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Relatório Final da 11a Conferência Estadual

dos Bancários

27 de junho de 2009
Gravatal – SC

Organização:

Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito de Santa Catarina

Sindicato dos Bancários de Criciúma e Região

Cidades participantes:

Florianópolis, Criciúma, Blumenau, Chapecó, Concórdia, Joaçaba, Araranguá,


São Miguel do Oeste e Videira.

9h30 – Início dos trabalhos.

Maria Terezinha Rondon – Coordenadora geral da Fetec:

Agradeceu a presença de todos e ao Sindicato dos Bancários de Criciúma e


região pelo apoio na organização do evento.

“Estávamos um pouco preocupados por ser outro local, já que sempre é em


Florianópolis, mas o público nos surpreendeu. (203 inscrições).

Uma campanha só resulta em conquista quando os bancários se dispõem a


lutar.

Este ano temos uma situação de crise, em conjunto vamos fazer campanha
para avançar, mesmo diante de um quadro não tão tranquilo.

Que possamos comemorar o sucesso de mais uma campanha salarial este


ano”.

Palestra: Crise e cenários

Jason Borba – Professor da PUC São Paulo:

Nós não queremos briga fácil. Briga boa é onde tem energia.

Esta crise ainda não mostrou tudo o que tem pra mostrar. Ela coloca o
Marxismo de novo na “parada”.
A primeira tarefa agora é que a classe trabalhadora encontre sua identidade.
Temos que fazer movimento sindical com formação.

Não é uma crise financeira. É geral do sistema. Não é sub-consumista, não é


estrutural (é de todo o processo do capital). Não é de ondas longas, não é de
“regulação”.

Tivemos cerca de 13 crises no pós-guerra.

Teremos crise em 2013. A probabilidade é que seja muito mais séria do que
agora.

Essa crise é diferente, é mais grave, está nos obrigando a falar em


referências que tínhamos abolido – recessão. Essa já é a maior do pós-
guerra.

Este momento de crise nos coloca num estado de ansiedade.

O Brasil foi pego no contra-pé – estava decolando.

O fundamental de uma economia cidadã é a passagem para uma mais valia


relativa. (mais valia = carga alta, salário baixo, intensidade).

Em suma: nós trabalhadores estamos cuidando de um momento difícil para


nós. É momento de re-despertar.

Palestra: Campanha Nacional 2009 – Perspectivas e Desafios

Mané Gabeira – Diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo

Precisamos fazer um debate na nossa categoria de forma a garantir o


emprego.

Começar a discutir a estatização do sistema financeiro.

Discutir com bancários e clientes que para garantir crédito social é preciso a
estatização.

Vamos trabalhar na convenção deste ano: não abrir mão das perdas salariais
existentes na categoria. O INPC deve dar esse ano 4,5%.

Nos bancos privados a campanha deve ser mais difícil.

Temos que recuperar o piso da categoria. Há alguns anos já chegou a cinco


salários mínimos. Agora é em torno de 2.3 salários.
A desconfiança (do cliente) no sistema nos ajuda nas negociações.

Alguns querem fazer acordo salarial de dois anos. Mas nós estaremos contra.
É melhor negociar em ano eleitoral.

Sabemos que os banqueiros demitiram nove mil e contrataram sete mil.

Temos que discutir com banqueiros para ter um representantes por local de
trabalho, um por agência. Essa reivindicação nós temos que exigir. Bancos
são um dos setores que mais adoece trabalhador e esse representante faria a
ponte.

Campanha: garantir os nossos direitos. PLR mais justa.

Washington - Trabalhador do Besc/Banco do Brasil - Florianópolis

Sugeriu que a incorporação entre na pauta.

“Estamos sofrendo muito, sendo coagidos. Tem que discutir essa questão na
campanha”.

Roberto Schmidt – Advogado Declatra (Defensores da Classe dos


Trabalhador) – Assessoria para Sindicatos de Trabalhadores –
Florianópolis.

Justiça do Trabalho está mais favorável a classe patronal.

DEBATES POR TEMAS

Grupo 1 – Emprego e remuneração.

Entidades responsáveis: Concórdia, São Miguel do Oeste, Joaçaba e Videira.

Propostas:

Emprego:

1 - Campanha por formação e informação sobre o desemprego.

2 – Lutar pela eliminação da terceirização.


3 – Contratar mais funcionários.

4 – Retomada efetiva da ratificação da convenção 158 da OIT que está no


Congresso.

5 – Pressionar os RHs dos bancos, expondo a situação e explorando a


imagem na mídia.

6 – Pressionar a Caixa a chamar novos empregados.

7 – Combater novas incorporações de bancos.

8 – Lutar pela manutenção do emprego nos bancos incorporados.

9 – Propor a reabertura dos centros de realocação nos incorporados.

Remuneração total:

Aprovado o texto com destaques:

1 - Na questão índice, destaque na produtividade 5%.

2 – Não negociar remuneração variável nas metas.

3 – Valorizar o piso e o PCS.

4 – Manifestar contrariedade à remuneração variável.

5 – Propor PLR linear.

Grupo 2 – Condições de Trabalho: Saúde e Segurança.

Entidades responsáveis: Florianópolis, Criciúma e Araranguá.

Propostas:

1- Norma regulamentadora (Ministério do Trabalho e Emprego). Construir


regulamentação do trabalho bancário.

2 - Aprimoramento do Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP). Inclusão do


Código Nacional de Atividade Econômica (CNAE) de todos os bancos que não
estejam incluídos no decreto 6.042/2007

3 – Cassi - (incluir a saúde CAIXA) – Proposta de um encontro estadual para


definir programa de atendimento médico no interior; moção de apoio para
bancários de Chapecó no movimento pela retomada no núcleo de
atendimento Cassi em Chapecó.

4 - CEF – Formular uma denúncia através da Fetec (MTE) com relação à


insalubridade.

5 - Dia de mobilização de bancários pela vida – Contraf.

6 - Mais bancários na linha de frente – caixas e auto-atendimento.

7 - Disponibilização de bancadas e/ou cadeiras no auto-atendimento para


descanso dos bancários que trabalham em pé. Adequanção ergonômica de
todos os ambientes de trabalho para os bancários

8 – Pressão sobre os besquianos incorporados. Problemas de doenças. Expor


os efeitos da incorporação. Debater o ponto.

Grupo 3 – Sistema Financeiro Nacional e Estratégia de Campanha.

Entidades responsáveis: Blumenau e Chapecó.

Propostas:

1- Sistema Financeiro - Não a redução de direitos e avançar nas conquistas


(bandeiras).

2 - Diante das fusões - Não a demissão e a redução dos postos de trabalho.

3 - Defesa da estatização do sistema financeiro, com controle social. Não


estatização dos prejuízos.

4 – realizar c s mais politizadas discutindo projetos e outras questões


políticas, principalmente contra o neoliberalismo, ex. luta contra as
privatização.. etc...bandeiras hist.

5 - Resgatar a proposta da Contraf, discutir com bancos e com o governo o


OIT 158.

6 - Melhorar a inserção na categoria

7 - Atuação conjunta com os trabalhadores da segurança e de outras


categorias com a mesma data base.

8 - Atuação do movimento sindical fora da Campanha Salarial durante todo o


ano.
9 - Calendário de mobilização permanente.

10 - Discutir a ética no sistema financeiro.

11 - Apresentar e discutir um projeto de sociedade.

12 - Dia Nacional de Luta (14.08) acrescentá-lo no calendário nacional

13 - Atingir a imagem do banco denunciando a suas práticas sórdidas.

14 - Maior atuação nas agências bancários (OLT).

15 - Campanha Nacional unificada. Com o fortalecimento das comissões


específicas.

16 – Que a Conferência Nacional de 2010 seja aberta.

17 - Denunciar representantes de trabalhadores que ocupam cargos


nacionais de representação sindical e que não correspondem aos interesses
da categoria.

18 - Patrocinar debates e seminários referentes às reivindicações dos


bancários.

19 - Fazer a discussão nos locais de trabalho quanto aos interditos


proibitórios.

20 - Os SEEBs buscarem novas formas de dialogar com os bancários, saindo


da estrutura e ir as ruas.

21 - Piso e recuperação das perdas salariais.

22 - PLR não pode servir com instrumento de gestão.

23 - Unificação das lutas das próprias entidades sindicais.

24 - Proposta de 15,29% de reajuste salarial.

25 - Nas negociações específicas BB e CAIXA com os índices das perdas


salariais acumulados até agora.

26 - Ação junto ao Ministério do Trabalho e Governo para regulamentar o


direito de CIPEIROS nas empresas. Nas empresas nacionais e em todas as
suas agências. Eles devem ser eleitos.

27 - Construir uma agenda de formação nas diretorias sindicais e na


categoria.
28 - Aumento da Licença Maternidade para 180 dias.

29 – Pressionar o governo Federal para a realização de uma Conferência


Nacional para o Sistema Financeiro aos moldes da Conf de Comunicação.

30 - Não fechar acordos sem que os bancos retirem os interditos e multas.

31 – Regulamentar a presença de um representante sindical (delegado) para


cada agência ou unidade bancária. Obs: Atualmente a presença deste
representante está condicionada a quantidade de funcionários na região.

32 – Retomar a discussão sobre a unificação do Movimento Sindical Bancário

em SC.

TODAS AS RESOLUÇÕES FORAM APROVADAS POR UNANIMIDADE.

***

Manifesto em favor da realização de pesquisa de mercado para o novo plano


de funções comissionadas da Caixa.

Aprovado por unanimidade.

Maria Terezinha Rondon – Coordenadora geral da Fetec:

Na nossa conclusão foi um evento de sucesso, com essa participação, foi com
certeza, bem sucedido. Conseguimos produzir muito.

Delegados que participam da Conferência Nacional da Contraf ( 17 a


19 de julho):

Florianópolis:

Denilson Machado

Walmor Grando

Liliane Gessy Carvalho

Simoni Nascimento de Abreu

Léo Paim
Criciúma:

Júlio Zavadil

Valdir Machado da Silva

Blumenau:

Leandro Spézio

Maria de Lurdes Longo

Sônia Regina Pereira de Araújo

Chapecó:

Alzumir Rossari

Juacir Pereira de Souza

Joaçaba:

Ernesto Valmórbida

São Miguel do Oeste:

Lino

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