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CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD

Nutrição da Gestação ao Envelhecimento – Profa. Ma. Lívia Giolo Taverna

Meu nome é Lívia Giolo Taverna. Sou graduada em Nutrição pela Universidade Estadual Paulista –
UNESP (2011), pós-graduada em Nutrição Esportiva pela Universidade Estácio de Sá, Mestre em Inves-
tigação Biomédica pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – FMRP/USP. Atualmente sou pós-
graduanda em Gastronomia – Cozinha Profissional pela Universidade Anhembi Morumbi. Tenho expe-
riência na área clínica e consultoria na área de alimentos. Sou docente desde 2016.
E-mail: liviagiolo@claretiano.edu.br
Lívia Giolo Taverna

Batatais

Claretiano

2018
© Ação Educacional Claretiana, 2018 – Batatais (SP)
Trabalho realizado pelo Claretiano – Centro Universitário

Cursos: Graduação
Disciplina: Nutrição da Gestação ao Envelhecimento
Versão: jul./2018
(Original do Autor)

Reitor: Prof. Dr. Pe. Sérgio Ibanor Piva


Vice-Reitor: Prof. Dr. Pe. Cláudio Roberto Fontana Bastos
Pró-Reitor Administrativo: Pe. Luiz Claudemir Botteon
Pró-Reitor de Extensão e Ação Comunitária: Prof. Dr. Pe. Cláudio Roberto Fontana Bastos
Pró-Reitor Acadêmico: Prof. Ms. Luís Cláudio de Almeida

Coordenador Geral de EaD: Prof. Ms. Evandro Luís Ribeiro


Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional

Preparação Revisão
Aline de Fátima Guedes Eduardo Henrique Marinheiro
Camila Maria Nardi Matos Filipi Andrade de Deus Silveira
Carolina de Andrade Baviera Rafael Antonio Morotti
Cátia Aparecida Ribeiro Rodrigo Ferreira Daverni
Elaine Aparecida de Lima Moraes Vanessa Vergani Machado
Josiane Marchiori Martins
Projeto gráfico, diagramação e capa
Lidiane Maria Magalini
Bruno do Carmo Bulgarelli
Luciana A. Mani Adami
Joice Cristina Micai
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Patrícia Alves Veronez Montera
Luis Antônio Guimarães Toloi
Raquel Baptista Meneses Frata
Raphael Fantacini de Oliveira
Simone Rodrigues de Oliveira
Tamires Botta Murakami
Videoaula
André Luís Menari Pereira
Bruna Giovanaz
Marilene Baviera
Renan de Omote Cardoso

Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma e/ou qualquer meio (eletrô nico ou mecânico, incluindo fotocópia,
gravação e distribuição na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação Educacional Claretiana.

Claretiano - Centro Universitário


Rua Dom Bosco, 466 – Bairro: Castelo
Batatais/SP – CEP 14.300-000
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Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
SUMÁRIO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO ........................................................................................ 6
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................................... 8
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS ..................................................................................................................................... 8
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE ........................................................................................................................ 9
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................................... 9
5. E-REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................................... 10

Unidade 1 - Fisiologia e Recomendações Nutricionais na Gestante e Nutriz .................. 11


1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 12
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA .................................................................................................................... 12
2. 1. ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA GESTAÇÃO .......................................................................................................... 12
2. 2. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA GESTANTES .................................................................................. 16
2. 3. ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA NUTRIZ ........................................................................................................... 22
2. 4. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS DA NUTRIZ ............................................................................................ 26
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ....................................................................................................................... 27
3. 1. ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA GESTAÇÃO ..................................................................................................... 27
3. 2. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA GESTANTES .................................................................................. 28
3. 3. ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA NUTRIZ .......................................................................................................... 28
3. 4. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA GESTANTES .................................................................................. 29
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................................................................. 29
5. CONSIDERAÇÕES ................................................................................................................................................... 29
6. E-REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................................... 30
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................................. 30
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

Conteúdo
O estudo da Nutrição da Gestação ao Envelhecimento visa no contexto do curso de nutrição contribuir para o entendimen-
to do futuro profissional a aplicação da nutrição da gestação ao envelhecimento. Portanto, esta disciplina irá estudar a
fisiologia e nutrição nas diferentes fases da vida e situações fisiológicas especiais: gestação, lactação, infância, pré-
escolar, escolar, adolescência, adultos e geriatria. A capacitação do aluno no atendimento a estes clientes/pacientes pos-
sibilita o futuro nutricionista ter domínio no atendimento nutricional.

Bibliografia Básica
VITOLO, Márcia Regina. Nutrição: da gestação à adolescência. 1 ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores,
2003.
WEFFORT, V. R. S.; LAMOUNIER, J. A. Nutrição em Pediatria. 1 ed. São Paulo: Manole, 2009.
YONAMINE, G. H. [et. al]. Alimentação no primeiro ano de vida. 1 ed. São Paulo: Manole, 2013.

Bibliografia Complementar
ACCIOLY, E. Nutrição em obstetrícia e pediatria. 1 ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2005.
CIAMPO, L. A. D. Aleitamento materno: passagens e transferências mãe-filho. 1 ed. São Paulo: Atheneu, 2004.
MAHAN, L. K. (Ed.); ESCOTT-STUMP, S. (Ed.). Krause: alimentos, nutrição & dietoterapia. Traduzido do original: Krause's
food,nutrition & diet Theraphy. Andréa Favano (Trad.). 11 ed. São Paulo: Roca, 2005.
NÓBREGA, F. J. Distúrbios da nutrição: na infância e na adolescência. 2 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2007.
SALGADO, J. M. A alimentação que previne doenças: do pré-natal ao 2º ano de vida do bebê. 1 ed. São Paulo: Madras,
2003.

E-referências
PALMA, D., ESCRIVÃO, M. A. M. S., OLIVEIRA, F. L. C. Guia de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da EPM – UNIFESP
– Nutrição Clínica na infância e adolescência. Barueri, SP: Manole, 2009. (Biblioteca Digital Pearson).
RAMOS, L. R., CENDOROGLO, M. S. Guia de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da EPM – UNIFESP – Geriatria e Ge-
rontologia. 2 ed. Barueri, SP: Manole, 2011. (Biblioteca Digital Pearson).
SILVA, M. L. N., MARUCCI, M. F. N., ROEDINGER, M. A. Tratado de nutrição e gerontologia. Barueri, SP: Manole, 2016.
(Biblioteca Digital Pearson).
TERRA, N. L.A nutrição e as doenças geriátricas. 1. reimp. Porto Alegre: Edipucrs, 2016. (Biblioteca Digital Pearson).
YONAMINE, G. H., NASCIMENTO, A. G., LIMA, P. A., ZAMBERLAN, P., SILVA, A. P. A. Alimentação no primeiro ano de
vida. Barueri, SP: Manole, 2013. (Biblioteca Digital Pearson).

Palavras-chave _________________________________________________________________
Nutrição, fisiologia, fases da vida
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

É importante saber: ______________________________________________________________


Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá ser assimilado para aquisição das
competências, habilidades e atitudes necessárias à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os princi-
pais conceitos, os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento ontológico (o que é?) e
etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente selecionados nas Bibliotecas Virtuais
Universitárias conveniadas ou disponibilizados em sites acadêmicos confiáveis. São chamados “Conteúdos Digitais Inte-
gradores” porque são imprescindíveis para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referência. Juntos, não apenas
privilegiam a convergência de mídias (vídeos complementares) e a leitura de "navegação" (hipertexto), como também
garantem a abrangência, a densidade e a profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obriga-
tórios, para efeito de avaliação.
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

1. INTRODUÇÃO
O processo de transformação do ser humano desde seu início até o fim da vida pode ser sub-
dividido em ciclos específicos. Em todas as fases da vida dos seres humanos a alimentação deve ser
variada e equilibrada. Uma boa nutrição é condição fundamental para promover o bem-estar físico,
mental e social de crianças, jovens e adultos, garantindo, em condições normais de saúde, uma boa
qualidade de vida.
Nutrição da Gestação ao Envelhecimento abordará conteúdos que nos façam compreender as
características dos sujeitos e demandas específicas de cada fase da vida, determinar as necessidades
nutricionais e, assim, garantir uma alimentação e nutrição adequadas, requisitos básicos para pro-
moção da saúde e prevenção de doenças
Primeiramente, na Unidade 1, conheceremos as principais alterações fisiológicas que ocorrem
durante a gravidez e como essas mudanças interferem nas necessidades nutricionais da mulher.
Este é um período de grande vulnerabilidade nutricional, com aumento das necessidades energéti-
cas, proteicas, de vitaminas e minerais. Ofertar uma alimentação adequada nesta fase garante não
só a saúde da mãe, como bom o desenvolvimento da criança. Ainda nessa unidade, conheceremos
as mudanças fisiológicas e recomendações nutricionais da nutriz durante o período de amamenta-
ção, além claro, de abordar assuntos relativos ao aleitamento materno.
Seguiremos nossos estudos com o foco agora na infância. A Unidade 2 inicia-se com os aspec-
tos fisiológicos dos lactentes e suas recomendações nutricionais. Falaremos da introdução alimen-
tar, fase de muitas dúvidas, que carrega ainda muita influência de crenças populares, socioeconômi-
cas e culturais. Passaremos depois às fases pré-escolar e escolar, que possuem aspectos fisiológicos
específicos, que influenciam diretamente no comportamento alimentar das crianças. Uma ingestão
adequada de energia e nutrientes nessa fase é importante para garantir o crescimento e desenvol-
vimento adequados. Para finalizar a Unidade, conhecermos os aspectos fisiológicos dos adolescen-
tes e as recomendações nutricionais para essa fase.
Já na Unidade 3 abordaremos assuntos relacionados à fase adulta. Assim como nas outras
unidades estudadas, começaremos com o estudo da fisiologia dessa faixa etária, para depois focar-
mos nas recomendações nutricionais. Nessa unidade, em especial, é importante compreender todos
os aspectos fisiológicos do indivíduo adulto, pois esses conceitos serão úteis na Unidade 4, momen-
to em que estudaremos o processo de envelhecimento e seu impacto no organismo, suas alterações
fisiológicas e demandas nutricionais específicas para se adequar à essas novas condições.
Convido você a percorrer as unidades de estudo com o objetivo de contribuir para a realização
e o desenvolvimento de seus estudos, assim como para a ampliação de seus conhecimentos e habi-
lidades na área da Nutrição.

2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e precisa das definições conceituais,
possibilitando um bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conhecimento
dos temas tratados.

1) Colostro: o primeiro produto da secreção láctea da nutriz, até o 7° dia pós-parto;


2) Disfagia: dificuldade para deglutir;

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

3) Eclâmpsia: síndrome hipertensiva que ocorre durante a gestação caracterizada por


aumento da pressão arterial. Distingue-se da pré-eclâmpsia pela presença de
convulsões;
4) Estirão: período caracterizado por intenso crescimento (grande aumento de estatura
em curto espaço de tempo);
5) Ingurgitamento mamário: acúmulo de leite nas mamas, podendo causar dor e
desconforto;
6) Macrossomia: peso ao nascer igual ou superior a 4.000 g (independente da idade
gestacional ou de outras variáveis demográficas);
7) Menarca: primeira menstruação da menina;
8) Nutriz: mulher que amamenta;
9) Picacismo: também conhecida como picamalácia, define-se como um transtorno
alimentar caracterizado pela ingestão persistente de substâncias não comestíveis, com
pequeno ou nenhum valor nutritivo, que pode levar a um déficit na ingestão de
micronutrientes;
10) Pirose: azia;
11) Pré-eclâmpsia: síndrome hipertensiva que ocorre durante a gestação caracterizada por
aumento da pressão arterial;
12) Sarcopenia: perda de massa muscular.

3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE


O Esquema a seguir possibilita uma visão geral dos conceitos mais importantes deste estudo.

Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave de Nutrição da Gestação ao Envelhecimento.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VITOLO, Márcia Regina. Nutrição: da gestação à adolescência. 1 ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2003.

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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

5. E-REFERÊNCIAS
FERREIRA, M. B.G., SILVEIRA, C. F., SILVA, S. R., SOUZA, D. J., RUIZ, M. T. Assistência de enfermagem a mulheres com pré-eclâmpsia
e/ou eclâmpsia: revisão integrativa. Rev Esc Enferm USP 2016;50(2):324-334.
BRIOSCHI, J, GONÇALVES, D. C., CARNEVALI JÚNIOR, L. C., TRIGO, E. L. Relação entre picacismo em gestantes e deficiência de
micronutrientes. Nutrição Brasil - Ano 2015 - Volume 14 - Número 2.
MS – Ministério da Saúde. Normas gerais para bancos de leite humano. 2ª ed. Brasília: Ministério da Saúde; 1993.
OLIVEIRA, L. C., PACHECO, A. H. R. N., RODRIGUES, P. L., SCHLÜSSE, M. M., SPYRIDES, M. H. C., KAC, G. Fatores determinantes da
incidência de macrossomia em um estudo com mães e filhos atendidos em uma Unidade Básica de Saúde no município do Rio de
Janeiro. Rev Bras Ginecol Obstet. 2008; 30(10):486-93.

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UNIDADE 1

Objetivos
 Compreender as alterações fisiológicas que ocorrem durante a gestação.
 Relacionar as condições fisiológicas da gestante com as necessidades nutricionais.
 Conhecer as necessidades nutricionais para o período gestacional.
 Compreender as alterações fisiológicas que ocorrem na nutriz.
 Relacionar as condições fisiológicas da nutriz com as necessidades nutricionais.
 Conhecer as necessidades nutricionais para o período da amamentação.

Conteúdos
 Aspectos fisiológicos da gestação
 Recomendações nutricionais na gestação
 Aspectos fisiológicos da nutriz
 Recomendações nutricionais para nutriz

Orientações para o estudo da unidade


Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) Não se limite ao conteúdo deste material didático; busque outras informações em sites confiáveis e/ou nas
referências bibliográficas apresentadas ao final de cada unidade. Lembre-se de que, na modalidade EaD, o
engajamento pessoal é um fator determinante para o seu crescimento intelectual.
2) O estudo da Nutrição durante a gestação e lactação é marcado pela relação entre as adaptações fisiológicas do
período e a adequações às recomendações nutricionais para esse grupo. Dessa forma, requer um conhecimento
básico de fisiologia humana e metabolismo dos nutrientes.
3) Como indicação de leitura para relembrar conceitos importantes dessas duas áreas, temos o livro Fisiologia
Humana, Biodisponibilidade de nutrientes e O que é metabolismo, todos disponíveis na Biblioteca Digital Pearson.

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Unidade 1 – Fisiologia e Recomendações Nutricionais na Gestante e Nutriz

1. INTRODUÇÃO
A gravidez e o parto são eventos que integram a vivência reprodutiva de homens e mulheres
(BRASIL, 2001), além de promover maior vínculo afetivo não só entre o casal, como também entre
familiares e amigos.
A gravidez induz o organismo materno a uma série de transformações, necessárias para a re-
gular o metabolismo da mulher durante as fases da gravidez, bem como garantir o desenvolvimento
saudável do embrião (ACCIOLY, 2005; BARROS, 2006).
Essas alterações devem ser acompanhadas de perto pelos profissionais de saúde, que devem
identificar essas adaptações e propor estratégias para que as suas consequências não interfiram nas
atividades e na qualidade de vida da mulher durante esse período (SILVA, 2008).
Para o profissional nutricionista, o entendimento dessas variações é de extrema importância
para a realização de uma assistência nutricional adequada, que supra as necessidades tanto da mu-
lher quanto do feto.

2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA


O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma sucinta, os temas abordados nesta uni-
dade. Para sua compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteúdo
Digital Integrador.

2. 1. ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA GESTAÇÃO


O período gestacional é constituído por 40 semanas e é acompanhado por alterações anatô-
micas, fisiológicas e psicológicas, que interferem diretamente nos aspectos metabólicos e nutricio-
nais. Apesar dessas alterações serem comuns em todas as mulheres nesse período, a evolução e
desenvolvimento não são iguais em todos os casos (ACCIOLY, 2005; VITOLO, 2008).
O diagnóstico da gestação pode ser confirmado através de três parâmetros (ACCIOLY, 2005):
1) Clínico: os sinais clínicos são facilmente detectados na anamnese. Entre os mais co-
muns estão a amenorreia, náuseas, vômitos e perda de apetite.
2) Hormonal: através de um exame de sangue há a investigação da presença do hormônio
gonadotrofina coriônica (HCG), que é secretado desde o início da gestação.
3) Ultrassonográfico: a ultrassonografia pode detectar a presença do saco gestacional a
partir da quarta semana de gravidez.
A idade gestacional (IG) é calculada a partir o 1º dia do último período menstrual normal
(DUM), sendo expressa em semanas. A data provável do parto (DPP) será em média 280 dias ou 40
semanas a partir da DUM (ACCIOLY, 2005). A IG é um dado importante para o nutricionista, pois
depende-se dela para a adequação das necessidades energéticas e do controle de peso durante a
gestação.

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Unidade 1 – Fisiologia e Recomendações Nutricionais na Gestante e Nutriz

Ajustes Fisiológicos da Gestação

Placenta
É um anexo fetal, de alta complexidade metabólica, essencial para garantir a proteção, nutri-
ção, respiração, excreção e produção de hormônios. Ela transporte oxigênio e nutrientes da mãe
para o feto, elimina os metabólitos decorrentes do metabolismo fetal e produz hormônios necessá-
rios para o desenvolvimento e crescimento fetal (ACCIOLY, 2005; VITOLO, 2008). É altamente vascu-
larizada e qualquer alteração na circulação materna ou fetal pode comprometer o desenvolvimento
do feto (ACCIOLY, 2005).
Principais hormônios e suas funções
Os hormônios produzidos nesse período são responsáveis pelas modificações corporais na
mulher, que garantirão o desenvolvimento fetal, adaptações para o parto e lactação (ACCIOLY,
2005).
As ações dos principais hormônios estão listadas no Quadro 1:
Quadro 1 Ação dos hormônios sobre o organismo materno durante a gestação
Hormônios Fonte primária de Efeitos principais
secreção
Gonadotrofina Células do trofoblasto Detectável no sangue oito dias após a fecundação;
Coriônica Humana e placenta impede a rejeição imunológica do embrião; inibe a
(hCG) contratilidade espontânea do útero, importante para
a manutenção inicial da gestação.
Progesterona Placenta Reduz musculatura lisa do útero e motilidade gas-
trointestinal; favorece a deposição materna de gor-
dura; aumenta a excreção de sódio; interfere no
metabolismo do ácido fólico; estimula apetite na
primeira metade da gestação; participa da mamogê-
nese.
Estrógeno Placenta Aumenta elasticidade da parede uterina e do canal
cervical; reduz proteínas séricas; aumenta proprieda-
de hidroscópica dos tecidos; afeta função da tireóide;
interfere no metabolismo do ácido fólico; modifica
metabolismo glicídico; altera tecido conjuntivo e
vascular; diminui apetite na segunda metade da
gestação.
Hormônio lactogê- Placenta Antagoniza a ação da insulina (eleva a glicemia pela
nio placentário glicogenólise); promove lipólise, diminuição do con-
sumo de glicose e glicogênio; ação mamotrófica.
Insulina Pâncreas Reduz a glicemia para promover a produção energé-
tica e síntese de gordura. As gestantes têm resposta
de insulina norma à glicose no início da gravidez,
porém com o avanço de gestação é necessária mais
insulina para transportar a mesma quantidade de
glicose.
Glucagon Pâncreas Eleva a glicemia pela glicogenólise.
Tiroxina Tireóide Regula as reações oxidativas envolvidas na produção
de energia (taxa metabólica basal).
Fonte: adaptado de Accioly (2005).

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Unidade 1 – Fisiologia e Recomendações Nutricionais na Gestante e Nutriz

Modificações no Organismo Materno

Taxa Metabólica Basal


Ocorre aumento de 15 a 20% a partir do 3º mês devido ao aumento de peso, maior demanda
de oxigênio, maior produção hormonal e aumento da função renal e cardíaca (ACCIOLY, 2005; VITO-
LO, 2008).
Metabolismo glicídico
O feto requer glicose e aminoácidos para o seu crescimento mesmo em situações de jejum
materno. Para atender à essas demandas, o organismo sofre alterações, tal como redução na utili-
zação periférica de glicose, na tentativa de manter essa oferta constante para o feto (ACCIOLY,
2005). No último trimestre, cerca de 50 a 70 % das calorias que o feto necessita diariamente são
derivados da glicose (VITOLO, 2008).
Metabolismo lipídico
Há uma maior mobilização da gordura corporal para a produção de energia para o metabolis-
mo materno. Por esse motivo, no final da gravidez, há acúmulo de gordura em forma de triglicerí-
dios, principalmente nas coxas e na região subscapular, que serve como reserva imediata de gordu-
ra quando os níveis glicêmicos maternos caem (ACCIOLY, 2005; VITOLO, 2008).
Metabolismo proteico
Aproximadamente 20% da necessidade energética diária do feto é suprida pelos aminoácidos.
Eles são importantes para síntese tecidual fetal e das estruturas maternas. Os níveis plasmáticos de
albumina ficam reduzidos, o que facilita o aparecimento de edemas (ACCIOLY, 2005; VITOLO, 2008).

Sistema circulatório
Ocorre aumento de 50% do volume plasmático, que acarreta em aumento no débito cardíaco,
que sobe cerca de 30 a 40%. Há também aumento de 20% no número de hemoglobina devido a
maior necessidade de transporte de oxigênio. Essa diluição fisiológica promove queda na concentra-
ção plasmática de hemoglobina, que pode evoluir para quadros de anemia, que também podem se
instalar por deficiência de ferro e ácido fólico (ACCIOLY, 2005; VITOLO, 2008).

Sistema urinário
Ocorre aumento da taxa de filtração glomerular, assim como do fluxo renal, que auxilia na
eliminação de resíduos metabólicos. Nessa fase, as mulheres têm maior predisposição à infecções
urinárias devido à um retardo do fluxo urinário (gerado pela obstrução dos ureteres, que por sua
vez é causado pela dilatação das veias ovarianas) (ACCIOLY, 2005).

Sistema respiratório
Há aumento na ventilação pulmonar devido à ação da progesterona e do estrógeno, que au-
mentam a sensibilidade e a vascularização dos centros respiratórios. Essa alteração visa suprir o
aumento de 20% na demanda de oxigênio pelo organismo materno. Além disso, ocorrem alterações
anatômicas que melhoram a troca gasosa nos pulmões (ACCIOLY, 2005; VITOLO, 2008).

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Unidade 1 – Fisiologia e Recomendações Nutricionais na Gestante e Nutriz

Sistema digestivo
No primeiro trimestre é comum náuseas, enjoos e vômitos matinais (decorrentes de altera-
ções hormonais, que interferem no olfato e no paladar). Tais mudanças podem levar ao quadro de
anorexia, que consequentemente pode ocasionar perda de peso nos primeiros meses da gestação.
Devido a ação da progesterona, o peristaltismo fica reduzido, retardando o esvaziamento gás-
trico e acarretando em constipação intestinal (ACCIOLY, 2005; VITOLO, 2008).
As alterações fisiológicas acima citadas estão sintetizadas no quadro 2 a seguir:
Quadro 2: alterações fisiológicas
Alterações fisiológicas
Volume plasmático
Volume de células vermelhas do sangue
Débito cardíaco
Taxade filtração glomerular
Motilidade intestinal
Fonte: adaptado de Accioly (2005).

Fatores de Risco Gestacional


Várias condições podem interferir na evolução normal da gravidez, além de diversos fatores
de risco. Quanto mais desses fatores estiverem presentes, pior o prognóstico. Os fatores mais co-
muns estão listados no quadro 3:
Quadro 3: fatores que interferem no resultado da gestação
Fatores Associado com
Estatura e peso materno Tamanho placentário, peso ao nascer, índices de morbida-
pré gestacional de neonatal. Peso excessivo pré-gestacional está associado
com necessidade de cesárea e peso maior ao nascer.
Baixa estatura (< 150 cm) está associada com desproporção
céfalo-pélvica, cesárea e baixo peso ao nascer.
Ganho de peso gestacio- Ganho de peso insuficiente está associado com baixo peso
nal ao nascer, parto prematuro e maiores índices de morbi-
mortalidade neonatal.
Ganho de peso excessivo está associado com macrossomia
fetal e diabetes gestacional.
Idade materna Na adolescência está associada com baixo peso ao nascer,
desproporção céfalo-pélvica, prematuridade, cesárea e
distúrbios hipertensivos da gestação.
Em mulheres com mais de 35 anos está associado com
anomalias congênitas, diabetes gestacional e altos índices
de morbidade perinatal.
Intervalo entre partos Intervalo inadequado está associado com depleção das
(inadequado quando ≤ reservas maternas de nutrientes; associado com baixo peso
24 meses) ao nascer.
Anemia Redução da capacidade de trabalho, menor desempenho
mental, menor resistência às infecções, menor tolerância a
hemorragias, parto prematuro e baixo peso ao nascer.
Diabetes prévia ou ges- Anomalias congênitas (diabetes prévia), síndromes hiper-
tacional tensivas da gravidez, infecção, parto prematuro, macros-
somia, sofrimento fetal e altos índices de mortalidade
perinatal.
Síndromes hipertensivas Comprometimento do fluxo sanguíneo mãe-feto, causando
da gravidez retardo do crescimento intra-uterino, baixo peso ao nascer,
sofrimento fetal e altos índices de mortalidade perinatal.

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Unidade 1 – Fisiologia e Recomendações Nutricionais na Gestante e Nutriz

Condições sócio- Baixa escolaridade, baixa renda familiar, condições inade-


econômicas quadas de saneamento, falta de assistência pré natal de
qualidade estão associados com resultados da gestação
indesejável.
Cigarro Crescimento intra-uterino retardado por menor perfusão
placentária
Álcool Efeito tóxico para feto; anomalias fetais, retardo cresci-
mento intra-uterino e síndrome fetal alcoólica.
Fonte: adaptado de Accioly (2005).

Importante: os fatores fisiológicos que exercem maior força durante a gestação são o aumento do fluxo sanguíneo e elevação dos níveis de estrógeno e
progesterona. O impacto dessas alterações recai sobre os níveis de lipídios, colesterol, carotenoides, vitamina E e fatores coagulantes sanguíneos (VITOLO,
2008). De acordo com o Ministério da Saúde, as causas mais comuns para complicações durante a gestação são: hipertensão arterial; diabetes melito;
cardiopatias; infecção urinária; distúrbios nutricionais e distúrbios tireoidianos.

As leituras indicadas no Tópico 3.1. tratam sobre as alterações fisiológicas mais presentes du-
rante o período gestacional, além de tratar sobre a diabetes gestacional e as síndromes hipertensi-
vas. Neste momento, você deve realizar essas leituras para aprofundar o tema abordado.

2. 2. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA GESTANTES


Antes de prescrever qualquer conduta dietoterápica é necessário realizar uma anamnese nu-
tricional, que deve incluir avaliação antropométrica, alimentar, bioquímica e clínica. Através da in-
terpretação e cruzamento desses dados, é possível realizar um diagnóstico nutricional mais preciso
e a partir daí elaborar a conduta mais indicada.

Avaliação antropométrica
A avaliação antropométrica é o meio mais acessível e mais recomendado para o acompanha-
mento da evolução nutricional, pois é de rápida execução e não invasiva.
É importante conhecer o peso pré-gestacional da mulher e também sua estatura, para realiza-
ção do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Após sua classificação, é possível calcular e pro-
gramar o total de peso que ela deverá ganhar durante a gravidez.
Atualmente no Brasil, a avaliação do estado nutricional da gestante é feito através das reco-
mendações do Institute of Medicine, que preconiza o cálculo de ganho de peso ponderal segundo o
IMC pré gestacional e da Organização Mundial de Saúde, seguindo proposta do estudo feito por
Atalah et al. (1997).
No momento da primeira consulta, o profissional deve realizar o cálculo do IMC:

IMC = Peso pré-gestacional (kg) Altura2 (m)

Com o resultado em mãos, a classificação do IMC deve ser realizada seguindo os parâmetros
indicados no quadro 4. Também a partir desse quadro já é possível programar o ganho de peso total
da gestação.

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Quadro 4: classificação do estado nutricional pré-gestacional e recomendação para ganho de peso.

Importante: caso a gestante não recorde seu peso pré-gestacional, utilizar o peso da primeira consulta, que é recomendado que seja realizada antes da 14ª
semana gestacional. Vale ressaltar que, independente do estado nutricional pré-gestacional, a gestante deve começar a ganhar peso apenas a partir do 2º
trimestre.

Nas consultas seguintes, o acompanhamento pode ser feito utilizando-se o quadro 5, que foi
baseado na curva de IMC proposta por Atalah et al. (1997) ou a própria curva, representada na figu-
ra 1. Nesse momento, o cálculo do IMC deve ser realizado com o peso atual da gestante.
Quadro 5: avaliação do estado nutricional da gestante segundo o índice de massa corporal por se-
mana gestacional.

Fonte: Atalah et al. (1997)

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Figura 1 índice de massa corporal segundo semana de gestação


Fonte: Atalah et al. (1997).

Avaliação alimentar
Investigar o hábito alimentar da gestante, já na primeira consulta, é de extrema importância,
pois é a partir dessas informações que possíveis erros podem ser identificados (VITOLO, 2008).
As ferramentas mais utilizadas para essa avaliação são:
1. Recordatório de 24 horas: quando o paciente informa ao profissional tudo aquilo que
consumiu no dia anterior à consulta;
2. Inquérito de frequência alimentar: o paciente relata a frequência com que consome
determinados alimentos (diariamente, semanalmente, mensalmente). É uma avaliação
do ponto qualitativa;
3. Inquérito por registro: produzido pela própria paciente, que anota os alimentos à
medida que eles são consumidos.

Avaliação de parâmetros laboratoriais


O nutricionista deve avaliar os resultados de exames para planejar uma orientação dietética
que atenda às suas necessidades, bem como que auxilia na correção de possíveis deficiências. Vale

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lembrar que os valores de referência para as mulheres gestantes diferem dos valores para mulher
adulta não –gestante. Alguns dos parâmetros mais importantes estão listados no quadro 6.
Quadro 6: Valores laboratoriais para mulheres adultas e gestantes.

Fonte: adaptado de Vitolo (2008)

Avaliação clínica
Nessa tapa é importante investigar sinais e sintomas digestivos, funcionamento intestinal, pa-
tologias e intercorrências associadas à carências nutricionais, como mostra o quadro 7.
Quadro 7 sinais clínicos de carências nutricionais

Fonte: adaptado de Acciolly (2005)

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Recomendações Nutricionais
Em todas as fases da vida, o atendimento às recomendações nutricionais é essencial para ga-
rantir um bom desenvolvimento e promoção de saúde e qualidade de vida. Na gestação em especi-
al, essa adequação tem grande influência no ganho de peso gestacional e no desenvolvimento sau-
dável do feto (ACCIOLY, 2005).

Recomendação de energia
O requerimento energético materno está aumentado durante a gestação, devido principal-
mente ao aumento da taxa metabólica basal (TMB), que está aumentada devido ao aumento da
massa de tecidos metabolicamente ativos (feto, placenta, líquido amniótico), aumento do trabalho
cardiovascular, renal e respiratório e síntese de novos tecidos (ACCIOLY, 2005).
Durante o primeiro trimestre gestacional, a recomendação energética é semelhante à do
período pré-gestacional, afinal nesse período é esperado que ela não ganhe peso (vide quadro 4).

Cálculo de recomendação energética segundo DRI


Segue o conceito de acréscimo no valor energético para a gestação sobre os valores recomen-
dados para a mulher não-gestante a partir do 2º trimestre gestacional. Calcula-se o requerimento
energético estimado (EER) da mulher com dados pré-gestacionais e acrescenta-se valores relativos à
sua idade gestacional (IG)(VITOLO, 2008).

EER para gestantes


ERR gestação = EER (pré-gestacional) + adicional de energia para o gasto durante a gestação + energia neces-
sária para depósitos
1º trimestre = EER (pré-gestacional) + 0 + 0
2º e 3º trimestre = EER (pré-gestacional) + (8kcal x IG em semanas) + 180kcal

EER para mulheres de 9 a 18 anos (pré-gestacional)

ERR = 135,3 – (30,8 x idade [a]) + PA x (10,0 x peso [kg] = 934 x estatura [m]) + 25kcal
Em que PA é o coeficiente de atividade física:
PA = 1,00 para sedentárias.
PA = 1,16 para pouco ativas.
PA = 1,31 para ativas.
PA = 1,56 para muito ativas.

EER para mulheres de 19 a 50 anos (pré-gestacional)

ERR = 354– (6,91 x idade [a]) + PA x (9,36 x peso [kg] = 726 x estatura [m]) + 25kcal
Em que PA é o coeficiente de atividade física:
PA = 1,00 para sedentárias.
PA = 1,12 para pouco ativas.
PA = 1,27 para ativas.
PA = 1,45 para muito ativas.

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Recomendação de proteína
As proteínas dietéticas são fundamentais para a síntese proteica e para outras várias funções
metabólicas, como formação de enzimas e hormônios, sistema imune e transporte de nutrientes.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (1998), níveis seguros de ingestão proteica giram
em torno de 1,2g; 6,1g; 10,7g no 1º, 2º e 3º trimestre, respectivamente. Com isso, a necessidade
proteica deve ser aumentada em média 6g/dia durante a gestação (ACCIOLY, 2005; VITOLO, 2008).
Ou seja, considerando que uma dieta normoproteica varia entre 0,8 e 1,0g/ dia.
Apresentamos a seguir um exemplo de cálculo para uma mulher que pesa 60 kg.

0,8 x 60= 48 + 6 (adicional da gestação) = 54


1,0 x 60 = 60 + 6 (adicional da gestação) = 66
Uma ingestão adequada nessa situação deve varia entre 54 e 66g de proteína por dia.

Recomendação de Vitaminas e Minerais


Para grande parte dos micronutrientes, as necessidades encontram-se aumentadas durante
a gestação. Os valores de ingestão recomendados correspondem às Dietary Reference Intakes (DRI).
Abaixo, no quadro 8, estão listados alguns dos principais micronutrientes, suas funções e recomen-
dações.

Quadro 8: principais micronutrientes, suas funções e recomendações.


Nutriente Função Recomendação
Vitamina A Papel importante na visão, reprodução, <18 anos: 770 µg
desenvolvimento fetal, função imune, na > 18 anos: 750 µg
regulação da proliferação e diferenciação
celular, manutenção do tecido esquelético,
manutenção da placenta. Deficiência asso-
ciada à crescimento e desenvolvimento
fetal anormal, baixo peso ao nascer, defei-
tos congênitos.
Vitamina C Importante no sistema imune; possui ação < 18 anos: 80mg/dia
antioxidante, participa da síntese e manu- > 18 anos: 85mg/dia
tenção do colágeno, facilita a absorção de
ferro não heme. Deficiência associada à
aumento no risco de infecções, ruptura
prematura de membranas, parto prematu-
ro e pré-eclampsia
Folato (ácido Importante para o crescimento normal na 600 µg/dia
fólico) fase reprodutiva (gestação e lactação) e na
formação de anticoripos. Na gestante:
deficiência está associada com anemia
megaloblástica, abortos espontâneos, pré-
eclampsia, retardo no crescimento intra-
uterino e hemorragia.
No feto: deficiência está associada a ano-
malias como anencefalia e espinha bífida,
portanto é fundamental na prevenção de
defeitos no tubo neural.
Vitamina D Importante papel no metabolismo ósseo e 15 µg/dia
na função imune
Deficiência reflete em ganho de peso insu-
ficiente, distúrbio na homeostase óssea na
criança
Vitamina B12 Importante na formação de DNA. Sua 2,6 g/dia
deficiência causam anemia megaloblástica
e distúrbios neurológicos.

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Cálcio Formação da dentição e estrutura óssea <18 anos: 1300 mg


Ocorrem mudanças nesse período que >18 anos: 1000 mg
aumentam o aproveitamento do cálcio
ingerido
O feto acumula 30g de cálcio, sendo a
maior parte no último trimestre
Ferro Maior requerimento no último trimestre 27mg/dia (OMS
Na gestante: ação na reposição das perdas recomenda a suple-
basais, aumento da massa de hemácias, mentação, pois a
cobrir necessidades fetais e placentárias ingestão média diária
Deficiência: anemia ferropriva (aumento na é de 6 a 7 mg a cada
mortalidade e perinatal e prematuridade), 1000 kcal).
alterações no sistema imune e no desen-
volvimento fetal.
Zinco Presente em grande número de enzimas; 11 mg/dia
atua como estabilizador de estruturas
moleculares e membranas. Sua deficiência
está associada com infertilizada, abortos,
mal formação congênita.
Fonte: adaptado DRI, 2002.

Importante: a tabela completa das DRI está disponível para download no site: https://www.nal.usda.gov/fnic/dietary-reference-intakes.

A leitura indicada no Tópico 3.2. trata sobre as recomendações nutricionais para a gestante.
Neste momento você deve realizar essas leituras para aprofundar o tema abordado.

2. 3. ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA NUTRIZ

LACTAÇÃO
A lactação é um processo complementar à gestação e está sob o controle de hormônios,
principalmente os de origem hipofisária. As vantagens do aleitamento materno são inúmeras, tanto
para a saúde e desenvolvimento do bebê quanto para a saúde da mulher (nutriz). Por isso os profis-
sionais de saúde devem reconhecer sua importância e trabalhar sempre visando a conscientização
da importância da amamentação e do impacto negativo no desmame precoce.
A mama é composta internamente por ductos lactíferos, alvéolos, células mioepiteliais, lóbu-
los, tecido conjuntivo e externamente por mamilo, aréola (área hiperpigmentada) e corpúsculos de
Montgomery (produz secreção que lubrifica e protege aréola contra ação bacteriana) (ACCIOLY,
2005; VITOLO, 2008).

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Figura 2 Anatomia da mama humana

O desenvolvimento da glândula mamária, conhecido como mamogênese, ocorre em dois


momentos na vida da mulher: na adolescência e na gestação. Na adolescência, por ação do estróge-
no ocorre o crescimento e ramificação dos ductos mamários e deposição de gordura. Já a progeste-
rona é responsável pelo desenvolvimento dos alvéolos. Durante a gestação inicia-se um novo perío-
do de desenvolvimento mamário, com aumento do peso da glândula mamária. Nessa fase ocorre
escurecimento da aréola, dilatação das veias superficiais e crescimentos corpúsculos de Montgo-
mery (ACCIOLY, 2005; VITOLO, 2008). Ao final do terceiro trimestre, todas essas alterações estão
completas e a mulher encontra-se preparada para a lactação.
A lactação pode ser dividida em três estágios, conforme o descrito no quadro 9:

Quadro 9: Estágios da lactação


Estágio 1 Lactogênese (produção de leite) começa
no último trimestre;
Aumento de lactose, proteínas totais e
imunoglobulinas;
Após o parto: dependente da prolactina
e independente da sucção até 4º dia.
Estágio 2 Aumento do fluxo sanguíneo e captação
de oxigênio e glicose;
“Descida do leite” (colostro).
Estágio 3 Manutenção da lactação: ação do eixo
hipotálamo-hipófise na produção de
prolactina e ocitocina;
“Leite maduro”.
Fonte: próprio autor

A prolactina é produzida pela hipófise anterior e é responsável pela produção do leite. Já a


ocitocina é produzida na hipófise posterior e é responsável pela ejeção do leite. Ambos têm sua
ação estimulada pela sucção do leite pelo bebê. A ocitocina também pode ser liberada por outros
estímulos, como por exemplo, visuais, táteis, olfatórios e auditivos. A ansiedade e angústia também
interferem na sua ação (VITOLO, 2008).
Como vimos no quadro 9, o leite materno pode ser dividido em duas etapas: o colostro e o
leite maduro.

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O colostro é o leite secretado até cerca de sete dias após o parto. No período que compre-
ende do sétimo ao décimo quinto dia pós-parto, é liberado o chamado leite de transição e, a partir
daí é liberado o leite maduro.
O colostro é um líquido amarelado e espesso, com concentração proteica maior que no leite
maduro, porém com menor quantidade de gordura e lactose. As proteínas presentes não colostro
são não-nutricionais, predominando as imunoglobulinas, responsáveis pelo amadurecimento do
sistema imune do recém-nascido. O colostro ainda é importante para o crescimento da flora bacte-
riana e para a eliminação do mecônio (primeiras fezes do bebê). Fornece 67 kcal/dL, o volume varia
de 2 a 20 mL por mamada, possui alta concentração de vitaminas lipossolúveis (os carotenoides con-
ferem a cor amarelada). É importante que a criança o receba nas primeiras 48 horas pós-parto, para
aproveitar todos os seus benefícios (VITOLO, 2008).
O leite maduro (liberado a partir do décimo quinto dia), apresenta composição mais estável.
Fornece 71 kcal/dL, quantidade de proteína que varia entre 1,2 a 1,5g/dL (60% proteínas do soro e
40% caseína); apresenta 7,0g/dL de lactose, seu carboidrato mais predominante (que atua na dimi-
nuição do pH intestinal, sistema nervoso, além de colaborar na absorção de cálcio, fósforo e magné-
sio); fornece 3,5g/dL de lipídios (97% na forma de triglicerídios), componente energético mais im-
portante do leite humano. Além disso, possui todos ao micronutrientes em quantidade suficiente
para atender às necessidades do lactente (VITOLO, 2008).
O leite materno pode, ainda, sofrer variações na sua composição. A principal variação ocorre
durante a mamada. O leite que sai no início, chamado de anterior, é mais aquoso e com menos gor-
dura, por isso é menos calórico. Já o posterior possui maior quantidade de gordura, ou seja, fornece
mais energia. Por isso é de grande importância que a criança esvazie por completo a mama antes de
trocar pela outra. Dessa forma, garante-se que a criança receberá tanto a água, importante para
hidratação, como a energia, necessária para ganho de peso.
O estado nutricional materno também pode influenciar na composição do leite. Na tentativa
de sustentar a lactação, o organismo sofre diversas alterações, como maior absorção intestinal e
diminuição do gasto energético nos tecidos. Assim a concentração de macronutrientes fica mantida,
porém pode ocorrer deficiência de algumas vitaminas e diminuição do volume de leite produzido
(VITOLO, 2008).

Amamentação
Apesar das inúmeras campanhas desenvolvidas para o incentivo ao aleitamento materno pe-
lo Ministério da Saúde, o Brasil ainda apresenta uma grande incidência de desmame precoce. Para
reverter esse quadro, os profissionais de saúde têm papel fundamental nessa empreitada, inclusive
o nutricionista. Eles devem estar preparados, pois, por mais competente que sejam, o seu trabalho
de promoção e apoio não será bem-sucedido se ele não tiver um olhar atento, abrangente, sempre
levando em consideração os aspectos emocionais, a cultura familiar e a rede social de apoio à mu-
lher (BRASIL, 2009).

Tipos de Aleitamento
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o aleitamento materno pode ser classificado da
seguinte maneira:
1) Aleitamento materno exclusivo: a criança recebe somente leite materno, direto da
mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos.
2) Aleitamento materno predominante: a criança recebe, além do leite materno, água
ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões), sucos de frutas.

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3) Aleitamento materno: a criança recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado),


independentemente de receber ou não outros alimentos.
4) Aleitamento materno complementado: a criança recebe, além do leite materno,
qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementá-lo, e não de
substituí-lo.
5) Aleitamento materno misto ou parcial: o a criança recebe leite materno e outros tipos
de leite.

Duração e Importância da Amamentação


A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam aleitamento
materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos ou mais. Não há vantagens em
se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à
saúde.
As vantagens do aleitamento materno já são bem conhecidas e documentadas (BRASIL, 2009).
Entre elas podemos citar:
1) O leite materno protege o organismo contra infecções, diminuindo assim o número de
mortes entre crianças que são amamentadas;
2) Diminui a ocorrência de diarreias;
3) Evita infecções respiratórias;
4) Diminui risco de alergias;
5) Reduz a chance de obesidade;
6) Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes;
7) Melhor desenvolvimento da cavidade bucal;
8) Protege a mulher contra o câncer de mama;
9) Aumento do vínculo entre mãe-bebê;

Técnicas para Amamentação


Apesar da sucção ser um ato reflexivo do bebê, é necessário que ele aprenda a maneira corre-
ta de fazê-la. Uma pega da mama adequada
Quando o bebê pega a mama adequadamente, abocanhando não apenas o mamilo, mas tam-
bém parte da aréola, forma-se um lacre perfeito entre a boca e a mama, garantindo a formação do
vácuo, indispensável para que o mamilo e a aréola se mantenham dentro da boca do bebê. Dessa
forma, o leite será retirado de forma eficiente da mama, permitindo o esvaziamento total da mama,
importante para ingestão do leite posterior (rico em gordura, responsável pelo ganho de peso),
além de garantir que a criança não machuque o mamilo da mãe (BRASIL, 2009).

A ilustração da pega correta e incorreta pode ser observada nas figuras 3 e 4 respectivamente.

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Figura 3 Pega adequada ou boa pega


Fonte: Brasil, 2009.

Figura 4: pega inadequada ou má pega


Fonte: Brasil, 2009.

2. 4. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS DA NUTRIZ


A maioria das nutrizes tem como objetivo retornar ao peso pré-gestacional de forma rápida
após o parto. É preciso que o profissional trabalhe na conscientização da paciente, informando que
a perda faz parte da evolução do organismo nesse período, e que não é preciso apressar esse pro-
cesso, uma vez que a lactação favorece o consumo de energia, ajudando assim na perda de peso.
Fazer “dietas” nessa fase pode prejudicar a lactação, pois muitas vezes são motivos de estresse e
frustação.
Para a produção de um litro de leite, o organismo gasta 900kcal, sendo que um terço é dispo-
nibilizado dos depósitos maternos. Considerando que a produção média diária de leite pela mulher
é de 850Ml, calcula-se que a ingestão diária da mulher deve ser aumentada em 500kcal (VITOLO,
2008).
O balanço energético deve vir acompanhado de adequação proteicas e de micronutrientes,
cujas necessidades estão aumentadas (para garantir níveis adequados no leite materno).
As recomendações energéticas para essa fase podem ser calculadas de acordo com as DRI
(IOM, 2002):

Adolescente (14 a 18 anos)


EERnutriz=EER(pré-gestacional) + energia necessária para produção de leite – energia para perda de
peso
1º semestre pós-parto = EER(pré-gestacional) + 500 – 170
2º semestre pós-parto = EER(pré-gestacional) + 400 – 0

Mulher (19 a 50 anos)


EERnutriz=EER(pré-gestacional) + energia necessária para produção de leite – energia para perda de
peso
1º semestre pós-parto = EER(pré-gestacional) + 500 – 170
2º semestre pós-parto = EER(pré-gestacional) + 400 - 0

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Para o cálculo da necessidade proteica, pode-se considerar o recomendado pela DRI, que esti-
pula um consumo médio de 71g/dia, ou calcular da mesma maneira que para as gestantes, segundo
a OMS. Nesse caso, em cada trimestre é preciso somar um adicional proteico à necessidade diária
(entre 0,8 e 1,0g/kg/dia):
1º semestre + 16g/dia
2º semestre + 12g/dia
3º semestre + 11g/dia

As necessidades da maioria dos micronutrientes estão aumentadas durante a lactação. No


quadro 10 a seguir estão listados alguns dos micronutrientes importantes nessa fase:

Quadro 10: micronutrientes e suas recomendações.


Nutriente Recomendação
Vitamina A <18 anos: 1200 µg/dia
> 18 anos: 1300 µg/dia
Vitamina C < 18 anos: 115 mg/dia
> 18 anos: 120 mg/dia
Folato (ácido fólico) 500 µg/dia
Vitamina D 15 µg/dia
Vitamina B12 2,8 g/dia
Cálcio <18 anos: 1300 mg/dia
>18 anos: 1000 mg/dia
Ferro <18 anos: 10 mg/dia
>18 anos: 9 mg/dia
Iodo 290 µg/dia
Zinco <18 anos: 13 mg/dia
>18 anos: 12 mg/dia
Fonte: adaptado DRI, 2002.

Importante: a tabela completa das DRI está disponível para download no site: https://www.nal.usda.gov/fnic/dietary-reference-intakes.

Vídeo complementar _____________________________________________________________


Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar.
 Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone Videoaula, localizado na barra superior. Em seguida,
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3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR


O Conteúdo Digital Integrador é a condição necessária e indispensável para você compreender
integralmente os conteúdos apresentados nesta unidade.

3. 1. ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA GESTAÇÃO


A fim de relembrar e aprofundar o conhecimento sobre as mudanças e alterações que ocor-
rem durante a gestação, leia os seguintes materiais:
 FISCHER, B. Alterações fisiológicas durante a gestação. Disponível em:
<http://www.gease.pro.br/artigo_visualizar.php?id=93>. Acesso em: 15 jul. 2018.

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SKILLS IN MEDICINE. Mudanças anatômicas e fisiológicas durante a gestação: anatomia
e fisiologia da reprodução. Disponível em:
<https://simbrazil.mediviewprojects.org/index.php/mudancas-anatomicas-e-
fisiologicas-durante-a-gestacao/anatomia-e-fisiologia-da-reproducao>. Acesso em: 15
jul. 2018.
 SKILLS IN MEDICINE. Mudanças anatômicas e fisiológicas durante a gestação: mudan-
ças no organismo materno. Disponível em:
<https://simbrazil.mediviewprojects.org/index.php/mudancas-anatomicas-e-
fisiologicas-durante-a-gestacao/mudancas-no-organismo-materno>. Acesso em: 15 jul.
2018.
A fim de aprofundar o conhecimento sobre a diabetes gestacional e as síndromes hipertensi-
vas leia os seguintes artigos:
 WEINERT, L. S.; SILVEIRO, S. P.; OPPERMANN, M. L.; SALAZAR, C. S.; SIMIONATO, B. M.;
SIEBENEICHLER, A.; REICHELT, A. J. Diabetes gestacional: um algoritmo de tratamento
multidisciplinar. Arq Bras Endocrinol Metab. 2011;55/7. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/abem/v55n7/02.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2018.
 ZANATELLI, C.; DOBERSTEIN, C.; GIRARDI, J. P.; POSSER, J.; BECK, D.G.S. Síndromes hi-
pertensivas na gestação: estratégias para a redução da mortalidade materna. Revista
Saúde Integrada, v. 9, n. 17 (2016). Disponível em:
<http://local.cnecsan.edu.br/revista/index.php/saude/article/viewfile/320/293>. Aces-
so em: 15 jul. 2018.

3. 2. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA GESTANTES


Para conhecer mais sobre as recomendações nutricionais na gestação, leia os materias a se-
guir:
 Dietary Reference Intakes. USDA. United States Departament of Agriculture. Disponível
em: <https://www.nal.usda.gov/fnic/dietary-reference-intakes>. Acesso em: 15 Jul.
2018.
 FERRAZ, L.; ALBIERO, C.; BOECHAT, S. G.; FONSECA, I. P.; FARIAS, V. P.; BRAGA, A.; LO-
PES, P. F. Micronutrientes e sua importância no período gestacional. Saber Científico,
Porto Velho, v.7, n.1, p. 68–82, jan./jun. 2018. Disponível em: <
http://revista.saolucas.edu.br/index.php/resc/article/view/787/pdf>. Acesso em: 15
jul. 2018.

3. 3. ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA NUTRIZ


Para conhecer mais sobre a importância do aleitamento materno, bem como o manejo cor-
reto parta amamentação, leia a unidade I do seguinte manual:
 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimenta-
ção complementar. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009. 112 p.: il. – (Série A.
Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 23). Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_ali
mentacao.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2018.

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Unidade 1 – Fisiologia e Recomendações Nutricionais na Gestante e Nutriz

3. 4. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA GESTANTES


Para conhecer mais sobre as recomendações nutricionais na gestação, leia o material a seguir:
 Dietary Reference Intakes. USDA. United States Departament of Agriculture. Disponível
em: <https://www.nal.usda.gov/fnic/dietary-reference-intakes>. Acesso em: 15 Jul.
2018.

4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para você testar o seu desempenho. Se
encontrar dificuldades em responder as questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos estu-
dados para sanar as suas dúvidas.

1) Buscando uma gravidez mais saudável, com ganho de peso adequado, A.B.C, 25 anos, procurou por uma
nutricionista para orientá-la durante esse período. Dentre as alternativas a seguir, qual seria o primeiro item a
ser avaliado para a realização de uma conduta adequada?
a) IMC pré-gestacional
b) Presença de alergias alimentares
c) Consumo de frutas e hortaliças
d) Ausência de carboidrato simples na dieta
e) Baixo consumo de fibras

2) Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta. Paciente feminina, 3ᵃ semana de gestação, iniciou
acompanhamento de pré-natal em Unidade Básica de Saúde. Após consulta, o médico prescreve a
suplementação de __________________ para prevenção de defeitos no tubo neural.
a) ômega 3
b) ferro
c) ácido fólico
d) vitamina D
e) selênio

Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões autoavaliativas propostas:
1) a.
2) c.

5. CONSIDERAÇÕES
Esta unidade apresentou alguns aspectos básicos envolvidos na Nutrição na Gestação e Lacta-
ção, com foco nas alterações fisiológicas e adequação das recomendações nutricionais para a mu-
lher em ambos os períodos.
O tema é extremamente amplo e, portanto, o ideal é que você complemente seus estudos por
meio das referências bibliográficas citadas e das sugestões de leitura feitas no decorrer da unidade e
no Conteúdo Digital Integrador. Como continuação do assunto, a próxima unidade tratará das alte-
rações fisiológicas e recomendações nutricionais para crianças e adolescentes.

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Unidade 1 – Fisiologia e Recomendações Nutricionais na Gestante e Nutriz

6. E-REFERÊNCIAS

Lista de figuras
Figura 1: Índice de massa corporal segundo semana de gestação. Disponível em: Atalah et al. (1997).
Figura 2: Anatomia da mama humana. Disponível em: https://pediatriadescomplicada.com.br/anatomia-da-mama/. Acesso em: 15
Jul. 2018.
Figura 3: pega adequada ou boa pega. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimentacao.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2018.
Figura 3: pega inadequada ou má pega. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimentacao.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2018.

Sites pesquisados
USDA. United States Departament of Agriculture. Disponível em: <https://www.nal.usda.gov/fnic/dietary-reference-intakes>. Acesso
em: 15 Jul. 2018.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACCIOLY, E. Nutrição em obstetrícia e pediatria. 1 ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2005.
ATALAH, E., CASTILLO, C., ALDEA, A. Propuesta de um nuevo estándar de evaluación nutricional em embarazadas. Rev Méd Chile,
125(12): 1429-1436, 1997.
BARROS, S. M. O. Enfermagem no ciclo gravídico puerperal. São Paulo: Manole, 2006. 1ª ed.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Parto, aborto e puerpério. Assistência à mulher. Brasília, DF, 2001.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: nutrição infantil:
aleitamento materno e alimentação complementar. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009. 112 p.: il. – (Série A. Normas e
Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 23).
SILVA, S. C. F. Ansiedade da mulher durante o último trimestre de gravidez. Trabalho de conclusão de curso, Universidade Fernando
Pessoa, Porto, 2008.
VITOLO, Márcia Regina. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. 1 ed. Rio de Janeiro: Ed. Rubio, 2008.em: 15 Jul. 2018.

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