Você está na página 1de 34

1.

INTRODUCÃO

O presente relatório aborda aspectos atinentes Higiene Saúde e Seguranca do Trabalho,

A frequência com que os trabalhadores estão expostos a riscos durante a realização das suas
actividades, leva ao homem a procurar medidadas mitigadoras com um intuito de eliminar riscos
ou neutraliza-los. De acordo com mendonca (2013), no que tange a industria, o sector de contrucao
civil continua a evidenciar-se estatisticamente pela elevada taxa de mortalidade a nivel mundial.
A importância da previsão dos acidentes na indústria da construção civil tem sido evidenciada
atravéz dos custos directos e e indirectos dos acidentes de trabalho, sendo que os paises onde existe
elevados niveis de segurança e saúde no trabalho a competividade das empresas aumenta e
diminuem os custos com os acidentes e as doencas profissionais. Os acidentes na construção civil
muitas vezes não ocorrem por razões de fácil solução. Infelizmente, eles tem origens mais
profundas e ocorrem muitas vezes sem que haja incoerências de quais são as suas reais causas, o
que é muito comum quando os acidentes não provacam lesões ou são de naturaza leve. Expressões
como: a) este acidente foi uma fatalidade; b) ocorreu porque tinha que ocorrer; c) foi força do
destino; demostram claramente a falta de conscientização das pessoas em geral para o problema
(Pontes et al., 2014). A avalização de riscos é a base para prevenir os acidentes de trabalho e
doencas profissionais, porém, quando esta avaliação não é bem feita, as medidas preventivas
podem tornarem-se ineficientes. Por ser este um processo dinâmico deve ser actualizado ou
alterado sempre que se achar necessario. Considerando os efeitos adversos da exposição aos riscos
ambientais, riscos de acidentes e ergonómicos na construcao civil.

1
2.0 PERÍODO HISTÓRICO DA HIGIÊNE, SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABABLO

A historia revela que, desde o inicio da civilizacao, os trabalhos mais penosos e também mais
penosos nobres eram destinados aos escravos. Talvez a isto se possa atribuir a escassez de
referencia aos problemas relacionados com doenças dos trabalhadores na antiguidade. Mesmo
assim, alguns registos foram feitos, ainda que a preocupação principal não fosse o
comprometimento da saúde de quem trabalhava, mas provavelmente o comprometimento dos
volumes de produção. Em 1700, foi publicada a obra de referência historica: o livro de Bernadino
Ramazzini, “As Doencas dos Trabalhadores” Prevenir é melhor que curar. Em sua obra, Ramazzini
descreve com detalhes doencas inerentes a mais de 50 actividades. Rammazzini e considerado o
‘Pai de Medicina do Trabalho”. No transcorrer do seculo XVIII, a Revolução Industrial ocorrida
na Europa provocou um grande impacto sobre a qualidade de vida de muitas pessoas. Os
trabalhadores do campo, iludidos pelas novas propostas de emoregos “fábricas” da epoca,
deixaram suas origens ante a expectativa de melhor oportunidades. O exodo rural foi intenso, mas,
na verdade, os trabalhadores foram submetidos a penosas condições de trabalho em ambientes
onde os agentes agressivos da saude eram numerosos. Nao bastasse isto, criancas de sete anos ou
menos ja eram “empregadas nas fabricas”. Mulheres gravidas trabalham, até o final da gestação,
em ambientes adversos, cumprindo jornadas nocturnas. As jornadas de trabalho duravam, para
todos, ate 16 horas/dia, sem descanso semanal. Os movimentos sociais sensibilizam o Estado e
algumas medidas efectivas comecaram aser tomadas a partir de 1800, atraves de leis especificas.
Como exemplo, pode-se citar:

 Estados Unidos da América


1877 – Lei que obriga aos empregadores a instalar dispositivos de seguranca em máquinas;
1892 – Primeira empresa a organizar um Departamento de Segurança
1913 – Criação do National Safety Concil.

- lei que regula a idade minima para o trabalho – Inglaterra/1802;

- lei das fabricas, que proibe o trabalho nocturno para menores e exige protecção nas
máquinas, entre outros benefícios – Inglaterra 1833;

- lei sobre acidentes do trabalho e sua indeminização – Inglaterra/1898;

- lei sobre o repouso semanal – França/1806;

2
- lei da aposentadoria após 65 anos – Franca/1910;

- lei da jornada de trabalho de 8 horas/ dia para servicos de mineração - Franca/1913;

- lei da jornada de trabalho de 8 horas/dia – Franca/1916;

- lei sobre semana de trabalho de 40 horas e ferias remuneradas – Franca/1936;

Em 1906, realizou-se em Milão, graças a proposta do senador italiano De Cristoforis, o I Congresso


Internacional de Doencas do Trabalho. Em 1910, durante o II Congresso Internacional de Doencas
dos Trabalhadoes, foi discutida a equiparação entre acidente do trabalho e doenças relacionados
ao trabalho. Em 1919, foi criada a OIT (Organizacao Internacional do Trabalho). Esta organizacao
tem como atribuição principal a divulgação de informação e recomendação Internacional que visa
a protecção dos trabalhadores. Muitas das recomendacções não possuem carácter obrigatório,
ficando a cargo de cada país signatário decidir internamente estas questões, de modo a
regulamentar na forma da Lei todos os aspectos técnicos envolvidos. SHT, Surge como uma nova
era do servico do progresso social com Historia do Seculo XX da OIT (Organizacao Internacional
do Trabalho). A sua historia comença em 1919, mais teve profundos desenvolvimento no final da
primeira guerra mundial, reconhecem-se que era necessário um espaco geral para combater os
efeitos noçivos á organização, e que não poderia haver, paz e nem justica Social e economica para
os trabalhadores de todo o mundo se nao houvesse esse unanimidade. Até meados do século 20,
as condições de trabalho nunca foram levadas em conta, sendo sim importante a produtividade,
mesmo que tal implicasse riscos de doenças ou de morte dos trabalhadores. Para tal contribuiam
dois factores, uma a mentalidade em que o valor da vida humana era pouco mais que desprízivel
e uma total ausência por parte dos Estados de leis que protegessem o trabalhador. O mais
importante objectivo deste orgão OIT visa criar condições de trabalho e de vida razoável para o
trabalhador dentro da organização. Em 1919 a OIT iniçia as suas actividades em 45 Paises
membros, e em 1917 ja contava com 121 Paises. E precisamente a sua estrutura participativa que
assegura a organização e faz de si um forte elo ou bóia de Salvação dos trabalhadores na sua
profissão. Hoje o conceito de Higiene e Seguranca do Trabalho não se limita a prevenção de
acidentes de trabalho e de doenças profissionais, estende se no melhoramento de Higine e
Segurança do Trabalhador, na vida social e economica por meio da humanização do trabalho.

3
Até aos 50 anos de existência da OIT, contava com 136 convenções e 144 recomendações e grande
número destas relaciona-se a Higiene e Seguranca no Trabalho. A Higiene e Segurança no
Trabalho tardam em ser implementados pelo que o despertar de consciências e fundamental.

Actualmente em todo Paises Existe Lei e Normas Regulamentadoras aprovadas, que permite uma
protecção eficaz de quem integra actividade devendo a sua aplicação ser entendida como o melhor
meio de beneficiar simultaneamente as Empresas e os Trabalhadores na salvaguarda dos aspectos
relacionados com as condicoes de seguranca, higiene de cada posto de trabalho.

3.0 ORGANIZACAO DA HIGIENE E SEGURANCA NO TRABALHO

A Higiêne, Saúde e Segurança no Trabalho (HST) surgiu como forma de balizar e promover a
prevencao de riscos profissionais e protecção da seguranca e saude dos trabalhadores. Pretende-se
estabelecer um conjunto de principios gerais de prevencao com o intuito de definir metodologias
de materializacao da actividade de prevenção da empresa da empresa e asseguarar o bem-estar dos
trabalhadores. A HST aplica-se a todos os ramos de actividade, no sector publico, privado,
cooperativo ou social. As entidades patronais são responsáveis pela saude e seguranca dos
trabalhadores das suas empresas.

3.1. HST em Moçambique

As empresas Moçambicanas necessitam de constantes capacitação dos trabalhadores e


empregadores com vista a prepara-los para uma vida profissional saudável porque de nada serve
uma empresa dispor de um potencial económico e de recursos humanos consideráveis se não
tiver boa prestação e de nada serve um País dispor de um bom conjunto de normas
regulamentares sobre a protecção dos trabalhadores contra os riscos profissionais, mesmo que
providas de sanções, se não forem capazes de convencer todos os intervenientes na relação
laboral da necessidade de mudar comportamentos, adoptar atitudes de Higiene e Segurança no
trabalho e cumprirem as regras que permitam prevenir a ocorrência de acidentes de trabalho nos
locais de actividades.

Segundas informações do Ministério do Trabalho (MITRAB): de Janeiro a Junho de 2013, o


país registou 336 acidentes de trabalho, dos quais oito resultaram em óbitos devido ao

4
desrespeito das normas básicas de segurança, saúde e higiene. Estes registos o sector da
Agricultura foi o que mais casos registou e exige do Governo a adopção e melhoria dos
instrumentos reguladores de saúde, higiene e segurança no trabalho com vista a evitar que
ocorram mais sinistralidades.

3.1.1.Legislação de Higiene e Segurança no Trabalho em vigor em


Moçambique
Para o cumprimento de normas de HST temos seguintes instrumentos de consulta para qualquer
esclarecimento de dúvida:

Lei de Trabalho nº 23/2007, de 1 de Agosto (Capitulo VI)


 Decreto nº 62/2013 – Regime Jurídico dos Acidentes e Doenças Profissionais.
 Decreto nº 61/2006, de 26 de Dezembro – técnicas de prevenção em actividades de
mineração.
 Diploma Legislativo nº 48/73, de 5 de Julho – Regulamento Geral de HST na Indústria
 Diploma Legislativo nº 120/71, de 20 de Novembro – Na construção civil
 Convenções de OIT
 ISO / OSHA

Assim, se apresenta como principal legislação de Higiene e Segurança no Trabalho, aplicável em


Moçambique e com o valor de relevância universal a destacar:

Diploma Legislativo nº 48/73, de 5 de Julho, que aprova o Regulamento Geral de HST em


estabelecimentos industriais. Este diploma legal, constitui o quadro de normas aplicáveis em
todos os sectores da indústria, com objectivo de prevenção de riscos profissionais no ramo
industrial do País. Possui 162 artigos, que se resumem em termo do conteúdo das suas normas o
seguinte:
- Delimita o seu âmbito de aplicação em todos estabelecimentos industriais (artigo 1 e2);

- Dever dos empregadores e dos trabalhadores ao cumprimento das normas de HST (artigo3
e 4);
-Previsão de medidas de prevenção de riscos profissionais na concepção dos projectos dos
edifícios industriais, superfícies dos edifícios, iluminação, ventilação, temperatura, humidade,

5
ruídos, radiações, electricidade, armazenagem e extintores contra incêndios.
(artigo 5 a 45);

-Previsão de medidas de prevenção de riscos em uso de máquinas, em actividades de


reparação e manutenção das máquinas projecção de metais. (artigo 45 a 68);
-Previsão de medidas de prevenção de riscos em uso de aparelhos e meios de elevação,
transporte e de armazenamento, em manobras, manutenção de cargas, conservação, empilhamento
de materiais, na tubagem e canalização, vias-férreas e descolamento,
equipamento eléctrico e entre outras operações susceptíveis de expor riscos diversos aos
trabalhadores.
- Previsão de regras de prevenção em actividades de instalação aos cubos, tanques e
reservatórios, em trabalhos de fornos, estufas, instalações, frigoríficos, caldeiras de vapor,
aparelhos sob pressão, instalações eléctricas, soldadura e corte a gás e eléctrico,
ferramentas manuais e portáteis a motor (artigo 98 a 107).

- Definição de medidas de prevenção a observar em actividades de conservação e


reparação de edifícios, máquinas, instalações e equipamentos. (artigo 108 a 111);

-Previsão de regras obrigatórias de prevenção de riscos expostos em actividades com


substâncias perigosas e incómodas, misturas perigosas de gazes e vapores explosivos,
substâncias corrosivas a temperatura elevada, manutenção e transporte de substâncias
corrosivas, substâncias tóxicas, asfixiantes, líquidos corrosivos (artigo112 a 140).

-Previsão de normas aplicáveis para garantir a saúde em actividades industriais, tais como:
abastecimento de água, limpeza dos locais de trabalho, evacuação de resíduos, contra
roedores e insectos, condições ergonómicas, instalações sanitárias, vestiários e refeitórios
(artigo141 a 148);

- Previsão de medidas de prevenção de riscos através de disponibilidade de equipamento


de protecção individual, visando a protecção da cabeça, olhos, ouvidos, mãos e braços,

6
pés e pernas, vias respiratórias e cinto de segurança (artigo149 a 158).
- Previsão de normas sobre a sinalização nos locais de trabalho, visando sinalizar
máquinas, equipamentos, delimitar zonas e advertir o pessoal do perigo que ocorre, a
obrigatoriedade de criação da Comissão de HST, suas funções e obrigatoriedade de
existência de caixas de primeiros socorros e de postos médicos (artigo 159 a 162), lei do
trabalho nº 23/2007, de 1 de agosto (CAPITULO VI).

-Decreto nª 61/2006, de 26 de Dezembro, aprovando o Regulamento da Segurança Técnica


e Saúde dos trabalhadores em actividades geológico-mineiras, contendo normas e praticas
técnicas que definem as condições de HST, medidas de prevenção de riscos típicos de
actividades de mineração, associado também ao Diploma Ministerial nº 96/81, de 16 de
Dezembro, que aprova o Regulamento de Higiene e Segurança dos Trabalhadores em
actividades de mineração subterrânea.

-Decreto nº 62/2013, de 4 de Dezembro que aprova o regime jurídico de acidentes e doenças


profissionais, em revogação do anterior regime aprovado pelo Diploma Legislativo nº1706,
de 19 de Outubro de 1957.

NORMAS ISO /OSHA

A ISO é a Organização Internacional de Normalização (International Organization for


Standardization), fundada em 1946 com sede na cidade de Genebra na Suíça, com o propósito de
desenvolver e promover normas que possam ser utilizadas por todos os países do mundo.

AS NORMAS DA SÉRIE ISO 9000

- ISO 9001: esta norma é um modelo de garantia da qualidade que engloba as áreas de
projecto/desenvolvimento, produção, instalação e assistência técnica.

7
-ISO 9002: esta norma é um modelo de garantia da qualidade que engloba a produção e a
instalação.
-ISO 9003: esta norma é um modelo de garantia da qualidade em inspecção e ensaios finais.
As normas ISO 9000 e ISO 9004 revelam as directrizes para selecção, uso das normas e para a
implementação de um sistema de gestão de qualidade.

NORMA OHSAS 18001

A OHSAS 18001 é uma norma que define requisitos do Sistema de Gestão de Saúde e Segurança
no Trabalho.
VANTAGENS DA APLICAÇÃO DA OHSAS 18001

• Redução de acidentes através da sistematização de todas as actividades relevantes de


saúde e segurança ocupacional;

• Certeza legal devido à aderência a todos os requisitos estatutários aplicáveis; Aumento da


identificação e motivação do funcionário devido ao envolvimento nos processos de
gestão de SSO (Segurança e Saúde Ocupacional); Melhoria da imagem e aumento da
competitividade através de performance de SSO documentada e sustentada; Fortalecer a
imagem da empresa e a participação no mercado.

4.0 OBJECTIVOS
4.1 Geral:
- Conhecer Higiene saúde e Segurança no Trabalho,

2.2 Específicos:

- Saber tomar medidas de Higiene no trabalho;


-Saber garantir saúde no trabalho;

8
- Identificar os riscos e associados aos perigos identificados;

- Avaliar os riscos e propor mediadas de metigacao para os riscos identificados.

5.0 METODOLOGIA

Para elaboração do presente trabalho recoreu-se sa seguintes fontes:

- Pesquisa bibliografica, de forma a conhecer os equipamentos, maquinas e materiais


usados durante a a construcao civil.

-Debate e troca de ideias entre os elementos intervenientes do grupo.

6.0 CONCEITOS BÁSICOS

- Higiene do trabalho ou higiene ocupacional é um conjunto de medidas preventivas


relacionadas ao ambiente do trabalho, visando a redução de doenças ocupacionais.
-Doença ocupacional é designação de várias doenças que causam alterações na saúde do
trabalhador, provocadas por factores relacionados com o ambiente de trabalho. Elas se dividem
em doenças profissionais e doenças do trabalho .
-Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são
adoptadas visando minimizar os acidentes de trabalho, bem como proteger a integridade e a
capacidade de trabalho do trabalhador.
-Saúde no Trabalho: abordagem que integra, além da vigilância médica, o controlo dos
elementos físicos, sociais e mentais que possam afectar a saúde dos trabalhadores.
-A higiene e a segurança; são duas actividades que estão intimamente relacionadas com
o objectivo de garantir condições de trabalho capazes de manter um nível de saúde dos
colaboradores e trabalhadores de uma Empresa.

- Perigo – é a propriedade ou capacidade intrínseca de uma coisa (por exemplo, agentes


quimicos, praticas durante o trabalho, equipamentos, máquinas, métodos, etc).

- Factor de Risco – Condição do trabalho que permite que o dano se materializes.

- Risco – é a possibilidade elevada, ou reduzida, de alguém sofrer danos provocados pelo


perigo.

9
O risco também pode ser entendido como a probalilidade de concretização do dano em função das
condições de utilização, exposição ou interação do componente material do trabalho que apresente
perigo.

-Avaliação do risco - é o processo que consiste em avaliar o risco para a saúde e segurança
no trabalho dos trabalhadores decorrente das circunstâncias em que o perigo ocorre no local do
trabalho.

-Risco aceitavel – é o risco que foi reduzido a um nível que possa ser tolerado pela
organização tomando em atenção as suas obrigações legais .

Incidentes ou quase acidente – é um conceito que pode ser compreendido como um evento não
programado que poderia ter causado um acaidente.

-Acidente de Trabalho - pode ser entendido como o sinistro que se verifica no local e
durante o tempo do trabalho, desde que produza directa ou indirectamente, no trabalhador por
conta do outrém lesão corporal, pertubação funcional ou doenca de que resulte a morte ou redução
na capacidade do trabalho ou ganho. Os acidentes nao são inevitaveis, não surgem por acaso, eles
são causados, e portanto passíveis de prevenção, atravéz de eliminação, a tempo, das suas causas.
De uma maneira geral pode-se dizer que na maior parte dos casos, os acidentes são ocasionados
por actos ou condições inseguras.

-Acto inseguro – é uma maneira pela qual o trabalhador se expõe, consciente ou


incoscientemente a um risco. Ou seja o tipo de comportamento que leva a um acidente, são atitudes,
actos, acções ou comportamento de trabalhador contrários as normas de segurança e que colocam
em risco as normas de segurança e a que coloca em risco a saúde e/ou integridade física, ou de
outros colegas de traabalho. Os actos inseguros são geralmentes definidos como causas de
acidentes que residem, ordenantemente, no factor humano.

-Condição insegura- é a situaço que existe na organizacao, que se compoe em risco a


integridade fisica e a saude dos trabalhadores, bem como a seguranca das instalacoes. Por exemplo,
a desorganização ou falta de higiene no local do trabalho pode ser considerada por condição
insegura.

10
-Gestão de riscos- é um conjunto de medidas que visam identificação, análise e
eliminação ou mitigação dos perigos e riscos numa organização. Equipamento de protecção
individual- o EPI é todo equipamento, completo ou acessorio a ser utilizado para protecção contra
riscos, e quando estes não puderem serem eliminados por meios de protecção colectivas ou por
medidas, metodos ou processo de organização do trabalho. Equipamento de protecção Colectiva-
EPC é todo equipamento/dispositivo utilizado para a protecção dos trabalhadores durante a
realizacao das suas actividades laborais.

7.0 ENQUADRAMENTO LEGAL

Os instrumentos legais importantes para garantir a higiene e segurança no sector da construção


civil e que servem como suporte do presente trabalho de pesquisa são:

- constituição de república de Moçambique sublinha que o trabalhador tem direito a


proteção, higiene e segurança no trabalho;

- Lei do trabalho, Lei 23/2007, que preve que o empregador deve proporcionar aos seus
trabalhadores boas condições físicas, ambientais e morais no trabalho, informados sobre os riscos
no seu posto de trabalho e instrui-los adequado cumprimento das regras de higiene e segurança no
trabalho.

- Regulamento que estabelece o Regime Jurídico de Acidentes de Trabalho e doenças


profissionais (decreto n⁰ 62/2013), preve que o empregador deve adotar as medidas prescritas nas
leis e regulamentos relactivos a prevenção dos acidentes no trabalho e doenças profissionais,
devido, entre outras medidas, formar os trabalhadores sobre as normas de prevenção de riscos
profissionais;

- Diploma Ministerial N⁰ 120/71 de 13/11, que descreve de maneira detalhada a maneira


que os requisitos de saúde e segurança devem ser considerados ao concener o ambiente de trabalho
nos locais de construção.

11
8.0 PERDAS DE PRODUTIVIDADE E QUALIDADE

Sempre que resulta acidente na empresa é verificável custos altos que podemos resumir em :
Custos não segurados/Indirecto.
São considerados como custo indirecto:
-Salários pagos durante o tempo perdido por outros tripulantes na hora do acidente e após
o mesmo;
-Salários pagos aos inspectores ou supervisores durante o tempo dispendido em
actividades decorrentes do acidente;

-Salários pagos aos acidentados não cobertos pela seguradora;


- Despesa com treinamento de quem substitui o acidentado;
-Custo de material ou equipamento danificado nos acidentes.
Caso a empresa tenha seguro colectivo dos trabalhadores será suportados os custos
segurados/Directos como:
São todas as despesas ligadas directamente ao atendimento do acidentado e são da
responsabilidade da empresa seguradora:
- Despesas médicas, hospitalares e farmacêuticas necessárias para a recuperação do
trabalho acidentado, para que ele possa a reassumir a sua o mais breve possível:
-Pagamento de diária e benefícios aos acidentados:
-Transportes do acidentado, etc
Na actividade corrente de uma empresa, compreendeu-se que os custos Indirectos dos acidentes
de trabalho são bem mais importantes que os custos Directos, através de factores de perda como
os seguintes:
-Perda de horas de trabalho pela vítima
-Perda de horas de trabalho pelas testemunhas e Responsáveis
-Perda de horas de trabalho pelas pessoas encarregadas dos inquéritos
-Interrupções da produção,
-Danos materiais,
-Atraso na execução do trabalho,
-Custos inerentes às peritagens e acções legais eventuais,

12
-Diminuição do rendimento durante a substituição
-A retoma de trabalho pela vítima.
Estas perdas podem ser muito elevadas, podendo mesmo representar quatro vezes os custos
directos do acidente de trabalho. A diminuição de produtividade esta relacionada com horários
de trabalho excessivos e por más condições de trabalho, nomeadamente no que se refere à
iluminação e à ventilação, demonstraram que o corpo humano, apesar da sua imensa capacidade
de adaptação, tem um rendimento muito maior quando o trabalho decorre em condições óptimas.
Com efeito, existem muitos casos em que é possível aumentar a produtividade simplesmente
com a melhoria das condições de trabalho. De uma forma geral, a Gestão das Empresas não
explora suficientemente a melhoria das condições de higiene e a segurança do trabalho nem
mesmo do ajusto mutuo entre o homem e o seu ambiente de trabalho nos postos, como forma de
aumentar a Produtividade e a Qualidade .

RAZÕES PARA O PROGRANA DE SEGURANÇA NUMA EMPRESA

- Perdas pessoais: Sofrimento físico, danos pessoais e angústia mental estão fortemente
associados com injúrias sofridas por acidentes.

- Perdas financeiras com funcionários acidentados: em geral os acidentados são


cobertos por planos de seguros de acidentes pessoais. Mais as perdas pessoais nem sempre são
devidamente cobertas por eles.
- Perdas de Produtividades: quando um funcionário é acidentado ocorre uma perda de
produtividade para a empresa.
- Problemas legais: a legislação prevê penas legais ao empregador que infringir certas
normas de segurança aos seus trabalhadores.
- Responsabilidade social: muitas organizações sentem responsáveis pela segurança e
saúde de seus funcionários.
- Imagem da organização: acidentes graves ou constantes podem afectar negativamente
a imagem da empresa no mercado

13
9.0 TIPOS DE RISCOS PROFISSIONAIS

Os principais riscos no ambiente de trabalho estão associados aos agentes físicos, químicos e
biológicos, que em função da sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição,
podem afectar a saúde e seguranca dos trabalhadores e visitantes.

No entanto, existem riscos ergonómicos, psicosóciais e de acidentes que podem contribuir para
diminuição da capacidade laboral do trabalhador.

9.1.1 Riscos Fisicos

Os riscos físicos são aqueles que estão associados aos agentes físicos inerentes ao ambiente de
trabalho que influenciam o desempenho de cada trabalhador, podendo causar danos ou doenças
profissionais. Os principais factores físicos que podem influenciar aos trabalhadores são:

O Ruído, luminação, as vibrações, o ambiente térmico e as radiações (ionizantes e não ionizantes).

Ruido – é um som desagradável e indesejado cujo seu volume e intensidade e normalmente medido
em decibeis.

Iluminação - Qualquer atividade requer um certo nível de iluminação para a sua realização. Uma
iluminação adequada nos locais de trabalho e uma condição imprescindivel para aumentar a
produtivaidade, reduzir acaidentes profissionais e a obtenção do ambiente de trabalho agradavel.

Vibrações - Em todo tipo de actividades estamos expostos a vários tipos de vibrações com maior
ou menor intensidade e conforme a sua intensidade estas podem causar um bem estar e até mesmo
na saúde dos trabalhadores. Estes efeitos podem resumidos a:

- Complicação nos vasos sanguíneas e articulações

- Diminuição de circulação sanguínea;

- Danos ao nivel da epiderme;

- Afecções ao nível da coluna;

- Perturbações neurológicas;

- Perturbações musculares.

14
Ambiente Térmico

As variações térmicas ambientais, mais finos ou mais quentes, obrigam a que o nosso organismo
dependa mais energia na manutenção da temperatura corporal, consequentemente um maior
cansaço e o desgaste por parte do trabalhador na execução da sua actividade profissional.

O descomforto térmico (demasiado calor ou demasiado frio) provoca os trabalhadores várias


reações como:

- Sudacão demasiada, mal-estar generalizado, tonturas, desmaios, esgotamento nos


ambientes termicos demasiados quentes;

- Frieiras, alterações circulatorias com o efeito sobre tudo nas extremidades do corpo,
arreficimento excessivo dos pés, enregelamento nos ambientes térmicos frios.

Radiações (ionizante e não ionizantes)

No nosso dia-a-dia estamos constantimentes expostos a vários tipos de ondas


electromagnéticas proveniente do sol, rádio telivisão, telemoveis, bem como vários tipos de
radiações provenientes de electrodomésticos, aparelhos de raio, etc. O risco é associado as
radiações não advém directamente da nossa exposição a ela mas sim da duração da intensidade da
exposição a fontes emissoras de radiacao de acordo com a factor seguranca (2004), a diferenca
entre as radiações ionizantes e não ionizantes e as radiacoes ionizantes possuem energia suficiente
para ionizar os átomos e moléculas com aos quais interagem ( por exemplo, raio X, raios gama,
raios alfa, raios beta, neutrões, protões) enquanto que as radiações não ionizantes não possuem
energia suficiente para ionizar os átomos a as moléculas com as quais interagem ( luz visivel,
infravermelhos, ultravioleta, microondas, corrente eléctrica).

9.1.2 Riscos quimicos

Estes riscos estão associados a acções dos agentes quimicos nos trabalhadores ou visitantes
presentes no local onde se executa a determinada actividade. Os agentes quimicos podem ser
encontrados tanto na forma sólida, como liquida ou gasosa e podem ser transmitidos aos
trabalhadores encontrados por vias respiratoria, via digestiva, via cutânea e transferência através
da olacenta. Assim sendo, os agentes químicos responsáveis pelos riscos são:

15
Particulas e aerossois

Considera se particulas aerrossois a concentração de particulas muito reduzidas, que se encontram


suspensas no ar e que através da sua inalação, podem prejudicar a saúde dos trabalhadores. Entre
outras doenças, estas particulas podem prejudicar gravemente o funcionário do sistema respiratorio
e causar problemas tais como: dificuldades respiratórios, bronquite asmas e outros.

Os fumos também são partículas na forma solida, resultantes da sublimacao de vapores, geralmente
depois da volatização de metais fundidos a altas temperaturas e ainda as produzidas pela
combustão incompleta de várias substâncias. Tendo em conta que se trata de um trabalho realizado
no sector da construcção civil, é extremamento importante falar de cimento como agente químico,
visto que é uma das matérias primas mais utilizada neste sector, não obstante, uma das grandes
fontes de contaminação. Segundo Schlottfeldt (2012), a utilização do cimento, sem uso de
equipamentos de proteção adequados, pode causar sérios danos a saúde do trabalhador. Este é um
material irritante e reage em contacto com a pele com os olhos e vias respiratorias. A sua reação
com epiderme devido a sua humidade (transpiracao do corpo), após contacto prolongado, a
liberação de calor, por reação em contacto com a superfície liquida, provoca lesões que variam
desde queimaduras até dermatite de contacto. A exposição ao cimento num periodo entre 10 a 20
anos é suficiente para o desenvolvimento de doenças pulmonares (pneumoconioses), onde a poeira
inalada permanece depositada nos pulmões, criando um quadro de fibrose, ou seja, o
endurecimento do tecido pulmonar.

Gases e Vapores

Gases são subistancias que se encontram no estado gasoso em condições normais de temperatura
e pressão.Vapores são formas gasosas que em condições normais de temperatura e pressão
encontram se no estado liquido ou sólido. Os compostos químicos que resultam nesses vapores
possuem uma elevada volatilidade. Os gases e vapores podem ser nocivos ao organismo, pois em
certos casos dificultam a função respiratória (exemplo azoto, monóxido de carbono, etc.), ao serem
respirados ocasionam irritacoes das mucosas de vias respiratorias e tambem dos olhos (amoníaco,
cloro, dioxido de enxofre, nevoas ácidas, acido sulfúrico, clorídrico ou nitrico etc). Uma vez
inspirados passam para a circulação sanguínea e dai os diversos orgãos internos, provocando lhes
lesões e podendo levar mesmo a morte (Exemplo: vapores de mercúrio, hidrogênio acenico, ácido

16
sulfúrico, cianidrico, bromídrico, cloridrico, entre outros). Além dos efeitos adversos
mencionados, alguns gases podem ser inflamaveis e explosivos (Factor de seguanca, 2005).

9.1.3 Riscos Biologicos

Estes riscos estão associados aos efeitos adversos dos organismos (micro e macro), sobre os
trabalhadores. Segundo o (CRPG 2005), penetrando no arganismo de homem por via degestiva,
respiratoria, oleos e pele, os factores de risco associados a agentes biológicos são responsaveis por
algumas doencas profissionais, podendo dar origem a doenças menos graves como infecções
intestinais ou simples gripe, ou mais graves como a hepatite, menigite ou sida, estas doencas são
transmitidas por fungos bactérias, parasitas ou por virús.

9.1.4 Riscos de Acidentes ou mecânicos

De acordo com o CRPG (2005), este risco esta relacionado com as condições de seguranca e o
conforto a que o trabalhador esta sugeito, na realizacao das suas tarefas laborais, bem como a
interração que este possui com maquinas ou equipamentos de trabalho. Neste sentido, as lesões
mais comuns, consequência das situações acima mencionadas, são as quedas e entorces,
queimaduras, electrocuções, esgamentos por objectos ou pessoas, asfixia ou sufocação, perda de
visao, perda de liquidos, doenças variadas provocadas por falta de higiene.

9.1.4.1 Medidas de prevenção na redução de acidentes


Prevenção: É o conjunto de políticas e programas, bem como disposições ou medidas tomadas
ou previstas em todas as fases de actividade da empresa, do estabelecimento ou do serviço, que
visem eliminar ou diminuir os riscos profissionais a que estão potencialmente expostos os
trabalhadores.

Podemos citar 9 Princípios básicos de prevenção


1. Evitar os riscos
2. Identificar e avaliar os riscos
3. Combater os riscos na origem
4. Adaptar o trabalho às pessoas (nunca o inverso)

17
5. Ter em conta o estado da evolução da técnica, bem como de novas formas de
organização e do trabalho;
6. Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso
7. Planificar a prevenção com um sistema coerente
8. Dar prioridade às medidas de protecção colectiva em relação às medidas de protecção
individual
9. Dar instruções compreensíveis e adequadas às actividades desenvolvidas pelos
trabalhadores
10.Equipamento de Protecção colectiva e Individual

9.1.5 Riscos ergonómicos

De acordo com o CRPG (2005), os riscos ergonómicos são aqueles relacionados com factores
fisiológicos e psicológicos e que são subjacentes a execução das actividades laborais. Estes
factores podem produzir alterações no organismo e no estado emocional dos trabalhadores,
comprometendo a sua saúde, a sua segurança e a sua produtividade. Alguns dos exemplos de riscos
ergonómicos são: os movimentos repetitivos, o transporte manual de cargas, actividades
monótonas, esforco fisico intenso, posturas inadequadas ou forcadas, imposição de ritmos
excessivos, trabalhos em turnos e nocturno. Segundo o gabinte de estudo da Fesete (2010),
executar as mesmas operações durante muitas horas seguidas na mesma posicão de (pé ou sentado)
e a um ritmo demasiado rápido provoca desmotivacao e fadiga, para além de outros problemas de
saúde.

Uma postura, no que respeita ao trabalho é a atitude ou a posição do corpo que adoptamos quando
trabalhamos. As posturas correctas são essenciais na prevenção dos enúmeros efeitos nocivos que
o trabalho que executamos tem na coluna (e ainda mais se ele for monótono e repetitivo), como
nos músculos, nas articulacoes e nos tendões. Milhares de trabalhadores são afetados por estas
perturbações devido ao ritmo de trabalho exigido, à monotonia de trabalho, a dificiente
organização/concepção dos postos de trabalho e outras causas físicas como movimentação manual
e mecânica de cargas posturas incorrectas e movimentos repetitivos.

18
9.1.6 Riscos psico-sociais

O risco psico-social é a interacao entre factores psicologicos e sociais. De um modo geral os riscos
psico-sociais podem ser definidos como aqueles aspectos do projecto de trabalho e a organização
e gestão de trabalho, e seus contextos sociais e ambientais, que tem o pontencial para causar dano
psicológico, social ou fisico SLIC (2012). Alguns exemplos de riscos psico-sociais são o stress e
o assêdio que pode ser moral ou sexual.

 Stress
O stress é um risco emergente das sociedades modernas no trabalho, é provocado por
varios factores, entre eles: alterações na concepção, organização e gestão de trabalho,
insegurança no emprego, aumento da carga e ritimo de trabalho, falta de equilibrio entre a
vida profissional e pessoal e pelas relações interpessoais com colegas de trabalho, bem
como as chefias da empresa.
O stress afecta a saúde e segurança dos trabalhadores, mas não só, afecta também a
produtividade das empresas e a economia. (Gabinete de Estudos da Fesete).

 Assedio moral e sexual


Trata-se de um comportamento injustificdo e continuado para com trabalhador ou grupo de
trabalhadores, susceptivel de constituir um risco para a saúde e segurança, uma vez que pode
gerar anciedade, depressão, problemas gastricos, perda de apetite, naúseas, agressividade,
desconfiança, dificuldades de concentração, reduzida capacidade para resolução de problemas,
isolamento e solidão. Normalmente o assêdio moral esta associado com o objetivo de
intimidar, diminuir, humilhar e consumir emocionalmente e intelectualmente a vitima com o
objectivo e afastar o trabalhador da organização (Gabinete de Estudos da Fesete 2010).

Segundo o mesmo autor anteriormente citado, no assêdio sexual, normalmente as mulheres são
as mais atingidas e muitas vezes pelos seus superiores hierarquicos.

Normalmente o assêdio sexual tem como objectivo intimidar, coagir e ou humilhar o


trabalhador e é particularmente grave quando o trabalhador se encontra em situação de
dependencia profissional, de desemprego, de trabalho precário e de falta de qualificação
profissional. O assêdio sexual manifesta se quando o trabalhador é obrigado a suportar, contra
sua vontade olhares ofensivos, alusões grosseiras, humilhantes e embaroçosas, convites
19
constragidores, comentarios de mão gosto, a sua aparência física, exibição de fotografias
constrangedoras, pergundas indiscretas sobre a sua vida privada, toques ou gestos, abuso de
autoridade para obter favores sexuais e por vezes agressões e violação.

10.0 GESTÃO DE RISCOS

10.1 Identificação de Perigos

De acordo com a comissão Europeia (1996), para que faça uma boa identificação dos perigos
numa organizacao deve-se:

 Consultar e fazer participar os trabalhadores e/ou seus representantes para que


comuniquem quais os perigos e efeitos adversos por eles detectados;
 Examinar sistematicamente todos os aspectos de trabalho;
 Identificar os aspectos de trabalhos potencialmente causadores de danos ou
doenças;
 Aplicar a noção de perigo de forma muito lata a fim de ter em conta não só os varios
perigos mencionados na lista de control, mas também a forma como os
trabalhadores lidam com eles durante o trabalho, e influenciando assim o nivel de
risco (NR).
10.2 Análise de Risco

Análise de risco pode ser realizado usando a informação recolhida durante a fase de identificação
do perigo, particularmente usando dados dos relatórios e investigação de acidentes/incidentes.
Análise de risco deve considerar dois principais factores: a severidade das consequências de um
acidente provocado pelo perigo e a probabilidade desse acidente voltar acontecer (MISAU, 2008).

10.3 Avaliação de Risco

A avaliação de risco é o processo que consiste em avaliar o risco para a saúde e segurança dos
trabalhadores no trabalho decorrente das circunstancias em que o perigo ocorre no local de trabalho
(Comissao Europeia, 1996). De acordo com o Carvalho (2013), a avaliação de risco deve envolver
duas fases, análise de risco, que visa determinar a magnitude do risco e a valoração do risco, que
visa avaliar o significado que o risco assume.

20
10.3.1.Avaliação de Riscos Profissionais
A avaliação de riscos constitui, pois, a base de uma gestão eficaz da segurança e saúde e é
fundamental para reduzir as doenças profissionais e os acidentes de trabalho. Se for bem
realizada, esta avaliação pode melhorar a saúde e a segurança das/os trabalhadores, bem como,
de um modo geral, o desempenho das empresas.
Concepção de avaliação
A avaliação de riscos é o processo de avaliação para a saúde e segurança das/os
trabalhadores decorrentes de perigos no local de trabalho. É, pois, a análise sistemática
de todos os aspectos do trabalho que identifica:
-Aquilo que é susceptível de causar lesões ou danos;
-A possibilidade de os perigos serem eliminados e, se tal não for o caso, controlados;
-As medidas de prevenção ou protecção que existem, ou deveriam existir, para controlar
os riscos.
A avaliação de risco envolve:
- Identificar os perigos – o que é que poderá correr mal?
-Determinar quem poderá ser atingido e o grau de gravidade.
-Incluir no processo a consulta dos trabalhadores e fornecer informações sobre os
resultados das avaliações de riscos.
-Decidir o grau de probabilidade de ocorrência de acidente.
-Decidir o modo como os riscos podem ser eliminados ou reduzidos – é possível melhorar
as instalações, os métodos de trabalho, o equipamento ou a formação?
-Estabelecer prioridades para as medidas a tomar, com base na dimensão dos riscos,
número de trabalhadores afectados.

- Pôr em prática medidas de controlo.


-Verificar se as medidas de controlo funcionam.
-As necessidades de formação e informação.
-As necessidades da vigilância da saúde dos trabalhadores.

21
10.4 Gestão de Riscos

A gestão de risco “é um processo interativo e cíclico que inclui a examinação de todas as


caracteristicas do local de trabalho onde o trabalhador opera. Tem como objectivo identificar o
que pode causar lesões ou danos nos trabalhadores e decidir acerca das medidas de segurança
adequadas a implementar de modo a prevenir acidentes de trabalho e doenças profissionais (Nunes
apude Matos, 2012). De um modo geral a gestão de riscos é um conjunto de medidas que visam
identificar, analisar e eliminação ou mitigação dos perigos e riscos numa organização.

A tabela 1, asseguir esquamatiza as duas fases de avaliação de risco bem como a sua interação
com o processo de gestão de riscos.

Tabela 1

22
11.0 MEDIDAS DE CONTROLO DE RISCO

Depois de se fazer a avaliação de risco é possivel dizer se o mesmo é aceitavel ou não. Tratando
se de riscos não aceitaveis a que implementar medidas de controle, eliminação e redução que
devem estar de acordo com o risco a controlar.

De acordo com a Comissão Europeia (1996), os princípios de hierarquia de prevenção de riscos


são:

1. Evitar riscos;
2. Subistituir elementos perigosos por outros não perigosos ou menos perigosos;
3. Combater riscos na fonte ;
4. Aplicar medidas de proteção colectiva de preferencia a medidas de proteção individual, (
exemplo: Controlar a exposição a fumos através de uma exaustão de fumos locais de
preferência a respiradores individuais, delimitação e isolamento da área de trabalho usando
fitas refletoras;
5. Adaptação ao progresso técnico e as alterações na informação;
6. Procurar melhorar o nível de proteção.
De acordo com Matos (2012), na hierarquização das medidas de control é exposta a ordem
pela qual as acções correctivas devem ser aplicadas:

11.1 Eliminação

Sempre que possivel o risco deve ser eliminado, anulando ou retirando o factor de risco
do contexto de trabalho;

11.2.Redução

Há que reduzir o risco, subistituindo o caso a fase anterior não tenha sido possivel. Deve isolar se
o perigo, separando as fontes de risco do trabalhador, o que implica medidas de engenharia que
actuam nos processos produtivos, nos equipamentos e instalações.

11.3 Medidas de Proteção e Prevenção


Deve-se implementar medidas de prevenção, organizacionais ou administrativas, para que os
comportamentos de maior risco diminuam: informação e formação dos trabalhadores,
estabelecimento de procedimentos de trabalhos adequados e supervisão, gestão e monitoramento

23
pro-activo, manutenção de rotina e limpeza, rotação dos trabalhadores nos postos de maior risco,
redução de número de trabalhadores expostos ao perigo e diminuição do tempo de exposição. Se
as intervenções anteriores não resultem há que recorrer a medidas de protecção, agindo primeiro a
nivel coletivo (EPC'S), como por exemplo, isolar o perigo através de uso de guarda-corpos ou
proteção de maquinarias, utilizar barreiras fisicas e depois a nivel individual, utilizando
Equipamentos de Proteção Individual (EPI'S).

11.3.1 Equipamento de Protecção Individual

Capacete de proteção tipo aba frontal com viseira


Finalidade:
Utilizado para proteção da cabeça e face, em trabalho onde haja risco de explosões com projeção
de partículas e queimaduras provocadas por abertura de arco voltaico.

Protecção de olhos e face

24
Protecção da visão

Óculos de segurança para proteção (lente incolor)


Óculos de segurança para proteção (lente com tonalidade escura)
Finalidade:
Utilizado para proteção dos olhos contra impactos mecânicos, partículas volantes e raios
ultravioletas.

Protecção auditiva

Protector auditivo tipo inserção (plug)


Finalidade:
Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem
ruídos excessivos

25
Protecção respiratória

Respirador purificador de ar (descartável)


Respirador purificador de ar (com filtro)
Respirador de adução de ar (máscara autônoma)

Protecção dos membros superiores

Luva de proteção em raspa e vaqueta


Finalidade:
Utilizada para proteção das mãos e braços do empregado contra agentes abrasivos e
escoriantes.

26
Manga de proteção isolante de borracha
Finalidade:
Utilizada para proteção do braço e ante braço do empregado contra choque elé-
trico durante os trabalhos em circuitos elétricos energizados.

Creme protetor para a pele


Finalidade:
Utilizado para proteção das mãos e braços contra agentes químicos.

27
Protecção dos membros inferiores

Calçado de proteção tipo botina de couro


Finalidade:
Utilizado para proteção dos pés contra torção, escoriações, derrapagens e umidade.

Vestimentas de segurança
Blusão em tecido impermeável /Calça em tecido impermeável
Finalidade:
Utilizada para proteção do corpo contra chuva, umidade e produto químico.

28
Sinalização

Colete de sinalização refletivo


Finalidade:
Utilizado para sinalização do empregado facilitando a visualização de sua presença,
quando em trabalhos nas vias públicas.

Protecção contra quedas com diferença de nível

Cinturão de segurança tipo pára-quedista


Finalidade:
Utilizado para proteção do empregado contra quedas em serviços onde exista
diferença de nível.

29
Exemplos de Equipamentos de Proteção Colectiva

11.4 Treinamento

Os empregadores assim como os trabalhadores devem ser treinados e estar informados a cerca dos
riscos a que estão expostos. Deve ser providenciada informação e realizadas formações para os
trabalhadores.

30
A Empresa deve constituir uma Equipe de SHT ou CIPA (Comissão interna de prevenção de
Acidente segundo a Lei de Trabalho)
É uma equipe que pode ser composta por um coordenador e os seus respectivos adjuntos com
funções bem definidas ao nível da SHT na empresa.
E a equipe reuni-se regularmente para avaliar e aprovar novas normas e divulgar aos trabalhador
e propor capacitação aos trabalhadores de acordo com as necessidades da empresa.

12. PRIMEIROS SOCORROS & ACTUAÇÃO DE EMERGÊNCIA DE EVACUAÇÃO


O primeiro socorros pode ser prestado com qualquer funcionário desde que tenha recebido uma
formacao especifica para tal.
1. O que são os Primeiros Socorros?
Entende-se por primeiros socorros o conjunto de actuações e técnicas que permitem dat atenção
Imediata a um acidentado, até que chegue a assistência médica profissional, de modo a que as
lesões sofridas não piorem.
2. Conselhos gerais de socorrismo
Existem 10 considerações que devem sempre ser tidas em conta, como atitude a ter perante os
acidentes. Seguir estes 10 conselhos permite evitar cair nos erros que mais habitualmente se
cometem ao socorrer acidentados, conseguindo-se deste modo não agravar as suas lesões.
Portanto, recomenda-se que leia atentamente cada um destes conselhos:
1. Manter-se calmo
Não perder a calma é fundamental para se poder actuar de forma correcta, evitando erros
irremediáveis.
2. Evitar aglomerações
Não se deve permitir que o acidente se converta num espectáculo. Ao evitar-se a histeria
colectiva, o socorrista tem mais facilidade em agir.
3. Saber impor-se
É preciso tomar a situação e dirigir a organização dos recursos e a posterior evacuação do ferido.
4. Não mover o ferido
Como norma básica e elementar, não se deve mover ninguém que tenha sofrido um acidente
enquanto não se tiver a certeza de que se pode realizar movimentos sem que haja riscos de piorar
as lesões já existentes. Não obstante, existem situações em que a deslocação deve ser imediata,
nomeadamente quando as condições ambientais assim o exijam ou quando deva ser realizada a

31
operação de reanimação cardio-pulmonar.
5. Examinar o ferido
Deve efectuar-se uma avaliação preliminar que consiste em determinar as situações em que haja
a possibilidade de morte imediata.
6. Tranquilizar o ferido
Os acidentados ficam normalmente assustados, desconhecem as lesões que sofreram e
necessitam de alguém em quem confiar nesses momentos de angústia.
7. Manter o ferido quente
Quando o organismo humano sofre uma agressão, activam-se os mecanismos de autodefesa que
implicam muitas vezes, a perda de calor corporal. Esta situação acentua-se quando existe perda
de sangue, já que uma das funções do sangue é manter a temperatura interna do corpo.
8. Avisar o pessoal de saúde
Este conselho ou recomendação traduz-se na necessidade de pedir ajuda com rapidez,
a fim de estabelecer um tratamento médico o mais cedo possível.
9. Deslocação adequada
A posição de espera e deslocação varia consoante as lesões que o acidentado apresenta. É
importante acabar com a prática habitual
de evacuação em automóvel particular porque nos casos em que a lesão é vital, não se pode
deslocar o lesionado e este deve ser tratado no local. Se a lesão não for vital, significa que pode
esperar a chegada de um veículo (ambulância) devidamente equipado.
10. Não medicar

Não de deve medicar, esta é uma incumbência exclusiva do médico/ técnicos de saúde.

32
13.0 CONCLUSÃO

Após o presente trabalho concluimos que o Higiene saúde e segurança no trabalho é


indispensavel na área de contrução civil, pois é uma das ferramentas basicas que devem ser
implementadas no âmbito da gestão e como contributo a qualidade de construção civil, bem como
a mitigãção dos impactos, aumento da produtividade da indústria de construção com vista ao
alacance dos objectivos.

33
14.0 BIBLIOGRAFIA

- Manual de Higiene e Segurança no trabalho-elaborado por Alexandre jumbe junior filipe,


Maputo 2015
- Wikipêdia livre.

34

Você também pode gostar