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FACULDADE MUNICIPAL PROFESSOR

FRANCO MONTORO

CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA

Laboratório de Engenharia Química I/II

Prof. Francisco de Assis Bertini Moraes

Ver.0 , Agosto/2019
SUMÁRIO

Instruções gerais para realização dos experimentos ..................................................


Roteiro de Relatório ..................................................................................................

Experimento 01 – Eficiência da Potência do micro-ondas e Equilíbrio térmico............


Experimento 02 – Determinação do coeficiente global de transmissão de calor..........
Experimento 03 – Líquido em queda livre, comparação real x teórico, perda de carga
Experimento 04 – Queda de pressão em coluna de leito fixo........................................
Experimento 05 – Eficiência de uma coluna de troca iônica..........................................
Experimento 06 – Determinação da curva de decantação e decantador.......................
Experimento 07 – Lei de Stokes da viscosidade ..........................................................
Experimento 08 – Estudo cinético de uma reação (Lei da velocidade inicial) .............
Experimento 09 – Equação de Arrhenius – Energia de ativação ..................................
Experimento 10 – Jar Test para testes de coagulação e floculação na água..............
Experimento 11 – Reator Batelada, verde malaquita com hidróxido de sódio..............
Experimento 12 - Cinética através de medidas de condutividade (Acetato e Soda)......
Experimento 13 – Velocidade Hidratação - Anidrido Acético (Lei da vel. Integrada).....
Experimento 14 – Eletroquímica, Lei de diluição de Ostwald ......................................
Experimento 15 - Volume molar parcial ........................................................................
*Experimento 16 - Lei de Boyle e Mariotte ...................................................................
Experimento 17 – Experiência dos gases ideais..............................................................
Experimento 18 – Eficiência de separação de um ciclone...............................................
Experimento 19 – Eficiência de separação de uma caixa de poeira................................
Experimento 20 – Experiência de Reynolds.....................................................................
Experimento 21 – Determinação da curva de uma bomba.............................................
Experimento 22 – Medição de vazão em Calha Parshall.................................................
Experimento 32 – Trocador de calor casco e tubo........................................................
Experimento 23 – Produção de Hidromel com Frutas..................................................
*Experimento 24 – Produção de Vinho de Uva, Cidra ou Mel........................................
*Experimento 25 – Produção de Vinagre de uva ou de maçã.........................................
*Experimento 26 – Produção de Destilados (cachaça, whisky, grapa, sakê).................
Experimento 27 – Transferência de calor por condução...............................................
Experimento 28 – Fluidização..........................................................................................
Experimento 29 - Placa de orifício: Determinação do Coeficiente de Descarga..............
Experimento 30 - Avaliação da atividade da enzima α- amilase.....................................
*Experimento 31 – Saturação de uma resina catiônica ou aniônica, água desmi..........
*Experimento 32 – Trocador de calor casco e tubo........................................................
Experimento 33 – Carneiro Hidráulico............................................................................
*Experimento 34 – Produção de Biodiesel......................................................................
Experimento 35 - Corrosão de aço carbono, alumínio, cobre e magnésio......................
Experimento 36 - Reticulação de macromoléculas e propriedades de polímeros..........
*Experimento 37 – Eficiência de uma coluna de adsorção por carvão ativado................
Experimento 38 - Madeiras: propriedades mecânicas e químicas...................................
Experimento 39 -– Vidros: propriedades elétricas, ópticas e químicas............................
Experimento 40 – Isoterma de adsorção.........................................................................
Experimentos por Área de Estudo

TERMODINÂMICA
Experimento 17 – Experiência dos gases ideais..............................................................
Experimento 15 - Volume molar parcial ........................................................................
*Experimento 16 - Lei de Boyle e Mariotte ...................................................................
TRANSFERÊNCIA DE MOMENTUM E OPERAÇÕES UNITÁRIAS 1
Experimento 07 – Lei de Stokes da viscosidade ..........................................................
Experimento 20 – Experiência de Reynolds.....................................................................
Experimento 03 – Líquido em queda livre, comparação real x teórico, perda de carga.
Experimento 21 – Determinação da curva de uma bomba.............................................
Experimento 29 - Placa de orifício: Determinação do Coeficiente de Descarga..............
Experimento 22 – Medição de vazão em Calha Parshall.................................................
Experimento 04 – Queda de pressão em coluna de leito fixo.........................................
Experimento 06 – Determinação da curva de decantação e decantador.......................
Experimento 10 – Jar Test para testes de coagulação e floculação na água..............
Experimento 18 – Eficiência de separação de um ciclone...............................................
Experimento 19 – Eficiência de separação de uma caixa de poeira................................
Experimento 28 – Fluidização..........................................................................................
Experimento 33 – Carneiro Hidráulico............................................................................
TRANSFERÊNCIA DE CALOR E OPERAÇÕES UNITÁRIAS 2
Experimento 01 – Eficiência da Potência do micro-ondas e Equilíbrio térmico............
Experimento 02 – Determinação do coeficiente global de transmissão de calor..........
Experimento 27 – Transferência de calor por condução...............................................
*Experimento 32 – Trocador de calor casco e tubo.......................................................
TRANSFERÊNCIA DE MASSA E OPERAÇÕES UNITÁRIAS 3
Experimento 05 – Eficiência de uma coluna de troca iônica..........................................
*Experimento 31 – Saturação de uma resina catiônica ou aniônica, água desmi..........
*Experimento 34 – Produção de Biodiesel Extração líquido/líquido)........................
*Experimento 37 – Eficiência de uma coluna de adsorção por carvão ativado..............
Experimento 40 – Isoterma de adsorção.........................................................................
CINÉTICA QUÍMICA E CÁLCULO DE REATORES
Experimento 08 – Estudo cinético de uma reação (Lei da velocidade inicial) ..............
Experimento 09 – Equação de Arrhenius – Energia de ativação ..................................
Experimento 11 – Reator Batelada, verde malaquita com hidróxido de sódio..............
Experimento 12 - Cinética através de medidas de condutividade (Acetato e Soda)......
Experimento 13 – Velocidade Hidratação - Anidrido Acético (Lei da vel. Integrada).....
BIOENGENHARIA
*Experimento 23 – Produção de Hidromel com Frutas...................................................
*Experimento 24 – Produção de Vinho de Uva ou Cidra.................................................
*Experimento 25 – Produção de Vinagre de uva ou de maçã..........................................
*Experimento 26 – Produção de Destilados (cachaça, whiskey, grapa, sakê)..................
Experimento 30 - Avaliação da atividade da enzima α- amilase.....................................
CIÊNCIA DOS MATERIAIS
Experimento 14 – Eletroquímica, Lei de diluição de Ostwald ......................................
Experimento 35 - Corrosão de aço carbono, alumínio, cobre e magnésio
Experimento 36 - Reticulação de macromoléculas e propriedades de polímeros
Experimento 38 - Madeiras: propriedades mecânicas e químicas
Experimento 39 -– Vidros: propriedades elétricas, ópticas e químicas............................
Instruções Gerais para realização dos experimentos

1. As experiências deste laboratório demorarão no máximo duas horas. O aluno


deverá chegar ao laboratório na hora marcada, porém é tolerado um atraso de
dez minutos;

2. As apostilas contendo instruções referentes às experiências a serem realizadas pelo


aluno devem ser estudadas em casa antes de realizá-las. Para aprofundamento
dos conhecimentos, o aluno deve consultar os livros textos.
No início de cada experiência serão feitos testes para a verificação da capacidade
do aluno realizar a experiência. Preparação prévia insuficiente reflete a nota do
relatório;

3. Durante a experiência o aluno deverá tomar nota dos dados observados e


colocá-los na folha apropriada para a apresentação posterior;

4. No caso de ausência, o aluno deverá recuperar somente uma prática q ue será


no final do semestre;

5. O aluno tem direito a olhar o relatório depois da correção, dirigir-se-á então


ao seu professor;

6. Para qualquer reclamação, o aluno deverá dirigir -se ao professor responsável


pela disciplina;

OBS: É obrigatório o uso de jaleco na realização dos experimentos.


Roteiro de Relatório

1. O que considerar ao planejar um relatório?

O texto deve ser conciso, informativo, com detalhamento apropriado para que
seja compreensível.

2. Algumas regras:
 Não deixe pra última hora;
 Leia alguns relatórios ou resumos;
 Faça um esboço;
 Escreve, revise e critique;
 Mostre ao professor;
 Reescreva e corrija;
 Imprima a cópia final.

3. Como escrever o roteiro do relatório.

3.1. Identificação

 Título;
 Número do relatório;
 Aluno;
 Professor;
 Laboratório;
 Data.

3.2. Introdução

 Colocação da questão estudada: especificar os objetivos do trabalho;


 Fazer uma abordagem teórica sobre o assunto estudado
experimentalmente;
 Explicar as fórmulas utilizadas.

3.3. Material e Métodos

O que você utilizou e qual o método aplicado para alcançar os objetivos do


experimento.

3.3.1. Materiais

Citar equipamentos, reagentes e outros itens utilizados, especificando a marca dos


mesmos.

3.3.2 Métodos
Descrever os procedimentos detalhados (utilizando a terceira pessoa), que possam
ser reproduzidos com os materiais e equipamentos descritos.

3.4. Resultados

 Ilustração dos resultados: Tabelas e figuras são muito importantes. Elas devem ser
construídas com cuidado para incluir todas as informações necessárias com clareza;
 Tabelas devem ser enumeradas sequencialmente (Tabela 1, Tabela 2, etc.). Seu
título deve ser inf ormativo, colocado acima e justificado à esquerda. Notas de
rodapé podem ser colocadas diretamente abaixo da mesma;
 Figuras (fotos, esquemas, gráficos) devem ser enumeradas sequencialmente
(Figura 1, Figura 2, etc.). Seu t ítulo deve ser informativo, colocado abaixo e
justificado à esquerda, descrevendo o que é mostrado;
 Mostre todos os dados que obteve e cálculos.

3.5. Discussão de Resultados

 O que esses resultados significam?


 Como elas descrevem o experimento realizado?

3.6. Conclusões

 Os objetivos foram alcançados?


 Quais as principais dificuldades encontradas?

3.7. Referências Bibliográficas

 Devem ser apresentadas em uma única ordem alfabética, independente de onde


sejam (livros, internet, publicações, etc.) alinhadas à esquerda, em espaço simples e
espaço duplo entre elas.
Experimento 01 – Potência do micro-ondas e Equilíbrio térmico

Potencia do Micro-ondas

A Primeira Lei da Termodinâmica, que trata da conservação da energia, é o conceito


fundamental utilizado nos balanços de energia. O experimento da estimativa da
potência de um forno de micro-ondas é utilizado como uma forma de aplicar a Primeira
Lei da Termodinâmica, porém com um objetivo ainda maior que é estimular a visão
crítica dos alunos, levando-os a discutirem sobre prováveis causas para as diferenças
observadas entre valores teóricos e experimentais obtidos. Essa atividade prática em
sala de aula permite então não somente a consolidação de um conceito fundamental,
mas principalmente uma oportunidade para discussão e desenvolvimento de uma
capacidade analítica pelos alunos.

1.1 – Descrição do experimento

O objetivo desse experimento é determinar a potência de um forno de micro-ondas


doméstico, comparar com o valor fornecido pelo fabricante do equipamento, tomado
como sendo o valor teórico, e então discutir as prováveis causas da diferença observada
entre o valor teórico e experimental.. Aos alunos é dito que devem explorar todas as
causas prováveis e que toda e qualquer explicação possível será considerada. Essa é uma
forma de indicar a eles que devem ser também criativos e buscarem explicações nem
sempre óbvias, mas possíveis!

A partir do momento que o experimento começa, é chamada a atenção dos alunos para
observarem atentamente tudo que o voluntário vai realizar, pois qualquer observação
poderá ser importante no momento de apontar os prováveis desvios.

Antes de o experimento se iniciar é dada a tarefa para a turma: determinar a potência


do forno de micro-ondas, utilizando os materiais apresentados. Como fazê-lo? Nesse
momento, talvez até sem perceber, eles já estarão aplicando a Primeira Lei da
Termodinâmica. Toda a turma determina fácil e rapidamente o procedimento a ser feito:
colocar um volume conhecido do líquido no béquer, medir a temperatura inicial com o
termômetro, colocar o béquer com o líquido no micro-ondas, acioná-lo por um tempo
determinado, retirar o béquer e medir a temperatura da água. O cálculo da potência
pode ser feito da seguinte forma: o volume (V) do líquido é transformado em massa (m),
utilizando-se o valor de sua massa específica (r), conforme a Equação (1):

Em seguida, utilizando-se essa massa (m), o valor do calor específico do líquido (CP) , no
caso água e a temperatura inicial (Ti) e final (Tf) do mesmo, obtém a quantidade de calor
transferida (Q) para o fluido por meio da Equação (2), que é uma forma da Primeira Lei
da Termodinâmica, quando algumas hipóteses simplificadoras são válidas:

A potência do forno (P) é obtida dividindo-se o calor transferido pelo tempo (t) em que
o forno ficou acionado, o qual é medido utilizando-se o próprio relógio do micro-ondas,
conforme a Equação (3).

O primeiro passo é definir os valores das propriedades físicas (massa específica e calor
específico) que serão utilizadas nos cálculos. Por uma questão de praticidade, os alunos
utilizam os valores típicos adotados para a água: r = 1 g/cm3 e CP = 1 cal/(g.oC).
Importante lembrar que essas propriedades variam com a temperatura, mas isso não é
ressaltado na sala de aula, pois é exatamente o que se espera que os alunos lembrem
de considerar.

O aluno voluntário escolheu colocar 400 mL de água. Por meio da Equação (1) e o valor
de r obtém-se um valor de 400 g para a massa. Em seguida ele colocou o termômetro
de mercúrio na água e anotou a temperatura inicial (Ti) de 25 oC. Colocou então o béquer
no micro-ondas e ajustou o relógio para que o equipamento funcionasse por 2 minutos.
Retirou então o béquer com a água aquecida e leu a temperatura final (Tf) de 75 oC. Com
base nesses dados faz-se o cálculo da potência do forno, usando as Equações (2) e (3).

A potência obtida experimentalmente é então de 697 W. Na etiqueta do fabricante do


micro-ondas a potência informada, tomada como sendo o valor teórico é de 800 W.
Então aos alunos é solicitado que discutam as possíveis causas para essa diferença
observada entre a potência nominal (fabricante) e a potência útil (experimental),
elaborando uma lista com itens que explicariam o que foi observado

1.2 – Discussão dos resultados

Para cada um desses grupos, aparecem diversas razões, sendo algumas listadas na
Tabela abaixo. A correção das listas entregues é feita com muita atenção, não só para
eliminar causas consideradas improváveis, mas também para evitar a duplicidade de
causas, fato que ocorre com grande frequência.
Descrição das
causas
Grupo Causas apontadas
associadas ao
grupo
· consumo de potência pela lâmpada do forno;
Considera
· consumo de potência para girar o prato do
dissipações que
forno;
ocorrem no
· perdas no circuito elétrico do forno devido ao
Dissipações equipamento em si e
efeito Joule;
da potência no sistema
· vazamento de micro-ondas pela porta e pelas
experimental
paredes do forno;
(béquer + água +
· aquecimento do ar contido no interior do
termômetro)
forno.
· aquecimento do béquer pela água quente;
· aquecimento da bandeja do forno pelo béquer
aquecido;
Considera as
· aquecimento das paredes do forno;
Perdas por perdas observadas
· perdas de calor do béquer para o ar
transferência por transferência de
atmosférico entre o momento da retirada do
de calor calor do sistema para
béquer do forno e a leitura da temperatura
a vizinhança
final;
· perdas de calor do béquer para as mãos do
operador, que não usou luvas isolantes.
· béquer não é uma vidraria muito precisa para
medir volumes;
Considera as
· erro de leitura do volume por parte do
causas associadas
operador;
aos erros
· termômetro pode estar descalibrado;
Erros instrumentais e do
· erro de paralaxe por parte do operador na
experimentais aluno voluntário
leitura do termômetro;
(operador) na
· relógio do forno não é confiável, pode estar
execução do
com erro;
experimento
· ocorreu oscilação da corrente e da voltagem
da rede durante o experimento.
· massa específica da água não é exatamente 1
Considera as
g/cm3;
causas associadas
· calor específico da água não é exatamente 1
Erros nas aos erros das
cal/(g.oC);
hipóteses simplificações
· calor específico da água não é constante
adotadas adotadas na
(hipótese necessária para se utilizar a Equação
modelagem do
2);
problema
· água não é pura.
· o fluido poderia não ser água;
· o operador não falou a verdade ao revelar
Considera todas as
para a turma os valores experimentais obtidos;
demais causas não
Erros diversos · o forno é antigo e já não consegue fornecer a
contempladas nos
potência nominal indicada;
grupos anteriores
· o fabricante do forno não fez medições
corretas da potência nominal;
Equilíbrio Térmico :

Dois corpos em temperaturas diferentes tendem a equilibrar na mesma temperatura


após um tempo em contato, conforme :

Q = w Cp (Tf – Ti) ,
onde w a vazão mássica, Cp capacidade calorífera Tf eTi temperaturas inicial e final.

Se tivermos uma vazão A (Qa) a temperatura Ta e uma vazão B (Qb) a temperatura Tb,
qual a temperatura final da mistura de A e B ?

Wa . Cpa . (Tf – Ta) + Wb . Cpb . (Tf – Tb) = (Wa + Wb) . Cpf . (Tf – Tf) = 0

Calcula-se a temperatura Tf.

Procedimentos

 Eficiência do forno de micro-ondas

Num bécker de 0,5 l (500ml) adicionar agua (medir Ti) e coloca-lo no forno de
micro-ondas e aquecer em diferentes tempos (15 , 30 , 45 , 60 , 75, 90 , 105, 120,
135, 150 s) sempre iniciando de Ti e medindo-se a temperatura após o tempo
estipulado.
Calcular a potencia dispendida pelo forno e comparar os resultados com a
potencia disponível do forno, normalmente escrita atrás na placa de
especificação.

Discutir os resultados e as razões das diferenças encontradas.

 Equilibrio térmico

Mistura de 250 ml de água de 2 beckers em temperaturas © diferentes :


25/40 , 25/60 , 10/60, 15/25 , 15/40 e 15/60 , 40/60 e medir a temperatura final.

Utilize o forno de microondas para aquecer e gelo para resfriar.

Compare os resultados da temperatura final medida com a calculada Tf .


Discutir os resultados e as razões das diferenças encontradas.
Experimento 02 – Determinação do coef. global de transmissão de calor

O experimento é abordado na sala de aula de acordo com as etapas descritas a seguir.

1. Apresentação do problema
No início da aula é apresentado um problema prático: o resfriamento de uma latinha de
bebida. Os alunos são incentivados a propor diferentes formas de promover o
resfriamento da bebida, e pensar nas vantagens e desvantagens de cada método.
Propostas típicas incluem a colocação da latinha em um freezer ou em um banho de
água com gelo. Neste ponto é feita uma ligação com conceitos já abordados em sala de
aula, como a força motriz existente para a transferência de calor em cada sistema (a
diferença de temperatura entre a lata e o meio que a envolve é maior no freezer que no
banho de gelo), a característica do meio de transferência de calor (ar no caso do freezer,
água no caso do banho de gelo), a transferência de calor no interior do sistema, assim
como os mecanismos de transferência de calor envolvidos (convecção natural e
condução).

2. Realização do experimento

Em seguida, é utilizada uma montagem experimental para acompanhar a variação da


temperatura do líquido no interior de uma latinha ao longo do tempo, quando
mergulhada em um banho de água e gelo.

Uma lata de refrigerante comercial foi adaptada para o posicionamento da haste do


termômetro no centro, e preenchida com água. Para a leitura da temperatura é utilizado
um sensor de temperatura MyPCProbe, da NOVUS Produtos Eletrônicos, que é
conectado à porta USB do microcomputador, e permite a visualização da temperatura,
na tela do computador, de duas formas distintas: valor instantâneo da temperatura, e
variação ao longo do tempo por meio de um gráfico (Figura 1).
Esta tela é projetada no quadro branco, permitindo que os alunos acompanhem a
variação da temperatura em tempo real (Figura 2). Simultaneamente, os dados
coletados são armazenados em um arquivo, com valores de temperatura para cada
instante de amostragem.

Durante a execução do experimento é desenvolvido o modelo matemático para a


transferência de calor em regime transiente, o qual basicamente descreve o
comportamento da temperatura no interior do sistema em função do tempo. São
utilizados os conceitos de balanço de energia em regime transiente (variação do
conteúdo energético do líquido no interior da lata em função da temperatura do
mesmo) e da transferência de calor em regime transiente (função da diferença de
temperatura entre a lata e o meio). Também é discutido o impacto de cada uma das
resistências existentes sobre a transferência de calor, especialmente a formação de uma
circulação de água no interior da lata (convecção natural) decorrente do resfriamento
do líquido perto da superfície interna da lata e os possíveis perfis de temperatura no
interior do sistema.

3. Tratamento e análise dos resultados

Uma vez atingido o estado estacionário (temperatura do líquido constante), o


experimento é interrompido e inicia-se a fase de análise dos dados e a estimativa do
coeficiente de transferência de calor por convecção natural. Para tanto são utilizados os
dados armazenados no arquivo, que, tratados em uma planilha eletrônica utilizando o
modelo desenvolvido durante a aula, permitem estimar o valor do coeficiente global de
transferência de calor U entre o líquido no centro do interior da lata e o meio que
envolve a lata (banho de gelo), a partir das temperaturas do líquido na lata (Tinicial e Tfinal)
para um dado período de tempo t. São utilizados também os seguintes dados do sistema
(lata com água): m – massa de água contida na lata, A – área superficial da lata e Cp –
calor específico do líquido no interior da lata. O modelo utilizado é baseado na
consideração da resistência interna desprezível e apesar de não ser rigorosamente
apropriado para esse sistema, permite uma análise adequada para a compreensão do
fenômeno envolvido. O valor de U é calculado por meio da Equação (4) a seguir.

Uma configuração mais adequada seria o resfriamento da lata em ar frio, mas isso
demandaria muito mais tempo para a execução completa do experimento. O valor
calculado de U é então comparado com os valores obtidos para outros arranjos de
resfriamento de latinhas (freezer a -21 °C, água corrente a 15 °C), encontrados na
literatura. Em seguida é incentivada a discussão sobre a validade do modelo para o
presente experimento, em função das considerações feitas e as modificações
necessárias para remover as limitações do mesmo.

No caso de disponibilidade de mais de uma aula para o assunto de transferência de calor


em regime transiente, o docente poderá discutir a aplicação do modelo completo para
descrever o experimento, e comparar os resultados obtidos experimentalmente com
valores determinados por correlações típicas de transferência de calor por convecção
natural.
Experimento 03 – Líquido em um tanque
A - Revisão Conceitual, influência da perda de carga
(regime permanente)
Área = Av
Qe atm
ve Se regime permanente Qe = Qs

ve = 0 m/s

vs = [2 g (h – hl) ]1/2
Água
h
hl : perda de carga

Qs = vs . At
Qs , vs
Área = At L : comprimento tubo , hl

Alterar o comprimento L do tubo, assim como acrescentar curvas e outros acidentes


na tubulação de saída e medir a vazão de saída com estas variações. Determinar para
todas as condições a perda de carga influenciando na vazão.

B - Revisão Conceitual, fecha entrada e variação da vazão com o tempo


(regime transiente)
Área = Av
Qe atm Regime transiente :
ve Se no tempo t=0 s , Qe = 0 m3/s
-Qs = dV/dt
-Qs = Av dh/dt  vs At = Av dh/dt
dh = vs (At/Av) dt  h = vs (At/Av) t
Água Pontualmente em regime permanente :
h vs = [2 g (h – hl) ]1/2
Então para cada ponto de h e com o tempo t :
vs2 - 2g(At/Av)t vs – hl = 0
V volume do tanque Qs , vs
Área = At L : comprimento tubo , hl

Simule a situação acima medindo-se a vazão e a altura do tanque em


tempos subsequentes . Compare os resultados com as equações acima
descritas.
Experimento 04 – Queda de pressão em coluna de leito fixo
1- OBJETIVO
Determinar experimentalmente a permeabilidade de um meio poroso através relação
existente entre a perda de carga (queda de pressão) e a velocidade de um fluido. Serão
utilizadas desde vazões baixas (escoamento lento) até vazões elevadas. Os resultados
serão comparados com relações existentes na literatura.

2- INTRODUÇÃO TEÓRICA
Existem muitas aplicações para as colunas de recheio e os meios porosos em
geral na Engenharia Química, portanto, estudar as propriedades destes sistemas é de
grande importância.
Num escoamento monofásico lento, através de um meio de porosidade () e
comprimento (L), a queda de pressão (P) depende linearmente da vazão, através da
equação clássica de Darcy.
(P/L) = (/K).q , onde q= (Q/A) (1)
onde: q- velocidade superficial do fluido; Q- vazão do fluido; - viscosidade do
fluido;
A- área da seção transversal do leito; K- permeabilidade do meio poroso (
constante que depende das propriedades físicas do leito e do fluido).

Existem, na literatura, várias expressões que procuram relacionar a


permeabilidade (K) com a porosidade () do meio e o tamanho das partículas. A
correlação de Carman-Kozeny é uma das mais conhecidas:
 3 d p 2
K (2)
36. .1   
2

onde: dp- diâmetro característico da partícula; - esferidade da partícula; - é uma


constante que
depende da porosidade do leito, da esfericidade da partícula e de outros
fatores. Porém, para
escoamento lento e esfericidade acima de 0,7, pode-se usar o valor constante
igual a 5.

Das equações (1) e (2) pode-se expressar um fator de atrito (tipo Ergun), por:
f = (36.)/(Re. 2 ) (3)

onde: f é definido como: f = (P/L) . (dp .3 )/ [.q2 .(1-) ] (4)

e Re é definido como: Re = (.q.dp)/[.(1-) ] (5)


sendo: - a densidade do fluido.
Para vazões mais elevadas, a dependência de (P) com (Q) admite uma forma
quadrática, do tipo: P/L = F1 (,dp,) .q + F2 (,dp,) . q2
que pode ser expressa por: P/L = (/K).q + [C./(K)1/2 ].q2 (6)
onde K (permeabilidade) e C, são constantes determinadas experimentalmente.
Uma das correlações mais empregadas é a de Ergun, na qual ele expressa, a
forma quadrática da equação (6), como:
P/L = [150 .  .q . (1-)2 /dp2.3 ] + [1,75..q2.(1-)/dp.3] (7)

tendo-se para o fator de atrito, a relação: f = (150/Re) + 1,75 (8)


sendo que f e Re são dados pelas mesmas equações (4) e (5).

3- EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
O leito fixo foi projetado com um diâmetro interno de 9,4 centímetros,
uma altura (comprimento) de 92 centímetros e opera por meio de uma bomba
centrífuga, num conjunto hidráulico contínuo, em circuito fechado (Figura 1).

Figura 1: Vista frontal do leito fixo. Figura 2: Manômetro em tubo U.

Utilizou-se o recheio formado por esferas de vidro com diâmetro médio


de 3 milímetros. Para esse tipo de recheio adotou-se a esfericidade como 1 e o
valor da porosidade foi estimado a partir de um experimento utilizando-se um
Cone Imhoff sobre um suporte. Assim, encheu-se o cone com as esferas de
vidro até a marca de 1000 mililitros. Com um Becker mediram-se 400 mililitros
de água, volume adicionado ao Cone de Imhoff até cobrir totalmente as esferas
de vidro e atingir a marca dos 1000 mililitros (Figuras 3 e 4). Essa porosidade
adotada no valor de 0,4 foi denominada porosidade estática.

Figura 3: Cone com esferas Figura 4: Cone com água e esferas.


4- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1- Com a válvula inicialmente fechada, ligar a bomba;


4.2- Com o auxílio da válvula, controlar a vazão do fluido;
4.3- Para cada vazão, medir o desnível dos líquidos nos manômetros.
Uma vez determinada a porosidade estática, a escala de pressão do tubo em U
foi ajustada para igualar o nível de água nos tubos na posição de 22cm, para o início das
medições de pressão. Realizaram-se 7 corridas, anotando-se o desnível na escala de
pressão do tubo em U entre os pontos 2 e 3, com as vazões de escoamento selecionadas
(50, 60, 80, 100, 120, 150, 170, 180, 200, 210, 220, 230, 240 e 250mL/s). Uma vez
coletados os dados experimentais, procedeu-se com a realização dos cálculos conforme
a equação de Ergun.
Utilizando-se o software conhecido como Scilab foi elaborado um programa
iterativo para determinar a porosidade dinâmica do leito. Para tanto, os valores
experimentais definidos para a vazão e respectivas diferenças de pressão medidas no
tubo em U, além dos demais parâmetros, foram substituídos na equação de Ergun,
deixando como incógnita somente a porosidade. Após as simulações iterativas foram
obtidos os valores de porosidade para cada par vazão e diferença de pressão, resultando
numa média de 0,5566 de porosidade dinâmica, permitindo a comparação com a
porosidade estática.

5- CÁLCULOS E ANÁLISES DOS RESULTADOS

Exemplos de Resultados em gráficos para análise dos resultados :


6- BIBLIOGRAFIA

1- COULSON, J.M. e RICHARDSON, J.F.- Tecnologia Química, volume II- Operações


Unitárias, Lisboa, Fundação C. Gulbenkian, 20 ed. 1968.
2- FOUST, A.S. et al. - Princípios das Operações Unitárias, Editora Guanabara Dois, 20
ed.
3- McCABE & SMITH- Unit Operations of Chemical Engineering.
Experimento 05 – Eficiência de uma resina de troca iônica
Objetivo:
Estudar a eficiência da resina Amberlite IRA-120 na retenção de íons sódio
Na cromatografia de troca iônica a retenção está baseada na atração entre íons do
soluto e os sítios carregados ligados à fase estacionária. Nos trocadores de ânions, os
grupos carregados positivamente na fase estacionária atraem os ânions do soluto. Os
trocadores de cátions contêm sítios carregados negativamente, ligados
covalentemente, que atraem cátions do soluto.

Aplicações :
 Purificação da água
 Pré concentrar um componente traço de uma amostra

Trocadores de íons :
(A) Resinas são partículas amorfas de matéria orgânica. As resinas de poliestireno para
a troca iônica são formadas pela copolimerização do estireno e do divinilbenzeno.
(B) Os anéis de benzeno podem ser modificados para produzir uma resina trocadora de
cátions contendo grupos sulfonato (-SO3-), ou uma resina trocadora de ânios contendo
grupos amônio (-NR3+).
(C) Os trocadores de íons são classificados como altamente ou fracamente ácidos ou
básicos.
Processo de troca iônica :

Procedimento experimental :

Preparo da coluna de troca iônica


a) Vedar a extremidade inferior de uma coluna de 25,00 mL, com lã de vidro. Adicionar
5 mL de água destilada;
b) Separadamente, colocar cerca de 20 g de resina trocadora de cátions em um béquer,
cobrindo-a com solução de HCl 6 mol L-1, deixando repousar por alguns minutos,
procedendo à agitação por algumas vezes. Descartar a solução e lavar várias vezes com
água destilada para eliminar o excesso de ácido;
c) Colocar a coluna ligeiramente inclinada, introduzindo a mistura pastosa da resina até
que alcance uma altura de 20 cm da bureta. Em seguida, adicionar água destilada
deixando sempre a parte superior da resina coberta com solução. Certifique a não
formação de bolhas no leito da resina. Colocar um tampão de algodão na parte superior
da bureta, pressionando a resina.
Análise da amostra
a) Transferir 1,00 mL de uma solução 2,85 mol L-1 de NaCl para o interior da coluna;
b) Adicionar água destilada continuamente, eluindo a amostra, não permitindo que a
parte superior da resina resseque;
c) Recolher o ácido formado na coluna em um béquer;
d) Quando não houver mais formação do ácido, interromper a saída da coluna e
transferir o material para um balão volumétrico de 50,00 mL, completando o volume
com água destilada;
e) Retirar uma alíquota de 10,00 mL da solução anterior e realizar uma titulação
potenciométrica com NaOH 0,10 mol L-1.

VOCE PODE TENTAR UTILIZAR UM CONDUTIVIMETRO PARA ANÁLISE DAS AMOSTRAS.


Prepare varias amostras iniciais com diferentes concentrações de NaCl, inclusive água
corrente da torneira que normalmente possui Na+.
Meça a condutividade para cada amostra após passar pelas resinas.
Experimento 06 – Determinação da curva de decantação e decantador
Revisão Conceitual
O decantadores contínuos são tanques rasos, de grande diâmetro, onde operam
grades que giram lentamente e removem a lama. A suspensão é injetada pelo meio do
tanque. Em torno da borda do tanque estão os vertedores para o líquido límpido. As
grades servem para raspar a lama, conduzindo-a para o centro do fundo, por onde é
descarregada. O movimento das grades também “agita” a camada de lama. Esta suave
agitação favorece a remoção da água retida na lama.

Mecanismo
Torque
De Elevação
Q A , CA
Entrada
Suspensão
Sólidos
Zo,
to VL Saída
zona Clarificado
Início Zona limite
Q, C QC
Crítica
Final Zona
Crítica Medidor
Densidade

Saída
Rastelo Bomba Lama
Velocidade
Variável QE , C E

Dimensionamento por Determinação Experimental da Velocidade de Ascenção

Simula
Decantador
Contínuo

Z V
Zo
Zona Zona
“limite” “limite”

Zc
Zu
tc tu t Cc Cu
A área necessária à operação do decantador está determinada pela camada que exige
um mínimo de área para dar passagem a uma massa de sólidos. Neste sentido, o método
de Talmadge e Fitch, baseado na determinação do instante e concentração em
que a zona crítica é atingida e a partir daí o cálculo da área mínima necessária será
utilizado como critério de cálculo neste trabalho.
Como na operação contínua, a velocidade em que se forma a camada de concentração
Cu igual a Cu.Zu.A/tu deve ser igual à velocidade com que os sólidos entram na unidade
Qo.Co , onde Qo é a vazão de alimentação da suspensão, temos que Qo.Co = Cu.Zu.A/tu
e sendo Cu.Zu.A = Co.Zo.A , teremos a equação de projeto:
A = Qo.tu , sendo Qo um dado de projeto do decantador (vazão de almentação)
Zo Zo e tu parâmetros obtidos pelo ensaio na proveta.

Z V
Zo
Zona Zona
“limite” “limite”

Zc
Zu
tc tu t Cc Cu C

EXEMPLO :
Pretende-se dimensionar um decantador para separar carbonato de cálcio em
suspensão numa solução de soda cáustica.
A vazão de entrada da suspensão é de 2000 litros/min a 220 kg/m³ .
Determine o diâmetro necessário do decantador, utilizando-se do método experimental
de Talmadge e Fitch .

Altura (cm) x Tempo (min) - 85 C


Teste de Proveta
40,0
T = 85 C A = Q . tu / Zo
Altura Tempo 35,0
A = 2,0 . 40,0 / 0,340
cm min
30,0 A = 235 m²
34,0 0,00
3,1416 x D² /4 = 235
30,6 2,34 25,0

27,2 5,01 D = √(4 x 235/3,1416)


20,0
23,8 7,25 D = 17,3 m
20,4 12,00 15,0
17,0 16,00 Zc
10,0
13,6 20,00
10,2 32,00 Zu
5,0
8,5 44,00
7,2 64,00 0,0
0,00 10,00 20,00 tc 30,00 tu 40,00 50,00 60,00 70,00

Recomenda-se utilizar multiplicar o diâmetro por 1,0 a 1,5 para os métodos


experimentais , então D = 17,3 x 1,25 = 22 m
PROCEDIMENTO
Utilize uma suspensão de material liquido e sólido, onde estes devem ser separados por
decantação (Exemplos : Licor branco bruto, efluente de saída de lodo ativado, etc.)
Aplique o método de Talmade & Fich sobre os dados de decantação obtidos em proveta,
para uma vazão de 3,0 m3/min . Calcule o diâmetro necessário do decantador utilizando
um coeficiente de segurança de 50%.
Compare os resultados utilizando duas temperaturas diferentes na suspensão.
Experimento 07 – Lei de Stokes da viscosidade
Objetivo Geral

Determinar a viscosidade dinâmica através da aplicação da Lei de Stokes.

Aplicação: Fenômenos de transporte, dimensionamento de bombas, fluxômetros,


vazão de alimentação, cálculo de perda de carga, permeabilidade, regime de
escoamento, etc.

Revisão Bibliográfica

A lei de Stokes, como o próprio nome indica, foi descoberta pelo físi co e
matemático irlandês George G abriel Stokes, q ue nasceu em Skreen, a 13 de
Agosto
de 1819 falecendo em Cambridge, a 1 de Fevereiro de 1903.
Esta lei é aplicada a corpos esféricos para o cálculo da f orça de atrito que se
gera quando um líquido flui em torno de uma esfera.

Figura 1 – Esquema de forças sobre a esfera.

De acordo com a lei de Stokes, a força de atrito, Fr, aumenta de forma


diretamente proporcional ao raio da esfera, à velocidade do líquido e à viscosidade
dinâmica deste.
Fr = 6  r  vt

Onde:
r = Raio da esfera;
= Viscosidade dinâmica;
vt = Velocidade terminal ( determinada experimentalmente).
A relação entre a força peso, a força de atrito e a força de empuxo é dada por:
P  Fr + E

( ρs ( 4 π r3/3 ) g ) = ( 6 π r μ vt ) + ( ρL ( 4 π r3/3 ) g )


μ = (2/9) r2g (ρs – ρL) (1/vt)
Correção da velocidade terminal (Vt) com o efeito de borda , equação empírica:
Vt = Vmed . (1 + 2,4. r/R) ,
R raio da proveta , Vmed velocidade media da esfera na proveta

Materiais Utilizados e Reagentes Utilizados


 Balança Analítica;
 Termômetro;
 Provetas;
 Bolinhas de vidro;
 Cronômetro;
 Fita adesiva;
 Régua graduada.
 Detergente;
 Óleo comestível.

Metodologia
 Verificar a temperatura ambiente;
 Utilizando uma balança analítica, pesar 5 esferas de vidro (ρs = 2570 kg/m3)
 Com uma régua graduada medir o raio da proveta e também a distância dos
pontos marcados (Utilizando a fita adesiva marcar um ponto superior e um ponto
inferior na proveta, estes pontos devem estar abaixo do nível do óleo);
 Jogar uma esfera de vidro no centro da proveta. Quando esta ultrapassar a
Repetir a experiência com as outras 4 esferas de vidro.

Figura 2- Ilustração das marcas na proveta


Dados obtidos

Nome: ___________________________________________________________
Data: ___/___/___
Temperatura _____ºC
Massa do óleo = _____________________
Massa do detergente = _________________
Massa média das bolinhas de vidro (1) = _____________________
Massa média das bolinhas de vidro (2) = _____________________
Diâmetro da proveta com óleo = _______________________
Diâmetro da proveta com detergente = _______________________
Distância entre as faixas para a proveta com óleo = ________________
Distância entre as faixas para a proveta com detergente = ________________

Tabela 1 - Tempo (seg.) que as esferas demoram a percorrer a trajetória na proveta

Óleo comestível Detergente Outro Fluido


Esferas de vidro
Tempo (s) Tempo (s) Tempo (s)





Média

Procedimento de cálculo

1. Determinação do raio da esfera de vidro;


2. Correção da velocidade terminal;
3. Cálculo da viscosidade dinâmica;
4. Cálculo da Força de atrito;
5. Cálculo do erro percentual da viscosidade dinâmica (Pesquisar na literatura
os valores das viscosidades teóricas).
Experimento 08 – Estudo cinético de uma reação (Lei da vel. inicial)
ORDEM DE REAÇÃO E CONSTANTE DE VELOCIDADE

Objetivo Geral

Determinar a ordem da reação e a constante de velocidade da oxidação do íon


- -
iodeto (I ) pelo íon persulfato (S2O8 )

Aplicação: Cinética, lei da velocidade inicial, cálculo de reatores.

Revisão Bibliográfica

A oxidação do íon iodeto pelo íon persulfato é dada pela seguinte reação:

2 I- + S2O8-2  I2 + 2 SO4-2 (oxidação do iodeto) (1)


Amido

A formação do complexo amido-iodo dá uma coloração azul ao sistema reacional


indicando que a oxidação do iodeto ocorreu. Como trata-se de uma reação
extremamente rápida, não haveria tempo para cronometrá-la a menos q ue haja
uma reação secundária que retarde a formação do iodo. Sendo assim é adicionado
ao sistema reacional o tiossulfato de sódio. Este reagente secundário tem a função
de reduzir o iodo formado (ver reação (2)) na mesma velocidade em que o mesmo
é oxidado pela reação principal (1). Desta forma, o aparecimento da coloração
azul é retardada até que todo o íon tiossulfato tenha sido consumido, dando
tempo para que a reação principal possa ser cronometrada.

I2 + 2 S2O3-2  2 I- + 2 S2O3-2 (redução do iodeto) (2)


Amido

Fazendo,
“A” = I-
“B” = S2O8-2
“T” = S2O3-2

Aplicando a lei de velocidade inicial e o Método do isolamento, é possível


determinarmos a ordem global desta reação bem como sua constante de velocidade:

- d(CB)/dt = (-rB) = K1 (CA)n (CB)m (ordem global m+n)


Como as velocidades das reações (1) e (2) são equivalentes, podemos escrever:
Δ(CB)/Δt = ½ Δ(CT)/Δt  Δ(CB) = ½ Δ(CT) (3)
Ao alterarmos a concentração inicial dos reagentes (lei da velocidade inicial) a
velocidade das reações irão aumentar proporcionalmente, o que significa, um
tempo cronometrado cada vez menor. No entanto a concentração do íon persulfato
[ S2O8]-2 que reage até o aparecimento da coloração azul na solução será sempre
igual à metade da concentração do íon tiossulfato (equação 3) que reagiu.

Determinação da Ordem

Variando a concentração de iodeto e mantendo a concentração de persulfato


constante, encontra-se o valor de n:

(-rB) = K1 (CAo)n (CBo)m (4)

Aplicando o método do isolamento, ou mantendo a concentração do íon persulfato


em excesso, temos;

(-rB) = K’ (CAo)n , Linearizando esta equação teremos;

log (-rB) = log K’ + n log (CAo) , onde K’ = K1 (CBo)m

- log(ΔCB . 1/Δt) = log K’ + n log (CAo)  log(ΔCB) + log(1/Δt) = - log K’ – n log (CAo)

log(1/Δt) = [ -log K’ - log(ΔCB) ] – n log (CAo) , fazendo α = [ -log K’ - log(ΔCB) ] = cte.

log(1/Δt) = α – n log (CAo)

Desta forma, é possível determinarmos a ordem n para o regente iodeto a partir


do gráfico da velocidade inicial em f unção da variação de sua concentração inicial
como mostra a Figura 1:

Figura 1 - Representação gráfica da função log 1/Δt versus log (CAo)


Por outro lado, variando-se a concentração de persulfato e mantendo a
concentração de iodeto constante, encontra-se o valor de m:

(-rB) = K1 (CAo)n (CBo)m (4)

(-rB) = K’’ (CBo)m , Linearizando esta equação teremos;

log (-rB) = log K’’ + m log (CBo) , onde K’’ = K1 (CAo)n

- log(ΔCB . 1/Δt) = log K’’ + m log (CBo)  log(ΔCB) + log(1/Δt) = - log K’’ – m log (CBo)

log(1/Δt) = [ -log K’’ - log(ΔCB) ] – m log (CB) , fazendo β = [ -log K’’ - log(ΔCB) ] = cte.

log(1/Δt) = β – m log (CBo)

O gráfico desta equação linear está esquematizado na Figura 2 abaixo :

Figura 2 – Representação gráfica da função log 1/Δt versus log [CBo]

Finalmente, com as ordens n e m determinadas e a partir da escolha de um dos dados


das concentrações iniciais dos reagentes ( reação 6) associado a sua velocidade
de reação, é possível determinar a constante de velocidade K1 !. (obs. Pode-se
também calcular esta constante a partir da média das velocidades para diferentes
concentrações iniciais).

Materiais Utilizados

 Beckers;
 Pipetas;
 Cronômetro;
 Termômetro.
Reagentes Utilizados

 Iodeto de Potássio (KI);


 Água destilada;
 Amido;
 Persulfato de potássio (K2S2O8);
 Tiossulfato de sódio (Na2S2O3)

Metodologia

 A partir das soluções de :


KI (0,3 M) , Na2S2O3 (0,02 M) , K2S2O8 (0,1 M), amido e água destilada

Preparar as seguintes combinações em duas séries de beckers, conforme o quadro


abaixo:
(Massa molar do KI = 166 g/mol; Na2S2O3 = 248,18 g/mol ; K2S2O8 = 270,32 g/mol)

Beckers "A" Beckers "B"


Condição
Numero KI (ml) S2O3 (ml) Número H2O (ml) S2O8-2 (ml) Amido (gotas)
1 10 1 1 8,6 0,4 4
KI 2 10 1 2 8,2 0,8 4
constante 3 10 1 3 7,8 1,2 4
4 10 1 4 7,4 1,6 4

5 0,4 2 5 7,6 10 4
S 2 O8 6 0,8 2 6 7,2 10 4
constante 7 1,2 2 7 6,8 10 4
8 1,6 2 8 6,4 10 4

Total Uso Reagentes 44 12 60 44 32

 Depois de preparar t odas as soluções acima, misturar o conteúdo do Becker


(A) ao becker (B). Acionar o cronômetro até o aparecimento da cor azul e
anotar o tempo;
 Repetir esse procedimento para todas as outras combinações.

Dados obtidos

Nome: ___________________________________________________________
Data: ___/___/___
Temperatura Ambiente: _____ºC
Temperatura do experimento:_____ºC
Combinações Tempo
AeB (s)
1
2
3
4
5
6
7
8
Procedimento de cálculo

1. Cálculo das concentrações de I- ; S2O8-2


2. Plotar as curvas do logaritmo do inverso do tempo versus o logaritmo das
concentrações iniciais do iodeto e do persulf ato;
3. Determinar os parâmetros da correlação linear e determinar os valores m e n;
4. Determina a ordem global e;
5. Calcular o valor da constante de velocidade da reação;

EXIBIR A EQUAÇÃO DA TAXA DE REAÇÃO QUÍMICA E EXPLICITAR SUAS APLICAÇÕES.


Experimento 09 – Equação de Arrhenius – Energia de ativação

Objetivo Geral

Determinar a energia de ativação da reação de oxidação do íon iodeto pelo


persulfato e a const ante de Arrhenius A.

Aplicação: Cinética e cálculo de reatores químicos.

Revisão Bibliográfica

Na maioria dos casos a velocidade observada de uma reação química aumenta com o
aumento da temperatura, embora a extensão deste aumento varie muito de reação
para reação. Em termos de equação de velocidade, a causa da velocidade variar
com a temper atura, r eside no fato de que a constante k, também varia com a
temperatura devido ao aumento dos choques (interação) intermoleculares dos
reagentes. A relação entre ambas f oi descoberta em 1887 por Van’t Hoff e,
independentemente, em 1889 por Arrhenius.
A equação de Arrhenius perm ite calcular a variação da constantede velocidade numa
reação com a temperatura. Ela pode ser usada para determinar a energia de
ativação de uma reação expressa por:

K = A exp(-Ea/RT) , ln K = ln A – Ea/RT
Onde:

K é constante cinética da reação;


Ea é a energiade ativação;
T é a temperatura absoluta (K);
R é a constante dos gases;
A é o fator de colisão (ou fator de frequência) entre as moléculas dos reagentes.

O perfil linear desta equação está mostrado na Figura 3 abaixo:

ln K

Ea/R

1/T

Figura 3– Gráfico de lnk versus 1/T.

Portanto a Energia de ativação pode ser conhecida a partir do coeficiente


angular da reta é Ea/R.
Materiais utilizados

 Becker;
 Pipetas;
 Cronômetro;
 Termômetro;

Reagentes utilizados

 Iodeto de Potássio (KI);


 Água destilada;
 Amido;
 Persulfato de potássio (K2S2O8);
 Tiossulfato de sódio (Na2S2O3).

Metodologia

Para determinar a constante cinética para diferent es temperaturas (no caso três),
vamos escolher uma das composições do experimento anterior – por exemplo, a
de número 1 mas poderia ser qualquer outra !:

Apartir das soluções prontas, preparar as seguintes combinações em duas séries de


beckers. Conforme as tabelas abaixo:

Tabela 1 – Dados referentes ao Becker A


Ensaio KI (ml) S2O3 (ml) Amido (gts)
1 10 1 4
2 10 1 4
3 10 1 4
OBS: Preparar três pares para a mesma composição e fazer média dos resultados.

Tabela 2 – Dados referentes ao Becker B


Ensaio Agua (ml) S2O8 (ml)
1 8,6 0,4
2 8,6 0,4
3 8,6 0,4

Depois de preparar todas as soluções, levar ao aquecimento em pares, conforme a


tabela abaixo (a temperatura deverá ser escolhida pelo professor ou monitor):
Ensaios A/B Temperatura (C)
1
2
3
Após atingir a temperatura desejada, misturar os pares correspondentes e acionar o
cronômetro. Parar o cronômetro após a mudança de coloração e anotar o tempo.

Dados obtidos

Nome: ___________________________________________________________
Data: ___/___/___
Temperatura Ambiente: _____ºC

Ensaios tempo (s) Temperatura© Constante (K)


media de
1, A/B
t1, t2 , t3
media de
2, A/B
t1, t2 , t3
media de
3, A/B
t1, t2 , t3

Procedimento de cálculo

1. Determinar a constante de velocidade para as temperaturas estabelecidas, a partir


da equação (6) do experimento 02
2. Considerar também o resultado da constante e de velocidade obtida a partir
da temperatura ambiente do experimento 02;
3. Determinar a energia de ativação através do gráfico ln k versus 1/T.
Experimento 10 – Jar Test para testes de coagulação na água

Descrição

O “Jar-Test”, ou Teste de Jarros, é um ensaio em feito em bancada, que reproduz as


condições do processo de coagulação/floculação da estação de tratamento de água, em
busca da condição operacional que resulte na melhor eficiência possível, considerando-
se as características da água a ser tratada, com a aplicação de reagentes e controle dos
parâmetros envolvidos no processo. O ensaio pode ser feito para a elaboração de
projeto, ou adequação deste a uma nova situação de característica da água,
monitoramento e ajuste do processo de tratamento desta, além de teste de eficiência
de novos reagentes. O equipamento de ensaio pode receber o mesmo nome deste (“Jar-
Test”), “Turb-Floc”, ou, simplesmente, misturador, que consiste de seis pás capazes de
operar com velocidade variável de 0 a 100 rpm (rotações por minuto). Quando se realiza
o ensaio, são colocados dois litros de água em cada jarro, ou becker, os quais são
dosados com diferentes quantidades de coagulante, simultaneamente, sob agitação
máxima (100 rpm), por cerca de um minuto. Após a mistura rápida para dispersar o
coagulante, as amostras são agitadas vagarosamente para a formação dos flocos e,
depois, deixa-se decantar. O tempo e intensidade de agitação podem ser variáveis, de
modo a reproduzir a situação real da estação de tratamento de água, ou a buscar a
melhor condição física operacional, se houver possibilidade de ajuste de tempo de
detenção e gradiente de velocidade nas diversas fases de tratamento na estação.

Depois de algum tempo desliga-se o equipamento, aguardando um tempo


correspondente ao tempo de detenção na etapa de decantação. São observadas e
anotadas, então, a natureza e as características de decantabilidade dos flocos, em
termos qualitativos, ou seja, pobre, regular, boa ou excelente. Uma amostra nebulosa
indica coagulação pobre, enquanto que a coagulação satisfatória contém flocos que são
bem formados, com o líquido apresentando-se claro entre partículas. A menor dosagem
que fornece boa remoção de turbidez durante o “Jar-Test” é considerada como a
primeira dosagem experimental na operação da estação de tratamento. Geralmente, a
estação de tratamento fornece melhores resultados que um “Jar-Test”, com a mesma
dosagem. Para pesquisas ou estudos especiais, os jarros usados no ensaio podem ser
modificados para reproduzirem mais aproximadamente as unidades de mistura
construídas nas estações de tratamento. Tendo em vista a influência das características
da água a ser tratada na dosagem de coagulante a ser aplicada, podem ser conduzidos
estudos adicionais para a determinação da aplicação ótima de produtos auxiliares de
coagulação/floculação, em conjunto com o coagulante primário.

Testes

O primeiro passo deve ser feito antes mesmo da partida do processo. O efluente deve
ser caracterizado no que se refere às suas propriedades físico- químicas e determinar a
concentração e dosagem de coagulante que deve utilizado, assim como as
concentrações das soluções de ácido e base que serão usadas no ajuste de pH. Após a
decantação, pode-se medir o pH, turbidez, cor, matéria orgânica e sólidos suspensos e
sólidos dissolvidos.
Experimento 11 – Reator Batelada, verde malaquita com hidróxido de sódio

Nesta etapa serão propostas algumas aulas envolvendo o uso do seu Módulo Didático
Reatores Ideais. A aula proposta pode ser realizada tanto no reator Bateada, CSTR
quanto no PFR (a sugestão é que se faça nos dois para uma comparação). A seguir serão
descritos os procedimentos para a coleta de dados e o alinhamento e pré-operação dos
reatores Batelada, CSTR e PFR virão na sequência.

A reação que sugerimos é a reação do verde malaquita com hidróxido de sódio, de


acordo com a reação estequiométrica:

𝐶𝐻𝐶𝑙𝑁+𝑁𝑎𝑂𝐻→𝐶𝐻𝑂𝐻𝑁+𝑁𝑎𝐶𝑙

Os tanques de reagentes devem conter uma solução de verde malaquita 7,0x10-5 mol/L
(TQ01) e outra de hidróxido de sódio 3,0x10-2 mol/L (TQ-02).

Pode-se variar as proporções dos reagentes no reator através da variação das relações
das suas vazões. Lembrando que será trabalhado com relações molares, portanto, deve-
se atentar para o fato de que a vazão medida no rotâmetro é volumétrica e a conversão
para vazão molar pode ser feita conhecendo as massas especificas e as massas molares.
Como a solução é muito diluída é razoável considerar que a massa específica dos
reagentes é a mesma que a da água pura. A sugestão é que se trabalhe com variados
tempos de residência e variadas razões molares para os reagentes, assim como para
temperatura de reação.

Tabela 9 - Massa Molar dos Reagentes (g/mol).


Componente Massa Molar (g/mol)
Verde Malaquita 365
Hidróxido de Sódio 40

Procedimento

Antes de iniciar a reação propriamente dita vale um comentário a respeito de uma


possível forma de análise da composição do sistema. A solução de verde malaquita é
verde. A solução resultante após a reação é incolor. Então, uma possibilidade é
determinar a concentração de verde malaquita na solução através de um
fotocolorímetro. Para isso deve-se fazer uma curva de calibração da transmitância
versus concentração de uma solução de verde malaquita. O fotocolorímetro deve ser
ligado na posição de transmitância e no comprimento de 615 nm. O valor da
transmitância para água pura deve ser de 100,0 (branco).

Alimentar 500 mL da solução de hidróxido de sódio e 500 mL da solução de verde


malaquita, simultaneamente em um Becker de 1,5 litros. Iniciar a medida de tempo de
reação. Retirar amostras da solução reagente a intervalos regulares (a cada 30
segundos) e medir a transmitância da mesma. Em seguida transformar os valores de
transmitância para os diversos tempos em uma curva de concentração de verde
malaquita (fazer a curva de calibração antes) em função do tempo de reação. Calcular
os valores da conversão em função do tempo e construir esse gráfico.

Plotar – ln(1 – XA) contra o tempo e através da inclinação da reta encontrar a


constante cinética de reação (para uma reação isotérmica). É possível realizar o
experimento em diferentes temperaturas. Para isso utilizar uma das bombas de
alimentação para fazer recircular a mistura reagente, removendo a mesma do reator
CSTR, passando pelo trocador de calor e retornando para o reator.

Repetir a reação para diferentes temperaturas encontrando diferentes valores para a


constante cinética de reação. Fazer o gráfico de ln k versus 1/T.De acordo com a equação
de Arrhenius, como relacionar os coeficientes da equação da reta com o fator de
freqüência e a energia de ativação?
Experimento 12 - Cinética através de medidas de condutividade (hidrólise
do acetato de etila com Soda Cáustica)

Descrição

Para estudos de reações incluindo condutividade, uma reação que é utilizada com
frequência para este fim é hidrólise do acetato de etila com hidróxido de sódio. A reação
de saponificação do acetato de etila é dada por:

𝐶𝐻𝐶𝑂𝑂𝐶𝐻+𝑁𝑎𝑂𝐻→𝐶𝐻𝐶𝑂𝑂𝑁𝑎+𝐶𝐻𝑂𝐻

Esta reação é de primeira ordem relativamente a cada um dos reagentes.


𝑟=𝑘[𝐴𝑐𝐸][𝑁𝑎𝑂𝐻]

A constante cinética a 20°C, 𝑘=7,41𝑥10 𝑚𝑚𝑜𝑙.𝑠 e a energia de ativação 𝐸=49 .724 𝐽𝑚𝑜𝑙

A concentração do acetato de etila pode ser seguida por condutimetria. A condutância


elétrica é o inverso da resistência e tem unidades de Siemens, habitualmente designada
por S (siemens).

A condutância elétrica de uma solução G é a medida da sua capacidade de conduzir a


corrente elétrica. A condutividade (condutivímetro) vem normalmente expressa em
Scm-1 ou Sm-1.

Numa solução apenas os íons conduzem a corrente elétrica. Para soluções diluídas a
condutância é proporcional à sua concentração. A condutância de uma solução
contendo vários íons é obtida, para soluções diluídas, adicionando as diferentes
condutâncias:

𝐺=∑𝜆,𝐶/𝜃 ,Sendo 𝜆, a condutância específica molar do componente i A constante do


eletrodo 𝜃 é fornecida pelo aparelho. Existem tabelas contendo as condutividades
molares de diferentes íons a diluição infinita 𝜆 .

Uma vez que durante a reação de saponificação há o desaparecimento de um íon (OH-)


e o aparecimento de outro (CH3COO-) com condutividades molares muito diferentes,
seria em princípio, possível acompanhar a conversão da reação através da equação:
𝐶=𝐶 𝜆 −𝜆 ,
Já que as condutividades molares a diluição infinita de todos os reagentes e produtos
existem tabeladas.

Entretanto, verifica-se que mesmo para concentrações de 0,1 M de hidróxido de sódio


ou acetato de sódio, estas constantes apresentam um erro importante. Assim, teremos
que encontrar um procedimento alternativo de calibração do método de análise que
nos permita seguir a conversão da reação em estudo com uma maior exatidão. Este
método passa por medir a condutividade molar de diferentes íons, numa região próxima
das concentrações de trabalho. Assim, começa-se por medir a condutividade (ko) duma
solução de hidróxido de sódio com concentração CNaOH, igual à concentração inicial a
ser usada na reação de saponificação. Isto nos permite ter acesso à condutividade molar
dos íons do hidróxido de sódio e, assumindo dependência linear com a concentração,
traçar a curva de condutividade em função da concentração de hidróxido de sódio (linha
1 na Figura 17). Em seguida, mede-se a condutividade do produto da reação, para reação
completa (𝑘), obtendo assim a condutividade molar dos íons acetato de sódio.

Para garantir conversão total (ou aproximadamente total), deverá ser usado um excesso
de 10 a 20% molar de um dos reagentes, relativamente à quantidade estequiométrica.
No caso de se usar o acetato de etila como reagente em excesso, através da
estequiometria da reação e das concentrações iniciais dos reagentes, é possível calcular
a concentração final do acetato de etila:
𝐶=𝐶−𝐶
Sendo, 𝐶 𝑒 𝐶as concentrações iniciais de acetato de etila e hidróxido de sódio. Note
que a condutividade do acetato de etila é nula (não iônico) e a da água é desprezível
(<2PScm1), desde que a mesma seja destilada e preferencialmente deionizada. Com
estes dois pontos, consegue-se traçar a curva de calibração, que deverá ter a forma
apresentada na Figura 17.

A equação da curva de calibração da condutividade da solução reacional em função da


concentração de hidróxido de sódio presente será:
𝐶=𝐶𝑘−𝑘 𝑘−𝑘
Uma vez que a reação obedece a uma estequiometria conhecida, é fácil obter a
concentração do acetato de etila:
𝐶=𝐶−𝐶−𝐶

Ou, em termos de conversão de hidróxido de sódio (reagente limitante):


𝑋=𝐶−𝐶 𝐶
Neste modo de proceder está implícito que a condutividade do meio reacional varia
lentamente com a conversão, dentro dos limites de concentração considerados.

Para uma concentração inicial em acetato de etila de 0,125 M e em hidróxido de sódio


de 0,100 M (M=1,25), o gráfico xNaOH em função do tempo é apresentado na Figura
18.

A constante cinética k, pode ser feita pelo método integral.


Experimento 13 – Velocidade da Reação de Hidratação do Anidrido
Acético

Objetivo Geral

Determinar a velocidade da reação de hidratação do anidrido acético através do


método da condutividade elétrica.

Aplicação: Cinética, Lei da velocidade Integrada, cálculo de reatores.

Revisão Bibliográfica

A cinética de uma reação pode ser estudada por métodos simples de análise,
como por exemplo, titulação, condutimetria, espectrofotometria entre outros,
onde a nos quais é possível avaliar o avanço da reação.
O método da condutividade elétrica é um método eletroquímico de análise onde
se utiliza o condutivímetro através de medidas da condutância do sistema
reacional. A partir dos dados obtidos pode-se avaliar a constante de velocidade
da reação e determinar a o rdem da reação. Neste caso, iremos utilizar aqui a lei
da velocidade integrada.
A reação de hidratação do anidrido acético pode ser acompanhada pela formação
do ácido acético e pelo aumento da condutividade do sistema reacional devido
a formação do íon protiônico de acordo com o avanço da seguinte reação.

C4H6O2 + 2 H2O  2 CH3COOH + 2 H+

O método consiste em medirmos a condutividade do sistema reacional durante a


reação de hidratação, sem a necessidade de retirarmos alíquotas. Considerando que a
reação é pseudo-uni-molecular de 1ª ordem em virtude da concentração da água ser
considerada constante durante toda a reação, podemos portanto partir da solução
da equação diferencial de primeira ordem dada pela Eq uação (2), plotar os dados
experimentais a este modelo matemático. Caso a corr elação se verifique com um
bom ajuste de pontos, podemos inferir que a cinética desta reação seg ue um
modelo de primeira ordem.

K = ln [ (Kw – Ko) / (Kw – Kt) ]

Onde :

Ko é a condutividade para o tempo inicial ( t = 0);


Kt é a condutividade para um tempo t;
Kϖ é a condutividade ao final do processo;
t é o tempo de reação;
K é a constante de velocidade da reação.
K é a condutvidade dada µmho/cm, mho/cm, µS/cm ou mS/cm (Simens = 1/ohm)
A figura 1 abaixo mostra um perf il apr oximado dos dados experimentais de
condutividade em função do tempo.

Figura 1 – Variação da condutividade da reação de hidratação do anidrido acético


com o tempo. X – condutividade variável e a – constante.

Materiais utilizados

 Condutivím etro;
 Célula de condutividade;
 Cronômetro;
 Pipeta;
 Becker.

Reagentes utilizados

 Anidrido acético concentrado;


 Água destilada.

Metodologia

 Lavar a célula de condutividade com água destilada e em seguida mergulhar


em um becker com água destilada;
 Medir a condutividade específica da água destilada;
 Colocar em dois beckers de 100 ml a quantidade de água correspondente
indicada na tabela 1 abaixo e completar com anidrido acético. Observar o limite
inicial de separação entre as duas fases;

Tabela 1 – Volume das amostras


Ensaio Vol do anidrido acético (ml) Vol da água destilada (ml) Vol Total (ml)
1 3 97 100
2 5 95 100
Mergulhar a célula de condutividade na solução e agitá-la levemente, ligar o
cronômetro e fazer a primeira leitura da condutividade (K0) ;
Medir a variação da condutividade a cada minuto até que seu valor da
permaneça constante (Kϖ), o que significa que praticamente todo o anidrido
acético foi hidratado.

Dados obtidos

Nome: ___________________________________________________________
Data: ___/___/___
Temperatura Ambiente: _____ºC
Temperatura do experimento:_____º C
KH2O = ________________
t (s) K1 (μS/cm) K1 (μS/cm) Kw-Ko Kw-Kt ln[(Kw-Ko)/(Kw-Kt)]

Procedimento de cálculo

1. Para eliminarmos a condutividade “ residual” da água ou do solvente, corrigir


a variação da condutividade de acordo com equação abaixo, inclusive para o
tempo t=0:
Ko , Kt , Kw = (Kw – KH2O)

2. Preencher o quadro de respostas de acordo com os dados experimentais;


3. Demonstrar a Equação (2) a parir da equação diferencial estabelecida para um
modelo de primeira ordem.
4. Plotar os dados experimentais da variação da condutividade com o tempo
(ver Figura 1).
5. Fazer um gráfico Linearizando os dados experimentais de acordo com a
Equação (2) acima e,
6. Determinar graficamente o valor da constante de velocidade
Experimento 14 – Eletroquímica , Lei de diluição de Ostwald

Objetivo Geral

O objetivo deste experimento é calcular o grau de dissociação do cloreto de


potássio (eletrólito f orte) e do ácido acético ( eletrólito fraco).

Aplicação: Eletroquímica.

Revisão Bibliográfica

Para os condutores metálicos, as seguintes equações são empregadas:

V = RI , R = ρ L/A , K = 1/R , k = 1/ρ

Onde:
V = força eletromotriz em volts;
I = Intensidade de correntes em amperes;
R = Resistência em ohms;
K = Condutância em ohms-1 ou mhos;
 = resistividade (ohms.cm);
k = condutividade , ohm-1.cm-1 ;
l = Comprimento em cm;
A = Área em cm²;

Usando uma ponte de W heatstone (pesquisar na literatura) de corrente alternada,


uma célula de condutividade contendo um eletrólito obedece a mesma Lei de
Ohm, isto é, corrente (alternada) proporcional a força eletromotriz, V. Pode -se o
grau de dissociação para eletrólitos fortes e fracos a partir da determinação de
sua condutância. Para condutores iônicos (eletrólitos) o valor medido é sua
condutividade, k, definida como uma propriedade da solução capaz de conduzir cargas
iônicas.
A constante da célula de medida de condutividade é dada por C = L/A , onde L é
a distância entre os eletrodos e A sua área. Combinando as equações acima temos:

K = L/(RA)
A condutância equivalente m é obtida quando multiplicamos a condutância
específica pelo volume da solução expresso em cm³, q ue contem um equivalente
do eletrólito. m = kv (ohm-1 x cm2 x eq-1)

Sabemos que c é a concentração da solução em equivalentes por litro,


consequentemente V=1000/c , Então:

m = K 1000 / c

Um equivalente é a quantidade de substância associada com o transporte de um


Faraday de eletricidade. Quando um mol transfere (n) Faradays de eletricidade,
aquele mol é igual a (n) equivalentes.

Apenas no caso de um mol ser associado com o transporte de um Faraday, o


mol e o equivalente são idênticos.

Ambas as condutâncias dependem da concentração do eletrólito, isto é, a


condutância específica aumenta com o aumento da concentr ação, enquanto que
a condutância equivalente aumenta com a diluição e atinge um valor m áximo à
diluição infinita (concentração zero).

A condutância equivalente à concentração zero de um eletrólito não é a


condutância equivalente do solvente puro, é a condutância equivalente da solução
quando os íons são afastados um do no outro no infinito, e por isso não tem interação,
são íons livres.

Kohlraush achou uma equação empírica para eletrólitos fortes:

m = mo – Kc x c0,5

Onde:
K é uma constante;
c0,5 é a raiz quadrada da concentração;
mo é a condutância equivalente à diluição infinita (c=0);
m é a condutância equivalente na concentração (c)

No gráfico, a relação entre m e c0,5 é linear até a concentração 0.001 N. No caso


de um eletrólito monovalente, a equação é válida dentro de poucos por centos
até a concentração 0,1N.

Soluções diluídas de muitos eletrólitos, por exemplo, ácidos acéticos não mostram
uma linha reta. Quanto a esses eletrólitos fracos, o valor da condutância
equivalente aumenta bruscamente quando c0,5 se aproxima de zero não podendo
ser calculado no valor de mo .
Quanto às unidades, a condutância pode ser ohms, microhms (10-6), miliohms (10-3).

Alguns eletrólitos conhecidos como eletrólitos fracos típicos. A constante de equilíbrio


para a dissociação pode ser calculada como:

Ka = ( α2 c ) / (1 – α)
Onde
 é o grau de dissociação e c é a concentração do eletrólito.

De acordo com a teoria de Arrhenius, a condutância equivalente a qualquer


concentração esta relacionada com o grau de dissociação pela equação:

α =  m /  mo

Ostwald aplicando o princípio da ação das massas à ionização obteve uma lei
de diluição g overnando a variação da condutância equivalente com a co ncentração.
A equação é dada a seguir:

K = (m2 c) / [mo (mo - m)]

Linearizando a equação anterior, temos a Lei da Diluição de Ostwald e podemos


encontrar agora graficamente a condutância molar à diluição infinita :
1/m = 1/mo + 1/(K (mo)2) . c m , equação linear do tipo y = a + b x

1/m

1/(K (mo)2)

1/mo

c m

Reagentes Utilizados

 Cloreto de potássio (KCl) – 0,1 M;


 Ácido acético (CH3COOH) – 0,1 M;
 Água destilada.
Materiais Utilizados

 Ponte de Wheatstone;
 Célula de condutividade;
 2 beckers de 250 mL;
 2 beckers de 100 mL.

Metodologia

 Antes de todas as medições, a célula de condutividade deve ser lavada com


água destilada. Entre duas medições, os eletrodos devem ser mergulhados na
água destilada, para não expô -lo ao ar;
31

 Medir a condutância da ág ua de Boqueirão. Pode-se observar que apresenta


um valor considerável, dado ao seu nível relativamente alto de salobridade.
Obs.: Não use água de Boqueirão para o preparo das soluções;
 Lavar bastante a célula de condutância com água destilada e em seguida
determinar a condutância específica da água destilada. A ág ua destilada tem
uma condutância específica de 10-6 ohm-1, o que é bastante para as medições;
 Medir a condutância específ ica de 200 mL de KCl 0,1N no becker. E em
seguida fazer diluições sucessivas para as seguintes concentrações: 0,1N;
0,05N; 0,02N; 0,005N; 0,001N; 0,0005N;
 Medir a condutância de 200 mL de ácido acético 0,1N e em seguida diluir as
soluções pela metade até a concentração 0,1N.
Dados obtidos

Tabela 1 - Eletrólito forte (cloreto de potássio)

Ensaio Concentração (N) Volumes (ml) K (S/cm) λm = K . 1000 / c c^0,5


1
2
3
4
5
6

Tabela 2 - Eletrólito fraco (ácido acético)


Ensaio Concentração (N) Volumes (ml) K (S/cm) λm = K . 1000 / c c^0,5
1
2
3
4
5
6

Procedimento de cálculo

1. Calcular a condutância equivalente para o KCl 0,1N e para o ácido acético


0,1N.
2. Fazer um gráfico com os valores da condutância equivalente versus a raiz
quadrada da concentração para os eletrólitos forte e fraco.
3. Preencher o quadro de respostas com os dados obtidos na parte experimental.
4. Calcular graficamente a condutância equivalente à diluição infinita para o KCl.
Experimento 15 - Volume molar parcial

Objetivo Geral

Medir as densidades de dif erentes misturas de etanol com água possuindo a


composição especificada a 20°C utilizando um picnômetro. Calcular o volume real
e o volume m olar médio da mistura para as misturas de etanol com água
investigadas e o volume molar parcial de cada líquido para as composições
selecionadas. Comparar estes valores com os volumes molares das substâncias puras a
20°C.

Aplicação

Princípios da termodinâmica, comportamento ideal e não ideal dos gases e n


líquidos, contração volumétrica, quantidade molar e quantidade molar parcial.

Revisão Bibliográfica

O volume vid e o volume molar médio Vid de uma mistura ideal dos componentes A e
B pode ser calculado se a composição quantitativa é conhecida.

XA = NA / (NA + NB) , XB = NB / (NA + NB) (1)

XA + X B = 1

XA : fração molar do componente A , XB : fração molar do componente B


NA : quantidade molar do componente A , NB : quantidade molar do componente B

É definido como volume médio molar de uma mistura ideal:

Vid = VA XA + VB XB (2)

Entretanto a adição assumida na equação (2) perde sua validade nos casos onde
há misturas reais (por exemplo, etanol e água). Os volumes r eais vr e Vr desviam
mais ou menos com relação aos volumes ideais devido à contração volumétrica,
mas ainda podem ser calculados se os volumes molares dos componentes puros A e B
são substituídos pelos volumes m olares parciais VA e VB q ue são independentes
da composição.

VA = (ꝺvr/ꝺNA)T,P,NB (3)
VB = (ꝺvr/ꝺNB)T,P,NA

Vr = vr/(NA+NB) = VA XA + VB XB (4)

A diferença entre os volumes molares médios definidos de acordo com as equações


(2) e ( 4) é designada como volume molar médio da mistura ΔMV e consiste em
uma medida intensiva do desvio de uma mistura com relação ao comportamento
ideal :

ΔMV = Vr – Vid = [(VA – VB) – (VA – VB)] XA + (VB + VB) (5)

A dependência dele na composição é descrita pela relação:

ꝺΔMV/ꝺXA = ꝺVr/ꝺXA - ꝺVid/ꝺXA = (VA – VB) – (VA – VB) (6)

em consideração na equação de Gibbs-Duhhem.

Correlações análogas podem ser formuladas para XB devido ao fato que :


XB = 1 – XA

Após substituir (6) em (5), as relações a seguir são obtidas:

VB = ΔMV – (ꝺΔMV/ ꝺXA) XA + VB (7)


e
VA = ΔMV – (ꝺΔMV/ ꝺXA) XB + VA

De acordo com isto, os volumes molares parciais dos componentes A e B para


as composições específicas (XA , XB) podem ser determinados se os volumes molares
das substâncias puras (VA , VB) e seus quocientes diferenciais ꝺΔMV/ꝺXA são
conhecidos.
Isto pode ser obtido como a tangente do gráfico que relaciona e ΔMV e XA Figura
2. Isto é, entretanto, melhor calculado derivando-se a correlação funcional ΔMV =
f(XA) para valores selecionados de XA .
Materiais utilizados

 Balança de precisa Sartorius CPA 623S, com software;


 Picnômetro, calibrado, 25 ml;
 Funil;
 Béquer de vidro, 50 ml;
 Pipeta de Pasteur.

Reagentes utilizados

 Álcool etílico;
 Água destilada.

Metodologia

O equipamento necessário para realizar este experimento deve estar previamente


montado.
Preparar as misturas de etanol com água nos frascos de boca estreita sobre a
balança do laboratório com uma composição de massa aproximada aos valores
especificados na Tabela 1, pesando o etanol dentro da massa pré-determinada de
água (com resolução na medição da massa de 0,001g). Fechar imediatamente os
frascos quando a massa desejada tiver si do obtida. Encher completamente
picnômetros secos, possuindo massa em vazio conhecida, com as misturas. Cubra-
os com uma lâmina de papel alumínio e posicione-os dentro do banho com
temperatura controlada por aproximadamente 30 min com uma temperatura de
equilíbrio de 20°C.
Logo após o tempo determinado, remova os picnômetros e pese-os após realizar
uma secagem cuidadosa nos mesmos.

Tabela 1- Misturas de etanol e água a serem investigadas

m(C2H5OH)/ g m(H20)/ g
1 30.6 1.35
2 29.35 2.85
3 27.90 4.70
4 26.20 6.85
5 24.15 9.45
6 21.60 12.65
7 18.35 16.75
8 14.15 22.10
9 8.35 29.40
Dados obtidos

Nome: ___________________________________________________________
Data: ___/___/___
Temperatura Ambiente: _____ºC
Temperatura do experimento:_____ºC

Tabela 2 - Dados de massas da mistura álcool/água depois do banho

Massa do picnômetro vazio m(C2H5OH) + m(H2O) / g


1_______________________________________________________
2_______________________________________________________
3_______________________________________________________
4_______________________________________________________
5_______________________________________________________
6_______________________________________________________
7_______________________________________________________
8_______________________________________________________
9_______________________________________________________
Experimento 16 - Lei de Boyle e Mariotte
Experimento 17 – Experiência dos gases ideais

Objetivo

Comprovar a validade das relações :

(P.V)/T = cte

P.V = n.R.T

Se n1 = n2  (P1.V1)/T1 = (P2.V2)/T2

Experimento 1

Fixe com a parafina uma vela no fundo de um “prato fundo”.


Encha o prato fundo com água e acenda a vela.
Cubra a vela acesa com um recipiente de vidro ou copo longo.

 Observe o nível de água dentro do recipiente de vidro.


 Discuta com os colegas a possível causa para o ocorrido.
 Lembre que a pressão interna e externa ao copo considera-se inalterada e a
temperatura dentro do recipiente aumenta. Tente medi-la com termopar.

Experimento 2

Encha uma lata de alumínio de bebida vazia com 50% de água.


Segure a lata com um suporte de “pega” e submeta esta lata com água ao
aquecimento até entrar em ebulição.
Rapidamente pegue a lara com o suporte de “pega” e entorne a lata de boca para
baixo sobre uma bacia com gelo e água, de forma a ficar 50% submersa na bacia.

 Observe o que ocorre com as paredes da lata de alumínio.


 Discuta com os colegas a possível causa para o ocorrido.
 Lembre que a pressão interna e externa a lata considera-se inalterada e a
temperatura dentro é maior antes de entorna-la sobre a bacia. Tente medi-la
com termopar, antes e depois de entorná-la.
Experimento 18 – Eficiência de separação de um ciclone
Cálculo das dimensões de um Ciclone, em função do diâmetro central (Dc) :
 Cálculo dimensional do ciclone, em função do diâmetro central (Dc) por : Cálculo da perda de carga do ciclone
a-) medidas padronizadas ou
b-) pela eficiência em função do diâmetro de corte das partículas.  Dados Práticos para o Cálculo de Ciclones
Determinação das curvas de eficiência fracionária do ciclone
Determinação da eficiência global do ciclone

a-) Método por medidas padronizadas

Onde, Q a vazão volumétrica do ar que passa pelo ciclone e R um parâmetro de projeto. Para as
famílias padronizadas de ciclones, o parâmetro R tem os valores mostrados na tabela abaixo.

Q : m3/h
Pela experiência de projetos, recomenda-se utilizar um fator de 20 a 40% de
segurança nos projetos, utilizando-se deste método, ou seja, Dc = (1,2 a 1,4)xDc (m) .

b.) Cálculo pela eficiência em função do diâmetro de corte das partículas

Estabelece-se uma eficiência e pelo gráfico, encontra-se


a relação dp/dpc.

Conhecendo-se dp, Q , ρs , ρ e µ , calcula-se Dc e as


outras dimensões :

Dc³ = 111,68 dpc² (ρs – ρ) Q


µ
Perda de Carga :

ρar densidade do ar
vi velocidade de entrada do ar no ciclone
ΔH parâmetro geométrico da configuração
A potência consumida pelo motor do exaustor (Wc) de forma a manter
a vazão volumétrica pode ser estimada por :

sendo que ƞ é o rendimento do exaustor.

c.) Dados Práticos para o Cálculo de Ciclones


PROCEDIMENTO

Uma corrente de ar a 30 oC e 1 atm arrasta partículas sólidas de ρs = XX g/cm3 cuja


vazão é de XXX m3 / min. Deseja-se projetar um ciclone Lapple para coletar 85 % das
partículas de XX μm em suspensão. ρ(ar 25 C) = 1,0 kg /m3 ; μ = 1,96 x10-5 Pa.s
Determine o diâmetro de corte das partículas e explique seu significado, assim como
todas as dimensões do ciclone.
Experimento 19 – Eficiência de separação de uma caixa de poeira

u
Q (m³/s) vt

dp (microns)

Velocidade média do fluido (u), direção x


u = Q/Area = Q/(HB) e tres. = L/u
Velocidade terminal da partícula (vt), direção y
vt = Q/Area = Q/(LB) e tqueda = H/vt

Utilizar : H = 0,10 . B , L = 3 . H , vt = 2,75 m/s (p/1 caixa)


Para mais caixas em série a velocidade reduz proporcionalmente

Qual o diâmetro da menor partícula que fica retida na câmara ?

tres. = tqueda

Para o Regime de Stokes e partícula esférica, temos :

dp = √[(18 µ vt)/(ρs – ρ)g]


EXEMPLO :
 A câmara de poeira abaixo esquematizada opera com 3 compartimentos.
Determinar a faixa de diâmetro retida em cada compartimento :

Dados : Q = 5.000 ft³/min , ρs = 3000 kg/m³ , ρ = 1,0 kg/m³


µ = 1,86 x 10ˉ⁵ kg/m-s , g = 32,2 ft/s² , φ = 1
1kg/m-s = 10 Poise = 10 P = 10 g/cm-s = 10 x 242 lb/ft-h = 10 x 0,0672 lb/ft-s
Viscosidade do Ar a 30 C = 1,86 x 10ˉ⁵ kg/m-s = 1,86 x 10ˉ⁵ x 10 x 0,0672 lb/ft-s = 1,25 x 10ˉ⁵ lb/ft-s

H = 1 ft

MÉTODO ANALÍTICO POR EQUAÇÕES


 Para L = L1 = 3 ft
vt = Q / (B x L) = 5000 / (10x3x60) = 2,78 ft/s
Tendo-se o valor da velocidade terminal, podemos calcular o dp a partir de gráficos,
ou ainda utilizar da equação em Regime de Stokes :
tqueda = tresidência  H/vt = L/um , vt = Hxum/L

 dp² = (18 µ vt)/(ρs – ρ)g  dp = √[(18 µ vt)/(ρs – ρ)g]


 dp = √[(18 x 1,25 x 10ˉ⁵ x 2,78)/(187,3 – 0,062)x32,2] = √[1,0375 x 10ˉ⁷] = 0,3221 x 10ˉ³ ft
dp = 0,3221 x 10ˉ³ ft x 1m/3,28ft = 0,0982 x 10ˉ³ m = 98,2 x 10ˉ⁶ m = 98,2 microns
 Para L = L1+L2 = 6 ft
vt = Q / (B x L) = 5000 / (10x6x60) = 1,39 ft/s
dp = √[(18 x 1,25 x 10ˉ⁵ x 1,39)/(187,3 – 0,062)x32,2] = √[1,0375 x 10ˉ⁷] = 0,2278 x 10ˉ³ ft
dp = 0,2278 x 10ˉ³ ft x 1m/3,28ft = 0,0695 x 10ˉ³ m = 69,5 x 10ˉ⁶ m = 69,5 microns

 Para L = L1+L2+L3 = 9 ft
vt = Q / (B x L) = 5000 / (10x9x60) = 0,93 ft/s
dp = √[(18 x 1,25 x 10ˉ⁵ x 0,93)/(187,3 – 0,062)x32,2] = √[1,0375 x 10ˉ⁷] = 0,1863 x 10ˉ³ ft
dp = 0,1863 x 10ˉ³ ft x 1m/3,28ft = 0,0568 x 10ˉ³ m = 56,8 x 10ˉ⁶ m = 56,8 microns

MÉTODO GRÁFICO dp dp vt = 2,78 ft/s vt = 1,39 ft/s vt = 0,93 ft/s


(microns) (ft) Re CD Re CD Re CD
20 0,0000656 0,904545 1,100554 0,452273 4,402214 0,30259968 9,834105
50 0,0001640 2,261363 2,751384 1,130682 11,00554 0,7564992 24,58526
70 0,0002296 3,165908 3,851937 1,582954 15,40775 1,05909888 34,41937
90 0,0002952 4,070454 4,952491 2,035227 19,80996 1,36169856 44,25347
100 0,0003280 4,522726 5,502768 2,261363 22,01107 1,5129984 49,17053
120 0,0003936 5,427272 6,603321 2,713636 26,41328 1,81559808 59,00463
140 0,0004592 6,331817 7,703875 3,165908 30,8155 2,11819776 68,83874
160 0,0005248 7,236362 8,804428 3,618181 35,21771 2,42079744 78,67284
180 0,0005904 8,140908 9,904982 4,070454 39,61993 2,72339712 88,50695
200 0,0006560 9,045453 11,00554 4,522726 44,02214 3,0259968 98,34105

 Para L = 3 ft , vt = 2,78 ft/s : Re ~ 4,8  dp ~ 105 microns


 Para L = 6 ft , vt = 1,39 ft/s : Re ~ 1,8  dp ~ 70 microns
 Para L = 9 ft , vt = 0,93 ft/s : Re ~ 5,0  dp ~ 55 microns
PROCEDIMENTO :

Construa uma Caixa de Poeira , com 3 caixas em série para uma vazão de
135 ft³/min.

Calcule os diâmetros de partículas que serão separados e compare com a


Classificação de partículas realizados nas peneiras de separação.
Experimento 20 – Experiência de Reynolds

1 - OBJETIVO

Determinação experimental do número de Reynolds (Re) Crítico para escoamento


de fluidos em condutos circulares. Determinação experimental da variação do coeficiente
de atrito com a vazão, num tubo circular reto de vidro. Observação das características dos
escoamentos laminar e turbulento.

2 - INTRODUÇÃO TEÓRICA

O número de Reynolds caracteriza o tipo de escoamento de um fluido num tubo.


Para determinar o valor de Re crítico, observa-se a transição do escoamento laminar para
turbulento. Para tubos circulares retos, a equação de Fanning,

P Lv 2
 2C f  m (1)
g D g

permite relacionar a perda de carga com cada um dos parâmetros condicionantes do tipo
de escoamento. Nesta experiência, será feita a determinação do fator de atrito de Fanning,
ou coeficiente de atrito, Cf, já que todas as outras grandezas podem ser medidas.
De acordo com a lei de Hagen-Poiseuille: P = 32 .  . vm . (L/D2) (2)

o fator de Fanning variará com Re segundo Cf = 16/Re, para o regime laminar. A literatura
fornece correlações do Fator de atrito em função de Reynolds para o escoamento
turbulento. Os resultados obtidos permitirão fazer a verificação experimental dessas leis e
correlações.

3 - EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

O equipamento consiste num tanque, dotado de válvula que permite o controle do


nível constante. O tanque descarrega água para um tubo de vidro cilíndrico horizontal. A
vazão de água através do tubo é regulada por intermédio de uma válvula no final do tubo
e é medida diretamente com auxílio de uma proveta graduada.
Na entrada do tubo e na região intermediária estão conectadas agulhas dosadora
de corantes (solução de azul de metileno) a fim de se visualizar as linhas de correntes.
As perdas de carga podem ser medidas por meio de um manômetro de tubo de
vidro em U, utilizando-se como líquido manométrico o tetracloreto de carbono colorido
com iodo metálico.

4 -PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1 - Acionar a alimentação de água para o tanque de nível constante;


4.2 - Abrir totalmente a válvula para a entrada de água no tubo;
4.3 - Regule as vazões desejadas de água através da válvula no final do tubo;
Obs.: As vazões devem ser tais que forneçam, no mínimo, (8) oito Re para o regime laminar
e (15) para o regime turbulento.
4.4 - Para cada vazão desejada, regular a dosagem das agulhas dosadoras de corante a fim
de fornecer uma fina linha de tinta e observar visualmente e atentamente o que
acontece;
4.5 - Para cada vazão, anotar a perda de carga no manômetro; se tiver

Obs.: O manômetro é inclinado para diminuir o erro de leitura no H, quando a perda de
carga for pequena

5 - CÁLCULOS E ANÁLISES DOS RESULTADOS

5.1 - Faça um gráfico em escala normal e, também, em log-log, do coeficiente de atrito


(fator de Fanning) em função do Re. Analise e comente.
5.2 - Determine, a partir dos gráficos acima;
a) O número de Reynolds crítico, pela descontinuidade gráfica e compare com o
resultado obtido pela visualização das linhas de corrente e com o valor esperado da
literatura.
b) O coeficiente angular das reta obtida no gráfico (log-log) e compare os resultados
com os fornecidos por literatura.
5.3 - Faça um gráfico em escala normal, da razão entre a perda de carga e a velocidade em
função do Re. Na mesma figura, grafique, a razão entre a perda de carga e o quadrado
da velocidade volumétrica em função do Re. Analise e comente.
5.4 - Repita o item 5.3 em escala log-log. Analise e comente.
Problema proposto: Se a experiência fosse realizada com um líquido viscoso (glicerina),
nas mesmas
condições do experimento, a que vazão seria atingido o regime turbulento? E se
usássemos o ar?

6 - SIMBOLOGIA

P = queda de pressão (perda de carga) medida

 = densidade
g = aceleração da gravidade (9,81 m/s2)
Cf = coeficiente de atrito (fator de Fanning)
L = distância entre as tomadas de pressão
D = diâmetro interno do tubo
vm = velocidade média do escoamento

 = viscosidade do fluido.

7 - BIBLIOGRAFIA

1 - BROWN, G. - Operaciones Básicas de la Ingenieria Química. Editorial Marin S/A,


Barcelona, 1955.
2 - PERRY, R. H. & CHILTON, C. H. - Manual de Engenharia Química. 5a ed., Guanabara Dois,
Rio
de Janeiro, 1980.
3 - WELTY, J. R. et all. - Fundamentals of Momentum, Heat and Mass Transfer. 3a ed., John
Wiley and
Sons, 1970.
4 - BENNETT, C. O. & MYERS, J. E. - Fenômenos de Transporte - McGraw-Hill do Brasil, São
Paulo, 1978.
Experimento 21 – Determinação da curva de uma bomba

1 - OBJETIVO

Este experimento tem como objetivo a determinação da curva característica de


uma bomba centrífuga, num circuito simples, variando-se as perdas de carga na
descarga e sucção da mesma.
É destacado o uso de parâmetros adimensionais, embora a experiência não
tenha flexibilidade para a variação do número de rotações e do diâmetro do rotor da
bomba.

2 - INTRODUÇÃO

Para uma bomba operando com fluido incompressível, sem cavitação, onde a
geometria da bomba é específica, o aumento da pressão pode ser expresso como:

P = f (Q , , , N, D) (1)

onde : P = diferença de pressão através da bomba (sucção e descarga); Q = vazão


volumétrica;

 = viscosidade do fluido;  = massa específica do fluido; N = velocidade de


rotação do rotor
da bomba; D = diâmetro do rotor, ou ainda:

P  Q N D2 
 f i ,  (2)
 N 2 D2  N D3  

ou seja: Pressão adimensionalizada = fi (vazão adimensionalizada, No de Reynolds)

Acima de um certo valor crítico do número de Reynolds, a correlação entre


pressão e vazão adimensionais é independente do no de Reynolds. Assim :

P  Q 
 f 2  (3)
N D 2 2
 N D3
e neste caso, a curva característica da bomba é única, desde que N e D sejam mantidos
constantes, vale para qualquer fluido incompressível.
3 - EQUIPAMENTO E MATERIAIS

Basicamente, o equipamento consta de uma Bomba centrífuga de 1/2 CV com


rotor de 10 cm de diâmetro e velocidade de rotação de 3480 rpm, acoplada a um Tanque
de 200 litros. Como acessórios temos Válvulas, Rotâmetro, Manômetros e Conexões. A
sucção e a descarga da Bomba são ligadas ao Tanque de tal maneira que o líquido circule
em circuito fechado. A medida da vazão será feita através de Rotâmetro e as medidas
de Pressão através do Manômetro tipo Buordon (na descarga) e de Tubo em U aberto
(na sucção) contendo mercúrio como fluido manométrico.

4 - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1 - Antes de ligar a Bomba, selar hidraulicamente o circuito (Tanque e Bomba);


4.2 - Com a Válvula na descarga completamente fechada e a Válvula na sucção
completamente aberta, ligar a Bomba e fazer as devidas leituras das pressões na sucção
e na descarga da bomba e e seguida regular pela descarga a vazão, desde a vazão
zero até a maior permitida pelo equipamento e, em seguida, diminuindo a vazão
até zero novamente ( verificação de erros por histeresse);
4.3 - Sem desligar a Bomba, fechar um pouco a Válvula na sucção (cerca de 25% ),
afim de simular perdas de carga na sucção e fazer as devidas leituras das pressões na
sucção e na descarga da bomba em função da vazão, desde a vazão zero até a maior
permitida pelo equipamento e, em seguida, diminuindo a vazão até zero novamente (
verificação de erros por histerese);
4.4 - Novamente, sem desligar a Bomba, fechar um pouco mais a Válvula na sucção
(cerca de 50%), e repetir o procedimento do item 4.3.
 NÃO FECHE A SUCÇÃO 100% , DEVIDO RISCO DE EXPLOSÃO DA BOMBA.

5 - CÁLCULOS E ANALISE DOS RESULTADOS

5.1 - Graficar, numa mesma figura, a curva característica H versus Q, para as três
situações
experimentais, onde:
H = Carga total da bomba ou altura manométrica, para o fluido escoante =
(P2-P1)/ g ;
sendo: P2 = pressão de descarga da bomba corrigida para a linha central da bomba;
P1 = pressão de sucção da bomba corrigida para a linha central da bomba;
g = aceleração da gravidade local;

 = massa específica do fluido escoante;


Q = vazão volumétrica obtida.
Analise e comente os resultados. Compare seus resultados com a curva
característica fornecida pelo próprio fabricante da bomba.

5.2 - Como não se pode obter a Potência no freio ou (real) da bomba, então grafique
a Potência hidráulica obtida versus Q e, também, a Eficiência da bomba versus Q
(vide figura 21.15 do FOUST et all.), para as três situações experimentais. Analise e
comente.

5.3 - Graficar a curva de pressão adimensional versus vazão adimensional.

Problemas propostos:
a) Sabendo-se que o tanque de descarga, da figura abaixo, tem um volume de 5 metros
cúbicos, e se a bomba utilizada no experimento fosse colocada neste circuito, onde o
comprimento da tubulação de sucção é de 10 m e da tubulação de descarga ou recalque
é de 40 m. Quanto tempo levaria para encher este tanque de descarga? OBS: Estas
tubulações são tubos da série 40 de aço comercial de 3/4” de diâmetro.

b) Qual seria o P registrado na Bomba durante a experiência no laboratório, para as


três situações experimentais, se tivéssemos bombeando 40 l/min de um óleo de
densidade 0,85g/cm3? E se fosse 5l/min?

6- BIBLIOGRAFIA
1- PERRY, R.H. & CHILTON, C.H.- Manual de Engenharia Química
2 - FOUST, A.S. et all. - Princípios das Operações Unitárias.
Experimento 22 – Medição de vazão em Calha Parshall
Referencial Teórico
A calha parshall é um trecho curto de canal com geometria de fundo e paredes que
acelera a velocidade da água e cria uma passagem por escoamento crítico. \a mediçõ de
nível é feita a montante da passagem pelo regime crítico e pode ser relacionada
diretamente à vazão. A vazão é determinada a partir da leitura da elevação do nível
dágua, em uma escala ou régua, colocada na seção convergente do canal.
As calhas parshall são dimensionadas com diferentes tamanhos, de forma a permitir a
medição em diferentes faixas de vazão. A principal vantagem das calhas é que existe
uma relação direta e conhecida, ou facilmente calibravel, entre a vazão e a cota.
A calha ou o vertedor tem a desvantagem do custo relativamente alto de instalação e
eventos de abrasão e choques com materiais podem gerar erros de medição.
No medidor parshall, utiliza-se um dispositivo com seção convergente com fundo em
nível, seção estrangulada (garganta), com fundo em declive e seção divergente com
fundo em aclive
Devem ser instaladas em canais que não se dispõe de altura suficiente para instação de
um vertedor de parede delgada, observando que o fundo do canal de saída deve ser
situado em um nível inferior ao do canal de entrada da calha parshall, com o fim de
assegurar que esta não trabalhe no regime de fluxo submerso.
A calha parshall nõ sofre influencia de líquidos contendo materiais em suspensão e por
isso é recomendada paea essa condição. A altura da lâmina d´água na seção
convergente é a medida do fluxo (vazão) através da calha.
Objetivos
Anotar a altura da lamina d´água e determinar a equação para a medição de vazão,
fazendo-se a leitura de vazão com balde e cronometro. Comparar opm a equação :
Q = 2,2 W H3/2 , W é o comprimento da zona de estrangulamento e H a altura.
Realizar no mínimo 10 medições em vazões diferentes.
Materiais
Tanque com água, bomba de água para recirculação, calha parshall
Balde e cronometro para medir vazão
Experimento 23 – Produção de Hidromel com Frutas
Elaborado por : ISABELE CRISTINE DE OLIVEIRA, aluno 10º. Sem
1. HISTÓRIA

A história do hidromel é tão cativante e rica como sua própria bebida. Sua origem,
assim como a origem de outras bebidas fermentadas como a cerveja e o vinho é
cercada de mistérios e pressuposições. Os debates sobre qual delas veio primeiro são
longos e continuam sendo discutidos por arqueólogos e historiadores até hoje, porém,
o hidromel leva vantagem sobre os outros por algumas razões.

A primeira é que diferente do vinho e da cerveja o hidromel não precisa do domínio da


agricultura para a sua produção, além de ser um recurso disponível o ano inteiro
(diferente de certos frutos e cereais). Outro ponto é o mel ser consumido e coletado
pelo homem, a milênios, de fato, bem antes do homem moderno. Assim como
os chimpanzés e outros primatas, nossos antepassados também apreciavam este
alimento.
É provável que o hidromel tenha sido descoberto e redescoberto em diversas regiões
em diferentes períodos históricos, mas imaginemos o seguinte cenário: um grupo de
caçadores do paleolítico se prepara para embarcar em uma expedição por vários dias.
Eles enchem seus odres com água (espécie de saco feito de pele), começam sua
jornada e encontram uma colmeia de abelhas. O grupo consome parte do mel e para
não desperdiçar o nutritivo alimento o resto é guardado em um dos odres
com água para o consumo no futuro junto com o resto da tribo. Após alguns dias os
caçadores retornam e percebem que o líquido "magicamente" foi transformado em
algo novo. Ao longo dos séculos o hidromel foi ganhando popularidade nas civilizações
e muitas vezes era relacionada aos deuses, concedendo a fama de uma
bebida milagrosa e sagrada. Os gregos por exemplo, que chamavam a bebida
de Ambrosia ou Néctar e acreditavam que o hidromel poderia prolongar a
vida, aumentar a saúde, força, virilidade e inteligência. Para eles, a bebida descia do
céu como o orvalho, antes de ser reunida pelas abelhas. Para os vikings era a bebida
predileta dos Deuses (e também deles). Já os celtas acreditavam em um rio de
hidromel que atravessava o paraíso, enquanto os anglo-saxões consideravam o
hidromel como a bebida que daria imortalidade, poesia e conhecimento.

A popularidade mística que mantinha o hidromel nos rituais em templos, fez dele um
remédio natural nos estudos iniciais da medicina ocidental. Na Inglaterra, houve uma
série de hidroméis aromatizados com ervas específicas colocadas para curar doenças,
como o hidromel feito com bálsamo para ajudar na digestão e expulsar a melancolia. O
nome para estes hidroméis temperados é Metheglin que vem da palavra "medcyglin",
que significa medicina.
Com o passar dos anos o hidromel diminuiu em produção no sul da Europa, onde as
uvas passaram a ser uma fonte mais barata e fácil de se manusear na produção de
vinhos. Mas, no Norte, onde as videira eram menos disponíveis, a popularidade
do hidromel continuou. Mesmo que a produção tenha recuando, ainda era utilizado
em muitos rituais em templos e nas grandes cerimônias, enquanto as ales, ou cervejas,
eram consumidas no dia a dia, conquistando de vez o público.
A mitologia do hidromel perdura até hoje, muitas vezes passando despercebida pela
maioria. O termo "lua de mel" vem da antiga tradição de dar aos recém casados
hidromel pelas primeiras noites, para se garantir uma união frutífera. E o pagamento
ao produtor do hidromel era muitas vezes aumentado dependendo da rapidez e se o
primogênito fosse homem.
2. CONCEITOS

O hidromel é obtido através da fermentação alcoólica da mistura de água e mel.


Quimicamente falando temos a seguinte fórmula:

Para tal temos a transformação do açúcar em álcool através de microrganismos


chamados de levedura. No hidromel, o açúcar funcionará como a comida da levedura.
Ainda como controle dos níveis de doçura do hidromel é necessário o controle de
gravidade específica.

SG (gravidade específica) - é a razão entre a densidade de uma substância (neste caso


o hidromel) e a densidade de uma substância de referência (também neste caso e
água). Equivalentemente, é a razão entre a massa de uma substância e a massa de
uma substância de referência para o mesmo volume dado.
A densidade específica da água é cerca de 1,00 g/ml e a densidade do açúcar
(sacarose) é de cerca de 1,59 g/ml. Por isso que, quanto maior a gravidade específica
de um hidromel, mais doce é.

OG (gravidade Original) – é a gravidade inicial da mistura que será fermentada e dará


origem ao hidromel.

FG (gravidade Final) – é a gravidade específica final do hidromel após passar pelo


processo de fermentação e estar pronto para o consumo.

Os níveis de doçura podem seguir as seguintes gravidades específicas (SG):

 SECO: 0,998 a 1,010


 SEMI-SECO: 1,011 a 1,020
 SUAVE: 1,021 a 1,030
 SOBREMESA: 1,031 e acima
Ou pelo método Brix.
BRIX / GRAUS (ºBX) – é o teor de açúcar de uma solução aquosa. Um brix é 1 grama de
sacarose em 100 gramas de solução e representa a força da solução como
porcentagem em massa. Assim, 10 Brix significa 10 gramas de açúcar em 100 gramas,
ou 10% de açúcar na solução. Então, quanto maior o Brix do hidromel, mais doce.

 SECO: - 0,52 a 2,56


 SEMI-SECO: 2,57 a 5,08
 SUAVE: 5,09 a 7,55
 SOBREMESA: 7,56 e acima

Outro processo importante é controlar o teor alcoólico da bebida. Conhecido como


ABV, pode ser calculado de algumas maneiras: baseado nos cálculos da gravidade
específica e Brix e/ou ainda através de equipamento para medição final da bebida,
Alcoômetro (utilizado neste caso para o experimento).
A equação que dá o teor alcoólico a partir das gravidades originais e final é:

𝐴𝐵𝑉 = (𝑂𝐺 − 𝐹𝐺) 𝑥 131,25


3. LISTA DE EQUIPAMENTOS

Há algumas formas de se produzir o hidromel a até formas mais profissionais e


industrializadas, neste o caso teremos uma lista de equipamentos simples, porém
adequada para o processo caseiro que foi realizado.

Balança de Gramas (1un) – essencial para a pesar as quantidades dos diversos


ingredientes da receita.

Termômetro – utilizado para medir as temperaturas em alguns momentos do


processos e controle do ambiente de fermentação.

Vasilhas fermentadoras – como esse experimento foi realizado para encontrar


o resultado da bebida com diversos misturas de ingredientes, foram utilizados
basicamente 5 vasilhames fermentadores.

Tubo de silicone transparente – utilizado nas trasfegas (processo de retirada da


bebida de uma vasilha para outra).

Tubo de Proveta 250ml – utilizado para as medidas de álcool das bebidas

Airlock – é um tipo de sistema de permite a saída de gás carbônico sem que


ocorra a entrada e de oxigênio e/ou partículas contaminadoras.
4. RECEITAS

O hidromel tradicional é obtido basicamente através de água, mel e fermentação. No


entanto há algumas variações nas quais podemos acrescentar, por exemplo frutas e
outras especiarias, neste caso conhecimento como melomel.
No experimento apresentado foram utilizadas as seguintes derivações:

 HIDROMEL TRADICIONAL
 HIDROMEL (MELOMEL) MORANGO COM GENGIBRE
 HIDROMEL (MELOMEL) UVA PASSA
 HIDROMEL (MELOMEL) LARANJA
 HIDROMEL (MELOMEL) MARACUJÁ

O processo de mistura, diluição de água com mel, e composição do fermento foi o


mesmo utilizado para todas as receitas. A diferença acontece a partir do momento de
acréscimo das frutas para a fermentação, veremos mais a frente com as fotos do
processo.
5. PROCEDIMENTO

Uma das medidas e cuidados importantes é a limpeza e organização do


experimento / processo. Todos os utensílios foram cuidadosamente higienizados com
sabão neutro e solução, água fervente e solução de álcool.

Após a higienização de todos os utensílios, as receitas pretendidas foram preparadas


com a pesagem e separação dos ingredientes.

Abaixo podemos ver as “matérias-primas” utilizadas.

Figure 2 - Mel flores silvestres


Figure 3 - Ingrediente Gengibre
Figure 4 - Ingrediente Laranja

Figura 1 - Ingrediente: Uva Passa Figura 6 - Ingrediente: Morango

Figure 2 - Mel flores silvestres


Em seguida foi realizado a diluição do mel em água, para esta receita 1/3. Uma parte
de mel para três de água.
Após a completa diluição, foi realizado o preparo do fermento para acrescentar no
preparo. O fermento utilizado é próprio para este tipo de receita, e seu preparo foi realizando
de acordo com as instruções do fabricante. O fermento da marca RED STAR, orienta para que
seja diluído seu conteúdo em 50 ml de água a uma temperatura de 35ºC pelo tempo de 15
minutos, para que haja a hidratação e “atividade” do mesmo, uma vez que em sua embalagem
está num estado de “dormência. Após este preparo foi adicionado a receita.

Figura 12 - Ingrediente: Fermento Figura 13 – Temperatura Figura 14 - Fermento Hidratado

Figura 15 - Fermento Adicionado a receita


6. ANÁLISES LABORATORIAIS

As receitas foram submetidas a análises laboratoriais das quais foram encontrados os


seguintes resultados:
TEOR
DENSIDADE
RECEITA PH ALCOÓLICO
(g/cm³)
(%)

HIDROMEL TRADICIONAL (MEL) 2,91 1,0537 0

HIDROMEL (MELOMEL) MORANGO C/


3,17 0,9904 11,8
GENGIBRE

HIDROMEL (MELOMEL)
3,44 0,9973 10,8
UVA PASSA

HIDROMEL (MELOMEL)
3,49 0,9914 11,7
LARANJA

HIDROMEL (MELOMEL)
3,04 0,9941 11
MARACUJÁ

HIDROMEL SECO
3,60 0,9982 11
(REFERÊNCIA)
Experimento 24 – Produção de Vinho de Uva, Cidra ou Mel
Tecnicamente o vinagre é um líquido ácido derivado do vinho, da sidra, da cerveja
ou de qualquer bebida alcoólica (praticamente de uma bebida alcoólica), através de uma
fermentação acetosa e que significa que o álcool se mistura com o oxigénio no ar.
O álcool é consumido e desaparece e transforma-se em ácido acético e água, no
entanto, o ácido acético confere ao vinagre o seu característico sabor acre e picante.
A fermentação acetosa que produz este ácido deve-se a um minúsculo microrganismo,
o bacilo do vinagre. Esta bactéria está presente no oxigénio e o seu sucesso deve-se aos
primeiros produtores de vinagre.

Foi só no ano 1878, quase 10 anos após se ter iniciado a fabricação do vinagre, que
o processo químico que o produz foi corretamente explicado pelo microbiologista
Hansen. Ele descreveu com precisão as três espécies de bactérias que atuam na
formação do vinagre. Estas bactérias consomem álcool e excretam ácido. Muitos
pensam que é a fermentação que dá ao produto final esta propriedade curativa
particular. Acham também que ela aumenta em muito os valores nutritivos do vinagre.
Ainda que originalmente os alimentos tenham sido fermentados para impedi-los de
apodrecer, o resultado desse processo dá sempre um gosto melhor do que o original,
daí serem tantos os amantes das conservas do vinagre.
Além do ácido acético, o vinagre possui os elementos nutritivos essenciais dos alimentos
utilizados na sua fabricação. Por exemplo, o vinagre de maçã possui pectina,
betacaroteno e potássio.
O vinagre possui uma parte volátil que se evapora facilmente e através do seu odor
(revelado quando ele é exposto ao ar) pode-se ter a ideia da sua qualidade.
Recentemente, especialistas analisaram essa parte volátil do vinagre e encontraram 93
substâncias conhecidas e outras ainda não identificadas.

No experimento que segue, foi utilizado como base um vinagre “Mãe” para a
produção do mesmo. Duas receitas foram utilizadas com o Hidromel com Uva Passa e
Hidromel com Laranja.
Conforme as figuras que seguem, foram acrescentados alguns mls de vinagre mãe
na solução alcoólica que teve em torno de 20 (vinte) dias de maturação.
Figure 17 – Vinagre Mãe –
Figura 16 – Vinagre Mãe

Hidromel com Uva Passa Hidromel com Laranja

Figure 18 – Vinagre em tempo de maturação


7. RESULTADOS FINAIS

Toda a execução do trabalho permitiu uma pesquisa sobre boa parte da história desse
produto milenar. Além de todo embasamento teórico e entendimento das funções e
transformações químicas, as experiências práticas permitiram um maior contato com
os processos.
As receitas aqui apresentadas, tiveram uma “base” como referência, porém todas
foram executas com medidas e proporções próprias. Os resultados foram muito
satisfatórios obtendo bebidas agradáveis e com teor alcoólico dentro dos padrões e
principais referências de mercado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Site: http://legadoviking.com.br/receita-de-hidromel/ acesso dia 02/05/2019

Site: https://www.oldpony.com.br/era-de-hidromel/ acesso dia 05/05/2019

Site: https://comofazerfacil.com.br/como-fazer-a-melhor-receita-de-hidromel/ acesso


dia 02/05/2019

Site: https://www.mel.com.br/receita-de-hidromel/ - acesso dia 10/06/2019


Experimento 27 – Transferência de calor por condução
1- OBJETIVO
Determinação do perfil de temperatura ao longo de barras de seção circular
uniforme de diversos diâmetros e materiais diferentes, bem como a determinação do
coeficiente convectivo natural médio de transferência de calor entre as barras e o ar
ambiente.
2 - INTRODUÇÃO
A abordagem clássica da literatura para a descrição do comportamento de uma
barra circular submetida a uma brusca variação de temperatura em seus extremos
consiste em considerar o fluxo de calor como sendo unidimensional (ou seja, admite-se
a temperatura da barra como sendo uniforme ao longo de cada seção da mesma),
desprezando-se a variação das propriedades físicas dos materiais (k,Cp,) com a
temperatura (1,2,3,4,5,6). Assim sendo, em regime transiente, podemos escrever:

T  2T
.T  T 
hx P
 2  (1)
t x C p . . A

As condições de contorno adotadas na resolução da equação (1) são: no tempo,


considera-se T = T para t = 0; na posição, para x = 0 toma-se T = T0. A segunda
condição de contorno para a posição (ou seja, para a extremidade oposta da barra) pode
ser assumida de três formas distintas:
1o) T = T , para x   ......(barra semi-infinita), que será chamada condição de
contorno de primeiro tipo.
T
2o)  0 , para x = L .... (barra com extremidade isolada); chamada condição de
t
contorno de segundo tipo.
T
3o)  K xL  hT  T  em x=L ...(igualando o calor transmitido por convecção pela
t
extremidade com o calor transmitido por condução na barra em x = L, chamada condição
de contorno de terceiro tipo.
A solução diferencial da equação (1) toma formas diferentes conforme a
condição de contorno escolhida. Neste trabalho, limitaremos o estudo às condições de
contorno de primeiro tipo e segundo tipo, uma vez que a eventual melhora na descrição
do perfil de temperatura não
justifica as complicações matemáticas acrescentadas pela adoção da condição de
contorno de terceiro tipo, desde que a relação A/L seja pequena (que é o caso das barras
utilizadas).
Dentre as soluções da equação (1) apresentadas na literatura, temos:
1) Para a condição de contorno do primeiro tipo a solução é:
(T-T) / (T0-T) = ½ { e -x  / . erfc[(x/2 t) -  .t ] + e x / .erfc[(x/2.t) + .t ]}
(2)
Nesta equação, assim como nas equações apresentadas a seguir, admitiu-se um
coeficiente de transferência de calor (barra-ar) médio ( h ) constante, ou seja, hx= h =
constante.
O parâmetro () relaciona-se com h pela equação:  = m2 .  (3)
onde: m2 = h . P / k . A = 4 h / k . D para barras circulares (4)
2) A expressão do perfil de temperatura para o regime permanente pode ser obtido
levando a equação
(2) ao limite (t), ou então integrando-se a equação (1) com T / t = 0. Desta
forma obtém-se
- para a condição de contorno do primeiro tipo:
(T - T) / (T0 - T) = e - mx (5)
- para a condição de contorno do segundo tipo:
(T - T) / (T0 - T) = cos h [ m.(L.x)] / cos h (m.L) (6)

3- EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
Serão utilizadas quatro barras distintas:
- uma Barra de aço inox de 1” de diâmetro nominal (Barra A);
- uma Barra de aço inox de 1/2” de diâmetro nominal (Barra B);
- uma Barra de alumínio de1/2” de diâmetro nominal (Barra C) e
- uma Barra de cobre de 1/2” de diâmetro nominal (Barra D).
Cada barra tem comprimento total de 1 metro, sendo que uma das suas
extremidades encontra-se dentro de um Banho termostático contendo água.
A outra extremidade de cada barra é isolada termicamente, uma vez que se deseja
apenas as condições de contorno do primeiro e segundo tipos.
Os termopares, para as medidas de (T), são de cobre-constantan e estão dispostos
nas Barras da seguinte maneira:
Posição dos termopares ao longo das barras, a partir da parede da Fonte quente
Barras No 1 No 2 No 3 No 4 No 5 No 6 No 7 No 8 No 9 No 10
A 3 cm 6 cm 12 cm 18 cm 26 cm 34 cm 49 cm 64 cm 79 cm 91 cm
B,C e D 2 cm 5 cm 11 cm 17 cm 25 cm 32 cm 48 cm 63 cm 77 cm 90 cm
4 - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.
4.1- Ligar o Milivoltímetro, não esquecendo de colocar água e gelo picado (1:1) no
ponto frio dos termopares (garrafa térmica = temperatura de referência = 0oC)
4.2- Fazer a leitura de todos os termopares das barras afim de anotar possíveis desvios
de leitura entre eles e definir a Temperatura média do ambiente (T)
4.3 - Encher o recipiente do banho termostático com água até o nível indicado e regular
a Temperatura do banho termostático (fonte quente = To ) para a temperatura desejada;
Obs.: Como sugestão, realizar o experimento em duas temperatura distintas da fonte
quente : T0 , aproximadamente, 50 C e depois 90 C.

4.4 - Esperar atingir o regime permanente de transferência de calor e então começar


a registrar as temperaturas em cada posição (x ) de cada barra inclusive a da fonte
quente (T0).
Obs.: Evitar deslocamentos de ar nas proximidades das barras a fim de obtermos o
coeficiente convectivo natural.
5 - CÁLCULOS E ANÁLISE DOS RESULTADOS
5.1 - Traçar gráficos do perfil de temperatura ao longo das quatro barras para as duas
situações de (To) realizadas, numa mesma figura, e analise.
5.2 - Trace gráficos de (T - T) / (T0 - T) versus (x) visando a obtenção do (h) médio
para cada situação de T0 e analise.
5.3 - Compare o valor obtido para (h) médio com o valor encontrado na literatura e
comente sobre possíveis desvios e erros cometidos.
6 - SIMBOLOGIA
A = área de seção transversal das barras;
Cp = calor específico; D = diâmetro das barras;
hx = coeficiente local de transferencia de calor;
k = condutividade térmica dos materiais das barras;
L = comprimento total das barras;
T= temperatura local;
m = parâmetro ajustável;
P = perímetro de seção transversal da barras;
To = temperatura em x=0;
T = temperatura ambiente;
t = tempo;
x = coordenada de posição;
 = difusividade térmica;
 = parâmetro ajustável;
 = massa específica dos materiais das barras.
7 - BIBLIOGRAFIA

1-ARPACI, V.S. - Conduction Heat Transfer - Addison/Wesley Publishing Company, 1996.


2-CROSBY, E.J. - Experimentos sobre Fenômenos de Transporte en las Operaciones
Unitárias de la Industria Química, Editoral Hispano Americano S.A., 1968
3-HOLMAN, J.P. - Transferência de Calor. McGraw-Hill, 1993
4-KREITH, F. - Princípios de Transmissão de Calor. Editora Edgar-Blucher Ltda., 1977.
5-WELTY, J.R. et all, - Fundamentals of Momentum, Heat and Mass Transfer. 3ed. John
Wiley and Sons.
6-CARSLAW, S. and JAEGER, J.C. - Conduction of Heat in Solids. Oxford University Press,
1959.
Experimento 28 – Fluidização
1.OBJETIVO
O objetivo desta experiência é estudar o comportamento fluido-dinâmico de
leitos de partículas sólidas, fluidizadas com gases ou líquidos, através de medidas do
gradiente de pressão, velocidades mínimas de fluidização e outras.
2- INTRODUÇÃO
Para um leito particulado em estado de fluidização, um balanço de forças em uma
secção qualquer do leito para um comprimento H, fornece:
(P/H)= (1-).(s - f).g (1)
onde: s e f- as massas específicas do sólido e do fluido; - porosidade do leito; H-
altura do leito.
Para a previsão da velocidade mínima de fluidização existem várias correlações
na literatura (vide ref. 2 e 4 ) sendo, no entanto, mais segura a sua determinação
experimental a partir do gráfico P/H versus a velocidade superficial U.
2.1- Fluidização Gás-Sólido
A teoria das duas fases em fluidização postula que para vazões superiores a da
fluidização incipiente, uma certa quantidade de gás igual a da incipiente percola entre
as partículas , enquanto o restante passa através do leito na forma de bolhas. Com base
nesta teoria, foi desenvolvida uma equação para prever a altura máxima (Hm) do leito:
Hm = Ho[ 1+ ( U - Uo) / 0,35 . (g . D)1/2 ] (2)
onde: Ho- altura do leito fluidizado incipiente; Uo- velocidade superficial do gás na
fluidização incipiente (velocidade mínima de fluidização); U- velocidade
superficial do gás num dado instante; D- diâmetro interno da coluna; g-
aceleração da gravidade.
2.2- Fluidização Líquido-Sólido
A queda de pressão neste caso é também dada pela equação (1), enquanto que a
previsão da expansão do leito é escrita com base em correlações empíricas. Uma das
correlações mais conhecidas é a de Richardson & Zaki (ref. 3)
(U/Ut) = n (3
onde: Ut- velocidade terminal de partícula isolada ; n- expoente que se situa
entre 2,4 (para partículas grandes) e 4,6 (para partículas pequenas e líquidos
viscosos).
3- EQUIPAMENTO E MATERIAIS
O leito é constituído de partículas de quartzo com diâmetro médio (dp)=
0,18mm, contidas em um tubo de vidro de 7,5 cm de diâmetro interno e a quantidade
de material sólido utilizado é de 1520 gramas. O fluido utilizado é ar comprimido.
Para a realização das medidas temos: rotâmetro e manômetro de tubo em U,
utilizando água como fluido manométrico.
4- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1- Com o leito inicialmente compactado, anote sua altura inicial e calcule sua
porosidade inicial;
4.2- Aumente a vazão de ar lentamente (de 0,5 em 0,5 l/min), sendo que, para cada
vazão, anote a queda de pressão do leito e sua altura.
OBS: A fluidização incipiente poderá ser notada, experimentalmente, no leito em
estudo, quando o mesmo torna-se levemente “gelatinoso”. Portanto, a cada vazão de
ar, faça leves movimentos de “vai e vem” no leito a fim de observar este ponto. Acima
deste ponto, teremos o início da formação de bolhas de ar. Com vazões de ar
muito altas podem ocorrer consideráveis oscilações. Obtenha, então, as alturas mínimas
e máximas do leito.
4.3- Faça algumas medidas quando estiver diminuindo a vazão do ar para verificação de
possível “histerese”
5- CÁLCULOS E ANÁLISES DOS RESULTADOS
5.1- Faça um gráfico da queda de pressão contra a vazão, em papel normal e papel log-
log e obtenha a queda de pressão suficiente para suportar o leito. Identifique o ponto
de mínima fluidização.
Compare com o gráfico esperado teoricamente.
5.2- Faça o gráfico, em papel normal, da altura do leito versus vazão de ar (Q) e coloque
no mesmo gráfico a relação:
H = Ho {1 + [(Q-Qo)/A. 0,35.(g.D)1/2]}
onde: A- área transversal da coluna.
Comente os dados obtidos e analise este gráfico.
5.3- Compare as velocidades mínimas de fluidização obtidas experimentalmente com as
previstas por, pelo menos, uma correlação da literatura.
5.4- Qual a diferença entre fluidização agregativa (ou heterogênea) e fluidização
particulada (ou homogênea)?
6- BIBLIOGRAFIA
1- DAVIDSON, H. - Fluidized Particles. Cambridge University, 1963.
2- KUNII & LEVENSPIEL - Fluidization Engineering. John Wiley, 1962.
3- DAVIDSON, H. - Fluidization. Academic Press.
4- FOUST et al. - Princípios das Operações Unitárias.
5- McCABE & SMITH. - Unit Operations of Chemical Engineering.
Experimento 29 - Placa de orifício: Determinação do Coeficiente de Descarga.
Resumo:
Um medidor de vazão é todo dispositivo que permite, de forma indireta, determinar o
volume de fluido que passa através de uma dada seção de escoamento por unidade de
tempo. Uma placa de orifício é um medidor de vazão formado por uma placa com um
orifício, instalada transversalmente à tubulação, de modo a causar uma mudança brusca
de seção, obrigando o fluxo a mudar de velocidade e, consequentemente, provocando
um diferencial de pressões que, medido e interpretado de forma correta, é
representativo da vazão. A proposta deste experimento é determinar a vazão
volumétrica de um sistema com fluido utilizando um dispositivo do tipo orifício. No
sistema, um manômetro ligado a um ponto antes e outro ponto depois da placa mostra
a diferença de pressão e a partir de um hidrômetro acoplado à tubulação obtém-se a
vazão real. A vazão teórica pode ser determinada através da combinação da Equação da
Continuidade e da Equação de Bernoulli. A partir da relação entre vazão teórica e a vazão
experimental, determina-se o coeficiente de descarga.
Objetivos:
Determinar a vazão volumétrica de um sistema com fluido utilizando uma placa de
orifício e, a partir da aplicação da Equação da Continuidade e da Equação de Bernoulli,
determinar o coeficiente de descarga.
Metodologia: Materiais Utilizados
• Placa de Orifício; • Cronômetro; • Bomba; • Válvulas; • Hidrômetro; • Manômetro:
tubo em U; • Cano de PVC.
Procedimento Experimental
• Verificar a pressão atmosférica, especificações do material utilizado e temperatura do
ambiente. O sistema utilizado na realização da Experimento é ilustrado na Figura 1;
• Ligar a bomba e ajustar a válvula de entrada de água no sistema a fim de obter uma
vazão determinada de água na qual as colunas do manômetro estejam no mesmo nível,
ou seja, a variação de pressão é igual à zero;

6 5

7
4

2
8

Figura 1 – Sistema esquemático do escoamento da água na tubulação


Para o esquema da Figura 1, pode-se atribuir aos pontos as seguintes identificações:

Ponto 1 – Bomba utilizada para transportar o fluido


Ponto 2 – Válvula de entrada
Ponto 3 – Hidrômetro utilizado para verificar a vazão do fluido
Ponto 4 – Manômetro (tubo em U) para verificar a variação de pressão no escoamento
da água
Ponto 5 – Placa de orifício para medir a vazão volumétrica através da obstrução da
passagem do fluido
Ponto 6 – Válvula de saída

• Variar o fluxo de água por meio da leitura direta do manômetro e determinar a vazão
real para cada medição, fazendo uso de um hidrômetro acoplado ao sistema de um
cronômetro.

• A queda de pressão no escoamento de água pode ser determinada através de um


manômetro, ligado à dois pontos da tubulação entre os quais há a obstrução gerada
pela placa de orifício, conforme ilustrado na Figura 2. Verificar a alteração da pressão
para cada alteração no fluxo de água através da leitura da distância entre as colunas do
manômetro;

d D

P1 P2

Figura 2 – Queda de pressão proporcionada pela obstrução da placa de orifício.

• Medir a vazão teórica do fluido, através da aplicação das equações de Bernoulli e da


Continuidade, para cada queda de pressão proporcionada pela placa de orifício.
Experimento 30 - Avaliação da atividade da enzima α- amilase.
INTRODUÇÃO:
A atividade enzimática pode ser avaliada medindo-se a velocidade de consumo
do substrato ou a velocidade de aparecimento do produto. Esta atividade depende de
vários fatores, tais como o tempo de reação, a concentração da enzima, a concentração
do substrato, a temperatura, o pH do meio e a presença de cofatores e/ou inibidores.
Para exemplificar estes conceitos, nesta aula prática será avaliada a atividade da amilase
salivar. A -amilase é encontrada nos animais (sangue, saliva e suco pancreático),
plantas, fungos e bactérias. Esta enzima é um endo-amilase e hidrolisa as ligações
glicosídicas do amido, glicogênio, poli e oligossacarídeos ao acaso. Como resultado da
ação não ordenada da amilase salivar, obtém-se rapidamente uma mistura complexa de
produtos de hidrólise que incluem: amido solúvel, maltodextrinas, maltoses, e,
eventualmente, glicose. Na boca, a amilase salivar tem participação na digestão de
carboidratos. A amilase pancreática é a maior responsável pela digestão glicídica no
duodeno. Esta enzima é também normalmente encontrada no soro e a elevação de sua
atividade enzimática sérica pode auxiliar no diagnóstico de diversas patologias
pancreáticas (obstrução, tumores, pancreatite aguda, etc).
O amido é composto pela amilose (não-ramificada) e amilopectina (ramificada).
A amilose forma micelas hidratadas que adsorvem IODO, presente na solução de lugol,
em suas espirais helicoidais, apresentando coloração azul-violeta.
OBJETIVOS:
1. Avaliar a ação da amilase salivar sobre o seu substrato (amido);
2. Verificar o efeito do pH sobre a atividade da amilase salivar.

PROCEDIMENTOS:
A. ATIVIDADE DA AMILASE

1. Preparação da solução de enzima α amilase


- Para diluição (1:10), adicionar em um tubo:
0,5 mL de enzima
5 mL de água destilada
Reservar até o momento de uso
2. Preparação dos tubos
- Tomar 11 tubos de ensaio limpos, nomear um deles de B (Branco) e numerar os
restantes de 1 a 10.
- Adicionar a todos os 11 tubos:
2 mL de água destilada
2 gotas de lugol
3. Preparação da solução de reação
- Misturar, em um béquer:
5 mL de solução de amido
2 mL de tampão fosfato (pH 6.8)
2 mL de NaCl 0,9%.
* Retirar 2 gotas e adicionar ao TUBO B (Branco)
Adicionar 0,5 mL de solução de enzima à solução de reação e IMEDIATAMENTE:
* Retirar 2 gotas e adicionar ao TUBO 1
* Após 1 minuto, retirar mais 2 gotas e adicionar ao TUBO 2
* Repetir sucessivamente, em intervalos de 1 minuto, a transferência de
2 gotas para os tubos seguintes até o tubo que não se observe mais a
coloração com o iodo (ponto acromático);
* Adicionar 5 mL de água destilada a todos os tubos e agitar. Ler as
absorbâncias num fotocolorímetro a 620-660 nm, zerando o aparelho
com o conteúdo do TUBO B (Branco).
B. EFEITO DO pH SOBRE A ATIVIDADE DA ENZIMA
1. Preparação dos tubos
- Marcar 3 tubos de ensaio correspondentes a diferentes pHs (4,0; 6,8 e 9,5) e adicionar
a todos:
2 mL de água destilada
2 gotas de lugol (reagente contendo iodo).
2. Preparação dos tubos contendo tampões de pHs diferentes
- Marcar 3 tubos e adicionar a cada um:
5 mL de AMIDO
2 mL de NaCl
- Adicionar ao primeiro tubo 2 mL de tampão acetato (pH 4,0);
- Adicionar ao segundo tubo 2 mL de tampão fosfato (pH 6,8);
- Adicionar ao terceiro tubo 2 mL de tampão glicina (pH 9,5);
- Manter todos os tubos a temperatura ambiente por 5 minutos.
3. Tubos de reação.
- Adicionar 0,5 mL da enzima em cada um dos tubos contendo amido e tampões com
pHs diferentes e agitar;
- Após 5 minutos de reação, transferir 2 gotas para os seus respectivos tubos contendo
IODO.
- Adicionar a todos os tubos contendo IODO 5 mL de água destilada.
- Compare as cores entre os diferentes tubos. Qual foi o pH ideal para atividade da
amilase?

ROTEIRO PARA O RELATÓRIO:

- Introdução: Escrever uma breve introdução teórica sobre atividade enzimática e sobre
a enzima α amilase
- Materiais e métodos: Descrever detalhadamente o que foi feito no laboratório, além
do material utilizado.
- Resultados: Experimento 1: Traçar duas curvas num mesmo gráfico, colocando os
tempos (minutos) na abscissa e as absorbâncias para os tubos contendo IODO na
ordenada. Comparar a curva de consumo de substrato (amido) entre os diferentes
grupos. Experimento 2: Comparas as cores deste experimento com as cores do primeiro
experimento. Deduzir e explicar qual é o melhor pH (pH ótimo) para a enzima amilase
salivar.
- Discussão: Discutir os resultados obtidos.
- Bibliografia: Descrever a bibliografia utilizada para o relatório.
Experimento 33 – Carneiro Hidráulico
Carneiro hidráulico é um mecanismo que usa diferenças de pressão (golpe de aríete)
para bombear água. O carneiro hidráulico aproveita a energia de um fluxo de água para
elevar a coluna do líquido. Tem esse nome em referência ao Aríete, antiga arma
medieval usada para arrombar portões de castelos, muralhas e fortalezas. Possuía
geralmente uma cabeça em forma de carneiro e o bater do pistão do carneiro hidráulico
lembra a batida do aríete. Seu rendimento é pequeno, tendo como vantagens um custo
baixo de instalação e quase nulo o de operação. Como não precisa de uma fonte externa
de energia, o carneiro pode funcionar indefinidamente a partir do momento da
instalação, desde que permaneça expressivo o volume da água corrente. É utilizado
principalmente para irrigação na agricultura.

Se bem que este dispositivo não opere com energia elétrica, na verdade ele tira a
energia dele mesmo, seu princípio físico é extremamente interessante podendo até dar
ideias para os leitores inventivos utilizarem o mesmo princípio em aplicações elétricas e
térmicas. Diante da crise da água e da falta de energia que se avizinha, o artigo é
extremamente oportuno.
Você acha que é possível bombear água para um reservatório elevado a partir de um
córrego, usando a própria pressão da água que flui no córrego?
Se você acha que não, pois o princípio da conservação da energia dis que é impossível
criar energia, então você não conhece o Carneiro Hidráulico.
Não, ele não viola o princípio da conservação da energia, pelo contrário, o aproveita de
forma muito inteligente.
O princípio da conservação da energia nos diz que não podemos criar nem destruir a
energia, apenas transformá-la.
PROCEDIMENTO

1.MONTAGEM
Montar um carneiro hidráulico a partir de pesquisa na internet, sendo que o modelo
deve apresentar baixo custo e durabilidade.
2.TESTE
Testar um carneiro hidráulico montado ou adquirido, utilizando do desnível de terreno
na faculdade FMPFM colocando um tambor de água no desnível superior que deverá
ser alimentado continuamente com por mangueira de água.
Conectar o carneiro hidráulico, instalado no nível inferior, min. 1,5 m (recomendável >
2 m) e ajustá-lo para de bombeamento, através de uma mangueira de máximo
comprimento possível para atingir a máxima altura possível.

No relatório deverá constar o princípio de funcionamento em detalhes.


Experimento 35 - Corrosão de aço carbono, alumínio, cobre e magnésio

Objetivo geral: observar o comportamento do aço carbono, isolado ou em presença de


alumínio, cobre ou magnésio, em diferentes meios.

Objetivos específicos: - identificar os meios corrosivos para o aço carbono.


- verificar a influência da presença de outros metais no meio corrosivo sobre a corrosão
do aço carbono.

Assuntos envolvidos: metais, reações de oxi-redução; corrosão.

Materiais e reagentes:

10 Tubos de ensaio, 01 Pipeta volumétrica de 1 mL


10 pregos de aço carbono, Água de torneira
Fios de cobre, Água destilada
Placas finas de alumínio Solução de NaCl 1 g/L
Pedaços de fita de magnésio Solução de H2SO4 2 g/L
Lixa fina para metais Solução de NaOH 40 g/L
Estante para tubos de ensaio Solução de K2CrO4 1 g/L
Etiquetas Solução de ferricianeto de potássio 0,1 M
Procedimento:

1.Numerar 10 tubos de ensaio e colocar, em cada um deles, 1 mL da solução de


ferricianeto de potássio. A seguir, adicionar a cada um deles, cerca de 10 a 15 mL de
um das soluções, conforme indicado na tabela abaixo. O volume da solução deve ser
suficiente para cobrir todo o corpo de prova (prego)

Importante: Somente colocar os corpos de prova nas soluções quando todos os corpos
de prova estiverem prontos, isto é, ao final da etapa 4.

2. Lixar muito bem cada prego a ser utilizado. Lavar com água corrente e secar com papel
absorvente. Observar e anotar detalhadamente a aparência do metal antes de inseri-lo na
solução.

3. Lavar muito bem, com detergente e água corrente, cada corpo de prova de alumínio,
magnésio e cobre a ser utilizado. Secar com papel absorvente. Observar e anotar
detalhadamente a aparência do metal antes de montar o corpo de prova com o prego de
ferro.
4. Montar os corpos de prova mistos, enrolando cuidadosamente os fios de cobre, a fita
de magnésio ou a placa de alumínio em uma parte do prego.
5. Homogeneizar as soluções dos tubos de ensaio e inserir, cuidadosamente, um corpo de
prova em cada tubo de ensaio, de acordo com a tabela abaixo.
6. Observar cada sistema durante cerca de 30 minutos, anotar as alterações sofridas pelo
corpo de prova e, se for o caso, pela solução.
Questões:
1. Escrever as suas observações sobre o comportamento do corpo de prova em cada
solução.
2. Procurar na bibliografia, quais as reações químicas que acontecem em cada caso.
3. Escrever um resumo abordando o comportamento do aço carbono em soluções
aquosas, na presença e na ausência de outros metais.
4. Discutir a importância (econômica, ambiental, no desempenho, etc.) do controle de
corrosão em obras com grandes estruturas metálicas ou de concreto armado.

Bibliografia:
GENTIL, V. Corrosão. 3 ed. Rio de Janeiro, 1996.
Experimento 36 - Reticulação de macromoléculas e propriedades de
polímeros

Objetivo geral: explorar quais as alterações nas propriedades físicas dos polímeros,
causadas pela reticulação das macromoléculas.

Objetivos específicos: - reticular o poli(álcool vinílico) com borato de sódio e observar


as propriedades do material obtido
- reticular o poli(acetato de viníla) com borato de sódio e observar as propriedades do
material obtido - realizar testes de queima e comportamento sob chama para identificação
de polímeros

Introdução Teórica:

Polímeros com reticulação formada por ligações permanentes entre as cadeias


poliméricas são chamados de plásticos termofixos. Estes plásticos permanecem como
sólidos mesmo acima da temperatura de transição vítrea (Tg). Se as ligações entre as
cadeias poliméricas são nãopermanentes, ou apenas por forças de van der Waals, os
polímeros são chamados de termoplásticos. Os elastômeros também apresentam
ligações fracas entre as cadeias poliméricas, mas retornam ao seu formato original após
serem torcidos, esticados ou comprimidos. Portanto, um elastômero apresenta
propriedades elásticas, isto é, retoma a sua forma e tamanho originais após ter sido
deformado. Exemplos de elastômeros são os atilhos de borracha, as luvas de látex natural
e os pneus de carros.
O poli(álcool vinílico), PVA, é utilizado na fabricação de sacos plásticos e frasco de vidro
com tampas para detergentes em pó, sacos grandes para as roupas de algodão usadas em
salas cirúrgicas ou vestimentas e roupas de cama usadas por pacientes de alas de
isolamento em hospitais.
O látex de poli(acetato de viníla), PVAc, é um dispersão aquosa de pequenas esferas de
poli(acetato de viníla). As colas brancas domésticas e muitas tintas aquosas para pintura
de alvenaria são à base de poli(acetato de viníla). A reticulação entre as cadeias de
polímeros de diversas esferas de poli(acetato de viníla) com o borato de sódio cria
ligações entre diferentes cadeias de polímero fracas e flexíveis, e o sólido obtido apresenta
propriedades de um elastômero.
Existem alguns testes qualitativos que podem ser utilizados para a identificação do tipo
de polímero existente em uma amostra de plástico.

Os mais comuns são os testes de queima e de comportamento sob chama. No teste de


queima, uma amostra do polímero colocada em um tubo de ensaio é aquecida na chama
de um bico de Bunsen. Os vapores ou gases liberados pela amostra podem ser ácidos,
neutros ou básicos, e servem como indicação do tipo de polímero que está sendo testado,
conforme a Tabela 1 abaixo.
O comportamento dos plásticos sob chama, com a indicação das famílias de polímeros
está descrito na Tabela 2. Observe-se que esta classificação foi obtida a partir de
amostras puras dos polímeros e que, portanto, podem existir desvios destes
comportamentos. Por exemplo, se o plástico que estiver sendo testado for formulado
com aditivos do tipo retardadores de chama, teremos dificuldades para observar a
queima do material mesmo se ele for inflamável.
Materiais e reagentes:

02 copos descartáveis de café (200 mL) 01 espátula de metal


03 palitos de sorvete de madeira 02 tubos de ensaio
01 par de luvas descartáveis de látex 01 pinça de madeira
01 bagueta de vidro 50 mL de solução aquosa de álcool polivinílico 4% m/m
01 proveta de 100 mL 20 mL de cola plástica branca (látex de PVAc ~50% m/m)
01 pipeta graduada de 10 mL 20 ml de solução de borato de sódio 4% m/m
01 pêra de borracha Corantes alimentícios (verde, azul e vermelho) em pó
01 placa de Petri Papel de tornassol
Álcool polivinílico P.A. Amostras de plásticos

Procedimento:

ATENÇÃO: O PVA, o PVAc e o bórax podem causar queimaduras nos olhos, as mãos
devem ser lavadas cuidadosamente após o manuseio destes produtos.

1a. Parte: Reticulação do PVA


1. Adicionar, com o auxílio de uma proveta, 50 mL da solução 4% m/m de álcool
polivinílico ao copo descartável de 200 mL.
2. Adicionar uma pequena quantidade (algumas gotas) da solução de corante alimentício
na cor desejada à solução de álcool polivinílico e homogeneizar a mistura com o auxílio
de um palito de sorvete de madeira.
3. Adicionar, com o auxílio de uma pipeta graduada e pêra, 5 mL de solução 4% m/m de
borato de sódio (o agente de reticulação) e iniciar imediatamente a agitação da mistura
com o palito de sorvete de madeira.
4. Anotar as alterações sofridas pela mistura a medida em que a reação de reticulação
ocorre.
5. Após alguns minutos forma-se uma espécie de sólido gelatinoso. Retirar uma parte
deste material do copo, usando o palito de sorvete de madeira e coloque sobre uma placa
de Petri.
6. Uma porção do material pode ser manuseada (apertada, estirada, etc.). Anotar as suas
observações sobre o comportamento do material. ATENÇÃO: segundo as boas práticas
de laboratório, lavar as mãos com água e sabão após o manuseio do material.
7. Retirar uma segunda parte do sólido gelatinoso e colocar sobre uma folha de papel para
secar.
Identificar a sua amostra e observar as alterações sofridas pela amostra após a secagem
ao ar (na próxima aula prática).
2a. Parte: Reticulação do PVAc
1. Solicitar ao professor a adição de cerca de 20 mL do látex de poli(acetato de viníla)
ao copo descartável de 200 mL.
2. Adicionar uma pequena quantidade (algumas gotas) da solução de corante alimentício
ao látex de poli(acetato de viníla) e homogeneizar a mistura com o auxílio de um palito
de sorvete de madeira.
3. Adicionar, com o auxílio de uma pipeta graduada e pêra, 10 mL de solução 4% m/m
de borato de sódio (o agente de reticulação) e iniciar imediatamente a agitação da mistura
com o palito de sorvete de madeira.
4. Anotar as alterações sofridas pela mistura a medida em que a reação de reticulação
ocorre.
5. Após alguns minutos forma-se uma espécie de sólido borrachudo. Retirar o material
do copo, usando o palito de sorvete de madeira e tentar formar uma bola com o produto
de reação.
Se for necessário, colocar mais algumas gotas da solução de borato de sódio sobre a
superfície do sólido borrachudo, para facilitar a formação da bola. ATENÇÃO: Não se
preocupar se uma parte do material colar nas mãos, continuar trabalhando o material para
formar uma bola e os pedaços pequenos tenderão a colar na bola de PVAc.
Continuar trabalhando o material até obter uma consistência firme.
6. Se for possível formar uma bola com o produto da reticulação, medir uma altura de 30
cm (com uma régua) e deixar a bola de PVAc cair. Medir a altura que a bola atinge ao
retornar.
7. Esticar lentamente, comprimir e, finalmente, esticar rapidamente a bola de PVAc.
Anotar as suas observações sobre o comportamento do material.
8. Colocar a bola de PVAc entre dois pedaços de jornal e comprimir firmemente o
material. Remover a bola e anotar as modificações sofridas pelo material. ATENÇÃO:
segundo as boas práticas de laboratório, lave as mãos com água e sabão após o manuseio
do material.
Questões:

1. Quais são as propriedades físicas do álcool polivinílico (PVA) que mudam após a
adição do borato de sódio?
2. Qual seria o efeito esperado se fosse feita a adição de uma maior quantidade de borato
de sódio à solução de PVA?
3. Observando o comportamento da amostra após a secagem, qual o efeito da água sobre
a elasticidade do polímero? O que é elasticidade?
4. Encontrar e marcar com um círculo vermelho qual o monômero da cadeia polimérica
e com um círculo preto qual o agente de reticulação (bórax) no desenho apresentado
abaixo.

5. Quais são as propriedades físicas do látex de poli(acetato de viníla) (PVAc), uma


mistura aquosa, que mudam após a adição do borato de sódio?
6. Qual seria o efeito esperado se fosse feita a adição de uma maior quantidade de borato
de sódio ao látex de PVAc?
7. Qual a razão entre a altura que a bola foi lançada e a altura que a bola subiu?
8. Comparar as propriedades de resistência ao estiramento rápido e lento e de resistência
à compressão do PVA com as do PVAc reticulado.
9. Listar algumas aplicações de materiais poliméricos em geral e em engenharia, quais os
problemas ambientais associados ao uso intensivo de plásticos? Quais as possíveis
soluções para estes problemas?

Bibliografia: MANO, E.B.; MENDES, L.C. Introdução a Polímeros. São Paulo: Edgar
Blücher, 1999, 191 p.
Experimento 38 - Madeiras: propriedades mecânicas e químicas

Objetivos Gerais: avaliação de absorção de água por madeira e estudo da queima da


madeira e seus resíduos.

Objetivos Específicos:
- comparação da resistência à água de amostras de madeira maciça e de um aglomerado.
- queima de madeira: determinação da basicidade de cinzas de madeira e efeito do
oxigênio.

Introdução:

Além da utilização como geradora de calor (queima) e na obtenção de papel, a madeira


tem sido utilizada na obtenção de novos compósitos. Compósito é um material feito de
materiais distintos, normalmente obtidos em fases separadas (em escala macroscópica).
Normalmente, uma das fases, o agente de reforço, é disperso em outra fase, constituída
de um material mais barato que pode ser moldado e trabalhado. Por exemplo, o
aglomerado é um compósito constituído de madeira (agente de reforço) e uma resina (por
exemplo, fenol-formaldeído) o material moldável. Estes compósitos são mais baratos que
madeira maciça, e são muito úteis, especialmente em países onde existe pouco espaço
para o plantio de árvores ou mesmo em países cujas florestas são constituídas de árvores
que levam muito tempo para crescer (ex: Europa, Estados Unidos e Canadá).
Uma função menos nobre da madeira, mas ainda muito difundida, é seu uso como fonte
de calor. A madeira ainda é utilizada como “combustível” em caldeiras industriais. A
geração de calor decorre do processo de combustão da madeira, que só ocorre na presença
de oxigênio. Os resíduos da queima ou combustão são as cinzas, constituídas de material
alcalino (básico), como K2CO3, CaCO3, e em menores quantidades o MgCO3, Na2CO3,
fosfatos, sulfatos, ferro e traços de outros metais. Devido à sua constituição, as cinzas
eram utilizadas como fertilizantes e como matéria prima para obtenção de sabão.

Materiais:

01 espátula CaCO3
02 erlenmeyers de 250 mL Fenolftaleína
01 vidro de relógio Cinzas de madeira
funil e argola 02 tubos de ensaio
papel de filtro 01 béquer de 250 mL
01 pipeta volumétrica de 25 mL Solução de tiocianato de amônio (3 gotas),
01 bureta de 25 mL Peças de madeira
25 mL HCl 1 M Peças de aglomerado
25 mL NaOH 1 M Palitos de fósforo

Procedimento:

1a. Parte: Queima de madeira - efeito da presença ou falta de oxigênio


1. Colocar uma ponta de espátula de CaCO3 em um tubo de ensaio e aqueça.
2. Simultaneamente, levar um palito de fósforo aceso ao interior do tubo e observar.
3. Retirar o palito e observar novamente.
2a. Parte: Absorção de água pela madeira e compósito (aglomerado).
1. Fazer marcas nas duas peças de madeira, como mostrado na Figura 10.1,
apresentada ao lado.
2. Medir, nestas marcas a altura, espessura e largura da peças.
3. Colocar as duas peças em um béquer contendo água e deixar em repouso por 24 h.
4. Retirar da água e medir novamente a altura, espessura e largura das peças.

Figura 10.1 , corpo de prova

3a. Parte: Determinação da basicidade do resíduo de combustão de madeiras (cinzas)


1. Pesar 1g de cinzas de madeira em um erlenmeyer de 250 mL.
2. Adicionar, com uma pipeta volumétrica 25 mL de ácido clorídrico (HCl) 1 M, e cerca
de 10 mL de água destilada. Fechar o erlenmeyer com um vidro de relógio.
3. Aquecer levemente até cessar a efervescência, prosseguindo até atingir a fervura.
Cessar imediatamente o aquecimento (para evitar perda de HCl).
4. Esperar resfriar, filtrar quantitativamente para um erlenmeyer de 250 mL, lavando o
béquer com as cinzas, a bagueta e o funil com cerca de 10-15 mL de água destilada.
5. Adicionar 3 gotas de fenolftaleína ao erlenmeyer e titular com hidróxido de sódio
(NaOH) 1M, utilizando uma bureta, como mostrado na Figura 10.2 abaixo.
6. Calcular o número de mol e a massa de resíduos básicos em 1 g de cinzas. Para tanto,
supor que os principais resíduos são os carbonatos de cálcio e potássio. Neste caso, usar
119 g/mol como a massa molar média dos carbonatos de cálcio e potássio.
4a. Parte: Determinação de ferro nas cinzas
1. Colocar cerca de 1 mL do líquido obtido da adição de ácido clorídrico (HCl) 1M às
cinzas em um tubo de ensaio. Pegar esta amostra com o professor.
2. Adicionar 3 gotas de tiocianato de amônio e observar o que acontece no tubo de
ensaio.

Questões:
1. Escrever a equação da combustão completa de uma molécula de celulose –(C6H10O5)n,
que está presente em teores maiores do que 60% na madeira.
2. O que foi observado ao colocar o palito de fósforo aceso dentro do tubo? E ao retirá-
lo? Justificar as observações realizadas.
3. O aglomerado é um compósito? Quais são seus constituintes? Ele é mais ou menos
resistente à água do que a madeira maciça?
4. Quais são as fontes de alcalinidade das cinzas da madeira? Mostrar o cálculo e
resultados obtidos na determinação da alcalinidade das cinzas (em mol de base/g cinza
e em g base/g cinza)
5. Em que situações a utilização de madeiras é mais recomendável do que a utilização de
aglomerados? Considerar não só os aspectos de aplicação propriamente ditos, mas
também o fator de diferença de custo e impacto ambiental entre o uso de madeira e
aglomerado.

Bibliografia
1. GUENTHER, W. B. J. Chem. Educ., 59 (1982) 1047.
2. RIEDL, B.; KAMDEM, P. D. J. Chem. Educ., 67 (1990) 543.
Experimento 39 -– Vidros: propriedades elétricas, ópticas e químicas

Objetivos específicos: sintetizar um vidro à “baixa” temperatura, manipular amostras de


vidro em bico de Bunsen, utilizar um tubo de vidro para conduzir um feixe luminoso,
medir a resistividade elétrica de um vidro em função da temperatura e determinar a
basicidade (e composição) de um vidro, por titulação ácido-base.

Introdução teórica:

Vidros são materiais cerâmicos amorfos. Esse estado amorfo da matéria ocorre quando
uma substância não possui tempo suficiente para cristalizar. Os vidros são normalmente
obtidos pelo resfriamento rápido de um material fundido, e os átomos não possuem tempo
suficiente para se mover para determinadas posições nas quais formariam um material
cristalino. Dessa forma, o vidro pode ser considerado como uma estrutura desorganizada.
Uma das características mais notáveis do vidro é sua passagem do estado sólido para o
líquido. Diferentemente dos cristais, que se fundem
abruptamente, numa temperatura precisa (temperatura de fusão = Tf), os vidros sofrem
uma transição gradual. Entre a Tf (temperatura de fusão) e a Tg (temperatura de transição
vítrea), a substância é considerada como um líquido super-resfriado. Quando a
temperatura do vidro está entre Tg e Tf, ele pode ser moldado.1

A principal vantagem no processo da formação de um vidro é o fato de que ele permanece


como uma única peça, com uma estrutura molecular contínua, sem interfaces internas
(sem grãos e contornos de grãos). Este é o motivo pelo qual as fibras ópticas são feitas de
vidro. Não há espalhamento de luz nos contornos de grãos (por que eles não existem!).1
Alguns vidros possuem propriedades ópticas não-lineares, que poderiam ser utilizadas no
desenvolvimento de computadores “ópticos”. Os vidros também podem ser dopados com
metais de transição, adquirindo propriedades semicondutoras. Essas propriedades podem
ser alteradas pela aplicação de campos elétricos, permitindo que esses materiais sejam
utilizados no armazenamento de informação. Vidros deste tipo são utilizados nos
cilindros das impressoras a laser e das máquinas de xerox. Alguns vidros possuem alta
condutividade iônica, podendo ser utilizados como eletrólitos em baterias ou sensores
(ex: pHmetro).1
O vidro é um produto resultante da mistura de óxidos inorgânicos não voláteis,
provenientes da decomposição e fusão de compostos alcalinos terrosos, areia e outros,
dando origem a uma mistura vítrea. A areia, utilizada como fonte de silício possui um
elevado ponto de fusão. Para diminuir a temperatura do preparo de certos vidros
(ENERGIA = $), adiciona-se uma mistura de Na2O (óxido de sódio), Na2CO3 (carbonato
de sódio) e CaCO3 (carbonato de cálcio). Esses aditivos conferem uma característica
alcalina (básica) aos vidros. Alguns dados sobre a composição de vidros podem ser
obtidos de forma simples e rápida. Assim, embora o vidro seja praticamente insolúvel, é
ligeiramente solúvel em água, tanto que, se mantido em contato prolongado com a água,
esta se torna ligeiramente alcalina e deixa um resíduo mineral quando evaporada. De
forma semelhante atuam os ácidos sobre o vidro, com exceção do ácido fluorídrico.
Enquanto a ação da água e de ácidos é desprezível, bases fortes atacam os vidros de forma
acentuada, devido à predominância de SiO2 em sua composição.1
Outros aditivos que podem ser adicionados ao vidro são o PbO (óxido de chumbo), que
origina os vidros de chumbo e o Na2B4O7·10 H2O (óxido de boro ou bórax), que forma
os vidros de borossilicato. O bórax é um mineral de ocorrência natural, quimicamente um
óxido hidratado de boro. Por aquecimento, o bórax perde a água de hidratação e o sódio,
o boro e o oxigênio formam um vidro incolor. Na presença de alguns íons metálicos,
como o cobalto e o níquel, o vidro de bórax adquire a cor dos óxidos daqueles metais. O
vidro de bórax é instável, tendendo a absorver a umidade do ar e retornar a forma de
material hidratado e opaco.1
Uma fibra óptica é composta de um núcleo de vidro de alta pureza recoberto por uma
camada com um índice de refração menor do que o do vidro, geralmente um polímero. O
índice de refração é a medida da quantidade do desvio que a luz sofre ao sair, ou entrar,
no material. Quanto maior a diferença entre os índices de refração do revestimento da
fibra e do núcleo, mais a luz é refletida no interior do núcleo. A maioria dos sistemas que
trabalham com fibras ópticas utiliza um LASER como fonte de luz, não só pela coerência
do feixe luminoso mas, também, pelo fato de que ele pode ser controlado por pulsos de
alta freqüência. Assim, os pulsos luminosos enviados de uma extremidade da fibra de um
cabo óptico (conjunto de fibras) podem ser recebidos e decodificados na outra
extremidade da fibra para recuperar a informação original.1

É possível observar aproximadamente o comportamento de uma fibra óptica, mesmo se


utilizando um tubo de vidro. Como o vidro é um material não cristalino, não apresenta
contornos de grãos para interferir com a passagem dos fótons do feixe luminoso. Se as
ondas luminosas atingirem as paredes do tubo de vidro em um ângulo inferior ao ângulo
crítico (o maior ângulo que permite a transmissão da luz no interior de uma fibra ou tubo),
a maior parte da luz será refletida pelas paredes do tubo e pode ser recuperada na outra
extremidade do tubo, da mesma forma que na fibra óptica.
Materiais e reagentes:

01 alça de Ni/Cr 01 tubo de cartolina (adaptador entre a rolha e a lanterna)


01 bico de Bunsen 01 béquer de 100 mL
Fósforos 01 balão de fundo redondo
02 tubos de vidro 01 condensador com mangueiras
01 espátula 01 garra e suporte universal
luvas de amianto 01 bureta de 25 mL
01 manta de aquecimento Solução de HCl 0,01 M
01 rolha de borracha furada Fenolftaleína
01 lanterna pequena tetraborato de sódio
Solução de sulfato de cobre (II) 1 M

Procedimento experimental:

1a. Parte: Síntese de vidro de Bórax


1. Mergulhar um fio de Ni-Cr aquecido, contendo uma argola na extremidade, em um
frasco contendo tetraborato de sódio (bórax).
2. Aquecer este fio no bico de Bunsen e observar a formação do vidro (cor, maleabilidade,
resistência mecânica).
3. Repetir o procedimento e ao final mergulhar o fio com o vidro obtido em uma solução
de CuSO4 e levar novamente o metal à chama.
4. Observar a coloração da chama e do vidro obtido.
5. Avaliar a estabilidade deste vidro deixando uma amostra mergulhada em um béquer
com água por uma semana.

2a. Parte: Manipulação de vidro e transporte de luz por um tubo de vidro


1. Aquecer a parte central de um bastão de vidro no Bico de Bunsen, fazendo-se
movimento giratório para homogeneizar o aquecimento.
1. Quando o vidro atinge a Tg, este passa a ser maleável. Neste ponto, entortar lentamente
o tubo de vidro, formando um “loop” (Figura 12.3) ATENÇÃO: cuidado com o vidro
quente, que pode causar queimaduras.

2. Esperar o vidro esfriar até a temperatura ambiente e inserir uma rolha de borracha em
uma das extremidades do tubo. Encaixar a rolha em uma das extremidades de um tubo de
cartolina e uma lanterna na outra.
3. Acender a lanterna, observar e registrar o comportamento da luz no interior do tubo de
vidro.
Questões:

1. O vidro de bórax obtido é similar ao vidro de uma janela?


2. Fazer o gráfico da resistência elétrica do vidro versus tempo de aquecimento.
3. Por que os vidreiros gostam do Vidro PyrexÒ
4. Por que o vidro torna-se maleável, com o aquecimento, e não se funde abruptamente,
tornando-se um líquido?
5. Por que é necessário preparar um “loop” de vidro com um raio mínimo de curvatura
de 2 cm?

Referências bibliográficas:

1. BREWER, J. “Materials Science and Technology Teacher's Workshop”. Materials


Science and Engineering Department at the University of Illinois,
Urbana/Champaign, USA. http://matse1.mse.uiuc.edu
Experimento 40 – Isoterma de Adsorção

1. INTRODUÇÃO

Segundo Andia (2009) a adsorção é um fenômeno físico-químico onde o


componente em uma fase gasosa ou líquida é transferido para a superfície de
uma fase sólida. Os componentes que se unem à superfície são chamados
adsorvatos, enquanto que a fase sólida que retém o adsorvato é chamada
adsorvente.

Usualmente o adsorvente é composto de partículas que são empacotada sem um


leito fixo por onde passa a fase fluida continuamente até que não haja mais
transferência de massa. Como o adsorvato concentra -se na superfície do
adsorvente , quanto maior for esta s uperfície, maior será a eficiência da adsorção
(MASEL, 1996; BRUCH 1997 Apud AND IA , 2009 ).

Um exemplo bastante utilizado de agente adsorvente é o carvão ativado . Esse tipo


de carvão é produzido de forma a se manter a porosidade do mesmo. Para que
isso ocorra, ele é produzido a parti r de certas madeiras e sua queima é realizada
com baixo teor de oxigênio , controlando-se ainda a temperatura (MOORE, 200 5) .
Segundo Letterman (1999) Apud Andia (2009); a adsorção de
molécula s pode ser representada como uma reação química :

A + B ⇌ A.B

Onde : A é o adsorvato , B é o adsorvente e A.B é o composto adsorvido.

Os compostos permanecem adsorvidos na superfície do adsorvente pela ação e


diversos tipos de forças químicas como:
 Ligaçõe s de Hidrogêni o
 Interações Dipolo-Dipolo
 Forças de London ou Van der Waals

Quando as moléculas de adsorvato presentes na fase fluída atingem a superfície


do adsorvente, a força residual, resultante do desequilíbrio das forças de Van der
Walls que agem na superfície da fase sólida, criam um campo de forças que a
trai e aprisiona a molécula. O tempo que a molécula de adsorvato fica ligada à
superfície do adsorvente depende diretamente da energia com que a molécula é
adsorvi da , ou seja, é uma relação entre as forças e xercidas pela superfície sobre
essas moléculas e as forças de campo das outras moléculas vizinhas.

Existem basicamente dois tipos de adsorção:


 a adsorção física o u fisiossorção e
 a adsorção quími ca ou quimiossorção .
No entanto, em certas ocasiões os dois tipos podem ocorrer simultaneamente . A
adsorção física ocorre por uma diferença de energia e/ou forças de atração,
chamadas forças de Van der Waals, que tornam as moléculas fisicamente presas
ao adsorvente.
Estas interações têm um longo alcance, porém são fracas . A energia produzida
quando uma partícula é fisicamente adsorvida é da mesma ordem da entalpia
de condensação. Este tipo de adsorção é sempre exotérmico e reversível. O equi
líbrio é estabelecido rapidamente, a menos que ocorra a difusão através da
estrutura porosa. A fisiossorção corresponde a interações intermo lec ulares entre
a partícula e os átomos superficiais do sólido. Origina -se pela atração entre
dipolos permanentes ou i nduzi dos, sem alteração dos orbitais atômicos ou
moleculares das espécies comprometidas. Recebe também o nome de adsorção de
Vander Waals.

Entretanto, a quimiossorção, corresponde a uma interação de tipo químico , na


qual os elétrons de enlace entre as moléculas e o sólido experimentam
rearranjamento e os o rbitais respectivos mudam de forma, de modo similar a
uma reação quími ca. Mas nem sempre a alteração eletrônica é completa no
sentido dos enlaces químicos comuns, covalentes ou iônicos; pode ocorrer
somente uma modificação ou deformação parcial dos orbitais.
Com exceção de alguns casos , a adsorção química é exotérmi ca e reversível
(ANDIA , 2009) .

Os fenômenos de adsorção são resultados de uma combinação entre os tipos de


forças envolvidas na adsorção física e química. Desta forma, são vários os fatores
que influenciam o processo de adsorção como a área superficial , as propriedades
do adsorvente e do adsorvato , a temperatura do sistema, natureza do solvente
e o pH do meio . É um processo que depende de vários fatores tais como:
natureza do adsorvente, do adsorvato e das condições operacionais. As
características do adsorvente incluem: área superficial , tamanho do poro,
densidade, grupos funcionais presentes na superfície e hidrofobicidade do material.
Por outro lado, a nature za do adsorvato depende da polaridade, do tamanho da
molécula, da solubilidade e da acidez ou basicidade. As condições operacionais
incluem , principalmente, temperatura , pH e nature za do solvente (NASCIMENTO et
al, 2014 ) .

ISOTERMA DE ADSORÇÃO

A isoterma de adsorção é a relação de equilíbrio entre a concentração na fase


fluida e a concentração nas partículas adsorventes a uma dada temperatura. Para
gases, a concentração é dada em porcentagem molar como uma pressão parcial. Para
líquidos, a concentração geralmente é expressa em unidades de massa. A
concentração do adsorvido no sólido é dada como massa adsorvida por unidade de
massa do adsorvente. Os processos de adsorção foram primeiramente observados
em sólidos porosos que tinham a capacidade de captar seletivamente grandes
quantidades de gás em seus vazios. De acordo com a quantidade de adsorvato
presente no gás, há uma quanti dade definida de adsorvato presente na fase
adsorvida. Isto ocorre quando se atinge o equilíbrio. Essas relações de equilíbri o
são apresentadas em forma de modelos que correlacionam matematicamente as
quantidades adsorvidas em equilíbrio com o meio circundante. Algumas
características, tais como a nature za do sólido (sítios ativos e distribuição de poros)
e natureza do adsorvato (dipolos, forma e tamanho molecular) são determinantes
no equilíbrio (ANDIA, 2009).

Em sítios de adsorção equivalentes, é com um utilizarmos a isoterma de adsorção de


Langmuir, que estabelece um equilíbri o entre o soluto adsorvido e o soluto em solução,
onde, cada molécula ocupa apenas um sítio na superfície adsorvente, formando uma
camada única que não interage entre si. No caso de sítios de adsorção não uniformes ,
utilizamos a isoterma de Freundlich, onde o tamanho e a estrutura da molécula
influenciam fortemente a capacidade de adsorção .

Isoterma de Langmuir
Modelo que considera a formação de uma monocamada sobre o adsorvente.
Considera questões como a superfície do adsorvente (se é homogêneo e se todos os
sítios ativos possuem afinidade igual ao do soluto) e formação de uma camada
unimolecular do soluto (onde a adsorção pode ser reversível).
Ceq/(x/m) = 1/(K.N) + (Ceq/N)
Onde :
Ceq : Concentração de equilíbrio
x/m : massa de soluto adsorvido por massa de sólido adsorvente
K : Constante de equilibrio
N : Capacidade máxima de adsorção nos casos em que ocorre apenas uma
monocamada, está relacionada à área superficial do sólido.

Isoterma de Freundlich
O modelo proposto por Freundlich foi um dos primeiros a equacionar a relação
entre a quantidade de material adsorvido e a concentração do material na solução
em um modelo com características empíricas. Este modelo empírico pode ser
aplicado a sistemas não ideais, em superfícies heterogêneas e adsorção em
multicamada (NASCIMENTO, 2014) .
O modelo co nsidera o sólido heterogêneo, ao passo que aplica uma distribuição
exponencial para caracterizaros vários tipos de sítios de adsorção, os quais possuem
diferentes energias adsortivas (FREUNDLICH, 1906 apud FEBRIANTO, 2009 ). A
isoterma de Freundlich a qual é uma fomulação empírica, está expressa como:

Q = Kad Ce1/n

Onde :
q : Quantidade de soluto adsorvido por unidade de massa do adsorvente,( mg/g) = x/m
C e: Concentração de soluto de equilíbrio , ( mg/L)
K ad e n: Constantes experimentais.
K ad indica a capacidade da adsorção do adsorvente ; n indica o efeito da
concentração na capacidade da adsorção e representa a intensidade da adsorção.
Para facilitar o ajuste do modelo aos dados experimentais e seus parâmetros de
avaliação, a equação (1) pode ser transformada em uma expressão de forma linear :

qe = x/m , na condição de equilíbrio do soluto e adsorvente.

Objetivo do experimento

Analisar a adsorção do azul de metileno sobre o carvão vegetal e a través de cálculos


obter as concentrações de adsorção em função das concentrações do indicador, a partir
dos métodos de Langmuir e Freundlich.

O estudo de adsorção a partir de soluções é experimentalmente simples. Uma


determinada massa do material adsorvente é agitada com uma solução de
concentração conhecida em temperatura fixa. A concentração do sobrenadante da
solução é determinada por métodos físicos ou químicos e o experimento é conduzido
até que não se observe mais nenhuma mudança na concentração do sobrenadante,
isto é, até que as condições de equilíbrio tenham sido atingidas. A s equações
originalmente derivadas para a adsorção de gases em sólidos são em geral usadas na
interpretação dos dados, sendo que as equações de Langmuir e Freundlich são as mais
utilizadas.

Material necessário:
● 10 balões volumétricos de 50 mL;
● 10 balões volumétricos de 100mL ;
● 10 erlenmeyers de 100mL;
● 1 bureta de 50 mL;
● 1 pipeta de 1 mL;
● Solução de azul de metileno (AM) 1 ,0 g/L
● Carvão ativado

Metodologia
O procedimento foi dividido em 5 etapas que consistiram em:
Etapa 1 : Preparação das concentrações de azul de metileno para teste com carvão at.
Etapa 2 : Determinação da absorvância x concentração inicial
Etapa 3 : Adição de Azul de Metileno à solução com carvão ativado para adsorção.
Etapa 4 : Tempo de espera para decantação e flotação do não adsorvido (sobrenadante)
Etapa 5 : Determinação de Ceq pela leitura da absobância/50 ml do sobrenadante.

Etapa 1 :
Foram preparadas 20 soluções de 150 ml de azul de metileno, 10 nas concentrações
0,1 a 1,0 g/l e 10 nas concentrações de 0,01 a 0,09 g/l, para encontrar a curva de
calibração com o espectofotômetro. (Caso necessário diluir mais as amostras).
Solução
1 2 3 4 5 6 7 9 10

Absorvância
p/ Inicial
Concentração
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
p/ Inicial , g/l
Solução
1 2 3 4 5 6 7 9 10

Absorvância
p/ Equilíbrio
Concentração
0,001 0,003 0,0055 0,008 0,01 0,03 0,05 0,07 0,09
p/ Equilibrio , g/l
Estas tabelas serão úteis para determinar a concent. inicial e de equilíbrio, Co e Ce

Etapa 2 :
Encontrar as curvas de calibração do espectofotômetro. Caso seja, diluir as amostras
acima para que o espectofotômetro consiga leitura de absorvância. 1:100 , por ex.

Etapa 3:
As soluções preparadas na etapa 1 foram transferidas para os 10 erlenmeyers
para 100 mL , os quais contem carvão ativo (~0,5 g). A mistura foi agitada por 15
min com movimentos circulares para garantir a boa interação entre o carvão e a
solução de azul de metileno para ocorrer a adsorção.

Etapa 4 :
Após a mistura durante 15 minutos, deixou-se o carvão decantar e esperou-se
a solução mais diluída ficar incolor para passar para a próxima etapa.
Etapa 5 :
Retira-se uma alíquota de 1,0 mL do sobrenadante de cada solução, e executa-se
a leitura de abservância, conforme foi realizada a curva de calibração, com ou sem
diluição. Após a leitura da absorvância das soluções, pode -se calcular as
concentrações de equilíbrio, conforme a tabela abaixo .
Solução
1 2 3 4 5 6 7 9 10

Absorvância
de Equilíbrio
Concentração
de Equilibrio , g/l
Com a concentração inicial e de equilíbrio, calcula-se a massa adsorvida no carvão at.
x = (Co – Ce) x V e daí x/m (g-adsorvido/g-carvão at.)

 Caso ocorreu diluição na curva de calibração, não esquecer de faze-la para a


leitura no espectofotômetro.

Tratamento dos dados experimentais:

O tratamento matemático da adsorção pode ser representado em isotermas,


que são representações gráficas da massa de sólido pela quantidade da subs tância
adsorvida (x/m) em f unção da concentração do soluto em equilíbrio (C eq ). Através
delas pode -se determinar parâmetros termodinâmicos e cinéticos deste processo
de forma mais detalh da. Os tipos de isotermas estudados neste experimento
foram : isotermas de Langmuir e Freundlich .

Parte dos valores com os resultados experimentais foi nos fornecido no roteiro,
contendo a concentração inicial do Azul de Metileno (AM) , massa do carvão (m)
Concentração de equilíbr o (Ceq) e AMEeq (adsorção no equilíbrio)
Para desenhar os gráficos e realizar os cálculos propostos é necessário o
preenchimento da tabela com os dados que faltam.

Langmuir
Ceq/(x/m) = 1/(K.N) + (Ceq/N) , acha-se N e K graficamente, coef. angular e linear

Freundlich

, acha-se Kad e n graficamente, coef. angular e linear

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