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Instituto Farol
Edição 2 - Agosto/2019

Seja Bem Vindo

ao Mundo Farol
Somos um Centro de Excelência e Inovação no
Tratamento do Autismo Precoce.
Nosso objetivo é auxiliar o progresso científico
e clínico referente ao tratamento do autismo
infantil no Brasil.

Inclusão na prática esportiva

A prática esportiva, como elucidado por
Hassenpflug (2004), contribui para o desen-
volvimento de competências sociais, cogni-
tivas, pessoais, produtivas e motoras. Está
previsto na Constituição Brasileira e no
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
que toda criança tem direito ao esporte e ao
lazer, ou seja, todos devem ter a oportunida-
de de desenvolver habilidades e potenciali-
zar outras através do esporte. Entretanto, a
inclusão de crianças com autismo nessas
atividades ainda ocorre em baixa escala e
precisa de um maior incentivo no
cenário educacional brasileiro.

As crianças com autismo apresentam

dificuldades na comunicação e interação
social, além de apresentarem, com uma alta
recorrência, padrões motores alterado.
Isso faz com que alunos com autismo
apresentem dificuldades de compreender e

Lorem
executar o que está sendo solicitado pelo
professor, causando ansiedade e confusão
(SCHLIEMANN, 2013). Dessa forma, para
que a inclusão escolar através do esporte
aconteça é fundamental que o educador
físico crie condições e oportunidades educa-
cionais condizentes com o desenvolvimento
da criança, suas dificuldades e potencialida-
des. Sendo que a incorporação de competên-
cias no processo pedagógico deve ocorrer
em diversos momentos da tarefa: no plane-
jamento, na execução e na avaliação (HAS
SENPFLUG, 2004).

De acordo com Schliemann (2013), uma

estratégia para a inclusão de crianças com
autismo em contextos esportivos é conheci-
da como CME (Criança-Modalidade-Estraté-
gia de Ensino). Ela envolve cinco passos fun-
damentais: delineamento das característi-
cas da criança, análise das características da
modalidade do esporte, formulação de
estratégias de ensino, planejamento da exe-
cução da tarefa e adoção de métodos de ava-
liação. Algumas estratégias de ensino
podem ser adotadas para auxiliar na inclu-
são de crianças com autismo nas
práticas esportivas escolares.
Vamos citar algumas:

- Utilizar recursos visuais: cartões contendo

a imagem da ação que deve ser executada
ajuda o aluno a visualizar e compreender de
forma mais clara a forma como ocorrerá
uma atividade. Podem ser incluídas fotogra-
fias do próprio aluno executando a ativida-
de, desenhos feitos a mão, palavras ou
mesmo uma combinação de palavras e figu
ras (QUILL, 1995 apud FITTIPALDI WERT &
MOWLING, 2009).

- Delimitar o espaço: essa estratégia ajuda a

diminuir os distratores e aumentar o foco
atencional da criança. Podem ser utilizados
fitas adesivas, cones e bambolês para pro-
porcionar uma dica visual de onde a ativi-
dade irá acontecer (SCHLIEMANN, 2013).

- Selecionar comportamentos alvo: primei-

ro é preciso observar a criança e avaliar
quais são suas potencialidade e dificulda-
des. A partir dessa análise deve-se delinear
de forma específica quais comportamentos
e habilidades a criança deverá aprender.
Dessa forma, torna-se mais fácil selecionar
os procedimentos de ensino, proporcionar
múltiplas oportunidades de aprendizado e
dar consistência ao ensino.

- Determinar estímulos alvo: esses estímu-

los funcionam como “pistas” para que a
criança planeje como executar uma tarefa
ou um comportamento esperado. Determi-
nar essas pistas promove um maior engaja-
mento na atividade e auxiliam no cumpri-
mento das demandas (SCHLIEMANN,
2013).

- Estabelecer reforçadores: tendo em vista

uma metodologia naturalista, o ideal é que
a tarefa seja reforçadora por si só. Entre-
tanto, alguns comportamentos específicos
podem ser reforçados através de reforços
extrínsecos com o objetivo de aumentar a
frequência do comportamento.podem ser
reforçados através de reforços extrínsecos
com o objetivo de aumentar a frequência
do comportamento.
Conhece algum educador(a) físico(a) que
trabalha em escolas? Mande esse texto para
ele(a), vamos disseminar a importância da
inclusão escolar através do esporte!

Referências

FITTIPALDI-WERT, J., MOWLING, C. Using visual

supports for students with autism in physical
education. JOPERD, v. 80(2), p. 39-48, 2009.

HASSENPFLUG, W. N. (2004). Educação pelo espor-

te: Educação para o desenvolvimento humano pelo
esporte. São Paulo: Saraiva/ Instituto Ayrton Senna.
Disponível em: hp://www.anapolis.go.gov.br/por-
t a l / a r q u i v o s / fi l e s / E d u c a c a o . p d f .

QUILL, K.A. Visually cued instruction for children

with autism and pervasive developmental disor-
ders. Focus on Autistic Behavior, v.11, p.10-22, 1995.

SCHLIEMANN, André Lisandro. Esporte e Autismo:

Estratégias de ensino para inclusão esportiva de
crianças com transtornos do espectro autista (TEA).
Campinas, 2013. Disponível em: file:///C:/Users/Car-
los/Downloads/Andr%C3%A9LisandroSchlieman
n_TCC.pdf.

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