Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ítalo Puccini
A) hiperbibasmo
B) sinédoque
C) metonímia
D) Aliteração *
E) metáfora
B) anacoluto
C) Hipérbole *
D) litotes
E) paragoge
7. Texto
Eu nasci há dez mil anos atrás
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais
(...)
Eu vi a arca de Noé cruzar os mares
Vi Salomão cantar seus salmos pelos ares
Eu vi Zumbi fugir com os negros prá ?oresta
Pro Quilombo dos Palmares, eu vi
(...)
Eu fui testemunha do amor de Rapunzel
Eu vi a estrela de Davi brilhar no céu
E pr’aquele que provar que eu tô mentindo
Eu tiro o meu chapéu.
(Eu nasci há dez mil anos atrás, Paulo Coelho e Raul Seixas. LP, Há dez mil anos
atrás, Philips, 1976)
8. Texto
DESCOBERTA DA LITERATURA
No dia-a-dia do engenho/ toda a semana, durante/
cochichavam-me em segredo: / saiu um novo romance./
E da feira do domingo/ me traziam conspirantes/
para que os lesse e explicasse/ um romance de barbante./
Sentados na roda morta/ de um carro de boi, sem jante,/
ouviam o folheto guenzo, / o seu leitor semelhante,/
com as peripécias de espanto/ preditas pelos feirantes./
Embora as coisas contadas/ e todo o mirabolante,/
em nada ou pouco variassem/ nos crimes, no amor, nos lances,/
e soassem como sabidas/ de outros folhetos migrantes,/
a tensão era tão densa,/ subia tão alarmante,/
que o leitor que lia aquilo/ como puro alto-falante,/
e, sem querer, imantara/ todos ali, circunstantes,/
receava que confundissem/ o de perto com o distante,/
o ali com o espaço mágico,/ seu franzino com gigante,/
e que o acabasse tomando/ pelo autor imaginante/
ou tivesse que afrontar/ as brabezas do brigante./ (…)
João Cabral de Melo Neto
1ª COLUNA 2ª COLUNA
(1) Romance de barbante ( ) Pleonasmo
(2) Roda morta; folheto guenzo ( ) Metáfora
(3) Como puro alto-falante ( ) Comparação
(4) Perto/distante/mágico/Franzino/gigante ( ) Metonímia
(5) Cochichavam-me em segredo ( ) Antítese
A ordem correta é:
a) 1, 2, 3, 4, 5
b) 5, 2, 3, 1, 4 *
c) 3, 1, 4, 5, 2
d) 2, 1, 3, 4, 5
e) 2, 4, 5, 3, 1
Há, nesses versos, uma convergência de recursos expressivos, que se realizam por meio
de:
I - metonímia;
II - pleonasmo;
III - apóstrofe;
IV - personificação.
10. (Un. Fe. Uberlândia) Cada frase abaixo possui uma figura de linguagem.
Assinale aquela que não está classificada corretamente:
Exemplos de Metonímia:
1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis. (= Gosto de ler a obra
literária de Machado de Assis.)
2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. (= As lâmpadas iluminam o
mundo.)
3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes da cruz. (= Não te afastes
da religião.)
4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso havana. (= Fumei um
saboroso charuto.)
5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte. (= Sócrates tomou veneno.)
6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu trabalho. (= Moro no
campo e como o alimento que produzo.)
7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. (= Bebeu todo o líquido que
estava no cálice.)
8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones foram atrás dos
jogadores. (= Os repórteres foram atrás dos jogadores.)
9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressadamente. (= Várias pessoas
passavam apressadamente.)
10 - Gênero pela espécie: Os mortais pensam e sofrem nesse mundo. (= Os
homens pensam e sofrem nesse mundo.)
11 - Singular pelo plural: A mulher foi chamada para ir às ruas na luta por seus
direitos. (= As mulheres foram chamadas, não apenas uma mulher.)
12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone. (= Minha filha adora o
iogurte que é da marca danone.)
13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (= Alguns astronautas foram
à Lua.)
14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança penderá para teu lado. (= A
justiça ficará do teu lado.)
Gabarito
1.
a. em todas elas.
b. Nas quatro ocorrências da palavra “lata” nas duas últimas estrofes do
poema, seu sentido figurado, pois, em vez de designar um recipiente
feito de uma ‘fina chapa de ferro laminado’, a palavra indica a própria
criação artística, a própria canção, o próprio poema. Assim, da mesma
forma que em uma lata se guarda algo concreto, na lata do poema
estariam os significados possíveis do seu texto, ou seja, o conteúdo do
texto literário.
3.
a. Da antítese (que, em alguns casos, constitui também um paradoxo). O eu
lírico se vale de oposições para definir o sentimento amoroso.
b. Ao dizer “Tão contrário a si é o mesmo amor”, o eu lírico sugere que o
contrário do amor é o próprio amor, o que, de certo modo, justifica o
emprego de antíteses e paradoxos para definir esse sentimento.