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N.Cham. 720.47 B62Su 2004 sneourt, Leonardo. ddas cartas solares : diretr iiiniin ‘202260711 ‘UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS Conseto Eatrkt ape: MoeosSpnsst Retr ‘Sea Diab Moi (Preside) Prot prio Bon Yescenclas ‘na Dg Recen Dires Gero ries de Olvera Carvaho Mercier Maria do Score Ager de Olvera Covent nica de Bers Lbo Filho Raters Sarena Lima EE. Direora de Baal Iris Made Mowe Lina AEANTE Pas ‘Sela Diab Mal Paulo onder ero BIBLIOTECA UNIVERSITARIA Lindenberg Meares de Arango " Fn ena See o3/10/.4007 dntni de Pata Covers ‘Maria Bemadete Camara Shower 2822607~11 CCuaogogt aa fone Universidade Feder de Ategows Be, 430884 ae Be? Bitencout, Leona sodas cara soles eres para aritetos Lenard Biteocour ~ el. re. © seep, ~ Maceiés EDUAL, 2008 1p. ‘ibigratiarp. 79-80, Agee S11 1. Arteta Cts sacs 2, Artes ~ Radi sla. Ho or eco any Earenes = 8 cou m5s152 SEIS SRE ISBN: $5.17-0546, Ef - Etna da Universidade Federal de Alngos = Campus A.C. Sines, BR 108, Km, 97,6 FosefFax: (2) 2041111 * Teonlea do Mains CEP, $7 072-970~ Maceo» Alagoas E-mal wor edule afl br lee IoTeca” PREFACIO A QUARTA EDICAO Treze anos se passatam desde primeira ’édicio deste livso. Foi com agradavel surpresa que vimos a primeira edicio se esgotar, apesat de se tratar de publicasio oriunda de uma universidade pequena, e sem tradicio na area editorial. Comeco a acreditar que a professora Liicia Leimbeck tinha razio quando insistiu para que adaptissemos este trabalho, que inicialmeate tinha sido pensado apenas como uma apostila, a fim de transformé-lo em livro, com a inclusio de mais ilustragdes e a revisio do texto inicial Durante esses treze anos recebemos mnitas sugestdes, Principalmente dos colegas professores. Algumas relativas & inclusio de novos contetidos ¢ outtas relativas & expansio de capitulos existentes. Nesta quarta edi¢io, no entanto, limitamo-nos a revisar um grande niimero de pequenos erros de impressio e revisio, enquanto amadurecemos as sugestdes de modificagdes mais substanciais, Também foram atvalizados os Mapas Magnéticos do Apéndice 2, possibilitando uma estimativa mais acurada da declinagio magnética em relago ano norte verdadciro. A maior alteragio consiste na incluso de um novo capitulo contendo um software de computacio gréfica, de autoria de Clatissa Marques e Thales Vieira, sob orientagio do Prof. Hilitio Alencar. Este tem como objetivo auxiliar os leitores na compreensio da geomettia solar, bem como se constituir em instrumento didatico para os colegas professores, Gostatia de reiterar os agradecimentos aos colegas, professores cestudantes, que se dispuserem a gastar um ponce de seu precioso tempo nos eserevendo com sugestdes para 6 aprimoramento frturo desta publicagio. Maceié, janeito de 2003 Prof. Leonardo Bittencourt Universidade Federal de Alagoas Centro de Tecnologia - Departamento de Arquitetura ¢ Urbanismo Campus A.C. Simdes, Tabuleiro do Martins ‘CEP 57072-970 ,Maceié ~ AL E-mail: Isb@ctec.ufal.br 4 INTRODUGAO Ao me propor a escrever este pequého trabalho tinha a intengio de preencher uma lacuna que verificava, constantemente, nas publicacdes que tratavam do controle solar: 0 leitor nio conseguia utilizar as cartas solares, exclusivamente apoiando nos textos das publicagées ¢ ilustragdes existentes. Fui procurado muitas vezes pata esclatecer e “decifrar” o que significavam alguns destes textos. Isso se mostrava grave pelo fato de'vivermos numa regiio quente © com altos indices de insolacio e pelo assunto nio ser considerado importante em grande parte das disciplinas dos cursos de Arquitetura. Dai o interesse em procurar elaborar um texto diditico, com © objetivo de atender primordialmente 20 estudante de Arquitetura que deseje trabalhar levando em conta os aspects selativos a insolacgio em seus projetos de Arquitetura e de desenho urbano. O contetido esta dividido em quatro capitulos. O primero, fornece informagdes basicas sobre as caracteristicas principais das radiagdes solares e alguns antecedentes histéricos do uso do sol na Azquitetura. segundo capitulo procura dar uma ripida visio do. balango ‘energético entre o Sol ¢ a Terra ¢ dos movimentos de translacio rotagio da Terra. © terceiro capitulo trata da confeccio dos diagramas solares, da relagio entre 0 tempo solar € o tempo legal e da declinagao magnética da terra. (© quarto capitulo procura fornecer as orientagdes necessirias 20 uso dos gréficos solares, bem como orientar quanto a escolha dos protetores solares mais adequados para ‘cada caso espectlico, © quinto e iltimo capitulo, se apresenta como um capitulo adicional dessa 4" edigio. Contém um software de computagio grifica, de autoria de Clarissa Marques ¢ Thales Vieira, sob orientagao do Prof, Hilfrio Alencar. O CD do progeama esté no contra-capa do livro € tem como objetivo auxiliax os leitores na compreensio da geometria solar, bem como se constitair em instrumento diditico que os colegas professores podem utilizar em suas aulas sobre o tema. No final do trabalho serdo encontrados alguns apéndices contendo as cartas solares para varias latitudes brasileiras; um cileulo pormenorizado da diferenca entre 0 tempo solar e o tempo legal, incluindo um grafico com os valores da equacio do tempo para o ano inteico; ¢ as cartas magnéticas para o Brasil SUMARIO: 1, SOL. x 1.1. A natureza das tadiagdes solares e sua importincia biologica para ohomem "1 LLL. Natuteza das radiagbes i 1.1.2. Raios infraveemelhos 2 1.1.3, Lazvisivel 1 vue 12 14. Rais ultravioletas cnn : svneanmine 12 1.1, Problems causados pelo Sol nn cemsennnnnnns AM 1.1.6, Solevideo ak . 4 1.1.7. Conclusio ete a erltedeeretectetetad] 15 12. OSoleas edifcagdes senna 1S 12.1. OSoleas edificagdes ao longo da HistSra.. = 15 1.2.2, Aarquitetaraistimica umnnsnn snmesnnnion 16 1.23. OPUEIOS enn : see 16 T.2A, Vite 90 ; et v7 1.25. Antecedentesbrasleiros.. : 18 1.2.6. A arquitetura Modem. CI vennmcenns 20 2. O SOLE A TERRA. 241. O balango energético da Tere wun vnnananae 2B, 2.2. Os movimentos de rotagioe translagio da Teta B 3. CARTA SOLAR, DIAGRAMA SOLAR OU GRAFICO SOLAR. 31. 3.2. A confeceio das cartas solares 33, 34, 35, 4. 4 4.2. Algumas utilizagdes no desenho urbano ... 43. 44. A mascara de sombra.... 49. (Osmovimentos aparentes do Sol inna 3.1.1, Altura solar eazimute 3.24, O grifico de Maceié. . Medidores de ingulos vertcaisehoxizontais “Tempo solar e tempo legal Norte verdadeiro e norte Magnético © USO DOS DIAGRAMAS SOLARES. Localizagio de alturas solares €27MUtes nsonnnnennnenn © uso de grificos na orientacio dos edificios.. 44.1. Determinacio da miseara desombra 44.2. Determinagio das obstrugdes causadas por obsticulos Os virios tipos de protetores solares 45.1, Protetosés verticaisfixos... im 7 4.52, Protetores horizontais fixos 45.3. Protetores mistos 4.54, Protetores méveis. 435.7. Venezianas a a ar 28 32 33 35, 36 39 4 43 4 46 33 53 54 54 3 56. 56 57 4.5.8. Toldos ee 4.6. Os Vitios Tipos de protetores solares.. 4.6.41, Protetores verticals uunnnne 4.6.2, Protetores horizontais, 4.6.3, Protetores mistos AGA, Protetores EVES nnn 4.6.5. Elementos vazados 4.1. Alocalizagio de coletores solares 4.8, Roteito para o projeto de protetores solares. 4.9, Observagées finas.. 3. SOFTWARE: INTRODUGAO AS CARTAS SOLARES 5.1. Tntrodugio ao programa : 5.2, Instalg30 von ee 5.3. TER NICH nssnennnnnnninin 5.4, Tatoxial ~ 5.5, Modelo 3D... = 5.6, Rettamenta de criacio de carta solar... 5.7. Desinstalagio 6. BIBLIOGRAFIA. 7. APENDICES...... RaCSesssay O Sol 1-0 SOL, 11 - A Natureza das Radiagoes solares ¢ sua Importincia Biolégica para o Homem. Fregiientemente ouvimos de pais e avés que é importante para as criangas 0 sol da manha, Ao se indagar 0 motivo pelo qual o sol matinal € saudével, uma metade nao saberd a razo e a outra metade responderi que é por causa dos raios ultravioletas. Uma boa parte desta dltima metade, entretanto, esclarecers que é porque s6 existem raios ultravioletas pela manhal Quis dar esse exemplo para ilustrar nossa ignorineia com relacio a0 astro que regula grande parte dos acontecimentos metodologicos e da vida biolégica na terra. Veremos a seguir a natureza das radiagdes solares como forma de compreender onde e quando elas deve ser evitadas ou desejadas. 1.1.1 Natureza das Radiagses. © sol emite radiagdes cletromagnéticas. As tadiagdes eletromagnéticas sio aquelas constituidas de campos elétricos e magnéticos oscilantes, e se propagam com uma velocidade constante no vacuo. As radiagdes solares vio do infravermelho passado pela luz visual até o ultravioleta. ‘Mas como todo corpo tadiante, o espectro de sua radiagio varia ‘em funcio de sua temperatura. No caso do sol esta temperatura & de 6.000°C e sua emissio mais intensa se di com frequéncia de onda da ordem de 5.000A°, que € a parte do aspecto constituida pela luz visivel (4.000 2 7.800A°) (Ver figura 1), 1.1.2 - Raios Infravermelhos. Segundo Vicente Cicardo', os raios infravermelhos produzem um. aquecimento superficial dos tecidos, sendo que 95% desta radiacio absorvida & 2mm ¢ 99% dentro dos 3mm de profundidade da epiderme. ‘A natureza destas radiagdes & calotifera e ptoduz dilatacio dos vasos aumentando 0 fluso sangiifneo. O aquecimento aumenta a fagocitose e a atividade metabélica local, o que pode resultar em reagio favorivel dos tecidos com processos infecciosos. 1.13 - Luz Visivel. Os raios visiveis atuam por sua acio foroquimica produzindo fendmenos de oxidacio. F, de fundamental importincia nos processos vegetais onde 2 fotossintese desempenba papel vial através da absorcio da luz solar. Este trecho de espectro solar é responsivel também pela luminosidade natural que irradia sobre 0 solo tertestre. 1.14 - Raios Ultravioletas. Ainda segundo Cicardo, os raios ultravioletas manifestam sobre os scres vivos agées fisico-quimicas que diferem em grau de atividade, em relagio As suas longitudes de onda. ARDO, Biofisiga, 1974, pp. 481-485. ‘ano 0 nh (a) Rost Esrecrto pa RIDIAGHO SOLAR FONTE: MARZIA, 1879 nw VW i % g Hi Sh ha i As tadiagdes que produzem mais reacdes quimicas, com efeito ‘mais intenso, sio as compreendidas entre 2.500 ¢ 3.1008"* ‘A penetracio destas radiagdes através da pele e das mucosas nunca excedde a2 mm; ou seja, algo inferior 20s taios infravermelhos, Os antigens ¢ anticorpos sio também inativados pelos raios ulteavioletas, existindo grandes variagBes na capacidade de resistencia as radiagdes. Finser havia demonstrado, segundo Cicardo (1974), que “os raios vultravioletas cram muito mais eficazes para destniic as bactérias que a luz visivel”, e que “taios de mais de 3.000A° sio relativamente ineficazes, anmentando progressivamente a agio bactericida até 2.600A°, onde aleanga uuin maximo © dectesce outra vez aos 2.300A°, elevando-se novamente por debaixo de 2.200A, Afirnta ainda que “em geral, os esporos so 15 a 20 vezes mais resistentes que as formas vegetativas das bactérias”. © efeito curative dos raios ulttavioletas sobre as feridas é atribuido & ago germicida © 2 uma acio diteta sobre os tecidos, As células impregnadas pela radingio liberariam substincias que estimulariam 0 crescimento, a respiragio ¢ a glicélise de outras células. As pesquisas citadas por Cicardo (1974) demonstraram que 28 radiagdes de até 2.850A° tém acto quimica e esterilizante sobre a pele; 2,850 a 3.150A°, eritematgena (geradora de eritema) e estimulante; e de 3.150 2 4.000A°, pigmentégena. Os raios inftavermelhos se caracterizam por sua capacidade penetzaate e calérica 1 Angstron (A®) = 10" m. 13 1.15 - Problemas Causados pelo Sol. Sio conhecidas numerosas afecgdes da pele causadas pelos raios solares, especialmente os ultravioletas. Certos eczemas, usticiiias € acnes se produzem por acio do sol. Também o céncer da pele pode estar relacionado com a intensidade dos raios solares recebidos pela pele. Segundo Roggo, apud (CICARDO, 1974) as radiagdes produziciam acumulagio de colestexol na parte irtitada, a qual se intensificaria ¢ desidrogenaria, transformando-se em substincias cancerigenas. As radiagdes seriam suscetiveis de produzir cincer € simultaneamente climinagio, com a urina, de substincias estrogénicas, ‘Além de problemas da pele, podem existir também problemas na visio ocasionados pelo excesso de luz. Entre eles esta a fotooftalmia que @ uma inflamacio da eérnea causada pelas radiagdes de menos de 3.200A° e determinads, provavelmente, por uma alteragio das proteinas células das cémneas. (Ver fig, 2) 11.6 - Sol e Video. Outro dado importante relative 4 natureza das tadiagdes solares, € 0 seu comportamento junto aos videos comuns Segundo Koenigsberger este tipo de vidro transmite grande parte de toda a sadiaco compreendida em 3.000A°, sendo opaco as demais radiages FIG.2.- OBICESIO Pe rol. CAUSA PeORUEHRG AO HOHE 1.1.7- Conclusio. Podemos concluir, portanto, que o sols uma fonte de vida 1 fundamental ¢ muito potente, ¢ que, como tal, deve sex usado dentzo de certos limites, respeitando-se rigorosamente suas caracteristicas ¢ propriedades bioldgicas € fisico-quimicas 12- O Sole as Edificagoes. 1.2.4- O Sol ¢ as Edificagdes ao Longo da Histéria. A utilizacio inteligente do sol nas edificagdes jé data de tnilhares de anos. Alan Guyot e Jean-Louis Izard (1980) mostram que desde os habitantes trogloditas © uso da enengia solar, através das propriedades de inércia térmica’, se encontea presente. (Ver Fig. 3) FiG.3 -OHOWGK TiRA PARTIDO TO 40. PABA COTE SaaeeeeS ARNO? MAIS CONFORTAVE!D > Indrein Tésmica - propriedade das pacedes e coberturas dos edificios seferente 20 satraso e amortecimento do Fluxo'de Calor que passa pela envolvente das edifieagBes Is 1.2.2 - A Arquitetura Iskimica. A azquitetura Islimica demonstra grande conhecimento das formas de controlar os tigores do clima quenté e séco™ existentes no Norte da Africa. As edificagSes dotadas de patios, paredes espessas, com poucas aberturas ¢ pintadas de branco demonsttam uma forma exemplar de controle do sol em climas deste tipo. Da mesma forma, as aglomeracées uurbanas, quase que um amontoado de construgées com circulagoes estrcitas € muitas vezes sombteadas, expressam a preocupagao de reduzir a exposigio das patedes das edificagdes aos maios solazes durante o dia, e sedurit as perdas, para a abdbada celeste, do calor acumulado no perfodo diueno. (Ver fig. 4) 1.2.3 - Os Pueblos. No atual sudoeste dos Estados Unidos desenvolveu-se, desde 0 século VI, uma civilizagio india, conhecida por Pueblos, distribuida pelos atuais estados do Novo México, Arizona e Colorado, Estes povos desenvolveram uma maneira de morar onde a adaptacio ao clima se constitufa em ponto de destaque. Situados em clima quente e seco, com grandes vatiagdes de temperatura entre 0 dia €a noite, os Pueblos foram contituidos pot aglomeracées que lembram = Nos dlimas quentes e secos, a temperanasas atingem valores altos durante o dia crem significativamente ducante a noite 16 FIA -AAOMERACIO URBINA EM cARBAsl,aReELIA Foxe: HEARD © cover, 1800. formiguciros gigantes. Dentre eles, destacam-se 9 Taos Pueblo, ainda existente ¢ explorando tutisticamente pelos préprios indios, ¢ o Pueblo Bonito. Taos Pueblo é constituido de eélula justapostas e que, 20s pontos, mais altos, chegam a ter mais de cinco pavimentos. Segundo depoimento dos atuais moradores, apesar de pequena quantidade de aberturas, 0 ar nao fica viciado; e a forma, os matetizis, construtivos e orientagio do conjunto em relacko ao sol, propiciam uum razoével conforto quando a temperatura cai durante noite. Pueblo Bonito se destaca pela sua forma semicircular escalonada, voltada para o sul, orientacdo que naquela latitude € hemisfério recebe o sol de inverno, favorecendo 20 maximo a insolagio das unidades habitacionais nesta época. A implantagio junto a uma encosta, pelo lado Norte, faz com que seja reduzida, em grande parte, a incidéncia da insolagio de verio e dos ventos de inverno vindos do Norte (Ver fig, 5). A espessura das paredes e tetos, ¢ os materiais ai utilizados favorecem © aproveitamento da defasagem térmica interior/ exterior proporcionada pela inércia térmica das envolventes arquiteténicas. 1.2.4 - Vitrivio (Século 1), A prcocupagio desde atquiteto (engenheiro militar) com o clima 6.5 -0f PUEBLO» Ent CoxprITUWOY ROR CONST : pe nectonn € 4 orientagio dos edificios resultou em um dos excritos mais antigos Fowe? iZaar © corer, 98. sobre o assunto (data do século 1), 7 Para Viteivio’ a orientagio adequada proporciona melhores condicées de habilidade do edificio e da cidade. Mas, além disso, podetia ser utilizada com efeito plastico e até mesmo mistico (Cap. V do livro IV), Sobre a adequacio dos edificios 20s sitios onde serio construides, dedicou © primeiro capitulo do livro VI. No final deste capitulo, afirma: “Ora, se é verdade que a diversidade de regides, depende do aspecto do céu, € produz efeitos diferentes sobre as pessoas que af nascem, que siio de um tipo diferente, tanto no que concerne A estrutura do corpo como na forma do espitito, esté fora de chivida que é uma escolha de grande importincia a adequacio dos edificios & natureza e ao lima de cada regio, o que néo é dificil, posto que a natureza nos ensina a maneira que devemos seguir”. 1.2.5 - Antecedentes Brasileiros. A maioria das aldeias indigenas brasileiras sfo circulares ¢, aparentemente, demonstram pouca preocupacio com a orientagio, em relagio 20 sol, das unidades habitacionais Isto pode ser explicado, era parte, pelo fato daqueles individuos passarem a maior parte do seu tempo a0 ar Hvre’ou a sombea de “puxadas” existentes nas casas de algumas aldeias. Portanto, o grande objetivo da construgio é o abrigo noturno. No livto, As Habitagdes Indigenas', aparece a citacio de Giaccaria ¢ Heide segando a qual a “construsio tradicional possibilita ‘um isolamento térmico notivel atenuando assim, no interior, o efeito Tes’ dix lives d'Architoctare, 1979. pp. 133,188. Habitacdes Indigenas, 1983, pp. 41 FG. 6 ALDES DE PESCAPOREY NO LINOWAL NOREEN FIG.7- AG VARANDM: FUNCIONAM con UM GTIKE: PupTete SIAR das perigosas e freqitentes quedas de temperatura”, Isso se deveria & boa cexaustio do ar quente através da camada de palhg.e a0 bom isolamento térmico proporcionado por esta mesma camada que constituia os fechamentos, especialmente a cobertura. Esse isolamento atenuaria o calor proveniente do sol durante © dia, e conservaria 0 calor produzido no interior durante a noite Vale lembrar que nos locais onde se encontram as aldeias indigenas, mesmo em regides quentes e timidas, a temperatura cai o suficiente para provocar a sensagio de frio, e que as “vestimentas” usadas pelos indios nio actescentam qualquer protegio térmica aos seus Outro exemplo interessante aparece nas aldeias de pescadores do litoral nosdestino onde a implantagio e disteibuigko das unidades protegem as habitagdes da intensa insolagio sem prejuizo da preciosa ventilacio, tio necessiria nestas regides. (Ver fig.6). A arguitetura portuguesa, quando da construgio das casas dos senhores de engenhos nordestinos, também apresentou, de imediato, uma adaptacio 20 clima ensolarado: as varandas. Estas desempenhavam excelente papel de espaco de transicio entre o interior € o exterior das edificacSes. Além disso, eliminavam, quase que totalmente, a insolagio das paredes exteriores que limitavam os ambientes internos da sesidéncia, (Ver fig7). 19 Mi 1.2.6 - A Axquitetura Moderna A Arquitetura Moderna retoma, através de Le Corbusier, a Pteocupagao relativa a insolacao nos edificios. Aparecem os “btises-soleils”, ou quebra-séis, elementos utilizados para barrar os raios solaes sem impedir a visio ¢ a ventilagio, teduzindo o excesso de luminosidade, dos ambientes (Ver fig8). A arquitetura desta época realizada oa India, na Africa, na Australia e América do Sul apresenta exemplares magnificos de utilizagao destes quebra-séis. No Brasil, as primeizas utilizagdes de grande importincia do quebra-sol se deram nos edificios do ABI e do Ministério da Educagio, ambos no Rio de Janeiro. No mesmo periodo, comesa a ser usado no Nordeste por Luis Nunes, os conhecidos cobogés, que nada mais sio do que micro-quebra-séis (Ver fig.9), Segundo o engenheito Antonio Ageu, citado por Evelyn Lima, a obra de Lafs Nunes estava “acompanhada, por um lado 0 movimento renovador de arquitetura em todo o mundo....e por outro lado, adaptando 05 edificios publicos as suas fungdes especificas © As caracteristicas do clima ¢ do ambiente regionsl”™ Neste petiodo, o sentimento de nacionalidade, de pais tropical com caractetisticas préprias, levou a arquitetura (¢ as outras artes) # STEIN, Semeando a Bos Semente, 1987, pM. in Revista AU. o? 14 20 FIG.3- © DEOGC, OY MICID QuEEAA 10% | | | | FIG10- 0 VIDED PROVOCA O EFEITO BSTUFK ‘tesBn LAs raDRNe as EAC © VIDED TEBNOCA "SeyscasetS Has PaSLNREED i Abo Sie) © 40 re GORTiy GEbU2. BOASTICAMCAITE 6 Kiker De UMINAGAD BO ANBIEATES, Feito excesso DE VIDIO Pope. PrOUOCAR. MOLE Nap RELATIVOS & HOKINAGED NATURAL procurar nie apenas a adequagio fisica da consteugio ao elima. Buscava- se, também, uma identidade cultural: uma expressio plistica peéptia. Aos poucos essa preocupagio vai se diluindo, e a arquitetura tendendo a se incorporar 20 rol do “Internacional Style”, com fachadas, totalmente envidracadas, Por incrivel que paresa, essa aberragio bioclimitica, se alastrou do Norte a0 Sul do tertitério brasileito, e conquistou muitos adeptos. Mais recentemente, a crise energética, surgida durante 0s anos 70, exigiu a revisio destés valores internacionais, gue exibiam um consumo energético violentissimo pata o pleno fancionamento dos edificios. As fachadas envidracadas formam o conhecido “efeito estufa”, sobrecarregando, assim o sistema de ar condicionado (Ver fig.10). A colocacio de cortinas (para evitar a forte insolagio tropical nos ambientes) reduzia a luminosidade natural e climinava a maior vantagem do video: a visibilidade para o exterior. ‘A auséncia total de protegio (cortinas, persianas, etc), em locais de grande profundidade, on sem o seu uso de forma cerrada, também aumentava o consumo de energia para a obtencio de uma iluminacio adequada. No caso do uso de um tipo de protegio certada, esse aumento se dari devido & reducio dristica do nivel de luz natural. Jé a auséncia de protecio acarretari um forte contraste provocado pelo altissimo nivel de iluminincia das Areas préximas As aberturas em relagio as fireas mais afastadas destas mesmas aberturas, requerendo iluminacio adicional a fim de reduzir esses contrastes 4 niveis visualmente confortiveis. (Ver fig.11) a o sole a terra 2-0 SOL E A TERRA. 2.1 - O balango energético da Terra. © fluxo de energia solar esté permanentemente atingindo o globo tervestre e sua atmosfera. Aatmosfera atua como um filtro solar. Antes de chegar 4 superficie da terra as radiagdes emitidas pelo sol atravessam uma camada gasosa de aptoximadamente 8 Km, que difunde, tefrata, difrata ¢ absorve parte destas radiagdes. (Ver fig, 12) Segundo Bardou e Arzonmaniam (1981), a cor azul do céu é dada pela difusio que se produz nos comprimentos de onda maior que as dimensées das moléculas que esbarram na radiacio. A absorcao e teflexio da radiagio solar depende dos componentes que estejam em suspensio na atmosfera (pocita, poluigio, gases naturais, como ozénio, por exemple, etc). Por esse motivo, quanto, maior for a espessura do filtro, maior ser a reducio do fluxo enetgético que atingiri a terra (Wer fig, 13). As diferengas existentes entre a intensidade do sol matinal ¢ aquele do meio-dia, sio explicadas por esse motivo € pelo fato das radiagées das primeitas horas do dia incidirem de forma inclinada ao plano do observador, enquanto que a0 meio-dia, a direcio das radiagies € perpendicular, ocasionando uma maior concentragio energética por area de superficie (Ver fig. 14). 23 irate re cao 2m Rhee Rs ies—————— 2 sera ates Reiner recombi bits Beh Fri 2-INEWENCIA 9020. soe A TESA FONTE::Koemicstencee 4977, A a Ea aa-k . 1G Area C > Brea \ Tnfensidade C < Intensidade B. Tz Tx coo fore | FIG.15.- PEPENDERDO DA HORA JO DIA 0 $01 ATRAVEY6A MaDe ly FIG. 1-DIFERENCAS ENTRE. A DENSIDADE Do FLUXO Go MOGR erhameh weve noting EAEGETED rata ce Ferenc) Datei NO Rado LETS Ba eet eae, eLon (a) On anche a on ease aynapuicko pe ont Lansn 20% bieyaroanzio. cJconveegho, TOTAL DAG FERDAS_ 50% 20% Toye Fig, 45- BALAN Go ENEREETICO ENTRE ORL EATERA. FONTE: KOE BNIFBERBER, 1277. Batzetanto, a tetra além de ganhar calor através de radiagdes solares, climina-o na mesma proporgio que recebe, ocagionando 0 chamado Balanco Energético da Terra (Ver fig, 15). 2.2.- Os Movimentos de Rotagio e Translagao da Terra. O centro de gravidade da terra gira em torno do sol formando um plano eliptico. A excentricidade da clipse acarreta uma variacio no fluxo da cnergia solar recebida pela terra, entre um maximo situado no solsticio" de vetiio € um minimo no solsticio de inverno; e mais dois momentos de equilibrio entre esses extcemos (Ver fig. 16), 08 equindcios”. A direcio do eixo de rotagao da terra, que passa pelos pélos, permanece constante 20 longo de todo 0 ano, e forma um Angulo de 23° 27° em relagio 4 normal ao plano que contém a trajetdria eliptica da terra. E esta inclinacio, a responsavel pelas diferencas estacionais ao longo do ano (Ver fig, 17). Além disso, a terra possui um movimento em tomo do seu cixo polar, responsével pela variacio que proporciona as noites ¢ os dias. * Solsticio - época do ano na qual o eixo de sorscio da terra se ache no plano perpendicular 20 plano da eliptica passando pelo ceateo do sol isto se dé em 22 de dezembeo ¢ em 22 de junho. Termo solstici € de origem latina e significa “sol parada” ** Equinécio - Palavra de origem latina que sipnifica “dias igusi”. Corresponde a0 perlodo do ano em que os dias sid da mesina dorasio que as noites,¢ coincide com os dias 21 de maeco e 24 de setembro, 25 hewn roRMavo Peto ito oe Pog c veta PesPentacu UK AO RAD A urea ato @t roRNS DO paseme EIKO extoenp|cuiad 40 PLANO sao bo Bouse 2Egio Sen SOL Fig te TRAJETSBA -E POFIGOES OA TERRA KO REDO. BO sol Fon! BARDED E AEROUMANIAY, 1984 26 zamek —nysus nage 21BEZ. VISTA FRONTAL Dh THERA A HEME FO SC. IO LONGO BO ANE FlGAT-PEREURIO PATEREA EH IDEN TO SOL AG LONBORD AMO 3 as cartas solares 3- CARTA SOLAR, DIAGRAMA SOLAR OU GRAFICO SOLAR. Sto representagdes griticas do percusso do'¥ol na abébada celeste da terra, nos diferentes periodos do dia e do ano. Em geral, sio representadas por projecdes do percurso solar, em um plano. 3.1 - Os Movimentos Aparentes do Sol Como ja se sabe, € a terra que se movimenta em torno do sol, © no © sol que giea em torno da terra, como acteditavam os povos primitivos. No entanto, para efeito didatico, vamos de agora em diante, zsaciocinar sempre como se fosse 0 sol que percorresse a trajetotia didria na abdbada celeste, vatiando de caminho em fangio da época do ano. Desses movimentos resultam os solsticios e os equindcios de acordo com © que jé foi visto no item 2.2, 3.11 - Altura Solar ¢ Azimute. A altura solae & definida como sendo o angulo formado pelo sol e pelo plano horizontal do observados, enquanto azimute é 0 Angulo formado pela projecéo horizontal do raio solar com uma dit estabelecida (geralmente o Norte geogrifico). Esses dois angulos sio as coordenadas angulates que localizam qualquer posicio do sol na abdbada celeste (Ver fig 18) Como podemos observar pela figura 18, as alruras solares sio mais baixas a0 nascer e a0 por do sol, e sto mais altas em torno do meio-dia. A altura solar € 0 azimute de um local em determinado dia e 7 hora, poderio ser obtidos com o auxilio das cartas solares, como seri visto no item 4.1 deste trabalho. 3.2 - A Confecgao das Cartas Solares. A claboracio das cartas ou diagramas solares se da através de ptojegio do percurso do sol, 20 longo do ano, e nas diversas horas do dia, sum plano horizontal. As projecdes mais usadas sio as ortogonais € 48 estereograficas. AA latitude de um local é determinads pela distincia do mesmo 20 Equador medida em angulos. A medida que qualquer ponto vai se afastando do Equador sua latitude, por definigio, aumenta. Assim, as maiores latitudes estatio sempre proximas aos pélos e as menores as Equador (Ver fig:19). ‘Como ja tivemos oportunidade de ver no item 2.2, a trajet6ria do sol na abébada celeste vai variar em fengio da épaca do ano e, principalmente, da latitude que teré o local no qual nos encontramos. No Equador (Latitude 0°}, por exemplo, o percurso do sol a0 longo do ano seri simétrico em relagio & directo Leste-Ocste. Em locais mais afastados do Equador (latitudes maiores) 0 grifico poderd ter formas completamente assimétricas. © que determina a feigio destes grificos @ a latitude do local para onde se construiré a carta solar 28 FlGAB- AZINUTE, E ALTURA SOLAR rese-petiven ex enacto so eourooe Carmine) De PO ony tata CBOSS FlG.21-WsTA Be TEeO TM FIGURAZD A PAETIR. 1 OESTE. 510,252 VISTA 96 TORO BA FIGDEA 20 A MATIR PO Su 29 ‘Vejamos agora como se elabora um diagrama solar. Comecaremos pelo Equador (latitude 0°) ¢ a seguir confeccionaremos a carta de Maceié, a titulo de exemplo. E muito importante que esses geaficos fiquem, fixados em nossas mentes como representagio do percurso real do sol, « ado apenas como um diagrama imagindrio. Na figura 20, temos uma petspectiva isométrica do percutso do sol para o Equador ao longo do ano. Na figura 22, temos 2 projegio horizontal do percurso do sol, no plano do Equador. A figura 23 mostea uma vista de tépo a partir do sul, enquanto a figura 21 mostra uma vista de topo a partir do oeste. A figura 24 apresentam o grafico solar para o Equador, obtido através da projecio ontogonal, da trajet6ria solar na ab6bada celeste. As linhas traceiadas sepresentam as horas solares, que diferem do horisio legal, como veremos no item 3.4 Para Maceié, latitude 9°40’, tomemos a figura 21 ¢ desloquemos © plano do Equador 9° e 40°, no sentido horirio, obtendo assim um novo plano situado a 9°40 de latitude sul. (Ver fig.25). A projecio ortogonal do pereurso do sol na novo plano nos dard um gréfico semelhante 20 da figura 24, porém assimétrico em telacio 20 eixo Leste-Oeste (Wer fig.27) csamiler oe Eeccts de Arcuninien 2 UE Mc BLOT Cs _ Hem -ceirKo setae nits 0 EOUREOR UNTUDE CY ORO. imuavts o8 PABLO ONOGoN FIG 25-Tonwsro-se 0 aeahen BaF. 24,€ GtADO-6 0 RAND WeougeE sup. CoTetny © Nove Ra oe. Pediegsas teatonse cae) 6.2601 Como ja foi dito antetiormente, as projecdes usadas podem ser de virios tipos. A mais usada, no entanto, é a estereogrifica (*). Por este motivo, passaremos a adori-la a seguit: Usamos nos exemplos anteriores a projesio ortogonal por ser mais facil de se visualizar. No entanto, construitemos © diagrama solar para Maceié j4 usando a projecio estereogrifica 3.2.1 - O Grifico de Maceié. A latitude de Maceié (9°40) est muito prdxima de 10°, motivo pelo qual trabalharemos com este tltimo Angulo, como forma de redwzit 0 ptoviveis ertos gréficos decorrentes da constragio do diagrama local. No capitulo 5 seré apresentada a forma de se obter cartas solares para qualquer latitude, com precisio. Posto isso, tomemos agora a parte superior ao plano de Maceié agora considerado como 10°) e projetemos estereograficamente 0 percnrso do sol nesse plano. (Ver fig.26a,) A figura 26b mostra o resultado dessa p-ojegio. Acrescentando linhas concéntricas que representam as varias alturas fia abdbada celeste, veremos a figura 26d. Essas linhas sio fruto da ptojecio esteriogrifica representada na figura 266 (©) - A projesio estereogrifia € aquela onde todos 0s pontes sto projetados um plano, com as linhas de projecto convergida para umm ponto 32 He 28 0 8p Fimo F Br PEO GO EO BA LNA ® i Ei i F1.20 Ee Se ers oso Relate cium marcas, reoumi cans escauo 3.3 - Medidores de Angulos Verticais e Horizontai No apéndice ao final desta publicaclo, encontrim-se os Medidores de Angulos Horizontais e Verticais (tanto feontais céimo laterais) dos riios solares. Eles foram elaborados a partir do mesmo tipo de projecio usada nas cartas solares. As linhas que medem os Angulos verticais frontais sio 0 resultado da projecio das bordas de planos semi-circulares, que giram em torno de uma linha de base localizada rio plano horizontal a intervals de 10° ¢, que comegam com o prdprio plano constituido pelo semi-circulo do horizonte (0°) até atingir a posigio perpendicular em relagio a este mesmo plano horizontal. (Ver fig28, 29 ¢ 32). As linhas usadas para medir os Angulos verticais laterais so 0 resultado da projecio de planos constituidos por um quarto de circulo girando em toro de um eixo perpendicular & linha de base, também em intervalos 10°, de maneira idéntica ao processo anterior. (Ver fig.31 © 32). Os fingulos horizontais sto medidos por intermédio de um transferidor cujo angulo é nulo no ponto de coincidéncia com a perpendicular & linha de base e crescem 4 medida que se afastam da mesma, até atingie 90°, onde coincidem com a linha base. (ver fig.34). 3 Ho.s2-nen.cer ot HouLoe wancas Urea cerinoy seua rbttecanhct Wy eater SO ASE 8 PES, 4 Feseies eee eer S 3 Fie St- meio: Ruayins veEneay Rowan & tarEaNs 190 FELA SUPERPOSIREO Tov Geibicor oxy fie 30 € fade. uepicoees ne huey VEETAHS (mov LATER) Fe aS ea RoaONeNS A reuniéo destes trés em um tinico grifico da como resultado 0 Medidor de Angulos Horizontais e Verticais (laterais e frontais) dos Raios Solares. (Ver fig-38) 3.4 Tempo Solar e Tempo Legal. Cotno jé foi dito, as linhas correspondentes As diversas horas do dia, existentes nos grificos solares, refetem-se as horas solares A diferenga entre 2 hora solar ¢ a hora legal, varia 20 longo do ano, ¢ considerando 0 horério de Brasilia, é dada pela expressio: TSV = TL-ET-A + 3 horas onde: TSV - tempo solar verdadeizo, TL - tempo legal (hora oficial) ET'- Equagio do tempo (varia em fungio da época do ano ¢ pode ser encontrada no final do Apéndice 1, figura 76). 1.- Cortegio de longitude (considerado cada 15° de longitude como uma hora ¢ cada grau como 4 minutos, positivo A leste e negativo & oeste do Metidiano Greenwich. +3 horas - diferenca de fuso horétio em relagio A Greenwich. Para Maceid. Por exemplo, podemos usar a expressio que se segue, onde o A jé esti substituido por 2h 23min, correspondentes & cortecio da longitude de 35°42’ da capital alagoana 35 Assim, ‘TSV=TL- (ET - t7min) | (para outros locais, Ver Apéndice 1) OBS.: Para as regides do Brasil que possuem fuso horério de 4 ou 5 horas, considerar esse valor na expressio dada, 3.5 - Norte Verdadeiro e Norte Magnético. Como sabemos 0 ¢ixo geogrifico da tema no coincide com 0 eixo magnético, do que decorre uma vatiagio entre 0 Notte aponiado pela bissola (magnética) ¢ aquele conhecido como verdadeiro. © Norte indicado no diagrama solar é conhecido como Norte geogriifico, Norte astronémico ou Norte verdadeiro. Para a determinacio da declinacio magnética, que é definida como sendo a diferenga entre 0 Norte verdadeiro ¢ o magnético, uutilizamos as cartas magnéticas do Brasil, elaboradas pelo Observatério. Nacional, ¢ apresentadas nas figuras 77 e 78, do apéndice 2, para 0 ano de 2000. Na figura 77 localizamos as linhas de igual declinacio que passim pela regido na qual estamos querendo trabalhar (definidas para 2000) ¢ atualizamos a declinacio para a presente data. Para tal, verificamos a diferenga de anos entre a data de heje € 0 ano de 2000, ¢ 36 Noere NORTE, 22°48 | VERDADERO MAGHETICO FG, 36-DECLINAG/O MAGNETICA ENTRE © NOATE: VERDADEIKD € 0 NORTE MAGNETICO PARA MACEIO PARA 0 ANO DE 2000. multiplicamos o resultado pelo valor encontrado no mapa da figura 78, através de linhas de igual variagio anual de declinacio, que passa pela regio onde desejamos trabalhar. 7 “‘Tomando Maceié como exemplo, verificamos que linha de igual declinagio passa mais perto da capital alagoana, encontrando um valor de aproximadamente 22°45” para o ano de 2000. Se considerarmos a diferenga de 2000 para o ano de 2004 teremos 4 anos, que multiplicado pelo valot de -0,6" encontrado na carta de varjagao anual, daria uma declinagio para Maceié de 22°36’ dm = -22°45' + (4anos x -0,6) = donde: dm = 22°48 22°45" + (2,4) = -22°487 Como os valores indicados nas cartas magnéticas possuem sinal negativo, indicam declinacio 4 Oeste, do Norte verdadeiro, ou seja, sabemos que nosso Norte verdadeiro estar 22°48" & direita do Norte indicado pela bissola. (Ver fig. 36). Embora a declinagio magnética cresca de ano em ano, haveré um momento em que ¢la retornari ¢, entio, passara a se dar em sentido oposto ao que acontece agora 7 4 o uso dos diagramas solares 4 - © USO DOS DIAGRAMAS SOLARES. ‘As cattas solares existentes no Apéndice 3 apzesentam as projegbes do percurso do sol, redesenhados a partir dos ofiginais de Lippsmeir (1969), com intervalos que variam de 30 dias, nos periodos do no prdximos aos solsticios, a 15 dias para os per‘odos prOximos a0 equindcio. Qualquer dia do ano que se queica encontrar situado entre as proj representadas, poder ser encontrado por extrapolagio. Também s substituidas as linhas concéntricas que medem as altyras solares pela simples marcagio destes Angulos, numa escalasituada no eixo Norte/Sul do grafico, com 0 objetivo de melhorar a legibilidade do grafico. io 4.4 - Localizagao de Altura Solares ¢ Azimutes. Para se obter a altura solar de um dia ¢ hora desejados, basta, com a ajuda de um compasso, projeticlo na escala de Angulos localizada na eixo Norte/Sul, como indica a Figura 37. (Os tragos existentes no lado externo do circulo representam os azimutes, ¢ estio marcados de 10 em 10°. Para localizar o azimute de qualquer ponto basta ttagar uma reta passando pelo centro da carta solar e pelo ponto que se deseja estudar, até encontear o perimetro do circulo, O angulo resultante entre 6 Norte da Carta Solar € este encontro medido no sentido horério determina o azimute que se deseja saber. Estas duas coordenadas angulares, localizatn qualquer posigio do sol na abébada celeste (Ver fig, 37) 39 Como exemplo, poderfamos considerar 0 dia 22 de junho as 8 hs da manha, Neste dia ¢ neste horitio, gostariamos de saber que ponto do céu de Miceid (Lat. 10°S) se encontra o sol. Esse ponto seri determinado pelo azimute € altura solar, conforme demonstrado na Figura 37, onde o ponto A representa o dia ¢ horario escolhidos neste cexemplo, O grifico nos indica que a altura solar é 22° e o azimute 60°, nos informando assim, onde se encontra o sol naquele momento. 4.2. - Algumas Utilizagdes no Desenho Urbano. Os grificos solares poderio auxiliar na eavoracio do desenho urbano de um determinado local, contribuindo para definicio do sistema viério, estudo da insolagzo ¢ sombreamento proporcionado pot edificios de gabaritos especificos, além da escolha da arborizacio urbana com fins de sombreamento, entre outros, Um estudo adequado do sol poderi evitar (como acontece freqiientemente) a implantagio de avenidas onde © encandeamento provocado pelo sol poente tem acarretado desastres antomobilisticos ¢ desconforto visual aos usudtios destas vias de geande fuxo. ‘Também com o grafico podemos estudar a implantagio de espécies vegetais com o fim de propiciar sombreamento (ou insolacio) ‘nos passeios e nas proprias edificagdes (Ver fig. 38). 40 Sg aa Bitten EO s Fle sr-OAzinume € A acute DouAs be UM HO DAD ‘aa Suaiqvee BIL Bo aNO ae! & As hep: 0x70 etdteo suas nc aes nh caDencio B08 = “~D Ys i j Wp bay Pado-tenaen € FLantA To HO Konico UMD EMME, O estabelecimento de gabarito, recuos frontais ¢ latersis dos edificios, ocasionam um maior ou menor geau de insolagio dos edificios vizinhos, podendo set ptevisto seus efeitos tambgn com 0 auxilio das Cartas Solares (Ver fig, 39) 4.3 - O Uso de Grafico na Orientagao dos Editi © diageama solar pode ser utilizado com ausillar na escolha de melhor orientacio para as nossas construcées, e pata analisar 0 tipo de incidéncia solar que cada fachada receberd Exemplo 1 Estudar a insolacdo nos quatro lados do terreno apresentado na Figura 41 Pata se realizar esse estudo passamos uma linha pelo centro do grifico com 2 mesma orientaco do lado do terreno que queremos estudar, coincidindo © Norte do terreno com o da carte, Repetimos esse procedimento para os quatro lados do terzeno. A parte do grafico tracada para cada lado (orientagio) do terreno fornece a insolagio incidente naquele Indo todo 0 ano, nas vitias horas do dia (Wer fig. 41). 4 Rib: oe iia ae fa jal gg Ey pales ga 98 - nw Ss. laTDte: Do Loca: 40! dp eae scHo pA sot Aci eeReaba ne Re din teREO BA iso Wo ToREEND ROICADO HD BENOLO A 2 F1G.A2-Of RAIOS DE CRANEE AURA Joun 9 PACK MERE BineAnos oh mmorecdty NORROMAS. ramus m6 HesioENOK LIER HO OmMALO S Exemplo 2 Em terreno localizado em Recife (8° de latitude Sul), com 2 otientacio dimensdes dadas na Figura 40a € considerando os recuos laterais como 2,0(m e os fundos como 5,00m: 1) Estudar a melhor otientacio do ponto de vista da insolagio, para a implantagio do edificio de eseritérios dado pela figura 40b, 2) Verificar qual o tipo de incidéncia predominantes dos raios solares nas fachadas maiores, Solugio: Devido a forma do terreno, 0 edificio s6 possui duas alternativas de locagio. A primeira possui o corredor voltado para o sul (solsticio de vero) evitando a insolagio de verio nos escritérios. No entanto, na maior parte do ano (cerca de 70%) haverd insola¢io penetrando no interior dos mesmos, caso no haja nenhum tipo de protecio. A segunda op¢io apresenta-se exatamente inversa primeira ‘opgio. No entanto, possui a vantagem de permitir 2 eliminagio do sol na fachada dos escritérios (Fachada sul) com protegdes de menor porte, pelo fato da insolacdo ser menor nesta fachada. 4B CONCLUSAO: 1) A primeira opcio parece melhor, pelo fato de se poder proteger © sol nos éscritérios com menos recursos. A propria cizculacio se encarregari de bartat os saios solares na fachada Norte. 2) O tipo de incidéncia critica € constituida de raios de grande altura solar,o que favorece a utilizagio de brises horizontais de pequena profundidade. (Ver fig: 42). Exstas.anélises estao considerando apenas o sol como condicionante. Na prética, ¢ fundamental associar esse dado a eutros ignalmente (ou mais) importantes, com vertilagao, vistas, ete Exemplo 3 Qual a melhor otientagio, do ponto de vista da insolagio, para a casa da Figura 43? ‘A melhor orientaglo seria a colocacio do exo N-S na menor dimensio da casa, com a fachada que contém os dois quartos ¢ a sala, voltados para o Norte. Isso faria com que os dois quartos ea sala s6 recebessem sol no inverno. © tamanho d determinaria exatamente o periodo e a qualitidade de sol que se desejaria receber nesta época. Os banheiros e as dreas de servico receberio 0 sol de verlio. * 44 4 P1645 0 iucwo be ALwURA Sex Fon He. conPUETANEATE Sirenave bo Rica veemene pete geceeay Oe ae we um ene wt LAO Nee BEES, TT ences. 4.4 - A Mascara de Sombra Uma das principais utilizagdes do ditigrama solar ¢ dos medidores de Angulo verticais e hosizontais é 2 mascara de sombra. A mascara de sombra é a representacio grifica, nas Cartas Solates, dos obstéculos que impedem a visio da abébada celeste por parte de um cobservador localizado em um local qualquer. 4.4.1 - Detetminagio da Mascara de Sombra. Pela mascara de sombra podemos saber qual parte da abébada celeste esti visivel e qual parte esta obstrufda, em fancio das vérias barreiras existentes, e @ partir de um ponto dado. (Ver fig, 44). Para sua compreenisio, é necessirio perceber claramente a distincao centre Angulos de incidéncia de um saio solar e as projecdes horizontais & vetticais, deste mesmo raio, em planos horizontals ¢ verticals, Se consideramos dois planos, um vertical ¢ outro horizontal, ¢ a incidéncia de um raio solar sobre ambos, terfamos uma projecio vertical ¢ uma projesio horizontal desse tinico raio. (Ver fig. 45). A fixacio desse dado é de fundamental importincia jé que € muito comum haver confusio, na diferenciagio entre as projegdes nos virios planos, € 0s proptios raios. Os Zngulos de incidéncia e suas projecées em determinados planos, podem ser bastante diversos, como por exemplo: podemos tet um aio de sol com uma altura solar de 10° e seu Angulo 49 vertical (ingulo formado pela projecio vertical e o plano horizontal) sex 80°, como pode ser visto na Figura 45. Feita essa distingao entre angulos de incidéncia e suas projecées, compreendemos, agora, algumas informagSes fundamentais: 1) O plano vertical onde seté projetado o raio solar seré sempre petpendiculer & fachada que pretendemos estudar. Assim a projesio vertical frontal do raio € consenquentemente, seu dxgulo vertical frontal, estatio sempre contidos num plano que passa pelo observador e é perpendicular & fachada. (Ver fig. 46). 2) © dngulo vertical lateral sex a projecio do raio no plano da propria fachada. (Ver fig, 47). 3) © plano horizontal considerado seri o plano do cho onde esti assentada 2 edificagio. A projegio horizontal do ssio formar 0, dngulo Jorizgntal do raio com a perpendicular & fachada. (Ver fig, 46). 4.4.2- Determinagao das Obstrugies Causadas por Obsticulos, Como jé foi dito, a méscata de sombta ¢ forma grifica que determina as partes'da abébada celeste obstruidas por barreiras diversas, (edificagdes vizinhas, massas de vegetacio, saliéncias da propria edificagio, etc), ¢ a parte visivel da mesma abébada, a partir de um ponto escolhido. Quando uma pessoa est ao ar livre, num local descampado, cla vé toda a abbada do céu. 6 ear huss venricas (onourass & UTERAS)@ Businoy onze Amedida que as construgies ou massas de vegetacio vito surgindo, partes da abébadh aio serio enxergadas em funap dessas em funcio dessas barreitas. (Ver fg. 48). Para determinar essas obstrugdes no grifico solar, procedemos da seguinte forma, tomando as obstrugées exemplificadas na Figura 49 2) Consideramos 0 ponto 0 como ponto de vista do observador. b) Com 0 auxilio dos medidores de angulos horizontais e verticais definidos no item 3.3, localizamos os pontos e arestas de contorno dos obsticulo, « partir dos fngulos horizontais da planta baixa e dos angulos verticais dos dois cortes ortogonais. (Ver fig. 50 e 51), 6) As projesdes dos obstéculos no planos 1-1" ¢ 2-2' nos informaram os ingulos verticais que definiremos no gréfico, com 0 auxilio do Medidor de Angulos Verticnis Frontais ¢ Latenis 4) O ceuzamento das linkas dos angulos verticais com a dos angulos hosizontais encontrados na planta baixa definem 0 ponto de encontro das arestas verticals ¢ horizontais dos obstéculos que procaramos. (Ver fig, 52) 6) O gréfico resultante se assemelha a uma fotografia trada com uma grande angular tipo “olho-de-peixe” de Angulo de visio igual a 180°, com o eixo da lente passando pelo zénite. Assim, o solo estar definide pelo perimetzo do circulo e © 2énite coincidiré com o centro do mesmo.(Ver fig. 53). 4) Ao superpormos 0 grifico solar 4 mascara de sombra, coincidindo © norte do grifico com o do local estudando, podemos vet os petiodos do ano em que © sol nio estaré encoberto pelos obsticulos,(Ver fig, 54) annne 8) Ao superpormos o grifico da mascara de sombra a0 gritfico de PAG re ANOS Beovews Ando PA weer juminacio natural proveniente de um céu nublado, podemos também 47 fs dg) MLD (se tostont). eascimciecce wmneay worusio 21° (dae vehriim) ‘ned Derzentwagio 30 aNeuLO$ veRmIN & lomncnra? ‘Bax A contnuge te HASCENA Be TOMO 48 Ple.52: MAyCARADE FORBRE MESULTANTE- 49, calcular o nivel de iluminincia, no ponto considerado da abébada celeste nas condigées acima citacas. h) No caso da elaboracto da méscaea de sombra a partir de uma janela, procede-se de forma aniloga, localizando-se os varios pontos através das coordenadas angulares(ingulos horizontais e verticais). Neste caso © grifico resultante é a metade da abébada. (Ver fig. 55) Se considerarmes a visada a partis do observador (ponto 0) localizado no plano da janela até um ponto qualquer A teremos as seguintes projecdes a partir da figura 56: 1) &’- projecio do ponto A um plano horizontal (PH) que passa pelo plano 0,0" ¢ A’. (Ver fig, $7). 2) AP - projecio do poato A no plano vertical (PV) que contém 0 onto 0,07 e A” {plano da fachada). (Ver fig. 58) 3) A”. projecio do ponto A num plano vertical perpendicular (PVP) a0 plano da fachada que contém 0 ponto 0, 0", 0 e A”. Ao projetarmos a linha de visada V que liga 0 ponto 0 20 ponto A, nestes trés planos, teremos as projegdes V’, V” e V que definem ‘os angulos a, b e ¢, a serem usados nos Medidores de Angulos. O angulo a o éngulo horizontal definido pelas linkas radiais do Medidor. © Angulo vertical b € definido pelas linhas laterais que definem os Angulos verticais contidas 20 plano da fachada ¢ o Angulo vertical ¢ pelas linhas que definem os angulos verticais contidos no plano perpendicular & fachads. O ponto A esti no cruzamento destas trés Iinhas, conforme poderemos ver na Figura 52. 50. ua seston PAWscA4K DE ZOMBRA Co oaHeI UM ay Hieehe 28 FOHONa A PADI Se OHA JAMEL, £16. 56"VSADA DO FOMO © PABA 0 POMND A & 45 pnOURCES {ERT Visage (V) Noy PLANS HOmzouTA. CPi) HENTICNY tone we), a an | 1 1 t | oH (evr) [MG.F7-PLANTA DA Pong Feri REPRESENTA NA GORA 56 FIG. F8-BLEVAGIO FRONTA 90 PLAND VERTICAL (PY). fen o (eve) F159" ELEVAGTO LATERAL DO PLANO VERTICAL (PVF), 31 OBSERVAGAO: Ec fundamental importincia a compreensio das projegber da reta V nos 3 planos © os dngulos resultantes dessas projegies. Caso baja alguma divide acomselba-se uma reviséo nas figuras 56 ¢ 59. Como exemplo, facamos a mascara de sombra, a partir do ponto 0 considerado na Figurs 60. Em primeico lugar desenhamos um semi-cireulo de diimetro igual 20 grifico solar. Isso pode ser feito com 0 auxilio de um papel transparente A seguir determinamos os angulos hotizontais através da planta baixa, e colocamos nesse semi-circulo desenhado com auxilio do medidor de Angulos Horizontais. (Ver fig, 61). A determinacio dos Angulos verticals deverd ser feita através de clevagio lateral do cenjunto, onde encontramos os angulosa, be & Marcando esses Angulos no semi-circulo, com a ajuda do Medidor Angulos Verticais Frontais, teremos definido os pontos A.A’, B, B’, C. CLL, M, Mer fig, 62) Poderemos, entio, tragar 0 contorno das obstrugdes que mascatam a abébada celeste, vista a partir do ponto 0, com 0 auxilio do Medidor de Angulos Verticais Laterais que definira o tragado da reta BC, perpendigular i fachada. (Ver fig, 63). 2 ‘peor WANA TE JOMERA. A RATA ELIA JRL. Fa Gt MARCO fo» fnew.or ronizoumis. “SM [rmeoeian noua eG ge eames 2 atte woo CONTRAMON oF PORTO} ABC e Lan A Rt Superpondo a mascara de sombra obtida, com o gzifico solar, de forma a coincidir 0 norte indicado na planta baixa, com o da carta solar, podemos verificar os periodos do dia do anq-em que o ponto 0 receberé 0 sol direto. (Ver fig: 64). Da mesma forma, coincidindo o semi-circulo da méseara de sombra com 0 semi-circulo padronizado pela C.LE. para céus nublado, poderemos calcular 2 iluminacio natural proveniente da abébada celeste nublada. 4.5 - Os Vatios Tipos de Protetores Solares. Os protetores solares ou quebra-séis, quanto a0 movimento podem ser classiticados em méveis e fixos. Quanto i posicio que ocupam nas fachadas podem ser trés tipos: verticais, horizontals e mistos. 4.5.1 - Protetores Verticais Fixos. Sio placas fixas situadas perpendicularmente em relacio a0 plano horizontal De uma forma geral os protetores verticais fixos sio mais eficientes nas fachadas onde a maior parte de incidéncia se afasta da perpendicular 4 fachada (fachadas norte, sul, sudeste, nordeste sudoeste), especialmente nas horas préximas a aurora e ao alvorecer 53 Nas fachadas leste € oeste, onde grande parte da incidéncia esta localizada no teecho prdximo & perpendicular & fachada, os protetores verticais teriam pouca ou nenhuma eficiéncia. (Ver fig, 65) 4.5.2 - Protetores Horizontais Fixos. Sio placas cujos eixos horizontais estio paralelos & fachada a ser protegida e também 20 plano horizontal. Os protetores horizontais sio mais eficientes nas hozes do dia em que 0 sol esti mais alto e menos eficiente nas horas proximas ao nascer € 0 por do sol. (Ver fig. 66) Algumas vezes © simples prolongamento do beital pode eliminar a necessidade de brises, funcionando como um protetor horizontal. 4.8.3 - Protetores Mistos. Sio as combinacées sirmultineas de protetores verticais com horizontais, Em muitos casos (nas fachadas norte/sul por exemplo) os Protetores mistos se apresentam como os mais indicados, pois se complementam com muita eficiéncia. (Ver fig. 67). 45.4 - Protetores Méveis. Os protetores méveis slo mais eficientes uma vex que podem ser ajustados em fun¢io da vatiacio dos raios solares, ao longo do ano € até mesmo das varias horas do dia. 54 (caret dee top nenrones wens areal 6 + Hee tie ie ancn 8k 'T Bens k cacand seneisenat monn} ‘ag TaDeEe RSet Tie 6) MASCARA Te sOKBeA BH FACKADA LORE 1 i jects) WANCABR De SOMBEA DA FACKDA LESTE, | ooo awe AYMLAGIO 3 ORsTEUGKO MOFORCIONADA RON METE ‘ones Venrwals rawr Em compensacio sio mais catos devido 4 engrenagem necessiia 08 seus movimentos. 45.5 - Pérgulas. Os pergulados podem ser usados como eficientes protetores, especialmente em locais onde haja necessidade de circulagio de ar. (Wer fig, 68), Proporcionando ambientes sombreados, com o excesso de luminosidade filtrado e dotados de aeracio e jardins internos, podem set projetados de forma a permitir a insolacio exclusivamente nos locais ajardinados realizando assim a necesséria fotossintese das plantas destes jardins. 4.5.6 - Cobogés (Elementos Vazados) Os cobogés (ou combogés) de uso freqtiente nas construgées, de climas ensolarados como 0 do Nordeste do Brasil, se constituem em solucio inteligente como protecio solar Na verdade, 0s cobogés no passa de protetores mistos em escala reduzida, que além de protecio solar, podem funciona como filtcos do eventual excesso de luz natural, sem no entanto, barrar a ventlagio (Ver fig, 9. 56 HO AENTC OD BEES SINGERS ten 4.5.7 - Venezianas. ‘As venevianas podem ser usadas como pequenos protetores horizontais, quer sejam méveis ou nao. Assim podem ser dimensionadas com 0 objetivo de permitir o maximo de ventilacdo (a0 locais onde isso se faga necessério) ¢ iluminacio sem a penetracio direta dos raios solares (ow com uma incidéncia controlads, dependendo do detalhe desenvolvido para a esquadtia). 45.8 -Toldos. Esses elementos, em geral confeccionados com lona e perfis metilicos, podem ser fixos ou méveis, ¢ funciona basicamente como protetores horizontais. 4.6 - Os Varios Tipos de Protetores Solares. Na definigio dos tipos de protetores 2 serem projetados visando controlar a insolagio em um ambiente, varios aspectos merccem set considerados, tais como: eficiéncia, plasticidade, privacidade, luminosidade, ventilacio, visibilidade, dusabilidade, custos de implantagio € manutencio, entre outros. AA combinagio adequada desses varios fatores nos indicard qual a solugio mais indicada para cada caso. O primeiro passo a ser seguido é definir qual o horirio e petiodo do ano em que se quer proteger 0 ambiente da penetrago dos’ taios solates. Nao esquecer que as horas 37 T.ZF. ELEVAGKO NE FLEVEGIO so //; NE PANT, PenioRo TE.INSOLAGIO Wy FACHADNS 107 ORAFTEOS MOLD: FACHADA Ne: 22/12 DA BE MENON UGOLAGIO (3:47 9 shmie ‘2270 BR te Mion iNsotacso (690 Ae tam) FACHADA SE:22/12 -D De HAO NsOLAGIOLE:6 Je mH) 2276 “BR De RESON NSOUACO [62014 3:0) PACHADA 20: Z2/2- DIA DE MAOR, INSOLAGIO [3100 fs 180m) [GDIA BE MENON INGCACAO W410 86 SOM) FICHADA, NOZ2/2 ADI DE MENOR INSOLATIO'* 7E20IK BEMNOA NSOLAGO HEC Bs FIG.69-EATUDAR A INOLAGEO WAS FACHADAS DA CONSTR {GB CIMA, AD LONGO 00 AND, B ACIAM Dp DAS DE atom ENEROR INDOLAGAD EM CAD UMA TRLAS, 58 Fie10a) 0.708) > —— R6T0-YAMAChO ye PROTETONES VERTICES) FiO} FOB UHR MERI RaSeARA De OUD indicadas no grifico sio horas solares, diferentes das horas legais como foi visto no item 3.4. Em segiuida, estuda-se a insolacio de cada fachada Para tal, traga-se no geifico solar as linhas conf as orientagdes das diversas fachadas a serem trabalhadas. Ver exemplo da Figura 69. Antes de itmos adiante, devemos fazer as miscaras de sombra para as construcées vizinhas e/ou massas de vegetasio (caso exista Através da anilise da insolagio, nos grificos da Figura 69, poderemos verificar qual 0 tipo de protegio mais adequado para cada fachada. 4.6.1 - Protetores Verticais: Pata o desenho dos protetores verticais, precisamos definir os Angulos necessirios 20 mascaramento da insolacio de cada uma das fachadas que deverio ser protegidas. A partir dessa definigio, constrdi- se, & vontade, 0 tipo de protetor que se deseja, desde que conservado 0 mascaramento, Por exemplo, podemos imaginar que para mascarar a insolagio indesejivel, em um local qualquer, seria necessatio o angulo de 30° & dizeita e 30° A esquerda. Terjamos entfio uma grande variedade de opgdes para o mesmo mascaramento definido, como podemos ver na figura 70. Este tipo de dispositive € mais indicado quando 2 insolacio que se deseja bloquear esteja com incidéncias obliquas em relagio a 59 fachada. Quando a insolagio é perpendicular 4 fachada o protetor vertical tem pouca eficécia. Isto acontece com as fachadas Leste e Oeste nos locais de basa atimde. (Rg. 71) 46.2 - Protetores Horizon Estes tipos de protetores siio mais eficientes para grandes alturas solates. Sua utilizagio pata barrar raios baixos resulta na obstrugio da visibilidade 20 exterior, reducio de luminosidade ¢ ventilagio que atravessariam 2 abertura a set sombreads. Pata 0 seu projeto precisamos definit o menor angulo vertical do petiodo que se quet mascarar. © desenho c inclinagio dos protetores poderio set variados, respeitando-se 0 menor ¢ maior Angulo vertical estabelecido. Ver exemplo da fig, 72. No entanto, precisamos defini o limite lateral do protetor horizontal como forma de garantir a obstrucio de toda a insolagio no periodo definido, sem obstruir desnecessariamente trechos da abébada celeste sem sol Isto € feito com © Medidor de Angulos Verticais Laterais, que nos indica os ingulos laterais necessdtios & completa obstrusio da jancla considerada, Definidos esses Angulos prolongamos os protetores nas laterais de forma a se obter esses Angulos minimos determinados. (Ver fig. 72e), é 60 Fie 712) PLANTA ie 71 b) Lanta 6.71-0} eRorerones,vermicais ih pou eiciENCA ete metiicia te seem 96 eRposDeD ~ Pik acon e.72 2) MASCARA DE eoMBAD, fo 72b) CORTE, e124) ono c orcho > FI6.12-PROTECER. A EUIKADA TE 50%. NOs AHBEHTEY Dh FA GiaD LENE A PARTE DAG aig (cea SOLAN) 61 FIG73: 0 Wo De PROTETORES MiFTDS, FoOEM CRERECER Resdcraoo# BE CRAUDE, EEICIBNEIA. 4.6.3 - Protetores Mistos: De uma maneira geral, os protetofes mistos quando corretamente combinados, tém um desempenho muito eficiente. Em regides de baixa latitude, por exemplo, as fachadas norte e sul recebem uum tipo de incidéncia que inchui 0 uso dos protetores mistos como sendo o mais inteligente, quando se deseja uma obstrugio total dos raios solares Nessas fachadas, os angulos horizontais perpendiculaces & fachada correspondem a Angulos verticais elevados, enquanto que os, Angalos verticais mais baixos se situam em faixas de incidéncia obliquas, a fachada. Assim, 0s protetores verticais e horizontais se combinam de forma complementar, jé que os painéis verticais cobsem as pactes exiticas do protetor horizontal (que so os Angulos mais baixos) enquanto que 08 painéis horizontais cobrem o trecho de incidéacia préximo & perpendicular fachada, onde os brises verticais teriam pouca ou nenhuma eficiéneia. (Ver fig. 73) Dessa forma teriamos condigées de utilizar o minimo de paingis pata realizarmos 0 sombreamento, obtendo vantagem nos custos, em funcio da redugio de painéis necessitios. Teriamos também maior visibilidade ¢ luminosidade naturais, além de outras vantagens. 6 4.6.4 - Protetores Méveis: No uso de protetores méveis bastariamos verificar a mascara de sombra necessitia a cobtir a insolacio indesejada, e propor os protetores méveis de forma a cobrit a rea definida no mascaramento, de forma andloga a que foi feito para os protetores fixos acima descritos, considerando as vitias posicdes de deslocamento dos protetores méveis. 4.6.5 - Elementos Vazados: No caso de cobogés, pérgulas, venezianas e persianas, procede- se A construgio da mascara de sombra de forma eemelhante a0 indicado para os protetores fixos méveis, Hi que se resolver 0 caso de cobogés com formas nio ortogonais, tais como hexigonos, losangos, circulos, etc. Pata conhecermos a eficiéncia deles devemos fazer a mascara de sombra de cada um desses elementos e verificar seu desempenho nas diversas orientagdes dos locais onde serio usados. Tomemos. a titulo de exemplo, © caso do losango da figura 74 4.7 - A Localizagio de Coletores Solares: Na instalacio de coletores solares, é de fundamental importincia que os mesmos recebam a maior insolacio possivel. 64 0 9 vere mnese exe L ENE emo cone vente, Pemaieoe nono. PO REMAIN TE SOMA v0 coco! Fe J-SLABOMEIO th MAGCARA BE sOnBAA DE On ELEDENTO “2k00, Mh cwroson PEO) CMCC SOARGG slo INarRUNENION AanARES ‘as tna Umszaeao ormieane iy fave ToRey fase Podemos usar 0 gréfico solar para determinar as sombras causadas por saliéncias na propria edificagio, por consteuges vizinhas ou massas, de vegetacio. e Além disso, podemos determinar a melhor otientagio para o coletor, de forma que o mesmo receba 0 maximo de insolagio nos periodos em que haja mais necessidade de energia solar, aumentando assim seu rendimento energético. (Ver fg, 75). 4,8 - Roteiro Para o Projeto de Protetores Solares: 1 - Definir horitio ¢ petfodo do ano a ser protegido, tendo-se em mente a diferenga entre a hora legal e a hora solar, conforme 0 item 3.4, 2- Fazer a mascara de sombra para as edificagdes vizinhas © massas de vegetagio das proximidades. 3- Fazer a miscara de sombra de saliéncias existentes na propria edificacio (marquises, saques, beirais, etc). 4 Verificar 0 tipo de insolacio de cada fachada ¢ quais os pontos titicos, para definir o tipo de protesio a ser adotado (vertical, horizontal, misto, fixo ou mével). Para tal, colocamos 4 linha da fachada pasando pelo centto do grifico solar coincidindo o Norte do grifico com o Norte verdadeiro do local onde seri construida a edificagio Caso 0 Notte indicado seja 0 magnético, nao esquecer de fazer a cottecio conforme indicado no item 3.5 5 Verificar qual solugio, dentre as protecdes possiveis (vertical, horizontal, misto, fixo ou mével), dar4 melhor rendimento 65 considerando-se 0s vitios aspectos imptcados no problema tais como visibilidade, luminosidade, custos, plasticidade, ete 6 - Detalhamento dos protetores. 4.9 - Obsecvagies Finais: Nio foram considerados os protetores utilizados no interios dos ambientes, tais como persianas, cortinas, ete, pelo fato de reduzirem os beneficios de protecio solar. Isto se dé pelo fato de que, apesar de nao petmitirem que os raios solares atinjam os planos de trabalho dos usuarios do local em estudo, no impedem que esses mesmos raios alcancem os videos das esquadrias (¢ 0s préprios protetores) que aquecerio e teitradiatio o calor recebido para o interior do ambiente. No entanto, caso se deseje verificar 0 sombreamento oferecido por esses protetores, deve-se proceder de forma aniloga ao considerado pata os protetores externos. Em getal, os protetotes terio melhor desempenho térmico caso tenham cores claras, pois absorverio menor quantidade de radiagio solar, refletindo uma boa parte da radiacio incidente. Também se forem colocados afastados das vedagtes (paredes, esquadtias, etc) transmitirio menos calor 5 mesmas por condugio, 20 mesmo tempo que sero facilitadas as trocas de calor entre os protetores ¢ © at, por conecsio (Wer fig. 75a). Para conhecer melhor 0 coeficiente de reflexio dos principais materjais ¢ cores consultar 0 Apéndice 6, no final deste trabalho. 66 Fie 75.0) 0 PrOTETOREY 6M Cones cLnas © AFHATAGES Day VEDAS HELADNAN, 0 TEEPENWO TE: WiCO pos MEH Sofiwate: introdugao as cattas solares SOFTWARE - INTRODUCAO AS CARTAS SOLARES 5.1. Introdugio ao Programa ‘ Este capitulo trata do software Introdugio as Cartas Solares, ‘que é disponibilizado em conjunto com este livro. Serio descritos os laspectos de instalacio ¢ de sua utilizacio. © programa foi idealizado para ser uma ferramenta diditica, facilitando o entendimento e a interpretacio geométrica das Cartas Solates. Através de seus trés médulos é possivel assistir a um tutotial animado do contetido tedrico, passear e interagir num ambiente tridimensional do modelo geométrico, fazer alguns céleulos ¢ el Cartas Solares,_ a Esta aplicacio foi desenvolvida durante um projeto de Tniciacio Cientifica no Departamento de Matematica da Universidade Federal de Alagoas com apoio do CNPq, Instituto do Milénio « PRONEX. Participaram desse projeto os alunos bolsistas Clarissa Coda dos Santos Cavalcanti Marques ¢ Thales Miranda de Almeida Vieira, ambos do curso de Ciéncia da Computagio da Universidade Federal de Alagoas, sob a orientasio do Professor Dr. Hilirio Alencar da Silva do Departamento de Matemitica, ¢ co-orientagio do professor Ms. Ailton da Cruz dos Santos, professor do Depaztamento de Tecnologia da Informacio. projeto teve inicio em agosto de 2002, com duragio de um ano, ¢ teve como objetivo a pesquisa no campo da Matemitica e suas aplicagées, Focou-se na Programacio Grafica, uma sub-érea da 6 68 Computagio Grafica, onde foram aplicados conhecimentos de Algebra Linear ¢ Geomeitia Difetencial para o desenvolvimento dessa aplicacio. 5.2. Instalago O software Introdugio as Cartas Solares requer: * Pentium IT 450Mhz ou superior; * 32Mb de Meméria RAM ou superior; * TMD de espaco livre em disco; * Windows 98 ou superior. * Resolucio minima do monitor: 800x600 Para inicializar a instalacio, insira o CD do software Introdugio as Cartas Solates no drive de CD-ROM de seu computador. Em alguns segundos o programa de instalacio deve ser inicializado ‘automaticamente. Caso isso no ocorra, dé dois cliques sobre © icone Meu Computador, depois dois cliques no drive de CD-ROM e Finalmente dois cliques no arquivo setup.exe. Apés iniciat o programa de instalagéo, clique em ‘Avansar’ Selecione a pasta em que vocé deseja instalar o programa, ou simplesmente clique no botio ‘Avangar’ para instalar na pasta padrio. © programa de instalagio vai entio executar os procedimentos de instalagio. Apés isso, vocé deve instalat 0 DIVX codec pata assistir 20 videos. O programa de instalagio do DiVX sera inicializado automaticamente apés 0 procedimento de instalagio do sefiware Introducio as Cartas Solates. FIGURA §.0 Clique em Next’ duas vezes, depois no botio ‘Yes’, selecione a pasta de instalacio ou simplesmente clique em ‘Next’ para instalar na pasts padtia Deixe os dois items selecionadgs e clique em ‘Next’, ¢ finalmente clique ‘Next’ novamente. O codec sera instalado. Finalmente clique em ‘Close’ para finalizar. Clique em ‘Concluir” para finalizar o programa de instalagio. O soffware estar pronto para set usadol 5.3. Tela inicial © software deve set inicializado clicando no Menu Iniciar, Programas, MAT-UFAL e finalmente Intradugio as Cartas Solares. A tela inicial dé a opsio de escolher um dos médulos, ver informagées sobre 0 software, ow sair, de acordo com a figura 5.0. © médulo de Tutorial mostra passo 4 passo toda a teoria das cartas solares, utilizando recursos de animagies e texto, facilitando a compreensio por parte do leitor © médulo do Modelo 3D é uma abstracio mais avancada, permitindo que o usudrio “caminhe” por um mundo tridimensional onde é possivel observar a abébada celeste e toda a geometria que envolve a construcio das cattas solares. Finalmente, a fetramenta de carta solar petmite que 0 usuirio construa cartas solares, fotnecendo 2 latitude do local desejado. Basta clicar sobre a opsio desejada para iniciar um médulo, vet as informagies sobre o sofiware, ou saic. 0 5.4. Tutorial A interface do tutorial é bastante, simples, conforme podemos ver na figura 5.1 Na regio preta, serio exibidos os videos com as animacées. Na regiio inferior esquerda, é possivel ver o titulo da cena atual a ser exibida, ¢ na regio inferior direita fica o painel para manipulagio de video, mais detalhado na figura 5.2. Os botdes do painel permitem, da esquerda pata dircita, ver a cena anterior, comecar a assistit 0 video, pausar 0 video, parar 0 video, ver a préxima cena, escolher uma cena. Clicando em escother uma cena, uma nova janela de escolha de cena aparecer, como est sendo mostrado na figura 5.3, Para escolher uma cena, simplesmente clique sobre a cena descjada. I possivel fechar a janela clicando em Sair, 5.5. Modelo 3D. Esse médulo € uma ferramenta stil para 0 entendimento ¢ a visualizagio de todo o modelo abstraty desenvolvide para a construgio das Cartas Solates, Nele é possivel “caminhar” pelo cenirio, inserir curvas de trajetéria solar, azimute, projerdes, heras ¢ altura solar na abébada celeste. possivel também trabalhar com conversées de alturas. solares, azimutes e horas solares. A tela inicial dese médulo € composta dor duas janclas. Na figura 5.4, pode ser vista uma janela com as op;des e na figura 5.5, uma jancla mostratido 0 ambiente 3D. 10 Bo! Cenas eye 50 Una Carta Solar ee ‘Vamos falar primeiro sobre a janela de opgées. Clicando em “Objeros’, é possivel adicionar recursos, conforme mosteado na figura 5.6. e Clicando em ‘Plano’, é possivel mudar a latitude que 0 plano representa, inclinando-o. Basta digitar a latitude em graus e minutos, escolher o hemisfério clicar em ‘OK’, de acordo com a figura 5.7. Além disso, existem também as opcdes de desenhar um plano representando o Equador para servir como uma referéncia, © a opcio de inclinar todo o ambiente para ter-se uma visio de um observador localizado no plano determinado, A opgic de Curva Solar permite desenhar curvas representando tajetdrtias solares de duas maneiras: pode-se desenhar a curva de um determinado dia, ou uma série de curvas representando um intervalo de dias. No primeizo caso, como mostrado 1a figura 5.8, deve ser escolhido © més € 0 dia desejado, ¢ em seguida clica-se no botio ‘Adiciona:’. No segundo caso, deve-se escolher o més ¢ dia inicial, o més e dia final, € ‘em seguida clica-se no botio ‘Adicionar’. Note que além da curva da tnjetétia, € possivel ver também no plano sua projecio cénica. A opgio de Altura Solar permite desenhar um circulo simbolizando todos os pontos da abébada de determinada altura solar. Note que essa ferramenta em interseccio com a curva solar pode fornecer 0 ponto exato da abébada onde o sol estar num determinado dia com uma determinada altura solar. Para adicionar a altura solar, basta digitar em graus € minutos, selecionar a caixa Desenhar Altura Solar’ ¢ clicar em ‘Adicionar’, conforme é mostrado na figura 5.9. Para remové-la, basta desmatcar o item ‘Desenhar Altura Solar’. m # FIGURA 5.6 FIGURA 5.8 n Tn pret eey FIGUPA 5.10 Finalmente, a opgio de Azimutes permite desenhar uma semi reta no plano mostrando todos os pontos onde a projecio do sol tem um determinado azimute, Para adicionar uma seri reta, basta digitar © Angulo em graus e minutos ¢ clicar em ‘Adicionar’, como mostra a figura 5.10, Alm dessas opgdes de desenho, existem também as ferramentas de conversées constituidas por 4 opgdes, conforme pode set visto na figura 5.11. B importante salientar que as conversées serio feitas baseadis no plano do observador determinado anteriormente. A primeira opgao, conversio de altura solar para azimute, permite, dado um determinado dia do ano, caleular qual o szimute do sol num determinado momento ou altura, podendo a conversio ser feita através da altura solar ou da hora solar. Apés definir dia e altura ou hora, conforme pode-se ver na figura 5.12, hasta clicar em ‘Calcular’ para ver 0 resultado abaixo. E possivel também clicar nos pincéis para desenhar 0s azimutes no modelo. A segunda opgic, conversio de azimute para altura solar, permite determinar em que altura ow alturas 0 Sol estaré num determinado azimute. Para fazer essa conversio, basta fornecer o dia e © azimnute descjado c clicar em ‘Calcular’. Também & possivel desenhar uma altura clicando no pincel, conforme é mostrado na figura 5.13. A terceira opgio permite, dado um dia ¢ uma altusa solar, determinar qual a hora ou horas solares, de acordo com a figura 5.14 A quarta opsio faz operagio inversa, como podemos ver na figura 5.15. B Existem também alguns botdes na par:e inferior da janela de eet amce ee 4 exibicio do modelo 3D, como podemos ver na figura 5.5. © pzimeiro ‘permite apagar a altura solar e todos os azimutes desenhados. O segundo page as curvas solases, € 0 terceiro redesenha todo o ambiente. Ct Lemuel Finalmente, para caminhar pelo cenétio, primeiro 0 usuério deve clicar sobre a janela de exibi¢io, Os contzoles sto feitos pelo teclado d numérico e pelo mouse, € so os seguintes: i Caminhar para frente: + ou apertar © botio direito do mouse al sobre a janela e Caminhar para tris: - Subir: 8 4 Descer: 2 y Andar para esquerda: 4 r Andat para diteita: 6 Rotacionar 0 angulo de visto: segurar 0 botio esquerdo do mouse € movimentar o monse na diregio desejada OFeae 5.6. Ferramenta de Criagiio de Carta Solar Esse médulo permite visualizar uma carta solar, Fornecendo a latitude em graus ¢ minutos, a carta serd desenhada, e alguns elementos opcionsis poderio ser inclasos também. Ao fiaal, a carta poder ser impressa A tela inicial do programa, de acordo com a figura 5.16, mostra } ‘wm painel meno#a esquerda, a carta na direita. Digite os dados de 14 Altura Solar para Hora rere | FIGURA 5.15 latitude de acordo com a figura 5.17. Em seguida clique no botio ‘OK? para desenhar a nova carta. Agora que a catta jé esté desenhada, & pgssivel incluir novos itens. A parte inferior de opcionais, mosteado na figura 5.18 , possibilita desenhar linhas representando 0 azimutes internos ¢ externos, a8 cutvas de horas solares ¢ suas legendas, e legendas de cada dia de curva solar desenhado, Para imprimir carta, basta clicar no botio Imprimis. Passeando com o mouse pela carta solar, € possivel observar no canto supetior diteito 0 azimute e a altura solar de um dado ponto representado pelo ponteiro do mouse. No canto inferior direito, pode ser vista a latitude da catta atual, conforme a figura 5.19. 18 16 Equodor Gan | sae G tate c8e FIGURA 5.17 Cpe FIGURA 5.18 5.1. Desinstalagao A desinstalacio do saftoare deve ser feita da seguinte maneira 1 Entre no Menu Iniciar ¢ em seguida em Painel de Controle; 2 — Dé dois cliques sobre o {cone Adicionar ou Remover Programas; 3 -Selecione o softwate Introdugio as Cartas Solares e clique em Remover. 4—Selecione a opcio Remover ¢ clique Avancar ¢ OK em seguidas 5—O software seri desinstalado. Clique concluir para finalizar o processo. 1 LEE hg a RE EEC BIBLIOGRAFIA: BARDOU, P. & Arzoumanian, V. Sol y Arquitectuta. Barcelona, Eaitorial Gustavo Gilli SA., 1981 BITTENCOURT, L; Bittencourt, R. é& Ramalho, G. A Ilha de Santa Rita. Maceié, EDUFAL, 1986. DIRECTORATE OF BUILDING DEVELOPMENT-PROPERTY SERVICES AGENCY. Solar Heat and the Overheating of Buidings. London, 1975. CARVALHO, B, Técnica de Orientagio dos Edificios. Rio de Jancixo. ‘Ao Livro Técnico S.A., 1970. CHICHIERCHIO, L. Curso de Especializagio em Controle 0 Ambiente em Arquitetura - Médulo 8. Brasilia, ABEAS/CAPES, 1983, CHOW, O. 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VITRUVE, Les dix Livres d?Architecture. Paris, E, Balland, 1979. Agradecimentos: A professora Licia Leimbeck pelo empenho e interesse em divulgar informac es de utilidade para 0 corpo discente; a Edineide pela paciéncia em datilografar os otiginais deste texto; € todos os colegas que sugeriram modificagdes para esta edicio, 80 Ce eee | APENDICES: Apéndice 1: Tempo Solar Verdadeito X Tempo Legal: (segundo JOEL JAN -1983) Para que compreendamos a diferenga entre © tempo solar € tempo legal se fazem necessdrias algumas informagSes complementares. 1- Tempo Solar Verdadeiro (ISV) - Angulo Horario (W) (© Tempo Solar Verdadeito esti diretamente ligado 4 rotagio da tersa em torno de seu eixo € é definido pelo angulo horirio (W), ou seja, pelo Angulo formado pelo plano meridional que passa pelo sol € pelo plano meridiano do Iugas. Por definicio, 0 Angulo é nulo 4 12 hs ‘TSV (meio-dia solar) ¢ um setor angular de 15° corresponde a uma hora (rotacio de 360° em 24h). Ble é negativo pelo manha (-90° as 6 horas TSV) e positivo a tarde (+90° as 18 horas TSV). Nés teremos entio, a telagio seguinte entre Hora Solar Verdadeira (HSV) € fngulo horacio (W) W=n Hsv- 12 al Onde m ¢ expresso na mesma unidade que W. (st = 180" se W esta em graus; % = 1.1416 se W esté em radianos). O Tempo Solar Verdadeito é ainda por sua prépria definicio, um tempo local (em inglés “Local Apparent Time”) ¢ depende dirctamente da longitude do lugar. Ele corresponde as indicagdes dos ‘quadrantes solares € dos helidgrafos, e freqiientemente utilizado para a medida dos patimetros solates. Entretanto, afetado pelas irregularidades da rotagio terrestre, sobretudo as variagdes de velocidade angular em: torno do sol, © ‘Tempo Solar Verdadeito nio € indicado como base do Tempo Universal 2- Tempo Solar Médio (I'SM) Definimos 0 Tempo Solar Médio (TSM) como aquele que corresponde a uma rotacio uniforme da terra em torno do sol. Difere do Tempo Solar Verdadeiro em alguns minutos (variagio maxima de 16 minutos). + Equagio do Tempo (ET) A equacio do Tempo (ET), segundo a definigio francesa, é 0 excesso do Tempo Solar Médio em telagio a0 Tempo Solar Verdadeiro, dada pela seguinte expressio: TSM = TSV + ET (com ET s 16 minutos) O walor da Equagio do Tempo é fornecido peo grifico dado Fig: 76. 82 Tne: wons ute 20 TEAID (en mat : 3- Tempo Universal (TU) Assim como o Tempo Solar Verdadeiro, aTempo Solar Médio € um tempo local, ligado 8 longitude do lugar, © Tempo Universal (TU) é definido como sendo 0 ‘Tempo Solar Médio do meridiano de longitude 0° (Meridiano de Greenwich). - Corregao de Longitude (1) Em locais com outras longitudes, o Tempo Universal esti ligado 20 Tempo Solar Médio (local) pela relagio: TU=TSM-2 4. = sendo a longitude traduzida em horas (1 hora para 15 graus; 4 minutos para 1 grau), positivo & Leste e negative a Oeste do meridiano de Greenwich. NB: Para um lugar dado, a corregio de longitude é fixa e nfo varia com a data A hota universal (TU) é entio ligada a solar (SV) pela relagio: TU = TSV+ET-2 3 4- Tempo Legal (TL) A hora legal (IL) € fixada por cada pafs. Esta ligada & hora universal (TU) por uma diferenga geralmente expressa em auimeros inteitos de horas. No Brasil, atualmente (2004): horitio de verio: TL = TU - 2h* horitio normal: TL = TU - 3h* 5 - Exemplo de Céleulo: Calcular a diferenca entre 0 Tempo Solar Verdadeiro (horas assinaladas nos geéficos solares) e 0 Tempo Legal (horas constantes nos relégios), para o dia 1° de abril em Mactié. 4) longitude de Maceié = -35°42° (negativo por estar a Oeste do metidiano de Greenwich), 38,70° (transformando em decimais). 2) Cotresio de longitude: A= 30° 45,7" 2h + (5,7 x 4 min), sendo 1h para cada 15 graus e 4 minutos para cada grav. 2h + 22,8min -2h 23min. (negative por Maceié estar a Oeste do Metidiano de Greenwich). Esta correcio & constante durante 0 aro. a 84 * Esscs valores sio validos pare a grande maiocis dai cidades brasileiras. Para as cidades de Boa Vistty Manaus, Porto Velho, Cuiabi © Campo Grinde

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