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Dia 1

AVIVAMENTO
Fabrício Freitas

“Aviva-nos, Senhor! Oh, dá-nos teu poder! De santidade, fé e amor reveste o nosso ser!
Chegamos à conclusão de que isso não diz respeito à doutrina ou liturgia, mas a um
relacionamento íntimo com o Senhor. Experimentar um avivamento não é simplesmente
levantar a voz com estas expressões: Aviva-nos, Senhor! Eis nossa petição. Ateia o fogo
do alto céu em cada coração!”
Sabemos que “avivamento” é uma das palavras mais desgastadas no contexto evangé-
lico brasileiro. Contudo, compreendemos que ter um coração avivado não significa apenas
mãos erguidas durante o culto ou orações simultâneas em voz alta. Mais do que isso, é
reconhecimento de pecado, quebrantamento em oração, mudança de vida e paixão pelas
vidas que estão perecendo, como muito bem lembrado por Finney: “sem muita oração e
lágrimas, não há avivamento”.
Um dos mais belos hinos traduzidos por Salomão Ginsburg foi o de nº 171 do Cantor
Cristão. “Avivamento” é uma oração em busca de um renovo do Senhor em nossa vida,
marcado por mais amor, zelo, graça e abnegação. É um clamor a uma vida santa, de fé e
amor, revestida pelo poder que vem do alto. Que façamos hoje, desse hino, a nossa oração
sincera.

Responda para você mesmo: você se lembra de um tempo de sua vida quando
estava com o coração mais ardente pelo Senhor do que hoje? Sente saudades
daqueles doces momentos na presença do Senhor? Sente falta do fervor que pos-
suía para a evangelização? Então clame a Deus, agora, para que Ele aqueça seu
coração com um verdadeiro avivamento.

2 Minha razão de viver


Dia 2
MOBILIZANDO A IGREJA EM ORAÇÃO
Ronilce Ferreira

Mobilizar outros para orar é um desafio que começa com o líder. Acontece quando ele,
desejoso pela busca da direção divina, inicia os primeiros passos para o que se tornará
uma grande realização.
Certa vez eu buscava a direção de Deus para uma decisão no campo missionário e pre-
cisava de parceiros de oração. Como que tateando na busca desses parceiros, encontrei
duas pessoas dispostas a passar algum tempo em oração comigo. Anos se passaram e,
hoje, nessa igreja, existe uma filosofia de vida nos crentes: a oração passou a fazer parte
do jeito de ser da igreja e as decisões são tomadas com base na oração. A oração deixou de
fazer parte do calendário semanal, um dia marcado. Aquela igreja não tinha mais tempos
de oração; ela passou a viver em oração. Alguém sempre tem que dar o primeiro passo.
Você e eu podemos ser aqueles que Deus quer usar para mobilizar nossa igreja a orar.
De que maneira prática você pode mobilizar outros para orar esta semana? Comparti-
lhe essa necessidade com outros e planejem juntos como intensificar a oração na vida da
igreja como um todo. Orem a respeito disso e conversem com o pastor.

Hoje vamos orar para que Deus nos mostre meios de envolver mais pessoas
nesta campanha de oração. Vamos orar também para que esse movimento de
oração comece em nós, em nossa vida diária de intimidade com o Senhor.

40 dias de oração pelo Brasil 3


Dia 3
O RISCO DA ORAÇÃO EGOÍSTA
Milton Monte

Ao ensinar sobre o dever que temos de orar sempre e nunca esmorecer, Jesus conta
duas parábolas, em Lucas 18. A segunda me deixa preocupado e reflexivo. Jesus mencio-
na um fariseu, um homem de oração, de vida zelosa e piedosa, mas que orava de si para si
mesmo ou, em algumas versões, “consigo mesmo” (Lc 18.11). No final das contas, aquilo
sequer era uma oração; era uma meditação egoísta, uma “oração” que não chegava aos
céus, pois sequer saía do interior do fariseu.
Quando estou orando, preocupo-me com o risco de tentar convencer Deus em oração,
exigindo que Ele se molde a mim, e não eu a Ele; de crer mais na oração do que em Deus,
que responde às orações conforme a sua vontade. Fico refletindo sobre como dependo
da graça de Deus até mesmo para orar, pois nem isso sei fazer como convém, contando
com o Espírito Santo como intérprete (Rm 8.26). Crendo que a oração pode muito em seus
efeitos (Tg 5.16), peço a Deus que me ensine a orar em sinceridade e humildade.
Pense agora: que sinais, em nossa oração, podem indicar que estamos fazendo dela
apenas uma meditação egoísta?

Hoje vamos interceder por outras pessoas, em especial pela salvação daquelas
que ainda não conhecem o Senhor Jesus Cristo.

4 Minha razão de viver


Dia 4
ORAR “PARA FORA”
Samuel Moutta

Tenho compartilhado com alguns amigos o pensamento de que nós oramos, quase
sempre, “para dentro”, ou seja, por nossos próprios interesses: saúde, emprego, estudos,
segurança, finanças pessoais etc. Basta observarmos os pedidos que normalmente são
feitos em um culto ou vigília de oração e como os da categoria “para dentro” são os mais
recorrentes. Isso faz com que os nossos motivos de oração sejam meio egoístas e limita-
dos às coisas temporais.
Tenho me disciplinado no sentido de orar “para fora”, isto é, em favor daqueles que
ainda não têm Cristo, especialmente por sua salvação. Conheci o irmão Ademar. Ele sofreu
um acidente de moto e ficou com várias sequelas que fragilizam a sua saúde, causam-lhe
dores e limitações, e o impedem de trabalhar. Ele vive de uma pequena aposentadoria por
invalidez e gasta quase tudo com remédios. Um dia, ele me procurou chorando: “Pastor,
não preciso de oração por mim, não! Eu já tenho tudo o de que preciso. Por favor, pastor,
ore por meus filhos, pois eles estão perdidos, sem Jesus, indo para o inferno”. As lágrimas
e a urgência do clamor do irmão Ademar me deram um grande exemplo de que temos
que orar “para fora”, pela salvação dos perdidos, e não apenas pelas nossas necessidades.
Pare um pouco e reflita: com que tipo de pedidos temos investido a maior parte de nosso
tempo de oração: “para dentro” ou “para fora”? Como podemos mudar isso?

Hoje vamos orar para que Deus nos ensine cada vez mais a orar pelas necessi-
dades das pessoas que vivem em nosso redor, e não apenas pelos nossos próprios
problemas.

40 dias de oração pelo Brasil 5


Dia 5
APRENDENDO A ORAR
Roosevelt Arantes

“Estava Jesus em certo lugar orando e, quando acabou, disse-lhe um dos seus discípu-
los: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos” (Lucas
11.1). Não tenho dúvida de que sem oração a igreja não vive como igreja; sem oração o
discípulo não vive a vida cristã. Viver a vida cristã é ser discípulo, e ser discípulo é orar.
Comecei a ter consciência do meu aprendizado na oração aos doze anos de idade. De lá
para cá, a oração que mais tenho feito é a mesma que os discípulos fizeram: “Senhor, ensi-
na-me a orar”. Tenho muito o que aprender acerca da oração; imagino que você também.
Por isso, derrame-se aos pés do Senhor. Seja sincero. Peça que Ele o ensine a orar. Separe
um tempo, hoje, para se dedicar à oração. Vá a um lugar reservado, silencioso. Se desejar,
coloque uma música. Comece lendo trechos da Bíblia que falam sobre oração. Ore com a
ajuda de uma lista de pedidos em uma folha de caderno. Deixe um espaço para registrar
o dia da resposta a cada um deles.
Pense durante alguns instantes sobre a diferença entre “saber sobre a oração” e “ter
aprendido a orar”.

Hoje vamos colocar nossa própria vida diante do Senhor, a fim de que Ele nos
ensine a orar de modo que nos tornemos exemplo de oração para outras pessoas,
como Jesus foi.

6 Minha razão de viver


Dia 6
ORANDO EM TODO TEMPO
Walter Azevedo

Assim como em inúmeras igrejas, nossa igreja, em Sapiranga/RS, mantinha apenas


uma reunião de oração semanal, frequentada por dez por cento dos membros. Era preciso
reverter essa situação de qualquer maneira. “Viramos a chave” e quebramos o paradigma
de termos só um dia para culto de oração, implementando as seguintes ações:
1) Durante uma semana por mês, a sede da igreja fica aberta à noite para quem quiser e
puder ir orar. 2) No sábado subsequente realizamos uma vigília de oração. 3) Todo domin-
go, um líder devidamente treinado inicia o culto com uma leitura bíblica, seguida de um
momento de oração em que pedidos são feitos e a congregação se divide em pares de
oração. 4) Em todos os encontros de PGMs há um momento dedicado à oração, envolven-
do todas as pessoas presentes. 5) Cada membro da igreja recebeu o Cartão Alvo de Oração
para orar por um parente ou amigo não crente.
Hoje, posso afirmar que quase 100% dos nossos membros têm uma participação efe-
tiva no programa de oração da igreja.
Tire um tempo para refletir e anotar, em um papel, resposta à seguinte pergunta: que
ações (essas ou outras) você pode promover em sua igreja para envolver mais membros
com a oração?

Hoje vamos orar para que nossa igreja valorize ainda mais a oração, seja no
culto de oração semanal, seja por meio de outras ações que nos levarão mais à
presença de Deus para clamarmos, não apenas por nós, mas pelas vidas que vivem
à nossa volta e que precisam de Jesus.

40 dias de oração pelo Brasil 7


Dia 7
MULTIPLICANDO A ORAÇÃO
Roosevelt Arantes

“Todos estes perseveravam unânimes em oração” (Atos 1.14).


Temos que admitir que precisamos aprender a orar. A oração é mais do que expressar
palavras; é um encontro real com Jesus. Pense: quando foi a última vez que você orou e
teve a certeza de ter estado na presença de Jesus?
Ao longo da nossa vida, aprendemos a oração dos cultos: para iniciar a programação,
para agradecer o ofertório e para despedir os presentes. Às vezes, parece que ainda não
conhecemos a verdadeira dimensão desse importante elemento na vida da igreja.
Multiplicar a oração significa não só experimentar mais tempo com Jesus em oração,
mas também ensinar outras pessoas a orar. Somente por meio do discipulado podemos
ensinar aos discípulos como orar corretamente.

Separe um momento do dia de hoje para ficar em oração com Deus. Escolha
um lugar silencioso. Ouça uma música. Leia um texto da Bíblia e ore fundamenta-
do na Palavra de Deus. Convide um discípulo junto de quem você consiga investir
um tempo significativo em oração. Ore para que nada impeça que esse plano seja
colocado em prática nos próximos dias.

8 Minha razão de viver


Dia 8
ENSINANDO A IGREJA A ORAR
Renato Ouverney

Os apóstolos testemunharam o estilo de vida de Jesus. Poderiam ter pedido ao Mestre


que lhes ensinasse muitas coisas: curar enfermos, ressuscitar mortos, multiplicar pães e
peixes ou andar sobre as águas. Mas a Bíblia registra que eles fizeram o seguinte pedido:
“Senhor, ensina-nos a orar” (Lc 11.1).
A vida de oração de Jesus influenciou fortemente a de seus liderados. Em Atos, vemos
que os discípulos não apenas oravam, mas buscavam conscientizar e ensinar toda a igreja
a orar. Uma amostra disso é que, em Atos 6.4, os apóstolos deixaram bem claro para todos
que a prioridade é a oração: “Mas nós nos devotaremos à oração”.
Como líderes, devemos ser modelos de oração, não apenas no silêncio do nosso quarto,
mas também na valorização da oração em nossa agenda ministerial, de modo que toda a
igreja aprenda a fazer dela uma prioridade real.
Permita-me fazer esta pergunta direta, sem querer que ela tenha um tom acusativo:
como líderes, que impressão estamos passando para nossa igreja sobre o quanto valori-
zamos a oração em nosso estilo de vida?

Hoje tire um tempo para orar, mas não como um dia comum. Fuja das distrações
e gaste um tempo considerável na presença de Deus. Se não conseguir fazer isso
hoje, programe sua agenda para um dia de folga só para buscar a face de Deus.
Seja um exemplo de vida de oração para as pessoas à sua volta.

40 dias de oração pelo Brasil 9


Dia 9 ​ 
SENDO O EXEMPLO
Walter Azevedo

Os diversos compromissos na igreja e na denominação podem nos levar à sensação de


que estamos muito fortes a ponto de negligenciarmos a oração. Mas, como dizia o meu
saudoso pastor Jurandir, há quase 30 anos, quando entreguei minha vida a Jesus: “Nin-
guém é tão forte que não precise orar e nem tão fraco que não consiga orar”. Que verdade!
Um dia me flagrei perguntando a alguém sobre como estava sua vida de oração; naque-
le mesmo instante percebi que a minha não estava tão exemplar. Como eu podia esperar
que meus liderados orassem mais do que eu? Eu tinha que ser o exemplo! Então apren-
di que ninguém terá uma vida de oração maior que a do seu próprio líder. Hoje, graças a
Deus, posso estimular pessoas a terem uma vida de oração porque essa é uma realidade
em minha vida.
Estas são perguntas que faço para os pastores e líderes, independentemente de qual
seja seu ministério. Qual é a importância da vida de oração do líder no desenvolvimento
da vida de oração de seus liderados? Você tem sido um exemplo de vida de oração para
seus liderados? O que você pode fazer para melhorar essa importante área da sua vida?

Gostaria de sugerir que hoje você não orasse sozinho, mas convidasse alguém
na família, na igreja, no trabalho, onde você estiver, para orar com você em voz
alta, buscando a face do Senhor em quebrantamento e gratidão.

10 Minha razão de viver


Dia 10
ABRINDO PORTAS PARA O RELACIONAMENTO
DISCIPULADOR POR MEIO DA ORAÇÃO
Ronilce Ferreira

A oração é a propulsão para a jornada de multiplicação discipular à qual nos propomos.


Com ela, somos desafiados a vivenciar a fé que crê no impossível, no intangível, no sobre-
natural. É pela oração que somos abastecidos na força do poder do nosso Deus (Ef 6.10).
Também é por meio dela que podemos iniciar novos relacionamentos discipuladores.
Com grande frequência, em meu campo missionário, eu encontrava pessoas que me
procuravam para orar por algum motivo. Muitas delas não estavam interessadas em qual-
quer relacionamento com a igreja. Porém, a oração abria uma porta para que eu voltasse
a abordá-las para conversar sobre a resposta de Deus, momento em que eu iniciava um
relacionamento discipulador. Várias dessas pessoas foram alcançadas pelo evangelho, e
tudo começou pela oração.
Nesse seu tempo de vida, você já tirou um tempo para interceder por pessoas não
crentes ao seu redor, a fim de que Deus lhe conceda a oportunidade de construir relacio-
namentos intencionais com elas por meio da oração?

Hoje vamos orar por algumas pessoas específicas que Deus colocar em nosso
coração agora mesmo. Vamos clamar para que Deus nos ajude a iniciar com elas
um relacionamento discipulador.

40 dias de oração pelo Brasil 11


Dia 11
A ORAÇÃO ABRE BRECHAS PARA OS
RELACIONAMENTOS DISCIPULADORES
Roberto Carvalho
A oração tem o poder de abrir brechas de relacionamento com pessoas que “escolhe-
mos” com a intenção de levá-las a Jesus.
Quando entendemos que fazer discípulos é a razão maior de Jesus nos ter alcançado
com a mensagem de salvação, damos um importante passo como discípulos copartici-
pes na salvação de pessoas. O ponto de interrogação, nesse processo é: se sabemos que
a oração é a mais excelente das ferramentas para movermos o agir de Deus, é razoável
buscarmos pessoas para Cristo sem que antes oremos por elas? Não, não é! A oração é
essencial quando estabelecemos o alvo de alcançar pessoas para Cristo por meio de um
relacionamento intencional. Começamos a orar por essas pessoas antes de buscá-las e
nos regozijamos no Senhor com as brechas que são abertas para que as influenciemos no
mover do Espírito Santo.
Há cerca de 1 ano comecei a orar por um profissional da área de saúde que cuida de
minha família, cuja esposa é membro da igreja. Convidei-o para participar de um PGM que
lidero fora da minha casa. Ele me respondeu: "Pastor, no dia em que o senhor tiver um
PGM em sua casa, eu irei". Dito e feito. Sempre presente e participativo no PGM. Há alguns
meses, tive a oportunidade de exercitar compaixão e graça num momento de dor pela
morte de sua mãe. A partir daí, fez um acordo com a esposa de estar às quartas-feiras par-
ticipando do culto da igreja, além do PGM. Está chegando e cada vez mais perto de Cristo.
Relacionar-se com as pessoas de fora com a intenção de levá-las à salvação é exercício práti-
co da missão de todos os discípulos; orar pelos que buscamos é exercitar a confiança no poder
e no agir de Deus, e nos faz instrumentos frutíferos na seara. Vamos lá! Ore e busque pessoas
com a intenção de levá-las a Cristo. Movimente-se e experimente o mover e o agir de Deus!

Vamos orar agora mesmo para que experiências assim também aconteçam e
continuem acontecendo em nossa vida, e para que muitas vidas venham a Cristo
por nosso intermédio.

12 Minha razão de viver


Dia 12
JESUS, MODELO DE
RELACIONAMENTO DISCIPULADOR
Messias Barbosa
Jesus é nosso modelo de relacionamento discipulador. João 4.4 diz: “Era-lhe neces-
sário passar por Samaria”. Jesus passa por um caminho evitável, em direção a um lugar
indesejável, para encontrar uma pessoa improvável. Ali vemos o seu encontro intencional
com a mulher samaritana. Entendo que esse encontro foi intencional porque Ele toma
um caminho diferente daquele que normalmente seria feito, quando as pessoas queriam
evitar o estresse de um contato hostil.
Aprendo a cada dia com o Mestre. A prática do relacionamento discipulador muda nossa
maneira de ver as pessoas; ajuda-nos a olhá-las com outros olhos, como é o caso de líde-
res em potencial, outrora despercebidos por nós por causa de nossos critérios baseados
em performance.
Hoje, em minha igreja, não procuro mais líderes. Procuro pessoas. Não procuro mais
aqueles nos quais eu perceba alguma qualidade aproveitável, mas aqueles que clamam
por alguém que os ajude na caminhada. Não mais procuro apenas os que estejam onde
for confortável para mim, mas também aqueles que, para serem alcançados, forcem-me
a abrir o coração, a agenda e até a mudar minha rota. Só assim pude encontrar diversas
pessoas improváveis, as quais, ao meu ver, jamais seriam líderes de alto nível. Ao agir
assim, também ganhei grandes companheiros de caminhada. Finalmente, encontrei líde-
res multiplicadores onde antes parecia não haver ninguém. A vida discipular modelada
por Jesus é realmente uma grande bênção!
Reflita consigo mesmo: Onde estão as pessoas improváveis, hoje, em sua igreja e comunida-
de? De que forma você pode caminhar em direção a elas como Jesus fez com aquela mulher?

Vamos orar para que Deus nos dê visão espiritual para enxergar além do que
podemos ver fisicamente nas pessoas; para que vislumbremos o potencial de dis-
cipuladores e líderes para o avanço do reino de Deus em nossa região e no mundo.

40 dias de oração pelo Brasil 13


Dia 13
A UNIDADE NA IGREJA E A
MULTIPLICAÇÃO DE DISCÍPULOS
Renato Ouverney

A oração, a comunhão e o cuidado mútuo no Relacionamento Discipulador e no PGM


levam a igreja à unidade, e essa unidade tende a chamar a atenção dos de fora, gerando
um movimento de multiplicação de discípulos. Jesus orou “para que todos sejam um;
assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles estejam em nós, para que
o mundo creia que tu me enviaste” (João 17.21).
Segundo Atos 4.32, a igreja primitiva já era uma multidão: “A multidão dos que criam
estava unida de coração e de propósito”. Essa multidão, na verdade, possuía um coração
e um só propósito. Havia unidade, e por isso essa igreja cresceu tanto, caindo na simpatia
de todo o povo.
Quando somos um só coração, nossa oração é canalizada para o que é da vontade do
Pai e, então, Ele nos capacita para anunciarmos corajosamente a Salvação em Cristo Jesus
por meio de relacionamentos saudáveis. Uma igreja desunida causa tristeza e afastamen-
to dos de fora. Mas quando ela é um, torna-se uma poderosa arma nas mãos do Espírito
Santo para multiplicar discípulos para a glória de Deus.
Reflita um pouco sobre a sua igreja: quais os meios e as estratégias que ela tem em
mãos para comunicar ao mundo em redor que ela vive em unidade?

Vamos orar, agora, por nossa igreja, para que tenhamos um senso de unidade
tal, que o amor e cuidado uns pelos outros sirvam de testemunho aos de fora. Se
sua igreja vive constantes conflitos, ore para que Deus intervenha e quebrante os
corações, a fim de que a igreja esteja unida em um só propósito.

14 Minha razão de viver


Dia 14
HOJE, UM DIA CORRIDO
William Santos

Em um dia corrido, numa semana “daquelas”, recebo uma mensagem com um pedido
para que visitasse uma pessoa no hospital. No primeiro momento, pensei em outras pes-
soas que poderiam fazer aquela visita. Afinal de contas, eu nem conhecia bem a quem ia
visitar. Depois de refletir bastante, resolvi aceitar aquela missão. Após o trabalho, minha
esposa e eu nos arrumamos e seguimos para o hospital.
Fomos com a intenção de fazer uma visita rápida, e assim fizemos. Em poucos minu-
tos com aquele homem, tivemos a oportunidade de conhecer muitos detalhes de sua
vida e orar por ele. Passados alguns dias, com a melhora parcial do quadro e, agora em
casa, propus irmos visitá-lo novamente. Conversamos sobre a recuperação, sobre família,
oramos juntos mais uma vez e, entre um assunto e outro, ouvi daquele homem a seguinte
frase: “A visita de vocês no hospital foi muito importante. Muito obrigado!”. Agora, vamos
buscar aprofundar um relacionamento discipulador com a família.
Em muitos momentos, entendemos a importância e até oramos pedindo a Deus que nos
ajude a alcançar pessoas, porém somos engolidos pelos afazeres do trabalho e de casa.
Nosso planejamento é tão rigoroso que conta até os minutos. Quando surgem oportunida-
des como essa, fora dos planos, acabamos adiando ou direcionando para outra pessoa. Na
minha agenda, foram apenas vinte minutos, mas para aquela família foi um dia marcante.

Nessa última semana, você deixou passar alguma oportunidade de iniciar um


RD? Pare por alguns minutos e ore ao Senhor pedindo que abra os seus olhos e
ajude para que essas oportunidades não passem despercebidas.

40 dias de oração pelo Brasil 15


Dia 15
ISSO NÃO É DISCIPULADO!
Walter Azevedo

Em um de nossos treinamentos ouvi a seguinte pergunta - e isso não faz muito tempo:
“Quantas pessoas você discipulou ou está discipulando?”. Comecei a contar todos os que
eu havia preparado para o batismo. Antes que eu terminasse a minha contagem, o pales-
trante interrompeu dizendo: “Não vale contar as pessoas que fez as oito lições e você as
batizou. Isso não é discipulado”. Ao ouvir isso, como diz o gaúcho, “me caiu os butiá do
bolso”, ou seja, fiquei boquiaberto. Não esperava ouvir aquilo.
Naquele instante, dei-me conta de que, com quase trinta anos de vida cristã, não havia
feito um discípulo sequer. A partir daquele momento comecei a orar por discípulos de
verdade. Deus me mostrou que dentre as pessoas que Ele havia me dado para discipu-
lar estava a minha filha. Passei a desenvolver um Relacionamento Discipulador com ela
e, como resultado, ela tem conseguido fazer o mesmo com outros jovens da igreja. Hoje
posso dizer que tenho discípulos.
Reflita: O que eu preciso fazer para que o discipulado que pratico seja mais do que estu-
dos bíblicos e passe a ser de fato um relacionamento discipulador?

Hoje vamos orar para que Deus nos ajude a nos relacionar intencionalmente
com pessoas, para formarmos novos imitadores de Cristo por meio de nossas
palavras e exemplo.

16 Minha razão de viver


Dia 16
PARTILHANDO A PRÓPRIA VIDA
Fabrício Freitas

Em seu livro Integração Segundo o Novo Testamento, Waylon Moore nos dá preciosas
lições sobre como devem ser desenvolvidos os nossos RDs. Ele escreve, sobre o convívio
um a um com um discípulo: “Faça perguntas sobre seu conhecimento e experiências espi-
rituais. Seja, também, franco ao lhe transmitir suas experiências de oração e ao mencionar
suas dificuldades em sua vida nas quais Deus cumpriu suas promessas. Ajuste as tarefas
do seu progresso individual. Quando ele não executar as tarefas, descubra a razão disto,
não force a fazê-las, mas o incentive e oriente apenas. Talvez uma chamada telefônica no
meio da semana com uma palavra de incentivo. Tenha um caderno de notas onde registre
tudo a respeito de seu ‘adotado’: seu progresso, seus problemas, suas tarefas e as datas
das entrevistas a ter com ele” (p. 73).
De fato, o RD é uma caminhada em que verdade e vida devem ser transmitidas todo o
tempo; é muito mais que um encontro semanal; é uma vivência lado a lado! Nesta semana
seria muito bom pensarmos: quanto temos investido naquelas vidas que o Senhor nos tem
confiado? Estamos apenas tendo um encontro ou estamos partilhando vida? Pense nisso!

Neste dia, vamos orar pelas pessoas que discipulamos, mas, antes, vamos tele-
fonar-lhes para saber como podemos interceder pela vida delas de forma mais
específica.

40 dias de oração pelo Brasil 17


Dia 17
PASTOR: MODELO DE DISCÍPULO MULTIPLICADOR
Renato Ouverney

Neste tempo em que as referências são escassas, nós, pastores, precisamos ser modelo
de discípulos multiplicadores para nossas igrejas, modelo de caráter, de práticas e de obe-
diência à Palavra. O apóstolo Paulo disse: “E vos tornastes nossos imitadores e do Senhor”
(1Tessalonicenses 1.6). Nós somos o referencial, em uma igreja, depois de nosso Senhor e
Salvador, é claro. Modelamos no púlpito, no PGM, abrindo nossas casas, na escola bíblica,
enfim, no dia a dia da igreja.
O resultado disso aparece descrito no versículo seguinte: “Dessa forma, tende vos tor-
nado modelo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia” (v. 7). A partir de um pastor
modelo, surgiu, então, uma igreja modelo para outras. Essa igreja possuía características
que a faziam penetrar na comunidade descrente, mas sedenta de referenciais e modelos
de fé atuante, amor prestativo, com esperança bem firmada, conforme Paulo mencionara
no verso 3. Sejamos, meu amado pastor, modelos de discípulos multiplicadores!

Se você é pastor, tire um tempo para meditar sobre essa devocional e ore para
que Deus o ajude a ser esse modelo de que a igreja tanto precisa. Se você não é
um pastor, aplique os próximos minutos em intercessão pelo seu pastor, e se colo-
que à disposição dele para cooperar naquilo que você puder ser útil para que sua
igreja se torne um modelo para as demais igrejas da região.

18 Minha razão de viver


Dia 18
TRANSMISSÃO DE CONFIANÇA
Walter Azevedo

No cumprimento da Grande Comissão, a fim de alcançar os perdidos, precisamos nos


relacionar com as pessoas, do contrário, falharíamos em nossa missão. Sei que pode pare-
cer óbvio, mas dentro de um processo de Relacionamento Discipulador é preciso transmitir
confiança a quem se pretende alcançar e discipular. Vivemos um tempo em que as pessoas
não acreditam mais em quase nada, para não dizer nada.
Essas pessoas entram em nossas igrejas e, mesmo entregando a vida a Cristo, carregam
consigo uma sensação de incapacidade e fracasso. Durante o relacionamento discipulador,
pode-se identificar os pontos fracos de uma pessoa. Por outro lado, também é possível
identificar os pontos fortes dela. Na maioria das vezes, a própria pessoa não sabia que era
capaz de fazer alguma coisa que, depois, ela fica feliz e surpresa em conseguir.
Ao discernirmos esses pontos (fracos e fortes) cabe-nos a tarefa de incentivar nosso
discipulando à realização do que lhe foi proposto. Mesmo diante da possibilidade de
desistência da parte dele, devemos sempre transmitir confiança – “No poder do Espírito,
você é capaz”.
Uma pergunta para nossa reflexão: temos sido discipuladores que encorajam os dis-
cípulos em suas falhas, ou temos sido tão críticos e pessimistas, com relação aos outros,
que poucas pessoas – ou até mesmo ninguém – desejam caminhar sob a nossa mentoria?

Hoje vamos orar para que Deus nos dê paciência e sabedoria para investir na
vida de pessoas e acreditar em seu potencial, sabendo que o Espírito Santo cos-
tuma usar pessoas improváveis como instrumento para a realização de feitos
extraordinários.

40 dias de oração pelo Brasil 19


Dia 19  
RELACIONAMENTO DISCIPULADOR
A COMEÇAR EM MIM
Roosevelt Arantes

Multiplicar discípulos é uma questão de sermos discípulos. O discípulo de Cristo natu-


ralmente produz discípulos, pois uma característica sua é estar ligado a Jesus, que disse:
“Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto;
porque sem mim nada podeis fazer” (João 15.5). Permanecer em Jesus é ter intimidade
com Ele.  
Por termos intimidade com Jesus, o fruto brota. Esse fruto pode ser uma pessoa que
conduzimos até um encontro com Jesus e com cujo amadurecimento espiritual nos com-
prometemos. É muito mais do que uma pessoa que levamos ao culto e que levanta a mão
na hora do apelo. É um verdadeiro fazer discípulos, que envolve toda uma vida de teste-
munho e relacionamento discipulador.
Sonhamos em ver as cidades brasileiras rendidas aos pés do Senhor, e isso vai aconte-
cer se, como Igreja do Senhor, dispormo-nos a ficar com Jesus e ser por Ele enviado para
conquistar novas pessoas para Ele.
Queremos sugerir uma aplicação: procure alguém que passe a ser seu amigo de jugo.
Dê a ele o direito de orar por você, de conhecê-lo mais, de falar sobre seus erros e ajudá-
-lo a permanecer de pé.

Hoje vamos orar para que Deus nos ajude a encontrar alguém que sirva para
a edificação da nossa vida em uma caminhada discipuladora e que nós mesmos
frutifiquemos na vida de outra pessoa por meio do discipulado. Se você já disci-
pula e é discipulado, aproveite para orar por aqueles que já são bênção em sua
vida discipular.

20 Minha razão de viver


Dia 20
INTENCIONALIDADE E PERSEVERANÇA
NO DISCIPULADO
Milton Monte

A intencionalidade é um dos valores que mais mexem comigo na visão bíblica de Igreja
Multiplicadora. É muito prazeroso fazer discípulos com pessoas agradáveis, que assimi-
lam conceitos imediatamente e que nos acompanham nos nossos sonhos e paixão. Melhor
ainda se essas pessoas não precisam que ensinemos tudo, mas já tenham um bom conhe-
cimento e experiência. E se não tiverem vícios comportamentais, então, é o céu na terra.
Mas, quando isso não acontece, quando a companhia do discípulo precisa ser suportada,
o ensino repetido várias vezes e existem conflitos de ideias e aspectos do comportamento
a serem tratados, então o discipulado é cansativo e pode ser frustrante.
Intencionalidade significa insistir no RD mesmo quando não há condições ideais. Esse
tem sido um desafio para mim, mas sei que posso contar com a presença do Senhor “todos
os dias até a consumação dos séculos”, Ele, que fez discípulos, intencionalmente, como
Pedro (limitado e covarde) e João (iracundo).
Para sua reflexão em oração: Como podemos encontrar encorajamento para persistir
no RD, mesmo quando parece não haver progresso?

Oremos hoje para que Deus nos conceda perseverança no Relacionamento Dis-
cipulador, especialmente quando o discípulo demonstrar fraqueza e inconstância.
Oremos, também, pelos discípulos que estão nessas condições, para que Deus os
anime e renove sua visão e forças para avançar.

40 dias de oração pelo Brasil 21


Dia 21
RELACIONAMENTO: A BASE PARA
A EXORTAÇÃO EM AMOR
Samuel Moutta

Quando lemos a história do grande rei Davi, vemos que ele tinha sempre Natã, ao seu
lado, como um mentor; alguém com quem compartilhava, um a um, os anseios, medos,
sonhos e visões. Esse relacionamento deu a Natã a oportunidade de exortar o rei Davi com
ousadia – “Esse homem és tu!” (2Samuel 12.7). O profeta estava tão próximo de Davi que
conseguiu perceber o momento certo, a maneira certa, as palavras certas, a ilustração
certa para chamar o amigo de volta à santidade.
Ao chamar a atenção do Rei, Natã correu o risco de ser até condenado à morte. Mas ele
não temeu, e o resultado foi arrependimento sincero e mudança de rumo na história de
uma nação.
Quando desenvolvemos relacionamentos discipuladores temos a liberdade de exortar
em amor ou, ainda, a bênção de sermos confrontados em amor, resultando em mudança
de vida para glória de Deus.
Para nossa meditação nos próximos minutos: o que podemos fazer, como discipulado-
res, para que a exortação produza arrependimento e não afastamento?

Hoje vamos orar para que tenhamos, com as pessoas que discipulamos, o mesmo
grau de amizade que Natã teve com Davi, a ponto de, com a coragem firmada no
amor, confrontarmos o pecado, se necessário. Oremos, também, para que nosso
coração seja sensível à admoestação, caso nós precisemos de confrontação.

22 Minha razão de viver


Dia 22
PATERNIDADE ESPIRITUAL
Marcelo Farias

“Timóteo, verdadeiro filho na fé, graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e de
Cristo Jesus, nosso Senhor”. (1Timóteo 1.2).
Em sua segunda viagem missionária, Paulo “adota” espiritualmente o jovem Timóteo
(Atos 16.1). Eles estabelecem uma parceria: de um lado um que quer aprender, de outro um
que se dispõe a ensinar. Isso é o que chamamos de Relacionamento Discipulador. Nesse
relacionamento de longo prazo, houve um grande investimento de tempo para ensinar
fazendo e vivendo (1Coríntios 11.1), mas que deu resultado.
Da mesma forma, somos chamados para ser “pais” espirituais, para cuidar de alguém,
equipá-lo e torná-lo um discípulo multiplicador. Fazer de alguém um “verdadeiro filho na
fé”, como Paulo fez com Timóteo, exige uma dedicação intensa de tempo, em um relacio-
namento discipulador. Essa será uma grande jornada, mas que certamente terá um final
muito produtivo para o reino e a glória de Deus.
Para nossa reflexão: em que consistia essa “paternidade” espiritual de Paulo para com
Timóteo, e que ações do apóstolo podem ser copiadas, ainda hoje, para que também nós
tenhamos nossos “verdadeiros filhos na fé”?

Vamos orar agora para que Deus nos conceda a graça de termos filhos e netos
espirituais, que multipliquem o discipulado com outras pessoas e alcancem muitas
vidas com o Evangelho. Se você já discipula alguém, aproveite para interceder
pelos discípulos dele e pelos discípulos de seus discípulos, nas futuras gerações.

40 dias de oração pelo Brasil 23


Dia 23
MULTIPLICANDO A NOSSA
PERSISTÊNCIA EM UM RD
Renato Florencio

Depois de ressuscitar, Jesus teve um reencontro com o seu discípulo Pedro, dando-lhe
uma nova oportunidade, restaurando e reforçando o seu chamado. Essa passagem, que
está em João 21.15-17, apresenta-nos Jesus como exemplo de persistência em um rela-
cionamento discipulador.
O RD é uma questão de “paternidade”. Como pais espirituais, nós vibramos quando um
discípulo tem êxito no que faz. Porém, também tem a hora de “trocar as fraldas”. Não gos-
tamos muito dessa parte, mas ela é necessária. O ato de corrigir, exortar e chorar com um
discípulo também faz parte do RD. Jesus fez a mesma pergunta três vezes: “Pedro, você
me ama?”. A Bíblia diz que o discípulo ficou triste, sentido. Isso também faz parte do RD.
Com Jesus, aprendemos a dar uma nova chance, a crer na transformação do discípu-
lo, a promover o discípulo e lhe confiar tarefas ainda maiores. Graças a essa persistência
de Jesus podemos enxergar um novo Pedro, no início de Atos, cuidando das ovelhas de
Jesus e defendendo-as.
Permita-me perguntar: Você está disposto a continuar amando e cuidando de alguém
em quem investiu e que depois o decepcionou ou traiu?

Hoje vamos orar para que Deus nos dê um coração amoroso como o de Jesus,
sempre disposto a dar uma segunda chance às pessoas. Vamos orar também por
aqueles discípulos vacilantes, a fim de que vençam a inconstância e frutifiquem
para a glória de Deus.

24 Minha razão de viver


Dia 24
MULTIPLICANDO RELACIONAMENTOS
DISCIPULADORES
Roosevelt Arantes

“E a palavra de Deus crescia e se multiplicava” (Atos 12.24). A Palavra de Deus cresce


e se multiplica quando os discípulos de Jesus são usados pelo Espírito Santo de Deus. A
evangelização discipuladora acontece quando cada discípulo de Jesus assume o seu com-
promisso com a evangelização e com o cuidado com outras pessoas.
Fazer discípulos não é um pedido; é uma ordem de Jesus. Se desejamos ser servos
obedientes, precisamos aprender a ser discípulos de Cristo para discipularmos outros.
Coloque-se à disposição de Deus para ser cuidado por meio do discipulado e para investir
sua vida discipulando pessoas. Comprometa-se em conduzir pessoas a Jesus Cristo por
meio do RD. Comece levando uma nova pessoa ao seu PGM. Peça a Deus que dê a você
um coração moldável. Peça ao Senhor que o use para fazer novos discípulos.
Algumas perguntas para reflexão: Como pastores e líderes, o que podemos fazer para
engajar mais membros de nossas igrejas na evangelização discipuladora? O que falta para
você e sua família se engajarem de forma definitiva na missão de multiplicar discípulos?
Como seria sua igreja se cada membro se tornasse um discípulo multiplicador?

Hoje nosso pedido de oração é que Deus nos ajude a ser uma igreja multipli-
cadora, composta de discípulos que se multipliquem em nossa cidade, no país e
no mundo, a começar de cada um de nós.

40 dias de oração pelo Brasil 25


Dia 25
ACREDITAR NO POTENCIAL DO OUTRO
Walter Azevedo

Como missionário plantador, tenho tido oportunidades de me relacionar tanto com


irmãos já experientes na fé quanto com iniciantes, verdadeiros “bebês espirituais”. Não
são poucas as boas experiências que tenho tido com esses dois grupos, em especial com
os novos na fé.
Muitos deles jamais se imaginaram à frente da igreja ou na liderança de alguma orga-
nização ou PGM. É aí que entra o papel do líder multiplicador. Quando identificamos um
líder em potencial, mas que não acredita que é capaz, cabe a nós, líderes, passarmos cre-
dibilidade e levá-lo a acreditar que, capacitado por Deus, ele tem todas as condições de
liderar. Tenho tomado as seguintes iniciativas em casos como esse:
1) Teço elogios constantes e falo palavras de encorajamento;
2) Apresento desafios mensuráveis, para que o novo líder não se frustre e “trave” de
modo a impedir o seu progresso;
3) Acompanho esse líder em formação até que ele possa caminhar “com as suas pró-
prias pernas”.
Vamos parar um pouco e refletir: até que ponto nosso perfeccionismo tem impedido ou
dificultado que outros líderes sejam formados a partir de nós? Temos sido líderes multipli-
cadores, que encorajam outros líderes e cuidam deles até que possam caminhar sozinhos?

Hoje vamos orar por todos os membros de igreja que são líderes em potencial,
mas que ainda não descobriram isso. Que eles sejam despertados e capacitados
pelo Espírito de Deus para influenciarem muitos outros com vista a uma extraor-
dinária multiplicação de discípulos.

28 Minha razão de viver


Dia 26
RELACIONAMENTO DISCIPULADOR
COM CRIANÇAS
Jaqueline DA HORA SANTOS

Muitos cristãos ignoram o fato de que as crianças também precisam de um relaciona-


mento pessoal com Jesus. Promovem atividades repletas de atrações recreativas, mas
vazias da Palavra de Deus. Usam as histórias bíblicas como informação e não como cami-
nho para a transformação. Além disso, muitas dessas atividades têm como objetivo atrair
as crianças à igreja apenas para que, depois, tenha-se melhor acesso aos pais.
Precisamos priorizar o discipulado da criança porque ela também é uma pessoa que
precisa de salvação. Desenvolver um RD com uma criança é caminhar com ela, é ser exem-
plo que a inspire a querer seguir. Crianças aprendem com modelos, não com atividades.
Quando um RD frutifica na transformação de uma criança, ela terá todos os seus dias
para viver com o Senhor e servi-lo. Desse modo, ela poderá gerar novos discípulos, inclu-
sive seus pais. Mas a prioridade precisa estar na ordem certa. Devemos manter um RD com
a criança com a intencionalidade de levá-la a Jesus; ao segui-lo, ela poderá se multiplicar
em outras pessoas.
Neste dia, paremos para meditar: que ações podemos desenvolver na igreja para expan-
dir nossa visão discipular também para as crianças?

Agora, vamos colocar esses planos nas mãos de Deus. Peçamos que Ele nos
capacite a ser igrejas discipuladoras para as crianças da cidade. Oremos também
pelas crianças, a fim de que sejam alcançadas pela graça de Deus e sejam feitas
discípulas de Jesus.

40 dias de oração pelo Brasil 29


Dia 27
O PODER DA SEGUNDA CHANCE
Samuel Moutta

“Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galileia”
(Mc 16.7).
Quando Jesus ressuscitou e as mulheres foram até o sepulcro, o anjo lhes pediu que
dessem um recado aos discípulos, especialmente a Pedro. Por quê? Pedro, que havia negado
Jesus três dias antes, provavelmente estaria envergonhado, triste, decepcionado consigo
mesmo. É certo que ele temia o encontro com Jesus. Mas o Mestre o amava. Ele investia
tempo e vida em cada um de seus discípulos. Estava ansioso por restaurar o ânimo e a fé
do impetuoso líder em formação, por isso insistiu: “dizei a... Pedro”.
O desenrolar da história nós conhecemos: à beira do Mar da Galileia o Senhor traba-
lha a pessoa de Pedro em uma conversa pessoal e particular, fazendo perguntas cruciais
e levando-o a uma reflexão que o mudaria definitivamente. É muito importante saber
que, ao discipular pessoas, sofreremos decepções. Mas devemos estar prontos a buscá-las,
amá-las, investir nelas novamente, confiar, apoiar, encorajar, direcionar; enfim, dar-lhes
uma segunda chance! O resultado valerá a pena!
Tire alguns momentos para meditar nos benefícios para a igreja e para o Reino, quando
estamos prontos a dar uma nova chance aos discípulos que vacilam.

Quero sugerir que você tire o restante do dia de hoje para não apenas orar por
discípulos inconstantes, mas também enviar-lhes uma mensagem de encoraja-
mento e – quem sabe? – promover um encontro, nesta semana, para conversarem
e renovarem o compromisso, um com o outro, de multiplicação.

30 Minha razão de viver


Dia 28
UMA NOVA CONDUTA DO POVO DE DEUS
Marília Manhães

“Não amaldiçoe um surdo ...Tenha respeito para comigo, o seu Deus. Eu sou o Senhor”
(Levítico 19.14).
No Brasil, são 9,7 milhões de surdos lutando por sua cidadania e buscando se fortalecer
como um povo cultural e linguístico. Quantos ainda vivem sem perceber a existência deles?
Os dados do censo IBGE 2010 mostram, no Norte, a existência de mais de 700 mil surdos;
no Nordeste, mais de 3 milhões; pouco menos de um milhão e meio, no Sul; 3 milhões e
oitocentos, no Sudeste e cerca de 600 mil no Centro-Oeste. Neste exato momento, a grande
maioria deles continua exposta a toda espécie de artimanha diabólica.
Desde o início da Bíblia, Deus ordena ao Seu povo que tenha uma boa conduta para
com o surdo (Lv 19.14). Podemos começar com oração. Coloquemos diante do altar as
realidades que as comunidades surdas têm enfrentado: desvios sexuais, drogas, abusos
sexuais, conflitos familiares, tudo isso sem que possam gritar, pois não têm “voz” para
que os ouçam. Esse clamor do silêncio tem ecoado com o desejo de entenderem a Pala-
vra de Deus, mas são impedidos pela falta de quem os ensine. Vamos interceder em favor
dos surdos brasileiros.
Reflita consigo mesmo e, depois, reparta essa questão com toda a sua igreja: além de
orar, o que mais podemos fazer para alcançar os surdos da nossa cidade e do nosso país?

Vamos hoje orar pelos surdos de nossa cidade, para que Deus nos dê a opor-
tunidade de fazer amizades intencionais com surdos a fim de alcançá-los com o
evangelho.

40 dias de oração pelo Brasil 31


Dia 29
ORAÇÃO: O RD DE DEUS CONOSCO
Jefferson Dantas

Oração é mais que uma coletânea de pedidos e agradecimentos. É uma ação de rasgar
a alma e tocar os céus, é vida com Deus, é abrir o coração e falar de tudo. Por isso digo
que Oração é um RD de Deus conosco. A oração produz uma jornada com o Senhor, e isso
gera, na questão relacional, uma vivência que nos prepara para tudo, inclusive para nossa
vivência com os discípulos.
Quando estamos diante do trono de Deus, vivenciamos um convite dado por ele para
uma conversa, um relacionamento que requer tempo para haver intimidade. Quando essa
conversa se reduz a uma prática religiosa e a uma dispersa e rápida gratidão pelo alimen-
to, não teremos uma vida de oração imitável. Deus quer mais! Devemos querer mais, pois
nosso relacionamento com o Senhor só será profundo quando nos deleitarmos, aprofun-
darmos e buscarmos uma intimidade tão intensa que teremos pleno prazer em estar em
sua presença.
A oração que gera uma vida mais perto de Deus e que inspira os discípulos a quem
influenciamos é a oração de qualidade e intimidade. Essa oração acontece quando dese-
jamos estar mais próximos de Deus, silenciosamente, apenas por ser prazeroso e único.
Vamos tentar fazer isso hoje?

Pare um tempo e ore para que sua vida de oração seja um exemplo para seus
RDs, que eles vejam em você uma vida de oração com profundidade e um rela-
cionamento discipulador íntimo com Deus a ponto de quererem o mesmo para a
vida deles também.

32 Minha razão de viver


Dia 30
QUANDO SÓ O QUE NOS RESTA É ORAR
Diogo Carvalho

C. está no meu Cartão Alvo de Oração há oito meses. Já lhe fiz uma dezena de convi-
tes para o encontro do PGM e até para vir à minha casa para um jantar com as famílias.
Mas até agora tudo que ouvi de C. foram alguns “obrigado pelo convite” e outros “vamos
deixar para outra hora”. Para não ser invasivo demais, nos últimos quatro meses convi-
dei C. apenas uma vez a cada trinta dias; quase sempre não obtive resposta. Por último,
C. me respondeu agradecendo pela lembrança e se desculpando por causa da sua rotina
muito corrida.
A resposta sempre negativa traz um abatimento inevitável. A reação quase que imedia-
ta é de querermos tomar uma das duas atitudes: desistir daquela pessoa ou intensificar
os contatos, tornando-nos inconvenientes demais. Nesses momentos, lembro-me de que
os Senhor é quem acrescenta, à igreja, aqueles que se hão de salvar (Atos 2.47). Respiro
fundo, arrependo-me de ter confiado em meus próprios esforços e prossigo em oração por
C., confiando que no tempo certo o Espírito Santo tocará em seu coração e fará acontecer
a oportunidade de que ela precisa, seja por meu intermédio ou de outra pessoa.
Hoje, pare um instante e medite: Como podemos saber se estamos ou não confiando mais
em nossas estratégias do que no agir de Deus para o acréscimo de vidas para o seu reino?

Vamos orar por aquelas pessoas difíceis de serem alcançadas, a fim de que
o Espírito Santo trabalhe no coração delas e prepare o solo para a semente do
evangelho.

40 dias de oração pelo Brasil 33


Dia 31
A IMPORTÂNCIA DE USARMOS AS
CASAS PARA A ORAÇÃO
Fabrício Freitas

“E, unidos, todos se dedicavam à oração, juntamente com as mulheres, com Maria, mãe
de Jesus, e com os irmãos dele.” (Atos 1.14)
A primeira ação da igreja após ascensão de Jesus foi retornar a Jerusalém para esperar
o revestimento de poder que Jesus prometera. Tudo começou de uma forma bem sim-
ples: uma reunião de oração na parte superior de uma casa. Se desejamos ver um grande
movimento de multiplicação, devemos seguir o exemplo desses discípulos. Necessitamos
de um lugar de oração onde possamos ser cheios do poder de Deus.
Esse lugar não precisa ser necessariamente em uma casa. Mas, seja como for, deve ser
um lugar do nosso dia a dia, um lugar de convivência. Os primeiros discípulos começaram
a orar em uma casa, pois, naquela cultura, a casa era o lugar do relacionamento, do conví-
vio, da intimidade. Seria diferente, hoje? Penso que não. Também para nós, a casa ainda
é o ambiente para sentarmos de frente para as pessoas, conversar, interagir, sermos parte
da vida uns dos outros. Portanto, precisamos redescobrir as casas como espaço para nos
dedicarmos unidos à oração em busca do poder de Deus para a multiplicação de discípulos.
Você já parou para pensar nas vantagens que há, para a multiplicação de discípulos, na
estratégia de pequenos grupos que oram nas casas?

Hoje vamos orar para que a casa dos membros da nossa igreja se transformem
em pontos estratégicos de oração na cidade. Se não é o seu caso, que hoje seja o
dia de você decidir fazer do seu lar esse lugar de oração.

34 Minha razão de viver


Dia 32
IMPACTADO PELA SIMPLICIDADE DO EVANGELHO
Juarez Solino

De certa forma somos tentados, pela modernidade e pela vida urbana, a enxergar a vida
mais complicada do que ela realmente é. Nossa vida na igreja, muitas das vezes também
é tomada por esse desejo.
Um sintoma muito claro disso é quando começamos a criar e cuidar das estruturas, em
detrimento das pessoas. Em um primeiro momento, é muito bom vermos grandes estrutu-
ras funcionando, grandes prédios, muitos ministérios, uma boa administração com níveis
hierárquicos e muito trabalho sendo feito para manter tudo isso.
“Tenho tantos PGMs em minha igreja”, diz o líder com satisfação. Isso pode ser muito
bom, desde que não percamos de vista que a proposta simples do Senhor Jesus era a de
fazer discípulos. Se temos uma grande estrutura, inúmeros PGMs e não entendemos que
o mais importante é fazer discípulos de Jesus, estamos diante de um problema. O cerne
da proposta de Igreja Multiplicadora não são os PGMs, apesar de sua grande importância,
mas os relacionamentos discipuladores, os relacionamentos que frutifiquem em discípu-
los para o Senhor Jesus. É assim que está lá na Grande Comissão.
Quero desafiar você a, sempre que pensar em uma nova estrutura, fazer a si mesmo esta
pergunta: isso vai mesmo ajudar a manter o foco nos relacionamentos discipuladores?

É simples assim. Foi para fazer discípulos e não estruturas que fomos chama-
dos. Por isso, pare um tempo para orar por pessoas. Clame a Deus pela salvação
e amadurecimento espiritual de todas as pessoas que Deus trouxer à sua mente
nos próximos minutos.

40 dias de oração pelo Brasil 35


Dia 33
IMPORTUNAÇÃO OU VÃS REPETIÇÕES?
Renato Florencio

Certa vez eu instruí uma pessoa a orar mais sobre determinado assunto e a resposta
que obtive foi: “Deus sabe de tudo o que preciso. Não posso usar de vãs repetições”. Essa
pessoa estava confundindo repetições vazias com persistência.
Jesus diz, em Mateus 6.7-8: “E, orando, não useis de vãs repetições (...); porque vosso
Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes”. Porém, em Lucas 18.1-8, Jesus
nos ensina a termos persistência, perseverança, constância e, dentre tantas palavras que
poderíamos dizer aqui, quero destacar a palavra “importunação”!
O texto de Lucas 18 relata a parábola de “um juiz que não temia a Deus nem respeitava os
homens”. O texto continua: “E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamen-
te a ele [o juiz injusto]”, suplicando-lhe: “Faze-me justiça contra o meu adversário”. O juiz
decide o seguinte: “Embora eu não tema a Deus e nem me importe com os homens, esta
viúva está me aborrecendo; vou fazer-lhe justiça para que ela não venha me importunar”.
Passe um tempo refletindo nessas passagens e medite sobre a diferença entre repe-
tições vazias e perseverança na oração. Depois, compartilhe suas conclusões com mais
alguém, orando para que essa pessoa seja edificada por seu intermédio.

Hoje vamos orar mais uma vez pelas pessoas que queremos alcançar. Relem-
bre pessoas resistentes ao evangelho e reaqueça seu fervor em interceder por
elas, especialmente aquelas por quem você desanimou de orar por não enxergar
nenhum avanço. Deus é fiel!

36 Minha razão de viver


Dia 34
ELES HAVIAM ESTADO COM JESUS
Fabrício Freitas

“Observando a coragem de Pedro e de João, e percebendo que eram homens simples e


sem erudição, eles se admiravam; e reconheceram que eles haviam convivido com Jesus.”
Atos 4.13
O capitulo 4 de Atos nos fala que Pedro e João estavam em Jerusalém diante das autori-
dades dos judeus, dos líderes do povo e dos mestres da lei (v.5), sendo questionados pela
cura do coxo na porta de templo. “Em que poder ou em nome de quem fizeram aquilo?”
era a grande pergunta. Então, em seu discurso de defesa, os apóstolos apresentaram Jesus
Cristo de maneira extraordinária. Os membros do conselho ficaram tão admirados em ver
homens simples e sem instrução falando com tanta convicção e autoridade, que afirma-
ram: “Eles realmente estiveram com Jesus”.
Existe uma enorme diferença entre um homem e uma mulher que têm estado com o
Mestre e outras pessoas que não estiveram com Ele. Pedro e João tinham uma mensagem
tão viva que mesmo os de fora notaram algo diferente neles, ou seja, um relacionamento
com Cristo.
Quando nos aproximamos diariamente diante de Deus, algo extraordinário acontece:
muitos que estão ao nosso redor passam a enxergar Cristo em nós e são impactados com
o nosso testemunho. Será que as pessoas conseguem perceber que temos andado com
Jesus? Pare um pouco e reflita sobre essa questão de forma bem pessoal, sem desculpas
nem acusações.

Vamos orar hoje para que tenhamos uma relação tão íntima com Jesus que as
pessoas à nossa volta consigam perceber isso e nos deem a oportunidade de tes-
temunhar daquilo que Ele tem feito em nossa vida.

40 dias de oração pelo Brasil 37


Dia 35
POR AMOR DAS PESSOAS QUE INFLUENCIAMOS
Diogo Carvalho

“...Por causa do amor de teu Deus para com Israel e do seu desejo de preservá-lo para
sempre, ele te fez rei, para manter a justiça e a retidão” (2Cr 9.8).
Quando Deus nos põe numa posição de influência, Ele não o faz por nossa causa, mas
por causa das pessoas que lideramos.
Nosso coração não se cansa de tentar nos enganar. Geralmente, quando estamos lide-
rando, seja em um relacionamento discipulador, seja gerenciando uma equipe, conduzindo
um PGM ou até pastoreando uma igreja, somos tentados a achar que nos tornamos líderes
por causa do nosso valor e méritos. “Deus finalmente reconheceu o meu valor”, parece
ser o suspiro de nosso ego.
No entanto, quando a Rainha de Sabá foi elogiar a glória de Salomão, ela conseguiu
enxergar, em tudo aquilo, muito além da bênção de Deus ao próprio rei; ela reconheceu
o cuidado do Senhor para com seu povo. Percebeu que um líder que governa com justiça
e retidão é prova da graça de Deus aos que são liderados por ele. Como líderes e discipu-
ladores, somos instrumentos de Deus para abençoar as pessoas.
Você consegue perceber que, se hoje você é líder, foi por amor às pessoas que você
lidera, e não a você, que o Senhor o colocou nessa posição? Há algo que precise mudar
no seu estilo de liderança a partir de agora?

Vamos orar para que Deus nos ajude a ser líderes servidores.

38 Minha razão de viver


Dia 36
VIDA NA VIDA; UM DISCÍPULO AO LADO
Marcos Petrucci

“Barnabé tomou Paulo consigo.” (At 9.27)


Todos somos chamados a fazer discípulos! Afinal de contas, esse é o grande comissio-
namento dado por Jesus: “Ide e fazei discípulos” (Mt 28.19a). A Bíblia diz, em Atos 9.27,
que “Barnabé tomou Paulo consigo” e muito o ajudou, levando-o aos apóstolos. Barnabé
foi aquele companheiro que ajudou Paulo em seus primeiros passos, introduzindo-o ao
apostolado. É essa a atitude de discípulo que Deus espera de você! Quando o assunto é
cuidar de outra vida, tomar uma pessoa como um alvo de oração, um cuidado incondicio-
nal, um alvo de vida, é o que fará a diferença na transformação dos discípulos de Jesus.
Por isso, gosto de pensar no tema “vida na vida” como uma expressão que demons-
tra profundamente o que Deus quer que façamos como discipuladores e cuidadores de
outras vidas.
Sempre gosto de fazer o trocadilho: “discipulado = discípulo ao lado”. Nada mais é do
que estar intimamente ligado a essa pessoa por meio de uma relação próxima e intencional.
Manter essa relação é viver incondicionalmente para o outro. Você se lembra de um
momento em sua vida em que você tenha investido tudo o que tem no cuidado de outra
vida?
Hoje é um belo dia para você se aproximar de pessoas, intencionalmente, com o desejo
de destilar em seus corações os valores do Reino de Deus. Compartilhe sua vida, suas expe-
riências, verdades bíblicas, coma com essa pessoa, converse e se deixe imitar.

Faça uma lista de pessoas que você deseja alcançar para Jesus! Então ore
entregando-os integralmente a Deus, pedindo-lhe oportunidades para expressar
Jesus para elas.

40 dias de oração pelo Brasil 39


Dia 37
RELACIONAMENTO DISCIPULADOR
COMEÇA COM ABBA PAI
Matheus Guerra

“Vocês, orem assim: Pai nosso, que estás nos céus!” (Mateus 6.9)
Com a agenda sempre cheia de tantos compromissos, nossa prática de oração que
manifeste graça e amor tem dado lugar a orações automáticas e protocolares. Porém, no
relacionamento com Deus expresso na vida de Jesus aprendemos o sentido da verdadei-
ra oração, que parte da identificação com Deus em uma realidade paternal, em sentido
pleno, concreto, relacional e afetuoso, não apenas abstrato ou metafórico. Experimentar
Deus na oração, identifica-lo como nosso Pai, nosso “Paizinho querido”, fortalece nossa
condição humana, já que somos criaturas dele.
Creio que somente a partir dessa consciência construiremos relacionamentos disci-
puladores saudáveis, nos quais e através dos quais se manifestará a graça divina. Essa é
razão por que a prática da oração deve ser incorporada à vida, tornando-se algo absolu-
tamente natural: mais do que momentos de oração, necessitamos de uma vida de oração.
Apenas desse modo transmitiremos verdade e vida àqueles que se relacionam conosco.
Quando oramos, contemplamos o agir maravilhoso de Deus! Que nosso Abba Pai nos
abençoe, e que por meio de nossos relacionamentos vidas sejam impactadas, alcançadas
e discipuladas através da nossa vida de oração: essa é a vontade de Deus!
Reflita um pouco: sua vida de oração tem sido burocrática e superficial? De que forma
uma vida poderosa de oração poderia influenciar as pessoas a seu redor?

Neste dia, vamos orar meditando em Deus como nosso Pai, pedindo-lhe que
nos ajude a compreender no fundo da alma o que significa ser amado e cuidado
por Ele.

40 Minha razão de viver


Dia 38
O VALOR DE UMA ALMA
Diogo Carvalho

“Qual de vocês que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma, não deixa as noventa e
nove no campo e vai atrás da ovelha perdida, até encontrá-la?” (Lucas 15.4)
Jesus quebra um grande paradigma, ao permitir que publicanos e pecadores se aproxi-
massem dele. Os religiosos estavam prontos para criticá-lo por essa atitude. Como crentes
em Cristo, precisamos ficar atentos para não cometer o mesmo erro dos religiosos e evitar
que outros cheguem perto dele, e até criticar quem assim o faz. Isso não é difícil de ocorrer,
já que os próprios discípulos caíram nessa armadilha com as crianças, em Mateus 19.14,
impedindo que elas se aproximassem de Jesus.
Estamos diante de um número crescente de ovelhas perdidas. Precisamos olhar para
dentro e para fora da igreja. Para dentro, porque que os membros de nossas igrejas
também precisam de cuidado para não se tornarem ovelhas perdidas. Para fora, para a
grande multidão de pessoas que já ouviram o evangelho e deixaram a caminhada, e outra
muito maior daqueles que ainda não tomaram uma decisão ao lado de Jesus. O fato é que
precisamos ir ao encontro delas, de dentro e de fora, até encontrá-las. Pode ser que você
sofra algumas críticas, mas o resultado do nosso cuidado com outros é o melhor que pode
acontecer em nossa vida.
Pare e pense: Você consegue lembrar de alguém, agora mesmo, que se encontra perdi-
do, dentro e fora da igreja? Que iniciativas você pode tomar, hoje, para se aproximar dessa
pessoa visando discipulá-la?

Aproveite os próximos minutos para interceder pela vida dessa ou dessas pessoas.

40 dias de oração pelo Brasil 41


Dia 39
ORAÇÃO E CUIDADO
Luís Pessanha

“Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não choves-
se e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.” (Tiago 5.17)
A carta de Tiago nos traz ricos ensinamentos. O autor não atenta muito para ensinos
teológicos teóricos, mas se concentra em nos exortar a não sermos apenas ouvintes da
Palavra de Deus, mas verdadeiros praticantes.
O último trecho da carta fala da perseverança na oração. Acredito que oração e leitu-
ra bíblica sejam os assuntos sobre os quais mais ouvimos em nossas igrejas, no entanto,
parece que são as áreas de maior fracasso dos crentes.
Tiago afirma que, assim como Elias, eu e você podemos orar, com insistência, porque
seremos ouvidos e respondidos por Deus. A citação que Tiago faz de Elias não é para nos
encorajar a orar com insistência por nossos sonhos ou projetos de vida. Não! (Pelo menos
não aqui nesse contexto.) Todo o texto está falando de pessoas, ou seja, aquilo que é mais
importante para Deus.
Você já parou para pensar quantas pessoas perdidas existem no Brasil? Quantas estão
sem Cristo em sua vizinhança, seu bairro, e até em sua família? Quantos milagres poderiam
acontecer em favor das pessoas, se orássemos como Elias, um homem falho como nós!

Os PGMs semanais são uma excelente oportunidade para cuidarmos de alguém


que esteja perdido no caminho, ferido e sofrendo. Talvez, para essa pessoa, o sofá
da nossa casa será o único lugar em que ela se sentirá à vontade para ouvir a Pala-
vra do Senhor. Vamos orar para que nosso lar seja um ambiente de milagres no
relacionamento discipulador.

42 Minha razão de viver


Dia 40
O QUE VOCÊ APLICA NO RD É REPRODUZÍVEL?
Diogo Carvalho

“Amigo, fico impressionado como você consegue extrair tanta coisa boa de um único
versículo”. Quando ouvi isso de um discípulo meu, o sinal amarelo acendeu. Eu estava
usando os momentos de RD com ele para expor a Bíblia de uma forma que dificilmente ele
seria capaz de reproduzir. Eu me esmerava para retirar do texto as verdades mais profun-
das que encontrava e, sem perceber, estava ensinando para meu discípulo que discipular
alguém é algo que só um pastor, um teólogo, seria capaz de fazer.
A partir de então, passei a utilizar um material escrito que o discípulo seria capaz de
reproduzir com outra pessoa com segurança. De vez em quando, abordo algum outro texto
bíblico como antes, mas com a diferença de que agora isso não é mais a base do discipu-
lado; é apenas um recurso ocasional para dar mais profundidade ao ensino do Evangelho.
E faço isso, ainda assim, sem perder a noção de que tudo o que eu ministrar no RD deve
ser multiplicável.
Faça uma autoanálise: Estou conduzindo meu discipulado de modo a gerar a multi-
plicação, ou estou impedindo a reprodução por usar uma estratégia complexa demais?

Hoje vamos orar para que Deus nos ilumine e nos dê sabedoria para ensinar os
discípulos com simplicidade, e para que eles multipliquem tudo o que têm apren-
dido de nós com outras pessoas.

40 dias de oração pelo Brasil 43

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