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Módulo 2
DIMENSIONAMENTO DE PERFIS DE CHAPA DOBRADA -
Parte 1
Como sabemos os perfis de chapa dobrada são obtidos pelo dobramento de chapas planas
em máquinas especiais chamadas dobradeiras. Devido a esse processo, e visando não alterar
substancialmente as características do material, as chapas utilizadas na conformação desses
perfis são chapas finas o que faz com que esses perfis sejam utilizados para obras de pequeno
e médio porte.
O primeiro critério se refere a questão da esbeltez das partes que compõem o perfil. Neste
critério é exigido um valor máximo da relação entre largura e espessura das partes que
compõem o perfil.
Esses valores são dados na tabela 3 da Norma, e para usá-la é necessário conceituar
inicialmente o que são elementos AA e AL das partes que compõe o perfil.
AA são elementos que apresentam dobras em suas duas extremidades, e são chamados de
elementos com bordas vinculadas.
Os elementos AL são aqueles que apresentam uma das extremidades sem dobras e são
denominados elementos de borda livre.
Figura 11
Legenda:
AA - elemento com bordas vinculadas
AL - elemento com borda livre
Figura 12 - Valores máximos da relação largura-espessura - Fonte: NBR 14762: 2001 - TABELA 3, p.12
(Na versão NBR 14762:2010 ver Tabela 4 - p.25)
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Parte 2
2.2. Flambagem local (largura efetiva)
Para verificação da resistência de perfis de chapa dobrada deve-se considerar uma redução na
área real do perfil, denominada área efetiva.
Para perfis abertos e tubulares não circulares, a resistência deve ser verificada pela área
efetiva do perfil dada pela largura efetiva dos elementos componentes do perfil. Para isso deve-
se levar em conta a possibilidade de flambagem local que provoca a diminuição das dimensões
da secção do perfil
A largura efetiva é um valor reduzido da largura real. A largura efetiva depende da distribuição
das tensões de compressão na região comprimida do perfil; depende, também do tipo de
elemento, se AA ou AL.
Seja
tensão mínima
tensão máxima
Elementos AA e AL com
Elementos AL com
SUGESTÃO
para elementos AA
para elementos AL
2.3. Deslocamentos
O cálculo dos deslocamentos é feito por aproximação sucessiva, substituindo-se por > , que é
dado por:
Onde é a máxima tensão normal de compressão, calculada com a seção transversal efetiva.
2.4. Efeito "shear lag"
Para evitar o efeito "shear lag", o que aumentaria o já trabalhoso processo manual de cálculo
recomenda-se que se adote a relação entre vão e largura livre da mesa (distância entre a face
da alma e a borda livre), igual a:
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Parte 3
2.5. Dimensionamento de barras submetidas à tração
= área bruta
= área líquida fora da região da ligação, decorrente de furos e reduções
= área líquida na região da ligação
= dimensão do furo
= quantidade de furos
= espaçamento dos furos na direção da solicitação
= espaçamento dos furos na direção perpendicular à solicitação
= espessura
(no caso de soldas transversais de topo, só deverá ser considerada a área bruta das partes
conectadas)
= coeficiente de redução da área líquida (ver NBR14762)
Para aceitação da seção deve-se ter usando o menor valor de calculados acima.
2.6. Dimensionamento de barras submetidas à compressão centrada
Para
Onde:
Adotar
e = são as forças normais de flambagem elástica dos perfis simétricos, dado x o eixo de
simetria
Atenção:
Usar o menor valor para o cálculo de para posterior cálculo de
A Norma ainda exige que as barras comprimidas tenham uma esbeltez mínima dada por:
Perfis U simples estão dispensados de verificação, exceto os que sejam também submetidos à
flexão tendo sua mesa comprimida livre e sua mesa tracionada conectada a um painel.
Para perfis U enrijecido e Z enrijecido estarão livres de verificação se for atendida a relação
mínima dada na tabela 11 pag.43 da NBR 14762: 2010.
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Parte 4
2.7. Dimensionamento de barras submetidas à momento fletor
O momento fletor resistente de cálculo é o menor valor dos calculados pelos itens abaixo:
= módulo de resistência elástico para a seção calculado com as dimensões efetivas, com
2.7.2. Flambagem lateral por torção (calculado entre seções contidas lateralmente)
= módulo de resistência elástico da seção efetiva em relação à fibra comprimida,
com
para
para
para
Onde:
(ver 4.1-a)
(ver 4.1-b)
Perfis U simples estão dispensados de verificação, exceto os que sejam também submetidos à
flexão tendo sua mesa comprimida livre e sua mesa tracionada conectada a um painel.
Para perfis U enrijecido e Z enrijecido estão livres de verificação se for atendida a relação
mínima dada na tabela 14 pag.50 da NBR 14762:2010.
Para que a seção seja aceita, deve-se ter:
Para facilidade de cálculo e por ser a situação mais comum, usar barras sem enrijecedores
transversais o que leva diretamente à fórmula de interação:
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Leituras adicionais
Para complementar o conteúdo deste módulo, aos que quiserem se aprofundar no tema, recomendamos a
leitura do texto adicional, cujo link para download apresentamos a seguir.
Autores:
EDSON LUBAS SILVA
VALDIR PIGNATTA E SILVA
CBCA
Sobre o exercício:
Nessa segunda etapa, conforme o capítulo que estudamos, será sobre perfis de
chapa dobrada.
Após a resolução do exercício ele deve ser postado neste fórum e o roteiro de
cálculo e figuras incluídas como anexo.
Atenção: O arquivo não pode ultrapassar 5Mb pois este é o limite para
anexos.
Será utilizado o mesmo projeto do Sobradinho apresentado anteriormente, cujos
desenhos estão disponíveis no exercício do módulo anterior.
Enunciado: