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HISTORIA DA PSICOLOGIA ESCOLAR

A Psicologia Escolar é uma área que se desenvolveu juntamente com a


Psicologia Geral. O conhecimento produzido no campo de aprendizagem, da
percepção e da memória auxiliaram as reflexões do processo ensino-aprendizagem,
assim possibilitando o surgimento da Psicologia Escolar no final do século XIX.
Não é possível informar uma data e um local certo do surgimento, porque em diversos
países, foram sendo realizadas iniciativas para o conhecimento da Psicologia nas
Escolas.
Em um primeiro momento a Psicologia Escolar trabalhou com as crianças que
apresentavam dificuldades de aprendizagem. Podemos afirmar, inclusive, que
educação especial para alunos que portavam alguma necessidade especial funcionou
como incentivo para o desenvolvimento dessa especialidade da psicologia.
Conforme a Psicologia Escolar se desenvolvia, passaram a trabalhar com os
pais, os professores e, mais recentemente com a comunidade. Essas iniciativas do
trabalho do psicólogo no campo escolar tiveram início na Europa e nos Estados
Unidos da América.

O QUE É A PSICOLOGIA ESCOLAR?

Psicologia Escolar e educacional te se constituído historicamente como


importante campo de atuação da psicologia. Psicólogos escolares e educacionais são
profissionais que atuam em instituições escolares e educativas, bem como dedicam-
se ao ensino e a pesquisa na interface psicologia e educação.
A psicologia escolar diferentemente da educacional, define-se pelo âmbito
profissional e refere-se a um campo de ação determinado, isto é, o processo de campo
de escolarização, tendo por objeto a escola e as relações que se estabelecem,
fundamenta sua atuação nos conhecimentos produzidos pela psicologia da educação,
por outras subi-áreas da psicologia, e por outras áreas de conhecimento.
Deve-se, pois, sublinhar que psicologia educacional e escolar são interligadas,
relacionadas, mas não são iguais, nem podem reduzir-se uma a outra, guardando
cada qual sua autonomia. Pois a educacional, é uma área de conhecimento, e a
escolar é área de atuação profissional.

As Dificuldades dos Psicólogos Escolar

O chamado fracasso escolar constitui o maior problema na área educacional e


um dos mais graves problemas sociais no Brasil, segundo Colares; Moisés 1997.
Diante de tamanho problema, o Brasil, a partir da década de 70, a teoria da carência
cultural que patologiza o fracasso escolar, culpabiliza o indivíduo e despreza fatores
imprescindíveis na construção do sujeito como fatores sociais, históricos, culturais,
econômicos e políticos. Mesmo diante de resultados negativos obtidos com a teoria
da carência cultural, o Brasil vive uma situação muito semelhante ao que vigorava
naquele país ainda na contemporaneidade.
A teoria da carência cultural surge nos Estados Unidos resultante dos movimentos
reivindicatórios das minorias raciais, marginalizadas em protesto ao mito da igualdade
de oportunidades, lema da ideologia liberal. As emergentes contradições do sistema
vigente requereram do Estado ações rápidas para recuperar o equilíbrio social, ou
seja, controlar a eclosão da insatisfação dos grupos oprimidos.
O momento histórico era propicio a ativação da psicologia social, da psicologia
educacional, da psicologia educacional e da pedagogia funcionalista. Urgia a
necessidade de absorver o atrito iminente de modo a recuperar a cresça na liberal-
democracia sem maiores prejuízos para o sistema. Sem considerar os aspectos sócio-
políticos com cunho unicamente patologizante se constituiu a teoria da carência
cultural, os integrantes das camadas desfavoráveis são portadores de deficiências
perceptivas, motoras, afetivo-emocionais e de linguagem suficiente para explicar seu
baixo rendimento nos testes de inteligência e, consequentemente, seu fracasso
escolar e social. PATTO, 1984, p. 114

Como a psicologia escolar atua?

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