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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

ANA PAULA LIMA DA COSTA ROSA


THAIS FRANÇA DE OLIVEIRA

MICROCULTIVO: Microsporum Canis

Curitiba
2019
MÉTODOS E INSTRUMENTOS
Para o cultivo da amostra (tubo 3) foi utilizado uma placa de Petri contendo ágar batata,
duas lamínulas, uma alça de platina, um bisturi, uma lamparina, fósforo.

1. Limpar a bancada
2. Cortar o ágar, com auxílio do bisturi, de forma proporcional ao tamanho da lamínula
(fazer isso duas vezes), deixando as partes cortadas em cima do ágar, na região
periférica e o mais distante uma da outra (figura 1):

FIGURA 1 - figura esquemática do corte do ágar

3. Liga-se a lamparina para flambar a alça;


4. Com a alça flambada e resfriada, retira-se um pouco da amostra e a deposita em
cima do agar cortado, nas seguintes posições (figura 2):

FIGURA 2 - figura representando deposição de amostra nas áreas 1, 2, 3 e 4

5. Colocar uma lamínula em cima de cada amostra, para incentivar o crescimento da


mesma
6. Colocar a amostra processada em estufa, na temperatura de 30ºC

Após o tempo decorrido de uma semana, a amostra foi analisada em microscopia de luz,
seguindo o método:

1. Limpar a bancada
2. Pingar 1 gota de lactofenol na lâmina
3. Com auxílio de uma pinça flambada, a lamínula foi adicionada a lâmina
4. Visualização no microscópio

Assim que visualizado, foi feita análise e conclusão das estruturas do fungo.
ANÁLISE E CONCLUSÃO

Para fácil entendimento decidimos classificar as características, sendo elas do meio do cultivo
que seriam os aspectos macroscópicos e aspectos microscópicos provenientes da análise
feita com o microscópio.

1. Aspectos Macroscópicos: Colônia de cor clara, aparência algodonosa, consistência


dura (quando foi realizado a retirada de amostra para realizar o microcultivo).

2. Aspectos Microscópicos: Multisseptado, com parede rugosa, poucos microconídios


e muitos macroconídios.

FIGURA 3 - Macroconídio ainda em formação do Microsporum canis - foto tirada no dia


24/04/2019, no Laboratório de Micologia e Bacteriologia, setor Farmácia, UFPR

Com base nesses dados e revisão literária, encontramos a gênero Microsporum no quais são
fusiformes, grandes, multisseptados de paredes rugosas.

Por conter poucos microconídios e paredes espessas que a dos septos chegamos a
conclusão de ser da espécie Microsporum canis.

Informações do fungo

● Microsporum canis é um fungo dermatófito;


● Seus hospedeiros naturais: cães e gatos;
● Comumente acomete áreas como mãos e couro cabeludo de crianças;
● Transmitida ao homem por animais domésticos (zoonose).

Sintomatologia

Apresenta lesões nas partes mais expostas do corpo - couro cabeludo, braços, mãos e pés.
Essas lesões variam na pele e no couro cabeludo; na pele apresenta lesões com bordas bem
definidas e de forma anelar, eritematosas e descamativas; no couro cabeludo ou nos pelos,
apresenta infecção do tipo ectotrix (os esporos e as hifas se apresentam para fora do pelo),
apresenta queda de cabelo, formação de crostas e descamação na área afetada.

Em cães apresenta lesões com queda de pelo e gatos podem ou não apresentar sintomas.

FIGURA 4 - Tinea do corpo, forma anular, lesões múltiplas, em criança, causada por Microsporum
canis. Fonte: Bibliomed (Atlas de Micologia 1º edição, 1995).

Tratamento

No ser humano é indicado a utilização de medicamentos de uso tópico como derivados


imidazólicos e se for infecção capilar será necessário o uso de medicamentos sistêmicos
como fluconazol. Para alívio da coceira e da inflamação pode ser recomendado o uso de
corticoides. A descontaminação do ambiente é necessária.

Nos cães e gatos, o tratamento é feito de forma local e sistêmica, além da descontaminação
do ambiente, uso de corticoides também pode ser recomendado.

Para controle do tratamento, deverá ser realizado novamente o teste diagnóstico, após dois
laudos negativos o paciente está curado.

REFERÊNCIAS

OLIVEIRA, J. C. de. Diagnóstico Micológico por Imagem. [online]. Disponível


em:<https://controllab.com/pdf/diagnostico_micologico_por_imagem.pdf>. Acesso em: 07 de
Maio de 2019.
OLIVEIRA, J. C. de. Atlas de Micologia. [online]. Disponível
em:<https://controllab.com/pdf/atlas_micologia_laminas.pdf>. Acesso em: 07 de Maio de
2019.

MORAES, A. M. L de; PAES, R. de A.; HOLANDA, V. L. de. Micologia: Conceitos e


Métodos para a Formação de Profissionais em Laboratórios de Saúde - Cap. 4. [online].
Disponível em:<http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/cap4.pdf>. Acesso em: 07 de
Maio de 2019.

RODRIGUES, D. A., et al. Atlas de dermatologia em povos indígenas. São Paulo: Editora
Unifesp, 2010. Doenças causadas por fungos, p. 59-80. [online]. Disponível
em:<http://books.scielo.org/id/23wpg/pdf/rodrigues-9788561673680-06.pdf>. Acesso em: 07
de Maio de 2019.

GÜRTLER, T. G. R.; DINIZ, L. M.; NICCHIO, L. Microepidemia de tinha do couro cabeludo


por Microsporum canis em creche de Vitória - Espírito Santo (Brasil). [online]. Disponível
em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962005000300007>.
Acesso em: 07 de Maio de 2019.

FIGURA 4. [online]. Disponível


em:<http://www.bibliomed.com.br/bibliomed/bmbooks/dermato/livro1/cap/fig05-1.htm>.
Acesso em: 07 de Maio de 2019.

ROSSI, N. M. M. Dermatofitoses. [online]. Disponível


em:<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3217571/mod_resource/content/1/2.%20Derma
tofitoses.pdf>. Acesso em: 07 de Maio de 2019.

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