando o Masach de SAG se purificou em Bechina Alef,
chamada Nikvei Eynaim, Malchut subiu e uniu-se com Bechina Alef, finalizando o grau em
baixo de Chochma, chamado Eynaim. Segue-se que apenas dois Kelim permaneceram no grau,
Keter e Chochma, com duas Luzes, Ruach e Nefesh. E os três Kelim Binah e TM caíram do
grau. Isto é chamado Katnut (pequenez) de Nekudim.

Na altura de Gadlut (grandeza, idade adulta), os três Kelim Binah e TM voltaram ao grau e os
cinco Kelim KHB TM no grau foram completados com as cinco Luzes NRNHY. Logo, foi
clarificado que no mundo de Nekudim, as dez Sefirot não emergiram de uma vez, como nos
primeiros três Partzufim de AK, mas em vez disso emergiram em dois tempos — um tempo de
Katnut e um tempo de Gadlut. Durante a Katnut, apenas duas Sefirot emergiram, e durante a
Gadlut, as remanescentes três Sefirot emergiram.

72) A terceira fase é o mundo de Atzilut, no qual as dez Sefirot emergiram em três tempos,
chamados Ibur (concepção), Yenika (amamentação), e Mochin. Isso é assim porque aqui a
Hizdakchut do Masach no último grau foi adicionada ao mundo de Atzilut. Isto é porque o
Masach foi purificado a partir de Bechina Alef, chamada Nikvei Eynaim, em um Masach com
Aviut de Bechina Shoresh, cuja Orh Chozer veste apenas o nível da Luz de Malchut no Kli de
Keter, chamado Metzach. Assim, esta Luz é chamada “MA que emerge da Metzach (testa).” Isto
é porque KHB TM de Rosh são chamados Galgalta, Eynaim, AHP, e Metzach é Galgalta.

Assim, as duas descidas de Malchut são requisitadas aqui:

1. Um declínio da Metzach até Nikvei Eynaim, chamado Yenika.


2. Um declínio de Nikvei Eynaim até seu lugar na Peh. Isto é chamado Mochin.

Logo, o primeiro nível que emerge no Masach de Aviut Shoresh é chamado Ibur. O segundo
nível, emergindo no Masach depois da descida de Malchut até Bechina Alef, é chamado Yenika.
E o terceiro nível, emergindo no Masach depois do declínio de Malchut até seu lugar, é
chamado Mochin. Então, foi clarificado que no mundo de Atzilut, as dez Sefirot emergem em
três tempos, chamados Ibur, Yenika, e Mochin.

Ibur, Yenika, Mochin de Achor, and Ibur, Yenika, Mochin de Panim

73) It has already been explained that the level that emerges on a Masach with mere Aviut
Shoresh is called “the level of Ibur.” This is the level of the Light of Nefesh in the Kli of Keter.
With respect to its three lines, it is called “the level of NHY.” Yet, there is the level of Ruach in
it, too, called “the level of HGT,” except it is without Kelim. For this reason, HGT must clothe
in Kelim de NHY, which is why the level of Ibur is called “three inside three,” meaning HGT
inside NHY.

IBUR, YENIKA, MOCHIN DE ACHOR, E IBUR, YENIKA, MOCHIN DE PANIM

73) Foi já explicado que o nível que emerge num Masach com mera Aviut Shoresh é chamado
“o nível de Ibur.” Este é o nível da Luz de Nefesh no Kli de Keter. Em respeito às suas três
linhas, ele é chamado “o nível de NHY.” Todavia, há o nível de Ruach nele, também, chamado
“o nível de HGT,” exceto que ele é sem Kelim. Por esta razão, HGT devem vestir-se em Kelim
de NHY, que é porque o nível de Ibur é chamado “três dentro de três,” isto é HGT dentro de
NHY.

74) O significado disso é que embora a Hizdakchut do Masach cause a perda da última Bechina,
para a qual os dez níveis estão um abaixo do outro, a última Bechina não está inteiramente
perdida, mas um Reshimo de Hitlabshut dela permanece no Masach. Por exemplo, quando o
Masach de Partzuf Keter de AK foi purificado e subiu a Peh de Rosh, ele foi incluído no Zivug
lá, e seus Reshimot foram renovados. Em respeito ao Aviut no Masach, no qual o Zivug de
Hakaah foi feito, apenas o Reshimo de Aviut de Bechina Gimel permaneceu no Masach, dado
que a última Bechina, Bechina Dalet, tinha sido perdida. Mas o Hitlabshut de Bechina Dalet
ainda permaneceu no Masach.

Segue-se que existem dois Behinot Superiores no Masach que são dignos para Zivug:

1. O Aviut de Bechina Gimel, que detém a Luz Superior e recebe o Zivug de Hakaah, no
qual o nível de Chochma emerge.

2. O Hitlabshut de Bechina Dalet. Embora ele seja desajustado para Zivug de Hakaah,
dado que ele não tem Aviut que detenha a expansão da Luz, quando ele é incluído e
associado com Aviut de Bechina Gimel, um Zivug de Hakaah é feito sobre ele, também,
produzindo praticamente o nível de Keter.
Estes dois níveis são chamados “macho” e “fêmea.” O nível que emergiu em Bechina Dalet de
Hitlabshut, associado com Bechina Gimel de Aviut é chamado “macho,” e o nível que emergiu
em apenas Bechina Gimel de Aviut é chamado “fêmea.”

Similarmente, quando o Masach de Guf de Partzuf Chochma de AK purificou-se e subiu a sua


Peh de Rosh, dois Reshimot permaneceram nele - macho e fêmea. Isto é porque o Reshimo de
Bechina Gimel de Hitlabshut, associado com Bechina Bet de Aviut, produz praticamente o nível
de Chochma. Isto é considerado o macho. E o Reshimo de Bechina Bet de Aviut, o qual é o
principal que recebe o Zivug de Hakaah, produz o nível de Binah. Isto é considerado uma
fêmea.

Da mesma forma, há masculino e feminino no Hizdakchut da Masach de Guf de Partzuf


Nekudim. O macho, ou seja, a Reshimo de Bechina Alef de Hitlabshut que permaneceu na
Masach, está associada ao Bechina Aviut de Shoresh quase ao nível de Bechina Alef,
significando o nível de ZA, que é o nível de Ruach, HGT, e a fêmea ,que é o Aviut de Bechina
Shoresh, que recebe o Zivug de Hakaah, é ao nível da Luz de Nefesh, Malchut, que, na
perspectiva das três linhas, é chamada NHY

75) Portanto, podemos discernir dois níveis, ao nível de Ibur: o nível de HGT e o nível de NHY.
O nível de HGT, que é do sexo masculino, surge no Reshimot de Bechina Aleph de Hitlabshut,
que se juntou com Aviut de Shoresh. E o nível de NHY, que é do sexo feminino, surge apenas no
de Reshimo Aviut Shoresh.

E desde que o Reshimo de Hitlabshut é impróprio para receber um Zivug de Hakaah, exceto
através da associação com Aviut Shoresh, o nível de HGT não está em si próprio, mas deve
vestir-se no interior do NHY. Por esta razão, o nível de Ibur, que é HGT e NHY juntos, é
considerado "três em três", isto é, dentro NHY HGT.

76) E depois dos dois níveis HGT dentro de NHY emergirem no Hitkalelut do Zivug de Rosh do
Superior, e isso foi reconhecido que eles são novos níveis, diferentes do Superior, este
reconhecimento é considerado “nascimento.” Isto significa que foi reconhecido que um novo
Partzuf nasceu aqui, diferente do Superior, e eles declinam e veste o Guf do Superior. Se eles
são Partzufim de GAR, eles vestem o GAR de Guf, que são HGT, e eles são Partzufim de VAK,
eles vestem o VAK de Guf, que são TNHYM do Chazeh para baixo.

Também, eles sugam a Luz do Partzuf Superior, uma sucção que contribui para a descida de
Malchut da Metzach até à Nikvei Eynaim. Nessa altura, ela recebe Aviut de Bechina Alef uma
vez mais, que está conectado a Malchut, e isso foi nos Partzufim de Nekudim. Então o nível de
HGT adquire Behinot Kelim, também, e eles não mais precisam dos Kelim de NHY. É desta
forma considerado que através de sucção, HGT expandem e saem de NHY. E então ele tem
completo nível de Ruach.

Por exemplo, em Partzuf Atik de Atzilut, o Masach de Nekudim subiu primeiro - através de sua
Hizdakchut — a Rosh de SAG de AK. E depois da última Bechina (Bechina de) Aviut nele ter
sido perdida, o Masach permaneceu com Aviut de Bechina Shoresh, chamado Metzach, e
Reshimo de Hitlabshut de Bechina Alef. E então dois níveis, HGT NHY, emergiram nele, três
dentro de três, dado que HGT não tem Kelim.

Quando eles foram reconhecidos como um novo nível, foi considerado que eles tinham partido e
nasceram e vieram a seu lugar, para vestir de Tabur de AK para baixo. Dado que é Partzuf VAK,
ele veste apenas VAK de Guf, e isto é chamado Partzuf Atik.

Posteriormente, através de Yenika, que ele suga de SAG de AK, ele baixa o Masach de Metzach
a Nikvei Eynaim. Seguindo-se os Kelim saíram para seus HGT, também, expandido de dentro de
NHY. Logo, os dois Behinot, chamados Ibur e Yenika, foram clarificados.

77) Agora vamos explicar Partzuf Mochin. Após o Partzuf receber os dois Behinot Ibur e
Yenika, ora o MAN para o Criador e traz o HB do Criador para estar face a face. Então eles dão
ao menor a iluminação que diminui a Malchut do Nikvei Eynaim para o seu próprio lugar- a
Peh.

Naquela época, esses três Kelim, Binah e TM, que caiu por causa da subida Malchut a Binah
volta ao seu grau anterior, e o Partzuf é completado com cinco Kelim KHB TM e cinco Luzes
NRNHY. Isso é chamado Partzuf Mochin, uma vez que as três primeiras Luzes Neshama,
Chaya, Yechida são chamadas Mochin.

Por exemplo, após Atik receber a completar dois Behinot Ibur e Yenika, que são os níveis de
Ruach e Nefesh, ele sobe de volta para o Rosh de SAG para o MAN, e retornam Chochma e
Binah para ficar face a face. E desde que Binah na Partzuf Chochma de AK não é misturada
com Malchut, quando Atik recebe a sua iluminação abaixa sua Malchut de Binah ,também.
Naquela época, ele levanta os três Kelim Binah e TM, que caiu pela mistura de Malchut em
Binah, em seu próprio grau, e agora tem KHB TM de Kelim, em que as luzes NRNHY se podem
vestir

78) E quando Mochin surgir pela primeira vez, ele faz uma divisão entre a direita e a esquerda.
Isso ocorre porque a linha de esquerda, que leva a iluminação de Chochma, deseja cancelar a
linha da direita, que carrega a Luz de Chassadim. Devido a esta falha e Bitush (bater) da
esquerda e direita, que ocorrem nessa Mochin, eles são chamados Mochin de Acor. Assim, os
três Behinot Ibur, Yenika e Mochin de Acor foram esclarecidos.

79) Esta Bitush da esquerda e direita causa o Partzuf a voltar a erguer MAN ao Superior. Isto é
porque a iluminação da esquerda, que é iluminação de Chochma, golpeia e purifica todo o Aviut
no Partzuf até que o Masach se torna tão puro como ele era quando ele primeiro subiu à Rosh
do Superior. Isto significa que apenas Aviut Shoresh e Reshimo de Hitlabshut de Bechina Alef
permaneceram nele. E através desta equivalência, ele adere à Rosh do Superior.

Assim que ele é incorporado no Zivug de Rosh do Superior, ele recebe um Zivug de Hakaah da
Luz Superior uma vez mais, sobre o Aviut de Bechina Shoresh e Bechina Alef de Hitlabshut que
foram renovadas no Masach. Isto suscita o nível de três dentro de três nele uma vez mais, isto é
o nível de HGT, vestido no nível de NHY, chamado “o nível de Ibur.” Logo nós explicamos que
o Bitush da esquerda e a direita que ocorreu em Mochin de Achor causou o Partzuf a voltar ao
Superior e receber uma nova Bechina de Ibur do Superior.

80) E assim que ele recebeu a nova Bechina Ibur, ele partiu da Rosh do Superior uma vez mais e
vestiu o Guf do Superior. E através deste revestimento, ele sugou as Luzes do Superior uma vez
mais.

Estas Luzes de Yenika baixaram a Aviut de Shoresh em Aviut de Bechina Alef. Elas baixaram a
Malchut da Metzach ao lugar de Nikvei Eynaim, momento em que um completo nível de
Bechina Alef surgiu no Masach. Isto é considerado como a Hitpashtut (expansão) de HGT de
dentro das NHY. Segue-se que ele obteve uma nova Bechina de Yenika, que está no nível de
Ruach.

81) E depois de ele ter obtido novos Ibur e Yenika, ele eleva-se por MAN até ao Superior uma
vez mais, e esta ascensão é por si mesmo, dado que ao abandonar sua raiz anexada a Binah e
TM do Superior (Item 67), ele pode agora voltar lá quando quer que ele necessite. Ele une os HB
que estão lá face a face, e eles dão sobre ele a iluminação que baixa a Malchut de Nikvei Eynaim
até seu lugar. Nessa altura, Binah e TM sobem e unem-se nele como antes, e ele obtém KHB TM
de Kelim e NRNHY de Luzes.

Para prevenir fenda de direita e esquerda de voltar a despertar, a linha do meio sobe de baixo e
une a direita e a esquerda para que elas brilhem juntas: a Chochma na esquerda irá vestir na
Chassadim na direita, e a Chassadim na direita será integrada na Chochma na esquerda (Item
37). Então os Mochin brilham na sua mais completa perfeição, e eles são chamados Mochin de
Panim. Assim nós explicamos como devido à Bitush da esquerda e direita nos Mochin de Achor,
os três Behinot Ibur, Yenika, e Mochin de Panim ressurgiram.

82) Assim, um Partzuf é completo apenas depois de ele receber Ibur, Yenika, e Mochin de
Achor e Ibur, Yenika, e Mochin de Panim. Devido à Hizdakchut do Masach que foi
acrescentada em Atzilut ao grau de Aviut de Bechina Shoresh, os Partzufim de Atzilut não serão
capazes de receber suas dez Sefirot, exceto após três vezes consecutivas, chamadas Ibur, Yenika,
Mochin. E dado que na primeira suscitação dos Mochin houve a Bitush da direita e esquerda, até
que a esquerda purificasse toda a Aviut no Masach, todas as Luzes, Ibur, Yenika, e Mochin que
tinha recebido partiram.

Isto é assim porque quando a Aviut no Masach é cancelada, o Zivug é cancelado e as Luzes
partem. O Partzuf retorna à Rosh do Superior, recebendo novas três dentro de três. Então ele
nasce e recebe uma nova Yenika, que baixa a Malchut de Metzach aos Eynaim, os HGT saem
das NHY, e ele recebe o nível de Ruach uma vez mais. A seguir, ele eleva-se por MAN e recebe
Neshama, Chaya, Yechida uma vez mais, nas quais há já a linha do meio, que une a direita e a
esquerda uma com a outra. Isto é chamado Mochin de Panim, e eles podem brilhar e persistir.
Logo, antes dos Mochin serem obtidos pela segunda vez, eles não podem persistir.
PANIM E ACHOR (FACE-A-DORSO), E PANIM BE PANIM (FACE-A-FACE)

83) Até quando o Partzuf já tinha recebido as Mochin de Panim, a Chochma e Binah lá estão
ainda num estado de Panim e Achor. Isto significa que apenas Chochma recebe as Mochin de
Panim. Mas Binah está sempre num estado de deleitar em misericórdia e quer Chassadim e
Chochma; logo, é considerado que suas Achoraim estão direcionadas à Chochma, e ela não quer
receber as Mochin de Panim dela.

Chochma e Binah estão nesse estado de Panim e Achor até que ZA sobe até elas por MAN.
Também, há uma conexão entre Binah de Orh Yashar, concedendo iluminação de Chochma a
ZA de Orh Yashar. Assim, quando ZA sobe por MAN a Binah, Binah imediatamente vira sua
Panim de volta a Chochma para receber as Mochin de Panim dela — que são Mochin de
iluminação de Chochma — para ZA, como ela faz nos cinco Behinot de Orh Yashar. Então é
discernido que Chochma está já Panim be Panim com Binah.

QUEM MEDE O NÍVEL EM ATZILUT?

84) E nós devemos perguntar isto: “O Masach de Atzilut tem apenas Bechina Shoresh de Aviut,
chamadas Metzach, tendo apenas o nível de Orh Nefesh. Logo, quem causou o surgimento dos
cinco Partzufim em Atzilut, Atik, AA, AVI, e ZON, onde Atik está no nível de Yechida, AA — o
nível de Chaya, AVI — o nível de Neshama, e ZON — o nível de Ruach?” Esta pergunta aplica-
se também ao mundo de Nekudim, dado que apenas Aviut de Bechina Alef permaneceu no
Masach, chamado Nikvei Eynaim. Logo, como puderam cinco Partzufim surgir em Nekudim?

85) A coisa é que essa Bechina Dalet, também, estava conectada no Masach de Nekudim e no
Masach de Atzilut pela força de Malchut que subiu a Nekudot de SAG de AK. E não tivesse
Bechina Dalet sido associada no Masach neles, nenhum Partzuf teria sido capaz de surgir nesse
Masach. Isto é porque até o Aviut de Bechina Alef em Nekudim é considerado como “fina
Histaklut” (parecido), do qual o Zivug de Hakaah não produz qualquer Partzuf. É tanto o quanto
mais no Aviut de Metzach em Atzilut: ele é indigno de um Zivug de Hakaah para a suscitação de
um Partzuf.

Mas dado que Bechina Dalet conjugada com suas telas, elas se tornaram dignas de Zivug de
Hakaah. Agora nós podemos perguntar, “Nesse caso, o nível de Keter devia ter surgido no
Masach, dado que Bechina Dalet está anexada ao Masach!”

86) A resposta é que essa Bechina Dalet não produz o nível de Keter, exceto quando ela está no
lugar de Malchut. Nessa altura, a Orh Chozer que sobe do Zivug de Hakaah nela veste os cinco
Kelim KHB TM sobre as cinco Luzes NRNHY. Mas se Bechina Dalet se encontra no lugar de
ZA, onde estão apenas quatro Kelim KHB Tiferet, a Orh Chozer atrai apenas quatro Luzes
NRNH nos quatro Kelim KHB e Tiferet.

E se Bechina Dalet se encontra no lugar de Binah, onde estão apenas três Kelim KHB, a Orh
Chozer atrai apenas três Luzes NRN. E se Bechina Dalet se encontra no lugar do Kli de
Chochma, onde estão apenas dois Kelim — Keter e Chochma — sua Orh Chozer atrai apenas
duas Luzes, Nefesh Ruach.

Isto é o que aconteceu em Nekudim, onde o Zivug foi feito na Nikvei Eynaim, que é o Kli de
Chochma. Assim, apenas o nível de Nefesh Ruach surgiu em Katnut.

E se Bechina Dalet se encontra no lugar de Keter, onde há senão um Kli, sua Orh Chozer atrai
apenas uma Luz: Nefesh. Isto é o que aconteceu em Atzilut — apenas o nível de Nefesh surgiu
na Ibur, dado que o Zivug foi feito no lugar da Metzach, que é o Kli de Keter.

Todavia, após a iluminação de Yenika, que Bechina Dalet rejeitou para o lugar de Bechina Alef,
chamado Nikvei Eynaim, o nível de Ruach surgiu. Mas então, através da iluminação de HB
Panim be Panim do Superior, que baixou Bechina Dalet a seu lugar em Malchut, que eleva as
caídas Binah e TM a seu grau, existem cinco Kelim KHB TM lá uma vez mais. Nessa altura,
Bechina Dalet suscita o nível de Keter na Luz de Yechida, e este é o nível de Atik de Atzilut.

87) Agora nós precisamos de explicar como o resto dos Partzufim abaixo de Atik saíram. No
principio, depois da quebra dos recipientes, Masach de Nekudim subiu a Rosh de SAG. Ela foi
purificada de todos os cinco Behinot Aviut que surgiram nela em cinco Partzufim, até que ela se
equalizou com o Masach de Rosh de SAG. Todavia, os Reshimot da Aviut dos cinco Partzufim
que surgiram nela permaneceram nela, exceto a última Bechina, que foi perdida, como está
escrito sobre todos os Partzufim. Logo, quando ela foi incluída no Zivug do Masach de Rosh de
SAG, a Aviut de todos os cinco Partzufim foi renovada no Masach de Nekudim, e um Zivug de
Hakaah surgiu no Aviut no Masach.

Contudo, nem todos os Behinot no Aviut participaram no Zivug de Hakaah, mas apenas sua
Mais Alta Bechina, que é Aviut de Metzach, conectada a Bechina Dalet. E através dos três
Behinot Ibur, Yenika, e Mochin, suas dez Sefirot foram completadas no nível de Keter.

Os outros Reshimot, do resto dos Partzufim de Nekudim que estavam no Masach, não
receberam alguma coisa deste Zivug na Rosh de SAG, dado que eles estão abaixo do nível de
Keter; assim, eles são desperdício comparado com seu valor. Por esta razão, no surgimento de
Atik da Rosh de SAG, todos os Reshimot do resto dos Partzufim que não estavam incluídos no
seu Zivug desceram com ele.

E depois de Atik ter sido completado em Ibur, Yenika, Mochin de Panim, a Luz Superior brilhou
na Mais Alta Bechina a partir dos Reshimot que permaneceram nele, que é Aviut de Bechina
Gimel. E através dos três Behinot, Ibur, Yenika, e Mochin, dez Sefirot no nível de Chochma
surgiram. Isto é Partzuf AA.

É o mesmo aqui; todos os Reshimot de Aviut que são menos que Aviut de Bechina Gimel são
desperdício comparados ao valor do Zivug no nível de Bechina Gimel que surgiu na Rosh de
Atik. Assim, quando AA nasceu e abandonou Rosh de Atik para seu lugar, todos esses Reshimot
foram atraídos para seu lugar juntamente com isso.
E depois de AA ter obtido todos os três Behinot Ibur, Yenika, Mochin em completude, a Luz
Superior brilhou na Mais Alta Bechina que permaneceu nesses Reshimot, que é Aviut de
Bechina Bet. Então, através dos três Behinot Ibur, Yenika, Mochin, dez Sefirot no nível de Binah
surgiram nele. Este é Partzuf AVI, e o resto dos Partzufim surgiram similarmente. Assim nós
explicamos como os Partzufim de Atzilut surgiram um a partir do outro.

DOIS ESTADOS EM MALCHUT

88) Malchut é a Nukvah de ZA. Sua raiz começa em Malchut de Tzimtzum Bet, que terminou nas
sete Sefirot de Katnut de ZA de Nekudim. E ela é um grau separado de ZA, dado que ZA inclui
HGT NHY de Nekudim, e o grau abaixo dela é Malchut, que finaliza os Nekudim. Assim, esta
Malchut é considerada uma Nukvah separada de ZA e um grau mais baixo que ZA.

E há também Bechina Nukvah no Guf de ZA, dado que o lado esquerdo de ZA é considerado sua
Nukvah. Todavia, esta Nukvah é considerada o próprio Guf (corpo) de ZA, dado que ZA é a
linha do meio, que recebe das duas linhas, esquerda e direita, de Binah. A direita nele recebe da
linha direita de Binah, que é Orh Chassadim, considerada o lado masculino nela, e o lado
esquerdo nele recebe da linha esquerda de Binah, que é Orh Chochma, considerada o lado
Nukvah nela. Todavia, ambos são um grau, incluídos um no outro.

É sabido que no princípio, o sol e a lua, que são os separados Nukvah e ZA, eram considerados
as duas grandes luzes. O nível Nukvah era igual ao de ZA, e ela era tão grande como ele. Mas
então a lua - a Nukvah que é separada de ZA - queixou-se e disse, “Dois reis não podem usar a
mesma Keter (coroa).” Então foi-lhe dito, “Vai, diminui-te a si mesma.” Assim ela tornou-se a
pequena luz.

Então, você acha dois estados aqui em Nukvah:

• No primeiro estado, ela estava com ZA, no estado das duas grandes luzes, igual a ZA;

• O segundo estado é depois da Nukvah ser diminuída e se tornou a pequena luz.

Explicação: No principio da correção da separada Nukvah de ZA, o Emanador conectou-a com a


Nukvah no Guf de ZA, que é o lado esquerdo nele, e as duas se tornaram uma Nukvah para ZA.
Quando Mochin da direita e esquerda foram atraídos para elas de Binah, ZA, que é a direita nela,
tomou as Luzes da direita de Binah, e a Nukvah separada tomou as Luzes da linha esquerda de
Binah, como a Nukvah no Guf de ZA, dado que ela foi juntada em uma única Nukvah com ela.

E você já sabe que as Luzes da linha direita de Binah são Chassadim, e as Luzes da linha
esquerda de Binah são Chochma. Segue-se que agora ZA recebeu as Chassadim da direita de
Binah sem Chochma, e a Nukvah separada recebeu a Chochma da esquerda de Binah sem
Chassadim, e é sabido que Chochma não pode brilhar sem Chassadim. Por esta razão, a
Chochma congelou nela e ela tornou-se escuridão e não Luz.

Este é o significado do queixume da lua, dizendo que dois reis não podem usar a mesma Keter.
Isto é porque quando eles ambos usam a mesma Keter, que é Binah, considerada sua Keter, ZA
se torna Chassadim sem Chochma, e a Nukvah se torna Chochma sem Chassadim, que é
escuridão, e ela não conseguiu tolerar esse estado.
Nós podemos perguntar, “Mas antes da Nukvah separada se juntar com a Nukvah no seu Guf, a
direita nela, que é o macho, recebeu Chassadim, e a esquerda nela, que é a Nukvah no seu Guf
recebeu Chochma; todavia, a Nukvah no seu Guf podia tolerá-lo e não era escuridão!” A coisa é
que a Nukvah no seu Guf é o próprio ser de ZA. Assim, a Chochma nela não está separada da
Chassadim em ZA. Mas isto não é assim com a Nukvah separada, que é verdadeiramente um
grau diferente de ZA. Mas porque ela se juntou com a Nukvah no seu Guf, ela recebeu a
Chochma da esquerda de Binah como ela. Assim, após ela ter recebido a Chochma dentro dela,
a Chochma foi separada da Chassadim, dado que ela não tinha conexão com a Chassadim de
ZA.

Logo, nós cuidadosamente explicamos o primeiro estado da Nukvah separada. Para ser capaz de
brilhar para os inferiores, foi-lhe dito, “Vai, diminui-te a ti mesma,” isto é diminui-te desse
grande grau de ser igual com o grau de ZA e receber de Binah. Em vez disso, ela deve descer
abaixo de Yesod de ZA, como ela estava na sua raiz: abaixo do inteiro grau de ZA, e receber
todas as suas Luzes de ZA.

E dado que ela recebe suas Luzes de ZA, que é a linha do meio, a Chochma que ele lhe dá a ela
está integrada com Chassadim e ela pode brilhar. Este é o segundo estado da Nukvah separada.
O que ela recebeu no primeiro estado é considerado como Nefesh, Ruach, Neshama de Achor,
isto é elas não brilham. E o que ela recebe no segundo estado é considerado como Nefesh,
Ruach, Neshama de Panim, isto é que elas brilham em completude (O Zohar, Beresheet 1, Itens
111-116; Idra Raba, Item 323-325).

Existem méritos ao seu primeiro estado, desde então seu Mais Alto nível era Binah e ela podia
receber Chochma dela, e ela não precisou de receber de ZA. Todavia, ela não podia brilhar para
os inferiores, devido à ausência de Chassadim. Por esta razão, é considerada Achoraim.

Mas no segundo estado, depois de ela ser diminuída sob o Masach de Yesod de ZA, ela não era
mais digna de receber Chochma, dado que o Masach de Yesod ZA a detia. Assim, ela teve de
receber Chochma em Kelim de Achoraim, que permaneceram nela do primeiro estado. Mas
existem mais méritos ao segundo estado que ao primeiro estado, dado que ela podia brilhar
ambas Chochma e Chassadim para os inferiores, ao passo que no primeiro estado, ela não podia
brilhar aos inferiores.

[29] Nota de tradutor: estes nomes estão em Aramaico. Kitra é a Sefira Keter, e Chochma
Stimaa significa Chochma bloqueada.
[30] Nota de tradutor: em Gematria, o valor numérico de Tzadik é 90.
[31] Nota de tradutor: Na Cabalá, Zakut refere-se ao poder do Masach, em vez de ao
significado tradicional da palavra: pureza.
Talmud Eser Sefirot, Parte Um,
Histaklut Pnimit
Primeiro, você deve saber que quando lidando com assuntos espirituais que não dizem qualquer
respeito a tempo, espaço e movimento, e além do mais quando lidando com a Divindade, não
temos as palavras pelas quais expressar e contemplar. O nosso vocabulário inteiro é retirado de
sensações de sentidos imaginários. Então, como nos podem eles assistir onde o sentido e a
imaginação não reinam?

Por exemplo, se você pegar na mais subtil das palavras, nomeadamente "luzes," esta
independentemente se assemelha e empresta da luz do sol, ou uma luz emocional de satisfação.
Então, como podem elas ser usadas para exprimir os assuntos de Deus? Elas iriam certamente
falhar em providenciar ao leitor algo verdadeiro.

É ainda mais verdadeiro num lugar em que estas palavras deviam revelar as negociações na
sabedoria impressas, como é feito com qualquer investigação de sabedoria. Se falharmos em até
uma única palavra inadequada, o leitor será instantaneamente desorientado e não encontrará
suas mãos e pernas em todo este assunto.

Por essa razão, os sábios da Cabalá escolheram uma linguagem especial, à qual chamamos "a
linguagem dos ramos." Não há uma essência ou uma conduta de uma essência neste mundo que
não comece na sua raiz no Mundo Superior. Além do mais, o principio de todo o ser neste
mundo começa do Mundo Superior e então desce a este mundo.

Então, os sábios acharam uma linguagem adequada sem problemas pela qual eles poderiam
transmitir as suas realizações um ao outro por palavra oral e em escrever de geração para
geração. Eles pegaram nos nomes dos ramos neste mundo, em que cada nome é auto-
explicativo, como se apontando à sua Raiz Superior no sistema dos Mundos Superiores.

Isso deve apaziguar a sua mente em respeito às expressões perplexas que frequentemente
encontramos nos livros da Cabalá, e algumas que são até estranhas ao espírito humano. Isso é
porque em tempos eles escolheram esta linguagem para se exprimirem a si mesmos,
nomeadamente, a linguagem dos ramos, eles não poderiam mais deixar um ramo inutilizado
devido ao seu grau inferior. Eles não conseguiram evitar usá-lo para exprimir o conceito
desejado quando o nosso mundo sugere que nenhum outro ramo seja tomado no seu lugar.

Tal como dois cabelos não se alimentam do mesmo forâmen, não temos dois ramos que se
relacionem à mesma raiz. É também impossível exterminar o objeto na sabedoria que é
relacionado a essa expressão inferior. Tal perda infligira prejuízo e confusão em todo o reino da
sabedoria, uma vez que não há outra sabedoria no mundo em que os assuntos estejam tão
misturados por causa e efeito, razão e consequência como na sabedoria da Cabalá. Os assuntos
estão interligados e atados uns aos outros do topo ao fundo como uma longa corrente.

Então, não há liberdade de vontade aqui para trocar e substituir os maus nomes com uns
melhores. Devemos sempre providenciar o ramo exato que aponta à sua Raiz Superior, e
elaborar sobre ele até que a definição exata seja providenciada para a análise do leitor.
Certamente, os cujos olhos ainda não foram abertos para as vistas do Céu, e ainda não
adquiriram proficiência nas ligações dos ramos deste mundo com suas raízes nos Mundos
Superiores são como os cegos raspando as paredes. Eles não irão compreender o verdadeiro
significado de sequer uma única palavra, pois cada palavra é um nome de um ramo que se
relaciona à sua raiz.

Apenas se eles receberem uma interpretação de um sábio genuíno se faz de si mesmo disponível
para o explicar na linguagem falada, que é necessariamente como traduzir de uma língua para
outra, da linguagem dos ramos para a linguagem falada. Apenas então será ele capaz de explicar
o termo espiritual como este é. Foi isso que me incomodei a fazer nesta interpretação, para
explicar as dez Sefirot como o Divino sábio o Ari nos instruiu, na sua pureza espiritual, ausente
de quaisquer termos tangíveis. Então, qualquer principiante pode abordar a sabedoria sem cair
em qualquer materialização ou engano. Com o entendimento destas dez Sefirot, um irá também
chegar a examinar e saber como compreender as outras questões nesta sabedoria.

CAPITULO UM

"Sabe que antes das emanações serem emanadas e as criaturas criadas, uma Superior Luz
Simples tinha preenchido o todo da realidade" (A Árvore da Vida). Estas palavras requerem
explicação: Como houve uma realidade que a Luz Simples tinha preenchido antes dos mundos
serem emanados? Também, o problema da aparição do desejo de ser restringido de forma a
trazer a perfeição das Suas ações à luz. É implícito no livro que já havia certa vontade aqui.

Também, o problema do ponto central Nele, onde a restrição ocorreu, é bastante perplexo, pois
ele já tinha dito que não havia nem principio ou fim ali, então como havia um meio? Certamente
estas palavras são mais profundas que o oceano, e eu devo desta forma elaborar na sua
interpretação.

Não há uma única coisa no todo da realidade que não esteja contido em Ein Sof. Os termos
contraditórios no nosso mundo são contidos Nele na forma de Um, Único e Unificado.

1) Saiba que não há uma essência de um único ser no mundo, tanto os percebidos pelos nossos
sentidos e os percebidos pelo nosso olho da mente, que não esteja incluída no Criador, pois
todos eles vêem até nós de Ele, e pode um dar o que não está em Ele?

Devemos compreender os conceitos que são separados ou opostos a nós. Por exemplo, o termo,
"sabedoria" é considerado como diferente do termo, "doçura," pois sabedoria e doçura são dois
termos separados. Similarmente, o termo, "operador," certamente difere do termo, "operação."
O operador e sua operação são necessariamente dois conceitos separados. É ainda mais assim
com termos opostos tais como "doce" e "amargo"; estes são certamente examinados
separadamente.

Contudo, em Ele, sabedoria, prazer, doçura e acidez, operação e operador, e outras tais
diferentes e opostas formas são todas contidas como um na Sua Simples Luz. Não existem
quaisquer diferenciações entre eles, como é o termo "Um, Único e Unificado."
"Um" indica uma uniformidade singular. "Único" implica que tudo se estende de Ele, e todas
estas multiplicidades estão Nele tão singulares como Sua Essência. "Unificado" mostra que
embora Ele execute muitas operações, há uma Força que executa todas estas, e todas elas
voltam e se unem na forma de Um. Certamente, esta uma forma engole todas as formas que
aparecem nas Suas Operações.

Este é um assunto muito subtil e nem toda a mente o pode tolerar. O Rambam já nos tinha
explicado o assunto da Sua singularidade, como expresso nas palavras, "Um, Único e
Unificado."

Há uma diferença entre "Um," "Único," e "Unificado":

• Quando Ele se une para agir com Uma Força, Ele é chamado "Unificado."

• Quando Ele se divide para acionar a Sua ação, cada parte D'Ele é chamada "Única."

• Quando Ele está em numa uniformidade singular, Ele é chamado "Um."

Interpretação: "Unindo para agir com Uma Força," quando Ele trabalha para dar, como é digno
da Sua Unicidade, e Suas operações são imutáveis, quando Ele "divide para acionar a Sua ação,"
isto é quando as Suas operações diferem, e Ele aparenta estar a fazer bem e mal, então Ele é
chamado "Único," uma vez que todas as Suas diferentes operações têm um resultado singular:
beneficiar.

Nós descobrimos que Ele é único em toda a ação singular e não que não muda pelas Suas várias
operações. Quando Ele está numa uniformidade singular, Ele é chamado "Um." Um aponta à
Sua Essência, em que todos os opostos estão numa uniformidade singular. É como o Rambam
escreveu, "Nele, conhecedor, conhecido e conhecimento são um, pois Seus Pensamentos são de
longe mais Elevados que os nossos pensamentos, e Suas maneiras mais Elevadas que as nossas
maneiras."

Dois discernimentos em dar: antes que seja recebido e depois de ser recebido.

2) Devemos aprender dos que comeram a maná. Maná é chamada "Pão do céu" pois ela não
materializou quando vestindo neste mundo. Nossos sábios disseram que todo e cada um provou
tudo o que ele ou ela queriam provar nela.

Isso significa que ela tinha de ter formas opostas nela: uma pessoa provou doce e a outra
provou-a como acre e amarga. Então, a maná em si mesma tinha de ter sido contida de ambos os
opostos juntos, pois pode um dar o que não está nele? Então, como podem haver dois opostos
no mesmo portador?

É desta forma uma obrigação que seja simples e desprovida de ambos os sabores, mas esteja
apenas incluída neles de certa maneira que o receptor corpóreo possa discernir o sabor que ele
ou ela quer. Da mesma maneira, você pode perceber o que quer que seja espiritual: é único e
simples em si mesmo, mas consiste da inteira multiplicidade de formas no mundo. Quando
caindo na mão de um receptor corpóreo e limitado, o receptor discerne uma forma separada
nela, ao contrário de todas as outras formas unidas naquela essência espiritual.
Devemos desta forma distinguir sempre dois discernimentos no Seu dar:

1. A forma da Essência dessa Abundância Superior antes de ser recebida, quando ela é
ainda inclusiva Luz Simples.

2. Depois da Abundância ter sido recebida, e então adquiriu uma forma separada de
acordo com as propriedades do receptor.

Como podemos nós perceber a alma como uma parte da Divindade?

3) Agora podemos chegar ao entendimento do que os Cabalistas escreveram acerca da essência


da alma: "A alma é uma parte de Deus Acima e não é de todo alterada do Todo, exceto que a
alma é uma parte e não o Todo." É como uma pedra que é cravada de uma montanha: a essência
da pedra e a essência da montanha são a mesma e não há distinção entre a pedra e a montanha,
exceto que a pedra é apenas uma parte da montanha, e a montanha é o todo.

Estas palavras parecem completamente perplexas. É mais difícil compreender como partes e
diferenças podem ser discernidas na Divindade ao ponto de se assemelharem a ela como uma
pedra que é cravada de uma montanha por um machado e uma marreta. Mas na Divindade,
como e o que as separaria uma da outra?

O espiritual é dividido por disparidade de forma, como o corpóreo é dividido por um machado.

4) Antes que venhamos a clarificar o assunto, eu irei explicar a essência da separação na


espiritualidade: Saiba que entidades espirituais se tornam separadas uma da outra apenas por
disparidade de forma. Por outras palavras, se uma entidade espiritual adquire duas formas, não é
mais uma, mas duas.

Deixem-me explicá-lo nas almas das pessoas, que são também espirituais: É sabido que a forma
da lei espiritual é simples. Certamente, existem tantas almas como existem corpos, onde as
almas brilham. Todavia, elas são separadas uma da outra pela disparidade de forma em cada
uma delas, como os nossos sábios disseram, "Como suas faces não são as mesmas, suas
opiniões não são similares." O corpo pode discernir a forma das almas e dizer se cada alma
especifica é uma boa alma ou uma alma má e similarmente com as várias formas.

E você vê que um assunto corpóreo é dividido, cortado, e torna-se separado por um machado e
movimento que aumentam a distância entre cada parte, um assunto espiritual é dividido,
cortado, e separado pela disparidade de forma entre cada parte. De acordo com a medida de
disparidade, assim é a distância entre cada duas partes.

Como pode haver disparidade de forma na Criação em respeito a Ein Sof?

5) É agora claro neste mundo, nas almas das pessoas. Porém, na alma, que é uma parte do Deus
Acima, é ainda pouco claro como é ela separada da Divindade ao ponto que lhe podemos
chamar "uma Parte Divina." Não devemos dizer, "por disparidade de forma," uma vez que já
dissemos que a Divindade é Luz Simples, que contem toda a multiplicidade de formas e formas
opostas no mundo na Sua Simples Singularidade, como "Um, Único e Unificado." Então, como
podemos nós descrever disparidade de forma na alma, fazendo-a diferente da Divindade,
tornando-a distinta, para lá adquirir uma parte D'Ele?

Certamente, esta questão aplica-se principalmente à Luz de Ein Sof antes do Tzimtzum
(restrição), pois na realidade perante nós, todos os mundos, Superiores e inferiores, são
discernidos por dois discernimentos:

1. O primeiro é a forma de toda esta realidade, como é antes do Tzimtzum. Nessa altura,
tudo era sem fronteiras e sem fim. Este discernimento é chamado, "a Luz de Ein Sof."

2. O segundo discernimento é a forma desta realidade inteira do Tzimtzum para baixo.


Então tudo se tornou limitado e medido. Este discernimento é chamado os quatro
mundos, Atzilut, Briah, Yetzirah, Assiah.

É sabido que não há pensamento e qualquer percepção na Sua Essência, e nenhum nome e
apelação está Nele. E o que não alcançamos, como podemos definir por um nome? Um nome
implica realização, indicando que o alcançamos como esse nome.

Então, é certo que não há qualquer nome e apelação na Sua Essência. Em vez, todos os nomes e
apelações são apenas a Sua Luz, que se expande D'Ele. A expansão da Sua Luz antes do
Tzimtzum, que preencheu toda a realidade sem barreiras e sem fim é chamada Ein Sof. Então
devemos compreender como a Luz de Ein Sof é definida em si mesma e abandonou a Sua
Essência, para que a possamos definir por um nome, como dissemos sobre a alma.

Explicação das palavras: "Então, trabalho e labor foram preparados para a recompensa das
almas, dado que 'O que come o que não é seu, tem medo de olhar na sua cara.’"

6) Para de alguma forma compreender este lugar sublime, devemos avançar para detalhe
adicional. Investigaremos o eixo de toda a realidade perante nós e seu propósito geral. Há um
Operador sem um propósito? E qual é esse propósito, pelo qual Ele inventou toda esta realidade
perante nós nos Mundos Superiores e nos mundos inferiores?

Certamente, nossos sábios já nos instruíram em muitos lugares que todos os mundos foram
criados apenas por Israel, que mantêm Torá e Mitzvot. Todavia, devemos compreender esta
questão dos nossos sábios, que perguntaram sobre isso: "Se o propósito da criação dos mundos é
de deleitar Suas criaturas, porque criou Ele este corpóreo, turvo e atormentado mundo? Sem ele,
Ele certamente deleitaria as almas tanto quanto Ele quisesse; então porque trouxe Ele a alma
para tal abominável e imundo corpo?

Eles explicaram-no com o verso, "O que come o que não lhe pertence tem medo de olhar na sua
face." Isso significa que há um defeito de vergonha em qualquer dádiva gratuita. Para poupar às
almas esta deformidade, Ele criou este mundo, onde há trabalho. E iremos desfrutar do seu
trabalho, pois elas tomam pagamento do Todo em retribuição do seu trabalho, e são então
poupadas da deformidade da vergonha.
Qual é a percentagem entre trabalhar setenta anos e deleite eterno, pois não há maior dádiva
gratuita como esta?

7) Estas palavras deles são perplexas por completo. Primeira perplexidade: o nosso principal
objetivo e oração é, "Poupa-nos uma dádiva gratuita." Nossos sábios disseram que o tesouro de
uma dádiva gratuita é preparado apenas pelas maiores almas no mundo.

A sua resposta é ainda mais perplexa: Eles disseram que há um grande defeito nas dádivas
gratuitas, nomeadamente a vergonha que encontra todo o receptor de uma dádiva gratuita. Para
remendar isto, o Criador preparou este mundo onde há trabalho e labor, para serem
recompensadas pelo seu labor e trabalho no mundo vindouro.

Mas essa resposta é estranha certamente. A que se parece? É como uma pessoa que diz ao seu
amigo, "Trabalha comigo apenas por um minuto, e em retribuição eu dar-te-ei todo o prazer e
tesouro no mundo para o resto da tua vida." Não há certamente maior dádiva gratuita que essa,
uma vez que a recompensa é totalmente incomparável com o trabalho, uma vez que o trabalho é
neste mundo, um transitório, mundo sem valor comparado com a recompensa e o prazer no
mundo eterno.

Que valor há no mundo passageiro comparado com o mundo eterno? É ainda mais assim em
respeito à qualidade do trabalho, que é sem valor comparado com a qualidade da recompensa.

Os nossos sábios disseram, "O Criador está destinado a transmitir a cada justo 310 mundos."
Não podemos dizer que o Criador dá certa recompensa em retribuição pelo seu trabalho e o
resto como uma dádiva gratuita, pois então que bem faria isso? A deformidade da vergonha
permaneceria no resto da dádiva! Certamente suas palavras não são para serem tomadas
literalmente, pois há um sentido profundo aqui.

Toda a realidade foi emanada com um Pensamento singular. Este é o Operador, este é a
própria Operação, esta é a procurada recompensa, e esta é a Essência do trabalho.

8) Devemos compreender o Seu Pensamento em criar os mundos e a realidade perante nós. Isto
é porque Ele é Um, Único, e Unificado. E como Ele é Simples, Suas Luzes, que se estendem
D'Ele, são Simples e Unificadas, sem qualquer multiplicidade de formas, como está escrito,
"Meus pensamentos não são teus pensamentos, nem tuas maneiras Minhas maneiras.”

Você deve desta forma compreender e perceber que todos os nomes e apelações e todos os
mundos, Superiores e inferiores, são todos Uma Luz Simples,
Único, e Unificado, No Criador, a Luz que se estende, o Pensamento e o Operador e tudo o que
o coração possa pensar e contemplar, são Nele uma e a mesma coisa.

Então, você pode julgar e perceber que esta realidade inteira, Superior e inferior são uma, no
estado final do fim da correção, foi emanada e criada por um Pensamento Singular. Esse
Pensamento Singular executa todas as operações, é a Essência de todas as operações, o Objetivo
derradeiro, e Essência do trabalho. É por si mesmo a própria perfeição e a procurada
recompensa, como o Rambam escreveu, "Um, Único e Unificado."
O problema do Tzimtzum explica como uma operação incompleta surgiu do Operador Perfeito.

9) O Ari elaborou no assunto do Tzimtzum Aleph (primeira restrição), pois este é um assunto
muito sério. Isso é porque é necessário que todas as corrupções e as várias deficiências se
estendam e venham D'Ele, como está escrito, "Eu formo a luz, e crio escuridão." Mas as
corrupções e a escuridão são o completo oposto D'Ele, como podem eles derivar um do outro?
Também, como podem eles juntar-se com a Luz e prazer no Pensamento da Criação?

Não podemos dizer que estes sejam dois pensamentos separados. Então, como se estende tudo
isso D'Ele descendo até este mundo, que está tão cheio de escumalha, tormento, e imundice, e
como podem eles existir juntos no pensamento singular?

CAPITULO DOIS

Explicando o Pensamento da Criação.

10) Agora viremos a clarificar o Pensamento da Criação. É certo que "O fim de uma ação está
no pensamento preliminar." Mesmo nos humanos corpóreos com os seus muitos pensamentos, a
ação termina no pensamento preliminar. Por exemplo, quando um constrói a sua casa,
compreendemos que o primeiro pensamento neste empenho é a forma da casa para morar nela.
Desta forma, é precedida por muitos pensamentos e muitas operações até que esta forma que um
tinha pré-desenhado seja completada. Esta forma é o que aparece no fim de todas as suas
operações; então, a ação terminou no pensamento preliminar.

A ação final, que é o eixo e o propósito pelo qual todos estes foram criados, é o de deleitar Suas
criações. É sabido que o Seu pensamento termina e age imediatamente, pois Ele não é um
humano, obrigado a agir, mas o próprio Pensamento completa a ação inteira de uma vez.

Consequentemente, podemos ver que assim que Ele contemplou a criação de forma a deleitar
Suas criaturas, esta Luz imediatamente se estendeu e expandiu D'Ele na completa medida e
forma dos prazeres que Ele tinha contemplado. Está tudo incluído nesse Pensamento, ao qual
chamamos "O Pensamento da Criação." Saiba que chamamos a este Pensamento da Criação, "A
Luz de Ein Sof," uma vez que não temos uma única palavra ou enunciado na Sua Essência para
O definir por qualquer nome.

A vontade de dar no Emanador gera necessariamente a vontade de receber no emanado, e ela é


o Kli no qual o emanado recebe a Sua Abundância.

11) O Ari disse que no principio, uma Superior Simples Luz tinha preenchido toda a realidade.
Isto significa que desde que o Criador contemplou deleitar as criações, e a Luz aparentemente se
expandiu D'Ele e O abandonou, o desejo de receber os Seus Prazeres foi imediatamente
impresso na sua Luz.

Você pode também determinar que este desejo é a completa medida da Luz expansiva. Por
outras palavras, a medida da Sua Luz e Abundância é como a medida do Seu Desejo de deleitar,
não mais e não menos.

Por esta razão, chamamos à essência daquela vontade de receber, impressa na sua Luz através
do poder do Seu Pensamento, pelo nome, "lugar." Por exemplo, quando dizemos que uma
pessoa tem um estômago suficientemente grande para comer dois quilos de pão, enquanto que
outra pessoa não consegue comer mais que um quilo de pão, de que lugar estamos nós a falar?
Não é do tamanho dos intestinos, mas da medida do apetite. Você vê que a medida para o lugar
da recepção do pão depende da medida e do desejo de comer.

É tudo o mais assim na espiritualidade, em que o desejo de receber a abundância é o lugar da


abundância, e a abundância é medida pela intensidade do desejo.

A vontade de receber contida no Pensamento da Criação trouxe-o da Sua Essência, para


adquirir o nome Ein Sof.

12) Agora você pode ver como a Luz de Ein Sof abandonou a Sua Essência, na qual não
podemos proferir qualquer palavra, e se tornou definida pelo nome Orh (Luz de) Ein Sof. É
porque o discernimento acima que naquela Luz há a vontade de receber, incorporada nela a
partir da Sua Essência.

Esta é uma nova forma que não está incluída ou que se pareça na Sua Essência, pois de quem
receberia Ele? Esta forma é também a completa medida desta Luz.

Antes do Tzimtzum, a disparidade de forma na vontade de receber era indiscernível.

13) Na Sua Onipotência, esta nova forma não teria sido definida como uma mudança da Sua
Luz, como está escrito, "Antes que o mundo fosse criado, havia Ele é Um e Seu Nome Um."
"Ele" indica a Luz em Ein Sof, e "Seu Nome" implica o "Lugar," que é Malchut de Ein Sof,
sendo a vontade de receber da Sua Essência, contida na Luz de Ein Sof. Ele conta-nos que Ele é
Um e Seu Nome Um. Seu Nome, que é Malchut de Ein Sof, sendo o desejo, nomeadamente a
vontade de receber que foi imersa na realidade inteira contida no Pensamento da Criação, antes
do Tzimtzum, nenhuma disparidade de forma e diferença da Luz eram discernidas nele. E a Luz
e o lugar são literalmente um. Tivesse havido qualquer diferença e carência no lugar, comparado
à Luz de Ein Sof, haveriam lá certamente dois discernimentos.

Tzimtzum significa que Malchut de Ein Sof diminuiu a vontade de receber nela. Então a Luz
desapareceu pois não há Luz sem um Kli.

14) Em relação ao Tzimtzum: A vontade de receber que é contida na Luz de Ein Sof, chamada
Malchut de Ein Sof, que é o Pensamento da Criação em Ein Sof, que contem o todo da realidade,
emelezou-se a si mesma para ascender e equalizar a sua forma com a Sua Essência. Então, ela
diminuiu a sua vontade de receber a Sua Abundância em Bechina Dalet no desejo. Sua intenção
era que ao assim fazer, os mundos seriam emanados e criados até este mundo.

Então, a forma da vontade de receber seria corrigida e voltaria para a forma de dar, e isso lhe
traria à equivalência de forma com o Emanador. Então, depois de ela ter diminuído a vontade de
receber, a Luz partiu, pois é já sabido que a Luz depende do desejo, e o desejo é o lugar da Luz,
pois não há coerção na espiritualidade.

CAPITULO TRÊS

Explicação da origem da alma.

15) Agora iremos explicar o assunto da origem da alma. Foi dito que ela é uma parte de Deus
Acima. Nós perguntamos, "Como e no que difere a forma da alma da Sua Simples Luz, que a
separa de O Todo?" Agora podemos compreender que há verdadeiramente uma grande
disparidade de forma nela. Embora Ele contenha todas as concebíveis e imagináveis formas,
ainda assim, depois das palavras acima, você encontra uma forma que não é contida Nele,
nomeadamente a forma da vontade de receber, pois de quem receberia Ele?

Contudo, as almas, cuja criação veio a ser porque Ele as queria deleitar, que é o Pensamento da
Criação, foram necessariamente impressas com esta lei de querer e ansiar receber a Sua
Abundância. Já foi explicado que uma essência corpórea é separada e dividida pela força do
movimento e afastamento de localização, e uma essência espiritual é separada e divida pela
disparidade de forma.

A medida de disparidade de forma determina a distância entre uma e outra. Se a disparidade de


forma se torna completo antagonismo, de uma extremidade até à outra, elas tornam-se
completamente cortadas e separadas até que não se possam mais nutrir uma da outra, pois elas
são consideradas estranhas uma à outra.

CAPITULO QUATRO

Depois do Tzimtzum e o Masach (tela) que foi colocado na vontade de receber, ela foi
desqualificada de ser um Kli (recipiente) para a recepção e abandonou o sistema de Kedusha
(Santidade). Na sua vez, a Orh Chozer (Luz Refletida) serve como um recipiente para a
recepção, e o Kli da vontade de receber foi dado ao sistema impuro.

16) Depois do Tzimtzum e o Masach serem colocados sobre esse Kli, chamado "vontade de
receber," ele foi cancelado e abandonou do sistema puro, e a Orh Chozer tornou-se o recipiente
de recepção no seu lugar.

Saiba que esta é toda a diferença entre os puros ABYA e os impuros ABYA. Os recipientes de
recepção dos puros ABYA são de Orh Chozer que está corrigida em equivalência de forma com
Ein Sof, ao passo que os impuros ABYA usam a vontade de receber que foi restringida, que é a
forma oposta de Ein Sof. Isso faz deles separados e cortados da "Vida das Vidas,"
nomeadamente Ein Sof.

A humanidade alimenta-se dos resíduos das Klipot (cascas), e então usa a vontade de receber
como elas o fazem.

17) Agora você pode compreender a raiz da corrupção, que foi prontamente incorporada no
Pensamento da Criação, que é de deleitar as Suas criaturas. Depois do cascatear dos cinco
mundos gerais, Adam Kadmon e ABYA, as Klipot apareceram nos quatro mundos impuros
ABYA, também, como em "Um perante o outro assim os fez Deus."

Nesse estado, o turvo corpo corpóreo é colocado perante nós, sobre o qual está escrito, "O
coração do homem é mau desde sua juventude." Isto é assim porque todo o seu sustento desde a
sua juventude vem dos resíduos das Klipot. A essência das Klipot e impureza é sua forma de
querer apenas receber. Elas não têm nada da vontade de dar.

Nisso, elas são opostas a Ele, pois Ele não tem qualquer vontade de receber ou que se pareça, e
tudo o que Ele quer é dar e deleitar. Por essa razão, as Klipot são chamadas "mortas," uma vez
que o seu antagonismo de forma da Vida das Vidas as corta D'Ele e elas não têm nada da Sua
Abundância.

Então, o corpo, também, que se alimenta dos resíduos das Klipot, é cortado da vida e é enchido
de imundice. Seu desejo está sempre aberto a receber o mundo inteiro no seu estômago. Então,
"Os cruéis são chamados 'mortos' durante suas vidas," uma vez que a sua disparidade
fundamental de forma da sua raiz, onde eles não têm nada da forma de dar, os corta D'Ele e eles
se tornam literalmente mortos.

Embora pareça que o mal, também, tenha a forma de dar quando eles dão caridade, etc., foi dito
sobre eles em O Zohar, "Qualquer graça que façam dirige-se principalmente para si mesmos e
por sua própria glória." Mas os justos, que mantêm a Torá e Mitzvot de forma a não serem
recompensados, mas a dar contentamento sobre seu Criador, então purificam seus corpos e
invertem seus recipientes de recepção para a forma de dar.

Isso faz deles completamente adesivos a Ele, pois sua forma é idêntica ao seu Fazedor sem
qualquer disparidade de forma. Nossos sábios disseram sobre o verso, "Diz sobre Sião: 'Vós sois
Meu povo,'" que estão Comigo em parceria. Isto significa que os justos o terminam ao tornar os
recipientes de recepção em dar.

Toda a realidade é contida em Ein Sof e estende existência de existência. Apenas a vontade de
receber é nova e estende existência da ausência.

18) Saiba que a própria iniciação que o Criador tinha iniciado na sua Criação, a qual Ele trouxe
existência da ausência, aplica-se apenas à forma do desejo de desfrutar, impresso em cada
criatura. Nada mais foi gerado na Criação, e este é o significado de "Eu formo a luz, e crio a
escuridão." O Rambam interpreta a palavra, "Criador," como uma indicação de renovação, isto é
algo que não existia anteriormente.

Você vê que não diz, "criou Luz," dado que não há inovação nisso, como na existência da
ausência. Isto é porque a Luz e tudo contido na Luz, todas as sensações agradáveis e concepções
no mundo, estendem existência da existência. Isto significa que elas já estão contidas Nele e não
são desta forma uma inovação. É por isso que está escrito, "formou a luz," indicando que não há
inovações ou criações Nele.

Todavia, diz-se sobre a escuridão, que contem toda a sensação desagradável e concepção, "e
criou escuridão." Isso é porque Ele as inventou literalmente existência da ausência. Por outras
palavras, isso não existe na Sua realidade ou que se pareça, mas foi gerado agora. A raiz de
todas elas é a forma do "desejo de desfrutar," incluído nas Suas Luzes, que se expandem D'Ele.

No principio, é apenas mais escura que a Luz Superior e é desta forma chamada "escuridão,"
comparada à Luz. Mas finalmente, as Klipot, Sitra Achra, e os cruéis pendem e surgem devido a
isso, que são completamente cortados da Raiz da Vida por ela, como está escrito, "e suas pernas
desceram até à morte." "Suas pernas" indicam o fim de algo. E ele diz que no fim, a morte
pende das pernas de Malchut - o desejo de desfrutar, encontrado na expansão da Sua Luz - até
ao Sitra Achra e os que se alimentam dela e a seguem.

Porque somos ramos que se estendem de Ein Sof, as coisas que estão na nossa Raiz são-nos
agradáveis, e as que não estão na nossa Raiz são penosas e dolorosas a nós.

19) Podemos perguntar, "Dado que esta disparidade de forma da vontade de receber deve estar
nas criaturas, pois de que outra forma se estenderiam eles D'Ele e se desviariam de serem
Criador para serem criaturas?" Isto é apenas possível na supramencionada disparidade de forma.

Além do mais, esta vontade de desfrutar é a principal essência da Criação, o eixo do


Pensamento da Criação. Ela é também a medida de deleite e prazer, pelo qual ela é chamada
"um lugar."

Então, como podemos nós dizer sobre ela que é chamada "escuridão" e se estende até à Bechina
(discernimento) da morte, uma vez que ela cria separação e interrupção da Vida das Vidas nos
inferiores receptores? Devemos também compreender qual é a grande preocupação que vem até
aos receptores devido à disparidade de forma da Sua Essência, e porquê a grande ira.

Para explicar, devemos primeiro conhecer a origem de todos os prazeres e sofrimentos sentidos
no nosso mundo. É sabido que a natureza de cada ramo é igual à sua raiz. Desta forma, cada
conduta na raiz é derivada e amada e cobiçada pelo ramo, também, e qualquer assunto que não
esteja na raiz, o ramo, também, se remove a si mesmo dele, não o tolera e o odeia.

Esta é uma lei inquebrável que se faz cumprir entre cada ramo e sua raiz. Porque Ele é a raiz de
todas as Suas criações, tudo Nele e o que se estende D'Ele diretamente é prazenteiro e agradável
a nós, pois a nossa natureza é próxima à nossa Raiz. Também, tudo o que não está Nele e não se
estende a nós diretamente D'Ele, mas é em vez disso oposto à própria Criação será contra a
nossa natureza e será difícil para nós o tolerar.

Por exemplo, nós adoramos descansar e odiamos veementemente o movimento, ao ponto que
não fazemos sequer um único movimento se não para encontrar descanso. Isto é porque a nossa
Raiz é imóvel e serena; não há movimento Nele ou que se pareça. Por esta razão, é contra a
nossa natureza e odiado por nós.

Similarmente, adoramos sabedoria, força, riqueza e todas as virtudes pois elas estão incluídas
Nele, O qual é a nossa Raiz. Odiamos os seus opostos, tais como folia, fraqueza, pobreza,
ignomínia e tudo mais, uma vez que eles não estão de todo na nossa Raiz, que faz deles
desprezáveis, repugnantes, e intoleráveis a nós.
Devemos ainda assim examinar como pode haver qualquer extensão que não venha diretamente
D'Ele, mas seja oposta à Criação em si mesma? É como um homem rico que chamou um pobre
sujeito, o alimentou e lhe deu bebidas, prata, e ouro todo e cada dia, e cada dia mais que no dia
anterior.

Note que este homem prova dois sabores distintos nas grandes dádivas do rico: Por um lado, ele
provou prazer imensurável devido à multidão de suas dádivas. Por outro lado, é difícil para ele
tolerar a plenitude dos benefícios e fica envergonhado ao a receber. Isto causa-lhe impaciência
devido à plenitude dos presentes regados sobre ele a toda a hora.

É certo que este prazer das dádivas estende-se diretamente do benfeitor rico, mas a impaciência
que ele sentiu nos presentes não veio do benfeitor rico, mas da própria essência do receptor - a
vergonha despertou nele por razão da recepção e da dádiva gratuita. A verdade é que isto,
também, vem até ele do homem rico, é claro, mas indiretamente.

Porque a vontade de receber não está na nossa Raiz, sentimos vergonha e intolerância nela. Os
nossos sábios escreveram que para corrigir isso, Ele "preparou" para nós trabalho na Torá e
Mitzvot neste mundo, para inverter a vontade de receber para uma vontade de dar.

20) Aprendemos que todas as formas que indiretamente se estendem a nós D'ele apresentam
uma dificuldade para a nossa paciência e são contra a nossa natureza. Com isso, você irá ver que
a nova forma que foi feita no receptor, nomeadamente o desejo de desfrutar, não é de nenhuma
maneira inferior ou carente comparada a Ele. além do mais, esta é o eixo principal da Sua
Criação. Sem este, não haveria Criação aqui de todo.

Contudo, o receptor, que é o transportador dessa forma, sente a intolerância devido ao seu "eu,"
dado que esta forma não existe na sua Raiz.

Agora podemos compreender a resposta dos nossos sábios que este mundo foi criado porque "o
que come o que não lhe pertence, tem medo de olhar na sua face." Eles referiam-se à
disparidade de forma no desejo de desfrutar, que existe necessariamente nas almas, uma vez que
"o que come o que não lhe pertence tem medo de olhar na sua face."

Então, qualquer receptor de um presente tem vergonha quando o recebendo, devido à


disparidade de forma da Raiz, uma vez que a Raiz não contem essa forma de recepção. Para a
corrigir, Ele criou este mundo, onde a alma vem e reveste um corpo. E através da prática na
Torá e Mitzvot de forma a trazer contentamento ao Seu Fazedor, os recipientes da alma de
recepção tornam-se em recipientes de dar.

Então, para si mesma, ela não quis a distinguida abundância, contudo ela recebe a abundância
de forma a trazer contentamento ao seu Fazedor, que deseja que todas as almas desfrutem da
Sua Abundância. Porque ela está purificada da vontade de receber para si mesma, ela não está
mais receosa de olhar para a Sua face, e então revela a perfeição completa da criatura. E a falta e
a necessidade de pender todo o caminho abaixo até a este mundo, com o grande trabalho de
tornar a forma de recepção na forma de dar, pode apenas ser concebido neste mundo.

Os cruéis são duplamente destruídos, e os justos duplamente herdam.


21) Venha e veja que os cruéis são duplamente destruídos, pois eles seguram ambas as pontas
da corda. Este mundo é criado com uma vontade e um vazio de toda a boa abundância, e para
adquirir posses precisamos de movimento.

Todavia, é sabido que profusão de movimento pesa ao homem, pois esta é uma extensão
indireta da Sua Essência. todavia, é também impossível permanecer desprovido de posses e
bens, pois isso, também, está em contraste com a Raiz, uma vez que a Raiz é preenchida
abundantemente. Então, escolhemos o tormento do movimento de forma a adquirir o
preenchimento das posses.

Contudo, porque todas as suas posses são só para si mesmos, e "o que tem cem quer duzentos,"
um morre finalmente com menos de "metade do seu desejo na sua mão." No fim, eles sofrem de
ambos os lados: da dor do movimento aumentado, e da dor da carência de posses, metade da
qual lhes falta. Mas os justos herdam duplamente na sua terra. Por outras palavras assim tornam
a sua vontade de receber numa vontade de dar, e o que eles recebem é em prol de dar, então eles
herdam duplamente. Não apenas alcançam eles a perfeição dos prazeres e diversas posses, eles
também adquirem equivalência de forma com seu Fazedor. Então, eles chegam a verdadeira
Dvekut (Adesão) e estão em repouso, também, dado que a abundância vem até eles por si
mesma, sem qualquer movimento ou esforço.

CAPITULO CINCO

O Pensamento da Criação compele cada item na realidade a derivar um do outro até ao fim da
correção.

22) Agora podemos compreender o poder da Sua Singularidade, que Seus Pensamentos não são
nossos pensamentos e toda a multiplicidade de matérias e formas que percebemos nesta
realidade perante nós estão unidos em Ele dentro de um Pensamento Singular, sendo o
Pensamento da Criação de deleitar Suas criaturas. Este Pensamento Singular engloba toda a
realidade em união perfeita até ao fim da correção, pois este é verdadeiramente o propósito da
Criação, e este é o Operador, como a Força que opera nos operados. Isto é porque o que é
meramente um Pensamento em Ele é uma lei vinculativa nas criaturas. E uma vez que Ele
contemplou deleitar-nos, ocorreu necessariamente em nós que recebemos a Sua Boa
Abundância.

E esta é a operação. Isto significa que depois desta lei da vontade de receber prazer ter sido
impressa em nós, nós definimo-nos a nós mesmos pelo nome, "operação." Isto é porque através
desta disparidade de forma, deixamos de ser um Criador e tornamo-nos uma criatura, deixamos
de ser o Operador e tornamo-nos a operação.

E este é o labor e o trabalho. Devido à força que opera nos operados, o desejo de receber
aumenta em nós à medida que os mundos pendem, até que nos tornamos um corpo separado
neste mundo, oposto em forma da Vida das Vidas, que não dá fora de si mesma de todo, e trás
morte aos corpos e a todo o tipo de tormento e trabalho à alma.
Este é o sentido de servir o Criador na Torá e Mitzvot. Através da iluminação da linha no lugar
restringido, os Nomes Sagrados - Torá e Mitzvot - estendem-se. Ao laborar na Torá e Mitzvot
para dar contentamento ao Fazedor, nossos recipientes de recepção gradualmente se tornam
recipientes de dar, e esta é a procurada recompensa.

Quão mais corruptos nossos recipientes de recepção são, mais não conseguimos abrir nossas
bocas para receber Sua Abundância. Isto é assim devido ao medo da disparidade de forma,
como em "O que come o que não lhe pertence, tem medo de olhar na face de um." Esta foi a
razão para Tzimtzum Aleph, mas quando corrigimos os nossos recipientes de recepção a estar em
prol de dar, então equalizamos nossos Kelim com o seu Fazedor e tornamo-nos dignos de
receber Sua Abundância sem barreiras.

Então você pode ver que todas estas formas opostas no todo da Criação perante nós,
nomeadamente a forma do operador e operado, e a forma das corrupções e correções, e a forma
do trabalho e sua recompensa, todas estão incluídas no Seu Pensamento Singular. Em simples
palavras, é "de deleitar Suas criaturas," precisamente isso, não mais nem menos.

A multiplicidade inteira de conceitos está também incluída nesse Pensamento, tanto os


conceitos na nossa Sagrada Torá, e os dos ensinamentos seculares. Todas as muitas criações e
mundos e várias condutas em todo e cada uma, derivam deste Pensamento Singular.

Malchut de Ein Sof significa que Malchut não lá coloca qualquer fim.

23) Todavia, podemos nós reconhecer uma Malchut em Ein Sof? Isso significaria que lá estão as
Nove Sefirot Superiores, também! Das nossas palavras, torna-se muito claro que a vontade de
receber que está necessariamente incluída na Luz de Ein Sof é chamada Malchut de Ein Sof. Lá,
contudo, Malchut não colocou uma barreira ou um fim sobre essa Luz de Ein Sof, dado que a
disparidade de forma devido à vontade de receber não se tornou aparente em ela. É por isso que
é chamada Ein Sof, porque Malchut não lá colocou um fim. Inversamente, do Tzimtzum para
baixo, um fim foi feito em cada Sefira e Partzuf pela força de Malchut.

CAPITULO SEIS

É impossível para a vontade de receber aparecer em qualquer essência, exceto em quatro


Behinot (discernimentos), que são as quatro letras de HaVaYaH.

24) Compreendamos completamente o fim que ocorreu em Malchut. Primeiro, iremos explicar o
que os Cabalistas determinaram, que não há Luz, grande ou pequena, nos Mundos Superiores ou
nos mundos inferiores, que não seja organizada pela ordem do nome de quatro letras,
HaVaYaH.

Isto anda de mão dada com a lei de que não há Luz nos mundos que não esteja revestida num
Kli. Eu já expliquei a diferença entre a Sua Essência e a Luz que expande D'Ele. Isso acontece
apenas devido à vontade de desfrutar que está contida na Sua Lua expansiva, sendo uma
disparidade de forma da Sua Essência, A qual não tem esse desejo.
A Luz expansiva é definida pelo nome "emanado" pois esta disparidade de forma impede a Luz
de ser o Emanador para ser o emanado. É também explicado que a vontade de desfrutar,
incluída na Sua Luz, é também a medida da grandeza da Luz. É chamada o "lugar da Luz," isto
é que ela recebe a sua abundância de acordo com a sua medida de vontade de receber e anseio,
não mais e não menos.

Isso também explica que esta vontade de receber é a própria novidade que foi gerada na criação
dos mundos por meio de fazer existência a partir da ausência. Isto é assim pois esta forma
sozinha não está de todo incluída na Sua Abundância, e o Criador apenas agora a criou pelo
propósito da Criação. Este é o sentido de "e criou escuridão," dado que esta forma é a raiz da
escuridão, devido à disparidade de forma nela. Por esta razão, ela é mais escura que a Luz que
se expande dentro dela e devido a ela.

Agora você pode ver que qualquer Luz que expanda D'Ele instantaneamente consiste de dois
discernimentos:

1. O primeiro é a essência da Luz expansiva antes que a forma do "desejo de desfrutar"


apareça nela.

2. A segunda é depois da forma do "desejo de desfrutar" aparecer nela, em tal altura este
torna-se mais grosseiro e um pouco mais escuro, devido à aquisição da disparidade de
forma.

Então, o primeiro discernimento é a Luz e o segundo discernimento é o Kli. Por esta razão,
qualquer Luz expansiva consiste de quatro Behinot na impressão sobre o Kli. Isto é assim pois a
forma na vontade de receber, chamada “um Kli da Luz expansiva," não é completada toda de
uma vez, mas por meio do operador e operado. Elas são chamadas "potencial" e "real" no
operador, e "potencial" e "real" no operado, que perfazem quatro Behinot.

A vontade de receber não permeia o emanado exceto através de seu próprio despertar de
receber por sua escolha própria.

25) Pois o Kli é a raiz da escuridão, pois este é oposto à Luz, ele deve desta forma começar a
operar lentamente, gradualmente, por meio de causa e consequência, como está escrito, “As
águas foram concebidas e originaram escuridão” (Midrash Rabba, Shemot 80, 22).

A escuridão é um resultado da Luz em si mesma e é operada por ela, como na concepção e


nascimento, que são potenciais e reais. Isto significa que em qualquer Luz expansiva, a vontade
de receber é necessariamente incorporada, embora isso não seja considerado como disparidade
de forma antes que este desejo seja claramente colocado na Luz.

A vontade de receber que está incorporada na Luz pelo Emanador não é suficiente para isso. Em
vez, o próprio emanado deve ele mesmo independentemente descobrir a vontade de receber
nele, em ação, ou seja de sua própria escolha. Isto quer dizer que ele deve estender abundância
de sua própria escolha, mais que a medida de Luz da expansão em ele pelo Emanador.

Depois do emanado ser operado de sua própria escolha em aumentar a medida do seu desejo, o
anseio e a vontade de receber tornam-se constantes nele, e a Luz pode revestir permanentemente
este Kli.

É verdade que a Luz de Ein Sof expande aparentemente sobre todos os quatro Behinot,
alcançando completa medida do desejo pelo próprio emanado, que é Bechina Dalet. Isto é pois
ele não estenderia a sua própria essência de qualquer maneira e adquiriria um nome para si
mesmo, ou seja Ein Sof.

Contudo, a forma não mudou de todo devido à vontade de receber na Sua Onipotência, e não há
qualquer alteração distinguida ali entre a Luz e o lugar da Luz, que é a vontade de desfrutar; elas
são uma e a mesma coisa.

Está escrito, "Antes do mundo ser criado, havia Ele é Um e Seu Nome Um." É certamente
difícil compreender esta dupla referência "Ele" e "Seu Nome." O que tem o Seu Nome ali a ver
antes do mundo ser criado? Deveria antes dizer, "Antes do mundo ser criado, Ele era Um."

Contudo, isto refere-se à Luz de Ein Sof, que é anterior ao Tzimtzum. Embora lá haja um lugar e
uma vontade de receber a Abundância da Sua Essência, é ainda assim sem qualquer alteração ou
distinção entre a Luz e o "Lugar."

"Ele é Um" significa que a Luz de Ein Sof e Seu Nome são um. Isto refere-se à vontade de
desfrutar lá incluída sem qualquer alteração ou que se pareça. Você deve compreender o que os
nossos sábios implicavam, que o "Seu Nome" é desejo na Gematria, ou seja "a vontade de
receber."

Todos os mundos no Pensamento da Criação são chamados "a Luz de Ein Sof," e a soma dos
receptores lá é chamada Malchut de Ein Sof.

26) Já foi explicado em respeito a "O fim de uma ação está no pensamento preliminar," que este
é o Pensamento da Criação, que expandiu da Sua Essência de forma a deleitar Suas criaturas.
Aprendemos que Nele, o Pensamento e a Luz são uma e a mesma coisa. Segue-se desta forma
que a Luz de Ein Sof que se expandiu da Sua Essência contem o todo da realidade perante nós
através do fim da correção futura, que é o fim de uma ação.

Nele, todas as criações já estão completas e com toda a sua perfeição e alegria que Ele desejava
dar sobre elas. Esta realidade completa é chamada "a Luz de Ein Sof," e o que as contém é
chamado Malchut de Ein Sof.

CAPITULO SETE

Embora apenas Bechina Dalet tenha sido restringida, a Luz abandonou os primeiros três
Behinot, também.

27) Já foi explicado que o ponto central, que é a o ponto inclusivo do Pensamento da Criação,
nomeadamente a vontade de receber nele, se embelezou a si mesma para melhorar a sua
equivalência de forma com o Emanador. Embora não haja disparidade de forma na Sua
Onipotência da perspectiva do Emanador, o ponto do desejo sentiu-o como uma espécie de
extensão indireta da Sua Essência, como com a alegoria sobre o homem rico. Por este motivo,
ela diminuiu o seu desejo do último Bechina, que é a completa enormidade da vontade de
receber, de aumentar a Dvekut por meio de extensão direta da Sua Essência.

Então a Luz foi esvaziada de todo o lugar, isto é de todos os quatro graus que existem no lugar.
Embora ela tenha diminuído a sua Luz apenas de Bechina Dalet, é a natureza do espiritual que
este é indivisível.

Posteriormente, ele re-estendeu a linha da Luz dos primeiros três Behinot, e Bechina Dalet
permaneceu um lugar vago.

28) Posteriormente, a Luz de Ein Sof estendeu-se uma vez mais para o lugar que foi esvaziado,
mas não preencheu o lugar inteiro em todos os quatro Behinot, mas apenas três Behinot, como
era desejo do ponto de Tzimtzum. Então, o ponto central que tinha sido restringido permaneceu
vazio e oco, uma vez que a Luz iluminava apenas através de Bechina Dalet, mas não até ao fim,
e a Luz de Ein Sof parou ali.

Iremos doravante explicar o assunto da Hitkalelut (mistura) dos Behinot uns nos outros,
aplicada nos Mundos Superiores. Agora você vê que os quatro Behinot estão integrados uns nos
outros de tal maneira dentro da própria Bechina Dalet que existem todos os quatro Behinot,
também, e apenas o último Bechina em Bechina Dalet permaneceu vazio e sem Luz.

CAPITULO OITO

Chochma é chamada Luz, e Chassadim, "Água." Binah é chamada "Água Superior," e Malchut,
"água inferior."

29) Agora iremos explicar o significado dos quatro Behinot de causa e consequência,
necessários para completar a forma da vontade de receber. Existem dois Behinot de Luz em
Atzilut. O primeiro Bechina é chamado "Luz," nomeadamente Orh Chochma, e o segundo
Bechina é chamado "Água," que é Chassadim.

O primeiro Bechina estende-se de Cima para baixo sem qualquer assistência do inferior. O
segundo Bechina estende-se com a ajuda do inferior, daí o nome, "água," pois é a natureza da
Luz de estar Acima, e a natureza da água de estar abaixo.

Existem também dois Behinot na água em si mesma: Água Superior, por Bechina Bet nos quatro
Behinot, e água inferior, por Bechina Dalet nos quatro Behinot.

Explicação da expansão de Orh Ein Sof para dentro dos quatro Behinot de forma a descobrir o
Kli, que é a vontade de receber.

30) Por esta razão, qualquer expansão de Orh Ein Sof consiste de Eser Sefirot. Isto é porque o
Ein Sof, que é a Raiz e o Emanador, é chamado Keter. A Luz da expansão em si mesma é
chamada Chochma, e esta é a medida inteira da expansão da Luz de Acima, de Ein Sof.
Já foi dito que a vontade de receber está incorporada em cada expansão da Luz de Acima.
Contudo a forma do desejo não se torna aparente na verdade antes do desejo despertar nos
emanados, para estender mais Luz que a medida da sua expansão.

Então, porque a vontade de receber está incluída como potencial imediatamente na Luz da
expansão, a Luz é compelida a trazer o potencial ao real. Consequentemente, a Luz desperta
para estender Abundância adicional, mais que a medida da sua expansão de Ein Sof. Então, a
vontade de receber na verdade aparece nessa Luz e adquire uma nova forma em disparidade de
forma, pois com isso ela torna-se mais escura que a Luz, pois ela cresceu mais grosseira pela
nova forma, dado que se tornou mais densa com a nova forma.

Também, esta parte, que se tornou mais densa, é chamada Binah. Na verdade, Binah é uma
parte de Chochma, isto é a própria Luz da expansão de Ein Sof. Mas porque ela aumentou o seu
desejo e atraiu mais Abundância que a medida da expansão em ela de Ein Sof, ela então adquiriu
disparidade de forma e cresceu um pouco mais densa que a Luz. Então, ela adquiriu o seu
próprio nome, que é "a Sefira Binah."

A essência da Abundância adicional que ela estendeu de Ein Sof pelo poder de fortalecer o seu
desejo é chamada Orh Chassadim, ou "Água Superior." Isto é porque este desejo não se estende
diretamente de Ein Sof como Orh Chochma, mas através de assistência do emanado, que
intensificou o desejo. Então, ela merece o seu próprio nome, de ser chamada Orh Chassadim ou
"água."

Agora você descobre que a Sefira Binah consiste de três discernimentos de Luz:

1. A Luz da essência de Binah, que é uma parte de Orh Chochma.

2. O espessamento e a disparidade de forma em ela, adquiridos pela intensificação do


desejo.

3. A Orh Chassadim que vieram até ela através da sua própria extensão de Ein Sof.

Contudo, isso ainda não completa o recipiente inteiro de recepção, dado que Binah é
essencialmente Chochma, que é certamente transcendente, sendo uma expansão direta de Orh
Ein Sof. Consequentemente, apenas a raiz para os recipientes de recepção e o operador para a
operação do Kli apareceram em Binah.

Posteriormente, esta mesma Orh Chassadim que ela estendeu através do poder da sua
intensificação estendeu dela uma vez mais, e alguma iluminação de Chochma foi acrescentada.
Esta expansão de Orh Chassadim é chamada Zeir Anpin, ou HGT.

Esta Luz de Hitpashtut também aumentou o seu desejo de estender nova abundância, mais que a
medida de iluminação de Chochma na sua expansão de Binah. Esta expansão também é
considerada como dois Behinot, dado que a Luz da expansão em si mesma é chamada ZA ou
VAK, enquanto que a sua intensificação nela é chamada Malchut.

É assim que chegamos chegamos às dez Sefirot: Keter é Ein Sof; Chochma é a Luz da expansão
de Ein Sof; Binah é a Orh Chochma que intensificou de forma a aumentar abundância, pela qual
esta ganhou Aviut. ZA consiste de HGT NHY, é Orh Chassadim com iluminação de Chochma,
que expande de Binah; e Malchut é a segunda intensificação para acrescentar Chochma mais do
que há em ZA.

Os quatro Behinot no desejo são as quatro letras HaVaYaH, que são KHB TM.

31) Este é o significado das quatro letras no Nome de quatro letras: O ponto do Yod é Ein Sof,
ou seja a força operativa incluída no Pensamento da Criação, que é de deleitar as Suas criaturas,
nomeadamente o Kli de Keter.

Yod é Chochma, ou seja Bechina Aleph, que é o real no potencial que está contido na Luz da
expansão de Ein Sof. O primeiro Hey é Binah, Bechina Bet, que é a atualização do potencial, ou
seja a Luz que cresceu mais densa com a Chochma.

Vav é Zeir Anpin ou HGT NHY, ou seja a expansão de Orh Chassadim que surgiu através de
Binah. Este é Bechina Gimel, a força para a execução da operação. O Hey inferior em HaVaYaH
é Malchut, isto é Bechina Dalet. Este é a manifestação da ação completa no recipiente de
recepção que intensificou para estender mais abundância que a medida da sua expansão de
Binah. Isso completa a forma da vontade de receber, e a Luz que reveste o seu Kli, sendo a
vontade de receber que é completada apenas neste quarto Bechina e não antes.

Agora você pode facilmente ver que não há Luz nos Mundos Superiores ou mundos inferiores
que não esteja organizada sob o Nome de quatro letras, sendo os quatro Behinot. Sem ele, a
vontade de receber que deve ser em cada Luz é incompleta, pois esta vontade é o lugar e a
medida da Luz.

As letras Yod e Vav de HaVaYaH são finas pois elas são discernidas como mero potencial.

32) Isto pode surpreender-nos, dado que Yod implica Chochma e Hey implica Binah, e toda a
essência da Luz que existe nas dez Sefirot existe na Sefira Chochma, enquanto que Binah, Zeir
Anpin, e Malchut são meramente roupagens, em respeito a Chochma. Então, Chochma deveria
ter tomado a letra maior no Nome de quatro letras.

A coisa é que as letras no Nome de quatro letras não implicam ou indicam a quantidade de Luz
nas dez Sefirot. Em vez disso, elas indicam pedidas de impacto no Kli. O branco no papel do
pergaminho da Torá implica a Luz, e o preto, sendo as letras no pergaminho da Torá, indicam a
qualidade dos Kelim.

Então, porque Keter é apenas discernido como a raiz da raiz do Kli, é implícito apenas na ponta
de Yod. Chochma, que é a força que não verdadeiramente não apareceu na verdade, é implícita
pela mais pequena das letras, nomeadamente o Yod.

Binah, onde a força é levada a cabo em ação, é indicada pela letra mais larga, o Aleph. ZA é
apenas a força para a execução da ação; então, ele está implícito por uma letra longa e estreita,
que é Vav. A sua finura indica que a essência do Kli está por agora em potencial oculto nele, e o
seu comprimento indica que no fim da sua expansão, o Kli completo aparece através dele.
Chochma não conseguiu manifestar o Kli completo na sua expansão, pois Binah é um Kli
incompleto, mas o operador do Kli. Então, a perna do Yod é curta, implicando que é ainda
pequeno, e não manifestou o Kli inteiro através da sua expansão e através da força ocultada
nele.

Malchut está também implícita pela letra Hey, como Binah, que é uma letra larga, aparecendo
na sua forma completa. Não o deve surpreender que Binah e Malchut tenham as mesmas letras,
uma vez que no Mundo de Tikkun elas são certamente similares e emprestam seus Kelim uma à
outra, como no verso, "Então as duas foram."

CAPITULO NOVE

Movimento espiritual significa renovação de disparidade de forma.

33) Devemos ainda assim compreender o significado de tempo e movimento com os quais
vamos ao encontro em praticamente cada palavra nesta sabedoria. Certamente, você deve saber
que movimento espiritual não é como movimento tangível de lugar a lugar. Em vez disso, ele
refere-se a uma renovação de forma.

Denominamos cada renovação de forma pelo nome "movimento." É essa renovação, essa
disparidade de forma que foi renovada no espiritual, ao contrário da sua forma geral precedente
nessa espiritual, é considerada como ter sido dividida e distanciada dessa espiritual, e
abandonado o seu próprio nome e autoridade. Nisso, é exatamente como uma essência corpórea
na qual certa parte a tenha abandonado e se movimenta de lugar para lugar. Então, a renovação
de forma é chamada "movimento."

Tempo espiritual significa um certo número de renovações de disparidade de forma que


derivam uma da outra. Anterior e posterior significam causa e consequência.

34) Em respeito à definição espiritual de tempo: Compreenda que para nós, a definição
espiritual de tempo é apenas uma sensação de movimentos. A nossa imaginação imagina e
concebe um certo número de movimentos, a qual discrimina um por um e os traduz como uma
certa quantia de "tempo."

Então, se um tivesse estado num estado de completo repouso com o seu ambiente, este não teria
estado sequer consciente do conceito de tempo. Então assim é na espiritualidade: Uma certa
quantia de renovações de formas é considerada "movimentos espirituais." Estes são misturados
um com o outro por meio de causa e consequência, e eles são chamados "tempo" na
espiritualidade. Também, "antes" e "depois" são sempre referidos como "causa e consequência."

CAPITULO DEZ

A substância inteira que é atribuída ao emanado é a vontade de receber. Qualquer acrescento


nela é atribuída ao Emanador.
35) Saiba que a vontade de receber no emanado, que é o seu Kli, é também a substância geral
atribuída ao emanado, de uma maneira que tudo o que existe para além dela é atribuída ao
Emanador.

A vontade de receber é a primeira forma de toda a essência. Definimos a primeira forma como
"substância" pois não temos qualquer realização na essência.

36) Embora percebemos a vontade de receber como um incidente e uma forma na essência,
como é que a percebemos como a substância da essência? Certamente, é o mesmo com as
essências que estão perto de nós. Chamamos a primeira forma na essência pelo nome "a
primeira substância na essência," dado que não temos qualquer realização ou percepção que se
pareça de qualquer substância, pois todos os nossos cinco sentidos são completamente
impróprios para tal. A visão, audição, olfato, paladar e tacto oferecem à mente examinadora
meras formas abstratas de "incidentes" da essência, formulando através da colaboração com
nossos sentidos.

Por exemplo, se tomarmos até os mais minúsculos, átomos microscópicos nos mais minúsculos
elementos de qualquer essência, separados através de um processo químico, eles, também, são
meramente formas abstratas que aparecem dessa maneira ao olho. Mais exatamente, nós
distinguimos e os examinamos pelos meios da vontade de receber e para ser recebido que os
encontramos neles.

Seguindo estes procedimentos, podemos distinguir e separar estes vários átomos até à própria
primeira matéria dessa essência. Contudo, mesmo então eles não seriam mais que forças na
essência, não uma substância.

Então você descobre que até na corporalidade não temos outra maneira de compreender a
primeira matéria, exceto ao assumir que a primeira forma é a primeira matéria, que transporta
todos os outros incidentes e formas que a seguem. É tanto ou mais assim nos Mundos
Superiores, onde tangível e imaginário não residem.
Prefácio Geral
Para os proficientes em A Árvore da Vida, e para todos,

como em, "Primeiro, aprende; então, compreende."

1) Nossos sábios disseram, “Não há uma lamina de grama abaixo que não tenha um anjo acima
que a golpeie e lhe diga, ‘Cresce!’” Isto parece muito perplexo, pois porque incomodaria o
Criador um anjo de Cima com golpear e nutrir uma minúscula, insignificante lamina de grama?

Todavia, este dizer é um dos segredos da Criação que são demasiados longos para interpretar.
Isto é assim porque o coração dos infinitamente sábios deseja revelar uma porção e ocultar duas
porções com suas alegorias de ouro, pois eles cautelosos de revelar a Torá a um discípulo
indigno. É por esta razão que nossos sábios disseram que o que não aprende das lendas, pois
lendas estão seladas e bloqueadas perante as massas, e são reveladas apenas a uns poucos
escolhidos numa geração.

E nós também encontramos em O Livro do Zohar, que Rashbi (Rabino Shimon Bar-Yochai)
instruiu Rabino Aba a escrever os segredos, porque ele sabia como revelar com intimação, ele
choraria e diria, “Ai se eu conto; ai se eu não conto. Se eu não conto, meus amigos perderão
essa palavra; e ai se eu conto, os malvados saberão como servir seu Mestre.”

Isto significa que ele estava em apuros de ambos os ângulos: se ele não revelasse os segredos da
Torá, os segredos seriam perdidos dos verdadeiros sábios, que temem Deus. E se ele revelasse
os segredos, pessoas de nenhum mérito falhariam neles, pois elas não compreenderiam a raiz
dos assuntos e comeriam fruto imaturo.

Assim, Rashbi escolheu Rabino Aba para escrever, porque de sua sabedoria em alegorias,
ordenar coisas de tal uma maneira que seria suficientemente reveladas aos que são dignos de as
compreenderem, e escondidas e bloqueadas aos que são indignos de as compreenderem. É por
isso que ele disse que Rabino Aba sabia como revelar com intimação. Por outras palavras,
embora ele revelasse, ainda permanece um segredo aos indignos.

Contudo, em O Zohar, eles prometeram-nos que esta sabedoria está destinada a ser
completamente revelada no fim dos dias, até aos pequenos. E eles também disseram que com
esta composição, as crianças de Israel seriam redimidas de exílio, isto é que com a aparição da
sabedoria da verdade, Israel será recompensada com completa redenção. Nós veremos também
que as palavras de O Zohar e os segredos escondidos na sabedoria da verdade estão a ser
gradualmente revelados, geração por geração, até que nós somos sejamos recompensados com
revelar toda esta sabedoria, e nesse tempo nós seremos recompensados com completa redenção.

Para clarificar o texto com o qual nós começamos, iremos primeiro explicar o versículo no
famoso Livro da Criação, onde está escrito das dez Sefirot sendo dez e não nove, dez e não
onze. Maioria dos interpretes o examinaram, mas nós iremos explicá-lo à nossa própria maneira,
para que os assuntos sejam revelados a todos os que buscam a palavra de Deus.
É sabido que as dez Sefirot são chamadas Keter, Chochma, Binah, Hesed, Gvura, Tiferet,
Netzach, Hod, Yesod, Malchut. Está escrito no Portão às Introduções do Ari, na secção
“HaDaat,” que elas são na realidade cinco Behinot (discernimentos): Keter, Chochma, Binah,
Zeir Anpin, e Malchut; mas Zeir Anpin engloba seis Sefirot HGT NHY. Eu escrevi longamente
sobre as dez Sefirot dentro desta composição, então aqui eu diria brevemente que neste prefácio
geral, eu desejo dar ao estudante um verdadeiro conhecimento geral da maioria desta sabedoria
expansiva, e verdadeira orientação no estilo de estudo.

No livro, A Árvore da Vida, maioria dos estudantes falham compreender os assuntos, dado que
os conceitos espirituais estão acima do tempo e acima de lugar, mas eles são expressos em
termos corpóreos, visionados e definidos e colocados em tempos e lugares. Adicionalmente, nos
escritos do Ari, a ordem para principiantes está ordenada nesta sabedoria. Os livros foram
compostos pelas sagradas palavras que ele diria perante seus estudantes dia após dia, e os
próprios estudantes eram proficientes na sabedoria da verdade.

Então, não há texto - longo ou curto - em todos os livros que foram escritos, que não requer
verdadeira proficiência na sabedoria na sabedoria em geral. Por esta razão, os estudantes
tornam-se cautelosos e não conseguem conectar os assuntos.

Logo, eu sai com este prefácio, para conectar os assuntos e os fundamentos da sabedoria de uma
maneira concisa, para que ela esteja prontamente disponível para o estudante com todo o texto
que ele possa desejar estudar nos escritos do Ari. E por esta razão, eu não elaboro ou interpreto
cada assunto ao máximo, pois isto será clarificado dentro de minha composição. Em vez disso,
eu resumo suficientemente para meu propósito. E nossos sábios disseram, “Primeiro, aprende;
então, compreende.”

O Ari escreveu que as dez Sefirot KHB, HGT, NHYM são na realidade cinco Behinot, KHB, ZA,
e Malchut. Este é o significado do nome de quatro letras, Yod, Hey, Vav, Hey. A ponta da Yod é
Keter; a Yod é Chochma; Hey é Binah, Vav é Zeir Anpin – contendo seis Sefirot HGTNHY – e a
última Hey é Malchut.

Você deve saber que as Otiyot (letras) e as Sefirot são uma coisa. Mas seguindo a regra que
nenhuma Luz expande sem um Kli (vaso), quando nós falamos de ambos juntos, isto é, quando
a Luz está vestida no Kli, elas são chamadas Sefirot. E quando nós falamos dos Kelim (plural de
Kli) sozinhos, eles são chamados Otiyot.

Está escrito sobre a Luz que o branco no livro da Torá implica a Luz, e o preto no livro da Torá,
isto é as letras, implica os Kelim. Isto significa, como o Rambam interpreta relativamente a “Eu
formo a luz, e crio escuridão,” que a questão de suscitar existência a partir da ausência é
chamada “Criador,” dado que ela é uma inovação, algo que não existia antes de sua criação. E
na Luz, e todo o deleite e prazer incluídos na Luz, ela não é uma inovação e suscitação
existência a partir da existência, mas em vez disso existência a partir da existência, pois a Luz e
toda a abundância estão já incluídas na Sua Essência.

Por esta razão, se diz, “formo a luz,” pois isso não é uma questão de criação, mas de formação,
isto é, formando a Luz de uma maneira que os habitantes abaixo a possam receber. Mas a
escuridão é uma inovação que foi gerada com a Criação, ao suscitar existência a partir da
ausência, isto é que ela não está incluída na Sua Essência. É por isso que se diz, “e criou
escuridão.” Mas a escuridão é o verdadeiro oposto da Luz; assim, nós devemos compreender
como escuridão pode se pode estender da Luz.

Em Panim Masbirot (Uma Face Acolhedora), “Ramo Um,” Eu elaborei sobre este ponto, e aqui
eu irei apenas passar levemente sobre ele. É sabido que está escrito em O Zohar que o propósito
da Criação é de deleitar Suas criaturas, dado que é a conduta de O Bom de fazer o bem.
Claramente, cada desejo em Ele é uma lei mandatária para as criaturas. Segue-se que desde que
o Criador contemplou deleitar Suas criações, uma natureza mandatária de querer receber Seu
prazer foi imediatamente impresso nas criaturas, isto é, o grande desejo de receber Sua
Abundância. Saiba que este almejar é chamado um Kli, em respeito à sua raiz.

Por esta razão, os Cabalistas disseram que não há Luz sem um Kli, dado que a vontade de
receber incluída em cada ser emanado e criatura é o Kli, e ele é também a completa medida da
Luz. Por outras palavras, ele recebe precisamente a medida que ele deseja, não mais e não
menos, dado que não há coerção na espiritualidade, e até nos corpóreos não é do lado de
Kedusha (santidade).

Claramente, a forma do Kli é diferente da Luz. É por isso que ela é chamada Kli e não Luz. Mas
nós precisamos de compreender o significado desta disparidade de forma. Certamente, a
vontade de receber para si mesmo é uma grande disparidade de forma, dado que esta forma não
se aplica ao Emanador que se pareça, pois de quem receberia Ele? Em vez disso, ela foi
iniciada no primeiro emanado por sua criação de existência a partir da ausência. Nela, a vontade
de receber é a Causa das Causas (Panim Masbirot, “Ramo Um”).

Isto clarifica o que está escrito em o Sagrado Zohar que a Keter Superior é escuridão comparada
à Causa das Causas. Eles estão a referir-se à vontade de receber incluída na primeira emanação;
e eles chamam a isto disparidade de forma, “escuridão,” uma vez que ela não existe no
Emanador. Por esta razão, ela é a raiz da escuridão, que é a cor preto, comparada à Luz, e oposta
dela.

Também, foi explicado em Panim Masbirot que como coisas corpóreas são separadas uma da
outra por um machado e um martelo, os espirituais são separados um do outro pela disparidade
de forma entre eles. E quando a disparidade de forma aumenta ao ponto de contrariedade, de um
extremo ao outro, completa separação é criada entre eles.

Por esta razão, foi explicado lá que a forma da vontade de receber é imediatamente incluída em
toda a Luz que expande de Ele, mas como uma força escondida, potencial. Esta força não é
revelada aos emanados exceto quando os emanados intensificam o desejo de querer abundância
adicional, mais que a medida que expandiu nele pelo Emanador.

Por exemplo, quando a comida é saborosa, o desejo de um por mais comida aumenta mais que o
seu comer. Assim depois dos emanados aumentarem o desejo de estender abundância adicional,
mais que a medida de sua expansão, os verdadeiros vasos de recepção aparecem. E a coisa é que
depois que porque esta disparidade de forma não se aplica a Ele, mas à criatura, ela é
completada apenas pelo despertar dos emanados, e compreenda cautelosamente.

2) Assim, a expansão de Sua Luz não estende a fronteira de ser uma Emanadora e torna-se uma
emanada até que ela atravesse os quatro Behinot, chamados Chochma, Binah, Zeir Anpin, e
Malchut. Isto é assim por causa da expansão da Luz dos emanados. E quanto ela intensifica e
estende mais abundância que a medida de sua expansão, é considerado Bechina (singular para
Behinot) Bet (uma segunda Bechina), chamada Binah.

Também, três discernimentos devem ser feitos na segunda Bechina:

Primeiro discernimento: A essência da Sefira Binah é Chochma.

Segundo discernimento: A intensificação do desejo que ela manifestou, pelo qual a raiz do
vaso de recepção foi revelado nela. Nesse sentido, há disparidade de forma nela, isto é Aviut
(vontade de receber), comparado à Orh (Luz de) Chochma. Isto é chamado Gvura Superior.

Terceiro discernimento: Este é a essência da abundância que ela adquiriu através de um


despertar de seu próprio desejo. Esta Luz é dada seu próprio nome – Orh Chassadim, que é
muito mais inferior que a Orh Chochma, que se expande somente do Emanador. Orh
Chassadim é associada à intensificação dos emanados, como foi mencionado, que a Gvura, que
é uma Luz que foi feita mais densa, se tornou a raiz da Orh Chassadim. Estes três
discernimentos juntos são chamados Binah, e a segunda Bechina de Chochma. Logo, os dois
Behinot, Chochma e Binah, foram clarificados, e a Keter é o Ein Sof (Infinito), a raiz dos
emanados.

E embora Bechina Bet tenha manifestado um desejo intensificado em direção ao Operador, ela é
ainda indigna a ser um completo vaso de recepção. A coisa é que na espiritualidade, o Kli com a
Luz nele são muito próximos, virtualmente interdependentes. Quando a Luz desaparece, o Kli é
cancelado, e quando o Kli desaparece, a Luz é cancelada. Logo, a importância do Kli é como a
importância da Luz.

Assim, a forma do vaso de recepção não foi completada em Binah, dado que sua essência é a
Orh Chochma. Por esta razão, a Orh Chassadim, que ela estendeu através de sua própria
intensificação, foi anulada perante sua essência como uma vela perante uma tocha. Logo, esta
Orh Chassadim expandiu além de Binah para fora de si mesma e ganhou força para estender
abundância adicional, mais que a medida de sua expansão através de Binah. Nessa altura, o vaso
de recepção foi completado.

Logo, nós discernimos mais dois Behinot, Bechina Gimel (terceiro discernimento) e Bechina
Dalet (quarto discernimento), que são expansões que estendem de Binah, onde o vaso de
recepção está ainda escondido, em potencial, enquanto ela não intensifica por acréscimo, e isto é
chamado Zeir Anpin. E sua intensificação por mais abundância é chamada “o Kli de Malchut,”
que é um vaso de recepção que foi completado nos emanados, que é agora feito de Luz e Kli.
Com isso, ela deixa de ser considerada uma Emanadora e é discernida como emanada.

Estes são os quatro Behinot conhecidos como HB, ZA, e Malchut, que são o nome de quatro
letras. HB são Yod-Hey, e ZON são Vav-Hey. Eles são considerados dez Sefirot porque Zeir
Anpin contém seis Sefirot, que são Hesed, Gvura, Tiferet, Netzach, Hod, Yesod.

A coisa é que a essência de ZA é a Luz de Hesed e Gvura, isto é os dois Behinot Orh Chassadim
e Gvura Superior, que expandiu de Binah para fora. E nós devemos notar aqui que em Binah,
Gvura é a primeira e a raiz da Orh Chassadim. Mas em Tiferet é ao contrário: Hesed precede a
Luz de Gvura, uma vez que a Luz principal que expande é Hesed, e a Gvura é auxiliar dentro
dela, em Binah.

Agora você pode compreender o que foi escrito em A Árvore da Vida e por Rashbi, que no
mundo de Nekudim, Gvura de ZA precede sua Hesed, dado que os ZON de Nekudim são
considerados ZON de Binah, e não os próprios ZON, como nos dois Behinot do fundo dos
quatro supramencionados Behinot. É por isso que Gvura de ZA precede sua Hesed.

Também, a Sefira Tiferet de ZA é a unificação das mencionadas Chochma e Gvura ao ato do Kli
de Malchut. Ela é chamada Tiferet uma vez que a Luz Mitpaer (se vangloriosa) a si mesma na
Bechina Alef (primeira Bechina), que é Chochma, cujo desejo não foi suficiente para fazer um
Kli. Mas Bechina Gimel, que é Chassadim e Gvurot (plural de Gvura) tinha expandido de Binah
para fora, foi suficiente para fazer o Kli de Malchut. Que é o significado de “de acordo com a
beleza (Tiferet) de um homem, para morar na casa.” Isto explica as três Sefirot HGT de ZA, e
elas são chamadas “os três patriarcas,” dado que eles são a essência de ZA. Também, Netzach,
Hod, e Yesod são chamados “filhos,” uma vez que eles expandem de HGT.

A coisa é que por causa de Tzimtzum Alef (a primeira restrição), que é cuidadosamente
explicada dentro do livro, uma dura Masach (tela) foi feita no Kli de Malchut. Isto significa que
Bechina Dalet (a quarta Bechina) no Kli Malchut detém a Luz Superior de se espalhar para
dentro de Bechina Dalet, devido à disparidade de forma lá, como está escrito lá.

Todavia, a Luz expande e deseja chegar até Bechina Dalet, também, pois a natureza da Luz
Superior é de expandir aos inferiores até que ela seja quase separada de seu lugar, como está
escrito em Panim Masbirot. Assim, um Zivug de Hakaah (acasalamento por golpe) foi feito
entre a Luz Superior que se espalha para dentro do Kli de Malchut e a Masach detentora no Kli
de Malchut.

Isto é como a luz do sol batendo num espelho, com centelhas sendo refletidas. Assim, dez
Sefirot emergiram deste Zivug de Hakaah, chamadas dez Sefirot de Orh Chozer (Luz Refletida).
Acontece que existem dois conjuntos de dez Sefirot em cada ser emanado: dez Sefirot de Orh
Yashar (Luz Direta) sobre os quatro Behinot, e dez Sefirot de Orh Chozer.

Saiba que esta é a Luz Superior que re-expandiu de HGT de ZA por Zivug de Hakaah na
Masach em Kli Malchut. Elas são chamadas Netzach, Hod, Yesod.

Agora você pode compreender o que está escrito em Tikkuney Zohar (Correções de O Zohar),
que Malchut é quarta para os pais e sétima para os filhos. Isto significa que quando ela é
primeiro emanada, Malchut é discernida do acto de Tiferet de ZA e segue os HGT, que são
chamados “Pais.” E da perspectiva da iluminação da Orh Chozer na sua Masach, ela segue as
NHY que expandiram para ela para Zivug de Hakaa. E as NHY são chamadas “os filhos de
HGT”; assim ela é a sétima para os filhos.

Logo nós explicámos adequadamente a essência das dez Sefirot KHB, HGT, NHY, e Malchut na
sua raiz. Este é o primeiro conceito na sabedoria da verdade, e ele deve sempre estar perante os
olhos do estudante quando mergulhando nesta sabedoria.

Agora nós compreendemos o aviso soante em O Livro da Criação, “dez e não nove.” Ele
significa que dado que uma Masach detentora foi feita em Bechina Dalet da Tzimtzum
(restrição) para baixo, é impossível erradamente dizer que Bechina Dalet é excluída das dez
Sefirot, e apenas nove Sefirot permanecem em Kedusha (santidade). Por esta razão, lá avisa,
“dez e não nove.”

E lá avisa além, “dez e não onze.” Isto significa que você não deve erradamente dizer que
Bechina Dalet se tornou um vaso de recepção depois da Tzimtzum. Então, existem duas Sefirot
em uma Malchut: uma é a Masach que sempre levanta Orh Chozer, e um vaso de recepção para
receber a Orh Yashar, também. É por isso que lá afirma, “dez e não onze.”

3) Existem cinco proeminentes discernimentos nas dez supramencionadas Sefirot, os quais não
se devem mover de nossos olhos e irão endireitar nossas maneiras ao estudar a sabedoria.

O primeiro discernimento é a Luz de Atzmut (ser, essência), que é a Luz compreensiva de Ein
Sof que existe nos emanados. Esta é a essência, dado que os inferiores não participam aqui que
se pareça; e ela é chamada Chochma de Orh Yashar.

O segundo discernimento é a Orh Chassadim que se estende de Cima para baixo. Esta Luz
está conjunta com o despertar de Gvura dos emanados de Bechina Bet, que é a Luz de Binah
que ela atraiu.

O terceiro discernimento é a Orh Chassadim que sobe de baixo para Cima através de um
Zivug de Hakaah. Ela é chamada Orh Chozer que sobe e se estende apenas dos emanados,
devido à supramencionada detenção.

O quarto discernimento é a Luz da Gvura Superior, isto é Bechina Bet, que é Aviut de Binah
que ela adquiriu com sua intensificação.

O quinto discernimento é a Gvura inferior, ou seja Bechina Dalet, onde a intensificação do


desejo é ativada na Orh Chassadim que foi acrescentada pelos emanados. Isto é chamado “o Kli
de Malchut de Orh Yashar,” e esta Gvura é o Kli de dez Sefirot, e recorde-se disso.

Saiba que a Masach em Kli Malchut é a raiz da escuridão, por causa da força detentora que
existe na Masach, para impedir a Luz Superior de se espalhar em Bechina Dalet. Esta é também
a raiz da labuta em prol de receber recompensa, dado que trabalho é um ato involuntário, pois o
trabalhador se sente confortável apenas quando repousando. Mas porque o senhorio está a pagar
um salário, ele cancela sua vontade perante a vontade do senhorio.

Saiba que aqui neste mundo, não há ser ou conduta que não esteja enraizado nos Mundos
Superiores, dos quais ramos se expandem aos mundos inferiores, até que eles sejam revelados a
nós neste mundo. E você vê que em geral, trabalho e labuta estão enraizados na Masach no Kli
de Malchut, que detém a Luz que ela cobiça, devido ao Emanador, O qual deseja doar deleite, e
tudo o que é um Pensamento no Emanador é uma lei mandatária nos emanados. Naturalmente,
Ele não necessita de ações, mas Seu Pensamento completa. Assim, ela escolhe não receber a
Luz Superior, a menos que isso venha à disparidade de forma (Panim Masbirot, “Ramo Um”).

Segue-se que a força detentora na Masach é igual à labuta. E a recompensa que o senhorio dá ao
trabalhador está enraizada na Orh Chozer emitida pelo Zivug de Hakaah, onde pela Masach,
uma raiz foi feita para a Orh Chozer. Acontece que ela volta a ser Keter a estas dez Sefirot de
Orh Chozer, assim como para Orh Yashar. Como será explicado abaixo, todo este lucro veio a
ela devido a este ato de detenção.

Do supramencionado, segue-se que as dez Sefirot são na realidade um Kli, chamado Malchut.
Mas para completar sua forma, ele é discernido com três raízes: os três Behinot Chochma,
Binah, e ZA que se estendem um do outro. Você deve saber que esta Malchut é ainda contida na
Orh Ein Sof de antes da Tzimtzum, chamada Malchut de Ein Sof, na qual foi a primeira restrição.

Como está escrito em Panim Masbirot, “Ramo Um,” devido à equivalência de forma com o
Emanador, seu desejo subiu de querer receber em Bechina Dalet, e a Luz da Kav (linha)
estendeu-se a ela de Ein Sof. A Luz da Kav contém toda a Luz que se estende para os cinco
mundos, chamados Adam Kadmon, Atzilut, Briah, Yetzirah, e Assiah. Esta Luz é geralmente
referida como Kav, da palavra Kav Midah (medida), pois ela se estende para os mundos por
medida e um número racionado em cada mundo, de acordo com a forma do Kli de Malchut
nesse mundo, como é elaborado no interior.

E a questão dos cinco supramencionados mundos são verdadeiramente a matéria da Keter e os


quatro conhecidos Behinot nas dez Sefirot. Logo, o mundo de AK é o mundo de Keter; o mundo
de Atzilut é o mundo de Chochma; o mundo de Briah é o mundo de Binah; o mundo de Yetzirah
é o mundo de Zeir Anpin; e o mundo de Assiah é o mundo de Malchut. Contudo, em cada
mundo, existem dez Sefirot, e cada Sefira das dez Sefirot desse mundo compreende dez Sefirot,
também, como está escrito no interior.

Elas estão divididas nos cinco supramencionados mundos porque o Kli de Malchut deve ser
primeiro integrado em cada Sefira, através de Keter. Isto ocorre em Hitpashtut Alef (primeira
expansão) de AHP de AK, onde ela foi integrada em ZON. Em Hitpashtut Bet (segunda
expansão) de AHP, ela foi integrada em Binah. E no mundo de Nekudim, ela foi integrada em
Chochma, e no mundo de Atzilut ela foi integrada em Keter.

E dado que Malchut foi integrada em cada Sefira, o mundo de Tikkun (correção) começa: Sua
Rosh (cabeça) é o supramencionado mundo de Atzilut, onde a Luz de Ein Sof se vez tem
Bechina Alef. Então a Luz de Ein Sof veste-se em Bechina Bet, criando o mundo de Briah.
Seguindo-se, ela veste-se em Bechina Gimel, criando o mundo de Yetzirah, e então ela veste-se
em Bechina Dalet, criando o mundo de Assiah. Isso será elaborado no interior como todas eles
derivam um do outro por uma maneira mandatária de causa e consequência, e como elas estão
atadas uma à outra.

4) Primeiro, nós precisamos de compreender a qualidade de cada dos mundos AK e ABYA, que
eu explicarei um de cada vez. Comecemos com o mundo de Keter, que é o mundo de Adam
Kadmon. Seu primeiro Kli é o mundo de Akudim (atado). No Portão de Akudim, Capitulo Três,
o Ari escreveu que todas as dez Sefirot emergiram, mas não todas elas emergiram juntas. No
principio, apenas Malchut saiu no mundo de Akudim. E esta Malchut saiu na forma de Nefesh.
Seguindo-a, o resto das partes emergiram, através de Keter.

E quando Keter veio, Malchut foi completada com todas as cinco Luzes Internas – Nefesh,
Ruach, Neshama, Chaya, e Yechida. Todavia, faltavam-lhes ainda todas as mencionadas Sefirot,
que emergiram incompletas. Assim, elas tiveram de trepar de volta para o Emanador para serem
completadas. Mas agora, no retorno, Keter retornou primeiro.

E quando Keter subiu, a Luz de Chochma subiu para o lugar de Keter, Binah para o lugar de
Chochma, ZA para o lugar de Binah, e Malchut para o lugar de ZA. A seguir, Chochma subiu ao
Emanador, também. Então Binah subiu a Keter, seguindo Chochma, ZA a Chochma, e Malchut
a Binah. Então Binah subiu, também, e ZA subiu a Keter, Malchut a Chochma. Finalmente, ZA
subiu e Malchut subiu a Keter, até que Malchut, também, subiu ao Emanador.

Depois disso, a Luz voltou do Emanador e expandiu-se nelas, embora não na sua ordem inicial.
Em vez disso, a Luz de Keter não retornou mas partiu e continuou em falta. Assim, a Luz de
Chochma saiu no Kli de Keter, a Luz de Binah no Kli de Chochma, a Luz de ZA no Kli de
Binah, e a Luz de Malchut no Kli de ZA. O Kli de Malchut permaneceu sem Luz de todo, até
então suas palavras abreviadamente. Adicionalmente, as dez Sefirot de Akudim emergiram de
baixo para Cima. Malchut emergiu primeiro, então ZA, então Binah, então Chochma, e
finalmente Keter, até então suas palavras.

Nós devemos cuidadosamente compreender a questão da suscitação das dez Sefirot de Cima
para baixo e de baixo para Cima, mencionadas nas palavras do Ari. Certamente, não é acerca de
medidas de Acima, abaixo, antes, e depois em tempo e lugar. Em vez disso, é em termos de
razão e resultado, causa e consequência. Assim, como pode Malchut emergir primeiro, seguida
por ZA, seguido por Binah, até que Keter – a raiz de todas elas – emerge por fim? Isto parece
perplexo. E quem e o que deu e inverteu o Superior a ser inferior e o inferior a estar Acima?

A coisa é que ordem das dez Sefirot de Orh Yashar já foi explicada acima, sendo cinco graus
um abaixo do outro, pela medida de Hizdakchut (purificação) de cada uma delas da densa Luz
cuja forma mudou, isto é, a Bechina Dalet.Bechina Alef, dado que é considerada um potencial
escondido, é a mais importante no grau. E Bechina Bet já se moveu de potencial a real ao se
intensificar com um desejo pior que em Bechina Alef. Bechina Gimel é pior que Bechina Bet, e
Bechina Dalet,Malchut é a pior, dado que a Aviut nela é maior que nos resto.

Também, é sabido que assim que o Kli de Malchut emergiu, ela experimentou a Tzimtzum Alef
de não receber em Bechina Dalet. Esta força detentora é chamada Masach (tela), e quando a
Orh Yashar que desce de Ein Sof golpeia a Masach em Malchut, há um Zivug de Hakaah, e
então dez Sefirot de Orh Chozer emergem, como está escrito no interior (Ramo Três).

Dentro destas dez Sefirot de Orh Chozer, os graus estão invertidos comparados com o valor das
dez Sefirot de Orh Yashar. Nas dez Sefirot de Orh Yashar, mais pura é Mais Alta em mérito e
melhor. Mas nas dez Sefirot de Orh Chozer, a densa é Mais Alta e melhor. Isto é assim porque
Malchut é a Keter e a raiz destas dez Sefirot de Orh Chozer, dado que sua densa Masach detém
a Luz de descer para sua Bechina Dalet. Logo, Malchut volta a ser Keter por meio de seu fim
está no seu princípio, como está escrito em Panim Masbirot, Ramo Três.

Acontece que ZA recebe a Luz de Keter de Orh Chozer; assim, ZA é considerado um grau de
Chochma, e Binah é considerada um grau de Binah porque ela recebe de ZA, que volta a ser
Chochma. Também, Chochma de Orh Yashar é considerada ZA, na Orh Chozer, dado que ela
recebe a Orh Chozer de Binah. E Keter de Orh Yashar é considerada Malchut na Orh Chozer,
dado que ela recebe de ZA. Então, você descobre que quanto as mais puras no grau serão
inferiores em louvor e mérito, e compreenda isso cuidadosamente.
Todavia, as dez Sefirot de Orh Chozer juntam-se e integram nos dez Kelim. Quando elas se
juntam como um, todos os graus são de igual mérito, dado que o nível de Malchut é igual ao de
Keter da perspectiva da Orh Chozer, onde Malchut volta a ser Keter. Também, ZA é igual a
Chochma, dado que ZA é considerado Chochma de Orh Chozer. E o nível de Chochma é igual
ao de Keter, dado que Keter recebe a Orh Chozer dela, como Chochma recebe a Orh Yashar de
Keter.

E dado que o nível de ZA é igual a Chochma, e Chochma a Keter, segue-se que o nível de ZA é
igual ao de Keter, também. Segue-se que pela suscitação das dez Sefirot de Orh Chozer de
Bechina Dalet, todos os graus nas dez Sefirot foram equalizados, tendo o mesmo nível através
de Keter.

5) Mas as Sefirot do mundo de Akudim desapareceram uma vez mais. E nós precisamos de
compreender a razão para sua partida. O Ari diz que a razão é que quando elas emergiram, elas
emergiram incompletas e assim partiram uma vez mais para receber sua completude.

Contudo, nós precisamos de compreender a carência e a Tikkun (correção) que veio a elas
através desta partida. Aqui o Ari escreveu que a carência foi porque Keter emergiu apenas em
Bechina Nefesh. E em outro lugar, ele escreveu que a carência foi porque a Orh Pnimi (Luz
Interna) e a Orh Makif (Luz Circundante) vieram do mesmo forâmen, e estavam a bater uma na
outra, como ele escreve em Heichal AK, Shaar Vav, Shaar Akudim, Capitulo Um.

Seguindo-se, os Taamim inferiores vieram, abaixo das Otiyot (letras), que são Luzes que
emergem através da Peh de AK, e daí para fora. E aqui as Luzes foram completamente juntadas,
dado que elas saem através de um único canal. E uma vez que as Luzes Circundantes e as Luzes
Internas se uniram, aqui começa a criação dos Kelim.

Por esta razão, as cinco Luzes Internas e as Luzes Circundantes emergiram atadas juntas. É por
isso que elas são chamadas Akudim, do versículo, “e amarrou Isaac.” Logo, quando elas
emergem juntas fora da Peh (boca), atadas juntas, elas batem e golpeiam-se uma à outra, e seus
golpes geram a existência dos Kelim.

Isto significa que as Luzes de Auzen e Hotem onde a Orh Pnimi se expande através dos
foramens esquerdos das Auzen e o Hotem, e Orh Makif expandiu-se através dos foramens
direitos de Auzen e Hotem. Assim, elas persistiram e não partiram, dado que há um Kli especial
para a Orh Pnimi e um Kli especial para a Orh Makif.

Mas na Luz da Peh, onde há apenas um forâmen, a Orh Pnimi e a Orh Makif estavam no mesmo
Kli. Assim, elas estavam a golpear-se uma à outra, como resultado do qual a Luz partiu e os
Kelim caíram. Por outras palavras, eles caíram de seu grau, e mais Aviut foi acrescentado ao
anterior Aviut, e isto criou os Kelim, dado que a partida da Luz completa os Kelim.

Para compreender o assunto dos dois foramens de Auzen e Hotem de AK, o assunto de um único
forâmen na Peh de AK, e o significado das cinco internas e as cinco circundantes, os Bitush e
Kelim e a Ibuy (acrescentar Aviut), eu preciso de elaborar, dado que as palavras do Ari nestas
questões são bastante sucintas.
É tanto o quanto mais assim a respeito das circundantes, onde ele aparentemente se contradiz a
si mesmo em toda e cada secção. Uma vez que ele diz que elas tinham Luzes Internas KHB
ZON e as cinco Luzes Circundantes KHB ZON do Hotem para cima, mas da Peh para baixo, as
Circundantes de Binah e ZON cessaram e apenas duas circundantes, Keter e Chochma
permaneceram, e os cinco Partzufim KHB ZON. E outra vez, ele disse que a partir mundo de
Nekudim para baixo, as circundantes inferiores pararam, mas existem ainda cinco Luzes
Circundantes e cinco Luzes Internas nas Luzes da Peh. E outra vez, ele diz que existem cinco
Internas e cinco Circundantes no todo de ABYA, e outras tais contradições.

6) Eu irei elaborar dentro do livro, e aqui eu serei breve de forma a não me desviar do assunto. É
explicado em Ramo Um e em Ramo Quatro na ordem das dez Sefirot, a respeito dos quatro
Behinot de dez Sefirot de Orh Yashar e Orh Chozer, que em cada dez Sefirot, existem dois
discernimentos de Hitpashtut (expansão) e dois discernimentos de Hitaabut (aumentar a Aviut),
que expandem da raiz, que é a Keter destas dez Sefirot.

Chochma, considerada vasta Hitpashtut, emerge primeiro. Isto significa que esta Hitpashtut
contém toda a Luz que se estende de Ein Sof a esses emanados. E o Kli, chamado Orh ha Av (a
densa Luz), ou seja a vontade de receber contida na Hitpashtut da Luz, pela qual ela adquire
disparidade de forma do Emanador, no qual não há forma de recepção, e para o qual ela se torna
mais escura que a Luz, é ainda não revelada nesta vasta Hitpashtut. Isto é assim enquanto seu
desejo não se intensificar, almejando abundância adicional mais que a medida de sua
Hitpashtut. Em vez disso, ele é incluído na supramencionada densa Luz da perspectiva do
Emanador, que deseja doar sobre ele.

Por esta razão, ele deve revelar seus vasos de recepção e realizá-lo de potencial a real. Assim ele
torna-se mais denso à medida que se espalha, isto é seu desejo de estender mais abundância que
sua medida de Hitpashtut aumenta. E à Hitaabut que foi feita nesta Hitpashtut é dada seu
próprio nome, devido a sua intensificação. ela é chamada Binah porque ela é mais escura que a
Orh Chochma, na qual a vontade de receber foi revelada na realidade.

Esta Binah é ainda desajustada a ser um Kli real, dado que sua essência é de Chochma; mas ela
é a raiz do Kli, pois o Kli pode apenas ser completado do Hitaabut (espessamento) feito na
segunda Hitpashtut. Ele é chamado “Hitpashtut através de uma janela,” isto é que a abundância
adicional que Binah extraiu através de sua intensificação se espalha dela para fora. Isto é
chamado Orh Chassadim, o oposto da vasta Hitpashtut Alef (primeira Hitpashtut), chamada Orh
Atzmut (Luz do Ser/Essência).

A Hitpashtut através de uma janela que se espalha de Binah é chamada ZA, e ela engrossa para
estender abundância adicional, mais que a medida de sua Hitpashtut de Binah. Com isso, ela
atualiza os vasos de recepção contidos nela. A este segundo Hitaabut é dado seu próprio nome,
dado que através desta intensificação, ele se tornou mais escuro que a Luz de Hitpashtut, e ele é
chamado Malchut.

Bechina Dalet, que é o Hitaabut criado na Hitpashtut através da janela, chamada Malchut, é o
completo vaso de recepção, e não os três Behinot o precedendo, que cascatearam apenas para
revelar esta quarta Bechina. É ela que atravessa a primeira restrição, prevenindo-se a si mesma
de receber abundância nesta Bechina Dalet, devido à disparidade de forma revelada nela. Esta
força detentora é chamada Masach (tela) ou Pargod (cortina), que significa que ela detém a
abundância de brilhar se espalhar dentro dela.

Também, esta é a inteira diferença entre o primeiro Hitaabut feito na vasta Hitpashtut, e o
Hitaabut que foi feito numa Hitpashtut através de uma janela. Isto é assim no primeiro
Hitaabut, a Tzimtzum não governa; logo ela é indigna para recepção de Luz. É por isto que ela é
chamada “uma janela,” isto é receptora, como pois a casa recebe a luz do dia através da janela
nela. Mas no segundo Hitaabut, a força da Tzimtzum governa-a e ela previne-se a si mesma de
receber a abundância na sua Aviut. Assim, ela é chamada uma Masach, detendo a Luz.

E depois de Bechina Dalet ter aparecido com sua Masach, a Luz espalha-se para ela novamente,
e a Masach detém-na, como mencionado acima. Consequentemente, um Zivug de Hakaah é
feito sobre ela, e dez Sefirot de Orh Chozer emerge, como está escrito em Ramo, como está
escrito em Ramo Três. A ordenação destas dez Sefirot é oposta às dez Sefirot de Orh Yashar,
que emergem de baixo para cima, dado que a Masach que suscitou essa grande Luz, e que é sua
raiz, se tornou Keter.

Este é o significado de “seu fim está embutido no seu princípio. Tal como Keter é o princípio e
a Rosh (cabeça) das dez Sefirot de Orh Yashar, o fim, que é Malchut, se tornou o princípio e a
Rosh das dez Sefirot de Orh Chozer.

Logo, Malchut retornou a ser uma Keter a estas dez Sefirot, e ZA das dez Sefirot de Orh Yashar
se agora tornou Chochma, dado que o primeiro receptor de sua raiz é chamado Chochma. É
similarmente com o resto, até Keter de Orh Yashar, que se torna Malchut nas dez Sefirot de Orh
Chozer, dado que ela recebe de ZA de Orh Chozer, que é Chochma de Orh Yashar.

Acontece que nas dez Sefirot KHB ZON de Orh Yashar, os graus são medidos de acordo com a
pureza da densa Luz, onde quanto mais puro é Mais Alto e mais importante. Mas nas dez Sefirot
KHB ZON de Orh Chozer, os graus são medidos pela Aviut, onde quanto maior a Aviut no grau,
Mais Alto é e mais importante. Isto faz os Mais Altos nas dez Sefirot de Orh Yashar inferiores
nas dez Sefirot de Orh Chozer, e os inferiores nas dez Sefirot de Orh Yashar Mais Altos nas dez
Sefirot de Orh Chozer.

As primeiras dez Sefirot que se espalham de Ein Sof são chamadas Adam Kadmon. Estas são as
raízes dos KelimdeRosh, assim as dez Sefirot são chamadas devido ao Kli de Rosh: Galgalta
(crânio), Eynaim (olhos), Awznaim (orelhas) são as KHB das dez Sefirot de AK, e Hotem (nariz)
e Peh (boca) são ZA e Malchut das dez Sefirot de AK. Também, é sabido que as dez Sefirot
estão integradas uma na outra, como está escrito no interior. Assim, cada dos supramencionados
Galgalta, Eynaim, e AHP, expandiram em dez Sefirot.

É proibido falar das dez Sefirot que se expandiram em Galgalta ve (e) Eynaim, que são Keter e
Chochma das dez Sefirot de AK, e nós não temos relações com elas. Nós começamos a falar dos
AHP para baixo, de Binah e ZON de AK.

Também, é sabido que as dez Sefirot são Keter e os quatro Behinot HB ZON, e lá estão Orh
Pnimi e Orh Makif neles. Isto significa que o que foi já vestido no Kli é chamado Orh Pnimi, e o
que ainda não foi vestido no Kli é chamado Orh Makif. Logo, em cada das dez Sefirot de AHP
de AK estão cinco internos, KHB ZON, e cinco circundantes KHB ZON.
7) Agora nós explicaremos a qualidade inerente da Orh Pnimi e Orh Makif das dez Sefirot de
AK. A questão das dez Sefirot de Orh Yashar e dez Sefirot de Orh Chozer que existem em cada
dez Sefirot foi já explicada. Nestas dez Sefirot de AK, também, existem dez Sefirot de Orh
Yashar de Keter a Malchut, e similarmente, dez Sefirot de Orh Chozer de Malchut a Keter, e a
Orh Yashar se estende e chega em completude a esses emanados. Todavia, as dez Sefirot de
Orh Chozer não são total e imediatamente estendidas a esses emanados. Em vez disso, é
estendido através de todos os Partzufim emanados depois de Adam Kadmon. A coisa é que tudo
que se estende do Emanador se estende completo e pleno. Estas são as dez Sefirot de Orh
Yashar.

Mas as dez Sefirot de Orh Chozer que se estendem dos emanados, a partir da força detentora em
Bechina Dalet, chamada Masach, não emerge imediatamente em pleno. Em vez disso, cada ser
emanado tem uma parte disso, e é multiplicada de acordo com a multiplicação dos emanados,
como está escrito no interior. Agora você pode ver que as dez Sefirot de Orh Yashar e uma parte
das dez Sefirot de Orh Chozer são a Orh Pnimi, ao passo que o inteiro da Orh Chozer é a Orh
Makif.

Também, foi já explicado acima que existem duas Nukvaot (plural de Nukva) nas dez Sefirot:
Hitaabut na vasta Hitpashtut, e Hitaabut na Hitpashtut através de uma janela, chamada Binah e
Malchut. Você deve saber que Binah é discernida como um Kli interno, no qual toda a Orh
Pnimi é vestida, e Malchut é o Kli externo, no qual toda a Orh Makif é vestida. Isto significa que
a Orh Makif está atada a ela, dado que ela tem uma Masach que é indigna para recepção, devido
à força detentora nela. Em vez disso, ela é a raiz das dez Sefirot de Orh Chozer.

Então, o conteúdo da Orh Pnimi e Orh Makif foi cuidadosamente explicado, assim como o
conteúdo do Kli interno e o Kli externo. Agora nós podemos compreender as palavras do Ari,
trazidas acima em Item 5 a respeito das cinco internas e cinco internas que emergiram atadas
uma à outra através da Peh de AK. Isto diz respeito ao que ele explicou em Shaar TANTA,
Capitulo Um, que a Orh Pnimi e Orh Makif das dez Sefirot de Awznaim, e a Orh Pnimi e Orh
Makif das dez Sefirot de Hotem emergiram em dois Kelim: um Kli interno para Orh Pnimi e um
Kli externo para Orh Makif.

Também, elas são afastadas uma da outra, dado que os cinco circundantes KHB ZON emergem
do forâmen das Auzen direitas, e os cinco internos KHB ZON emergem do forâmen das
esquerdas Auzen, e similarmente no Hotem. Assim, ele conta-nos aqui, nas dez Sefirot de Peh de
AK, que não existem dois Kelim distintos aqui, mas ambos, os cinco internos e os cinco
circundantes, emergiram atados a um único Kli – a Peh, chamada Malchut de AK, isto é Bechina
Dalet. Todavia, o Kli interno, que é Bechina Bet e Bechina Binah, não existe aqui.

Nós podíamos perguntar sobre isso: Como é possível para a Orh Pnimi, que são as dez Sefirot
de Orh Yashar, vestir-se no Kli de Peh, que é Bechina Dalet que foi erguido com uma Masach,
e é indigno para recepção? A coisa é que a própria Malchut é discernida com quatro Behinot
distintos, chamados Atzamot (ossos), Gidin (tendões), Bassar (carne), e Or (pele). Os Atzamot
de Malchut indicam o Etzem (osso, mas também núcleo) de sua estrutura. Que é a própria
Bechina ZA, isto é a Hitpashtut através de uma janela, exceto que ela ganhou Aviut ao longo de
sua Hitpashtut devido à intensificação do desejo a estender mais abundância que sua Hitpashtut
de Binah.
Por esta razão, ela é definida por um nome de acordo consigo mesma. Logo, dois Behinot são
discernidos nela: Bechina Alef é os Atzamot nela, a parte de ZA, e Bechina Bet é a Aviut
adicionada a ela por sua intensificação. Isto é chamado Gidin. E o que ela toma da força de
Tzimtzum – a força detentora de forma a não receber abundância nesta densa Luz – chamada
uma Masach, a com o Zivug das dez Sefirot de Ohr Chozer, é Bechina Dalet em Malchut,
chamada Or. E a Ohr Chozer que sobe da Masach pela força do Zivug é chamada Bassar, e isto
é a Bechina Gimel de Malchut.

Então, você descobre que Malchut está contida da Hitpashtut de Binah, também. Além do mais,
é na realidade a essência de sua estrutura. Agora você compreenderá que os Atzamot em
Malchut se tornou o Kli interno nos cinco internos nas Luzes da Peh, e a Bechina Or nela torna-
se um Kli externo para os cinco circundantes nas Luzes da Peh. Agora foi cuidadosamente
clarificado como os cinco internos KHB ZON e cinco circundantes KHB ZON emergiram num
único Kli – Malchut – no qual existem dois Kelim, também, internos e externos, embora
conectados uns aos outros, dado que todos os quatro Behinot são senão um Kli: Malchut.

8) E agora nós explicaremos o assunto do golpear e os Bitush que ocorreram entre a Ohr Makif e
a Ohr Pnimi devido a elas estarem atadas em um Kli. Veja em A Árvore da Vida, Heichal AK,
Shaar 2, p. 3, assim como em Shaar Akudim, Capitulo Dois, que a natureza da Ohr Pnimi é de
purificar o Kli que está vestido nela. Assim, desde as dez Sefirot de Peh de AK a Ohr Pnimi e
Ohr Makif estavam atadas em um único Kli em Malchut, a Ohr Pnimi estava a purificar o Kli
Malchut grau a grau. Esta é a razão da partida das dez Sefirot de Peh, chamadas “o mundo de
Akudim.”

A coisa é que foi já explicado em Item 6 e Item 4, que as dez Sefirot de Ohr Chozer são de valor
oposto às dez Sefirot de Ohr Yashar. Isto é assim porque nas dez Sefirot de Ohr Yashar, os
graus sobem um acima do outro de acordo com sua pureza, acima até sua raiz, que é o mais
puro entre eles. Mas nas dez Sefirot de Ohr Chozer, os graus sobem um acima do outro de
acordo com sua Aviut, acima até sua raiz, que é o mais denso entre eles. Este é a Bechina Dalet,
e Malchut que se tornou Keter novamente. Também, Bechina Gimel é Chochma, Bechina Bet é
Binah, Bechina Alef é ZA, e Keter é considerada Malchut.

No princípio, a Masach foi purificada por um grau. Isto significa que a densa forma de Luz de
Bechina Dalet foi purificada, e readquiriu a forma de Aviut de Bechina Gimel. Isto é
considerado que a Luz de Malchut partiu de seu lugar e subiu a Kli de ZA, desde então, também,
a Ohr Yashar se expandiu de Ein Sof na Masach, e a força detentora controlava a Masach até
que um Zivug de Hakaah foi feito e então as dez Sefirot de Ohr Chozer emergiram da Masach
de Bechina Gimel.

Contudo, elas não estão mais no nível de Keter, como elas estavam inicialmente, mas estão no
nível de Chochma. Isto é porque a Aviut de Bechina ZA e Bechina Gimel de Ohr Yashar tem o
valor de Chochma na Ohr Chozer. Acontece que a Masach não voltou a ser Keter devido à Ohr
Chozer, mas voltou a ser Chochma.

Posteriormente ela foi mais purificada, e recebeu a purificação de Bechina Bet, que é Binah. Lá,
também, a Ohr Yashar se expandiu a ela acima até ao Zivug de Hakaah e o erguer de Ohr
Chozer, embora no nível de Binah. E como as Aviut de Bechina Gimel e Bechina Dalet foram
perdidas, ela perdeu as primeiras duas Sefirot de Ohr Chozer.
A seguir, ela purificou-se mais, e recebeu a purificação de Bechina Alef, a Ohr Yashar de Ein
Sof acasalou nela, e a Ohr Chozer subiu, embora no nível de ZA, carenciando Bechina Binah,
também. Depois ela purificou-se ainda mais, acima até à forma de Shoresh (raiz), que subiu até
ao nível Keter.

Nessa altura, não havia Aviut de sobra na Masach de todo; assim não houve mais Zivug de
Hakaah sobre a Ohr Yashar nela. Por esta razão a Ohr Chozer desapareceu completamente das
dez Sefirot de Akudim, e veja no interior em Ramo Três e Ramo Quatro, onde isso é tudo
explicado elaboradamente.

Então, foi clarificado que dado que a Ohr Pnimi está vestida no Kli de Malchut, ela purifica-o
grau a grau, e junto com sua purificação, as dez Sefirot KHB ZON de Ohr Chozer desaparecem,
também. Isto é assim porque durante sua ascensão a Bechina Keter, a Masach perde todo o seu
poder para erguer Ohr Chozer. Logo, as dez Sefirot de Ohr Yashar partem dela, também, dado
que a Ohr Yashar e Ohr Chozer são interdependentes e atadas uma à outra.

9) Para explicar isso, eu irei primeiro explicar o estado das Sefirot com uma imagem do Taam
(singular de Taamim – sinais de pontuação) Segolta, assim:, isto é, a Keter está em cima, abaixo
dela na direita está Chochma, e à sua esquerda – Binah. Nós precisamos de isso, pois Deus nos
livre que o devamos compreender como uma descrição de lugares que o olho tangível
percepcione. Também, a questão de Panim be Panim (face-a-face) e Achor be Achor (dorso-a-
dorso) que se aplicam nas dez Sefirot, Deus nos livre que hajam costas e frente lá.

A coisa é que foi já explicado nos quatro Behinot de Ohr Yashar que se expandem de Ein Sof,
que é Keter, que a expansão da Keter é chamada Chochma. Também, ela adensa à medida que
se expande, isto é a intensificação do desejo de doar abundância mais que a medida de sua
expansão. Assim, isso é considerado como dois discernimentos: Bechina Alef é o todo da Luz
que se expande de Ein Sof a esses emanados, chamados Chochma, e Bechina Bet é o Hitaabut,
dado a ela pela intensificação do desejo de estender nova abundância, chamada Binah.

Por esta razão, existem três discernimentos na Sefira Binah: o primeiro discernimento é sua
própria estrutura, que é uma parte da própria Chochma. O segundo discernimento é a Luz que
adensou nela através de sua intensificação para estender nova abundância de Keter. O terceiro
discernimento é a essência da abundância que ela atrai de Keter, chamada Ohr de Chassadim,
que é muito inferior que a Ohr Chochma que se estende diretamente do Emanador. Mas a Luz
de Binah que ela estende de Keter é associada por ela intensificação inicial, que foi adensada
para isso.

E quando Binah atrai a Luz de Chassadim de Keter, ela não atrai a Luz de Chochma da Sefira
de Chochma. Assim, ela é considerada como sendo Achor be Achor (dorso a dorso) com
Chochma. Acontece que a Ohr Chochma, que é a Luz de Atzmut das dez Sefirot gerais nesses
emanados, cessa dela, pois Binah voltou sua Panim para atrair Ohr Chassadim de Keter.

Todavia, quando Bechina Dalet aparece, e as dez Sefirot de Ohr Chozer que se estendem dela,
consideradas ainda mais Ohr Chassadim que a Ohr Chassadim em Binah, Binah não mais
precisa de atrair a Ohr Chassadim de Keter, dado que ela recebe abundantemente da Ohr
Chozer de Malchut. Por esta razão, ela torna sua Panim de volta a Chochma e atrai Ohr
Chochma uma vez mais. Nessa altura, a Ohr Chochma, também, é atraída abundantemente nas
gerais dez Sefirot nesses emanados. Isto é chamado Panim be Panim de HB, que elas ganharam
através da Ohr Chozer que sobe da Malchut.

Contudo, antes do exílio do Kli de Malchut, Binah voltou sua Panim a Keter, que é o estado da
Taam Segolta, onde Binah está abaixo de Keter, como Chochma, mas Chochma atrai a Luz de
Atzmut de Keter, e Binah atrai Luz de Chassadim de Keter. E dado que a Luz de Atzmut é a Luz
colectiva nos emanados, Chochma é considerada “direita,” e a Luz de Chassadim é considerada
“esquerda,” pois ela está associada com Gevura.

Então nós explicámos que a Luz de Atzmut não se pode espalhar no todo das dez Sefirot de Ohr
Yashar, dado que Binah é Achor be Achor com ela, exceto durante um Zivug de Hakaah na
Masach em Kli Malchut. Nessa altura, Binah não mais precisa da Ohr Chassadim e volta a estar
PBP (Panim be Panim) com Chochma.

Acontece que quando as dez Sefirot de Ohr Chozer partem do mundo de Akudim, a Luz de
Atzmut das dez Sefirot de Ohr Yashar partem junto com ele. Isto é porque a Ohr Chochma e a
Ohr Chozer são interdependentes, e apenas Achoraim de Binah permanece lá no mundo de
Akudim, ou seja Luz de Chassadim e sua Gevura.

Agora você compreenderá as palavras do Ari que trouxemos acima, que a natureza da Ohr
Pnimi é de purificar o Kli no qual está vestida, dado que ela revolve à volta da Ohr Chochma
que se veste na interioridade dos emanados através da Binah que volta a estar PBP com ela.
Logo, os Achoraim de Binah são purificados, e dado que os Achoraim de Binah, que é Bechina
Bet, é a raiz de Bechina Dalet, dado que a raiz é purificada, o ramo, Bechina Dalet, é purificado
junto com ela.

10) Agora nós explicaremos o assunto do Bitush das Luzes Internas com as Luzes Circundantes,
dado que elas estão atadas uma à outra, que eu apresentei acima em Item 5. Eu também trarei as
palavras do Ari em Shaar Akudim, Capitulo Cinco, onde ele mesmo explica o assunto do Bitush
extensamente. Isto foi o que ele escreveu, abreviadamente: Segue-se que há três tipos de Luz
[na Hitpashtut de Luz no mundo de Akudim e sua partida de volta para o Emanador]. A primeira
Luz são as Luzes de Akudim, chamadas Taamim. A segunda é o Reshimo dessa Luz, que
permanece após sua partida, e ele é chamado Tagin. A terceira é a Luz que vem ele através da
ascensão das Sefirot, altura na qual é através do Achoraim, que é Din. Isto é chamado Nekudot.

E quando a terceira Luz, chamada Nekudot, vem e golpeia a segunda Luz, chamada Reshimo,
que é Rachamim, elas golpeiam e batem uma na outra. Isto é porque elas são opostas: uma é
Ohr Yashar, que é Rachamim, e a outra é Ohr Chozer, que é Din. E então Nitzotzin (centelhas)
caem da Ohr Chozer descendente, que é Din, e estas Nitzotzin são outra, quarta Luz, chamada
Otiyot. Estes são os quatro discernimentos – Taamim, Nekudot, Tagin, Otiyot – todos os quais
estão incluídos aqui nos Akudim. Também, estas Nitzotzin que caíram da descendente Ohr
Chozer são como as 248 Nitzotzin da quebra dos vasos no mundo de Nekudim.

Interpretando suas palavras: De acordo com o que foi explicado acima relativamente à ordem da
expansão da Luz no mundo de Akudim, primeiro a Luz se expande de Ein Sof ao Zivug de
Hakaah na Masach no Kli de Malchut. Seguindo-se, dez Sefirot de Ohr Chozer emergem dele,
de baixo para Cima, como está escrito em Item 6. Elas têm uma percentagem inversa, onde os
Superiores em Ohr Yashar estão abaixo na Ohr Chozer, dado que nas dez Sefirot de Ohr Chozer
os graus diminuem de acordo com a pureza.

Logo, ZA, que é mais puro que Malchut, é de um grau mais baixo que Malchut. Mas isto é assim
apenas em respeito à Chochma nas dez Sefirot de Ohr Chozer. E Binah, que é mais pura que ZA,
foi diminuída no grau, e ela possui apenas o valor de Binah. Chochma, que é mais pura que
Binah, é diminuída no seu grau e tem apenas o valor de ZA. E Keter tem o valor de Malchut,
como está escrito lá e no interior, em Ramo Três.

Mas assim que a Ohr Yashar e Ohr Chozer se unem e se juntam conjuntas, isso cria um valor
igual, onde o nível de cada das dez Sefirot alcança o nível de Keter, como escrito em Item 4. E o
todo do mundo de Akudim, a expansão e retorno da Luz de Ein Sof de Keter a Malchut e de
Malchut a Keter, e a Ohr Chozer que se conjunta com a Ohr Yashar num nível igual através de
Keter, é chamada Taamim ou Hitpashtut Alef de Akudim.

Foi explicado acima (Item 8) que porque a Ohr Pnimi se veste no Kli de Malchut, cuja natureza
é de purificar o Kli, isso causa a purificação da Masach grau a grau. No princípio, ela recebe a
purificação como em Bechina Gimel. Isto é considerado que a Masach subiu a ZA. Nessa altura,
a Ohr Ein Sof se expande uma vez mais de Keter à Masach em Kli ZA, e de ZA a Keter. Isto
diminui o valor da Ohr Chozer que sobe da Masach ao grau de Chochma, similar ao valor de ZA
de Ohr Chozer. Similarmente, os graus descem na Hizdakchut da Masach através da Hizdakchut
de Bechina Keter de Ohr Yashar, altura na qual a Masach é cancelada e o Zivug de Hakaah
cessa.

Logo, toda esta Ohr Chozer, que desce grau a grau até que ela desaparece completamente, é
chamada “a Luz de Nekudot.” Isto é assim porque a Masach se estende do ponto de Tzimtzum, e
assim detém a Ohr Yashar, também, de se aproximar e expandir nela. É como o ponto médio de
Tzimtzum Alef que se decorou a si mesmo e fez partir a Luz nele, e assertivamente escolheu a
Hizdakchut de sua Aviut, de movo a equalizar a forma dela com o Emanador, como foi
explicado em detalhe em Panim Masbirot, Ramo Um. Assim, esta força, o desejo de ser
purificado, está impressa na Masach.

Agora nós explicaremos o significado do Reshimo – a Luz de Tagin. É sabido que ainda embora
a Luz parta, ela ainda deixa um Reshimo para trás dela. Assim, a primeira Hitpashtut no mundo
de Akudim, que expandiu e retornou de Keter a Malchut e de Malchut a Keter, suscitando dez
Sefirot cujo nível equaliza Keter em Ohr Pnimi, e similaridade, dez Sefirot de Ohr Makif, como
escrito em Item 7 [note que aqui não houve Kli distinto para Ohr Pnimi e um Kli distinto para
Ohr Makif]. Esse Kli, como um todo, é chamado Kli de Keter. Isto é assim porque todas as dez
Sefirot estavam no nível de Keter. Assim, ainda embora esta Hitpashtut tenha partido uma vez
mais, um Reshimo dela permaneceu independentemente, que mantém e sustenta a forma prévia
lá, para que ela não fosse revogada ao todo devido à partida da Luz.

Concordantemente, você pode ver como a Luz de Reshimo, que permaneceu de Hitpashtut Alef,
e a descendente Ohr Chozer, que é a Luz de Nekudot, são dois opostos, golpeando e batendo
uma na outra. Isto é assim porque a Luz de Reshimo é fortalecida pela Hitpashtut Alef, onde a
Ohr Yashar se expandiu através da Masach de Bechina Dalet, e desejou muito que a Masach
permanecesse especificamente em Aviut de Bechina Dalet, dado que apenas através do poder na
excessiva Aviut em Bechina Dalet tem ela o valor do nível de Keter. Contudo, a Luz de
Nekudot, a Masach em si mesma, intensifica com todo o seu poder apenas para ser purificada de
sua densa Luz, discernida como Din, e deseja ser absolutamente purificada para equalizar sua
forma com o Emanador, dado que o primeiro início do ponto de Tzimtzum foi impresso nela, e
esta é sua raiz.

11) Agora nós podemos compreender a quarta Luz, que caiu através do Bitush da Luz de
Reshimo com a Luz de Nekudot, chamada Otiyot. Elas são como as 248 Nitzotzin na quebra dos
vasos no mundo de Nekudim.

Você deve saber que em cada lugar em O Zohar, as Tikkunim (correções de O Zohar), e nos
escritos do Ari, a palavra Nitzotzin ou Natzatzin ou Hitnotzetzut indica Ohr Chozer. Isto é
porque a iluminação de Ohr Yashar é definida pelos nomes Orot ou Nehorin, e a iluminação de
Ohr Chozer é definida pelo nome Nitzotzin ou Zikin ou Hitnotzetzut. Logo, você vê que o
assunto das Nitzotzin que caíram através do Bitush do Reshimo na descendente Ohr Chozer é
também considerado Reshimo, embora ele seja um Reshimo de Ohr Chozer, e assim definido
pelo nome Nitzotzin.

A ordem da descida da Ohr Chozer foi explicada acima (Item 8). No princípio, ela recebeu para
a purificação de ZA e foi separada de Bechina Dalet, que é o real Kli de Malchut. E quando a
Ohr Ein Sof se expande à Masach em Kli ZA uma vez mais, esta Luz de Malchut estará no nível
de Chochma, carenciando a Bechina Keter da Luz geral de Akudim, dado que a Malchut em ZA
não volta a ser Keter, mas Chochma. [Foi explicado que o dador essencial do nível nas dez
Sefirot dos emanados é a Luz de Malchut, como supramencionado (Panim Masbirot, Ramo
Quatro).]

Segue-se que o verdadeiro Kli de Malchut está sem Luz, e dois Reshimot deviam ter ficado nele.
O primeiro Reshimo é da Luz de Taamim, que mantém e sustenta a Aviut de Bechina Dalet tanto
quanto ela pode. O segundo Reshimo é da Luz de Nekudot, isto é a Luz atribuída à Masach e
que almeja a Hizdakchut.

Contudo, ambas não podem permanecer juntas, dado que elas são opostas. Isto é porque o lugar
do Reshimo de Taamim é chamado Kli de Keter, dado que suas dez Sefirot estão no nível de
Keter. E o lugar do Reshimo da descendente Ohr Chozer é chamado Kli de Chochma ou “abaixo
de Keter.” Assim, seu próprio Reshimo partiu de Malchut, também, e subiu ao Kli de ZA. E o
Reshimo da descendente Ohr Chozer permaneceu no seu lugar. Logo, aqui os Reshimo para as
Nitzotzin de Ohr Chozer foram rejeitados. Contudo, daqui em diante as Nitzotzin de Ohr Chozer
são rejeitadas, pela Luz de Reshimo.

Contudo, na ascensão da Masach ao lugar de Binah, quando ela recebeu a purificação de


Bechina Bet, e a Ohr Ein Sof expande uma vez mais de Keter a Binah e de Binah a Keter,
Bechina Chochma é retirada, também. Então o Kli de ZA permanece sem Luz, e dois Reshimot
sobram lá, também, da Luz de Taamim e da Ohr Chozer, que são opostos. E aqui o Reshimo
domina as Nitzotzin de Ohr Chozer, dado que os Reshimo de Taamim permaneceram no Kli ZA;
assim, ele permaneceu na forma de Kli de Keter.

Todavia, os Reshimo de Ohr Chozer, que são as Nitzotzin de Kli Chochma, são rejeitados abaixo
de Tabur, abaixo do Kli de Keter, dado que a Hitpashtut do mundo de Akudim é através de
Tabur, pois Malchut de Akudim é chamada Tabur. Também, é já sabido que Nitzotzin de Keter
da descendente Ohr Chozer, cujo valor é considerado Keter de Chochma, permanecem lá dado
que os Reshimo de Malchut de Taamim, que são verdadeiramente Bechina Keter, sobem a ZA. E
as Nitzotzin que caem de Kli ZA, que são as Nitzotzin de Chochma em Chochma, caem abaixo
de Tabur, onde está Keter de Chochma.

Similarmente, na ascensão da Masach a Chochma, quando ela se purificou para Bechina Alef, a
Ohr Ein Sof estava ainda a expandir de Keter a Chochma e de Chochma a Keter, e esta Luz está
no nível de ZA. Assim, o nível de Binah foi retirada, também, e o Kli de Binah permaneceu
vazio, sem Luz. Isto deixou dois Reshimot, como escrito acima: Reshimo de Taamim que
permaneceram no seu lugar, e Reshimo da descendente Ohr Chozer que foram rejeitados e
caíram abaixo das Nitzotzin de Chochma abaixo de Tabur.

A seguir, ela foi purificada acima até Bechina Keter, a Shoresh (raiz), e assim perdeu todos os
Behinot Aviut nela. Logo, o Zivug de Hakaah foi naturalmente cancelado, não tendo mais Ohr
Chozer. Acontece que nenhumas Nitzotzin caíram de Bechina Keter de todo, e apenas os
Reshimo de Taamim permaneceram lá.

Então nós explicámos cuidadosamente a oposição entre os Reshimo e a descendente Ohr


Chozer, pela qual o pacote foi quebrado, e os Reshimo das dez Sefirot de Taamim que
permanecem nos seus lugares. Estes são considerados Kelim KHB ZON de Keter, até Tabur de
AK. E as Nitzotzin, que são Reshimo da descendente Ohr Chozer, caíram fora do grau em que
elas estavam. Elas são consideradas como estando abaixo de Tabur, ou seja abaixo de Malchut
de Akudim, que são considerados Kelim KHB ZON de Chochma, como nós dissemos acima, que
eles são chamados Otiyot.

12) A razão para a Hizdakchut foi já explicada acima, no fim de Item 9: A Ohr Pnimi está
conectada ao Kli de Malchut, que é na realidade apenas um Kli externo para a Ohr Makif, como
está escrito em Item 7. Assim, quando a Ohr Chozer sobe e trás HB de volta a PBP, como está
escrito em Item 9, Aviut de Binah abandona-o, pois ele volta a ser um com a Chochma, como
eles eram inicialmente. E quando a Aviut na raiz é cancelada, a Aviut no ramo é cancelada,
também. Logo, quando Binah se torna um objeto com Chochma, ela purifica a Masach junto
com ela, e ela, também, sobe grau a grau, através dela por causa dela, até que desaparece.

No princípio da entrada da Ohr Chozer a Binah, ela começa a tornar sua Panim de volta a
Chochma. Logo, a Masach sobe de Bechina Dalet e Bechina Gimel. E quando ela atrai a Ohr
Chochma de Panim de Chochma, a Masach sobe a Bechina Bet. E quando ela se torna um
objeto com a Chochma, a Masach sobe a Bechina Alef, até que ela sobe a Bechina Shoresh. Este
é o significado do que é mencionado na Idra Raba, “a centelha foi sugada.”

Segue-se que a Ohr Chochma, que é a Luz principal de Atzmut nos primeiros emanados, isto é o
mundo Akudim, e a Ohr Chozer que sobe do Kli de Malchut, estão atadas uma à outra e
perseguem-se uma à outra. Isto é porque sem a Ohr Chozer, a Ohr Chochma não seria capaz de
expandir nos emanados, dado que a Binah volta sua face para sugar Ohr Chassadim de Keter, e
seu dorso a Chochma. Isto significa que ela não irá sugar a Ohr Atzmut dela.

Contudo, quando a Ohr Chozer sai, Binah volta sua face de volta a Chochma, e apenas então
pode a Luz de Atzmut se expande nos emanados. Logo, a Luz de Atzmut depende da Ohr
Chozer. Mas quando HB voltam a estar PBP, e sua amamentação de Keter cessa, sua Aviut é
cancelada, que naturalmente cancela a Aviut no ramo, que é a Masach. Então, a Ohr Chozer
desaparece, também. Então, a Ohr Chozer é repelida e perseguida por causa da Luz de Atzmut.

Isto irá explicar completamente as palavras do Ari, que eu apresentei acima, Item 5, que a Ohr
Pnimi e Ohr Makif se batem uma à outra, e seu golpear gera os Kelim. Isto é porque a Ohr
Pnimi é a Ohr Chochma que se expande nos emanados devido à Ohr Chozer. E a Ohr Makif é a
Masach, que é o Kli externo, que está atado a toda a Ohr Makif que está destinada a sair para os
mundos por meio de Ohr Chozer, como escrito em Item 7.

E embora elas sejam interdependentes, a Ohr Pnimi que se espalha através ao devolver golpes
HB PBP na Ohr Makif. Isto purifica a Masach e causa a partida da Luz do mundo de Akudim.
Logo, os Reshimot de Taamim e de Ohr Chozer são separados uns dos outros, o Reshimo de Ohr
Chozer é rejeitado fora de sua presença, isto é abaixo de Tabur, chamado Otiot, e estes são os
Kelim.

13) Logo, nós clarificámos completamente a razão para a partida, devido à gradual Hizdakchut
da Masach até que toda a Ohr Chozer desapareceu, e junto com ela, a Luz de Atzmut de Keter e
Chochma de Ohr Yashar. Todavia, isso não ficou assim: seguindo o desaparecimento da Luz de
Atzmut, Binah voltou sua Panim de volta para Keter, por abundância de Ohr Chassadim, e
assim, as anteriores Achoraim e Aviut voltaram para ela; sua Aviut voltou à Masach, também,
que são seu ramo.

Também, é sabido que a Ohr Yashar do Emanador não para de fluir aos emanados sequer por
um momento. Assim, depois da Masach ter reganho sua Aviut, a Ohr Yashar de Ein Sof foi
renovada nos quatro supramencionados Behinot, acima até ao Zivug de Ohr Chozer. E uma vez
mais, as dez Sefirot de Ohr Yashar e Ohr Chozer expandiram-se no mundo de Akudim. Isto é
chamado Hitpashtut Bet do mundo de Akudim.

Todavia, dado que HB voltaram a estar PBP através da supramencionada Ohr Chozer, a Aviut e
Achoraim de Binah purificaram uma vez mais, e com isso, a Aviut de Masach, que é seu ramo.
E uma vez mais, o Zivug de Hakaa e a Ohr Chozer foram cancelados, e Binah volta a atrair Ohr
Chassadim de Keter. Então, a Luz de Atzmut partiu como antes.

Similarmente, assim que as Achoraim e Aviut voltaram a Binah, a Aviut foi atraída na Masach,
também, e naturalmente, a Ohr Yashar renovada na Masach. Através disso, a Luz de Atzmut
expandiu, também.

Isto é repetido similarmente: quando a Ohr Chozer vem, a Luz de Atzmut espalha-se uma vez
mais. E quando a Luz de Atzmut vem, a Ohr Chozer parte. E quando a Ohr Chozer parte, a
Masach reganha sua Aviut, e a Ohr Chozer é renovada, e a Luz de Atzmut espalha-se uma vez
mais, e assim por diante. Acontece que esta segunda Hitpashtut é como uma chama constante
movendo para trás e diante. É por isso que o Ari diz que Ohr Pnimi e Ohr Makif que estão
atadas em um Kli golpeiam e batem uma na outra.

Isto clarifica a grande diferença entre Hitpashtut Alef de Akudim que estava no nível de Keter,
dado que a Ohr Yashar acasalou com a Masach de Bechina Dalet, e a presente Hitpashtut, que
está apenas no nível de Chochma. É porque a inteira Aviut da Masach é apenas uma Hitpashtut
da Aviut de Binah, como na Aviut de ZA, que estende apenas o nível de Ohr Chochma, como
está escrito em Item 8. Mas esta Luz, também, não é constante. Em vez disso, ela é como uma
chama que se movimenta para diante e trás. Isto explica completamente que a questão da
Hitpashtut Bet de Akudim é continuada da partida da Hitpashtut Alef em si mesma.

14) Agora nós podemos compreender as palavras do Ari em Shaar Akudim, Capítulos Um e
Dois, que AK se restringiu a si mesmo e ergueu todas as as Luzes de baixo de Tabur a Tabur e
Acima, e elas subiram como MAN a AB de Galgalta. Lá, ele colocou um limite (cortina) nos
seus internos e a Luz que subiu de NHY partiu através dos Eynaim, estendidos abaixo de Tabur,
e espalhou-se para dentro das dez Sefirot do mundo de Nekudim.

E da Luz de foi renovada ao erguer MAN, ela espalhou-se e rachou a Parsa, e desceu abaixo de
Tabur, estendendo-se através dos Nekavim (buracos) de Tabur e Yesod, para dentro das dez
Sefirot do mundo de Nekudim. Estas duas Luzes compreendem as dez Sefirot de Nekudim. Estas
duas Luzes e esta nova Tzimtzum requerem grande detalhe, que será feito a seu tempo. Aqui eu
explicarei como necessário neste lugar.

Foi já explicado que as Luzes abaixo de Tabur de AK são as Otiot e Nitzotzin que caíram através
do Bitush do Reshimo de Keter e os Taamim no Reshimo de Chochma e Nekudot. Elas partiram
abaixo no inteiro Reshimo de Keter, e este lugar de saída é chamado NHY e “abaixo de Tabur.”

Agora, depois de Hitpashtut Bet – que é apenas Ohr Chochma em Kli de Keter – ter voltado ao
mundo de Akudim, a equivalência entre os Reshimot de Taamim e os Reshimot de Nekudot foi
feita uma vez mais. Isto é porque eles são ambos considerados Chochma, e assim todos os KHB
ZON de Reshimot de Nekudot abaixo de Tabur foram atraídos, subiram, e reconectaram-se com
os Reshimot Acima de Tabur. É por isto que o Ari diz que AK ergueu a Luz de baixo de seu
Tabur para Acima de seu Tabur.

Contudo, nós precisamos de compreender porque é isso chamado Tzimtzum. A coisa é que
existem dois discernimentos nestas Nitzotzin que subiram. O primeiro é uma Nitzotzin de Keter
da descendente Ohr Chozer que permaneceu no próprio Tabur, que é Malchut de Akudim e
Bechina Dalet. A Luz de Hitpashtut Bet não a alcança, dado que ela é de Bechina Gimel, e tem
Aviut da Hitpashtut de Achoraim de Binah. O segundo discernimento é Nitzotzin de HB e ZON
de Bechina Gimel, como está escrito em Itens 11 e 12.

Logo, assim que HB ZON de Nitzotzin subiram, as Luzes aumentaram lá mais que antes, devido
à Aviut que foi acrescentada a eles por sua queda abaixo de Tabur. Assim, as Nitzotzin de Keter
no Tabur, que são Bechina Dalet, estenderam lá, também. E naturalmente, a Luz de Ohr Yashar
de Ein Sof, que nunca pára, foi renovada sobre eles. Então, o Zivug de Ohr Chozer foi feito em
Bechina Dalet, e como um resultado, dez novas Sefirot emergiram no nível de Keter, como em
Hitpashtut Alef.

Então, você vê como dois Behinot de dez Sefirot foram feitos das Nitzotzin que subiram: dez
Sefirot no nível de Chochma foram feitas dos HBZON de Nitzotzin que foram corrigidos apenas
na sua ascensão, dado que eles são de Bechina Gimel, como Hitpashtut Bet, e dez novas Sefirot
no nível de Keter foram feitas das Nitzotzin de Keter.

Estes dois Partzufim são as raízes dos Partzufim AVI e YESHSUT de Atzilut. O novo Partzuf no
nível de Keter é AVI, e é chamado Chochma e Aba de Atzilut. E o Partzuf da velha Luz, no nível
de Chochma, é YESHSUT, e é chamado Binah e Ima de Atzilut.

Com estas raízes você irá compreender o que está escrito na Idra Zuta, que Aba trouxe Ima para
fora devido a seu filho, e o próprio Aba foi feito como uma espécie de macho e fêmea. Isto é
assim porque o Partzuf Superior, que está no nível de Keter, chamado Aba, foi feito como uma
espécie de macho e fêmea, dado que ele elevou Bechina Dalet – Nukva e Malchut – até ele. E
Binah, o Partzuf inferior, cujo nível está abaixo de Keter, abandonou Aba por causa da Nukva,
que é Bechina Dalet, que termina e detém a Luz Superior de se expandir abaixo dela. É por isso
que esta Bechina Dalet é chamada Parsa, sem a Nekev (buraco) que existem em Bechina Bet. E
por causa desta Parsa, YESHSUT não veste a Luz de Keter.

Acontece que Bechina Bet, que é Binah, na qual a Tzimtzum Alef não se aplicou de todo, se
tornou agora carente, dado que ela foi restringida, também, pois ela está abaixo de Bechina
Dalet. Foi por isto que o Ari disse que AK se restringiu a si mesmo ao erguer Luz de abaixo de
abaixo de Tabur, relativamente a Bechina Bet que foi agora restringida devido à ascensão de
MAN.

15) Você deve conhecer a grande diferença entre Rosh e Guf. A Rosh é chamada GAR, e o Guf é
chamado VAK, ZAT, ou ZON. O Guf em si mesmo está dividido em GAR e ZON, também.

A raiz desta divisão é que acima até à Peh – Malchut – a estrutura é feita essencialmente de Ohr
Yashar. E a Ohr Chozer que sobe e se junta ela é senão veste sobre ela. O oposto disso é o Guf,
que é uma Hitpashtut da Masach em si mesma, à extensão que ela veste as Sefirot de Rosh.
Assim, ela é feita principalmente de Ohr Chozer, e as dez Sefirot de Ohr Yashar são como seus
ramos.

Embora ela seja chamada ZON, ela é essencialmente apenas Malchut. Isto é assim porque não
há Luz de Malchut na realidade de todo, exceto com NHY de ZA que se unem com ele num
Zivug de Hakaa. Assim, elas são consideradas como um que se expande através da Ohr Chozer.
E foi já explicado acima que Masach detentora e a Ohr Chozer que emerge como um resultado
dela não são atribuídas ao Emanador, mas apenas aos emanados. Por esta razão, a Rosh é
considerada como a Atzmut da Luz do Emanador, e o Guf é considerado apenas como o acto dos
emanados em si mesmo.

Agora você compreende os cinco inclusivos Partzufim de AK, chamados Galgalta, AB, SAG,
MA, e BON, e a ordem de sua criação e veste de uns e outros, como eles estão interligados e
emergem um do outro por meio de causa e consequência. Isto é assim por causa de Seu uno,
único, e unificado Pensamento – cuidadosamente explicado em Panim Masbirot, Ramo Um –
que é de deleitar Suas criações. Este Pensamento é a raiz do Kli, e de Tzimtzum Alef que ocorreu
em Bechina Dalet, embora indiretamente, como está escrito lá em Item 7, como na alegoria
sobre o homem rico. Veja em Item 8, que este único Pensamento engloba o todo da realidade,
todos os mundos, e todas as muitas formas e condutas até ao fim da correção, quando todas elas
se reunirem com a Luz de Ein Sof de antes da Tzimtzum, em simples união, em uma forma que
se encontra Acima de nós – “de deleitar Suas criaturas.”

E imediatamente seguindo a Tzimtzum em Bechina Dalet, que é a Gadlut (maturidade,


amadurecimento) do desejo em Malchut de Ein Sof, quatro formas de gradações apareceram no
Reshimo que foi esvaziado da Luz – no Kli. Elas são chamadas HB, ZA, e Malchut, e elas
contêm Ohr Pnimi e Ohr Makif, logo doze formas.

Posteriormente, a Luz estendeu-se sobre o supramencionado Reshimo, abaixo até ao ponto de


Tzimtzum, dado que Sua Luz não para de todo, e recorde-se disso. Então a fina linha estendeu-se
para dentro do Reshimo, e ela é chamada “fina” porque a Luz de Atzmut estende-se aos
emanados apenas na Ohr Chozer que sobe num Zivug da Masach. E pelo poder da Ohr Chozer,
a Tzelem de AK foi revelada na forma de Partzuf Galgalta, que é chamado, no exemplo, “o
princípio da linha.”

Ela expande além dos vinte e cinco discernimentos, dado que existem KHBZON em
cumprimento e existem KHBZON em densidade. Como nós dissemos, porque Malchut voltou a
ser Keter, cada das KHBZON se expandem em dez Sefirot através até Keter, e isso é chamado
no exemplo, Galgalta, Eynaim, AHP, ou Galgalta, AB, SAG, MA, e BON. O nível de cada delas
alcança Galgalta, e suas Luzes emergem da interioridade destes emanados, como foi explicado
em Panim Masbirot, Ramo Três, Item 2, p. 32, a respeito da ordem da suscitação de Luzes
devido à Hizdakchut da Masach.

16) E assim começa a suscitação de AB. Suscitação diz respeito a carência. Devido à Hizdakchut
de Bechina Dalet do AK Interno, chamada Peh, ela recebeu Aviut de Bechina Gimel. E depois
da Luz de Ein Sof ser atraída sobre esta Masach, novas dez Sefirot emergem no nível de
Chochma, chamadas AB. Acontece que a AB que sai é subtraída da AB que permanece dentro de
AK, no nível de Keter.

Logo, Keter das externas AB veste Chochma de Galgalta, e espalha-se através de Tabur das
Internas AK. E ele, também, contém vinte e cinto Behinot de suas dez Sefirot de Ohr Yashar,
que são suas Galgalta, Eynaim, Awzen, Hotem, Peh, cada das quais se espalha pelo poder da
Ohr Chozer sobre os cinco Behinot, até Keter de AB.

Todavia, a Keter geral das Internas AK permanece revelada, e ela é discernida com Rosh e Guf.
Da Peh para baixo, ela é chamada Guf, dado que ela é apenas Hitpashtut da Masach. Assim, a
Ohr Pnimi e Ohr Makif estão atadas lá apenas na Bechina Dalet. É por isso que elas tinham de
partir uma vez mais, e isto é chamado “o mundo de Nekudim,” sendo ZON e Guf das Externas
AB.

Também, foi já explicado que a Aviut voltou à Masach depois da Histaklut de seu Guf, e uma
segunda Hitpashtut ocorreu lá, como está escrito em Itens 13 e 14. Ele estende as Luzes abaixo
de Tabur para Acima de Tabur, e por esta ascensão, os Superiores AVI são corrigidos. Uma
Parsa está espalhada por baixo deles, e YESHSUT é da Parsa ao Tabur. Toda esta ascensão é
chamada “o Externo Partzuf SAG,” isto é que ele abandonou seu anterior grau, que, nas
exteriores AB era Binah no nível de Keter Chochma, que é a Luz de Awzen até Shibolet ha
Zakan.

Contudo, neste Partzuf, que foi feito das Nitzotzin que caíram das Luzes de Peh das Externas
AB, Binah deste Partzuf está abaixo das inteiras dez Sefirot dos Superiores AVI, logo ela é
carente da Keter. Então, seu lugar é de Peh para baixo, isto é de Shibolet ha Zakan, que é seu
Galgalta.

E como as Externas AB vestem apenas Malchut da Keter geral e as Nove Superiores que
permanecem reveladas, as Externas SAG, também, vestem apenas Malchut de Keter de AB, de
Peh para baixo, enquanto suas Nove Superiores – o todo da Rosh – permanecem reveladas. E
como as AB suscitaram seus ramos através dos Se’arot (cabelo) Rosh, estas SAG suscitaram
seus ramos através dos Se’arot AHP, que serão explicados no seu lugar. Este é o significado da
Luz que é retirada deles devido a sua saída, comparada à Superior que lá permanece nos Se’arot
como circundante, como em luz de retorno.

E estas SAG vestem o AK de Shibolet ha Zakan até seu fim. Isto significa que suas Bechina
Rosh, que são GAR, se estendem até Tabur, que estão no valor de Galgalta, Eynaim, Awzen, e
Hotem. Sua Peh expande-se dentro de dez Sefirot de Guf em si mesma, como na Peh das
Externas AB. E o caso das Luzes da Peh das externas SAG, como no caso das Luzes de Peh das
Externas AB, devido a elas estarem atadas em um único Kli, houve gradual Hizdakchut nelas,
também, até que elas tivessem purificado em Bechina Keter, e a inteira Hitpashtut desapareceu.

Este é o significado da quebra dos vasos e a queda das 248 Nitzotzin. Todavia, isto aconteceu
apenas em seus ZON, e não em seu GAR, devido à correção da Parsa, como será explicado no
seu lugar. Posteriormente, as Nitzotzin que caíram da Peh das Externas SAG estendeu-se e subiu
na forma de MAN, os novas MA saíram, e as dez Sefirot de Atzilut foram estabelecidas na forma
de doze Partzufim.

Logo, todos os anteriores Behinot estão incluídos no mundo de Atzilut, como está escrito em A
Árvore da Vida, E o mundo de Briah foi impresso do mundo de Atzilut, de uma maneira que
tudo o que existe em Atzilut é impresso em Briah. Yetzirah é impresso de Briah, Assiah é
impresso de Yetzirah, e assim não há conduta ou ser nos inferiores que não esteja diretamente
relacionado aos Superiores dos quais ele derive e se estenda até sua essência inferior.

É por isto que nossos sábios disseram, “Não há uma lamina de grama abaixo que não tenha um
anjo Acima que a golpeie e lhe diga, ‘Cresce!’” Isto foi assim porque tudo o que se estende de
um mundo Superior até um inferior, se estende através de Zivugim (plural de Zivug). Mas os
mundos estão divididos em interioridade e exterioridade. A interioridade dos mundos, de Atzilut
para baixo, não se estende através de um Zivug de Hakaa na Masach, mas através de Zivug de
Yesodot (plural de Yesod). Mas a exterioridade, que se estende de mundo para mundo, estende-
se através de um Zivug de Hakaa.

Este é o significado do golpear, e é por isso que nossos sábios meticulosamente afirmaram que o
anjo no mundo de Yetzirah, que é a raiz da lamina de grama no mundo de Assiah, doa sobre ela
e nutre-a na forma de Zivug de Hakaa. Por outras palavras, ela golpeia-a e diz-lhe, “Cresce!”
dado que dizer significa doar.

Então, a questão de causa e consequência em Galgalta, AB, SAG de AK foi cuidadosamente


explicada, e a qualidade de seu vestir sobre um e outro. Cada inferior tem o valor de ZON do
Superior, que se estende apenas das Nitzotzin das Luzes da Peh do Superior.

E foi clarificado que no surgimento de AB, a Masach estava incluída em Bechina Gimel. E no
surgimento de SAG, a Masach estava incluída em Bechina Bet, até Nukva de Aba. E no
surgimento de MA de dentro para fora, a Masach estava incluída em Bechina Alef. Isto será
explicado no seu lugar.
Também, Malchut de Bechina Gimel é chamada Tabur, de Bechina Bet é chamada Parsa, e de
Bechina Alef é chamada Kruma (crosta). Não há nada mais a acrescentar aqui; Eu apenas atei as
questões nas suas raízes de uma fácil e breve maneira. Esta é minha intenção neste lugar; mas
dentro do livro, as questões são explicadas elaboradamente.
Apêndice A: Glossário da Cabalá
2,000 Amma, O lugar real dos mundos é como a segunda Bechina, antes do pecado: ZA
está no lugar de AA; Machut – no lugar de AVI; Briah – no lugar de
Zona do Shabat YESHSUT; e Yetzirah - no lugar de ZA. As quarto primeiras Sefirot de
Assiah estão no lugar de Nukva, cobrindo o mundo de Yetzirah.

As últimas seis Sefirot de Assiah estão no lugar das seis Sefirot do mundo
de Briah. As primeiras seis Sefirot do lugar do mundo de Briah, da Parsa
ao Chazeh do mundo de Briah são chamados “Periferia da cidade.” Eles
pertencem à cidade – Atzilut – desde que é aqui onde os seis inferiores de
Assiah permaneceram durante a ascenção. De Chazeh de Briah ao Sium,
vinte e quarto Sefirot permaneceram em espaço desprovido de luz.

A Zona de Shabat é as dez Sefirot de Chazeh de Briah até Chazeh de


Yetzirah, que é 2,000 Amma. Quatorze Sefirot de Chazeh de Yetzirah até o
Sium, são chamados Mador ha Klipot (a seção das cascas). A cidade é o
mundo de Atzilut, Parsa – a extremidade da cidade.

6,000 Anos O mundo de Assiah á chamado “2,000 anos de Tohu,” desde que Tohu é
Klipot, e o mundo inteiro de Assiah está em Klipot. O mundo de Yetzirah
é chamado“2,000 anos de Torá,” desde que Yetzirah é considerado ZA, o
que é o que está escrito Torá (lei). O mundo de Briah é chamado “2,000
anos dos dias do Messiah,” desde que Briah é considerado Binah (Ima),
que é Lea, a mãe do Messias, filho de Davi, de quem vem a redenção
inteira.

AA Partzuf qual essência é Ohr Chochma. Uma iluminação diminutiva de


Chochma é chamada ZA.

Abdômen O terço de fundo de Tifferet em cada Partzuf. Em Nukva, é o lugar de


concepção e de dar à luz (parir)

Acima A equivalência de forma dos inferiores com seu Superior.

Exterior Assiah deste mundo. Briah é o lugar do Templo, e Yetzirah é Eretz Ysrael.

Ausência Encobrimento de Ohr Chochma é chamado de “ausência”; presença de


Ohr Chochma é chamada “presença.”
ABYA de Klipot Coloca-se oposto à ABYA de Kedusha (santidade, puridade), mas coloca-
se oposto à ZON de Atzilut e abaixo. O Klipot coloca-se abaixo de
Kedusha, no espaço vago abaixo de Sium do Kav, abaixo de Malchut que
termina no inteiro de Kedusha. Após Tzimtzum Aleph, os seus lugares é
abaixo de Raglaim de AK.

Em Tzimtzum Bet, o Malchut terminal elevou-se à Binah no Guf de


Nekudot de SAG, onde a Parsa que finaliza Kedusha foi estendida.
Abaixo da Parsa, um lugar vago foi criado para os mundos de BYA.

Desde que aquele lugar não tem nenhuma Kedusha, a Klipa tomou todo o
espaço. A quebra aconteceu porque Ohr Chochma veio de Rosh de SAG e
quis expandir-se abaixo da Parsa, através do Sium of Galgalta em todos
os dez Sefirot, assim como antes de Tzimtzum Bet. Isto aconteceu porque
GE juntou-se com AHP em ambos Rosh eGuf do Partzuf Nekudim.

Mas antes da Luz atravessar para o lugar do espaço vago, o Kelim quebrou
e morreu porque Parsa não foi cancelada. A luz partiu e subiu, e o Kelim
caiu abaixo do Parsa, misturando-se com as Klipot no lugar de BYA.
Kelim que cairam abaixo de Parsa são AHP do Guf de Nekudim e não
AHP da Rosh. Este é o porque o Klipot iniciou-se somente no ZON de
Atzilut para baixo.

Achor/Achoraim 1. Um Kli onde nenhum Ohr Chochma é coberto.


(Posterior)
2. Um Kli ou uma parte do Kli que não trabalha para receber ou doar.

3. Uma parte do Kli abaixo de Chazeh.

Achoraim de Sefirot NHY de Nukva finalize o Atzilut; então eles são adjacentes as
Nukva Klipot. As Klipot iniciam-se daí para baixo. As Klipot agarram-se
primariamente no Achoraim, enquanto Ohr Chochma é deficiente lá.

Adam Kadmon O primeiro mundo à emergir depois de Tzimtzum Aleph, que recebe de Ein
Sof e se expande dele através deste mundo. É chamado de Adam porque
suas Sefirot de Yosher (direta), com a Luz de outorgamento, são as raízes
de Adam neste mundo, e é chamado Kadmon (primordial) porque
Tzimtzum Aleph age nele.

Subsequente ‘Antes’ é a causa; ‘subsequente’ é sua consequência.

Ar (Avir) Luz de Ruach, Ohr Chassadim.

Aleph Valor numérico: 1

Exército de Partzufim que derivam-se de Malchut nos mundos BYA.


Malchut

Ascensão Hizdakchut, porque ele se eleva em equivalência de forma com Ein Sof. A
regra que tudo que é mais puro é mais Elevado, e tudo que é mais grosso é
mais inferior.
Assembléia de Partzuf GAR de Malchut, qual recebe (junta/reune) Luzes de GAR de ZA,
Israel (Knesset chamado Ysrael.
Ysrael)

Assiahh As dez Sefirot do nível de Malchut que ela recebe de ZA.

Atzmut Ohr Chochma é chamada por este nome porque é o sustento e a essência
(Atzmut) do emanado.

Aumento Transição do estado de Katnut para o estado de Gadlut.

Aviut A medida do desejo de receber com intensa vontade, que o Kli para
expansão da Luz. Por esta razão, é chamada “internalidade do Kli.”

Awzen O nível das dez Sefirot de Rosh em Bechina Bet, que é Binah.

Ayin Valor numérico: 70

De costas um pro Correção através da Luz de Binah, Hafetz Hesed (deleitando-se em


outro (ABA, Achor misericórdia). Quando um Kli é deficiente em Ohr Chochma, este recebe
be Achor) um Tikkun através da Luz de Binah, que proporciona a sua totalidade.

De costas para face Um Tikkun por Nukva: o Panim de Malchut é apenas Chochma. Portanto,
(ABP, Achor be ela não pode receber Ohr Chochma, desde que Ohr Chochma pode
Panim) somente ser recebida em Ohr Chassadim. Por esta razão, ZA corrige ela
por um Zivug Achor be Panim, que a dá Panim Ohr Chassadim do seu
Achoraim.

Bassar (Carne) Bechina Gimel, chamada ZA, nas dez Sefirot, qual nível é igual de dentro
afora: Mocha, Atzamot, Gidin, Bassar, e Or.

Antes ‘Antes’ é a causa e ‘após’ é sua consequência.

Antes e Depois Quando falando de relações de causa e consequência entre dois seres
emanados, nós referimos às causas como ‘antes’ e às consequências como
‘depois.’

Início (Resheet) Chochma de ZA.

Abaixo De um nível inferior comparado à um outro.

Bet Valor numérico: 2

Binah Observação de condução de causa e consequência.

Nascimento Reconhecimento do Aviut de ZA por si mesmo, o qual é diferente do Aviut


de Ima. É observado como nascido e partido por causa da disparidade de
forma, que é como a transferência em corporalidade.
Sangue- Quando MAN de ZA eleva-se à AVI, o MAN de todos os Partzufim que
Nascimento irão emergir depois de ZA elevam-se juntamente com MAN de ZA, através
do último Partzuf no mundo de Assiah. Durante os meses de gestação, o
MAN de ZA separado do resto do MAN, seu Ibur Partzufim emerge no
MAN de ZA, e então é nascido. Durante o nascimento, todo o MAN que
não pretence à ZA sai em forma de sangue-nascimento. O sangue-
nascimento é também chamado de “sangue impuro.”

Sangue (Dam) Aviut em Malchut que está abaixo de Tzimtzum Aleph para não receber
Luz dentro dele. Naquele estado, Malchut é parada e tranquilizado de
receber Luz; portanto, ela é chamada Dam. 8 Quando este Aviut está em
NHY, ele é chamado “sangue na fonte,” e está sob a proibição na
recepção. Mas quando esta Aviut eleva-se à HGT, não em seu lugar, ela é
adoçada e se transforma em leite.

Sangue na Fonte Dam (sangue)—Aviut em Malchut que esta abaixo de Tzimtzum Aleph
para que não receba Luz dentro. Naquele estado, Malchut é parado e
tranquilizado de receber Luz; portanto ela é chamada Dam. 9 Quando esta
Aviut está em NHY, é chamada “sangue na fonte” e esta sob a proibicão de
recepção. Mas quando esta Aviut eleva-se à HGT, não em seu lugar, ela é
adoçada e se transforma em leite.

Sangue Sangue é a Aviut em Malchut. Esta Aviut está abaixo de Tzimtzum Aleph,
Transformado em para que não receba Luz dentro dela. Isto “para” Malchut de receber Luz;
Leite portanto seu nome, Dam (da palavra Domem—quieto). Quando esta Aviut
está em NHY, ela é chamada “sangue na fonte” e esta sob a proibição de
recepção. Mas quando esta Aviut eleva-se à HGT, não em seu lugar, ela é
adoçada e se transforma em leite.

Bohu Chamado AA, no qual exite conquista. Tohu é chamado Atik, e não exite
conquista nenhuma nele.

Emprestando Os Kelim de NHY de Ima, que ela dá à ZA. ZA recebe sua Luz nesses
Kelim.

Fronteira (Gevul) O Masach em um nível.

Cérebro (Moach) A Sefira Keter nas dez Sefirot de igual nível. Um Kli para Luz de
Neshama que permanece em GAR.

8
Existe similaridade nos sons entre as palavras em Hebreu Dam (sangue) e Domem (quieto), portanto a
conexão.
9
Existe similaridade nos sons entre as palavras em Hebreu Dam (sangue) e Domem (quieto), portanto a
conexão.
Quebra Cancelamento no limite do Masach.

Também, a queda dos Kelim para os Klipot. A queda das almas para as
Klipot é chamada “a queda dos órgãos.”

Quebra de um Kli Quando um Kli é banido de receber Luz.

Seios No Dadim (seios jovens) existe Ohr Chassadim. Quando Ohr Chochma
aparece neles, eles são chamados Shadaim (seios maturos).

BYA in this world The place of the Temple—Briah; Eretz Israel—Yetzira; Abroad (outside
of Israel)—Assiahh; Ruin—Klipot.

Surgiu no Desejo Zivug numa Masach com Aviut Shoresh

Cancelado Quando dois espirituais são de forma completamente iguais, sem nenhuma
disparidade de forma entre eles, eles retornam à ser um, e o menor é
“cancelado” no maior.

Causa Causando um Zivug

Chaf Valor numérico: 20

Chaf-Bet (22) As vinte e duas letras do alfabeto (Hebreu). Letras são Kelim os quais a
Luz reveste. Existem vinte e dois discernimentos primarios pelo quais
todos os Partzufim são discernidos.

Chaf-Zayin (27) As vinte e sete letras do alfabeto – vinte e duas letras do alfabeto mais as
cindo letras finais MANTZEPACH (Mem, Nun, Tzadi, Peh, Chaf). Usando
as cinco Behinot Sium da Masach na Rosh, Luzes expandem-se ao Guf e
geram Kelim, quer dizer o resto das vinte e duas letras. Eles são chamados
“as cinco saídas da boca” do Partzuf, e elas são somente escritas, não
pronunciadas.

Cadeira/Trono O mundo de Briah. Isto vem da palavra Kisui (cobrindo) e Haalama


(Kisse) (revelando), desde que Ohr Chochma é encoberta lá. É chamado Kisse
também porque Ohr Chassadim que passa através da Parsa é considerado
Ohr VAK, sentando, como se oposto à Ohr Chochma, qual é Ohr GAR e
constant.

Chazeh (Peito) O Sium de Tzimtzum Bet. Portanto, Tzimtzum Bet não se aplica Acima do
Chazeh, no Kelim de Panim.

Luz Circulando Ohr Yashar (Luz Direta) foi criada durante a descida da Luz Superior ao
Kelim, de acordo com suas Bechina Dalet. Isto é semalhante à um objeto
pesado caindo diretamente no chão. No Kelim que não tem nenum Aviut -
desejo – a Luz é circundada, desde que elas não tem nenhum poder
gravitacional que atrai.

Cidade O estado do mundo de Atzilut quando os mundos se elevam à ele.


Limpando O Aviut no MAN do mais inferior eleva-se e é incluído no Zivug do
Desperdício Partzuf Superior, onde é separado e corrigído ao obter o Masach do
Superior. Naquele momento, o mais inferior por si mesmo é digno de um
Zivug. Tudo depende do Zivug no Superior: se o Zivug é realizado no
Aviut Aleph no Masach, somente Bechina Aleph do Aviut inteiro é
separada. O restante das Behinot não são separadas, e saiem como residuo,
desde que o Masach não as corrigiu. Esta é a razão porque Zivug é
chamado “limpando residuo” Somente a quantidade de residuo que o
Masach absorve é corrigida e digna de Zivug.

Adesão do Klipot O Klipot adere à Achoraim de Malchut, Desde que ela para a Luz
Superior, então é escuro dela para baixo. Portanto, ao ponto do Sium em
Malchut, existe equivalência com os Klipot. É considerado que os Klipot
aderem lá.

Vestimenta ZA que foi separado do Ohr Pnimi e se tornou Ohr Makif. Também, cada
Partzuf inferior é considerado “vestimenta” com relação ao seu Superior.

Unindo Malchut do Superior se torna Keter do inferior. Fazendo assim, ela une
dois degraus, desde que equivalência de forma entre eles foi agora feita.
Portanto, a união entre todos os degraus é feita.

Conexão As dez Sefirot de Ohr Chozer que elevam-se do Masach de Rosh acima,
(Hitkashrut) veste as dez Sefirot de Ohr Yashar, e unem-nas, desde que lá as Luzes
precedem os Kelim.

Conexão (Kesher) Um título para Tikkun Kavim é chamado por este nome desde que todas as
Sefirot se conectem, até aí não existe nenhum oposto entre elas.

Conexão (Kesher) Ascensão do inferior Hey para o Eynaim une as Sefirot uma a outra.
das Sefirot

Corporalidade Tudo que os cinco sentidos imaginam e percebem, ou que toma tempo e
espaço.

Pacto O lugar da Masach e Aviut, onde o Zivug com a Luz Superior ocorre.

Criação Criação de existência da ausência, aparecendo abaixo da Parsa, como


Aviut e desejo de receber.

Criador (Boreh) Este nome refere-se apenas à criação do desejo de receber, existência da
ausência.

Corte/Separação Separação do Hey inferior dos Kelim que caíram de BYA. O Tikkun
completo depende disso.

Dadei Behama Iluminação de Malchut sem que Rachamim seja adocicado/mitigado. As


(Lit. glândulas últimas três partes de Netzah e Hod de Atik, que estão no mundo de Briah.
mamárias dos
animais)
Dadim (Seios) A metade entre o Superior e o inferior. A atitude do Superior em relação
ao inferior, ainda quando não seja digno de elevar-se ao Superior.

Dalet Valor numérico: 4

Escuridão Bechina Dalet no desejo de receber, que não recebe Luz em decorrência
da força do Tzimtzum.

Dias antigos Sefirot de Atik, no qual existe Malchut de Tzimtzum Aleph, que foi
Escondido do resto do Partzufim of Atzilut.

Morte Quando a Luz de Atzilut sai do Kli, isso é considerado Morte. Ohr
Chochma é chamada de “Luz da Vida,” Luz de Chaya, já que não existe
vida no Kli exceto em Ohr Chochma.

Morte (o lugar da O lugar abaixo do Sium da Luz Superior, abaixo do ponto de Tzimtzum,
morte) abaixo do Parsa. Os Kelim que caíram abaixo do Parsa são chamados de
“mortos”, já que estão separados da Luz da Vida.

Morte dos Uma vez que não podem receber Ohr Chochma, estão separados da linha
Melachim (Reis) da Luz Superior e se considera, então, que eles caíram em BYA (Briahh-
Yetzirah-Azia) e morreram, já que a Luz termina em Atzilut.

Descenso/Caída Descenso de nível: no segundo Hitpashtut, quando Ohr Chochma se


aproxima e se veste no Kli de Keter. Neste caso, o nível de Keter
descendeu ao nível de Chochma, Chochma a Binah, etc.

Saída da Luz Quanto mais perto seja o lugar do espaço vazio, quanto mais longe se
Superior considera que se está da Luz Superior.

Descenso para os ZON (Zer Anpin e Nukvah) eleva-se ao AVI (Aba ve Ima) para receber
Klipot nova Luz, com o MAN (Main Nukvim) que as almas elevam ao ZON. Se
as almas corrompem suas ações, ZON perde a Luz (Mochin). A Luz
aproxima-se de ZON apenas por meio do MAN das almas, que causa o
ascenço dos Kelim de BYA, que se vestem em ZON.

Mas quando o MAN se vai, a Luz parte, e ZON retorna aos seus lugares.
Neste momento, os Kelim of NHY de ZA e as últimas nonas partes de
Nukva que se elevaram de BYA se revestiram em ZON, as Klipot.

Deserto (Também: Ruína) O lugar dos Klipot neste mundo.

Diminuição da Lua Estado de Malchut’s no mundo de Atzilut, quando ela não pode receber
Luz em decorrência da ausência de Tikkunim.

Sono Quando um Partzuf se eleva ao seu Superior, como em MAN, todas as


suas Luzes se vão e, considera-se, então, que o Partzuf permaneceu
abaixo, com um nível de vitalidade limitado. Essa vitalidade limitada é
considerada sono.
Gota (como as de Extensão intermitente da Luz, e por períodos breves.
água)

Gota da Procriação Ohr Hesed de Aba, que rebaixa o Hey inferior do Eynaim.

Dvekut (Adesão) Equivalência de forma entre duas entidades espirituais.

Terra (Solo) Malchut de cada grau ou de um mundo.

Emanador Qualquer causa, com respeito de sua conseqüência. Malchut de Rosh é


(Maatzil) considerado Maatzil com respeito ao Guf, e assim cada Grau Superior
com respeito ao grau inferior.

Abraço à Esquerda Dispensing of force from ZA to Malchut, so she can bring down the lower
Hey and raise the AHP.

Ar Vazio (Avir) Ohr Chassadim antes que se vista de Ohr Chochma.

Malchut Final Malchut de Guf.

Equivalência Quando não há distinção entre os 4 graus do desejo de receber.

ET Malchut é chamada de ET porque compreende todas as letras, desde


Aleph ao Tav. 10

Exedras Quartos exteriores, NHY de ZA. Quando ocorre iluminação de Chochma,


existe o desejo de revelar-la. A revelação da iluminação de Chochma é
chamada de “quartos exteriores”.

Existência A presença de Ohr Chochma é chamada “existência”. O ocultamento de


Ohr Chochma é chamado de “ausência”.

Saída Mudança de forma. Quando uma disparidade de forma ocorre em uma


parte do Partzuf, considera-se que essa parte saiu do Partzuf para tornar-se
uma nova autoridade própria. No entanto, isso não causa mudança no
Partzuf original.

Saída de Luz pelo Quando Malchut se eleva ao NE e um Zivug é feito com ela, emite-se Luz
Eynaim do Zivug por meio do NE e não pelo Peh.

Extensão O descenso da Luz pela força do Aviut—a força do desejo no ser


emanado—é chamado de “estendido” ou “extensão”.

Kelim Exteriores Os Kelim que estão abaixo do Chazeh no Partzuf.


(Kelim de
Achoraim)

Externalidade A parte mais pura do Kli, o Kli para Ohr Makif.

10
Em hebraico, a combinação de letras Aleph-Tav pronuncia-se como ET. Aleph é a primeira letra do
alfabeto hebraico e Tav é a última.
Face a Face (PBP Quando Nukva recebe Luz Superior do Panim masculino no seu Kelim de
Panim be Panim) Panim.

Em direção para Quando a Luz se direciona de acordo com a medida de Aviut, para
abaixo aproximar-se e revestir-se no Aviut.

Em direção para Durante o Hizdakchut do Masach. São assim chamados porque o Aviut
Cima passa por uma purificação.

Queda Descenso de um nível a um mais abaixo.

Queda dos órgãos A queda das almas nas Klipot. Nos Kelim, a queda nos Klipot é chamada
de “quebra.”

Quebra dos órgãos Antes do pecado, Adam HaRishontinha NRN de Atzilut. Após o pecado,
de Adam ha todos os órgão da sua alma caíram, e apenas a Luz de Nefesh permaneceu
Rishon nos Kelim dos 100 Ketarim (plural de Keter).

Caindo Quando ZA é digno de, Tevuna eleva-se a Ima, faz um Zivug com Aviut
Bet, e dá ao ZA. Isso é chamado “apoiando aos caídos”, ZON, já que lhes
dá GAR.

Distante Uma grande disparidade de forma. Também pode ser uma iluminação
diminuída de Ohr Chochma. “Perto” significa iluminação extensa de Ohr
Chochma.

Feminino (Nukva) Malchut do mundo de Atzilut é assim chamada porque recebe a Luz de ZA
por um Nekev (abertura) no seu Chazeh, onde a Luz é reduzida.

Face feminina Kelim de Panim relativa à recepção de Chochma.

Luz Feminina Luz que o Partzuf recebe do seu adjacente Superior, e não como
outorgamento de Ein Sof. Também é chamado de Ohr Nefesh ou Ohr
Malchut.

Preenchimento A medida de Aviut no Masach é chamada por esse nome já que é a razão
para o preenchimento do Kli.

Preenchimento de O nome HaVaYaH é 10 Sefirot: Yod—Chochma, Primeiro Hey—Binah,


HaVaYaH Vav—ZA, Hey inferior —Malchut. Mas esse nome não indica o nível das
10 Sefirot. Os níveis podem ser Nefesh, Ruach, Neshama, Chaya, ou
Yechida.

O nível é determinado pelo seu preenchimento. O preenchimento indica a


Luz nas 10 Sefirot do HaVaYaH: o nível de Nefesh de HaVaYaH é
preenchido com Hey—Gematria BON; o nível de Ruach com o
preenchimento de Aleph—Gematria MA; o nível de Neshama com o
preenchimento de Yod, onde apenas Vav é preenchido com Aleph—
Gematria SAG; e o nível de Chaya é completamente preenchido com Yod,
incluindo o Vav de HaVaYaH—Gematria AB.
Preenchimento de Indica o nível do grau. A puntuação das letras indica a fonte de cada grau
nomes particular, seja Hitkalelut com o Um Superior, um inferior ou a si mesmo.

Preenchimentos Um Partzuf são 10 Sefirot vazias: Keter, Chochma, Binah, ZA, e Malchut.
Estão compreendidas no nome HaVaYaH: Yod é Chochma, Hey é Binah,
Vav é ZA, e Hey é Malchut. Em Gematria, Yod-Hey-Vav-Hey =
10+5+6+5=26 (Chaf-Vav).

No entanto, isso não indica seus níveis: Nefesh, Ruach, Neshama, Chaya,
ou Yechida. O nível é determinado pelo preenchimento da Luz nas 10
Sefirot.

No nível de Chaya, são preenchidas completamente por Yod, incluindo o


Vav de HaVaYaH. Sua Gematria é Ayin-Bet (AB): Yod-Hey-Viv-Hey =
(10+6+4) + (5+10) + (6+10+6) + (5+10) = AB = 72.

No nível de Neshama, são preenchidas com Yod, e apenas o Vav é


preenchido com Aleph. Sua Gematria é Samech-Gimel (SAG): Yod-Hey-
Vav-Hey = (10+6+4) + (5+10) + (6+1+6) + (5+10) = SAG = 63.

No nível de Ruach, são preenchidas com Hey, e apenas o Vav é


preenchido com Aleph. Sua Gematria é Mem-Hey (MA): Yod-He-Vav-He
= (10+6+4) + (5+1) + (6+1+6) + (5+1) = MA = 45.

No nível de Nefesh, são preenchidas por Hey, e apenas o Vav permanece


sem preenchimento. Sua Gematria é Bet-Nun (BON): Yod-Heh-Vv-Heh =
(10+6+4) + (5+5) + (6+6) + (5+5) = BON = 52.

Firmamento Yesod de ZA é chamado por esse nome porque é o Sium of ZA—Água


(Rakia) Superiorr—e o começo de Nukva—água inferior.

Primeiro Ibur Zivug para a simples existência do Partzuf.

Força da Klipa As luzes que estão vestidas no Kelim se retiram, em decorrência de uma
mistura de maldade, e caem nos Klipot, com um resíduo de Luz. Isso
fortalece a Klipa.

Forma As 4 Behinot Aviut em Malchut- Chochma, Binah, ZA, e Malchut -são


chamadas de “4 formas.”

4 Formas O Aviut ou desejo na criatura é considerada sua substância. As 4 Behinot


no Aviut são chamadas de “4 formas”.

4 Rudimentos Dalet Behinot no Aviut do Kli Malchut

De Acima para Luz que vai do puro ao menos puro, chamada de Ohr Yashar.
Abaixo
Também, de Bechina Aleph através de Bechina Dalet. Bechina Dalet
permaneceu sem Luz e, portanto, ela é considerada a mais inferior.
Bechina Aleph está Acima de todos já que seu desejo é o menor.
Debaixo para Luz que vai do menos puro ao puro, chamada Ohr Chozer.
Acima

Pleno/Satisfeito Quando não existe deficiência ou nada a acrescentar.

Gadlut Ohr Chochma no grau.


(Maturidade)

Galgalta Partzuf Keter, o Kli que veste a Luz de Yechida.

GAR Luzes de Rosh que precedem os Kelim, que são as Sefirot KHB, chamadas
de Rosh do Partzuf.

GAR of the Guf HGT

Jardim do Éden Malchut de Atzilut. Éden é Chochma, e Jardim é Malchut. A totalidade do


mundo de Atzilut é Chochma. Daí porque Malchut de Atzilut é chamada
de “Jardim do Éden”. ”

Gidin (Tendões) Kli de Binah nas 10 Sefirot cujos níveis são equivalentes.

Gimel Valor numérico: 3

Dar Luz De Sefira a Sefira, através do Hizdakchut do Masach, todas as Luzes vão
a Keter. Quando Bechina Gimel de Keter se purifica em Bechina Bet, ela
dá luzes a Chochma. Quando Aviut Chochma se purifica de Bechina Bet a
Bechina Aleph, ela dá Luzes ao Kli de Binah, etc.

Adulto/Maduro Revelação de Ohr Chochma. A ausência de Ohr Chochma diminiu o


Partzuf.

Agarrar/Segurar Como um tronco que deseja receber seiva, a Klipa agarra-se a um lugar
desprovido de Kedusha. Essa ausência é o meio pelo qual a Klipa suga sua
força e vitalidade, de acordo com a medida de deficiência de Kedusha.

Guf (Corpo) Os verdadeiros recipientes em cada grau, que se expandem pela força de
Ohr Chozer no Masach de cima para baixo. Onde a recepção da Luz
ocorre de fato.

Cabelo (Se’arot) Luzes que Moach não podem tolerar, em decorrência da ausência de
Tikkunim. Por essa razão, elas saem por Galgalta. São também chamadas
de Motrey (Excesso) Mocha (excesso de Mocha).

Hakaa O encontro entre a Luz Superior e o Masach é comparável ao encontro de


(Striking/Beating) dois objetos rijos (sólidos), em que um deseja quebrar o outro, e, esse,
resiste, e não deixa o agressor penetrar-lo.

HaVaYaH-ADNY Zivug Panim be Panim de ZA e Nukva formam o anagrama YADONEHY.


Yod de HaVaYaH, que é ZA, no começo do anagrama, formando Chochma
em ZA. Yod de ADNY, ao final do anagrama, significa Chochma em
Nukva.
Chaya Ohr Chochma

Lit. Cabeça em A Rosh do grau inferior. Também é a cauda dos leões—o Sium (final) do
direção às raposas nível superior.

Audição A Luz de Binah de Rosh.

Coração Kli para a Luz de Ruach; permanence em HGT.

Het Valor numérico: 8

Hevel Ohr Chozer que se eleva do Masach para cima.

Hey Valor numérico: 5

Histaklut (Olhar) Hitpashtut da Luz de Ein Sof para o Masach. A Luz que vem de Ein Sof é
sempre Ohr Chochma, ou Ohr Eynaim, ou visão, ou Histaklut.

Histaklut Aleph Hitpashtut da Luz de Ein Sof para o Masach. A Luz que vem de Ein Sof é
(Primeira visão) sempre Ohr Chochma, ou Ohr Eynaim, ou visão, ou Histaklut.

Histaklut Bet Hitpashtut da Luz de Ein Sof para o Masach que se eleva de Tabur para
(Segunda visão) Peh e realiza Zivugim no caminho, gerando Partzufim de Nekudot.

Hitpashtut Luz que é emitida pelo Emissor e que alcança o emanado por meio da
(Expansão) extensão do desejo de receber do emanado/receptor, que estende o
Hitpashtut para si mesmo de acordo com a medida de seu desejo de
receber Luz.

Hitpashtut Aleph Luzes de Taamim


(Primeira
Expansão)

Hitpashtut Bet A segunda entrada de Luzes após o Hizdakchut do Masach. Neste


(Segunda momento, já são Kelim, de acordo com a regra “a expansão da Luz e sua
Extensão) saída tornam o Kli apto para sua tarefa”.

Chochma A Luz de Atzmuto do emanado.

Ademais, siginifica conhecer o propósito dos resultados de todos os


detalhes na realidade.

Chochma dos 32 Ohr Chochma que Binah recebe por ZON, incluindo os 22 Otiot de Binah,
Caminhos e as 10 Sefirot para ZON em Binah.

Holam As luzes acima de Otiot.

Fio condutor Kelim de Yosher são assim chamados porque estendem e limitam as luzes
(Tzinor) dentro de suas fronteiras.

Hotem (Nariz) Sefira ZA de Rosh.


Casa (Bayit) Heichal (hall)—Bechina Malchut que foi separada dos Kelim internos e
tornous-e um Kli para Ohr Makif.

Hurva (Ruin) O lugar das Klipot neste mundo (desertos, igualmente).

Ibur Zivug de Katnut

Idrin Quartos internos, HGT of ZA, preenchidos com Ohr Chassadim, que não
revelam iluminação de Chochma. Por isso são chamados de “internos”

Imagem (Demut) Tzelem (imagem) significa revestir Mochin de ZA, e Demut significa
revestir-se de Mochin de Nukva. O Otiot Yod, Hey, Vav do Nome
HaVaYaH são Tzelem, e o último Hey de HaVaYaH é Demut.

Sangue impuro Também conhecido como “sangue do nascimento”

No future As luzes de Binah Superior são chamadas assim já que elas estão
reservadas em ZA para o futuro. As luzes de Tvuna entram ZON
permanentemente, e são, portanto, chamadas de “próximo mundo”.

Interno (Pnimi) Partzufim Ibur, Yenika, e Mochin vestem-se de forma que o maior entre
eles é também o mais interno.

Zivug de Atzilut Os Kelim internos de Atzilut são KHB, chamados Mocha, Atzamot, Gidin,
Interno com Luzes de NRN. As Luzes Chaya e Yechida se vestem com a Luz de
Neshama. Os Kelim ZA e Malchut foram separados do Partzuf, e são
assim chamados Bassar e Or. Eles não são Kelim completos, verdadeiros,
mas estão apenas envolvem os Kelim de Guf. Eles recebem suas luzes—
Ruach and Nefesh—dos Kelim internos.

Por esse motivo, existem luzes Ruach-Nefesh nos Kelim interiors e luzes
Ruach-Nefesh nos Kelim exteriores. As almas das pessoas nascem do
Zivug Zivug dos Kelim internos e as almas dos anjos nascem do Zivug
dos Kelim externos. Portanto, as almas das pessoas são consideradas como
internalidade dos mundos, já que derivam dos Kelim internos do Partzuf, e
os anjos são considerados externalidades do mundo, já que derivam das
dos Kelim externos do Partzuf.

Internalidade O Aviut no Masach é assim chamos porque é o lugar para dar abundância.

Jerusalem O Yesod externo de Malchut.

Kamatz (Sinais de Kmitza (condensamento) das Luzes. Isso indica os 10 Sefirot de Rosh, que
pontuação) estão condensados no Kelim de Guf antes de “revestir-se”. O Hitpashtut
das Luzes no Guf é chamado Patach (aberto), já que abre a entrada para a
Luz.

Katnut (Pequenez) Os dois Partzufim Ibur e Yenika em cada Partzuf são assim chamados por
não possuírem Rosh or Mochin.
Kelim de Achoraim Kelim abaixo de Chazeh no Partzuf.
(Kelim Externo)

Kelim de Panim Kelim acima de Chazeh no Partzuf.

Keter Acomodação da raiz no grau. Origina-se da palavra Machtir, que significa


“envolver”, já que é o mais puro de todos os graus e, portanto, envolve o
Partzuf desde Acima.

Kisse Din (Trono Malchut de Mochin de Ima, que se veste em Malchut do mundo de Briah.
de julgamento) Chama-se Techelet e Sandalfon.

Kisse Rachamim As nove partes superiores de Mochin de Ima.


(Trono de
Misericórdia)

Beijar (Neshikin) Zivug dos Partzufim internos ZA and Nukva, igualmente chamados de
“Zivug de voz e palavra.”

Kista de Hayuta Um Reshimo de uma Luz passada. É o que permanece no Partzuf no seu
(Caixa da lugar, à medida que se eleva ao Ser Superior para MAN, e partiu de
Vida/Força) “Mochin.”

Kli O desejo de receber no ser emanado

Kli para Ohr Makif A metade externa e mais pura da parede do Kli. A parede interna, menos
pura do Kli serve com um Kli para Ohr Pnimi.

Kli para Ohr Pnimi A parede interna, menos pura do Kli serve com um Kli para Ohr Pnimi.

Kli Malchut Bechina Dalet de Ohr Yashar, no qual ocorreu Tzimtzum Aleph para não
receber a Luz.

Kli que eleva MAN AHP do Ser Superior durante Gadlut.

Klipat Noga (A Nitzotzin que contem uma mistura de bem e mal. Quando Noga recebe
capa Noga) Luz na sua parte boa, ela dá Luz também a sua parte má.

Klipot (Capas) Um desejo contraditório pela Luz Superior, que trata tão somente de
outorgamento, que em verdade signifique um desejo para apenas receber.
Assim, são separadas das Vida das vidas e consideradas “mortas”.

Kof Valor numérico: 100

Lamed Valor numérico: 30

Lamed-Bet (32) 32 caminhos de Chochma, que vêm de Binah, chamadps Elokim (Deus).
Deuses do Ato da Retirando Reish-Peh-Het (288) de Shin-Chaf (320) Nitzotzin, que são os 9
Criação superiores, e deixando Malchut abaixo, como resíduo.

Terra de Edom Malchut incluída em Binah é chamada de Binah, “a terra de Edom.”


(Eretz Edom)
Terra de Israel Yetzira deste mundo
(Eretz Ysrael)

Distância A distância entre duas pontas de um grau, da mais pura, Bechina (Mais
Superior) à menos pura (Inferior).

Luz de Atzilut Ohr Chochma

Luz de Briah Ohr Chassadim, sem Ohr Chochma

Luz de Malchut Luz que o Partzuf recebe da sua adjacente Superior, e não como
outorgamento de Ein Sof. Também chamada de Ohr Nefesh ou “Luz
Feminina”.

Luz de Reshimo O que permanece após a saída da Luz do Kli.

Luz que está Quando a Luz está contida e depende da medida de Aviut no Kli, e não
limitada no Kli. pode expandir-se mais, ou menos, que a medida de Aviut no Kli.

Linha (Kav) Indica uma distinção de “de Acima para abaixo”, que não existiu
anteriormente, assim como que sua iluminação é muito mais reduzida que
antes.

Igualmente, 10 Sefirot de Yosher são chamadas de Tzinor (fio condutor),


sob a perspective dos Kelim, e Kav, sob a perspectiva das Luzes.

Vivo/animado Yesod, já que eleva as 9 Sefirot deOhr Chozer e recebe 9 Sefirot de Ohr
Yashar nelas.

Fígado No Kli interno com a Luz de Nefesh.

Longo Abundância de Chochma. Short—scarcity of Chochma. Wide—


abundance of Chassadim; Narrow—scarcity of Chassadim.

Olhar para a Outorgamento de Ohr Chochma.


face/rosto

Éden inferior Yesod do mundo de Assiahh

Jardim do Éden Yesod de Malchut no mundo de Assiahh.


inferior

Chochma Inferior Chochma em Nukva.

Ima Inferior Malchut de Atzilut

Terra baixa Malchut

Sorte (Mazal) Yesod. Chamada Mazal porque emite Ohr Chochma de forma
intermitente, como em gotas.
MA HaVaYaH contida por Alephs: Yod-He-Vav-He. Todos os níveis que
emergem em Atzilut emergem no nível de MA. Atzilut é considerado o
novo MA no que diz respeito às Luzes—os Nitzotzin e os Kelim de
Nekudim que se conectam a ele. São considerados mais antigos, já que
foram utilizados em Partzuf of Nekudim prévios.

Malchut A última Bechina. Assim chamada já que exerce liderança firme e


assertive, em completo controle.

Malchut Não Tem O Masach é purificado e apenas Aviut Shoresh permanence, mas é
Luz insuficiente para um Zivug. Portanto, ela pode tão somente receber do
Zivug feito em ZA.

Masculino Um Partzuf que recebe Luzes dos seus Superiores por completo, por
(Zachar) estarem no Ser Superior.

Male Face Outorgamento de Chochma.

MAN A causa do Zivug.

Igualmente, o GE do inferior foi agregado ao mesmo grau ao AHP do


Superior, que neles descenderam no estado de Katnut. Assim, como
resultado do Dvekut durante o tempo de Katnut, quando o Superior veio
através de Gadlut, já que seu AHP se elevou e se tornou um novo NHY,
dentro de seu AHP estão o GE do inferior. Como o Masach e Reshimot de
AB, que estão compreendidos em Rosh de Galgalta e generam AB, tal
ocorreu em Tzimtzum Bet, por meio do Ibur, exceto quando Zivug está em
Yesod.

MANTZEPACH Behinot Masach e Aviut do Partzuf que permaneceram do momento do


seu Katnut. MAN do inferior é agregado ao AHP do Partzuf Nukva, no
MAN de Nukva própria, que lhe restou do seu Ibur. Do Masach do seu
Ibur, o inferior recebe o nível de Ibur. Assim, MAN do Ibur foi incluído
no MANTZEPACH de Nukva, à medida que ela os eleva à ZA. Neste
momento, um Ibur foi realizado no seu MAN, e ele recebe o seu nível.

Masach A força de Tzimtzum desperta no emanado em direção à Luz Superior,


impedindo-a de descender à Bechina Dalet. Assim, assim que alcança e
toca Bechina Dalet, a força é imediatamente revelada e repele a Luz. Essa
força é chamada Masach.

O par de Malchut Malchut de Rosh.

Mayin Nukvin Quando Nekudot de SAG se expandiu abaixo de Tabur, 2 Reshimot


uniram-se joined—os primeiros 5 de SAG e o Hey inferior de Galgalta. O
Masach é a inclusão de 2 entidades femininas: Binah e Malchut. Daí
porque Masach é chamado de Mayin Nukvin, já que sempre há duas
entidades femininas incluídas em cada um de seus Zivugim.
Mazla (Aramaico: Se’arot Dikna são assim chamados porque suas Luzes caem como gotas
sorte) até que se unam às grandes Luzes nos mundos.

Eu (Ani) Quando Malchut é revelada, é chamada de “Eu”. Quando está oculta, é


chamada de “Ele”.

Mem Valor numérico: 40

Metzach Binah de Keter.

Metzach do Desejo Durante o Zivug de Gadlut, quando Ohr Chochma reluz através da Luz de
AB-SAG, o Se’arot parte e o tempo da boa vontate aparece.

MI Binah

Ponto do meio Bechina Dalet em Ein Sof é chamada por tal nome porque está em união
com a Luz de Ein Sof.

Meio Conectar e decidir entre duas extremidades distantes

Leite Luzes de Chassadim, que Binah dá à ZA antes do seu nascimento. Essas


luzes voltam a ser Chochma, e esse processo chama-se “leite que se torna
sangue”.

Mochin Luzes de GAR ou Luzes de Rosh.

Mochin de Gadlut As Mochin que ZA recebe por elevar-se a MAN depois de 9 anos. É
chamado de Ibur Gimel, assim como “Mochin da procriação,” já que ZON
realiza um Zivug Panim be Panim e pode procriar almas.

Mochin de As Mochin que ZA recebe por elevar-se a MAN depois de 9 anos. Nesse
Holoada momento, ZON realize um Zivug Panim be Panim e pode procriar almas.
(procriação) É também chamado de Mochin de Gadlut e Ibur Gimel.

Ademais, é a Luz de Chaya que ZA recebe de AVI no nível de AB. Por


meio dessas Mochin, ZA gera o GAR das almas.

Meses de (Também: tempo da concepção). Tempo e espaço são inciciações da


Concepção (Ibur) forma. Um Partzuf é completado por meio de muitos Zivugim e Luzes,
que são 7, 9, ou 12 meses, de acordo com o número de Luzes que se unem
à esse processo de formação.

Moisés e Israel GAR de ZA.

Movimento Qualquer regeneração de forma de uma forma anterior.

Motrey (Excesso) Luzes que o Moach não pode tolerar pela falta de Tikkunim. Assim, saem
Mocha para Galgalta. São também chamadas de Se’arot (cabelo).
Silenciar a palavra 10 Sefirot de Luz que atravessam Malchut de Rosh, chamado Peh, em
direção a Toch. O Partzuf interno de Nukva é chamado “Palavra”. Se ele
parte, e ela permanece apenas com o Partzuf externo, isso é considerado
“silenciar”, já que o Partzuf interno é GAR e o externo é VAK.

Nome Uma descrição de como a Luz, que está contida em um nome, pode ser
alcançada. O nome de cada grau descreve as formas de revelação naquele
grau.

Estreito Escassez de Chassadim. Grande abundância de Chassadim. Escassez de


Chochma é chamada “curta” e abundância de Chochma é chamada
“longa”.

Perto/proximidade Semelhança de forma em relação a um amigo

Nefesh Luz que o Partzuf recebe do seu adjacente Superior e não como
outorgamento de Ein Sof. Também chamada de “Luz Feminina”.

Nehiro Ohr Yashar

Nehiro Dakik Pequena e fraca iluminação, que faz reviver as Klipot.

Nekuda Malchut na qual não há Zivug, e que não eleva Ohr Chozer, permanece na
escuridão, sem Luz, em decorrência do Tzimtzum feito no ponto médio.

Nekudot 4 níveis que emergem no Zivug no Masach durante o seu Hizdakchut.


Luzes de Tabur—Nekudot Acima de Otiot—Holam. Luzes de Yesod—
Nekudot dentro de Otiot—Melafom. Luz de Sium Raglaim—Nekudot
abaixo de Otiot.

Neshama Luz que se veste no Kli de Binah é chamada de Neshima (respiração), da


palavra Linshom (respirar), pois ZA recebe a Luz do espírito da vida de
Binah por meio dos ascensos e descensos, como na respiração.

Nesira (Sawing Separação de Nukva de ZA.


Off)

Nova Luz Qualquer Luz que emerge da correção dos Kelim no mundo de Atzilut.
Novas Almas 1) Completamente novas, advindas de Chochma de Ohr Yashar. Essas não
vêm do mundo de Tikkun. 2) Regeneração das almas, que vêm de
Chochma dos 32 caminhos, de Binah incluso em Chochma. No entanto,
são novas em relação a ZON, já que vem no novo MA (e apenas almas de
BON são antigas).

Nelas, também, existem 2 Behinot: 1) Novas almas de Panim be Panim,


do da época do Templo, quando ZA estava permanentemente no nível de
AB, e Briah estava em Atzilut. Por esse motivo, as almas, também,
estavam no mundo de Atzilut, e eram consideradas como Panim be Panim.
2) Após a queda, quando Briah descendeu ao seu lugar abaixo do Parsa, e
não possui Luz de Atzilut, mas Achor be Achor. Assim, com relação a
Achor be Achor, essas almas são consideradas novas.

Próximo Mundo Luzes de Tevuna, que vão a ZON constantemente. No futuro—Luzes de


Binah Superior. São assim chamadas porque estão mantidas em ZA para o
futuro.

Nikvey Em Tzimtzum Bet, Malchut elevou-se a Sefira Chochma em cada Sefira, e


(Cavidades) fez cavidades em Hotem, Awzen, and Eynaim. Antes da ascenção de
Awzen, Hotem, Malchut, havia apenas 1 cavidade em cada Sefira, em Peh.
Eynaim

Nikvey Eynaim Bechina Aleph em Rosh, já que Chochma se chama Eynaim, e pela força
da ascenção do Hey inferior ao Eynaim, Nukva foi realizada em Chochma
também.

Nitzotzin Os Reshimot que permaneceram das Luzes de Nekudim após sua saída dos
Kelim quebrados. Há 2 tipos de Luzes neles: 1) Ohr Yashar, pura,
chamada “Luzes, que permaneceram em Atzilut, e 2) Ohr Chozer, menos
pura, chamada Nitzotzin, que descendeu de BYA com os Kelim.

Alimentos Devem ser de um Grau Superior, já que provêm força para que se eleve e
se revista sempre no Ser Superior.

NRNHY Os Kelim das 10 Sefirot são chamados KHB ZON. As Luzes dos 10 Sefirot
são chamadas Nefesh, Ruach, Neshama, Chaya, Yechida. Os Kelim são
visto como sendo de Acima para abaixo, e as Luzes—de baixo para cima,
na direção do crescimento.

Nukva A altura, medida do crescimento: no futuro, será Panim be Panim com


ZA, em um Keter. Sua grande dimunuição—um ponto abaixo de Yesod de
ZA.

Nun Valor Numérico: 50

Ohr (Luz) Tudo que é recebido em Bechina Dalet; inlcui a tudo, com exceção do
desejo de receber.
Ohr Eynaim Luz que emerge no Masach em NE em Bechina Aviut Aleph.

Também, Luz Hitpashtut de Ein Sof para o Masach. Uma Luz que sai de
Ein Sof é sempre Ohr Chochma, Ohr Eynaim, visão ou Histaklut.

Ohr Chochma Luz que se estende do Criador para a criatura, a totalidade e sustentação
do ser emanado.

Ohr Chozer (Luz Luz que não foi recebida em Bechina Dalet e que foi repelida pelo
Refletida) Masach. Após Tzimtzum Aleph, serve como um vaso para recepção em
todos os Partzufim, no lugar de Bechina Dalet.

Também, Luz que se estende do menos puro ao mais puro, chamada de


“abaixo para Acima”.

Ohr Makif Qualquer luz que é repelida de recepção em Sof do Partzuf, em


decorrência da fraqueza do Masach. Envolve o Partzuf e pressiona o
Masach para se revertir nele no futuro.

Ohr Nefesh Luz que o Partzuf recebe do seu adjancente Superior, e não como
outorgamento de Ein Sof. Também chamada de “Luz Feminina” ou Ohr
Malchut.

Ohr Panim Ohr Chochma

Ohr Pnimi (Luz Luz que reveste um Kli.


Interna)

Ohr Yashar Luz que se estende de Ein Sof para o Partzufim. Não afeta os Igulim
(círculos), mas apenas as Sefirot de Yosher (qualidade de ser direto), de
acordo com o seu desejo de receber: o Outorgante dá ao desejo menos
puro, à Bechina Dalet.

Igualmente, Luz que se estende do mais puro ao menos puro, chamada “de
Acima para abaixo”.

Luz Antiga Luz que permaneceu em Nekudim após a quebra dos recipients/vasos.

Um/Ser Luz Superior que advém de Atzmuto, de Acima para abaixo, sem qualquer
mudança de forma

Abertura dos Iluminação de Chochma.


Olhos

Órgãos Sefirot de Guf.

Origem das Luzes Malchut de Rosh é assim chamada porque cria Ohr Chozer, que reveste a
Luz e a traz para o Guf.

Origem da Alma O desejo de receber que foi impregnado nas almas, que as separa da Luz
Superior. A transição entre o mundo de Atzilut e o mundo de Briah.
Oscilar VAK é assim chamado porque, até que o Partzuf alcance GAR, ele oscila
entre Din e Rachamim.

Outros Deuses A tomada dos Klipot em Achoraim de Nukva, já que não foram
selecionadas antes de Gmar Tikkun.

Otiot (Cartas) Kelim

Periferias da As primeiras 6 Sefirot do mundo de Briah, saindo do mundo de Atzilut


Cidade para abaixo.

Panim Um lugar no Kli que tem como propósito receber ou outorgar.

Parsa Um limite que divide o Partzuf em vasos de outorgamento e vasos de


recepção.

Separações O Guf do Partzuf.

Partzuf 10 Sefirot, uma embaixo da outra, que vêm da ascenção de Malchut ao


Emanador.

Patach (sinal de Hitpashtut das Luzes no Guf é assim chamada porque abre uma entrada
pontuação) para a Luz. Kamatz é Kemitza (condensamento) das Luzes, relativas às 10
Sefirot de Rosh, que estão condensadas antes de se revestirem nos Kelim
de Guf.

Patriarcas (Avot) As Sefirot HGT com respeito às Sefirot NHY, que são suas descendentes.

Peh Malchut de Rosh.

Peh Valor Numérico: 80

Zivug Permanente Zivug de AVI no seu lugar

Lugar O desejo de receber no emanado.

Além disso, tempo, espaço e movimento são uma só coisa.

Lugar de BYA Preparado durante Tzimtzum Bet.

Lugar de A terceira parte final de Sefira Tifferet de AVI, enquanto são um Partzuf
Concepção com YESHSUT.

Lugar de A Sefira Malchut, que elimina o Partzuf devido à força do Tzimtzum nela,
Escuridão gera escuridão.

Lugar de Como o lugar dos mundos de BYA está dividido em GE de BYA, o lugar
Assentamento de Kedusha, e as 14 Sefirot de Mador ha Klipot, este mundo está dividido
em um lugar de assentamento, que compreende BYA—o lugar do Templo,
Eretz Ysrael, e o exterior—e o lugar da ruína, que são os desertos, nos
quais as pessoas não se assentam.
Lugar em que as Um lugar de deficiência em Kedusha (Santidade).
Klipot “se
prendem” (lit.)

Preparação para Quando existe um Masach no Partzuf na medida certa para o Zivug e a
Receber extensão da Luz.

Chochma Chochma em AA, que não reluz em Atzilut. Apenas Chochma dos 32
Primordial caminhos reluz.

Proliferação da Muitos Reshimot que não foram regenerados em um Zivug, e, portanto,


Luz requerem sua correção e elevam-se a MAN para um novo Zivug.

Emanação Iluminação de Chochma.

Pontuação de Otiot Indica a fonte de cada grau em si mesmo, seja ele de Hitkalelut com o Ser
(Cartas) Superior, com o inferior, ou com si mesmo. A distribuição dos nomes
indica o nível do grau.

Qualidade do Quantidade do lugar é o número de graus nesse lugar. A qualidade do


Lugar lugar é a importância do grau nesse lugar.

Quantidade do Quantidade do lugar é o número de graus nesse lugar. A qualidade do


Lugar lugar é a importância do grau nesse lugar.

Raquel Nukva de ZA, do seu Chazeh para abaixo

RADLA As 10 Sefirot de Rosh de Atik são chamadas Reisha de Lo Etyada


(RADLA) porque utilizam Malchut de Tzimtzum Aleph.

Regeneração das Outorgamento de Ohr Chochma para as almas, como durante o Gadlut do
Almas mundo dos Nekudim, e que foram retirados pela quebra. Também como se
passou da segunda vez, anteriormente ao pecado de Adam HaRishone a
segunda saída através da falha dos órgãos da alma.

Reish Valor Numérico: 200

Retirar/ Distanciar Um Tikkun no qual o Kli se distancia de receber Ohr Chochma e, no lugar,
escolhe receber Ohr Chassadim.

Reshimo Quando a Luz parte. É o núcleo e a raiz para o nascimento de um novo


Partzuf.

Resíduo/ Restante Um Zivug que reaviva os mundos.


(She’er)

Retorno ao Que Saída de Luz de Hizdakchut doMasach à Malchut de Rosh, Quem Emana
Emana as 10 Sefirot de Guf.

Ressurreição dos O retorno de BYA para o mundo de Atzilut é assim chamado porque a
Mortos saída do mundo de Atzilut é chamada de “morte”.
Costela Nome de Nukva quando ela se agarra ao Achor be Achor do Achoraim of
Chazeh de ZA, já que ela é acrescentada ao Guf e eles servem a um Keter.

Teto Keter em cada grau.

Rosh (Cabeça) A parte no emanado que é mais igual à forma de Shoresh. Também é as
10 Sefirot da Luz Superior que se expandem para o Masach em Malchut,
para elevar Ohr Chozer.

É assim chamado porque precedem o Masach e Ohr Chozer. Também,


são as 10 Sefirot de Ohr Yashar que se revestem nas 10 Sefirot de Ohr
Chozer.

Redondo Quando não há distinção entre Acima e abaixo nos 4 Behinot no desejo.
Por esse motivo, os 4 Behinot são chamados “4 redondos Igulim
(círculos)” um dentro do outro, já que não existe Acima ou abaixo entre
eles.

Ruach Ohr Chassadim. É uma Luz que se reveste no Kli de ZA, já que seu
propósito é elevar-se à Binah para apreender a sua Luz e descender para
dá-la à Malchut.

Lit. Disse ao Seu Malchut, que termina o Hitpashtut da Luz Superior no Chazeh do mundo
mundo, “Basta! de Yetzira, coloca seu limite aqui.
Não se alastre
mais”.

Samech Valor Numérico: 60

Selo/Marca Ohr Chozer que se eleva do Masach para acima, revestindo as 10 Sefirot
(Hotam) de Rosh. Nechtam (marca/impressão/selo)—as mesmas 10 Sefirot que vão
de Rosh ao Guf.

Lacrado As mesmas 10 Sefirot que vão do Rosh ao Guf, já que um lacre é Ohr
Chozer que se eleva do Masach para acima, revestindo as 10 Sefirot de
Rosh.

Segundo Ibur Zivug que ocorre ao acrescentar Ohr Chochma no Partzuf.

Sefira 10 Sefirot de Ohr Yashar revestidas em Sefirot de Ohr Chozer, que


emergem em um Zivug, são chamadas “1 Sefira,” de acordo com a mais
elevada Sefira no nível, embora contenha 10 Sefirot em comprimento e
largura.

Segol Uma indicação de que há 3 Nekudot HBD quando HB são Panim be


Panim.
Separar o Sigim Sigim são Hey inferiors que se mesclaram aos 7 Melachim e acarretaram
(Lixo/Resíduo) a quebra do mundo de Nekudim. Assim, o Tikkun é a necessidade de
remover o Hey inferior de todos os Kelim quebrados. Isso é feito pela Ohr
Chochma, Luz de Aba. Esse Tikkun é chamado “separação do Sigim”.

Também: um Tikkun que é realizado por Ohr Chochma, Luz de Aba, que
deve remover o Hey inferior de todos os Kelim quebrados. Isso porque
Sigim é o Hey inferior que se mesclou com os 7 Melachim que causaram a
quebra do mundo de Nekudim.

Separação Dois graus sem equivalência de forma entre si.

Zona de Shabbat Fim da Luz Superior pela força de Malchut.

Shin Numeric value: 300

Shoresh (Raiz) All the Behinot in Keter; ten Sefirot de Rosh.

Curto Escassez de Chochma. Grande abundância de Chassadim. Estreito-


escassez de Chassadim. Longo—abundância de Chochma.

Side-lock (Lit. Malchut é assim chamada porque é a última das Sefirot.


arma)

Sigim Hey Inferior que se mesclou aos Melachim (reis) e causou a quebra do
(Lixo/resíduo) mundo dos Nekudim.

Simples (Pashut) Sem distinção de graus e lados.

Sium Kelim de Chazeh


Panim

Sium of Tzimtzum Acima do ponto deste mundo


Aleph

Sium of Tzimtzum O Parsa que finaliza Atzilut.


Bet

Sium Raglaim de O ponto Sium neste mundo. É o fim da linha de Ein Sof e o ponto médio
Adam Kadmon de todos os mundos.

Sium Raglaim de Binah de NHY de Adam Kadmon.


Atzilut

Sono Quando um Partzuf ascende para MAN, considera-se que seu lugar é
entorpecido, sem Mochin. Permanece com Kista de Hayuta (caixa de
força).

Devagar Extensão gradual de Luzes pelo caminho da causa e conseqüência.

Cheiro A Luz em ZA de Rosh, chamada Hotem (nariz).


Sof/Sium Realizado pela força repelente de Bechina Dalet. A Luz Superior pára de
(Finalizar) reluzir porque ela não é recebida. Bechina Dalet é chamada Sium (fim)
porque pára de receber a Luz Superior e, sendo assim, finalize o grau.

Filho Um ser inferior, com relação ao Ser Superior

Classificar e Classificar significa o rebaixamento dos 32 Nitzotzin—32 Malchuts—


Corrigir como resíduo, em que restam 288 para a construção de Kedusha. É
corrigido pela iluminação de Aba, e isso é chamado de “classificação das
Luzes”. Mas, sem Malchut, não existe grau. Assim, Hitkalelut do 1o. Hey
e do Hey inferior são recebidos do Masach de Ima e isso se chama “a
associação da qualidade de Din com a qualidade de Rachamim.”

Deste Hitkalelut, 32 novos Malchuts são completados, para completar os


320 Nitzotzin. Essa classificação é possível apenas pela Luz de Aba, já que
ela não reluz em Bechina Dalet, e assim o resíduo é classificado. O
Tikkun é, no entanto, pela Luz de Ima. Classificar significa retirar partes
de Bechina Dalet que obstruem a recepção da Luz Superior.

Almas de Adam ha Antes do pecado—NRN de BYA em Atzilut. Após o pecado—a Luz de


Rishon Nefesh permaneceu no Kli de Keter de cada Sefirot de BYA, com exceção
do AVI de Briah.

Almas dos Anjos Os Kelim internos de Atzilut são KHB, chamados Mocha, Atzamot, e
Gidin, com Luzes de NRN. Luzes de Chaya e Yechida revestem-se com a
Luz de Neshama.

Os Kelim ZA e Malchut foram separarados do Partzuf; portanto, são


chamados Bassar e Or. Eles não são Kelim completos ou verdadeiros, mas
apenas envolvem os Kelim de Guf. Suas Luzes são Ruach e Nefesh, e eles
recebem dos Kelim internos.

Existem luzes de Ruach-Nefesh nos Kelim internos e Luzes de Ruach-


Nefesh nos Kelim externos. As Almas das pessoas nascem do Zivug dos
Kelim internos e as almas dos anjos nascem do Zivug dos Kelim externos.

As almas são consideradas a internalidade dos mundos, já que emergem


dos Kelim internos do Partzuf. Anjos são considerados a externalidade dos
mundos, já que emergem dos Kelim externos do Partzuf.
Almas das pessoas Os Kelim internos de Atzilut são KHB, chamados Mocha, Atzamot, e
Gidin, com Luzes de NRN. Luzes de Chaya e Yechida se revestem na Luz
de Neshama.

Os Kelim ZA eMalchut foram separados do Partzuf; potranto, são


chamados Bassar e Or. Eles não são Kelim completos ou verdadeiros, mas
apenas envolvem os Kelim de Guf. Suas Luzes são Ruach e Nefesh, e eles
recebem dos Kelim internos.

Existem luzes de Ruach-Nefesh nos Kelim internos e Luzes de Ruach-


Nefesh nos Kelim externos. As Almas das pessoas nascem do Zivug dos
Kelim internos e as almas dos anjos nascem do Zivug dos Kelim externos.

As almas são consideradas a internalidade dos mundos, já que emergem


dos Kelim internos do Partzuf. Anjos são considerados a externalidade dos
mundos, já que emergem dos Kelim externos do Partzuf.

Espaço/Vazio Bechina Dalet, que se esvaziou de Luz em decorrência do Tzimtzum


Aleph, não está ausente para o emanado, mas restou um espaço vazio, sem
Luz.

Centelha (Netzitzo) Ohr Chozer

Palavra 10 Sefirot de Luz que passam por Malchut e, dela, abaixo para Guf.

Também, 10 Sefirot de Luz que passam de Malchut de Rosh, chamada


Peh, dentro de Toch. O Partzuf interno de Nukva é chamado “palavra”. Se
ele parte, Nukva permanence apenas com o Partzuf externo. Isso é
chamado “mudez”, porque o Partzuf interno é GAR e o externo é VAK.

Zivug Espiritual Um Zivug que decorre de Rosh SAG a Rosh de Nekudim, que corrige o
GAR de Partzuf Nekudim, mas que não expande ao Guf de Nekudim.
Também chamado de Zivug de Neshikin (Zivug dos beijos).

Espiritualidade Desprovido de qualquer estado corpóreo, como tempo, espaço e


movimento.

Quadrado Zivugim feito em Malchut durante sua Hizdakchut de Bechina Dalet a


Bechina Gimel, de Bechina Gimel a Bechina Bet, e até que ela chegue a
Peh. Esses nomes decorrem dos 4 tipos de purificação do Masach.

Força Um discernimento que é como a semente da qual crescerá a árvore.

Substância/Matéria O Aviut em um Partzuf de Bechina Dalet no desejo. Ele também tem


(Homer) comprimento, profundidade, e seis limites/pontas—acima, abaixo, leste,
oeste, norte e sul.

Sucção das Klipot A substância das Klipot é completamente má, não podendo receber
nenhuma Luz. No Entanto, durante a quebra dos vasos, vasos de
outorgamento caíram nas Klipot e se tornaram sua alma e fonte de
subsistência.
Sofrimento Onde o Kli é digno de revestir-se de Luz, mas não se reveste por sua
própria escolha.

Sol no Seu NHY de ZA que se reveste em Nukva.


Invólucro

Suplemento de A ascenção dos mundo da 5a hora na véspera do Shabbat.


Shabbat

Adocicar/ Mitigar Se os Kelim foram prejudicados durante a quebra, necessitam de Luz para
“mitigá-los/adocicá-los” na sua “amargura” e suas força de Din
(julgamento), de modo que não possam ser aprisionados.

Taamim Hitpashtut da Luz de Acima para abaixo, de Peh ao Tabur.

Tabur Malchut de Guf, de onde a limitação verdadeira e rejeição da Luz começa.

Tabur do Coração O lugar de Chazeh

Calda dos Leões The Sium (fim) do Grau Superior, que se torna o grau de “cabeça para as
raposas”, a Rosh (cabeça) dos graus inferiores.

Tav Valor Numérico: 400

Tefillin Tzitzit (Zizith) é Se’arot de ZA, que reluz em Rosh de Nukva, que atrai
Bechina Tefillin em sua Metzach.

Templo (Beit ha Briah deste mundo


Mikdash)

Tet Valor numérico: 9

Fim de tudo Bechina Dalet em Bechina Dalet—o menos puro de todos—é chamado de
Sof (fim) porque todos os graus trabalham para corrigi-la.

20 Graus em Guf Ibur, Yenika, Mochin em Achor de Nukva, em que cada um são 10 Sefirot.
de Nukva

Trono 10 Sefirot de Luz de Ima, que estão espalhados pelo mundo de Briah:
GAR é chamado Kisse e VAK chama-se “6 degraus do trono.” Malchut
que se reveste em Malchut de Briah se chama Din, Techelet e Sandalfon.

Pelos lados Outorgamento Limitado

Tempo Uma certa quantidade de Behinot (discernimentos) que se originam um do


outro segundo a lei da causa e conseqüência.

Época de Boa Durante o Zivug em Gadlut, Ohr Chochma reluz através da Luz de AB-
Vontade SAG, o Se’arot parte e o Metzach do desejo aparece.

Unhas O Sium de cada Partzuf.


Tohu Bohu chama-se AA, quando existe revelação. Tohu chama-se Atik, onde
não existe revelação

Torah Luz de ZA.

Tocando Disparidade de forma insuficiente de um grau para que se separem dois


(Tangential) graus na raiz.

Caminho Yesod de Aba foi dado esse nome porque é longo e estreito

Árvore Yesod de ZA, a linha do meio, o lugar de Zivug.

Árvore da O lugar de Chazeh para abaixo, chamado Assiahh. Sua principal parte é
Sabedoria (Etz ha Yesod, que é uma linha do meio, chamada Etz (árvore).
Daat)

Árvore da De Chazeh de ZA para abaixo, já que existe iluminação de Chochma lá.


Sabedoria do Bem Assim, nesse lugar se apodera a Klipot, chamada de “mal”.
e do Mal

Árvore da Vida O lugar de Chazeh para Acima. Existem Chassadim escondidos nesse
(Etz Chaim) lugar, a Luz de Achoraim de Binah, e, assim, sem espaço para as Klipot.

Triângulo Um grau com apenas as 3 Behinot no desejo

Tzadi Valor numérico: 90

Tzelem Ohr Chozer que se eleva a Hitkalelut MAN do ser inferior no Masach e
Aviut do Ser Superior, revestindo as 10 Sefirot de Ohr Yashar. Essa Ohr
Chozer perternce ao Ser Superior, já que Ele realiza um Zivug para as
necessidade do ser inferior, no Aviut do inferior, essa Ohr Chozer
descende ao inferior em conjunto com Ohr Yashar. Para recebê-la, o
inferior deve diminuir-la em 3 graus, chamados, Mem-Lamed-Tzadi, ou
como se lê de abaixo para Acima Tzadi-Lamed-Mem (Tzelem).

Tzere (sinal de HB quando Binah está em Achoraim para Chochma, e não há ponto de
pontuação) Daat debaixo deles, para trazê-los a Zivug. Binah, também, chama-se
Tzere, já que todos os órgãos de ZA recebem suas formas por meio de seu
Masach de Aviut.

Tzimtzum Aquele que domina seu desejo, restringe-se e não recebe, apesar do
grande desejo de receber.

Tzimtzum Aleph Tzimtzum de Malchut; Tzimtzum em Bechina Dalet. Portanto, a linha de


Ein Sof pára em Malchut de NHY.

Tzimtzum Bet Tzimtzum NHY de Adam Kadmon; Tzimtzum on Bechina Bet. Por isso, a
linha de Ein Sof pára em Binah de NHY de AK, do qual o lugar dos
mundos BYA foi feito. Tzimtzum Bet é a associação de Midat ha
Rachamim, Binah, com Midat ha Din, Malchut.
Tzitzit Se’arot de ZA, que reluz em Rosh de Nukva, que atria Bechina Tefillin em
sua Metzach.

Unificação (Yhud) 2 diferentes Behinot que tornaram suas formas equivalentes

Único A Luz Superior que produz uma multiplicidade de graus para equalizá-los.
Unidos—quando, tudo, no final, torna-se um apenas.

Unidos Quando, no final, tudo se torna um só. Um—a Luz Superior que traz
equivalência para uma multitude de graus.

Superior Mais importante

Éden Superior Yesod do mundo deBriah.

Jardim do Édem No mundo de Briah, que é Binah.


Superior

Chochma Superior Chochma em ZA

Terra Superior Binah. Malchut é a terra inferior. Quando Malchut é incluída em Binah,
Binah chama-se Eretz Edom.

Brancura Superior Antes de revestir-se em um Kli, a Luz é branca, já que todas as cores vêm
apenas dos Kelim.

Vago/Disponível Um lugar que está pronto para sofrer correções.

Espaço vago/ Quando ZA se eleva a AA, que é seu lugar verdadeira, Segundo a
disponível e Um perspectiva de Nekudim, um espaço vago resta em BYA, já que não existe
Espaço Luz na totalidade de Atzilut, até que, em Gmar Tikkun, Atzilut descenderá
abaixo do Parsa.

Espaço Vago Pela força de Tzimtzum Aleph, Malchut elimina a Luz Superior. Esse Sium
está acima do ponto do mundo. Por meio de Tzimtzum Bet, o lugar de
Tzimtzum elevou-se de Sium Galgalta ao Chazeh do Partzuf Nekudim. E
de lá para abaixo, um vácuo foi feito, bem como o lugar para as Klipot.

No entanto, pela queda dos vasos de outorgamento abaixo de Chazeh do


lugar de BYA, apenas 14 Sefirot restaram para Mador ha Klipot. Pelo
pecado de Adam ha Rishon, o ponto de Sium of Kedusha descendeu a
Binah de Malchut do mundo de Assiahh, chamado “o chão do Jardim do
Éden inferior”, do qual o vácuo foi feito. O espaço foi diminuído pela
quebra dos vasos e o pecado de Adam ha Rishon, já que desdenceu do
lugar de Parsa a Binah de Malchut de Assiahh. Mas as Klipot ganharam
força para construir os 4 mundos.

VAK e Nekuda das Antes do pecado de Adam ha Rishon, todos os mundos elevaram-se a
Klipot de Atzilut Atzilut, existiam Klipot nas 14 Sefirot de Mador ha Klipot (seção da capa).
Não tinham Partzuf, apenas VAK para ZA das Klipa, e Nekuda para a
Nukva da Klipa.
Vav Valor numérico: 6

Visão (Re’iah) Hitpashtut da Luz de Ein Sof para o Masach. Uma Luz que vem de Ein
Sof é sempre Ohr Chochma ou Ohr Eynaim, ou Re’iah (visão), ou
Histaklut, Ohr Chochma de Rosh.

Voz e palavra Zivug Partzufim ZA internos e Nukva. Também chamado de Zivug de


Neshikin (beijar).

Parede (Dofen) O Aviut do Masach é o Kli que recebe Luz. Chamado de “parede do Kli”
porque o Kli é apenas suas paredes. As 4 Behinot de Aviut são 4 camadas
da espessura da parede, posicionadas uma encima da outra e entendidas
como internalidade e externalidade.

A Bechina mais espessa na parede do Kli dá maior abundância e é


considerada a internalidade do Kli. O resto das Behinot, as mais puras, são
consideradas as externalidades do Kli, onde Bechina Dalet é a mais
interna, comparada com Bechina Gimel, Bechina Gimel é interna
comparada com Bechina Bet, etc.

Parede (Kotel) A Masach de Achoraim de Ima, que detém Ohr Chochma de alcançar
ZON, quando estão em Katnut, pela força de Hafetz Hesed (rejubilar-se na
misericórdia).

Resíduo Os Sigim depois dos escrutínios.

Poço (de água) Yesod de Nukva, do qual se eleva Ohr Chozer, como se vinda de um poço.

Rodas Sefirot de Igulim (círculos) são assim chamadas porque suas Luzes se
tornam redondas, já que não há pureza e o Aviut (impureza) existe.

Amplo Abundância de Chassadim. Estreito—escassez de Chassadim. Escassez de


Chochma é chamada “curto” e abundância de Chochma é chamada
“longo”.

Janela A força de Ohr Chozer que abre a recepção da Luz no Kli.

Asas Malchut de Ima está sempre em Katnut, interrompendo ZON do exterior.


Dessa forma, ela proteje ZON, já que apenas a iluminação de Chochma
passa por ela. Parsa, abaixo de Atzilut, também é feito de Malchut de Ima,
e é chamado de “sapato,” que protege os pés de ZON. Nenhuma
iluminação de Chochma passa por ela.

Mundo (Olam) O nome Olam começa com o Partzuf BON do mundo de Adam Kadmon,
já que ZA e Malchut dos Kelim internos de Bechina Dalet desapareceram
e se tornaram Kelim para Ohr Makif, chamados Levush e Heichal.

Olam também significa He’elem (ocultamento).


Mundos e Almas AVI faz 2 Zivugim: 1) Achor be Achor, para reviver os mundos com Ohr
Chassadim; 2) Panim be Panim, para procriar almas. Um Levush estende-
se do primeiro e externo Zivug, e, do segundo, Zivug interno, estende-se
Ohr Chochma para as almas. Daí porque há 3 Partzufim: externo e médio
—do primeiro Zivug, e interno—do segundo Zivug.

Yaakov (Jacob) VAK de ZA, Partzuf externo

Yashar (Direto) Descenso de Luz Superior no Kelim de acordo com o desejos dos Kelim,
Segundo seu Bechina Dalet, como um objeto pesado que cai direto no
piso. Nos Kelim sem Aviut—desejo—a Luz apenas envolve, já que não
existe uma força que atrai.

Yechida A Luz revestida em Sefira de Keter.

YESHSUT ZAT ou AHP de AVI. Quando AVI faz um Zivug Panim be Panim, AVI e
YESHSUT são entendidos com um único Partzuf. Quando AVI realiza um
Zivug Achor be Achor, YESHSUT sai de AVI para um Partzuf em
separado.

Yod Valor numérico: 10

Yod-Aleph (11) Centelhas de Luz que permaneceram para reavivar o coração de pedra.
Sinais do Incenso

Yosef (Joseph) Yesod de ZA.

Yotzer (criar) Outorgamento de Luz nos mundos; inclui a tudo, com exceção do desejo
de receber.

Ysrael (Israel) (Também: Moisés e Israel.) GAR de ZA ou Partzuf interno.

Zayin Valor numérico: 7

Zeir Anpin Significa “pequeno rosto”, uma vez que a maioria de ZA é Ohr
Chassadim, e sua minoria—Ohr Chochma. Ohr Chochma é chamada
Panim (face/rosto). Então, Keter chama-se Arich Anpin, que significa
“rosto longo,” ao ter Ohr Chochma.

Zion (Tzion) O Yesod interno de Nukva é assim chamado em decorrência da palavra


Yetzia (saída).

Zivug de Guf Um Zivug completo—Zivug AVI para dar às almas Luz e procriação de
ZON.

Zivug de Hakaa A ação do Masach de repelir a Luz de Bechina Dalet para a sua raiz.
Existem duas matérias opostas nesse ato: Hakaa da Luz, e um
subsequente Zivug que induz sua aceitação no Kli, já que a Luz rejeitada
por Bechina Dalet se torna Ohr Chozer, que se torna, por sua vez, o Kli
revestido, que revela a Luz no Partzuf.
Zivug de Neshikin Um Zivug originado em Rosh SAG para Rosh de Nekudim, que corrige o
GAR de Partzuf Nekudim para não se expande para o Guf de Nekudim.
Também chamado de um “Zivug espiritual”.

Zivug de Yesodot Corrige o ZAT do Partzuf. Também chamado “Zivug inferior” e Zivug do
(plural para Yesod) Guf.
Sobre o Bnei Baruch

O Bnei Baruch é um grupo de Cabalistas sediado em Israel, que compartilha a sabedoria da


Cabalá com o mundo inteiro. Os materiais de estudo são traduzidos em mais de 30 idiomas e
são baseados em textos cabalisticos autenticos que foram passados de geração à geração.

A História e Origem

Em 1991, por ocasião do falecimento de seu professor, Rav Baruch Shalom HaLevi Ashlag (O
Rabash), Rav Michael Laitman, professor de Ontologia e da Teoria do Conhecimento, PhD em
Filosofia e Cabalá, além de MSc em Medicina Bio-Cibernética fundou um grupo de estudos da
Cabalá chamado "Bnei Baruch". Ele o denominou Bnei Baruch (Os filhos de Baruch) para
homenagear seu mentor, do qual sempre esteve ao lado durante os últimos doze anos de sua
vida, de 1979 a 1991. Rav Laitman foi o primeiro estudante e assitente pessoal de Ashlag e é
reconhecido como sucessor do método de ensino do Rabash.

O Rabash foi o filho primogênito e sucessor do Rav Yehuda Leib HaLevi Ashlag, o grande
Cabalista do século 20. Rabino Aslahg escreveu o mais autoritario e compreensivo comentario
sobre o Livro do Zohar, intitulado The Sulam (A Escada). Ele foi o primeiro a revelar o método
completo para a ascensão espiritual,e por esta razão, ficou conhecido como Baal HaSulam (O
Dono da Escada).

Hoje, o Bnei Baruch baseia todos os seus métodos de estudo sobre o caminho pavimentado por
estes dois grandes líderes espirituais.

O Método de Estudo

O inédito método de estudo desenvolvido por Baal HaSulam e seu filho, O Rabash, é ensinado e
aplicado diariamente pelo Bnei Baruch. Este método baseia-se em autenticas fontes da Cabalá
tais como o Livro do Zohar, do Rabino Shimon Bar-Yochai, A Arvóre da Vida, do Santíssimo
Ari , e O Estudo das dez Sefirot, de Baal HaSulam.

Enquanto o estudo se baseia em autenticas fontes da Cabalá, este é explicado em uma


linguagem simples, usando uma abordagem científica contemporânea. O desenvolvimento desta
abordagem tornou o Bnei Baruch uma organização reconhecida e respeitada
internacionalmente, tanto em Israel quanto pelo resto do mundo.

A inédita comBinahção de um método de estudo acadêmico e experiências pessoais ampliam a


perspectiva dos estudantes e lhes confere uma nova percepção da realidade na qual vivem.
Para aqueles que estão no caminho da espiritualidade, lhes são fornecidos os instrumentos
necessários para estudarem a si próprios e a realidade que os rodeia.

A Mensagem

Bnei Baruch é um movimento de diversas dezenas de milhares de estudantes no mundo. Os


estudantes podem escolher os seus próprios caminhos e a intensidade de seus estudos , de
acordo com suas características, condições e habilidades. A essência da mensagem dimmininada
pelo Bnei Baruch é universal: A unidade das pessoas, a unidade das Nações e o Amor pelo
Homem.
Por milênios os Cabalistas têm nos ensinado que o amor ao homem deve ser o pilar de todas
as relações humanas. Este amor prevaleceu nos dias de Abraão, Moisés e o grupo de Cabalistas
que eles fundaram. Se abrirmos espaço para estes antigos valores mas que ainda são
contemporâneos, nós descobriremos que possuimos o poder de por de lado nossas diferenças e
nos unir.

A Sabedoria da Cabalá, oculta por milênios, tem esperado pelo tempo quando estivermos
suficientemente desenvolvidos e prontos para implementar sua mensagem. Agora, está
emergindoo como uma solução que pode unir diversas facções aonde quer que elas estejam,
habilitando-nos, como indivíduos e como sociedade, para enfrentarmos os desafios dos tempos
atuais.

Atividades

O Bnei Baruch foi fundado a partir da premissa que somente pela expansão

da Sabedoria da Cabalá para o publico, nós poderemos ser recompensados pela completa
redenção (Baal HaSulam).

Por isso, o Bnei Baruch oferece uma variedade de formas para as pessoas explorarem e
descobrirem o sentido de suas vidas, oferecendo-lhe uma cuidadosa orientação tanto para
iniciantes como tambem para estudantes avançados.

Televisão - TV Cabalá

O Bnei Baruch fundou uma empresa de produções, a ARI Films (www.arifilms.tv)


especializada na produção de programas de TV educativa, transmitidos em todo o mundo e em
varios idiomas.

Em Israel, o Bnei Baruch montou seu próprio canal transmitindo tanto por TV a cabo quanto
satélite de domingo à sexta-feira. Além disto o canal também transmite via Internet no site:
www.kab.tv . Todas as transmissões do canal são gratuítas. Os programas são adaptados para
todos os níveis desde iniciantes até estudantes em estágios mais avançados.

Adicionalmente a ARI Films produz seriados educacionais e documentários.

Site na Internet

O website internacional do Bnei Baruch, www.kab.info, apresenta a autêntica sabedoria da


Cabalá, utilizando ensaios, livros e textos originais. É sem dúvida a mais completa fonte de
material autentico de Cabalá disponível na net, contendo uma exclusiva, extensa biblioteca para
leitores explorarem de forma detalhada a sabedoria da Cabalá. Adicionalmente os arquivos de
media www.kabbalahmedia.info contem mais de 5.000 itens, livros para download e um vasto
repertório de textos, videos, arquivos de audio em diversos idiomas.

O centro de ensino on-line do Bnei Baruch," Learning Center", oferece, para estudantes
iniciantes lições gratuitas da Kabbalah permitindo adentrar na profunda estrutura deste
conhecimento no conforto de seus respectivos lares.
As lições diárias de Rav Laitman são também transmitidas ao vivo no www.kab.tv, com textos
e diagramas complementares.

Todos estes serviços são oferecidos gratuitamente.

Jornal

Kabbalah Today é um jornal mensal gratuito produzido e disseminado pelo Bnei Baruch em
diversos idiomas, entre eles inglês, Hebraíco, Espanhol e Russo. É um jornal apolítico, não
comercial, e escrito de modo claro e no estilo contemporâneo. A proposta do Kabbalah Today é
expor o vasto conhecimento da sabedoria oculta da Cabalá sem custo, de formato e estilo
atrativo para leitores de qualquer lugar.

Kabbalah Today é distribuído gratuitamente nas maiores cidades dos Estados Unidos, bem
como em Toronto no Canadá, em Londres, na Inglaterra e Sidney na Austrália. É impresso em
Inglês, Hebraíco e Russo e está tambem disponível na Internet no www.kabtoday.com .

Adicionalmente, o jornal é enviado para assinantes pagando apenas o custo do envio.

Livros da Kabbalah

O Bnei Baruch publica livros autênticos, escritos por Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam), seu
filho Rav Baruch Ashlag (o Rabash), e Rav Michael Laitman. Os livros do Rav Ashlag e do
Rabash são essenciais para o completo entendimento dos ensinamentos da autêntica Cabalá
que são explicados durante as lições de Rav Laitman.

Rav Laitman escreve seus livros em um estilo claro e contemporâneo, baseados nos conceitos
chaves de Baal HaSulam. Estes livros são um elo vital entre os leitores de hoje e os textos
originais. Todos os livros estão a venda, bem como disponibilizados de forma gratuita para
download.

Lições de Kabbalah

Tal como os Cabalistas vêm fazendo por séculos, o Rav Laitman ministra lições diárias no
Centro Bnei Baruch em Israel entre 3:15 e 6:00 hrs., horário de Israel. As lições são dadas em
hebraíco com tradução simultânea em sete idiomas, Ingles, Russo, Espanhol, Francês, Alemão,
Italiano e Turco. Tal como todas as demais atividades, a transmissão é oferecida de forma
gratuita para milhares de estudantes ao redor do mundo.

Fundos

O Bnei Baruch é uma organização sem fins lucrativos com o objetivo de ensinar e compartilhar
a Sabedoria da Cabalá. Para manter sua independencia e pureza de intenções, o Bnei Baruch
não depende, não é financiado e nem sequer vínculado a nenhuma organização política ou
governamental.

Uma vez que a maior parte de suas atividades é oferecida gratuitamente, a fonte básica de
recursos para as atividades do grupo têm origem nas doações e dízimos contribuidos pelos
estudantes de forma voluntária, e pelos livros do Rav Laitman que são vendidos a preço de
custo.
Diagrama no. 1

Os
prim
1 eiro
s tr
ês P
Expansão dos Dez primeiros artz
Sefirot de Ein Sof no espaço ufim
de A
depois do Tzimtzum. K, c
É chamado Partzuf Keter ham
ado
ou Galgalta ou AK interno Gal
galt
a, A
Os Dez Sefirot de Rosh
2 B, S
Orh Chozer Orh Yashar AG
Malchut
Tiferet
Keter
Chochmá A Segunda Expansão.
Biná
Biná
Chochmá Tiferet
Malchut
Partzuf Chchma ou AB
Keter

Massach no Kli de Malchut


3
Peh Os Dez Sefirot de Rosh
Ten Sefirot de Toch Orh Chozer Ohr Yashar
Keter
Chochmá
Malchut
Tiferet
Keter
Chochmá A terceira expansão
Biná Biná
Biná Chochmá Tiferet
Malchut
de AK. Partzuf Biná
Chessed Keter
Gvura ou SAG
Terço Superior de Tiferet Massach no Kli de Malchut
Chazê Peh
Linha de Ein Sof

Dez Sefirot de Toch Os Dez Sefirot de Rosh


Keter Orh Chozer Orh Yashar
Chochma Malchut Keter
Tiferet Chochma
Os dois terços inferiores of Tiferet Biná Biná Biná
Chessed Chochma Tiferet
Keter Malchut
Gvura
Terço Superior de Tiferet Massach no Kli de Malchut
Netzach
Chazê Peh
Os Dois Terços Inferiores de Tiferet Os Dez Sefirot de Toch
Netzach Keter
Hod Chochma
Hod Biná
Yessod Hessed
Gvura
Yessód Malchut Terço Superior deTiferet
Tabur Chazê
Os Dez Sefirot de Sof Os Dois Terços Inferiores de Tiferet
Keter Netzach
Chochma
Malchut Biná Hod
Tiferet Yesód
Malchut
Sium Raglin Malchut
Tabur Tabur

Os Dez Sefirot de Sof Ten Sefirot de Sof


Keter Keter
Chochma Chochma
Biná Biná
Tiferet Tiferet
Malchut Malchut

Sium Raglin Sium Raglin


Diagrama no. 2

1 2 3 4

Partzuf SAG Partzuf SAG Partzuf SAG Partzuf SAG


de AK durante de AK durante de AK durante de AK durante
Tzimtzum Alef a ascensão Katnut a quebra dos
à Tzimtzum Bet vasos
Dez Sefirot de Rosh Dez Sefirot de Rosh Dez Sefirot de Rosh Dez Sefirot de Rosh
Galgalta - Keter Galgalta - Keter Galgalta - Keter Galgalta - Kêter
Eynaim - Chochmá Eynaim - Chochmá Eynaim - Chochmá Eynaim - Chochma
Auzen - Biná Nikvey Eynaim Nikvey Eynaim Auzen - Biná
Auzen - Biná Auzen - Biná
Hotem - Tiferet Hotem - Tiferet
Hotem - Tiferet Hotem - Tiferet
Peh - Malchut Peh - Malchut
Peh - Malchut Peh - Malchut
Peh Peh Peh
Taamim de SAG
Keter
Chochmá
Biná
Chessed
Gvura
Tiferet Chazê Chazê
Netzach
Hod YESHSUT YESHSUT
Yessód Primeiro Rosh do Primeiro Rosh do
Malchut Mundo de Nekudim Mundo de Nekudim
Tabur Tabur Tabur Tabur
Nekudot de SAG Katnut do Mundo Gadlut do Mundo
de Nekudim de Nekudim
Keter
Keter Keter
Chochmá
Biná Biná Chochma Biná Chochma

Lugar do Mundo
Chessed Chessed Daat
de Atzilut Gvura
Tiferet Chessed
Gvura Netzach
Hod Gvura
Yessód
Terço Superior de Tiferet Malchut Terço Superior de Tiferet

Chazê Parsa Parsa Parsa

Os Dois Terços Inferiores de Tiferet Lugar do Mundo Os Dois Terços Inferiores

de Briá de Tiferet
Quebra dos Vasos

Netzach Hod Netzach


Lugar do Mundo
Hod
de Yetzirá
Yessód Yessód

Lugar do Mundo de
Malchut Malchut
of Assiá

Ponto deste mundo


Diagrama no. 3
O constante estado dos cinco Partzufim de AK e os cinco Partzufim
de Atzilut, que nunca são reduzidos deste nível
Linhas pontilhadas estendem-se de cada Rosh dos cinco Partzufim de Atzilut ao seu Partzuf correspondente em AK
indicam o nível do qual retiram e se alimentam
1 M
un
Partzuf 2 do
Kêter de
Ad
Rosh am
Keter Partzuf
3 Ka
Yechidá AB
Peh
dm
AB Rosh on
Atzilut Kêter Partzuf
4 6
Chaya Yechidá
SAG
Chazê Peh 5

M
SAG AB Rosh

un
Briá Atzilut Kêter Partzuf Partzuf 7

do
Neshamá Chaya Yechidá MA Atik

de
Tabur Chazeh Peh
Partzuf

A
MA SAG AB Rosh Rosh

tz
Partzuf

ilu
Yetzirá Briá Atzilut Keter BON Keter 8

t
Ruach Neshamá Chaya Yechidá Yechidá
AA
Linha de Ein Sof

Tabur Chazeh Peh Peh


BON MA SAG AB Rosh AB Rosh
Assiá Yetzirá Briá Atzilut Keter Atzilut Kêter Partzuf 9
Nefesh Ruach Neshamá Haya Yechida Chaya Yechidá AVI
Tabur Chazeh Peh Chazê Peh
BON MA SAG AB SAG AB Rosh
Assiá Yetzirá Briá Atzilut Briá Atzilut Keter Partzuf
10
Nefesh Ruach Neshamá Haya Neshama Haya Yechida YESHSUT
Tabur Chazê Tabur Chazê Peh
BON MA SAG MA SAG AB Rosh
Assiá Yetzirá Beria Yetzirá Briá Atzilut Keter Partzuf
Nefesh Ruach Neshamá Ruach Neshamá Chaya Yechidá ZON
Tabur Tabur Chazeh Peh
BON MA BON MA SAG AB Rosh
Assiá Yetzirá Assiá Yetzirá Briá Atzilut Keter
Nefesh Ruach Nefesh Ruach Neshamá Chaya Yechidá
Tabur Chazeh Peh
BON BON MA SAG AB
Assiá Assiá Yetzirá Briá Atzilut
Nefesh Nefesh Ruach Neshamá Chaya
Tabur Chazê
BON MA SAG
Assiá Yetzirá Briá
Nefesh Ruach Neshamá
Tabur
BON MA
Assiá Yetzirá
Nefesh Ruach

BON
Assiá
Nefesh
Sium do mundo de Atzilut - Parsa
Mundo

de Briá

Mundo

de Yetzirá

Mundo

de Assiá
Sium

Ponto deste mundo


Diagrama no. 4
Posição de ZA depois de obter Neshamá no estado constante
dos cinco Partzufim de AK e Atzilut

1 M
un
Partzuf 2 do
Kêter de
Ad
Rosh am
Keter Partzuf
3 Ka
Yechidá AB
Peh dm
AB Rosh
on
Atzilut Keter Partzuf
4 6 M
Chayá Yechidá SAG un
Chazeh Peh 5
do
SAG AB Rosh de
Briá Atzilut Keter Partzuf Partzuf 7 At
zil
Neshamá Chaiá Yechidá MA Atik ut
Tabur Chazê Peh
MA SAG AB Rosh Partzuf Rosh
Yetzirá Briá Atzilut Keter BON Keter Partzuf 8
Ruach Neshamá Chaiá Yechidá Yechidá
AA
Linha de Ein Sof

Tabur Chazeh Peh Peh


BON MA SAG AB Rosh AB Rosh
Assiá Yetzirá Briá Atzilut Keter Atzilut Keter Partzuf
Nefesh Ruach Neshamá Haya Yechidá Chaiá Yechidá 9 10
AVI
Tabur Chazê Peh Chazê Peh
BON MA SAG AB SAG AB Rosh
Assiá Yetzirá Briá Atzilut Briá Atzilut Kêter Partzuf Partzuf
Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Neshamá Chaiá Yechidá
Tabur Chazê Tabur Chazeh Peh
YESHSUT ZON
BON MA SAG MA SAG AB Rosh Rosh
Assiá Yetzirá Briá Yetzirá Briá Atzilut Keter Keter
Nefesh Ruach Neshamá Ruach Neshamá Chaiá Yechida Yechida
Tabur Tabur Chazeh Peh Peh
BON MA BON MA SAG AB AB
Assiá Yetzirá Assiá Yetzirá Briá Atzilut Atzilut
Nefesh Ruach Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Chaiá
Tabur Chazê Chazê
BON BON MA SAG SAG
Assiá Assiá Yetzirá Briá Briá
Nefesh Nefesh Ruach Neshamá Neshamá
Tabur Tabur
BON MA MA
Assiá Yetzirá Yetzirá
Nefesh Ruach Ruach

BON BON
Assiá Assiá
Nefesh Nefesh

Mundo
de Briá
Sium do Mundo de Atzilut - Parsa
Mundo

de Yetzirá

Mundo

de Assiá

Lugar
do Mundo
Sium de Assiá

Ponto deste mundo


Diagrama no. 5
Posição de ZA depois de obter Chaya no estado constante
dos cinco Partzufim de AK e Atzilut

1 M
un
Partzuf 2 do
Kêter de
Ad
Rosh am
Keter Partzuf Ka
3
Yechidá AB dm
Peh on Mu
AB Rosh nd
Partzuf o
Atzilut Keter
4 de
Chaiá Yechidá
SAG 6 At
Chazê Peh 5
zil
SAG AB Rosh
ut
Briá Atzilut Keter Partzuf Partzuf 7
Neshamá Chaiá Yechidá MA Atik
Tabur Chazeh Peh
MA SAG AB Rosh Rosh
Yetzirá Briá Atzilut Keter Partzuf Keter Partzuf 8 10
Ruach Neshamá Chaiá Yechidá Yechidá
BON AA
Linha de Ein Sof

Tabur Chazeh Peh Peh


BON MA SAG AB Rosh AB Rosh
Partzuf Partzuf
Assiá Yetzirá Briá Atzilut Keter Atzilut Keter
Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Yechidá Chaiá Yechidá 9 ZON
AVI
Tabur Chazê Peh Chazeh Peh
BON MA SAG AB SAG AB Rosh Partzuf Rosh
Assiá Yetzirá Briá Atzilut Briá Atzilut Keter Keter
Nefesh Ruach Neshamá Haya Neshama Chaiá Yechidá YESHSUT Yechidá
Tabur Chazeh Tabur Chazeh Peh Peh
BON MA SAG MA SAG AB Rosh AB
Assiá Yetzirá Briá Yetzirá Briá Atzilut Keter Atzilut
Nefesh Ruach Neshamá Ruach Neshamá Chaiá Yechidá Chaiá
Tabur Tabur Chazê Peh Chazê
BON MA BON MA SAG AB SAG
Assiá Yetzirá Assiá Yetzirá Briá Atzilut Briá
Nefesh Ruach Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Neshama
Tabur Chazê Tabur
BON BON MA SAG MA
Assiá Assiá Yetzirá Briá Yetzirá
Nefesh Nefesh Ruach Neshamá Ruach
Tabur
BON MA BON
Assiá Yetzirá Assiá
Nefesh Ruach Nefesh

BON
Mundo
Assiá
Nefesh de Briá

Mundo
de Yetzirá
Sium do Mundo de Atzilut - Parsa
Mundo

de Assiá

Lugar
do Mundo
deYetzirá

Lugar
do Mundo
Sium de Assiá

Ponto deste mundo


Diagrama no. 6
Posição de ZA deois de obter Yechidá no estado constante
dos cinco Partzufim de AK e Atzilut

1 M
un
Partzuf 2 do
Kêter de Mu
Ad nd
Rosh am o
Keter Partzuf Ka de
3 At
Yechidá AB dm zil
Peh on ut
AB Rosh
Atzilut Keter Partzuf
4 6
Chaiá Yechidá
SAG
Chazê Peh 5
SAG AB Rosh
Briá Atzilut Keter Partzuf Partzuf 7 10
Neshamá Chaiá Yechidá MA Atik
Tabur Chazeh Peh
MA SAG AB Rosh Rosh
8 Partzuf
Yetzirá Briá Atzilut Keter Partzuf Keter Partzuf
Ruach Neshamá Chaiá Yechidá Yechidá ZON
BON AA
Linha de Ein Sof

Tabur Chazeh Peh Peh


BON MA SAG AB Rosh AB Rosh Partzuf Rosh
Assiá Yetzirá Briá Atzilut Keter Atzilut Keter Keter
Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Yechidá Chaiá Yechidá
AVI 9 Yechidá
Tabur Chazê Peh Chazê Peh Peh
BON MA SAG AB SAG AB Rosh Partzuf AB
Assiá Yetzirá Briá Atzilut Briá Atzilut Keter Atzilut
Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Neshamá Chaiá Yechidá YESHSUT Chaiá
Tabur Chazê Tabur Chazê Peh Chazeh
BON MA SAG MA SAG AB Rosh SAG
Assiá Yetzirá Briá Yetzirá Briá Atzilut Keter Beria
Nefesh Ruach Neshamá Ruach Neshamá Chaiá Yechidá Neshamá
Tabur Tabur Chazê Peh Tabur
BON MA BON MA SAG AB MA
Assiá Yetzirá Assiá Yetzirá Briá Atzilut Yetzirá
Nefesh Ruach Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Ruach
Tabur Chazeh
BON BON MA SAG BON
Assiá Assiá Yetzirá Briá Assiá
Nefesh Nefesh Ruach Neshamá Nefesh
Tabur
BON MA Mundo
Assiá Yetzirá
Nefesh Ruach de Briá

BON
Mundo
Assiá
Nefesh de Yetzirá

Mundo
de Assiá
Sium do Mundo de Atzilut - Parsa
Lugar
do Mundo
de Briá
Lugar
do Mundo
deYetzirá

Lugar
do Mundo
Sium deAssiá

Ponto deste mundo


Diagrama no. 7
Posição de todos os cinco Partzufim de Atzilut e os três mundos de BYA depois
de obter Neshamá no estado constante dos cinco Partzufim de AK
linhas pontilhadas que se estendem de cada Rosh dos cinco Partzufim de Atzilut ao seu Partzuf correspondente em AK
indicam o nível dos quais retiram e se alimentam
1 M
un
Partzuf 2 do
Kêter de
Ad
Rosh am
Keter Partzuf
3 Ka 6
Yechidá AB dm
Peh
on
AB Rosh

M
Partzuf 4

un
Atzilut Keter Partzuf 7

do
Chaiá Yechidá SAG Atik

de
Chazeh Peh 5
SAG AB Rosh Partzuf Rosh

At
zi
Briá Atzilut Keter Keter Partzuf
MA 8

lu
Neshamá Chaiá Yechidá Yechidá

t
Tabur Chazeh Peh Peh AA
MA SAG AB Rosh Partzuf AB Rosh
Yetzirá Briá Atzilut Keter Atzilut Keter 9
BON Partzuf
Ruach Neshamá Chaiá Yechidá Chaiá Yechidá
Tabur Chazê Peh Chazê Peh AVI
Line of Ein Sof

BON MA SAG AB Rosh SAG AB Rosh


Assiá Yetzirá Briá Atzilut Keter Briá Atzilut Keter Partzuf
Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Yechidá Neshamá Chaiá Yechidá 10
YESHSUT
Tabur Chazê Peh Tabur Chazê Peh
BON MA SAG AB MA SAG AB Rosh
Assiá Yetzirá Briá Atzilut Yetzirá Briá Atzilut Keter Partzuf
Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Ruach Neshamá Chaiá Yechidá
Tabur Tabur Chazê Peh
ZON
Chazê
BON MA SAG BON MA SAG AB Rosh
Assiá Yetzirá Briá Assiá Yetzirá Briá Atzilut Keter
Nefesh Ruach Neshama Nefesh Ruach Neshamá Haya Yechidá
Tabur Tabur Chazeh Peh
BON MA BON MA SAG AB
Assiá Yetzirá Assiá Yetzirá Briá Atzilut
Nefesh Ruach Nefesh Ruach Neshama Chaiá
Tabur Chazê
BON BON MA SAG
Assiá Assiá Yetzirá Briá
Nefesh Nefesh Ruach Neshamá
Tabur
BON MA
Assiá Yetzirá
Nefesh Ruach

BON
Assiá
Nefesh

Mundo
de Briá
Sium do Mundo de Atzilut - Parsá
Mundo

de Yetzirá

Mundo

de Assiá

Lugar
do Mundo
Sium de Assiá

Ponto deste mundo


Diagrama no. 8
Posição dos cinco Partzufim de Atzilut e os três mundos de BYA depois
de obter Chaiá no estado constante dos cinco Partzufim de AK
Linhas pontilhadas que se estendem de cada Rosh dos cinco Partzufim de Atzilut ao seu Partzufcorrespondente em AK
indica to nível do qual retiram e se alimentam
1 M
un
Partzuf 2 do 6
Kêter de
Ad
Rosh am

M
Partzuf Partzuf

un
Keter 3 Ka 7

do
Yechidá AB dm Atik

de
Peh on

At
AB Rosh Rosh
Partzuf 4

zi
Atzilut Keter Keter Partzuf

lu
8
SAG

t
Chaiá Yechidá Yechidá
AA
Chazê Peh 5 Peh
SAG AB Rosh Partzuf AB Rosh
Briá Atzilut Keter Atzilut Keter Partzuf
Neshamá Chaiá Yechidá
MA Chaiá Yechidá
9
Tabur Peh Peh
AVI
Chazê Chazê
MA SAG AB Rosh Partzuf SAG AB Rosh
Yetzirá Briá Atzilut Keter
BON
Briá Atzilut Keter Partzuf
Ruach Neshamá Chaiá Yechidá Neshamá Chaiá Yechidá 10
YESHSUT
Linha de Ein Sof

Tabur Chazeh Peh Tabur Chazeh Peh


BON MA SAG AB Rosh MA SAG AB Rosh
Assiá Yetzirá Briá Atzilut Kêter Yetzirá Briá Atzilut Kêter Partzuf
Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Yechidá Ruach Neshamá Chaiá Yechidá
ZON
Tabur Chazeh Peh Tabur Chazeh Peh
BON MA SAG AB BON MA SAG AB Rosh
Assiá Yetzirá Briá Atzilut Assiá Yetzirá Briá Atzilut Kêter
Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Yechidá
Tabur Chazeh Tabur Chazê Peh
BON MA SAG BON MA SAG AB
Assiá Yetzirá Briá Assiá Yetzirá Briá Atzilut
Nefesh Ruach Neshamá Nefesh Ruach Neshamá Chaiá
Tabur Tabur Chazeh
BON MA BON MA SAG
Assiá Yetzirá Assiá Yetzirá Briá
Nefesh Ruach Nefesh Ruach Neshamá
Tabur
BON BON MA
Assiá Assiá Yetzirá
Nefesh Nefesh Ruach

BON
Assiá
Nefesh

Mundo

de Briá

Mundo
de Yetzirá
Sium do Mundo de Atzilut - Parsa
Mundo

de Assiá

Lugar
do Mundo
de Yetzirá

Lugar
do Mundo
Sium de Assiá

Ponto deste Mundo


Diagrama no. 9
Posição de todos os cinco Partzufim de Atzilut e dos tres mundos de BYA depois de
obter Yechidá no estado constante dos cinco Partzufim de AK
Linhas pontilhadas que se estendem de cada Rosh dos cinco Partzufim de Atzilut ao seu correspondente Partzuf em AK
indica o nível do qual retiram e se alimentam
1 M 6
un
Partzuf 2 do Partzuf 7
Kêter de M
Atik un
Ad do
Rosh Partzuf am Rosh
de
Keter Keter Partzuf
Yechidá AB 3 Ka Yechidá
8 At
dm AA zi
Peh
on
Peh lu
AB Rosh Partzuf AB Rosh t
Keter 4 Keter
Atzilut Atzilut Partzuf
SAG 9
Chaiá Yechidá Chaiá Yechidá
AVI
Chazê Peh 5 Chazê Peh
SAG AB Rosh Partzuf SAG AB Rosh
Briá Atzilut Keter Beria Atzilut Keter Partzuf
Neshamá Chaiá Yechidá
MA Neshamá Haya Yechidá 10
Tabur Chazê Peh Tabur Chazê Peh
YESHSUT
MA SAG AB Rosh Partzuf MA SAG AB Rosh
Yetzirà Briá Atzilut Kêter Yetzirá Briá Atzilut Kêter Partzuf
BON
Ruach Neshamá Chaiá Yechidá Ruach Neshamá Chaiá Yechidá
ZON
Linha de Ein Sof

Tabur Chazê Peh Tabur Chazê Peh


BON MA SAG AB Rosh BON MA SAG AB Rosh
Assiá Yetzirá Briá Atzilut Keter Assiá Yetzirá Briá Atzilut Kêter
Nefesh Ruach Neshama Chaiá Yechidá Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Yechidá
Tabur Chazeh Peh Tabur Chazeh Peh
BON MA SAG AB BON MA SAG AB
Assiá Yetzirá Briá Atzilut Assiá Yetzirá Briá Atzilut
Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Nefesh Ruach Neshamá Chaiá
Tabur Chazeh Tabur Chazeh
BON MA SAG BON MA SAG
Assiá Yetzirá Briá Assiá Yetzirá Briá
Nefesh Ruach Neshamá Nefesh Ruach Neshamá
Tabur Tabur
BON MA BON MA
Assiá Yetzirá Assiá Yetzirá
Nefesh Ruach Nefesh Ruach

BON BON
Assiá Assiá
Nefesh Nefesh

Mundo

de Briá

Mundo

de Yetzirá

Mundo
de Assiá
Sium do Mundo de Atzilut - Parsa
Lugar
do Mundo
de Briá

Lugar
do Mundo
de Yetzirá

Lugar
do Mundo
Sium de Assiá

Ponto deste mundo


Diagrama no. 10
Posição de todos os mundos e Partzufim
os cinco Partzufim de AK, os cinco Partzufim de Atzilut, e os três mundos
BYA depois de obter Neshamá no estado constante de Kav Ein Sof
Linhas pontilhadas que se estendem de cada Rosh dos cinco Partzufim de Atzilut ao seu Partzuf correspondente em AK
indicam o nível dos quais retiram e se alimentam
M
1 2 un
do
de
Ad
Partzuf Partzuf am
3
Keter AB
Ka
dm
AB Rosh on
Atzilut Keter Partzuf 4
Chaiá Yechidá 6
SAG
Chazeh Peh

M
SAG AB Rosh 5

un
Briá Atzilut Keter Partzuf Partzuf 7

do
Neshama Chaiá Yechidá
MA

de
Tabur Chazê Peh Atik

At
MA SAG AB Rosh Partzuf Rosh

zi
lu
Yetzirá Briá Atzilut Keter Keter Partzuf 8

t
Ruach Neshamá Haya Yechidá BON Yechidá
Tabur Chazê Peh Peh AA
BON MA SAG AB Rosh AB Rosh
Assiá Yetzirá Briá Atzilut Keter Atzilut Keter 9
Partzuf
Nefesh Ruach Neshamá Haya Yechidá Chaiá Yechidá
AVI
Linha de Ein Sof

Tabur Chazeh Peh Chazeh Peh


BON MA SAG AB SAG AB Rosh
Assiá Yetzirá Briá Atzilut Briá Atzilut Keter Partzuf
Nefesh Ruach Neshamá Haya Neshamá Chaiá Yechidá 10
YESHSUT
Tabur Chazê Tabur Chazê Peh
BON MA SAG MA SAG AB Rosh
Assiá Yetzirá Briá Yetzirá Briá Atzilut Keter Partzuf
Nefesh Ruach Neshamá Ruach Neshamá Haya Yechidá
Tabur Tabur Chazeh Peh
ZON
BON MA BON MA SAG AB Rosh
Assiá Yetzirá Assiá Yetzirá Briá Atzilut Keter
Nefesh Ruach Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Yechidá
Tabur Chazê Peh
BON BON MA SAG AB
Assiá Assiá Yetzirá Briá Atzilut
Nefesh Nefesh Ruach Neshama Chaiá
Tabur Chazê
BON MA SAG
Assiá Yetzirá Briá
Nefesh Ruach Neshamá
Tabur
BON MA
Assiá Yetzirá
Nefesh Ruach

BON
Assiá
Nefesh

Mundo
de Briá
Sium do Mundo de Atzilut - Parsa
Mundo
de Yetzirá

Mundo
de Assiá

Lugar
do mundo
Sium de Assiá

Ponto deste mundo


Diagram no. 11
Posição de todos os mundos e Partzufim
os cinco Partzufim de AK, os cinco Partzufim de Atzilut, e os três mundos
BYA depois de obter Chaiá no estado constante de Kav Ein Sof
Linhas pontilhadas que se estendem de cada Rosh dos cinco Partzufim de Atzilut ao seu Partzuf correspondente em AK
indicam o nível dos quais retiram e se alimentam

1 2 3

Partzuf Partzuf Partzuf


Keter AB SAG 4
6
de AK de AK de AK 5
Partzuf

M
SAG AB Rosh

un
Briá Atzilut Keter MA Partzuf 7

do
Neshamá Chaiá Yechidá
de AK Atik

de
Tabur Chazê Peh Partzuf

At
MA SAG AB Rosh Rosh
BON

zi
Yetzirá Briá Atzilut Keter Keter Partzuf

lu
de AK 8

t
Ruach Neshamá Chaiá Yechidá Yechidá
Tabur Chazê Peh Peh AA
BON MA SAG AB Rosh AB Rosh
Assiá Yetzirá Briá Atzilut Keter Keter
9
Atzilut Partzuf
Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Yechidá Chaiá Yechidá
Tabur Chazê Peh Chazê Peh
AVI
BON MA SAG AB SAG AB Rosh
Assiá Yetzirá Briá Atzilut Briá Atzilut Keter Partzuf
Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Neshamá Chaiá Yechidá YESHSUT
10
Linha de Ein Sof

Tabur Chazê Tabur Chazê Peh


BON MA SAG MA SAG AB Rosh
Assiá Yetzirá Briá Yetzirá Briá Atzilut Keter Partzuf
Nefesh Ruach Neshamá Ruach Neshamá Chaiá Yechidá
ZON
Tabur Tabur Chazê Peh
BON MA BON MA SAG AB Rosh
Assiá Yetzirá Assiá Yetzirá Briá Atzilut Keter
Nefesh Ruach Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Yechidá
Tabur Chazê Peh
BON BON MA SAG AB
Assiá Assiá Yetzirá Briá Atzilut
Nefesh Nefesh Ruach Neshamá Chaiá
Tabur Chazê
BON MA SAG
Assiá Yetzirá Briá
Nefesh Ruach Neshamá
Tabur
BON MA
Assiá Yetzirá
Nefesh Ruach

BON
Assiá
Nefesh

Mundo
de Briá

Mundo
de Yetzirá
Sium do Mundo de Atzilut - Parsá
Mundo
de Assiá

Mundo
de Yetzirá

Lugar
do Mundo
Sium de Assiá

Ponto deste Mundo


Diagram no. 12
Posição dos mundos e Partzufim
os cinco Partzufim de AK, os cinco Partzufim de Atzilut, e os três mundos
BYA depois de obter Yechidá no estado constante de Kav Ein Sof
Linhas pontilhadas se estendendo de cada Rosh dos cinco Partzufim de Atzilut ao seu Partzuf correspondente em AK
indicam o nível do qual retiram e se alimentam

1 2 3 4 6
5

M
un
Partzuf Partzuf Partzuf Partzuf

do
Keter AB SAG MA Partzuf 7

de
de AK de AK de AK de AK Atik

At
Partzuf

zi
lu
MA SAG AB Rosh BON Rosh

t
Yetzirá Briá Atzilut Keter Keter Partzuf 8
Ruach Neshamá Chaiá Yechidá de AK Yechidá
AA
Tabur Chazê Peh Peh
BON MA SAG AB Rosh AB Rosh
Assiá Yetzirá Briá Atzilut Keter Atzilut Keter Partzuf
Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Yechidá Chaiá Yechidá 9
AVI
Tabur Chazê Peh Chazê Peh
BON MA SAG AB SAG AB Rosh
Assiá Yetzirá Briá Atzilut Briá Atzilut Keter Partzuf
Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Neshamá Chaiá Yechidá
10
YESHSUT
Tabur Chazê Tabur Chazê Peh
BON MA SAG MA SAG AB Rosh
Assiá Yetzirá Briá Yetzirá Briá Atzilut Keter Partzuf
Nefesh Ruach Neshamá Ruach Neshamá Chaiá Yechidá ZON
Linha de Ein Sof

Tabur Tabur Chazê Peh


BON MA BON MA SAG AB Rosh
Assiá Yetzirá Assiá Yetzirá Briá Atzilut Keter
Nefesh Ruach Nefesh Ruach Neshamá Chaiá Yechidá
Tabur Chazê Peh
BON BON MA SAG AB
Assiá Assiá Yetzirá Briá Atzilut
Nefesh Nefesh Ruach Neshamá Chaiá
Tabur Chazê
BON MA SAG
Assiá Yetzirá Briá
Nefesh Ruach Neshamá
Tabur
BON MA
Assiá Yetzirá
Nefesh Ruach

BON
Assiá
Nefesh

Mundo
de Briá

Mundo
de Yetzirá

Mundo
de Assiá
Sium do Mundo de Atzilut - Parsá
Lugar
do Mundo
de Briá

Lugar
do Mundo
de Yetzirá

Lugar
do Mundo
Sium de Assiá

Ponto deste mundo


Atzmut
Keter
Bechiná Shoresh Luz de Hochma
Keter Keter
Bina
Luz de
Hochma Zeir Anpin
Behina Aleph
Hochma

Luz de Malchut
Bina
Behina Bet
Bina

Luz de Luz de
Bina Hochma
Behina Gimel
Tifferet

Luz de
Hochma
Behina Dalet
Malchut

Diagrama n° 1. Quatro Fases da Luz Direta. Bechiná Shoresh


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 5)
Atzmut
Keter
Bechiná Shoresh Luz de Chochmá
Keter Keter

Luz de
Chochmá Zeir Anpin
Bechiná Alef
Chochmá

Luz de Malchut
Bina
Bechina Bet
Biná

Luz de Luz de
Bina Hochma
Behina Gimel
Tifferet

Luz de
Hochma
Behina Dalet
Malchut

Diagrama n° 2. Quatro Fases da Luz Direta. Bechiná Alef


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 5)
Atzmut
Keter
Bechiná Shoresh Luz de Chochmá
Keter Keter
Biná
Luz de
Chochmá Zeir Anpin
Bechiná Alef
Chochmá

Luz de Malchut
Biná
Bechiná Bet
Biná

Luz de Luz de
Bina Hochma
Behina Gimel
Tifferet

Luz de
Hochma
Behina Dalet
Malchut

Diagrama n° 3. Quatro Fases da Luz Direta. Bechiná Bet


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 5)
Atzmut
Keter
Bechiná Shoresh Luz de Chochmá
Keter Keter
Biná
Luz de
Chochmá Zeir Anpin
Bechiná Alef (Tiferet)
Chochmá

Luz de Malchut
Biná
Bechiná Bet
Biná

Luz de Luz de
Biná Chochmá
Bechiná Guimel
Tiferet

Luz de
Hochma
Behina Dalet
Malchut

Diagrama n° 4. Quatro Fases da Luz Direta. Bechiná Guimel


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 5)
Atzmut
Keter
Bechiná Shoresh Luz de Chochmá
Keter Keter
Biná
Luz de
Chochmá Zeir Anpin
Bechiná Alef
Chochmá

Luz de Malchut
Biná
Bechiná Bet
Biná

Luz de Luz de Tiferet


Biná Chochmá
Bechiná Guimel
Tiferet

Luz de
Chochmá
Bechiná Dalet
Malchut

Diagrama n° 5. Quatro Fases da Luz Direta. Bechiná Dalet


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 5)

inin tS
Shhoorrees atá SShhoorres
eeh
ch hihnin e
B
B
shh BBeecehcihnianáAAlelpehshh
BBe f

Bechiná Shoresh Bechiná


Bechiná Alef
Alef Bechiná Bet
Bechiná Bet

1. Bechiná Shoresh 2. Bechiná Aleph 3. Bechiná Bet


t Sh t Sh orre
hihnianá Shoorreessh hhininaá ho es
BBeecehcih AlAep h
nianá Beeceh
B c aáAA
ihNin lelephshh
BBe hininaáB lehf B
B ehhiinnaá B f
ech Beet c Beet
Be
B t BBe innáa GGui m t
cehH im
eel
BBe

l
Behina
Bechiná Behina
Bechiná
Gimel
Guimel Dalet

4. Bechiná Guimel 5. Bechiná Dalet


Diagrama n° 6. Quatro Fases da Luz Direta
(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 5)
t Sh á S h ores aát S
Sh
hihnianá Shoorreesshh chin
ho
chhinin A resh
BBeecehhin a Al Be chiná Alef h Be echina á lefph
c náaAleepf h
in
BBe eechh i ináBBe B eech iná B e BBe eechhiinnaá BBeet
B
B innáa G et t B in á Gu t BB nináaGGui m t
i Gui m
im im
h h hi
ceh ec ceh
eel

el
BeB

BeB
el
B
l

Bechiná
Behinat
Shoresh
em Bechiná
,em Behina Bechiná Alef Bechiná Bet em
Dalet
Dalet em Bechiná Dalet
, emBechiná
,
Dalet
Behina Dalet

t Sh t Sh ore t Sh ore
hinianá Shoorreessh hininaá Sho r s hininaá Sho r s
BBeecehhhin aáAlep h Beecehhiin epehshh
á Alle
a Beecehhiin epehshh
á Alle
a
Bec hinaABlef h
in B BechhinaAB
n f B BechhinaAB
n f
B B echiná Beet
e B Beechiná Beet B Beechiná Beet
Bh innáa GGui m t B hnináaGGuiim t B hnináaGGuiim t
ehi im ei m ei m
c ch ch
eel

eel l

eel l
BeB

BeB

BeB
l

Behina
Bechiná
Gimel
Guimel
em Bechiná
BehinaDalet
Daletem
em Behina
Bechiná Bechiná
BehinaDalet
,

Dalet
Dalet ,em Dalet Tzimtzum
Tzimtzum Alef
Aleph

Diagrama n° 7. Quatro Fases em Behina Dalet


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 14)
Keter
C ochmá
h
Biná
C essed
h
Guevurá
Tiferet
Netzach
Hod
s s od
Ye

Malchut

Diagrama n° 8.O mundo de Tzimtzum


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 14)
Rro
SOfS(ofS (Cir cuunndD
ainnteg)
Ei Ein )
GAR
A ponta ZAT
AK - Keter - Do Yod Ada
m Ka
GAR
dm
Atzilut - Chochmá - Yod ZAT
Atz on
GAR ilu
t
Briá - Biná - Hey ZAT
Bri
GAR á
ZAT
Yetzirá - ZA - Vav Yet
GAR
zi

Assiá - Malchut - Hey


ZAT A rá
s si a

Este Mundo
á
T EnD

li m
ium

Sz
eSf gI gu
e

ei rfio dee I
rott d
Te
Dne li m
S
zeSfeifriroott d e
e IIgguulim
d
TeD
nezSS im
eefifriroott de IIgguulilm

TeDne mim
zSS
ee roott de Igguulil
fifir
Espaço Vazio
TeDnez im
SSee
fifirrot e Iguullim
ot dde

Diagrama n° 9. Cinco Mundos


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 11)
Nível Luz Refletida
AK

Keter
Atzilut
Chochmá
Briá
Biná
Yetzirá
ZA
Assiá

Malchut
Tela
Shoresh

Alef

Bet

Guimel

Dalet
Espessura

Espessura Diagrama n° 10. Cinco Níveis


da Tela (Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 18)
Orh Orh
Yashar Yashar
Nível de Keter Nível de Keter
Nível de Chochmá Nível de Chochmá
Nível de Biná Nível de Biná
Nível de ZA Nível de ZA
Nível de Malchut Nível de Malchut
Orh Orh
Chozer Chozer

Massach
} Aviut

Aviut
Aviut
Shoresh

Alef
Bet
Massach
} Aviut

Aviut
Aviut
Shoresh

Alef
Bet
Aviut Guimel Aviut Guimel
Aviut Dalet Aviut Dalet

Malchut Malchut
Bechiná Dalet Bechiná Dalet

Diagrama no. 11. Nível de Keter Diagrama no. 12. Nível de Chochmá
(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 21) (Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 21)
Orh Ohr
Yashar Yashar
Nível de Keter Nível de Keter
Nível de Chochmá Nível de Chochmá
Nível de Biná Nível de Biná
Nível de ZA Nível de ZA
Nível de Malchut Nível de Malchut
Orh Orh
Chozer Chozer

Massach
} Aviut Shoresh Massach
} Aviut Shoresh

Aviut Alef Aviut Alef


Aviut Bet Aviut Bet
Aviut Guimel Aviut Guimel
Aviut Dalet Aviut Dalet

Malchut Malchut
Bechina Dalet Bechina Dalet

Diagrama no. 13. Nível de Biná Diagrama no. 14. Nível deZA
(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 21) (Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 21)
Orh Orh
Yashar Yashar
Nível de Keter Nível de Keter
Nível de Chochmá Nível deChochmá
Nível de Biná Nível de Biná
Nível de ZA Nível de ZA
Nível de Malchut Nível de Malchut
Orh
Chozer
Massach
Aviut Shoresh Aviut Shoresh

Aviut Alef Aviut Alef


Aviut Bet Aviut Bet
Aviut Guimel Aviut Guimel
Aviut Dalet Aviut Dalet

Malchut Malchut
Bechiná Dalet Bechiná Dalet

Diagrama no. 15. Nível de Malchut Diagrama no. 16. Tzimtzum


(Prefácioà Sabedoria da Cabalá, item 21) (Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 21)
Orh Orh
Yashar Yashar
Nível Nível
de Keter of Keter
Nível Nível
de Chochmá of Chochmá
Nível Nível
de Biná de Biná
Nível Nível
de ZA de ZA
Nível Nível
de Malchut de Malchut

Aviut Dalet {
Massach de Massach de
Aviut Guimel
{
Kli de Keter Kli de Keter
corresponde à Aviut Orh Yechidá corresponde à Aviut Orh Chaiá
Shoresh na Massach Shoresh na Massach

Kli de Chochmá Kli de Chochmá


corresponde à Aviut Ohr Chaiá corresponde à Aviut Orh Neshamá
Alef na Massach Alef na Massach

Kli de Biná Kli de Biná


corresponde à Aviut Orh Neshamá corresponde à Aviut Orh Ruach
Bet na Massach Bet na Massach

Kli de Tiferet Kli de Tiferet


corresponde à Aviut Ohr Ruach corresponde à Aviut Orh Nefesh
Guimel na Massach Guimel na Massach

Kli de Malchut Kli de Malchut


corresponde à Aviut Ohr Nefesh corresponde à Aviut
Dalet na Massach Dalet na Massach

Diagrama no. 17. Zivug em Aviut Dalet na Massach Diagrama no. 18. Zivug em Aviut Guimel na Massach
(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 22) (Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 22)
Ohr Orh
Yashar Yashar
Nível Nível
de Keter de Keter
Nível Nível
de Chochmá de Chochmá
Nível Nível
de Biná de Biná
Nível Nível
de ZA de ZA
Nível Nível
de Malchut de Malchut

Massach de Massach de
Aviut Bet {
{
Aviut Alef
Kli de Keter Kli de Keter
corresponde a Aviut Orh Neshamá corresponde a Aviut Orh Ruach
Shoresh na Massach Shoresh na Massach

Kli de Chochmá Kli de Chochmá


corresponde a Aviut Orh Ruach corresponde a Aviut Orh Nefesh
Alef na Massach Alef na Massach

Kli de Biná Kli de Biná


corresponde a Aviut Orh Nefesh corresponde a Aviut
Bet na Massach Bet na Massach

Kli de Tifferet Kli de Tiferet


corresponde a Aviut corresponde a Aviut
Guimel na Massach Guimel na Massach

Kli de Malchut Kli de Malchut


corresponde a Aviut corresponde a Aviut
Dalet na Massach Dalet na Massach

Diagrama no. 19. Zivug em Aviut Bet na Massach Diagrama no. 20. Zivug em Aviut Alef na Massach
(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 22) (Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 22)
Orh Orh
Yashar Yashar
Nível Nível
de Keter de Keter
Nível Nível
de Chochmá de Chochmá
Nível Level
de Biná de Biná
Nível Nível
de ZA de ZA
Nível Nível
de Malchut de Malchut

Massach de Massach de “não


Aviut Shoresh receber” apenas
(Tzimtzum)
Kli de Keter Kli de Keter
corresponde a Aviut Orh Nefesh corresponde a Aviut
Shoresh na Massach Shoresh na Massach

Kli de Chochmá Kli de Chochmá


corresponde a Aviut corresponde a Aviut
Alef na Massach Alef na Massach

Kli de Biná Kli de Biná


corresponde a Aviut corresponde a Aviut
Bet na Massach Bet na Massach

Kli de Tiferet Kli de Tiferet


corresponde a Aviut corresponde a Aviut
Guimel na Massach Guimel na Massach

Kli de Malchut Kli de Malchut


corresponde a Aviut corresponde a Aviut
Dalet na Massach Dalet na Massach

Diagrama no. 21. Zivug em Aviut Shoresh na Massach Diagrama no. 22. Tzimtzum
(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 22) (Prefácio à Sabedoria da Cabalá,item 22)
Ordem de entrada das Luzes

Yechidá

Ordem de entrada das Luzes


Chaiá
Luzes

Neshamá

Luzes
Yechidá

Ruach Chaiá

Nefesh Neshamá

Ruach

Keter Kli de Keter com


Ordem de aumento dos Kelim

Ordem de aumento dos Kelim

Luz de Malchut
(Luz de Nefesh)
Chochmá Chochmá
Kelim

Kelim
Biná Biná

ZA ZA

Malchut Malchut

Diagrama no. 23. Luzes fora do Kelim Diagrama no. 24. Entrada da Luz de Nefesh
(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 24) (Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 24)
Ordem de entrada das Luzes

Ordem de entrada das Luzes


Yechidá
Luzes

Luzes
Chaiá Yechidá

Neshamá Chaiá

Kli de Keter com Kli de Keter com


Ordem de aumento dos Kelim

Ordem de aumento dos Kelim

Luz de ZA Luz de Biná


(Luz de Ruach) (Luz de Neshama)
Kli de Chochmá com Kli de Chochmá com
Kelim

Kelim
Luz de Malchut Luz de ZA
(Luz de Nefesh) (Luz de Ruach)
Biná Kli de Bina com
Luz de Malchut
(Luz de Nefesh)
ZA ZA

Malchut Malchut

Diagrama no. 25. Entrada da Luz de Ruach Diagrama no. 26. Entrada da Luz de Neshamá
(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 24) (Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 24)
Luzes

Luzes
Yechidá

Kli de Keter com Kli de Keter com


Luz de Chochmá Luz de Keter
Ordem de aumento

Ordem de aumento

(Luz de Chaiá) (Luz de Yechidá)


Kli de Chochmá com Kli de Chochmá com
dos Kelim

dos Kelim
Kelim

Kelim
Luz de Biná Luz de Chochmá
(Luz de Neshamá) (Luz de Chaiá)

Kli de Biná com Kli de Biná com


Luz de ZA Luz de Biná
(Luz de Ruach) (Luz de Neshamá)
Kli de ZA com Kli de ZA com
Luz de Malchut Luz de ZA
(Luz de Nefesh) (Luz de Ruach)
Malchut Kli de Malchut com
Luz deMalchut
(Luz de Nefesh)

Diagrama no. 27. Entrada da Luz de Chaiá Diagrama no. 28. Entrada da Luz de Yechidá
(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 24) (Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 24)
Galgalta AB SAG MA BON

Keter Keter Keter Keter Keter

Chochmá Chochmá Chochmá Chochmá Chochmá

Rosh Biná Biná Biná Biná Biná

Tiferet Tiferet Tiferet Tiferet Tiferet

Malchut Malchut Malchut Malchut Malchut

Peh Massach

Yechidá Chaiá Neshamá Ruach Nefesh

Chaiá Neshamá Ruach Nefesh

Neshamá Ruach Nefesh


Toch
Ruach Nefesh

Nefesh

Diagrama no. 29.Hizdakchut do Partzuf


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 28)
OM = OY - OP
Orh Yashar

Rosh
Orh
Makif Orh Chozer
Peh

Partzuf
Toch

Orh
Pnimi
Guf

Tabur
Sof

Sium

Diagrama no. 30. O Partzuf


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 50)
OM OY
Keter Keter Keter Keter Keter Keter

Chochmá Chochmá Chochmá Chochmá Chochmá Chochmá

Biná Biná Biná Biná Biná Biná

ZA ZA ZA ZA ZA ZA

Malchut Malchut Malchut Malchut Malchut Malchut

OH
Shoresh Shoresh Shoresh Shoresh Shoresh Shoresh
Alef Alef Alef Alef Alef Alef
Peh Bet Bet Bet Bet Bet Bet
Guimel Guimel Guimel Guimel Guimel Guimel
Dalet Dalet Dalet Dalet Dalet Dalet
Keter Chochmá Biná ZA Malchut

Chochmá Biná ZA Malchut

Biná ZA Malchut

ZA Malchut

Malchut
Tabur

Sium

Hizdakchut of the Masach

Diagrama no. 31. Fases de Hizdakchut do Partzuf


(Prefácioà Sabedoria da Cabalá, item 35)
Galgalta Acasalamento - Malchut
OY OH
AB
OY OH
Rosh SAG
(Dalet-Guimel)
Peh
OY OH
(Guimel-Bet)
MA
Peh OY OH
Taamim

(Bet-Alef)
BON
t

Peh
udo

Taamim

Toch OY OH
t
do
N ek

ku

(Alef-Shoresh)

Peh
Ne

Tabur
Peh

Malchut Purificada

OrhYashar
Sof Orh Chozer

Peh
Histaklut Alef
Malchut Finalizada
Hitpashtut
Tabur
Histaklut Bet
Sium
Ponto deste mundo

Diagrama no. 32. Cinco Partzufim de AK


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 29)
Galgalta

Rosh AB

Preenchimento
SAG
de AB
Toch
Preenchimento
MA e BON
de SAG
Tabur

Preenchimento
Sof de MA
e BON

Sium Ponto deste mundo

Diagrama no. 33. Quatro Preenchimentos de Galgalta


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 29)
Galgalta
OY
OH AB
OY
Rosh OH SAG Rosh de SAG
(Dalet-Guimel)
Peh
OY
Ohr Yashar Ohr Chozer
Rosh OH
Chessed (Guimel-Bet)

Taamim
Keter
Peh Chochmá
Biná Nikvey
Rosh Eynaim

Taamim
ZA

t
Gvura Ascensão de Malchut

udo
de Rosh à NE Malchut
Peh

Taamim
t
do
Tiferet

{ Nek

ku
Nekudot de SAG

{
Nekudot de SAG Tzimtzum Bet (Bet-Alef)

Ne
Tzimtzum Alef(Bet-Bet)

Tabur
Keter Keter
Netzá Chochmá Chochmá

Biná Biná
Sof de Galgalta

Chessed Chessed
Hod Behiná Dalet- Bechiná Bet-
Gvura Gvura
Hitpashtut Hitpashtut
Tiferet Tiferet Novo Sium-Parsá
de Malchut de Biná
Yessód Netzá Netzá

Hod Hod Tzimtzum Bet

Yessód Yessód
Malchut
Malchut Malchut
Sium

Diagrama no. 34. Nekudot de SAG, Tzimtzum Bet


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 56)
Galgalta
OY OH AB
Keter
Chochmá OY
Biná Rosh OH SAG
Peh
Rosh OY OH
Chessed

Rosh
Gvura

Nekudot
Tiferet Nekudot

Tabur
Netzá
de SAG

Keter
Chochmá
Biná
Chessed
de SAG

{
Tzimtzum Bet

GE Lugar do
Internalidade Mundo de Atzilut
Hod
Lugar do

Yessód
Gvura
Tiferet
Netzá
Hod
{ AHP
Externalidade
Mundo de Briá

Lugar do
Mundo de
Yetzirá
GE
(Panim)
Parsá

Yessód AHP A Seção


Malchut Lugar do (Achoraim) Klipot
Malchut Mundo de Assiá
Sium
Tzimtzum Bet
Ascensão de Malchut de Guf
à Bina de Guf
Diagrama no. 35. Lugar dos mundos ABYA
(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 65)
Galgalta
(Dalet-Dalet)

OY OH AB
(Dalet-Guimel)
Rosh Rosh
Rosh OY OH SAG de SAG de SAG
(Guimel-Bet) Zivug noReshimot
Peh Restrito Bet-Aleph
Orh Yashar Orh Yashar
Rosh OY OH Orh Chozer Ohr Chozer
Keter
Chochmá GE
Biná Nikvey Eynaim
Rosh ZA
Ascensão de Malchut Malchut AHP
de Rosh à NE
Nekudot Nekudot
de SAG de SAG
Tzimtzum Alef Tzimtzum Bet Katnut
(Bet-Bet) (Bet-Alef) do Mundo
de Nekudim
Tabur
Keter GE
GE de Keter de
Keter
Chochmá
AHP
Biná GE de GE
GE de AVI
Keter
Chessed
AHP
Gvura GE de ZON GE de GE
Parsá AVI
Parsá
Tiferet
Netzá
Hod
Yessód
Malchut Sium
Sium

Diagrama no. 36. Katnut do Mundo de Nekudim


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 69)
Galgalta
(Dalet-Dalet)

OY OH AB
(Dalet-Guimel) Rosh Rosh Rosh
de SAG de SAG de SAG
Rosh OY OH SAG Ascensão de Malchut Zivug nos Reshimot Zivug nos Reshimot
de Rosh à NE restritos Bet-Alef Dalet-Guimel
(Guimel-Bet) de ZON de AK
Peh Orh Yashar OY OY
Rosh OY OH OH OH
Orh Chozer
Keter
Chochmá GE Nikvey
Rosh Biná
ZA AHP Eynaim
Malchut
Peh
Nekudot
de SAG
Tzimtzum Alef Nekudot Katnut do Gadlut do
de SAG Mundo de Mundo de
Tabur Tzimtzum Bet Nekudim Nekudim

Keter Dez Sefirot


GE de Keter de Keter
Chochmá

Biná Dez Sefirot


GE de AVI de AVI
Chessed

Gvura GE de ZON Dez Sefirot


de ZON
Tiferet Parsá Parsá
Netzá
Quebra dos
Hod Vasos
de ZON
Yessód
Sium
Malchut

Diagrama no. 37. Gadlut do mundo de Nekudim e a Quebra dos Vasos


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá , item 79)
Galgalta
(Dalet-Dalet)

OY AB
OH (Dalet-Guimel) Rosh Rosh Rosh Rosh
de SAG de SAG de SAG de SAG
Rosh OY SAG Ascensão de Malchut Zivug nos Reshimot Zivug nos Reshimot
Dalet-Guimel
Zivug nos Reshimot
OH (Guimel-Bet) de Rosh à NE restritos Bet-Alef
de ZON de AK
restritos Alef - Shoresh

Peh Orh Yashar OY OY OY


Rosh OY
OH Orh Chozer OH OH OH
Keter Keter
GE Chochmá Chochmá Metzá
Rosh NE Biná Bina
ZA
AHP Malchut ZA
Peh Malchut
Peh
Nekudot
de SAG Katnut do Alef-Shoresh
Gadlut do (Tzimtzum Bet)
Tzimtzum Alef Mundo de Mundo de
Nekudot Katnut do
de SAG Nekudim Nekudim Mundo de
Tabur Tzimtzum Bet Atzilut

Keter Dez Sefirot Atik


GE de Keter de Keter
Chochma AA
Biná Dez Sefirot
GE de AVI de AVI AVI
Chessed
ZA
Gvura GE de ZON Dez Sefirot
de ZON Malchut Parsá
Tiferet
Parsá
Netzá Quebra
Hod dos vasos Lugar dos
de ZON
mundos BYA
Yessod
Sium
Malchut

Diagrama no. 38. Katnut do Mundo de Atzilut


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 120)
Galgalta
(Dalet-Dalet)

OY AB
OH (Dalet-Guimel) Rosh Rosh Rosh
de SAG de SAG de SAG
Rosh OY SAG Zivug nos Reshimot Zivug no Reshimot
Dalet-Guimel
Zivug nos Reshimot
OH (Guimel-Bet) restritos Bet-Aleph
de ZON de AK
restritos Aleph-Shoresh

Peh OY OY OY
Rosh OY
OH OH OH OH
Keter
GE Chochmá Metzá
Rosh Biná
AHP ZA
Malchut
Peh
Peh
Alef-Shoresh
Katnut do Gadlut do (Tzimtzum Bet)
Mundo de Mundo de Atik
Nekudim de
Nekudim Tzimtzum
Tabur Bet Tabur de AK

Keter GE Dez Atik AA


Nekudot Sefirot Peh
de SAG de Keter de
de Keter Tzimtzum
Chochmá Tzimtzum AVI
Bet Alef Peh
GE Dez
Biná Sefirot ZA
de AVI Tabur Peh
de AVI
Chessed
Malchut
GE Dez
Gvura de ZON Sefirot
de ZON
Tiferet Parsá
Netzá
Quebra
Hod dos lugar dos
Vasos mundos BYA
Yessód de ZON

Sium Malchut Sium

Diagrama no. 39. Cinco Partzufim do Mundo de Atzilut


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 120)
Galgalta

AB
Rosh

Peh SAG
Rosh Mundo de Atzilut
Rosh
Nascimento dos mundos BYA
(items 147-149)
O estado constante

}
(item 146)

}
Tabur Atik
Tabur
Atik AA
AVI

Aba
AA ZON
AVI
Ima
Aba ZA
ZON
Ima Nukva
ZA 6 Mundo

Parsá Nukva 4
of Briá
Mundo
Parsa
Dois terços Lugar deYetzirá
inferiores de do Mundo
6 Chazê
Tiferet de Briá 4 Mundo
Netzá Lugar of Assiá
do Mundo
6 Chazê
Hod
Yessód de Yetzirá 4 A
Lugar
Seção
Sium Malchut do Mundo 10
Klipot
de Assiá

Sium

Diagrama no. 40. Nascimento dos mundos BYA


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, itens 145-149)
Galgalta

Rosh AB

Peh
Rosh SAG
Primeira Segunda
ascensão ascensão
na véspera na véspera
Rosh do Shabat, do Shabat,
quinta hora “crepúsculo”
do
sexto dia
Atik
Nascimentos
dos mundos BYA Atik
AA
O estado Depois
constante Atik AA do pecado
Tabur Aba Tabur
Aba Ima
Atik AA Atik
Ima ZA
Aba ZA Nukva
AA Mundo AA
Ima Nukva
de Briá
Aba ZA Mundo Aba
Mundo
Ima Nukva de Briá Ima
de Yetzirá
Mundo Mundo
ZA de Briá de Yetzirá Mundo ZA
Parsá Nukva de Assiá Nukva Parsá
Dois Terços Lugar do Mundo Mundo
6 Chazê deYetzirá
inferiores de mundo
Tiferet de Briá 4 Mundo
de Briá
Netzá Lugar do 6 Chazê de Assiá Mundo
Hod mundo
Yessód de Yetzirá 4 de Yetzirá
Klipot Klipot Klipot
Lugar do Mundo
Malchut mundo 10
Sium de Assiá
seção seção seção de Assiá Sium

Diagrama no. 41. Os mundos ABYA


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 150)
Galgalta

AB
Rosh

Peh SAG
Rosh

Rosh
Nascimento do Mundo de Atzilut Nascimento dos Mundos BYA

}
}
Atik
Tabur
Tabur
Atik AA

Aba 6
AA
4 Ima Adam ha Rishon

}
Aba 6 ZA 6
Antes do
4 Ima 4 Nukva pecado

ZA 6 Mundo
de Uma vez
Parsá 4 Nukva Briá Mundo reformado Parsá
de
Dois terços Yetzirá
inferiores de Lugar do 6 Chazê Neshamá
mundo de Briá
Tiferet 4 Mundo
Netzá de
Lugar do 6 Chazê Assiá
Hod Ruach
mundo de Yetzirá
Yessód 4
Klipot
Lugar do Malchut de Assiá, da qual o Guf externo
Sium Malchut mundo de Assiá 10
seção
de Adam Rishon, antes do pecado, foi construído Sium
Adam ha Rishon Nefesh dos
depois do pecado Nove Superiores de Assiá

Diagrama no. 42. Adam ha Rishon antes e depois do pecado Guf externo de Adam ha Rishon depois do pecado
(TES, Part 16, itens 145-149) foi feito da poeira de Malchut de Assiá
Galgalta

AB
Rosh

Peh SAG
Rosh

Rosh

O Estado
Tabur constante
Tabur
Atik

AA

Aba
Ima
ZA 6
Parsá

}
Nukva 4 Parsa
Dois Terços Mundo 6 Sagrado dos Sagrados
inferiores de de
Tiferet Briá 4 Beit ha Mikdash
Habitando o Mundo, Santidade
Netzá Mundo 6

}
Hod de
Yessód Yetzirá 4
Eretz Israel
Mundo O local da ruína, sessão Klipa, Klipot
Sium Malchut de 10 Fora de Israel
Assiá Sium

Diagrama no. 43. A divisão do mundo


(TES, Parte 16, item 44)
Galgalta

AB
Rosh

Peh SAG
Rosh

Rosh

Nascimento do Mundo de Atzilut Nascimento dos Mundos de BYA

}
}
Tabur Atik
Tabur
Atik AA

Aba
AA 6
4 Ima
Aba ZA Adam ha Rishon
6 6
4 Ima 4 Nukva antes do pecado
ZA Mundo
6 de 6 Lugares Rosh
Parsá 4 Nukva Briá Mundo 4 Gan Eden 4 Garon Parsá

{
de Eretz
Dois terços Malchut de Yetzirá Yetzirá 6 Ever ha Yarden 6
Lugar do 6 Chazê Israel Guf
inferiores de Chazê
Tiferet Mundo de Briá
4 Mundo 4 4
Tabur
Netzá de Síria Babel
Lugar do 6 Chazê Assiá 6 6 Malchut
Hod Mundo de Yetzirá de
Yessód 4 4 Exterior Raglaim Yetzirá
Klipot Agavot
Lugar do Malchut de Assiá, de onde o Guf externo 10 seção
Sium Malchut
Mundo de Assiá 10 de Adam Rishon, antes do pecado, foi construído
Sium

Diagrama no. 44. Adam ha Rishon antes do pecado


(TES, Parte 16, itens 68-76)
A linha reta que se estende de Ein Sof
ao ponto deste mundo

Igul de
Ada
Mundo de AK
{ Igul de
Ati
m
Ka
m
on
d
Partzuf Atik
{ kY

{
Tzimtzum Alef Igul de om
Ar in
ic
h

An
pin
Mundo de Atzilut

Ponto do Tzimtzum Bet, Parsá Ponto do próximo mundo


Mundo de Briá
Mundo de Yetzirá
Mundo de Assiá
Ponto do Tzimtzum Alef - Ponto deste mundo

Diagrama no. 45. Igulim e Kav


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 170)
Criador = Mundo de Ein Sof

AK

Atzilut

Mundos Mundos
Puros Impuros
(Puros) Briá Briá (Klipa)

Alma
Yetzirá
do Yetzirá

Homem
Assiá Assiá

Este Mundo

Diagrama no. 46. Um opõe-se ao Outro


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 121)
Tzimtzum Alef Tzimtzum Bet Katnut

GE GE GE
Rosh NE
AHP AHP GE AHP GE
Peh
GE GE GE AHP AHP GE
Toch Chazê
AHP AHP AHP AHP
Tabur
GE GE
Sof Yessód
AHP AHP
Sium

Diagrama no. 47. Tzimtzum Bet e Katnut


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 85)
Dez Sefirot

}
em espessura
GE AHP

}
GE
}
Keter
Keter Chochmá Bina

GE
de
ZA

AHP
de
Malchut

Chochmá GE GE
Longitudinais
Dez Sefirot

}
AHP
Biná

ZA
Mundo de Atzilut

GE
de
AHP
AHP Elevado

AHP
de
AHP
Malchut Lev ha Even
Mundos BYA
Três Klipot

Diagrama no. 48. Quatro discernimentos na correção dos Kelim


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 120)
Aviut no
Massach

Dalet

Guimel t
lu
Bet
ad
G

Alef

Katnut
Shoresh

Ibur
Tzimtzum
Alef Tempo
7-12 24
meses meses

Diagram no. 49. Estágios no desenvolvimento do Partzuf


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 121)
Mundo de Nekudim Mundo de Atzilut

GE Atik
Keter
AHP
AA
GE
AVI AVI
AHP

GE ZON
Parsá
ZON
AHP
AHP Elevado

Diagrama no. 50. Classificação dos Kelim depois da Quebra


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 101)
125 Orh Ein Sof

AK Keter Yechidá

Atzilut Chochmá Chaiá

5x25=125 Briá Biná Neshamá

Yetzirá ZA Ruach

5x5=25 Assiá Malchut Nefesh

Barreira
Este Mundo

Diagrama no. 51. 125 degraus da escada


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 6)
Rosh Rosh
100% 100%

Toch
20%

Sof Toch
80% 20%
Sof
80%

Diagrama no. 52. Divisão do Partzuf


(Prefácio à Sabedoria da Cabalá, item 50)
Homem
Partes Quatro Quatro Bechiná Levush Casa Bechiná
Espiritualidade Guf
do Sentidos Partzufim Mundos Bechinot Bechinot Media Média
Bechinot HaVaYaH Sefirot Luzes TANTO na no SVAS na Direções
no no do Homem
Rosh Natureza Homem Homem Homem do Homem do Homem Natureza
Ponta
Shoresh do Keter Golgolet Galgalta AK Yechidá (Shoresh) Yechidá Moach
Yod
Homem Sul
Alef Yod Chochmá Eynaim Visão AB Atzilut Chaiá Taamim Fogo Interno Chaiá Atzamot Kutonet Bayit Falante (quente e
(Neshamá) seco)
Dam Macaco
Norte
Bet Hey Biná Auzen Audição SAG Briá Neshamá Nekudot Vento Guf Neshamá Guidin Michnasayim Hatzer Animado (frio e
Se’arot Cão úmido)
dos
Tzipornayim Campos Oeste
Guimel Vav ZA Chotem Olfato MA Yetzirá Ruach Tagin Água Levush Ruach Bassar Mitznefet Sadeh Vegetativo (quente e
úmido)
Ohalim Corais
Este
Dalet Hey Malchut Peh Fala BON Assiá Nefesh Otiot Pó Bayit Nefesh Or Avnet Midbar Imóvel (frio e
seco)

Diagrama no. 53. Nomes Comuns


(TES, Parte 3, Capítulos 4-5)

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