2ª FASE - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - DIREITO DO TRABALHO
EXERCÍCIO 05 – BLOCO DE QUESTÕES 03
QUESTÃO 01 Determinada empresa, localizada no estado do Tocantins, foi notificada pela autoridade pública competente para que comprovasse a contratação da cota mínima de menores aprendizes, que, ao final, autuou a empresa, multando-a em função de desrespeito à legislação vigente sobre o tema, uma vez que contrata dois aprendizes a menos do que deveria. Referida empresa ingressou com recurso administrativo, que não teve o seu seguimento deferido pela autoridade administrativa porque a autuada não comprovou o recolhimento da multa, requisito, segundo o órgão julgador, indispensável para a regularidade formal do recurso administrativo. Diante do exposto, responda: A) Qual a autoridade pública competente para fiscalizar e aplicar a penalidade na empresa enunciada? (Valor: 0,60) B) Correta a posição da autoridade pública ao não dar seguimento ao recurso administrativo interposto? (Valor: 0,65) QUESTÃO 02 José Maria ingressou com reclamação trabalhista em face da empresa Travesseiros Bom de Cama Ltda. requerendo diversas verbas de natureza trabalhista. A reclamada, à época da contratação do autor e do ingresso com a reclamação trabalhista, passava por procedimento de recuperação judicial. Após transitado em julgado o processo, a liquidação de sentença apontou um crédito exequendo de R$ 15.000,00 (quinze mil reais). O reclamante requereu a execução do montante para o Juízo trabalhista, que procedeu com a penhora de alguns bens da empresa. Tempestivamente o advogado da reclamada ingressou com os recursos cabíveis, alegando que a competência para a execução de patrimônio de empresa em recuperação judicial é do Juízo em que corre o procedimento recuperacional. Todos os recursos foram julgados improcedentes, motivo pelo qual a empresa te contratou para tentar sanar o conflito de competência na execução. A) Qual o procedimento processual cabível no caso em questão? (Valor: 0,65) B) De qual tribunal é a competência para julgar referido procedimento? (Valor: 0,60) QUESTÃO 03 Genivaldo, motorista rodoviário de cargas, ingressou com reclamação trabalhista em face de sua exempregadora, Transportadora MTC Ltda., requerendo a condenação da reclamada ao pagamento de horas extras em função da supressão de intervalos intrajornada. Em sua defesa, a reclamada juntou aos autos diários de bordo anotados pelo próprio obreiro comprovando que o autor gozava de uma hora de intervalo para refeição e descanso, dirigindo das 8:00 às 12:00, repousando até às 13:00, horário em que voltava a dirigir até às 17:00. Diante do exposto, responda: A) A reclamada deverá ser condenada ao pagamento de alguma verba relacionada à supressão de intervalo intrajornada? (Valor: 0,65) B) Para apuração de intervalo intrajornada suprimido parcialmente, para fins de apuração de valores da condenação, deve se levar em consideração a hora cheia do intervalo? (Valor: 0,60) QUESTÃO 04 Luiz Phellipe ingressou com relação trabalhista requerendo, dentre outras parcelas, a condenação da reclamada ao pagamento de adicional de insalubridade porque, supostamente, atuava em ambiente cuja temperatura era superior a temperatura pela legislação pátria. Ao designar a realização da perícia, o perito do juízo não detectou a existência de ambiente cujo calor configurava o ambiente insalubre. Entretanto, constou em seu laudo que o obreiro laborava em ambiente extremamente empoeirado e que, por tal motivo, fazia jus ao recebimento do adicional de insalubridade. O juiz, em sua sentença, julgou improcedente o pleito autoral, alegando que a causa de pedira do pedido de condenação da reclamada ao pagamento de adicional de insalubridade estava desvirtuado da causa de pedir. Diante do exposto, responda: A) Correta a decisão do magistrado. (Valor: 0,65) B) Caso haja pedido de condenação da reclamada ao pagamento de adicional de insalubridade, em regra, o juiz está vinculado a realização de perícia. (Valor: 0,60)
Responsabilização por graves violações de direitos humanos na ditadura de 1964-1985: a necessária superação da decisão do Supremo Tribunal Federal na ADPF n. 153/DF pelo Direito Internacional dos Direitos Humanos