A mais antiga teoria e também a mais conhecida é a
Malthusiana, elaborada pelo economista inglês, Thomas Robert Malthus, em 1798. O contexto do período era a Revolução Industrial, que promoveu o crescimento urbano muito rápido e intenso, mas com salários baixos, gerando muita miséria. Ele então estabeleceu que o número de pessoas cresce de maneira geométrica (2, 4, 8, 16…), enquanto o número de alimentos cresce de maneira aritmética (1, 3, 5…), o que faria com que dentro de pouco tempo não houvesse alimentos para toda as pessoas.
Logo, os problemas de fome no mundo estariam
relacionados ao aumento populacional. Ele não era a favor do uso de contraceptivos, mas sim do controle moral, ou seja, a partir do abandono da prática sexual constante, pois os casais só deveriam procriar caso tivessem dinheiro para sustentar seus filhos. Mas Malthus não contava com os avanços tecnológicos na agricultura e nas indústrias que proporcionaram um aumento maior de alimentos, enquanto a população cresceu menos do que ele esperava. A teoria dele gerou várias críticas, principalmente pelos sociólogos defensores da Teoria Reformista ou Teoria Marxista, baseada nos ideias de Karl Marx.
Ele afirma que o problema populacional está relacionado à
desigualdade social proveniente do sistema capitalista. O problema não é o excesso de gente e nem a falta de alimentos, mas sim uma má distribuição de renda entre a população. A solução seria a adoção de políticas públicas que promovessem o combate à pobreza, melhorassem condições de saúde e de trabalho para todas as pessoas.
Ainda existem aqueles que, atualmente, acreditam que os
problemas de fome e miséria sejam relativos à pouca comida e excesso de população. Estes são os defensores da Teoria Neomalthusiana. Diferente de Malthus, eles são a favor da utilização de métodos contraceptivos para evitar um aumento da população, medida adotada por muitos países atualmente, incluindo o Brasil.
Entretanto, surge a Teoria da Transição Demográfica, que
afirma que conforme as condições sociais melhoram e as mortes diminuem, o crescimento vegetativo aumenta. Quando ocorrem melhorias sociais e modernizações, a população torna-se mais consciente, adotando o planejamento familiar e diminuindo a taxa de natalidade. Esta teoria mostra que as populações tendem a se estabilizar e, muitas vezes, começarem a diminuir, como ocorre em países da Europa, onde políticas de incentivo de natalidade precisam ser adotadas.