INTRODUCÃO
A frequência com que os trabalhadores estão expostos a riscos durante a realização das suas
actividades, leva ao homem a procurar medidadas mitigadoras com um intuito de eliminar riscos
ou neutraliza-los. De acordo com mendonca (2013), no que tange a industria, o sector de contrucao
civil continua a evidenciar-se estatisticamente pela elevada taxa de mortalidade a nivel mundial.
A importância da previsão dos acidentes na indústria da construção civil tem sido evidenciada
atravéz dos custos directos e e indirectos dos acidentes de trabalho, sendo que os paises onde existe
elevados niveis de segurança e saúde no trabalho a competividade das empresas aumenta e
diminuem os custos com os acidentes e as doencas profissionais. Os acidentes na construção civil
muitas vezes não ocorrem por razões de fácil solução. Infelizmente, eles tem origens mais
profundas e ocorrem muitas vezes sem que haja incoerências de quais são as suas reais causas, o
que é muito comum quando os acidentes não provacam lesões ou são de naturaza leve. Expressões
como: a) este acidente foi uma fatalidade; b) ocorreu porque tinha que ocorrer; c) foi força do
destino; demostram claramente a falta de conscientização das pessoas em geral para o problema
(Pontes et al., 2014). A avalização de riscos é a base para prevenir os acidentes de trabalho e
doencas profissionais, porém, quando esta avaliação não é bem feita, as medidas preventivas
podem tornarem-se ineficientes. Por ser este um processo dinâmico deve ser actualizado ou
alterado sempre que se achar necessario. Considerando os efeitos adversos da exposição aos riscos
ambientais, riscos de acidentes e ergonómicos na construcao civil.
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2.0 PERÍODO HISTÓRICO DA HIGIÊNE, SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABABLO
A historia revela que, desde o inicio da civilizacao, os trabalhos mais penosos e também mais
penosos nobres eram destinados aos escravos. Talvez a isto se possa atribuir a escassez de
referencia aos problemas relacionados com doenças dos trabalhadores na antiguidade. Mesmo
assim, alguns registos foram feitos, ainda que a preocupação principal não fosse o
comprometimento da saúde de quem trabalhava, mas provavelmente o comprometimento dos
volumes de produção. Em 1700, foi publicada a obra de referência historica: o livro de Bernadino
Ramazzini, “As Doencas dos Trabalhadores” Prevenir é melhor que curar. Em sua obra, Ramazzini
descreve com detalhes doencas inerentes a mais de 50 actividades. Rammazzini e considerado o
‘Pai de Medicina do Trabalho”. No transcorrer do seculo XVIII, a Revolução Industrial ocorrida
na Europa provocou um grande impacto sobre a qualidade de vida de muitas pessoas. Os
trabalhadores do campo, iludidos pelas novas propostas de emoregos “fábricas” da epoca,
deixaram suas origens ante a expectativa de melhor oportunidades. O exodo rural foi intenso, mas,
na verdade, os trabalhadores foram submetidos a penosas condições de trabalho em ambientes
onde os agentes agressivos da saude eram numerosos. Nao bastasse isto, criancas de sete anos ou
menos ja eram “empregadas nas fabricas”. Mulheres gravidas trabalham, até o final da gestação,
em ambientes adversos, cumprindo jornadas nocturnas. As jornadas de trabalho duravam, para
todos, ate 16 horas/dia, sem descanso semanal. Os movimentos sociais sensibilizam o Estado e
algumas medidas efectivas comecaram aser tomadas a partir de 1800, atraves de leis especificas.
Como exemplo, pode-se citar:
- lei das fabricas, que proibe o trabalho nocturno para menores e exige protecção nas
máquinas, entre outros benefícios – Inglaterra 1833;
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- lei da aposentadoria após 65 anos – Franca/1910;
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Até aos 50 anos de existência da OIT, contava com 136 convenções e 144 recomendações e grande
número destas relaciona-se a Higiene e Seguranca no Trabalho. A Higiene e Segurança no
Trabalho tardam em ser implementados pelo que o despertar de consciências e fundamental.
Actualmente em todo Paises Existe Lei e Normas Regulamentadoras aprovadas, que permite uma
protecção eficaz de quem integra actividade devendo a sua aplicação ser entendida como o melhor
meio de beneficiar simultaneamente as Empresas e os Trabalhadores na salvaguarda dos aspectos
relacionados com as condicoes de seguranca, higiene de cada posto de trabalho.
A Higiêne, Saúde e Segurança no Trabalho (HST) surgiu como forma de balizar e promover a
prevencao de riscos profissionais e protecção da seguranca e saude dos trabalhadores. Pretende-se
estabelecer um conjunto de principios gerais de prevencao com o intuito de definir metodologias
de materializacao da actividade de prevenção da empresa da empresa e asseguarar o bem-estar dos
trabalhadores. A HST aplica-se a todos os ramos de actividade, no sector publico, privado,
cooperativo ou social. As entidades patronais são responsáveis pela saude e seguranca dos
trabalhadores das suas empresas.
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desrespeito das normas básicas de segurança, saúde e higiene. Estes registos o sector da
Agricultura foi o que mais casos registou e exige do Governo a adopção e melhoria dos
instrumentos reguladores de saúde, higiene e segurança no trabalho com vista a evitar que
ocorram mais sinistralidades.
- Dever dos empregadores e dos trabalhadores ao cumprimento das normas de HST (artigo3
e 4);
-Previsão de medidas de prevenção de riscos profissionais na concepção dos projectos dos
edifícios industriais, superfícies dos edifícios, iluminação, ventilação, temperatura, humidade,
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ruídos, radiações, electricidade, armazenagem e extintores contra incêndios.
(artigo 5 a 45);
-Previsão de normas aplicáveis para garantir a saúde em actividades industriais, tais como:
abastecimento de água, limpeza dos locais de trabalho, evacuação de resíduos, contra
roedores e insectos, condições ergonómicas, instalações sanitárias, vestiários e refeitórios
(artigo141 a 148);
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pés e pernas, vias respiratórias e cinto de segurança (artigo149 a 158).
- Previsão de normas sobre a sinalização nos locais de trabalho, visando sinalizar
máquinas, equipamentos, delimitar zonas e advertir o pessoal do perigo que ocorre, a
obrigatoriedade de criação da Comissão de HST, suas funções e obrigatoriedade de
existência de caixas de primeiros socorros e de postos médicos (artigo 159 a 162), lei do
trabalho nº 23/2007, de 1 de agosto (CAPITULO VI).
- ISO 9001: esta norma é um modelo de garantia da qualidade que engloba as áreas de
projecto/desenvolvimento, produção, instalação e assistência técnica.
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-ISO 9002: esta norma é um modelo de garantia da qualidade que engloba a produção e a
instalação.
-ISO 9003: esta norma é um modelo de garantia da qualidade em inspecção e ensaios finais.
As normas ISO 9000 e ISO 9004 revelam as directrizes para selecção, uso das normas e para a
implementação de um sistema de gestão de qualidade.
A OHSAS 18001 é uma norma que define requisitos do Sistema de Gestão de Saúde e Segurança
no Trabalho.
VANTAGENS DA APLICAÇÃO DA OHSAS 18001
4.0 OBJECTIVOS
4.1 Geral:
- Conhecer Higiene saúde e Segurança no Trabalho,
2.2 Específicos:
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- Identificar os riscos e associados aos perigos identificados;
5.0 METODOLOGIA
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O risco também pode ser entendido como a probalilidade de concretização do dano em função das
condições de utilização, exposição ou interação do componente material do trabalho que apresente
perigo.
-Avaliação do risco - é o processo que consiste em avaliar o risco para a saúde e segurança
no trabalho dos trabalhadores decorrente das circunstâncias em que o perigo ocorre no local do
trabalho.
-Risco aceitavel – é o risco que foi reduzido a um nível que possa ser tolerado pela
organização tomando em atenção as suas obrigações legais .
Incidentes ou quase acidente – é um conceito que pode ser compreendido como um evento não
programado que poderia ter causado um acaidente.
-Acidente de Trabalho - pode ser entendido como o sinistro que se verifica no local e
durante o tempo do trabalho, desde que produza directa ou indirectamente, no trabalhador por
conta do outrém lesão corporal, pertubação funcional ou doenca de que resulte a morte ou redução
na capacidade do trabalho ou ganho. Os acidentes nao são inevitaveis, não surgem por acaso, eles
são causados, e portanto passíveis de prevenção, atravéz de eliminação, a tempo, das suas causas.
De uma maneira geral pode-se dizer que na maior parte dos casos, os acidentes são ocasionados
por actos ou condições inseguras.
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-Gestão de riscos- é um conjunto de medidas que visam identificação, análise e
eliminação ou mitigação dos perigos e riscos numa organização. Equipamento de protecção
individual- o EPI é todo equipamento, completo ou acessorio a ser utilizado para protecção contra
riscos, e quando estes não puderem serem eliminados por meios de protecção colectivas ou por
medidas, metodos ou processo de organização do trabalho. Equipamento de protecção Colectiva-
EPC é todo equipamento/dispositivo utilizado para a protecção dos trabalhadores durante a
realizacao das suas actividades laborais.
- Lei do trabalho, Lei 23/2007, que preve que o empregador deve proporcionar aos seus
trabalhadores boas condições físicas, ambientais e morais no trabalho, informados sobre os riscos
no seu posto de trabalho e instrui-los adequado cumprimento das regras de higiene e segurança no
trabalho.
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8.0 PERDAS DE PRODUTIVIDADE E QUALIDADE
Sempre que resulta acidente na empresa é verificável custos altos que podemos resumir em :
Custos não segurados/Indirecto.
São considerados como custo indirecto:
-Salários pagos durante o tempo perdido por outros tripulantes na hora do acidente e após
o mesmo;
-Salários pagos aos inspectores ou supervisores durante o tempo dispendido em
actividades decorrentes do acidente;
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-Diminuição do rendimento durante a substituição
-A retoma de trabalho pela vítima.
Estas perdas podem ser muito elevadas, podendo mesmo representar quatro vezes os custos
directos do acidente de trabalho. A diminuição de produtividade esta relacionada com horários
de trabalho excessivos e por más condições de trabalho, nomeadamente no que se refere à
iluminação e à ventilação, demonstraram que o corpo humano, apesar da sua imensa capacidade
de adaptação, tem um rendimento muito maior quando o trabalho decorre em condições óptimas.
Com efeito, existem muitos casos em que é possível aumentar a produtividade simplesmente
com a melhoria das condições de trabalho. De uma forma geral, a Gestão das Empresas não
explora suficientemente a melhoria das condições de higiene e a segurança do trabalho nem
mesmo do ajusto mutuo entre o homem e o seu ambiente de trabalho nos postos, como forma de
aumentar a Produtividade e a Qualidade .
- Perdas pessoais: Sofrimento físico, danos pessoais e angústia mental estão fortemente
associados com injúrias sofridas por acidentes.
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9.0 TIPOS DE RISCOS PROFISSIONAIS
Os principais riscos no ambiente de trabalho estão associados aos agentes físicos, químicos e
biológicos, que em função da sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição,
podem afectar a saúde e seguranca dos trabalhadores e visitantes.
No entanto, existem riscos ergonómicos, psicosóciais e de acidentes que podem contribuir para
diminuição da capacidade laboral do trabalhador.
Os riscos físicos são aqueles que estão associados aos agentes físicos inerentes ao ambiente de
trabalho que influenciam o desempenho de cada trabalhador, podendo causar danos ou doenças
profissionais. Os principais factores físicos que podem influenciar aos trabalhadores são:
Ruido – é um som desagradável e indesejado cujo seu volume e intensidade e normalmente medido
em decibeis.
Iluminação - Qualquer atividade requer um certo nível de iluminação para a sua realização. Uma
iluminação adequada nos locais de trabalho e uma condição imprescindivel para aumentar a
produtivaidade, reduzir acaidentes profissionais e a obtenção do ambiente de trabalho agradavel.
Vibrações - Em todo tipo de actividades estamos expostos a vários tipos de vibrações com maior
ou menor intensidade e conforme a sua intensidade estas podem causar um bem estar e até mesmo
na saúde dos trabalhadores. Estes efeitos podem resumidos a:
- Perturbações neurológicas;
- Perturbações musculares.
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Ambiente Térmico
As variações térmicas ambientais, mais finos ou mais quentes, obrigam a que o nosso organismo
dependa mais energia na manutenção da temperatura corporal, consequentemente um maior
cansaço e o desgaste por parte do trabalhador na execução da sua actividade profissional.
- Frieiras, alterações circulatorias com o efeito sobre tudo nas extremidades do corpo,
arreficimento excessivo dos pés, enregelamento nos ambientes térmicos frios.
Estes riscos estão associados a acções dos agentes quimicos nos trabalhadores ou visitantes
presentes no local onde se executa a determinada actividade. Os agentes quimicos podem ser
encontrados tanto na forma sólida, como liquida ou gasosa e podem ser transmitidos aos
trabalhadores encontrados por vias respiratoria, via digestiva, via cutânea e transferência através
da olacenta. Assim sendo, os agentes químicos responsáveis pelos riscos são:
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Particulas e aerossois
Os fumos também são partículas na forma solida, resultantes da sublimacao de vapores, geralmente
depois da volatização de metais fundidos a altas temperaturas e ainda as produzidas pela
combustão incompleta de várias substâncias. Tendo em conta que se trata de um trabalho realizado
no sector da construcção civil, é extremamento importante falar de cimento como agente químico,
visto que é uma das matérias primas mais utilizada neste sector, não obstante, uma das grandes
fontes de contaminação. Segundo Schlottfeldt (2012), a utilização do cimento, sem uso de
equipamentos de proteção adequados, pode causar sérios danos a saúde do trabalhador. Este é um
material irritante e reage em contacto com a pele com os olhos e vias respiratorias. A sua reação
com epiderme devido a sua humidade (transpiracao do corpo), após contacto prolongado, a
liberação de calor, por reação em contacto com a superfície liquida, provoca lesões que variam
desde queimaduras até dermatite de contacto. A exposição ao cimento num periodo entre 10 a 20
anos é suficiente para o desenvolvimento de doenças pulmonares (pneumoconioses), onde a poeira
inalada permanece depositada nos pulmões, criando um quadro de fibrose, ou seja, o
endurecimento do tecido pulmonar.
Gases e Vapores
Gases são subistancias que se encontram no estado gasoso em condições normais de temperatura
e pressão.Vapores são formas gasosas que em condições normais de temperatura e pressão
encontram se no estado liquido ou sólido. Os compostos químicos que resultam nesses vapores
possuem uma elevada volatilidade. Os gases e vapores podem ser nocivos ao organismo, pois em
certos casos dificultam a função respiratória (exemplo azoto, monóxido de carbono, etc.), ao serem
respirados ocasionam irritacoes das mucosas de vias respiratorias e tambem dos olhos (amoníaco,
cloro, dioxido de enxofre, nevoas ácidas, acido sulfúrico, clorídrico ou nitrico etc). Uma vez
inspirados passam para a circulação sanguínea e dai os diversos orgãos internos, provocando lhes
lesões e podendo levar mesmo a morte (Exemplo: vapores de mercúrio, hidrogênio acenico, ácido
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sulfúrico, cianidrico, bromídrico, cloridrico, entre outros). Além dos efeitos adversos
mencionados, alguns gases podem ser inflamaveis e explosivos (Factor de seguanca, 2005).
Estes riscos estão associados aos efeitos adversos dos organismos (micro e macro), sobre os
trabalhadores. Segundo o (CRPG 2005), penetrando no arganismo de homem por via degestiva,
respiratoria, oleos e pele, os factores de risco associados a agentes biológicos são responsaveis por
algumas doencas profissionais, podendo dar origem a doenças menos graves como infecções
intestinais ou simples gripe, ou mais graves como a hepatite, menigite ou sida, estas doencas são
transmitidas por fungos bactérias, parasitas ou por virús.
De acordo com o CRPG (2005), este risco esta relacionado com as condições de seguranca e o
conforto a que o trabalhador esta sugeito, na realizacao das suas tarefas laborais, bem como a
interração que este possui com maquinas ou equipamentos de trabalho. Neste sentido, as lesões
mais comuns, consequência das situações acima mencionadas, são as quedas e entorces,
queimaduras, electrocuções, esgamentos por objectos ou pessoas, asfixia ou sufocação, perda de
visao, perda de liquidos, doenças variadas provocadas por falta de higiene.
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5. Ter em conta o estado da evolução da técnica, bem como de novas formas de
organização e do trabalho;
6. Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso
7. Planificar a prevenção com um sistema coerente
8. Dar prioridade às medidas de protecção colectiva em relação às medidas de protecção
individual
9. Dar instruções compreensíveis e adequadas às actividades desenvolvidas pelos
trabalhadores
10.Equipamento de Protecção colectiva e Individual
De acordo com o CRPG (2005), os riscos ergonómicos são aqueles relacionados com factores
fisiológicos e psicológicos e que são subjacentes a execução das actividades laborais. Estes
factores podem produzir alterações no organismo e no estado emocional dos trabalhadores,
comprometendo a sua saúde, a sua segurança e a sua produtividade. Alguns dos exemplos de riscos
ergonómicos são: os movimentos repetitivos, o transporte manual de cargas, actividades
monótonas, esforco fisico intenso, posturas inadequadas ou forcadas, imposição de ritmos
excessivos, trabalhos em turnos e nocturno. Segundo o gabinte de estudo da Fesete (2010),
executar as mesmas operações durante muitas horas seguidas na mesma posicão de (pé ou sentado)
e a um ritmo demasiado rápido provoca desmotivacao e fadiga, para além de outros problemas de
saúde.
Uma postura, no que respeita ao trabalho é a atitude ou a posição do corpo que adoptamos quando
trabalhamos. As posturas correctas são essenciais na prevenção dos enúmeros efeitos nocivos que
o trabalho que executamos tem na coluna (e ainda mais se ele for monótono e repetitivo), como
nos músculos, nas articulacoes e nos tendões. Milhares de trabalhadores são afetados por estas
perturbações devido ao ritmo de trabalho exigido, à monotonia de trabalho, a dificiente
organização/concepção dos postos de trabalho e outras causas físicas como movimentação manual
e mecânica de cargas posturas incorrectas e movimentos repetitivos.
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9.1.6 Riscos psico-sociais
O risco psico-social é a interacao entre factores psicologicos e sociais. De um modo geral os riscos
psico-sociais podem ser definidos como aqueles aspectos do projecto de trabalho e a organização
e gestão de trabalho, e seus contextos sociais e ambientais, que tem o pontencial para causar dano
psicológico, social ou fisico SLIC (2012). Alguns exemplos de riscos psico-sociais são o stress e
o assêdio que pode ser moral ou sexual.
Stress
O stress é um risco emergente das sociedades modernas no trabalho, é provocado por
varios factores, entre eles: alterações na concepção, organização e gestão de trabalho,
insegurança no emprego, aumento da carga e ritimo de trabalho, falta de equilibrio entre a
vida profissional e pessoal e pelas relações interpessoais com colegas de trabalho, bem
como as chefias da empresa.
O stress afecta a saúde e segurança dos trabalhadores, mas não só, afecta também a
produtividade das empresas e a economia. (Gabinete de Estudos da Fesete).
Segundo o mesmo autor anteriormente citado, no assêdio sexual, normalmente as mulheres são
as mais atingidas e muitas vezes pelos seus superiores hierarquicos.
De acordo com a comissão Europeia (1996), para que faça uma boa identificação dos perigos
numa organizacao deve-se:
Análise de risco pode ser realizado usando a informação recolhida durante a fase de identificação
do perigo, particularmente usando dados dos relatórios e investigação de acidentes/incidentes.
Análise de risco deve considerar dois principais factores: a severidade das consequências de um
acidente provocado pelo perigo e a probabilidade desse acidente voltar acontecer (MISAU, 2008).
A avaliação de risco é o processo que consiste em avaliar o risco para a saúde e segurança dos
trabalhadores no trabalho decorrente das circunstancias em que o perigo ocorre no local de trabalho
(Comissao Europeia, 1996). De acordo com o Carvalho (2013), a avaliação de risco deve envolver
duas fases, análise de risco, que visa determinar a magnitude do risco e a valoração do risco, que
visa avaliar o significado que o risco assume.
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10.3.1.Avaliação de Riscos Profissionais
A avaliação de riscos constitui, pois, a base de uma gestão eficaz da segurança e saúde e é
fundamental para reduzir as doenças profissionais e os acidentes de trabalho. Se for bem
realizada, esta avaliação pode melhorar a saúde e a segurança das/os trabalhadores, bem como,
de um modo geral, o desempenho das empresas.
Concepção de avaliação
A avaliação de riscos é o processo de avaliação para a saúde e segurança das/os
trabalhadores decorrentes de perigos no local de trabalho. É, pois, a análise sistemática
de todos os aspectos do trabalho que identifica:
-Aquilo que é susceptível de causar lesões ou danos;
-A possibilidade de os perigos serem eliminados e, se tal não for o caso, controlados;
-As medidas de prevenção ou protecção que existem, ou deveriam existir, para controlar
os riscos.
A avaliação de risco envolve:
- Identificar os perigos – o que é que poderá correr mal?
-Determinar quem poderá ser atingido e o grau de gravidade.
-Incluir no processo a consulta dos trabalhadores e fornecer informações sobre os
resultados das avaliações de riscos.
-Decidir o grau de probabilidade de ocorrência de acidente.
-Decidir o modo como os riscos podem ser eliminados ou reduzidos – é possível melhorar
as instalações, os métodos de trabalho, o equipamento ou a formação?
-Estabelecer prioridades para as medidas a tomar, com base na dimensão dos riscos,
número de trabalhadores afectados.
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10.4 Gestão de Riscos
A tabela 1, asseguir esquamatiza as duas fases de avaliação de risco bem como a sua interação
com o processo de gestão de riscos.
Tabela 1
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11.0 MEDIDAS DE CONTROLO DE RISCO
Depois de se fazer a avaliação de risco é possivel dizer se o mesmo é aceitavel ou não. Tratando
se de riscos não aceitaveis a que implementar medidas de controle, eliminação e redução que
devem estar de acordo com o risco a controlar.
1. Evitar riscos;
2. Subistituir elementos perigosos por outros não perigosos ou menos perigosos;
3. Combater riscos na fonte ;
4. Aplicar medidas de proteção colectiva de preferencia a medidas de proteção individual, (
exemplo: Controlar a exposição a fumos através de uma exaustão de fumos locais de
preferência a respiradores individuais, delimitação e isolamento da área de trabalho usando
fitas refletoras;
5. Adaptação ao progresso técnico e as alterações na informação;
6. Procurar melhorar o nível de proteção.
De acordo com Matos (2012), na hierarquização das medidas de control é exposta a ordem
pela qual as acções correctivas devem ser aplicadas:
11.1 Eliminação
Sempre que possivel o risco deve ser eliminado, anulando ou retirando o factor de risco
do contexto de trabalho;
11.2.Redução
Há que reduzir o risco, subistituindo o caso a fase anterior não tenha sido possivel. Deve isolar se
o perigo, separando as fontes de risco do trabalhador, o que implica medidas de engenharia que
actuam nos processos produtivos, nos equipamentos e instalações.
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pro-activo, manutenção de rotina e limpeza, rotação dos trabalhadores nos postos de maior risco,
redução de número de trabalhadores expostos ao perigo e diminuição do tempo de exposição. Se
as intervenções anteriores não resultem há que recorrer a medidas de protecção, agindo primeiro a
nivel coletivo (EPC'S), como por exemplo, isolar o perigo através de uso de guarda-corpos ou
proteção de maquinarias, utilizar barreiras fisicas e depois a nivel individual, utilizando
Equipamentos de Proteção Individual (EPI'S).
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Protecção da visão
Protecção auditiva
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Protecção respiratória
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Manga de proteção isolante de borracha
Finalidade:
Utilizada para proteção do braço e ante braço do empregado contra choque elé-
trico durante os trabalhos em circuitos elétricos energizados.
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Protecção dos membros inferiores
Vestimentas de segurança
Blusão em tecido impermeável /Calça em tecido impermeável
Finalidade:
Utilizada para proteção do corpo contra chuva, umidade e produto químico.
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Sinalização
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Exemplos de Equipamentos de Proteção Colectiva
11.4 Treinamento
Os empregadores assim como os trabalhadores devem ser treinados e estar informados a cerca dos
riscos a que estão expostos. Deve ser providenciada informação e realizadas formações para os
trabalhadores.
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A Empresa deve constituir uma Equipe de SHT ou CIPA (Comissão interna de prevenção de
Acidente segundo a Lei de Trabalho)
É uma equipe que pode ser composta por um coordenador e os seus respectivos adjuntos com
funções bem definidas ao nível da SHT na empresa.
E a equipe reuni-se regularmente para avaliar e aprovar novas normas e divulgar aos trabalhador
e propor capacitação aos trabalhadores de acordo com as necessidades da empresa.
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operação de reanimação cardio-pulmonar.
5. Examinar o ferido
Deve efectuar-se uma avaliação preliminar que consiste em determinar as situações em que haja
a possibilidade de morte imediata.
6. Tranquilizar o ferido
Os acidentados ficam normalmente assustados, desconhecem as lesões que sofreram e
necessitam de alguém em quem confiar nesses momentos de angústia.
7. Manter o ferido quente
Quando o organismo humano sofre uma agressão, activam-se os mecanismos de autodefesa que
implicam muitas vezes, a perda de calor corporal. Esta situação acentua-se quando existe perda
de sangue, já que uma das funções do sangue é manter a temperatura interna do corpo.
8. Avisar o pessoal de saúde
Este conselho ou recomendação traduz-se na necessidade de pedir ajuda com rapidez,
a fim de estabelecer um tratamento médico o mais cedo possível.
9. Deslocação adequada
A posição de espera e deslocação varia consoante as lesões que o acidentado apresenta. É
importante acabar com a prática habitual
de evacuação em automóvel particular porque nos casos em que a lesão é vital, não se pode
deslocar o lesionado e este deve ser tratado no local. Se a lesão não for vital, significa que pode
esperar a chegada de um veículo (ambulância) devidamente equipado.
10. Não medicar
Não de deve medicar, esta é uma incumbência exclusiva do médico/ técnicos de saúde.
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13.0 CONCLUSÃO
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14.0 BIBLIOGRAFIA
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