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TEXTO 1
Descobrimento
Abancado à escrivaninha em São Paulo
Na minha casa da rua Lopes Chaves
De sopetão senti um friúme por dentro.
Fiquei trêmulo, muito comovido
Com o livro palerma olhando pra mim.
Não vê que me lembrei que lá no norte, meu Deus! Muito
longe de mim,
Na escuridão ativa da noite que caiu,
Um homem pálido, magro de cabelos escorrendo nos olhos
Depois de fazer uma pele com a borracha do dia,
Faz pouco se deitou, está dormindo.
Esse homem é brasileiro que nem eu…
ANDRADE, M. Poesias completas. São Paulo: Edusp, 1987
TEXTO 2
O açúcar
Vejo-o puro
e afável ao paladar
como beijo de moça,
água na pele,
flor que se dissolve na boca.
Mas este açúcar
não foi feito por mim.
(Ferreira Gullar)
TEXTO 3
As crianças ricas brincam nos jardins com seus brinquedos prediletos. E as crianças
pobres acompanham as mães a pedirem esmolas pelas ruas. Que desigualdades trágicas
e que brincadeira do destino.
(Carolina Maria de Jesus)
TEXTO 4
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas).
.
21-10-1935
Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. Lisboa: Ática, 1944 (imp. 1993). – 84.
1ª publ. in Acção, nº41. Lisboa: 6-3-1937.
TEXTO 5
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal,
senão rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e
uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita.
– Carlos Drummond de Andrade, em “Claro enigma”. 1951.
TEXTO 6
RECORDAÇÃO
"Hoje a gente ia fazer 25 anos de casado", ele disse, me olhando pelo retrovisor. Fiquei
sem reação: tinha pegado o táxi na Nove de Julho, o trânsito estava ruim, levamos meia
hora para percorrer a Faria Lima e chegar à rua dos Pinheiros, tudo no mais asséptico
silêncio, aí, então, ele me encara pelo espelhinho e, como se fosse a continuação de uma
longa conversa, solta essa: "Hoje a gente ia fazer 25 anos de casado".
Meu espanto, contudo, não durou muito, pois ele logo emendou: "Nunca vou esquecer: 1º
de junho de 1988. A gente se conheceu num barzinho, lá em Santos, e dali pra frente
nunca ficou um dia sem se falar! Até que cinco anos atrás... Fazer o que, né? Se Deus
quis assim...".
"Ano passado me deu uma agonia, uma saudade, peguei o álbum, só tinha aqueles
retratos de casório, de viagem, do jet ski, sabe o que eu fiz? Fui pra Santos. Sei lá, quis
voltar naquele bar." "E aí?!" "Aí que o bar tinha fechado em 94, mas o proprietário, um
senhor de idade, ainda morava no imóvel. Eu expliquei a minha história, ele falou: 'Entra'.
Foi lá num armário, trouxe uma caixa de sapatos e disse: 'É tudo foto do bar, pode
escolher uma, leva de recordação'."
Paramos num farol. Ele tirou a carteira do bolso, pegou a foto e me deu: umas 50 pessoas
pelas mesas, mais umas tantas no balcão. "Olha a data aí no cantinho, embaixo."
"Primeiro de junho de 1988?" "Pois é. Quando eu peguei essa foto e vi a data, nem
acreditei, corri o olho pelas mesas, vendo se achava nós aí no meio, mas não. Todo dia
eu olho essa foto e fico danado, pensando: será que a gente ainda vai chegar ou será que
a gente já foi embora? Vou morrer com essa dúvida. De qualquer forma, taí o testemunho:
foi nesse lugar, nesse dia, tá fazendo 25 anos, hoje. Ali do lado da banca, tá bom pra
você?"
(Antonio Prata)
TEXTO 7
Vou fazer um apelo. É o caso de um menino desaparecido.
Ele tem 11 anos, mas parece menos; pesa 30 quilos, mas parece menos; é brasileiro,
mas parece menos.
É um menino normal, ou seja: subnutrido, desses milhares de meninos que não pediram
pra nascer; ao contrário: nasceram pra pedir.
Calado demais pra sua idade, sofrido demais pra sua idade, com idade demais pra sua
idade. É, como a maioria, um desses meninos de 11 anos que ainda não tiveram infância.
Parece ser menor carente, mas, se é, não sabe disso. Nunca esteve na Febem, portanto,
não teve tempo de aprender a ser criança-problema. Anda descalço por amor à bola.
Suas roupas são de segunda mão, seus livros são de segunda mão e tem a desconfiança
de que a sua própria história alguém já viveu antes.
Do amor não correspondido pela professora, descobriu que viver dói. Viveu cada verso de
"Romeu e Julieta", sem nunca ter lido a história.
Foi Dom Quixote sem precisar de Cervantes e sabe, por intuição, que o mundo pode ser
um inferno ou uma badalação, dependendo se ele é visto pelo Nelson Rodrigues ou pelo
Gilberto Braga.
De seu, tinha uma árvore, um estilingue zero quilômetro e um pássaro preto que cantava
no dedo e dormia em seu quarto.
Tímido até a ousadia, seus silêncios grita nos cantos da casa e seus prantos eram
goteiras no telhado de sua alma.
Trajava, na ocasião em que desapareceu, uns olhos pretos muito assustados e eu não
digo isso pra ser original: é que a primeira coisa que chama a atenção no menino são os
grandes olhos, desproporcionais ao tamanho do rosto.
Mas usava calças curtas de caroá, suspensórios de elástico, camisa branca e um
estranho boné que, embora seguro pelas orelhas, teimava em tombar pro nariz.
Foi visto pela última vez com uma pipa na mão, mas é de todo improvável que a pipa o
tenha empinado. Se bem que, sonhador de jeito que ele é, não duvido nada.
Sequestrado, não foi, porque é um menino que nasceu sem resgate.
Como vocês veem, é um menino comum, desses que desaparecem às dezenas todas os
dias.
Mas se alguém souber de alguma notícia, me procure, por favor, porque... ou eu encontro
de novo esse menino que um dia eu fui, ou eu não sei o que vai ser de mim.
(Chico Anysio)
TEXTO 8
Paulo Roberto Parreiras
desapareceu de casa.
Trajava calças cinza e camisa branca
e tinha dezesseis anos.
Parecia com o teu filho, teu irmão,
teu sobrinho, parecia
com o filho do vizinho
mas não era. Era Paulo
Roberto Parreiras
que não passou no vestibular.
Recebeu a notícia quinta-feira à tarde,
ficou tarde
e sumiu.
De vergonha? de raiva?
Paulo Roberto estudou
dura duramente
durante os últimos meses.
Deixou de lado os discos,
o cinema,
até a namoradinha ficou dias sem vê-lo.
Nem soube do carnaval.
Se ele fez bem ou mal
não sei: queria
passar no vestibular.
Não passou. Não basta
estudar?
Paulo Roberto Parreiras
a quem nunca vi mais gordo,
onde quer que você esteja
fique certo
de que estamos de seu lado.
Sei que isso é muito pouco
Para quem estudou tanto
e não foi classificado (pois não há mais
excedentes), mas
é o que lhe posso oferecer: minha palavra
de amigo
desconhecido.
Nesta mesma quinta-feira
Em Nova York morreu
um menino de treze anos que tomava entorpecentes.
Em S. Paulo, outro garoto
foi preso roubando um carro.
ou surgem como cometas ardendo em sangue, nestas noites,
nestas tardes,
nestes dias amargos.
Não sei pra onde você foi
nem o que pretende fazer
bem posso dizer que volte
para casa,
estude (mais?) e tente outra vez.
Não tenho nenhum poder,
nada posso assegurar.
Tudo que posso dizer-lhe
é que a gente não foge
da vida,
é que não adianta fugir.
Nem adianta endoidar.
é que você tem o direito de estudar.
É justa a sua revolta:
seu outro vestibular.
Toda Poesia 1950-1980 – Ferreira Gullar
Editora Civilização – 2ª edição
TEXTO 9
O Perfume
– Hoje vamos ao baile!
Justino assim se anunciou, estendendo em suas mãos um embrulho cor de presente.
Glória, sua esposa, nem soube receber. Foi ele quem desatou os nós e fez despontar do
papel colorido o vestido não menos colorido A mulher, subvivente, somava tanta espera
que já esquecera o que esperava. Justino guardava ferrovias, seu tempo se amalgava,
fumo dos fumos, ponteiro encravado em seu coração. Entre marido e mulher o tempo
metera a colher, rançoso roubador de espantos. Sobrara o pasto dos cansaços,
desnamoros, ramerrames. O amor, afinal, que utilidade tem?
De onde o espanto de Glória, deixando esparramejar o vestido sobre seu colo. Que
esperava ela, por que não se arranjava? O marido, parecia ter ensaiado brincadeira. Que
lhe acontecera? O homem sempre dela se ciumara, quase ela nem podia assomar à
janela, quanto mais. Glória se levantou, ela e o vestido se arrastaram mutuamente para o
quarto. Incrédula e sonambulenta, arrastou o pente pelo cabelo. Em vão. O desleixo se
antecipara fazendo definitivas tranças. Lembrou as palavras de sua mãe: mulher preta
livre é a que sabe o que fazer com o seu próprio cabelo. Mas eu, mãe: primeiro, sou
mulata. Segundo, nunca soube o que é isso de liberdade. E riu-se: livre: Era palavra que
parecia de outra língua. Só de a soletrar sentia vergonha, o mesmo embaraço que
experimentava em vestir a roupa que o marido lhe trouxera. Abriu a gaveta, venceu a
emperrada madeira. E segurou o frasco de perfume, antigo, ainda embalado. Estava leve,
o líquido havia evaporado. Justino lhe havia dado o frasco, em inauguração do namoro,
ainda ela meninava. Em toda a vida, aquele fora o único presente. Só agora se somava o
vestido. Espremeu o vidro do cheiro, a ordenhar as últimas gotas. Perfumei o quê com
isso, se perguntou lançando o frasco no vazio da janela.
– Nem sei o gosto de um cheiro.
Escutou o velho vidro se estilhaçar no passeio. Voltou à sala, vestido se desencontrando
com o corpo. As bainhas do pano namoriscavam os sapatos. Temia o comentário do
marido sempre lhe apontando ousadias. Desta vez, porém, ele lhe olhou de modo
estranho, sem parecer crer. Puxou-a para si e lhe ajeitou as formas, arrebitando o pano,
avespando-lhe a cintura. Depois, perguntou:
– Então não passa um arranjo no rosto?
– Um arranjo?
– Sim, uma cor, uma tinta.
Ela se assombrou. Virou as costas e entrou na casa de banho, embasbocada. Que
doença súbita dera nele? Onde diabo parava esse baton, havia anos que poeirava
naquela prateleira? Encontrou-o, minúsculo, gasto nas brincadeiras dos miúdos. Passou o
lápis sobre os lábios. Leve, uma penumbra de cor. Carregue mais, faça valer os
vermelhos. Era o marido, no espelho. Ela ergueu o rosto, desconhecida.
– Vamos ao baile, sim. Você não costumava dançar, antes?
– E os meninos?
– Já organizei com o vizinho, não se preocupa.
E foram. Justino ainda teve que tchovar* a carrinha. Ela, como sempre, desceu para
ajudar. Mas o marido recusou. Desta vez, não. Ele sozinho empurrava, onde é que se
vira?
Chegaram. Glória parecia não dar conta da realidade. Se deixou no assento da velha
carrinha. Justino cavalheirou, mão pronta, gesto preso abrindo portas. O baile estava
concorrido, cheio pelas costuras. A música transpirava pelo salão, em tonturas de casais.
Os dois se sentaram numa mesa. Os olhos de Glória não exerciam. Apenas sombreavam
pela mesa, pré-colegiais.
Então, se aproximou um homem, em boa postura, pedindo ao guarda-freio lhe desse
licença de sua esposa para um passo respeitoso. Os olhos aterrados dela esperaram cair
a tempestade. Mas não. Justino contemplou o moço e lhe fez amplo sinal de anuência. A
esposa arguiu:
_ Mas eu preferia dançar primeiro com meu marido.
– Você sabe que eu nunca danço…
E como ela ainda hesitasse ele lhe ordenou quase em sigilo de ternura: Vá, Glorinha, se
divirta!
E ela foi, vagarosa, espantalhada. Enquanto rodava ela fixava o seu homem sentado na
mesa. Olhou fundo os seus olhos e viu neles um abandono sem nome, como esse vapor
que restara de seu perfume. Então, entendeu: o marido estava a oferecê-la ao mundo. O
baile, aquele convite, eram uma despedida. Seu peito confirmou a suspeita quando viu o
marido se levantar e aprontar a saída. Ela interrompeu a dança e correu para Justino.
– Onde vai, marido?
– Um amigo me chamou, lá fora. Já volto.
– Vou consigo, Justino.
– Aquilo lá fora não é lugar das mulheres. Fique, dance com o moço. Eu já venho.
Glória não voltou à dança. Sentada na reservada mesa, levantou o copo domarido e nele
deixou a marca de seu baton. E ficou a ver Justino se afastando entre a fumarada do
salão, tudo se comportando longe. Vezes sem conta ela vira esse afastamento, o marido
anonimado entre as neblinas dos comboios. Desta vez, porém, seu peito se agitou, em
balanço de soluço. No limiar da porta, Justino ainda virou o rosto e demorou nela um
último olhar. Com surpresa, ele viu a inédita lágrima, cintilando na face que ela ocultava. A
lágrima é água e só a água lava tristeza. Justino sentiu o tropeço no peito, cinza virando
brasa em seu coração. E fechou a noite, a porta decepando aquela breve desordem.
Glória colheu a lágrima com dobra do próprio vestido. De quem, dentro dela mesma, ela
se despedia?
Saiu do baile, foi de encontro às trevas. Ainda procurou a velha carrinha. Ansiou que ela
anda ali estivesse, necessitada de empurro. Mas de Justino não restava vestígio. Voltou a
casa, sob o crepitar dos grilos. A meio do carreiro se descalçou e seus pés receberam a
carícia da areia quente. Olhou o estrelejo nos céus. As estrelas são os olhos de quem
morreu de amor. Ficam nos contemplando de cima, a mostrar que só o amor concede
eternidades.
Chegou a casa, cansada a ponto de nem sentir cansaços. Por instantes, pensou
encontrar sinais de Justino. Mas o marido, se passara por ali, levara seu rastro. A Glória
não lhe apeteceu a casa, magoava-lhe o lar como retrato do falecido. Adormeceu nos
degraus da escada.
Acordou nas primeiras horas da manhã, tonteando entre sono e sonho. Porque, dentro
dela, em olfactos só da alma, ela sentiu o perfume. Seria o quê? Eflúvios do velho frasco?
Não, só podia ser um novo presente, dádiva da paixão que regressava.
– Justino.
Em sobressalto, correu para dentro da casa. Foi quando pisou vidros, estilhaçados no
sopé de sua janela. Ainda hoje restam, indeléveis pegadas de quando Glória estreou o
sangue de sua felicidade.
Conto de Mia Couto no livro “Estórias Abensonhadas”
O livro foi publicado pela Editorial Caminho, em 1994.
No Brasil, é vendido pela Companhia das Letras.
TEXTO 10
Parece um presídio, com portas de ferro e cheio de grades, mas é uma escola pública de
ensino fundamental em Ceilândia, a 30 quilômetros de Brasília.
Mais de dois mil alunos vão voltar às aulas com biblioteca precária, poucos e obsoletos
computadores, sem falar no laboratório de ciências que virou um depósito de entulhos.
Na escola, três em cada dez alunos são reprovados e um quarto (25%) deles está fora da
faixa etária da turma.
“Nós temos aqui aluno com 16 anos no 6º ano. Sendo que o aluno era para estar com 11
anos de idade. Temos aluno com 17 anos numa turma de 7º ano. Então, é uma distorção
muito grande”, conta a diretora da escola, Isnã Ambrósio.
Elisângela pensa no futuro da filha de 16 anos, que já foi reprovada três vezes.
“Com a dificuldade que nós temos em relação ao desemprego, a tudo, você se preocupa.
E quando vai passando o tempo, para você recuperar é mais complicado”, desabafa a
motorista partícular Elisângela de Jesus.
“Me arrependo. Era para mim ter terminado meus estudos, talvez eu tava fazendo uma
coisa melhor”, diz Tainã Santos Serrão, que está desempregada.
A taxa de reprovação e abandono da escola, na rede pública, é de mais de 19% no 6º ano
do ensino fundamental. E no 1º ano do ensino médio piora: vai para 28%, enquanto na
rede particular é de pouco mais de 8%.
O Ministério da Educação reconhece que os percentuais são altos e o problema precisa
ser enfrentado.
“Não existe nenhum país no mundo com bom sistema de ensino com taxas de aprovação
baixas como essas. Não existe. Reprovar alunos é sinônimo de atraso na visão do que
significa o processo de ensino-aprendizagem. Isso significa, sobretudo, um fracasso da
escola, não é fracasso do aluno. É fracasso da escola”, afirma a ministra substituta da
Educação, Maria Helena de Castro.
A especialista em educação Priscila Cruz defende mais investimento na formação de
professores para reverter o quadro de repetência e evasão escolar.
“O Brasil precisa colocar em marcha uma política robusta para as carreiras docentes, para
o professor, com formação adequada, tanto a inicial como a continuada, com carreira,
com salário, para fazer com que o professor esteja preparado na sala de aula para
garantir a aprendizagem do aluno. A gente não vive uma crise na educação, a gente vive
uma crise na aprendizagem. A aprendizagem depende de um bom professor em cada
sala de aula”, disse Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos pela Educação.
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