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GOVERNO DA PARAÍBA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO


COMISSÃO EXECUTIVA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

DIRETRIZES PARA O FUNCIONAMENTO DAS ESCOLAS CIDADÃS


INTEGRAIS E ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS TÉCNICAS

João Pessoa, fevereiro de 2018.

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APRESENTAÇÃO

O presente documento destina-se ao funcionamento das Escolas Cidadãs Integrais


(ECI) e Escolas Cidadãs Integrais Técnicas (ECIT), e tem por objetivo o alinhamento e
organização de todo o trabalho das escolas, desde as ações pedagógicas e administrativas
até às curriculares.
Nessa perspectiva, buscamos um rumo, uma direção, uma ação intencional, com
sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Apesar das
especificidades e particularidades de cada escola, a necessidade é que todas as escolas
trabalhem de maneira uniforme e alinhada.
Para isso a Comissão Executiva de Educação Integral do Estado da Paraíba
elaborou este manual de normas e diretrizes a serem seguidas por todas as Escola Cidadãs
Integrais.
Da mesma forma, a Comissão se coloca à disposição de todas as equipes gestoras
e docentes para orientação, auxílio e colaboração para o cumprimento das diretrizes aqui
apresentadas.

Atenciosamente,

A COMISSÃO EXECUTIVA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL (CEEI)

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Sumário
1.1 Escolas Cidadãs Integrais e Escolas Cidadãs Integrais Técnicas ........................................ 5
1.2. Protagonismo juvenil.......................................................................................................... 5
1.3 Projeto de vida..................................................................................................................... 5
1.3.1. Preparatório Pós-médio ................................................................................................... 8
1.4. Disciplinas Eletivas ............................................................................................................ 8
1.5. Estudo Orientado ................................................................................................................ 8
1.6. Acolhimento ....................................................................................................................... 9
1.7. Tutoria ................................................................................................................................ 9
1.8. Salas temáticas ................................................................................................................. 10
1.9. Clubes de Protagonismo ................................................................................................... 10
1.10. Espaços de convivência .................................................................................................. 11
1.11. Líderes de turma ............................................................................................................. 11
1.12. Avaliação........................................................................................................................ 11
1.13. Conselho de Classe......................................................................................................... 12
1.14. Práticas experimentais .................................................................................................... 12
2. As especificidades do Modelo no Estado da Paraíba (Definição do modelo e normas para ECI
e ECIT) ........................................................................................................................................ 13
2.1. Avaliação Semanal ........................................................................................................... 13
2.2. Estudo Orientado .............................................................................................................. 15
2.3. Eletivas ............................................................................................................................. 16
2.4. O Conselho de Classe....................................................................................................... 17
2.5. Fardamento ....................................................................................................................... 19
2.6. Reposição das aulas.......................................................................................................... 19
2.7. Nivelamento ..................................................................................................................... 19
2.8. Uso dos laboratórios ......................................................................................................... 20
2.9. Alunos monitores ............................................................................................................. 20
2.10. Guias de aprendizagem .................................................................................................. 21
2.11. Horários e Dias de planejamento ................................................................................... 21
2.13. Aulas de Campo ............................................................................................................. 25
3.1. Gestor ............................................................................................................................... 27
3.3. Coordenador Pedagógico ................................................................................................. 28
3.4. Coordenadores de áreas .................................................................................................... 28

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3.5. Professores ....................................................................................................................... 29
ANEXO 01:................................................................................................................................. 33
DIRETRIZES PARA A ELEIÇÃO DE LÍDERES E VICE-LÍDERES DAS ESCOLAS
CIDADÃS INTEGRAIS ............................................................................................................. 33
ANEXO 02: TERMO DE COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO INTEGRAL ................... 35
ANEXO 03: TERMO DE POSSE DOS LÍDERES E VICE-LÍDERES ..................................... 39
ANEXO 04: Orientação para o planejamento das Escolas Cidadãs Integrais Técnicas - ECIT’s
..................................................................................................................................................... 40
ANEXO 05: Matriz Curricular do Ensino Fundamental. ............................................................ 44

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1. Conceitos:
1.1 Escolas Cidadãs Integrais e Escolas Cidadãs Integrais Técnicas
Trazem em seu modelo inovações e propostas que buscam fazer um divisor de
águas na história da educação do estado, e tem como objetivo formar indivíduos
protagonistas, agentes sociais e produtivos que possam contribuir com o mundo atual e
suas necessidades.
Elas possuem um conteúdo pedagógico voltado para a formação educacional de
excelência, conforme a regulamentação da Base Nacional Comum, e a profissionalização
do educando conforme método didático e administrativo próprios. O objetivo é oferecer
os fundamentos de uma escola inclusiva e que visa formar o cidadão para os desafios do
século XXI e assim como também para as exigências profissionais que o mundo
contemporâneo exige, tendo como ponto de partida o educando e buscando desenvolver
os pilares essenciais para a formação de indivíduos que possam contribuir com a
sociedade a partir de sua autonomia, das diferentes competências e sendo solidários, tudo
isso baseado no incentivo e desenvolvimento do protagonismo juvenil.

1.2. Protagonismo juvenil


É um dos eixos principais da base de sustentação do modelo da Escola Cidadã
Integral e visa desenvolver jovens autônomos, solidários e competentes atores e sujeitos
da própria ação e prontos a buscar a solução de problemas reais na escola, na comunidade
e na vida social mais ampla;
Refere-se à formação de um sujeito ativo, com espírito de liderança, capaz de
tomar decisões e fazer escolhas embasadas no conhecimento, na reflexão, na
consideração de si próprio e do coletivo.

1.3 Projeto de vida


Projeto de Vida é o eixo principal da Escola Cidadã e busca problematizar as
múltiplas dimensões da identidade dos jovens ainda em formação. As aulas de Projeto de
Vida não se referem apenas a um projeto de carreira, voltado apenas para o lado
profissional. É um processo de reflexão sobre o “ser e o querer ser” tendo por objetivo
ajudar o jovem a planejar o caminho que precisa construir e seguir para realizar esse
encontro, seja nas dimensões pessoal, social e produtiva da vida, num período de curto,
médio e longo prazo.

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Um Projeto de Vida tende a se realizar na junção de duas variáveis, a primeira diz
respeito à identidade, ou seja, quanto mais o jovem se conhece, experimenta suas
potencialidades individuais, descobre seu gosto, aquilo que sente prazer em fazer, maior
será sua capacidade de elaborar seu projeto. A segunda, que interfere na elaboração do
Projeto de Vida, é o conhecimento da realidade. Quanto mais o jovem conhece a realidade
em que está inserido, compreende o funcionamento da estrutura social com seus
mecanismos de inclusão e exclusão e tem consciência dos limites e das possibilidades
abertas pelo sistema na área em que queira atuar, maiores serão suas possibilidades de
elaborar e de implementar seu projeto. As duas variáveis demandam espaços e tempos de
experimentação, bem como uma ação educativa, assim cabe ao professor de projeto de
vida esse papel de orientador e interlocutor desse processo na vida do jovem.
O perfil para designação do professor de Projeto de vida deve contemplar
habilidades de escuta, flexibilidade, dinamismo, criatividade, ou seja, um perfil
diferenciado. Cada professor de PV deve estar vinculado a, no mínimo, cinco turmas. O
mesmo professor também pode assumir as turmas de Pós-médio, mas não deve assumir
Coordenação de área. No caso de escolas com um grande número de turmas, a gestão
deve entrar em contato com a CEEI para receber informações a respeito da quantidade de
professores que devem ser designados.
O Projeto de vida é ministrado nas turmas de 1º e 2º anos do Ensino Médio (no 3º
ano os estudantes têm aulas de Pós-médio) e em todas as turmas do Ensino Fundamental,
com aulas específicas. Para o caso das ECI/ECITs que têm turmas especiais em Projeto
de vida1, deve-se seguir calendário de aulas abaixo especificadas:

1
Entende-se por “turma especial em projeto de vida”, as turmas de 2º e 3º anos que não tiveram
oportunidade de cumprir a disciplina durante o 1º ano do ensino médio. Ou seja, as escolas que
receberam o Modelo das ECIs, no primeiro e segundo anos de implantação e contemplaram turmas de
1º, 2º e 3º anos, terão estudantes de 2º e 3º anos que não participaram das aulas desde o 1º ano (que
tem temas específicos). Nesse caso, para suprir essa necessidade, é preciso que, no 2º e 3º anos, sejam
aplicadas as aulas da EDIÇÃO ESPECIAL.

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1.3.1. Preparatório Pós-médio
Destinado aos alunos do 3º ano do Ensino Médio, possibilita orientar e aprofundar
o estudo do aluno a partir da área de conhecimento escolhida por ele para a preparação
do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)2.
Nas Escolas Cidadãs integrais, há de forma particular uma preocupação em
preparar o estudante não apenas para ingressar em um curso universitário, mas para a
vida, apoiando-o em qualquer caminho que ele decida seguir. Assim, o Pós-médio
também precisa contemplar e ter o olhar voltado para aqueles que desejam seguir direto
para o mercado de trabalho, para os cursos técnicos profissionalizantes etc.

1.4. Disciplinas Eletivas


São disciplinas temáticas, oferecidas semestralmente, propostas pelos professores
e\ou pelos estudantes e objetivam diversificar, aprofundar e enriquecer os conteúdos
trabalhados pelas disciplinas da Base Nacional Comum.
As eletivas são escolhidas pelos estudantes, a partir do interesse demonstrado na
apresentação dos temas pelos professores e são uma oportunidade para a ampliação do
seu conhecimento de uma forma mais lúdica e interessante, onde o mesmo possa interagir
de forma direta nesse processo de aprendizagem. A eletiva deve ter como característica a
interdisciplinaridade, não devendo um único professor assumir uma eletiva que
contemple apenas uma disciplina, seja ela da base comum ou da área técnica, no caso das
escolas técnicas.

1.5. Estudo Orientado


Orientados por um professor, o educando aprende métodos, técnicas e
procedimentos para organizar, planejar e executar os seus processos de estudo através de
uma rotina que contribua para a melhoria da aprendizagem.
São aulas que têm por objetivo oferecer um tempo qualificado destinado a
realização de atividades pertinentes aos diversos estudos. Essa prática surgiu da
necessidade de se ensinar os estudantes a estudar por meio de técnicas de estudo e da

2
É importante que a equipe escolar articule estratégias para garantir que todos os estudantes do 3º ano
se inscrevam no ENEM.

8
importância de se criar uma rotina na escola que contribuísse para a melhoria da
aprendizagem.
Para as turmas de Ensino Fundamental são 04 aulas semanais de Estudo
Orientado3, mas 02 delas devem ser dedicadas à aplicação da Avaliação Semanal, que
devem ser aplicadas às terças-feiras, nas 3ª e 4ª aulas. As outras duas aulas seguem as
orientações especificadas no item 2.2.

1.6. Acolhimento
É o momento em que a equipe escolar acompanha a chegada dos estudantes, o
foco é esse “bem-vindo” comunicado por palavras, gestos e olhares, também é o momento
de recados da gestão escolar ou dos educadores em geral. O compartilhamento desse olhar
sobre o estudante, de modo que ele possa realmente ser visto em sua
interdimensionalidade. No acolhimento diário podem ocorrer as celebrações das
conquistas dos estudantes ou da equipe de educadores por algum resultado alcançado,
podem ser feitas dinâmicas, leituras de textos, apresentações artísticas, músicas, rádio
escolar etc. Também é importante a participação de turmas ou grupos de estudantes nessa
ação. É importante que a escola entenda a importância do acolhimento diário, ele
precisa ser o coração da escola e não pode deixar de acontecer.

1.7. Tutoria
Tutoria de uma forma geral se refere a uma situação de interação, em que uma
pessoa dá apoio a outra para tornar possível que ela desenvolva e ponha em ação algum
direito, dever, conhecimento, competência ou habilidade. Essa tutoria é uma das formas
de exercer a pedagogia da presença nas escolas e dela devem participar os professores e
a gestão escolar.
Nas escolas cidadãs, a tutoria é um método para realizar uma interação pedagógica
em que o educador (tutor) acompanha e se comunica com os estudantes de forma
sistemática, planejando seu desenvolvimento e avaliando a eficiência de suas orientações
de modo a resolver problemas que possam ocorrer durante o processo educativo. A escola
junto com seus docentes precisa garantir que 100% dos alunos sejam tutorados.

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Conforme ANEXO 05.

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1.8. Salas temáticas
São ambientes onde se realizam as aulas e que são ambientadas de acordo com as
disciplinas que abrigarão. Com as salas temáticas e a adequação dos recursos, o objetivo
é que os estudantes se sintam mais estimulados por meio do ambiente mais funcional,
ajustado ao desenvolvimento das aulas e atrativo ao aprendizado. Também se recomenda
que as salas possam ser ambientadas pelos próprios educandos e/ou pela comunidade
escolar, que podem contribuir com objetos, desenhos e/ou pinturas que remetam a
disciplina.
O ideal é que cada disciplina da Base Comum tenha uma sala temática própria.
Contudo, nas escolas que não têm salas de aula suficientes, uma estratégia é juntar as
disciplinas da mesma área em apenas uma sala, por exemplo: Sala de Língua Espanhola
e Língua Inglesa (área de linguagens).
Como há salas temáticas na escola, é preciso que o horário das aulas seja
articulado de maneira a não colocar aulas da mesma disciplina, em turmas diferentes, no
mesmo horário. Caso isso ocorra, deve ser especificado no horário o ambiente que será
realizada.
Para as escolas híbridas é preciso que a temática das salas contemple os dois
públicos (Fundamental e Médio). Havendo disponibilidade de espaço, as salas de Ensino
Fundamental podem ser tematizadas separadamente do Ensino Médio.

1.9. Clubes de Protagonismo


Os Clubes de Protagonismo são um dos principais instrumentos para o
desenvolvimento do protagonismo juvenil, que é um dos eixos norteadores do Modelo da
Escola Cidadã Integral. Eles surgem a partir da vivência e do interesse coletivo dos
alunos, ocorrem em períodos de intervalo, na hora do almoço ou até mesmo em horários
depois das aulas ou nos fins de semana. Porém é preciso sempre a comunicação e o
agendamento dessas atividades junto à gestão escolar, assim como também a presença de
um adulto (no caso dos fins de semana e horários pós aula). Os Clubes de Protagonismo
têm como objetivo a convivência e o desenvolvimento da solidariedade e do respeito às
diferenças, além disso, nos clubes os educandos desenvolvem habilidades da BNCC de
formas variadas e divertidas. Os mesmos têm a participação de professores que atuam
como padrinhos de clubes orientando os participantes quando necessário. Os Clubes de
Protagonismo são compostos por alunos e requerem uma organização e hierarquia para

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seu funcionamento. Os estudantes escolhem e elegem seus membros representantes como
presidente, vice-presidente, secretário etc., tudo para colaborar de forma efetiva com o
bom funcionamento do mesmo. Os estudantes serão orientados para a efetivação dos
clubes durante a semana de protagonismo, que terá data pré-determinada pela CEEI.
O objetivo é que 100% dos alunos estejam engajados em Clubes de
Protagonismo, e o gestor precisa incentivar a participação e acompanhar o
funcionamento dos clubes, para isso, precisa fazer reuniões quinzenais com os
presidentes dos clubes.

1.10. Espaços de convivência


São os espaços da escola em geral, salas de aula, corredores, banheiros, refeitório,
biblioteca entre outros. São espaços destinados não só a momentos de estudo, mas
também de descanso, interação, acompanhamentos e recreação durante os intervalos,
onde muitas vezes, além dos estudantes, também os professores estão presentes
exercendo a tutoria, por exemplo. Os espaços de convivência devem ser mantidos de
forma organizada e limpa, sendo da responsabilidade de todos o mantimento adequado
de tais ambientes, assim como, preservação do patrimônio público.

1.11. Líderes de turma


Eleitos por suas respectivas turmas, os líderes possuem a missão de se comunicar
adequadamente entre seus colegas de turma e a gestão escolar, além de se tornarem parte
da equipe gestora, buscando a solução de problemas.
Os líderes precisam exercer o papel de protagonistas sempre buscando o melhor
para a convivência coletiva na escola. Os mesmos se reúnem com a direção sempre que
necessário, porém fica alinhada uma reunião periódica semanal.

1.12. Avaliação
O que é: A avaliação é concebida como um instrumento de gestão do ensino e da
aprendizagem e deve demonstrar até que ponto as intenções educativas e os objetivos dos
educadores, em todos os níveis, foram alcançados.
Ela possibilita o ajuste do apoio pedagógico adequado às características e necessidades
de cada um dos estudantes e se compromete com a melhoria contínua dos processos de
aprendizagem e dos resultados.

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O que considera a avaliação:
• O progresso individual que tem como referência a posição na qual o estudante se
encontra em seu processo de aprendizagem em termos de conteúdo, competências
e habilidades;
• O esforço do estudante na condução de seu desenvolvimento e outros aspectos
não especificados no currículo;
• Os vários momentos e situações em que certas capacidades e ideias são usadas e
que poderiam ser classificadas como “erros”, mas que fornecem informações
diagnósticas;
• Todas as dimensões da aprendizagem: cognitiva, afetiva, psicomotora, social.

O que requer:
• Que todas as dimensões do trabalho escolar sejam avaliadas – estudante e
professor – com o objetivo de identificar as lacunas e dificuldades a serem
superadas;
• Uma ação mediadora, emancipatória, dialógica, integradora e participativa;
• A comunicação enquanto eixo norteador para a reorientação dos trabalhos do
professor e do estudante;
• O exercício da corresponsabilidade, na medida em que estudante e professor se
comprometem com o que fazem, ou seja, com o desenvolvimento da
aprendizagem.

1.13. Conselho de Classe


O conselho de Classe é um órgão colegiado, institucionalizado e representativo,
responsável pelo estudo e planejamento, debate e deliberação, acompanhamento, controle
e avaliação periódica do desempenho dos estudantes.

1.14. Práticas experimentais


As aulas experimentais podem ser empregadas com diferentes objetivos e fornecer
variadas e importantes contribuições no ensino e aprendizagem da área de ciências da
natureza. Nessas aulas, o professor deve fazer uso dos laboratórios nas escolas que já o
possuem, em caso contrário, as aulas podem ser realizadas nas salas temáticas que devem
ser preparadas previamente para essas atividades. São oferecidas duas aulas semanais
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para os alunos das Escolas Cidadãs Integrais4 e apenas para as disciplinas da área de
ciências exatas e da natureza, sendo elas: matemática, biologia, química e física.
Todas as turmas devem participar de, pelo menos, uma vez por semana, das aulas
de práticas experimentais e das quatro disciplinas durante o mês. Para tanto, é preciso que
o Coordenador Pedagógico organize um rodízio das turmas a fim de que todas sejam
contempladas por todas as disciplinas citadas.
As contribuições das atividades de práticas experimentais:
 Para motivar e despertar a atenção dos estudantes;
 Para desenvolver a iniciativa pessoal e a tomada de decisão;
 Para aprimorar a capacidade de observação e registro de informações;
 Para aprender a analisar dados e propor hipóteses para os fenômenos.

2. As especificidades do Modelo no Estado da Paraíba (Definição do modelo e


normas para ECI e ECIT)
2.1. Avaliação Semanal
Deve ocorrer uma vez por semana, pelo período de duas horas/aulas (100 minutos)
semanais. Recomenda-se que aconteça nas terças-feiras, no 3º e 4º horário. A avaliação
deve ser composta por um bloco de vinte questões subjetivas (de múltipla escolha), com
cinco opções de resposta (A, B, C, D, E) e acompanhada por um gabarito para as
respostas. Os modelos de Avaliação Semanal e gabarito encontram-se em anexo. Em
caso de segunda chamada (Recuperação ou reposição) ela deve ser subjetiva, aplicada
pelo professor da disciplina em sua aula, recomenda-se que a quantidade de questões leve
em consideração a carga horária de cada disciplina.
Bimestralmente, a Avaliação Semanal deve obedecer ao seguinte calendário:
ESCOLA CIDADÃ INTEGRAL TÉCNICA - ECIT
1ª Semana Matemática, Espanhol e Educação Física
2ª Semana Geografia e Química
3ª Semana História, Língua Inglesa e Biologia
4ª Semana Português, Redação e Arte
5ª Semana Filosofia, Sociologia e Física

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As ECITs (Escolas Cidadãs Integrais Técnicas) não dispõem de práticas experimentais na grade
curricular, porém, recomenda-se que, pelo menos uma das aulas semanais de cada disciplina da área de
ciências exatas e da natureza, seja realizada no laboratório.

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6ª Semana Disciplinas da Base Técnica
7ª Semana Disciplinas da Base Técnica
8ª Semana Reposição e/ou recuperação
9ª Semana Simulado

ESCOLA CIDADÃ INTEGRAL – ECI – Ensino Médio


1ª Semana Matemática, Espanhol e Educação Física
2ª Semana Geografia e Química
3ª Semana História e Biologia
4ª Semana Português, Redação e Arte
5ª Semana Sociologia e Física
6ª Semana Filosofia e Língua Inglesa
7ª Semana Reposição e/ou recuperação
8ª Semana Reposição e/ou recuperação
9ª Semana Simulado

ESCOLA CIDADÃ INTEGRAL – ECI – Ensino Fundamental


1ª Semana Língua Portuguesa e Produção Textual
2ª Semana Geografia e Língua Inglesa
3ª Semana História e Educação Física
4ª Semana Matemática
5ª Semana Ciências
6ª Semana Ensino Religioso e Arte
7ª Semana Reposição e/ou Recuperação
8ª Semana Reposição e/ou Recuperação
9ª Semana Simulado

Recomenda-se que a quantidade de questões de cada avaliação seja dividida


levando em consideração a carga horária de cada disciplina envolvida, não ultrapassando
o total de vinte questões. Por exemplo, na primeira semana, pode-se fazer a seguinte
divisão: Matemática - 10 questões, Educação Física e Espanhol - 5 questões cada prova,
totalizando vinte questões.

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As avaliações devem ser aplicadas por, pelo menos, um professor, sabendo que o
ideal é estarem dois aplicadores por turma. Todos os professores da unidade de ensino
devem estar disponíveis para a aplicação da Avaliação Semanal, ficando a cargo da
coordenação pedagógica criar um calendário com um rodízio (se possível) para que todos
os professores sejam aplicadores.
As avaliações serão elaboradas pelo professor de cada disciplina, e entregue ao
coordenador de área que deve formatá-la e avaliar se as questões possuem necessidade de
ajuste. O coordenador de área deverá entregar as avaliações já formatadas para a
coordenação pedagógica, que junto à secretaria da escola fará a impressão.
Posteriormente será feita a distribuição das provas aos aplicadores, e estas deverão estar
acompanhadas das atas de frequência. Após serem realizadas, por se tratar de provas
objetivas acompanhadas de um gabarito a parte, as avaliações devem ser corrigidas por
funcionários técnicos administrativos da secretaria da escola que repassarão à
coordenação pedagógica. Ao coordenador pedagógico cabe fazer o levantamento dos
resultados e gerar uma planilha de acompanhamento de resultados da Avaliação
Semanal (que já se encontra em poder da coordenação e que será repassada aos demais
posteriormente). Cabe à coordenação pedagógica encaminhar as avaliações aos
professores que divulgarão aos alunos. Esse processo deve ser o mais breve possível, não
gerando acúmulo de resultados de uma semana para outra e facilitando o
acompanhamento do desenvolvimento da aprendizagem dos educandos.

2.2. Estudo Orientado


O Estudo Orientado deve acontecer em duas horas/aulas semanais (100 minutos).
Recomenda-se que aconteça nas terças-feiras, no 2º horário, pois uma hora/aula deve
anteceder o horário da Avaliação Semanal. A outra hora/aula deve estar disposta ao longo
da semana, de maneira que não esteja em extremidades (5º ou 9º horários, por exemplo).
Recomenda-se um rodízio de professores (se possível) para a realização das aulas
referente ao Estudo Orientado. Fica sob responsabilidade da coordenação pedagógica
criar esse sistema de rodízio. As cinco primeiras aulas de EO devem seguir a estrutura
contida no caderno sobre EO, encaminhado pela CEEI às escolas.
O ideal é que as aulas sejam compostas de orientações para que os estudantes
possam organizar sua rotina de estudos, e até mesmo sejam utilizadas para colocar em dia
as atividades e trabalhos das diversas disciplinas que cursam, ou ainda tirar dúvidas dos

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conteúdos, podendo os mesmos organizarem grupos de estudos orientados pelos
professores e com o auxílio de um estudante como monitor.

2.3. Eletivas
Acontecem no período de duas horas/aulas semanais (100 minutos). Essas aulas
não devem acontecer no final dos horários da manhã ou tarde. Recomenda-se que as aulas
aconteçam nas segundas-feiras, no 3º e 4º horários.
A eletiva deve ter como característica a interdisciplinaridade, não devendo um
único professor assumir uma eletiva e que não contemple apenas uma disciplina, seja ela
da base comum ou da área técnica. As eletivas propostas devem ter como objetivo
trabalhar temas, conteúdos e áreas que colaborem para a efetivação de um conhecimento
que não foi alcançado a partir das disciplinas obrigatórias da base comum e técnica. Nas
Escolas Cidadãs Integrais Técnicas, obrigatoriamente as eletivas propostas devem ser
metade da Base Nacional Comum, e a outra metade da área Técnica.
Os professores deverão propor um projeto que oriente a eletiva. Esse projeto deve
ser apresentado aos estudantes, que farão a escolha da eletiva que participarão. Os
estudantes estarão livres para escolher a eletiva que mais lhe convenha. A quantidade de
eletivas deve ser em um número no mínimo igual ao número de turmas existentes
nas escolas, assim como deve-se fixar um número máximo de participantes para cada
eletiva, e as inscrições devem acontecer de maneira a possibilitar chances iguais de
inscrição e escolha.
A duração de cada projeto proposto é semestral, contemplando assim, o primeiro
e o segundo semestre com grupos diferentes de eletivas. Uma eletiva não deve ser repetida
no semestre seguinte, caso seja conveniente e necessário repeti-la que ela contemple um
grupo de alunos diferentes do que participaram no 1º semestre. Ao final de cada ciclo,
recomenda-se uma culminância para mostrar os resultados alcançados e os trabalhos
produzidos pelos educandos durante as eletivas. As Disciplinas Eletivas são componentes
previstos na matriz curricular e se submetem, portanto, os regimentos legais. A frequência
deve ser registrada e contabilizada para efeito da frequência geral do estudante. A parte
diversificada não implica em reprovação do estudante, conforme prevê a legislação, mas
isso não significa que não devam existir mecanismos de avaliação. Uma ponderação:
como há o objetivo de assegurar a integralização entre a Parte Diversificada e o Núcleo
Comum, recomenda-se que o desenvolvimento dos estudantes nas Eletivas deva de

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alguma forma ser considerado na avaliação das disciplinas com as quais ele está mais
diretamente ligado, para isso, o professor deve ter um controle de frequência e
participação de cada aluno participante de sua eletiva.

2.4. O Conselho de Classe


O Conselho de Classe é liderado pelo coordenador pedagógico da escola e conta
com a presença dos conselheiros natos – todos os professores, equipe de apoio pedagógico
(quando houver), Líderes de Turma e respectivos vice-líderes.
A frequência do Conselho de Classe está ligada ao que os sistemas das Secretarias
de Educação definem. No entanto, na perspectiva formativa do Modelo Escola Cidadã, o
Conselho de Classe ocorre cinco vezes ao ano, tem focos distintos em cada período e é
organizado com base nas necessidades emergentes.

Diagnóstico (1º Conselho)


• Realizado logo após a avaliação diagnóstica (1º bimestre), caracteriza e organiza
as necessidades de aprendizagem e ensino;
• Reconhece e situa questões emergentes da relação professor-estudante;
• Levanta e pactua procedimentos para intervenção efetiva do que foi apresentado.
Acompanhamento (2º, 3º e 4º Conselhos)
• Aprecia os resultados identificados ao longo do período;
• Avalia a efetividade dos procedimentos adotados e pactuados no Conselho
anterior;
• Identifica necessidades e possibilidades de outras intervenções;
• Assume coletivamente as responsabilidades do acompanhamento e das ações
estabelecidas.
Promocional (5º Conselho)
• Decide coletivamente sobre a promoção ou retenção do estudante, analisando os
resultados apresentados e sua relação com os procedimentos de acompanhamento
assumidos nos Conselhos anteriores;
• Define previamente estratégias coletivas e individuais para o acompanhamento e
intervenção posteriores junto aos estudantes promovidos, e em quem se reconhece
a necessidade de acompanhamento efetivo no ano seguinte.

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O Protagonismo presente no Conselho de Classe
Para o Conselho de Classe existem três momentos distintos e articulados: pré-
conselho, conselho e pós-conselho. Eles objetivam a avaliação e a recondução do
processo de ensino-aprendizagem.
Faz parte do planejamento do Conselho de Classe a elaboração de uma pauta pelos
estudantes, na qual cada turma avalia os itens: relação professor x estudante, metodologia
utilizada, procedimentos de avaliação de cada disciplina e a auto avaliação da turma.

Primeiro momento: Pré-conselho


A participação dos Líderes de Turma durante os Conselhos de Classe consiste em
2 fases:
• Na apresentação, pelos Líderes, dos resultados da avaliação realizada junto às suas
respectivas turmas, considerando os critérios definidos por toda a comunidade
escolar. É também o momento em que são apresentados os resultados de auto
avaliação da turma e os compromissos que eles propõem, de parte a parte, para a
superação das dificuldades que eventualmente tenham sido identificadas;
• Na apresentação, pelos professores, do perfil e desempenho acadêmico geral da
turma, bem como a avaliação, que fazem parte do nível de compromisso que
coletivamente manifestaram ao longo do período, relacionando esse resultado ou
não ao desempenho geral da turma.
Após a realização dessas fases, são discutidos e pactuados entre os Conselheiros
e estudantes os encaminhamentos para a superação das dificuldades e/ou aperfeiçoamento
dos procedimentos identificados como bem-sucedidos.
Os Líderes de Turma não participam da discussão sobre a avaliação individual
de cada estudante com relação ao seu desempenho em cada disciplina, descrição de
comportamentos, posturas diante dos estudos e construção dos seus projetos de vida.

Terceiro momento: Pós-conselho


Finalizado o Conselho de Classe de todas as turmas, o Coordenador Pedagógico
alinha com os Tutores o processo de devolutiva individualizada dos resultados para os
estudantes e seus responsáveis. É de grande importância que os estudantes tomem
conhecimento de suas fragilidades e potencialidades e que os pais e responsáveis recebam

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os resultados a partir dos próprios professores para que garantam, em casa, as
intervenções que forem necessárias.
Todas as etapas do Conselho mencionadas fazem parte do ciclo de
operacionalização alimentado pelo Modelo, que consiste no planejamento, execução,
acompanhamento e avaliação dos resultados da escola.

2.5. Fardamento
O uso do uniforme será obrigatório e os jovens só poderão entrar com a camisa
oficial ou de cor branca (ou ainda camisas feitas para eventos escolares como gincana,
feira de ciências, clubes de protagonismo etc.), calça jeans (ou outra estabelecida pela
escola) e tênis, de acordo com a norma acordada pela gestão escolar. Em caso do não
cumprimento independente do motivo, a Equipe Gestora deverá ser informada pelos
familiares ou responsáveis para tomar as devidas providências e realizar a autorização da
permanência do mesmo (a) nas dependências da escola.

2.6. Reposição das aulas


Nas Escolas Cidadãs Integrais e Escolas Cidadãs Integrais Técnicas é vedada
aulas vagas, colabora para isso o Regime de Dedicação Docente Integral – RDDI. Assim
cabe ao coordenador pedagógico em casos de ausência de professores, organizar um
horário especial para suprir as necessidades das aulas sempre levando em consideração a
carga horária dos professores e a disponibilidade no dia, lembrando que cada professor
poderá ter uma carga horária de até 28h/aulas, não podendo o mesmo se negar a este
exercício caso esteja sem aulas no momento. No impedimento por falta de professores
disponíveis cabe ao coordenador pedagógico assumir a turma ou fazer uso de alunos
monitores (sob sua supervisão) para aplicar atividades deixadas pelo professor, para isso
recomenda-se aos professores deixar a disposição da escola um banco de atividades extras
para eventuais necessidades. Assim como também se recomenda a reposição das aulas
aos professores substitutos no prazo de até 15 dias a partir da substituição.

2.7. Nivelamento
O nivelamento é estratégia fundamental para o bom desenvolvimento dos
estudantes durante o ano letivo e, quando realizado de maneira efetiva e monitorado,

19
proporciona maior rendimento dos estudantes e elevação dos índices de aprendizagem da
escola interferindo diretamente nas avaliações externas.
Para tanto, recomenda-se às escolas a aplicação de avaliação diagnóstica em todos
os níveis de ensino básico (do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e da 1ª à 3ª séries do
Ensino Médio), em português e matemática, principalmente. Sobremaneira, é preciso que
as avaliações contemplem os critérios e habilidades estabelecidos pelo IDEPB e IDEB.
Após a aplicação da avaliação diagnóstica o Conselho de Classe deve se reunir
para planejar ações alinhadas com todas as disciplinas que possam efetivar o nivelamento
dos alunos de acordo com as necessidades detectadas. Recomenda-se que o nivelamento
seja concluído ainda durante o primeiro bimestre, caso não seja possível, que ele não
ultrapasse o primeiro semestre.

2.8. Uso dos laboratórios


Os laboratórios têm normas de segurança e Manuais de Procedimentos a serem
seguidos. Os estudantes não poderão fazer uso dos mesmos sem a presença de um
professor responsável. Ao professor cabe a reponsabilidade de manter o ambiente
organizado e zelar junto com os alunos pela manutenção dos equipamentos existentes.
Os professores devem organizar seus horários de aulas de forma que semanalmente os
laboratórios sejam usados. Em casos de turmas em grande número recomenda-se que se
faça uso de alunos monitores para o auxílio nas aulas, estes devem estar cientes do
planejamento feito pelo professor para aquela determinada aula.

2.9. Alunos monitores


Recomenda-se a escolha de estudantes monitores para auxiliar os professores
durante as aulas e/ou mesmo em quaisquer outras atividades realizadas no âmbito escolar.
Estes devem e podem auxiliar nas aulas de orientação de estudo, nas eletivas, no uso dos
laboratórios ou em outras atividades determinadas pelos professores. Para isso eles devem
ser comunicados previamente e convidados a participar do planejamento dessas aulas
sempre que se fizer necessário seu trabalho de monitoria.

20
2.10. Guias de aprendizagem
Guia de Aprendizagem é um recurso que se destina a orientar processos de
planejamento e acompanhamento pedagógico de maneira objetiva em três âmbitos
distintos e que deve ser feito bimestralmente:
Junto ao professor: para o planejamento e desenvolvimento das atividades pedagógicas
da disciplina que ele ministra.
Junto ao estudante: para apoiar o desenvolvimento da capacidade de autor regulação da
sua aprendizagem, pois fornece informações sobre os componentes curriculares
(objetivos, atividades didáticas, fontes de consulta etc.), que eles necessitarão para criar
os seus próprios mecanismos de planejamento de estudos.
Junto às famílias: para complementar os mecanismos de comunicação de que a
escola já dispõe e apoiá-las no acompanhamento de ensino/aprendizagem dos estudantes.
Nesse sentido, o Guia de Aprendizagem inova ao ser simultaneamente um recurso
que atende 3 níveis distintos desse processo de formação (professores, estudantes e
famílias) e articula planejamento e comunicação, dimensões fundamentais nos
mecanismos de melhoria contínua dos processos pedagógicos.
Sua implementação no cotidiano da escola contribui para o rompimento de uma
estratégia há muito utilizada pelas escolas, que é a de que “somente” o professor sabe o
que vai ser ensinado num determinado período (bimestre ou trimestre, por exemplo) e o
estudante “somente” recebe essas informações.
O Guia compartilha com os interessados (estudantes e familiares) o que e como
será o acesso ao conhecimento historicamente acumulado. Esse movimento possibilita
que a Presença Pedagógica, a Educação Interdimensional, o Protagonismo e os 4 Pilares
da Educação sejam movimentados no cotidiano da sala de aula, no chão da escola.

2.11. Horários e Dias de planejamento


Os professores das escolas integrais estão sob o Regime de Dedicação Docente
Integral – RDDI, ou seja, 40 (quarenta) horas semanais, dessas até 28 (vinte e oito)
horas/aula em sala de aula, inclusive em atividades multidisciplinares, as demais horas
serão dedicadas a Estudos, Planejamento e Atendimento – EPA, a serem realizadas no
ambiente escolar ou em atividades pedagógicas propostas pela escola em ambientes
didáticos planejados, estando disponíveis para, além do exercício de suas atividades,

21
substituir outros professores ausentes em virtude de afastamento não planejado, quando
necessário.
De acordo coma carga horária assim distribuída fica destinado um dia para EPA
(Estudos, Planejamento e Atendimento) por área, ficando organizado da seguinte forma:

Agenda semanal do horário de PLANEJAMENTO dos professores

ÁREA Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4


terça-feira terça-feira terça-feira terça-feira

DISCIPLINAS Manhã Estudos; Planejamento Correção de


TÉCNICAS Reunião entre caderno de de aulas, provas;
o coordenador formação, correção de Elaboração de
de área e temas provas, provas;
coordenador relacionados cadernetas, Alimentação da
pedagógico. às planilha. caderneta com
necessidades as notas;
da disciplina Alimentação da
e/ou alunos. Planilha de
notas
DISCIPLINAS Tarde Planejamento de Reunião com Estudos;
TÉCNICAS Planejamento de aulas professores e caderno de
aulas Correção de coordenação formação,
Correção de provas provas pedagógica. temas
Cadernetas Cadernetas relacionados às
Alimentação da Alimentação da necessidades da
planilha de notas planilha de notas disciplina e/ou
alunos.
ÁREA Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4
quarta-feira quarta-feira quarta-feira quarta-feira
Manhã Estudos; caderno Planejamento Correção de
Reunião entre o de formação, de aulas, provas;
coordenador de temas correção de Elaboração de
CIÊNCIAS DA área e coordenador relacionados as provas, provas;
NATUREZA E pedagógico necessidades da caderneta, Alimentação da
EXATAS disciplina e/ou planilha. caderneta com
alunos. as notas;
Alimentação da
Planilha de
notas
CIÊNCIAS DA Tarde Planejamento de Reunião com Estudos;
NATUREZA E Planejamento de aulas professores e caderno de
EXATAS aulas Correção de coordenação formação,
Correção de provas pedagógica. temas
provas Cadernetas relacionados as
Cadernetas Alimentação da necessidades da
Alimentação da planilha de notas disciplina e/ou
planilha de notas alunos.

22
Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4
quinta-feira quinta-feira quinta-feira quinta-feira

Manhã Estudos; caderno Planejamento de Correção de


CIÊNCIAS Reunião entre o de formação, aulas, correção provas;
HUMANAS coordenador de temas de provas, Elaboração de
área e coordenador relacionados as caderneta, provas;
pedagógico necessidades da planilha. Alimentação da
disciplina e/ou caderneta com
alunos. as notas;
Alimentação da
Planilha de
notas

CIÊNCIAS Tarde Planejamento de Reunião com Estudos;


HUMANAS Planejamento de aulas professores e caderno de
aulas Correção de coordenação formação, temas
Correção de provas provas pedagógica. relacionados as
Cadernetas Cadernetas necessidades da
Alimentação da Alimentação da disciplina e/ou
planilha de notas planilha de notas alunos.
ÁREA Semana 1 Semana 1 Semana 1 Semana 1
sexta-feira sexta-feira sexta-feira sexta-feira
Manhã Estudos; caderno Planejamento de Correção de
Reunião com o de formação, aulas, correção provas;
coordenador de temas de provas, Elaboração de
LINGUAGENS área e coordenador relacionados as caderneta, provas;
pedagógico. necessidades da planilha. Alimentação da
disciplina e/ou caderneta com
alunos. as notas;
Alimentação da
Planilha de
notas

LINGUAGENS Tarde Planejamento de Reunião com Estudos;


Planejamento de aulas professores e caderno de
aulas Correção de coordenação formação, temas
Correção de provas provas pedagógica. relacionados as
Cadernetas Cadernetas necessidades da
Alimentação da Alimentação da disciplina e/ou
planilha de notas planilha de notas alunos.
Coordenador de área: Dever acompanhar e planejar o mês de trabalho dos professores
com relação ao planejamento.
Coordenador Pedagógico: Deve estar presente em alguns momentos de estudos e
reuniões de alinhamento das áreas.
Professores: Devem estar cientes do planejamento mensal e cumpri-lo.
OBS: Dependendo da quantidade de turmas e/ou professores, talvez em alguns
casos não seja possível um dia inteiro de planejamento por área. Nesses casos deve-
se organizar o planejamento para um turno.

23
Grade de Horário

segunda- terça- quarta- quinta- sexta-


Aulas feira feira feira feira feira
1º 7:30 a 8:20
2º 8:20 a 9:10 EO*
Intervalo 9:10 Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo
a 9:30
3º 9:30 a 12:00 Eletiva AS**
4º 10:20 a11:10 Eletiva AS**
5º 11:10 a 12:00
Almoço 12:00 Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço
6º 13:20 a 14:10
7º 14:10 a 15:00
Intervalo15:00 Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo
8º 15:20 a 16:10
9º 16:10 a 17:00

*Aulas de Orientação de Estudo antes da avaliação semanal


** Avaliação Semanal
Obs. São duas aulas de OE, a outra aula deve ser distribuída na grade de
horários como cada escola achar melhor e conseguir encaixar.

Recomenda-se que as aulas práticas de Educação Física fiquem antes dos intervalos,
antes do almoço ou nas aulas finais. Quanto às aulas de Projeto de Vida, recomendam-
se que sejam aulas germinadas e que não estejam nas últimas aulas do dia.

AGENDA DE PLANEJAMENTO E REUNIÕES ESCOLARES

Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

Manhã Manhã Manhã Manhã Manhã


Reunião do gestor Reunião da Reunião do * Reunião do
com os coordenação gestor com gestor com o
coordenadores de com docentes os líderes CAF
área (durante a de sala
aula de OE)5

5
Essa reunião trata-se de uma proposta que deve ser seguida a partir do momento em que os líderes de
turma e/ou estudantes monitores já detenham domínio apropriado para condução do Estudo
Orientado.

24
Tarde Tarde Tarde Tarde Tarde
Reunião do Reunião do * Reunião do
coordenador gestor com o CAF com a
pedagógico com coordenador equipe de
os coordenadores pedagógico suporte e
de área apoio

* A quinta-feira fica reservada para reuniões administrativas com toda a equipe


escolar sempre que for necessária, ou ainda para a realização da reunião de pais e
mestres. Para isso será necessário um planejamento de ações e atividades para os
alunos para que os mesmos não sejam prejudicados e/ou liberados fora do horário
permitido.

2.13. Aulas de Campo


Define-se aulas práticas externas, doravante designadas genericamente de aulas
de campo, como sendo todas as atividades didáticas/pedagógicas, de natureza prática e
fora do âmbito escolar.
A aula de campo é um método bastante utilizado em disciplinas que exigem
análises empíricas sobre o assunto em estudo. Compreende-se que esse tipo de
metodologia possui grande eficácia no processo ensino aprendizagem, permitindo, aos
alunos, um contato com aspectos mais amplos referentes aos temas
Poderão participar da aula de campo todos os alunos regularmente matriculados,
o professor (es) responsável (eis) pela aula de campo, o (s) monitor (es) da disciplina e
convidados especiais professores, técnicos e alunos especialmente convidados pelos
professores responsáveis pela aula de campo, desde que a participação desses não
prejudique o funcionamento da escola e das aulas.
Compete ao docente da disciplina ou à equipe de docentes das disciplinas
participantes da aula de campo:
• Elaborar e apresentar a coordenação pedagógica um projeto sobre a aula de campo
contendo quantidade de alunos, disciplinas envolvidas (parte diversificada, base
nacional comum, disciplinas técnicas) e quantidade de professores;
• Apresentar ao coordenador pedagógico um relatório final com a avaliação sobre
a aula de campo;

25
• Elaborar a programação para aula de campo e encaminhá-lo à Coordenação do
curso;
• Responsabilizar-se pela organização prévia da viagem, inclusive dos instrumentos
necessários;
• Zelar pela segurança e pelo envolvimento dos participantes durante o trabalho;
• Responsabilizar-se pelo cumprimento dos objetivos e atividades previstos no
Plano de Ensino;
• Informar, aos discentes, as atividades da aula de campo, com respectivos
objetivos;
• Informar, aos discentes, os riscos inerentes às atividades de aula de campo e os
cuidados a serem tomados pelo estudante;
• Informar aos discentes que é expressamente proibido o porte ou a utilização de
drogas e armas.
Recomenda-se cautela no número de professores participantes nas aulas de
campo, não devendo ficar na escola uma quantidade de professores que seja inferior
ao número de turmas, para que não prejudique o funcionamento das aulas
referentes ao dia.

3. Operacionalização e parte administrativa


Sobre a operacionalização e funcionamento da parte administrativa das ECI e
ECITS seguimos o Art. 7º do Projeto de Lei de criação das mesmas.
Art. 7º Os professores, coordenadores e gestores das Escolas Cidadãs Integrais e
Escolas Cidadãs Integrais Técnicas terão carga horária de 40 (quarenta) horas semanais,
diurnas, cumpridas obrigatoriamente na ECI ou ECIT em que estiverem lotados, sob o
Regime de Dedicação Docente Integral - RDDI, salvo os professores que por ventura
vierem a ser contratados em regime especial para lecionar as disciplinas técnicas
profissionalizantes ou que sejam bolsistas de programas, no caso das Escolas Cidadãs
Integrais Técnicas, não podendo aqueles que estiverem sob o RDDI ter qualquer outra
atividade profissional, nos turnos da manhã e da tarde, durante os dias letivos.

26
Funções específicas;
3.1. Gestor
São atribuições específicas do Gestor da ECI ou ECIT, além do bom desempenho
nas atribuições referentes ao respectivo cargo:
I – Planejar, estabelecer e gerir as atividades destinadas a desenvolver o conteúdo
pedagógico, método didático e gestão curricular e administrativa próprias da escola;
II – Coordenar a elaboração, acompanhar, publicar resultados e revisar o Plano de Ação
da Escola, e dos Programas de Ação de seus auxiliares diretos;
III – administrar os recursos da escola, de espaços e de pessoal, para a realização da parte
diversificada do currículo e atividades de tutoria aos estudantes, levando em consideração
os arranjos produtivos locais onde a mesma está inserida e os projetos de vida dos
estudantes;
IV – Orientar e estar presente em todas as atividades do corpo docente, administrativo ou
de apoio da escola;
V – Acompanhar e zelar pelo cumprimento do Regime de Dedicação Docente Integral -
RDDI;
VI – Criar e implementar atividades voltadas ao esclarecimento do modelo pedagógico
da escola, junto aos pais e responsáveis, com especial atenção ao Projeto de Vida dos
estudantes;
VII – Avaliar a produção didático-pedagógica dos docentes da ECIT;
VIII – sistematizar e documentar as experiências e as práticas educacionais e de gestão
específicas, com objetivo de subsidiar a Secretaria de Estado da Educação na expansão
do modelo de Escola Cidadã Integral e/ou Escola Cidadã Integral Técnica;
IX – Deliberar, no âmbito de sua competência, sobre casos omissos.
§ 1º O Gestor Escolar poderá delegar atribuições ao Coordenador Administrativo-
Financeiro de Escola.
§ 2º Os demais profissionais da escola estarão subordinados ao Gestor.

3.2. Vice Gestor


São atribuições específicas do Coordenador Administrativo-Financeiro da ECI ou
ECIT, além do bom desempenho das atribuições inerentes ao ocupante do respectivo
posto de trabalho:
I – Auxiliar o Gestor Escolar na coordenação da elaboração do Plano de Ação;

27
II – Auxiliar o Conselho Escolar mediando a administração financeira;
III – Assumir a gestão escolar na ausência do Gestor, bem como substituí-lo nos casos de
impedimentos legais e temporários, quando o mesmo não se fizer presente;
IV – Apoiar o Gestor na gestão dos recursos humanos e materiais da escola, zelando pelo
bom funcionamento da unidade de ensino.

3.3. Coordenador Pedagógico


São atribuições específicas do Coordenador Pedagógico das ECI e ECIT, além do
bom desempenho das atribuições inerentes ao ocupante do respectivo posto de trabalho:
I – Desenvolver o projeto pedagógico de acordo com o currículo, os programas de ação e
os guias de aprendizagem;
II – Orientar as atividades pedagógicas desenvolvidas pelos professores, sejam coletivas
ou individuais;
III – Orientar os professores na elaboração dos guias de aprendizagem;
IV – Organizar as atividades de natureza interdisciplinar e multidisciplinar, de acordo
com o plano de ação;
V – Auxiliar na produção didático-pedagógica, em conjunto com os professores da escola;
VI – Avaliar a produção didático-pedagógica;
VII – Responder pela gestão da escola, em caráter excepcional e somente em termos
operacionais, em ocasional ausência do Gestor e do Coordenador Administrativo-
Financeiro;
VIII – Coordenar o trabalho dos coordenadores de área, quando estes se fizerem
presentes;
IX – Auxiliar a gestão escolar no diálogo com a comunidade escolar, pais/responsáveis e
alunos mediante necessidade e demanda existente.

3.4. Coordenadores de áreas


São atribuições específicas do professor Coordenador de Área da ECI ou ECIT, a
serem exercidas com carga horária de 8 (oito) horas/aula, contabilizadas no inciso I,
parágrafo 1º, artigo 7º, além do bom desempenho das atribuições inerentes a respectiva
atribuição:
I – Desenvolver o plano de ação da área que coordena, alinhado com o plano de ação do
Coordenador Pedagógico;

28
II – Coordenar a execução das ações dos docentes da área que coordena de acordo com
os Programas de Ação elaborados pelos professores;
III – Realizar planejamento semanal com os docentes da área correspondente de acordo
com as Diretrizes Operacionais para as Escolas Cidadãs Integrais e Cidadãs Integrais
Técnicas.

3.5. Professores
São atribuições específicas do professor da ECI ou ECIT, a serem exercidas com
carga horária multidisciplinar, além do bom desempenho das atribuições inerentes ao
respectivo cargo ou função:
I – Desenvolver e implementar anualmente o seu Programa de Ação com os objetivos,
metas e resultados de aprendizagem que se pretende atingir;
II – Planejar e executar seu papel pedagógico de forma colaborativa e cooperativa,
objetivando o cumprimento do plano de ação da ECIT;
III – Planejar, desenvolver e atuar na parte diversificada do currículo no que se refere a
disciplinas eletivas, estudo dirigido e apoio aos clubes culturais ou esportivos;
IV – Incentivar e oferecer apoio para as atividades de protagonismo juvenil;
V – Realizar, em caráter irrevogável, a totalidade das horas de trabalho pedagógico
coletivo e individual no ambiente da ECIT onde está lotado;
VI – Atuar em atividades de tutoria aos estudantes;
VII – Participar, obrigatoriamente, das orientações técnico-pedagógicas relativas à sua
atuação na escola e dos cursos de formação continuada ofertados pela Secretaria de
Estado da Educação ou entidades por ela apontadas para esse fim;
VIII – Auxiliar, a critério do Diretor e conforme diretrizes da Secretaria de Estado da
Educação, nas atividades de orientação técnico-pedagógicas desenvolvidas no âmbito da
escola;
IX – Elaborar guias de aprendizagem, sob a orientação do Gestor Escolar;
X – Produzir material didático-pedagógico em sua área de atuação e na conformidade do
modelo pedagógico próprio das ECI e ECIT;
XI – substituir, na própria área de conhecimento, ou fora dela, sempre que necessário, os
professores da escola em suas ausências e impedimentos legais;

29
XII – em caso de assumir o papel de Professor Coordenador de Área, liderar os
professores da(s) área(s) designada(s) conforme orientação do coordenador pedagógico,
consolidando resultados.
§ 1º Os professores das Escolas Cidadãs Integrais e Escolas Cidadãs Integrais Técnicas
terão sua carga horária dividida da seguinte forma:
I - Até 28 (vinte e oito) horas/aula em sala de aula, inclusive em atividades
multidisciplinares;
II - As demais horas serão dedicadas a Estudos, Planejamento e Atendimento – EPA, a
serem realizadas no ambiente escolar ou em atividades pedagógicas propostas pela escola
em ambientes didáticos planejados, estando disponíveis para, além do exercício de suas
atividades, substituir outros professores ausentes em virtude de afastamento não
planejado, quando necessário.

4. Instrumentos de Tecnologia de Gestão Educacional – TGE


A TGE é uma maneira de assegurar um cotidiano para que a escola se organize e
coloque os conhecimentos da equipe escolar a serviço do Projeto de Vida do estudante,
este é o foco das ações. A TGE tem como objetivo integrar tecnologias na rotina escolar,
tendo em vista que pedagógico e gestão trabalham juntos na Escola Cidadã Integral e são
indissociáveis para alcançar metas e objetivos planejados.

4.1. Plano de Ação Escolar


Instrumento de TGE que contém o planejamento geral das ações a serem
desenvolvidas na escola, dentro de cada premissa do Modelo e articulando, objetivos,
prioridades e estratégias a fim de alcançar as metas atribuídas dentro dos mais diversos
indicadores. O plano de ação é anual, contudo, deve ser revisado a cada bimestre.
O plano de ação deve ser construído com toda a equipe escolar sob a liderança da
equipe gestora. É importante que, após a elaboração, o plano de ação seja disposto em
algum lugar estratégico da escola a fim de que toda a comunidade escolar tenha acesso
ao instrumento.
O instrumento citado só terá efetividade na escola a partir do monitoramento das
ações pensadas (que fica sob a responsabilidade do gestor) e sua operacionalização deve
se dar a partir dos programas de ação.

30
4.2. Programa de Ação
O programa de ação é um instrumento que visa recuperar as estratégias do plano
de ação escolar a fim de estruturar estratégias mais diversas (dentro de cada área de
atuação) que colaborem para a efetivação das metas pactuadas. Cada profissional (gestor,
coordenador pedagógico, coordenador administrativo financeiro e professores) deve
elaborar o programa de ação de acordo com sua atuação, bimestralmente.

31
ANEXOS

32
ANEXO 01:

DIRETRIZES PARA A ELEIÇÃO DE LÍDERES E VICE-LÍDERES DAS


ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS

Sobre as eleições para escolha dos líderes de turma


As eleições para a escolha dos líderes e vice-líderes de turma devem ocorrer no
início de março, tendo assim tempo suficiente para que a turma se conheça e tenha sido
possível identificar os alunos com habilidades para exercer esse papel. Assim, na última
semana de fevereiro devem ser feitas as inscrições para a eleição dos candidatos, nesta
semana os candidatos inscritos devem iniciar sua campanha na sala de aula apresentando
suas propostas e forma que pretende agir diante da turma e da gestão para um melhor
funcionamento da escola.
A gestão escolar (gestor e vice gestor, coordenação pedagógica e coordenadores
de área) devem ser os responsáveis pelo decorrer do processo de eleição dos candidatos,
e posteriormente empossa-los nos cargos através do termo de posse assinado pelos
estudantes eleitos e seus responsáveis.
Também cabe a gestão escolar o acompanhamento do desempenho do líder e vice-
líder, e o auxílio sempre que necessário diante das turmas que estes representam. Cabe ao
gestor escolar se reunir quinzenalmente com o conselho de líderes para ouvir, anunciar
ações e comunicados e alinhar ações para o melhor andamento da escola.

Líderes de Turma
Os líderes de turma, juntamente com o Grêmio Estudantil (porém nem todas as
escolas possuem grêmio estudantil), são os principais elos entre as turmas e a escola. Os
estudantes escolhidos pelos colegas para representá-los perante a direção e os demais
setores da escola é responsável por administrar eventuais conflitos e deve estar
permanentemente em diálogo com a turma. O líder se destaca e influencia o grupo,
coordena, incentiva, cresce e coopera. Respeita os colegas, confia no seu grupo, é
persistente, produtivo e tem espírito de justiça.
Qualidades inerentes ao líder de turma:
 Democrático;
 Compreensivo;

33
 Educado e cortês;
 Responsável;
 Honesto;
 Imparcial;
 Justo;
 Bom ouvinte;
 Assíduo nas atividades escolares;
 Exemplo para todos.
Atribuições de um líder de turma
• Ser o elo entre a classe, buscando sempre a harmonia do conjunto (aluno/escola)
e o bem comum;
• Ter conhecimento do regimento escolar;
• Trazer à Coordenação, por escrito, as sugestões ou problemas levantados pela
classe;
• Estimular a turma para a união e colaboração, evitando questões conflituosas entre
colegas e buscando um ambiente agradável;
• Comunicar a gestão e coordenação escolar as dificuldades da turma;
• Participar das reuniões de líderes junto com a gestão escolar;
• Consultar os colegas antes de tomar uma resolução importante que envolva
interesse comum;
• Ter atitudes de uma liderança democrática;
• Comunicar a coordenação pedagógica sobre alunos faltosos ou que gazeiam aulas;
• Informar a turma sobre assuntos tratados nas reuniões;
• Incentivar a disciplina em sala de aula e o respeito pela escola e por todos os seus
componentes (alunos, professores, equipe pedagógica, colaboradores e
funcionários);
• Ser assíduo e ter um bom desempenho e participação nas diversas disciplinas
escolares, bem como zelar pelo cumprimento das regras da escola.
Parágrafo único
No caso de falta no cumprimento de suas atribuições o Representante deverá ser
destituído do cargo e os alunos da turma deverão eleger um novo representante de classe.

34
ANEXO 02: TERMO DE COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO INTEGRAL

Caros senhores Pais e ou responsáveis, compreendemos que a Educação Integral


é uma modalidade nova e que por isso ainda tem gerado algumas dúvidas acerca de seu
funcionamento e quais seus objetivos para com a educação de seus filhos. Pensando nisso,
elaboramos esta ficha, não somente para fins informativos, mas, sobretudo, um
compromisso da família com a educação integral e com a formação acadêmica e
cidadã de seu filho nesta unidade.
Comunicamos que neste ano de 2018, os pais e ou responsáveis que matricularem
seus filhos deverão assinar, além da matrícula, esse termo de compromisso. Agradecemos
à sua preferência e nos comprometemos em fazer o melhor pela educação de seu filho.

1. FINALIDADE DA ESCOLA:
As Escolas Cidadãs integrais e as Escola Cidadãs Integrais técnicas possuem um
conteúdo pedagógico voltado para a formação educacional de qualidade, conforme a
regulamentação da Base Nacional Comum, e a profissionalização do educando conforme
método didático e administrativo próprios. O objetivo oferecer além de uma educação
integral e de qualidade, os fundamentos de uma escola inclusiva e que visa formar o
cidadão para os desafios do século XXI e assim como as exigências profissionais que o
mundo contemporâneo exige. Tendo como ponto de partida o educando e buscando
desenvolver os pilares essenciais para a formação de indivíduos autônomos, competentes
e solidários baseados no incentivo e desenvolvimento do protagonismo juvenil.

2. PATRIMÔNIO DO CENTRO DE ENSINO E DE SEUS FREQUENTADORES:


Os estudantes são corresponsáveis pela conservação e preservação do patrimônio
no que se referem à estrutura física, equipamentos, móveis e demais materiais que
compõem o patrimônio interno e sua limpeza.
Do mesmo modo, devem respeitar os pertences dos colegas, dos professores, da
equipe gestora e dos funcionários.
Caso ocorram atitudes contrárias aos princípios éticos que norteiam a proposta
pedagógica deste Programa, o autor será responsabilizado e deverá ressarcir o “bem
coletivo” pelas possíveis perdas, além de poder ser penalizado, dependendo da situação,
pelo que diz o Código Penal Brasileiro.

35
3. CUMPRIMENTO DO HORÁRIO E FREQUÊNCIA:
O horário é integral e inegociável, devendo ser respeitado conforme declaração da
família no ato da matrícula. Deve haver clareza quanto aos horários de entrada 7:30h e de
tolerância até 7:45h, outro horário que deva ser bem seguido é o de retorno do intervalo
matutino, ou seja, o retorno deve ser pontualmente às 09:30h, e no vespertino as 15:20.
Quanto à falta às atividades escolares só será justificada através de comunicado
da família ou atestado médico, os estudantes que chegarem a unidade escolar depois do
horário de tolerância estabelecido (7:45), só poderá se dirigir a aula no segundo horário,
devendo o mesmo aguardar dentro da escola. É importante ficar claro que fica proibido
ausentar-se da escola sem a devida permissão dos responsáveis, o ato de pular muros e
grades não será tolerado, caso aconteça o estudante será notificado e os responsáveis
comunicados e chamado a comparecer a unidade escolar.
A responsabilidade em acompanhar a frequência do aluno na escola caberá aos
pais ou responsáveis, em caso de omissão a escola deverá comunicar aos órgãos
competentes, sabendo que o máximo tolerado é de 25% de faltas.

4. UNIFORME:
O uso do uniforme será obrigatório e os jovens só poderão entrar com a camisa
oficial ou de cor branca (ou ainda camisas feitas para eventos escolares como gincana,
feira de ciências, clubes de protagonismo etc.), calça jeans (ou outra estabelecida pela
escola) e tênis, de acordo com a norma acordada pela gestão escolar no Regimento
interno. Em caso do não cumprimento independente do motivo, a Equipe Gestora deverá
ser informada pelos familiares ou responsáveis para tomar as devidas providências e
realizar a autorização da permanência do mesmo (a) nas dependências da escola.

5. LANCHES E REFEIÇÕES:
Serão servidas diariamente três (03) refeições. Os alunos não poderão em hipótese
alguma sair para almoçar ou lanchar fora da escola. A única exceção será o caso de alunos
com restrições alimentares e que apresentem laudo médico, nesse caso os país devem
enviar as refeições para a escola. Os lanches e refeições só podem acontecer no local
definido pela Equipe Gestora (refeitório). O jovem deverá fazer uso correto dos coletores
de lixo, ajudando na conservação do ambiente permanentemente limpo e em condição de

36
uso. Os estudantes deverão ficar sempre atentos aos desperdícios, se servir apenas daquilo
que for consumido.

6. REUNIÕES E BOLETINS:
Os pais e ou responsáveis devem comparecer na escola ao menos nas reuniões
bimestrais de pais e mestres para receber e assinar os boletins que serão entregues ao final
de cada bimestre, fica sob responsabilidade da gestão comunicar as datas e horários das
reuniões. E sempre que for necessária ou solicitada à sua presença. Lembrando que é
preciso cumprir a Lei nº 9394\96 que diz que a educação da criança\adolescente” é dever
(primeiro) da família, (segundo) do Estado”. (Grifo nosso).

6. USO DO CELULAR E OUTROS DISPOSITIVOS TECNOLOGICOS:


A escola não se responsabilizará por danos, perdas ou qualquer outro incidente
com aparelhos celulares dos alunos, uma vez que a Lei Nº 5443 proíbe o uso do aparelho
nas dependências escolares, inclusive a mesma prevê sanções aos que descumprirem e,
portanto, a escola não pode ser responsabilizada pelo que vier a acontecer.
Recomendamos que este tipo de aparelho seja levado apenas quando for solicitado para
fins de pesquisa e ações pedagógicas.

7. CUIDADOS NO LABORATÓRIO:
Os laboratórios têm normas de segurança e Manuais de Procedimentos a serem
seguidos. Os estudantes serão responsabilizados pelos danos resultantes do uso
inadequado dos equipamentos. Portanto fica proibida a permanência do estudante nos
laboratórios sem a presença de um professor ou monitor responsável.

8. AVALIAÇÕES:
Durante a aplicação de instrumentos de avaliação (provas), o estudante não poderá
fazer uso de recurso não autorizado, bem como “trocar informações” com colegas, seja
de forma verbal ou escrita, sob pena de ter a avaliação recolhida e invalidada, sendo
atribuída nota 0 (zero).
Além das avaliações realizadas normalmente pela escola, as escolas integrais
também passam por avaliações externas todas com o objetivo de melhorar o desempenho
acadêmico dos estudantes com foco na melhoria dos índices de aprendizagem.

37
Se ocorrer infrequência (falta) na Avaliação da Unidade e/ou Recuperação, o
estudante terá direito a uma segunda chamada mediante apresentação de atestado médico
ou justificativa do responsável. Caso o estudante e/ou responsável não concorde com
alguma nota atribuída a alguma avaliação, poderá recorrer à revisão de prova.

9. VIAGENS E AULAS DE CAMPO


A educação integral incentiva à criatividade do aluno através das eletivas, algumas
dessas necessitam de deslocamento para aulas de campo que podem acontecer fora do
ambiente escolar, portanto, nossos alunos viajam, contudo, os senhores serão previamente
comunicados. Caso não chegue até suas mãos um pedido de autorização para viagem, não
permita a ida de seu filho e nos procure imediatamente.

10. LIVROS DIDÁTICOS:


O aluno que receber o livro didático ficará responsável por ele durante todo o ano
letivo, sua devolução em bom estado ao final do ano letivo é de responsabilidade do
mesmo. Em caso de extravio, destruição e falta de manutenção do mesmo, os
responsáveis deverão ressarcir a escola.

11. RESPEITO AOS ESCOLARES:


Levando em consideração o pilar do CONVIVER, as relações devem sempre
harmoniosas, o respeito com todos é um princípio fundamental para a boa convivência
escolar. Devem ser evitados apelidos, maus tratos, bullying e demais formas de agressões.
O aluno deverá tratar com respeito a todos os professores, funcionários e colegas,
caso desobedeça, o mesmo receberá advertência e os pais serão comunicados. E, de
acordo com a gravidade do ato, o Conselho Tutelar e Ministério Público poderão ser
acionados.

____________________________________________________________________
ASSINATURA DO RESPONSÁVEL
__________________________________, _______/_________ de
_________________
Local e data

38
ANEXO 03: TERMO DE POSSE DOS LÍDERES E VICE-LÍDERES
Em conformidade com os resultados das eleições ocorridas na
______________________________________________________________________,
mais especificamente nas salas de aula de cada ano/turma, realizadas no dia ______ de
______________________ de 2017, tomam posse os líderes e vice-líderes para um
mandato de 1(um) ano, a partir do dia _______ de _____________________ de 2018
até o dia 31 de Dezembro de 2018, conforme relacionados abaixo:

Líder Turma
Vice-líder

Diante da clareza quanto aos fatos e de todo o processo de escolha por votação aberta,
me comprometo a exercer o papel de liderança com respeito a todos, dedicação,
compromisso a causa e a melhoria das condições para a minha permanência e de todos
os meus liderados nessa instituição.

_____________________________, ________de ______________________ de 2018.

Líder

Responsável

Vice-líder

Responsável

Responsável pelo processo

Diretor ou coordenador pedagógico

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ANEXO 04: Orientação para o planejamento das Escolas Cidadãs Integrais
Técnicas - ECIT’s

Seguem abaixo orientações necessárias para o planejamento da nova Matriz dos Cursos
Técnicos - 2018. Essa nova Matriz foi produzida a partir da formação de competências e
habilidades, onde professores de todas as áreas participaram e deram suas contribuições.

1º Orientação - Formação Geral.

Carga Horária Semanal (ha)

1° 2° 3°

Língua
Portuguesa 5* 4 3
Linguagens Arte 1 1 1

Educação Física 2 2 2

História 2 2 1

Geografia 2 2 1
Ciências
Formação
Humanas Filosofia 1 1 1
Geral

Sociologia 1** 1 1

Química 2 2 2

Ciências da Física 2 2 2
Natureza
Biologia 2 2 2

Matemática Matemática 5*** 4*** 3

*Na disciplina de Língua Portuguesa, no 1º ano, devem ser inseridos os seguintes assuntos nos
Planos de Curso dos professores: Redação Técnica; Elaboração de Artigos Científicos; Normas da
ABNT; e Pesquisa Científica. No 2º ano, deve ser inserida também a Elaboração de Currículos.

40
** A disciplina de Sociologia deve abordar, também, durante os três anos, Ética e Relações
Interpessoais.
*** A disciplina de Matemática, nos 1º e 2º anos, deve abordar raciocínio lógico, ajudando na
resolução de problemas.

Educação Física: será ministrada com 1 (uma) aula prática e 1 (uma) aula teórica.

Todas as disciplinas da Formação Geral devem fazer um planejamento articulado com


os cursos técnicos, de acordo com a sequência das disciplinas dos cursos, visando a não repetição
de assuntos e melhorando o entendimento e o desempenho do aluno.

2º Orientação - Parte Diversificada.

Carga Horária Semanal (ha)

1° 2° 3°

Orientação de Estudo 2 2 2 1

Eletiva 2 2 2 0

Projeto de vida 2 2 0 0
Parte
diversificada Pós-Médio 0 0 2 2

Avaliação Semanal 2 2 2 1

As orientações da parte diversificada ficam a cargo da CEEI. As únicas modificações


foram no 2º semestre do 3º ano, pois necessitamos de carga horária para o estágio dos alunos.

41
3 º Orientação - Formação Básica para o Trabalho

1º ano 2º ano 3º ano

1º S 2º S 3º S 4º S 5º S 6º S

Informática Básica 1 1 1 1 1

Língua Estrangeira (Inglês-Básico e


instrumental) 2 2 2 2 2 2

Língua Estrangeira
(Espanhol-Básico e Instrumental) 1 1 1 1 1
Formação
4
Básica para Inovação Social e Científica
o Trabalho Intervenção Comunitária 4

Empresa Pedagógica 4

Higiene e Segurança do Trabalho 2

- Informática Básica deve ser ministrada juntamente com os professores da base comum.
Ex: O professor de Português pode utilizar o Laboratório de Informática para
desenvolver o assunto de elaboração de textos científicos; e o professor de Informática
irá auxiliar o professor de Português no Laboratório de Informática.

- As disciplinas de Língua Estrangeira devem abordar também a parte instrumental,


direcionada aos cursos técnicos. Ex: Como escrever um e-mail formal ao seu chefe em
inglês; utilizar textos que abordem os assuntos dos cursos técnicos.

- Inovação Social e Científica: disciplina voltada ao desenvolvimento e aplicação de


técnicas sustentáveis e produtos inovadores.

- Intervenção Comunitária: trata do desenvolvimento, junto à comunidade onde a escola


está inserida, de meios para melhorá-la. Os alunos devem reconhecer um problema na
comunidade e tentar resolvê-lo.

- Empresa Pedagógica: trata da preparação e direcionamento dos alunos para o mercado


de trabalho, por meio de visitas técnicas a empresas, técnicas de comportamento e
resolução de problemas.

42
4 º Orientação - Formação Profissional.

A Formação Profissional, em 2018, será organizada por disciplinas semestrais, visando


otimização da sequência, melhor desempenho do professor e maior aprendizado dos alunos.
Caso o aluno seja reprovado em alguma disciplina do 1º semestre, a avaliação final será realizada
no final do ano, juntamente com todas as outras; durante o 2º semestre, o professor da
disciplina deve acompanhar este aluno reprovado, fazendo revisões e trabalhos que possam
ajudar em sua avaliação final.
O quadro dos professores técnicos deve ser dividido em 2 semestre, onde cada um deles
deve conter 20 horas-aula.
Uma outra mudança importante foi o aumento da carga horária do estágio, para 20h
semanais no último semestre, quando o aluno terá um turno disponível para o estágio na escola
ou em empresas parceiras.

João Pessoa; 14 de fevereiro de 2018


Comissão Executiva das Escolas Cidadãs Integrais

43
ANEXO 05: Matriz Curricular do Ensino Fundamental.

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