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Direito Penal p/ TRF 2ª Região (Analista Judiciário - Área Judiciária) - com videoaulas
CRIMES
SUMÁRIO
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1. CONCURSO DE PESSOAS .............................................................................. 3
1.1. Conceito, natureza e características ......................................................... 3
1.2. Requisitos ................................................................................................ 4
1.3. Modalidades ............................................................................................. 9
1.3.1. Coautoria ................................................................................................ 9
1.3.2. Participação ........................................................................................... 13
1.4. Comunicabilidade das circunstâncias ..................................................... 15
1.4.1. Espécies de elementares e de circunstâncias .............................................. 16
1.4.2. Cooperação dolosamente distinta ............................................................. 18
2. CONCURSO DE CRIMES .............................................................................. 19
2.1. Conceito e natureza ............................................................................... 20
2.2. Espécies ................................................................................................. 20
2.2.1. Concurso material (ou real) de crimes ....................................................... 20
2.2.2. Concurso formal de crimes ...................................................................... 21
2.2.3. Aplicação da pena no concurso formal ....................................................... 22
2.2.4. Crime continuado ................................................................................... 23
2.2.5. Requisitos para a configuração do crime continuado .................................... 24
2.2.6. Aplicação da pena no crime continuado ..................................................... 26
2.2.7. Crime continuado e conflito de leis penais no tempo .................................... 27
2.2.8. Crime continuado e prescrição ................................................................. 27
2.2.9. Aplicação da pena de multa no concurso de crimes ..................................... 28
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3. RESUMO .................................................................................................... 28
4. EXERCÍCIOS DA AULA ............................................................................... 35
5. EXERCÍCIOS COMENTADOS ....................................................................... 42
6. GABARITO ................................................................................................. 57
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Olá, meus amigos!
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Portanto, muita atenção, pois há várias teorias doutrinárias que!
podem cair na prova. Temos muitas questões interessantes!
Bons estudos!
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1.! CONCURSO DE PESSOAS !
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de cada um irá corresponder à valoração de cada uma das!
condutas (cada um responde “na medida de sua culpabilidade).
Em razão desta diferenciação na pena de cada um dos
infratores, diz-se que o CP adotou uma espécie de teoria
monista temperada (ou mitigada).
1.2.! Requisitos
Mas quais são os requisitos para que se possa falar em
concurso de pessoas? Cinco são os requisitos para que seja caracterizado
o concurso de pessoas:
•! Pluralidade de agentes – Para que possamos falar em
concurso de pessoas, é necessário que tenhamos mais de uma
pessoa a colaborar para o ato criminoso. É necessário que
sejam agentes culpáveis? A doutrina se divide, mas
prevalece o entendimento de que todos os comparsas devem
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que basta um agente para sua caracterização). Nos crimes!
plurissubjetivos (aqueles em que necessariamente deve
haver mais de um agente, como no crime de associação
criminosa, por exemplo – art. 288 do CP), se um dos
colaboradores não é culpável por qualquer razão, mesmo
assim permanece o crime. Nos crimes eventualmente
plurissubjetivos (crime de furto, por exemplo, que
eventualmente pode ser um crime qualificado pelo concurso de
pessoas, embora seja, em regra, unissubjetivo) também não
é necessário que todos os agentes sejam culpáveis,
bastando que apenas um o seja para que reste
configurado o delito em sua forma qualificada. Nessas
duas últimas hipóteses, no entanto, não há propriamente
concurso de pessoas, mas o que a Doutrina chama de
concurso impróprio, ou concurso aparente de pessoas.
Contudo, essa ressalva só se aplica ao caso de concurso entre
culpável e “não culpável que possui discernimento”. Assim, se
o agente culpável se vale de alguém sem culpabilidade como
mero instrumento, sem que ele possua qualquer discernimento,
teremos sempre autoria mediata. No caso do concurso entre
um agente culpável e um menor de 17 anos, por exemplo (não
culpável por inimputabilidade), pode ser reconhecido o
concurso de pessoas (concurso aparente), já que o menor
possuía vontade e esta vontade convergia com a do imputável,
não tendo sido utilizado como mero instrumento.
•! Relevância causal da colaboração – A participação do
agente deve ser relevante para a produção do resultado, de
forma que a colaboração que em nada contribui para o
resultado é um indiferente penal. Além disso, a colaboração
deve ser prévia ou concomitante à execução, ou seja,
anterior à consumação do delito. Se a colaboração for posterior
à consumação do delito, como o fato já ocorreu, não há
concurso de pessoas, podendo haver, no entanto, outro crime
(favorecimento real, receptação, etc.). Porém, se a
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•! Vínculo subjetivo (ou liame subjetivo) – Também é!
conhecido como concurso de vontades. Assim, para que haja
concurso de pessoas, é necessário que a colaboração dos
agentes tenha sido ajustada entre eles, ou pelo menos tenha
havido adesão de um à conduta do outro. Deste modo, a
colaboração meramente causal, sem que tenha havido
combinação entre os agentes, não caracteriza o concurso de
pessoas. Trata-se do princípio da convergência. Caso haja
colaboração dos agentes para a conduta criminosa, mas sem
vínculo subjetivo entre eles, estaremos diante da autoria
colateral, e não da coautoria.
•! Unidade de crime (ou contravenção) para todos os
agentes (identidade de infração penal) – Nos termos do
art. 29 do CP: Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o
crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). Daí
podemos perceber que se 20 pessoas colaboram para a prática
de um delito (homicídio, por exemplo), todas elas respondem
pelo homicídio, independentemente da conduta que tenham
praticado (um apenas conseguiu a arma, o outro dirigiu o
veículo da fuga, outro atraiu a vítima, etc.). As condutas dos
agentes, portanto, devem constituir algo juridicamente
unitário3.
•! Existência de fato punível – Trata-se do princípio da
exterioridade. Assim, é necessário que o fato praticado pelos
agentes seja punível, o que de um modo geral exige pelo menos
que este fato represente uma tentativa de crime, ou crime
tentado. Para a caracterização do crime tentado, é necessário
que seja dado início à execução do crime. Se o fato ficar
meramente no plano abstrato, no plano da cogitação, não há
fato punível, nos termos do art. 14, II do CP. O art. 31 do CP
determina, ainda, de modo específico para a hipótese de
concurso de pessoas, que a colaboração só é punível se o
crime for, ao menos, tentado: Art. 31 - O ajuste, a determinação
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3
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit.___, p. 553
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Ex.: José e Pedro (este menor de idade, com 17 anos) combinam de !
matar Maria. José arma o plano e entrega a arma a Pedro, que a executa.
Neste caso, Pedro é inimputável por ser menor de 18 anos, mas possui
discernimento, não se pode dizer que foi um mero “instrumento” de José.
Assim, aqui não teremos autoria mediata, mas concurso aparente
de pessoas.
Ex.2: José, maior e capaz, entrega a Mauro (um doente mental sem
nenhum discernimento) uma arma e diz para ele atirar em Maria, que
vem a óbito. Neste caso há autoria mediata, pois Mauro (o
inimputável) foi mero instrumento nas mãos de José.
Mas esta é a única hipótese de autoria mediata? A resposta é
negativa. A melhor Doutrina divide a autoria mediata em três hipóteses,
basicamente4:
1 – Autoria mediata por erro do executor – Neste caso, aquele que
pratica a conduta foi induzido a erro pelo mandante (erro de tipo ou erro
de proibição). Ex.: Médico que entrega à enfermeira uma injeção
contendo determinada substância tóxica, e determina que esta aplique
no paciente, alegando que se trata de morfina, para aliviar a dor5. A
enfermeira, aqui, não atua dolosamente (do ponto de vista “finalístico”),
pois apesar de dar causa à morte do paciente (causalidade física, pois foi
ela quem injetou a substância), não dirigiu sua conduta a este resultado.
O domínio do fato pertencia ao médico, o real infrator.
2 – Autoria mediata por coação do executor – Aqui o infrator coage
uma terceira pessoa a praticar um delito. Em se tratando de coação
MORAL irresistível, teremos um agente não culpável (a coação moral
irresistível afasta a culpabilidade). Desta forma, aquele que executa o faz
em situação de não culpabilidade. A culpabilidade recai apenas sobre o
coator, não sobre o coagido. Ex.: Médico que determina à enfermeira que
aplique sobre o paciente uma dose cavalar de veneno. O médico, porém,
não esconde da enfermeira que se trata de veneno, ao contrário deixa
isso bem claro. Porém, diz à enfermeira que se ela não fizer o que foi
determinado, irá matar sua filha. Vejam que, neste caso, a enfermeira
sabe que está injetando o veneno, de forma que age dolosamente, mas
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tem discernimento para não ser considerado como “objeto”. Por outro !
lado, no mesmo exemplo, imaginemos que Marcelo tenha 30 anos, mas
seja absolutamente incapaz de entender o que se passa (doente mental
completo). Neste caso, a inimputabilidade de Marcelo afasta o
reconhecimento do concurso de pessoas com José, que responderá como
autor mediato do crime.
ocorrência).
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7
PIERANGELI, José Henrique. ZAFFARONI, Eugenio Raúl. Manual de Direito Penal Brasileiro. Ed. RT.
São Paulo, 2008, p. 580/581
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1.3.! Modalidades !
1.3.1.! Coautoria
Para entendermos o fenômeno da coautoria, devemos,
primeiramente, estudar o que seria a autoria do delito.
Várias teorias, ao longo do tempo, procuraram definir o conceito
de AUTOR.
O conceito extensivo de autor não diferencia autor e partícipe,
considerando que todos aqueles que concorrem para o crime são autores
do delito. Esse conceito é baseado numa premissa “causal-naturalista” de
que todo aquele que dá causa ao delito (por qualquer forma), deve ser
considerado autor do crime.
Contudo, como pelo conceito extensivo de autor não era possível
definir quem era autor e quem era partícipe, surgiu a teoria subjetiva da
participação, que considerava como autor aquele que pratica o fato como
próprio, que quer o crime “como próprio”, como seu, e partícipe aquele que
quer o fato como alheio, pratica uma conduta acessória ao “crime de outra
pessoa”.8 Isso era fundamental para a fixação da pena de cada um, já que
aos autores deveriam ser aplicadas penas, em tese, mais severas.
Como o conceito extensivo apresentou mais problemas que soluções,
surgiu o conceito restritivo de autor9. Para esta teoria restritiva10, autor
e partícipe não se confundem. Autor será aquele que praticar a conduta
descrita no núcleo do tipo penal (subtrair, matar, roubar, etc.). Todos os
demais, que de alguma forma prestarem colaboração (material ou moral),
serão considerados partícipes. Esta foi a teoria adotada pelo CP.
Agora que já sabemos que o CP diferencia autor e partícipe,
precisamos saber qual é o critério para se diferenciar um do outro.
Três teorias surgiram.
A primeira teoria, a teoria objetivo-formal, estabelece que autor é
quem realiza a conduta prevista no núcleo do tipo, sendo partícipes todos
os outros que colaboraram para isso, mas não realizaram a conduta
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8
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit.___, p. 555
9
PIERANGELI, José Henrique. ZAFFARONI, Eugenio Raúl. Manual de Direito Penal Brasileiro. Ed. RT.
São Paulo, 2008, p. 572.
10
Também chamada por alguns de teoria dualista ou objetiva.
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A segunda teoria, a teoria objetivo-material, entende que autor é!
quem colabora com participação de maior importância para o crime, e
partícipe é quem colabora com participação reduzida, independentemente
de quem pratica o núcleo do tipo (verbo que descreve a conduta criminosa
– matar, subtrair, etc.).
A terceira e última teoria, a teoria do domínio do fato, criada pelo
pai do finalismo, Hans Welzel11, e posteriormente desenvolvida por Claus
Roxin, defende que autor é todo aquele que possui o domínio da
conduta criminosa, seja ele o executor (quem pratica a conduta prevista
no núcleo do tipo) ou não12. Para esta teoria, o autor seria aquele que
decide o trâmite do crime, sua prática ou não, etc. Essa teoria explica,
satisfatoriamente, o caso do mandante, por exemplo, que mesmo sem
praticar o núcleo do tipo (“matar alguém”), possui o domínio do fato, pois
tem o poder de decidir sobre o rumo da prática delituosa.
Para esta teoria, o partícipe existe, e é aquele que contribui para a
prática do delito13, embora não tenha poder de direção sobre a conduta
delituosa. O partícipe só controla a própria vontade, mas a não a conduta
criminosa em si, pois esta não lhe pertence.
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11
WELZEL, Hans. Op. Cit.___, p. 105
12
MUÑOZ CONDE, Francisco. Teoría general del delito. Ed. Temis Editorial. Bogotá, 1999, p. 155-
156
13
WELZEL, Hans. Op. Cit.___, p.117-119
14
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit.___, p. 557-558
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que é dividida entre os comparsas, cabendo a cada um uma parcela !
significativa, essencial e imprescindível.
Em todos estes casos, o agente será considerado autor do delito.
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No quadro abaixo vou mostrar para vocês algumas hipóteses!
polêmicas de aplicação do instituto da coautoria:
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1.3.2.! Participação !
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16
A teoria da acessoriedade deriva de uma das teorias dos FUNDAMENTOS da punibilidade do
partícipe, que é a TEORIA DO FAVORECIMENTO (ou da CAUSAÇÃO), que diz que o partícipe deve
ser punido por ter coloborado para que o delito fosse realizado. Em contraposição a esta, havia a
teoria da participação na culpabilidade, que defendia que o partícipe deveria ser punido apenas por
exercer “influência negativa” sobre o autor. Esta última foi abandonada pela Doutrina há algumas
décadas.
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•! Teoria da acessoriedade mínima – Entende que a conduta!
principal deva ser um fato típico, não importando se é ou não
um fato ilícito. EXEMPLO: Imagine que Marcio e João
combinam de matar Paulo. Na data combinada para a
execução, Marcio guia o carro até o local e fica esperando do
lado de fora. João se dirige até Paulo e, após uma discussão,
Paulo começa a agredir João, que na verdade mata Paulo em
legítima defesa. João matou Paulo em legítima defesa e não
em razão do ajuste com Marcio (não tendo praticado fato ilícito,
mas apenas típico), mas por esta teoria, mesmo assim Marcio
responderia como partícipe do crime. Veja que João, de fato,
matou Paulo. Contudo, o fato não é ilícito, pois João agiu em
legítima defesa. Porém, para esta teoria, ainda que a conduta
de João seja considerada apenas típica, mas não ilícita, Marcio
deveria ser punido. O pior de tudo é que, neste caso, Márcio,
que não praticou a conduta seria punido, mas João seria
absolvido pela legítima defesa.
•! Teoria da acessoriedade limitada – Exige que o fato
praticado (conduta principal) seja pelo menos uma conduta
típica e ilícita. Assim, no exemplo dado acima, a conduta do
partícipe Marcio não é punível, pois a conduta principal, apesar
de típica, não é ilícita. Veja que, para esta corrente
Doutrinária, se o fato praticado pelo autor NÃO FOR
ILÍCITO (Ainda que seja um fato típico), em razão de
legítima defesa, etc., o partícipe não deve ser punido;
•! Teoria da acessoriedade máxima – Para esta teoria, o
partícipe só será punido se o fato for típico, ilícito e praticado
por agente culpável. Essa teoria faz exigência irrazoável, pois
a culpabilidade é uma questão pessoal do agente, não
guardando relação com o fato. Assim, imagine que Carlos,
maior de idade, seja partícipe de um roubo praticado por Lucas,
menor de idade. Para esta corrente, Carlos não poderia
responder pelo roubo praticado (na qualidade de
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O Nosso CP não adotou expressamente nenhuma das quatro
teorias, mas com certeza não adotou a teoria da acessoriedade mínima
nem a teoria da hiperacessoriedade (as extremas).
A Doutrina entende que a teoria que mais se amolda ao nosso
sistema é a teoria da acessoriedade limitada17, exigindo que o fato
seja somente típico e ilícito para que o partícipe responda pelo crime.
Questões interessantes acerca da participação:
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Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter!
pessoal, salvo quando elementares do crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
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A que usará de emboscada (portanto, homicídio qualificado,!
nos termos do art. 121, § 2° do CP), e A concorda com isto.
Nesse caso, a circunstância objetiva “emboscada” (relativa ao
meio utilizado), se comunica, pois embora A não tenha usado
de emboscada, concordou com esta prática por B.
Diversamente, se B praticasse o crime mediante emboscada
sem nada comunicar ao mandante, A, esta circunstância não
se comunicaria, por não ter entrado na esfera de conhecimento
de A;
"! As elementares sempre se comunicam, sejam objetivas
ou subjetivas – No entanto, mais uma vez se exige que estas
elementares tenham entrado no âmbito de conhecimento dos
demais agentes. Imaginem que Júlio, servidor público, convida
Marcelo a entrar na repartição onde trabalham, valendo-se da
condição de Júlio, para subtrair alguns computadores. Caso
Marcelo conheça a condição de funcionário público de Júlio,
ambos respondem pelo crime de peculato-furto (art. 312, § 1°
do CP). Caso Marcelo desconheça essa circunstância elementar,
responde ele apenas pelo crime de furto, pois a ausência dessa
circunstância faz desaparecer o crime de peculato-furto, mas a
conduta ainda é punível como furto comum.
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!
1.4.2.! Cooperação dolosamente distinta
A cooperação dolosamente distinta, também chamada de
“participação em crime menos grave” ou “desvio subjetivo de conduta”,
ocorre quando ambos os agentes decidem praticar determinado crime, mas
durante a execução, um deles decide praticar outro crime, mais grave.
Nesse caso, aplica-se o art. 29, § 2° do CP:
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a
este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
(...)
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-
lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
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São muitas, MUITAS ideias diferentes. Cada autor inventa alguma coisa !
para vender seu livro, certo? Bom, resumidamente, podemos definir a
Doutrina majoritária da seguinte forma:
COAUTORIA EM CRIMES CULPOSO – É possível, pois é possível que
duas pessoas, de comum acordo, resolvam praticar uma conduta
imprudente, por exemplo. Ex.: Dois rapazes resolvem atirar um móvel do
10º andar de um prédio, sem intenção de atingir ninguém, mas acabam
lesionando uma pessoa.
PARTICIPAÇÃO EM CRIME CULPOSO – Depende. Podemos estar
falando de participação DOLOSA ou participação CULPOSA.
DOLOSA – Não cabe participação dolosa em crime culposo, pois a
Doutrina entende que não há “unidade de vontades” entre os agentes
(um quer o resultado a título de dolo, e o outro, executor, é apenas um
descuidado). Assim, não há “vínculo subjetivo” entre eles no que tange
ao resultado. Logo, cada um responde por sua conduta.
CULPOSA – É possível, pois é possível que alguém, por culpa, induza,
instigue ou preste auxílio ao executor de uma conduta também culposa,
e haveria “unidade de vontades”.
CUIDADO: O STJ entende que NÃO cabe nenhum tipo de
participação em crime culposo. Parte da Doutrina também segue
este entendimento.
condições, porém, deverá ter sua pena atenuada, nos termos do art. 65, e
do CP, já que se trata de situação em que há maior vulnerabilidade
psicológica para que uma pessoa venha a aderir a uma conduta criminosa.
Por outro lado, os que promoverem, organizarem ou liderarem a conduta
criminosa terão suas penas agravadas (art. 62, I do CP).
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
18
O termo “multidão criminosa” é utilizado, dentre outros, por René Ariel Dotti (cf. DOTTI, René
Ariel. Curso de Direito Penal, Parte Geral. Ed. Revista dos Tribunais. 4º ed. São Paulo. 2012, p. 459)
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2.1.! Conceito e natureza !
2.2.! Espécies
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Nesse fenômeno, o agente pratica duas ou mais condutas e produz!
dois ou mais resultados. Pode ser homogêneo, quando todos os crimes
praticados são idênticos, ou heterogêneo, quando os crimes são diferentes.
Esse cúmulo de penas deve ser aplicado pelo Juiz na hora da
sentença, se os processos tiverem sido reunidos por conexão, ou pelo Juiz
da execução, caso tenham sido aplicadas as penas em processos diversos
(nos termos do art. 66, III, a da LEP).
Se for imposta pena de reclusão a um dos crimes e de detenção a
outro, executa-se primeiramente a de reclusão, nos termos do art. 69,
caput, segunda parte, do CP.
Só será possível a aplicação de penas restritivas de direitos a um dos
crimes se em relação aos outros foi aplicada pena também restritiva de
direitos ou, em caso de ter sido aplicada pena privativa de liberdade, esta
foi suspensa (é o chamado sursis), nos termos do art. 69, § 1° do CP.
As penas restritivas de direitos podem ser cumpridas
simultaneamente, desde que compatíveis. Assim, a pena de limitação de
final de semana não pode ser cumprida simultaneamente com outra
restritiva de direitos idêntica (limitação de final de semana), pois nesse
caso o agente estaria cumprindo apenas uma das penas (e pagando as
duas o malandro!). Entretanto, é plenamente possível o cumprimento
simultâneo de pena restritiva de direitos consistente em prestação de
serviços à comunidade e outra consistente em prestação pecuniária ($$),
pois isso não importa em prejuízo a ninguém (nem ao Estado nem ao
infrator).
Só é possível a suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei
9.099/95) se o somatório das penas mínimas previstas para todos os
crimes for inferior a um ano. Assim, se o acusado praticou dois crimes em
concurso material, sendo a pena mínima de ambos estipulada em 03 meses
de detenção, é possível a suspensão condicional do processo.
pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não. Nos termos do art. 70 do CP:
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou
mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis
ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um
sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a
ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios
autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.(Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do
art. 69 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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unidade de conduta não significa unidade de atos, pois existem condutas!
que podem ser fracionadas em diversos atos, como no caso de alguém que
mata outra pessoa com diversas pauladas na cabeça. Embora neste caso
haja diversos atos, há unidade de conduta.
O concurso formal será homogêneo se todos os crimes cometidos
mediante a conduta única forem idênticos, e será heterogêneo se os
crimes praticados forem diversos.
O concurso formal pode ser, ainda, perfeito ou imperfeito:
•! Concurso formal perfeito (próprio) – Aqui o agente
pratica uma única conduta e acaba por produzir dois
resultados, embora não pretendesse realizar ambos, ou
seja, não há desígnios autônomos (intenção de, com uma única
conduta, praticar dolosamente mais de um crime). Esse tipo de
concurso só pode ocorrer, portanto, entre crimes culposos, ou
entre um crime doloso e um ou vários crimes culposos.
Exemplo: Imaginem que Camila, dirigindo seu Bugatti pelas
ruas de São Paulo, em altíssima velocidade, atropela, sem
querer, um pedestre, que vem a óbito, e causa lesões graves
em outro pedestre. Nesse caso, Camila responde pelos crimes
de homicídio culposo e lesão corporal culposa em concurso
formal, aplicando-se a ela a pena do homicídio culposo (mais
grave) acrescida de 1/6 até a metade;
•! Concurso formal imperfeito (impróprio) – Aqui o agente
se vale de uma única conduta para, dolosamente,
produzir mais de um crime. Imaginem que, no exemplo
anterior, Camila desejasse matar o pedestre, antigo desafeto,
bem como lesionar o outro pedestre (sua ex-sogra). Assim,
com sua única conduta, Camila objetivou praticar ambos os
crimes, respondendo por ambos em concurso formal
imperfeito, e lhe será aplica a pena de ambos cumulativamente
(sistema do cúmulo material), pois esse concurso formal é
formal apenas no nome, já que deriva de intenções (desígnios)
autônomas, nos termos do art. 70, segunda parte, do CP.
06113402754
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Trata-se, portanto, de uma fórmula de aplicação da pena que visa a!
beneficiar o réu, em razão do menor desvalor de sua conduta.
Entretanto, se estivermos diante de concurso formal imperfeito
(impróprio), aplica-se a regra estabelecida pelo art. 70, segunda
parte, do CP, ou seja, o sistema do cúmulo material, pois o agente se
valeu de uma única conduta para praticar diversos crimes de maneira
dolosa, agindo com intenções autônomas (desígnios autônomos).
Há, ainda, a figura que se denominou de concurso material
benéfico, que ocorre quando o sistema da exasperação se mostra
prejudicial ao réu em relação ao sistema da cumulação.
EXPLICO: Imaginem que o agente tenha cometido homicídio doloso
simples (pena de 06 a 20 anos) e tenha, culposamente, mediante a mesma
conduta, lesionado levemente uma terceira pessoa, cometendo o crime de
lesões corporais culposas em concurso formal com o homicídio (art. 129, §
6° do CP, pena de 02 meses a um ano de detenção).
Nesse exemplo acima, o sistema da exasperação é muito prejudicial
ao réu. Imaginem que o infrator tenha sido condenado pelo crime de
homicídio a 10 anos de reclusão (crime mais grave). Nesse caso, pelo
sistema da exasperação, por ter havido concurso formal, essa pena deve
ser aumentada de 1/6 até a metade. Logo, a pena dele variará de 11 anos
e 08 meses a 15 anos de reclusão (pena base + 1/6 e pena base + metade).
Pelo sistema do cúmulo material, como a pena de lesões culposas é bem
pequena, a pena do agente variaria de 10 anos e dois meses a 11 anos de
reclusão. Nesse caso, percebam, o sistema da exasperação é prejudicial ao
réu. Assim, a lei estabelece que, nesse caso, ELE NÃO SE APLICA,
aplicando-se o sistema do cúmulo material, pois o sistema da exasperação
foi criado para beneficiar o réu e não pode ser aplicado quando resultar em
prejuízo a ele. Nos termos do § único do art. 70 do CP:
Art. 70 (...)
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do
art. 69 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
06113402754
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Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com!
violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a
culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente,
bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos
crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as
regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.(Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
unidade de desígnio.
A pluralidade de conduta decorre da redação do art. 71, que fala
em “mediante mais de uma ação ou omissão”.
A pluralidade de crimes causa polêmica. O que seriam crimes da
mesma espécie? A Doutrina e a Jurisprudência não são pacíficas. Parte
minoritária entende que crimes da mesma espécie são aqueles que tutelam
o mesmo bem jurídico. Assim, para essa corrente, furto, estelionato,
apropriação indébita, etc., seriam todos crimes da mesma espécie, pois
seriam todos “crimes contra o patrimônio”.
No entanto, a corrente que prevalece, inclusive no STJ, é a de
que crimes da mesma espécie são aqueles tipificados pelo mesmo
dispositivo legal, na forma simples, privilegiada ou qualificada,
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consumados ou tentados. Assim, seriam crimes da mesma espécie roubo!
e roubo qualificado.
Vejamos:
(...)
1. Os crimes de roubo e latrocínio, apesar de serem do mesmo gênero, não são
da mesma espécie. No crime de roubo, a conduta do agente ofende o
patrimônio. No delito de latrocínio, ocorre lesão ao patrimônio e à vida da
vítima, não havendo homogeneidade de execução na prática dos dois delitos,
razão pela qual tem aplicabilidade a regra do concurso material.
(...)
06113402754
(HC 186.575/SP, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 27/08/2013,
DJe 04/09/2013)
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A conexão espacial indica que, para que seja considerada!
continuidade delitiva, os crimes devem ser cometidos no mesmo local. A
Jurisprudência entende que a conexão espacial só estará presente se os
crimes forem cometidos na mesma cidade, ou, no máximo, na mesma
região metropolitana.
A conexão modal se verifica quando o agente pratica o crime
sempre da mesma maneira, seja pelo modo de execução, pela utilização
de comparsas, etc.
A conexão ocasional não possui previsão expressa na Lei, mas
parte da Doutrina a entende como a necessidade de que os primeiros
crimes tenham proporcionado uma ocasião que gerou a prática dos crimes
subsequentes.
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culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente,!
bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos
crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as
regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.(Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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continuidade delitiva (apenas 02 anos, e não 02 anos + ¼, que seria 02 !
anos e 06 meses).
Para termos uma ideia de como isso influencia a prescrição, se
utilizássemos os “dois anos e seis meses” como base para o cálculo da
prescrição retroativa, ela ocorreria em 08 anos, por força do art. 109, IV
do CP.
Como devemos considerar a pena aplicada, sem o acréscimo (02 anos),
a prescrição retroativa terá o prazo de 04 anos, por força do art. 109, V
do CP.
no STJ), entende que, nesse caso, não se aplica a regra do art. 72,
por ter a lei entendido que se trata de crime único, mediante ficção
jurídica.
3.! RESUMO
CONCURSO DE PESSOAS
Conceito - Colaboração de dois ou mais agentes para a prática de uma
infração penal.
Teoria adotada pelo CP – Teoria monista temperada (ou mitigada):
todos aqueles que participam da conduta delituosa respondem pelo mesmo
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crime, mas cada um na medida de sua culpabilidade. Há exceções à!
teoria monista (Ex.: aborto praticado por terceiro, com consentimento da
gestante. A gestante responde pelo crime do art. 126 e o terceiro pelo crime
do art. 124).
Espécies:
#! EVENTUAL – O tipo penal não exige que o fato seja praticado por
mais de uma pessoa.
#! NECESSÁRIO – O tipo penal exige que a conduta seja praticada por
mais de uma pessoa. Divide-se em: a) condutas paralelas (crimes
de conduta unilateral): Aqui os agentes praticam condutas dirigidas
à obtenção da mesma finalidade criminosa (associação criminosa,
art. 288 do CPP); b) condutas convergentes (crimes de conduta
bilateral ou de encontro): Nesta modalidade os agentes praticam
condutas que se encontram e produzem, juntas, o resultado
pretendido (ex. Bigamia); c) condutas contrapostas: Neste caso
os agentes praticam condutas uns contra os outros (ex. Crime de
rixa)
Requisitos
#! Pluralidade de agentes - É necessário que tenhamos mais de uma
pessoa a colaborar para o ato criminoso.
#! Relevância causal da colaboração – A participação do agente
deve ser relevante para a produção do resultado, de forma que a
colaboração que em nada contribui para o resultado é um indiferente
penal.
#! Vínculo subjetivo (ou liame subjetivo) – É necessário que a
colaboração dos agentes tenha sido ajustada entre eles, ou pelo
menos tenha havido adesão de um à conduta do outro. Trata-se
do princípio da convergência.
#! Unidade de crime (ou contravenção) para todos os agentes
(identidade de infração penal) – As condutas dos agentes,
portanto, devem constituir algo juridicamente unitário.
#! Existência de fato punível – Trata-se do princípio da
06113402754
Modalidades
Coautoria – Adoção do conceito restritivo de autor (teoria restritiva),
por meio da teoria objetivo-formal: autor é aquele que pratica a
conduta descrita no núcleo do tipo penal. Todos os demais são partícipes.
OBS.: Autoria mediata: situação na qual alguém (autor mediato) se vale
de outra pessoa como instrumento (autor imediato) para a prática de um
delito. Pode ocorrer quando:
#! O autor imediato age sem dolo (erro provocado por terceiro)
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#! O autor imediato age sem culpabilidade (Ex.: coação moral!
irresistível)
Tópicos importantes:
#! Pode haver autoria mediata nos crimes próprios - Desde que o
autor MEDIATO reúna as condições especiais exigidas pelo tipo
penal.
#! Não há possibilidade de autoria mediata nos crimes de mão
própria – Impossibilidade de se executar o delito por interposta
pessoa
#! AUTORIA POR DETERMINAÇÃO – Pune-se aquele que, embora
não sendo autor nem partícipe, exerce sobre a conduta domínio
EQUIPARADO à figura da autoria.
Tópicos importantes
#! Não se admite coautoria nos crimes de mão própria
#! Doutrina ligeiramente majoritária entende não ser cabível coautoria
em crimes culposos
06113402754
PARTICIPAÇÃO
Espécies
•! Moral – O agente não ajuda materialmente na prática do
crime, mas instiga ou induz alguém a praticar o crime.
•! Material – A participação material é aquela na qual o partícipe
presta auxílio ao autor, seja fornecendo objeto para a prática
do crime, seja fornecendo auxílio para a fuga, etc.
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Punibilidade do partícipe – Adoção da teoria da acessoriedade: Como a!
conduta do partícipe é considerada acessória em relação à conduta do autor
(que é principal), o partícipe deve responder pela conduta principal (na
medida de sua culpabilidade).
OBS.: A Doutrina majoritária defende que foi adotada a teoria da
acessoriedade limitada, exigindo-se que o fato seja típico e ilícito para
que o partícipe responda pelo crime.
CONCURSO DE CRIMES
O concurso de crimes pode ser de três espécies: concurso formal,
concurso material e crime continuado.
Há, também, três sistemas de aplicação da pena:
(>=Ιϑ#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!51!()!23!
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(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
•! Sistema do cúmulo material – É aplicada a pena!
correspondente ao somatório das penas relativas a cada um
dos crimes cometidos isoladamente.
•! Sistema da exasperação – Aplica-se ao agente somente a
pena da infração penal mais grave, acrescida de determinado
percentual.
•! Sistema da absorção – Aplica-se somente a pena da infração
penal mais grave, dentre todas as praticadas, sem que haja
qualquer aumento.
CONCURSO MATERIAL
Conceito – Aqui o agente pratica duas ou mais condutas e produz dois ou
mais resultados.
Espécies:
#! Homogêneo - Quando todos os crimes praticados são
idênticos
#! Heterogêneo - Quando os crimes praticados são diferentes
Sistema de aplicação da pena
Aplica-se o sistema do CÚMULO MATERIAL.
CONCURSO FORMAL
Conceito – Aqui o agente pratica uma só conduta e produz dois ou mais
resultados.
Espécies:
#! Homogêneo - Quando todos os crimes praticados são
idênticos
#! Heterogêneo - Quando os crimes praticados são diferentes
#! Perfeito (próprio) – Aqui o agente pratica uma única conduta
e acaba por produzir dois resultados, embora não pretendesse
realizar ambos, ou seja, não há desígnios autônomos (intenção
06113402754
(>=Ιϑ#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!54!()!23!
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(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
#! Concurso formal impróprio (imperfeito) – Neste caso, aplica-se!
o sistema do cúmulo material
#! Cúmulo material benéfico – Ocorre quando o sistema da
exasperação se mostra prejudicial ao réu
CRIME CONTINUADO
Conceito – Hipótese na qual o agente pratica diversas condutas,
praticando dois ou mais crimes, que por determinadas condições são
considerados pela Lei (por uma ficção jurídica) como crime único.
OBS.: Em relação à prescrição não há ficção jurídica, de maneira que as
condutas serão consideradas autonomamente (a prescrição incidirá sobre
cada crime individualmente).
Requisitos:
#! Pluralidade de condutas
#! Pluralidade de crimes da mesma espécie
#! Condições semelhantes de tempo, lugar, modo de execução e
outras semelhanças
(>=Ιϑ#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!55!()!23!
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(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
#! Crime continuado qualificado - As penas dos delitos praticados!
são diferentes, de modo que se aplica a pena do mais grave deles,
aumentada de 1/6 a 2/3
#! Crime continuado específico – Ocorre nos crimes dolosos
cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, sendo as vítimas
diferentes. O Juiz poderá aplicar a pena de um deles (ou a mais
grave, se diversas), aumentada até o triplo.
OBS.: Aqui também se aplica a regra do “concurso material benéfico”, ou
seja, se o sistema da exasperação se mostrar mais gravoso, deverá ser
aplicado o sistema do cúmulo material.
CONCURSO DE CRIMES
CONCURSO Pluralidade de CÚMULO
MATERIAL condutas e de MATERIAL
crimes (somatório das
penas)
1/6 a 2/3
jurídico
#! Conexão
entre os delitos
#! Penas são as
mesmas
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#! Penas dos !
delitos são diversas
Bons estudos!
Prof. Renan Araujo
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(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
b) comunica-se sempre, desde que por aqueles conhecido. !
c) comunica-se para agravamento genérico da pena concreta.
d) comunica-se para atenuação genérica da pena concreta.
e) não se comunica em qualquer hipótese.
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(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
d) não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal,!
ainda que elementares do crime.
e) a participação de menor importância constitui causa geral de diminuição
da pena, incidindo na segunda etapa do cálculo.
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(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
D) há concurso de agentes, figurando tanto João como Maria na condição!
de autores.
E) há concurso de agentes, figurando Maria como autora e João como co-
autor.
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(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
João instigou José a praticar um crime de roubo. Luiz forneceu-lhe a arma. !
Pedro forneceu-lhe todas as informações sobre a residência da vítima e
sobre o horário em que esta ficava sozinha. No dia escolhido, José,
auxiliado por Paulo, ingressou na residência da vítima. José apontou-lhe a
arma, enquanto Paulo subtraiu-lhe dinheiro e jóias. Nesse caso, são
considerados partícipes APENAS
A) Luiz e Pedro.
B) João, Luiz, Pedro e Paulo.
C) João, Luiz e Pedro.
D) José, Pedro e João.
E) João, José, Luiz e Pedro.
a) coautor.
b) partícipe.
c) autor mediato.
d) coautor moral.
e) autor.
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(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
mais adiante, ocasionado-lhe a morte. Nesse caso, ambos responderão!
pelo crime, sendo que
a) ambos responderão por culpa.
b) José responderá por culpa e João por dolo eventual.
c) Jose responderá por dolo eventual e João por culpa.
d) ambos responderão por dolo eventual.
e) José responderá por dolo direito e João por dolo eventual.
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(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
c) nos crimes funcionais a condição de servidor público do autor não se!
comunica ao partícipe não funcionário, se este desconhecia a condição
daquele.
d) a participação de menor importância constitui circunstância atenuante,
a ser considerada na segunda etapa do cálculo da pena.
e) as mesmas penas deverão ser aplicadas a todos os coautores e
partícipes.
(>=Ιϑ#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!61!()!23!
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(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
e) o partícipe não poderá responder por homicídio doloso, mesmo que!
tenha assumido o risco do resultado morte.
(>=Ιϑ#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!64!()!23!
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(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
Joaus, Joseh e Pedrus acertaram, mediante prévio ajuste, a prática!
de um crime de furto qualificado em residência. Pedrus escolheu a
residência e emprestou seu veículo para o transporte dos objetos
furtados. Joaus arrombou a porta da residência indicada por Pedrus
e entrou. Joseh entrou em seguida. Joaus e Joseh recolheram todos
os objetos de valor, colocaram no veículo e fugiram do local. Nesse
caso,
a) Joaus, Joseh e Pedrus foram coautores.
b) Joaus foi autor, Joseh partícipe e Pedrus autor mediato.
c) Joaus e Joseh foram partícipes e Pedrus foi autor imediato.
d) Joaus, Joseh e Pedrus foram autores.
e) Joaus e Joseh foram coautores e Pedrus partícipe.
COMENTÁRIOS: Neste caso, Pedrus prestou auxílio material, ao fornecer
seu veículo e escolher a residência do furto. Contudo, o AUXÍLIO de Pedrus
para por aí, ele não tem mais nenhuma participação no crime e não detém
o domínio final do fato (poder de intervir e fazer cessar a atividade
criminosa, por exemplo), de maneira que não pode ser considerado autor
intelectual.
Também não pode Pedrus ser considerado “autor”, na concepção formal de
autor, segundo a qual autor é aquele que pratica a conduta descrita no
núcleo do tipo, por uma questão simples: Até o final da atuação de Pedrus
o crime sequer havia sido iniciado (estava apenas na fase da cogitatio, ou
fase de atos preparatórios). Assim, como dizer que ele “praticou o núcleo
do tipo”? Impossível. Assim, Pedrus NÃO É AUTOR (naturalmente, nem
coautor).
Joaus e Joseh, por sua vez, praticaram a conduta descrita no núcleo do tipo
penal, de forma que são autores (coautores) do delito.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
(>=Ιϑ#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!65!()!23!
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A) ERRADA: Item errado, pois se há liame subjetivo entre eles teremos!
coautoria, e não autoria colateral, que pressupõe o desconhecimento de
um em relação à conduta do outro.
B) ERRADA: Item errado, pois em regra, a infração penal será a mesma
para todos os comparsas, por força da adoção da teoria monista pelo CP.
C) CORRETA: Item correto, pois a existência de vínculo subjetivo (liame
subjetivo) entre os comparsas é indispensável, embora não seja necessário
o prévio ajuste entre eles, pois um pode aderir à conduta do outro, que já
se encontra em andamento, por exemplo.
D) ERRADA: Embora o termo correto seja “núcleo do tipo”, o item está
errado, pois não é necessário que todos pratiquem a conduta descrita no
núcleo do tipo. Aqueles que o fizerem serão autores. Os que apenas
prestarem auxílio serão partícipes.
E) ERRADA: Item errado, pois a existência de vínculo subjetivo entre os
comparsas é indispensável para a caracterização do concurso de agentes.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: Item errado, pois na cooperação dolosamente distinta (ou
diversa), o agente responde sempre pelo crime menos grave, mas o
aumento de pena só é aplicável se o crime mais grave (que efetivamente
ocorreu) era previsível, nos termos do art. 29, §2º do CP.
B) CORRETA: Item correto, pois a existência de vínculo subjetivo (liame
subjetivo) entre os comparsas é indispensável, embora não seja necessário
o prévio ajuste entre eles, pois um pode aderir à conduta do outro, que já
se encontra em andamento, por exemplo.
C) ERRADA: Item errado. Cuidado! Vejamos a redação do art. 31 do CP:
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa
em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(>=Ιϑ#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!66!()!23!
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(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
Vejam, assim, que EM REGRA tais condutas não são puníveis, mas a Lei!
pode dizer o contrário para determinadas situações, por isso o item está
errado, pois diz que NUNCA SERÃO puníveis.
D) ERRADA: Se forem elementares do delito, tais condições irão se
comunicar, nos termos do art. 30 do CP.
E) ERRADA: De fato, a participação de menor importância constitui causa
geral de diminuição de pena, prevista no art. 29, §1º do CP. Contudo, ela
incidirá na TERCEIRA FASE da aplicação da pena, e não na segunda.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
(>=Ιϑ#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!62!()!23!
!∀#∃∀%&∋(∃)∗+∋,∋%#−∋./∋#∃0∀1&∋2.3456∋∋
! !! ! !
∗)∗+∀7%∗∋89!∀:∀;#∀&∋,∋;#∃∗∋89!∀:∀;#∀∗∋
! %<=>?≅∋<∋<Α<>ΒΧΒ?=∆∋Β=Ε<ΦΓ≅Η=∆∋
(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
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(>=Ιϑ#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!67!()!23!
!∀#∃∀%&∋(∃)∗+∋,∋%#−∋./∋#∃0∀1&∋2.3456∋∋
! ! ! !!
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(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
COMENTÁRIOS: Nesse caso, há autoria mediata, pois o Médico João se!
valeu de uma pessoa sem culpabilidade (obediência hierárquica) para
praticar um delito. Assim, não há que se falar em concurso de agentes, de
forma que A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
(>=Ιϑ#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!68!()!23!
!∀#∃∀%&∋(∃)∗+∋,∋%#−∋./∋#∃0∀1&∋2.3456∋∋
! !!
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∗)∗+∀7%∗∋89!∀:∀;#∀&∋,∋;#∃∗∋89!∀:∀;#∀∗∋
! %<=>?≅∋<∋<Α<>ΒΧΒ?=∆∋Β=Ε<ΦΓ≅Η=∆∋
(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
C) ao autor principal será obrigatoriamente imposta pena mais alta!
que a dos co-autores e partícipes.
D) ao autor principal e aos co-autores será obrigatoriamente
imposta pena mais alta que a dos partícipes.
E) ao autor principal será imposta a pena prevista para o delito,
sendo que os co-autores e os partícipes terão obrigatoriamente a
pena reduzida de um sexto a um terço.
COMENTÁRIOS: Com relação à punibilidade de cada um dos participantes
do evento criminoso, o CP prevê que cada um seja punido de acordo com
sua culpabilidade, não estabelecendo, em abstrato, penas mais graves para
um ou para outro, bem como não estabelecendo que as penas devam ser
idênticas. Nos termos do art. 29 do CP:
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a
este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
(>=Ιϑ#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!63!()!23!
!∀#∃∀%&∋(∃)∗+∋,∋%#−∋./∋#∃0∀1&∋2.3456∋∋
! ! ! !!
∗)∗+∀7%∗∋89!∀:∀;#∀&∋,∋;#∃∗∋89!∀:∀;#∀∗∋
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(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
A) se a participação for de menor importância, a pena pode ser!
diminuída de metade.
B) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas
a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
C) se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave,
ser-lhe-á aplicada a pena do crime cometido, reduzida de um a dois
terços.
D) as circunstâncias e as condições de caráter pessoal se
comunicam, sejam, ou não, elementares do crime.
E) a instigação e o auxílio, em qualquer hipótese, são puníveis
mesmo que o crime não ocorra.
COMENTÁRIOS: Com relação à punibilidade de cada um dos participantes
do evento criminoso, o CP prevê que cada um seja punido de acordo com
sua culpabilidade, não estabelecendo, em abstrato, penas mais graves para
um ou para outro. Nos termos do art. 29 do CP:
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a
este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Na participação de menor importância, a pena é diminuída de um sexto a
um terço, não de metade (art. 29, § 1° do CP). Além disso, quando o agente
quis participar de crime menos grave (tendo outro agente cometido um
crime mais grave), aplica-se ao primeiro a pena do crime previsto (NÃO A
DO CRIME COMETIDO!), aumentada até a metade, CASO FOSSE
PREVISÍVEL A PRÁTICA DO CRIME MAIS GRAVE (art. 29, § 2° do CP).
A cooperação dolosamente distinta, também chamada de “participação em
crime menos grave”, ocorre quando ambos os agentes decidem praticar
determinado crime, mas durante a execução, um deles decide praticar
outro crime, mais grave. Nesse caso, aplica-se o art. 29, § 2° do CP:
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a
este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
(...) 06113402754
(>=Ιϑ#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!69!()!23!
!∀#∃∀%&∋(∃)∗+∋,∋%#−∋./∋#∃0∀1&∋2.3456∋∋
! ! ! !!
∗)∗+∀7%∗∋89!∀:∀;#∀&∋,∋;#∃∗∋89!∀:∀;#∀∗∋
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(>=Ιϑ∋#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋,∋∗ΚΜ≅∋3Ν!
Aquele que, sem praticar ato executório, concorre, de qualquer!
modo, para a realização do crime, por ele responderá na condição
de
a) coautor.
b) partícipe.
c) autor mediato.
d) coautor moral.
e) autor.
COMENTÁRIOS: O Brasil adotou a teoria diferenciadora (num conceito
RESTRITIVO de autor), de viés objetivo-formal, distinguindo-se autor e
partícipe segundo a conduta realizada: autor é aquele que pratica a conduta
prevista no núcleo do tipo penal e partícipe é todo aquele que, sem realizar
a conduta descrita no núcleo do tipo, participa do evento criminoso. Assim,
podemos definir a participação como a modalidade de concurso de pessoas
na qual o agente colabora para a prática delituosa, mas não pratica a
conduta descrita no núcleo do tipo penal.
A participação pode ser:
•! Moral – É aquela na qual o agente não ajuda materialmente na
prática do crime, mas instiga ou induz alguém a praticar o crime. A
instigação ocorre quando o partícipe age no psicológico do autor do
crime, reforçando a ideia criminosa, que já existe na mente deste. O
induzimento, por sua vez, ocorre quando o partícipe faz surgir a
vontade criminosa na mente do autor, que não tinha pensado no
delito;
•! Material – A participação material é aquela na qual o partícipe presta
auxílio ao autor, seja fornecendo objeto para a prática do crime, seja
fornecendo auxílio para a fuga, etc. Este auxílio não pode ser
prestado após a consumação, salvo se o auxílio foi previamente
ajustado.
DESTA FORMA, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
06113402754
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e) José responderá por dolo direito e João por dolo eventual. !
COMENTÁRIOS: A questão é bem difícil, pois exige atenção do candidato.
Senão vejamos:
Todo fato típico necessariamente engloba um elemento subjetivo, que pode
ser o dolo ou a culpa. Vejamos o que o CP nos diz a respeito do elemento
subjetivo:
Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido
por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. (Incluído
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
O crime será doloso quando o agente quiser o resultado ou aceitá-lo como
CONSEQUÊNCIA NECESSÁRIA (dolo direto de primeiro e segundo grau,
respectivamente) ou, ainda, quando o agente aceitar o resultado como
provável e, mesmo não o querendo, assuma o risco de sua ocorrência, sem
se importar com a eventual ocorrência do mesmo (dolo indireto, na
modalidade de dolo eventual). Há, ainda, o dolo alternativo, que é a
modalidade de dolo indireto na qual o agente pratica a conduta visando
dois resultados alternativos, ou seja, qualquer um deles é querido pelo
autor.
O crime pode ser, ainda, culposo, quando o agente não quer o resultado
nem aceita, de forma alguma, sua ocorrência, no entanto, por violação de
um dever de cuidado, o resultado acaba por ocorrer.
A culpa pode ser consciente, quando o agente prevê a possibilidade de
ocorrência do resultado (mas acredita que poderá evitá-lo) ou inconsciente,
quando o agente sequer chega a prever a possibilidade de ocorrência do
resultado. 06113402754
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Assim, entendo que o induzimento (portanto, participação) à!
prática de um crime doloso deve gerar a responsabilização de quem
induziu pelo mesmo crime daquele que realizou a conduta, nos
termos do art. 29 do CP:
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a
este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
A Banca adotou o entendimento de que José responde por dolo eventual e
João por culpa, pela imprudência. Em minha visão, João agiu como dolo
eventual também.
Entendo que ambos devam responder por dolo eventual (letra D).
Portanto, a AFIRMATIVA CORRETA É A LETRA C (RESULTADO DA
BANCA)
agindo, será considerado partícipe, nos termos do art. 13, §2º do CP.
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prática de um delito, impossível o liame subjetivo entre autor e partícipe,!
indispensável à ação mediante concurso de agentes.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.
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Cinco são os requisitos para que seja caracterizado o concurso de pessoas:!
•! Pluralidade de agentes culpáveis (e, obviamente, de
condutas)
•! Relevância da colaboração (nexo de causalidade)
•! Vínculo subjetivo (ou liame subjetivo)
•! Unidade de crime (ou contravenção) para todos os agentes
•! Existência de fato punível
Vejam que a questão trata de apenas quatro, esquecendo da "existência
de fato punível", que para alguns autores não é um requisito, por ser
inerente à própria noção de delito.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
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Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. !
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e) penas igualmente graves, salvo se diversa for sua culpabilidade.!
COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 29 do CP, cada um será punido na
medida de sua culpabilidade:
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a
este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Assim, não há como definir, a princípio, quem receberia pena mais grave e
quem receberia pena menos grave. Também não podemos afirmar,
categoricamente, que receberiam penas idênticas.
Assim, a alternativa que melhor resolve a questão é a letra E, eis que, de
fato, havendo culpabilidade igual, receberão penas igualmente graves. Se
a culpabilidade for distinta, receberão penas distintas.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a
este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
(...)
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-
lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
Vejam que, em qualquer caso, o agente que quis praticar o crime menos
grave receberá a pena DESTE. Entretanto, se o crime mais grave (e que
efetivamente ocorreu) era previsível, a pena será aumentada até a metade.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
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21.! (FCC – 2012 – TRF5 – ANALISTA JUDICIÁRIO)
Indivíduos que são alcançados pela lei penal, não porque tenham
praticado uma conduta ajustável a uma figura delitiva, mas porque,
executando atos sem conotação típica, contribuíram,
objetivamente e subjetivamente, para a ação criminosa de outrem
a) não são punidos por atipicidade da conduta.
b) são coautores e incidem na mesma pena cabível ao autor do
crime.
c) são concorrentes de menor importância e têm a pena diminuída
de um sexto a um terço.
d) são considerados partícipes e incidem nas penas cominadas ao
crime, na medida de sua culpabilidade.
e) podem ser coautores ou partícipes e a pena, em qualquer caso,
é diminuída de um terço.
COMENTÁRIOS: Como o CP adotou a teoria objetivo-formal para distinguir
autor e partícipe (sendo autor aquele que pratica a conduta descrita no
núcleo do tipo e partícipe aquele que colabora, de alguma forma, com a
conduta do autor), temos que a alternativa correta é a letra D, pois tais
pessoas são consideradas partícipes e incidem nas penas cominadas ao
crime, na medida de sua culpabilidade. Vejamos:
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a
este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.
6.! GABARITO
06113402754
1.! ALTERNATIVA A
2.! ALTERNATIVA E
3.! ALTERNATIVA C
4.! ALTERNATIVA B
5.! ALTERNATIVA C
6.! ALTERNATIVA D
7.! ALTERNATIVA A
8.! ALTERNATIVA C
9.! ALTERNATIVA A
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10.!ALTERNATIVA B
!
11.!ALTERNATIVA C
12.!ALTERNATIVA B
13.!ALTERNATIVA B
14.!ALTERNATIVA C
15.!ALTERNATIVA C
16.!ALTERNATIVA E
17.!ALTERNATIVA C
18.!ALTERNATIVA C
19.!ALTERNATIVA E
20.!ALTERNATIVA B
21.!ALTERNATIVA D
06113402754
(>=Ιϑ#<Φ≅Φ∋∗>≅ΚΛ=∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!23!()!23!