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Universidade Federal de Uberlândia - UFU

Instituto de Ciências Agrárias


Curso de Agronomia
Disciplina Cultura do Feijoeiro Comum – GAG059

Nicolas Garcia Camera


11421AGR013

Tecnologia e Produção de Sementes de Feijão

Uberlândia
Maio de 2018
1. INTRODUÇÃO
A Lei nº 10711, de 05 de agosto de 2003, instituiu o Sistema Nacional de Sementes e
Mudas que objetiva garantir a identidade e a qualidade do material de multiplicação e de
reprodução vegetal produzido e comercializado no território nacional.
Por definição, semente é o material de reprodução vegetal de qualquer gênero, espécie
ou cultivar, proveniente de reprodução sexuada ou assexuada, que tenha finalidade específica
de semeadura. Diferencia-se do grão, cuja finalidade é o consumo direto ou fornecimento de
matéria prima, pois sua finalidade é originar uma nova planta.
A semente, certificada, possui atributos físicos, fisiológicos, genéticos e sanitários que
garantem o estabelecimento da população de plantas requerida pela espécie ou cultivar a ser
semeado e o sucesso de lavouras tecnificadas.
O atributo mais importante, genético, diz respeito aos genes específicos da semente
que estão relacionados ao tipo, tamanho e cor do grão, ciclo vegetativo, hábito de
crescimento, produtividade, resistência a doenças e pragas, capacidade de adaptação,
qualidade nutricional, entre outros fatores ligados aos genes da semente. O atributo físico
refere-se a sua integridade e grau de contaminação com sementes de outras espécies e
material inerte. O atributo fisiológico trata-se da capacidade da semente se transformar em
uma plântula (germinação e vigor). Por fim, o atributo sanitário trata-se da disseminação de
pragas e patógenos.
Estes atributos garantem a qualidade da semente, e influência na representatividade da
cultivar, uniformidade da lavoura, vigor das plantas resultantes, na possibilidade de
contaminação ou não, das culturas subsequentes, com plantas infestantes, pragas e/ou
doenças. Todos estes fatores refletem em produtividade.
Usar sementes certificadas é fundamental para o bom desempenho da lavoura de
feijão. Há pesquisas que mostram que é possível aumentar em torno de 25% da produtividade
com a utilização de sementes sadias. Entretanto, segundo dados do IBGE, apenas 20% dos
produtores utilizam sementes certificadas.

2. ASPECTOS LEGAIS SOBRE A PRODUÇÃO DE SEMENTES


No Brasil, a produção de sementes é controlada pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA), através de lei, decretos, normas e instruções normativas.
A Lei nº 10711 instituiu o Sistema Nacional de Sementes e Mudas no Brasil (SNSM). Ligada
a esta lei, a Instrução Normativa nº 45, de 17 de setembro de 2013 estabeleceu normas
específicas e padrões de identidade e qualidade para produção e comercialização de diversas
espécies válidas em todo o país, incluindo o feijão.

Tabela 1. PADRÕES PARA A PRODUÇÃO E A COMERCIALIZAÇÃO DE SEMENTES


DE FEIJÃO
(Phaseolus vulgaris L.)
1. PESO MÁXIMO DO LOTE (kg) 30.000
2. PESO MÍNIMO DAS AMOSTRAS (g):

- Amostra submetida ou média 1.000

- Amostra de trabalho para análise de pureza 700

- Amostra de trabalho para determinação de outras sementes por número 1.000

3. PRAZO MÁXIMO PARA SOLICITAÇÃO DA INSCRIÇÃO DE CAMPOS


30
(dias após o plantio)

4. PARÂMETROS DE CAMPO

CATEGORIAS/ÍNDICES

Básica C11 C22 S13 e S24

Vistoria:

- Área máxima da gleba (ha) 50 50 50 100

- Número mínimo de vistorias5 2 2 2 2


4.1
- Número mínimo de subamostra 6 6 6 6

- Número de plantas por subamostras 1.000 500 375 250

- População da amostra 6.000 3.000 2.250 1.500

4.2 Rotação (ciclo agrícola)6 - - - -

4.3 Isolamento ou Bordadura (mínimo em metros) 3 3 3 3

4.4 Plantas Atípicas7 (fora de tipo) (nº máximo) 3/6.000 3/3.000 3/2.250 3/1.500

Plantas de Outras Espécies8:

4.5 - Cultivadas/Silvestres/Nocivas Toleradas - - - -

- Nocivas Proibidas - - - -
Pragas:

- Antracnose (Colletotrichum
lindemuthianum) (nº máximo de vagem 3/600 3/300 3/300 3/100
contaminada/população de amostra de vagem)
4.6
- Crestamento Bacteriano (Xanthomonas
axonopodis pv. phaseoli) (nº máximo de 3/600 3/300 3/300 3/100
plantas/população de amostra)
- Mofo Branco (Sclerotinia sclerotiorum) (nº 0 0 0 0
máximo de plantas/população de amostra)9
5. PARÂMETROS DE SEMENTE:

CATEGORIAS/ÍNDICES

Básica S13 e
C11 C22
S24
Pureza:

- Semente Pura (% mínima) 98,0 98,0 98,0 98,0


5.1
- Material Inerte10 (%) - - - -

- Outras Sementes (% máxima) 0,0 0,1 0,1 0,1

Determinação de Outras Sementes por Número (nº máximo)

- Semente de outra espécie cultivada11 0 0 1 1

5.2 - Semente silvestre11 0 1 1 1

- Semente nociva tolerada12 0 1 1 1

- Semente nociva proibida12 0 0 0 0

5.3 Sementes Infestadas13 (% máxima) 3 3 3 3

Semente de outra cultivar de grupo de cores


5.4 2 4 6 8
diferentes

5.5 Germinação (% mínima) 7014 80 80 80


- Validade do teste de germinação15 (máxima 6 6 6 6
em meses)
- Validade da reanálise do teste de 4 4 4 4
germinação15 e 13 (máxima em meses)
1.
Semente certificada de primeira geração.
2.
Semente certificada de segunda geração.
3.
Semente de primeira geração.
4.
Semente de segunda geração.
5.
As vistorias obrigatórias deverão ser realizadas pelo Responsável Técnico do produtor ou do
certificador, nas fases de floração e de pré-colheita.
6.
Pode-se repetir o plantio no ciclo seguinte quando se tratar da mesma cultivar. No caso de
mudança de cultivar, na mesma área, devem-se empregar técnicas que eliminem totalmente as
plantas voluntárias ou remanescentes do ciclo anterior.
7.
Número máximo permitido de plantas, da mesma espécie, que apresentem quaisquer
características que não coincidem com os descritores da cultivar em vistoria.
8.
Quando presentes no campo deverão ser empregadas técnicas que eliminem os efeitos do
contaminante na produção e na qualidade da semente a ser produzida. As técnicas empregadas
deverão ser registradas nos Laudos de Vistoria.
9.
A ocorrência em reboleiras, eliminá-las com uma faixa de segurança de, no mínimo, 5 metros
circundantes.
10.
Relatar o percentual encontrado e a sua composição no Boletim de Análise de Sementes.
11.
As sementes de outras espécies cultivadas e sementes silvestres na Determinação de Outras
Sementes por Número serão verificadas em Teste Reduzido - Limitado em conjunto com a
análise de pureza.
12.
Esta determinação será realizada em complementação à análise de pureza, observada a
relação de sementes nocivas vigente.
13.
Na reanálise além do teste de germinação deverá ser realizado, também, o teste de sementes
infestadas.
14.
A comercialização de semente básica poderá ser realizada com germinação até 10 (dez)
pontos percentuais abaixo do padrão, desde que efetuada diretamente entre o produtor e o
usuário e com o consentimento formal deste.
15.
Excluído o mês em que o teste de germinação foi concluído.

Assim, o SNSM define as entidades, os procedimentos e as atividades específicas,


exercidas por pessoas físicas e/ou jurídicas, em que todas estas que exerçam atividades previstas
na lei (produtor de sementes, beneficiador de sementes, reembalador de sementes, armazenador
de sementes, certificador de sementes, laboratório de análise de sementes, amostrador e
responsável técnico) são obrigados a estar inscritos no Registro Nacional de Sementes e Mudas
(RENASEM) do MAPA.

3. ETAPAS DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE SEMENTES

A produção de sementes, processo que exige mais cuidados em relação a produção de


grãos, é dividida em etapas. A instalação do campo de produção tem como objetivo evitar a
perda da pureza genética ou varietal das sementes através da contaminação genética ou varietal
durante qualquer uma das etapas de produção. Para instalar um campo de produção de sementes
certificadas é necessário que o produtor seja credenciado no RENASEM, e que possua um
termo de compromisso firmado com o responsável técnico e inscrever o campo e apresentar um
contrato com a Entidade Certificadora, se não for certificador próprio.
A escolha da região, varia com o tipo de cultura. Para a produção de sementes de feijão,
deve-se evitar regiões muito chuvosas, com elevada umidade relativa do ar, temperaturas
extremas e baixa luminosidade. Pois estas características favorecem incidência de doenças, e
aceleram a perda dos atributos fisiológicos da semente, e podem até germinar presas nas vagens.
A escolha da gleba compreende uma série de etapas como, por exemplo, conhecimento
histórico do local (ocorrência de pragas e doenças, cultura anterior, plantas daninhas
predominantes). Outros fatores importantes são a drenagem da área e a fertilidade do solo. Não
é recomendado que se use a mesma área por muito tempo, e recomenda-se a rotação de cultura
para quebrar o ciclo de plantas daninhas, pragas e doenças além de recuperar a fertilidade do
solo. Os campos de sementes de feijão devem manter um isolamento mínimo de 3 m entre um
campo e outro, por se tratar de uma planta autógama.
Outro fator importante, é a época de semeadura, em que a mais propícia é a de outono-
inverno, pois é feita praticamente com ausência de chuva, com utilização de irrigação e a
colheita na época de menor ocorrência de precipitações, o que garante melhor sanidade das
sementes.
A origem e a classe das sementes utilizadas na semeadura devem ser atestadas. Para a
produção de semente certificada C1 utiliza-se as categorias genética ou básica. Já para a
categoria certificada C2, a produção poderá ser feita a partir da genética básica ou C1. Por sua
vez, as categorias semente genética, básica e certificadas C1 e C2 poderão originar as duas
categorias da classe não certificadas (sementes S1 e S2). Nesse caso, a multiplicação das
sementes poderá der feita no máximo por duas gerações.
Outra etapa do processo de produção de sementes é a limpeza de máquinas e
equipamentos. A semeadora, o tratador de sementes e demais equipamentos utilizados no
momento da semeadura necessitam estar limpos, a fim de preservar a pureza varietal dos
campos de sementes. É importante remover sementes de outras espécies e cultivares, além de
patógenos e outros contaminantes.
A implantação da cultura, é outa etapa do processo de produção de sementes e deve ser
realizada de forma criteriosa. Recomenda-se o tratamento de sementes que serão utilizadas para
a semeadura. Para controlar fungos, deve-se utilizar fungicidas sistêmicos e protetores. O
tratamento com inseticidas também é importante para garantir a proteção das sementes até a
fase inicial do ciclo. Pode-se utilizar no tratamento, inoculantes a base de bactérias do gênero
Rhizobium capazes de fixar nitrogênio e micronutrientes (molibdênio e cobalto).
O manejo da área pode ser dado pelo cultivo convencional, mínimo ou direto. Em todos
os casos deve-se eliminar as contaminações do campo com misturas.
A densidade de semeadura para campos de produção de sementes (no máximo 200.000
plantas por hectare) é menor em relação a produção de grãos (em torno de 240.000 plantas por
hectare). Isto ocorre, pois, a menor densidade de plantas gera maior aeração na área e diminui
a incidência de doenças. Além disto facilita a locomoção dentro do campo durante vistorias e
rouguing. Deve-se regular corretamente a semeadora para obter uniformidade de semeadura,
profundidade correta, evitando falhas e danos às sementes.
Os campos de produção de sementes devem ser inspecionados pelo menos duas vezes e
objetivam verificar o isolamento e a presença de contaminantes como plantas atípicas, de outras
espécies ou doentes, e identificar a presença de patógenos que podem ser transmitidos via
semente. As vistorias devem ser feitas durante a floração e pré-colheita, porém quanto maior
o número de vistorias realizadas pelo responsável técnico, mais informações a respeito do
campo estarão disponíveis. Também há vistoria durante o beneficiamento e armazenamento,
até a etapa de identificação do produto final, observando se o processo está dentro das normas
e padrões estabelecidos.
No processo de produção de sementes de feijoeiro, deve-se atentar aos possíveis
contaminantes existentes no campo. Um desses, são as plantas atípicas, que são da mesma
espécie, porém se diferenciam por alguma característica como por exemplo tipo da planta ou
hábito de crescimento, ramificação, pigmentação do hipocótilo, pintas, pelos na haste ou na
base da folha, cor, forma e tamanho da flor, fruto e semente. Outros contaminantes são plantas
de outras espécies, cultivares diferentes e espécies nocivas (proibidas, toleradas e silvestres).
As vistorias para verificar a presença de doença devem ocorrer durante todo o ciclo da cultura
e sempre fazer o controle preventivo. As principais doenças transmitidas pela semente do
feijoeiro são antracnose, crestamento bacteriano e mofo branco.
As vistorias no campo são realizadas por meio de amostragens, que devem ser criteriosas
para uma boa representatividade. É inviável para o responsável técnico vistoriar o campo
completo, por isso ele deve adotar o método de amostragem para representar o campo com um
todo. O padrão de amostragem difere para cada categoria básica de semente, e as instruções
estão na Tabela 1. A amostra deverá conter plantas em quantidade suficiente para a avaliação
da ocorrência de fatores contaminantes nos níveis de tolerância requeridos. A amostragem deve
ser realizada percorrendo um percurso que cubra toda a área e que reduza ao mínimo possível
a distância percorrida e o tempo de realização. Anteriormente a amostragem, deve ser realizado
um croqui da área, esboçando o modelo de caminhamento e assinalar os pontos que serão
recolhidas as 6 sub amostras, que são dimensionadas de acordo com o tamanho da amostra
requerida pelo padrão para o contaminante.
Outra atividade a ser realizada no campo, é o rouguing (purificação) que se trata do
arranquio de todo tipo de planta indesejável. Deve ser feito quando o responsável técnico
constatar a presença de contaminantes além dos limites tolerados. Esta atividade é fundamental
para obter sementes de elevado grau de pureza varietal, genética, física e sanitária.
A recomendação de adubação para campos de produção de sementes é semelhante a
campos de produção de grãos. A aplicação correta de fertilizantes exige conhecer as
necessidades nutricionais da cultura e a disponibilidade de nutrientes no solo. Uma nutrição
adequada reflete diretamente no tamanho e no peso das sementes produzidas.
O controle de plantas infestantes deve ser realizado com eficiência, pois reduzem a
produtividade, atrapalham nas vistorias e favorecem a ocorrência de pragas e doenças. O
controle químico com herbicidas é um dos métodos mais utilizados na produção de sementes
de feijão devido a maior praticidade e eficiência. O ponto crítico de competição das plantas
daninhas com o feijoeiro situa-se entre 10 e 30-40 dias após a emergência da cultura
(COBUCCI; KLUTHCOUSKI, 2000).
Pragas e doenças também devem ser controladas quando atingirem o nível de controle.
Deve-se adotar o Manejo Integrado de Pragas (MIP) a fim de controlar de forma eficaz, barata
e ecológica. Para o controle de doenças, deve-se utilizar fungicidas no tratamento de sementes
para a semeadura e cultivares resistentes quando houver histórico de presença de doenças.
Escolher local livre de patógenos e com clima desfavorável a ocorrência de doenças também
são formas de controle.
A colheita das sementes é uma das etapas mais importantes da cultura, pois os riscos de
perda de qualidade aumentam nessa fase. No ponto de maturidade fisiológica, as sementes
encontram-se no seu máximo de germinação e vigor, apresentando, contudo, um conteúdo
elevado de água (cerca de 45%) (CHAMMA et al.,1990). A partir do ponto de maturidade
fisiológica, a qualidade da semente tende a cair, pois encontra-se sujeita a oscilações de
temperatura, umidade, ataque de pragas, doenças e animais predadores. Quando as sementes
atingem 18 % de umidade inicia-se a colheita, com o arranquio e enleiramento das plantas. As
plantas arrancadas permanecem no campo para que se reduza a umidade das sementes, antes de
iniciar a trilha e o ensacamento, ocorrendo neste período muitos riscos de perda de qualidade.
Alguns produtores utilizam colhedoras automotrizes, o que evita a operação de arranquio e
enleiramento, mas devem fazer o uso de dessecantes.
Após a colheita, deve-se realizar a secagem de sementes, para garantir o armazenamento
seguro. Esta atividade deve ser realizada para garantir os atributos fisiológicos das sementes,
uma vez que recém colhidas, apresentam umidade inadequada. Ao serem armazenadas em
embalagens permeáveis a umidade não deve ser maior que 13%, em embalagens impermeáveis
este valor não deve ser maior que 8% e para ambiente refrigerado com temperatura inferior a
0º C em torno de 6% (VIEIRA; YOKOYAMA,2000). A semente também deve passar pelo
beneficiamento, antes de ser armazenada. Nessa etapa retira-se materiais indesejados como
palhas, terra, fragmentos de sementes, pedaços de plantas, sementes de planta daninhas, além
de classificar as sementes, deixando-as pura para a semeadura e/ou comercialização. Também
deve ser feito o tratamento de sementes que objetiva proteção contra o ataque de fungos e
insetos durante o armazenamento.
Após seca, beneficiada e tratada a semente é armazenada. Esta etapa tem como objetivo
preservar a qualidade das sementes reduzindo o processo de deterioração até o momento da
comercialização e semeadura. As sementes são higroscópicas, e estão sempre em busca do
equilíbrio da umidade relativa do ar. Altas temperaturas e umidade relativa aumentam o
consumo de substância de reserva e a taxa respiratória o que compromete o potencial fisiológico
e o tempo de armazenamento. Por isso é fundamental o controle da temperatura e da umidade
do ar através do armazém, que deve estar limpo e bem conservado. As pilhas de sacarias devem
estar sobre estrados de madeira, não encostadas nas paredes e nem em outra pilha, de forma a
permitir a retirada de amostras.
A análise de sementes é a ultima etapa do processo. É uma fase obrigatória. A análise
deve ser realizada de acordo com a metodologia do MAPA e avalia a pureza, verifica se há
presença de sementes de outros cultivares, determinação do número de outras sementes, teste
de germinação, exame de sementes infestadas e uniformidade. A análise de sementes é feita
através de uma amostra representativa do lote e deve ser enviada a um laboratório de análise de
sementes. Tanto o amostrador quanto o laboratório deve ser credenciado pelo RENASEM.
Após todas estas etapas concluídas, se a semente estiver dentro dos parâmetros legais
pré-estabelecidos, esta está credenciada e é permitida sua comercialização e semeadura. A
semente credenciada, garante ao produtor os atributos da semente, permitindo que ele possa
obter, se manejar corretamente a cultura, alta produtividade.

4. CONCLUSÃO

A produção de semente certificada por lei, é um processo burocrático, exige maior cuidado
em relação a produção de grãos, e obviamente um processo mais caro. Porém é fundamental
que se use sementes certificadas e produzidas de forma correta para a propagação para garantir
alta produtividade, e com isto, maior lucro.

5. REFERÊNCIAS

VIERIA, Rogério Faria; SARTORATO, Aloísio. RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA


PRODUÇÃO DE SEMENTES DE FEIJÃO DE ALTA QUALIDADE. 2. ed. Goiania:
Embrapa, 1984. 48 p.
CAMPOS, Alcebíades Ribeiro et al. Aspectos gerais da cultura do feijão Phaseolus
vulgaris L. Botucatu: Fepaf, 2015. 433 p.
BRASIL. Constituição (2013). Instrução Normativa nº 45, de 17 de setembro de
2013. Instrução Normativa Nº 45, de 17 de setembro de 2013. Brasília,
BRASIL – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Legislação brasileira sobre
sementes e mudas; Lei nº 10.711 de 05 de agosto de 2003, regulamentado pelo Decreto nº
5.153 de 23 de julho de 2004. Brasília.
MENTEN, J. O. M.; MORAES, M. H. D. de; NOVEMBRE, A. D. L. C.; ITO, M.
A.. Qualidade das sementes de feijão no Brasil. 2006. Artigo em Hypertexto. Disponível
em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2006_2/SementesFeijao/index.htm>. Acesso
em: 14/5/2018

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