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Universidade Estácio de Sá

Cursos Superiores de Graduação Tecnológica – Informática e Engenharia


Arquitetura e Organização de Computadores – Professor: Affonso C. Junior

Lista de exercícios preparatória para a 1ª Prova (AV1)


Versão final, com resolução – última atualização: outubro/2014
Observações:
O objetivo desta lista é servir de roteiro de estudo para a 1ª prova. Não precisa nem deve ser devolvida ao professor.
A lista não contém apenas perguntas e exercícios de revisão. Contém também algum conteúdo inédito, para fixação.

Introdução:

1 – O que você entende por Informação? Dado e informação são simplesmente a mesma coisa?
Resp: Não. É certo que em diversas situações usamos – e muitas vezes podemos usar – os dois
termos como sinônimos. Entretanto, no âmbito da Analise de Sistemas, não significam a mesma
coisa.
Dado é qualquer representação, quantitativa ou qualitativa, de um fato, evento, idéia, medida,
valor, etc. do mundo. Ou seja, e praticamente qualquer coisa!
Informação é o dado (ou conjunto de dados) capaz de reduzir o grau de incerteza de alguém
(ou um grupo) em relação a algum assunto. Isto geralmente confere à informação a faculdade de
auxiliar na tomada de decisões.
Como se pode deduzir a partir das definições acima, dado e informação são conceitos relativos. O
que pode ser informação para um grupo / pessoa, pode significar um simples dado para outro.

2 – Quais as etapas que são praticamente obrigatórias em qualquer processamento de dados?

Resp: coleta de dados, armazenamento, recuperação dos dados armazenados, transformação


(o processamento propriamente dito), e apresentação dos resultados. Uma atividade
complementar, mas fundamental, que geralmente acompanha ou intermedia todas estas etapas, é
a transmissão de dados.

3 – Quais os tipos básicos de operações realizadas em processamento de dados?

Resp: Cálculos, os mais diversos (contagem, somatório, produtório, médias, etc), Pesquisa (ou
busca), Ordenação (também comumente chamada de classificação de dados), Seleção e
Classificação.
Obs: procure exemplos de cada uma destas operações em 2 ou 3 casos práticos de
processamento de dados que você observa em sua vida. Por exemplo, um sistema de sua
empresa, do Detran, ou mesmo o caso de um professor “fechando” sua pauta de aula, ao final do
período (mesmo que seja um caso de processamento manual de dados).

4 – Qual a primeira e mais básica classificação que podemos aplicar a tudo aquilo que há dentro
de um computador (ou mesmo tudo aquilo que se aplica a computadores)?

Resp: Basicamente tudo que há dentro de um computador pode ser dividido entre Hardware e
Software. O Hardware (HW) e a parte física, “tangível” (ex: placas, chips, fios, cabos, pentes de
memória, discos, etc). Já o Software (SW) e o conjunto de programas (seqüências de instruções
ou comandos) que são armazenados e/ou executados pelo hardware.

5 – O que vem a ser, exatamente, o „firmware‟? Cite um ou dois exemplos do que poderia ser
considerado „firmware‟.

Resp: “Firmware” são aqueles elementos que não podem ser facilmente classificados como
hardware ou software. Por exemplo: a BIOS (Basic Input / Output System), geralmente presente
na placa de CPU; o POST, programa de inicializacao e testes, que e executado ao iniciarmos o
computador), e o Micro-código, conjunto de microinstrucoes, presentes em alguns tipos de CPUs
– geralmente os processadores com arquiteturas CISC – que “implementam em hardware” a
execução das instruções de maquina da CPU (praticamente “ensinam” o hardware a executar

1
instruções de maquina, como “some 2 palavras da memória”, quebrando-as em passos ainda
menores e mais simples).

6 – Quais são os principais elementos que compõem o hardware de um computador?

Resp: CPU, memória ou armazenamento (que geralmente pode ser dividida em: memória
principal e memória auxiliar, ou secundaria), dispositivos de entrada, e dispositivos de saída.
Sendo que todos estes elementos estão sempre ligados entre si por alguma forma de
barramento, ou vias de dados (conjuntos de trilhas metálicas em placas, cabos – “flat”, paralelos,
seriais, etc – fios, etc).

7 – Cite os exemplos que você conheça de dispositivos de entrada e de dispositivos de saída?

8 – Pesquise: quais as principais arquiteturas / “famílias” de processadores disponíveis no


mercado?
Resp: Esta não e uma resposta única. As principais arquiteturas disponíveis no mercado
(principalmente o de micro-computadores e estações de trabalho) são: arquitetura “X86” (ou
Intel), que e a dos processadores que equipam os micros que usamos em nossas casas (80486,
Pentium a Pentium IV, Celeron, AMD K-7/Athlon, Semprom, etc), arquitetura PowerPC,
arquitetura Sparc / UltraSparc, a arquitetura MIPS, e outras.
Alem disso, há basicamente 2 grandes “paradigmas” (ou estratégias) para o projeto e construção
de processadores e CPU‟s: CISC (Complex Instruction Set Computer), e RISC (Reduced
Instruction Set Computer). Algumas pessoas chamam isso de arquitetura, ao invés de paradigma.
Não e um bom nome.

9 – Descreva com suas palavras a diferença entre tecnologia analógica e tecnologia digital. Qual é
a tecnologia utilizada pelos computadores atualmente?

Resp: Praticamente toda tecnologia criada pelo homem que lida de alguma forma com
informações utiliza alguma grandeza física ou matemática para representar a informação (por
exemplo: em um relógio comum, as informações das horas e dos minutos são representadas
pelos ângulos dos ponteiros).
Na tecnologia analógica, esta grandeza utilizada (por ex, a tensão / corrente elétrica, no caso
de mecanismos eletro-eletrônicos) pode assumir, a cada instante, um valor qualquer, dentro de
uma faixa – limitada ou não – com infinitos valores possíveis. Por exemplo: a tensão elétrica
alternada, de uma tomada comum, ou um sinal de áudio analógico, gravado em uma fita K-7, ou
disco de vinil.
Na tecnologia digital, a grandeza utilizada pode assumir apenas um conjunto limitado (e
geralmente pequeno) de valores pré-definidos. Por exemplo, a tensão / corrente elétrica que
circula pelos circuitos de um processador ou de uma placa de CPU, ou de um relógio digital; um
sinal de áudio digitalizado, para ser armazenado e/ou manipulado em um computador.
Quando a tecnologia digital permite não apenas um numero limitado de valores, mas somente 2
valores possíveis, para a grandeza (alto e baixo, ou ligado e desligado), então trata-se de
tecnologia digital binária.
Lembre-se das aulas e responda: qual a grande vantagem de se ter apenas 2 valores possíveis,
ao invés de 3 ou 4, ou mais?

Memória e armazenamento de dados em geral:

10 – Quais as principais características que uma memória qualquer (incluindo-se ai qualquer


dispositivo de armazenamento) pode ter?
Resp: As principais características são:
a) ser volátil ou permanente (não-volátil);
b) permitir acesso aleatório (randômico) ou acesso seqüencial;
c) permitir leitura/escrita, ou somente leitura;
além de outras: “velocidade” (na verdade, o termo mais correto é tempo de acesso, ou tempo
médio de acesso, dependendo do tipo de memória), custo, e tecnologia de fabricação (as 3
principais são: memória de semi-condutores, memória magnética, e óptica).
d) tecnologia de construção: magnética, eletrônica (semi-condutores), ou óptica, basicamente.

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11 – Quais são os principais níveis de memória encontrados em um computador típico (um micro-
computador, como os que temos em casa)?
Resp: Memória principal, memória auxiliar, registradores (elementos de memória internos a
CPU), e memória cache.
Obs: pesquise (em livros, sítios da Internet, anúncios de computadores, com amigos, etc) quais
as quantidades, e faixas de quantidades tipicamente encontradas em cada um destes níveis, em
micro-computadores modernos. Por exemplo, para a memória principal, a faixa típica hoje é de
1GB (Gigabytes) ate 12GB, mas provavelmente a quantidade de memória principal mais comum
em micros “caseiros” ainda seja 2GB.

12 – Qual a diferença entre memória RAM e memória ROM? Cite as principais aplicações de cada
tipo em computadores modernos.
Resp: Há dois tipos básicos de memória principal: RAM (Random Access Memory) – memória de
acesso randômico (aleatório): permite leitura e escrita, e é volátil (seu conteúdo e perdido assim
que cessa a alimentação elétrica). ROM (Read Only Memory) – memória somente de leitura:
permite apenas a leitura dos dados, e é permanente (não-volátil).
Obs: Na verdade, o nome Random Access Memory e‟ péssimo, pois passa a impressão de que
apenas a memória RAM permite acesso randômico. Na verdade, ambos os tipos de memória
(RAM e ROM) fornecem acesso randômico. O nome originou-se pois as primeiras memórias RAM
construídas foram as primeiras a permitiram tal acesso, enquanto as ROM surgiram um pouco
depois. Na verdade, podemos dizer que uma tradução melhor para a sigla RAM seria “Read and
Alterable Memory”.
Além disso, e importante ressaltar que há mais de um tipo de memória RAM, dependendo da
tecnologia utilizada para construí-la, e o mesmo vale para as memórias ROM.

13 – Cite as duas tecnologias básicas disponíveis para a construção de memórias RAM, e as


principais características de cada uma (incluindo o significado das siglas).
Resp: Há basicamente 2 tipos de memória RAM, que dependem da tecnologia como esta e
fabricada: a SRAM (Static RAM), ou RAM estática, e a DRAM (Dinamic RAM), ou memória
dinamica. A SRAM e mais rápida, bem mais cara, e menos “densa” (consegue-se obter uma
menor integração, ou seja, colocar menos memória em um mesmo chip, em relação a DRAM). E
construida com semi-condutores. Exemplos: a memória cache, e os registradores. A DRAM e
mais lenta, por isso mesmo mais barata, e mais densa (consegue-se obter uma maior integração
em chips de memória. Exemplos: a memória principal comum (chamada geralmente de “memória
RAM” – “esta maquina possui 512 MB de RAM”).

Representação da informação:
14 – Qual a menor unidade de informação usada em computadores (e em eletrônica digital, de
modo geral)? Que valores ela pode assumir?
Resp: A menor unidade de informação digital é o bit (“binary digit”), ou b, que pode assumir
apenas os valores 1 (alto, ligado, etc) ou 0 (baixo, desligado, etc). Um byte, ou B, equivale a 8
bits. Um “nibble” e a metade de um byte, ou seja, um grupo de 4 bits. Já uma palavra e um
conceito que depende do computador em questão, e do contexto. Trata-se de um conjunto de 1,
2, 4 ou mais bytes, que contenha alguma informação completa, que faca sentido: por exemplo,
uma instrucao de maquina, ou um dado (um valor inteiro, por exemplo).

Obs: Um caracter é um tipo de dado comum e corriqueiro em computadores e programas, que e


armazenado em uma quantidade de bytes que pode variar de acordo com a arquitetura, e
principalmente do código / tabela de caracteres utilizado. Geralmente é armazenado em um byte
(caso do código ASCII), mas também pode equivaler a 2 bytes (código Unicode).

15 – Diga quantos bytes, há, exatamente, em: 2 KB, em 3,1 MB e um 1,5 GB?
Resp: 2 KB = 2 x 1024 B = 2048 B; 3,1 MB = 3,1 * (1024)*(1024) B; 1,5 GB = 1,5 * (1024) 3.

16 – Quantos bits são necessários se quisermos contar de 0 até 3000, em binário?


Resp: Relembrando a regra: com n bits  é possível representarmos 2n cadeias (ou valores)
diferentes. Conseqüentemente, é possível contar de 0 até (2n -1).
Logo, c/ 8 bits  256 (0 a 255); c/ 9 bits  512 (0 a 511); c/ 12 bits  (0 a 4.095). Logo: 12 bits.

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17 – Lembre-se da “regra básica” da representação de informações em código binário (“com n
bits, eu consigo . . .”) e responda: a) que tamanho devem ter os registradores de um processador,
se eu quiser ser capaz de armazenar neles valores que podem ir de 0 até 100.000? b) Quantos
bits (ou “fios”) deve possuir o barramento de endereços de um processador, para que este possa
endereçar, “enxergar” uma memória de 256MB (Megabytes)?
Resp: a) 2 16 = 64 K (cerca de 65 mil), 2 17 = 128 K (cerca de 135 mil). Logo, são necessários ao
menos 17 bits para representar o valor 100.000. b) 256 M = 256 x 1M = 28 x 220 = 228. Logo, 28.

18 – Quais são os principais padrões (ou “códigos”, ou “tabelas”) usados para a representação
interna de caracteres e símbolos em computadores, e suas principais características? Diga qual o
padrão mais utilizado, até hoje, nos computadores da linha PC? Quantos caracteres este código
engloba, e quantos bits são usados para representar cada caractere? Há alguma variante deste
código?
Resp:
ASCII (American Standard Code for Information Interchange): utiliza 7 bits para
representar cada caracter; logo comporta 128 caracteres; é, ainda hoje, a mais utilizada em micro-
computadores da linha PC.
Obs-1: repare que a pronuncia correta e “asqui-i-i”, e não “asqui-2”.
Obs-2: Há uma variação importante do ASCII, o “ASCII entendido”, que usa 8 bits por caracter,
logo permite 256 caracteres (128 a mais, o que permite incluir, entre outros, o „ç‟ e os caracteres
acentuados. É muito usada em países de línguas latinas, como o Brasil.
Unicode: 16 bits por caracter – ate 64K (65.535) caracteres, sendo que nem todos eles já
foram definidos.
EBCDIC: mais antiga, e utilizada em computadores de grande porte (“mainframes”),
principalmente da empresa IBM.

19 – O que e o espaço de endereçamento de um processador? Se um processador utiliza 20 bits


para “endereçar” a memória principal (ou seja, cada endereço possui 20 bits), qual o espaço
máximo de endereçamento deste processador?

Resp: E o conjunto de todos os endereços de memória que um processador consegue gerar,


manipular. Em outras palavras, e a quantidade de memória que ele consegue “enxergar”.
Teoricamente, esta e a quantidade máxima de memória que pode ser instalada em uma
maquina equipada com este processador.
Com endereços de 20 bits, podem ser gerados ate 220 (“2 elevado a 20”, = 1024 x 1024, ou um
Mega) endereços. Logo, o espaço de endereçamento e de 1 MB (considerando-se que a memória
principal esta dividida em células de memória, e cada célula possui um endereço único, e
atualmente constitui-se um padrão o fato de que praticamente todos os computadores comerciais
utilizam uma arquitetura de memória onde as células possuem um tamanho padrão de 1 byte (8
bits)).

20 – Que tamanho devem ter os endereços de um processador para que este possa endereçar
uma memória de 256MB (Megabytes)?
Resp: Devem ter ao menos 28 bits. Isto porque 256 MB = 256 x 1M bytes = 28 x 220 bytes = 228
bytes. Se precisamos ter um endereço para cada célula desta memória, são necessários ao
menos 228 enderecos, ou 228 combinacoes diferentes de cadeias de bits. Logo, cada endereço
deve ter ao menos 28 bits de comprimento.

Organização Básica de Computadores:

21 – Quais os principais níveis que estão presentes em um sistema de computação em


funcionamento, enquanto um usuário está executando um ou mais programas prontos (se
possível, ilustre com uma figura)?
Resp: O Nível de Aplicação (o(s) programa(s) que o usuario esta “rodando”), o Nível do Sistema
Operacional, o Nível de Linguagem de Maquina, e o Nível de Lógica Digital (no qual
encontramos as portas lógicas – AND‟s, OR‟s, NOT‟s, etc – e circuitos digitais – somadores,
contadores, temporizadores, decodificadores, registradores, etc – que levam a cabo a execução

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das instruções de maquina). O nível de lógica digital e basicamente o hardwara em si (ao menos,
uma parte importante dele).
Obs: Em diversas maquinas (aquelas cujos processadores são “micro-programados”), ainda
temos a existência de um outro nível, o Nível de Micro-Programação, ou Micro-código, situado
entre o Nível de Maquina e o Nível de Lógica Digital. O micro-código de um processador, e uma
espécie de “programa interpretador” para o conjunto de instruções de maquina. Ele pega cada
instrução de maquina a ser executada e “quebra”, “disseca” em micro-passos ainda mais simples,
para que estes possam ser diretamente executados pelo hardware.

22 – Quais as principais etapas envolvidas no processo de desenvolvimento de novos programas?


Resp: Temos, ao menos, as seguintes etapas: programação em uma linguagem de alto nível,
compilação (ou, eventualmente, interpretação), montagem, e ligação (ou “linkedicao”). Na
verdade, o processo pode ser ainda mais complexo do que isto.

23 – Qual a diferença entre os processos de compilação e interpretação, na tradução de


programas em linguagens de um nível para linguagens de um nível mais baixo?
Resp: Ambas traduzem conjuntos de comandos em linguagens de mais alto nível para conjuntos
de comandos em linguagens de mais baixo nível (mais próximas da linguagem realmente
entendida pelo computador), geralmente a linguagem de máquina. Mas na compilação, todo o
programa-fonte é varrido (uma ou mais vezes) e é gerado um programa-objeto completo.
Enquanto que, na interpretação, grupos de comandos são traduzidos para um conjunto de
instruções, e após estas serem executadas, são descartadas. A presença do tradutor (bem como
a do código fonte) é necessária durante toda a execução do programa.

24 – Quais as principais características a serem observadas, hoje em dia, em processadores


disponíveis no mercado?
Resp: Conforme discutido em aula, podemos falar em características de processadores segundo 2
enfoques, 2 “pontos-de-vista” diferentes: do ponto de vista de um técnico, ou mesmo de um
comprador (sob o qual são mais importantes características que influenciam o desempenho, ou
performance, ou seja, a “velocidade” com a qual o processador sera capaz de executar instruções
e programas), e do ponto de vista dos programas (sob o qual são mais importantes
características que definem a arquitetura do processador, ou seja, quais instrucoes e recursos
ele disponibiliza para os programas, e em ultima instancia, quais programas poderão “rodar” neste
processador).
Sob o primeiro ponto de vista, as principais características são: numero de bits interno,
freqüência de operação interna (ou “clock” interno), freqüência de operação externa (ou
“clock” externo), numero de bits externo (“largura” do barramento de dados), e arquitetura de
memória cache (numero de níveis de memória cache, quantidade de memória em cada um
destes níveis, e o fato de a cache ser única, ou dividida em cachê de instruções, e cachê de
código).
Obs: não deixe de observar a evolução destas características nos principais processadores da
arquitetura PC (“X86”), ao longo das ultimas décadas, na transparência que resume esta
evolução, vista em aula.
Já sob o segundo ponto de vista (o dos programas), as principais características são aquelas que
definem a arquitetura do processador: o seu conjunto de instruções de maquina (também
chamado de ISA – Instruction Set Architecture), sua arquitetura de memória, e o conjunto de
sinais elétricos com os quais se comunica com o mundo exterior (ou seja, os sinais que
controlam o processador, e com os quais este controla os demais elementos interligados
interligados).

25 – O que é o clock de um processador e o que significa a unidade Hertz?


Resp: O “clock” (ou circuito de relógio) e um circuito encontrado dentro da CPU, que emite um
sinal elétrico digital periódico, o qual a CPU utiliza para sincronizar suas acoes e operações,
internas e externas.
Um Hertz (HZ) e uma unidade de medida de freqüência, muito utilizada em Física, para medir a
freqüência de fenomenos periodicos regulares (por exemplo, um pendulo balançando). 1 HZ
significa 1 ciclo/movimento completo por segundo. Logo, 100 Hz significam 100 ciclos/movimentos
por segundo.

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26 – a) Qual o tempo de duração de um ciclo de clock em um processador Pentium 200 MHz?
b) Quantos ciclos de máquina são executados, em 15 segundos, por um Pentium de 250 MHz
(MegaHertz)?
Resp: a) Sabemos que T = 1/ f, onde T é o tempo de 1 ciclo, e f = freqüência. Logo, o tempo de
um ciclo neste caso é: 1 / 200M seg = 1 / 200 x 10 6 = 1 / 2 x 108 = ½ x 10-8 = 0,5 x 10-8 = 5,0
x 10-9 seg, que são 5 nanosegundos. b) 15 x 250 M = 15 x 250.000.000 = 3.750.000.000 (ou
3,75 G (giga) ciclos, ou 3,75 x 109 ciclos).
Obs: Lembre-se que 1 ms (mili-segundo) = 1,0 x 10-3 seg; 1 s (micro-segundo) = 1,0 x 10-6 seg;
1 ns (nano-segundo) = 1,0 x 10-9 seg; 1 ps (pico-segundo) = 1,0 x 10-12 seg.

27 – Quais as principais medidas de desempenho usadas para: processadores, acesso à


memória, entrada e saída e para o desempenho global de um SC?
Resp: Consulte a transparência sobre “Medidas de desempenho em Sistemas de Computação”

28 – Quais as categorias nas quais costumam ser tradicionalmente classificados os


computadores, quanto ao seu porte (lembre-se de que „porte‟ é um conceito um tanto vago, mas
intimamente ligado à capacidade de processamento)?
Resp: Consulte a transparência sobre “Classificação de Computadores quanto ao Porte”

29 – (leitura complementar, importante. Já há alguns parâmetros mais modernos (clocks de


barramentos, etc), mas isto não invalida a utilidade do texto. Veremos mais sobre
barramentos antes da AV2) Cite os principais padrões de barramento encontrados em micro-
computadores da “linha PC”, e suas principais características.
Resp: Os principais barramentos encontrados em uma placa de CPU (“placa-mãe”) moderna são:
 Barramento local – Faz a conexão direta entre o processador e a memória principal.
 Barramento ISA (Industry Standard Architecture)– Padrão antigo e lento, porém ainda
útil. Está ligado a slots de 8 e de 16 bits e ainda é usado por algumas interfaces da placa de CPU
(seriais, paralela, interface para drives, alto falante).
 Barramento PCI (Peripheral Component Interconnect) – incluindo PCI Express (desde
2004): padrão mais moderno e mais eficiente, até alguns anos, usado pelas placas de expansão
(placas controladoras) padrão PCI, e também pelas interfaces IDE (controla dispositivos padrão
IDE, como HD‟s – no máximo 2 – drives de disquete, etc) e interface USB (Universal Serial Bus).
 Barramento AGP (Accelerated Graphics Port)– Voltado para o uso por placas de vídeo
3D de alto desempenho (“placas aceleradoras 3D”).
Obs: abaixo, vemos a ilustração de uma típica placa de CPU moderna (uma placa para
processadores Pentium II, no padrão ATX, com stots PCI, e um slot AGP). Um exemplo já antigo, mas útil.

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Algumas informações complementares sobre os barramentos ISA e PCI (obs: não serão cobradas
em prova).
O barramento ISA (Industry Standard Architecture) é formado pelos slots de 8 e 16 bits
existentes nas placas de CPU, além de alguns dos seus circuitos internos. Foi originado no IBM
PC, na versão de 8 bits, e posteriormente aperfeiçoado no IBM PC AT, chegando à versão de 16
bits. Suas principais características são:
 Transfere dados em grupos de 8 ou 16 bits (dependendo do tipo de slot utilizado).
 Utiliza um clock de 8 MHz para sincronizar esta transferência.
Placas de expansão padrão ISA de 16 bits (ex.: placas de som) devem ser conectadas em
slots ISA de 16 bits, mas as placas de expansão ISA de 8 bits (ex.: placas fax/modem) podem ser
conectadas, tanto em slots de 8 como de 16 bits. A figura 3.10 mostra placas de expansão ISA de
8 e 16 bits, bem como seus slots.
Apesar de ser considerado lento para os padrões atuais, o barramento ISA ainda é muito
utilizado. Mesmo as mais modernas placas de CPU Pentium possuem 2, 3 ou 4 slots ISA de 16
bits, nos quais podem ser conectados diversos tipos de placa, para os quais a sua velocidade é
satisfatória. Podemos citar as placas fax/modem, placas de som e placas de rede, entre diversas
outras.
Barramento PCI:
Ao desenvolver o microprocessador Pentium, a Intel criou também um novo barramento, tão
veloz quanto o VLB, porém muito mais versátil. Trata-se do barramento PCI (Peripheral
Component Interconnect). Suas principais características são:
 Transfere dados em grupos de 32 ou de 64 bits.
 Apresenta taxas de transferência de até 132 MB/s (quando utiliza 32 bits).
 Possui suporte para o padrão PnP (Plug and Play).
Obs: Apesar de poder operar com 32 ou 64 bits (os slots PCI de 64 bits são um pouco
maiores que os de 32), praticamente todas as placas de CPU modernas utilizam a versão de 32
bits. Seu clock em geral é de 33 MHz, mas dependendo do processador, pode ter clock de 30 ou
25 MHz. Há também versões mais novas, de 66 MHz.

Clock interno Clock PCI


75 MHz 25 MHz
90, 120 e 150 MHz 30 MHz

7
Demais valores de clock interno 33 MHz

 Barramento PCI Express (Peripheral Component Interconnect)– Padrão mais moderno


e mais eficiente, usado pelas placas de expansão (placas controladoras) padrão PCI, e também
pelas interfaces IDE (controla dispositivos padrão IDE, como HD‟s – no máximo 2 – drives de
disquete, etc) e interface USB (Universal Serial Bus).

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2a Parte – Representação da Informação e Sistemas de Numeração

1. Diga quanto vale cada um dos números abaixo (em outras palavras, converta do sistema
binário para o decimal):
a) 001101102
b) 010101102
c) 111111112
d) 100110102

Resp: a) 001101102 = 0 + 0 + 32 + 16 + 0 + 4 + 2 + 0 = 54
b) 010101102 = 0 + 64 + 0 + 16 + 0 + 4 + 2 + 0 = 86
c) 111111112 = 128 + 64 + 32 + 16 + 8 + 4 + 2 + 1 = 255
d) 100110102 = 128 + 0 + 0 + 16 + 8 + 0 + 2 + 0 = 154

2. Converta os seguintes valores (no sistema decimal) para o sistema binário, usando o chamado
„método da escadinha‟:
a) 69 b) 125 c) 127 d) 128 e) 192 f) 255
Resp: a) 1000101 b) resolva c) 1111111 d) 10000000 e) resolva f) 11111111

3. Efetue as operações aritméticas abaixo no sistema binário (arme as contas e efetue, sem
passar para o sistema decimal):
a) 001011012 + 001001102
b) 001010102 + 101100102
c) 011010112 – 000100102
d) 111111112 + 000000102

Resp:
a) 1 11 b) 1 1
001011012 001010102
+ 001001102 + 101100102
010100112 110111002

c) d)
02 111111 1
011010112 111111112
– 000100102 + 000000102
010110012 1000000012

4. Efetue as seguintes subtrações em binário:


a) 000010002 – 000001112 b) 10112 – 01102

5. Diga quanto vale cada um dos números abaixo (em outras palavras, converta do sistema
hexadecimal para o decimal). Converta também para o sistema binário.
a) 0B7A16 b) 3C4116 c) 184016 d) FFFF16

a) = (0 x 163) + (B x 162) + (7 x 161) + (A x 160) = 2.938


b) = (3 x 163) + (C x 162) + (4 x 161) + (1 x 160) = 15.425
c) = (1 x 163) + (8 x 162) + (4 x 161) + (0 x 160) = 6.208
d) = (F x 163) + (F x 162) + (F x 161) + (F x 160) = 65.535

6. Converta os valores abaixo, todos no sistema decimal, para o sistema hexadecimal:


a) 103 b) 212 c) 97 d) 256 e) 255

Dica: um artifício que geralmente facilita o trabalho é: ao invés de tentar fazer a conversão diretamente para hexa
(usando o chamado “método da escadinha”), fazer primeiramente a conversão para o sistema binário, e depois para o
sistema hexadecimal, pegando cada “nibble” (4 bits) e substituindo pelo dígito hexa correspondente (ex: 0000 = 0, 0001
= 1; 1010 = A; 1111 = F).
Ex: 255 = 11111111 = 1111 1111. 1111 = 15 = F, 1111 = 15 = F Logo: 255 = 1111 1111 = F F

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7. Mostre o resultado do deslocamento desta cadeia de bits 11011101 2 3 bits à esquerda?
Observe o que ocorreu com valor da cadeia? E se deslocarmos 4 bits à direita? Responda: o que
acontece com o valor de uma cadeia de bits quando esta é deslocada n bits à esquerda e n bits à
direita?

Resp: 110111012 vale 221


 deslocado de 3 bits à esquerda: 110111010002 , que vale 1.768 (=221 x 8). Ou seja:
desloquei 3 bits à esquerda, o valor foi multiplicado por 23 .
 deslocado de 4 bits à direita: 000011012 , que vale 13 (=221 div 16). Ou seja:
desloquei 4 bits à direita, a cadeia resultante é o quociente da divisão inteira de 221 por 2 4 ). E a
cadeia que foi “cortada”, 11012 (=13), é o resto da divisão de 221 por 16.

8. a) Quais são as 3 principais esquemas para representação de números inteiros usados em


computadores? b) Quais as vantagens da notação em complemento a dois sobre as outras?
c) Represente os valores inteiros –67, 53 e – 120 nas notações complemento a dois e sinal-
magnitude (assuma que a máquina em questão trabalha com palavras de apenas 8 bits).

Resp:
a) Os 3 principais esquemas são:
sinal-magnitude, “complemento à base” (que, no caso do sistema binário, chama-se
“complemento-a-um”, ou simplesmente complemento), e complemento a dois. b) as principais
vantagens do esquema de representação em complemento a dois são: representação única para
o valor zero e, principalmente, expressões do tipo X + (-X) resultam sempre em zero.
c) – 67 em SN: 67 = 01000011 -> 1 1000011 (-67 em sinal-magnitude).
– 67 em CD: 67 = 01000011 -> 10111100 + 1 = 10111101 (-67 em complemento a 2).

9. Efetue as seguintes operações em complemento a dois (para a mesma máquina do exercício


anterior): a) 78 – 29 , b) 100 – 43 , c) – 100 – 43
78 em CD?  78 = 01001110 (é não-negativo, então não preciso fazer mais nada).
–29 em CD? 29 = 00011101 -> 11100010 + 1 = 11100011 (obtém-se a representação binária
do número simétrico (+29), com exatamente 8 bits, calcula-se o complemento, e soma-se 1).
01001110 efetua-se a soma, normalmente ( 78 + (-29) )
+ 11100011
100110001 -> Obs: apesar de o resultado não „caber‟ em 8 bits, podemos desprezar o 1 que
„sobrou‟ + à esquerda, e considerar o restante do resultado como correto, pois es te 1 que sobrou
não deve ser considerado como overflow, uma vez que estamos somando 2 parcelas com
valores invertidos (não teria como gerar overflow). Logo: resultado = 00110001 (=49 que é 78–29).

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3a Parte – Lógica Digital

1. Quais são as 6 principais operações lógicas envolvidas na lógica digital, normalmente


implementadas na forma de „portas lógicas‟? (responda na forma de uma tabela, informando: o
nome da porta, seu símbolo usado em equações lógicas, seu símbolo gráfico, usado em
diagramas, e a “frase” que expressa seu comportamento (exemplo: “o AND só dá 1 quando .....”)).

Obs: a solução é a tabela de portas lógicas, nos slides #3 (Estrutura e Funções dos
Componentes).

2. Arme e efetue as operações “bit-a-bit” sobre as cadeias a seguir:


A = 1001 1100 B = 0101 0110 C = 1111 1111 D = 0000 0000 E = 1010 0111
NOTA A, A AND B, A OR B, A XOR B, A AND D, B OR C, E NOR C

Obs: questão já proposta (parecida, com outros valores como exemplo) em um dos slides, e
resolvida durante a aula.

3. Resolva as seguintes equações lógicas, considerando os seguintes valores de entrada para


as variáveis lógicas: A = 1; B = 0; C = 1;
__ __
a) A  B b) A + B  C c) A + B  C d) A  B  C e ) B x C (x = xor)

ATENÇÃO: A PARTIR DAQUI, NÃO CAI NA AV1!!!

4. Monte as tabelas-verdade das equações lógicas abaixo (considere ± como o „ou-exclusivo‟):


__ __
a) A  B b) A + B  C c) A + B  C d) A  B  C e)B±C

5. Desenhe os diagramas de circuito (as portas lógicas) para as equações lógicas abaixo:
__ __ __ __
a) A  B b) A + B b) A + B  C c) A + B  C d) A  B + C  A e)B±C

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