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Grupo 2
11002115 - Caio Augusto de Souza Silva
1110971 - Cauê
11058015 - Lucas Henrique Gois de Campos
2101416 - Victor Hideki Fujii
21014316 - Victor Carnicelli Beleti
Santo Andre - SP
2019
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ESTA004-17 – Circuitos Elétricos II Experimento 1
Experimento 1: Sistema Trifásico
Saída
trifásica
estator
rotor
Cada bobina pode ser considerada como um gerador monofásico, portanto as três “fontes”
monofásicas podem ser conectadas em triângulo ou estrela, segundo a figura 3, podendo fornecer
energia tanto para cargas trifásicas, como para cargas monofásicas.
Considerando a conexão estrela, as tensões presentes são aquelas entre fase (a, b ou c) e neutro (n),
chamadas de tensão de fase e aquelas entre fases (ab, bc e ca), chamadas de tensão de linha. Em um
sistema simétrico as tensões possuem a mesma amplitude e estão defasadas de 120° uma das outras.
A figura 4 apresenta o diagrama fasorial do sistema trifásico simétrico para uma sequência de fase
positiva (sequência abc).
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ESTA004-17 – Circuitos Elétricos II Experimento 1
A relação entre as tensões de linha (VL) e fase (VF) para a sequência de fase positiva é dada pela
equação 1.
VL = 3 VF 30 (1)
Por exemplo, se o módulo da tensão no sistema apresentado na figura 4 for 100 V, escreve-se:
Van = 1000
Vbn = 100 − 120
Vcn = 100120
Vab = 17330
Vbc = 173 − 90
Vca = 173150
Em se tratando da conexão das cargas, estas são normalmente ligadas em estrela ou triângulo e são
ditas equilibradas se forem todas iguais por fase. Dessa forma, para uma carga equilibrada
conectada em estrela ou triângulo, escreve-se, respectivamente, Z1=Z2=Z3=Zy e Za=Zb=Zc=Z∆. Uma
carga equilibrada conectada em estrela ou triângulo pode ser convertida, segundo a equação 2. A
figura 5 ilustra a conexão das cargas em estrela e triângulo.
Z
Z = 3 Z y e Zy = (2)
3
3
ESTA004-17 – Circuitos Elétricos II Experimento 1
Conexão Estrela-Estrela Equilibrada
Neste caso, apresentado na figura 6, as correntes podem ser determinadas por simetria, a partir da
equação 3, proveniente do equivalente monofásico do sistema elétrico. Ressalta-se que a soma das
correntes é zero e, portanto, não faz diferença se os neutros encontram-se ou não conectados.
Van
Ia = (3)
Zy
I b = I a − 120
I c = I a 120
Esta conexão, ilustrada na figura 7, é muito encontrada, pois normalmente as fontes são conectadas
em estrela e as cargas em triângulo. As correntes na carga podem ser determinas segundo a equação
4, enquanto as demais correntes são encontradas por simetria.
I a = 3 I AB − 30
I b = 3 I BC − 30
I c = 3 I CA − 30
4
ESTA004-17 – Circuitos Elétricos II Experimento 1
Figura 7 – Ligação estrela-triângulo e equivalente monofásico
Esta conexão é mostrada na figura 8 e as equações para a determinação das correntes de fase e linha
são apresentadas na sequência. A solução deste circuito é bastante direta, aplicando a tensão de
linha do gerador sobre as cargas para determinar as correntes de fase e, posteriormente,
determinando as correntes de linha por simetria, segundo a equação (5).
I a = 3 I AB − 30
I b = 3 I BC − 30
I c = 3 I CA − 30
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ESTA004-17 – Circuitos Elétricos II Experimento 1
Conexão Triângulo-Estrela Equilibrada
O circuito em questão e o seu equivalente monofásico são apresentados na figura 9. Por meio do
circuito monofásico e das relações de simetria, entre tensões e correntes de linha e de fase, o
circuito é resolvido, segundo a equação (6).
VAB
Van
Ia =
Zy
I b = I a − 120
I c = I a 120
6
ESTA004-17 – Circuitos Elétricos II Experimento 1
A tabela a seguir apresenta um resumo das relações entre grandezas de fase e de linha usadas em
circuitos trifásicos equilibrados.
Vˆab = Vp 0o
Vˆ = V − 120o
bc p Iguais às tensões de fase
Vˆca = Vp 120 o
Triângulo-Estrela
V − 30 o
-Y Iˆa = p
3.ZY
Iguais às correntes de linha
Iˆb = Iˆa .1 − 120o
Iˆc = Iˆa .1120o
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ESTA004-17 – Circuitos Elétricos II Experimento 1
3. Parte Prática
Será utilizada uma fonte trifásica, composta por um circuito eletrônico, que gera, a partir de um
sinal senoidal de 60Hz, três sinais senoidais de mesma amplitude e defasados entre si de 120º. A
operação dessa fonte trifásica depende de uma fonte de alimentação CC (+24VCC) e de um gerador
de sinal senoidal, que deverá ser ajustado para 10V pico-a-pico e frequência de 60Hz.
Nota: Ajuste com cuidado a tensão de alimentação CC da fonte, pois o circuito será danificado
caso o valor exceda +24VCC.
Utilizando-se três canais do osciloscópio, os sinais senoidais gerados pela fonte trifásica deverão ser
visualizados e medidas suas amplitudes e defasagens, para preenchimento da Tabela 1.
Tabela 1
E1 [Vpp] E2 [Vpp] E3 [Vpp] fase (2→1) [o] fase (3→1) [o]
A partir das medidas realizadas e dentro da precisão do equipamento de medida, é possível afirmar
que a fonte trifásica é simétrica?
3.2.1 Montar o circuito da carga equilibrada, mostrado esquematicamente na Figura 10, com Z =
1k, 1/4 W, alimentá-lo com as tensões trifásicas, e preencher as Tabelas 2 e 3, com as medidas
realizadas.
• Antes de montar o circuito, verifique com o multímetro se os três resistores têm valor de
1k. Anote os valores medidos.
• Utilize agora apenas uma ponta de prova (com o terminal jacaré) para realizar as medidas
de tensão com o osciloscópio.
Figura 10
A
IA ICA
VAB Z Z
VCA IB I AB
B
Z IBC
VBC IC
C
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ESTA004-17 – Circuitos Elétricos II Experimento 1
Tabela 2
| VAB | [V] | VBC | [V] | VCA | [V]
Osciloscópio (Vpp) 17,1 17,3 16,9
multímetro portátil
5,762 5,89 5,75
(Vef)
Tabela 3
| I A | [mA] | IB | [mA] | IC | [mA] | I AB | [mA] | IBC | [mA] | ICA | [mA]
multímetro
de bancada 10,08 10,23 10,19 5,85 5,86 5,87
(mAef)
3.2.2 Para desequilibrar a carga, conecte um outro resistor de 1k, 1/4 W em paralelo com o ramo
da carga entre os pontos A e B. Preencher a Tabela 4 com as medidas realizadas.
Tabela 4
| I A | [mA] | IB | [mA] | IC | [mA] | I AB | [mA] | IBC | [mA] | ICA | [mA]
multímetro
de bancada 15,39 15,52 10,23 11,69 5,87 5,91
(mAef)
Nota: Conectar o neutro da fonte trifásica (N) com o neutro da carga em estrela (n).
Figura 11
A
IA VAN Z
VAB VBN
IN
N n
VCA Z
IB
B Z
VBC VCN
IC
C
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ESTA004-17 – Circuitos Elétricos II Experimento 1
3.3.2 Para desequilibrar a carga, conectar outro resistor de 1k, 1/4 W em paralelo com o ramo da
carga entre os pontos A e n. Preencher as Tabelas 7 e 8 com as medidas realizadas.
3.3.3 Manter a carga desequilibrada, desconectar o fio que liga o neutro da fonte com o neutro da
carga e preencher as Tabelas 9 e 10, com os valores medidos.
Tabela 9 | VAn | [V] | VBn | [V] | VCn | [V] | VNn | [V]
multímetro
portátil 2,54 3,804 3,86 0,84
(Vef)
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ESTA004-17 – Circuitos Elétricos II Experimento 1
4. Questionário
4.1 Comparar os valores obtidos nas Tabelas 2 e 3 com os valores teóricos (nominais)
calculados para o circuito da Figura 10 (carga equilibrada).
Tabela 11: Valores Teóricos de tensão para o circuito da Figura 10
| VAB | [V] | VBC | [V] | VCA | [V]
4.2 Comparar os valores obtidos nas Tabelas 5 e 6 com os valores teóricos (nominais)
calculados para o circuito da Figura 11 (carga equilibrada).
Tabela 13: Valores Teóricos de tensão para o circuito da Figura 11
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ESTA004-17 – Circuitos Elétricos II Experimento 1
Para o caso da carga em estrela das Tabelas 7 e 8, vemos que não houve mudança de tensão. Já para
a corrente, assim como o caso anterior a corrente IA=VAB/ZY, logo a corrente irá dobrar com a
carga de 1kΩ adicionada em paralelo com a carga entre A e n, enquanto as correntes de B e C não
apresentam mudanças. Entretanto a corrente do neutro aumenta, sabemos que a corrente IN = -
(IA+IB+IC) pela 1ª Lei de Kirchhoff, logo quando as cargas estão equilibradas IN0, pois as
correntes se cancelam quando somadas na forma retangular. Mas com a carga em A desequilibrada,
o módulo da corrente entre A e n fica maior, fazendo com que as cargas não se cancelem e gerando
um IN residual.
4.4 Analisando os resultados das Tabelas 7, 8, 9 e 10, explique qual é o efeito do fio que liga
o neutro da fonte ao neutro da carga.
Analisando os resultados encontrados com o circuito em configuração estrela, podemos perceber a
corrente IN residual que surge quando desequilibramos a carga. Para o primeiro momento, em que
temos o neutro da fonte conectado ao neutro da carga, há uma distribuição equivalente entre as
tensões na carga. Posteriormente, ao removermos essa conexão, a tensão nas cargas também se
desequilibra e uma diferença de potencial surge entre os terminais neutros. Sendo assim, utilizar o
sistema trifásico estrela a quatro fios é uma forma de equilibrar a rede para eventuais desequilíbrios
em cargas.
4.5 A partir dos resultados experimentais, calcule a potência média (ativa ou real) consumida
na carga trifásica resistiva nas cinco configurações estudadas: carga em triângulo
(equilibrada e desequilibrada); carga em estrela (equilibrada e desequilibrada- com e sem o
fio ligando os neutros). Comente seus resultados.
Carga em Triângulo
• Equilibrada:
Potência Média: P = VABef. IABef+VBCef. IBCef+VCAef. ICAef = 101,98 mW
• Desequilibrada:
Potência Média: P = VABef. IABef+VBCef. IBCef+VCAef. ICAef = 136,45 mW
• Desequilibrada:
Potência Média: P = VAnef. IAef+VBnef. IBef+VCnef. ICef = 44,19 mW
Comentários:
É possível notar que as potências para os dois casos, em que a carga estava desequilibrada,
aumentou. Isso porque ao desequilibrar a carga gerou-se um aumento da corrente em um dos polos,
no caso da configuração triângulo a corrente AB e na configuração estrela na corrente A. Além
disso, quando se retirou o fio neutro, na configuração estrela e desequilibrado, nota-se que a
potência média cai, pois ocorre uma pequena queda na tensão VAn e na corrente IA.
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ESTA004-17 – Circuitos Elétricos II Experimento 1
5. Lista de Material
• Fonte trifásica
• Fonte de alimentação CC (+24V)
• Gerador de sinais
• Resistor 1kΩ/1/4W (4 unidades)
• Multímetro de bancada (amperímetro)
• Multímetro portátil (voltímetro)
• Osciloscópio com 3 pontas de prova
• Cabos de ligação banana-banana e banana-jacaré
6. Referências Bibliográficas
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