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31/10/2018 Flavio Gordon: Afinal, o nazismo foi de esquerda ou de direita?

(parte 1)

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Afinal, o nazismo foi de direita ou de esquerda? –


Prolegômenos a um debate menos chinfrim (parte 1)
por Flávio Gordon [ 26/09/2018 ] [ 17:09 ] Atualizado em [ 26/09/2018 ] [ 17:11 ]

S C M I N R T F ... 0 Beta

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31/10/2018 Flavio Gordon: Afinal, o nazismo foi de esquerda ou de direita? (parte 1)

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Foto: AFP

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“O marxismo-leninismo já não pode ser concebido


[1627] simplesmente como ‘racional e construtivo’, e o fascismo como
simplesmente ‘irracional e destrutivo’. Os principais
marcadores utilizados no passado para distinguir entre a
esquerda e a direita foram perdidos” (A. James Gregor, As Faces
de Janus: marxismo e fascismo no século 20)
[0]
Na última semana, ressurgiu com força um debate que, de
tempos em tempos, irrompe desavisadamente nas redes
sociais e na imprensa: a questão do lugar ocupado pelo
nazismo no espectro político. Seria o nazismo de direita (como
normalmente se acredita) ou de esquerda (como defendem
[104]
alguns contestadores)? O gatilho para a nova rodada de
discussões tão mal conduzidas quanto inúteis foi um vídeo
postado no Facebook pela Embaixada da Alemanha no Brasil,
no qual se afirmava a importância da memória do Holocausto
para a sociedade alemã contemporânea e se condenava o
renascimento do “extremismo de direita” no país.

Entrando de gaiato no ambiente de intensa polarização


política que marca a presente corrida eleitoral brasileira, o
material provocou uma inusitada chuva de comentários
críticos por parte de internautas de direita, que, desejando
naturalmente se livrar da batata quente, questionaram a
pertinência daquela classificação, sugerindo, ao contrário, ter

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31/10/2018 Flavio Gordon: Afinal, o nazismo foi de esquerda ou de direita? (parte 1)

sido o nazismo um movimento de extrema-esquerda, porque,


afinal, seu partido levava o nome oficial de Partido Nacional- A   
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Socialista dos Trabalhadores Alemães. Como não podia deixar
de ser, internautas de esquerda empurraram a batata quente
de volta à origem. Respaldados pela versão ortodoxa, que
aprendemos desde os tempos do ensino fundamental, fizeram
troça dos contestadores, sob o argumento triunfal de que
“todo mundo sabe que o nazismo é de direita, ora bolas”.

Surpreso com tamanha repercussão, o chefe da missão


diplomática alemã no Brasil, Georg Witschel, deu a vitória final
aos ortodoxos, afirmando não haver na Alemanha nenhuma
“voz séria” que classificasse o nazismo como de esquerda, e
decretando a ignorância ou a desonestidade como as únicas
causas possíveis da polêmica. Exultantes, os vitoriosos (dentre
os quais, curiosamente, se incluíam muitos jornalistas da
grande imprensa) aproveitaram a deixa para zombar ainda
mais de seus interlocutores, tratados como um bando de
brasileiros caipiras que, segundo eles, “passavam vergonha
querendo ensinar história do nazismo aos alemães”.

Com espantosa arrogância, o jornal O Globo arvorou-se o papel


de fiscal oficial do cânon historiográfico, denunciando o que
chamou de fake history (a mais recente atualização do rótulo
difamatório “fake news”, com o qual a grande imprensa
procura estigmatizar qualquer informação que conteste o
jornalismo de péssima qualidade que ela vem praticando ao
longo dos últimos anos), e exibindo o seguinte quadrinho,
mediante o qual procurava intimidar previamente algum leitor
mais cético: “Mito: O nome era Partido Nacional-Socialista dos
Trabalhadores Alemães, logo, de esquerda. Consenso: A
palavra ‘socialista’ era um chamariz (sic). O nazismo era de
extrema-direita”.

Sim, para o jornal O Globo, o fato de Adolf Hitler e seus


seguidores se dizerem socialistas não passava de um maroto
golpe de marketing. Eis o que acontece quando o estagiário é
abandonado na redação com a ordem expressa de manipular a
informação, mas sem quaisquer instruções específicas de
como fazê-lo.

Dispomos hoje de amplo acesso a uma quantidade gigantesca


de fontes sobre o nacional-socialismo, incluindo memórias e
diários privados de alguns dos mais próximos colaboradores
de Hitler, nomes como Albert Speer, Hermann Rauschning,
Otto Wagner e o próprio Joseph Goebbels. O que o exame
desse material nos permite concluir é o exato oposto do que,
por meio de seu estagiário, o jornal O Globo tenta nos impor
como verdade histórica inquestionável. Era justamente o
discurso antibolchevique que Hitler julgava interessante
proclamar em público, a fim de inflamar o ânimo dos
seguidores. Já a sua dívida intelectual para com o socialismo
marxista só costumava ser confessada em privado, a amigos e

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aliados íntimos. “Aprendi muito com o marxismo, e não tenho


medo de admiti-lo”, ele confessou a Rauschning em certa A   
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ocasião. Como escreve o historiador britânico George Watson:
“Hoje está claro, para além de qualquer dúvida razoável, que
Hitler e seus associados viam-se como socialistas, e que
outros, incluindo social-democratas, também assim os
consideravam. O título nacional-socialismo era tudo menos
hipócrita. Até 1945, as evidências eram mais privadas que
públicas, o que talvez seja em si mesmo significativo”.

A discussão recente ilustra bem o nível médio do debate


público no Brasil contemporâneo, com seu festival de bravatas,
carteiradas, argumentos de autoridade e muito histrionismo
de parte a parte. Colocado diante dessa poluída urbe de
simplificações, frases feitas e meias-verdades manipuladas, o
estudioso sério não pode, é claro, se deixar intimidar. Quem
quer que pretenda compreender adequadamente o fenômeno
do nacional-socialismo deve agir como o anacoreta a caminho
do deserto, escapando desse zum-zum-zum tão letal para a
inteligência. Deve, sobretudo, rejeitar os termos do debate tal
como têm sido postos. Livre do jogo de aparências e interesses
mesquinhos que o cercam, e tendo dedicado tempo a devorar
estoicamente seleta bibliografia, o interessado no assunto não
tardará a perceber o seguinte: a opinião heterodoxa segundo a
qual o nazismo é inequivocamente de esquerda (interpretação
simplista baseada em imprecisão conceitual, bem como no
desprezo por diferenças significativas entre o nazismo e o
socialismo de matriz marxista) não é mais embaraçosa do que
a ortodoxia, a que “todo mundo sabe”, segundo a qual ele é
inequivocamente de direita (interpretação também carente de
justa definição prévia, e que padece do problema simétrico e
inverso, qual seja o de ignorar semelhanças fundamentais
entre o nacional- e o internacional-socialismo).

O fato é que um assunto de tamanha complexidade não é coisa


para palpiteiros e amadores. E, claro está, não pode ser
equacionado pelo decreto informal de um burocrata a quem,
mesmo sendo alemão, não se deve conceder a priori tamanha
autoridade intelectual, assim como a um burocrata brasileiro
não se deve necessariamente conferir o título de expert em
história do Brasil. Até porque, ao recorrer ao argumento da
ausência de “vozes sérias” classificando o nazismo como de
esquerda, o referido burocrata alemão diz, quando muito, uma
meia-verdade, ignorando que alguns dos mais importantes
estudiosos dos movimentos de massa do século 20 (nomes
como Leszek Kolakowski, Vassily Grossman, Jacob L. Talmon,
Eric Voegelin, Hannah Arendt, Friedrich Hayek, Erik von
Kuehnelt-Leddihn, Hans Maier, Juan J. Linz, Alain Besançon,
Pierre Chaunu, Eric Ho er, George Orwell, Richard Overy,
Robert Conquest, John Gray, Stanley Payne, A. James Gregor,
entre muitos outros) também tendem a rejeitar a associação
fácil e imediata entre nacional-socialismo e direita, como se se

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tratasse de movimento essencialmente anátema ao socialismo


marxista. Mutatis mutandis, esses autores chegaram à A   
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conclusão de haver mais semelhanças que diferenças entre os
dois tipos de socialismo, justificando que ambos fossem
tratados como espécies de um mesmo gênero de fenômenos
revolucionários, às vezes agrupados sob o conceito de
“totalitarismo” (Arendt, Orwell, Conquest, Hayek), às vezes sob
o de “religião política” (Voegelin, Meier, Linz), ou mesmo de
“milenarismo político” (Talmon, Gray). Ademais, no meio
acadêmico especializado, a dicotomia esquerda vs direita tem
sido amplamente contestada como ferramenta heurística
adequada à compreensão de movimentos como o
nazifascismo. Nas palavras do cientista político A. James
Gregor, professor emérito da Universidade da Califórnia
(Berkeley) e um dos maiores especialistas contemporâneos em
fascismo: “Por mais conveniente e instrutiva seja a distinção
entre direita e esquerda no âmbito da política local, ela é
amplamente irrelevante no tratamento dos movimentos
revolucionários que moldaram o cenário internacional nos
últimos 100 anos”. Como se vê, o autor não teve a sorte de
aprender com os notáveis especialistas da redação de O Globo
que a identificação entre nazismo e direita é um “consenso”
absoluto, que só um idiota ousaria contestar.

Pretendo, a partir deste que deverá ser o primeiro de uma série


de artigos dedicados ao assunto, recolocar o debate no trilho
certo, compartilhando com os leitores algo do que aprendi ao
longo de quase uma década de estudo sobre as ideologias
revolucionárias modernas. Para se compreender
adequadamente o fenômeno, é preciso antes de tudo lidar
com a longa história das interpretações do nazifascismo – ou
daquilo que, na literatura especializada (ver autores como
Roger Gri in, Robert O. Paxton, Stanley Payne, entre outros), se
convencionou chamar de “fascismo genérico”, de modo a
diferenciá-lo do fascismo de Mussolini propriamente dito. Além
disso, há de se enfrentar o complexo problema das definições
conceituais, sem as quais todo esforço comparativo se torna
um trabalho de Sísifo.

“Ao fim do século 20, é provável que fascismo continue sendo o


mais vago dos principais conceitos políticos” – escreveu o
historiador Stanley Payne logo no primeiro parágrafo de Uma
História do Fascismo (1914-1945), obra de referência sobre o
tema, manifestando uma inquietação que tem perturbado
pesquisadores profissionais durante décadas, mas que não
parece ser nem sequer concebida pelos jornalistas brasileiros.
Payne acrescentou ainda: “Fascista tem sido uma das pechas
políticas mais recorrentemente utilizadas, normalmente como
sinônimo de ‘violento’, ‘brutal’, ‘repressivo’ ou ‘ditatorial’. No
entanto, se fascismo não significar nada além disso,
provavelmente seria preciso classificar os regimes comunistas,

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por exemplo, como os mais fascistas de todos, destituindo a


palavra de qualquer especificidade funcional”. A   
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Abordando, com o máximo de profundidade permitido pelos
limites de um texto jornalístico, aqueles dois elementos do
problema – o do histórico de interpretações e o das definições
–, pretendo fornecer aos leitores os instrumentos para um juízo
fundamentado sobre o debate, sem me esquivar do dever de,
ao fim do trajeto, apresentar a minha própria conclusão
pessoal. O objetivo é incentivar os leitores a que não se deixem
pautar nem pelos falsos consensos impostos a fórceps por uma
classe falante habituada a mascarar a própria ignorância
mediante o controle hegemônico dos meios de formação da
opinião pública; nem, tampouco, por contestações superficiais,
pouco embasadas e politicamente tendenciosas.

Quem afirma seguramente que o nazismo foi um movimento


de extrema-direita deveria, no mínimo, antes de repeti-la por aí
feito um papagaio, conhecer a origem dessa interpretação.
Suspendendo, por ora, uma apreciação do seu mérito, convém
lembrar que ela nasce dentro do campo intelectual marxista-
leninista, e que, portanto, é politicamente marcada desde o
início, sendo tributária das premissas gerais do materialismo
histórico. O contexto para o surgimento dessa interpretação é a
guerra intestina irrompida no seio do marxismo italiano por
ocasião da Primeira Guerra Mundial, uma cisão que opôs os
“marxistas renegados” (Mussolini e seguidores) aos marxistas
ortodoxos – os primeiros favoráveis à entrada da Itália na
guerra; os segundos, mais fiéis ao internacionalismo socialista,
contrários. O fascismo surgia como uma “heresia do
socialismo” (aliás, assim como o bolchevismo, segundo o
historiador Richard Pipes).

Aquela luta fratricida foi tão intensa que, eventualmente, a


vertente ortodoxa começou a negar peremptoriamente as
origens marxistas dos primeiros fascistas, passando a atribuir a
“deserção” de seus antigos quadros à venalidade pessoal e ao
oportunismo. O próximo passo na lógica da negação foi
conceber o próprio fascismo como um todo, justamente com
os seus “apóstatas” marxistas, como venal e oportunista. Daí
para a formulação final de que o fascismo era um “instrumento
da burguesia” ou do “capital financeiro” foi um pulo.
Imediatamente após a famosa Marcha sobre Roma de 1922, os
marxistas-leninistas italianos puseram-se a produzir vasta
literatura teórica pretendendo explicar o caráter
necessariamente “reacionário” e “direitista” do fascismo, uma
literatura que acabaria dando forma às concepções de toda a
intelligentsia esquerdista ocidental acerca do fenômeno. A
interpretação encaixou-se tão bem nos esquemas conceituais
preconcebidos de tantos marxistas europeus que, por mais de
um século, se manteve como parte inerente da sabedoria
folclórica da ciência política. A partir de então, o fascismo seria
para sempre concebido como uma patologia política, uma
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excrescência “de direita, reacionária e desumana”, ao passo


que o marxismo-leninismo seria tido por “de esquerda, A   
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progressista e humanista”. Como veremos nos próximos
artigos, mesmo que essa visão não tardasse a ser contestada
dentro da própria tradição intelectual marxista, ela continua
até hoje sendo reproduzida no senso comum midiático, como
o confirma a querela em torno do vídeo da embaixada alemã.

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COMENTÁRIOS [104] COMUNIDADE

A Escreva seu comentário

Balasbc 5 dias
B Espero que esse artigo represente um renascimento do verdadeiro jornalismo, crítico e investigativo, há vários
anos sepultado no Brasil. Saberemos isso nos próximos meses, com a vitória do Bolsonaro e condenação moral
do Lulopetismo os covardes de sempre, os maria-vai-com-as-outras irão mudar de lado e a audiência vai
aumentar. A Folha, ou reconhece logo que sempre apoiou (fazendo vista grossa, deixando de criticar e
denunciar) o projeto totalitário do PT, ou será sepultada junto com ele.

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Vincent Vega 11 dias


V Se nazismo é de esquerda ou direita não me importo. Só gostaria de saber porque o nazismo foi criminalizado e
o comunismo não.

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Paulo Leite 19 dias


P Excelente. Ajudando o Brasil a deixar de pensar por slogans.

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Tommy K. Gano 27 dias


T As SAs eram a vertente mais socialista, mas Hitler se livrou delas na noite dos longos punhais.

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Thais de Melo Queiroz 29 dias


T Excelente artigo como sempre! Ansiosa pelas próximas partes!

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