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Os Mistérios da Missa

Manual do Cristão (Goffiné):


Quando o Sacerdote sai da sacristia revestido, representa
a Cristo quando saiu do ventre virginal de Nossa Senhora ao
mundo, e quando subiu ao monte Calvário a morrer na cruz para
nossa redenção.
A coroa (tonsura) na cabeça [do padre] representa a de
espinhos, que por escárnio puseram no Senhor.
O amito significa o véu com que os soldados lhe
vendaram os olhos.
A alva significa a vestidura branca, que por escárnio
mandou pôr Herodes no Senhor.
O cíngulo significa a corda com que ataram o Senhor,
quando o prenderam e levaram preso a Jerusalém, com que o
amarraram à coluna, e os açoites que lhe deram.
O manípulo significa o cordel com que ataram as mãos
do Senhor.
A estola significa a corda que lançaram ao seu santo
pescoço quando lhe puseram a cruz às costas.
A casula significa a túnica de que despiram o Senhor
para o crucificarem, e a púrpura que por escárnio lhe puseram os
soldados.
O sabastro da casula (que forma uma cruz) significa a
cruz que levou às costas.
O templo significa a Igreja Católica e a congregação de
fiéis em Jesus Cristo.
O altar e a pedra d’ara quadrada significam a cruz em que
o Senhor morreu.
A cruz que se põe sobre o altar significa a Cristo
crucificado.
www.catequesecasa.wordpress.com
O corporal, pala e toalhas do altar significam o sudário em
que o Senhor foi amortalhado.
O cálice significa o sepulcro.
A patena significa a pedra com que se cerrou o sepulcro.
A hóstia e o vinho significam o corpo e o sangue de
Cristo, no qual se hão de converter; e a água que se deita no cálice
significa a que saiu do seu divino lado.
As velas acesas significam a fé viva que deve animar os
fiéis que assistem ao incruento sacrifício da Missa.
O ministro que responde ao Sacerdote representa o povo,
que juntamente com ele oferece o inefável sacrifício da Lei Nova.

Missa dividida didaticamente em quatro partes:


1. Contorno Verde: Missa dos Catecúmenos
(Liturgia da Palavra);
2. Contorno Amarelo: Ofertório;
3. Contorno Vermelho: Consagração-Cânon;
4. Contorno Azul: Comunhão;
5. Contorno Preto: Partes Variáveis.

Imagens e textos: Crusaders for Christ


A study guide for the Mass
http://www.crusaders-for-christ.com/
Tesouro da Tradição. Guia da
Missa Tridentina. Lisa Bergman. Ecclesiae, 2015.
Conheça a Missa. Fr. Demetrius Manousos, O.F.M.,1954.
Manual do Cristão. Goffiné, 1925.
Organização:
www.catequesecasa.wordpress.com
Sacerdote: vai ao altar.
Cristo: vai ao Monte das
Oliveiras.

O padre faz o Sinal da


Cruz. Como o padre, deve-
mos fazer o Sinal da Cruz e
confessar nossos pecados
com verdadeira contrição,
isto é, sentindo dor por tê-
los cometido, pois ofendem
muito a Deus.

Sinal da Cruz

Sacerdote: começa a
Missa.
Cristo: começa a orar.

As orações ao pé do altar
são as orações que iniciam a
Missa. O padre agora vai se
aproximar do altar de Deus
e recita, junto com o acólito,
o salmo 42, que expressa
nossa alegria de ser capaz
de participar da Missa.

Orações ao pé do
altar
Sacerdote: diz o Confíteor.
Cristo: cai em suor de
Sangue.
Confíteor significa Con-
fesso, tanto que essa ora-
ção começa com esta pa-
lavra. O padre a diz como um
ato de humilhação de si
mesmo, antes de oferecer o
Santo Sacrifício, reconhe-
cendo sua indignidade pe-
rante a assembléia.

Confíteor

Sacerdote: sobe e beija o


altar. Vai para o lado da
Epístola. Lê o Intróito.
Cristo: recebe o ósculo
traidor de Judas. É preso,
atado e levado a Anás. É
acusado e blasfemado por Anás.
Intróito significa entra-
da, ele dá o tema da Missa
do dia, e muda conforme a
festa. Tudo que é do dia é
próprio, o restante é comum.

Intróito
Sacerdote: vai ao meio do
altar e diz o Kyrie Eleison.
Cristo: é levado a Caifás e
renegado por Pedro.
Pedimos a Deus que tenha
piedade de nós em grego, pois
a Missa é rezada nas três
línguas em que Pilatos mandou
escrever Jesus Nazareno,
Rei dos Judeus na cruz: grego
(Kyrie e Christe eleison), latim
e hebraico (Amén, Hosanna,
Alelluia e Sabáoth).

Kyrie Eleison

Glória a Deus nas alturas e


paz na terra aos homens de
boa vontade, assim começa o
Glória, com as palavras que
os anjos louvaram Jesus na
noite de Natal. Ele é um
cântico de adoração e ação
de graças dirigido às três
pessoas da Trindade, omi-
tido nas Missas pelos fiéis
defuntos e em dias de luto e
penitência.

Glória
Sacerdote: diz o Dominus
vobiscum.
Cristo: olha para Pedro e
o converte.
Sempre antes de se vol-
tar para o povo e dizer
Dominus vobiscum o padre
beija o altar por reverência
a Nosso Senhor, a quem sim-
boliza, e aos santos, cujas
relíquias estão presentes na
pedra d’ara.

Dominus vobiscum

Sacerdote: lê a Epístola.
Cristo: é levado a Pilatos.

As epístolas eram cartas


escritas pelos primeiros
apóstolos São Pedro, São
Paulo, São João e São Tiago
e enviadas para todos os
cristãos. É lida à esquerda
do altar ou lado da Epístola.
Ao final dessa instrução, to-
dos respondem Deo gratias.

Epístola
Sacerdote: diz o Munda cor
meum.
Cristo: Herodes oescarnece.
Como Isaías (6,6-7), o sacer-
dote pede que seus lábios sejam
purificados para proclamar a pa-
lavra de Deus dignamente: Voou
para mim um dos serafins, o qual
trazia na mão uma brasa viva, que
tinha tomado do altar com uma
tenaz. Tocou a minha boca e disse:
Eis que esta brasa tocou os teus
lábios. Será tirada a tua iniquidade
e expiado o teu pecado.

Munda cor meum

Sacerdote: lê o Evangelho.
Cristo: é levado a Pilatos e
de novo ludibriado.
O Evangelho é lido à direita
do altar, pois o lugar direito é
um lugar de honra: é o assen-
to que Cristo ocupa ao lado de
seu Pai no Céu. Ele nos fala
sobre a vida e ensinamentos
de Jesus. Durante sua leitura,
devemos nos levantar em re-
verência às palavras de Nosso
Senhor.

Evangelho
Segundo a tradição, cada
um dos 12 apóstolos, inspira-
dos pelo Espírito Santo em
Pentecostes, ditou um dos
12 artigos do Credo. Ele
reúne as principais verdades
que um católico deve crê e é
rezado de pé, após o Sermão
na Missa. O Credo Niceno-
Constantinopolitano o expan-
diu para evitar confusões na
interpretação dos dogmas.

Credo

Sacerdote: descobre o
cálice.
Cristo: é despido à ver-
gonha.
O ofertório é uma das
cerimônias mais importantes
da Missa. Para cumprir nossa
obrigação, o preceito de ir à
Missa aos domingos e dias
santos, devemos estar pre-
sentes pelo menos desde
esse ponto.

Ofertório
Sacerdote: oferece o pão
e o vinho. Cobre o cálice.
Cristo: é cruelmente açoi-
tado. É coroado por espinhos.
Oferecemos pão e vinho a
Deus para sua bênção, mas
deveríamos também acres-
centar nossos próprios dons.
Hoje é costume oferecer um
donativo em dinheiro. Porém,
mais importante que isso, é
oferecer a nós mesmos a Deus.

Oblação/ Oferenda

Sacerdote: lava as mãos.


Cristo: é declarado ino-
cente por Pilatos.
Assim como o sacerdote
rezou para que seus lábios
fossem purificados antes de
cantar as palavras do
Evangelho, ele agora purifica
suas mãos para prepará-las
para tocar o que logo
tornar-se-á o Corpo de
Cristo.

Lavabo
Sacerdote: diz o Orate
fratres! Ora em voz baixa.
Cristo: Eis o homem! É
zombado e cuspido.
Antes de iniciar o Cânon, o
padre nos convida em tom
mais solene, com o Orate
fratres, a unir nossas orações
às dele, dizendo o meu e o
vosso sacrifício, pois é o
mesmo sacrifício, mas ofe-
recido de forma diferente
pelo sacerdote e pelos fiéis.

Orate fratres

Sacerdote: diz o prefácio e


o Sanctus.
Cristo: é posposto a Barra-
bás e condenado a Cruz.
O Sanctus é um hino cha-
mado Tersanctus, das palavras
latinas ter e sanctus, que sig-
nificam três vezes santo. A 1ª
parte desse hino é o louvor dos
anjos que Isaías e S. João ou-
viram em suas visões do Céu. A
2ª metade é a aclamação do povo
na entradade Jesus em Jerusalém.

Prefácio
Sacerdote: diz o memento
pelos vivos.
Cristo: carrega a cruz ao
Calvário.
O Te ígitur é a primeira das
orações de memória. Nela
recordamos toda a Igreja
Terrestre, começando com o
Papa e o nosso Bispo. Depois,
recordamos os vivos, quando o
padre oferece a Missa espe-
cialmente pelos que estão
presentes.

Memento dos vivos

Sacerdote: ora em voz


baixa.
Cristo: encontra sua mãe e
as santas mulheres.
O padre estende suas mãos
sobre o pão e o vinho da mesma
maneira que o Sumo-Sacerdote
da lei antiga o fazia sobre as
oferendas pelo pecado. Com
este ato, o Sumo-Sacerdote
pedia que Deus aceitasse o
sangue da vítima em lugar do
sangue dos pecadores.

Hanc Ígitur
Sacerdote: benze o pão e o
vinho.
Cristo: é pregado na cruz.
O padre abençoa as ofe-
rendas, fazendo o Sinal da Cruz
cinco vezes sobre elas, o que
representa as cinco chagas de
Jesus. Por este sinal da Pai-
xão de Cristo, imploramos a
Deus Pai que as considere dig-
nas de se tornarem o Corpo e
o Sangue de seu dileto Filho.

Quam oblatiónem

Sacerdote: levanta a
Hóstia Consagrada.
Cristo: é levantado na cruz.
O que você vê agora sob a
aparência de pão nas mãos do
padre é verdadeiramente o
Corpo de Nosso Senhor. Olhe
reverentemente para a
Hóstia Consagrada que o
padre ergue para que todos a
vejam e diga como São Tomé:
Meu Senhor e Meu Deus!

Consagração da
Hóstia
Sacerdote: eleva o cálice.
Cristo: vertem sangue suas
chagas.
Cristo derramou seu Preci-
osíssimo Sangue por amor a
nós, embora não o merecês-
semos. Olhe para o cálice sen-
do erguido pelo celebrante
para que todos o vejam e bata
no peito como o publicano hu-
milde, dizendo como ele:
Senhor, tende piedade de
mim, um pecador!

Consagração do
Vinho

Sacerdote: ora em voz baixa.


Cristo: vê sua aflita mãe
ao pé da cruz.
O padre reza três orações
de oferecimento que resu-
mem as trê principais finali-
dades da Missa: Como uma
oblação ou oferenda pelo
pecado; em memória do
sacrifício de Cristo por nós;
para receber Cristo na
Eucaristia.

Orações de
oferecimento
Sacerdote: diz alto Nobis
quoque peccatoribus.
Cristo: ora na cruz por to-
dos os homens.
Rezamos por nós mesmos e
recordamos os santos que re-
presentam os vários estados
de vida dos membros da Igre-
ja Triunfante desde profetas,
diáconos, Apóstolos, Bispos,
Papas, exorcistas, mães, vír-
gens e viúvas.

Nobis quoque
peccatoribus

Sacerdote: diz alto o Pai


Nosso.
Cristo: diz as sete pala-
vras.
Para nos ensinar a orar,
Nosso Senhor nos recitou o
Pai Nosso, a pedido dos
Apóstolos. Consta de uma
invocação e sete pedidos, em
que estão contidos todos os
bens que devemos desejar e
o remédio de todos os males.

Pai Nosso
Sacerdote: parte a Hóstia.
Cristo: entrega a Deus o
espírito e morre.
Quando o padre parte a
Hóstia Consagrada na Missa,
lembramos de Jesus dando de
comer aos 5.000 e da ceia em
Emaús, na qual os discípulos
de Jesus reconheceram o seu
Senhor na fração do Pão (ao
partir o Pão). Jesus Cristo é o
verdadeiro Pão do Céu.

Fração da Hóstia

Sacerdote: deita uma par-


cela no cálice.
Cristo: sua alma desce ao
limbo.

Essa mistura de Pão e


Vinho no cálice simboliza a
reunião miraculosa do Corpo
de Jesus e de seu Sangue na
Ressurreição.

Mistura do Pão no
Vinho
Sacerdote: diz Agnus Dei.
Cristo: muitos circunstan-
tes o reconhecem como Filho
de Deus.

Até aqui, as orações da


Missa foram dirigidas a Deus
Pai ou à Santíssima Trindade.
Agora, o celebrante dirige-se
ao próprio Cristo, o Cordeiro
Sacrificial que repousa no
altar diante dele.

Agnus Dei

Sacerdote: dá a comunhão.
Cristo: é levado ao Se-
pulcro.
A maior beleza da Missa é
que Nosso Senhor vem a nós,
mesmo que Ele saiba que
nunca poderemos ser dignos.
Como o centurião, batemos
no peito com humildade, re-
conhecendo nossa fraqueza e
pedindo a Sua ajuda: Dómi-
ne, non sum dignus...

Domine, non sum


dignus
Sacerdote: limpa o cálice.
Cristo: é ungido pelas san-
tas mulheres.

Enquanto o padre purifica


os vasos sagrados, devemos
aproveitar ao máximo a visita
de Jesus a nós pela comunhão
com uma bela ação de graças.
Nesse momento, o que você
perguntará a Jesus? O que
gostaria de contar a Ele?

Abluções

Sacerdote:compõe o cálice.
Diz Dominus vobiscum.
Cristo: ressurge dos mor-
tos. Aparece a sua mãe e aos
discípulos.
Depois de ler a Antífona
da Comunhão do dia, o padre
nos saúda uma vez mais com
o Dominus vobiscum. Como é
significativa essa saudação
agora que trazemos Jesus no
tabernáculo de nosso coração!

Antífona da
Comunhão
Sacerdote: diz as últimas
orações.
Cristo:ensina 40 dias.

Cristo permaneceu com


seus discípulos 40 dias antes
de ascender ao céu e depois
enviou-lhes o Espírito Santo.
Cristo agora permanece co-
nosco por um tempo, e seu
Espírito Santo habitará em
nossos corações.

Pós-comunhão

Sacerdote: diz o último:


Dominus vobiscum.
Cristo: despede-se dos
discípulos e sobe ao céu.

Depois levou-os fora até


cerca de Betânia; e levantan-
do as suas mãos, os abenço-
ou. Aconteceu que enquanto
os abençoava, separou-se de-
les, e elevava-se ao céu.
(Lucas 24, 50-51)

Último Dominus
vobiscum
Sacerdote: dá a bênção ao
povo.
Cristo: desce o Espírito
Santo.
Tornamo-nos ostensórios
vivos, carregando a luz de
Cristo dentro de nós. Antes
de levar essa luz ao mundo,
ajoelhamo-nos para receber a
bênção final, como os cavalei-
ros de antigamente recebiam
os seus escudos antes de se-
rem enviados à batalha.

Bênção final

Sacerdote: diz Ita Missa


est e o último Evangelho.
Cristo: envia os apóstolos
a todas as partes a pregar o
Evangelho.
Vós sois a luz do mundo…
Assim brilhe a vossa luz
diante dos homens, para que
vejam as vossas obras, e
glorifiquem o vosso Pai, que
está nos céus (Mateus 5, 14-
16).

Último Evangelho

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