que tanto te espantam? Que mostram de estranho, que assim te quebrantam? Um monstro as pupilas no fundo terão? Espelhos no inferno as alvas serão? Serão os meus olhos um quadro de horror? Demônios, ou fúrias de imenso terror? Serão — quais fantasmas de arábicos sonhos? Que têm os meus olhos, que são tão medonhos? Mentira! — Meus olhos medonhos não são! Meus olhos — somente — têm nova expressão. Exprimem a luz que os céus alumia: — a luz dos mistérios da sã poesia. Que são os meus olhos, que ainda te espantam? — São deuses que inspiram! São anjos que cantam!