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Estabilidade intacta
A estabilidade intacta aplica-se às embarcações em condições de
flutuabilidade. embarcações com avaria seguem critérios mais restritos de estabilidade.
O conceito de estabilidade está relacionado com a condição de flutuabilidade da
embarcação: equilíbrio sobre uma superfície líquida com imersão parcial um de seu
volume (carena).
O volume da carena desloca igual volume de água cujo peso é equivalente ao peso total
da embarcação. Por isso é usual chamar deslocamento o peso da própria embarcação.
Condições de equilíbrio:
P=E
G = centro de gravidade G e B na mesma vertical
B = centro de carena (ângulo de banda por
P = peso da embarcação embarque de peso fora da
E = empuxo linha de centro)
P e E em sentidos contrários
M = metacentro;
KB = altura do centro de carena;
KG = altura do centro de gravidade;
GM = altura metacêntrica;
BM = raio metacêntrico;
KM = altura do metacentro.
B = centro de carena
B’ = novo centro de carena
M = metacentro
GZ = braço de indireitamento
WL = linha d’água
WL’ = nova linha d’água
GM = KB + BM – KG
GZ = GM * sen(Θ)
Além da ação das forças externas (ondas, ventos, etc), a embarcação pode
apresentar-se ainda com banda sob a ação de uma força interna provocada pela
distribuição desequilibrada de cargas nos conveses ou nas laterais.
GM < 0 – Instável;
GM = 0 – Indiferente;
GM > 0 – Estável.
Critérios de subdivisão:
Comprimento alagável
Seja:
CP – comprimento permissível;
CA – comprimento alagável;
FS – fator de subdivisão.
Temos: FS x CA = CP
Suponha que se tenha uma avaria de comprimento L, neste caso seria melhor que FS =
1, pois alaga 1 CA, com FS = 0,75 alaga 2 CA. Para uma avaria L < 0,75 CA, FS = 0,75
alagaria um compartimento menor, comprometendo menos a estabilidade da
embarcação. Portanto a compartimentagem é de extrema importância.
Requisitos do armador
São requisitos que, por variadas razões, o armador tem como desejáveis e
constituem-se nas informações iniciais para a escolha da embarcação. Esses requisitos
são:
Rota:
- Define a distância a ser navegada, uma vez que determina os pontos de origem
e destino;
- Define os portos que a embarcação deve atender ao longo das pernadas;
Perfil de missão
Tais itens devem estar perfeitamente balanceados e integrados entre si para oferecerem
o menor custo e o máximo rendimento operacional no cumprimento de uma ou mais
missões.
Note-se que não é o mais importante que cada sistema da embarcação seja
otimizado de forma individual. Importa que cada sistema opere de modo integrado e
harmônico com os demais. Como sistemas típicos de uma embarcação autopropelida de
carga temos:
eT = T(ei)
Navio de volume e navio de peso
Um navio pode ser caracterizado pelo tipo de carga que carrega. Poderíamos
pensar em dois tipos de carga:
Carga de peso: carga de alta densidade, ou seja, para um determinado volume do porão
seria necessário um alto peso de carga para completá-lo.
Navio de peso: é o navio cuja restrição é o peso da carga. A carga deve ser
acondicionada nos porões até que atinja o calado de projeto, mesmo que os porões não
estejam totalmente cheios.
Exemplo de navio de peso: navio para transporte de minérios.
Quebra de estiva: uma parte da capacidade do porão que fica sem uso porque é um
espaço perdido entre as unidades de carga. Este espaço não se aproveita para a carga
pelos seguintes motivos:
a) necessidade do emprego do material de escora para pear, separar e proteger a
carga;
Se a carga for mais densa (fator de estiva menor), o navio atingirá calado de
projeto (ficará embaixo) sem que os porões estejam completamente cheios. Neste caso,
além de não se utilizar todo o volume disponível, haverá a possibilidade da carga correr
em caso de mau tempo, a não ser que seja fortemente escorada.
Se ao contrário, a carga for muito leve (fator de estiva maior), os porões ficarão cheios
sem o navio atingir o calado máximo. Neste caso não se utilizará toda a capacidade de
transporte do navio, em peso. Outra consequência é que o hélice pode ficar parcialmente
fora d’água reduzindo a velocidade do navio, ou aumentando o consumo de combustível
para obter a velocidade desejada.
Exemplos:
Borda livre
A borda livre mede a altura que o navio pode imergir, a partir da flutuação atual,
até que as águas tranqüilas possam molhar o convés principal, no ponto que se referir.
Escala de calado
Deslocamento leve: É o peso do navio completo, pronto para navegar sob todos
os aspectos, mas sem consumíveis, mantimentos, combustível, água potável,
passageiros e tripulantes.
Porte útil, peso morto líquido ou carga paga (“cargo deadweight” ou “net
deadweight”): Para uma viagem determinada é possível ao armador ou ao comandante
do navio estimar o peso de combustível, aguada e material de consumo necessário,
deduzindo estes pesos do expoente de carga poderá ele calcular o peso de carga paga
disponível para aquela viagem, no qual se incluem passageiros e bagagens.
A origem da palavra tonelada como unidade de volume provém da palavra “tons” usada
na França no século XVII por “tonneaux” (tonéis) sendo naquela época as capacidade
das embarcações francesas.
21 KW
Freio Motor
Arranjo de um sistema propulsivo padrão em embarcações fluviais.
Pé de galinha Redutor/reversor
(mancal de escora)
Motor (MCP)
Eixo propulsor
Tipos de motores
- Ciclo Diesel
Alta rotação: 1000 a 3000 rpm
Média rotação: 150 a 1000 rpm
Baixa rotação: até 150 rpm
- Turbina a vapor
- Turbina a gás
Convencionais
Não-convencionais
roda de pá
direcionais: schottel, Woith-schneider
Face Face
Bordo de Bordo de
ataque fuga
Dorso
Menor Maior
lift lift
Hélice entubado: Para hélices que trabalham grande carregamento (grande
relação entre empuxo e velocidade) por exemplo rebocadores e empurradores. A
diferença de pressão entre o meio interno e externo do tubo gera um empuxo adicional
no tubo.
Hélice Kaplan
Tubo Kort
Schottel (propulsão direcional): propulsão + manobra, São utilizados quando os
requisitos de manobra são tão elevados que os lemes não são suficientes para a
realização de manobras. Também são entubados devido as características de
carregamento.
Motor
Woith – Schneider (Propulsão direcional): propulsão + manobra, Consiste
normalmente de quatro a seis pás dispostas num plano vertical. Este tipo de propulsor
produz muitas vantagens a tipos de navios que dependem de alto fator de
manobrabilidade, tais como empurradores, rebocadores ou ferry-boats.
A melhor forma para atender esa exigência é a forma de um fólio (mesma seção
transversal da pá de um hélice).
para manter a rota da embarcação o leme sofre uma série de esforços e deve ser
dimensionado para tal.
Tipos de leme: