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O Comércio Electrónico

GÉNESE E EVOLUÇÃO
PERSPECTIVA JURÍDICA
O Comércio Electrónico

O Comércio electrónico – origem, contexto e evolução

Mais do que um fruto da globalização, a Internet representa hoje um dos


seus principais instrumentos.

Desde o surgimento das primeiras redes informáticas até à criação do


correio electrónico em 1971, da Web em 1991, dos browsers em 1993 e dos
populares serviços on line em 1995, a Internet alterou a forma como milhares
de pessoas passaram a lidar com as suas vidas pessoais e profissionais.

“Comércio electrónico”, “dinheiro digital”, “transacções on


line”, “banca on-line”, entre outras... são expressões que
caracterizam a nossa sociedades actual, vindo a transformar a
forma como orientamos as nossas vidas ou gerimos os nossos
negócios.
O Comércio Electrónico

A disponibilização da tecnologia Worl Wide Web, durante os anos 90,


permitiu à grande parte do tecido empresarial reequacionar as
estratégias de actuação no mercado, provocando alterações profundas
no ambiente negocial tradicional, designadamente no modo de
relacionamento entre clientes e fornecedores.

Esta alteração deu origem a uma nova forma de vender e comprar – O


Comércio Electrónico – que se tem convertido num factor fundamental
de competitividade e num fortíssimo indutor de produtividade para a
generalidade do tecido empresarial.
O Comércio Electrónico

Assistiu-se na viragem dos anos 90 a uma acelerada privatização dos


meios de telecomunicações em quase todos o mundo, impondo-se a “rede
aberta” pela qual as empresas de comunicação deveriam deixar transitar
todas as mensagens, qualquer que fosse a sua proveniência.

Sobre esta base arquitectou-se a Internet como a rede das redes


mundial, passando a estar disponíveis verdadeiras auto-estradas da
comunicação que permitem uma conexão e interactividade permanentes.

Quem domina a informação, domina o mundo.

Assim pode representar, quer uma rede desinteressada de


comunicação, como um poderoso veículo de negócios,
transformando-se numa verdadeira rede comercial com
vantagens inquestionáveis.
O Comércio Electrónico

A Revolução Digital do século XXI alterou de forma acentuada as


tradicionais formas de relacionamento entre compradores e vendedores,
oferecendo novos modelos de compra, de venda e de fornecimento de
serviços aos clientes – surgindo assim uma nova forma de comercializar – o
Comércio Electrónico.

O que é afinal o Comércio Electrónico?

Acto de realizar negócios por via electrónica;

Qualquer tipo de transacção comercial, em que as


partes envolvidas interajam electronicamente e não
através de trocas ou contactos físicos.
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Comércio Tradicional vs Comércio Electrónico

A principal distinção entre estas duas formas de comércio reside na forma


como a informação é trocada e processada entre as partes intervenientes;

No caso do comércio electrónico, ao invés de existir um contacto pessoal


directo entre ambas as partes, a informação é transmitida através de uma
rede digital ou outro qualquer canal electrónico.
O Comércio Electrónico

Principais tipos de Comércio Electrónico

De entre as inúmeras possibilidades existentes para a classificação do


comércio electrónico, (consoante p. ex. o tipo de produto ou serviço
transaccionado, o sector de actividade a que correspondem, a tecnologia
de suporte usada, os montantes envolvidos nas transacções ou o tipo de
intervenientes envolvidos) tem-se adoptado preferencialmente a que se
baseia no tipo de intervenientes das transacções.

De acordo com esta classificação, reconhecem-se então quatro tipos


principais de comércio electrónico:

Business-To-Business (B2B);
Business-To- Consumer (B2C);
Business-To-Administration (B2A);
Consumer-To-Administration (C2A)
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Business-to-Business (B2B)

Engloba todas as transacções electrónicas efectuadas entre


empresas, correspondendo actualmente a cerca de 90% do
comércio electrónico realizado em Portugal.

Desenvolve-se, basicamente, em três grandes áreas:


e-Marketplace
e-Procurement
e-Distribution

Business-to-Consumer (B2C)

Corresponde à secção de retalho do comércio electrónico e


caracteriza-se pelo estabelecimento de relações comerciais
electrónicas entre as empresas e os consumidores finais. O
estabelecimento deste tipo de relações pode ser mais
dinâmico e mais fácil, mas também mais esporádico ou
descontinuado.
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Business-to-Administration(B2A)

Cobre todas as transacções on-line realizadas entre as empresas


e a Administarção Pública. Esta é uma área que envolve uma
grande quantidade e diversidade de serviços, designadamente nas
áreas de fiscal, da segurança social, do emprego, dos registos e
notariado, etc.

Consumer-to-Administration(C2A)

Abrange todas as transacções electrónicas efectuadas


entre os indivíduos e a Administração Pública. Entre as
várias áreas de aplicação, salienta-se a segurança social,
a saúde, a educação e os impostos.
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A Directiva 2000/31/CE

O Decreto-Lei 7/2004 de 7 de Janeiro


O Comércio Electrónico

Plano Jurídico Interno e Comunitário

Iniciativa Nacional para o Comércio Electrónico – Resolução do


Conselho de Ministros nº 115/98, de 1 de Setembro;

Documento Orientador da Iniciativa Nacional para o Comércio


Electrónico – Resolução do Conselho de Ministros nº 94/99, de 25 de
Agosto;

Lei 67/98 de 26 de Outubro que transpõe para a ordem jurídica


nacional a Directiva nº 95/46/CE do Parlamento Europeu e do Conselho
de 24 de Outubro, relativa à protecção de dados pessoais e à protecção
da privacidade no sector das comunicações electrónicas (em
conformidade com o artº 35º da CRP);
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DL nº 290-D/99, de 2 de Agosto, alterado pelo DL nº 62/2003, de


3 de Abril, que aprova o regime jurídico dos documentos electrónicos
e da assinatura digital.

DL nº 375/99 de 18 de Setembro, que estabelece a equiparação


entre a factura emitida em suporte papel e a factura electrónica
(Condições e requisitos regulados pelo DR nº 16/2000 de 2 de Outubro)

DL 143/2001 de 26 de Abril, que transpõe para a ordem jurídica


interna a Directiva 97/7/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de
20 de Maio, relativa à protecção dos consumidores em matéria de
contratos celebrados à distância.

DL 7/2004 de 07/01 que transpõe a a Directiva nº


2000/31/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8
de Junho de 2000 sobre o comércio electrónico.
O Comércio Electrónico

A DIRECTIVA 2000/31/CE
Relativa a certos aspectos legais dos serviços da sociedade de
informação em especial do comércio electrónico no mercado interno

Objectivos:

A criação de um enquadramento legal destinado a assegurar a livre


circulação dos serviços da sociedade de informação entre os Estados-
Membros, e não harmonizar o domínio do direito penal enquanto tal.

Visa, acima de tudo, a criação de um quadro geral claro que


permita garantir a segurança jurídica e a confiança dos
consumidores, abrangendo os aspectos legais do comércio
electrónico mais relevantes no âmbito do mercado interno.
O Comércio Electrónico

O DEC- LEI 7/2004 de 07/01

Diploma que se destina fundamentalmente a realizar a transposição da


Directiva nº 2000/31/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de
Junho de 2000 que visa regular certos aspectos relativos ao comércio
electrónico no quadro comunitário;

Na tarefa de transposição adoptou-se um diploma cujo âmbito é


fundamentalmente o da directiva, aproveitando-se também, para
lateralmente, versar sobre alguns pontos que careciam de regulamentação
na ordem jurídica portuguesa e que não se encontravam contemplados na
referida Directiva;

Tentou-se tanto quanto possível a conciliação da fidelidade à


directiva com a integração nas categorias portuguesas a fim de
tornar a disciplina regulada compreensível aos seus
destinatários.
O Comércio Electrónico

Desta forma foi alterada a própria sistemática da directiva sendo que


muitos dos conceitos nela contidos foram, sempre que possível, vertidos
com correspondência ao quadro do direito português – tarefa por vezes
levada ao extremo pelo legislador – ex. “on line” para “em linha”, “net”
para “rede”, etc.

Tabela de correspondência entre a Lei e a Directiva


O Comércio Electrónico
O Comércio Electrónico
O Comércio Electrónico
O Comércio Electrónico

Finalidades deste DL 7/2004:

Assegurar a liberdade de estabelecimento e de exercício da prestação de


serviços da sociedade da informação na EU com limitações estabelecidas;

Determinar o regime de responsabilidade dos prestadores intermediários


de serviços;

Enunciação dos deveres comuns a todos os prestadores intermediários de


serviços;

Traça o regime de responsabilidade específico das actividades que a


própria directiva enuncia: simples transporte; armazenagem intermediária e
armazenagem principal.
O Comércio Electrónico

Introduz um esquema de resolução provisória de litígios que


surjam quanto à licitude de conteúdos disponíveis em redes;

Regula as comunicações comerciais (comunicações publicitárias em rede);

Aqui surge a problemática das comunicações não solicitadas (SPAM)


que a directiva deixa em grande medida em aberto;

Teve-se em conta a Directiva nº 2002/58/CE do Parlamento


Europeu e do Conselho de 12 de Julho, relativa ao tratamento de
dados pessoais e à protecção da privacidade no sector das
comunicações electrónicas que aguardava transposição, e que
tratava deste aspecto no seu artº 13ª.
O Comércio Electrónico

A contratação electrónica representa o tema de maior delicadeza


desta Directiva;

É instaurado o princípio da liberdade de recurso à via electrónica;

Exige a forma escrita para os contratos electrónicos;

Regula a matéria relativa ao aviso de recepção de encomendas e levanta


a problemática se tal poderá corresponder ao momento de conclusão do
contrato;

Procura regular a contratação entre computadores (sem


intervenção humana), estabelecendo disposições sobre o erro.
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Prevê mecanismos de resolução extrajudicial de litígios;

Institui que quando a competência de resolução de certo litígio relativo a


estas matérias não couber na competência de entidades especiais, passe a
competir a uma entidade de supervisão central, o ICP-ANACOM.

A ANACOM passa então a ter funções no domínio da instrução de


processos e da aplicação de coimas, embora as sanções acessórias mais
graves careçam de ser confirmadas em juízo, por iniciativa oficiosa da
própria entidade de supervisão.
D. L. 07/2004
de
7 de Janeiro

ESTRUTURA
CAPÍTULO I O Comércio Electrónico
Objecto e âmbito
Art. 1º e 2º

CAPÍTULO II
Prestadores de serviços da sociedade da informação
Art. 3º a 10º

CAPÍTULO III
Responsabilidade dos prestadores de serviços em rede
Art. 11º a 19º

CAPÍTULO IV
Comunicações publicitárias em rede e marketing directo
Art. 20º a 23º

CAPÍTULO V
Contratação electrónica
Art. 24º a 34º

CAPÍTULO VI
Entidades de supervisão e regime sancionatório
Art. 35º a 41º

CAPÍTULO VII
Disposições finais
Art. 42º e 43º
CAPÍTULO I

ÂMBITO E OBJECTO
O Comércio Electrónico

Artigo 1.º
Objecto

Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2000/31/CE,


do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de Junho de 2000, relativa
a certos aspectos legais dos serviços da sociedade de informação, em
especial do comércio electrónico, no mercado interno;

Transpõe ainda o artigo 13.º da Directiva n.º 2002/58/CE, de 12 de


Julho de 2002, relativa ao tratamento de dados pessoais e a protecção
da privacidade no sector das comunicações electrónicas (Directiva
relativa à Privacidade e às Comunicações Electrónicas).
O Comércio Electrónico

Problemas que se levantam?

A transposição isolada do artº 13º da Directiva nº 2002/58/CE, sem


autorização legislativa da Assembleia da República, é um dos aspectos da
aludida inconstitucionalidade desta lei que foi objecto do parecer
fundamentado da secção de Direito das Novas Tecnologias e Comércio
Electrónico da Comissão de Legislação da Ordem dos Advogados.

Lei 7/2003 de 9 de Maio – a AR nos termos da al. d) do artº 161º da


CRP, autoriza o Governo a legislar sobre certos aspectos legais dos
serviços da sociedade da informação, em especial do comércio
electrónico, transpondo para a ordem jurídica nacional a Directiva nº
2000/31/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de Junho.
Não está contemplado no seu objecto a transposição do aludido artº
13º da Directiva 2002/58/CE
O Comércio Electrónico

Artigo 2.º
Objecto
Fonte: Artº 1º nº 5 da Directiva

1 - Estão fora do âmbito do presente diploma:


a) A matéria fiscal;
b) A disciplina da concorrência;
c) O regime do tratamento de dados pessoais e da protecção da
privacidade;
d) O patrocínio judiciário;
e) Os jogos de fortuna, incluindo lotarias e apostas, em que é feita uma
aposta em dinheiro;
f) A actividade notarial ou equiparadas, enquanto caracterizadas pela fé
pública ou por outras manifestações de poderes públicos.

2 - O presente diploma não afecta as medidas tomadas a nível comunitário


ou nacional na observância do direito comunitário para fomentar a
diversidade cultural e linguística e para assegurar o pluralismo.
O Comércio Electrónico

Questão que se suscita…

Relativamente à alínea c), parte final deste artigo, deve notar-se que
a transposição do tal artº 13º da Directiva 2002/58/CE é precisamente
matéria conexa com a protecção da privacidade e de utilização de
dados pessoais, pelo que este aspecto deveria ter sido aqui
considerado.
CAPÍTULO II

PRESTADORES DE
SERVIÇOS DA SOCIEDADE
DA INFORMAÇÃO
O Comércio Electrónico

Artigo 3.º
Princípio da liberdade de exercício
Fonte: Art. 1º nº 3 e art.s 2º e 4º da Directiva

“Serviço da sociedade da informação”

Qualquer serviço prestado à distância

Por via electrónica

Mediante um pedido individual do destinatário

Prestado mediante remuneração


O Comércio Electrónico

Artigo 3.º
Princípio da liberdade de exercício

“Serviço da sociedade da informação”

Delimitação do perímetro do conceito

Lista indicativa de serviços não incluídos no seu âmbito


encontra-se em Anexo ao Decreto-lei n.º 58/2000 de 18/04

Excluem-se ainda os serviços referidos no art. 2º


O Comércio Electrónico

Artigo 3.º
Princípio da liberdade de exercício

Visa abolir toda a autorização específica.

Não precisa ser previamente autorizado em Portugal

Nem em nenhum outro país da Comunidade

Excepções:

Domínio da telecomunicações

Todo o regime de autorização que não vise


especial e exclusivamente estes serviços
O Comércio Electrónico

Artigo 4.º
Prestadores de serviços estabelecidos em Portugal
Fonte: Art.s 2º e 3º da Directiva

Prestadores de serviços finais

Prestadores intermediários de serviços

Transporte ou transmissão de mensagens

Acesso à rede

Armazenagem intermédia ou definitiva em servidor

Outras funções intermediárias análogas


O Comércio Electrónico

Artigo 4.º
Prestadores de serviços estabelecidos em Portugal

Estão integralmente sujeitos à lei portuguesa.

Cláusula “mercado interno”

Mesmo no que respeita aos serviços prestados em outro


Estado-Membro

Princípio do “reconhecimento mútuo”


O Comércio Electrónico

Artigo 4.º
Prestadores de serviços estabelecidos em Portugal

Critério do lugar de origem

Manifesta-se através do estabelecimento

Não interessa a localização formal da sede

É determinado pelo local onde esteja o centro das actividades


O Comércio Electrónico

Artigo 4.º
Prestadores de serviços estabelecidos em Portugal

Prestadores intermediários de serviços

Inscrição junto da entidade de supervisão central


O Comércio Electrónico

Artigo 5.º
Livre prestação de serviços
Fonte: Art. 2º e 3º da Directiva

Prestadores de serviços da sociedade da informação


estabelecidos em outros Estados-Membros

É aplicável a lei do lugar do estabelecimento

Serviços de origem extra-comunitária

Sujeitos à aplicação geral da lei portuguesa


O Comércio Electrónico

Artigo 6.º
Exclusões
Fonte: Art. 3º nº 3 e Anexo da Directiva

Actividades excluídas do âmbito da liberdade de prestação:

Propriedade intelectual
Emissão de moeda electrónica
Publicidade realizada por organismo de investimento
colectivo em valores mobiliários
Actividade seguradora nos domínios indicados
Matéria disciplinada por autonomia privada

Contratos com consumidores


Permissibilidade de comunicações publicitárias
não solicitadas
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Artigo 7.º
Providências restritivas
Fonte: Art. 3º da Directiva

O que são?

Formas de defesa do país de destino, que consistem:

Na restrição de circulação de um determinado serviço da


sociedade da informação

Proveniente de outro Estado membro da UE


O Comércio Electrónico

Artigo 7.º
Providências restritivas

Quando se aplicam?

Quando lesem ou ameacem gravemente:

A dignidade humana ou a ordem pública

A saúde pública

A segurança pública (segurança e defesa nacionais)

Os consumidores
O Comércio Electrónico

Artigo 7.º
Providências restritivas

Quem pode aplicar?

Os tribunais

Entidades de supervisão

Outras entidades competentes


O Comércio Electrónico

Artigo 7.º
Providências restritivas

Deve ser precedida, sucessiva e cumulativamente:

Pela solicitação ao Estado-membro de origem do prestador


do serviço que ponha cobro à situação

Pela não adopção, por este Estado-membro, de tais medidas


ou da inadequação das medidas adoptadas

Pela notificação à Comissão Europeia e ao Estado-


membro de origem do prestador da intenção de adopção
de uma medida restritiva
O Comércio Electrónico

Artigo 7.º
Providências restritivas

As medidas tomadas devem ser:

Não-descriminatórias

Respeitar o primado do direito comunitário derivado

Perseguir um fim de interesse geral

Proporcionais ao fim em vista


O Comércio Electrónico

Artigo 8.º
Actuação em caso de urgência
Fonte: Art. 3º nºs 4 e 5 da Directiva

Entidades competentes podem adoptar providências restritivas não precedidas


das notificações à Comissão Europeia e os outros Estados-membros
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Artigo 9.º
Comunicação à entidade de supervisão central
Fonte: Art. 3º, 5º e 6º da Directiva

Solicitação

Notificação

Providências restritivas de urgência

Devem ser comunicadas à ANACOM


O Comércio Electrónico

Artigo 10.º
Disponibilização permanente de informações
Fonte: Art. 5º da Directiva

Dever Geral de Informação

Visa a promoção de um ambiente de confiança e segurança

A incrementação do Princípio da Transparência na prestação de serviços


O Comércio Electrónico

Artigo 10.º
Disponibilização permanente de informações

Elementos completos de identificação:

Nome ou denominação social


Endereço geográfico e electrónico
Inscrições em registos públicos e respectivos números
Número de identificação fiscal

Outras informações:

Regimes de autorização prévia


Profissões regulamentadas
Outros custos para os destinatários
O Comércio Electrónico

Artigo 10.º
Disponibilização permanente de informações

Prestação de serviços em linha

Contratação electrónica

Comunicações publicitárias

Comunicações não solicitadas


CAPÍTULO III

RESPONSABILIDADE
DOS PRESTADORES DE
SERVIÇOS EM REDE
O Comércio Electrónico

Artigo 11.º
Princípio da equiparação

Equiparação tendencialmente plena da contratação


electrónica à contratação comum

Existem domínios que são excluídos

Confere-se às empresas a possibilidade de actuarem


também por via electrónica

Dá-se a possibilidade de empresas negociarem


exclusivamente por via electrónica
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Artigo 12.º
Ausência de um dever geral de vigilância
dos prestadores intermediários de serviços
Fonte: Art. 15º nº 1 da Directiva

Não estão sujeitos a uma obrigação geral de:

Vigilância sobre as informações que transmitem


ou armazenam

Investigação de eventuais ilícitos praticados


no seu âmbito
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Artigo 13.º
Deveres comuns dos prestadores intermediários dos serviços
Fonte: Art. 15º nº 2 da Directiva

De informação

De resposta

De cumprimento de decisões
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Artigo 14.º
Simples transporte
Fonte: Art. 12º da Directiva

O prestador intermediário de serviços não é responsabilizado:

Mera transmissão de informações em rede

Facultação de acesso a uma rede de comunicações

Quando:

Não esteja na origem da transmissão

Não tenha intervenção no conteúdo das mensagens

Não tenha intervenção na selecção destas ou dos


seus destinatários
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Artigo 15.º
Armazenagem intermediária
Fonte: Art. 13º da Directiva

É isento de responsabilidade sempre que:

Não modifique a informação

Respeite as regras de acesso à informação

Respeite as regras de actualização da informação

Faça uma utilização legítima da tecnologia


O Comércio Electrónico

Artigo 15.º
Armazenagem intermediária

Incorre em responsabilidade quando não retirar ou impossibilitar


de imediato o acesso à informação:

Mediante ordem dada por um tribunal ou uma autoridade


administrativa

Tenha conhecimento que a informação foi removida ou o


acesso a esta esteja bloqueado na fonte originária
O Comércio Electrónico

Artigo 16.º
Armazenagem principal
Fonte: Art. 14º da Directiva

Incorre em responsabilidade quando não retirar ou


impossibilitar de imediato o acesso à informação:

Tendo conhecimento de actividade ou informação cuja


ilicitude seja manifesta

Perante circunstâncias que conhece, tenha ou deva ter


consciência do carácter ilícito da informação
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Artigo 17.º
Responsabilidade dos prestadores intermediários
de serviços de associação de conteúdos
Fonte: Art. 21º nº 2 da Directiva

Aplica-se a estes prestadores o regime previsto no artigo 16º


O Comércio Electrónico

Artigo 18.º
Solução provisória de litígios
Fonte: Art.s 17º e 18º da Directiva

Se a ilicitude não for manifesta:

Arguição por interessado de uma violação não obriga nem à


remoção, nem à impossibilitação de acesso ao conteúdo contestado

Recorrer à entidade de supervisão respectiva

Em 48 horas proferirá uma solução provisória


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Artigo 18.º
Solução provisória de litígios

Se a ilicitude é manifesta:

O prestador decidir remover ou impossibilitar o acesso ao conteúdo

O terceiro com interesse jurídico na manutenção em linha desse conteúdo

Recorrer à entidade de supervisão competente em razão da matéria

Obter uma solução provisória do litígio


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Artigo 18.º
Solução provisória de litígios

Quando não for manifesto se há ou não ilicitude:

Não recai qualquer responsabilidade sobre a entidade de supervisão


pela decisão proferida

Não recai qualquer responsabilidade sobre o prestador por não ter


removido ou impossibilitado o acesso ao conteúdo a mera solicitação
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Artigo 18.º
Solução provisória de litígios

Solução provisória:

É passível de alteração a qualquer tempo pela própria entidade


de supervisão

Possibilidade de recurso a uma decisão judicial definitiva nos termos


e pelas vias comuns
O Comércio Electrónico

Artigo 19.º
Relação com o direito à informação

Princípio geral de irresponsabilidade da actividade

Independentemente da licitude ou ilicitude do conteúdo

É lícita a remissão quando feita com objectividade e distanciamento

É ilícita a remissão quando seja sinónimo de adesão ao conteúdo para


o qual se remete
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Artigo 19.º
Relação com o direito à informação

Modo de avaliação do caso concreto:

Confusão eventual dos conteúdos do sítio de origem e destino

Carácter automatizado ou intencional das remissões

Área do sítio de destino para onde é feita a remissão


CAPÍTULO IV M
A
R
K
E
T
I
N
G

D
I
R
E
C
T
COMUNICAÇÕES PUBLICITÁRIAS EM REDE O
O Comércio Electrónico

Artigo 20.º
Âmbito
Fonte: Art.º 6.º da Directiva

O âmbito de aplicação do regime é dado pela negativa, isto é,


tudo o que não seja:

Referências;

Promoção ou propaganda no sentido positivo;

é abarcado pelo exposto neste capítulo.


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Artigo 20.º
Âmbito

É apenas permitida a publicidade que se paute pelo


respeito aos princípios da:

Licitude

Veracidade

Respeito pelo consumidor


O Comércio Electrónico

Artigo 21.º
Identificação e informação
Fonte: Artigo 7.º da Directiva

As comunicações publicitárias, por via electrónica, devem ser


claramente identificados quanto:

À natureza publicitária;

Ao anunciante;

Às ofertas promocionais.
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Artigo 21.º
Identificação e informação

Estes deveres de identificação e de informação visam:

Assegurar os interesses dos consumidores;

A lealdade nas transacções.


O Comércio Electrónico

Artigo 22.º
Comunicações não solicitadas
Fonte: Artigo 13.º da Directiva 2002/58/CE
O Comércio Electrónico

Artigo 22.º
Comunicações não solicitadas

SPAM

Um remetente que envia mensagens

Dirigidas a dezenas (ou centenas) de destinatários

Usando um serviço INTERNET,

Newsgroups

e-mail

Utilizando um servidor de terceiros.


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MAIL-BOMB
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MAIL-BOMB

Um ou vários remetentes,

enviam dezenas (ou centenas) de mensagens,

para um destinatário de correio-electrónico,

usando um servidor de terceiros.


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FENÓMENOS ASSOCIADOS

Domain Spoofing

E-mail Scam

Phishing

Spim
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Artigo 23.º
Profissões regulamentadas
Fonte: Artigo 8.º da Directiva

Visa possibilitar aos profissionais liberais o recurso à


actividade publicitária online.

A certas profissões exige-se o respeito pelas normas


deontológicas pelas quais se regem. (Ex. art.º 80.º EOA)
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Artigo 23.º
Profissões regulamentadas

Principais Ordens profissionais:

Ordem dos Advogados

Câmara dos Solicitadores

Ordem dos Médicos

Ordem dos Farmacêuticos

Ordem dos Engenheiros


Ordem dos Economistas

Ordem dos Arquitectos

Ordem dos Enfermeiros


Ordem dos Médicos Veterinários
CAPÍTULO V

CONTRATAÇÃO
ELECTRÓNICA
O Comércio Electrónico

1. Definição do problema

1.1 Fragilidades da contratação electrónica:

Especificidade e tecnicidade do meio utilizado;

Carácter transnacional de muitas das contratações;

Dificuldade da escolha do regime legal aplicável.


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1.2 Questões em torno da contratação electrónica:

O negócio celebrado electronicamente é formalmente válido?

Em que momento se tem por celebrado o contrato?

Qual a validade da minha declaração de vontade?

Como se demonstra a autenticidade do contrato?


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2. O regime legal aplicável à contratação electrónica:

Regime específico do comércio electrónico previsto no Decreto-Lei


7/2004 de 7/01;
Regime subsidiàrio dos contratos celebrados à distância previsto
no Decreto-Lei 143/2001 de 26/04;

Regime subidiàrio da defesa do consumidor previsto na Lei 24/96 de 31/07;

Regime subsidiàrio das claúsulas contratuais gerais previsto no Decreto-Lei


446/85 de 25/10 com as consequentes alterações;
Regime subsidiàrio da assinatura electrónica previsto do Decreto-
Lei 290-D/99 de 02/08 com a consequentes alterações, e
Regime das normas gerais de formação e cumprimento dos
contratos nos termos do Código Civil.
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3. Princípio da admissibilidade

É livre a celebração de contratos por via electrónica nos termos do artigo


25º/nº 1 do D.L. 7/2004 que consagra assim um do princípios fundamentais
do Direito Civil português - a liberdade contratual;

Os Estados-Membros devem assegurar que os seus sistemas legais


permitam a celebração de contratos por meios electrónicos por forma a
derrubar eventuais barreiras e obstáculos aos pilares da União Económica e
Monetária (Artigo 9º/nº1 da Directiva);

Porém, estão excluídos deste princípio os negócios jurídicos


enunciados no nº 2 do artigo 25º do D.L 7/2004 em virtude de
exigirem ou a intervenção das autoridades públicas ou envolverem
valores subjectivos ou sensibilidades particulares (Ex. Os negócios
jurídicos familiares e sucessórios, reais imobiliàrios, de caução ou
garantia, sujeitos a reconhecimento ou autenticação notariais).
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4. Informações prévias
e
dispositivos de identificação e correcção de erros

4.1 Obrigações do prestador de serviços

Nos termos dos artigs 27º e 28º do D.L 7/2004 incumbe ao prestador
de serviços facultar aos destinatários informação mínima inequívoca relativa a:

contrato (cláusulas e condições gerais);

processos de celebração (procedimentos);

códigos de conduta de que seja subscritor, e

meios técnicos eficazes para identificação e correcção de


erros de introdução que possam estar contidos na ordem de
encomenda.
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4.2 Tudo isto resulta em:

transparência do processo contratual;

tutela dos contraentes

Porém, o legislador permite que as partes possam convencionar por


forma a afastar estas obrigações, desde que nenhuma delas seja
consumidor, conforme previsto no artigo 28º/nº2.

De acordo com o artigo 31º/nº1, os termos contratuais e as cláusulas


gerais devem ser sempre transmitidas de forma a permitir:

armazenamento e reprodução;

dispor de um meio de prova relativo ao conteúdo


do contrato celebrado que possam utilizar em tribunal.
O Comércio Electrónico

5. Forma e valor probatório da declaração negocial

Salvo estipulação em contrário, prevalece na contratação electrónica o


princípio da liberdade de forma (artigo 26º do diploma e 219º do CC);

Existe uma equiparação da forma escrita à forma electrónica desde que as


declarações emitidas electronicamente estejam contidas em suporte que
ofereça as mesmas garantias de:
fidedignidade;
inteligibilidade;
conservação.

É doutrinariamente pacífico que a noção de documento previsto no


artigo 362º do CC abrange de igual modo:
registos informáticos criados e mantidos em memórias de
computadores;
documentos emitidos em papel a partir de um computador.
O Comércio Electrónico

O princípio da equiparação ou equivalência do suporte electrónico à forma


escrita resultava já o preceituado no artigo 3º/nº1 do Decreto-Lei 290-D/99
de 02/08 relativo ao regime juridico da assinatura digital onde se refere que:

“(...) o requisito legal de forma escrita considera-se satisfeito


quando o conteúdo do documento electrónico seja susceptível
de representação como declaração escrita.”

Alguns autores apontam algumas críticas a esta formulação na


medida em que ela faz depender a validade formal do documento
electrónico do seu conteúdo.
O Comércio Electrónico

6. Assinatura e valor probatório do documento electrónico

A este nível estão em causa duas questões essenciais:


a validade da assinatura electrónica;
o valor probatório dos registos informáticos.

Por força da remissão contida no artigo 26º/nº 2 do diploma relativo ao


comércio electrónico, ambas as questões estão reguladas no D.L. 290-D
de 02 de Agosto, entretanto alterado pela redacção que lhe foi dada pelo
D.L. 62/2003 de 03 de Abril

Com a normal e tendente generalização do documento


electrónico tornou-se necessário encontrar um sucedânceo da
tradicional assinatura manuscrita que fosse adequada àquele
suporte – a assinatura electrónica.
O Comércio Electrónico

Com a criação da assinatura electrónica procurou-se:

conferir autenticidade ao documento electrónico


(correspondência entre o autor aparente e o autor real);

proteger a integridade do conteúdo do documento electrónico


(manutenção sem alterações do conteúdo original).

São três as modalidades de assinaturas electrónicas previstas:


a assinatura electrónica;
a assinatura electrónica avançada;
assinatura digital (chave pública versus chave privada).

Conforme aludido no próprio preâmbulo do diploma relativo


à assinatura digital, a cada uma das modalidades previstas de
assinaturas electrónicas correspondem diferentes graus de
segurança e autenticidade.
O Comércio Electrónico

A assinatura digital de chave assimétrica:

é equiparada à assinatura manuscrita dos documentos com forma escrita;

estatui presunções de autenticidade e integridade do conteúdo.

O documento electrónico que cumpra a exigência legal de forma


escrita e a que seja aposta uma assinatura digital ou qualificada emitida
por uma entidade certificadora credenciada tem força probatória de
documento particular assinado nos termos do artigo 376º do CC, isto é,
faz prova plena quanto às declarações atribuídas ao seu autor.

O documento electrónico é por este modo equiparado a um


original.
O Comércio Electrónico

Se a assinatura for emitida nos termos anteriormente referidos mas o


conteúdo do documento não satisfizer a exigência legal de forma escrita, ele
terá a mesma força probatória das reproduções mecânicas, ou seja, fará prova
plena dos factos e das coisas que representa – artigo 368º CC e 167º CPP.

Nos restantes casos, o valor probatório conferido pela assinatura electrónica


é livremente apreciado pelos tribunais.

As soluções legais acolhidas pelo D.L . 7/2004 de 07 de Janeiro


visam reforçar a confiança na contratação por meios elecrónicos
embora existam ainda aspectos técnicos relacionados com a
segurança e autenticidade das transacções às quais ainda não dá
resposta.
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7. Formação do contrato

Nos contratos electrónicos impõe-se ao prestador de serviços que acuse a


recepção da ordem de encomenda também por meios electrónicos, salvo
convenção em contrário e desde que a contraparte não seja um consumidor –
artigos 29º/nº 1 e 30º do D.L. 7/2004;

A comunicação deve ser susceptível de armazenamento e reprodução,


atendendo à sua relevância como meio prova para o destinatário;

As comunicações consideram-se recebidas logo que os


destinatários têm a possibilidade de lhes aceder; porém, é suficiente
que o prestador de serviços envie o aviso de recepção de
encomenda para o endereço electrónico que foi indicado ou
utilizado pelo destinatário do serviço – artigo 29º/nº4;
O Comércio Electrónico

É de salientar, no entanto, que o aviso de recepção da encomenda não


corresponde ao momento de perfeição do contrato: a aceitação da proposta;

A oferta em rede pode ser, ou uma proposta contratual, ou um convite a


contratar, consoante contenha, ou não, todos os elementos necessários para
que o Contrato fique concluído com a simples aceitação do destinatário – artigo
32º/nº1 do D.L.7/2004. Tal decorre, aliás, do próprio Código Civil no que
concerne às normas relativas à perfeição da declaração negocial - artigos 224º
a 235º;
O Comércio Electrónico

Assim, se estivermos perante um convite a contratar a perfeição do contrato


ocorre com a recepção do aviso de recepção de encomenda pelo
encomendante;

Se estivermos perante uma proposta contratual a perfeição do contrato ocorre


de imediato com a recepção da comunicação relativa à encomenda

Resulta do regime comum que um dos efeitos da conclusão o contrato é a


defintividade da encomenda.
O Comércio Electrónico

Refira-se, por fim o inovador artigo 33º do D.L. 7/2004 sob a epígrafe
“contratação sem intervenção humana” o qual nos refere que na
contratação entre máquinas/computadores se aplica o regime comum, salvo
quando este pressupuser uma actuação;

Reconhecendo a importância que o erro pode assumir neste tipo de


contratação electrónica, o legislador manda aplicar um regime em tudo
paralelo ao contido nos artigos 247º e seguintes do CC que versam,
essencialmente, sobre as questões em torno:

da formação da vontade;

da declaração da vontade, e

da transmissão da vontade.
O Comércio Electrónico

A norma relativa à solução de litígios por via electrónica – artigo 34º


do D.L. 7/2004 - é meramente uma norma programática pois apenas
estatui a possibilidade de funcionamento em rede de formas de solução
extra-judicial de litígios entre prestadores e destinatários de serviços de
sociedade de informação.
CAPÍTULO VI
ENTIDADES DE SUPERVISÃO

REGIME SANCIONATÓRIO
O Comércio Electrónico

Artigo 35.º
Entidade de supervisão central

O ICP - Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) é, desde 6 de


Janeiro de 2002, a nova designação do Instituto das Comunicações de
Portugal, em resultado da entrada em vigor dos seus novos estatutos.

A ANACOM mantém-se sob a tutela do Ministério das Obras Públicas,


Transportes e Comunicações.
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Cumula estas funções com as de autoridade reguladora nacional das


comunicações electrónicas e dos serviços postais.

Tem por objecto a regulação, supervisão e representação do sector


das comunicações.

Atribuições:

Regulação do mercado

Supervisão do mercado

Representação do sector das comunicações


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OUTRAS ENTIDADES REGULADORAS:

Banco de Portugal

Comissão Nacional de Protecção de Dados

Instituto do Consumidor

Instituto de Seguros de Portugal


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Artigo 36.º
Atribuições e competência

Entidades de supervisão:

Atribuições gerais já assinaladas e outras que lhes forem


especificamente atribuídas;

Adoptar as providências restritivas previstas nos artigos


7.º e 8.º;

Elaborar regulamentos e dar instruções;

Fiscalizar o cumprimento do preceituado sobre o comércio


electrónico;

Instaurar e instruir processos contra-ordenacionais e,


aplicar as sanções previstas
Determinar a suspensão da actividade em face
de graves irregularidades e por razões de urgência.
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Artigo 36.º
Atribuições e competência

Atribuições gerais já assinaladas, quando não couberem a outro órgão;

Publicitar em rede os códigos de conduta mais significativos;

Publicitar outras informações;

Promover as comunicações previstas no artigo 9.º;

Desempenhar a função de entidade permanente de contacto


com os outros Estados membros e com a Comissão Europeia.
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Artigo 37.º
Contra-ordenação

Contra-ordenações praticadas por pessoas singulares:

€ 2.500 e € 50.000

€ 5.000 e € 100.000

Infracções cometidas por pessoas colectivas:

Agravamento de um terço do limite mínimo e


máximo das penas.
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Artigo 38.º
Sanções acessórias

Perda a favor do Estado dos bens usados para a prática das infracções;

Interdição do exercício da actividade pelo período máximo de seis anos;

Inibição do exercício de cargos sociais;

Publicidade à punição por contra-ordenação, bem como às sanções


acessórias.
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Artigo 39.º
Providências provisórias

A suspensão da actividade e o encerramento do estabelecimento,


enquanto decorre o procedimento e até à decisão definitiva;

A apreensão de bens que sejam veículo da prática da infracção.


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Artigo 40.º
Destino das coimas

60% para o Estado

40% para a entidade supervisora que a aplicou


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Artigo 41.º
Regras aplicáveis

O regime sancionatório não prejudica regimes especiais vigentes.

A ANACOM ou uma entidade sectorial são competentes para:

Instauração;

Instrução;

Aplicação;

das sanções.

Regime geral das contra-ordenações como regime subsidiário.


CAPÍTULO VII

DISPOSIÇÕES
FINAIS
O Comércio Electrónico

Artigo 42.º
Códigos de conduta
Fonte: Artigo 16.º da Directiva

Ideia de autoregulação.

Código de Conduta da DECO.

Código de conduta do ICAP.


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Artigo 43.º
Impugnação

Legitimidade:

As entidades de supervisão e o Ministério Público.

Motivo:

Extravasem das finalidades da entidade que os emitiu;

Tenham conteúdo contrário a princípios gerais ou


regras vigentes.
O Comércio Electrónico

BIBLIOGRAFIA

ROCHA, Manuel Lopes e outros, “Guia da lei do comércio electrónico”, Lisboa, Centro Atlântico, 2004

ROQUE, Ana, “Direito Comercial”, Lisboa, Quid Juris, 2004;

VÁRIOS, “O comércio electrónico em Portugal - Quadro legal e o negócio”, Lisboa, ICP-ANACOM, 2004

CORREIA, Miguel J. A. Pupo, “Direito Comercial”, Lisboa, Ediforum, 2003;

VÁRIOS, “As telecomunicações e o direito na sociedade da informação”, Coimbra, Instituto Jurídico da


Comunicação,1999;

PEREIRA, Joel Timóteo Ramos, “Compêndio Jurídico da Sociedade de Informação”, 1.ª Edição, Quid Juris, 2004

COSTA, F. Bruto da / BRAVO, Rogério, “SPAM e MAIL-BOMB: subsídios para uma perspectiva criminal”, versão e-book

SITES CONSULTADOS

http://www.anacom.pt/

http://www.howstuffworks.com/

http://www.pj.pt/htm/noticias/criminalidade_informatica.htm
O Comércio Electrónico

TRABALHO REALIZADO POR:

ANA RAMOS – aluna nº 20021287

CARLOS SOUSA – aluno nº 19971201

PAULA SILVA – aluna nº 2001850

RUI VIEIRA – aluno nº 20010474

UAL – 2005/2006
DIREITO COMERCIAL

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