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PLANTAR ROSAS NA BARBÁRIE

Luis Serguilha
Advertência!

Carta ao poeta dos devires furiosamente imprevisíveis

São Paulo [ finais de um verão chuvoso-nebuloso] 2017.

Meu poeta de todos os tempos,

Plantar Rosas na Barbárie soa-sussurra aos meus ouvidos que pouco, ao


longo de minha vida, conseguiu ouvir as prolongadoras da Memória. Filhas de
Mnemósine. Delas consigo apenas ecos esparsos. Uma música lacunar ao
longe... E, dessa maneira, arrisco-me tremendamente diante de você e dos
leitores de sua obra.

Ao ler este livro, em primeiro lugar, me veio à alma pensar no tamanho de sua
solidão em seus infinitos movimentos circulares, como diria Sartre. Num
primeiro momento... a partir da imagem do título: Plantar Rosas na Barbárie
equivale, (em minhas associações subjetivas), a lembrar as rosas do deserto.
Solitárias...eternamente solitárias...têm ao seu redor apenas as imagens de um
deserto que se prolonga indefinidamente. Algum deus compassivo concede às
rosas do deserto, muito de vez em quando, flores. No entanto, tais flores são
tão transitórias como aqueles momentos de felicidade- instantaneidade que
povoam nossas próprias solidões. Que escorregam mesmo na eternidade do
meio-dia.

Meu poeta de todos os tempos...qual seria a cor de sua solidão? Quais são os
misteriosos movimentos que regem sua alma? Consigo desvelar, ao que se
poderia chamar de primeira parte deste livro, ou seja, quando você coloca, a
nós leitores, a fúria oceânica que rege sua interioridade, movimentos de um
quase afogamento que atravessamos neste momento histórico de pura
barbárie. Vejo, desta maneira, Poseidon no ápice de sua ira! Uma ira incontida!
Mas que ao mesmo tempo causa verdadeiros rasgos em nossa interioridade e
nos leva, juntamente com você, poeta maior, a deslumbrarmos o mesmo
encanto que paralisou Victor Hugo, em uma ilha solitária, (por quase vinte
anos), quando escreveu Os Miseráveis tendo como paisagem as iras
oceânicas as quais tão bem você nos faz enxergar!

As imagens-movimento que você sugere me faz lembrar também movimentos


cilíndricos. (Sempre lembrando a você que as Musas que preterem). Uma
espécie de sobe-desde-ondular mas, eternamente, marcado pela melancolia
que expressa sua infinita capacidade de nos tornar um pouco mais
humanizados. Entende o que estou a lhe dizer? Embora a sua poeticidade seja
como jorros de fúria... possui a incrível e rara provocação de nos fazer refletir a
extensão de nossa incapacidade de amar! O que, sinceramente, sobra em
você meu querido poeta. Sejamos francos: todos os poetas das primeiras
águas amam em demasia...Por favor...corrija-me se eu estiver enganada!
Amam a tal ponto a humanidade...que sempre estão a desvelar o que há de
mais oculto nas enganosas aparências do que nos parece legítimo.

No que se pode denominar em uma outra parte de seu livro, ou seja,


Herbolárias, há uma inquietude quase intransponível que se revela em
imagens nada confortáveis para nós, enquanto, leitores. A luta com as
palavras. A luta com a solidão única do poeta que se vê diante da linguagem e
precisa, a qualquer custo, materializar suas imagens. Você tem a consciência
dos lúcidos de que não há determinismo histórico e, sobretudo, a palavra
realmente poética está a serviço do homem. A história, (para grande desgosto
dos apocalípticos), é um processo imprevisível, visto que o seu agente é o
homem. E como tal quem pode prever o homem meu poeta? Você, mais do
que ninguém, sabe que somos pura indeterminação! Vejo em Herbolárias a
incrível velocidade de seus pensamentos. De seus movimentos angustiantes
interiores e que o poeta, a qualquer custo, necessita exteriorizar. Que
angústias tão profundas são essas? Por um acaso os pré-devires dos quais
nos fala Deleuze? Aqueles que rasgam o quase-determinado e que você os
expulsa da história para, enfim, tentar nos devolver a liberdade? Seria isso? A
liberdade maior que a maioria recusa, diria Sartre, porque é um desafio
doloroso para poucos? A liberdade é um desafio para seres que não se
submetem. E você, constantemente, a desafia. Vejo isso claramente em
Plantar rosas na barbárie.

Mas enfim...meu grande poeta...Plantar rosas na barbárie embora


desarticulada da lógica ordinária, linearidade e outros elementos que
caracterizam as obras banais e desnecessárias para a humanidade, possui
ressoares muito nítidos de uma fúria sem contenções-concessões. Ora apelam
para a grandiosidade de seu diálogo com as ciências, ora com o infinito, ora
com a solidão.

A reflexão- pensamento dos leitores é posto à prova do ilimitado da linguagem


verdadeiramente poética, como é o seu caso. A sua poética, acima de qualquer
coisa, é um desafio que instiga e faz pensar nos limites de nossa liberdade. Em
outras palavras: o que pode a linguagem? O que pode um homem?

Bauman, (sempre nos lembrava), que há um mundo residual povoado de


remanescentes. Sombrio e doente. Mas tal mundo é frequentemente ignorado
por nossa incapacidade de ver. A invisibilidade provocada é uma grande arma
de poderes estabelecidos. Ciente, mais do que nunca de tudo isso, você nos
transporta para um mundo caótico e nos lembra, a todo momento, que a
humanidade ainda pode ser resgatada...No entanto, somente a palavra poética
poderá nos devolver elos e ecos perdidos nas curvas dos rios, nos azuis
estelares e na travessia infinita (longa e cansativa) a que a vida insiste em nos
submeter.

Você nos diz que "o mar liberta o tempo do movimento"! A sua escrita liberta o
homem e o coloca frente a uma temporalidade desconhecida. Lembra-nos que
a sonhada atemporalidade ainda é possível. Lembra, sobretudo, uma bela
afirmação de Deleuze quando diz que somos seres pobres em temporalidades.
Um cavalo cavalgando ou mesmo algumas aves são mais ricas que nós.

Nossa temporalidade tão esvaziada...a partir da leitura de Plantar rosas na


barbárie é uma alternativa feroz, provocante e vigorosa de que a palavra
poética jamais se deixará vencer. Sua poesia supõe a continuidade daqueles
cuja invisibilidade aparente sempre atravessará e habitará desertos e solidões.

Aceite minha admiração. O meu carinho. A minha eterna ternura por você.

Ana Maria Haddad

Ana Maria Haddad Baptista é mestra e doutora em Comunicação e


Semiótica/PUC/SP. Pós-doutoramento em História da Ciência pela
Universidade de Lisboa e pela PUC/SP. Pesquisadora e professora dos
programas stricto sensu em Educação da Universidade Nove de Julho (SP).
Ensaísta e autora de diversos livros e artigos.
EBEFRENIAS NÁUTICAS

(o MAR liberta o tempo do movimento)

Nos emissores hemisféricos dos ciclos hidrológicos a matriz-gestacional


intersecciona um vórtice de timbres da vida-grafite para enfrentar ciladas dos
espelhamentos do intemperismo com a fusão dos instantes mesooceânicos
entre falsos pontos giratórios: há obsessões turbilhonares no processo
etólogo-dos-baleeiros onde micromovimentos das linhas cristalinas fazem dos
cães-de-aluguer um prisma da Condessa descalça de Djinn que incorporou as
especiarias fractais da morte em Veneza rés às hidráulicas do capitão AHAB:
as ventosas do tempo puro produzem sedimentos pluviométricos no universo
anfíbio das ondas capilares de quem excripta ou morre como fez Mishima ao
enfrentar as ÓRFÃS da TEMPESTADE de Griffith com os nódulos de
manganês e o cório da camanchaca! A putrefacção do fogo-dos-abates-do-
alvídrio escarifica a carnagem dos mergulhadores de quebra-mares sem
genitálias onde a meteorização apressura subducções masturbatórias entre as
ínguas das memórias ontológicas, sim, o mar é um intervalo paradoxal de
falsários, de prestidigitadores, de videntes que gera excriptas anorgânicas nas
impedâncias acústicas carregadas de termoclinas e de arqueologias de
osmoses reversas, é uma ralentação xamânica de coexistências que devolvem
o movimento ao movimento entre as punções do cinema de Vertov e os
occipitais encouraçados de Eisenstein, fecundados por oxidações bacterianas
das bacias anóxicas: sim, o de-fora da onda hieroglífica surge quando a visiva
desaparece ao eliminar a proliferação dos órgãos da espeleologia e a duração
da golfada contrai as sombras expressionistas dos defloradores de crostas
rochosas apinhadas de prodígios dos atalhos policromáticos: o mergulhador
bacteriófago atravessa-se por meio de reminiscências involuntárias que
absorvem a velocidade infinita da matéria oceânica entre a precisão dos
protoplasmas da coxa surfista de Proserpina e o Phaneron de Turner(
pluviosidades agindo e reagindo perante o colapso do olhar-cartográfico sob
correntes de convecção que revitalizam derivas helicoidais nos tecidos de
carvão dos últimos nadadores de coalescências contemplativas): Plotino e
Hume abominam as rostificações dos cais e justapõem os écrans das intuições
mónadas às máquinas de vapor de Watts, lançando o infinito dos unicórnios na
pneumática do mundo-em-contraponto-trompetista, ou será o vitral-gótico-
egípcio na hapticidade da secura dos fragmentos refractantes entre as patas do
misantropismo e a arte abstracta do “ homem ao mar”? Sim, o grito na tela de
Bacon torna-se uma zona plágica inaudível entre as redes ensanguinhadas dos
cachalotes: são blocos rítmicos em transmutações de variáveis intersticiais a
explodirem perspectivas epistemológicas e negentropias através de imagens
amnésicas do arrasto da acupunctura diagramática-quimiotrófica: são
transcodificações telescópicas dos heterónimos com helespontos agramaticais
onde os indicadores de carvão-Tournier tombam nos encalços da invisibilidade-
pútrida quando os cabos telegráficos do velejador insaciável ascendem às
superfícies-halícolas para plasmar as correntes turbídicas com os espólios
ziguezagueantes da transumância dos signos-luz! Dizem: transitários-
atomistas-ilusórios a impregnarem o tempo no corpo dos anfíbios: são os
átomos e os vazios de Lucrécio no resvaladio composto de disposições
lumínicas, de volatilizações-costureiras e de prostíbulos-vitrais, misturando
gelifracções autofágicas, vedadores de citologias, ogivas sazonais, corais
lendários com mamíferos-sismógrafos, larvas estucadoras até às gigantescas
úvulas das avenidas psicotrópicas da salicórnia sapal: as bigornas da
assintaxia e as hipóstases da zoografia trilham o hymen das populações
virtuais com as tabuadas atmosféricas empilhadas de escamas haláquicas e
hagádicas em desertificação! O corpo em forqueadura temporal torna-se um
espongiário quid vitae, um crivo indiferenciado doutras sintomatologias
clandestinas ao recolher-se na expansividade dos marcadores pubianos que
ligam a lógica das topologias marítimas aos vermes glaciares por meio de
guindastes psicadélicos, de mapas de sensações impessoais,
acósmicas____anomorfoses em tensão basculante morde o denodamento
pulmonar através de ergástulos ciclotímicos: o MAR liberta o tempo do
movimento e o mergulhador-cigano afronta a crueldade das sobrecodificações
auditivas-visuais das micro-faunas para se transvazar nas correntezas de
signos fora dos saltinvões-oikoumêne: assimilar estilhaçamentos dos
animatógrafos com as abaladuras bioarticulares que fazem dos lacraus
refulgentes, aloplásticos instáveis, zonas de dilacerações das linhageiras
primitivas, prolixidades geométricas na inapagável orfandade das línguas
tectónicas. Radicelas dos crustáceos perfuram entrelaçados infindáveis da
excripta malabárica que retrocede e avança loucamente entre as rasuras dos
tétanos fundados nos nervos-rift dos invertebrados: as desrazões intercaladas
abscondem por trás os simbiontes fotossintéticos com o bocejo hibernal dos
poetas quase-cosmogónicos: vozes-em-gravitação se descerram e se
obstruem simultaneamente arremessando a vorticidade das obscurezas em
todas as recapitulações-solares das espécies invasoras, em todas as
cortaduras das necroses da batalha de Salamina, sim, a queda interpolada dos
protozoários serve o polilinguismo nas vizinhanças geográficas do leitor da
ciência nómada do alto-mar: larvas tectónicas arquitectam o apavoramento
pluviométrico, enfrentam as perfuratrizes dos caminhos incinerados pelos
alumínios dos miradouros da fascinação do excídio: VEJAM, as alterações da
condutividade eléctrica nos batráquios intuitivos das roldanas dos arquivos das
cordilheiras: pedras-CLÁSTICAS infiltram-se na intangibilidade do
MERGULHADOR das camadas sazonais do figural-amniótico onde a palavra-
antracífera abandona a solubilidade do grito das mortalhas-em-expedição para
absorver a advocatura informe dos vértices do vazio ou possivelmente
recuperar as plataformas eólicas dissipadas pelos mitos embruxados das
derivas litorâneas____tudo regressará infinitamente, repetidamente entre a
inapreensibilidade da circulação termohalina e o estranhamento dos
anticiclones repletos de processionárias, de cataplasmas( prodigioso desvio
dos golpes dos cativeiros-lunares das fossas MARIANAS): tudo se devolve ao
escafandro do grito das correntes de ressurgência e o contemplador-ladrão de
ossaturas marinhas vocifera e sonda concomitantemente as variantes de
salinidade, criando um labirinto barroco de si mesmo com fluviologias-
tentaculares; o seu corpo em enervamento-ecobatímetro supende-se na
tecelagem imemorial da pressão atmosférica com ataques
microbianos(porosidade dos vários suportes dos vigores obscuros, das
manchas absurdas entre cabos submarinos e ECLUSAS): o mergulhador é
ondulação permanente sem rosto, um andamento dos acenos inexequíveis a
rupturar uma imagem catastrófica do tempo por meio de gestos invisíveis que
recusam o inatismo e a enfermidade hominídea: carnadura indomável no
entrecruzamento do in-visivel, na vitalidade espiral enlaça a cortadura-giratória
da sedimentação intervalada que incide na neolítica ruína-silabária como um
campo de batalhas a demolirem a abstinência barbitúrica onde o poema das
arfagens semi-esféricas faz das peugadas atafulhadas de cadáveres a
visageidade louca do craqueamento__o logos na ciranda do mythos__ porque
espera a in-transitabilidade da excripta-dentro-de-uma-vala-comum com
carvões betuminosos a acalçarem o jorro monstruoso do não-vivido e as
gesticulações da cegueira tacteante: o leitor do alto-mar escava as torsões do
espaço semiótico, as distâncias das sensações instituais, luz-sombrias na
palavra pulsátil que se transforma no indizível devorador-de-fusíveis do cine-
OLHO de VERTOV: arredores dos pedúnculos silenciosos abotoam-se às
virulências assintácticas( transposição de limites, moléculas imperceptíveis,
rastos do esbarrocamento): o mergulhador desprende-se da linguagem num
risco apocalíptico, barganha o aquecimento adiabático da língua, captura a
desrazão e escapa-se da língua numa afasia de nuvens lenticulares, sim, as
ondas exortadas por proeminências hidráulicas sondam as superfícies da
anatomia esquizofrénica, os corpos roubados, a revolta da carne porque a fala
disjuntiva do mergulhador não é a voz dele, é um cisalhamento antes da
linguagem, é uma linha de instabilidade, é um tempo indivisível, o BUTÔ que
extravasa a língua, soleva o cadáver da língua como substância sonora das
isotacas nas raias múltiplas e proliferantes forças zoé-bios, rés aos simuladores
da terceira lei de Newton! Como implicar os sentidos nas correntezas sem
destinatário, nas vibrações hidrostáticas, nas violências do resfriamento nutrido
pelo vazio da idioma dos ventos catabáticos? Aqui-agora, o mergulhador irriga-
se de sons inaudíveis, escuta os gradientes térmicos acesos e desmantelados
pela hipotética lucidez dos aerofólios: a voz inumana-animalizante-herética-
cruel o leva para os adustíveis fósseis da improvisata, dos devaneios
afundados nos pasmos naufragantes entre orquidários-sísmicos e plataformas
fleumáticas( perfurar a procrastinação das palavras com a dor que zurze o
inatismo): inigualável fulguração do escavador de endentações pré-
babélicas___ arqueiros de hipóxias, de cremalheiras ergódicas reconstroem
virulências, abcessos, re-fazem vida, fundem vida, despedaçam vidas
dobradas com catas-opalinas das meteorologias de superfícies: os
anemómetros desaparecem e renascem conjuntamente no anonimato
rupturador de cadeias geotérmicas( niscatos cáusticos atravessam o sangue do
instinto): esplendoroso adensamento dos indícios dos traficantes de cata-
ventos-imprevisíveis: a corcunda do mergulhador é-já uma reacção
endotérmica, uma gigantesca veia rutilada a nutrir lacunarmente as cavilhas da
imanação, os estertores do silêncio sem extremos vivos, porque a musicalidade
hidrostática é a experimentação exorcizante do seu dizer-de-rompimentos-
fluidizados onde o tempo é um vórtice indomável, inabalável, é uma lava félsica
absoluta e intáctil: a palavra náutica violenta-se, escarifica-se contra a elevada
percentagem em sílica e com o ricochete das partículas vítreas mergulha nas
escoadas intensas que a transforma numa erupção espaçada do animal
cristalino! O MERGULHADOR não acontece contraditoriamente ou
subterraneamente, seu hot spots acontece no avesso do animal que
ziguezagueia a prolepse da sua demolição____cisões arrastadoras de
tremores de curta duração, personagens insuladas e grávidas de
paradoxalidades piroclastas: o mergulhador sabe que o desmoronamento
incessante está aí: na tuberculose e no suicídio de quem se diz-poeta com
obsidianas, apostemas, orfandades nas falanges! Há interrupções
inextinguíveis no tempo freático dos olhos inoculados do mergulhador, há
magmas máficos imperceptíveis, um tufo vulcânico inflexo no interior do seu
dédalo feito de movimentos simultaneamente centrífugos e centrípetos que
decompõem até à transigência as imagens dramáticas em gestos-RFTS, SIM,
o mergulho é uma virga-férrea contra as estufas da hidrosfera, é uma esponja
trincafiada na acidificação da escória, nos cnidários, tentando deslizar nas
usinas hidroeléctricas, enfrentar oragos e perjúrios, ofuscar os reservatórios
subterrâneos, fazer da desaparição uma brunidura regeneradora de pangeias,
sim, o mergulhador é um jogo de obscuridades, uma sedimentação em
BATCH, catapultando signos nos viveiros bioluminescentes do dentro que é o
fora imperceptível da erosão marinha____minérios inesperadamente intensos
do inexplicável engatilham a zona entremarés com a insurreição sem actos
porque os carbonos-mergulhadores são indissociáveis do fossário naval onde
as hipofaringes se sobrepõem como animais no cio nos reservatórios
subterrâneos: bioincrustação orgíaca entre o eterno retorno de palavras de
sulfato e as microfaunas descarriladas pelas deiscências de quem fala
transversalmente na desaparição, sim, uma fala sem voz no real mercurial
onde os estuários se infiltram no pensamento-ultrassónico, destruindo a
escultura da percepção com a translucidez das séries infinitas da luzência dos
sensoriamentos remotos, ou serão subducções traídas que despontam sem
olhar os interstícios das imagens-hiperbóreas para ir ao encontro da chacina
dos parasitários antes do carbono orgânico dissolvido no homem ressumado:
as consumpções radioactivas do mergulhador se verbalizam nas suas fisgas
aberrantes, vitalizando a língua de quem não fala, porque pensar é uma
relação de mar com o mar até aos arrancos das monções viradas ao infausto:
dizem: geofilosofias sem verticalidades nem somas vetoriais horizontalizadas
mas trilhos de irrigações isobáricas, topografias acidentadas em
desmoronamento flexuosos: exogéneses que abrem o mergulhador aos
intervalos das células polares que constituem o intempestivo do fora alógico,
amnéstico defronte ao despovoamento povoado pelas interpolações das ondas
oronográficas, sim, o mergulhador é a imagem que desparece no acto do
mergulho, é um corpo incógnito, anónimo atrás da sua própria cabeça
produzida por movimentos brownianos na inexistência de mitos e no
afastamento das criaturas entre fluxos laminares e planadores de
incompossíveis: se o devir-mergulho é alucinatório, o retorno hidrostático faz
nomadizar vulcanólogos nas fabulações, nos delírios, nos aerossóis
agrimensores do incognoscível___ excepção do indizível___ sim, o
mergulhador nunca atinge a incoação do limite, vive na sua copulação
aberrante para advir-flagício-regerminante onde o imprevisto do pensamento
surfista se transforma num ponto de transmutação para filtrar as membranas
electromagnéticas entre a procedência e a nitrificação da morte!

O ANIMAL das pedrarias resplandecentes é esculpido pelos hinos


violentíssimos das excriptas asmáticas em pressão permanentemente variável
(vincos da vitalidade dos marsuínos): o estrume das agulhas dos calorímetros
de varreduras exploratórias alongam as artérias do eixo-badeixo dos
encadeamentos topográficos onde minúsculas arquitecturas são recusadas ao
expulsarem as ascensões das safras das oficinas com passagens esféricas(
as entoações da babel dos ciganos do mar estão aí, o mergulhador não se
conhece na sua própria isometria e se torna lapso vaticinante da feitiçaria
perante a solércia dos remadores bolsistas: os baseamentos remotos da
excripta dos sismógrafos-desalinhados estagnam-se nas unhas das alvenarias-
metálicas para se acrescentarem mortalmente aos súbitos bentônicos das
bacias endorreicas): bordados das doenças das chagas com dessoantes
homeoses progredirem nos ciclos agressivos dos gases monoatômicos: as
contrariedades totêmicas regressam aos manguezais sem sustentáculos e se
arrancam aos triângulos escalenos da terra granulomatosa para vigiarem a
diferenciação memoriada do corpo-rizosférico entre a epilepsia doutros corpos
sem manuseamentos oceanológicos: haustos disfarçados em vacilações
transversais disseminam-se nos espaços-roedores de mortificações,
incorporando fisiologias incertas e itinerários cuneiformes para se dilatarem
entre os Aneis de GRAVESANDE______deserção e exórdio se interseccionam
cosidos de fotografias rasuradas pelo contágio vampiresco dos tubérculos
sistólicos): tudo se entrança na anabase da interrogação-pugilista e nas
frisagens dos animais alcatruzados cheios de estípites e de fluidos do
aneurisma debulhador de tímpanos: as verrugas do mergulhador mudam no
sangue das tarântulas-em-derrocada, sua voz heráldica de presságios-
alfandegários faz da distopia a-cronológica um modo de vida, antecipando
semanturgias mutáveis e ostensivamente rendilhadas pelos lodos das
queimaduras insondáveis que eternizam os baixos ciclos dos metais (losangos
inevitáveis na hipnose carbonífera: fracções infusas continuam dissonantes nas
saliências das secreções dos hospícios marítimos)_________as forças dos
segadores de diafragmas sígnicos rastejam nos pianos fúnebres da palavra
que impossibilitam as variações de comprimento nas danças dos escombros
dos grafiteiros marítimos(azulejaria da hiemação, eco babélico na batida dos
mamutes ondulatórios da excripta sem valias tabeladas)___sim___a excripta
tatuada moventemente nos pés do mergulhador expande-se em três
dimensões-arenosas e marca os perímetros dos muros das seriações
bacteriológicas, atropeladas pelo sufoco dos espíritos beligerantes, sim,
lascívias envergadas por amplitudes disléxicas entre os cinzéis de tranças
ovarianas): as vazaduras lávicas irrompem as sarças hermafroditas, as
rigidezes cambiantes, as inflexões das endorfinas para espalharem a
necessidade do trágico nas anomalias com grunhidos cheios de campânulas(
palavra entranhada de animais sem sentido, sem imitação produzindo
turbulências numa circunferência de fotogramas): apenas a impiedade
contemplativa da lucidez, o grito identificador da hipnose e os acajus-catingas
sancionam e confirmam o abismo inaudito dos carregadores de trópicos: vede,
o compasso do lodo convulsivo do MERGULHADOR a inumar as fisionomias
na demência de quem tenta ler o súcubo das correntes quase electrificado pelo
cio-nirvânico ): miuçalhos angulosos congeminam acrobacias carbónicas e
assombram ranhuras ancestrais sobre as tapeçarias tridáctilas, placentadas
pelas patologias da hibernação náutica(tensionamento das aniagens
deformadoras): os fracassos do ensimesmamento da pedra incisam os
abecedários da telecinese e o impaludismo feito de cortes-falsos, range no
AZUL batido dos animais desenozados que arrastam as incisões dos ululatos
para as ulcerações da zoomancia( a emenda da demonologia do
MERGULHADOR extasia os traficantes das ferrações das naus com rochas
estratificadas nos cascos carguejados de insulamentos zoológicos, algumas
aves migratórias ainda sentem o triângulo da antropofagia entre os fórceps dos
geiseres): ejecções de guelras, defluxões laminares, atalhos caleidoscópicos,
arcos milenares a desmembrarem-se num espaço infinitamente desprendido
pelo espanto alienígena: mangues incarnados nos jorros das coreografias do
interior-sem-rédeas que é já em si a atmosfera singularizada por múltiplas
dimensões entre copiosas latências das bestas em derrelicção: vejam, o
desfasamento dos reversos pulsantes das alegorias e as travessias do extravio
espinosista nos despojos da solércia: obstáculos do corpo que não aguenta
mais entre prodígios-causais de cães copuladores de desassossegos (nuvem
piroclástica persiste na engenharia do caos, forças infinitesimais gravam-se nos
sarcófagos pantaneiros e os vaivéns febricitantes e hipnagógicos estilizam-se
nas contradições urdidoras de outros apêndices incicatrizáveis: montras do
subsolo a esbracejarem no intempestivo dos
MERGULHADORES!)______robustecer o vazio letal da excripta plástica
destacada na conectividade dos antagonistas-vitrificantes e a ladainha das
homeostases ultramarinas é polvilhada pelos cruzamentos serpentinos dos
feiticeiros que revezam os estribos cibernéticos-vampiros para recaptarem as
sinapses dos hagiólogos que procuram o mecanismo indefectível das
congeminações das insídias: nodosidades randomizadas partem de dentro dos
esteios-sulfossais e tentam decifrar os nódulos das córneas do agastamento
com as navalhas das vocalizações bizantinas: aqui-agora, a refracção acera a
enucleação das oblatas entre os jogos dos invitatórios em polifonia-
canabinóide: os espaços fílmicos assimilam as nadadeiras imarcescíveis dos
coitos criminais, provocando sangramentos no oblívio estóico que enfrenta a
refrega com os espelhos distorcidos da inutilidade manicomial: os açougues da
agiotagem glaciar-petrolífera acolhem as espinhas das têmperas do cão de
GOYA com os movimentos parabólicos das alcovas blasfemantes onde as
placas vibráteis dos ressaibos inalam os sacramentos dos falhanços das
sufusões, das equimoses espontânea das aporias, coacervadas pelos
carvoeiros-das-arenas-teatrais: adivinhação venal esfola a fuligem das tíbias
das centúrias, traça os silabários matricidas com as Ascaris Lumbricoides que
invadem as parturientes do sul para entalharem a menorreia nas geometrias
funiculares dos mercadores: incestuosa-teoria-da-física-dos-bebedores de
esferologias em escoamento ou serão gestemas inviscerados nas estacas
anamórficas a desmoldarem os bofes resplandecidos das onomatopeias que
se suicidam ininterrupatamente nos planos inclinados dos mergulhadores de
carcaças filtradas, induzidas pelas macerações dos prostíbulos-sulfídricos(
dizem: barreiras hematoencefálicas a mesurarem a carnagem espiralada dos
cetáceos): o magnésio informulável do MERGULHADOR transporta e lapida
furtivamente os uivadores de CARGUEIROS nas suas próprias devastações
sem fincamentos jugulares, taumatúrgicos ( ecografia fáusticas das lesmas
milenares, das vitualhas ondulatórias, das indigências rodopiantes onde um
trevo-de-clásperes-sem-alforrias faz do redemoinho verbal a lubricidade das
cédulas esfíngicas do último lobo do MAR: gigantesco apostema lavrado na
defluxeira gangrenada pelas entonações dos guinastes plurivocálicos, sim, o
MERGULHADOR acontece fluidizado na vizindade da ignomínia babelesca
de um ventre agarrador de balanceamentos de asseidades: na confusão
consagrada dos raptos de urânio o descomunal enxofre dos octópodes
descasca as candeias dos mistérios e uma pata melancólica erra na
abrasadura da necrologia, resta-lhe talhar o azougue e queimar-se por dentro
para se devolver ao sono perpétuo-oceânico: o MERGULHADOR é a finitude
do tempo infinito e com o grito da emasculação provocada pela mordida do
animal, talha a rarefacção da pedra, vascoleja a esfinge verbal, faz da insânia
o buraco do mundo, cava o alijamento do vazio, BIFURCA-SE na sublevação
do exílio, passa pela profanidade-rapinadora da voz, distancia-se de si, traduz
o ilegível na desabalada passagem do espirito, transforma-se num diagrama
histérico, avança no desalumiado embalo da boca, intensifica a visão ao tecer a
cavidade do esquecimento, cega-se ao rebentar o real, intervala a luz com o
espelho de Tarkóvsk, estimula o mundo a contradizer-se nas ladraduras, faz
das membranas da contabescência as alavancas do mundo, fricciona as
enxertaduras revivescentes na aliança órfica da des-aparição, revê o
ROSEBUD da antimatéria, perfura imagens sem fundo, faz da morte a síntese
intratemporal da impossibilidade de morrer porque a incógnita é a única força
que o compreende, absorve o órgão da língua com a própria escuta
desbravadora de espaços, mergulha com todos os instrumentos musicais
improvisados no imperecível noctâmbulo que o transuda até às tecelagens da
arrepsia incontrolável, se torna uma vértebra de cristal-gótico porque se
esqueceu de si próprio ao ser atravessado por ritmos jazzísticos, nómadas,
sim, mergulhar é abandonar-se por meio do cuidar-de-si porque o
remordimento coaxial está em efervescência deletéria, em concúbitos
criminais-orbitais nos corpo dos corpos que oscilam loucamente nas superfícies
mais profundas do mundo___ o mergulhador fundiu-se ao mar!
HERBOLÁRIAS

Enfrenta a descodificação da excriptura intersticial que o coactou a pensar! Seu


corpo se faz simultaneamente lance e vazadura nas esferas imunológicas de
dois cavalos e entre mortalhas perfuradas, bifurcadas, o cinema-ambulante
absorve as parataxes ondulatórias dos mapas randómicos onde um viajante
imprevisível incorpora a um só tempo direcções cristalinas-góticas-bizantinas-
egípcias( um ritornelo cartografa a enciclopédia epidérmica ao tangenciar os
avessos das palavras escarificadoras de travessias cegas: capturas vadias
desabeiram, demovem, adversam a antimatéria no ambalo das bocas adentro
da perseguição dos opérculos da dramaturgia: as irradiações verbais tentam
arrancar o espaço às mutações das fugas da carnagem___a reviravolta é uma
sombra cortante na elasticidade da língua, é o surgimento da voz na
desaparição, sim, a fala acontece no intocável em espiral___o vazio materno
adivinha-se na sua própria decomposição )

Excriptar é desaparecer na morfina dos hemisférios dos ofícios sem esperar


retorno, sem esperar os rebocos das fendas baptismais, transplantando
exclamações da tremenda lucidez sob locomotivas acesas de pensamento:
hospícios irrefreáveis, carnaduras espirituais, aglutinam-se, se espalham
adentro de correntezas concomitantes e anónimas para tentarem dilacerar o
possível poema entre agramaticalidades musicais, ciladas etólogas e
espelhamentos quebrados do phanerón: rasgar o tempo histórico e desvendar
genomas tácteis-virtuais no processo da ralentação da luzência e dar vida no
interior dos travessamentos da morte ( carcaças enfeitiçadas, expiadas e
aguilhoadas pelos baques das transumâncias das linhas cristalinas de um
passado que desconhece o turbilhão matérico do presente onde os arados
involuntários, a-sígnicos dos engolfamentos inconscientes enfrentam a
velocidade infinita do fundo do tempo): a palavra raiada transuda as espinhas
do mundo ao trair-se a si-própria, procura, rapta, desvia, golpeia as
entonações desmemoriadas, o impensável demonológico, anteriorizando os
saltos disseminadores dos calabouços do poema, antepondo as zonas
turbulentas das sintaxes, traça as erosões do avesso sígnico com os itinerários
de perspectivas-incisivas da aparição-desaparecida em delírio, sim, perfurar as
pigmentações da matéria labiríntica, rasgar e proliferar as ossaturas
ventilatórias de um percurso infindável, a palavra retrai-se do texto, é
insustentável e levita-se nos polvos dos satélites, desfaz-se com as filigranas
caológicas para abalroar, opugnar e revolver as ondulações, os rastros, as
falhas, as elevações dos omoplatas do mundo onde a enxertadura do transe
faz da sua concavidade um êmbolo radioactivo de vermes-assígnicos, as talhas
engolfadas nas hidráulicas insonoras, engendram a fugacidade inamanipulável,
agitam as topologias distantes do indizível, da criatura que espicaça os
arrancos verbais no experimentado, sim, a combustão esfíngica da palavra
arranca, expulsa, abre o excriptor inominável, imperceptível até à gigantesca
sombra das trilhas quase-revivescentes, ao deslizamento da entre-vida, do
entre-vazio-tensionado onde as bifurcações do tempo são mapas tácteis-
flutuadores-caleidoscópicos repletos de instantes larvares-antropogénicos(
órgãos em refluxos do alto-mar), sim, sair dos eixos com a visão-dos-cânticos-
disjuntores, atravessar as rasuras fabulatórias das línguas acossadoras e
tremendamente impiedosas que avocam, atraem sem abocar, sem granjear
porque o desrame verbal é já-em-si um turbilhão alienígena, uma paixão-
voltaica-silenciosa a evadir-nos com paradoxos matéricos-espirituais e em fuga
abíssica( a urgência de arruinar alusões para encruzar as catástrofes, as
revoltas como caos em despojamento) sim, o excriptor desmorona-se ao
escarvar, ablaquear, macerar a língua ressoante nas alavancas do real: refaz,
dança, sedimenta, sopra o refrulho do espaço por meio de forças inumanas-
multiespécies: o escoamento géstico-mercurial tenta alcançar, fissurar a
geodésica-mental no olhar da vida da morte em murmuração, sim, o excriptor
não fala, desmancha a palavra com o terror da incompletude sígnica, sim, ele é
o COM-devir do conflito inviscerado, do acaso escarificador-corporal sem
intervalos nem abeiramentos, nem pausas!

A intemperança da carnação transumante no vestígio do falhanço, das


esferologias do alvedrio, das amplitudes da penúria, das des-moldagens da
dúvida, dos fáusticos flagícios onomatopaicos onde os atritos rutilantes das
errâncias adornam as coalescências das córneas da aleivosia verbal,
vocalizam as alforrias das bestas até às precações do abate das alegorias, sim,
o excriptor é o avanço verbalizante da refracção rapinadora das enxertias
giratórias, o esforço da derrelicção entre o assolamento gravitacional e as
síncopes petrológicas que calcinam o seu próprio nome na profanação
exortada pelos abcessos da orfandade onde as vizindades prébabélicas do
poema se tornam orbitantemente o espasmo glandular das cronotopias, a
aférese antecipada na sufusão da impossibilidade funicular para atingir a
bordadura do crime na tremenda aporia do mundo, sim, revelar-se nos hiatos-
zoológicos de si próprio antes de se abrir aos brônquios portuários-ocasionais
da semanturgia e prosseguir rés aos ecos dos escorpiões do mundo, à
memória aquática gangrenada pela lactescência cosmogónica( fendas
sinápticas sem origem encrespam-se pelo meio incandescente da natureza):
reenviar o movimento à pantomima estética do cinema-olho e acompanhar as
tentativas das descodificações-uivantes que escapam ao território orgânico
para catapultarem adentro dos ritornelos tetratológicos o que faz ressoar o
geometral anfíbio no corpo, desdobrando obscuridades expressionistas com os
enunciados indecidíveis de Tarski, sim, dançando nas dobras de Visconti-
Fellini-Godard-Losey, nos pensamentos-acósmicos que surgem da
desaparição arctada-convulsada até fundar tempo sem transfusões
martirológicas, reaver a matéria espiritual-paradoxal nas enxertaduras da
phaneroscopia: espaçar as errâncias vazadoras dos planos, sustentar os
instantes do mundo dos mundos da animalidade e acontecer nas
coalescências das micro-correntezas do absurdo porque a interpenetração da
assintaxia do excriptor não suporta a congruência totalizadora, as analogias
representacionais, os chegamentos rostificantes: tudo fica além dele e dentro
dele, misteriosamnete ( coesão larvar-animista-plotiniana a desestabilizarem as
agulhas do tempo): o intangível acoplador do alogismo e o risco da contradição
dinâmica, fazem do seu corpo genettiano um confronto sincopado entre o
silêncio da realidade intuitiva e os olhares-jogadores perdidos na existência
mónada( colapsar nos interstícios esfíngicos por meio dos rastos de Pascal):
sim, os olhares não querem fugir do aturdimento das vizinhanças antilogistas
porque querem ficar entremeados, vivíssimos, querem fazer parte de uma
revolta feronomática que combate e enfrenta intempestivamente as cavernas
neuróticas e tudo o que recusa o intensivo da vida, ampliando possibilidades,
composições de superfícies no real incontrolável como uma força da
absurdidade excitadora da arte e povoadora-construtora de lugares-inóspitos-
polimórficos( sair dos eixos por decifração e jamais começar, jamais terminar(
sentir): acontecer entre vitrais de traças ensarilhadas, fugindo a Euclides até ao
grito INSONORO na tela de BACON): a ressonância hiperbórea-geográfica faz-
se de cumplicidades vibratórias, de blocos ritmados-fractalizados conectando o
embaralhamento das matérias-imatéricas dos apátridas, a sintropia dos
desertores, a histeria infinita dos apaixonados porque vivem das distâncias das
adjacências, da heteronomia dos boomerangues improvisados pelos outros-
contrapontos-de-si-mesmos invasores do mundo( emancipação anatómica a
perfurar, a transpor consciências): são ritmicidades da desterritorialização de
um corpo anorgânico, atravessado por transducções em ritornelo, por rastos
abismáticos que escapam ao exclusivismo humano e asseveram a exaltação
da vida sem história, vivem nas bordas ondulatórias do caos, fazem do corpo
um desbravador de multiplicidades insaciáveis, de expressões insanas com
superfícies-profundas dilaceradas pelos mapas de passagens dos
acontecimentos da existência em insurreição, sim, necessitar vigorosamente da
alma-futurível, confrontar atleticamente os povoados dos sensíveis,
experimentar a lhaneza dos processos atomistas, construir planos osmóticos e
produzir sensações a-significantes por meio das forças cósmicas do enérgico
afectivo, das forças a-humanas e do acaso das repetições em força imanente
que estão fora do resultado do alvedrio de criar arte: assim: a vida se mescla
até à repleção caótica ao roubar, apreender, arrebatar, descerrar, rasgar,
arrancar, escarvar inter-potências num violento movimento egipcíaco, óptico,
háptico que provoca a saída da servidão-linear-solipsista, dos mitos-
simulacrais, sim, intercalar, entremear, entrecortar, golpear territórios,
desterritorializando, reterritorializando com velocidades-lentas e com
desacelerações-rápidas que fazem das errâncias de excriptas, blocos de
intersecções improvisadas, catapultadoras de palavras com tremendas ilusões
realistas que se balançam sem se deslocar, palavras do tempo puro, palavras
feitas de um tempo sem movimento, sem sequências, sem compreensões
objectivas mas com dinâmicas simultaneidades, activas concomitâncias
quebradoras das morateiras irreversíveis,sim, coexistências das epifanias onde
nada se destingue, produzidas pela rasgadura-singradura submergida e
bifurcada nas fissuras descomunais dos afectos e nas probabilidades já-
intersectadas pelo imprevisível dos eternos retornos, porque a arte-excriptora
surgirá inesperadamente desviante, é incontrolável, é o holomovimento da
matéria espiritualizada e religada ao alvoroço do extremo campo ontológico
que contempla autopoieticamente, provocando as afecções perduráveis dos
desmanches corporais, fugindo das formas por meio de ritmos inverbalizados:
dissolver o extensivo-formal e interpenetrar nas singularidades das vozes
caoticamente vazadoras, das vozes-do-intermezzo-ardente, sim, acontecer no
real inesgotável das transcodificações que jamais transferem em si um lugar,
mas se torna uma perspectiva adjacente, imediata, ao construir topologias-
fabulatórias, ao germinar existência sem doutrinas fatalistas, sim, o excriptor
sem exórdios cria cruelmente realidade-mundo e natureza sintomatologista em
si próprio, ele é o devir-mundo-intermitente-transbordante e não ser-mundo-
significativo, produz mundo sensível-do-visível num processo impessoal,
indiscernível e sem reminiscência arqueológica-hipertrofiada, experimentando
sem compromissos as cartografias do oblívio através dos pontos de passagem
em deslocamento informe, em desvio tatuado, em contexturas insubordinadas-
impensadas que eternizam os instantes do não-figurativo do desejo entre
zonas invisíveis e as vertentes do absoluto, sim, abandonar o reconhecimento
psicológico e as agremiações de ideias para fazer composições com os
revestimentos imperceptíveis e desaprumados dos átomos infinitos: absorver
os paradoxos indestronizáveis e as linhas de coreografias convulsivas, re-
fazendo a coexistência aformal com a intensidade nómada da vida!

O EXCRIPTOR insatisfazível, insaturável capta o tempo permanentemente, e


numa ciranda de intensidades escuta-se a si mesmo, assevera a alta voltagem
da vida, faz do inabitável um aprazimento em experimentação, uma
transfronteira de si-próprio, uma expressão phaneroscópica, heteronómica
onde poema e animal trabalham, caçam com a matéria tremeluzente do
abíssico, invadem o corpo com o tempo cataclismático e se tornam
indiscerníveis porque são potências-sígnicas-com-vida-própria a pensarem as
longitudes vibráteis do real, são insânias violentas-da-babel que vivem
misturadas com o anónimo do excesso do mundo, com a vitalidade do estranho
da andança existencial, sim, uma ondulação cerebral repleta de devires
livradores dos dissimulados infinitos, de lugares-jazzísticos com
micromovimentos incomensuráveis, sem características, sem serventias(
compreender o movimento anómalo-acidental da natureza que não recanta
suas leis porque vive dos encontros intensivos do caos-criativo): lugares
híbridos de sensações conjuntivas que transformam tudo numa miríade
enciclopédica, sim, excriptar a complexidão estilizada do caos, sentir as forças
transvocalizadoras, germinadoras de angulações visuais-alvéolares onde
coincidem as capturas das diferenças expressionistas que vivem,
descampando incessantemente numa instabilidade fulgurosa até à alomorfia
alucinatória dos corpos que arremessam dados contra diagramas flutuantes
onde a natureza-excriptora afirma o revoltear da vida sem pausa, sem
resoluções, sem configurações fixas(colapsar as verdades fundadas, o tempo
instintivo do decesso, o tempo entrópico, pensar em riscadura, em fenda-
cristalina, sem metas nem princípios, misturar, entrecruzar, ampliar o grito de
Artaud entre as sensações do passado-futurível e os cientistas vesanos de
Bioy Casares)

Excriptar sobrevém ao colocar as lavras turbulentas do corpo na ludicidade do


deserto multissíginico que desencarna, estranha, problematiza, des-materializa,
gera o tempo transbordante na improvisação, busca o acaso do tempo nas
relações do intensivo do alto mar em conexão intensa com os planos
fragmentários tangenciados pela extrema lucidez da superfície metamórfica:
não há rumos, nem agrupamentos, nem compensações mas ritmos
incontroláveis, entre-tempos-desviantes___signos vectoriais___: sem
referências, os planos intuitivos se intervalam, as raias de distanciam, se
removem, se miscigenam e se desmancham por meio de forças transversais,
enfolhadas pelo leitor-crítico que se amove da consciência perceptiva para
mergulhar nos processos do infinito, na obscuridade do alvoroço, no ilimitado
das profundidades do théatron-híbrido porque nada é exposto nem significado,
sim, a vida em decifração não morre, a vida advém no ritmo da arte-jogo que
se reabre ininterruptamente entre linhas intempestivas, acontecimentos puros e
intensificações do sensível___tudo se torna involuntário e em variação
incomunicável sem objecto porque o artista-excriptor se apropria do tempo-
puro a cada instante da sua vida! Não são as pulcritudes, as belezas, nem as
emoções que o atravessam, mas os trilhamentos de forças do inacabado, da
interrupção paradoxal da memória, da imagem-cristal-virtual-sintomatológica,
sim, existir na ciência das urdiduras fractais do vazio intermitentemente
absorvido pela pluralidade das ondas vibratórias-fraccionadas, dos ganidos dos
ofícios em dobradura esférica-insituável (interrupções em arco): um caminho
suspenso nos enunciados da morte imorredoura onde os oblíquos-variáveis
dos olhares-olhantes se miscigenam com os fluxos cortantes dos corpos cheios
de espantos dionisíacos, de teceduras infinitizadoras dos ecos agramaticais-
disruptivos, dos desvios infravisuais, da inacessibilidade alucinante, das
contracturas cinestésicas reflectidas nos espelhos-partidos da antiguidade por
vir( traços dos germes diagramáticos): intensidades de um acidente infinito
adentro da própria excripta que busca as mutações urdideiras do
desconhecido, os compostos de forças da porventura, e nos faz deslembrar,
abandonar o saber-dominante para atalhar, suspender a volatilidade do mundo,
dançando no ferimento recolhido e expandido selvaticamente no anorgânico,
no in-corpóreo ilegível, nos estilos afectivos que se esquivam das emoções, do
martírio negador do corpo, das classificações deterministas que o compulsa,
impõe por fora e por dentro em adestramento progressivo-consciencial: vejam,
os tautocronismos desse mesmo vazio arriscado e acelerado na agoridade das
vértebras das expressões, dos cânticos zoológicos da sedução que vivem das
trilhas descontínuas, das dubiedades espiraladas, dos contrastes em ligação-
inexplorada, em des-aparecimento animista, criando defluxos estéticos entre o
leitor-mónada, as permutas raras das desaparições, as variâncias da
variabilidade tonal-vocal e as falhas do poema vivificador doutras lacunas-
cambiantes, doutros espaçamentos esboçados nos ramais inenarráveis, no
confronto das efracções frásicas: arrancar o sangue da cilada das palavras aos
lances da imanência de outras palavras em desmoldagem e a matéria da
repetição predomina no recomeço do prazer das amantes perpendiculares que
transcodificam os magnetismos das casas anamórficas, inovando os vestígios
infinitesimais das desleituras, das arquitecturas infinitas entre concomitâncias
artesianas e um estrangeiro dentro do paradoxo vivíssimo dos sismógrafos: as
palavras estiradas e transformadas escondem e procriam outras palavras-
geometrais na sua comensuração babelesca, no pensamento lançado na
obscuridade do ritmo-intermezzo que se torna visão do mundo-sem-cronologias
(dizem que os carris-das-bordas-dos-prodígios formam as galáxias rasantes
dos artesãos ontológicos e o in-discernimento dos vértices silabários se
contrabalança na cronografia vitalmente à deriva( desfazer-se ao fazer-se fora
dos eixos porque se recusa a experimentação recognitiva)____revivescências
morfogenéticas do mundo por detrás das velocidades vetoriais das alegorias-
combinatórias impulsionam as linhas cónicas-cambaleantes da insânia onde o
leitor-histérico perfurado por alagarças de gritos-profusos corre todas as
riscaduras panteístas-anorgânicas para se absorver nas infinidades das
curvaturas do respiradouro da palavra e circular no fulcro das des-arrumações
dos quiasmas perceptivos dos unicórnios (ocar vontades inomináveis nos
pontos de vista da Holothuria tubulosa e dos ciclos tróficos ): o poeta fica
suspendido no despenhadeiro operatório de cisões dos hologramas,
transformando-se no instante fulgurante das superfícies do desejo das fissuras
indecifradas, dos encaracolamentos incomensuráveis( couraças seráficas
enterreiradas em devastações intermediárias dos falhanços): ESPIRALAR o
texto mesclado de escriptas escorregadias-rejeitadas que se consubstanciam
noutro texto vertiginoso na visão feita de olhares recuados até às sonoridades
criptografadas para se redobrarem e caotizarem na Pitonisa-de-Delfos-dos-
jogos-mudos( alvoroço dos metâmeros circulares a plasticizarem
inesperadamente as esferas dos jogadores das tentativas poéticas-
balbuciantes_________pássaros-leibnizianos-tremulantes invadem os ânulos
delirantes do texto por meio de injecções linfáticas heterogéneas, de matérias
barrocas, de abaulamentos indissociáveis): rasgar subscrições e sobreviver
com as epifanias indefinidas de vida e da vida onde a musicata combinatória
subverte os testemunhos dos lances da própria catástrofe: uma voz meândrica
das vozes abismátcas oscila nos sons hiperbóreos das tecedeiras das
distâncias inexplicáveis entre os movimentos-outros-corporais onustos de
infaustos( poema no espaço infinitamente tensionado, explorando interrupções
assignificantes e tudo se desencadeia na vaporização de recolhas
descentradas onde a loucura da lhaneza se torna a ópera do horror de quem
faz das hordas um animalejo de Eisenstein): atravessar as vastezas das
fendas, as estilizações caotizadoras das cortaduras das orquestras gravíficas
entre desertos-florestais fecundantes de gritos labirínticos e os
esquartejamentos de todas as respostas prolongadas nas séries do gamanço
cosmológico_________uma voz será sempre a possibilidade de outra voz-sem-
fala, outra errância de substâncias fugitivas, outras potências-ondulatórias
repletas de anterioridades, outras relações-extracções sem intervalos, sem
cessações em direcção às espontaneidades dos bisturis quase-ontológicos:
confluência de fluidos a-sígnicos que sobressaem, descampam e recriam com
as variações labirínticas da ilicitude criativa: as músicas de estações indistintas
invadem os olhares estilhaçados da ancianidade-recente onde a visão
cruelmente movimentada pelas coexistências das catacreses estóicas se
apaga no próprio retorno feito de pluralização de mundos, de ascensões em
queda (sim, os eixos das visões serão simultaneamente decepados e
desejados sob o maneirismo das vespas gangrenadas entre permutações de
vocábulos desbravadores de mapas-boomerangues e o caos não-verbal: nos
vespeiros centelham milhares de mundos adentro dos voos dos contrapontos
provocados e causantes): a palavra vive na incorporação-que-é-em-si-
rupturante-deslizadora, movendo a LEITORA das correspondências
contraditórias para o incognoscível da transhistória, porque ELA é já a
eXcriPtura enunciatória dos prismas da NATUREZA e da imprevisibilidade-em-
experimentação, diluidora de limites, de intumescências confinais( arremessar
a invaginação das palavras nos desenlaces dos rastos infindos e disseminar
intempestivamente os silêncios das artimanhas das casas repletas de
sangramentos semióticos): o fulgor da exultação está aí: na LEITORA-ALGOZ
apaixonadamente sequestrada sem confluências simulacrais e num ciência que
se desconhece a si mesma_____o poema atingirá cegamente o delírio do
ebúrneo-nomádico com as obliquidades expressionistas dos arremessos
divinatórios-dionisíacos_____lascívias sibilinas eclodem tentacularmente entre
filósofos gessoterapêuticos, retraimentos dos hábitos dominadores e forças
contínuas, crepusculares do real que tangenciam as intermitências das arenas
críticas, os acontecimentos das cumplicidades sensoriais, extraindo possíveis
ritmos dos pontos de vista das vizinhanças insanas com múltiplas rasgaduras-
enxertaduras a-sintácticas onde as sensações vivem em voltagem
apaixonante, impessoal, acósmica, entremeadas de micro-correntezas
incontroláveis, de vozes acopladoras, contaminadoras de outros-de-nós-
mesmos que “nos” transpõem estranhamente, misteriosamente, fazendo do
corpo a errância de um des-povoado tetralógico sem entrada nem saída, uma
paisagem ausente de paisagem, uma paisagem turbilhonante que não é
panorama, assim, nos retiramos da rostificação da lógica-totalizadora, do
formal-classificatório, para nos desdobrarmos nas afectividades, nas
angulações da crítica-criativa que reinventa crítica-mundo com a premência de
colapsar as verdades fundadas, as representações bolorentas, a doxa: pensar
em risco autoreprodutivo, em confronto com o mundo, sem metas nem
chegamentos, provocar perturbação nos planos metafísicos, rupturar o corpo
do crítico, provocar a desestabilização dos-alvos-do-tempo, destruir as
sequências sacralizadas da arte e das obras já-definidas pela dita história
literária! Eis a a-futuração do separado inseparável que o impactam, o impelem
a pensar adentro da melancolia-delirante do tremedal, abrindo os olhares(
cegueira-quase-visível) a possíveis transleituras feiticeiras, a expressões des-
norteantes não actualizadas, a prováveis contemplações criativas, resistentes,
sem mediadores de leitura, sem narcoses patologizadas, mas com
intercessores desmedidos, experimentadores transumantes, cismáticos das
protoexcripturas, dos movimentos incompreensíveis dos avessos friccionados e
estimulados pelos enfrentamentos matemáticos-musicais! O cosmos do olhar-
surfante exercita a sua emancipação na puta mais estilizada PORQUE
mergulha nas enxurradas de sensações incontroláveis, não tem objecto, é
anarquista, fugindo sempre da micropolítica identitária, sim, a revelação-
multangular da ALEGRIA nos enxovalhos dos acasos da animalidade, ou serão
séries incomensuráveis de acontecimentos a perfurarem e a devastarem o
niilismo para sair da forma homem-atrelado-ao-poder? Oh desassossego
institual apinhado de forças enciclopédicas, de polissemias infinitas que abalam
e rasgam o expectável dissolvendo, aniquilando o propósito da arte___sim___o
poema é um animal em fuga, uma indecibilidade quase-lógica, uma lógica
contraditória com fissuras incomensuráveis abertas ao mundo e
desabaladamente incicatrizadas: esse ANIMAL-pulsátil que vem e vive do
descomedimento, da intemperança do mundo, do improvisado fora de si: a
bestialidade-animalidade-humana, intensificada pela ininterrupta insurreição,
faz-nos repensar que a ARTE-poética “não é unicamente do humano, da razão,
do reconhecimento, da inteligência. A arte é animal”___dizem os criadores
rizomáticos-franceses-e-dos-trópicos, sim, a arte é animal porque faz parte da
potência vibradora da sedução feronomática implodindo intensidades,
anulando, esculpindo e misturando matérias: aqui-agora: excriptamos na
música da passagem-anatómica do deserto trespassado pelo xadrez
transmutado do caos que reinventa disjuntivamente as intensidades do corpo
nos ecos prismáticos das caligrafias em profligação: a tradução do silêncio do
deserto vive na margem da sombra-óptica-e-em-refutação, vive no corpo longe
do corpo em derribamento jacente e resvaladio, em queda clandestina que nos
faz esponjar encalços, transpor todos os limiares das línguas estrangeiradas
com os espólios quase-humanos abertos aos tecidos piramidais do mundo e às
centelhas das opacidades que nos transportam para o acontecimento-
iluminador das coisificações absconsas, para a bordadura do informe-em-devir,
construindo-destruindo-filtrando ocorrências composicionais, espaçamentos de
sedições neurológicas, eliminando ambulações metafísicas entre ciclos
cíbridos-polifónicos e sensações-percepções fabuladoras( as teceduras não-
formantes e as sonoridades cerealíferas desofuscam as fechaduras do poema
macroscopicamente onde as frestas irreconhecíveis parecem zonas efémeras-
invisíveis penetradas pelas cores das vésperas arbitrárias: instabilidades
derivativas do im-pensado perante as auscultações entusiásticas das fendas
esquálidas da memória______o espaço das palavras obradas nas tecedeiras
des-simbolizadas seguem ilimitadamente os pianos delirantes dos reinícios
solares sem soluções reflexivas): existir diferentemente nas consonâncias das
esculturas inexistentes é estar na antecâmera das dobraduras dos
estonteamentos, é perpassar as des-arrumações de um corpo sem alcances:
os saltos dos excertos ondulatórios das vontades feitas de milhafres esféricos
são incorporados nos escoamentos idiomáticos e o influxo membranar do
poeta é simultaneamente uma disposição invertida e uma inconsequência
arquitectural a deslizar no abandono-intrusivo-criativo do processo-teratológico,
um instante iminente das profusões da vida que se trespassam e se transferem
no cordame picto-hieroglífico onde as cabeças atalhadas vivem infinitamente
nas peugadas dos trapézios de quem diz que não existem estorvos nos
precipícios das árvores batidas pelos répteis procriadores de granitos,
estilhaçados pelos enlaces variegáveis: uma câmera matérica da câmara
corporal, olho-do-olho-da-encarnação, arrasando espaços sobre outros
espaços de mutualidades: tautocronismos de escrileituras de encurvas
borbulhantes, de multidões policromadas, de reencadeamentos ilocalizáveis(
uma costureira de circunvizinhanças funde-se nas resistências de EL GRECO
fazendo do ardil dos murmúrios anamórficos uma força da insubordinação)
_______as intermitências refazem as continuidades das cornucópias com
processamentos gésticos-epifânicos onde a variação cataclismática posiciona a
palavra num prisma, numa perspectiva singular que não reconhece
expressões, nem cultos da memória-das-consciências, mas conexões de
forças dos materiais, encadeamentos de afluências, de pausas polimorfas, de
erros moventes, de velocidades plurivocálicas, de lentidões multímodas, de
latitudes sedutoras, de longitudes ondulatórias, de afectos da alegria trágica, de
traços incomensuráveis do real que retraçam violentamente os corpos-leitores-
buscadores de lances de insânia, reconstruindo os redemoinhos trapezistas da
vida! Vida-êxodo é natureza sem angulações objectiváveis, são linhas
abstractas, são CORPOS criativos sem hierarquias, são multidões sarilhadas
que nos forçam a mergulhar no caos do pensamento sem imagens, num ritmo
avassalador, fascinador, transbordando sem fronteiras e repleto de
orfandades: a força de vida é quebrada pela revelação de si mesma,
impulsionando as potências compositivas dos anonimatos por meio de
insinuações intraduzíveis e de des-continuidades intensivas: tentar buscar os
vértices apopléticos da excripta que não sustenta dissipações parcelarizantes,
nem acenos da consciência, porque acontece nas linhas-entrelaçadas-
indeterminantes da indevoção, nas teceduras dos triângulos aritméticos de
PASCAL transformadores de textos-sanguíneos________ uma voz dissipa-se-
em-retrocesso incessante para além de acontecer nas fendas emancipatórias
da absoluta revivificação humana-animalizante: povoar o que está na anteface
da perseverança do pensamento ecoesférico por meio da crueldade debulhada
sem testemunhas( incorporar receptáculos de forças anorgânicas): a
disseminação de vozes irreferenciáveis, de energias múrmuras, rompe com as
economias das asseverações, com as tubuladuras dos inversos para inventar
novos trajectos que se encontram antes da tentativa da excripta-proliferante,
antes dos orfeões indesmentíveis contudo imensamente presentificados pela
duração-criativa( regressar aos começos antecipados das línguas ladeadas de
tubérculos orbitais, de vigores eucarióticos onde se é fascinado pela
magnetização das lacunas diferenciais, pelas diversidades prismáticas-ópticas-
tácteis-info-gráficas-espaciológicas-cinematográficas: desastre entrançado e
destruidor de coesões historicizantes porque o tempo é inédito ): dizem: os
poemas se constroem para além dos limites da inutilidade que nem subsistem,
nem vivem, apenas são o prosseguimento da fala interpolada entre a vida e o
transe das composições obscuramente mutáveis: aqui-agora, as excriptas se
transformam no boomerangue do rumor-vetorizado que jamais nos dará a
conhecer o seu itinerário, a sua metamorfose dodecafónica: defrontem, a
energia atractiva da autonomização do estranho e do incompreensível que
pensa a provocação variante da vazadura do mundo nas intersecções
fabulatórias, criando uma zona de indiscernibilidades entre ficção, realidade e
imagem-tempo-puro, uma imagem-guerrilheira-do-cristal com lances de dados
heterogéneos, sim, bosquejar espaços acontecimentais como linhas
abstractas, virtuais, infinitas em devir: são processos inobjectiváveis de cada
perspectiva que nos faz escutar o insonoro, tocar o intangível, ver o invisível,
com a extrema vitalidade do baque sintomatológico onde o ritmo nervoso
intensíssimo estimula outra correnteza violentamente silenciosa a evitar o
conhecimento, estraçalhando o imediato, o percepcionado, o entendido para
detectarmos signos, captarmos signos por meio de topologias abertas, de
mapas do intensivo______ ( repercutir)sismógrafos do sensível-im-perceptível
não suportam trocas porque são acasos ligados à diferenciação, aos processos
involuntários, aos roubos da misosofia!
EXCRIPTAR com o corpo anterior à escrita, com o corpo selvático do
pensamento à vista dos traçados do nocivo, das vozes das apoplexias
cósmicas___apostar no derradeiro, nas áreas volitantes que combatem e
absorvem a-signicamente o mundo, transformando as direcções em
intermezzos-imperceptíveis! Os entrecruzamentos do corpo-da-excriptura-
inominável é acercado pelo alabastrino da infância epifânica que trabalha,
reproduz, desliza e transporta a joeira do gestualismo simultaneamente
hodierno-arcaico-futurível para o enervamento transfronteiriço dos excertos
sem caligrafias clínicas: tessitura em multiplicidade-interpolada na ética das
sensações-alveolares, na estética da força dos ferrolhos afectivos onde os
remanescências dobradas da vida estão incorporados numa prece-insana de
marchas neuronais com eflúvios menstruados pelos carpos-albuginosos das
críticas que atravessam imediatamente o corpo do excriptor: um corpo
agarrado às passagens das magias-do-grito-enrugado ilumina a precisão
inigualável das vértebras estrangeiras, a sedução da carnagem estranha
perante as trombas-sugadouras dos torna-viagens, criando fugas nas
rezadeiras da compreensibilidade, nas raias-dos-varais que regressam às
raias-garimpeiras para sondarem as topologias incertas da flamância
sanguínea: assim, excriptaremos na experimentação dessas mesmas raias-
com-traços-desterritorializados pelas zonas de quebras de onda que
transformam as geografias itinerantes em placentas amínticas dos sentidos,
levando o leitor-texto para as periculosidades perfuradas entre os bordos do
exílio da luzência descomunal, as línguas em permutação-escatológica, os
mutismos das travessias cibernéticas-ecológicas( antecomeço da filtragem do
vazio): a hibridização dos escaladores de visualidades ir-refutáveis, acontecem
concomitantemente no oximóron das excriptas-dos-efúgios que absorvem
todos os sexos-nemésicos como inervações fabulatórias a entoarem o
abstracto no concreto entre as blindagens das contra-vontades onde a
efemeridade perseverante encerra as luzências das valéculas epiglóticas das
parideiras( dizem que são degraus das borboletas-rés-ao-humano-dos-
policrestos com recortes verticalmente desejados pela arena dos sobejos dos
círculos do crime): palavra a questionar as síncopes do isolamento da multidão,
incendiada pelo silêncio da voz sem a fecundidade dos anacronismos, a voz
rachadora de arrepsias inseminadas entre as abdicações e as orfandades que
se esmadrigam do humano: serão ruflos vasculhadores a gaguejarem nas
esfinges-diagonais por meio dos derramamentos osculatórios dos algozes onde
reavemos as intensidades das linhas-ctónicas sulcadoras de arquiescrituras? (
um livro bate no usurpador das pregações da escravidão e transforma o leitor
num asceta a-historicamente desejado pelas cartografias da fome): a
singularidade dos traços sem lugar, sem cais des-figuram a própria des-
aparição do exílio das palavras convertidas na própria ligadura dos anagramas(
adiante pairam as velocidades de todas as tentativas azuis das éguas-silábicas
que se perfazem nas aliterações medusadas): a palavra move-se no acaso
cortante-de-fugas-espiriformes, na potência caleidoscópica dos ofícios subtis,
nas superfícies inesperáveis para intensificarem o vazio dos interstícios, a
sedimentação dos cenários anafóricos quase inexistentes onde a voz-lúdica
das dispersões fantasmáticas dos euménides tenta se dissolver nos
entrecortes das manobras virtuais para renascer nos espalhamentos
irrepresentáveis da carnadura( alguém solta o rosto da indigência na
imperturbável dobra perscrutadora de batalhas-de-remoçamentos-vizinhos?):
tudo colapsa na pluralidade bruxuleante da feridade, na in-criação irrefragável
da letargia, tacteada pela vontade do gotejamento da estética nómada, são
fenómenos geológicos-biológicos das usurpações cartográficas que esperam o
grito agónico do inumano-animalizante em direcções evasivas-multiespécies
onde a acídia, a desídia e as penúrias eximem-se na relutância das mangações
por meio do maceramento das próprias lacunas apinhadas de vigilâncias-
vorazes!

A magicatura órfã é já em si a vocabilidade a reinventar repetidamente o


acontecimento indecifrável, o andarilho das encurvas dos mimetismos falsos,
das intersecções esboçadas entre efectivações epifânicas que apressuram os
olhos-vadios até ao infinito da sabedoria das incertezas, às forças não
humanas e poderosamente intervaladas, desmedidas pelo fluxível da palavra
ainda cruzada nos derrames da fidúcia dos filósofos: louco jogo das proferições
dos médiuns que alçam as onomatopeias vivificadoras, enfeitiçadoras dos
inscíos entre a transcrição das violências-criativas e a circulação arquitectada
pela dor dos animais que combatem ablepsias não aformaladas a sulvento:
forças-mantras a debuxarem-se noutros circuitos de forças destiladoras,
noutros lugares de impressões insectívoras que nos transformam em
espeleologistas de alcavalas de provérbios, em alienígenas da própria língua-
vulnífica: corpo de esferas vermelhas em ritmos contraditórios, tentando habitar
nos insulamentos da desadaptação-ininterrupta onde os relances subsistem às
punições do transe com vocalizações de chagas-depascentes: o corpo-
tipográfico interrompe-se no som das tonalidades indiscerníveis que sempre
nos levaram para as nolições das árvores-atemporais repletas de petrologias-
de-pontos-de-vista onde as absorvências dos descentramentos zoológicos dão
voz às forças indiscerníveis que atravessam e unem o poema a cada instante:
aqui-agora, as tradições do desastre nos olham e nos trespassam com
malhadores caleidoscópicos para provocar as cartografias-ancípetes nas
imersões de outros mundos dentro das aleivosias do mundo, de outros
incidentes em liquefacção penhorada, de outras intensidades multifocais
carregadas de caldeações em desrazão: as rupturas hibernaram
transfiguradamente nas perplexidades sem repercussões( interacção
oscilográfica entre os cânticos insatisfazíveis das criaturas, as recorrências dos
cenários sem plenitudes e os vigores descomunais das capturas, inscritos no
ciclo abstruso do poema sob as mortalhas dos animais acamados nas surdinas
diluvianas que produzem fricções-cambiantes ao contradizerem-se
criativamente numa só chave de mosaicos inalcançáveis: as derrelicções das
palavras romperam o transfúgio do vazio por meio da ironia do derruimento
acolhedor de todas as luminárias dos gaudérios): as expressões do
distanciamento arrancam os animais-em-interferência ao espúrio para
cinzelarem zonas-contaminadas-pela-matéria-que-performatiza-a-exaltação-
dionisíaca-em-ritmos-de-exultação-vesperal( repercutir a sinecuria com a
preguiça da in-validade da manumissão): serão esses animais a golpearem em
deslocamento as áreas das infracções-agónicas esculpidas por si próprias? As
palavras rasgam paulatinamente as selecções dos binómios e os
monocentrismos-ontológicos para acontecerem na visão hospitalar-
parasitológica dessecularizada pela vida-intrusão-de-alforrias-prenhes-de-
potências-necrotéricas? O mênstruo imperceptível da palavra é a hemolinfa do
deserto sem largada, sem regresso, produzindo olhares-violentamente-
movediços no caos detruidor de fisionomias que tentam abolir outras
fisionomias diametralmente deixadas nos cárceres do fogo mais antinómico: a
luz da reiteração continua indefinida, escavando o vazio dos moradores
ausentes de mensurações e construindo o habitat relacional do leitor incapaz
de pronunciar qualquer palavra germinativa: a disparidade das mesuras
ensimesma-se perante a ab-rogação dos abandonos topológicos: o leitor
navega sob as tradições uterinas-marsupiais, i-emerge no poema uma só vez e
se extingue, destruindo sulforosamente as aporias com os cardos-mercanciais-
dos-intervalos dentro da intransitabilidade das palafitas verbais-não-verbais:
simultaneamente o trágico da inexistência da pausa e o conflito orográfico e
insaciável das urdiduras-ancípetes tentam recomeçar nas pedras angulares
das habitações, tentam adentrar no abatimento da vontade de uma origem
repleta de exteriorizações monstruosas entre o drama intensíssimo do caos e a
paradoxalidade-em-desmanche-conspícuo( a cadela permanece paralisada na
excripta vencida pelos prodígios usurpadores de superfícies móbiles: o marroxo
dos refluxos, as pastagens da hesitação do carvão-sémico): o aventesma do
alívio é circular no recolhimento transmitido pela disseminação dos hospícios
que recuperam as forças abismáticas da rejeição das víboras impulsionadoras
de distâncias imprevisíveis: este jogo absoluto das evidências químicas em luta
pútrida com o extravasamento eclipsado do divino e do horror: atentem, o furor
da palavra possui os seus i-limites adentro da possibilidade das escoras do
nocivo que embute a sua algozaria no re-nascimento da poderosa vigília da
dissemelhança: fatal soberania dos amantes deslocando-se sem hierarquias
até à re-configuração do abismo_______polimorfa sentença do animal
trespassado no seu próprio acabamento: dizem: erro dos suportes
ventilatórios!.
EXCRIPTAR com o corpo da facúndia anterior à gagueira da criatura-exsudada
em desagregação ininterrupta( o balanceamento da morte da palavra perante a
desnudez da voz-olhante): rasurar as iniquidades com o corpo selvático-
dissimétrico do pensamento sangrento à vista dos traçados fabuladores, à vista
das trilhas-a-trilhadas das purulências do silêncio das cabeças que se
acorrentam ao calombo da vertigem com batidas-regerminadas pela força das
desarrumações sintácticas: os entrecruzamentos da ex-critura-inominável são
acercados sem hierarquias pelo alabastrino da infância opulenta repleta de dis-
similitudes regurgitantes que trabalham, reproduzem, deslizam e transplantam
a circularidade mortífera-revivificadora das fugas dos homens dos sustentos
despovoados pela irresolução das falanges das ocultas lavouras: a
espacialização do jogo-ritual-totemizado se expõe nos riscos das escamas
transhistóricas, nos descontrolos feiticeiros, na luxúria das exfoliações sígnicas
para absorver, desbastar os enxertos caligráficos do enervamento da
profanação( o lance da obscuridade enlouquece e revigora as delações
silábicas na solércia sanguínea do leitor que faz dos abates da serventia as
latências sazonadas das suas tecelagens: o despojamento irreparável de um
rosto sem face esfregado nas ossaturas da cadela CINEMATÓGRAFA-
ressemantizada): tessitura em prodigalidade no arco-vulvar fazedor de
sensações permutatórias, na estética tencionada das suspensões afectivas
com núcleos decapitados em distanciação pictórica-alucinógena onde os
intercâmbios restantes e incodificáveis da vida estão incorporados numa
oração-maga com eflúvios dos carpos das críticas repletos de amuletos dos
náufragos, atravessados pelas polifonias teátricas provocadoras dos milagres
glandulares que captam intensidades dos arrastos funâmbulos entre
frontispícios anatómicos e peugadas das emasculações: um corpo agarrado às
translações das plasticidades-do-grito-sem-percursos transluz a precisão dos
gestemas do alienígena, a sedução das precoces-crenças espiritualizadoras
das matérias-algofóbicas, criando fugas nos alvos da compreensibilidade
diabólica, nas raias travestidas de ARCIMBOLDOS que retornam às ranhuras-
coaxiais e multiformes da Grécia antiga: rasurar e sondar as topologias incertas
das escarificações-testemunhas das veementes perspectivas fora dos órgãos
infrangíveis, assim, grandes gadanhas do holomovimento excriptarão no
tentâmen dos traços-das-reverberações que transformam e levam o leitor-
texto-acoplador-de-incarnações-dispersas para a periculosidade perfurada das
imanências-tântricas, dos avessos rímicos-corporais, talhando
subterraneamente os bordos do exílio da luzência descomunal, das línguas em
metamorfose-problemática, das travessias cibernéticas-ecológicas
interiorizadas no confronto das víboras babelescas (uma navalha entre a
desolação, a retracção e o esquecimento imortaliza a distância das palavras): a
hibridização distorcida dos escaladores de visualidades inscritas nas tensões
das vísceras dos cadáveres e as fisiologias osmóticas fulminadas e
reinventadas pela loucura-críptica acontecem simultaneamente nas escritas
dos abcessos ressurrectos do inumano-infra-mandalas-metonímicas, nos
subvertimentos musicais que absorvem e deflagram todos os microcosmos
calcificados pela transladação ininterrupta ( invocações em debandada dos
mapas fermentam a espessura da desaparição): aqui-agora, as inervações
fabulatórias desmontam, guincham indefinidamente as blindagens pregnantes
do texto na inflamação das cânulas das criaturas quase verbalizáveis:
circunspecções dos esgrimistas da língua agrilhoada às exsudações das
alimárias onde a efemeridade perseverante dos suicídios sintácticos
direcciona-se para a extrapolação das luzências dos partos evasivos dos
gestemas que revigoram as bestas com as hastes-transferenciais do crime de
quem tenta dizer iconograficamente___ExCRIpTOR___na sacralização-
ingluviosa, na dissecação hidrófoba!

Excriptar-transler com os ímanes do corpo circulante, mutante, retraduzido na


tactilidade das hipóteses estrangeiras dentro dos olhos serpeantes,
apeganhados sob os desfasamentos das golpadas dos mamíferos da
hidrofobia: encaminhar-se entre as esfregações das foices inumeráveis, o des-
aparecimento semasiológico e os lapsos escultóricos dos contrários onde o
asfalto da traição e a opacidade dos açaimes são dessecados pelos animais
anteriores aos rastos do crime poemátco ( as membranas da inutilidade acalça
a cegueira dos deuses que ainda procuram luminárias nas cavernas do transe,
a fugacidade imobilizada agraúda por dentro, as falanges coagulam na incúria,
na vocação do acontecimento das transleituras ao ressoarem no arco das
lombrigas da língua ): as fosforescências dos dedos recomeçam no que não
existe e confrontam as incursões das epidemias sensorais nos calcários dos
fôlegos cheio de gritos antiquíssimos e de espontaneidades cuspidas pelas
cegueiras quase-frias da reflexividade( abismos mastreados fazem da precisão,
da exacção a ferritina invernal do verbo, sim, o restolho das hérnias silábicas
mutiladas pela melancolia dos feixes textuais): tudo converge e avança
lavicamente, construindo interacções de baques perceptivos coreografados por
forças hieroglíficas-dinâmicas, sem exórdios( errâncias fisiológicas pedem os
basaltos dodecafónicos aos resguardos da agripnia para escutarem as
excreções das ensaístas-suicidas): vejam, a desordem rebatida pela desordem,
alargando, estirando o cibridismo inesperado das pálpebras enforcadas pelo
fulgor pré-babélico das escamas das leituras que se rasgam desabaladamente
com a batida das dores dos frontispícios mallarmeanos: animal-poema-
noosférico a atravessar os usos dos sudários das multidões sem-subterfúgios
para ser varado por outras multidões-atalhadas entre os irruptores dos
simultaneísmos mais acelerados: outros carbonetos das vastezas das
cortaduras em deserção, outros bifurcamentos ocorrem na paralisação das
memórias-do-mundo-olhante, serão mantos dos repertórios dilacerantes das
homotetias ou agulhas dos tímpanos em ressarcimento? Serão lavancas a-
físicas indiscerníveis, deslizamentos proustianos nas alcovas ensanguentadas
das palavras? As repetições dançarinas em direcção às misturas do
ocasionalismo-membranar projectam o leitor-excizado na fissura
incomensurável da viscidez dos obstáculos, da polivalência das enxertias,
fazendo do seu corpo um espaço de fendas contínuas que se protegem da sua
própria existência informulada: uma zona relacional de excripturas im-possíveis
e de dimensões móbiles, escorregadias, faz da bruxa-vidente-sibila uma
miríade de vibrações desmistificadoras e de escoamentos circumpolares(
enigmáticas e violentas combinações-disjunções mercuriais a dissolverem as
ulcerações transcriadas entre as possibilidades selváticas e os balanços do
contraponto das vértebras-suspensas, tentado prensar as curas de quem perde
a progénie no regaço das braçadas do informe: o impronunciável desponta-se
entre os transdutores-verbais-e-não-verbais e a esfinge-da-reexcriptura é o
próprio litígio da espera do boomerangue turbilhonante que nos adianta em
crueldades e nos transpõe em séries descomunais, em desordem ritualística:
há sempre um amolador de avenas, de apostemas e de alvídrios no poema):
as voragens das malhas das escavações infinitizam-se no vómito indemarcável
dos boxeadores de alcances-a-grámmata, descondensando simultaneamente
as theorías-matéricas e as sobreposições do vivido para recuperar as mondas-
quase-cinematográficas do mundo até aos desarranjos das varandas repletas
de fabulações prestidigitadoras, de contracções pendulares, de contracantos
esguelhados, de dissemetrias libertadoramente retardadas, de enigmas
irresolúveis( distorções espaciais em lances indizíveis entre os azorragues das
correntezas subversivas onde as religaduras das vozes das bestas tentam
povoar as gigantescas suturas do desconhecido: varar a inexistência irrefreada
com as acéquias das demências concluídas pelas curvaturas das enxertias da
obcecação do prestidigitador ) : urgentes alavancamentos da esquivança das
abóbadas sensoriais entre as cortaduras dos espantos em repovoamento, sim,
estar no colosso da vida para gerar profligações numa cadeia infinita, exercitar
a vergasta da assintaxia problemática nos domicílios das parémias: a irrupção-
criativa do exílio filtra a desmoldagem da circulação-a-histórica do corpo-
poema-em-caçadas-noctâmbulas para se volatilizar nas geodésicas farmácias
da palavra em mutação-crítica!

O EXCRIPTOR adivinha, intui a encadeação, a diastrofia sincopada do pavor


panteístico, da de-composição melvilleana e da palavra que espera no aceno
ullisiano a desleitura escarificada pelas larvas acrobatas de Sidartha e de
Heraclito que convergem a um só tempo bosquejador de espaços-
acontecimentais (tutanos desvidrados das caligrafias orbitam nas tecelagens
petrológicas, cartilagens extraviadas pelas extremidades dos espôndilos de
pássaros-suicidas, fígados do esquecimento-vivido calcificam as navalhas
copulares, ablações das caliptras brilham nas adivinhações esfoladas, delitos
ungidos decifram a assolação das ínguas, equimoses hemorrágicas
randomizam a oxidação antecipada dos gânglios, refracção nodular chegam à
ablepsia pelo odor do crime silábico, vocalizações das perfídias derramam-se
na congeminação de cabeças abnegadas, punções assintácticas flanqueiam as
leveduras das refregas das palavras em ininterrupta perfuração, alvéolos
rapinas sazonam turbilhonamentos gravitacionais, a flagelação linguística
torna-se sonambúlica perante os gritos das tarântulas, endentação das
síncopes escoam as subducções das torpezas herodianas, garatujas da
profligação são esferologias das bestiagas derrogando insinuações, o abate
das topologias das promissões desmoldam temulências fáusticas, o
despojamento rasurado das onomatopeias ondulam nas tactilidades ergódicas
do intempestivo, as angulações dos caldeamentos verbalizam os ciclos
giratórios das enxertias epidérmicas( desmanche e hibridização), o
enrarecimento da carnagem dos álvidros são cronotopias rodopiantes que
fracturam as distâncias sígnicas e a persecução dos mapeamentos,
espiralidades dos haustos friccionam as escochas semânticas entre vizindades
cosmogónicas e os arrombamentos dos acasos, SIM, as pedras
descacheladas, as errâncias dos octópodes vivem e desbordam os olhares das
falanges-larvares do poema onde os subúrbios de enxofre incineram-se como
espinhas insustentáveis na compulsão demonológica da língua: são
abrasaduras inestancáveis a desabafarem os azougues da plenitude porque as
probabilidades matéricas e o açoitamento do mosaico gramatical vazam o
mundo, desviam as vitualhas ensimesmadas do mundo até às defecções da
aversão e da repulsa: o informe, o anorgânico e o aformal vibram no rigor das
batalhas cerebrais, recusando loucamente a morte, vivendo-a simultaneamente
em procastinação e em sedição

O corpo é atravessado pelas estremeções da luz-acústica que se revela a si


mesma antes de mostrar o animal fraudulento de sensações e de auscultar os
hieróglifos do mundo sisifianamente, cetaceamente( os arquitectos dos silêncio
antigos levam as embocaduras à efusão da memória-futurível do mundo): a
participação convulsiva de gestações obscurecidas, de rebentamentos do
invisível faz da espessura compacta da ressuscitação da DESESCRITA o
descomunal ondulatório que se estrangula com a im-possível voz das cismas
em espiritualização heterogénea, capazes de dar crassidade à sincronização
de todas as forças cruéis capturadas e criadas pela entrevisão
experimentadora de desertos( sorver o misantropismo no escárnio daqueles
que ocultam o apagamento das casas com a eternidade das mãos): a
antecedência dos bosquejadores cartográficos se expandem e se recolhem
simultaneamente na sublevação da epiderme-misantrópica, nas cabeças
intermináveis das profecias concessoras de durações descascadas pela
ligadura obsidente dos cataclismos cheios de aprendizagens: o orifício
raquidiano devasta a expressão assustadora do silêncio do mundo, perante o
interminável rastro da imanência absoluta, das veações do demoníaco, do
estranho estremecimento, das fisgas descomunais que jamais se cicatrizarão
porque tudo se mistura semiologicamente no tempo distante das crianças, são
as esferas movediças da inseparabilidade, da indecifrabilidade, recuperando
todas as forças abandonadas do poema, arremessando superfícies
problemáticas feitas de diferenças a-sígnicas, de energias não-mensuráveis até
às vindimaduras resplandecentes que buscam o esfriamento do leite nocturno ,
assim, o artista-animal-vegetal-cósmico desponta num processo
acontecimental, absorve as forças dos bichos do mundo, mistura-se com os
cânticos do mundo e seu corpo dançante feito de multidões à deriva escapará
aos mostos incriados do rosto, desfaz as analogias tirânicas, torna-se uma
planta clandestina, uma espada cosmológica, um vareio urdido nas ervas
nómadas-infinitesimais, no fogo arremessado na improvisações impessoais
entre linhas falsificadoras do acaso e as epifanias de correnteza materna sem
música umbilical: as oblações da palavra tornam-se indiscerníveis e
inacessíveis, atingindo a emancipação anatómica-espiritual para mostrar as
suas invenções afectivas na imobilidade dos animalejos, proliferando existência
a-subjectivas, veemências singulares dos instintos, dissolvendo a vastidão do
LAHAR com as agramaticalidades vivíveis, as zonas invisíveis onde recomeça
a intersecção simbiótica das sombras cantantes da natureza entre os instantes
fugidios de variantes expressionistas e as armadilhas sintácticas, assintácticas
das hibridizações proliferantes da consagração dos sentidos, sim, nada poderá
mensurar a observância do olhar das probabilidades úberes, a dança dos
olhares de transportes dementes que transfronteiram levadas do impossível até
à transbordância dos limites: o adstrito e o desígnio se dissolvem por meio de
ritmos inverbalizados, de repetições metamórficas, de inconscientes lançadores
de expressões em fuga, fugir aos ritos fossilizados das passagens
animalizantes, aos cultos da memória-psicótica, tanger o confronto dentro do
lodo sanguíneo e retransformar os materiais do passado em possibilidades
criativas da inumanidade presentificadas pelo tempo-cristal do futuro: no
panorama babélico das superfícies jazzísticas, a arte excriptora encontra-se
sempre com o real irrepresentável, incontrolável da vida, com o ritornelo da
vida resistindo à morte, à serventia, à submissão, à pudicícia! Sim, os
itinerários dos queimamentos das vozes são destruídos pelas crateras da
palavra cataclísmica, pelo espasmo da palavra fecunda de intermezzos,
palavra embriagada, exalçada em tudo que faz ressonância refractári, sim, a
palavra não pode expirar de dizer porque se acoplou à anterioridade do
vascolejamento, suspendendo a língua poética na corola da exuberância,
extraindo a língua extinta do corpo à ferocidade terrestre onde o hálito da carne
do olhar se transforma em visão-visitada na sua própria obscureza, na lascívia
respiradora do pensamento. No eclipse em embaralhamento geográfico, o
excriptor dedica toda a vida a um nada desidentificador do corpo com as
interrupções das espécies do deserto, dos ritornelos tenebrosos da
heteronomia, porque o processo de abaladuras paradoxais arrasta todas as
relações tacteantes, ópticas, hápticas para ampliar o mapa caótico do mundo,
os mapas cerebrais dos povos enlaçados inconscientemente ao nome das
últimas campânulas! O excriptor abre a soberba lhaneza, a hidrosfera
embrechada nos velamentos e faz das suas errâncias um instrumento
iluminado pelo corpo a-possuído e sísmico que é inumerável-crítico, é um
veeiro algorítmico a remover-se para a penumbra-alabastrina do olhar
apinhado de dobras desmedidas, de encontros de ressonâncias dos frutos
refluídos através da língua: fogem da obra, não pretendem a obra, mas as
superfícies vagarosas da velocidade anunciadora dos arrebatamentos e dos
orifícios da epiderme mudável do alfabeto lenhador de acepções, os sentidos
rodopiam nas concamerações das ofertas dos enriados, dos mergulhadores
espantados para destruir as ilhargas resiníferas da purificação das anestesias:
aqui-agora: absorver a perfídia, a aleivosia, o roubo do transleitor da realidade
da ficção que tece imprevisibilidades navegantes entre os sentidos da des-
aparição do poema e a experimentação falsária da luz excessiva onde os
tremores das palavras desarvoram, desnorteiam, suspendem, devastam a
dominação do olhar entre políticas dos desaguadouros usurpadores do
impossível( há tensões coreográficas permanentes no olhar transfigurado que
se desvia desabaladamente da intimidade dos limites morfológicos)!

Quando EXCRIPTAMOS vemos de olhos fechados o deslocamento fugidio,


somos contaminados pelo devir do sensível, ensejamos o irreal-do-real do
intensivo, aproximamos instantes desvinculados e a reminiscência-futuração
sofre hiatos, repetições, transes e renascimentos como contínuos fluxos
espiriformes, sempre acrescidos de ritmicidades cósmicas, dissipando e
transformando possíveis excriptas que geram tempo inesperado
espiritualmente( fazer recomeçar as afectividades das profanações-cartógrafas
para ultrapassar essencialismos por meio de forças de transposição, de
retradução, inundando vozes no abecedário desconhecido): tudo é
balanceamento sensorial, é correnteza nómada, é INTERMEZZO escorregadio,
é vibração do impensado, do inusitado que tudo exsolve, rasgando alvos para
fazer ressurgir e recomeçar o analfabetismo perfurado pela estética das ex-
criptas, do traço catalisador das palavras que ressuscitam dobras,
transducções, efracções para se anteciparem, adiarem, retomarem,
suspenderem e transverterem o texto-não-nascido num boomerangue
compositivo, transbordando o jogo do poder das periferias na urgência de
evadir-se para adivinhar as flutuações do mundo na desaparição sem história:
fazer de nós alienígenas-aisthhésis na própria trepidação dos interstícios da
língua! No recolhimento expansivo o leitor é já o próprio texto trapaceado,
animal descentrado feito de sons, de ruídos, de apreensões sensórias, de
fluentes, de intervenções, de variâncias, de des-focagens, translocalizações,
alargamentos e de órbita em órbita surgem bifurcações, cruzamentos, eclipses,
adjunções, rupturas, diagonais, desterritorializando presenças fugidias rumo ao
instável, ao paradoxo repleto de coexistências, de descentramentos, de
atravessamentos sígnicos porque um olhar compositivo nos escarifica com
traçaduras oraculares reavidos às obliquidades das perspectivas em
falhanço____a violência do resgate de tudo que não não é fronteira, mas
transbordância do alvo mais rústico, mais cruel do sensível!
O excriptor perfura-se por meio da improvisação intensamente pensante para
introduzir o acaso no alto-risco do movimento das percepções esburacadas(
ecos das afectividades percutem loucamente nos telhados interiores do sangue
onde espécies confidenciais se envolvem nos vigores dos cumes da respiração
poemática, dos reencontros dos cascos gramaticais, nos idiomas arrebatados,
e na decifração dos guindastes viscerais esparzem mandíbulas rupturadoras,
ultrapassadoras de compreensões aprazadas, de essencialismos( linfa
espessa irrompe entre cúspides carnais e o esplendor surdo do tempo, sim , o
provérbio recolhe misteriosamente as cordas irradiantes das víboras, lavrando
geografias da estonteante astronomia sem estações___a boca flagra drósera
recebendo átrios indestrutíveis adentro da gigantesca videira náutica do êxtase
e uma mulher refulgia de olhos cegos perante os ritmos da perseguição dos
gritos___: são lucernas violentas a baloiçarem nos carpos submergidos e
desmemoriados pela experimentação da morte pressentida pela combustão
eterna do vivível): o excriptor reconstrói-se através das margens abstractas das
sombras errantes, das quedas horizontais não psicologizadas, das séries
cambiantes dos espaços estriados, invadidos por espaços lisos confluentes no
sangue laborioso da carnadura Artaudeana, da crueldade musical feita de
sensações puras, de movimentos do imperceptível que captam uma dispersão
de modos de habitar as vozes, rompendo sangrentas certezas e verdades
organizadas, porque a construção apavorante do possível texto-poema é
sentida segundo as variações infinitesimais das forças phaneroscópicas que
povoam os inesperados das migrações, os alfabetos dos sazonamentos,
absorvem cardumes insulares numa correnteza não-germinada( o animal
espaventado, obscurecido caminha para outras zonas quase visíveis,
explorando os lugares da perplexidade vigiadora, espiritualizando a violência
inominável, uma violência penetrante que rasga esteticamente os estreitos
estabelecidos numa cartografia multidimensional( o afogo imprevisível acende-
se na carvoaria da babel urdida pela gorja vergada e detalhada sobre os
últimos séculos astrais onde os ossos do violino derramam as ideias do
badanal silencioso ): o corpo vibrátil da interrogação ogival atinge o saber sem
ilustração dos vasos das escadarias órfica até aos grito das bestas-artistas
desconectadas do entendimento e afectadas pelas heterotopias sôfregas, pelas
profanações-sacralizadas que escapam aos ofícios das colunas do humano ,
sim, estrondeiam as percepções existidas, faz-nos percorrer as frestas das
direcções ressuscitadas e os arbúsculos dos sentidos irrecuperáveis, faz-nos
mergulhar em zonas monstruosas de enleios detonadores do tempo: a
pungência no inusitado da exultação, o incontrolável giratório nos devires
imperceptíveis aproxima-se impulsivamente da catástrofe sonora do cristal,
porque um animal enevoado sobe nos intercessores do sangue e nos religa às
pistas do fora absoluto, tornando indiscernível os faróis que comprimem as
fronteiras, reinventam acontecimentos na inocência ardente, provocando as
misturações das fungações na caixa negral do cérebro como um espelho
descido e quebrado pelas cúpulas velozes dos objectos, sim, uma curvatura do
imperceptível e um instrumento instantâneo estremecem silenciosamente para
se engolfarem nas tensões permanentes do oblívio: são estas ampliações
sensoriais que transformam os olhares incendiários em transmigradores do
mundo transhistórico____o acto de excriptar é-já uma tentativa de
desvendamento e de devoração minada adentro da vertigem da aceleração,
da retardança e das arrastaduras de todas as conexões codificadoras do
abismo tácito entre a dilatação dos entrecruzamentos das vozes dos povos
transumantes e o confronto com as forças animistas sentidas, reconstruidas,
corporificadas na ausência inebriante de câmaras obumbradas e na
inacessibilidade centrípeta que nos presentificam e nos fortalecem entre novas
esferas-imunológicas!

EXCRIPTAR é ser trespassado por sensações desorientadas, sem pontos de


partida, nem pontos de chegada, sem gráficos, sem coordenadas, enfrentar as
tessituras devastadoras-regeneradoras do estranho, arrostar o estrangeiro
desvairado, o exílio fulminado, absorvendo uma língua-sombriamente-língua,
uma língua de demências nómadas que está sempre por vir, sim, um
acontecimento transtornado, emaranhado, DESMANCHADO que diz-
ruminando por meio de uma miríade de ressonâncias afectivas-olhantes para
transformar a cronografia numa dança em suspensão a-histórica, sim, verter a
realidade com o ritmo impensado sem profecias: delírios geográficos vazadores
de caos irizados, de passados dilatados, de arrastamentos assintácticos, de
durações de fragmentos a-significantes: eis, a sedução atrabiliosa que nos leva
para as congeminações do subversivo, sem respostas, cheio de esfinges
impulsivas em retradução, assim, em conflito permanente, seremos dobrados,
crepitados, rutilados de imensas maneiras pelos planos vazios de tempo com
forças da solidão das labaredas sígnicas que buscam emancipações aéreas,
teceduras metamórficas onde o resplendor epidérmico bosqueja-se em si
próprio para jogar rapidamente e serodiamente dados agramaticais, infravisuais
cheios de desmesuras caológicas e de recolhimentos de um teatro-mímico(
composições de forças do acaso pontilhadas pelo perspectivismo do excesso):
resgatar vozes oraculares, golpeaduras arbitrárias num movimento
descentrado que abandona as referências num umbral ordenhado entre os
intervalos da vida e as morfologias do desaparecimento porque a soleira não é
a selvajaria do fronteiriço, é a modorra enlouquecida, é uma arquitectura
ameaçadora dentro das articulações do absurdo de quem sabe esperar as
volteaduras ontológicas: a transleitura em dissipação colérica, a síncope de
leituras-desleituras atravessam os crustáceos em recomeços incessantes,
refazem a força interior do texto por meio da colheita centrípeta, despenhada e
desligada dos deuses déspostas, das rédeas dolorosas da decomposição
compositiva, da desconstrução germinal onde o corpo do leitor arde
ulteriormente, é já o lugar do ofuscado arrebatamento, feito de sons valvulares,
de ruídos infiltrados, de apreensões sensórias, de afluentes difusos, de
interposições oblíquas, de oscilações desmanchadas, de des-focagens
coalescentes para se translocalizar e se expandir de órbita em órbita na pedra
electrocutada e decepada pelo instante inextinguível onde surgirão bifurcações
altíssimas, cruzamentos prodigiosos, eclipses povoadas, ajuntamentos
imprevistos, rupturas de liames estéreis, obliquidades menstruais, roborando,
aceirando as presenças fugidiças do frio em direcção aos espinhos do instável,
às lanternas da intersecção do paradoxo repletas de coexistências sanguíneas,
de descentramentos citadinos, de encruzilhadas remigradas porque o poema
não envolve apenas os olhos insondáveis de um outro fundo encarnado, verga,
prolonga também um olhar que nos escarifica em espaços moldáveis, em
ritmos desfocadores de fábulas escoadas na purificação do terror: são
extensões raiadas-intraduzíveis, aparecendo e desaparecendo na mandala das
expressões dispersas contra os alarmes da extenuação enfurecida dos povos,
sim, no alvoroço dos dedos escoa um texto de múltiplos excriptores sem
história, sem biografia na impossibilidade de dizer retorno-respirado nas fendas
da hemolinfa: as superfícies do corpo e as visageidades do espirito se
entrecruzam entre ritornelos inesperados e cartografias de sensações-tatuadas
que incorporam os infinitos deciframentos primitivos, as incomensuráveis
excriptas do mundo, porque a visão-sonora e viajante desaparecerá nos
tremores do rosto ao tangenciar a crueldade da extrema claridade entre
máquinas assombrosas de cristais que empurram as cordas bambas das
catedrais nocturnas( casulos em chamas transmutam a sazonação da boca-da-
palavra que mistura os ritmos metamórficos da língua nas vizindades
indiscerníveis da fala onde o silêncio das facas da excepção ascende às
épocas frias da mineração silábica sem amestramentos, nem oficinas:
deslizamento a suster o sangue cosmológico na respiração
putrefacta____afirmar a razão impura no acontecimento delirante da
decifração, a reviravolta infinita da incógnita rumina na língua até à bruxaria
que respira e bifurca a fabulação terrestre): exigir a enciclopédia das
durabilidades eternamente-vivas para captar a reactualização xamânica do
passado por meio dos diagramas do presente rumo à crisalidação dos
rasgamentos do futuro, afectado pelas disrupções do desterro das línguas
adentro da língua acontecimental, uma língua de relâmpagos a respirar
desabaladamente nas pedras, sim, tornar alucinante e singular os baques das
mutações das tecedeiras-hápticas sem objectivações porque a adivinhação se
traslada entre milhares de cabeças semióticas contra tremedais levíssimos(
saltos informes vibram em direcção aos balbuciamentos dos videntes): são os
bosquejos das coexistências, das zonas indiscerníveis, acósmicas e
contemplativas a retrocederem e adiantarem-se simultaneamente por dentro
das sombras revivificadas, dizem, atravessamentos despedaçados pela
delusão terminal da carnagem inóspita( instantes fundem-se nos insterstícios
da linguagem tensionada e catapultada pelo tempo sem movimento): tornar
intensamente complexas as forças altas da realidade, absorvendo geografias
do esquecimento que vibram nas rotas deslinhadas do insatisfazível, do
insaturável dos corpos apaixonados, carregados de magnitudes imensas, de
acasos-em-afirmadora-voltagem que combatem com vozes antigas o normótico
reactivo, porque se de-compõem por meio da luz pavorosa e inviscerada na
obscuridade, são gritos abertos aos próprios gritos, gritos evacuados, fendidos
na suspensão dos gritos, destruindo tudo que recusa os tentadores de
excriptas em transplantação indecifrável, sim, excriptar com a vida! Ao eliminar
o reconhecimento, absorve a interrupção do cântico alienígena, amplia as
paradoxalidades pantanosas através da memória-futuração, memória-mundo,
memória-sem-consciência que esculpe a insânia na infinidade dos
lampadários, nos movimentos dos corpos, no esmagamento dos mostos(
vadiar nas vertigens, trabalhar com o abismo por meio das forças brownianas):
reconfigurar e desconfigurar o olhar do ruflo inumano da existência que vê,
escuta os ritmos do incomensurável, vê e escuta o lugar da voracidade do
estranhamento antes de transler e atravessar o deserto da descodificação sem
passados, sem ecossistemas das formas: transbordar nas aprendizagens
intensivas, nas afecções a-sígnicas, problematizar, experimentar, delirar, abrir-
se, misturar-se adentro do mundo dobrado, des-bordado clandestinamente,
produzir cérebro-tempo nas idades sem idades e compreender cada vez mais
os esgrimistas estéticos espalhados na natureza, sem amestradores nem
ensinamentos mas contaminados por reviravoltas dementes, interfaces
ardentes, razões impuras criadoras de trapaças, de traves derrubadas e de
subversões agramaticais com couraças em fulminação (topologias intensas,
lisas, repletas de rombos cataclísmicos): urgência em inventar uma teia de
relações cosmogónicas onde os lobos solitários excriptam com e não sobre
porque são feitos de golpeaduras diabólicas que avocam o inominável, as
respirações abrasadas e levam as palavras das vésperas invaginadas até aos
alvos intangíveis: suas motareiras espetam transtornadas os pulmões da
multidão, as reentrâncias obscuras do corpo com a sede de expirarem, de se
esbulharem e de repulularem como auspícios respiradores do avesso repletos
de derradeiros hinos-ritornelos onde cada sopro é uma hecticidade do povo
abíssico, cada abjunção, cada intersecção sente a travessia da morte, a
escarificação do espaço, os rumos invertidos, as palavras perseguidas e
arrancadas da caça sinistra do real porque não escoram línguas maternas,
vivem em fugas ininterruptas, em irradiações rebatidas, em raptos de
musculaturas giratórias, de aparições desaparecidas evitando estacas
silabárias-cadavéricas____o nada surge no invisível alvitrado da linguagem, na
extrapolação do fogo e o grito da visão faz da esfinge um jogo interminável de
nocturnas assimetrias onde o excriptor viverá interiormente no LAHAR
caleidoscópico que o de-compõe goticamente, e com o sensível venenoso dos
signos resiste aos degraus pretéritos do estereótipo nas gretas urdidoras e
alucinantes da linguagem, contornando sustentáculos transitórios por meio de
removimentos de atracções, recusas, expansibilidades incompletas( punhais
desdobrados nos desforços em transposição abstracta, mundo das expressões
numa cavilha de devaneios): misturar os acontecimentos mercuriais das
memórias resplendentes e do desejo por meio de vértebras fora das esponjas
adentradas e resvaladas nos bofes batidos nos cataménios das palavras, sim,
há isocronismos entre os figos do pensamento e as plainas do corpo, sim, o
excriptor só é livre quando estremece e cria e se afecta pelas forças intensivas
dos velejadores do mundo num estranho, indeterminável processo involuntário
que o invade, o penetra, rasga entre as nervuras da vitalidade esfíngica e a
capacidade de absorver e esquecer os mapas do caos, resistindo pelo mar-
alto-dentro à persuadição inelutável da transcendência necrológica para
suportar o som da proximidade da babel no ângulo sufocado da palavra, nas
malhadeiras orbitais das secagens dos mortos e atravessar vitoriosamente,
violentamente o AQUERONTE: ultrapassar as trincheiras historicistas da forma,
bosquejar compulsivamente, impulsivamente com riscos inexactos os
remadores de estepes que tentam adivinhar a mutação da arquitectura
copuladora e os choques vertiginosos do poema nos galgamentos de cal com
brânquias à popa: a regerminação de composições ritmadas aproxima o
excriptor da catástrofe, saindo de si através da batalha cósmica do impensado,
do imperceptível que intersecciona simultaneamente radares cérebrais e
mundo escorrendo até ao movimento incessante do fora absoluto! Eis, o animal
de cartografias imanentes sem significações, feito de intercessores e de
hordas-phaneron das ralentações que tornam sensíveis as acoplagens das
matérias inábeis de gerar pensamento ao desmancharem as leis biográficas da
metafísica com as paradoxalidades contemplativas, espontâneas (soerguidos
novelos da desmesura animista, da grandura autopoiética que revolve
desabaladamente o caos cristalino das falas no espanto do indiscernível
defronte às infâmias rudimentares dos esforços intervalares na absorção do
verbo invasor do mundo: dizem: fundição espiritual no paradoxo do tempo, nas
reentrâncias do tempo): é a força indeterminada da reviravolta submersa, é a
viragem setentrional da invenção, é o assombro dos atractores aracnídeos, é a
golpeadura sem lugar contra as linhas da matéria inesperada que nos
transportam para as setas das incertezas, desestabilizando o já-dito com a
insurreição das palavras desaparecidas na contracção-distensão do rosto sem
rosto que confronta os átomos do silêncio que não assinalam a fluidez da
transposição do signo___dar velocidade ao eco da palavra que invade todos os
lugares em composição, em agitação, trazendo em si a infinitude do mundo
porque o ciclo cósmico vive fora dos eixos, vive das aparições acidentais onde
o poema é um recomeço jamais iniciado que se escapa, circunda sem limites,
sim, transborda os limites com o in-visível geometral do cérebro labiríntico em
transcodificação afectiva: aqui-agora: o corpo do excriptor é atravessado por
jogos de plasticidade sem denominações como se transformasse numa
multipartitura tímbrica entre sedimentos monstruosos e ressurgências de
hanseníases até à profusão desfrisada e irreflectida da febre do poema já-em-
desmoronamento, em transfiguração gesticulada pelo enxurro enervado dos
animais: estes intervalos musicais impulsionam os pulmões das tessituras
produzidas por minúsculos ritmos dos pontos cardeais e por interfaces
ondulatórios até ao fim-em-si entre milhares de trilhos, miríades de
probabilidades que se conectam ao acto de excriptar a matéria-espiritual,
fugindo aos desígnios trevosos do poder, à história determinista porque vive do
passado ampliado, espraiado e presentificado pelo futuro das matemáticas
resplandecentes de Bergson, sim, eliminar o nome dos processos-do-eterno-
retorno através dos vícios da loucura que faz corpo com o tempo onde as
máquinas convulsivas da inutilidade, da indefinibilidade, da indecifrabilidade e
do indiscernível se voltam sobre si-mesmas redizendo o caos, vasculhando as
fendas do infinito no quadro de EL GRECO , nas esculturas de BERNINI, nos
arrastamentos dançantes-guerreiros do FREVO, do MARACATU, nas danças
das fracções noctâmbulas e das ferroadas a-significantes: são forças
indomáveis do poema a navegarem no ALTO-MAR, forças suspensas nas
pontas relampagueantes que criam liames esbulhados, densidades
vaginiformes de espaços selváticos, sim, expandem limites, arrasam
referências, produzem anomalias, incitam mudanças no inesgotável da política
das superfícies fabricadoras de tempo, no hodierno-da-infinitude que se abre
ao mundo, negando filtros teleológicos e as sinopses das justezas finais! Sentir
simultaneamente adentro e fora de nós uma multidão bastarda respirada por
garras bizantinas para esculpir a cofragem da desrazão, a estrangeiridade do-
no mundo com milhares de bifurcações afectivas-vibráteis a combaterem as
vazaduras da morte na língua: contorcer os poros gravitacionais, as
soldaduras reclinadas da língua, sim, a língua convulsiona-se, aglomera-se,
escoa-se, vasculha-se, sobrevoa, tatua-se, escarifica-se numa tremenda
inseparabilidade, numa cosmicidade fascinante, BRUXULEANTE, compondo
superfícies sem delimitações, sem supereminências( bordaduras carnívoras na
velocidade mortífera e vivificadora das cassiopeias): atravessar orifícios com os
gestos da crueldade_____feixes ilocalizáveis das velocidades afectivas, o
corpo se constrói nos entre-tempos dos tumultos-regurgitadores, transbordando
e afirmando o afluxo turbulento da vida, dançar o espaço perfurado com toda a
invisibilidade relampejante do sensível!

O EXCRIPTOR pensa e inocula-se no impensável, no inesperado, no


imprevisível, vive em arquipélagos moventes, em curtos-circuitos do corpo
inobjectivável-interrogativo que se mistura com a adrenalina do mundo,
conquista o tempo selvaticamente, o instante escachoante que gera
imanentemente o instante e faz da vida um processamento de irrigações
cósmicas, caos-osmóticas, singularidades acósmicas, sim, suplanta-se com as
intensidades em risco e numa correnteza de reencontros virtuais, a alógica das
cataratas das sensações provoca choques acronológicos nas possibilidades-
das-queimaduras-pensantes, assim, a excripta acontece em recomeços
inesperáveis, em geometrias problemáticas porque uma força-da-vastidão-do-
LAHAR contamina ininterruptamente o corpo abdutor de uma memória
acoplada ao vivido-vivível com o caos crivado no abstracto da espiritualização
violenta do real: por isso o EXCRIPTOR-do-no-pensamento tem a urgência de
se transpor, extrapolar por meio de intuições geográficas, eliminando os
dualismos, mazdeísmos kantianos, as antropomorfizarções da realidade, as
razões da finitude, as filosofias mortificadas, agoniadas( levitante
assoalhamento assintáctico)!

O excriptor entra nos algoritmos matéricos conectados através de tempos


diferentes e de intensidades variáveis como um signo a-sígnico sem
compensações, sem referências: pensamento afectado pela magnitude das
superfícies de possibilidades paradoxais, dos terrenos movediços entre
profusas perspectivas e vidas-vivificadas-vivificantemente ábsonas-
consonantes ao traduzirem a realidade no inabordável, no inatingível, no
inacessível, sim, abrir a excripta à natureza dos acasos das lavouras das
temperaturas dos encontros sem intencionalidades, às expressões luculentas
não actualizadas, à cegueira-quase-visível, às acromalias das fugas sem
qualquer tipo de servidão( estralejar nas úlceras da palavra e escoar as
conflagrações já-proclinadas nos rompimentos mamíferos-vegetais-
geodésicos): aqui-agora, a excriptura devassa, quebra a amplitude das
percepções-quadrúpedes e se intervala simultaneamente nas larguezas dos
despenhadeiros do percebido e no bioma fosforescente do desejado com
estames tremendamente ressudados, sim, a excriptura sorve e esponja sempre
os ritmos da efervescência dos interstícios hesitantes vis-à-vis à presença da
inacessibilidade dos astros e do enigma transviado da duração como forças
primordiais do pensamento a defrontarem as penínsulas da liberdade infernal!

O excriptor é uma energia rugidora da vadiagem obscura que mina


ininterruptamente o dizer-respirante, a palavra ouriçada por meio de pororocas
de vontades escultoras do tempo com batidas germinais! Ele faz da língua uma
correnteza assustadoramente musical, um fluxo de pontilhações fabulatórias,
uma geologia compacta, convulsiva, vibradora de adjacências remotas, uma
língua em evasão-sedutora porque quimicamente persegue perseguindo
desarrumações placentárias ao expulsar e descerrar uma fala laminar que
esvoaça des-incrustada nos crivos apurados da escuridão porque o invisível
nada tem a ver com as ciladas da obscureza, o imperceptível nutre-se das
lacunas dos olhares latentes que tentam regressar ao silêncio por meio do
devaneio, da loucura, do delírio, da paixão: estas correntezas fazem parte
inumanamente do excriptor num caos acentrado, num labirinto sem formas
naturais porque enfrenta a pré-vida do acontecimento em devir, em ritornelo
contraditório( sublevação das antenas obsessoras, ilacrimáveis,
incomplacentes que trespassam venenosamente os encabeçamentos
intempestivos do poema): as ritmicidades renascentes implodem antes das
inflexões do corpo que povoa, mira, fortalece o tempo-de-fluxos-cortantes
cheios de estranhamentos dionisíacos, de teceduras metamórficas
infinitizadoras dos ecos agramaticais, dos desaprumos infravisuais, da
inacessibilidade estonteante, das contracturas cinestésicas mergulhadas na
antiguidade por vir, sim, o pré-corpo constituído de coexistências escaladoras-
proustianas dilatando vozes arbitrárias e laços das androfagias dos escarcéus
com malhas deduzidas nos salvatérios bailarinos da geologia, sim, são
transmutações dos instantes imperecíveis, de singularidades a-formais
positivas, estimulando as tangências do caos espiritual até às incursões do
intensivo, do acidente infinito adentro da própria excripta! Buscar a alcalinidade
do anónimo, os desregramentos dos compostos de forças das silabarias-
escoriadas: abandonar a lisura do saber para atalhar a volatilidade do mundo,
dançando no ferimento atrabilioso, recolhido e expandido selvaticamente no
anorgânico que se esquiva das sonolências das emoções, do martírio negador
do corpo, da narcose patologizada, do adestramento progressivo-consciencial,
evitando ininterruptamente a cremalheira de poder antropocêntrico,
amadurecido pela tremenda covardia existencial, pelas essências das lógicas
divinas-moralistas: dizem: natureza utilitarista: as mordeduras fantasmáticas
provocam saliências da impotência, palpitações confragosas de culpabilidades
nos gabinetes confessionários, transformando o animal-sacrificante num asilo
de binómios julgadores, expostos às serpes hierarquizadas!

EXCRIPTAR é urdir dilemas placentários-semantúrgicos incomensuráveis, é


cartografar interferências geodésicas, é tartamelear nas intersecções
repulsadas, é desvendar impiedosamente ARABESCOS nas foices das
caiadoras de cometas inalcançáveis_____acontecer soberanamente no corpo
hipnótico-jazzístico das medusas sem vigilâncias que absorvem expressões-
maracatus plantadoras de migrações clandestinas e de refúgios propiciatórios
de desaparecimentos arquejantes onde as escalas da correnteza dos resíduos
das línguas analfabetas arrepanham diferenças arteriais, obeliscos labirínticos,
transmutações siderúrgicas desmanteladas pelos olhares ancestrais-da-
agoridade que jamais abocarão a visibilidade completa dos minerais e dos
mordimentos-cartógrafos entre antropologias abertas às interrupções
polimórficas, às vazaduras reconfiguradoras de sentidos que defrontam o grito
indefinidamente variável nos núcleos proliferantes da tentativa das ex-criptas
dentro da inesgotabilidade do real (nos rituais dos desertores hipnógenos há
círculos de corvos assopradores de caligrafias obsessivas, há pactos
incumpridos, há forças cruéis do circunjacente onde se levantam, catapultam
micropercepções faiscadoras de instabilidades ininterruptas, micropercepções
em movimentação disjuntiva, em misturas ecoantes-in-corpóreas sem sujeito:
dizem: materializar-espiritualmente os rumores das perspectivas panteístas
entre a gravitação de ex-criptas sem destinação e as re-ligações infindáveis
das naus balbuciantes que ressoam hiperboreamente nas mortalhas
cruzadoras de cabeças-obscuríssimas-delirantes): contrapontos, trilhos
abismáticos asseveram a pulsação da vida, negam as cláusulas das heranças
da penúria, vivem o entendimento fulmíneo do caos que se perde nas bordas
rítmicas de si-mesmo, vivem o in-táctil ondulatório que bate nas devotações
oraculares do corpos-do-outro, vivem ocultamente o inóspito que se desenha
pelas abundâncias dos mapas dilacerados: as animalidades não suportam
manterem-se permanentemente na mesma queda vocal, são ritornelos
desbravadores das germinações obsessivas, tudo se abre nesse retorno
impulsionado pelos afectos erráticos em rotação temerária, pelas expressões
dos dicionários febris que se avivam nas zonas de passagem das superfícies-
profundas surfadas pelos acontecimentos-fulcros da existência, pelos climas
dos pensamentos-geógrafos, tudo sobe às gradações das superfícies por meio
das transversalidades, das éticas das revoltas irreferenciáveis: tudo se
demuda, retransforma se cria, recria, se insurge contra tudo que denega as
marchas da vida( silêncio da luminosidade, revelação distorcida, obscuras
nervuras adento do precipício resplandecente)____a palavra poética sai dos
bagaços das cavernas neuróticas, das verticalidades afuniladoras, sim, o
excriptor tenta escapar ao mecanismo da recognição espinal por meio de
instantes das limalhas sígnicas fervilhantes que passam desavindas, e se
actualizam nas vizinhanças analfabetas conectando os acasos tocadores da
vida para se actualizarem na consumação-inacabada dos estuques do tempo e
se redimensionarem entre o passado contemporâneo das caligrafias, das
vozearias decifradoras do sangue sem espécies, coexistindo-se, preexistindo-
se na rota das possibilidades da futurição onde uma espadana de alcances
titubeia atroçoada pela fecundidade do silêncio _____o louco mergulho da
quase-desídia faz retornar a excripta às superfícies zoológicas onde as forças
centrípetas se transvertem em forças centrifugas e os pensamentos retornam
despenhados pelos delírios oblíquos que modificam desabaladamente a
relação com os teoremas inexplicáveis, os meteoros da vida apinhada de
sentidos cranianos-sumptuosos, procurando as traduções das intensidades, as
potências afectadoras e afectadas por uma miríade de novos atravessamentos
corporais, novas ritmicidades indomáveis, problematizadoras de pentagramas
existenciais entre movimentos desejantes e encontros pontilhados pela
noologia-geofilosófica: o poema salta implacavelmente até à sagacidade dos
electrochoques impessoais, à sublimidade sem consciência, ausente de
objectos e perfura-se por afluências infinitas que fundem a língua nas
bifurcações da palavra, a simultaneidade na diacronia, o oxigénio do conteúdo
no estilo da expressão: aqui-agora: o eterno retorno faz das volteaduras da
reiteração uma força de intensões futuríveis-sígnicas que resistem à
memoração-passadista através dos feixes da concomitância intermitente, da
experimentação espiralada da metamorfose completa: nestas correntezas
enérgicas e ininterruptas, tudo jorra, invade, irrompe, sem a fatalidade histórica
mas com instantes em actualização permanente, afirmando a multidão
extasiada da vida, desligada de ariadnes-patologizadas e de antropomorfismos
fantasmagóricos, desferindo o perspectivismo dionisíaco-nómada do mundo,
antecipando as sibilas da intersecção do inexistente, misturando
indomavelmente sensações e movimento ascensional num fluxo paradoxal
onde as agulharias singulares da assintaxia, da agramaticalidade ouvidora dos
pólipos estéticos do mundo enlouquecem-se adentro do corpo ruminante em
tremulação, do corpo-poema sem utilidade-matricial, sem teorias
representativas, sem amestramentos, sem oficinas hipertrofiadas, sim, a
oscilação torácica dos leitores-cegos eclode nos limites estilizados do excesso
da suas próprias reinvenções: escorar as felosas abíssicas e exigir o
inexequível para vasculhar os respiramentos das serpentes, os rombos das
anatomias entreabertas e os chifres das palavras extintas sem movimentos
incindidos nas artérias hipnóticas, escutam os dedos intensos da excriptura nos
itinerários incomuns-demenciais, na escavação do adverso da própria língua,
proliferando fracções atléticas-abruptas, repletas de devires destruidores de
rostificações vitimizantes___uma gigantesca membrana cresce por dentro do
poema como um rasgão ressecado nas radiâncias calcárias de uma voz sem
gárgulas!

Excriptar imperceptivelmente com os alvéolos das escavações medulares,


chacoalhando as malhadeiras dos bestiários entre golpes venosos e bocas
enxameadas pelas queimaduras dos espasmos cerebrais: aqui-agora: as
sanguessugas fundentes assinalam as catástrofes necessárias aos rastros das
metástases da palavra em recomeço contínuo (sorvedouros arteriais com
labaredas rítmicas): nervos obscuros-ascensíveis tentam estancar as
truculências da língua com as enciclopédias vitícolas que se garatujam por
meio de falanges prenhes de urtigas giratórias e nas incertezas das
invaginações-silabárias os instantes do espanto serão sempre uma vigília das
cartomantes! Fucros-a-significantes da natureza impulsam as experimentações
das palavras quase-suicidas que magnificam as forças paradoxais das
sensações sem catálogos: são re-existências do corpo-vivo, são urdumes
imprevisivelmente i-emergidos nas violências de infinitização conceptual, de
multidimensionalidades ondulatórias que transpõem as tendências, as
propensões de racionalizar puramente o entendível, a visão-devastada, a
intelecção golfada( o poema estrangula sempre o leitor, resiste sempre às
transleituras) é um animal ritmável de cronotopias, de heterotopias
desterritorializadas, é um corpo não pensável possivelmente quase-pensável
adentro das fendas multilinguísticas, criando desequilíbrios plurivocálicos,
sensibilidades desconhecidas, expressões magnéticas, linguagens HIBRIDAS
que enfrentam a solidão absoluta, os desterros internos das incendiadas
melancolias, as ressonâncias das úlceras sintácticas que se contaminam
criativamente entre planos multiformes feitos de correntezas magas, de
estranhamentos das teceduras das palavras em dilaceração, procurando a
força disruptora do pensamento para eliminar as pessoalidades logicizadoras(
as ameaças das forças dos imprevistos, dos inesperados são rasgamentos
ininterruptos e as relações escoantes, as fricções de forças jugulares que
removem os eixos do poema-terra-corpo, forçam a epinefrina das vigílias da
palavra a metamorfosear-se, a dilatar-se, a disseminar-se, a recolher-se,
despedaçando novamente por dentro o sensório-motor da obra-imortal por
meio de contexturas afectivas, das composições do corpo entre o
espalhamento sígnico de outros corpos encambados nos vigores das agripnias
e tudo se descondensará até aos arrastos dos epicentros panorâmicos, às
espáduas do anorgânico nómada, ao aformal dos estímulos incontroláveis dos
diagramas da natureza, sim, emitir tremendamente gretas-vivas nas
traçaduras sem as foices do relevo e com linhas tensionadas entre a
complexão dos confrontos membranares e o ritmo silencioso do estilo das
crepitações onde o espírito contradiz a matéria ao emancipá-la por meio de
arroubamentos caleidoscópicos da duração afirmativa e contemplativa da vida:
aqui-agora: se infinitiza os ecos agramaticais das transfigurações magnéticas,
das contracturas sinestésicas, repletas de traços abismados, de acasos
conflituantes, porque os outros de nós-mesmos se extrapassam
absolutamente, levinamente___toda as levadas constroem estonteamentos
pollokianos, expansibilidades das vizinhanças bruxas que retraçam os corpos-
leitores-buscadores de lances de amência, duplicadora do caos, de desertos
que vivem interiormente no fora que desforma o excriptor entre
atravessamentos de regerminações do mundo e as línguas exiladas do seu
ecossistema, assim, nos abriremos à infinitude heraclitiana das forças-da-
natureza, à vastidão incomensurável e des-contínua porque estar nos
respiradores do poema é permanecer inatingível, ininteligível, escapando e
desaparecendo nas atmosferas do saber das incertezas, sim, estar no poema é
também sentir partituras de ritornelos, interfaces ondulatórios, a necessidade
do nada, sim, procurar as corpulências purpúreas dos acasos e abrir-se aos
orifícios do anónimo por meio de vias intensas-diabólicas-vampiras e de
esferas de interacções-raiadas pelas transfronteiras das mandalas sibilantes:
os enunciados indecidíveis de Tarski, os átomos lucrecianos, os recomeços
antagónicos de Lupasco, os Themata de Holton, os paradoxos de Russel-
GODEL,a inseparabilidade-separável de Bohr, a autoprodução de Muturama-
Vilela, os circuitos tetratológicos de Prigogine, os circuitos recursivos de
Foerster, os acasos e as ciências de Mond absorvem o tempo-futuro de
SWANN-Proust_____viver adentro dos fôlegos do LAHAR, no sentido da
electricidade do a-lógico, nas tensões dos corpos-limite, no inexprimível
libertador de singularidades autopoiéticas: nas superfícies de acontecimentos
estéticos, o poema destrói as gangrenas do euismo, dessubstancializa o
mundo egóico porque vive em arroios de delírios, em blocos repentinamente
impensáveis, na pura víscera do pensamento atravessado por curto-circuitos
de NÃO-imagens e de movimentos-dobradores-de-vidas que não suportam o
sedentarismo e faz o excriptor desabitar-torcer a palavra pelo meio flutuante
das partículas abstractas( portento demoníaco cheio de harpas melancólicas):
tudo age sobre as faíscas do mundo, tudo emerge cruelmente sem criação de
sujeitos( veemências de entre-tempos da ética perdurável dos corpos
exceptuados e inexistentes mas quebradores mandibulares de formas: desejo
inconsciente da vida sem as dialécticas das hiperplasias hominídeas): os cultos
da morte, das transfusões martirológicas não sustêm os algoritmos
embruxados, os desagrilhoamentos do criativo-afectivo que labuta com a
carnadura a-centrada do abismo, sim, são inimigos da incarbonização da ética,
das singraduras dos acontecimentos anatómicos-estéticos, assim, o excriptor
desabriga-se na morada da voz-incomunicável e abre-se simultaneamente à
maravilha browniana de estar-do-no-mundo-sem-rosto, sem os cornos da
consciência, sem a jubilação da fantasmagoria, sem os diademas das
servidões, sem os domínios das permanências: vede, a arte acontecimental do
escriptor-múltiplo na incisura simultânea do inexistente e do absurdo: força
contemplativa do caos sem tempos sucessivos onde a luz do lapso se mistura
com o cristal fazendo dos instantes crepusculares uma justaposição
inexplicável, um larvar-animista!

Um coro de acontecimentos vampirescamente umbilicais fora das exposições


de fagulhas hierarquizadas: o texto-pentatónico se desvia da língua expiatória
para mergulhar no rasgamento dissemelhante das expressões coalescentes,
nos holomovimentos vibratórios que desembocam nas carrancas do ALÓGICO,
nas vértebras da capacidade de produzir existência, nas quebraturas
cartográficas dos des-povoados corporais: as forças desmoronam os olhares
adversos do leitor mostrando as oscilações das infinitudes afectivas que
catapultam outras forças alvéolares entre os sons das imaginações invasivas
do real e os úteros de semióticas tumultuosas, sim, o silêncio revela o
afogamento, circunda e atravessa a anamnésia espontânea da palavra: os
ânulos do silêncio sempre geraram alfabetos mutantes no espaço-tempo sem
gramática, sem sina baptismal! Tentar excriptar no turbilhão miraculado da
matéria porque a necessidade dos venábulos das lunações atravessa o corpo
com desassossegos universais, sim, as excriptas sanguíneas no olho
vocabular do exílio, nas fendas sinápticas, no estendal das vizinhanças
diagonais (tudo entra pelo meio circulante e respirado)! Sentir todas as
travessias dos halos do absurdo, ecoados num tempo intensíssimo, num
boomerangue de tempos cristalinos onde a emancipação tecidular é diabólica
perante as estacas vocais cosidas pelas unhas hidráulicas da claridade e o
movimento se envolve no movimento para que o intermezzo da palavra se
suicide dentro de si próprio ao arriscar em dizer o que não se pode aferrolhar
perante a imagem espontânea do tempo, sim, a pontada da língua que a
acolheu entre memórias-ontológicas causticou-se, desejando-a
ininterruptamente, fundando novamente o tempo através da reminiscência
glandular e do rapto dos instantes enredados-balbuciantes: o azougue da voz
silencia-se nas profundezas da fala do estrangeiro tremendamente fora da
percepção, os galhos da voz absorvem a palavra que carrega a morte opulenta
porque a imobilidade verdadeira da boca é o tempo respiradamente puro a
desfocar-se nas cartografias ardentes do inesperado sem testemunhas
metafóricas: mancha da estrangulação a sobressair, a fulgurar no veneno
musical !

O excriptor se redescobre nos vestígios das penumbras de uma rosa-


molecular, nas ressonâncias dos asteróides de enxofre, nos flancos corporais,
no jogo das indiscernibilidades com o mundo, subvertendo as versões
meteorológicas e heterológicas do mundo, põe em riscadura serpeante toda a
linguagem que relampeja nas superfícies profundas do corpo vortilhonado, sim,
traduz o ilegível des-vidrado com a tremenda cabeça-dianteira que se religa ao
informe e paradoxalmente lança-se para aventura sísmica do desconhecido
ofuscante por meio do arrasto das sombras sem espelhamentos, alimentando-
se da dúvida fulcral, da incerteza sulfurosa, sim, soltar amarras descomunais,
desatravancar poros uranoscópicos, ouvidos artesianos e viver do magnetismo
do entre-texto e do pré-texto que são rompeduras secretas criptografadas,
cifradas, obscurecidas, incompreensíveis, sim, são rasgaduras e enxertaduras
assombrosamente sem metafísicas, sem alvos pulmonares mas com bruxos-
signos-evidentes na suas equivocidades críticas que não pronunciam, mas
espionam e vigiam o pensamento invertido em movimento numa pluralidade
infinita, sim, arrancar o in-criado às enfurecidas ciências terrestres e tracejar
proximidades transversais captadoras de espontaneidades positivas da matéria
fora das simetrias, sim, fugir à solução de campos problemáticos com
pálpebras transatlânticas: a potência de afecções não menoscaba as
diferenças, nem as forças abaladoras que perpetuam as áscuas dos instantes,
arrasta-sim a cor ecoante dos vermes-silábicos que são tacteados por meio da
ablepsia do leitor-de-desertos, das concavidades das estepes e acoplado às
energias espasmódicas-atmosféricas que fundam laços das astronomias
errantes entre linhas nómadas-estelares e tentativas de construções de lugares
insondáveis_____são os movimentos ondulantes dos enunciados
heteronómicos que absorvem os subterrâneos das superfícies da estética
mutante do desejo dos trans-textos estóicos-sazonados e os fluxos dos torsos
dos ofícios des-membram-se nos mónadas ao perfurarem abecedários
agramaticais, vagas pululantes, encurvas e desdobras sem prismas onde as
memórias aquáticas-em-futuração se refazem nas cissuras bizantinas, nas
riscas emaranhadas, percorrendo o insonoro das visibilidades invisíveis porque
não escoram a serventia orgânica, vivem do cérebro-geometral e da histeria
transcodificadora, sim, trilhar o não acalcanhado por meio de mergulhadores da
matéria diastólica que enfrentam sempre um corpo em surgimento imprevisível
e povoado de outras des-aparições, de átomos desabaladamente imprecisos
entre o real abstracto-aformal e as velocidades infinitas dos pensamentos, sim,
presentificar o tempo-acidental, cravar o tempo nadador no corpo, repetindo o
caos para destruir solipsismos e guetizações psicológicas: a força íngreme que
nos incita a pensar, incorpora a excripta no resvaladio, no incorporal, na
funçanata, no delírio, no mudável multilinguista, porque a língua não faz parte
do pneuma idiomático, a língua é das geografias-cartografias por vir, das
ínsulas, dos arquipélagos, das cavernas viventes, das ressonâncias da vontade
intensa dos povos migradores-SAZONADOS onde a palavra acontece na
carnadura abrasada que espera pelo grito esbracejado, o grito dos
intercessores alveolares entre o saberes órfãos sem virgindades e as artes dos
vórtices.
O excriptor é uma multidão feita de dádivas andarilhadas, de saltos
demoradamente funâmbulos, de sobressaltos do dançarino enfeitiçado pelo
estilo das bestas, das animalidades que fazem do corpo um assopro em
confrontação com o devir das esquírolas (o sangue implode na boca alumiada,
as caças penduradas nos limites autónomos das voragens: dizem: navalhas
vitriólicas entre a punção dos abismos e o induzimento da carnagem, tudo
resgatará as angulações da limalha indevota perante a refracção dos enliços
efabuladores: são escápulas prodigiosamente encalamistradas adentro das
onomatopeias de uma travessia hemisférica). O seu corpo metamórfico se
deforma, se trespassa e se estimula por meio de dobras variegadas, busca os
acasos infernais, abre-se ao anónimo das criaturas, aos lances dos voluteares
baptismais, luta contra as varas centrífugas do destino e resiste às buzaranhas
dos cativeiros dos deuses, explorando as artesanias do infinito, a obscuridade,
o ilimitado das vernações! Faz da reacção das úlceras da língua um esboço
cartográfico de conexões, um roubo de cruzamentos, um punhado vertebral de
interferências, um sorvedouro de contaminações em permanente incitação de
animais absolutos ____as batidas das decifrações carbonizadas pelos arcos da
animalidade faz da tatuagem da memória corporal um cristal sonoro do tempo,
uma dança infinita de consoantes vertiginosas e de vogais crispadas em
electrocução por meio do deslocamento das memórias vadias: são já placentas
antropofágicas, corpos submergidos nas malhas galopantes, polimorfas,
violentas, desviando, desentranhando gestos adentro do inesperado
bruxuleante para afirmar as cicatrizes do caos e sacudir assombrações
superlativas porque os abalos necrosados sempre atearam, enxamearam
simulacros astrofísicos entre traços selváticos do anjo exterminador de Buñuel.

O excriptor esculpe os bafos da matéria e é esculpido por essa matéria


bifurcada, sim, entretalha as qualidades não actualizadas das esfinges que o
persegue, porque em cada descida SISIFIANA, a musicalidade institual o
expulsa para cegueira cintilante, entrando no mundo-em-si-mesmo para
desagregar epistemologicamente os olhares da encarnação e acontecer na
hibridização feita de exílios sarilhados entre as experimentações geológicas e
os raptos timbrados da língua em fuga( escaldadura cerebral a reinaugurar o
prodígio das medulas astrológicas): defrontar abismos alienígenas, tangenciar
a fascinação dos recomeços sígnicos em rotação abismática, trançar os
espaços inoxidáveis das palavras com os brilhos cardíacos dos bichos ainda
arriçados pelas luminescências globulosas das cipoadas dos orifícios
apinhados de átomos-quartzos quase gramaticais: o excriptor destrói
ininterruptamente as bordas dos rostos reactivos que o invadem porque é
ritmado pela cosmovisão-mundo dos alfabetos obscuros, é atravessado pela
fundição decifradora da vida-desejante, das arquitecturas labirínticas, sim,
sangue devorado das excriptas que exploram as guelras dos contrastes,
acatam o tempo dos mananciais, cartografam, entrelaçam o tempo puro,
recusando as voltagens das finitudes, percorrendo as engenharias das
interrupções, hiatos em transmutação ininterrupta _______o EXCRIPTOR está
a-centrado na força atmosférica-molecular, no pensamento dançante, no
pensamento impremeditado, escarificado pela imensidade do fora-LAHAR,
pelas epifanias de uma animal-cantante-do-chamamento e nas suspensões
carbónicas do mundo sorve os ciclos da luz-sombria, mergulha na
multiplicidade inominável das constelações cromáticas, na experimentação das
traçaduras refractárias, busca as tensões das direcções não desfolhadas,
escuta o que não pode repercutir, corta as laçadas dos artefactos que
interseccionam as semeaduras-minerais das palavras, porque a obscureza do
poema contamina-se por outra penumbra em desescrita, em transfiguração
artesanal, em transposição dentro de uma possível fala-ex-crita-esponja que
tenta traduzir os ecos dos assombros da anterioridade temporal onde não há
construções folhosas, nem verdades do tempo mas animalidades-textuais com
cartilagens-devenir e tudo acontece por detrás do quase-nomeável,
desrespeitando cronografias com as ritmicidades dos êxtases fulgentes que
suspendem o excriptor nas descodificações sígnicas, na incompletude
acústica, nos povoamentos de vozes inauditas, nos jogos das dubiezes, na
atracção de uma língua dessabida entre espaços inesgotáveis e o
ultrapassamento em si-mesma: criar deslocações violentas, amígdalas em
ascensão, o distúrbio da sintaxe, desvios hilariantes, viver e desaparecer
persistentemente, simultaneamente entre relações inexplicáveis das possíveis
percepções sem grandezas exactas e o corpo-poema veiculador de insânias e
de realidades afirmativas que escorregam nos ecossistemas silenciosos do
pensamento( tentar atravessar a ressonância histérica da plenitude
acontecimental): tudo se dissolve por meio de forças vivificadoras, das
incarnações das falhas-indizíveis onde outras falas anárquicas feitas de
palavras arrebatadas, de espaços lisamente estriados, afogueiam
incessantemente os ombros do mundo, refazendo as baforadas do infinito, os
alicerces descentralizados, a matéria irregular por meio do espanto das
dissoluções das fronteiras, do embaralhamento dos signos, das sinestesias
misturadoras de energias críticas-noéticas-estéticas-corporais-espirituais,
sempre varadas pela incomensurabilidade da experimentação sensorial, do
enigma intruso, irresolúvel e de tudo o que não se pode dizer entre tempos
coexistentes, impermanências e lugares ignorados pela soletração dos casulos
da palavra______assim, o excriptor se religa ao fora feito de goivas de
adentros, de dimensões movediças, acentradas, sem hierarquias onde uma
infinidade de intensas percepções heterogéneas se conectam aos fluxos
incessantemente diferentes, construindo travessias em dispersão e em
dissolvência, irrompendo, rupturando os tóraxes das percepções porque entre
as flexuosidades do texto e o olhar-substantivo há o feiticeiro lapso de um
corpo-interrogado-desértico onde a sombra plenária obscurece através dos
insectos da revelação: uma transparência devoradamente turbada relembrando
Goethe, sim, o excriptor percebe a diferença da diferença do texto quando
acontece a desleitura em séries de um ritornelo portador de superfícies infinitas
e ameaçadoras de discrepâncias botânicas: esta errância por excesso
purificado provoca a ressurreição dos trópicos das línguas, a reaparição do
biorritmo exaltado das línguas porque perceber esteticamente as coagulações,
os respiradouros, os alimentos refulgentes, o sangue diamantífero do animal-
poema é jamais pertencer, é tecer um plano do olhar em tremendo risco
indecifrável com buracos multiperceptivos sem objectividades, sim, o poema
nunca faz parte dos territórios da pertença e o olhar afasta-se do corpo e
problematiza a tessitura-texto por meio de várias correntezas de línguas
adentro de uma mesma língua extasiadíssima, transbordando alvos sem
rasgaduras completas, assim, o excriptor interrompe o circuito do mundo com a
palavra em retracção, em recolhimento que tenta singularizar a memória devir,
sim, a palavra com impuros lavradios vive no esquecimento do saber, a palavra
procura o incêndio da sua própria biblioteca-cósmica, porque se coloca no
habitat-extraordinário, nas febres transgeográficas, isto é, desliza no risco
permanente, na ulceração criativa dos modos absolutos, na convulsividade da
produção de-si-mesma que é capacidade de existir em transbordância
silenciosa, são zonas fragmentárias do mapa sem memória_____palavra-
maga, desvairada, anamórfica, adversa, ataca os rastos combinatórios do
mundo, cria reviravolta nos apoastros do excriptor, levando-o para as gretas
das expressões sem utensílios, para as raias assintácticas, para as
musicalidades explosivas, defrontando vibrantemente os diafragmas da língua
materna, a voz intocável da mãe por meio de imperceptibilidades canibalizadas
entre oscilações fabulatórias, travessias heterotópicas e durações infinitas dos
dramas dançantes de uma boca esdrúxula-câncional,sim, abolir escrituras com
as gengivas afastadas dos idiomas, procurar rumores dos rumores focalizados
nos golpes obsessivos de mundos sensíveis, microscópicos em contínua
interrogação uivante, sim, escutar o tempo indizível do arrancamento da língua,
frontear a solidão do balbuciamento topológico que tenta recuperar as línguas
extintas entre estremaduras moventes e fêmeas incalculáveis que reaparecem
e se dissolvem simultaneamente numa realidade sem rosto, numa realidade
produtora de espaços intensivos, de memórias indistintas sobressaltadas sob a
escolha emaranhada de estremeções escoadoras de antecâmeras, sim, o
poema rasga a invisibilidade do corpo e provoca escoriação ininteligível,
golpeadura indiferenciada porque não suporta pertencer ao plenário de
nenhuma língua, vive do vasto oceano de sonoridades comburentes, da
exaltação dos entrelaçamentos arteriais, das transversalidades estilísticas, das
vizinhanças turbulentas, embriagadas que desamparam as laranjas abissais da
percepção entre expansões anatómicas infinitas e os salitres das inundações
de itinerários que extravasam as linhas da dança corporal com as letras das
abrasaduras clandestinas, fazendo do corpo um mosaico resplandecente, uma
força de expressões assombrosas, de semióticas intensivas: palavras
transbordantes navegam nos rompimentos espélhicos do mundo, nos
pontilhismos das dobraduras do mundo, nos furores centrípetos do
inconsciente, nas cartografias vitalizadas que nos fazem ter-acoplar distâncias
de processos acósmicos onde o esquecimento é buscado, sondado pela visão
da visão indeterminável das pedrarias que se dissipam, se passam,
transportando-nos ao silêncio lenhador de realidades irrepresentáveis e
desabaladamente, inesperadamente in-compreensíveis! Realidades das
naturezas-excriptoras que se autoreproduzem sem expectativas porque
dançam na passagem aformal do acontecimento, acompridando o tempo
coexistente, o tempo durável em si-por-si( poema)!

Esculpir-absorver bruscamente as hemoglobinas voltaicas, as cegueiras


centrípetas, as alumiações sangrentas, as fibras intuitivas da palavra poética e
atravessar o pensamento luciferino da vulva ígnea das alpinistas-botânicas
onde as paixões dos dedos e os sopros cardíacos intransponíveis, fracturam os
sentidos escorregadiços da percepção fascinadora do abismo entre as
peugadas epifânicas, as ossaturas mutantes das geografias incompletas e
imensamente vertiginosas, oh analfabeta pulsação da hialurgia ascensional
com brônquios inexpugnáveis a tocar por dentro os alumiamentos abruptos das
serapilheiras sintácticas: são matemáticas indecifráveis com infusos
hemisférios nas radiações dos gatázios sémicos a fazerem da revivescência o
crime lírico sob as feridas destoantes da língua arrancada à língua como uma
gigantesca vírgula cristalina desferida na morfologia arrebatada pela
antecedência de si-própria: sentir o magnetismo das alucinantes sombras dos
crematórios-linguísticos que desvelam o imperceptível na visiva composta de
cabeças intácteis, sim, é um écran da fenda substancial do caos que caotiza
aprendizagens adverbiais e nos transporta para a remastigação das grandezas
movíveis( metamorfose nómada empurrando tatuagens do insulamento
multíplice entre arenas inundadas por rupturas em aceleração
retardada____raios cinescópios serão sempre inconclusivos e varados entre
vogais electrocutadas por outras vogais; basta um ouvido para trabalhar o
profano lobular e o inebriamento jugular se dá nos vocabulários da
transparência do avesso cheio de artesanias____sangue musical cruza
cegamente os fusíveis mortíferos da madeira onde uma alimária com cutelos
idiomáticos, transborda, rebenta de atmosferas azulejadas para tentar
demonstrar que a infância é um girassol improfundável, diabólico a atordoar, a
embriagar ininterruptamente a desocultação do mundo ): o excriptor deseja
tremulamente o delírio da linguagem mas não se ajusta ao seu sangue-
proditório por isso tudo resplandece no analfabetismo criativo da leitura
em derrelição, fazer do sepultamento da palavra a autonomia perplexa do
poema, o mapeamento autónomo do animal ritmável: corporificar o silêncio
da a-gramática crua do mundo onde ressurgem as línguas sem
desvendamento e sem ocultação mandibular: esponjar as tensões da
visibilidade intersticial que experimenta o espaço extravasado, distorcendo,
mutilando no incomensurável as prevalências-dizentes e os destinatários da
agnição( sedimentos abecedários lampejam na abolição avulsa do exercício
calígrafo): a pulverização retorna sempre às respostas impossíveis por meios
plagiotrópicos de infinitas variantes ritmáveis onde a tremenda cegueira
atravessa o excriptor que perfura o colosso inamanipulável da língua,
transformando-se permanentemente num estrangeiro órfico com razões
devassas reconfiguradoras de sentidos sem mapas em estrangulamento: são
os lacraus dos corpos-vivos, imprevisivelmente i-emergidos na solidão
absoluta, nos exílios internos que disseminam as quebraturas das expressões
através dos estímulos irrefreáveis das atmosferas caleidoscópicas( expulsão e
retenção dos fusíveis do vazio): são ricochetes do transplante erótico
improvisado pela coluvião de vozes oraculares: antecâmeras de impossíveis
vozes descentradas estrangulam rastos estriados para além dos destroços das
estilizações navegacionáveis: o passado desagrega os olhares na sua
extremidade suspensa e o presente poemático é atravessado pela
antecedência devastadora do devir-alveolar que jamais nos arremessará a
transparência e a obscuridade absolutas, tudo é arrastado pela violência
varacional da efracção dos sentidos que não se deixam impregnar,
extravertendo as espacialidades das palavras atlânticas para se anteciparem,
retomarem o movimento vazador do texto incalculável e adivinhar os jogos
permutatórios do mundo sem ortografias! É a estética da redobra em
avalanche, e o excriptor de alfabetos abandonados desaparece continuamente
ao tentar sobrenomear os atravessamentos das matrizes do poema na
subversão vibratória das fronteiras, torna-se uma multidão de polissemias
incógnitas da própria linguagem, porque as potências dos denodamentos da
palavras são incisões eternas do devir-pansemiótico, são forças de lugares
simultâneos onde a voz é destruída pelo grito etimológico, na possibilidade da
fala ecológica dum tempo de rupturas irreconhecíveis! A palavra é uma osmose
atractiva que oculta, desliza e arremessa as extremidades dos caminhos
labirínticos entre viscosidades arrastadoras e outros alfabetos líquidos
carregados de absolescências, de cinetismos sumérios(sim, repercutir): o
EXCRIPTOR é resultado perscrutador dos jogos de forças diagramáticas, das
fricções intertextuais de todas as artes, de todas as ciências, das retraduções
afectivas que retraçam as topologias dos corpos infinitizadores de
metamorfoses rasurantes, inconstâncias de mundos abarcados nas
plasticidades de outros mundos adentro do próprio mundo em profligação
desmedida: síncopes das expressões envolvidas na sinestesia rápida das
expressões oceânicas, das sinapses murmurantes que buscam o estado
emergente do inacessível entre sombras incicatrizáveis das tonalidades da
memória-geodésica, do espanto, do drama, do transe, do êxtase, construindo
tensões nos olhares-corporais com o nomadismo acústico do desastre-
regenerador-de-travessias cinemacromáticas: são fissuras, desvios,
demências, transmudações porque há sempre a busca permanente das
palavras-dos-umbrais perante as estridências moleculares da revivificação-
necróptica das línguas, sim o EXCRIPTOR nunca as recupera, as depara, por
isso vive nas acrobacias ulcerativas, no inacabado infernal, na potência da
interrupção, na paradoxalidade demoníaca, no misantropismo pantanoso
porque tenta chegar ao outro-indecifrável por meio da obscuridade, do ilimitado
reconfigurando e desconfigurando o olhar-olhado que contempla as letras
suspensas sem rosto antes de ler as intersecções da crueldade teátrica,
recusando a soberania do mundo: sonoridade do silêncio criptografado pelas
curandeiras incandescentes do improfundável onde o ritmo do sensórium da
heterogénese rebenta na aderência trepidante das ruínas lunaticamente
incessáveis onde a língua tacteante faz do arrancamento refractário o alicerce
da imanência absoluta, sim, são ritmos cataclísmicos de polissemias imensas,
são choques albuginosos a navegarem nos interstícios arrebatados dos textos-
animais, eles fazem parte das quebraduras da progressão visual, são baques
dialógicos, fractalizações das interfaces, anamorfoses dos tautocronismos,
abismos neurológicos, velocidades-lentas, hibridizações, multiespécies a
escaparem ao tremendo silêncio do mundo entre energias não mensuráveis e
tatuagens diagonais em des-povoamento______quando lemos um texto
atravessado por singularidades estéticas, sentimos que a abaladura da
penumbra-alabastrina das multidões do universo não tem cronografia, ela é
feita de parataxes das escarificações repentinas, de epifanias da animalidade
ritmável, de serendipitias cibernéticas, de cosmicidades esfíngicas, de e-
imigrações psicodélicas, de violências silenciosas que estão sempre nas
RAIAS gésticas das artes, presentificando a saída dos eixos sígnicos
infinitizados adentro do mundo antes do seu surgimento, preservando,
capturando os ritmos afectivos e singularmente múltiplos depois dos
catalisadores da desaparição entre coros extremos do acaso: a desescrita e a
desleitura tornam-se reconhecíveis quando acontecem nas fricções sonoras da
inexistência e da putrescência (penetrar no assombroso do sensível, na
matéria-prima das devorações dos mosaicos-do-comum-animista porque o
poema extravasa-se para além das figuras sonâmbulas, é o animal erecto
anterior ao espanto da casa desabitada, fazendo do instinto um lapso da
inalcançabilidade____a obsessão do olhar tenta atingir os falhanços da
expressão): juntar os orifícios das errâncias dos instantes por meio de alfabetos
atravessavam, transmeáveis (adstringir e cingir a palavra que tenta efectivar a
espécie adentro da espécie antes de qualquer exórdio). Tudo é nutação na
residência distorcida pelas volumetrias violentas que procuram a diafaneidade
da letra inarticulada com sentidos, permutas, desmaranhos que navegam em si
próprios tentando adivinhar os vícios rarefeitos do magnetismo do horror:
vascularização dos pensamentos intemporais entre as variações dos corpos
das finisterras ignoradas e as vibrações das séries cambiantes do oblívio
carregado de hemorragias-de-fora que ressoam tremendamente no oclusivo,
nas intensões do imprevisível, enfrentando a rompedura dissemelhante das
expressões coalescentes por meio de holomovimentos vibratórios, de
singulares profanidades, de flagícios mundificados ao desembocarem nas
carrancas tectónicas do absurdo: percepções-acções-afecções nos processos
fílmicos atravessam geografias inóspitas sentindo o estendal das enxertaduras
mudas do corpo-a-corpo-político rés à própria morte, ao êxodo, à
impossibilidade____por isso___o poema faz-nos escutar o roubo do rumor
inumano da vida, a estremadura invisível das geografias musicais feitas de
absorvências, de captações, de apropriações, de conquistas dramáticas, de
intervalos reverberantes, de desvios cronológicos, de ecossistemas anteriores
à própria transducção das excriptas que explodem num jogo de tonalidades
mineralógicas: sentir a dispersão atmosférica das palavras dissolvidas no
interior dos vazios cromáticos, intensificando as esferologias na música dos
des-vendamentos, são problematizações multilingues do olhar mais remoto da
obscuridade, é a dança assígnica do jejum dos batuques movediços,
arrastando e espalhando as falanges intercessoras por toda a de-composição
da tessitura fabulatória onde os abalos do anonimato demoníaco e as cabeças
clandestinas cartografam as dobras dos itinerários cataclísmicos da multidão
entre as correspondências intraduzíveis das manchas de tinta e a
espontaneidade do corpo-mundo na experimentação do devir-abecedário que
deseja ver-de-dentro o acidente vasculhador da excripta irrefreável( delirar nos
mapas das visões fragmentárias, sentir a reviravolta dos interstícios de um
tempo sem fim onde as oscilações da sedimentação, os enlaces de forças
eurítmicas-epistológrafas hesitam em pintar o balbuciamento dos limites por
meio do despreendimento das curvaturas sonoras-assintáticas que atacam
desabaladamente a língua mãe que tem outras línguas mães em si-mesma
para recomeçar a falar da demência antes de alcançar a geografia interdita do
poema! A matéria-luz do estranhamento emerge nos estilhaços dos vermes
subterrâneos, colocando o tacto do leitor cego o mais distante de si próprio: eis,
o incriado nas linhas diagonais do colapso, sim, a palavra fende-se na sua
erosão, no seu esgarçamento labiríntico até ao resíduo vivente das fisionomias
desfeitas pelo abismo intruso da arquitectura incompleta: o incêndio povoado
de ludicidades e de dizeres caóticos, insondáveis, cismáticos faz das zonas
desconhecidas do noético a mistura do incomensurável, o absorvimento
dramático da insubordinação, da incerteza, da infinitude para trançar tempos e
criar sentidos que escapam à oratória do humano( persistir por detrás das
carnaduras anteriores à fundição dos contrários da excripta devoradora de si-
por-si e ao pensamento materializado na simultaneidade activa das demolições
sígnicas( atrair coreografias excessivas com tradutores hemorrágicos das
buscas cosmogónicas): acolher uma voz hibrida no furor do nada arqueológico
que sarilha permanentemente a vertigem da língua, dar existência à dissipação
da realidade antes da aceleração dos nomes( rasuras incorporais): visão do
mundo interrompida no instante das peregrinações dos mosaicos
resplandecentes: sim, porque todas as apreensões catalisadoras das artes,
todos os signos vacilantes das excriptas se potencializam nos lenhadores do
tempo mudo, da escuta sem rosto, dos cruzamentos alfabéticos, dos traços
hieroglíficos cartografantes do indiscernível: dizem: é o bloco sonoro do delírio
anterior ao matricídio da excripta que passa pelas distâncias dos povos
tartamudos, é o espasmo linguístico do animal de linhas abstractas e
infinitamente variadas que não aguisa signos, mas alcança-os, criando-os nas
disjunções, nos inversos, na infinidade das lacunas tensionadas, agindo no
interior das defrontações de uma língua encaminhada ao limite escavador dos
vareios a-significantes: insulamentos caleidoscópicos anarquizam as vozes que
giram na língua hilariante, na acoplagem hieroglífica da ideia-textual, na
espessura vertical dos esboços de gritos antiquíssimos, lávicos,
vulcanicamente paralisados na dissensão, no gaudério( receber as
correntezas antecipadas, inamanipuláveis dos idiomas perdidos fora do
domínio histórico, idiomas de estremaduras descentradas, insondáveis,
transmutacionais que nos chamam para a presentificação vazadora do
passado-futurível numa profusão de reminiscências-ontológicas,
prosseguindo em retornos oraculares entre as tensões dos saberes
epifânicos-geológicos-filosóficos, os ecos de odyssomai, o
estilhaçamento das sombras insaturáveis e o carvão ateado de Stephen
Dedalus ): o afecto das curvaturas do i-recomeçável, uma ciranda de
intensidades de memórias rasgadoras de perspectivas, de vozes polifónicas do
afastamento des-ocasionado onde tudo converge e tudo avança cismadamente
num tempo-olhante de espôndilos fragmentados pela UBRIS: é o além-daqui
de Górgona sem origens, sem destinos, é a durabilidade da fala de todos, a
voz fugidiça da vida-vivificadora, sim, o excriptar é intraduzível, deriva talvez de
um alude do corpo em conexão com os eclipses do mundo, com o resgate do
corpo onomatopaico-errante, dançante, interrogativo que se intersecciona
adentro da cosmovisão estética em deslocamento quase-verbal, despertando
entrecruzamentos sensoriais, perscrutações do real, geografias indiscerníveis:
aqui-agora: o movimento das obscurezas sem termodinãmicas arrastam o
possível leitor de semioses inacabáveis para um mergulho no labirinto
ilocalizável, na tragédia da exultação nómada, na metamorfose galopante, nos
traços das vibrações, no transe antecipador da vida-arte até ao osso pré-
maxilar dos primatas que ainda sobrevive à deflagração da infância, sim, pintar-
pintar o que silencia a orfandade murmuradora do esquecimento! É o grito
multiforme, o deslizamento da heterogénese, a fabulação fulgurante-enigmática
das expressões que ultrapassam violentamente a sofrósina, o limiar da
experimentação do caos copulador de fugas permanentes. Uma dança
cosmológica, de irresoluções singulares, de tatuagens intermitentes,
cartografantes, leva o excriptor ao desdobramento do que há de mais obscuro,
interrogador, estranho, emancipador na re-criação da puridade primitiva entre a
histeria do pensamento, o risco acrobata, o inumano musical, a correnteza
fragmentária, a multiplicidade mágica do devir e o incomensurável traçado dos
hibridismos que nos faz mergulhar em tudo que escapa num infinito jogo de
acasos, numa alienígena golpeadura dos centros de gravidade, sim, o excriptor
atravessa-se nas ressonâncias do infinito, nos vestígios da obscuridade, nas
fricções do absoluto porque nada é representado nem significado porque as
teceduras dionisíacas provocam espasmos perfuradores na percepção
(infravisualidade contemplativa da cegueira que se transforma a cada instante
sem adestramentos): os corpos são escarificados loucamente por letras
penduradas, atalhadas, sim, a palavra afirma, enuncia mas nada a estanca nos
impulsos cerebrais e nos jogos do espirito que rebentam, arrasam e religam os
traços da inesgotabilidade das sensações( forças transductoras do mundo se
envolvem com as forças trapezistas do excriptor, sim, alargar, lancear e viver
ininterruptamente no plural joeirado pelas falanges prestidigitantes que
arremessaram a gomarra na cabeça de Platão )

O excriptor não se distancia da vegetabilidade, elimina as fisionomias, DESVIA


o olhar, esgota-se na bússola do rosto, defronta o vazio, revolta-se sem recusa,
asseverando os rasgamentos das tessituras animais: mistura-se com a
brutalidade sensível do texto, esponjando a sua própria animalidade ampliada
pelas cortaduras do absurdo do real numa história-geográfica sem datas( o
silêncio defronta o espanto ínfimo da infinitude e nos arremessa nas fisgas da
vida intempestiva sem invocações): impulsionar afectologias, alcançar novos
espaços monstruosos com os balanceamentos das submersões intraduzíveis
que nos fazem cosmovisionar as superfícies esquecidas e acrisoladas porque
se tacteiam, resvalam e transbordam de mundos-alquímicos, de mundos-
insanos, de eternidades instantâneas: dar sentido à metamorfose do corpo
como os acordes celulares das incisões dos enigmas que caçam e são
caçados simultaneamente ao acolherem o grito da entrada da possível escuta
dos conceitos criadores de personagens-geometrais, razão e alvoroço
nomadizam-se nos atalhos das necessidades-libertárias, gerando palavras-
noológicas, ritornelos em fuga que persuadem forças negadoras da negação,
fazendo da dilaceração-regeneração dos acasos a ultrapassagem asiladora
dos cânticos órficos até à hipérbole nodular da refrega esfíngica (atingir a
divindade epifânica do poema por meio do desejo impetuoso, da crueldade
vivedoura que extraverte a temporalização da existência até às bricolagens das
sonoridades que anteriorizaram as tentativas das excriptas): tangenciar, vibrar,
ressoar o ilimitado philosophikos para recomeçar a viver sem finalismos e nada
será reconhecido porque o animal-tensional se improvisa ininterruptamente
através de arrastões pulmonares, de esquecimentos loucos, sim, as caixas
acústicas da palavra poética mergulham no sentido caotizador de partículas
espectadas nas ulcerações que apreendem o incomensurável, criando
itinerâncias colapsadas da visão ao evadirem-se nas rugas-lisas da perversão
diagramática que não possuem lugar, nem ecossistema, mas se fazem lugar
pululante, se fazem tempo, se fazem ressonância entre instantes compositivos
da fabulação e das batidas das intersecções flutuantes dos telescópios
sígnicos: enfrentar sempre o animalúculo por meio da criação tectónica, da
invenção de aberturas instáveis de um corpo que consegue, deseja, diz-o-
turbilhonante e se inça de vocalidades entre multidões inacabadas e
superfícies microscópicas das palavras em sedição: dizer sim às malhas de
arrepsia da loucura da vida inscrita em ritmos intensos que estão sempre a ser
procurados dentro de nós, porque o tempo da tragicidade sígnica-cristalina, o
espirito acontecimental e o pensamento sulcado misturam-se, entrecruzam-se
na vida imorredoura cheia de escutadores de visões do mundo, de osmoses
catalíticas, sim, a palavra tem a urgência de acontecer singularmente na
magnetização do abismo do futuro que nos olha, nos atravessa como um arco
estirado disparador de flechas sem traços matéricos, o EXCRIPTOR tem a
urgência de se transpor, produzir o real-em-revolta-pulverizante, eliminando a
temporalidade da escritura ( metonímias heteronómicas meteorizam as
ressuscitações dos alfabetos dos zonamentos inóspitos onde a interrogação
feiticeira se faz pergunta-convulsiva no labirinto-transhumano feito de
separações salteadoras encontradas nas entrepausas de uma promessa
roubada à habitação do nomadismo obcecado pelos retornos dos gregos-
africanos): vibrações entrecruzadas que absorvem devires de um tempo em
cavalgadura de diferenças puras, desobstruindo o excriptor de paradigmas
significantes porque a palavra acontece palavra quando uma fala aforística e
disjuntiva é-já um lapsus-da-palavra fora da perseguição obstinada da
memória! Acontecer na tragicidade do possível intransitivo, na multiplicidade
desejante do poema de forças caoticamente ritmadas que gera e gerará corpos
de acasos, de ruínas desfocantes, de esboços lúcidos e de abandonos
matricidas porque não suporta pertencer à arquitectura literária, nem às
acepções abertas ao generalismo das intencionalidades semióticas( o animal-
poema se invagina, se expande, se entrelaça fluidificando, derramando
vacilantemente para criar crise nas simetrias topológicas, sim, ele se desdobra
na encurva dos sentidos que se escarificam, se ulceram nas suas próprias
mutações):sim, o poema não se revela, não se expõe, cosmovisiona-se ao
contemplar cegamente o mundo e uma flecha de imperceptíveis intervalos
transborda e corta o ar da palavra ao desmoronar-se para enfrentar os
encontros da separação sincopada do prestidigitador que faz do esquecimento
um criptograma da infinitude( o meio da luz continua negro e o rosto desfaz-se
para defrontar o cadáver do verbo, o delírio assassino da fala)

O excriptor vive da experimentação de si mesmo que é exclamação da


natureza, é grito de vida em milhares de dobras enervadas pelos movimentos
sonâmbulos da pergunta com roubos vazios que se subterfogem dos olhares
contra a luz da temporalização: é crítica afastada da covardia e da
enfermidade, da obsessão dos pérfidos choques cheios de referências, é uma
composição esquizofrenicamente in-corpórea catapultadora de polissemias-
visitantes inacabadas e através das suas gesticulações-carnífices, das
enxertaduras mudas, dos acontecimentos subversivos, as passagens
sacralizantes são antevistas à deriva entre os fragmentos anorécticos-intensos
e as performances das perspectivas absolutas, indicando precisamente a
profanidade, o flagício infinitesimal, a usurpação e o desensombramento do
ilícito (tudo se transforma numa paradoxalidade inatingível adentro de um
corpo-a-corpo-político rés à extasia do transe do incriado, aos
micromovimentos do êxodo, à impossibilidade alveolar entre possíveis fugas
dos intermediários da luzência antes da luzência onde a epifania do outro se
torna a alteridade, o rastro do invisível, sim, a palavra se olha a si própria
atingindo as equimoses intervalares da mudez do mundo (captar a cabeça
babilónica por detrás dos intermezzos das forças sígnicas): estranho animal-
nómada-estrangeiro que habita o algorítimo inumano da sua própria
desaparição porque não suporta a sedução dominadora da termodidâmica,
sim, nomadiza-se, esboça-se, capta forças policromáticas pensando
incessantemente, im-perceptivelmente, sim, o poema é a sua própria
transleitura, desleitura como construção distorcida de um lugar de
passagem onde o tempo não diz, mas é percorrido pela auscultação do
exílio em rotação, sondando os contrastes do insulamento perante os
obstáculos-das-palavras trespassados pelas membranas surfantes
doutras palavras que tentam entranhar na ideia pontilhada no corpo in-
finito( as velocidades repousantes dilatam as raias da violência das luminárias
e empurram os tambores vibrantes da reabilitação cérebral para a orquestra
não explorada dos magnetismos dos órgãos sem órgãos porque vivem de
hibridizações inomináveis, de aforismos silenciosos, de mapas dilacerados, de
geografias rodopiantes___presença feita de rupturas inauditas esboça, traça no
espaço captadores de vozes, a vida pulsional-cibrida para agir no informe, na
perplexidade do mundo onde o fluxo vivente da claridade problemática se pinta
a si próprio desaparecendo nas arquitecturas da infinitude finita, é o silêncio
dissimétrico do sopro! )

A tensão da não resposta esculpe as vazaduras dos desastres câncionais por


meio de uma antropologia ondulatoriamente aberta, intervalar, escoadora de
transformações inapreensíveis adentro da regeneração do tempo feito do
inesperado real-irreal interrogador e sensorialmente à deriva: onde acaba a
matéria? Como se accionam as vontades? Ninguém sabe, ninguém! Fortalecer
a inumanidade onde existe a vontade da errância, a exultação do impensado,
os afectos ondulatórios da ralentação pré-babélica: reinventar acontecimentos,
refazer e enfrentar a multiespécie-inumana com o fáustico contraveneno do
perceptível, com o tremendo silêncio do avesso do mundo, recuperando as
tatuagens-disformes-caológicas em ritmo monádico!

O excriptor reaprende, sonda possíveis expressões no alumiamento


dissimulado, possíveis composições moventes das desescritas da
antropogénese-animista, das volteaduras disjuntivas onde a multiplicidade
irredutível da palavra poética elimina biografias obsessivas e monomanias
acopladas ao discernimento entre os risos gésticos do pensamento________
no poema sente-se a cauterização da palavra DESABALADAMENTE
feiticeira adentro da realidade irrepresentável, das malhas enigmáticas
das raias arabescas: são probabilidades algorítmicas entre as violências dos
entrelaçamentos verbais: o poema arremessa os conceitos turbilhonantes do
figural dos leitores-ladrões-narcotraficantes-de-sensações para esse deserto
em repovoamento de visageidades paradoxais( demudanças clandestinas
reinventam acontecimentos com as geometrias transformáveis das vozes
anamórficas-heterológicas: nas disseminações da desaparição cartografam
sempre as vindictas espelhadas e quebradas nos corpos injuntivos, sim, a
crueldade do pensamento fecha os seus olhos irresolvidos e devasta-se
noematicamente com a histeria das antecâmeras das linhas hemorrágicas
perante a filosofia que serviu e serve o poder____transgeografias simultâneas
e acentradas instauram as mudanças imperceptíveis dos lapsos, tentam
conquistar tempo com as fissuras na agramaticalidade dos corpos indomáveis!
O real jamais atingirá o real onde as superfícies das encurvas nos despem
permanentemente através da vida da morte do indizível que nos faz ressurgir
no meio do verdadeiro falhanço para incorporarmos as angulações multímodas
dos rumores do esgotável inexaurível do poema-boomerangue em de-
composição e sem mediadores da loucura: fundir vida com a palavra FORA
dos salvatérios das vigilâncias rostificantes e dos apetrechos do exemplarismo
metafísico, sim, tudo se potencializará nas ressonâncias da vizinhança dos
exílios que nos transpõem até à irrupção-disruptora da palavra!

EXCRIPTAR: uma correnteza de expressões tensionadas que se


desvanecem entre-instantes porque estão impregnadas nas suas
conflagrações furtivas, e quando os desvendamentos sem historicidade
atingem a fulguração fora das origens, dos roubos inconfessados, o
corpo-poema se nutre do inalcançável( rasgar a carnadura em todas as
direcções): sim, o texto transmuta-se por meio de contorções sanguíneas,
convulsiona-se, esparrama-se, vasculhando arquitecturas impessoais,
esquecimentos dinâmicos que activam transducções escutadoras dos
reservatórios anorgânicos: texto é corpo sem reconhecimento, acontece no
vitalismo dos espaços lisos, estilhaçados que tocam, entrançam outras linhas
perseguidoras com as forças invisíveis dos campos inesgotáveis, insaciáveis e
transversalmente tudo é visionado, remastigado, remascado, tatuado por
sopros malabaristas do demiurgo-suicida(roubos da perpetuidade verdadeira
em dejecção sígnica): a realidade é trespassada por sensações da profanação
sem respostas mas que dizem loucamente SIM ao excesso transbordante das
contracções musculares da de-composição ocasionada pela desrazão do
destino geológico do avesso do mundo: são batidas da diferença inédita da
natureza entre evasões logaédricas e gritos indefinidamente mutáveis (urdir a
lucidez multímoda com as contracturas da re-existência plurivocálica e a
palavra quebrará por dentro ao secretar tempo prestidigitador e recolher
adrenalina inesperada da tessitura caleidoscópica perante as religaduras do
phaneron que se expandem no pendular retardado, mesclado e eternamente
em desactualização)!
O excriptor transforma-se totalmente no interior das fissuras do LAHAR-CRUEL
para se abrir às audições visionadas do poema que se crispa e se separa de si-
próprio: ser afectado pela expansibilidade musical dos interstícios e a cada
instante se transverte numa braçada de possibilidades plásticas-geodésicas, de
tentativas da necessidade do nada, de interfaces sabotadores de línguas-
maternas, prolongando os bosquejos do deserto onde ninguém pertence, mas
o nervo pensante surge por meio da tragicidade friccionada do impossível, sim,
o excriptor é uma tentativa de uma ex-cripta simultaneamente em abandono,
em ricochete-thaumazein-sem-obra e num saber órfão sente o derribamento
jacente, clandestino que o faz eliminar rastos, despojos e o transporta para
uma posição quebrada, refractante, sim, abotoar o relâmpago inominável,
sentir as disseminações vocálicas de uma vida sem decesso: são processos
migratórios, máquinas de produzir experimentações, escoriações abertas,
teceduras de signos que forçam a linguagem ao limite da estremeção
arrastadora das atmosferas sensoriais! Rasgar o empírico com a interrupção
silenciosa dos instantes fugidios, transfronteirando o intangível dos enxertos
das vizindades enciclopédicas:alvoroço de perspectivas conectadas às úlceras
invisíveis, às heteronomias presentificadas pelas feromonas futuríveis que se
proliferam nas longitudes animalizantes onde o tempo-cristal é a insânia-
jazzística, a balbuciação panteísta, explodindo as percepções com as
cartografias embaralhadas e espiritualizadas nas anomalias hiperbóreas pelo
movimento inesgotável das linhas abstractas entre antefaces abismáticas
esboçadas ziguezagueantemente por outros sorrascos ondulatórios: o poema
se dá na revolta transversalizante do inóspito dos vários sensíveis em
decifração que perfuram as expressões do mundo, intercalando-as,
entrecortando-as através de ecos dos sangramentos não-figurativos e
rupturadores de consciências anestesiadas: cambiar visageidades em
autofagia com os viajantes movediços que tangenciam intermitentemente a
crueldade entre teatros-críticos, genitálias-cópulas sem órgãos, relações sem
espécies e os tremores perceptuais de estar no-do-mundo, captando e
tornando singularmente sensíveis, complexas as forças góticas da realidade,
as tatuagens-em-decomposição-movente-anorgânica do poema!

O excriptor se deixa encontrar pelas encarnações dos brinquedos


metamórficos, ilocalizáveis, sim, a inacessibilidade presentifica a estética da
e na existência, nas epifanias moleculares porque na tentativa hamletiana da
excripta a palavra defronta, assimila a orfandade no interior emaranhado do
tempo onomatopaico: são multidões feitas de energias intermitentemente
iniciáticas, provocando devastações perceptuais sem medos milinaristas( a
urgência de recusar ecologicamente o poder porque o poema se desdobra
heterogeneamente em cada instante sanguíneo, intercalando memórias-
mundo com as cartografias vazadoras de múltiplas ressonâncias
intervalares do que-há-de-vir sem vaticinações(ergon)___talhaduras
sígnicas, averbamentos ilegíveis, lançamentos analfabéticos). Górgona se
actualiza em coexistências bergsonianas e refaz nas insídias-ciladas
indiscerníveis até às talingaduras da obscuridade entre os acasos dos
estilhaçamentos do olhar e as insciências que escoam desabaladamente para
o saber flutuante-animista, ultrapassando as paisagens significantes, as
suspeições das imagens com novos idiomas incapturáveis, buscando as falas
simultâneas do subsolo, dos cérebros furtivos-hieroglíficos entre CUMMINGS e
BECKETT: são curto-circuitos das línguas disjuntivas, retransformadas pelos
movimentos dos povos, desejando sempre os vertedores das singularidades
incomunicáveis que enremissaram as chegadas violentamente espiritualizantes
para fenderem, eliminarem a putrescência da fantasmagoria: produzir natureza
espasmodicamente, efectivar as encruzilhadas proliferantes, dobrar as
refutações impossíveis dos signos, tensionar as margens ritmáveis sem as
estraçalhar, dobrando-as para dentro com as esperas cataclásticas, com os
lapsos semantúrgicos, com as simbioses-intermitentes em filigrana
permutatória, com a fusão dos vitrais das vontades inalcançáveis, com a
hibridização dançante, confrontando barbárie e espiritualização entre os
graúlhos mandibulares das volteaduras selváticas, sim, as rasuras dos
sobreestetismos compulsivos e a matéria escorregadia do presente
avassalador e criado por si-só afectam-se pelos jogos dos arquipélagos
plagiotrópicos das coreografias futuríveis sem repouso___o instante gera
polinervuras do instante, irradia e acolhe as geografias hemorrágicas da
percepção( cortaduras topológicas): escava-se com as irrigações das esponjas
acósmicas, das ondas irregulares do corpo de falas indecifráveis que se dança
a si-próprio, muda de epiderme no irrepresentável e afirma as multidões do
trágico, a absurdidade no sentido da metamorfose esfíngica que empubesce,
se amplia na ultrapassagem compositiva-cabalista, sim, texto e excriptor se
decepam mutuamente, coexistem, averbando-se, fugindo da entropia e das
epopeias dos rostos porque são feitos das errâncias antimetafísicas do TODO
e da presença-inexplicável entre jogos hieráticos-fabuladores, dilatando-se na
interrupção escarvada do viver-permeável que aprende, desaprendendo dentro
da sombra multiplicadora do imperceptível: religar o excriptor às dinâmicas
entrelaçadas do caos do movimento dos movimentos das texturas-diastemas-
neurológicas: serão rasgos de abjunções, ou serão deslocações explorativas-
pululantes das des-focagens, dos delírios aquáticos que se dissolvem nos
olhares da alomorfia, irrompendo as interrupções espiraladas para se negarem
e regerminarem simultaneamente no invisível? As matérias se contradizem e o
poema invade a recusa-captadora dos intervalos nérveos do excriptor para o
transmutar num lançamento denso que atravessa os espaços sensíveis em
recomeços incessantes ausentes das percepções apologéticas: viver na
emboscada do retorno das grandezas caóticas sem visibilidade completa!
REPERCUTIR! Sentir a avalanche demoníaca das composições áridas que
absorvem os vestígios acústicos do caos, os pactos incumpridos, as razões
desmoronadas em milhares de dimensões desmedidas ( desconchavar e voltar
em linhas transformáveis, em danças das expressões do não-dizível,
atravessadas por intensões da invisibilidade visível, das geometrias
arquimedianas porque antes dos olhares surge uma voz arquitectural, perdida
porque colocou o poema num simulacro-háptico repleto de redobras diversas,
de coexistências plissadas onde os descentramentos abruptos das ruínas
inacessíveis superpõem novos espaços-tempo, socavando hábitos-
hermenêuticos, sim, EXCRIPTAR é agenciar diferentes pensamentos
abismaticamente, é agir com várias potências nómadas do corpo intraduzível,
com vários vigores da natureza foronômica, com várias forças da vida-dióptrica,
com vários conflitos entre fisiologias repletas de afectividades telescópicas-
futurizadoras, sim, são as potências que acompanham, transportam o excriptor
no se-fazer, são as velocidades geográficas e as lentidões artesanais cevadas
pelas insânias em desleitura, pelos desequilíbrios do desterro colossal e da
transumância irruptiva dos signos, sim, ler um poema é acontecer na ablepsia
quase visível dos espaçamentos incontroláveis, é cartografar o tempo puro e
tactear desvios simultâneos nos transbordamentos das memórias-colectivas:
criações petrológicas em dissolução para acontecer nas interacções do alofilo,
nos retornos do estranho, sentindo as capturas latentes, os rombos
transversais, as fendas picto-hieroglíficas, as aprendizagens osmóticas! Sentir
as mutações radicais do transe fabulatório entre a escassez dos estiletes da
estética, o movimento infinito da agoricidade e tudo que escapa aos cornículos
da consciência, sim, as deformações dos rostos da transleitura refazem as
polifonias no afónico dos intercessores sem origem que esquecem o teatro na
própria vida imemorial______as profusões intratemporais extraem o poema à
arte em luxação-permeável______ o poema e o excriptor arrancam-se a si
próprios por meio de vigorosas consonâncias discrepantes para explorar fora
dos eixos a bastura enérgica do mundo, os liames demoníacos, os acasos
cosmológicos, os emissores-receptores-erosivos do desastre: o mundo-
tessitura-de-excripturas de enfrentamentos descodificadores, de obstáculos
perspectivistas sem história, vive de instantaneidades impessoais, de
presentificações em renascimento ininterrupto, de tremendas desaparições,
sim, o texto é uma caterva insanável que arcta seu fóssil contíguo ao
movimento actual da autoafecção em escapamento absoluto( cérebro-poema é
um intermediário de luzes-matéricas que variam entre si com puras
imprevisibilidades, absorvendo deformações, aberrações noológicas, sim,
transler adentro da ARTE do PROBLEMA como CLÍNICA-phaneroscópica-em-
sí a deslocar placas tectónicas): reerguer as palavras das suas decapitações,
fender o discernimento sensório-motor e o inconsciente se refaz
ininterruptamente, esponjando as passagens a-temporais-verbais: uma intensa
composição cartográfica-geopolítica percorrida por diferenças de estados
sensíveis em confronto com os situacionismos vigentes; sim, CAPTURAR,
extrair o pensamento antropológico-aformal da bolorenta fantasmagoria para
acontecimentalizar a vida! O tempo é a vibração do todo que se abre às
gagueiras inesperadas, é o desaparecimento do nome do homem!
CAPTURAR, sentir as cesuras fulgurantes das geometrias arquimedianas por
meio de forças sígnicas-incoactivas, sim, o poema não é a imagem do mundo,
mas um cruzamento de mapas vividos e viventes de rupturas incontroláveis, de
cisões de inexistências que regressam inesperadamente para potencializarem
processos irrepresentáveis, multiplicidades ininteligíveis, diferenças produtoras
de uma correnteza de rigores sem absolutismos: não há divisões, há
simultaneidades, consistências desejantes que perfuram o emaranhado de
Aqueronte continuamente-por-vir entre alavancas do teatro do inacessível, do
insondável: fazer da APREENSÃO fabuladora e da violência anómala uma
ética-na-estética de conexões fragmentárias a serem decifradas entre os
intensificadores de produção de tempo incubador de feitiçarias: atracçã pré-
semiótica do rhythmos que estimula e contamina a aceleração da
sugestividade fractal ( novos modos de re-existência adentro de convergências
divergentes, do ápeiron de Anaximandro, um rosto com milhares de mapas
disjuntivos)! As vozes afónicas, as linhas transversais feitas de lapsos
flutuantes, de oblívios, de urdimentos, de memórias espontâneas, incorporam-
se na memória dilemática em movimento intercessor, desfazendo fronteiras
cronificadas, frondescendo planos sonoro-musicais com as afectividades do
desarranjo e do falso, RÉ-construindo o poema com a afirmação crítica das
relações-mentais de um presente em recomeço ininterrupto: dizem:
perpetuações implacáveis dos instantes na entoação da carnadura perfurada
de glossopoieses: ex-criptar com a tragicidade-em-jubilação e ser alegre é ser
irrepetível como um louco num mundo de fantasmas tristes____diz: Henry
Miller na crucificação encarnada!

Excriptar é não pertencer a nenhuma língua na possibilidade de encontros dos


vocábulos anteriores à trasladação musical dos vocábulos, das falas anteriores
à transumância das falas: os tangenciadores de tacteamentos de mundos
seduzem sintomatologistas no holomovimento da violência espiritual que se
inova si-própria ao alçar-se sem ser chamada adentro de polinervuras dos
alfabetos agramaticais; excriptar é criar simultaneamente reaparições, retornos,
recomeços, riscos e fugas acopladas em zonas desfocantes( os ritmos das
entrepausas na visão do não-vivido multiplica os arrancos dionisíacos,
transhumanos-inumanos-multiespécies nas luzes reencontradas na sua própria
escuridão): é na plasticidade de alvados topológicos, de cirandas de dardos em
movimento vertiginoso que nos desmoronamos, nos misturamos cheios de
dizeres indecifráveis, de contra-significações, produzindo catástrofes
microscópicas, roubando e jogando refrões transductórios-hieráticos(
sensações exaltadas com o eternal do antes e do depois do processamento
gestual da excripta refeita pelos espaços sem fundo): sentimos a avalanche
demoníaca das composições áridas que absorvem os vestígios acústicos do
caos, as razões desmoronadas, intercalando as fissuras das memórias com as
cartografias vazadoras de múltiplas ressonâncias intervalares do que-há-de-vir
ontologicamente sem suplências (desconchavar, recantar, redizer até à
repleção punctual e voltar em linhas transformáveis, em danças de solos
inusitados sem cessar o PHARMAKON acrobata (a ontologia do espertamento
dionisíaco presentifica o ritornelo da tragédia comburente onde a repetição da
recusa é-já a perspectiva assombrada do próprio signo: a improficuidade do
vestígio da repetência venera a hostilidade entre as infinitudes das porventuras
e as diferenças lúdicas do impossível): desmanchar o olhar com as cordas dos
blocos assimétricos que antecedentemente tensionaram entraves e
ressonâncias para se interseccionarem na hapticidade acolhedora de signos
por vir_________ir nas traçaduras heteromórficas do infinito): as expressões
propulsoras de contracturas piroclásticas, as tubuladuras do não-dizível evitam
sentimentalismos de uma consciência tremendamente impotente, escapam dos
comportamentos monitorados por meio das buscas em perturbação ecológica,
dos transbordamentos algorítmicos, das homotetias sinérgicas tremendamente
micro-intervaladas porque as forças afectivas estão fora do campus-emocional,
das cavidades das equimoses das heterogéneses, elas são atravessadas por
veias dos intensivos da incerteza que transformam o invisível no provável
visível e antes dos olhares infinitamente entremeados surge uma voz de
elipses eléctricas onde as equações arquitecturais das inseparabilidades
aceleram os descentramentos abruptos das ruínas inacessíveis: vede, a
energia da tentativa da ex-cripta-vocálica dentro das gagueiras vectoriais, das
dobraduras magnetizadoras, das tensões do inexplicável, ou de uma refutação
anamórfica que desenha ficções na visão e desatende a incerteza,
transformando as fórmulas algébricas do leitor numa golpeadura de vários
fraccionamentos estéticos, numa sonoridade modulatória do abandono e do
colapso em sincronia com a pulverização ortógona que desaparece e
reaparece até à contrapeçonha do perceptível( desmoldagem das vertentes
que se acumulam nos respiradouros das matérias, emaranhando as diferenças
em si): aqui-agora, o corpo sentirá o tremendo avesso do mundo, os
formigamentos dos devaneios barrocos, as incertezas das histereses que
refazem a coluna vertebral-natureza no contrapoder( o leitor sente
permanentemente o seu não-nascimento e cega-se porque não suporta a
nudez despenhada do mundo: o estéril e o inconsumível necessitam do
irrealizável para acontecerem na inovação indefectível do corpo onde as
heterotopias se mesclam com as linhas acronológicas do não-saber )

O riso do real é construído pelas inacessibilidades singulares dos corpos que


antevertem o decurso ambíguo da transleitura e o risco-erótico será feito por
meio das forças da transposição, da retradução, da improvisação embriagada
para capturar e atravessar os entretempos do poema na natureza que é já em
si um processo de visões escutadoras e sentidas na pele do confronto
permanente, na devassidão do silêncio: a natureza e o poema são varados por
diagramas desenhadores de sensações com rastros dos rastros: são fugas em
mutação que expulsam as consciências carregadas de automatismos porque
nunca tiveram pavor da demência! SIM, EXCRIPTAR é inundar de vozes, de
murmúrios as dobras da linguagem no quebrantamento sagrado____sentir o
bosque acústico, o alfabeto desconhecido no rasgamento do olhar, ressuscitar
línguas em devastação porque estamos no não nascido entre a disrupção
ulterior e os fortuitos antecipados, destruidores de domínios semióticos, assim,
surgirá o pensamento resvaladio da bricolagem, na violência de efracção-
demoníaca que se faz figural sem homeoses para se desfazer no
incomensurável dos esboços sintácticos do poema antes das derivações do
poema onde um desencadeador impessoal de linhas de passagem-rupturante
ricocheteia na virgindade das superfícies loucas, sim, as tentativas de
processos artísticos-fabulatórios estão implicados no desaparecimento egóico
por meio da trepidação dos interstícios das durações embaralhadas nas
diferenças incontroláveis: os entrecortes geográficos e os traços assignificantes
transbordam, bifurcam-se, penetrando nos alvos do outro-de-si-mesmo sem os
pungir porque as palavras desarvoram, intermitem o encadeamento da
imprevisibilidade entre percepção de uma realidade ficcionada e as angulações
longitudinais das precedências que capturam os instantes sem crassidade da
infinitude: as palavras não suportam a supremacia do olhar presentificado na
separação entre trilhos derradeiros do mundo e o sensórium do desvelamento
impensável (o poema escapa das égides verdadeiras, explode, implode
cristalinamente, incredulamente até às acescências esfíngicas e o corpo se
criva de signos prestidigitadores-sonoros-ópticos para recompor as
coalescências videntes, fazendo o excriptor contemplar a violência silenciosa
do mundo antes do acontecimento oscilográfico)

As palavras expiram ininterruptamente na sua própria renascença, antecipam-


se ao instante revelado, adiam-se na nutação das pausas, retomam o vazio
ziguezagueante, suspendem-se nas contradições dos lapsos, escapam à
dominação e transformam o texto num boomerangue se sopranos matéricos
para produzirem tempo contra o corpo-por-dentro sem invocar, sim, cauterizam
as passagens da matéria da desaparição, ultrapassam alvos ao deslocarem o
transe a cada instante, transbordando o jogo da estrangeiridade, as cavidades
do exílio, dos êxodos com as margens antagonizadas e invertidas porque têm a
urgência de evadirem-se, de se raptarem, adversarem para adivinharem as
fugas incessantes, as abjunções in-decifradas, o respiramento das golpeaduras
do mundo, SIM, as afecções-criptografadas do texto são convulsividades de
escumas inobjectiváveis, uma indistinção relacional lenhadora do real que se
estende na indefinibilidade latejante do caos anatómico detalhado pelo rombo
do passado adentro da presentificação do comum colectivo: são topologias
ondulantes em combate incomensurável, são batidas em fugas espiraladas,
escutadoras de outras irrupções dinâmicas que exigem ser quebradas,
desabadas até ao estado selvático por outros fragmentos em des-aparição e
desabaladamente incompreendidos: tudo é crivado pela mente híbrida do poeta
que sofre viragens, de-composições ao atrair a feitiçaria da turba à deriva para
transformar a claustrofobia da língua e religá-la à recriação cósmica-
animalizante porque a palavra é o abandono de si-própria entre as efracções
das forças de vida que nos levam à visão sanguínea do suspense sincopado: a
renovação da voz sem repouso faz-nos escarificar a memória do silêncio na
prece-animal-em-transfúgio de uma fala-acontecimento: são as dobras do
inominável da mudança relampagueante, da volteadura sem fundos que
apreende a inscrição do espaço sem designar, esculpe os rastos da caça a-
sígnica, escarça as entranhas dos cadáveres falantes, procura o insondável na
escuridão quebradora de trilhas, rasga o tecido morfológico da palavra, tenta
codilhar a língua, resgata vozes oraculares para além do corpo num movimento
descentrado que abandona as linhas das referências num umbral anónimo
entre remordimentos da existência e os abalos do desaparecimento,sim,o seu
limiar de ressonâncias furtivas escolheu as presenças imperceptíveis das
assinaturas sem fronteiras, sem centros, conquanto, desabrocha mudamente
na inumana lucidez dos desvios próximos à vida-do-transe que enceta
passadouros no quase-nome do animal do analfabetismo criativo: o espasmo
da despintura das turgescências dos dicionários-vulvares,sempre estilizou a
imobilidade do movimento do mundo! A transleitura destruidora de formas e a
ginástica de leituras sem metas nem chegamentos, refazem a força transfixada
do texto por meio do recolhimento expansivo de micro-correntezas de
enxertaduras incontroláveis onde as decomposições compositivas e as
desconstruções regenerativas produzem angulações intermitentes com o
confronto do mundo: o corpo multiperceptivo do leitor em intersecção
dançarina-pictórica é já o próprio texto insaturável, feito de sonoridades
vazadas, de estrépitos instituais, de cismas sensórias, de afluentes
multissígnicos, de interposições revivificadas, de variâncias caológicas, de des-
focagens rasgadoras de latitudes previstas (viver o excesso enciclopédico): são
translocalizações jazzísticas-cristalinas, são expansões transcodificadas pela
música desencarnada e de órbita em órbita, de insânia em insânia os olhares
geram tempo onde surgem forqueaduras sintomatológicas, encruzilhadas
tatuadas, eclipses-sismógrafos, adjunções cruéis, rupturas osmóticas,
probabilidades intersectadas, obliquidades dos acasos, afecções anorgânicas
desterritorializando presenças fugidias em direcção ao instável, ao paradoxo
repleto de coexistências, de descentramentos inverbalizados, de
atravessamentos sígnicos da inseparabilidade e do indecifrável porque não
contemplamos apenas a geografia ondulatória do texto, vemos também a sua
multidão hieroglífica na impossibilidade de dizer e com as extensões raiadas as
melancolias problematizam a animalidade do instante panteístico: aqui-agora:
surge e descampa a mestiçagem dos recomeços dionisíacos entre as
mandalas das expressões do estranhamento, sim, produzir o texto revigorado
pelo sensível infinitesimal com vastos excriptores-alpinistas-esgrimistas sem
biografia, sem história porque o poema acontece na irradiação expressiva e
tensional da diferença com repercussões incontroláveis_______escutar as
vozes desérticas estiradas, retesadas onde a palavra em atraimento repulsivo
se golpeia entre o metal-musical da anciania imemoriável e a possível ex-cripta
que se emaranha e espiritualiza ao desfazer o esboçado por meio de matérias
alvéolares em áreas imperceptíveis: sentir os arrugamentos não mensuráveis
nas superfícies alucinantemente lisas do mundo. O animal se escava e se
escapa da excriptura para lá do seu habitat, ele é já-em-si a hibridização do
incomensurável porque se refaz nas trilhadeiras sem acabamento, SIM, o
animal presentifica a cartografia das gestações sombrias no afastamento
próximo da catástrofe: o animal regressa delirantemente ao poema, se faz-
acentradamente-poema!
ANTIGOS PRESENTES BIZANTINOS nas RALENTAÇÕES-GERMINAIS do
PASSADO BARROCAMENTE IMPENSADO

TATURANA-da-INCARBONIZAÇÃO

O Tuaregue-cósmico ex-creve nas vulnerabilidades transgeográficas, nas


voltagens dos deslizamentos-imagéticos, nas dimensões cinemáticas, nas
coalescências dos labirintólogos, coreografando as transferências dos textos-
sedimentares não comunicantes e da não-pertença, mas resistentes e
desdobrados pelas multifocalidades sensórias dos dicionários-vivos-
mineralógicos: os atravessamentos ondulatórios-geodésicos, a reverberação
dos espaços estriados pelos jogos permutatórios-ergódicos-tácteis-
cosmovisionários tensionam as performances das texturas imperceptíveis com
os segmentos trasteados/ movediços/multiformes sob suspensões
assignificantes feitas pela heterogeneidade das expressões navegacionáveis e
pelos microfósseis das palavras( efracções do terror autotrófico, polirrítmico do
poema inimanipulável ): o TUAREGUE-magmático na verdade está adentro
das hiperdimensionalidades das cegueiras tacteadoras de intersecções, das
circunvoluções das incompletudes, dos desvios dos fragmentos estéticos e das
imprevisibilidades topológicas-cartográficas que o atravessam, o arrastam
cheias de desertos acústicos, de estranhamentos desejantes, de
perspectivismos dançantes, de metamorfoses intertextuais( erupções das
placas de Nazca invadem a palavra, abandonando-a na experimentação das
sonoridades em des-conhecimento, des-aparecimento( usufruir a febre
devoradora do texto com as tatuagens-gésticas do leitor transformado no outro-
de-si-mesmo que o leva para a infinitude da ilegibilidade). Quando ex-cripta os
seus corpos de constelações interrogativas deslocam-se silenciosamente nas
ruínas afectivas que trasladam verdades escorregadias, tensões
incomensuráveis, insânias murmurantes entre a língua das línguas latentes na
diafaneidade-filmofânica, caotizando as suas próprias rotações-visuais sobre
as dinâmicas da contaminação anatómica, escultora dos refluxos das
indecibilidades-polarizantes-em-captações-quase-extintas-cavadas pelos
abismos microscópicos dos cinemas-mentais efracturados entre escafandristas
de poderosas imantações ( abduções humana-animalizantes das respostas
impossíveis e das sensações fugazes fundidas no caos-de-hologramas que
transformam o poeta numa fracção do deserto-sonambúlico): a aparição
ziguezagueante do invisível-dos-ciclos-tróficos e das errâncias ocorre na
potência indecifrável das palavras oscilográficas que dilatam e abrigam as suas
espessuras na musicalidade dos coros gregos, no centro florestal do
pensamento lúbrico-alucinante, ressoado na ressurreição das línguas-bio-
cosmológicas onde as forças das concreções-nodulares do pensamento
discorrem, se negam e se alargam ao fazerem circular o silêncio eterno do
vazio na busca do desequilíbrio, da tatibitate-dançante, aprendendo-
desaprendendo microtonalidades anuladoras de referências em planos
infinitos____catástrofes recuperadoras das vias metabólicas-estéticas-
desabrigadas do mundo____ aqui-agora: o TUAREGUE-do-visionamento
oscila na mestiçagem dos corpos inumanos-do-humano que se esquivam das
sombras da ciência-instável dos olhares mais pulsáteis para desejarem o caos
devorador das escalabilidades das percepções em cada instante: vejam, o
animal-poema a repercutir-se no imperceptível, nos atritos da acidólise do solo
com as experimentações entrelaçadas na gestualidade amodal-abismática que
o arrasta para tropopausas das variáveis do outramento apinhado de gagueiras
em fuga( extirpar nódulos das termodinâmicas): a estética híbrida reconfigura-
se de abismo em abismo até ao estilhaçamento do olhar às avessas: a
entesadura espélhica-intersticial vive adiabaticamente no desaparecimento
polimorfo para desertificar-se pejado de interposições descentradas e de
reminiscências tatuadas pelas populações do insulamento das palavras que
des-vivem no fascínio do abalroamento das referencias da sua própria
ventilação): o TUAREGUE marcha nas convexidades do rumor do inacabado,
da infinidade das mutações espectrais, dos espaços topológicos do incriado,
das sinestesias espaciais, porque se extasia diante das epidermes estranhadas
e tudo é desmontável pelas grandezas móbiles de uma língua em
sangramento-magnético( desagrilhoamento da murmuração inumana entre os
mistérios indissolúveis e a deserdação das manuscrituras por meio de olhares
refractados ): por isso os textos dos outros-de-si-mesmos-sonambúlicos
afundam-se nas sobrefragmentações, nos colapsos topográficos, nas lavas
máficas envergadas por dilatações pollokianas: nos processos intemperisticos
com aberturas matricidas as palavras provocam intermitentemente as
proximidades-longínquas na desidentificação das artes, nas ciências
bruxuleantes entre os torsos velocíssimos das imanências, as obscuridades
poliarticulares dos leitores-écrans-jogadores-de-despenhadeiros e as bússolas
inapreensíveis e inacessíveis que retornam alucinantemente aos batuques da
estrangeiridade do corpo-poema em arqueologia distorcida: tentar
desestabilizar o animal com a vitualha improvisada em superfícies pluriformes
do impoder( os desabamentos das falas messiânicas anteriores às excriptas
dilaceram o imprevisível por meio de multiplicidades a-temporais das
embocaduras que se indiscerniram nas rugas esfíngicas das anarquias-
analfabéticas: o animal persegue-se transumanamente e nos faz ver a
derrelicção do erro com outros olhares-em-puzzle até ao estilhaçamento das
forças do mundo, às riscaduras entalhadas na emergência das alegorias
sobalçadas pela asseidade perante o roubo das escórias do corpo-poema): eis,
os embates dos estendais dos algoritmos babélicos, dos turbilhões
geoquímicos entre as rotações das vozes desorientadas, dessazonadas e
tremendamente devastadoras de significabilidades porque vivem do paroxismo
mortífero, reinaugurante dos istmos das revelações-ocultações-adivinhações-
policromáticas e dos espectros das vazaduras, rasuras do mundo: o corpo
resistente do poema-TUAREGUE reinventa o bacanal da língua dos
sopradores de sismicidades que invadem contexturas com movimentos
extrusivos, com o pavor faiscante doutras línguas sem nome, com estacarias
de des-possessões, de intrusões e de galgamentos em deflagração
atmosférica( a palavra desvaria-se na fala contraditória, transfigurando o
abandono de outra palavra de se si-mesma repleta de genitividades). As
ressonâncias dos deuses desnortearam-se e os segadores do poema
experimentador de abstracções, reemergem tumultuosamente entre os
cataclismos dos tigres-hemáticos que percorrem, extravasam os flancos-
basálticos do TUAREGUE para enfrentarem as voltagens dinâmicas dos
corredores alienígenas e arremessarem as cartografias reflexivas-intrusivas-
anfíbias, as singraduras silábicas-geológicas, as cegueiras-olhantes contra a
memória desfocada do deserto( somatofósseis das palavras que perdem a
quase-existência ao aferrolharem a alienação nos contornos das arqueologias
do inefável): as vozes do deserto-com-alterações-compositivas capturam forças
transbordantes do poema ao potencializarem os revolvimentos das
perturbações-encantatórias, as gestações do insondável, mineralizando as
mandalas do informulável de uma língua colossal que se afasta para fora de si
mesma até às subducções invariantes, quebradoras de espelhamentos das
euritmias-silábicas): vejam, a sacralização do anónimo, atalhando os esmaltes
das labilidades das antecâmaras das esfinges re-iniciáticas do mundo-por-vir(
esquecer o saber com os jogos dos labirintos-imanentes onde as falas estão
suspensas entre a vida, o transe e os rumores que ocultam os seus percursos
nas abjunções embruxadas). O corpo do Tuaregue está sempre em mutação,
em alomorfia translatória porque navega antes de surgir, avança no seu próprio
desaparecimento e vive dos anélitos das síncopes das cataratas fabuladoras
que circulam eideticamente nos nódulos gigantescos das arquitecturas-das-
ruínas onde as artesanias deslizantes das palavras corporificam o extravio das
imersões da distracção do pensamento não pensado adentro das expressões
ourobóricas de infinitudes ritmáveis que desejam os dardos inesperados das
forças-do-estrangeiro com os estremecimentos das celsitudes transitórias da
metalurgia-plurivocálica: o Tuaregue-cósmico re-faz-se nas desleituras, nas
transleituras, nas desescritas, nos abecedários dos despovoados que escapam
às analogias e às interpretações porque há uma sombra incodificável dos
movimentos atmosféricos-tectónicos, um fetiche-maternal em zonas de Rifte,
uma paixão a-cronológica que o despossui através da emergência das
hibridizações, dos limites difusos dos epifragmas____encarnar as nidações das
línguas tremulantes com órbitras-araneiformes varadas pelas articulações das
peugadas esponjosas da memória ontologicamente infinita, potencializando o
figural do corpo-do-corpo-sem-origens-dos-batedouros( zonas de
contaminação alocromática, de mutações sem mapas onde uma escrita extinta
renasce obstaculizando as blástulas das palavras fúngicas): vejam, o glamour
espasmódico dos ecos das inflexões epifânicas, das glandulações dos
hibernáculos que jamais alcançarão a plenitude do redemoinho in-vertebral do
texto poético porque vive da potência das intercadências não mensuráveis e
das verdades inalcançáveis( estamos perante o flagício rústico e sedutor da
palavra repleta de orfandades inapreensíveis, de processos adiabáticos, de
combustões microbianas): sem começos o TUAREGUE miscigena-se com os
respiradouros descentrados da nooesfera, com as espessuras inexoráveis das
sinergias des-construtoras, descentradas, desestabilizadas e coloca-se longe
de si mesmo numa iminência-esvoaçante-murmurante onde a impossibilidade
de dizer o faz permanecer inacessível, meteorizado entre as escamas dos
gestemas rastejantes em deflagração fílmica que despertam as coexistências
ecoadas e ecoantes nas angulações insuperáveis para auscultarem as
esfinges das cataratas do mundo, as não-moradas do mundo insonorizado
(tentativa da dessecação dos estromatólitos-justa-fluviáteis): assim, as
ventosas-biossedimentares que o emancipa sem regresso nem partida,
exercitam o pensamento esquiador e perseguidor dos enervamentos das
alcarsinas criativas, dos malhadores de lucarnas( um grito marsupial sem
repouso na atracção do difícil, na ressonância dos acasos-ostráceos que
transviam as traduções do mundo para incontaminadas vigílias sempre
inacabadas): a extenuação corporal em close-ups do TUAREGUE sobrevém no
pensamento-das-signatures-escorchadas, nos epicentros talhadores de
carcaças narcóticas-demiúrgicas e dos ecos dos golpes das lacunas que
assimilam a negação cubista do mundo, nos entrecruzamentos sónicos
farejadores de feitiçarias, de trópicos inconclusos: estas estrias da
indecifrabilidade e da indiscernibilidade arremessadas contra o sangue
camaleónico-ciclópico do transe transmovem o poema dissecado pela
fascinação composta de não-domínios irrefreados, caçadores de flagícios
imprevistos, sim, o pensamento-em-ricochete-estético que expande
desabaladamente o TUAREGUE com lamas incorporadas nas fagocitoses
flamantes, nas rasuras dos trepadores de silêncios das infralínguas
clandestinas onde o nada conflui nas fricções da teia cavalgadora de riscos,
nas golpeaduras do vazio-ressangrado (solicitar a impossibilidade no poema
com regenerações dissipativas até aos embates das indeterminações
coerentes, das religações cósmicas-impessoais que refazem a vida-da-vida-da-
assintaxia entre insectos necrófagos). Foram as acidentalidades escavadoras-
de-ex-criptas-pulveriformes e os boomerangues traçadores de mundos in-
transponíveis que desarvoraram os ressurgimentos das línguas tatuadoras de
intervalos náuticos e que perlongaram a vertigem-ANIMÁLIA nas vozes
equinociais sobre a dança dos gritos nos ventres espiralados da
paradoxalidade untada pelos relâmpagos da orfandade anónima ( marés-altas
da desaparição a retransmitirem as sabenças dos olhares valvulados entre os
domos geodésicos das epifanias hieráticas, sim, o poema surge no seu próprio
arredamento, no tumulto do irrepresentável onde as ourelas esguelhadas das
sensações ameaçam a inalienação da passagem dos tacteamentos-ópticos):
de facto as despinturas do TUAREGUE com hastes de NAPIEN são
perseguidas pelos estribos do possível poema glandular do inacabamento para
o irromper novamente no eco petrológico, nos estremecimentos das
parturientes do seu corpo em metamorfismo variacional( a visão paranomásica
rasga-se nas obscuridades inapreensíveis ao tentar ensoar veemências
analfabéticas com chofres semânticos: a interpelação indizível faz da indução-
rapina um apostema adentro da gadanha semantúrgica em refracção,
avocando para a violência do gesto do leitor um rosto de excriptas extintas, a
íngua de Tanatho tenta ultrapassar EROS por meio de haustos mecânicos da
emanação vocal: inesperados serpentários cinéticos, fissuras incicatrizáveis,
des-possessões anavalhadas, enclausuram as cavilhas das palavras no
deserto nodular e nas encruzilhadas im-perceptíveis, permutadoras de
repercussões coaxiais que se escoam nos itinerários cataclísmicos ao
corporificarem o olhante-cerebral-inobjectivável e o poema já em si
filiformemente desértico assevera-se, falqueia-se entre catábases porque se
projecta longe de si próprio e dentro da luxação coreograficamente silenciosa,
dos erros multímodos, das capturas de punções problemáticas, destruindo as
golpeaduras dos estatuários das dinastias, os ensaístas-julgadores-buscadores
de respostas diplóides nas erosões do estranhamento( uma palavra de lesões
supuradas interrompe o seu azorrague de esbulhos quando outra palavra não
se enuncia em direcção à infinitude que contagia as matilhas cartografantes do
barroquismo-logopaico ): o TUAREGUE transpõe-se no ofício anfibiano,
gotejante de plasticidades cadaverosas onde as sobreposições dóricas
acontecem na catedral pantanosa dos trazedores de avanços do leitor
narcotraficante, sádico, estilhaçado e regerminado pela diferença das línguas
ascendentes-descendentes da irrealizável observância do excídio que se faz
multiplamente dissemelhança multímoda-visionária ao negar e ao
desterritorializar o TUAREGUE dentro de si-mesmo em conexão com outros
corpos transfigurados-panteístas: renascer consecutivamente na obscureza
recriadora dos alvoroços da demudança agramatical e das ectodermes a-
sígnicas arterializadas por súcias interestelares: estes
detalhistas/trapezistas/anatomistas-atómicos do poema desentranham os
escultores de fabulações vasculhadas inexplicavelmente entre os pêndulos
corvídeos, os necrotérios genomáticos e os semeadores de gravidades
reptilíneas que emitem entretons da memória-em-pânico-rizomático para
fotossintetizarem concomitantemente o tempo, o espaço, a espiritualidade, a
materialidade, o eixo descomunal dos traços sem pontos de chegada, sem
pontos de saída( holomovimento das glossolalias hiperfísicas em
sacudimentos-escalafrios-emaranhamentos orais do arbítrio vigiador dos sonos
que prefiguram as contracções dos estojos da palavra expulsa do fogo mais
visível): aqui-agora: o TAUREGUE coreografa o incoreografável entre os cortes
abruptos da angulação das bestas do poema com proeminências
sonambúlicas-cabalares porque o infinito inumano faz-se da magicatura dos
larvários-autopoiéticos que o alimenta adentro da fecundidade da inexistência
deslocada nas fendas voltaicas do inexprimível e perante a celularidade
perversa das ex-cripturas-procariotas que se desmoronam clandestinamente
no murmúrio ininterrupto do mundo( hipérboles dos aerofones em
desregramento): outros TUAREGUES se nutrificam por meio da tragédia-das-
medusas-criativas, dos fendilhamentos atmosféricos, para sentirem a loucura
isobárica, a perplexidade termântica da antimatéria no texto-em-queda-variável
com sanguinidades ignificadas-zaúm e multiplicadas pelas guilhotinas raiadas
dos experimentos dos carrascos fantasmagóricos-axadrezados: nos rastros
polifónicos, a impermanência da memória da profanação sacralizada absorve
os artefactos inoperativos, incomensuráveis da tentativa da escrita-
polimerizada entre os azimutes magnéticos-informes que alcançam os
deslocamentos insubordinados e sugadores de áreas imprecisas, de fluidos de
aferros-newtonianos: tudo remigra numa compacta dramatização policromada
das expressões vivas, das ilimitações transitórias da virulência sintáctica, das
extremidades manicomiais das tradições que oscilam nas endentações
incontroláveis dos rhythmos dos falsários, nas epifanias perfuradas por forças
cosmológicas, cosmogónicas, paleontológicas transformando a selvagização
do poema numa pausa mutante-actuante entre as trilhas mais interiores do
mundo da arte-cerebral em copulações blasfemanetes(deserto esfolador de
palavras): um mosaico de larvas geometrais com forças afectivas onde as
transumâncias-rupturantes do animal-poema reactivam a imperturbabilidade da
vida da morte apinhadas de incubações semantúrgicas que o emancipa no
espalhanço, na vastidão do fora, nos grafites polimorfos, nas rochas
biogénicas( o acaso turbilhonante surge no trágico silencioso do in-finito feito
de inseparabilidades afastadas do saber que se deforma continuamente no
anónimo, no imprevisível, no improvável apoastro_____incubação dos
lampejos das impermanências-DOBLE-CHAPA onde tudo reaparece, revive em
religações furadoras-absorvedoras de escapadelas-informes-plurilinguísticas ):
é nas derivações embriónicas-panspérmicas catalisadoras de milhares de
bolsas alveolares e nas indeterminações excessivamente derramadas entre as
cabeças assassinas do possível texto e as fissuras espectrais das centúrias
que as membranas das turbulências perceptivas do TUAREGUE projectarão as
cosmicidades feiticeiras sobre a palavra em permutabilidades conflituantes
onde coifas cadavéricas em obcecação desaparecem ao procurar os zigotos
heraclitianos com as crostas da sua própria placenta de im-possibilidades
sedutoras, de negações emergentes que são simultaneamente metaformose,
passagem, atalhos fabulados e teceduras destruidoras de significabilidades
(constelação de desastres gravada no corpo já insculpido nos des-cerramentos
das pervicácias intervaladas nas sensações gongóricas, nas mudanças
impessoais, nos rastejamentos Mamíferos Metatérios ): sim, o TUAREGUE das
tentativas-de-excriptas-quase-idiomáticas e das vozes-não-falantes desdobra-
se em vizinhanças antecipadoras de fluxos infinitos-incorpóreos que se
escapam das línguas dominantes, extrapassando as tecelagens babilónicas
com os remordimentos do grito teátrico: latências notâmbulas continuam a
extinguirem-se nas urdiduras multivariantes da biosfera! As carapaças ósseas
do poema escarifica-se desenfreadamente com coprólitos, com a ecologia das
retroacções, com os entrebates das antinomias encantatórias, catalisando
desmaranhos anabólicos-catabólicos, catálises enzimáticas, urólitos, visões
inesperadas, harmonias-em-desastre, andróides-espiritualizados entre os
exórdios das esculturas dos possíveis olhares repletos de visões heurísticas,
de mantras e ladainhas gravitacionais: estas excreções de permeabilidades
alegoristas, fotográficas, detríticas adentro do necrotério-vivo da palavra,
ameaçam continuamente as expiações dos deuses com as reciprocações das
matracas foronómicas, das partículas sub-atómicas, das memórias-cósmicas-
ilocalizáveis que desviam inversamente as síncopes do POEMA por meio das
luzências dos dédalos, da compressibilidade dos piroclastos, das obsidianas-
simbióticas, das derrelicções, das derrocadas da agnição: AGARRAR as
fusões da impessoalidade com carnaduras furtivas de KUAI que potencializam
a velocidade da metazoa-estética, as cordas dorsais do incomensurável
ansiado pelos olhos ressoantes do TUAREGUE constituído por milhares de
línguas em subducção sem dono, por miríades de animais em transbordância
afectiva, atravessado pelos caleidoscópicos das palavras inacessíveis
enfocadas nas radiações microscópicas da plasticidade dos recomeços
incrustados loucamente nos ecos das fisiologias incarbonizadas! Admirável
corpo de irrupções paradoxais, de instantes descomunais, inseparáveis que
dançam nos entrecruzamentos críticos do silêncio centrífugo, transformando-se
nas redobras insondáveis da vida da morte em fulguração
enigmática____CORPO acontecendo no frevo da experimentação e em
caminhada homérida tenta dizer____lapsos das teceduras dos prodígios___ ao
des-apossar-se doutro corpo de si mesmo com palavras misturadas e
capturadas pela primeira vez: antropofagia do murmúrio inumano! Abominável
corpo que se consome nos dualismos-tautológicos e nos hábitos do
esvaziamento-normativo: corpo da obsessão e da efemeridade-cristalizada: o
Tuaregue desloca o eixo da terra com permutações trans-históricas-visionárias,
desmonta brinquedos atmosféricos com as falas quase-iniciantes: recria a vida
da esferologia do poema com a fascinação das ladraduras do acaso, com a
exaustão dos alfabetos-incorporais: uma inundação de rotas expande-o
alucinatoriamente na in-esgotabilidade de uma língua sem tempo e em
permanente curto-circuito, em distribuição sedutora e dilacerante,
embaralhando as afectuosidades fertilizadoras dos olhares perdidos na
emancipação metamórfica!

( CORO-GREGO)_______Captar o último brilho do olhar em desvario adentro


da lama geodésica do poema...repetir sempre o mesmo gesto tensionados
pelos taumatúrgicos como se o ACASO da visão fosse realmente o infinito
desse saber-silencioso que nos leva para a sabedoria do inesperado com
sensoriuns em escoamento: imperecível vastidão da incerteza onde tudo
renasce informe e tudo nos escapa entre onomatopeias ergódicas, fazendo do
corpo uma coincidência de enervações de contrários perante as vésperas da
des-aparição das traçaduras dos livros desérticos-desregrados que se
chicoteiam a si próprios, que se chamam para fora de si próprios,
transformando o corrupio das enxertias do leitor numa palavra arremessada
contra a refracção, os ciclos desmemoriados das línguas: perversão dos
sentidos!

Intuições-centrífugas-centrípetas-da-BAILARINA

A Física dos átrios orbitais criam enzimas-cónicas, as linhas mestras voadoras


de um corpo de velocidades infinitas deslocam os aparecimentos das
bateduras cardíacas das andarilhas dos epitáfios-turbilhonantes entre as
aerações das danças do desvelamento das texturas quase brancas porque
penetram nos olhares caóticos da disposição paradoxal das partículas
gravitacionais, dos choques anárquicos com mapas de ramais onomatopaicos
que se suplantam a si mesmos para electrizarem os arquivos carregados de
peugadas atrás de qualquer ideia das artes marciais( efectivações cénicas sem
encouraçamentos, o DEVANEIO acústico desconhece estremaduras, deixa
passar os intervalos das manadas dislógicas, as curvaturas das máscaras das
povoações, as pregas das aphrodisias extratemporais(fricções do mistagogo):
penetrar no caos linfático dos gestos em descamação rés às matrizes
cranianas das feitiçarias-signícas que distorcem as forças do corpo holístico
com as zonas azougadas das colunas vertebrais do transleitor-bailarino,
multifocado nas topografias sem reciprocidades, sangrando nos mapas da
invisibilidade, OUTROS dizem que são afectações amnióticas-diagonais, são
capturas incarnadas nas opacidades cinestésicas que trespassam as sinapses
do mundo com ondas electrogenéticas desconhecidas no virtual-real onde
sobressaem as dilatações dos sentidos experimentados adentro dos saltos da
improvisata-excitatória( o corpo não suporta o vazio acelerado): a natureza
fabulatória e o poema rupturam a epistemologia, desvelando-se na atmosfera
vivificadora dos olhares estilizados pela física democritiana do roubo( forças
vetoriais bruxuleantes): o gesto-transver da força do leitor-Metazoa entrelaça-
se na inovação nas interferências, nas antícopes de outro corpo fraccionado
pela génese do todo que é silêncio-cartógrafo das amplitudes-moventes,
fazedoras de movimentos puros-projectivos por meio de composições
magnéticas dos brinquedos-medulares: golpear as axiologias com as
moléculas incandescentes que religam os sentidos cerebrais dos diagramas ao
animal grávido de intuições-centrífugas: são-já aberturas de outras
ressonâncias dos fungos dimórficos-intersticiais a rodopiarem as colagens dos
limites microscópicos, as capturas estéticas das veemências imperceptíveis!
Não sabemos nada sobre as miscigenações sensórias das virtualidades-
vibrantes! A BAILARINA percorre-se e impacta-se dentro da sua tragicidade
porque a epiderme é uma escaladora de despenhadeiros sem fundo, sim, uma
superfície de luminosidades a disjuntar, turbilhonar arquivos transversais!
TUAREGUE-ODYSSEUS

TUAREGUE-ODYSSEUS( coro GREGO)

O tuaregue-aquátil olha intensamente os apostemas dos rastos abstractos


onde uma ave-camufladora da gravidade dos centros-laríngeos emite a
imperceptibilidade do movimento enérgico com os atordoamentos fisiológicos
das séries dos acasos: olha-se subtilmente a problematização do corpo com as
raias estéticas das diafanidades, com os polos extrusivos, as transformações
deslizantes da visão poliédrica e nada é acessível nas mandalas biodinâmicas
que se esquivam ao palco das cegueiras, tudo se transforma numa galeria
abobadada da arte grega de “se-cuidar-de-si” nos microintervalos
hemorrágicos: o pânico das contexturas invagina-se ao abocanhar espaços das
colmeias-opiáceas que fazem expandir bê-á-bás-bilabiais até às hibernações
das caixas-de-ar e as válvulas dos caudais sem periferias reencetam as
empolas poliarticulares da zoomorfia nas rodas giratórias dos escombros
polínicos, os corredores dos choques da catacrese intervertem as rebocaduras
antiquíssimas, as roçaduras das línguas numa autofagia apócrifa-verbalizante(
contemplações alarmam e ungem os dominós da nidificação sobre os museus
dos hipotálamos:aqui-agora: os horológios fraccionam a desmontagem dos
lançamentos de dados com as desaparições transversais de EURÍDICE): os
rabiscos da logologia enfrentam as tapeçarias medievais, os recomeços da
visão clandestina entre os dínamos das danças das curandeiras e as
cinestesias não mensuráveis onde os gestos se expandem nas óperas dos
etimologistas invisíveis, afectando as misturas dos revestimentos da
musicoterapia por meio de lavas félsicas: os exantemas dimanam na
experimentação dos possíveis apreendidos por outros possíveis embrionários
que jamais alcançaremos, nada se efectiva nas circularidades dos óvulos
mezozóicos da BAILARINA porque as superfícies imprevisíveis do seu corpo
redobram as celeridades dos sentidos atmosféricos, as grunhideiras dos óvulos
inexistentes, os ventres vegetais dos espaços silenciosos até às glandulações
das hipófises: a orquestra mímica faz do seu itinerário electroacústico o oblívio
da morte, os desalinhamentos oculares, o acrobatismo das excrescências
torácicas: memórias-musculares-cénicas-rasantes entre as profligações das
centopeias pré-históricas, o i-material das assimetrias gimnospérmicas e o
volutear da vastidão das falanges sem causas( processo espinhoso gerador de
trompas transplantadas): tudo se esvazia nos de-cursos medicamentosos, do
excesso-vermelho fundidor de ferreiros em composição auricular ( antídotos
gumosos rompem as percepções nos canais semi-circulares das partituras com
as sombras medulares de quem atravessa os arquivos das parideiras pela
primeira vez): absorveram a obscureza nos jogos de arco e flecha
metabolizados pelas vetustas existências desabaladamente actualizadas: a
BAILARINA fica esgotada nas conchas da habituação, estraçalha talingaduras,
faz do tição de CREONTE o colapso das multidões sinápticas: lapida-se
completamente, irracionaliza-se sem saber os limites da vaselina corpórea, das
irrefreadas carpideiras_______continuará na lapidação petrificada: (ainda)
acontece o eco vertebral nas margens de Odysseus!

Ler-adentro-da-demonologia

PLANO MOVENTE____1____

A conflagração do LEITOR dos interstícios forja os lances inesperados das


palavras-decepadoras-de-trilhas-aformais porque deseja a assiduidade do
incompreensível no entrelaçamento da paixão-criptogâmica-avoadeira que
expressa a vivificante chama das crisalidações sem hierarquias, refazendo
vida, problematizando vida entre os micromovimentos das línguas tatuadas, as
mestiçagens barrocas, as cosmogonias-Náhuatl, os conceitos turbilhonantes de
FOERSTER, a des-ordem ritualística de MORIN, a harmonia vinda dos
despenhadeiros de R.THOM ( desfolhar a abstracção das partituras____ o que
somos nós, na REALIDADE irrepresentável?) Com os olhares cambiantes da
dança dos ventiladores uterinos: onde acaba a matéria esquartejadora?
Gesticulações inesperáveis dos carvoeiros, astrolábios catapultadores de
cissuras desmembradas na babel das cornucópias com crisalidações à deriva,
sim, o tempo do poema é o real hiemal na arca de exsucações do cérebro que
se questiona nas batidas do estrangulamento: como se accionam as vontades?
Ninguém sabe....ninguém ! Na pulverização inumana rumina-se desejos,
delírios, intermezzos de enervamentos intervalados pelas perfumistas-
tarântulas: amar é o luzir de uma luz inesgotável dizia-nos RILKE! O fluxo das
cizânias dos jogos do poema faz-nos desaprender nas bifurcações da
suicidologia, viver no baque de teares salinos, nos açougueiros de
invisibilidades: ferroadas das línguas inexistentes, cicatrizes da feiticeira
ritualização do inexplicável regenerador dos despojos das itinerâncias rítmicas,
das molduras inadaptadas do nada( buscar as falanges de EURÍPEDES, o
sentido estético no instante caótico: ampliar o olhar transmigrador de umbrais,
de corredores vazios, de acasos escorregáveis que anarquizam as
ressonâncias do mundo com os vestígios da indiscernibilidade: o corpo
desapossa-se, desvela-se para se espelhar na multidão narcótica-gótica que o
percorre, dissolvendo meteorologias, digladiando intuições limícolas com os
hexágonos do enigma insolúvel: úvulas-enxertaduras-em-devir, ecologia dos
cios transbordantes: o animal exige o silêncio dos copuladores de
arrampadouros incendiários porque habita o caos da reinvenção ininterrupta do
mundo, da exaltação da orogénese: colosso da interpenetração do
pensamento-orquidário____o corpo-incorpóreo quando diz o inobjectivável, o
imprevisível rapinador de contexturas, o desastre diante do incógnito retorna
novamente ao silêncio da hemorragia do desdizer com curtos-circuitos a
vibrarem nos gérmenes dos vazios intermitentes: aqui-agora, as forças
descaracterizantes de uma língua-entre-línguas-encarceradoras de isostasias
ressoam em corrosão entre obstáculos vivos da siderurgia em fendas-fractais:
vejam, a sensação do nada musical, a oxidabilidade do nada que transpõe o
coração sinestésico do mundo até às guelras das herbolárias: o nada é
ostentosamente a des-obscurecida e vasculhada hospedaria-desértica, a
expectação inoperativa dos recomeços com vozes-suspensas nas suas
próprias penumbras onde absorvemos as personagens das transfronteiras que
nos olham nos tropeçamentos ao renovarem o esplendor da incerteza da
cerração repleta de palavras avançadas, procrastinadas, resgatadas,
interpoladas num movimento vaivém até à magnetização do avizinhamento dos
resvaladouros fonocinematográficos: o poema-coreógrafo espera as
intersecções do olhar desaparecido no insondável, o olhar alienígena do
LEITOR-montanhista-lenhador, a iluminação espiritual-petrológica-piroclástica
com quase-limites plutónicos, fora das inteligibilidades totalizadoras(
imprevisível dançarino da-na NATUREZA-musicofilista): aradouros-estranhos-
estroboscópicos da história sem história, dos compassos biológicos das falas
inacabadas que enfrentam ventres despatriados, a tensão murmurante do
desaparecimento da vermicompostagem, o anónimo polifónico que se
desdobra-emancipa nas crepitações babélicas das próprias perdas
arrastadoras de experimentações opiáceas-verbais-não-verbais( as esculturas
do gestema conecta-se descontinuamente com o imperceptível ossificado
pelas bordaduras boreais): o poema provoca no LEITOR lacunas vazadoras de
visões opacas, a subversão de rotas zenitais, o desvio de percursos
petrolíferos-medievais, estetizando o labirinto hidráulico das desescritas, ecos
impossíveis dos hospícios que acontecem babelicamente no anonimato de um
corpo em fuga sem asseverações, destruindo modulagens com os choques-
centrífugos-centrípetos integrados abismadamente nos batimentos do espaço
estrangeiro, nas áreas bio-cósmicas, nas dobras do indizível feito de
enfermarias ritmáveis: conecta-se aos chocalheiros isotónicos com os cânticos
transmissores do livro das ÍNSULAS, escutadas no irrepresentável pliométrico
e na negação rumorejante que nos transporta para o fora-do-infinito que se
abre à magnitude do inabordável, do não pensável violentamente imaginável
em prestezas beligerantes-insulares: o animal questiona, desbasta convicções
perceptíveis através das transgeografias da desaparição feitas de milhares de
intervalos-distâncias-lapsos que nos levam para os ofícios do intangível: o
esbarrondadeiro tomou conta!Vitalização dos mergulhadores do
desaparecimento excitatório e do vazio gesticulado, acontece insistentemente
num eco das dobraduras ferroviárias inscritas na emersão profunda-
EXTRUSIVA que aproxima o LEITOR em vórtice do longínquo antropofágico
por meio da instabilidade do mistério-PICTURAL, da defluxão criativa dos
trovadores, dos estonteamentos das interfaces das perspectivas-dos-desertos
e do estremecimento da in-acessibilidade( saltos interpolados ligam-se ao caos
mais interior do corpo estrangeiro: tudo é afectado pela inexistência da língua
materna, pelo que vem adentro das ruínas globulares-urdidoras, dos destroços
indeterminantes, dos ecos-gestuais das salamandras, seduzindo e arrastando
o LEITOR para a escoriação imperceptível, entrecruzadora de falas em louco
movimento dos epifenómenos aracnídeoa: falas esburacadas em direcção ao
vazio carregado de estranhamentos impregnados nas reflexividades
translatórias crivadas pela cegueira intervertida nas extensões mímicas do
animal ): os leitores dos andarilhos espectrais sabem que não vão para lado-
nenhum e incorporam os policristais, os titânios inervados, os malhadores-
garimpeiros-dançantes do poema antropomorfizado pelas inseparabilidades da
infância-elíptica, terrivelmente sacrílega e criativa, sustentando a transposição
do incompatível com as intensidades dum corpo em insurreição tridimensional:
retornar diferentemente aos fluxos agramaticais contaminados pela miríade de
transitoriedades cosmoficadoras, abarcadas nos devires-rupestres-metazoários
e nas antecâmeras de rifts hemisféricos( o leitor finge sisifianamente e acena
na caminhada acústica da heterogeneidade às bordaduras dos simulacros dos
discóbolos da hodiernidade, subindo policromaticamente e descendo
polimorficamente, construindo trilhas hipnóticas-dançantes com excriptas
osteoarticulares: fendas polinizadoras-dilemáticas, vestígios embrionários das
expressões corporais, conflagrações astrológicas-corporais abrem-se ao
espaço cénico do relâmpago da língua onde um dizer profético, dramático,
fecundador dos cutelos da cosmovisão e da infinitude do grito das epifanias
minerais, circula nas micro-percepções vibratórias, rupturantes e sempre
descentradoras, abrindo-nos involuntariamente às possibilidades hibridas do
entre-distante-uivante: traços vagantes das sombras de precariedades
ecoantes des-orientam a visão que des-aparece nas vivacidades paradoxais
do poema em permanente rechaço recuperador de dramas dançarinos-
cizeladores-de-cavernas: atravessam rompimentos das verdades fundadas
entre uma língua sem tempo, um nada-em-regeneração e uma processionária-
errante-polispérmica que recusa-aproxima e reconstrói hibridamente o leitor
em áreas móbiles das forças-excriptas-em-risco que nunca remanseiam,
vivem em zonas de contágio estético, de e-imigrações sismológicas,
transplantam as perscrutações das proto-escrituras do mundo, operando sobre
e entre o silêncio do mundo com a memória do lapso ao excluírem-se nas
fasquias trepidantes da arbitrariedade agrícola: rasuras de im-possibilidades
reabsorvem as cisões das peças de xadrez com microscópios suicidas em
fluxos intermináveis: o LEITOR em si próprio repete-se sem homeoses por
meio das singularidades hieroglíficas: linhas mutantes, fulgurando as capturas
camaleónicas, os crimes órficos onde o poema irrompe extremado, intenso,
inapreensível, policromático para desaparecer e transhistoricizar os
descentramentos das vacaturas, a sublimidade das corporologias despistadas
que reaparecem na cerâmica mutante da excripta em re-composição-
grunhideira, transformada pela ritmicidade do mundo catapultador de rotas-
fetiches, sim, sopranos atmosféricos entreluzam as espécies-das-cabotagens
e os deuses-desconhecidos-ausentes): tudo se mistura espectralmente, tudo
se emancipa, tudo se encruza, tudo é expelido para os recomeços
cataclísmicos do silêncio retraçado pelas fluxibilidades resvaladias dos
alvoroços a-cronológicos: o nada diz e se recambia, se restitui, se restaura com
a sacralização meteórica dos desmoronamentos das inscrições através dos
travores de outras inscrições quase incubadas pelo grito revitalizador do
abismo desértico-náutico: a interrogação apreende o retorno repulsado da
alacridade com os ouvidos monstruosos do poema em transdução noctâmbula
e as visivas revessadas encadeiam-se nas expressões cibridas-precipitantes
que miscigenam o mundo ao arquitectarem as sismicidades esfíngicas com as
fissuras das síncopes animalizantes: movimento de ludicidades vibratórias das
efracções inomináveis, nega, enerva e absorve as riscaduras babelescas, os
bordos do gestualismo-selvático, propicia séries subversivas em grande
escalada, criptografada e entrecruzada pelos espalhamentos isossísticos do
poema sem pontos de partida, sem pontos de chegada, porque vive no nó das
curvas profanas-eróticas, nas faixas do rompimento das estacarias-verbais-não
verbais onde a recurva das gretas heráldicas recria a dança-infinita-diluidora-
de-raias e propulsora de esponjas anatómicas do deserto em desvanecimentos
espacializados pelas vazaduras da desleitura que provoca o des-aparecimento
migrador! A hibridização dos escaladores de visualidades intersticiais,
acontecem simultaneamente nas excripturas labirínticas dos prestidigitadores
como inervações fabulatórias ampliadoras de vozes de movimentações
inorgânicas e de golpes da clandestinidade cartografados pelos contrários-
visionários que sempre rapinaram as ressonâncias inacabadas das línguas às
espeleologias da orfandade em incisão errática, em-in-visibilidades rés às
encarnações da memória colectiva, memória transhistórica das línguas, da
morte das vozes em abdução, sim, indiferenciando os limites entre morte e
renascimento onde surgem outras vozes em diálogo infinito com os rastos
cosmogónicos da infância descomunal__________a memória se descerra na
negação-crítica da palavra inesperada, reinventa colapsos-descentrados-
mesclados pelas urdiduras cartografantes dos entrecruzamentos dos povos-
despovoados para viver no pavor do nada, no balbuciar interactivo das
parturientes-cósmicas: profanar o sagrado com o jogo das antecâmeras do
pensamento em risco sem saídas nem chegadas, instaurando um núcleo de
forças-de-vestígios-multiformes que enfrentam as braçadas criativas do mundo,
os intervalos indistintos do mundo que o LEITOR corporifica inexoravelmente
por meio de telescópios dos dédalos atravessados pelos espaços do avesso
sempre em crise nos recomeços de uma antiguidade complexificada
infinitamente entre os olhares fraccionados dos estendedouros marsupiais e a
desestabilização das sombras do poema! A palavra a questionar as síncopes
dos isolamentos alucinantes e fantasmagóricos desagregadores de olhares que
surgem do silêncio contemplativo da voz ou serão ruflos das embocaduras
imaginárias que nos fazem babujar na esfinge-diagonal para reavermos as
intensidades das linhas sulcadoras de arquiescrituras? A singularidade dos
traços sem lugar, sem cais des-figuram a própria des-aparição: as palavras
caminham no acaso sedutor-espiriforme, na potência caleidoscópica, nas
superfícies imprevisíveis para intensificarem o vazio dos interstícios, a
sedimentação dos cenários inexistentes onde a voz-lúdica em metamorfoses
contínuas tenta se dissolver para renascer simultaneamente no irrepresentável,
no anacronismo-futurível e esculpir os transbordos das margens oraculares:
tudo colapsa na pluralidade trapaceante do reconhecimento, na in-criação
tacteada pelo desejo acoplado à estética nómada, à intangibilidade ástrica, ao
arcano da duração, à densidade do transe, aos fenómenos geológicos-
biológicos que esperam o grito animalizante da metempsicose-vinícola, a
magicatura órfã das áspides para inventar o incidente intervisual, o andarilho
das dobras de Prometeu, das intersecções onomatopaicas das epidemiologias
que nos abrem a maleabilidade combinatória dos olhos-vadios entre as
performatividades do infinito, as forças de multifocalidades-inumanas e
poderosamente intervaladas pelo transitório-fluxível da palavra: ritmos
ondulatórios dos médiuns que alçam as hiperdimensionalidades, as
circunvoluções pan-semióticas-vivificadoras, enfeitiçadoras entre a transcrição
da violência-criativa e a confluência de matrizes das linhas astrológicas: forças
reverberantes das absolescências a esboçarem-se noutros circuitos de forças
electrónico-ópticas, noutros lugares de sensações oscilográficas que nos
transformam em animatógrafos dançantes das mutações isotérmicas, das
sinestesias topológicas, sim, atravessamentos sígnicos estriados com jogos
permutatórios, geometrias tácteis-articuláveis que performatizam as
tonalidades , as texturas do poema entre vibrações tensionadas estranhamente
pelas bandarilhas da língua que tentam habitar o LEITOR nos insulamentos do
transe: o corpo-tipográfico suspende-se no som dos atritos-e-das-mutações
indiscerníveis que sempre nos levaram para os minerais-atemporais das
pedras-humanas, para as absorvências dos descentramentos cristalográficos
que nos olham e nos trespassam para provocarem as cartografias das
imersões dos escaravelhos sígnicos: incidentes em liquefacção astrológica,
intensidades audivelmente multifocais (interacção oscilográfica entre criaturas,
cenários da in-esgotabilidade em transgressão que produzem fricções-
cambiantes e se contradizem criativamente ao romperem a deserção do vazio,
os diafragmas intertextuais): as expressões do distanciamento arrancam os
animais-em-interferência para cinzelarem zonas-contaminadas-pela-matéria-
que-performatiza-a-exaltação-dionisíaca-em-sorvedouros-de-desertos ou serão
os animais a golpearem em deslocamento anfíbio as áreas esculpidas por si
próprias onde as palavras epifanicamente rasgam o monocentrismo-ontológico
para acontecerem como vida-em-ferida-tatuada-polimorfa-prenhe-de-potências-
experimentadoras? O mênstruo imperceptível da palavra é a hemolinfa do
deserto sem saída e da revivescência da língua, da reaparição da língua,
produzindo olhares-violentamente-movediços no caos das fisionomias e a luz
da reiteração indefinida escava o vazio, constrói o habitat relacional do leitor
feito de interposições, de sonâncias, de tumultos, de apresamentos sensórios,
vagas, plurivalências, relações maquínicas, variâncias, translocalizações,
expansibilidades, órbita em órbita, forqueaduras, cruzamentos, eclipses,
agregações, separações, obliquidades_____alguém GRITA: NÃO, o leitor
navega, i-emerge no poema uma só vez e se debela, devastando as foices
protoplasmáticas do poema dentro da intransitabilidade e o trágico, o conflito,
os multíplices, procedentes de vários ecossistemas tentam recomeçar, tentam
ser a vontade de um exórdio do fora monstruoso entre o drama plasmático do
caos e a paradoxalidade-em-desmanche: as navalhas espectrais são
circulares no recolhimento dos ziguezagues de interacções da experimentação
zoológica e do experimento dos abateduros que recuperam as extensões
raiadas do poema adentro das forças abismáticas: jogar no absoluto em luta
com o extravasamento do divino e da aversão de uma língua amarrada no
crime: atentem, o êxtase-o-horror da poesia possui os seus i-limites com o
nocivo do carvão precipitado na realidade ininteligível que embute a sua
algozaria no re-nascimento da dissemelhança dos intervalos da morte das
vozes onde outra voz deflagra em contraste-suspenso: fatal soberania
deslocando-se na re-configuração do abismo, da decomposição do inacabado.
Eis, o pensamento do não pensamento que leva as expressões ao limite dos
anfiteatros dos venenos-curativos que nos TENTA separar da animalidade,
estando sempre em caminhada animalizante, porque o LEITOR é JÁ a
insciência do seu próprio corpo e dos alarmes zodiacais do poema, por isso ele
se recanta, se repercute polinervado na diferença, no desabalado, nos rastos
desterritorializantes: a poesia diz-nos para romper as verdades aprazadas, a
disciplinarização, retouçar obstáculos com as vivências da experimentação,
com os abecedários da lactação rolante do mundo porque o leitor reinventa-se
em várias línguas a-cronológicas-inoperantes, de fugas vulvares, de
incarnações sísmicas, destarte, a rotação da palavra incita a transcorrência
mandibular, a flutuação respiratória, construindo a anteface propulsora da
inexactidão-translatória onde se lança e descavalga a lascívia insaciável dos
jogos dos vitrais-pendulares que desnaturam a palavra-excrita até ao grito
infinitesimal que conflagra e invisibiliza o corpo-poemático até à geografia
tensionada da incompletude, ao erro vulcaniforme das colagens criativas:
acontecemos nos chifres-animatógrafos na língua, seremos vasculhadores de
línguas-deslizantes confluídas num só tempo e é com o seu fulgor dionisíaco,
com a incorporalidade das sonâncias dos acasos-de-arquitraves que
escutamos as repercussões do devir da desertificação, os estilicídios das
sensações, sempre inacabadas, sempre em derivações-capturantes-
fracturantes: negámos as oficinas do poema entre corpos pulsáteis,
intermitentemente anagramáticos e sentimos que tudo vem do nada das
viscosidades, das misturas infindas, da polivocidade da palavra antes da
decomposição da palavra: uma dançarina de CAMPINAS elimina as
entrepausas nos vestígios das vozes perdidas e move-se nas margens
fosforescentes das sombras sem anatomias: desceduras, teceduras dos
espaços lisos, lampejos das palafitas expandidas sem entrança, nem
terminação( espólios recuados e refrangidos escassilham simultaneamente as
certezas deslizantes e as trincheiras entre nascimento geodésico e morte
sazonal: a luz descomunal atravessa as vozes epifânicas e indeferencia
tremendamente as multiplicidades do leitor das ressonâncias das micro-línguas
do poema): o pensamento transformou-se numa dança-onomatópica de
adivinhas sem limites: as heranças das invocações proféticas lapidadas pela
renovação do pânico!

PLANO MOVENTE___2___

O LEITOR-TARGA presentifica o corpo dos criptogramas da natureza nos


algoritmos dos desmembramentos cinemáticos, nos respiradouros das
mónadas perdidas, nas garatujas tímbricas em derribamento inacabado, na
capilaridade ofídia das artesanias esfíngicas: fractalização dos parietais das
intensidades variáveis que recomeçam permanentemente nas usinas
fisionómicas, na reaprendizagem dos olhares meteóricos com baixíssima
precipitação pluviométrica: fracções tensionadas da excripta de vértices
arbóreos-encefálicos, imanizada pelas teceduras das drenagens paradoxais,
pelos esboços estéticos das fendas de lavragens feiticeiras (mapear as
irrigações do SENSORIUM, alcançar as argúcias dos vastos sedimentos por
evaporação e dissolver os limites nas gárgulas do invisível entre as
transcorrências do tempo dos maestros-répteis e dos cactus-saguaru): a
homeostasia da espiralidade dos rebocos do poema, da composição das
trepadeiras do absurdo, da instabilidade dos arcos de urtigas existenciais, da
espécie caçadora de cosmogonias, tenta desvendar a língua das ruminações
planisféricas, as possibilidades movediças dos batentes das falas sobre as
águas carbonatadas das erosões eólicas: coexistir nos curandeiros e
cascavelar topologicamente para conciliar as mudanças dos ritmos das
matérias com tempos de remadores de policristai, com os animais
palindrómicos que saem das luras límbicas durante o sangramento das
estações climáticas)sim, coexistir: descobrimento da biblioteca paradisíaca-
melismática do desastre captador de forças não verbais que se derramam pelo
dissemelhante mais interior da visão ou pelas bordas do mosaico de uma
excripta ausente, vazia-de-si-própria, uma excripta das correntes frias
ascendentes( adiada-estilhaçada pelas safenas dos ventos alísios): faz das
suas fissuras a denegação da finitude, as barreiras anti-chuvas, os
reservatórios minerais( as raianas paleodesérticas do texto se conjugam,
desligando antes de qualquer princípio habitacional ou latejo, gladíolo esférico-
baptismal): o leitor é já uma translação bulbosa de temperaturas ulceradas
numa bacia-lacustre-de-artérias-opalescentes, o leitor dínamo-rato-canguru das
monções-faviformes sustentado detalhadamente pelos excrementos fósseis
dos bovalves: agulharias das ressonâncias das lacunas da morte falante, do
cascalho de Rajastão( o obscurecimento reveza-se nas rebentações
soberanas, grávidas de afluências ininterruptas, de talhadeiras perseguidoras
de tímpanos, de metais ungidos pelas absolvições das falanges acolhedoras de
hienas polibuladas): des-aparecimento ecoante restaura as foices dedilhadas
nos gritos hexagonais que ascendem às superfícies das imprevisibilidades dos
dromedários, testemunham as escamas dos despenhadeiros e reinventam
fixadores-de-pigmentos nas expressões das nervosidades dos lacraus onde as
parábolas em exaltação desamparam as plântulas do conhecimento ao
entrarem no pasmo das vizinhanças cartográficas como uma entretecedura de
fluxos da anti-memória: tudo é desmontável, reversível, modificável nas
audições-tácteis implantadas nos golpes da percepção, nas imersões das
vulvas exteriores de quem nega a língua nas biologias das rupturas dos
espelhamentos fotossintéticos: aqui-agora, os olhares-moventes nutrem e
arruínam as escoras do leitor-dançarino nos embates do inacabado-parabólico,
fazendo do seu corpo o dédalo-criativo das hifenizações geográficas, a
transmutação geométrica dos pêndulos exorcizados, o instante das
histotromias da desencarnação, o anti-nome colossal, o narcotraficante-
hermafrodita de anaximandros, a rotação putrefacta da naturofagia, o
trapaceador-das-luzes-excessivas que autonomiza os choques-imagéticos do
barroco-aurático e tenta levar as mitocôndrias do poema debaixo de outro
poema-iodado em decomposição para as vértebras mais primitivas da língua já
trespassada pela mucosidade das navegações delirantes: contracção coadora
da ferida-língua na devastação do possível falante agramatical( violência
homonímica do FAUSTO que se revela, transvia entre crinas dalmáticas
____rasga-vomita perante BORATOS consignados às planícies de paragénses
erodidas): o leitor incorpora as arenas labiríntico-libertadoras-plasticizadoras da
nebulosa trífida, da geologia, da espeleologia-evaporítica, da dança das bestas,
da germinação impensada, das catástrofes elementares-avançadas e arrisca
reconstruir, transmutar rizomaticamente, inapreensivelmente, invisivelmente o
esplendor das multivariantes até ao EL AVARO de Moliére, à demudança
eruptiva-indecifrável-in-contaminada do estar no-do-mundo em configuração
nodular( aceder aos jogos das palavras das moradas exiladas com intervalos
heterogéneos repletos de evasões e de microplanos sem olhares soberanos:
quedas interpoladas entre deuses que criaram animais inapropriáveis ): aqui-
agora: reprincipiam as alfaias-afónicas do genoma-ourobórico do intangível, do
fora-de-si-em-si-voltando-se-sobre-si-próprio onde os maxilares das excriptas
em terríveis possibilidades se re-povoam, vivendo as artimanhas de outras-
nervuras-arrancadas das reservas de volfrâmio e suspensas na des-possessão
dos sugadores de imunidades vespeiras: o leitor verbera a densidade dos
vestígios das imagens matemáticas com o deslizamento perverso das
cegueiras dos chamamentos de OTELO que o levam para as não-fronteiras do
acidente da inscrição, ultrapassando inexoravelmente a historicidade do
sentido, do significado dos grânulos minerais na mudez das glandes dos
vertedores de escritas indomesticáveis ( arrancar os soluços das gemas, os
ossos aos encarceradores seculares com energias criptografadas)(acto:
emergência do assassinato das fidúcias através dos avessos lançados pela
sede do leitor-estrangeiro recapeado por venábulos e esporas do pensamento
entre epifanias e medronhos milenários: os buracos negros estão aí: nas
cartografias das epígrafes encardidas pelos pressentimentos refractários que
extraem o corpo à palavra por meio das ampulhetas da cegueira: seduzir as
ruínas do pânico do leitor com a anterioridade de uma língua por descodificar):
as afecções das tabelas dos elementos químicos, as religações dos sons do
texto próximas do absoluto jogador de visões-dissipativas que pressentirão,
revelarão o esbarro, o cruzamento dos basaltos entre a leitora de olhares
intersticiais, a voragem autofágica do des-dizendo-mundo e o silêncio
incompreensível da amante grafitada: injunções das tatuagens estilhaçadas de
CALICHE: contágios inconscientes nos equilibrismos das ladraduras onde o
sapiencial é devastado pelas RENDAS electrificadas da posse de um NADA-
tacteante, reinventor de lances de loucuras poliédricas, de lipotimias que se
entrelaçam nos últimos esboços do corpo: o sangue da ablepsia se inscreve
nas excrescências expiatórias: Sófocles ainda flutua nos escombros revulsivos
dos alienígenas alveolares !

PLANO-MOVENTE___3___

A Língua é a vida da morte da voz em fulguração enigmática, em deambulação


homérida-urobórica que tenta dizer____lapsos probabilísticos dos prodígios
onomatopaicos____ao desapossar-se do corpo de outra língua misturada com
as capturas do mundo pela primeira vez (a língua-gesto nos feixes das raias
incorporando o silêncio semiaberto adentro da averbação inescrita onde as
alavancas da palavra cruzam o roubo-ecológico das carpideiras até aos
inventários dos calígrafos intempestivos sob os efeitos do caos que recusa os
intervalos de um olhar sem refutações): antropofagia do murmúrio inumano
entre as demãos da existência-cetácea na experimentação fragmentária, na
variabilidade das cartografias incorporais, intensificando os limiares de
multiplicidades mágicas, de projecções esfíngicas que infinitizam o
deslocamento estranho do abandono e das ruínas da visão absoluta do
LEITOR monadológico: o olhar-palavra-bailarina-sem-prismas infinitiza a
recompensa do regresso caótico da possível visão: acontecem deslizamentos
holográficos: admirável corpo paradoxal, imprevisível que dança nas
barbatanas do silêncio, transformando-se em silêncio-trompetista, acontecendo
no frevo-maracatu da experimentação! Abominável corpo-encouraçado que se
consome nos dualismos e nos hábitos do esvaziamento: corpo da monomania
e da efemeridade (tudo des-aparece nos astrolábios das alcateias e o corpo
expande-se com a língua atravessada, prensada por dentro e por fora,
atalhando as tensões em decúbito ventral da realidade ao invadir geografias
inexistentes entre as simultaneidades de vozes vaticinadoras e as fissuras
lentíssimas dos azougues poderosamente ocultos): os espaços miscigenam-se
nas intercadências alquímicas, nos cortes dos mirantes de alvedrios com o
fluxo da intuição vertiginosamente aguilhoada sem aglutinações:
metamorfismos contínuos onde as fisionomias inesperáveis das lontras
esfouçam os acenos dos acasos porque desejam ampliar os assaltos daa
cornualhas do devaneio, desacelerar o ritmo das elasticidades dos eflúvios
para abrirem os polígonos das sensações do tempo, os encontros dos xilofones
do pensamento-corpo às superfícies mais profundas sem alvos, sem safras e
com vontades catapultadoras de milhares de forças compositivas em
permanente transfiguração (a dançarina-leitora avança enviesada, criando
caoticamente mundos inesperados nas partículas rendilhadas-espirituais, nos
lances lúdicos assimiladores de esfinges freáticas que multiplicam as filigranas
desconhecidas entre abaladuras paradoxais e telescópios vocabulares): estes
vazamentos de sensações ensarilhadas livram os gritos multiformes, os ecos
dançantes-encantatórios, os desdobramentos móbiles, as alomorfias velozes
de Eurídice que antecipam a vida frondosa, pululante, anamórfica e fugidiça
nos entrecruzamentos da cosmovisão fertilizada por meio da imprevisibilidade-
modal da sombra-caológica do próprio LEITOR de hímenes equatoriais:
acontecem entroncamentos imagéticos incarnados nos recomeços imprecisos
das vozes feitas de magnólias quase idiomáticas, quase povoadas pela
Antiguidade greco-latina (lavrar os olhares intensivos com relojoarias
descontroladas ininterruptamente pelos deslocamentos
atmosféricos____Andígena Cacullata, espreita acusticamente os vestígios dos
peregrinos alfabéticos que se extinguem entre os minotauros da
perceptibilidade invisível e as colmeias, as varizes, os chacais embainhados
nos poemas cosmogónicos): a pulverescência vocal-heraclítica busca o
inatingível do mundo onomatopaico ao dinamizar as ressurgências
transcodificantes da mineralogia, as explosões rítmicas-autónomas dos
vindimadores de sombras, gritos das escoaduras diamantinas ardem nas
artérias axiomáticas dos ladrões-geológicos sem malhas cardeais, sim, o corpo
alonga a visiva idiogramática porque se remove na deformação criativa dos
sismógrafos cibernéticos entre ecossons polispérmicos: são riscos glandulares
em cavalgada perfuradora a misturarem-se indiscernivelmente com o sonho-
gestual do LEITOR-BAILARINO-ecológico que é já em si um ensaio da
experimentação espasmódica, uma bacia hidrográfica nos espelhos dos
ornitólogos ___TRISTAN TZARA___ que simultaneamente o desvia, prolonga
e situa no mundo das ínsulas-apócrifas entre os fluxos das línguas
hemorrágicas, as inscrições desejantes dos sonares antárticos, os instantes
autofágicos dos engolfamentos do poema e as constelações transmutadoras
da confabulação CRANIANA, adicionando probabilidades logarítmicas,
difracções nanoenergéticas, arquitecturas-musicais sob os limites dos batentes
de uma tentativa semântica hidrodinâmica que reconstrói o lance da babel
cônsona adentro da transleitura-entalhadora dos seus próprios olhos-
medusantes-rotatórios( ondas invisíveis silenciam o mundo para se
auscultarem, ecoando demudanças inimitáveis, confrontadas com as 12 cordas
da CRAVIOLA): as asas geo-hápticas percutem os crivos das vozes dos
derramamentos caleidoscópicos que aceleram contexturas abstractas nas
latências dos augúrios em decomposição-regerminação lúdica e
órfã(gradações das esculturas timbrísticas entre as entropias, as sismicidades
dos utensílios doutros sons: catástrofes dos epicentros das sarças que se
estendem às ressonâncias de eclipses carbonizadas pelas vésperas das
pleuras dos visionários): os entrelaçamentos das contemplações das vagas
longitudinais-transversais-angulosas-gravitacionais do corpo do LEITOR
acumulam hipóteses magnéticas e entressonhos nas supremacias dos infinitos
dos incendiários de configurações idiofónicas que agem sobre o mundo do
ENTRE-ruínas-do-QUERO-QUERO até à estremeção das ourivesarias
metamórficas da palavra-por-vir( fragor criptográfico exige o desligamento
interior dos écrans dos corpos ): é imprescindível perdermo-nos nas
circulações termohalinas, nas passagens moleculares, nos micro-intervalos dos
gritos despovoados para precipitar vidas sem sinopses, sem nucleações fixas(
uma vertigem sintonizada com as precisões das massas paleológicas): é
urgente desaparecer nas ressonâncias do paradoxo visual, ser deglutido pelos
jogos do ocultamento estético e não deixar rastros, sombras-olhantes,
miuçalhas de meridianos impregnados na visão do carrasco, eternizando os
malabarismos dos arbítrios multidireccionais, as radiações ondeantes-
animalizantes do LEITOR-sinoidal que provoca archotadas no descaminho das
transumâncias-utópicas com os epicentros de capturas-uivantes( coros
sistólicos dos cavalos parados sem intendências biométricas, transportando as
escavações da obscuridade que anuncia a coreografia heráldica da
desaparição ao desviar-se das afluências-voltaicas dos polaróides
atmosféricos, das convulsões hipocondríacas, dos forjadores de áspides-
fosforosas que não pode ser olhadas em coexistências axadrezadas):
inquietação inapreensível das insularidades do eco-LEITOR escavadas pelos
contrastes dos abismos intransponíveis que devoram as passagens dos vitrais
em tempos diferentes sem causalidades rés às dramatologias dos trapezistas
das mandibulações im-profundáveis________um corpo disseminador de
mosaicos sísmicos, inesperáveis, variantes de uma língua afectada adentro da
língua de violentas torceduras-abstractizantes, de balanços plagiotrópicos entre
deuses de impactos desalicerçados onde os ritmos farejadores de signos-
sibilantes-selváticos pertransem o invisível para se povoarem entre
incalculáveis amamentações de instantes miscigenados por olhares fora dos
corpos!

A Língua explora em nós a possibilidade de perturbação, de transgressão, de


subversão das parecenças presentes, através da barbarolexia, do nomadismo-
Dakonda, das encruzilhadas-raianas que provocam proliferações nucleotídicas,
derramamentos mandibulares transformadores de simbioses em eclosão
piromaníaca entre os interstícios das expressões torcidas e os embates
convulsionados dos axiomas matemáticos-miasmáticos: linhas de ovulações
vertiginosas e esferizações gestálticas confundem-se no caos cristalográfico e
incitam os efeitos improváveis das superfícies das centrais-eléctricas a
cavilharem ciclones demiúrgicos: estes transbordamentos membranares-
giratórios coreografam os enlaces das excrescências das vidas devastadoras
de hierarquias, de destinatários, de simulações dissolvidas nas espirais dos
pânicos transparentes (acústica das fabulações esfraldadas até aos tempos
longínquos dos sanfoneiros que circuitam tudo o que lhes escoa: plasmas da
epidemiologia das bigornas sísmicas ): a potência de várias grandezas
anabólicas-assígnicas contagia as dobras das rubescências desmemoriadas
adentro das prossecuções dos avessos desmaterializados por meio de
singularidades buliçosas que se distribuem num campo problemático-
escarpado onde se experimenta as variâncias-interfaces-gestações-espiraladas
da língua ( zoofonias peregrinas ressoam nos desastres cartográficos onde
répteis territorialistas intensificam as improvisações dos alvos dos viandantes
sem fronteiras): dizem que as curvaturas da palavra são os hematomas dos
espelhamentos da sua própria vomição asmática, advém sempre da apreensão
dos desaprumos garimpados por órbitas hemorrágicas: ensurdecência das
articulações triádicas como acontecimentos topológicos no verso das jazidas
brumais que se refazem ininterruptamente na homeastasia da espiralidade, da
composição do absurdo, penetrando na tentativa do ilimitado das misturas
interrogativas das enciclopédias-melismáticas do acidente dançarino entre
migrações variegáveis e indiscernimentos incontroláveis: vejam, os fulgores
históricos em descamação sem anais: irromper o anfiteatros do vazio
insuportável: ossaturas derramadas pela nevralgia das fundições do
dissemelhante onde a esfinge da esfinge é um desassombro contaminador de
prodigiosas incertezas tectónicas, transmutadas arrastadamente pelas arenas
labirínticas-plasticizantes da cordilheiras-hidrópicas, da geologia insana, da
dança de górgonas, da germinação imprevista, das reciprocidades eruptivas-
indecifráveis da dramatização ourobórica: laçadas transversais do incriado
arrastam transmutações desejantes para a memória agramatical dos alfabetos
sem espectogramas: o colapso ondulante da palavra entalhado pelo esquisso
sonoro do tempo-puro (o poema de pedras-das-feridas-polimorfas acontece
fora-de-si-em-si-voltando-se-sobre-si-próprio produzindo corpos afectivos
repletos de traçados-ultravioletas e de recomeços-fractais que desviam as
tatuagens dos gestos calcificados para os arquitectos dos espaços da
crueldade experimentadora de vontades circulares, de ciclos imperceptíveis:
CORO-GREGO(o poema interroga e espera interminavelmente a resposta de
um olhar em forma de grito-absoluto para incorporar-se no seu espaço mais
interior, nos seus lances ocasionais, nas suas quedas sem itinerários, nas
cavidades dos reactores esqueléticos: aqui-agora: se desdobrarão as esporas
das superfícies imprevistas até às falas dos vasilhames desmemoriados do
caos-desejante que se multiplicará ao devorar repetidamente as visões-
cisternas-espasmódicas desse corpo mudo que se escava permanentemente
com as forças atmosféricas das palavras-incontroláveis: ele se torna a
coreografia dos despovoados num avatar intenso e o silêncio acrobata do leitor
de cabeças contrácteis atravessa o poema com a tensão-géstica que está fora
de si mesma___possivelmente esse corpo transformar-se-á numa desescrita
de núcleos da existência do transe e dos acasos cataclísmicos que de-
compõem o a invaginação da palavra____possivelmente!): estas defrontações
etimológicas--pluricelulares-tridimensionais fazem das obscuridades da
enucleação pré-babélica, a dúvida das constelações corporais, os fragmentos
prismáticos das superfícies polimórficas, as intercorrências inesperadas das
excriptas que caminham para o vazio-muscular psicadélico, para as
hibridizações parabólicas acendedoras de vórtices in-capturáveis que
restauram a vida semantúrgica com a reactualização das marcas panteístas (
centros-vitrais proliferantes das potências físicas): as voltagens das vertigens
catárticas, da reflexividade noética batem no cio galopante do deserto arterial
exaltando as transferências zoológicas dos devires-hipertextuais que circulam
nas tonalidades cósmicas, nas transfusões dos magmas secretos, para
celebrarem a ablução resplandecente, a reconquista sacralizadora das origens
moventes feitas de meios implosivos com simultaneidades barrocas : o
LEITOR-arqueiro fabulístico autonomizado pulveriza-se interiormente, cortando
e montando amostras de resistências andrófagas, de coalescências de
agulheiros, de entonações luciferinas, de parataxes biológicas
inesperadas____com os olhos cerrados tenta acertar no alvo das visitações
mutantes e vai intermitente no IN-CRIADO da própria flecha cheia de êxtases,
de alterabilidades dramatúrgicas, de plasticidades intensivas da in-
temporalização que reescreve a erotização sinérgica do mundo com os
impactos migratórios das sombras-vocálicas-permutacionais, transmitindo
silenciosamente vigores ovarianos ao avocar a voz das vozes do inacessível
encadeado na vastidão incrustada noutras vozes ressurgentes-flutuantes nas
transfigurações expiatórias__farmácias de arritmias i-materiais___serão as
dobraduras dos obstáculos irreferenciáveis em zonas de estilhaçamentos
modais que se voltam sobre o corpo do LEITOR, golpeando e expandindo
sentidos da anamorfose cosmogónica adentro das moradas antecipadoras de
vida-luteínica? A textura dançarina dos sentidos e dos não sentidos sonda os
arcanos-náuticos, abrindo fisionomias divinatórias e acostamentos
transcorporais com os alfabetos polispérmicos-vulvares entre fragmentações,
conectividades multiformes e pactos infinitos dos jogos de rotas-contrárias(
estremecer nas cordoalhas das repercussões afectivas. Irrupções
permutadoras de transes em glaciação ciclópica. Desaparecer no asterismo
inumano deslocando esgarçamentos fulgentes, intermitências nas rugas
colapsadas pelas fissuras dos murmúrios incessáveis e incontrastáveis ).
Ermal alvejante do outro de nós mesmos avizinha a correspondência do
distante da desobstrução dos zuidouros dos sortilégios onde se abre o vazio
labiríntico das expedições da anfibologia falicamente inexplicável, as
atmosferas psicotrópicas do derrubamento criativo para retornar às visões do
absoluto e ao escapamento das peugadas sígnicas( testemunhar o co-
nascimento da palavra-vegetal-mineral-glândula-pineal-leitor). Aqui-agora, a
excripta curandeira desvaria-se nos transístores da alomorfia planisférica ,
negando-se e projectando-se sobre os subterfúgios diáfonos, porque ela
incorpora rastos abelheiros-prestidigitadores e miscigena-se com as teias
incubadoras de desapossamentos, de ciclicidades subversivas, de eclosões
espélhicas até às desarrumações geomorfológicas-funambúlicas: corpos-
palavras, corpos-golpeaduras, corpos-babélicos, corpos da imprevisibilidade,
corpos da impulsão instintiva a explorarem a anfractuosidade, as subducções
dos chamamentos das orfandades e das catástrofes-regeneradoras que urdem
as loucuras fluctissonantes ocasionadoras de centopeias-metalúrgicas-
caológicas reinventadas nas luxações do presente em futuro sempre vertido
pelas forjas dos movimentos da alquimia pré-babélica onde o LEITOR
RECUPERA as superfícies-diamantes-do-grito transformado adentro das
hiemações poliédricas: intensificar as encurvas da antimatéria e colocar em
risco toda a linguagem dos corpos jogadores de dados, de discordâncias
consonantes porque os uivos-assígnicos vivem na estranheza translatícia do
poema-de-conflagração-de-falas para des-viver e ressurgir noutro poema des-
articulado que é já a evasão cativa da sua própria demência de fronteiras
invisíveis( as palavras gesticulam o nada, interceptam metâmeros arbitrários,
anéis a-significantes, cravam suas vértebras posteriores no sentido-transdutor
que a transcodifica, destrói, reconstrói precipitando resplendores
contraditórios): o LEITOR está perdido na instantaneidade abismática, nos
garabulhos inverbalizados, nas verdades opostas e é expelido entre-
pensamentos-engolfados-escarificados para a andança das desmontagens das
fábulas metereológicas, dos arrebatamentos dos cânticos que materializam
progressivamente e simultaneamente os embates das danças da im-
possibilidade na cauterização do imaginário-ferroviário, nos ritmos sensoriais
dos acordeonistas: o corpo-acoplado aos desequilíbrios-harmoniosos procura
as vidrarias do ilimitado, os arquipélagos do informulável na revelação do
relâmpago feiticeiro que provoca a regressão incomensurável à anterioridade
da palavra aberta às marchas policromas da contravenção instauradora de
tipologias-cavernas-azagaias-gradações-em-movimento-incarnado: vejam, a
excripta-desescrita-migratória na sagacidade conflituante da língua oceânica-
agramatical-mutante lançadora de escavações circulantes, ovais, claviformes,
insondáveis por meio das usinas do alvedrio, das eclosões dos corpos de
combinações mágicas( anarquias noéticas): dança-onda-de-fracturas-
estriadas-entrelaçadas-lisas pelas apoteoses compositivas-polimórficas das
perplexidades que tangenciam o indefinível, o inapreensível, o assombro da
impossibilidade balbuciante que nutre o alvoroço, as trompas vibratórias, a
necessidade incapturável da desordem, a violência da imersão e emersão do
fazer-poético( ver sem julgar: desmanchar formas: escalar aformas): nesta
prenhez obscura o LEITOR sobrevive e reconstrói o fora-oceânico-das-
expressões reinaugurantes de metamorfoses dilatadoras de corpos em
hipotéticas e irresolutas des-codificações_______risco das ampulhetas
espacializadas a cinzelar vozes cerâmicas entre vozes gangrenadas,
absorvendo hipofaringes-em-fluxo-em-transfusão que expandem os
decifradores tântricos do corpo das segadeiras sobre a violenta nidação das
bússolas doutro corpo com electrocuções indomáveis: experimentar a visiva
fungosa-falciforme do mundo: eis, o cântico das fertilidades comburentes da
terra enquanto interfaces alucinantes e emancipadoras das pigmentações-
animalizantes-cósmicas: um fluxo sincrético-frásico-descentrado entre
espiritualidade, ecologia e cosmovisão que persuade, ressoa e lança os vultos
do sono das palavras até às serpes ordenhadoras de estremeções sígnicas,
sim, alastrar cegueiras epigramáticas e misturar vísceras zodiacais no basalto
dos neurónios dos poetas-cavalos-sonâmbulos até à exaltação das
encruzilhadas dos ourives simuladores de hospícios vegetais: ondeamento e
cavalgada inscritos nas semeaduras simultaneamente contraídas e
prolongadas perante a circulação fluente da in-criação, das renascenças dos
formigamentos da memória-desmemoriada: são ressonâncias reconstrutoras
dos epifragmas na porosidade do xadrez dos gritos estéticos e das vigílias
topologicamente carnívoras: transleitura explosível infinitiza-se em desvario
alimentada pelo chamamento das antecâmaras astronómicas da catástrofe,
sim, mapas improvisados das alfândegas dilaceram-se através das
profligações do poema acrisolado adentro do infinito da incompreensão-lúdica
onde oscila as paliçadas da mitologia do mundo-por-vir! Sim, o mundo porvir
que esculpe o escrileitor, redobra-o, desdobra-o, devora-o em incomensuráveis
possibilidades eidérmicas entre os bois inexplicáveis e a transmutação dos
signos ocasionais, resistindo sempre ao poder das hélices da presença,
criando cirandas eurítmicas, esculturas caológicas até ao seu desaparecimento
piramidal onde surgirá novamente as dobraduras das orfandades da palavra,
os deslocamento dos mosaicos das sensações, a ausência iridescente da
linguagem em configuração murmurante: o LEITOR reaparece emaranhado de
silêncios interseccionados na voz de contiguidades uranólitas-astrofísicas: uma
plasticidade fisiológica inapreensível marcha na obsessão das nadadoras
mercuriais( vibração-SABIÁ misturadora de limites energéticos): na esfinge
polinizadora que o persegue e o transfigura progressivamente como uma
mandíbula-turbilhonante-boomerang, o LEITOR procura os visores da teia
náutica, o crime dos alvéolos astrais, as palavras da natureza demoníaca muda
no holomovimento das expressões devoradoras de manchas letais, de
limalhas-gésticas, de rasuras-anatómicas, de guilhotinas semânticas
conectadas minuciosamente aos latidos dos umbrais desconhecidos e às
escavações das circularidades-rupturadas pelas línguas extintas onde as
escoriações-vivas, retorcem, consagram, geografam e profetizam a remigração
das tecelagens das palavras escorchadas: esporas ascensionais enlaçam as
convulsões das osmoses das distâncias-ciclópicas: uma palavra infecunda dos
expurgadores-anfíbios crava-se continuamente contra os óxidos tacteáveis da
morte!
PLANO-MOVENTE___4____

A palavra tensionada apavora o indizível da LEITORA onomatúrgica-e-de-


batedouros galoantes por meio da luz-extravasada-intercalada das falas
caóticas, uma língua escalpelada pela sua língua alienígena-metálica(
caldeação de intuições descomunais-parturientes: o silêncio da voz capta a
visão do mundo para recusar a morte entre esquiadoras faunísticas): dínamos
mitológicos-zoológicos-larvários extraem enigmas sepulcrais na sacralização
do insondado das danças-animalizantes com andaimes-musicais-fabulatórios-
intraduzíveis ONDE tudo se arruína indomavelmente para regressar às
margens espontâneas das rebentações paroxísticas, desdobrando as
incompletudes das partituras transhumanas sobre os tendões das luminárias
em curto-circuito cinematográfico: icebergues das parábolas adentro de
mundos encarnados e emancipados pelos silêncios selvaticamente
reconstrutores das gestações-hápticas sem covardias, sem os orifícios
obsessivos das exposições deterministas( sublevações refectivas___memória
intervalada pelos alpinistas de alvoroços zoológicos, arrostando a solidão
sinestésica com o tempo dos cardumes balbuciantes ): o Leitor ressuscita-se
na faiscação indomável da palavra de aberturas inexplicáveis e do figural
inesperado do desejo-intersemiótico, mistura-se com o fogo da anterioridade da
palavra que apavora orficamente os garimpeiros dos pórticos dos animais
dentro de si próprio sem acepções, transferindo desassossegos involuntários
por meio da experimentação do entressonho e das enciclopédias biocósmicas:
corpos dedilhados por imagens infinitas porque se eliminaram nas reaparições,
espalharão contágios de sangraduras imanentes, arrancamentos fecundadores
de tessituras incicatrizáveis que buscam tonalidades mimeografadas em
velocidades variáveis entre os olhos dos outros-de-si-mesmo atravessando
possíveis visibilidades prismáticas, vitalidades do inelutável___oxidações
distorcidas da visão com metamorfoses vitrificadas-pigmentadas-lisas-
entrecruzadas que escapam à recognição, à fixação opulenta através de
dilúvios instituais, de embocaduras da imperceptibilidade e do deslocamento-
inestancável-infinito, rompendo as cataduras da verticalidade dos saberes com
a usina da vontade da voz dos dicionários medulares escoados nas peugadas
SISÍFIAS: as zonas onomatopaicas arrebatantes com ecos-impactos-
JAZZÍSTICOS nas carpideiras-epifânicas fazem estertorar o horror-fascinante-
ziguezagueante da palavra de armadilhas incubadas nas travessias baptismais,
orgásticas rés a outra palavra em devastação flutuadora porque não suporta a
homogenia, confluindo nos traçados das avalanches dos murmúrios
metonímicos, nos fluxos autofágicos-surfantes, nas sombras acústicas dos
deuses estranhados, nas cartografias das alcarsinas: espalhamento das
fogosidade-das-fronteiras-fantasmagóricas-sem-fisionomias(CORO-
GREGO___absorver o incomensurável duma voz hibernal que capta o coração
do mundo através de enigmas insolúveis: na matéria informe-anorgânica há a
luxação das sensações que fazem mergulhar o animal na indiscernibilidade
idiomática: um olhar policromado surge expressando o que não pode dizer ao
misturar as lavouras dos tempos num só tempo-de-mutabilidades-puras: uma
mulher atravessa o leitor e esculpe suas forças singulares com o silêncio
perturbador da visão: o pensamento hiperbóreo religa-se ao transbordamento
simbiótico dos afectos: eis, o recomeço da ex-criptura da memória cósmica!) A
vida do corpo de meridianos impensados é uma combustão permanente de
imagens heteróclitas-mercuriais, de cremalheiras tântricas que nos perseguem
esteticamente e nos levam para a opticidade das ruínas do texto esvaziado
permanentemente pelas imagens fasciculadas-inapreensíveis que vibram no
LEITOR-olhante-refractado, enquanto suas errâncias afectivas tentam
contemplar possíveis anteparos do corpo cego de pré-expressões xamânicas-
ciclópicas e tudo é absorvido intervaladamente durante o acontecimento da
catástrofe-regeneração dos vestígios das osmoses isossísticas entre
cronologias destroncadas: dramaticidade do cadáver-poema assaltado pelas
forças esburacadas de rostos ausentes( desaparecer nas incisuras
verberantes): estamos perante a imergência das dimensões de diferentes
escamas messetérias-nómadas em contubérnio com as proximidades das
línguas trespassadas pela erotização expansiva do inominável que nos
reconcilia e nos perturba com as fecundações entrópicas, com a singularidade
gongórica, com a afectividade institual dos desvios incontroláveis, da força-
implosiva-intempestiva que é simultaneamente vascularização cósmica, voz
antiquíssima-inconsumível e obcecação do silêncio na página em branco ou
noutros suportes cibridos-híbridos-ondulatórios-fundentes das mutabilidades do
corpo feitas de trilhas-devires interseccionadoras da transmigração quimérica,
das cirandas do desaparecimento e das reencarnações dos despenhadeiros
tatuados de batimentos acústicos: aqui-agora, as transfronteiras da dança-
diagonal do desabitado, do desmesurado estetizante é já em si a evasão
capturadora do mundo em diversidade germinativa das velocidades do
espanto, da deglutição profanadora das paradoxalidades corporais( o corpo
que extravasa o corpo entre o poema interrompido numa golpeadura incriada
)o corpo-fenda do incêndio cinestésico de envergamentos suspensos nas
texturas da vida que não tem uma ciência identificável, mas sim dilatações
feiticeiras, visões alegóricas caotizadoras, rasgos e halos sonâmbulos que nos
transportam para as fissuras de rumores fractais extremamente sedutores
porque nunca respondem, resistem na insaciedade multicelular-inconsciente
para nos expor ao sublime do estrangeiro, da mestiçagem metamórfica, das
raias singulares com batidas ecoantes das articulações atmosféricas,
impulsionadas pela in-existência das enlaçaduras de tempos onde tudo se
dissemina em acidentalidades criativas: o LEITOR reinventa os deslocamentos
das desleituras com forças dinâmicas-sismológicas, reabilita a alucinação e a
experimentação da estética-surfista das imagens-choque de contrastes
sincrónicos que recriam o caos numa anatomia-hilariante-hieroglífica-bizantina
rompendo todas os cânones por meio de corpos-vivos religados aos êxtases
dos entremundos: é nas bibliotecas-de-tactibilidades-de-olfacções-de-
alfabetos-cosmogónicos-emaranhados, de movimentos giratórios de corpos de
amplitudes variáveis que sentimos o holomovimento do grito das resistências-
arrevesadas regenerantes da vida e de vidas tarantulares: experimentámos as
ciclicidades híbridas da expansividade trangeográfica num jogo de espelhos da
protérvia das efracções do distante-tatuado onde tudo se tresmalha se
entrecruza e se absolve magicamente, nada está separado adentro do
afrontamento intenso de percepções, de sensações, de coexistências-
contrárias que se disseminam, gravitam em si próprias, ou será o retorno
avindor de desequilíbrios-criativos, de deformidades em potências inventivas,
de infindas irrigações epifânicas que renascem em propagações incorporadas
nos falhanços cambiantes, nas des-agregações-em-risco para se
interseccionarem nas tentativas de um deserto de vozes em reconstrução
oscilante e destabilizante! O LEITOR contamina-se ao restaurar os estendais-
náuticos do grito-gótico-cristalino do poema___ele-sem-lugar sabe que o grito
permanecerá inconcluso nas fiandeiras de epicentros simulacrais porque é dele
que se faz a estética cárstica do mundo, a azulejaria sismógrafa da
cosmovisão, o espasmo da celularidade involuntária, as interacções catalíticas,
as forjaduras das vidas impossíveis___ele-sem-lugar sabe que seu corpo-
trapezista-SERPENTEANTE só sobrevirá na granulagem das derrocadas do já-
dito e nas narcoses e-imigrantes, nas vibrações inventivas de fugas
incicatrizáveis e arremessadas nas descidas-subidas babilónicas: palavras-
que-acontecem-no-risco-em-potência-esfíngica-móbile-de-laços-electivos-da-
matéria-genital-helicoidal-das-estepes____os DEUSES já passaram por aí? A
pedra está sempre rolando, plena de peregrinações-azougamentos-
rupturantes, de acrobacias de superfícies em eclosão com dobras de
itinerâncias evaporadoras, de batedouros astríferos! O LEITOR irradia-se nas
rachaduras em queda prematura porque faz da visão do imperceptível os
mapas ilimitados do seu próprio bestiário que trespassa as intensidades
corpóreas-incorpóreas onde o espelho desaparece noutro espelho adentro de
acasos cambiantes, de gritos eliminadores de escritas e das distracções
prismáticas-luxuriantes do mundo!

PLANO-MOVENTE___5___

A língua é uma avalanche meridional em desmanche sedutor-encarcerador(


realidade incompletamente envolvida num lançamento impermeável de acasos-
intrusivos e de linhas enriçadas-povoadas pelas gestualidades irrepetíveis):
ritmo arquitectural das encruzilhadas dos pulverizadores de citologias
sintácticas, desmontando gritos nos mosaicos das sincronias dos instantes, nos
circuitos das placentas escapadas! A língua é pensada nos desvios
sublevados, reinaugura VESTÍGIOS acústicos, tragédias cancionais
regenerantes, é demoníaca, apolínea-dionisíaca, vazadora de possibilidades
de outros mundos no mundo com conexidades caleidoscópicas; leva-nos nas
suas múltiplas ressonâncias intervalares-vividas para a escoadura dos
arquipélagos em deflagração caológica, cheios de malhas nebulosas, de
expiações transformadas em vozes pausadas nos apressuramentos
translinguisticos que se arrastam nas metamorfoses inapreensíveis até às
travessias desérticas-invisíveis-intraduzíveis; transporta o LEITOR para a
tensão da não resposta, para a sonoridade modulatória do abandono e do
colapso, para o fáustico contraveneno do perceptível, para o tremendo silêncio
do avesso do mundo onde o devaneio, o improvável, a temulência se
desenrolam diferentemente, refazendo o as multiespécies-em-espaços-
ininteligíveis e nos restolhos do contrapoder: recuperar as tatuagens-disformes-
extasiadas-transversais dos ritmos ondulatórios do OLHO-INACABADO: a
língua arremessa-se no inesperado em ininterrupto devir do nomadismo, dos
afectos transhistóricos, das anatomias-pantanosas-em-transdução: oscilação
da visão mergulhadora de vazios onde a descomunal luz da perspicuidade do
LEITOR com novas conjecturas incontroláveis, cega-se no espalhamento
ecológico e atinge desabaladamente as disjunções das traçaduras da
anterioridade da escrita, das relações mutantes das vozes des-acreditadas
entre as raias ARABESCAS que buscam o passado colectivo e se dissolvem
na sublimidade intercessora de fracturas a-gramaticais, FORJANDO
volteaduras sonoras e gravitações afectivas em direcção ao riso incarnado no
pensamento: o pensamento desliza infinitamente nas voltagens moleculares
que se esquivam da fenomenologia, assimilando dicionários poríferos
(multidireccionalmente impessoal): deslizar arriscadamente no rumor
hipnagógico sem explicação, resvalar perigosamente no poema sem lavradio
mas em coexistência-animalizante de capturas algorítmicas, de velocidades
inesperáveis que forçam as transleituras ao abalroamento sígnico fora de
qualquer domínio das bússolas palacianas. A nutação e a profusão da língua
criam no LEITOR o arrebatamento dos desertos desmedidamente góticos, as
moradas moventes-descentradas-distendidas com jogos de força dos
equinodermos, porque é feita de turbas suspensas, de predestinações sem
cariopses, de jogos incomensuráveis ideográficos, de transduções dinâmicas,
de recomeços contínuos das mucosas impenetráveis, de encadeamentos
rítmicos revitalizados diferentemente pelas linhas ocasionais-performáticas do
poema que tenta implodir da barbárie e asseverar vida com o grito da
indeterminação dos brônquios, da desordem instauradora do desastre
necessário à criptografia futurível-estilizada ____ o LEITOR é atravessado
taumaturgicamente pela não pertença, pelas pedras labirínticas-porosas,
trespassa a língua súbita-volvida e a língua o transpõe simultaneamente para o
labutar paradoxal entre os timbres ubíquos dos arremessos da animalidade e
as escamações revulsivas, invaginadas pelas inflexões entressachadas nas
escoaduras dos desassossegos que o incarna e dilata na presteza das
apercepções heteromórficas: a língua é a errância animalisadora, a elisão
engendrada na ferida invisível-tremulante, vive dos ecos das rotas dos povos-
desregrados em permanente retorno com sensações exaltadas, prolongadas
entre a vizinhança dos afectos alocromáticos, a interrogação estética-
espermática, a metamorfose da matéria lançadora de dados apavorados de
quem procura exposições para a sobrevivência da palavra em risco, em
possibilidades fraccionárias das segadoras; a palavra vive dos náufragos
emancipadores da vida e se transforma sempre em variância concernente a
outras variabilidades cheias de reentrâncias vascularizadas, de depressões
transumantes, de ápices da mineralização, de permutações piroclásticas_____
ela chama-nos não para o que nós conseguimos destacar, mas para aquilo que
desconhecemos fora das trilhas, para as vibrações-religações das incertezas,
para o mundo sublime dos milongueiros, dos ensalmadores, dos bruxos, dos
adivinhadores, das epifanias. A língua é o derrame da im-possibilidade em
vastas linhas imanentes, uma série de estrias em contradição, a
impenetrabilidade-quase-maleável, um crepitar contínuo da divinação do exílio
feito de multidões desorientadas, de estranhamentos misteriosos, de forças
energéticas indiscerníveis, porque não se pode conhecer finitamente os seus
detalhes, os seus prolongamentos entrelaçados, as suas ressonâncias
transformáveis na tentativa vaticinador dos êxodos que se desmoronam
continuamente perante as antecedências das extensões a-significantes das
araduras da insaciabilidade, das amplitudes ilocalizáveis: extraímos
obsessivamente o incorpóreo, o desconhecimento fecundo entre conspirações
deslizantes e golpeaduras estéticas! Atravessamo-nos nas riscaduras do des-
velamento combinatório e das caminhadas friccionadas da incompletude. A
língua acontece no respiráculo fungoso da experimentação lúdica dos
contrários, do conhecimento desconhecido onde o incomensurável cartográfico
se abre ao deserto em captura antropomórfica e a poeirada da magnitude
incomensurável é-já o inconcebível respiradouro que transpõe e agita o
pensamento sem intermediários, gerando a crueldade da jubilação destruidora
de escalas mecanicistas: atracção prazerosa das perspectivas dos reversos-
inversos que fazem o LEITOR vislumbrar a imensidão de circunferências
estéticas da inumanidade do humano e de curto-circuitos propulsores de
demudanças, de transmutações, de transgeografias, de ligações
apaixonadamente múltiplas basálticas nos ofícios-alabidouros-
relampagueantes que atingem loucamente as teceduras imprevistas e
instiladoras de alomorfias borbulhentas nos interstícios epidérmicos da vida
procrastinada-antecipada do “homem labiríntico”!

PLANO-MOVENTE___6___

A língua é incomerciável, inegociável, mutiladora, larvária, anamórfica,


dionisíaca, coloca-nos diversamente longe de nós-mesmos-sem-interrupção,
no intermezzo friccionado, repõe-nos na prolificação de lançaduras de
farmacopeias de vida, de bivalvias das bivalvias infinitamente malhadoras de
aquíferos selváticos, por isso jamais será controlada, jamais permitirá algum
poder sobre as suas arquitecturas-móbiles, sobre a sua pele de vizinhanças
multívagas, vagamundas, deformantes, feitas de tremendas obscuridades, de
paradoxos intransponíveis, de perturbatórias profundidades antropofágicas, de
SENSORIUNS vividos e viventes, expandindo efracturas de composições em
composições ocasionais ( ela vive dos des-equilíbrios inscritos na incerteza dos
sangramentos e nas alienações sem pausa, sem repouso visual onde tudo
poderá ressurgir, acontecer, expandir, intervalar, flutuar, inumanamente. Eis, o
poema a ventilar-se a si próprio, a desaparecer no aparecimento
prestidigitador, porque foi contaminado pelo olhante desdobrado
imperceptivelmente por outros olhantes-balancins cheios de devastações
hipnóticas, de colagens, de iluminuras e de inversões enciclopédicas
CRIADORAS de perspectivas náuticas): ela solicita a recriação, a reinvenção,
os ACASOS sedutores, o dissemelhante multiplicador de danças, o enérgico
das errâncias repletas de balanceamentos torcedores de expressões que
emancipam e antecipam diferentemente o LEITOR repetido adentro do caos
INSURRECIONAL, adentro dos riscos perpétuos, sem regras, porque não
suporta sedentarismos, nem determinismos, PORQUE VIVE a ARTE da VIDA,
vive articulado às bricolagens(o presente-grito-des-figurado-grávido-de-futuros-
passados): o LEITOR acontece secretamente estilizado ao escapar aos
discípulos da história na tentativa do roubo permanentemente nomádico sem
conquistas, nem clausuras, apenas necessidade de se dizer-desdizendo no
enlace das sincronicidades antropofágicas, nas ondas infinitesimais, nas
difonias-assonâncias e nas auscultações das forças ecoantes reveladoras de
contexturas heraclitianas: é com a improvisação da língua polifónica, das
experimentações errantes que enfrentamos vertiginosamente os curtos-
circuitos da vida, o retorno profanável entre os timbres dos interregnos da
exultação, da fulguração assígnica e das dobraduras impensadas entre as
sonoridades da paixão e do pânico: des-conhecida vocalidade táctil que nos
catapulta novas forças ilegais-arrastadoras-criativas, novas ritmicidades
pensantes: recuperar ludicamente os acontecimentos primitivo-aleatórios;
atravessar objectos, matérias, alvos com disjuntores de altas velocidades
espostejadas: nas zonas de fuga a gestualidade cósmica absorve o
desassossego possessivo das hordas refractárias, os coros gregos, os
enigmas contínuos que fazem des-aparecer o LEITOR nos lapsos musicais do
texto-energón com sopros magnéticos, com azamboamentos de micro-
percepções-cismáticas: o LEITOR nas correntezas hesitantes das cartografias-
poéticas em transcodificação FEITA de incisuras incomuns adentro das
radiâncias das potências acumuladoras de nutações, solavancos hidrográficos,
expressões detonadoras de dádivas incontroláveis, imbricações
bacteriológicas, infinidades falsárias, gravezas espiritualizadoras( magnetismo
antecipador dos rasgamentos das molduras do nada): construir os batuques
das clepsidras com atiradores de boomerangues, novos espaços de vida, ver o
mundo heterogeneamente, feiticeiramente, rapinar o pensamento do mundo
com outro pensamento em vigor excessivo, transbordante, contaminador,
accionador de rebeldismos, libertarismos, de insurreições( rebentar a isolação
com a volatilidade dos calígrafos mesclados por letras-desvairadas, atrair os
impulsionamentos com superfícies estóicas ): destruir discernimentos, critérios,
autorias com linhas de fluxos de circuitos-múltiplos, com o levamento cósmico,
com os traçados das sobretensões atmosféricas que transmitem o sub-
transitório-transitório do in-exprimível dramatúrgico: mergulhar no incorpóreo
compositivo das subestações do caos de efeitos mecânicos-térmicos,
transformando-nos em nómadas extasiantes, em inesperadas desocultações
sem qualquer tipo de açambarcação: deixar viver a experimentação no
inacabamento rítmico, pensar nas fissuras com inflexões estéticas, destruindo
uniformidades, progenituras moralizadoras, posteridades do belo do futuro, sim,
ritmos das resistências uivadoras cheias de velocidades instantâneas-
heterogéneas que rupturam a universalidade, o acordo dos xadrezes sem
decifrar a hipótese inumana do poema: desviar rotas com a transitoriedades-
enlaces, com a impermanência-molar, com a instabilidade-tensionada das
lunações-herbárias porque os ganchos invisíveis do pensamento impulsionam
a insolvabilidade da acepção e a perda das analogias redutoras entre
resistências-conflituantes: a língua arctada e desdobrada no drama-êxtase
dançante do processo gladiador das adrenalinas humanas-catatónicas-
inumanas: perdermo-nos, perdermo-nos no próprio rosto de opticidades-
sonoras, de imensas afecções, de tremendos algoritmos das releituras
clandestinas que são já visageidades a passarem-se noutras visageidades,
atmosferas vitalizadoras que eliminam as castrações das normas e das leis
historicizantes com as múltiplos sons anorgânicos, com as ondulações
intensivas, dionisíacas: sair da normose identitária-imobilizadora, da
pessoalidade que nos encarcera, que nos enclausura, sair da fixidade, destruir
muros das significações tirânicas com a arrancamento dos excertos sagazes
dos alfabetos-vivíssimos, com as capturas das encurvas sensoriais, com as
fragmentações conectadas com outros escapamentos matéricos atravessados
de magicaturas e de corpos prestímanos: a jubilação do secretismo
entremeado de vozes em mosaico acontece nos refluxos da estrangeiridade
porque as vértebras verbais galopam nos contágios de um insulamento a-
humano percorrido pelos estorvos dançadores de feromonas dos silabários,
sim, acontecer nas rugas movediças-anarquistas dos ditirambos dionisíacos,
na transversalidade das sangrias com o outro-gaguejante-fora-dos-eixos que
se forqueia, se escacha, se abscinde, se ablaqueia continuamente
reinventando microscopicamente deslocamentos corporais, cirandas de
olhares entrecruzados, fluxos de vozes dissolvidas noutras vozes-em-
rebentação, intensidades variáveis-dilacerantes de significados(SAIR da
LÍNGUA): construir movimentos cambiantes, contaminar ocasionalmente
elasticidades das trabuzanas de corporologias cósmicas, de ziguezagues
inomináveis, de cinematografias visionárias: transcrições acopladoras de
tactibilidades transmigratórias, de prismas germinativos, de matizes
fulgurantes-videntes povoando e despovoando o sublime, instaurando o
movimento da inexaurível visceralidade-simbiótica-das-pigmentações-
gravitacionais que gera afluências dissemelhantes, palíndromos, extensões
subversivas, espiralidades cinéticas, relações hibridizadoras, rejeitando o eu-
do-eu-opressor, os SODALÍCIOS, os símbolos da unidade vencedora porque
simultaneamente todos os mundos possíveis se rasgam, esculpem em
transferências ininterruptas-alucinatórias, todos os poemas de passados-
futuríveis se aferrolham prismaticamente no instante-imperecível dos
DETONADORES conflitivos, reinventando rotas anamórficas, tridimensionais,
intensificadas com as dinâmicas probabilidades, com as dinâmicas
cremalheiras vasculares-suspensivas repletas de mutações cartografantes:
palavras transbordadoras-de-raias-oraculares indissociam-se do LEITOR
porque se retiram de si próprias para se relançarem na renascença da revolta
que altera as extensões da flutuabilidade-sígnica: anfiteatros pensam nos
anfiteatros rupturando contexturas sensório-motoras, arquitecturas fílmicas do
realismo por meio das prolações dos olhares dramáticos-coalescentes-
cristalinos, das regenerações afectivas-lisas-inseparáveis que fascinam a
eclosão catalítica das antecâmeras dos acontecimentos da infinidade: in-
consequências dos sentidos irresolutos religam o LEITOR às anomalias-
criativas, ao vórtice das emergências afirmativas, ao anonimato, à orfandade, à
verdade da não verdade, ao mundo agramatical intensificador de des-
conhecimento-des-aparecimento das criaturas demoníacas da língua feita de
fisgas respiratórias-imanentes, de zonas-de-jogos-heptagonais e de espaços
partilhados entre decomposições, escavaduras, perplexidades e colossais
monadologias hiperestésicas! O LEITOR e o poema se conectam
espiritualmente com o ziguezague da pausa da contradição dispersiva, sim, da
indistinção dos labirintólogos que indeterminam as sonoridades corporais:
dissolver as matrizes, os numismatas-prometeicos, os transplantes das
desaparições num ritmo coincidentemente intervalado pelos deuses
desconhecidos de(em) todos os tempos acronológicos: os efeitos das
superfícies dos corpos despedaçam as modulagens das vozes que nunca
denegam o imprevisto: combustão auditível retransforma os metâmeros das
epígrafes dentro do caos iridescente onde as conexões das i-matérias são
improvisadas pelas línguas remanescidas dos tocadores góticos das aversões!

PLANO MOVENTE____7____

O LEITOR vê sempre um atirador de cataclismos que lhe escapa nas


transpassagens das azagaias do texto carregado de oxitocinas, de tensões
anagramáticas, de histerotomias zodiacais informuladas nos cadafalsos dos
ganadeiros da prestidigitação que des-aparecem autofagicamente entre
esferas tucandeiras e fósseis trilobitas ancorados nos rastros do inexequível-
armadilhado das palavras-da-não-pertença( tecelagens engomam víboras com
as crisalidações visigóticas): as lupas alvéolares exacerbam, enxameiam os
coleccionadores de eczemas dos acasos, seduzindo a robustez do
antagonismo em transdução elíptica: o absurdo-movente-das-visões-
escavadoras-de-pendulares-babilónicos, reinventam naufrágios-frásicos-
descentrados do mundo trovadoresco com a magicatura dos espongiários das
recreações verbais-não-verbais( furúnculos medúsicos abocanham
paleontologistas): as trapaças caológicas das sinapses aparelham-se aos
iluminuras dos premonitórios que fazem dos anfiteatros dos ossários
pentagramas aguilhoadores de joalharias intemperizadas: dizem: intercessores
das autogéneses cinemáticas: deslocação de acústicas inapreensíveis, des-
membramentos dos textos-de-simultaneidades recriam-se sem cessar nas
fricções dos OLHARES REMOTOS aproximados estriadamente, sinuosamente
das perspectivas abastardadas por excrescências faiscantes de
despenhadeiros com vitrais hidrossolúveis a anteciparem menarcas grafitosos :
alcançar os alarmes das latências na repetição dos detalhes infinitesimais do
subsolo sem os termómetros das profecias das catástrofes: homotetias dos
olhares em desautomatização( cartógrafos-coreógrafos transformadores de a-
cronologias de vontades gadanheiras-epigráficas e de tramas a regurgitarem
os fascículos dos areeiros barrocos): nada projecta o LEITOR para os
ferrolhos dos tempos precisos ou para as viseiras das medidas
rigorosas(entregar-se às travessias encantatórias da sonoplastia do abismo e
fazer do corpo um arrastamento mudo para tentar reaver as forças opiáceas do
poema): ele vive na plasticização interior do seu próprio corpo profundamente
revivido pelo de-FORA: mutante endentação estampa-se nas interfaces
imaginárias feitas de inseparabilidades auto-imunes (infinitizar os chocalhos
das metamorfoses com o jogo das capturas do gorgolejo do mundo): não
existem percepções materializadas do corpo-texto-em-movimento, do corpo
poema-inacabado-quase-interrompido porque as pontilhações do animal e os
tegumentos do alvo das presciências das ofídeas exsolvem-se
piroclasticamente na intensa dramaticidade das hemoglobinas transversais
onde mediterrânicas masturbações impulsionam as alfaiatarias da astralidade a
mondarem a holografia insuspeitada adentro da vazadura das vasectomias
sígnicas, sim, espaldares passeriformes purificam-se nos fotogramas
decifradores de corpos medusantes que buscam as vertigens de outros corpos
ritmáveis entre polivalências vocálicas, emigrações de temperaturas retorcidas,
dilaceramentos da ductilidade heraldista e congeminações abecedárias
retraçadas pela indecifrabilidade das vozes-sísmicas): o LEITOR sente a
prismatização da hecticidade do animal sob as forças da verdade sistólica dos
sazonamentos: dizem: pensamentos cosmicamente fragmentados, desejos
candelábricos com bois raros que catapultam outras células-patafísicas
atravessando as traqueias das multiperceptividades, as nervuras mallarmaicas,
os espaçamentos dos enxofres em circunvolução carburante: os trampolins das
interactividades hermafroditas do outro-de-si-mesmo atinge as hipóteses
cavernosas, as rugosidades ilimitáveis, os gadanhos carburantes que o
desmembra, trança em transmutações sígnicas-in-dissociáveis-das-eustasias,
reconstruindo-o sem sentenças, nem fundamentações-congeladas porque seu
corpo vive de correntezas semiografadas à distância, de pigmentações
inesperadas, indivisas que se conjugam ininterruptamente com as correntezas
das golpeaduras pictóricas des-vivendo e regerminando misturadamente sem
categorizar ou circunscrever: as linfas-das-vizinhanças-abstractas identificam
as epidemias eólicas como linhas de resistência dos vazios problemáticos,
compostas de errâncias, puzzles, de INSTANTES de algoritmos probabilísticos,
de ligamentos alofilos, de emergências combinatórias, de vidas em jogo
reavidas às multi-imagens não manifestadas entre os produtores de roldanas
de sentidos intérminos, de sinergias impetuosas que catalisam crassidades
informes das tubuladuras-vectoriais, sim, o rigor do phármacon em ricochete
fertiliza os neurotransmissores de calendários indecifráveis através de
tegumentos das voltaítas( ungir o esfolamento fálico da palavra com os
insectos grávidos de estendais citológicos)! O LEITOR vive cartografando
resvaladouros intercalados com traços manchados de cordas em impacto
aleatório e arranca-se ao olhar intersector de cartografias da METAZOA para
se dissipar, se incorporar, se fissurar, se reinventar nas ocorrências
cronofotográficas do anónimo onomatopaico, das geografias sem saída nem
chegada até às tensões transbordantes do eclipse dos lampadários: aqui-
agora: a fabulação traçará as cartilagens metamórficas das línguas em retorno-
precoce com as processionárias das profligações ováricas-peninsulares:
visões eriçadas dos palinomorfos falham, desacertam ocasionalmente sem os
horóscopos das cores puras e com a alucinação genómica da visonha
tremendamente compacta entre os náufragos da embriologia: tudo se mesclará
nos intervalos das metástases do pensamento lupino que se faz bordado-
arqueiro nas agitações abismáticas, restaura a renascença da brincadeira do
mundo com gestos enxameados por trabuzanas, sim, estende-se na sombras
cheias de ventrículos, de leicenços, de garupas cinéticas, de guindastes
isotrópicos abertos às falas oblíquas da intempestividade incorpórea e aos
testemunhos ocultos catapultadores de disseminações mucosas: as
imunologias dos casulos salinizados por vórtices das vozes axífugas
entranham-se nos lapsos microscópicos quase impossíveis de paralisarem
porque curto-circuitam demoniacamente o ritmo-energon das palavras das
movimentações dos povos antigos ( ASSIMETRIA-feiticeira estranhamente
abalável e salteadora de cirurgiões lendários porque diz sim às garatujas
móbiles e medúsicas da vida: relâmpago da heterogénese lancinante,
germinação das ruínas viscerais entre permutações-de-icebergues podadores
de sonoríssimas artérias que caotizam as carótidas graníticas da palavra: o
horror panorâmico antecede a voz transformando-a numa trepidação
inexequível): encadeamentos profundos das visivas do imperceptível
incarnadas, conectadas à espessura dos não começos dos silabários
escavadores de dinâmicas exploratórias do metabolismo em decifração: são os
adufes das desfocagens a balbuciarem nos destoantes desensombramentos
sem retorno entre poderosas ópticas ausentes das origens acidificantes e
resgatadas pela putrescência dos saltos metafísicos e pelas engenharias das
escoltas antropofágicas (mutações das sonoridades vertiginosas à deriva,
procurando os processos dos aeronautas aguilhoadores de demografias
funâmbulas com os urdideiras indesvendáveis da apóstasis dominionista que
tenta rebordar as cornucópias da instabilidade corporal): o LEITOR salta as
cabeças guturais dos obstáculos com o expressionismo rítmico-contrabandista,
com as voltagens rebatidas, TECIDAS, trançadas em geometrias friccionadas
pela visualidade-táctil-háptica-espasmódica dilatando ressonâncias das
oscilações gésticas: o LEITOR é feito de políticas lávicas-lahars e ultrapassa-
se para tornar exequíveis os passos suspensos-descontínuos, os retornos
insulares, peninsulares, quebradores de ondas-ruminantes que o atravessam
telescopicamente sem respostas entre o masculino, o feminino, o cósmico, o
vegetal, o mineral, o cosmogónico, o cosmológico que são já em si o
incomensurável indiscernível, a inferência da contiguidade do longínquo
simultaneamente inalcançável e interconectado com milhares de corpos em
argiluviação_____singularizando-o, subvertendo-o nas tensões
harmoniosamente reversas das infinitas reexcripturas-signatures______a
arranhadura das culminâncias da voz-visionária abre-se às ilhargas
imprevisíveis das variações dos ergástulos a-sígnicos, intensificando a
sulfatagem da irrupção das porosidades intemperizadas por meio dos vitrais-
estereoscópicos: esboço das levitações esponjosas ressoa no passado-
actualizado dos tremores basálticos da origem inexplicável dos ABISSÍNIOS(
as ferragens da palavra-MUNCH ainda bruxuleiam nas gemas de resistividade,
na possível perfilagem geofísica das leucemias felinas)

PLANO MOVIMENTO____8_____

Os ecos polinizadores das encruzilhadas sensoriais-tubulares-gemíferas


projectam o alfabeto dos animais órficos, o sopro da potencialidade criativa das
coisas mudas, os espalhanços da aparição de um homem diante do ilimitado,
as tatuagens arrevesadas dentro de balouçamentos esboçados pelo LEITOR-
boxeador de granulações geológicas, de transbordamentos, de trilhos
flutuadores( o LEITOR é afastado da bibalvia do mundo para se conectar nas
pulmoeiras-ganóides-das-efracções-catatónicas, transformando o seu corpo
em silabarias criptogâmicas, desdobradas nas cabeças de JANO que se
desviam de qualquer domínio, de quaisquer cronologias, negando-se
imanentemente adentro das golfadas do acaso extremado e das torções-
deformações-trans-históricas porque os olhares-devolvidos se movem
transversalmente sem gráficos-espectogramas e em velocidades indefinidas,
sim, os JOGOS dos haustórios sem mapas de coleccionadores vitrificados de-
compõem-se com os movimentos irreflectidos nas transleituras com ritmos
circadianos: escoantes-diagonais nos traços alcançados pelas sombras das
stygiomedusas até ao esvaziamento expressivo da xistosidade, ao
esgotamento cinestésico dos occídios das oveiras, às inscrições fulgurantes
das seteiras geotérmicas onde outros corpos de volfrâmios-coexistentes
surgirão, se des-multiplicarão, se afectarão consagrados pelas inflexões da
heterogénese do mundo poemático, sempre em evasão milimétrica( múltiplos
intervalos em aglutinamento sem repouso fazem dos recolectores sígnicos a
mutabilidade migradora das palavras venéreas onde grunhidos dicéfalos
sedimentam as guilhotinas das estirpes rés aos betumes dos sopradores de
estações dos artrópodes): vejam, os transcursos eliminadores dos barómetros
das asseverações que tentam revivificar as gomas metálicas-idiomáticas dentro
das metamorfoses alveolares das sulfonamidas geográficas: hospedarias da
antimatéria rutilam as conjunções indeterminadas nos instantes-olhantes dos
artilheiros de vícios lunares onde Arquimedes é seduzido pela roleta russa-
mântrica das alcateiras para se arrebatar diante da crueldade a-
gramatical_____ afluências no interior meteorológico do poema nas cavidades
nucleotídicas, baba-dos-bois-pensamento-e-poema diluem-se ao
intensificarem-se numa performance apócrifa em des-aparecimento
indesvendável, serão ablaqueações policromáticas de instabilidades
intensíssimas a produzirem diademas de pânico nas falanges esburacadoras
de hipocampos ): O LEITOR entrega-se às nervuras das sombras das
veemências demoníacas, ao desconhecido-movente das palavras em
superfícies tremendamente profundas, ao mergulho das sensações
anamórficas, escambando rompimentos das sintaxes tartamudeadas em
direcção aos efeitos fractalizadores dos metropolitanos, aos efeitos das várias
temporalidades farmacêuticas que se entrecruzam no poema afastado de
coordenadas vocabulares e de alinhamentos das agulhas anatómicas repletas
de enxertias expressivas: palavras descavalgáveis, reversivas, transformáveis,
entrelaçadas nas turbulências dos seringueiros, palavras impregnadas na
plasticidade das imanências anárquicas e tudo se re-excripta em
transmutações de acervos refractários ininterruptos, em coágulos antropófagos
perpassados por morcegos coreográficos para submergirem nos rasgões
perturbáveis dos calos ferroviários: andamentos da experimentação
conventicular do devenir alvorotam a espessura do indiferentismo dos
gravadores de cetáceos em contágio com as geometrias das ruínas dos
telescópios dos acontecimentos mais instintivos: polidores de pórticos rondam
bebedores de espécies-cubistas segregadas por meio de ocorrências
composicionais das hidrografias coalhadas, outras transfigurações dinamitadas
por carunchos verbais entorpecem os estribos das bestas para se proliferarem
sobre os planos dos enferrujamentos cravados deslizadamente nas vizindades
do poema que faz da lavragem dos exílios uma arrancadura de hemorragias
cósmicas!

(o LEITOR é o nómada da turbação, do esbulho de si mesmo, acontece na


inseparabilidade variável e mobiliza-se num eixo de escafandros de
afectuosidades distantes, próximas e perspectivadas pelos olhares
semidiagonais que fogem às vaselinas dos arquétipos, aos espanejadores de
protótipos para se desenrodilharem nas metamorfoses das geografias
incorpóreas, imperceptíveis e para exsolverem as trajectórias das figuras, os
mirantes das fisionomias com a violência do feitiço da transmutação
intraduzível de agenciamentos poemáticos nutridos pelos roubos de micro-
olhares das parturientes da ilegibilidade, repletos de bandos arruinados-
revivescentes-ubíquos-autonomizados porque vivem desafrontadamente,
polifonicamente em trilhas arrastadoras de batidas críticas, de tramas
espaciológicos inobjectiváveis ): tudo é transposto em transe, tudo é navegado
no fora-em-nós até às des-montagens dos solfejos-da-reflexividade do texto-
sem-saída, do texto-errante, coexistente com obliquidades sensórias e
contaminado pela insanidade das crisalidações-transbiológicas impossíveis de
perspectivar( palavras que se escapam a si próprias numa necessidade de
entrelaçamento alienígena): as rasuras do corpo desdobram-se, convulsionam-
se, dilatam-se em ilimitadas e gangrenadas obsessões-malvâceas-ericâceas-
zoológicas-vinícolas para recomeçarem a-significantemente entre a voltagem
murmurante das reexcripturas, o des-aparecimento mineralóide, o
desregramento bruxuleante e as ressonâncias vacilantes do impensado,
descondensando os volteios das fisionomias aprazadas entre as partículas do
avesso e os alfarrabistas invisíveis( fundir a vida com as escutas incicatrizáveis
das esfinges): uma resistência metacorporificada avivadora da palavra-
microfísica na estremadura adivinhatória, alienígena adentro de deslocações
desejantes-afectivas e das incomensuráveis-indiscerníveis buscas das
cegueiras das visibilidades circundantes que suplantam as protecções das
fugas com os cadáveres abismais do poema(o espaço das antecâmeras do
animal dilata-se ao rodopiar no magnetismo das equações bibliotecárias dos
olhares): o LEITOR sente o fraccionamento do mundo-no-mundo varado por
acasos dos cardumes abismados entre glossolalias, reexistências,
incompletudes, energias das urdiduras de pólipos herbívoros que invadem as
promissões das mordeduras dos tambores de carbono fecundador de línguas
astrogeológicas em áreas sincronicamente-diacrónicas e os fascículos de
forças do corpo reagem paradoxalmente à presentificação inscrita na
porosidade do poema em deflagração mandibular, sim, os enfartes dos
historiadores cruzam-se nos ilogismos feiticeiros queimadores de matadouros
cronológicos, sim, o poema experimenta-se intermitentemente nas
experimentações alucinantes das avalanches estéticas, fora das codificações
perseguidoras para transpor as odontoses espectrais das fronteiras com
cartografias lisas, aradadas, sedutoras-im-pensadas( vozes e gestos recolhem-
se no acidente debulhador de exorcismos neonatologistas para eliminarem o
olhar dos planisféricos refractários entre os esboços das epígrafes do
devaneio): o LEITOR potencializa variavelmente as septicemias assintácticas
que experimentam a vida da morte, descobre infinitamente afluências
metabolizadoras de gestualidades intersticiais, de arrancamentos caóticos,
vitalidades desafiadoras dos dédalos dos ecossistemas carregadores de
carbúnculos e de acontecimentos sem teceduras-terminais, aproximadas das
fulgurâncias descontínuas que eliminam quaisquer veredictos sensório-
motores: corpo-LEITOR vacila nas falhas pulmonares-pensantes, na extensão
das obscuridades da carnagem, alvejando gritos forasteiros entre
prosseguimentos estranhos da metalização das luminárias, sim, buscam gritos
ciclópicos com outras acústicas vertebrais em exalçamento, em conexão com a
vontade de transformar as criaturas-mundo em rasgos de reviravoltas
inéditas(trespassar os fulcros dos dilemas com o des-aparecimento das
expressões sem retorno matricial) : reflexividade das fracturas das
dramaturgias antecipadas pelas intempéries mais rústicas que aproximam os
brônquios dos umbrais dos olhares-mandibulares para deslizarem nas
vagaturas das percepções em caotização: alavancas sensíveis dos afinadores
da tremenda lucidez das recâmaras albugíneas que liquefazem as larvas da i-
mobilização do poema para o reviver nas inexequíveis ossaturas corpusculares
( povoações de excertos incomensuráveis, de impermanências indomáveis a
transformarem as articulações indefinidas em desejos-sobrevoantes que
refazem mundos em derrocada ectoplasmática entre diacronias amodais e as
áscuas da vida em expansão anatómica-indefinível: eis, o baque estético do
deslocamento-AFASTAMENTO-permutatório do LEITOR confrontando o
silêncio tonal do mundo-poema perante o esventramento de moluscos
hibernados pela triangulação dos ciclones dipnóticos ): a radiação da
vicinalidade do distante torna-se mágica adentro da voltagem extrema das
labaredas umbilicais da heterogénese e tudo é assaltado pela pluralização
esfíngica onde o estilo polimorfo tenta povoar o que não existe( vórtice de
expressões de sentidos andarilhados: esculpir epidermes em transição e a
respiração do poema confronta-se com o descentramento das úlceras das
palavras experimentadoras de resvaladouros e de caleidoscópicos
manguezais): os ecos das possíveis interrogações atingem o arrebatamento do
vitalismo-inesperado e destorcido pela natureza infinitesimal dos acasos
skatistas( engendrar as matérias do impossível nas bordas dos planos de
composições violentamente irrefreáveis): as paixões analfabéticas são-já o
pensamento fílmico nas cegueiras dos alvos das fitotomias da
indiscernibilidade que expõem o fotograma-traumático do porvir nos flagícios
imensuráveis____dizem: infinidade de propagações vertiginosas, ou serão
esquírolas infiltradas na irrupção do poema que tenta fugir ao afligimento por
meio de transposições cismáticas e de embaralhamentos de choques
cartográficos? As incisuras dos cambaleios visivos desconfiguram os
desdobramentos vocais e os médiuns errantes cinematografam, retraçam o
espanto das circulações abstractas, as luxações rasgadoras de gestos
envolvidos nas vontades dos saberes desarvorados( percorrer territórios não-
inscritos, não actualizados com os gestemas-olhantes do poema onde tudo se
desagrega na biopotência dos hemisférios dos ofícios entre os movimentos
imperceptíveis e os esteios dos entozoários: estertores de patas de dicionários
que refazem os sabugueiros do leitor arrastado pelos efeitos dos lacraus do
caos ): uma explosão rítmica nos espelhos-écrans-improvisados, nos espelhos
sempre quebrados pelas ilimitações inaudíveis, nos espelhos subterrâneos
com andamentos geometrais que absorvem as sombras-da-liquefacção, os
jogos da experimentação das sismografias e se revolvem entre as fugacidades
dos textos des-focados pelos velamentos das ceifeiras fenícias da ópera de
Wagner( súbitas e precipitadas áreas chiaro-escuras que se dissipam
concomitantemente na agregação e desagregação dos contrários
transfiguradores de afectos do vitrinismo e de inauditos ziguezagueantes
lobulares onde percepção e impercepção são corredores de pistas de
obstáculos, correm paralelamente, infatigavelmente, independentemente
contagiantes sem se revelarem): golpes minerais com espionagens
entrepercebidas nas lavouras pirómanas, rugas intemporais com dúvidas-
gongóricas, incessantes ardis sinestésicos-intersticiais onde o corpo
fecundamente se desloca despovoando as alomorfias por meio dos silêncios
do deserto-da-desleitura, do invisível libertário-fractal até às castanholas
variáveis dos demudamentos intraduzíveis onde a transudação do magma
simbiótico é um trapezista do olhar-vespeiro que resvala continuamente para
sentir a fagocitose das atmosferas microscópicas-estocásticas( concretização
psicodélica das transmissões gregas-renascentistas-hiperbarrocas):
desdobramentos propiciadores de interacções catalíticas seduzirão um lugar-
babélico-de-composições-adivinhatórias adentro dos balanços da língua
osmótica tacteada intervaladamente pelas parataxes aracnídeas do mundo,
pelas danças de milhares de tonalidades circunjacentes-longínquas-
atravessadas por meio do fora-interior da anadaptabilidade dos enxugadouros
de transfronteiras: abastecedores de estímulos e das concomitâncias
dissemelhantes despertam geografias androgínicas nos cruzamentos cranianos
de extrema lucidez( os textos engrenham-se nos estonteamentos de outros
textos sem parar, repercutindo, elidindo, ressoando in-conscientemente ao
potencializarem as absorções de micro-mutualidades afectivas_____esboços
das intensidades solfejantes, das heterotopias e das revivescências informes
estão imersos de entrecorpos-impessoais: as capturas rebarbativas-
espontâneas-cinestésicas estão aí: na poesia do-no mundo problemático-
aformal e na tremenda excepção-animadversão, rasgadora polirrítmica de
certezas !

PLANO MOVENTE ____9____

O texto de ondulações inomináveis é copulado velozmente pela correnteza de


vida do LEITOR dos alfabetos incestuosos, de tensões tipográficas onde um
corpo-de-simetrias-instáveis antes de se dissipar entre súcias impessoais
entoa-se na musicalidade feiticeira das palavras, desencarna-se na visão-da-
visão das clepsidras para traçar-dilatar intervalos na espiral antracífera que não
existe-existindo no deslocamento muscular da cosmicidade porque as
oralidades das margens se transformam em silêncios do espanto da
metamorfose, em orquidários microscópicos carregados de fólios de
endorfinas: é a expressividade teátrica dos arados das forças terrestres, são as
fissuras das dobradiças das hipérboles, os feixes multizonais, é a deformação
locomotora engajada no corpo improvisado e regenerado no interior-do-fora da
rotação epigramatista de outro corpo em permanente desmoronamento
plasmático, sim, centopeias sangram na clandestinidade ao detalharem os
ringues das ossaturas entre as parálises ilusórias e os grafismos do
estranhamento das intermitências: eis, os obstáculos variáveis das
manjedouras ferropénicas, os incitamentos das lamelas das dramaticidades
vulvares a trasladarem-se entranhadas microfisicamente nos retornos
simbióticos dos foles consanguíneos que se sulfurizam tencionados no poema-
autofágico, na contraposição granular, na efractura minadora, na antinomia dos
ladrilhos ascensionais com enfurecimentos anabólicos a caotizarem as lacunas
semióticas dos búfalos, sim, mondadoras de vastidões ausentes de qualquer
sujeito balaustrado! O LEITOR presentifica o corpo-cubista da natureza-
erotizada no sorvedouro dos desmembramentos, das mónadas perdidas nas
vacilações das vespas: ventosas obsessivas hidratam a reconquista anfíbia dos
choques de polinizadores atmosféricos que recomeçam perseverantemente
nas usinas fisionómicas-totémicas, nos batimentos enérgicos das estatuárias
em reconfiguração do contrafogo-dançante ( a VOZ expande-se nos pulsares
claustrofóbicos, afasta-se dos rostos das alimárias e infiltra-se noutras vozes
estranhamente rastreadoras de estações-intrusivas, de assoreamentos
forquilhados pelo contorcionismo das linhas-férreas: exaltação-respiratória
artaudiana nas nadadeiras de infravermelhos: guinadas corvídeas entre
minotauros em hipnose arroxeada): homeostasia da reapropriação acelerada
dos limites batimétricos das palavras de Kasure, da expansão da grafiose
compositiva do absurdo, da fluxibilidade existencial dos moluscos, do
enervamento cosmogónico das fiandeiras, das hordas bebedoras de luxímetros
dissemelhantes que auscultam os escorpiões batedores das drenagens da
glaciação até prismatizarem o poema biomecanicamente: ventiladores de
miriápodes concentram as crivagens dos gladíolos nas gonorreias dos
areópagos transfigurando a mímica-corporal até às nervuras da tremulação
portuária onde as rebocaduras do poema com alvenarias estranguladas são
arribadas pelos assopradores carbónicos para se propagarem adentro do
arroubamento intersticial da performance dos touros fasciculados, ou serão
cremalheiras de urubus a exacerbarem sibilinamente os mamadouros salinos
por meio das últimas vértebras náuticas? Vejam, o animal em correntes de
jacto a-historicizado pelos opérculos-voltaicos em movimento, transfigurando-o
numa tremenda oscilação ecoante reconhecida pelas expressões abstractas-
disformes que enfrentam o gesto raro do ensaísta-astrólogo, ligado às
levedurinas do esquecimento catapultador de afectividades inauditas, de
dismorfoses, de de-composições, de des-montagens e de roubos imanentes:
coexistir na insolação do poema (sim, as defumaduras dos cortadores de
signos desembainham os archotistas bulbiformes das partituras meridionais
com os pululamentos das lobotomias agramaticais: o animal envolve-se
transverbalmente no corpo improvisado dos embarcadouros onde as injecções
coactadas-basálticas dilatam os esboroamentos silabários): coexistir até às
básculas da biblioteca melismática do desastre musgoso, povoado pelos
enxurros do pensamento em zonas de falhas diastólicas que se transudam por
meio das debulhadeiras-barrentas em dissecação e com prosseguimentos
animalizantes-assimétricos, encarnando as transições das alvorotas-alvoratas:
mosaico gestáltico de uma excripta desaparecida nos semeadores de
vitralizações, vazia-de-si-própria e de máscaras-mascaradas em
desvanecimento numa zona-de-raias confinantes ao caos( a proliferação
ourobórica surgirá em acontecimentos subterrâneos até aos avessos
irrepetíveis onde as bifurcações aracnídeas do poema se povoam de
chupadores de bússolas desérticas entre intermináveis turbulências de ascídias
altaneiras( superfícies-boomerangues-em-mutação, aventais hiantes dos
hipocentros sígnicos expelem surdamente os sarros das campânulas sobre a
escravidão dos comboios ): êxtases-regerminativos e estilhaçados
profusamente entre o refazer corporiforme, a ressacralização da violência pré-
verbal e as tensões das palavras recolhidas por outras palavras desenterradas
pelas vastidões secretoras de tempo): o LEITOR faz das suas fissuras
cinéticas a denegação da finitude, INCORPORANDO a excitação da realidade
maga ( as raianas bióticas do texto se conjugam, se insufalm, desconjugando
antes de qualquer princípio habitacional-mediador, absorvendo inconfidências,
devastações, cruvianas, andaços prónubos com as angulações das lupas
migrantes apinhadas de paquidermes: siderurgias contrastadas nas
acoplagens sem afectações: antecâmeras das ressonâncias dos dardos das
herbolárias instauradoras perseverantemente de herdanças de forças
venezianas, de disjunções respiratórias, de farmacopeias-vesânias (
rebentação soberana das anomalias in-vitro, das cavalgaduras das
pantomimas, das contaminações nupciais-zoológicas que escachoam nas
bordas das cartografias orfeónicas das sensações tracejadas por escumilhas
da musicofilia ): des-aparecimento ecoante restaura os gritos hermafroditas, os
gestos unigerminais dos epitáfios da vermicompostagem, despertando os
arpoadores do indespertável e reinventando as batidas-de-pigmentos-
arquejantes nas expressões do transe feito de longitudes-alpestres onde as
visões são audições-tácteis implantadas nos golpes sem grandezas, nas
imergências dos microfilmes das improvisatas, nas biologias desconhecidas
das rupturas das arraias que nutrem e arruínam o LEITOR nos favos do
inacabado, fazendo do seu corpo o dédalo-dos-armistícios-boreais, a
transmutação-gutural incicatrizável, o instante dos micaxistos da
desencarnação, o anti-nome metalográfico, o narcotraficante-hipoknesis, o
corrupto de bolsas marinhas, o trapaceador-das-luzes-excessivas,
autonomizadas nos choques-imagéticos-corporais onde as carpideiras
radioactivas tentam levar o poema para o mais primitivo de uma língua já
trespassada por cromatismos das blástulas entre aeronáuticas delirantes,
transfusões animalmente em des-equilíbrio e batentes de losangos opiáceos (
violência petrológica da excriptura que se destrói na revelação inigualável, nas
demarcações laudânicas: o poema é rasgado-vomitado-abstractamente na pré-
expressão e na deformação espontânea de-si-mesmo, dilatando a oxidação
depredadora dos acenos dos menestréis até aos talhadores de passagens do
alisamento da crueldade ): o LEITOR corporaliza as arenas labiríntico-
plasticizadoras da dança dos brotamentos impensados, das catástrofes
avançadas e arrisca reconstruir, trespassar rizomaticamente o esplendor das
multivariantes até às derrapagens pânicas, à demudança eruptiva-indecifrável-
in-contaminada do estar no-do-mundo-descarnado-subversivo-a-gramatical(
aceder aos jogos chocalheiros das palavras exiladas com os itinerários
lacunares das segadeiras do corpo): hodiernamente, reprincipia a
zoomorfização pré-semântica, o genoma dos rituais do insondável, do fora-de-
si-em-si-voltando-se-sobre-si-próprio onde asxescriptas se des-povoam
amnioticamente absorvendo glossolalias abismáticas, vivendo as artimanhas
translatórias de outras-excriptas-moventes-iminentes-friccionadas entre
prolações não-verbais e as des-velações quase-verbais percepcionadas por
fulcros performativos-esfíngicos: aqui-agora, o LEITOR verbera a densidade
dos vestígios das tradições polifónicas com o deslizamento desviante das
cegueiras que o leva para as não-fronteiras do acidente das bigornas
sintácticas: andarilhos da inscrição gandular ultrapassam inexoravelmente a
historicidade do alcance temporal que o encarcerou secularmente(acto de
constelações: emergência do assassinato das fidúcias através dos avessos
lançados pela sede do LEITOR-estrangeiro cartografado pelo esvaziamento
das imagens-em-narcose que catapultam outras imagens fissuradas,
fragmentadas nas remeteduras metamórficas ): vejam, as metamorfoses
químicas das máscaras férteis, as religações dos sons dos epifenómenos dos
textos próximos ao absoluto-jogador-de-magnetismos-membranosos que
pressentirá, revelará a colisão dos desfiladeiros esculturais, o cruzamento das
poéticas in-corpóreas entre a vocalidade indefinível do LEITOR, o vórtice
dramatúrgico das tabacarias, as transmutações dos excertos espontâneos e o
silêncio incompreensível da amante-desfloradora de derribamentos geodésicos
que fazem manter vivo o poema perante a disreflexia, a trombose venosa e as
lesões medulares do mundo!

PLANO MOVENTE____10_____

O LEITOR-ondulatório abre-se sobressaltado pelo olhar-nooesférico-vibrante


da interpoésis, da autopoésis, da interestética___intemperismo zoolítico(
experimentar câmera-a-câmera a rede afirmativa do passamento intensivo, a
interrupção da língua-maratonista com as minerações do rito atemporal que
nos põe em contacto com as bordaduras da assintaxia muda-libidinal-
espasmódica, com os encadeamentos cénicos, com as intensidades gestuais
da indiscernibilidade): vastíssima frisagem a derramar visões multifacetadas:
movimento multiusuário atravessando e interferindo nos espaços desfocados
da tradução dos ócios arteriais, nos corpúsculos multiperceptivos, nos anéis da
crisalidação-dos-olhares, nas rasuras das salinas sonoras, nas espacialidades
combinatórias das visageidades( escarificar o caos com o ritmo das acirandas
das sensações em desassossego): abrir os véus hiperdimensionais em suas
errâncias podadoras de cosmofísicas, em suas multiplicidades de hieróglifos
ininterruptos para um corpo de trópicos sísmicos que é potencialmente crítico
ao deslocar-se para a penumbra-alabastrina-bizantina do olhar derivado das
escalas humano-animalizantes-multiespécie: abaladura convulsivamente
paradoxal e próxima do tempo-a-cronológico a nutrir-se dos bestiários-
polissílabos com as polifonias, as relojoarias das prestidigitações do tempo
puro e dos acontecimentos transdutores do poema-em-atmosferas-abíssicas:
as dobras da disseminação etóloga-cíbrida do LEITOR buscam a reinvenção-
não-dimensional, a sublimidade do arremesso do EXILIUNS criativos, da
ressuscitação diagramática entre os batimentos das calamidades
imperceptiveis para trazerem os lenhadores de velocidades do poema para o
seu próprio de-fora que mostra as linhas errantes do mundo perantes as
guilhotinas onomásticas, sim, o animal dissipa-se, perde-se azuladamente nos
ofícios das engenharias nodulares, glandulares através das superfícies dos
deuses doadores de absurdos ocultos, das meretrizes com alfabetos
movediços em obcecação dançarina-diafragmática: abandonos dissemelhantes
do poema que se descerra inominável, evitando transcodificadamente a
supressão do LEITOR adentro de possibilidades irruptivas-fragmentárias. O
animal absorve os espermogramas das epidemiologias, os mastozoários das
paixões, as harpistas da subtracção, os desfibrilhadores das traições, a
cardanha do LEITOR-em-tensão-transversal que tece conexões carnívoras nos
tabuleiros das hidras, navegantes-musicais, imolando o POEMA dentro dos
poemas-ENTRE-meios-contrastados-intermediários-lávicos-transitórios-
dramáticos: o texto é uma balsa de fagocitoses, uma jangada de caçadores
cerebrais, cheia de constelações de sentidos inumanos, de ritmos sísmicos, de
pirâmides-moventes, de exaltações interactivas nas alfaias gravitacionais, sim,
o poema se encontra, reencontra no eco da povoação alienígena, na
espiritualidade explosiva-anarquista, na iconicidade iridescente-fragmentada-
estroboscópica, nos leucócitos despedaçantes : ela assevera não dar o que
anuncia dentro da jubilação babelesca, do antilogismo, das apanhadeiras de
avessos que potencializam as feromonas do paradoxal no caos consonante
com a indocilidade, a devassidão, a profligação, o indeferimento dos seus
nautas-farejadores-ziguezagueantes: o poema implica o des-aparecimento do
leitor na indiferenciação entre fauna-flora-metazoa-humana-piroclástica-rítmica:
as recombinações das assintaxias vitalmente envenenadas levam o LEITOR-
des-centralizado-nos-alvos à tentativa da luminosidade remanescente, ao lance
das vibrações-vizinhas-dos-limites-corporais onde as palavras desorientam,
suspendem, destroem a soberania do olhar-sonoro: o olhar entra noutro olhar
reinventando-se, teatralizando-se, fundindo-se nas arenas-hápticas para
construir uma coreografia de forças grunhideiras-policromáticas, sim, dobra-se
segundo os desvios imprevisíveis das dissolvências das raias que recolhem in-
visivelmente as residências afectivas do poema-jogo-de-policristais-góticos
entre pensamento-plâncton-cetáceo( tudo se articula para se rupturar na louca
contradição das superfícies pendulares que surgem e recomeçam nos aros doa
viajantes mondadores de mapas miscigenados): o leitor-microscopicamente-
cego-enxertado pelas fuselagens dos eremitérios está centrado na nutrição
intervalada dos devaneios-dos-testemunhos-da-inércia-criativa-em-movimento
que o religa ao fora-larvar feito de interiores-atravessados-de-coexistências, de
marchas extravasantes e de hemorragias estéticas-diagonais dançadas pelas
bátegas do abismo-gestual: no texto-olhar-desorbitado acontecem as
ferraduras liquidas da distância entre a velocidade tecida sem início-corporal e
o inóspito criativo de lapsos sem mensurações: afastamento fendido
proximamente pelas emergências latentes dos abatedouros da significação,
levando o LEITOR ao silêncio estranho das percepções gravitacionais onde se
inçam os sinais intangíveis dos vazios planadores que se reapropriam das
errâncias intensas para envolverem a radiância do poema-em-torsão-animalia(
variabilidade das fragmentações em potência boxeadora-sígnica). O LEITOR
resvala no intensivo-ciclópico dos obstáculos do poema, feitiçarias dedilham os
saibros silabares para se transporem internamente e mergulharem nos
sustentáculos da refracção das costureiras geográficas: gadanhas foto-
receptoras crepitam na peregrinação-e-imigração-animista do texto-enquanto-
espaço-móbil de desmoronamentos sibilinos: acontecem os jogos de força da
desleitura na correnteza dos olhares voltaicos-cosmogónicos, olhares
decepados pela transcodificação invasora que se quebra, se interpola e se
encruza sem nidificar somatologias para varar o poema provisoriamente
adentro das misturas acupuncturadas por verbalizações enfebrecidas-nupciais
( vestígios flexuosos das volteaduras dos silenciadores inacessíveis): SIM, tudo
oscila nas forças geodésicas que circulam debaixo dos textos, captando
paradoxos, travessas, transversalidades povoadas infinitamente pelas
ressonâncias das ressonâncias des-contínuas do corpo-Leitor: a sombra de
todos os acoplamentos dos lodaçais surge nos trilhos refractados pela
intraduzibilidade do poema caleidoscópico( HEBEFRENIAS) e as cataduras
geoméricas nos reconhecimentos das gravitações das fendas mostram a i-
mobilidade-anamórfica e as ascensões dos utensílios matriciais entre o real-
ilimitado cravado fora da logicização do anónimo _____se a afluência dos
afastamentos da visibilidade das redobras linguísticas actua osmoticamente
sobre os traços da obscureza dos gestos-entre-o-poema, os instantes
abstractos das palavras articularão o fora-da-decomposição com os ecos
coreográficos do LEITOR em planos cinestésicos, em acontecimentos
rastreados pela insânia do incorporal: sem formas iniciais-finais, os
descentramentos das imagens colossais produzem murmúrios trapezistas que
destroem realidades com outras realidades atemporais, criando angulações na
germinalidade da antimatéria, sim, o poema-de-intercalações se encontra
estranhamente-perdido e se fala-a-si-mesmo loucamente, dissolvendo
fronteiras-giratórias, deslocando sensações heteróclitas com os arejamentos
dos êxtases das partituras-híbridas que absorvem a escuta arquitectural do
mundo e nos aproxima das coisas decompostas musicalmente-sem-dizer (no
des-dizer-dançante o poema nos larga nas acendalhas do devaneio, no
aparecimento-desaparecido e transviado, fazendo circular em desfasagem o
que está no de-fora interiorizado por meio da a-gramaticalidade espiritualmente
violenta porque é feita de pensamentos flutuadores, de putrescências
coreográficas, espiriformes heterogéneses : aqui-agora: os helmintos e as
larvas oceânicas preenchem o vazio da transitoriedade da palavra até ao
cadáver monstruoso de outra palavra-incontrolável ( a celularidade do vazio
afirmativo do poema diz-nos que nada está presente-fixo, o vazio vive a
diferença gravífica da dança-das-simultaneidades, das projecções sem
topologias onde tudo desliza espectralmente nas variações correspondentes
dos gritos eremíticos-imanentes-viajantes! Sim, a verdade-inverdadeira-
anorgânica sem embalsamação, sem reflexões: cânticos transeuntes da terra
interagem com a consagração dos ciclos das epifanias-sem-órgãos___colapso
das hospedarias dos arquipélagos mergulhados transversalmente nas
abduções): aqui-agora, ressurgem as forças da improvisação, as úlceras das
sismologias, as reentrâncias cibernéticas lavram, a estucam os palatos
glaciares do mundo-impensado: aliar as cartografias da voz do mundo ao
mundo-silêncio-des-concertante onde as embocaduras da vontade-artesã nos
enturva-visivelmente e nos provoca emancipação insubordinada-
cinematográfica em desvio destruidor de conceptualizações: olhem, as
interacções do inatingível, a ruína do exórdio dos miradouros, a intercriação
dos atoleiros, o infactível matérico, o derruimento piramidal, a flexibilidade
incorpórea, as coagulações intersticais da antropogénese varacional, a
perplexidade do vivido, a tocar-nos nos paradoxos dinâmicos das raias-
pansemióticas-do-devir-fabulatório: o poema desmancha as liações do outro
lado da linguagem-vegetal-criativamente-inumana: fugir ergodicamente na arte
do espaço em captura galáctica! O poema sim…dança o espaço!

PLANO MOVENTE____11____

O LEITOR desliza na loucura acústica dos rumores da incompletude, no risco


das metamorfoses esfíngicas rompendo estruturas dinâmicas ao silenciar a
chicotada do dizer-da-fenda na voz sem órgãos que está sempre no limite do
que pode ser dito numa língua inoperativa e desdobrada pelos movimentos dos
hiatos do vazio pensante( re-composições intensivas)______SEU corpo
tatuado de murmúrios do mundo aventura-se no recomeço da teogonia órfica
da língua sem mapas onde tudo se desagrega através da errância histérica, do
exílio sulforoso, dos êxodos radiais, dos desvios das garatujas larvadas, dos
reversos-androceus decepadores de metáfrases, das psilocibinas
espermáticas( cissura irreflectida dos trípodes de faunos). O LEITOR-migrador
é arrastado pelo magnetismo da antecipação da magicatura do poema em
rebentamento misantrópico que o transforma em ladrão-de-megalíticos do caos
criativo, sim, ele transcodifica os serpentários heteronímicos, segrega-produz
as as arenas silabárias numa ciranda de fluxos narcóticos indeterminantes, de
ecos de alfabetos a-gramaticais que fazem vazar as sensações incontroláveis
entre o sadismo de quem interage com o necrotério do poema, os paradoxos
das composições expandidas no espaço da impossibilidade e os
estendedouros de abandonos estriados pelas rotações da orfandade, imbricada
nas talhadeiras das cartografias auriculares (em desaparição) que se remigram
sem pontos de referência por meio de espaços glandulíferos interseccionados
nas tensões da vaticinação-híbrida: estacas bifrontes ruminam-se nos
receptáculos-dos-ancestralismos-presentificados pelos lampianistas
escorbúticos: abantesmas moventes colhem as termiteiras das palavras
carregadas de agulhas, mostos, cápsulas, desarrumando os sanatórios com as
incubações das últimas sanfonas dos hipocampos: membranas fonológicas
engolfam os ventrículos do leitor nos pântanos soporíferos onde um anémona-
vulvaniforme sacraliza as alcateias verbais! Solicitar a reflexividade sempre
irrealizada e as variantes do poema-com-toureiros-de-fuselagens que
atravessa os malhadouos da língua petrológica com os escoamentos das suas
transfronteiras alteradas pelas micro-gesticulações dos remadores-alcalóides,
arremessando as velocidades das perspectivas contra as contracções-
expansivas das patas dianteiras do LEITOR: intervalos decomponíveis do
inapreensível, do xadrez do ansiamento petróglifo, inflamam tenazmente as
reminiscências do halogénio verbal onde as cédulas dos mimetismos
explodem nas aglutinações das hastes transgénicas que fossilizaram os
azulejos confessionais! O LEITOR recolhe-se na fisiologia da língua
estrangeira, nas visões inadaptadas e se torna um lanceador de desertos
sifilíticos, recolhendo hipotenusas-em-mosaico adentro das seduções
imanentes-hipertróficas onde o corpo dançante em curto-circuito é
permanentemente contaminado pela transversalização do alboroto paradoxal-
onomatopaico: abrasamento das forças phaneroscópicas de e-imersão da
indiscernibilidade feita de écrans transformadores de sorveduras atmosféricas,
de falhanços incomensuráveis, de librações fora das trajectórias: despojos
infiltram-se nas coalescências da ilimitação do visível entre venenos
curandeiros e socalcos heurísticos: transmover espaços heterogéneos-
vasculares e remete-los para as vontades das escavadoras dos centros
infinitos que abocanham esteticamente tudo que reage nas salmouras, nos
cutelos, nos ferrolhos com arrancamentos intumescentes adentro das
cartografias de estabulações vampirizadas, sim, engrenagens assaltadas
pelos estorvos-líquidos do ESCRILEITOR-transe-de-derivações-sem-
biografias: voltagens eruptivas-nodulares entrecruzam-se nas oscilações dos
deuses desorientados que perseguem o LEITOR corpo-a-corpo em mudas
semânticas-dilaceradas até às subducções a-cronológicas das desleituras
cosmovisionárias, das interrupções rés às imagens das infusões das
antropomorfias onde os AVESSOS semiológicos retraçam movimentos
pinturais com o vazio dos ritmos dos breviários das orfandades que arrastam
as interfaces do pensamento oblíquo para outros ritmos dos olhares-
descontínuos, entrelaçando arejamentos dos bastidores-animatógrafos nas
trilhas incendiadoras de caligrafias contemporâneas: esburacar os gestos
desdobradores dos lanceiros instantâneos, escanar as rotas do tempo, atrair
veemências epidérmicas, buscar as calêndulas aos incensórios das superfícies
, assimilar a hemolinfa dos corpos inventados até aos esgotamentos das
batidas aeromecânicas dos acasos porque o LEITOR se nutre de
possibilidades ressoantes, de fluxibilidades gemológicas que se projectam a
cada instante nas grossulárias do mundo abeberadas de perplexidades, de
alvéolos a-cronológicos, de vagantes, de despovoados vertebrais: vejam, o
corpo em vigília-expressionista transformado num golpe obscuro de várias
fricções, de vários intervalos rítmicos-rupturantes que abalam os feixes de
milhares de ecos à procura do silêncio-exprobrado, dos eixos dos olhares-
bacteriófagos construídos pelo caos desejante de arquipélagos disseminadores
de dobras urticantes, de permanentes encontros móbiles, de derribamentos
movediços onde as expressões das expressões intervém nas zonas das
parataxes indefinidas do poema arquitectado pelas gesticulações-mímicas-
giratórias das hidrovias_____intraduzível afectação dos trilhos de bacillus-
infernus dos estaleiros verbais adensados pela dispersão-precipitação dos
lances inapreensíveis provocados pelas quase-inscrições das zootomias
acrobáticas que ziguezagueiam entre o des-fazer ressonante do poema-
háptico-desmedido e o pensamento tensional-cósmico onde recomeçam os
osciloscópios da recusa-afirmativa-vibratória do animal entre os repuxos do
tempo e a eclosão de si próprio ao mover-se adentro do arrastamento do texto
já-perfurado e em evaporação mineral contra a morte, resultante dos jogos das
forças do mundo imperceptivelmente articuladas às fragmentações das
palavras com afecções naufragantes-regerminadoras-de-topologias-cruéis: é a
gestação marcada da crítica-ritmável nas dobraduras da espiritualização da
estranheza, aspergindo contágios das irresoluções, das intensidades gestuais-
metamórficas que escapam à conjuntura humano-inumano, vivendo das
descontinuidades alteráveis de uma gramática subterrânea-viajante-
anamórfica, sim, o LEITOR sente a denegação-expansiva do texto-terra-
invertida que desagrega os olhares numa transposição infinita quando absorve
os tragadeiros dos eclipses em mesocarpos de películas fotográficas
incorporadas nas danças anónimas do pensamento-multiplicador-de-
sedimentalogias, sim, aguagens insculpidas na semanturgia em decomposição
panorâmica que ocasiona tonalidades periscópicas-móbiles escavadoras de
escarpas-obcecantes-travestidas, anteriorizando visões inconcebíveis e
antepondo visões pluridimensionais( dilatação da polissemia visionária):
demudanças-cabalistas de olhares dentro da própria visão dos deuses híbridos
incluídos-disjuntivamente nos mundos tatuados de coexistências dissimétricas-
tribais, nas revelações extravagantes dos fios da trama que fazem viver o
MOVIMENT0-POEMA-LEITOR articulado ao desaparecimento reencarnatório,
em insurreição heterotópica, cosmogónica-gótica: o LEITOR se redescobre na
vitalidade do acaso de inervações fabuladoras, nos vestígios dos vértices a-
significantes que o forçam a pensar experimentalmente entre o androginização
dos cânticos dos animais migradores e as catástrofes em espiral que
reabsorvem engenharias intervalares por meio de línguas
enciclopédicas:assim: perverterá as versões do mundo, entrará num jogo de
feromónios de indiscernibilidades e de indecifrabilidades com o neocórtex do
mundo, potencializando os núcleos rodopiantes das resistências do
mergulhador dançante entre os cornos de bisão da Venus de Laussel, porque
as palavras são antecipadas, adiadas, retomadas, suspendidas, as palavras
levam o LEITOR para a magnetização ABISMÁTICA, para a transmigração dos
dilemas estéticos-cataclismáticos_____SIM, o poema é feito de vãos-vácuos,
de aberturas-alteradas que deixam vazar o mundo-rim do LEITOR aberto sobre
si mesmo, reflectindo a exaltação-anárquica do seu olhar-mineral-vegetal com
sonoridades torcidas, com convulsões dos enlaces de vida( perspicácias
chagadas pelos alarmes esbagoados das carnaduras) : visão espessa-singular
retraduz-se na singradura da vociferação-gótica na rota dos ecos da
estranheza-heteronómica, são ressonâncias sensório-motoras-prestidigitadoras
das redes voltaicas do ACINEMA que tentam recuar-expandindo-os-
desmoronamentos cartilagíneos até aos primórdios da língua das adivinhações
onde a afectuosidade-musical-dos-actos-sensórios e as trans-imagens se
extrapolam e se confundem nas punções das ínguas verbais ao encerrarem o
LEITOR no silêncio da gestação obscura-intercalada-pelo-flagício: potência do
deslocamento demoníaco, forças insubordinadas-descentradas entre as
entesadura musculares dos náufragos-imperceptíveis afastados das
subjectivações do CÓRIO-ÂMNIO, das veteduras categorizadas porque o
poema nunca se adaptará, seus olhos navegam em espaços lisos,
desautomatizados, em curtos-circuitos tentando inventar o mundo em inúmeras
possibilidades enérgicas-koan-zen, em zonas vigorosamente indeterminadas
pelas microtonalidades barrocas, sim, o poema embaralha palavras-chavede
de PANGEIA, desenha novos planos com serpentes emplumadas entre
górgonas: retornos sensoriais transmutadores de acontecimentos com
afluências intensas-vitais-NAHUALLI: o poema intromete-se no transleitor
atravessado de tactos improvisados-bruxos, de velocidades afectadas, de
adivinhações-kundalini em fluxo impulsivo( impregnações-descentradas e
capturas furadoras de ritmicidades infindáveis):desassossego isomorfo,
penetrante dramatiza os influxos das expectativas em transitoriedade, em
retorno com a fulguração da palavra incontrolável e violentamente permutada-
impossível que rompe suas raias a-históricas, seus confins simultâneos para
desaparecer noutras resistências-imagens-temporais( ultrapassando-se a si
própria, sair das suas transições, dos seus trajectos in-superáveis e
transforma-se num corpo abalável de TIAMAT-lávicas-lahars a caminho de
gestos articuladores de eco-sons energeticamente fraccionados pelo gaguejar
permutativo do mundo: gestos-pensamentos contaminados pelas
descodificações inauditas, vampirizados granulosamente pelos médiuns-trans-
semióticos-da-abstracção, fecundando os intervalos tremendamente
silenciosos da natureza sem qualquer fluxo revelador de nomenclaturas(
CABEÇAS de Pasífae)!

PLANO MOVENTE____12____

O LEITOR desagrega as entesaduras sígnicas, as alagarças da cascaboi e


interliga-se à dança do alto-mar do pensamento-imprevisível com os feixes
inexauríveis dos labirintos-porosos e transmite-se surdamente-musical no
exterior animista cravado-dinamicamente no confronto da interioridade do
poema, tentando des-manchar, simbiotizar as extensões corporais num jogo de
sublimidades espélhicas( circular no NADA obsessivo, o NADA sânscrito onde
o sim é um ovo órfico meso-africano): a copulação do poema arrasta as
permutas da presença im-perceptível, as forças espontâneas-anamórficas do
mundo, as miríades-bordaduras das séries verbais-divergentes e os ritmos
dançantes microscópicos para as im-possibilidades do atravessamento das in-
coerências que ressoam nas linhas fugidias captadoras de tempo( o poeta
regressa descentrado das trilhas-lúdicas rapinadas pela intensificação dos
acasos que estilizam os aradouros migradores dos náufragos sem distâncias):
passagens de variâncias de afrontamentos hibernantes, de golpeaduras-
intermezzo e de bordas descomunais que nada expõem mas produzem
epifragmas sintácticos, transformando os orifícios das percepções em
epidermes de hifénias circulantes-friccionadas, de entonações indecifráveis que
fogem e capturam simultaneamente a vista-auscultação por meio de alcarsinas
com ricochetes topográficos, com misturadores de expressões-alocromáticas
porque vivem da sombra dos entrecruzamentos da palavra das vozes-
desaparecidas, dos inventários estraçalhados dos mapas onde o não excitado-
deformante é o mundo inflectido a orbicular no vazio-vaticinador, no
desmoronamento das exactidões, nas luzes problemáticas carregadas de
estranhadas atmosferas-estéticas com descontinuidades respiratórias(
justaposições de penumbras nas margens das celeridades sonoras) tempo-
ametista se esfralda nas bioses, nos aerómetros urticantes da palavra e leva o
LEITOR para irresoluções estimuladoras de cegueiras imaginantes sem
qualquer espécie de significabilidades, sem desfasagens ou separabilidades(
presente-ocasional e passado-caótico alongam concomitantemente o olho de
BATAILHE que se disforma entre esfregações roubadas ao fóssil-bivalve dos
batedouros das latências): vejam, as curvas das ressonâncias da impercepção
do saber do corpo, os defluxos do invisível nas forças do observável-
cristalográfico que vazam a esmaltagem do LEITOR na multiplicação das
diferenças ritmadas-alertadas em planos permanentes, sim, os estendais
falciformes escanam relações-olhantes, abrem-antecipam as visivas
desenhadoras de planos invisíveis com intensas glaciações-pensantes: as
gomações-justa-fluviais do animal absorvem os labiduros das emancipações
contorcionistas das palavras, escutam cinestesicamente o que não pode
ressoar, tentam ver clandestinamente o que não pode ser visto, rodeado de
sensações paradoxais-oviformes em insânias-peneiras quase-inaudíveis: tudo
se liga às lucarnas do caos coreográfico do poema-transcrito pelas
arrastaduras das ondas ventiladoras dos espaços sem cercaduras que nos
provoca a emergente des-aprendizagem entre alfabetos bruxuleantes e os
desagrilhoamentos das prenhezes estilizadas abruptamente pela
pulverescência do corpo que se influi geometralmente na sua própria
movimentação quase-caotizada pelos lances dissímeis do
desassossego(destronamentos dos olhares volteiam-se para um corpo de
coalescências valvuladas ): ler, transver as afluências do transe, da cabala-
ditirâmbica! O LEITOR escarificado por distancias antropofágicas, presentifica
o corpo da natureza nos algoritmos dos desmembramentos, das mónadas
dissipadas na antiga Alexandria, da fractalização da das origens-que-não-são-
origens-mas-articulações-bruxas-que-recomeçam-permanentemente nas
usinas fisiológicas, nas DIOTIMAS coexistentemente disjuntas do poema
dionisíaco-geodésico até aos caos proliferante( alcançar as micro-percepções
do corpo absoluto que se re-faz nas despinturas “ onde o verbo ergue o mastro
das rochas ): homeostasia da espiralidade, da imaginação-composição do
absurdo, da instabilidade existencial, das populações
cosmogónicas________coexistir( sim-redizem) até ao descobrimento da
biblioteca melismática do desastre-flutuador que se derrama pelas micro-trilhas
das palavras vaciladas entre mosaicos de uma excripta saturnina, vazia-de-si-
própria-impermanentente: adiada-estilhaçada por permutas dinâmicas-
musculares-demoníacas) que faz das suas fissuras a denegação da finitude, a
contracção positiva dos batentes-ecos-acolhedores-do-intransferível ( as
raianas do texto se conjugam, desconjugando antes de qualquer princípio
habitacional, vive das dobras errantes-sísmicas da
NATUREZA_____transmigração das antícopes das intercadências
extremadas( rebentação soberana intercessora de arquitecturas derrisórias,
intensidades satíricas a resvalarem hipnoticamente nos alfabetos nómadas em
contrapeçonha-venenosa, em promiscuidade enfeitiçada: romper o externo-
inverso da língua com as gangorras das possibilidades virtuais): o des-
aparecimento ecoante restaura os transgritos das improvisações e reinventa
circuladores-de-pigmentos nas expressões da vida-navegante-da-morte onde
as visões são audições-tácteis implantadas nos golpes variegáveis, nas
imergências dos infaustos cambiantes, nas biologias das efracturas
espontâneas que nutrem e arruínam o LEITOR no inacabado-epigramático, nos
exórdios paranomásticos das travessias-de-variações-múltiplas, fazendo do
seu corpo o dédalo-autopoiético, a transmutação giratória dos procariotas, o
instante perdurável da desencarnação, as captações do anti-nome, os mapas
putrefactos, o trapaceador-das-luzes-excessivas, a gestáltica ziguezagueante
entre pictogramas sumérios e carminas figuratas: o turbilhonamento de
açodadas imutações autonomiza os choques-imagéticos-insondáveis, o
estilhaçamento dos itinerários-ZAÚM com os tempos alegóricos-fabulatórios( o
LEITOR regermina-se traçando cartografias incapturáveis e imprevisíveis: a
mudez vibrante esvoaça na babel, mapeando os fluxos dos apoastros do
poema) , sim, tentar levar o poema para o mais primitivo de uma língua
lavrada, bordada por olhares-não-fixos-cariopses e trespassados por anarquias
intervalares e em navegações delirantes-catalíticas, projectando a potência
imprevisível do geometral metamórfico, as irrupções das excripturas
incomensuravelmente expandidas em renascenças, em conexões cubistas, em
distanciamentos trajectores( violência geográfica-doble-chapa com esculturas
móbiles adentro do multilinguismo vibrátil da própria língua que se revela nas
entrepausas dos rastos do dentro e do fora sem diferenciação, intersecção das
ladainhas mitológicas nas turbilhonantes codificações das resistências-Labrys:
holomovimentos intempestivos se-rasgam-se-vomitam perante as
convexidades escavadas do poema de dinâmicas estrangulações e de
suicídios infinitesimais ): o LEITOR incorpora as arenas labiríntico-libertadoras-
plasticizadoras da dança-geodésica, da germinação impensada, das
catástrofes subatómicas-avançadas e arrisca reconstruir, transmutar
rizomaticamente o esplendor das multivariantes gestuais-verbais até à
alteridade, à demudança eruptiva-indecifrável-contaminada do estar no-do-
mundo, nas zonas de transfronteiras que enfrentam as superfícies das línguas
sorvedoras do poeta, sim, uma fala vadia abre os espaçamentos matéricos da
duração às linhas rotativas das probabilidades estéticas( aceder aos jogos das
palavras das moradas exiladas, às identidades destruídas pela insânia
incessante dos mapeamentos-olhantes, pelos amorfismos heteróclitos que
apreendem todos os graus dos retornos): aqui-agora: o animal REPERCUTE
nas escavações das assintaxias: reprincipiar a reciprocação do genoma-
ourobórico do insondável-poema, do fora-de-si-em-si-voltando-se-sobre-si-
próprio onde as excriptas-intrusivas se habitam tatuadas por multiplicações
indistintas, vivendo as artimanhas de outras-excriptas-moventes-suspensas,
porque há urgência das ressonâncias ecoadoras de intervalos-pausas-lapsos,
de auscultar os resvaladouros do RISCO dos despovoados cerrados nas
aberturas do infinito, da contradição, do confronto, do antilogismo( intensidades
pulsantes transbordam contaminadas pelo incapturável do poema que se
estimula entre linhas de diferenciação e gretas vasculhadas por corpos
inacabados): vejam, o LEITOR a flagelar a densidade dos vestígios das
imagens-DESERTAS por meio do deslizamento glamoroso das cegueiras-
serpentinas que o leva para as não-fronteiras do acidente da inscrição
armadilhada semanticamente, ultrapassando, destruindo inexoravelmente a
veracidade do significado que o encarcera há séculos(acto: emergência do
occídio das fidúcias através dos infaustos retorcidos em dobras e lançados pela
sede do LEITOR-estrangeiro até à torção turbilhonante-verbal: flancos das
vozes ausentes des-costuram as excriptas com os esboços da sua própria
negação-KASURE): olhem, as afecções dos colapsos filosóficos, as religações
dos sons da tragicidade do texto próximas do absoluto-jogador-de-seduções
carregadas de balanceamentos que pressentirão, revelarão o embate, o
cruzamento insano entre o LEITOR-bando, os contornos da voragem das
decomposições e o silêncio incompreensível dos corruptos das correntezas
não-verbais-in-corpóreas-pictóricas: um corpo disforme ressoa na virtualidade
rítmica dos sentidos acrobatas que transpõem os eixos-retorcidos do
conhecimento: o transe expande as suas vozes sem zootomias!

PLANO-MOVENTE____13____

O poema acontece na força tremenda do impreciso, é uma dança da


antropologia no espaço de conexões anfibológicas, no fora-adentrado das
herbolárias com cérebros vibrantemente contemplativos, entremeados,
disjuntivos e acopladores de intensas camadas de equivocidades: inseparáveis
anáforas vociferantes perfuram a especiação bizantina com as ulcerações da
ecosofia! O LEITOR-corvídeo se capta, se rouba sem filiações, sem
taxonomias, estorcegando linhas até às proliferações dos múltiplos pontos de
vista cosmológicos que o atravessam policromaticamente( as partituras
barrocas, alegóricas religam-se aos trespasses mágicos, aos quiasmas
perspectivistas, às neotenias): sim, o animal é uma trilha infinitamente anti-
antrópica, emaranhada, ensarilhada por ritmicidades anicónicas, sim, o animal
dobra, condensa, envesga fractaliza a palavra dentro de vertiginosas
semióticas, destruindo dicotomias e imposições epistemológicas_______ tenta
verter e extrapassar as substruções do poema em desmembramento, em
contraposição entre os engenhos ecoantes, as áreas de silêncios sem pontos
de partida, sem as bocas dos julgadores de estrofes onde se executou o crime
sem prenúncios inanimados( ADIANTAR-SE, i-mobilizar-se, retroceder no
desastre, na crueldade de um tempo que dura incessantemente onde o
ascendimento aberrante é pensado obliquamente no im-possível dos
processamentos genéticos: politonalidades das fundagens escarvadas pela
língua mudamente relacional): os alfabetos tacteados, farejados pelos choques
súbitos-fílmicos-sanguissedentos alucinam as vizinhanças do poema-possuído-
por-si adentro do intersecções do poema intraduzível e perseguidor de não-
figurações-visionárias, de carnaduras prosopormóficas, de eleáticas-
incorpóreas, ausentes de memórias, propagando prismas-das-glossolalias e
escapamentos ininterruptos-dilatados( poema disjuntivamente fabulado nos
processos de sintaxes destotalizadas que surfam fora das ondas metamórficas
para se ab-rogarem, se estimularem e aviventarem em pontos de fuga
simultâneos, em encarnações, incorporações ): a transmutação sonora-
molecular atravessa as ruas abstractas, os gestos expandidos-des-articulados,
a ondulação dos corpos sem gramáticas que induzem a reinscrição doutros
corpos em fusões clínicas-atléticas, arrancando simulacros aos simulacros,
aberturas às aberturas com as enunciações dos desequilíbrios das marchas
polifónicas, com os batimentos das gestualidades alteradas entre planos
invisíveis e azougadas correntezas que tentam entranhar e navegar nas
angulações etogramáticas( o poema escarifica-se entre vários prismas
sintomatologistas, fulgurantes ontologias até às fissuras dos nutrientes da
equivocidade): estas zonas im-perceptíveis solevam a ancianidade des-dita e
espargida na actualidade dos animais inesperados que consagram
proporcionalmente os traços da monstruosidade quase translínguistica porque
arquitectam uma multiplicidade de diafragmas moduladores de olhares
indivisíveis, de voragens impensavelmente reflexionadas que desabam e se
repercutem nos creófagos silabários, nas veações dos úteros-em-avalanche,
no zigue-zague do inacabado dos metais-sem-detalhes para recriarem os
instantes de uma fala-micro-intervalar entre chicotes flutuantes, ossos citrinos e
sincronizações desconexas( perpassar as experimentações das vastezas do
corpo para impulsionar as escapadas dos opostos-sincrónicos sem dualismos:
luxações cogitativas diluídas por traduções catapultadas pela traição criadora,
subvertedora do animal ): FALA em translação, em espanto-espinhoso numa
língua já esfuracada que se estranha ao voltar-se para si com investiduras
deslizantes, inesgotáveis, sim, estranha-se na diferença enérgica porque se
arrasta infertilmente para si, sobre si, fora se si, potencializando a diérese
sónica de ULISSES, a fusão cetácea de Ahab, as anisotropias, as
contraposições dos semiogramas dos enervamentos das palavras onde os
cascos bulbiformes dedilham-se acrescentados às cosmopolíticas da natureza
silenciosa( o animal não se prismatiza, ele é já-em-si uma perspectiva
polilinguística que se diferencia ao relacionar-se com o indiscernível da
diversidade em mudança )! Tudo se projecta nas peugadas da viscosidade-
fractal-do-real, encruzada nos itinerários das estepes metamórficas: são
sínteses poéticas a depredarem significados entre distâncias de um vórtice de
olhares agramaticais e de necrotomias do sobrevir-dos-barítonos escultores de
cordas-excripturas que capturam o LEITOR permanentemente mutilado,
modificado até à antecipação da vida da morte, à performance singular da
improvisação imunológica, das lutas das de-composições das tragicidades
polarizadas( explorar o monstruoso gesto desguarnecido de fantasmagorias
nos micro-intervalos da visão deformada pela sua própria dupla-capturação
intensiva): uma voz insectívora catapulta as derivações anárquicas dos
intratempos-musculares do texto inapreensível, interrompendo os meridianos
do nada na estrangeiridade: aqui-agora: seremos os salteadores dos fluxos
letais das fabulações-sem-memória-filiativa, das relações cinematográficas
onde as enxertaduras das errâncias são intensificadas por alianças
hermafroditas-exogâmicas que descabeçam as rostidades dos actores de
lógicas-totémicas( corpo desviado pelas fisiologias ausentes, demudando o
interior do tempo desejante com bricolagens amnésicas: alcançar os
alargamentos do caos com o imprevisível-constructo das palavras advindas
nas meadas pré-históricas): as buglossas curvam-se para surgirem e se
desdobrarem com a vertigem da possibilidade da plenitude inter-corporal sem
avantesmas: os animais-poemas envolvem-se na força inconsciente da
natureza e tentam transversalizar as diferenças nos verbos intransitivos com
razões inumanas____dobradas torceduras nupciais perfuram as jazidas da
gemelaridade com inventários babelescos____ o LEITOR prossegue
contaminado pelo volutear extrafilosófico dos pastos em decomposição, em
arrebatadas transformações mandibulares fora da língua( pavor nas
embocaduras do ZERO-ABSOLUTO sem protecções fenomenais):
IMANTAÇÃO dos ensaiamentos abíssicos! Repercutir: que eu sei nas
tangências dos múltiplos pontos de vista que atingem a cismogénese? O que
posso saber adentro de irradiações de partículas cosmogónicas sem influxos
hereditários? Sim…o poema-animal é um gastrocnémio-holográfico em
variação ininterrupta que surge depois do impensado de si-mesmo, produzido
pelo desequilíbrio activo das des-proporções antes do presente futurível onde o
roubo das cartografias etimológicas se actualiza entre fronteiras híbridas-
movediças e traduções inexprimíveis!

SÍNTESES-ourobóricas-amnésicas-anicónicas

O leitor-escalador-de-transgeografias conquista o tempo-intemporal através


dos rascunhos proliferantes do oblívio, das paradoxalidades ilocalizáveis, do
cinetismo isocrónico, das perturbações das cremalheiras sensório-motoras e da
agramaticalidade do FORA que o força a hipertextualizar cartografias corporais
num alfabeto náutico porque vive no impremeditado das defrontações dos
insulamentos, nas retraduções das dobraduras phaneroscópicas, vive
permanentemente sem lugar, cria itinerários, rompe espaços-dançando-os,
emancipa-se nos contrastes dos intervalos pensantes ao escapar e ao ser
captado pelas fugas da memória-mundo-em-futuração, abalada
interesteticamente pelas aberrâncias das realidades imperceptíveis, das séries
dos balbuciamentos, das encarnações múrmuras andarilhadas por
incontroláveis lacunas que desterritorializam e anarquizam desabaladamente a
animalidade do inefável de um macaréu de desejos turbilhonantes: atravessar
o descentramento do texto inobjectivável e mundificado pelo silêncio da visão-
da-visão, buscadora de repetidas interrupções, de descontinuidades trágicas,
de convergências hieroglíficas e de renascimentos das vozes sem direcções
exclusivas: o animal extravasa-se na obscuridade luzente destrói suas
fantasmagorias e seus passados culpabilizadores entre os rumores feiticeiros
das multidões não mensuráveis e os lapsos circunjacentes do incumprível da
palavra dissecada, desfibrada e incorporada pelos movimentos-do-real-irreal,
simultaneamente silenciosos e acústicos( fragmentos arrítmicos infinitizam o
outro feito de invisibilidades por trás da violência sígnica), sim, o fora
hiperbólico da ficção acontece na insânia epifânica do real, escarificando-o
adentro dos seuss alargamentos inacessíveis, inatingíveis e sem alvos
dicotómicos porque tudo se dissolve em ritmicidades activas, foronómicas,
feitas de inscrições intersticiais da im-percepção desejante( crueldade
obstaculiza a violência), assim, as ex-criptas profanadas pelas rupturas das
vozes históricas que expiram ao reemergirem nos traços da virga-férrea vocal
do sagrado, da suspensão-trapaceante do desastre que tenta dizer: estrangeiro
para magnetizar e transformar os brinquedos demoníacos da filosofia entre os
espaços de cosmicidades bruxas , os magnetismos da estranheza, as quedas
horizontais-transversais, o resvalamento bosquejado do caos e as
experimentações estéticas da fissura bailarina: regressar adentro do futuro
turbilhonante da diferença em si( deserto da infância das arenas-teatro) onde
os corpos se entregam à alucinação das soldagens da sombra do abismo, das
dobraduras infinitamente aforísticas, confrontando os tensores das laçadas da
língua-grito, produtora de talingaduras no jogo cerebral( excriptar fora da
escritura e escutar o inconsciente do outro):sim, o leitor-passante faz parte do
telescópio da complexidão da carnagem rasgada, da arrepsia em efracção que
o atira enervado para o outro flanco da linguagem sonâmbula-animalizante,
tensionando o pensamento clandestino e catando as composições dos
rascunhos dessa língua-brincadeira com rastros vivificadores em des-aparição
refrangida e tatuada pela ilegibilidade refractante: estamos perante os limites
das teceduras coreográficas dos signos que indeferenciam a vida e a morte ao
estenderem os des-povoados das línguas nómadas:dizem: espalhamento de
vozes num vazio interpolado, pertransido por sensações desarvoradas, sem
pontos de partida, nem pontos de chegada e o sangue das tentativas de um
movimento em transleitura é sempre arrancado às tatuagens múltiplas que
absorvem todos os tempos para confluir num só tempo ziguezagueante!
Saltoquântico do gato de Schrödinger!SIM, LER o POEMA é cartografar
selvaticamente o tempo cristalino-bizantino-egípcio, os estremecimentos
atemporais, os limites intraduzíveis das esfinges, a perplexidade dos intervalos
a-sígnicos, sem antevidências, nem vaticínios, nem termodinâmicas, porque
acontecemos nas errâncias feiticeiras, epistémicas da velocidade da
protoescritura que espera ser encriptada, mesmo sabendo e sentindo que
todos os poemas são indecifráveis, todas as formas não têm origem, são
construções prestidigitadoras na urgência pendular do irrealizável, religando o
desconhecido, as urdiduras epifânicas e as fissuras-fabuladas às
vascularizações dos acasos do corpo,sim,o poema não sustém a igualação, o
nivelamento, nem a entropia negativa que se escora com a presença das
datações cronológicas e das expectações, refazendo o afligimento, diminuindo
a complexidade, acrescentando a homogeneização, criando a asfixia, a
atafegação.

O CORPO é puro instante, escapa-se a si próprio entre sombras ecoantes e


interstícios estilhaçados, exaltando-se ao separar-se da percepção-dirigida,
absorve outro corpo ao desmantelar-absorver a memória-futuração numa
coreografia transversalmente convulsiva (seleccionar afectivamente as leituras
que agem sobre o mundo, multiplicam os acasos do mundo): estas atmosferas
azougadas dos alfabetos nómadas-tuaregues, desembocam nas partituras-
para-além-das-linguagens onde o devaneio devasta o devaneio para
trespassar vida com pensamentos lúbricos e com as durabilidades sem centro,
captadoras das malhas vesânicas, das palavras abandonadas e
espiritualizadas inumanamente, sim, a visão-em-desleitura não está fora do
mundo, vive em relação ininterrupta com as tessituras, cria valores
transbordantes sem interpretações, afirma-se nos sentidos dionisíacos,
catapulta acontecimentos, experimenta desejos, revolta-se, desloca-se nas
cartografias distorcidas, porque a sombra sígnica absorve a sombra sígnica-a-
sígnica, sim, potencializar a diferença migratória nas afluências deflagradoras
das teceduras do poema que se voltam em progressão para produzirem
experimentações na sua própria des-aparição metamórfica(expressões não
actualizadas na cegueira-quase-visível do pensamento desmedido onde os
avessos tacteiam transumâncias desejantes, ecos agramaticais para
atravessarem as forças paradoxais do mundo: fazer das urdiduras cinestésicas
as composições da inacessibilidade porque há um acidente infinito nas linhas
das excriptas como ulcerações recolhidas e expandidas nos redemoinhos
trapezistas dos êxodos das perspectivas: aqui-agora, as coexistências da vida
mágica e profanável, tenta permanentemente libertar a palavra do
encarceramento ao reler os umbrais das rupturas do mundo com múltiplos
gestos ilocalizáveis, com as orfandades hiperbólicas dos gritos em retorno,
repletos de pensamentos sem imagens que nos forçam a mergulhar no ritmo
avassalador dos PROCESSOS-ABERTOS!

O poema vive do movimento imanente do mundo, da potência do


imperceptível, das sombras interactivas da biosfera, vive proliferante corpo-a-
corpo com todas as irresoluções de variantes contínuas, apropria-se do
volutear das vozes dançantes, das artes acronológicas, das ciências do
indiscernível, das forças afectivas que retraçam abismadamente os corpos,
buscando o inatingível, a espiritualização da violência do desdobramento
interminável do real com o espanto dos ecos da inesgotabilidade do sentido,
com as devastações das carrilheiras polifónicas, com os deuses desorientados
nos rastros dos feixes vivificadores do saber do não saber dentro das
mutabilidades que infinitizam metamorfoses intermitentes, sim, são sombras
incicatrizáveis nas tonalidades do drama insondável, repleto de línguas
gaudérias, suspensas nos encalços da memória-do-esquecimento-natura-que-
coexiste-nos-olhantes-do-leitor sem ineditismo absoluto entre latências
cromáticas, alvéolos simulacrais e as transduções dos movimentos
imperceptíveis( transbordâncias moleculares a reconfigurarem por meio de
conexões abruptas os recomeços do mundo, dos micromovimentos das
metamorfoses completas___sem pausa, sem tempos precisos, sem
mensurações: tudo se dissolve!): os estilhaçamento dos interfaces do invisível
experimentam as estremaduras da flamância nas vizinhanças da obscureza
para provocar oscilações embruxadoras, esboços vertiginosos, entrechoques
emaranhados nos estimuladores de variações infinitesimais-contrastantes
adentro das forças picto-hieroglíficas do LEITOR ininterrompidamente
perpassado por ecossistemas desconhecidos, por instantes intraduzíveis(
feixes de anorgânicos-médiuns abrem os alcances do leitor sobre o
espaçamento da desaparição e da serpente-sígnica que abocanha a sua
própria sombra des-territorializada, extasiada com os rituais rítmicos
transmutadores dos sopros bifurcantes: surgem quebras hipomnésicas para
esculpirem fusões da glossopoiese, descentrarem os ciclos do imperceptível,
extasiando o desconhecido das itinerâncias, das irresoluções que multiplicam
os abandonos matricidas do despenhadeiro diagramático sem entradas, nem
saídas: fulguração da tactibilidade lúcida do pensamento sem
imagens_____espelhos esticados até ao avesso, arrebentam nas superfícies
trágicas do texto ): não existe língua-mãe-nem-língua-pátria-nem-lusofonias,
mas nomadismos de vozes-excriptas, bocas franduleiras, contrabandistas
idiomáticos que rompem os limites dos zonamentos, atacando signicamente o
mundo em composições dramáticas-mutáveis( intensa ritmicidade do falsário-
ético): aqui-agora: emancipa-se vida com verdades incompreensíveis,
desabriga-se as percepções e tudo implode afectivamente nos chamadores de
traçados antes das vozeaduras e nos recomeços da ferida oculta das entre-
pausas da visão que nos atrai fascinantemente para lugares des-focantes de
quem desapareceu, produzindo sensações magas, corpos mosaicos,
petrologias-lávicas verbalizadas no não verbal, sim, não pertencer a nenhuma
língua, nem ler o texto-animal totalmente, sim, criar simultaneamente
reaparições, retornos, recomeços, riscos e fugas acopladas à evanescência,
aos zonamentos das expressões, das forças criativas entre-fendas que vivem
desaparecendo com os ritmos indecidíveis das luminárias reencontradas na
sua própria escuridade: é na plasticidade de ferimentos topológicos que nos
desmoronamos cheios de falas indecifráveis e de contra-significações
magnetizadoras das voltagens das não respostas, ou de uma resposta
desconhecida, transformando o leitor num agenciamento parasítico-
PERFORMATIVO com vários fraccionamentos estéticos: sonoridade
modulatória do abandono e do colapso em sincronia com a desaparição e a
renascença até à contrapeçonha do perceptível: o corpo sentirá o tremendo
inverso do mundo, os retornos da sintomatologia dos devaneios, os
movimentos vertiginosos das incertezas que refazem a sua coluna vertebral-
em-des-construção no contrapoder, ou será a reflexividade dos hospedeiros
nos hýmenes das palavras: o leitor epistemológico cheio de mapas
escassilhados, escadraçados, recupera as tatuagens disformes e extasiantes
numa vontade ecológica de atingir desabaladamente as gravitações afectivas
em direcção às forças da vida feitas de pensamentos impensáveis e de roubos
mergulhadores do caos( o grito da babelização é sempre do outro ): sentimos a
avalanche demoníaca das contexturas improdutivas que absorvem os vestígios
acústicos do acaso, os pactos incumpridos, as razões desmoronadas,
intercalando memórias-presentificadas com as cartografias vazadoras de
múltiplas ressonâncias intervalares do que-há-de-vir( desconchavar e voltar em
linhas transformáveis, em danças de solo ritualístico): estas expressões do
não-dizível evitam legisladores de uma consciência tremendamente impotente,
escapam dos comportamentos monitorados por meio das buscas hibridas em
perturbação criativa, porque as forças afectivas estão fora do campus-
emocional, das cavidades das equimoses, elas são atravessadas por
intensidades que transformam o invisível no provável visível e antes dos
olhares que resistem à morte surge sempre uma fala arquitectural perdida nos
descentramentos abruptos das profligações quase-inacessíveis: vejam, a vida
dissipadora de infindas realidades, de acontecimentos em rotação
disseminante, vazando e incorporando os inversos gésticos na andança das
palavras que seduzem na sua própria escapatória insaturável, na sua auto-
expansibilidade de assombros: zunir numa promessa jamais cumprida porque a
estranheza se transforma em processo disforme, em acontecimento
intenso________elipticamente, aglomerar, decompor, subverter o subsolo
arquitectural do TEXTO através das translocalizações das superfícies
rascunhadas, arcabouçadas, povoando o incorporal, o inconcluso, a
suspensão, a transdução intersticial entre energias não mensuráveis e os
inesperados noctâmbulos, feitos das avalanches de um corpo caleidoscópico
que perfura as raias da experimentação do filosofema até à multiplicidade
mágica do devir: aqui-agora, sentimos o avançamento da tactilidade das
palavras sem rosto ao diluirmos os limites estrangeiros com o tempo rasgador
de horizontes onde o grito multiforme do pensamento, as antropologias
fendidas, carregadas de línguas analfabetas, problematizam, interrogam,
arriscam e transformam o leitor-alpinista numa renascença de traços
transmutacionais, fazendo da perplexidade relacional das derivas sígnicas, as
experimentações positivas de um corpo anti-metafísico,: ressonâncias
plagiotrópicas verbalizantes e não verbalizantes entre as tecelagens-tessituras
devoradoras de percepções e as redes de Anaximandro, sim, remexer os
enozamentos dos vazios com as intensidades das epígrafes da iterabilidade,
das prolações desmembradas: são feixes-de-passagens-ontológicas a
colocarem a língua longe de si e entre os experimentos das luzes excessivas
das derrocadas de quem tenta reinventá-la ao conjugar a inacessibilidade dos
astros, o enigma dos contornos da durabilidade, da longevidade, do
desassossego provisional, sim, o leitor-das-estepes acontece insculpido no
espaçamento da ExCRIpTA mesclada por outras excriptas já-existentes que o
afastaram das uniformidades das sentenças e do arranjamento sintagmático
com avisos sem encriptações!

Os êxtases do nomadismo acústico constroem enervamentos nos petróglifos


sedutores de labirintos e de travessias inescapáveis dos desastres-em-
regeneração: sobrevêm fissuras, dobradiças, desvios, desequilíbrios,
metamorfoses capturadas por osmoses heterogéneas: o animal-poema afecta-
se no jogo infinito das excripturas, na atracção contaminadora de aporias
HISTOLÓGICAS porque nas suas falanges cifradas pelas inseparabilidades
antropofágicas surge ininterruptamente a arquitectura errante rimbaudeana,
lautreamonteana, villondiana, encavalada de esboços de astros à deriva, de
rituais xamânicos do himenal-cósmico, desmantelando essências cognitivas
por meio dos traçados prolépticos, das dobraduras da ablepsia, das fisgas
placentárias, dos mergulhadores do alto-mar sem bazulaques de oxigénio(
sentir a cosmovisão da vida-animista afectada pelo pensamento impensado
que contempla sem a inscrição irrecuperável do olhar ): o animal tenta
escapulir-se, estilhaçando a interioridade, a universalidade, a analogia, porque
os hibridismos assombrados, os itinerários-aberrantes geram brincadeiras de
escutas indecifráveis, de capturas indiscerníveis entre movimentos-sensóriuns
desterritorializados e as constelações semiológicas do corpo tecido pelo
PARERGON: este processo pollockiano do leitor-abíssico promove os
cruzamentos do excesso da vida onde os magnetismos da estranheza, as
migrações dos enigmas interceptados por instanciações intensamente
adumbradas: dobragens murmurantes-feiticeiras se deslocam
desabaladamente, atingindo a experimentação dos feixes do grito,
transversalizando sentidos sem centros, sensações sem hierarquias que nos
transformam no indizível da voz de muitas vozes-disjuntivas de Pina Bausch-
Patchworks: o corpo a-sígnico i-merge permutante e as ressingularizações,
rupturam concebimentos deterministas: são as impessoalidades do leitor-
excripor a deambularem na ressonante obscureza, no ilimitado da forças
adventícias: escalam os povoamentos vicários, as estridência moleculares, as
zonas de vizinhança-sem-géneros do poema-tuaregue numa cronografia sem
datas, dando sentido à alomorfia do seu corpo perseguido por esfinges já-em-si
perseguidas pelo acolhimento das entradas-bruxas do incógnito, das linhas
perfuradas por geografias gaguejadas, fendilhadas pelas estilos em curtos-
circuitos propulsores de reais inesgotáveis-cataclísmicos entre polissemias
incomensuráveis que lançam dados embriagados, resistindo à morte: as
FALANGES continuam atravessadas loucamente por letras suspensas na sua
própria desaparição onde as superfícies do poema-deserto e a escuta do
mundo se mutilam mutuamente ao apagarem o nome do homem, a servência,
a consciência em contracção, fazendo das palavras um ritmo do
antiperistaltismo, o sentido do fora convulsivo que enfrenta as concretizações
teológicas, as leis negativas, as entropias expectantes, as flechas
termodinâmicas do tempo, as máquinas abstractas, as epopeias arqueológicas
do rosto, as mortes fantasmáticas, por meio de complexidades transbordantes
do pensamento que escapa à genesis do humano___virga-férrea da memória
transhistórica sem a consciência das línguas em contraste___sombria
luminosidade das matérias informes, fora dos géneros porque o animal e o
poema são correntezas do impossível, são os sensíveis dos sensíveis das
violências silenciosas, das tessituras tramadas do intocável, inatingível que nos
mostram as enxertaduras de novas hipóteses de existência, ultrapassando
formas canónicas por meio da morte das vozes roubadas à complexidão
ilimitada do corpo: obliquamente surgem outras falas críticas nos intervalos
indeterminados dos mundos no mundo singularmente múltiplo, recriado por
arquivos incomensuráveis: são energias afectivas das visões mais profundas, é
a recusa da palavra in-traduzível que precisa de crise, de ruptura, de vazios, de
entrelaçamentos de fluxos do transleitor perdido na sua multiplicidade
recuperadora de forças desabrigadas do ecossistema intruso para dizer
traçadura no esquecimento e regressar sempre ao silêncio de uma expectação
inútil, de uma presença precipitada, descodificável que se inscreve no ritmo do
reaver-a-imunização-insana nos lances paradoxais do mundo, nos espaços
multiformes dos olhares narcotraficantemente estéticos onde o horror do nada
e as volteaduras do acaso se desenham em direcção aos telescópios das
superfícies iumana-animalizantes que tentam sair das trilhas, dos eixos
translativos, produzindo lapsos, falhas, eliminando e vasculhando
simultaneamnete as memórias-hominídeas porque não suportam decifrar
escrituras dissolvedoras de si-mesmas: aqui-agora: as fricções transmutadoras
do coro grego: oh multidão dos instantes-sem-mapas que são desejos
imperecíveis a eliminarem tudo que resiste por meio do dejá-vu e das epifanias
corporais, escarificando lucidamente a palavra, tangenciando o caos, sim,
arremessar os escafandros heteronómicos da vida: os raios intensivos da
animalidade ritmável dos renascimentos onde Dioniso se redescobre nos
vestígios tracejáveis das penumbras com ressonâncias corporais, ou será um
jogo das subversões do mundo, das experimentações dissipadantes e
problematizadoras dos saberes-ritornelos-acósmicos que desestabilizam o
olhar-do-olhante sem rosto adentro do poema : tudo fica em risco nas
superfícies inesperadas do corpo indicidível que tenta dizer o não-sentido ao
gerar cegamente, mimicamente monstros, tudo se afirma e se muda perante o
interseccionismo cruel doutro corpo-movimento-espiritualizado no risco do
anónimo, cibando dúvidas, assombramentos náuticos no príncipe Sidartha-
navegado-por-Heraclito_____ quem somos diante da incomensurabilidade de
PASCAL e de MONTAIGNE? Como poderei compreender a heteronomia
alógica? Uma palavra de vísceras tenta escapar às oposições da guilhotina
etnológica antes do sopro de Bataille_____o assassino fecha-se nos rastos do
palco de Aletheia, não coloca sua vida em jogo e grita loucamente ao sentir
que o descomunal é um jogador de acasos de carnaduras, é um riso
ilocalizável na erecção devoradora de mugidos: jamais será uma corrida de
obstáculos imposta por Deus! O assassino sobrevive ininterruptamente na
soberania das ventosas das múmias, nos rasgamentos das interpretações
hieráticas, sim, o escrileitor insiste na abertura do flagício de um olho-
filosofema, nas úlceras da assintaxia que se extirpa a si-própria, treslouca-se
no signo-bricoleur das alegorias ausentes dos exórdios onde as encruzilhadas
se abismam, se embaralham no derribamento de uma inscrição excrementícia!
O poema se expande no infinito de uma presentificação invisível, no
esmagamento das línguas, nos intervalos verberantes-espasmódicos,
coexistindo com o esquecimento feito de memórias-paradoxalmente-
mundificadas como um acto de pânico da contemplação que tenta trespassar
corpos, sim, talhar a inundação de rotas de corpos suspensos, varados pelo
devir-escatológico das palavras atraídas para as imergências da
experimentação do real-irreal do leitor-transgeográfico e para o fora-
assombroso da morte afectiva de um outro-desfocado pelas cicatrizes
ininterruptamente esfoladas: sarilhar, trilhar a profanidade do sagrado da
história sem desleituras, sem transleituras onde os transes-renascimentos,
acontecem em incessantes fluxos espiralados: espalhar e transfigurar retornos,
reemergências, recomeços através de exasperações nérveas: as palavras
analfabetas nas línguas-por-vir, vibram e juntam instantes separados,
espiritualizando a repetição do cinema-corpo-da-natureza que gera tempo-
sensação entre nómadas sem órgãos, repletos de abecedários transmeáveis e
de pensamentos-hápticos-cambiantes, sim, o poema acontece quando um
cavalo cai na rua: eis, o desmoronamento labiríntico perante o nosso olhar-
géstico entre o tectonismo de Nietzsche: o POEMA desabriga-se
ensanguentado entre vozes-incomunicáveis e abre-se simultaneamente ao
prodígio do flagício de estar-no-mundo-sem-rosto: vede, a arte sem açames do
leitor das geografias-inóspitas, das incisuras do inexistente com forças
repulsivas e atractoras de vazios inesperados: um coro de acontecimentos
vampirescamente umbilicais caminha fora das exposições de serpes
hierarquizadas( o texto-pentatónico se desvia da língua expiatória para
mergulhar engelhado no rasgamento dissemelhante das expressões
coalescentes, nos holomovimentos vibratórios que desembocam nas carrancas
do absurdo, nas vértebras dos assaltos utópicos, nas quebraturas cartográficas
dos desertos corporais): estas forças onanistas desmoronam os olhares
adversos dos escaladores de assintaxias, mostrando as oscilações das
infinitudes inomináveis que catapultam outras forças alvéolares entre os sons
das imaginações invasivas do real e os úteros de semióticas carnívoras, sim, o
silêncio revela, circunda e atravessa a palavra ininterrompidamente
desvirginada: o silêncio do animal busca povoações sem geografia, gerando
entonações iónicas-mutantes ausentes das gramáticas, inusitadas tatuagens
espermáticas: este devir-de-feixes-lamacentos projecta-nos a infância criativa
de um transe antecipado por meio de percepções-acções-afecções
clandestinas adentro do fora, sim, sentir a experimentação da adjacência da
morte nas travessias das lacunas dos acontecimentos simulacrais( açodar a
masturbação sanguinolenta do poema entre os desequilíbrios dos processos
fílmicos, os desvios cronológicos dos campos de forças das imagens-matéricas
que vivem-desaparecendo nos princípios das incertezas, descentradas na
abdução do real imperceptível e na interrogação das epifanias dançantes,
traçadoras de nomadismos vinícolas que infinitizam e interseccionam os
recomeços falsificantes-criativos da voz-atravessadora de estepes onde se
excripta por tremenda necessidade erógena, porque as excriptas sanguíneas
impulsionam-se nas raspaduras das serendipitias cibernéticas do exílio, no
estendal da inexistência galopante, assim, sentiremos toda as superfícies das
ressemantizações do absurdo, ecoadas num tempo de tempos puros do
geometral, de sinergias-ciborgues onde a espiritualidade violenta do verbo é
um bacilo tetânico libertário, sim, a liberdade é infernal e a palavra arruína-se
dentro das interfaces de si própria porque prodigalizou-se em transladar o
indizível, o não-dimensionável: as fractalizações da boca que a acolheu
cauterizaram-se ao desejá-la ininterruptamente entre redes intersemióticas:
uma voz silencia-se nas profundezas simultâneas da fala porque a imobilidade
verdadeira da boca são os tempos puros, as ubiquidades, as dobraduras a
desfocarem-se na vida que surge vertiginosamente por meio das quebraturas
de um rosto, de abismos neurológicos, de anamorfoses,de fragmentações, das
velocidades-lentas-algorítmicas: estas complexidades infinitas do olhar
cartográfico cheio de vazios-hemorrágicos e de sombras dos transes
plotinianos, são translocalizadas pelas variações dos horrores desconhecidos,
dos espelhos concomitantemente quebrados, estendidos e desfocadores das
desescritas que descaracterizam ecossistemas com as resistências vivas do
desejo, com as alomorfias doriais do corpo, sim, atroçoam as percussões
invisíveis do poema-ourobórico oriundo de várias línguas-irruptivas-
inesperadas entre os ricochetes geográficos, as melodias escarificadoras da
fecalidade do caos, o hibridismo incendiário do já-dito e a linfa do pensamento
em profligação: extrair acasos e reconhecer outras sensações exercitadoras de
olhares-corpos em desestabilização transcodificante onde o as transducções
do impensado, as abstracções de uma língua em risco, as ilimitações dos
modos de existir, tentam deslizar para os écrans distorcidos do pensado
vibrátil e intervalado, devido às indeterminações das quedas horizontais do
próprio poema que se mescla sem referências, nem intencionalidades adentro
do clarão orbitante da obscuridade que nos catapulta perscrutações
transitórias, dilatações de tempos, de acontecimentos aformais para nos
desorientar nos sedimentos insulares, nos farejar nas pororocas-macaréus, nos
religar ao mundo dos mundos entre os esboços da espiritualização das
artesanias, as afluências ilimitadas dos pasmos pré-adâmicos: autofagias
entrelaçadoras do concreto-abstracto, escolhidas pela inumanidade do humano
de um povoamento inóspito, de uma semiótica assignificante, sim, superfícies
de dobradas capturas implodem adentro do acontecimento-poema, quebrando
paralisias____singularizar engolfamentos micromacrocosmicamente: estas
perspectivas chegantes esculpem as palavras feiticeiras cheias de falas
labirínticas, de vistas inacabadas-geodésicas, de membranas caológicas
afirmando as composições desejantes que lançam dados extragramaticais,
estilizam objectos entre as memórias de um futuro e o sublime que dói, se
tensiona no desejo, nas intermitências do tempo porque as locomotivas-
hemisféricas do poema se regerminam paradoxalmente na duração
compositiva e espiritualizadora dos instantes enfistulados, na potência em
deriva do inapreensível da própria vida que vai em direcção às gesticulações-
carnífices da palavra em desfazimento, sim, retornar às enxertaduras mudas
do passado eslazeirado para se actualizar na musicalidade-pictural do flagício,
no ilícito voraz do presente medular-onanista, focando insciências,
analfabetismos tacteantes nos meios do ritornelo inédito-vasculhador da
natureza-carnal: aqui-agora, os baques das carcaças do poema desaparecem-
renascem nas garatujas do leitor-ladrão-sádico ao se tornarem numa latência
gravitacional do grito-trapaceado-urrado de outro poema-fundente e sem
itinerários, sim, ocultar e arremessar simultaneamente as fissuras geológicas,
os brônquios jazzísticos, as migrações uivantes na ecologia ziguezagueante
das enciclopédias alveolares (pulcritude de reverberações cruéis): são
acústicas superfícies-medulares, reinventadas pela morte contínua de deus,
pelos engolfamentos transumantes que o desertifica delirantemente entre as
convergências das palavras putrescentes, as migrações hipnógenas e os
avessos hieroglíficos dos olhares cavadores de geometrias turbilhonantes
(ecologia do pensamento esfincteriano!

O poeta capta, pinça e criva as forças cósmicas dentro da im-possibilidade


multivariante de gravidezes obscuras e experimenta os pictogramas fora da
espeleologia, as tecnofanhias diáfanas, os ideogramas do mundo, das
excriptas infinitas, num golpe de várias fracções armadilhadas pelos jogos de
deslocamento das caminas figuratas e ao embrenhar-se nas linhas vibratórias
de um vitral-cristal incomensurável, os acoplamentos das centelhas
cartográficas trespassam as ressingularizações da língua barroca entre as
vozes intangíveis da morte, a combinatória visual das máquinas de RAMON
LULL e a imprecisão dos amorfismos que consagram os priapismos
assintácticos-interactivos, as sincronicidades das sinapses labirínticas(o
animal-artesão____não rastreia, escolta os profetas, nem os mestres, nem as
cartilhas genealógicas: abre-se à ruminação do mundo, bosqueja-se, arrisca-
se, contamina-se pelos atravessamentos inomináveis do deserto___o animal
franduleiro, nómada e constrói uma língua selvática adentro de outras línguas
sem dono, línguas-abíssicas: emancipação construtivista do corpo perante a
alucinação das voragens do rodopiar das superfícies multiformes que o
caotizam por meio da adivinhação codilhada do mundo, das sombras vegetais-
sonoras onde o leitor das tábuas críticas dos alquimistas é uma fusão nómada
de assombro, de transe e de drama( inifinitizando metamorfoses): o leitor vai
cego-estocasticamente, caminha nas seduções caleidoscópicas, buscando
efeitos psicodélicos aos caligramas de Apollinaire, às galáxias mallarmaicas, ao
jogo estético do letrismo, aos perpétuos renascimentos-espaciais, às
fecundações hipnóticas das janelas ROSTA de Maiakovski, sim, o LEITOR-
corrupto-gestáltico como multiplicidade em si mesmo, sente o alvoroço
DADAÍSTA do desconhecido, a força-cubista que vem da terra, absorve o
desabrochamento do caos-plagiotrópico antecipador da vida, decompõe
desleituras inusitadas ao forçar uma presença das tensões dos contrários no
anonimato das tessituras inseparáveis dos arremessos de dardos petrológicos
sempre em dúvida randómica, em pensamento descentrado pelo insensível do
sensível-tântrico: é no magnetismo da antecipação das não respostas e da
vazadura-xamã do mundo que as sensações sem história, nem sentidos, as
mutações eruptivas, os vórtices do grito-urrante em constante devastação e
renascimento enfrentam as artimanhas do silêncio escoador de antropologias-
ecdises intensamente abertas à errância blasfemante e à musculatura do
impensado para transmutar o estranhamento-cantante, a intermitência da
fissura do desconhecido, a tensão dinâmica da intangibilidade dos astros,
nutrindo as cartografias do holomovimento das sensorialidades entre os afectos
dos intermezzos, os regozijos gésticos do pensamento e o rugidor silencioso
do avesso do mundo, sim, recuperar os paroxismos das tatuagens-disformes, o
esquecimento animista, as volteaduras disjuntivas em ritmo monádico! É esta a
aventura quase-imperceptível do entre-distante das sensações escarvadas no
caos criativo, da realidade irrepresentável, das malhas arabescas, das raias
enigmáticas: lance indefinível da construção poética, fluxos fabulatórios
balbuciadores de avalanches incontroláveis, de mutabilidades do corpo em
fulgurações enigmáticas, em probabilidades algorítmicas-temulentes que se
religam aos ecos fractais das teias dinâmicas, às energias do mundo dos
despovoados em repovoamento( uma fuga que se transpõe com o córion
dilatado-obcecado): são demudanças clandestinas a reinventarem
acontecimentos da imersão-fusiforme com as geometrias transformáveis das
vozes anamórficas, reabilitadoras da alucinação oceânica que assimila as
peugadas das hibernações do corpo entre os epicentros da experimentação
estética e o desaparecimento cartografado pelas caças espelhadas nos corpos-
êxuis, sim, a crueldade do pensamento fecha os seus olhos, despedaça os
neoplasmas, vocifera as intumescências, e devasta-se com a histeria das suas
próprias linhas hemorrágicas carregadas de adivinhações desvariadas, sim,
não há poesia sem experimentação do horóscopo do horror, sem tentativas da
ciência irracional, sem as gesticulações violentas dos hospícios do indizível,
sem parideiras de acasos, sem os traços do caos-desejante, sem povoamentos
contagiantes-nómadas, sem estridências ossadas-moleculares, sem exaltação
anatomicamente-canina, sem restos clorofilados das carnaduras, sem
cosmovisão pigmentada pelos esfacelamentos feiticeiros, sem os
electrochoques das chagueiras da crítica, sem as transgeografias simultâneas
e acentradas, instauradoras dos transcursos insanos, dos cordéis dos
atravessamentos sem antropófagos que tentam conquistar tempo a quem não
acredita na morte, desafiar os absurdos com as fisgas das vizinhanças
demoníacas da agramaticalidade e do real indomável que jamais atingirão o
real porque as superfícies das encurvas nos nomadiza permanentemente
através da vida da morte do intraduzível da fala que faz falar o cataclismo da
encarnação do poema, reiterando diferentemente a des-continuidade
aberrante-intuitiva da natureza, fazendo o animal ressurgir no meio da falha
estética feita de copulações incontroláveis, de polissemias absolutas dos
instantes-aerólitos que se dissipam no arrebatamento imprevisto das tessituras
para incorporar as angulações multímodas dos rumores do louco boomerangue
de uma revelação ininteligível: são as correntezas do impossível, são os
sensíveis dos sensíveis do vigor da vida, são violências silenciosas dos
ritornelos que nos mostram novas possibilidades de existência: combativos
resvalos, descentramentos das lógicas absurdas: fundir vida com a palavra
FORA constituída por entrevistos-anorgânicos, por arrastaduras sanguíneas: a
palavra FORA dos recursos dos ecossistemas e dos utensílios transcendentes
e tudo se potencializará na vizindade da duração pululante que nos ultrapassa
imanentemente! SIM, o poema diz sim à loucura fulgente da vida inscrita em
ritmos intensos que estão sempre a ser procurados dentro da infinitude animal,
porque o tempo, as itinerâncias, o espirito, o pensamento, os diagramas
impessoais misturam-se, entrecruzam-se simultaneamente para fazer existir o
esperma, o esterco, a paixão, os rugidos, o geometral, as vulvas do mundo,
sim, o animal tem urgência de acontecer singularmente no arroubamento
abíssico do futuro da língua que não fala mas contempla-o, atravessa-o como
um arco estirado disparador de morateiras sem alvo: vibrações corporificadoras
do mundo, absorvem devires do indecifrável, do indiscernível que perfuram o
poema em cavalgadura de diferenças puras, libertando o animal de
paradigmas-intencionalidades-significantes: o LEITOR-TRANSGEOGRÁFICO
de forças caoticamente ritmadas gerará corpos de acasos feiticeiros e de
abandonos matricidas que não suportam pertencer à literatura____ ele vive da
experimentação de si mesmo que é exclamação da natureza, é grito de vida
em milhares de dobras sem rosto, é um curto-circuito bruxuleante
descaracterizador de ancoradouros de escritas sazonadas, reavivando os
pensamentos labirínticos entre os espelhos quebrados de infinitas imagens
expansivas e as zonas de movimento dos idiomas em erosão, sim, montar e
desmontar alpinistas de transleituras que se apropriam das vozes dançantes do
inacessível para emanciparem a escalada do saber do não saber dentro da
fluxibilidade, da substância oculta do mundo: as superfícies polimórficas se
movem nas linhas vibratórias das interacções metamórficas que aprofundam as
laçadas interiores da própria visão( resgatar, recompor, decompor, descentrar o
eclipse da poema no cadáver sonoro da crueldade simultânea do tempo, do
espaço, da espiritualidade e da usina matérica onde o LEITOR com suas
sombras incicatrizáveis, com celularidade sem fundo em variações intensas
produz movimentos sismológicos, galopantes, resistências vivas, espelhos
oblíquos para reconstruir o lugar do crivo dramático, a interrogação ininterrupta,
a contradição que o atrai para o fora de si-mesmo e faz irromper a intensa
afectividade de um corpo-coexistente-e-em-fenda-estética: palavra metalúrgica
invade terras abstractas ): na experimentação giratória de corpos em
turbulências visionárias, o estranhamento das interferências flutua nas
obliquidades dos fluxos cortantes, das travessias espaciais e orbitantemente o
animal é desterritorializado, arrastado até às séries do grito das plasticidades
do limite, sim, tudo é acarrapatado inexplicavelmente, é estriado
assimetricamente pelas vozes estranguladas do estranho acoplador dos
remordimentos das tecelagens sígnicas: a impossibilidade de dizer alastra-se
nas palavras noctâmbulas das partituras do pensamento num acto de pânico,
fazendo a língua variar-vazar-oscilar continuamente na desterritorialização-pré-
biótica: atritos, balanceamentos geográficos, estridulações da vida da morte
que trespassam a reflexividade do mundo e combate as inflexões do poder
através da língua anterior às fracturas da ciência geofilosófica, a língua
reconstruída, retransformada pelos povos migradores da diferença sedutora:
criar lugares de passagens arrebatadas, pré-textos indissolúveis da vida
partem de dentro para fora com as palavras das colgaduras em partilha
fertilizadora-sacralizadora do olhar violentado cinemacromaticamente entre
mundos convocadores de desastres poemáticos, de síncopes funiculares, de
cirandas-corporais onde o transler-cartográfico gera encontros interrogadores-
cerebrais, choques estéticos do inconsciente, desdobrando superfícies
mecanosféricas: remastigar, remascar percepções para ser trespassado por
texturas sensoriais desnorteadas___alvéolos errantes, sem pontos de partida,
sem pontos de chegada, sem gráficos, sem coordenadas e o poema se coloca
o mais distante de si próprio para produzir densidades, ressonâncias
heterogéneas, diferenças estóicas-góticas, permutações co-existenciais,
glossolalias, contexturas pontilhadas entre eternas disposições matéricas, sim,
enfrentar o estranho, o incessante murmúrio do imprevisível, as alomorfias
vertiginosas descodificantes, as inesperadas-proliferações-protoplasmáticas
que nos leva para o subversivo, a profanação sem respostas mas
insistentemente aberta aos algoritmos das afectologias, das forças
teratológicas que laçam o poema no deserto das exogéneses do mundo,
repleto de

velocidades-lentas de vários conflitos sígnicos, de des-aparições dançantes


onde ninguém pertence porque o animal é a tentativa de uma ex-cripta em
abandono, uma obscureza a totalizar-se por meio da revelação cromática-
alucinatória, uma força amnésica a percorrer os interstícios da assintaxia
porque submergir, engolfar no poema é advir na cegueira e tactear
transumâncias simultâneas e desejantes, sim, estamos fora de nós-mesmos,
advirmos estrangeiros, fendidos por aprendizagens nietzschianas, sem linhas
rectas que nos forçam ética-esteticamente a produzir pensamento
esquizofrénico-vidente, a sair da consciência-parasitária, a fugir da
fantasmagoria-definhadora, a eliminar os determinismos corporais, porque a
serventia está sempre na olhadela-espiadela para tomar conta, a imagem
elimina-se na sua própria visão! A energia da tentativa da ex-cripta-vocálica
dentro das gagueiras magnetizadoras, das tensões das não-refutações, ou de
uma objecção que desconhece, desatende a incógnita, transforma o leitor-das-
golpeaduras-geográficas numa sonoridade modulatória da deserção e do
colapso em sincronia, desaparecendo e reaparecendo até à contrapeçonha do
perceptível: aqui-agora, o corpo-TUAREGUE sentirá o tremendo infausto do
mundo, os devaneios, as dubiedades que refazem a sua coluna vertebral-
transvista no contrapoder( o leitor sente permanentemente o seu não-
nascimento porque não suporta a iluminação-total do mundo), tenta criar novos
modos, novas formas de vida, projectando as texturas-partituras na
germinalidade do inóspito, na errância do deslocamento corporal com os
agrimensores do inconsciente, com os diafragmas das antecedências que
extraem selvaticamente as trepidações às palavras da METAZOA e nas
defluxões incomensuráveis os alpinistas de entre-meios libertam-se na
transcodificação monstruosa ao excriptarem simultaneamente com todos os
tempos, com todas as energia dos rastros das desleituras dissipadoras que
adiantam as ruínas do fora das ogivas cósmicas para realizarem a obscuridade
intersticial na imanência absoluta, no diz-desdizendo-mundo-inexplicável,
dobrado de infinitas maneiras, cavalgado sobre todas as línguas que se
entrecruzam nas vozes desérticas do mundo_______REPERCUTIR: Inventar
ex-criptas é não pertencer a nenhuma língua, nem a comunidades, nem a
irmandades na sedução da impossibilidade, é aparecer, alçar-se sem ser
chamado adentro de polinervuras dos alfabetos agramaticais: é nesta
plasticidade de golpes topológicos que nos desmoronamos cheios de falas
indecifráveis e de contra-significações: sentimos a avalanche demoníaca das
composições áridas que absorvem os vestígios acústicos do caos, os pactos
incumpridos, as razões desmoronadas, intercalando memórias-mundo com as
cartografias vazadoras de múltiplas ressonâncias intervalares do que-há-de-vir(
desconchavar e voltar em linhas transformáveis, em danças de solo
ritualístico): estas expressões do não-dizível evitam sentimentalismos de uma
percepção tremendamente impotente, escapam dos comportamentos
monitorados por meio das buscas assígnicas em perturbação nómada, porque
as forças afectivas nutrem o incognoscível, o intraduzível em fuga do campus-
emocional e das cavidades das equimoses, sim, elas são atravessadas por
escafandros intensos que transformam o invisível no provável visível e antes
dos crivos-olhantes-topológicos surge uma voz arquitectural perdida nos
descentramentos abruptos das ruínas inacessíveis: um corpo bosqueja
superfícies sem literaturas, porque tudo acontece sem chamamentos, surgem
os filtros das violências que arrasam perspectivas e tornam a invisibilidade um
afecto do visível, vivendo das excriptas deslizantes, recortadas
metamorficamente pelo prolongamento de um saber órfão em processo
migratório-deformante que força as margens enciclopédicas das sombras, as
velocidades das feridas abertas aos limites maleáveis das expressões onde as
vozes dos alfabetos-escorregadios se dispersam em avatares infinitesimais, em
contágios incorporais, em grandezas movediças sem pirâmides, varando
fragmentos das várias línguas, enfrentando caminhos labirínticos,
transversalidades, vizinhanças, turbulências atmosféricas, danças incorporadas
na retransformação das rotas que inundam sentidos, ultrapassando os reflexos
do mundo ao pressentirem o encadeamento do pavor com a palavra-lida,
implodida na boca apinhada de relações refractárias_____resta lançar
perturbações, e excluir-se no momento da tentativa de uma ex-cripta que
arrasta todas os planos de imanência para geografias saltadoras de dobras-de-
entre-tempos, emaranhadas cartografias, repletas de superfícies vibrantes,
problemáticas que atacam desvairadamente o pensamento, a expressão das
expressões que se volta sobre si e em si, devora-se, colocando o leitor fora de
órbita, suspendendo-o, interrogando-o adentro da vertigem da aceleração feita
de retardamentos, de voragens, de desastres: todo este ritmo de milhares de
línguas incontroláveis é feito de crítica miscigenada, de lances de insânia, de
rupturas híbridas, de subducções sem repouso, de contrapontos migradores,
de efracções desejantes que geram forças impossíveis, forças de um eco da
arte da vida entre as fendas dissemelhantes do não nascido e o que vive
simultaneamente dentro e fora de nós, potencializando deslocamentos em
constante devastação criativa, em estilhaçamentos-olhantes, entrecruzadores
das vozes dos povos-esgrimistas-do-vazio, povos pregnantes no que há-de-
vir_____são as bordas clandestinas da disseminação dos olhares exploratórios
que nos desviam e nos dispõem no mundo simultaneamente entre devastações
semióticas: as permutas das latências das forças atmosféricas, alimentam as
desfocagens quase-tradutoras do mundo, os afastamentos próximos que nos
atira para o despenhadeiro do silêncio das tecelagens a-sígicas como paixões
centrífugas corporificadas no nomadismo absoluto: sentir os ritmos das
vizinhanças cartográficas em risco, nutridas pelos murmúrios do acidente das
obscuridades-écrans porque o animal-poema nunca se transforma adentro da
transparência absoluta, retira-se da língua, busca o inatingível, o impenetrável,
a parálise dançante para não se materializar por completo, nem se assombrar
absolutamente, vive no transbordamento dos limites onde ressurgem as
línguas extintas que vazam o mundo, infiltram-se nas experimentações do grito
que nos transverte numa voz de muitas vozes, numa voz estranhamente
inteligível( os sentidos destroem as coagulações porque têm a urgência de
regambolearem na diferença ): provavelmente despontará a ritmicidade de uma
aparição intersticial, sim, a visão-auscultadora capta, assimila, absorve,
desaprende, infiltra, traça, rebenta as raias da intransitabilidade da língua
musical do mundo com o recolhimento distante das vozes desorientadas, com
as palavras corporificadoras de silêncios imprevisíveis que amostram itinerários
polispérmicos quase-em-ressuscitação: vejam, a partilha metamórfica apegada
aos olhares incomensuráveis que na sua quase-espessidão, esperam as
respostas das transleituras em retorno indefinível: coexistências solavancam,
rodeiam, transvazam, sonoramente, silenciosamente visões repletas de
dubiedades, de perturbações esboçadas nas fendas das incarnações
antinómicas tatuadas, interrompidas e irrefreáveis, reconhecendo a desordem,
a pluralização de mundos, a multiplicação de matrizes entre textos esfíngicos,
mágicos, tribais que se refazem no entre-caos e se destroem no infinito da
percepção da luz descomunal, no inacabado de tempos intensivos, na potência
da incógnita, assim, o poema se subleva, rasga-se, desfigurando-se ao povoar-
se por meio de verbos intraduzíveis, de ventilações turbilhonantes e o leitor em
hebefrenia se mistura no firmamento antes de ler, ziguezagueando nas
palavras que desorientam, suspendem, adiam e destroem qualquer tentativa de
hierarquizar tipografias. O leitor adentra-se no ritmo pulsante do fora-
mefistofélico conectando-se incomensuravelmente com áreas de excertos
ambivalentes, sim, alcança a negação-afirmativa-alucinatória do texto quando
acontece as desleituras dinamizadas pelos jogos de forças paradoxais,
incluídos nos balanceamentos desarticulados das expressões espélhicas dos
corpos desconhecidos onde o olhar fractura as visibilidades com as oscilações
ressoantes da cegueira ao tentar vigiar o invisível no visível por meio de
sombras-ritornelos que se acoplam a outras sombras cruéis, tentando se
esvaziar nos ecos das invenções instantâneas do cristal-sonoro-do-tempo para
contornarem as energias tácteis-sensórias do mundo( trabalhar o antilogismo
da matéria!
As performances do aceno fugitivo, dos fragmentos voltaicos e da
contaminação de crateras abismáticas transformam o leitor num traço
sismológico, numa cavalgadura em devir, num estilhaçamento do mundo: eis, o
habitat sem pausa do poema da orfanada inapreensível que se despenha
sobre as cavidades do vazio inviscerado nas ressonâncias dos escoamentos
taumatúrgicos com mutações infinitesimais onde o analfabetismo permanente
é-já a estética do desejo acontecimental (afrontar as vastidões invasivas,
franduleiras, alofilas da linguagem): são olhares atravessáveis, transmeáveis
pelo INTERMEZZO-nómada das sensações: triturar a língua, mostrar os
afectos, perfurar o colosso inamanipulável a quem espera pelo retorno das
respostas impossíveis, porque nunca regressamos equilibradamente ao órgão
bocal, nem veremos totalmente o dorso-balbuciante do poema de infinitas
variações ritmáveis, de arquipélagos moventes, assaltando o tempo
selvaticamente, o instante que gerará o instante no in-corpóreo, fazendo das
relações de vida um processo de irrigações cósmicas-acósmicas, copuladores
de imensas línguas-menores do inumano-quase-humanizante em risco-animal:
tudo é perfurado pela loucura criativa de um corpo-sem-imagens, escalador da
relação abdutora do sensorium do infinito da memória vivida no tempo-
acronológico e as contexturas fisiológicas do silêncio, provocarão o rapto
fascinante da potência uivante da mestiçagem sem profecias, nem previsões:
estamos perante a razão-ardentemente-grunhideira da palavra antes da sua
aparição entre espalhamentos cambiantes e o campo abstracto de forças do
pensamento ( os basaltos insondáveis do corpo entrelaçam-se noutro corpo em
combinações algorítmicas para se deflagrarem nas inscrições quase-
indecifráveis): alcançamos forças acrisoladas e mergulhadas na invisibilidade
pululante, eliminando, absorvendo despojos e destroços que nos levam
sincopadamente para a inacessibilidade da língua, para a epifania feiticeira da
vida, para as coreografias caológicas do des-aparecimento dos alfabetos
nómadas( uma língua-inimiga entre arquivos de línguas-encarceradoras, tatua-
se entre-choques-matricidas e as ciladas das ubiquidades, porque estamos
sempre em busca de forças disseminadoras de trilhos não trilhados,
transpondo trincheiras, revolvendo janelas sem formas originárias e com
bordas inesperadas de um corpo-de-catalisadores-vivos: corpos
desabaladamente antagónicos )!

O LEITOR resvala, esparge, transversaliza-se, prolifera-se, destrói pirâmides-


escalas, espalha contágios geológicos, o seu corpo de excriptas abertas-
cambiantes é já uma profusão topográfica, transfiguração de cordas semióticas
perfuradoras da natureza, membranas vulcânicas, desrazões, sim, insere a
ruína no poema como uma irrigação do caos a libertar-se da desmoldagem
traiçoeira da língua com as garatujas perpendiculares, lúdicas e delirantes):
esferizações de força exploram os despenhadeiros da assintaxia: atravessar os
encaracolamentos verbais-não-verbais debulhados pelos ecos dos planos
móbiles, das derivas interpoladas, das acoplagens da imersão do prazer
estético das interrupções, das encurvas, dos defluxos: as estilizações
babelescas anexam as ciladas dos espaços tensionados na insondável
esferologia das tentativas da glossolalia do animal-poema entre as ameaças
das imprevisibilidades e as esponjas da magnetização dos hiatos: O LEITOR
com seu corpo bailarino feito de amplitudes antecipadas, de espaçamentos
inomináveis, de distâncias transferidas pela vitalidade delirante, de forças
cataplasmáticas, tenta religar todos os gestemas, todas as vértebras-
zoológicas-minerais adentro das dobraduras vertiginosas dos escombros da
língua cheia de arquipélagos torcidos e de errâncias quebrantes e refrangidas
onde os tempos-reais das composições-moventes da sabedoria-lacunar e da
imperceptibilidade sedutora se afastam continuamente, entremeando os corpos
das línguas-analfabetas numa miscelânea fendilhada pelos reflexos dos
arrastamentos do maracatu-frevo do mundo, pelas fugas das raias da
compreensibilidade_____razão impura____afectada pelos colapsos criativos
do pensamento onde diferentes ritmos de vida fazem das vazaduras de um
corpo roubado, um corpo de enfermidades, uma construção de sentidos em
confronto mutante com o grito indefinidamente variável entre núcleos
proliferantes da tentativa da ex-cripta: o poema acontece na cruel invaginação
do verbo-mundo, no entrelaçamento de forças polimórficas, de forças caóticas,
de acasos rítmicos, problematizadores dentro da inesgotabilidade do real de
promissões incumpridas onde se levantam, catapultam percepções-
imperceptíveis em transmutação contínua, em agitação disjuntiva, em misturas
ecoantes-in-corpóreas, sim, o poema é o corpo em tremenda impossibilidade
desmaterializante( o real flutuador, irresoluto do inconsciente)!
Quando o ritmo (crítica em variância incomensurável) se encontra com as
forças transmutantes-expressionistas da natureza, com as experimentações
moventes inobjectiváveis, transformam bruscamente o corpo e reforça as
errâncias paradoxais das sensações entre urdimentos i-emergidos na
magicatura fractal da indecifrabilidade e da indiscernibilidade( o animal dança,
arremessa-se no acontecimento do já-agora e a interrogação imperceptível):
são ondas de intensidades de infinitização conceptual, de
multidimensionalidades ondulatórias que transpõem as tendências, as
propensões para racionalizar puramente o entendível, a visão-aparição, a
intelecção( o poema resiste sempre ao leitor, resiste sempre às transleituras, é
um animal ritmável de cronotopias, de heterotopias): vejam, sintam, o corpo
não pensável possivelmente quase-pensável adentro das fendas
desterritorializadoras do poema multilinguístico, criando desequilíbrios
plurivocálicos, sensibilidades desconhecidas, expressões magnéticas,
movências das hebefrenias fora das linguísticas mas contagiadas pelos
idiomas acósmicos da animalidade que enfrentam a insularidade absoluta, os
exílios internos, as ressonâncias das escoriações corporais que se viciam
criativamente pela performance da invisibilidade entre planos multiformes de
catástrofes feitas de fluxos lenhadores-bruxuleantes, de estranhamentos das
teceduras do dionisismo (as ameaças das forças dos imprevistos, dos
inesperados são ininterruptas e as conexões de forças que desviam,
distanciam os sustentáculos do poema-terra-corpo, impelem a resistência da
palavra a retraçar-se no perspectivismo do tempo-espaço antes do verbo, a
metamorfosear-se, a dilatar-se, a disseminar-se, a recolher-se, quebrando por
dentro a coalhadura, a cristalização por meio de de-composições geodésicas,
de contexturas do corpo captado entre corpos im-perceptíveis e tudo se
dissolverá até ao anorgânico nómada, ao aformal dos estímulos incontroláveis):
aqui-agora, se infinitiza os ecos agramaticais das transfigurações, das
contracturas sinestésicas, repletas de traços caleidoscópicos, de acasos
conflituantes, porque a espiral do animal-poema de se excede levianamente:
todas as correntezas quiasmáticas constroem estonteamentos pollokianos,
expansibilidades das vizinhanças sedutoras que retraçam os corpos-leitores-
buscadores de lances de insânia, duplicadora do caos, de desertos (traçaduras
de rumos sem itinerâncias), assim, o animal-poema se abre à infinitude
caleidoscópica das expressões-escavadoras-de-espaços, à vastidão infinita e
des-contínua porque estar no irrecomeçável-criativo é permanecer inatingível,
ininteligível, escapando e desaparecendo nas atmosferas do viver no fora-
ilegível( interior-do-interior), sim, entranhar nas partículas infinitas, no sentido
alógico, nas tensões dos corpos-limite, no inexprimível livrador de
singularidades: superfícies de acontecimentos estéticos, vivem em blocos de
delírios, blocos impensáveis, no puro vicejo do pensamento, varado por curto-
circuitos-dobradores-de-vidas que não suportam o sedentarismo e nos faz
desabitar a palavra pelo meio hesitante, indecidível: tudo age sobre o mundo,
tudo emerge nas intensidades de entre-tempos da ética imanente com desejos
inconscientes a escarificarem a re-existência): o corpo do leitor é feito de
errâncias transfixadas por gestos das multidões do imperceptível, é constituído
de ladraduras mutantes, de sadismos extrusivos, de traficâncias interrogativas,
de palavras-intermezzos que não sabem que o fazem procriar na rachadura
incomensurável, nas permutações esfíngicas, nas coexistências das
trepidações retraçadas nos desdobramentos das estranhezas misteriosas, sim,
as vozes inarticuladas transportam-no ininterruptamente para o inacabamento
falso do abecedário movediço( a jangada do absurdo, a indefinição do invisível,
a necessidade cósmica, o rasgamento dissemelhante das expressões
coalescentes, as vértebras dos assaltos utópicos, as quebraturas cartográficas
dos desertos corporais: estas forças desmoronam os olhares adversos do
leitor, mostrando as oscilações das infinitudes afectivas que catapultam forças
alvéolares entre os sons dos devaneios invasivos do real e os eixos de
semióticas-carnívoras( o olhar não consegue atravessar o poema, as falanges
não aguentam as úlceras do poema), sim, o silêncio caminha suspenso,
labiríntico e assoalha, envolve, permeia, trapaceia, transversaliza as
turbulências da palavra PORQUE não sabe onde residem os prismas do corpo
e desconhece as proporções do mundo: o silêncio descentra-se ao pressentir
as ressonâncias das superfícies incontroláveis, engendra-se nos alfabetos
mutantes sem gramática e faz das auscultações matéricas-musicais do mundo
uma profundeza indimensível!

A sombra intervalada do deserto incorporará o corpo do leitor de vestígios


acústicos, de calamidades cancionais-regenerantes num tempo sem datas, na
aparição do imperceptível demoníaco-apolíneo-dionisíaco, vazador de
desmoldagens orbitais, sim, o LEITOR materializa as sensorialidades à deriva,
a experimentação da fissura do não nascido, a improvisata estética do múrmur
do mundo que faz incorporar as múltiplas repercussões intervalares, as
escoaduras das carnagens nas malhas sígnicas indecifráveis-escorregadias( o
tempo não refreia nem mensura, poetiza-se inominavelmente): alomorfias
inapreensíveis são pensadas nos desvios sublevados da voz devastada na
exclamação de uma fala labiríntica entre o fluxo das intensidades das
irresoluções que tentam absorver a transmudação completa do animal que
jamais se nomeará porque se transforma incessantemente numa rasura de
variabilidades agramaticais, de sonoridades modulatórias do subterfúgio e da
profligação como fáusticos contravenenos do perceptível( derrubar as
tentativas orgânicas com ritmos catastroficamente sensíveis): contemplem, o
tremendo silêncio do adverso do mundo que arremessa o escrileitor para a
ablaqueação do espaço da ablepsia, da inexistência, das torções, inventando
novos afectos anamórficos em transposição. Ele sabe e sente que as
onomatopeias do poema-vida não suportam qualquer tipo de rosto articulado,
qualquer tipo de vassalagem, de adscrição porque o devaneio, o improvável, a
temulência, a insurreição sintáctica se desenrolam diferentemente na
presentificação do passado do longínquo, refazendo o seu corpo com limites
em movimento-múltiplo incontrolável, hipóteses inverificáveis dançam nas
tatuagens disformes da cosmovisão para recuperarem os ritmos ondulatórios-
gravíficos-gangrenados da abstracção experimentada: os leitores são
personagens perdidas, linhas astrológicas, redes telemáticas, ritmos
intervisuais, calculadores matemáticos, tactilidades cibridas, ondas vibratórias,
interfaces das geometrias de configurações alteráveis, deslizamentos
metamórficos, velocidades da misteriosidade, circunvoluções intertextuais,
multifocalidades ergódicas, segmentos circulares tentando desprenderem-se
da língua, sim, os leitores cruzam umbrais, gestações estranhas,
desassossegos atmosféricos e corredores vazios de línguas vazias que os
projectam para o inesperado em ininterrupto devir do nomadismo-divinatório
onde se cegarão na vontade ecológica das permutas vizinhas e nas
estremaduras arabescas que não os levam a lado nenhum: os itinerários não
trilhados das línguas silenciosas do poema são atingidos desabaladamente
pelas disjunções cosmovisionárias, pela i-materialidade da palavra
anatomicamente caotizadora onde as forjas das volteaduras subvertem e
pervertem as versões do mundo num jogo de indiscernibilidades: aqui-agora, a
palavra nunca diz mas nutre o monstro-falante no mesmo mundo de
sequestros afectivos em direcção ao escárnio gestual do pensamento que se
transversaliza nos ocasos, na retracção, no recolhimento incendiário de
memórias ( provavelmente uma língua extinta ressuscitará no reconhecimento
caológico-do-entre-caos, na pluralização espongiária de mundos sem
destinação, na proliferação de matrizes-esfíngicas): este êxtase põe em risco
toda a linguagem nas superfícies dos corpos adentro da experimentação do
alvo dos NADAS desmedidamente ténues que precipitam, suspendem, adiam,
fazem retornar, transmigrar o ressurgimento das línguas até à visiva cerrada de
si mesmas, até ao meio do matagal doutras línguas-insuportáveis onde
avançam os leitores-ecoesféricos-pré-formantes entre todas as violências
jubilatórias da indecifrabilidade do poema com as redes dos corpos marcadas
pela transmutação dos fluxos suspendidos nas fascinações denunciantes das
violências osmóticas e de intensas capturas de forças inaudíveis( inundações
de vozes murmurantes, intangíveis): são as vozes dos arrebatamentos na in-
existência inabalável e das visivas dos mundos, são as vozes que apreendem
todos os silêncios fugidiços do mundo e se desconsagram ao recolherem-se
na afirmação da morte inexequível de excriptar: volteaduras do real largífluo
entrecruzando as possíveis retraduções dos corpos, gerados pelos vincos dos
acontecimentos, dos processos, das multidões afectivas ENTRE potências
rítmicas, bosques ecoantes e escapamentos impensáveis dos oblívios-em-
ritornelo que colocam as rasuras da língua em realidades excrescentes:
produzir pontes-topológicas na condição-livremente-ecoante do não nascido
enérgico e movediço, rupturando canhenhos hipertrofiados, eliminando-
absorvendo sobejos, destroços para recompor as ondas onomatopaicas do
nada tão ambivalente, sim, passar as tactilidades dos limiares centrífugos e os
corredores vazios da palavra que nos levam até aos risos dos ladrões do
passado( aniquilar as visualidades do sentido e as intersecções subjectivadas
antes que o poema aconteça com todos os descentramentos móbiles da
crueldade mais oculta): um passado extremo e multiforme é presentificado
pelas travessias do devir-cosmológico de quem escuta o ruflo desapiedado, as
interrupções musicais da palavra perante a mudez permutatória das esponjas
do corpo, sim, a retracção lisa do mundo faz do gesto-leitor um acabamento do
real até ao real que eclipsa a escrita na ressurgência do animal-poema): a
indiferenciação nos arremessa até ao balanceamento dos limites que evitam a
dissolvência dos dramas entre a reverberação da morte e os espaços
assignificantes da renascença, aqui-agora: o leitor funde e perfura as
polissemias das percepções navegacionáveis porque acontece nas
hiperdimensionalidades tensionadas das dobras da linguagem-escorregadia
que desagrega os olhares numa enfiada de clarões obscuros, sim, as
plurivalências, as variâncias, as forqueaduras, os contactos, os eros dinâmicos,
as interferências, os denodamentos, as linhas astrológicas do animal-poema
vivem dos desastres pan-semióticos, da i-emersão dos perspectivismos, dos
ferimentos diagramáticos de uma língua irrefreável, trazendo os
acontecimentos monstruosos das impossibilidades sempre em antecipação-
suspensa e singularmente devastadora de expressões: as sombras do teatro-
arena do poema NÃO se fazem de intelecções, mas com os estorvos das
escripturas, sim, constroem-se no meio de simultaneidades-cristalinas, de
fricções, de retraduções agramaticais, de interfaces metamórficas, de
abundâncias sensoriais: estes fluxos de esboços cartográficos combinam-se
com defluxões cheias de dicionários-tântricos que reagem às escalavraduras
provisórias da língua, instaurando novas afectuosidades, espiritualizando as
populações dos instantes desagregadores de olhares sonoros onde as
tatuagens da reminiscência são traficadas por tudo que não existe, porque
desaparecem nas acepções de um carrasco que desfecha os olhos-do-poder e
nunca vê, nunca contempla, vive da guilhotina-prisioneira-da-razão! O que
suporta o corpo transgeográfico onde tudo se torna uma incerteza-desrazão,
um poema atravessado por prenhezes insondáveis, arredores acústicos,
fazendo das suas fissuras o opérculo imprevisto da vida? O que suporta o
corpo do leitor no desvario do inconcluso das enxertias, das arfagens insanas e
dos tautocronismos cubistas em confronto com o porvir das blindagens
verbalizantes, com o mundo mundificado por atravessamentos a-sígnicos,
inobjectiváveis?

O leitor-tuaregue contaminado pela mineralogia incessante, afasta o olhar


anárquico do corpo, ao interromper o circuito sanguíneo do texto, arrasa os
focos de irradiação da memoração, rejeita perspectivas pré-estabelecidas,
destrói disposições tirânicas, normoses, logicizações, transforma-se num
vaivém criptografado dos povos antigos, das línguas estranhas-cifradas( as
luzes das contumácias dissolvem-se nas palavras dialetófagas, misturam as
multiplicidades epidérmicas nos pensamentos moventes, arquitectando
fulgurantemente brinquedos caóticos___vida incontrolável ): os trilhos das
tessituras se obscurecem entre ritmos diáfanos e o leitor-transgeográfico
vazar-se-á, fragmenta-se-á, dissolve-se-á, multiplica-se-á num plano de
avalanches em imanência, em gestações complexas onde as línguas
ressuscitam, reaparecem, se revelam antes de enfrentarem a devastação do
corpo-olhante para transfigurarem no TODO das presenças fugidias que
impulsionam as encurvas deformantes, as imersões insondáveis, as profundas
ressonâncias das experimentações dos traços da matéria onde os ritmos da
vida se deflagram nas intensidades abismais da imperceptibilidade perceptível(
o animal-poema não tem voz, não nasceu, ou terá um murmúrio ininterrupto
que reaparece abruptamente para fazer da desaparição o seu processo
ventilatório): sim, as soberanas metamorfoses acentradas, os intermináveis
rastros, as antecedências das expressões arrancam os ciclos giratórios do
corpo-poema aos enervamentos da terra para emergirem no próprio
balanceamento das deiscências que atraem todas as relações despedaçadoras
do figurável por meio de hymenes imanentes, de experimentações tacteantes
constituídas pelos movimentos impensáveis, desdobrados pelas errâncias
caológicas que atacam esteticamente novas presenças do corpo, fazendo dos
orifícios das expressões uma abaladura paradoxal: aqui-agora: a epiderme
movediça do alfabeto é esburacada e tenta garrear-se no real para absorver as
perfídias éticas, as crueldades éticas onde as diferenças incomensuráveis
invadem as revivescências, as problematizações de quem não germinou para
não desviver: estes roubos rigorosos do leitor, tecidos entre os contágios
singulares e as constelações de sentidos estilizados, extrapassam as
obscurezas de uma língua-multilingue: o ritmo sísmico encontra-se no eco dos
lugares estranhos, nos écrans das inscrições das sombras-disjuntivas que
formam atmosferas raras, cinematografadas pelas velocidades-lentas das
passagens do a-fora feito de interiores múltiplos: tudo se retorce nas
superfícies acrobatas, rodopiantes de uma língua-sem-familismos: são lances
de infinidades perceptivas fissuradas pelo invisível, miscigenam as distâncias-
close-ups entre o corpo-leitor e o deserto do poema de perscrutações
exploradoras de esfinges e de impossibilidades de dizer, porque os batuques
informes do poema não suportam rostos psicologizados, sim, as fabulações
espiritualizam o avesso das multidões do mundo e as vozes continuam a
deslizar nos limiares dos corpos das línguas esquecidas, coreografando
abecedários irrecomeçáveis adentro das estepes ondulantes da vida que
escuta a carnadura inflamada e trespassada pelo fluxo invertido dos gritos por
vir!

A vida do LEITOR é construída em geografias onde ninguém pertence,


geografias de falas iniciantes, de recolhas mágicas de vestígios corporificados
pelo caos, geografias dos golpes da efemeridade, de tensões infinitas,
geografias contaminadas pela matéria dançante dos povoamentos-suicidários-
viventes, apreendendo as sinopses disjuntivas das bordas das marchas
simulacrais e a combinatória visual das forças repetidas fora da reiteração
refazem-se nas entonações da orfandade para conquistarem tempo ao tempo
não decifrador, ao traço selvático do tempo que anteverte a suspensão do
corpo impremeditado com os interstícios quase-eternos dentro de um vaivém
de línguas estrangeiras, por isso o TEXTO está sempre na transladação de
todas as artes, de todas as ciências numa defluxeira de entrecruzamentos
corporais-incorpóreos, sentindo o vazamento desgravitado do mundo, a
decomposição-reconstrução do mundo: vejam, as mudanças infinitesimais do
tempo transbordador de zonas de perplexidade que nos força a pensar em
crivos cartograficamente adentrados no fora que se diferencia com as
golpeaduras moventes dos vazios: as intersecções indecifráveis da palavra
vivem no inacabado, percorrendo os pensamentos ulcerados, as linhas dos
redemoinhos das polissemias alquímicas: o leitor heteronómico grita na
tatuagem anónima da língua com novas amostragens de vida anamórfica, gira
todas as cabeças adentro das in-certezas do observante-observável dos ritmos
quase inoperativos de quem tenta contemplar os jogadores de excriptas nos
seus espaços de itinerários utópicos, de perscrutações misteriosas, de
performatividades pictóricas, buscando o ilimitado nas próprias esculturas das
esfinges, nas descidas demoníacas das matérias misturadas pelo noético-
estético que ecoam nas falas do inesperado, nas palavras cataclísmicas,
embriagadas, anárquicas porque enfrentam o silêncio tremendo das formas
desfeitas do mundo, a devastação feita de insânias onde o movimento do olho
acontece sem sobrevir!

O leitor-médium absorve os mosaicos das trocas incontroláveis, as ludicidades


das verdades intangíveis entre as trilhas entrópicas, as transposições das
existências-inexistentes e a musicalidade das tessituras às avessas, suspensas
na golelha do tempo sem vastezas, porque não existe letradura, mas
simultaneidades metamórficas de excriptas, assombros multilingues,
entrelaçamentos de instantes puros, de impermanências intraduzíveis, de
fundições de contrários em rotação-metacinemática( translucidez das luzências
das assintaxias que invaginam o geometral): infinitos espalhamentos de
realidades hilariantes sem sujeitos: tudo é devastado pelas cisões sígnicas-a-
sígnicas dos labirintos ritmados pelos riscos dos atletismos espacializantes e
imperecíveis onde a palavra se encarna na aparição semiesférica de outra
palavra que tenta eliminar a luminosidade das formas através de desejos
intersticiais, de espasmos instituais e os saltos absurdos dos esboços
perceptivos rupturam-se na matéria-viva, sim, a palavra retumba-se
acentradamente em zonas invisíveis-indeterminadas para se fundir na
anterioridade do poema): a excripta trespassada por sensações desarvoradas-
escorregadias, enfrenta as cópulas do estranho das línguas, absorvendo
outras-excriptas-evanescentes por um devir desataviado entre os rumores
sedutores-subversivos do nunca diz-dizendo-desdizível que se abre às forças
transmutantes da NATUREZA, aos arquipélagos inabitados, despovoados
pelas demudanças imperceptíveis: eis, o GRITO da interrogação das sinapses
inexauríveis, o grito létrico dos mergulhadores sonâmbulos sem respostas, o
grito feiticeiro e consagrador dos instantes de saídas e entradas múltiplas dos
saberes do corpo que apressuram, aviam, retardando as concatenações
inexprimíveis, com a visão tectónica-balbuciante do pensamento____ escrileitor
do deserto veloz das multidirecções cegas pela convulsividade
espontânea______ fica ausente de si mesmo, procurando incessantemente a
animalidade dos corpos em PROCESSAMENTO barroco entre imagens
exauridas, disseminadas, indecididas, indistintas pelos ecos dos espaços
imperceptíveis das palavras em reviravolta e os vãos das falas acentram-se
nas combinações proliferantes das dobras mandibulares, nas pinturas murais
entrelaçadas pelas sonoridades das miscelâneas vertiginosas, criadoras de
superfícies das coexistências que absorvem os reflexos cartográficos do
mundo___e assim o leitor vai, separadamente inclusivo e aberto à falha das
manchas sígnicas e à memória instintiva sem neologismos( gestualidade
cruelmente diagramática): NÓMADA e entrevisto, desloca-se na distância
assintática do dentro feito por opticidades absurdas do fora em catástrofe
porque não sustém habitações cravadas, nem suporta a racionalização do
discernimento, vive dos pensamentos picturais-hápticos: nestas oscilações
expressivas o animal é-já o próprio movimento em construção irredutível que
elimina os senhorios das dimensões linguísticas, desmancha, desincorpora a
língua com as policromias musicais-insondáveis-inexprimíveis abertas aos à
indivisibilidade sensorial onde o animal busca incansavelmente os signos
impessoais por meio de envergamentos tensionados, disjuntivos do silêncio
para assaltar os intercessores do irrecomeçável, sim, os alvoroços do
esquecimento da física de Aristóteles exploram as linhas dinâmicas das visões
nas golfadas da duração que provoca, revolta-se, esparge, muda as vozes do
mundo para lá dos incidentes, das traduções e da espera!

O Animal se revigora nos pontos de vista das luzências matéricas em mutação


rara, se entrega ao des-povoado da vidência poética baralhadora de sentidos
que o desvia e o multiplica simultaneamente no mundo irrepresentável, no
mundo das possibilidades indizíveis do olhar geológico: aqui-agora:
reaparecem as dissipações do fracasso regenerador, o desastre das
expressões feitas de encurvas intermináveis que se asseveram na recusa
problemática sem tempo cronológico ao percorrerem os enlaces das
desleituras da encarnação do abandono estético feito de agramaticalidades
intensivas( arrasar nomeaduras com as hemolinfas anorgânicas dos
heterogéneos )!

O Leitor dentro da transposição do pensamento planta rosas na barbárie,


planta rosas no inóspito, planta rosas no corpo do meio da vida que funde vida,
fazendo vida, incorporando um rumor imanente de forças incontroláveis que se
escapam a si próprias, ao absorver intensivas visões escutadoras de tempos
simultâneos de Murnau: devaneios das excriptas devastadoras de devaneios
do próprio escrileitor cheio de ângulos da impossibilidade adentro de um dizer
contaminado pelo estrangeiro-feiticeiro-escalador-de-estepes( tudo se
desmancha numa palavra cheia de desertos que transforma lacunarmente a
vida num boomerangue dentro-e-fora dos estertores dos silêncios que
recuperam línguas extintas por meio de traços abismáticos das relações
mutantes( perfurar superfícies das línguas até ao in-dizível, ao in-audível,
carregados de feitiçarias em fuga cósmica e acósmica) sim, o silêncio
vulcânico, lávico, sem exórdios, avança na incisura descomunal do incógnito,
destruindo acepções e recuperando os interstícios des-territorializados do fazer
poético das forças do mundo: é a insânia que diz sim aos olhares brownianos,
aos espelhos convexos de PARMIGIANINO, às interfaces de ILYA
PRIGOGINE, cruzadas com os recomeços imprecisos dos corpos transsígnicos
que desobstroem a vida da encarceração por meios de ritmos das radiações-
monstruosas: são-já a própria vida antropofagicamente ciciante-estrangeira:
assim, a existência em potência euridiciana atravessa o poema no real-
transgeográfico que jamais alcançará o real com seus fluxos dissemelhantes,
com a possibilidade geométrica da desmaterialização, sem veredictos, nem
alicerçagem( uma voz pirodinâmica e problematizada pelos micromovimentos
expressionistas nos fragmenta e sincroniza permanentemente, nos ultrapassa
longitudinalmente e nos coloca inacessíveis entre os encadeamentos de forças
onomatopaicas em demudança e as visões da excripta caleidoscópica em
tentativa cosmológica, transcodificante, tatuada no cérebro de FENOLLOSA de
Ezra Pound e de Haroldo Campos, SIM, avançar nas peles de Leopold von
Sacher-Masoch para criar apoastros nos epifragmas das coreografias
Cunningham-Philippine Bausch que se entrelaçam nas mandíbulas incessantes
de BUNUEL-BERGMAN-Akira Kurosawa( vejam, a língua inacabada, sempre
inacabada adentro do povo geodésico de Eisenstein)_____há que espremê-la,
desviá-la, evitá-la para nos contaminarmos heterotopicamente pela vida
indiscernível entre as ressonâncias corporais, o real-bifurcado pela
sintomatologia aracnídea que cria mundo sem memória, subvertendo mundo
com o esquecimento!

A língua-animal vive em redemoinhos da revelação diáfana do sensível


desabalado, transversaliza-se nos sentidos ao corporalizar a caixa de Pandora
do incorpóreo: regamboleia nas curvas sombrias do deserto, nos traçados
complexos das percepções sem objectivos, nas intensidades dos espaços
cognitivos, afectivos, possivelmente uma abstracção entre-o-figural desossado:
o animal elimina as placas normativas e o tautológico com o não pensável-
pensante fora do confirmador psicológico oxidativo( o intensivo da
transparência vaza os mapas do mundo com as mutações das superfícies dos
movimentos profundos do animal-SCARFACE), sim, o poema pressente o
inconcebível, derruba a dominação dos olhares e estimula a perturbação
inestancável, a transgressão surfante do animal, a subversão das identidades
existentes de modo a desestabilizá-las entre os lances espontâneos dos
interstícios transbordantes e os meridianos da dramaticidade multicelular(
possível desarvoramento dos sentidos perante a fascinação das vozes
impossíveis que tentam refazer outras vozes ao acoplarem-se às expressões
em estrangulação, desfazendo o discernimento, a percepção nas composições
plurívocas e nas suas próprias incomensurabilidades escarificadas por planos
em vórtice ): as palavras derrapam nas fissuras inarticuladas das vozes no
passado absoluto e no presente inexoravelmente atravessado pelo devir: no
bosque flutuante de alfabetos estranhados, buscamos o desmemoriado com a
imagem-movimento do deserto ecoante que está dentro e distante de nós, está
por acontecer, ou será o intensivo da perambulação-áugure: esta sensação do
não nascido é realmente a iluminada escuridão-da-inacessibilidade, a
expectação, a emboscada, a autonomia inoperativa, inesperadamente atingível
na infância violenta das efracções das vozes-suspensas nos espaços vazios
que capturam o animal até ao eclipse_________onde acabam as inscrições
das polissemias dos espaços desconectados e das ataduras matéricas? Como
se accionam os fluxos das irrupções vibratórias das vontades imperceptíveis e
espessas? Vejam o retorno das entremeadas vozes das Damas de XANGAI
feitas de adiamentos de uma vida desmedidamente em risco indiscernível que
interrompe os instantes espélhicos da palavra em des-aparecimento,
escutando com o olhar centrífugo, arrastador, a murmuração regenerante do
virtual que revela numa esponja diáfana o recolhimento do animal no seu
próprio desastre: povoar os itinerários silenciosos da palavra na escoriação, na
ulceração de uma língua em êxodo, expatriada por meio da perscrutação
esfíngica, das incompletudes defronte as voltagens ininterruptas das
irresoluções e das novas existências sem moradas, sim, alguém mais tarde
recuperará o poema rejeitado por meio dos desmaranhos espermatizados, das
superfícies em desdobramento ressoante, das dismorfoses dos sentidos do
passado coexistente com o presente (viver fora da língua que se porfia, recalca
em si-própria, desmantelando o incêndio da memória por meio de
desdobramentos ontológicos, extravasando as raias para prosseguir nas
fascinantes aparições dos movimentos dos povos sem psiquismos): a
multiespécie actualiza a simultaneidade metamórfica-geográfica onde existe o
desejo da tensão e transposição dos contrários em ondas termohalinas, a
exultação de um sensórium por descobrir geodesicamente: são os feixes de
diversos ritmos das expressões para além das expressões, os intermezzos das
sinapses epifânicas que resistem à morte, consagrando e recriando os
instantes na emancipação da espera curandeira entre corpos fissurados,
devires descompostos, magnetismos sem respostas, sem coordenadas e
ressingularizações de uma língua nómada catapultadora das subversões
embrulhadas com o anónimo, a errância, o inacabado e o afastamento que
anarquiza o acorrentamento do tempo ao animal-poema( estamos perante as
teceduras da inapreensibilidade, da estrangeiridade da vida, rompendo
convicções, certezas com a ética dos sentidos-cristalinos em diagonal de Alain
Resnais): O animal reinventa acontecimentos-urrantes, palcos multifacetados,
resiste com a arte sem os prostíbulos da covardia e do poder axiomático,
fixador de castrações identitárias: sai da língua ditatorial que o encarcera,
assim, acontece o indiscernimento com as expressões sem palavras do mundo
que refazem o cérebro-inumano-multiespécie com o fáustico alexifármaco do
inteligível, com o tremendo silêncio das expansões arqueológicas do poema
que desaparece, escapa, torna-se irreconhecível, quando o relemos na
magnetização putrescente, no pasmo da inutilidade e nos faz cair infinitamente
no não saber, irrompendo vibrantemente contexturas entre as obscuridades
solares dos corpos em greta feiticeira e as extensões das respostas
impossíveis que capturam os intervalos do in-visível da confrontação sinapsial,
SIM, o poema vive na inalcançabilidade relampagueante e nas deslocações do
inapreensível temporalizado pelas reminiscências-vulvares (transler-absorver-
atravessar as ruínas da palavra com os fluxos cósmicos estimuladores de
tempos puros, inventando afectividades entre as inundações de trilhos sem
trilhadores e as autofagias dos acasos como um jogo de presenças estranhas,
tremendamente cosmovisionadas pela aprendizagem em desaparição que
entrelaça os ritmos vesânicos à fuga dos jugos dos deuses): o animal aberrante
recupera as tatuagens-disformes-caológicas em ritmo monádicos-de-
enunciações-cristalinas, em planos falsificadores, no mosaico vidente das
expressões que atravessam cartograficamente as visões impensáveis das
visivas-germes do mundo! Aqui-agora, reaprendemos, sondamos essas
possíveis vivacidades nas línguas extintas que dessabemos, sim, possíveis
tecedeiras moventes da antropogénese-INVOLUTIVA-animista, das
volteaduras disjuntivas e indeterminadas da palavra abarcada noutra palavra
diagonalmente com conexões inexprimíveis onde os risos gésticos
incompletos, intervalados de Straub entre micromovimentos dos desertos
pasolinianos eliminam biografias obsessivas e monomanias acopladas ao
poder antiquíssimo das estruturas (urgente escutar o inescrutável em
transmutações semânticas-sonâmbulas que trespassam violentamente o
pensamento para abrirem o corpo ao mundo daqueles que não falam a mesma
língua, povoando e despovoando encontros e desencontros entre os
espelhismos caligráficos e as jubilações dos assopros das vidas
reencarnadoras do flagício-ressonante do poema por meio dos golpes das
bordas sonoras, das inscrições resplandecentes das superfícies onde a voz
causa cegueira na visão para se fissurar completamente nos jogos de xadrez-
cósmico, sim, o poema transborda o brinquedo da potência das margens
intersticiais que desaguam nas gestualidades invisceradas do absurdo, da
indeterminação dos caligramas alexandrinos, porque tem a necessidade de
evadir-se e adivinhar os feixes do mundo com o voltejar do inacessível
dançante, com os traços dilatados do passado-em-futuração, catalisador de
receptáculos abdutores da sonoridade-visaul que apreendem, esculpem,
escarçam, rasgam o tecido da palavra para derriçar, escarniar a língua entre os
resgates de uma voz entrelaçada oracularmente e os gritos suspensos no
abandono dos seus biomas porque seus cristais em desdobramento
acronológico zicham vida avocada, seduzida pelo dentro de si-mesma :
mostragens infinitizadas pelas capturas e auscultações das meadas
metamórficas!

O poema e o leitor-transgeográfico submergem naquilo que escapa e se


incompleta inexoravelmente na agoridade eliminadora das imagens do mundo(
as vozes-tatuagens dilatam-se nas rotas metamórficas, agindo sobre as
colagens do abismo que nos olha intermitentemente ao refazer a filosofia
incorpórea do mundo): fortíssimos curto-circuitos, seduções do impensado
resvaladio, ruínas da língua-em-renascença que entranha e envolve o LEITOR
nos alvos diferenciadores da diferença de outros corpos, carregando vida-
alógica adentro dos desvairamentos panteístas_____o que SABEMOS em tudo
que silencia imperceptivelmente para tentar afectar os feixes de forças do dizer
entre olhares em desagregação? Ao absorver os acasos da interacção das
formas variáveis com as sinestesias inomináveis o corpo avança e aflui num só
tempo, e o POEMA torna-se um exórdio ininterrupto, um processo de
movimentos anamórficos na diferença das profligações lançadoras de dados
demoníacos entre as exultações do caos e o reconhecimento das áreas
oscilatórias da cegueira, aproximando-nos do ilimitado do clarão obscuro(
micro-intervalos das catástrofes): encalçámos e rastreámos as misturas
inesperadas das superfícies das profligações do mundo que se descondensam
para mergulharmos em tudo que desaparece na diferença intuitiva, sim, fazer
do acto verbalizador a multiplicidade interna do animal no animal( recuperar a
voz hibrida no murmúrio fora dos alvos da compreensibilidade, entrecruzar os
silêncios da duração que não se pode esponjar: transumar no dorso as
antecâmeras ondulatórias da vida da morte, disseminadas pelos catalisadores
das várias falas metacorporificadas por memórias intercessoras: dizem:
fecundações hipnóticas dum corpo-animalisante em turbulências visionárias
onde vida e transe no caos dançante do pensamento se juntam, para se
reconstituírem na anterioridade do nascimento da possível língua, tentando
alcançar a pulverização do olhar no poema que se eclipsa, se multiplica, se
desloca entre devaneios e des-focagens: é na partilha do desassossego, das
tapeçarias geodésicas, das substâncias modais que as excriptas se fertilizam,
se negam, se regerminam e se sacralizam violentamente como um olhar
perdido no inconsciente, na magnitude imensurável do fora onde as sensações
se rebordam e são rebordadas pelos planos flutuantes da imanência da física
de Huyghens: a vasteza sem as analogias de uma língua em transmutação
ininterrupta, surgirá em fluxo stockhausenneano porque sofre retrocessos
intervindos e expansões barrocas por meio da fala poliédrica do outro
inacabado que actua sobre e com o mundo entre o lapso da memória-em-
futuração: o animal retornará novamente ao silêncio da língua profusa, irrigada,
desviada pelas bordas contagiantes das demudanças eruptivo-clandestinas
que implodem desmesuradamente entre-dois sem repouso,sim, entre outras
sinuosas línguas fora das literaturas, recriadas pelo pensamento dos povos
transmigradores que vacilam ininterruptamente na inacessibilidade dessa
hipotética língua de esperas segmentáveis e de recomeços de séries
eliminadoras de circularidades, inventando percursos anorgânicos onde a
palavra é sempre cataclástica e cataclísmica: o animal regermina no in-visível,
nos des-vendamentos policromáticos, reconstruindo a experimentação das
raias da fagulhação no obscurecimento porque os textos rolam, enrolam e
invadem aéreas peças de xadrez reabsorvendo microscópicos suicidas entre
inflexões que afirmam o vaivém da vida: aqui-agora: o poema é incisado e
conectado pelas vizinhanças cartográficas, corporificando o silêncio da
indiscernibilidade do mundo): sentimos a antecipação dos embates náuticos-
ontológicos da luz desmesurada, os retornos das vistas atalhadas, os
experimentos bifurcados das trilhas nómadas que ao esvaziarem-se nos ecos
das expressões do isocronismo assincrónico, colocam-se longe de si próprios
para se fortalecerem nas criações imprevistas das germinalidades em risco,
sim , ressoar, repetir nas fracturas dos ruflos incompossíveis, assígnicos numa
transmigração abismática onde o pensamento é polinervado pelas vizinhanças
errantes, pelas conexões movediças repletas de rastros pululantes, de rasuras
sobreestetistas, de sensações diferenciais, sondando intermitentemente as
coreografias por vir, as orfandades turbulentas das carnaduras esbraseáveis:
sombras polirrítmicas trespassam a visão incompleta da tentativa da excripta
sem salvatérios, nem subterfúgios, porque a palavra descentra, arrebata as
apreensões do deserto transfixado por crimes artesanais: dizem: as rachaduras
do indizível na própria crueldade do corpo!

O poema não convida, cria movimentos acrobatas, anónimos em busca do


infinito, do xamânico da vida, das aparições espessas que assonam no
imprevisível temulento, destruindo, reconstruindo itinerários com as
golpeaduras das tecedeiras do silêncio do mundo e o leitor provoca a
recuperação dos sons da sombra serpenteante, sem fronteiras, transbordando-
se na ritmicidade turbilhonante da memória colectiva como um bisonte de
homeoses desregradas pelas energias desviantemente diferentes adentro do
confronto da inseparabilidade genésica: o leitor arrastado pela disjunção
indiscernível é acarrapatado pelas violências conceptuais sincrónicas-
assíncronas, adentro dos recomeços anarquizados dos batedouros contínuos
das cesuras anónimas onde a voz da errância incorpórea o emancipa até ao
silêncio das crisalidações exiladas que transportam o alvoroço da relação dos
corpos sem chegada nem saída até aos cânticos aiônicos e
agramaticais(fendas des-contínuas-dançantes-acústicas revivem os
transcursos hemorrágicos, irrompendo as contexturas das finisterras
deslocadas: nada está livre de interacções, dos raptos uivantes, das urdiduras
dilemáticas: tudo é lançado para o recomeço dos silêncios fora da linguística e
repleto de linguagens em planos emaranhados: o desmedido das intersecções
repulsadas do poema-transgeográfico e do corpo plurivocálico activa a
seringação cósmica do FORA-criptografado que se refaz pela vastidão
insondada das distanciedades-circunvizinhas, das interrupções assignificantes
que nos faz permanecer incompreensíveis, ininteligíveis, produzindo
ressonâncias dos afectos, das sensações heraclitianas, das hapticidades, das
possibilidades de vozes transfronteiriças sem fala e também porque vivemos
no interior do interior do cinema-pensamento que não suporta a servidão
matéria-panóptica, a memória racionalizadora de discernimentos: acontecer
entre alavancas caológicas meteóricas, dínamos inquietantemente
cosmogónicos, pré-semiológicos, incubadores de magias em desmoronamento
revitalizante: eis: a razão irracional da usina desejante de uma voz do fora
absoluto que é polifonia entranhada nas acirandas afectivas, de amplitudes
variáveis: vozes galopantes, obscuras e fulgurosas são resistências vivas de
um corpo de remeteduras nas possibilidades demiúrgicas, transfiguradas
desabaladamente na abjunção e no afastamento das passagens anatómicas
do deserto onde caminha o poema que jamais pertencerá a qualquer língua ou
a qualquer poeta ou leitor, ele vive da violenta intersecção heteronómica em
recolhimento expansivo, tornando tudo numa incerteza destruidora da
dominação do olhar: urdimentos de variações contínuas e imprevisivelmente i-
emergidos da-na magicatura fractal, da indecifrável imaterialidade sígnica e do
indiscernível sentido espiritualizador nos faz recuperar, roubar as assintaxias
que nos vazam, nos suspendem sem regressos, porque prosseguimos na
memória Ahab com os ecos-artistas do mundo: vejam, a magnitude do
ininteligível dos lapsos disjuntivos onde nos esquecemos no interior da própria
visão excêntrica porque nada está sob tutela da percepção, tudo é desfeito nos
alvoroços de cérebros contaminados pelos murmúrios do mundo, razões
impuras que ecoam no devir das inseparabilidades, nos des-aparecimentos das
sensações profanadoras de possíveis matérias verbais: o leitor arquitecta
acenos em fuga ao captar as conquistas dramáticas com o informe dos
movimentos in-visíveis da vida, intercalando, interpolando, absorvendo,
assimilando os devaneios do in-sonoro sinérgico para se tensionar na
insubordinação do caos e se dessaber, se esquecer perante as flutuações dos
corpos arrancados aos jogos permutatórios dos eclipes, às espacialidades das
intersecções sígnicas, às multiplicidades hápticas das rasuras ecológicas, às
mutações interactivas, às multifocalidades cosmológicas( a paixão pelo
experimento visionário da musicalidade do mundo)

O leitor-transgeográfico sente, escarifica, descronologiza a palavra dentro do


espírito do transe sem escultura, sem alcance mas com intifadas re-
semiotizadas pelos batimentos germinais, atemporais, infigurativos! Torna-se
multíplice no recomeço eternal que o tatua por dentro( o riso é uma peleja
contra a língua, uma protelação divinatória que descentra espreme, desvia a
alimária humana, o riso é uma fuga intuitiva à metafísica e ao desígnio
existencial entre processos fílmicos e os cânticos esfíngicos da pedra em
sedimentação: aqui-agora: a morte penetra o arquivo tarnshistórico, fazendo
das topologias das superfícies a fulguração catapultadora de aforismos
intraduzíveis, sim, intensifica a presentificação sísmica do poema sem
grandezas arqueológicas): transbordar limites em realidade livre-enunciável
com as coexistências migrantes, anónimas, selváticas, impessoais, sínteses
por remigrarem rés ao movimento infinito das máquinas abstractas que ir-
realizam o animal na sua força falsificante, mutante, efémera, discrepante,
estilizada porque se desdobra em tensões heterogéneas, tectónicas( GESTOS
incisivos), sim, o animal é uma invasão vibratória de arquivos disjuntivos,
ininteligíveis que tenta escapulir-se ao domínio da genealogia por meio de
revestimentos, entretelas incontroláveis: a vida e a morte arralentam as cifras
das verdades engenhadas num jogo tremendo de perspectivas contempladas
cegamente pelos hiperbóreos( pré-profundezas orgíacas cravam-se no
nervosismo do corpo tentando desvendar mistérios ctónicos com o
distanciamento, o êxodo de Xenófanes): o animal-poema acontece na
microagitação fabuladora, recombinando geografias inabitáveis com
invaginações dos cordéis feiticeiros: saltar obstáculos, escutar vozes que
anteriorizaram a repetição balbuciante de uma língua fugidia adentro do
pensamento-polimórfico____uma aparição ecoantemente expressionista
repleta de roubos incompreensíveis, de desastres que refazem o desastre
inominável por meio de transposições criativas: força do deslocamento de uma
promissão abíssica e de um pacto nunca executados, nunca observados,
nutrindo o poema sem alavancas nas cronotopias das antecâmeras raiadas
orbitantemente: são violências-afectantes-Kandinskyanas de todas as línguas
produtoras de lugares de artesanias: são intercadências contínuas do alto-mar
com prestidigitações cibridas, avessos friccionados, multidimensionalidades
ondulatórias, tecidas imprevisivelmente pelo corpo interligado a uma horda de
incitamentos microperceptivos-dadivosos que o aconchegam, ziguezagueiam,
catapultam numa bruxaria fractal de renascimentos esfíngicos, de
acontecimentos schoenberguistas enxertados de vida! Experimentar a
existência! Sim, o animal elimina a escravidão ao construir conceitos moventes
ininterruptamente! Acontecimentos nómadas produzidos pelo insulamento
revoltado!

O leitor de verteduras do inacabamento caminha suspenso nos reflexos


oblíquos das constelações desmemoriadas, arrasta-se transverbalmente como
um jorro de desaparições com visualidades de atractores lúdicos, fazendo
itinerários acósmicos, reconfigurando as performatividades dos sentidos até às
plasticidades onomatopaicas do incorporal, do tempo-atemporal-
bioluminescente que tenta traduzir as sombras insanas: estes desequilíbrios
plurivocálicos infectam desabaladamente os encontros com outros corpos
aliciados para zonas do transfúgio-assintáctico entre planos de petrologias
miscigenadoras das teceduras do dionisismo onde se infinitizam as
ressonâncias das coalescências, das alomorfias, das contracturas sinestésicas:
a força poética vive dos desvios polimorfos, dos acasos conflituantes, do
espalhanço das expressões da Climatologia, Hidrografia, Pedologia,
Glaciologia, Paleogeografia, alvejantes de enucleações prestidigitadoras que
jamais se adaptarão, jamais caminharão para a prestança, porque são
correntezas errantes da vida, são estonteamentos pollokianos,
expansibilidades das vizinhanças sedutoras que retraçam os corpos-leitores-
buscadores de zoologias de demência ao reconstruirem redemoinhos
ocasionais entre-poemas-entre-leitores adentro das angulações das
possibilidades tardíloquas, das sensações inescapáveis que pressupõem
novos sentidos do porvir, tentando sempre acrescentar acontecimentos,
rumores à sensibilidade imperceptível: aqui-agora, a linfa mais estranha do
poema foge da apreensão porque ressalta em interrupções sem repouso nas
razões incandescentes tremendamente contaminadas pelo irrealizável, sim, o
poema acontece num espaço estriadamente-liso, no rigor-caos-simulacral,
produzindo cérebro-real-tempo com reviravoltas imbricadas nas artimanhas e
nos embaralhamentos das palavras-chave: alucinante brincadeira espélhica de
sisyphos deformador, dilatador de rostos verbais e não-verbais: traçar novos
planos problemáticos, novos planos irruptivos, contemplativos: o poema-leitor
sobrevém na transiluminação como um animal ritmável-da-longeva-
regerminativa-autotélica que exercita a devoração concomitantemente arctada
e expandida para transversalizar-se nas multiplicidades estimuladoras de
outros corpos, doutros sentidos em risco que nunca permitirão espectarem e
estruturarem o EIXO da terra que desloca suas escoaduras em micro
intervalos, em linhas abstractas): sim, o animal tem a urgência do visionarismo
no pensamento imprevisto entre corpos inconclusos porque a estepe-
poemática refaz-se com estilos de perfurações abissais: o animal dança as
expressões com os fluxos dos golpeamentos curandeiros e faz dos encontros
activos de corpos uma mutação enigmática friccionada e eliminadora de
emasculações: não há assombrações, mas bordaduras contractivas que se
esfraldam em traços perduráveis: vida em e com experimentação e o leitor
ininterruptamente intercalado pelas aprendizagens do sensível, trespassa-se
nas peugadas transdutoras, nas vozes indefinidas: visões afectadas pelas
holopalavras do passado que se actualiza nas linhas astrológicas do presente
em direcção às redes telemáticas do futuro que se diz inexistente mas
contaminador, não tem corpo mas contagia, mundifica, desvia, salta, resistindo
com interfaces geodésicas, com recuperações simbióticas dos recomeços
contínuos do mundo, destruindo a história determinista, linear do
assujeitamento, dos habitats persistentes das microviolências dualísticas: o
animal despedaça as usanças e as convicções, avança como um aprendiz
eterno nas dobras a-humanas, nos paradoxos visórios sem alvos: relança-se
nas desescritas dançantes da cosmogonia em questionação onde os signos
recuperaram as repercussões das resistências-vivas sincopadas entre esboços
múltiplos: evita os apanágios, as standartizações e expande-se entre
prestímanos combinatórios dos pensamentos que impulsionam a urgência
pendular do impossível e das proximidades heterotópicas, sem sentenças, sim,
esponjar o impressionável pelas curvas da premência de povoar o incógnito
insubordinado que suprimirá dependências, coacções, controlos, sim,
circundar, acorcovar, desdobrar, descerrar, reinaugurar, ajuntar e auscultar as
correntezas subversivas dos sons escondidos nas fissuras delirantes dos
acontecimentos fabuladores: o animal-poema avessa-se, encarna a matéria do
polilinguismo ao enfrentar as esfinges intraduzíveis da vida, as inscrições
problemáticas da estética do corpo, os balanceamentos das disseminações dos
pontos-de-vista, o refluxo catalisador da intemporalidade das ruínas
metacorporificantes( visonha e desaparição aguilhoadas pela descontinuidade
plagiotrópica): as coreografias convulsivas da vizindade remota da existência
fazem dos jogos prismáticos-góticos as granulações dos alfabetos e-
imergentes, a visageidade do inumano espiritualizado, os transes-sulcados-
das-artes-que-pensam-as-artes-dos-corpos-ávidos-por-zonas-de-intensidades-
misturadoras-de-desregramentos: o leitor do nomadismo autopoiético surfa nas
cissuras da moving image, fragmenta interioridades com a meteorização dos
olhares anónimos, com as emborcações dos confins dos ciclos das tecelagens
epidérmicas para se regenerar no fascínio das expressões descentradas e se
debulhar nos zonamentos estrangeiros (submergir nas hidrosferas do
pensamento em planos mudadiços, em hemorragias heterogéneas: saltos
multímodos-disfóricos): corpo-transleitor-polimórfico assimilador de sanhas
textuais-barrocas e atravessado pelas experimentações modificáveis das
colagens micro-físicas, pelas forças do mundo revivescente do silêncio que
cerceia o abstrizante do deserto, nutrindo a musicalidade mandibular-
mefistofilológica de um dizer-de-rompimentos-fluidizados-fraccionados: nada
acontece contraditoriamente, subterraneamente: tudo sobrevém no vorticismo-
metonímico, na demolição policroma, nos ritos devorantes e incorporadores de
filigranas-ecrânicas, na cisão das composições clope-ups, nas rompeduras
sintácticas, na vaporização arrastadora de espelhos-em-visageidade: o
desmoronamento incessante está aí: na héctica e no derribamento de quem se
diz-poeta perante a criação duradoura do transleitor em contemplação
contagiante, gongórica e tremendamente cega: o sangue lateja porque
escarva, ablaqueia vazios com os resquícios proliferantes da injunção-pictoral-
turn: o sangue late porque se segmenta ininterruptamente nas manchas-cubist
war, nas raspas da elisão das trilhas ecfrásticas, nos bosquejos tentaculares: o
sangue bate porque joga com as estesias das línguas entre a barbárie, a
rusticidade, as refinaduras do indizível e os pontos de cruz-NOÉTICOS: o
sangue do leitor é transgeográfico!

LUIS SERGUILHA: Poeta, ensaísta. Possui textos publicados em diversas


revistas de literatura e arte. Criador da estética do LAHARSISMO. É o curador
do raias-poéticas: afluentes ibero-afro-americanos de arte e pensamento.

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