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CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

RESISTENCIA DOS MATERIAIS

SANTARÉM 2018
RICKY BAIA BEZERRA

RESISTENCIA DOS MATERIAIS

CICLO DE MOHR

Trabalho para obtenção de nota, para


disciplina de RESISTENCIA DOS
MATERIAIS, sexta-feira à tarde, ministrada
pelo prof. Nadir Pires, do curso de
Engenharia Civil do ULBRA/Santarém.

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Sumário

1 Apresentação 4
2 Desenvolvimento 4
3 Conclusão 7
4 Bibliografia 7

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1. Apresentação.

A Resistência dos Materiais estabelece uma metodologia simples e


analítica que trabalha sob considerações lineares e elásticas e que envolve
carregamentos e geometria para proceder à definição e à análise do estado de
tensão dos pontos críticos das estruturas.

2. DESENVOLVIMENTO

O CÍRCULO DE MOHR

O círculo de Mohr é definido como o lugar geométrico dos pontos que


satisfazem as equações (σα, τα). Por exemplo, ele pode ser usado para a
determinação das tensões atuantes num plano qualquer que passa pelo ponto e,
em particular, das tensões principais e tensões cisalhantes máximas. Atualmente,
sua utilização como ferramenta de cálculo tem-se reduzido bastante por causa da
disponibilidade de calculadoras. Ainda assim o círculo é utilizado para a
visualização gráfica e qualitativa de como as tensões variam de acordo com a
definição dos planos que passam pelo ponto em estudo. A Figura 2.1 mostra a
construção do círculo através do conhecimento das tensões (σx, σy e τxy).

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Figura 2.1: Construção do círculo de Mohr

A construção do círculo de Mohr, a partir do conhecimento das tensões σx,


σy e τxy segue o seguinte procedimento, onde também são realçados alguns
tópicos que auxiliam na sua utilização:
1. Traçam-se os eixos coordenados σ e τ.
2. Marcam-se os pontos sobre o eixo σ que refletem os valores relativos das
tensões σx e σy.
3. A partir de σx ou σy marcam-se as alturas τxy. Usa-se a seguinte convenção
de sinais: tensões cisalhantes positivas são plotadas na parte inferior do
círculo e são orientadas para cima. No caso mostrado, a tensão τxy, que
atua no plano X, é positiva. O ponto P, que representa o plano X, está sobre
a circunferência que delimita o círculo.
4. O centro do círculo C coincide com a coordenada (σ, 0) onde σ é igual ao
invariante dividido por 2, isto é,

σI +σII = σx +σy (3.56)


2 2
que é também o valor da tensão normal que atua no plano de tensão
cisalhante máxima (com relação a todos os planos possíveis que estão de
topo ao plano Z ou III).
5. O raio do círculo é dado pela distância CP, que também é o valor da tensão
cisalhante máxima

σI −σII =τmax,I ,II (3.57)


2

6. Da origem dos planos, Oα = ponto B, podem ser traçados os eixos X e Y,


que são os vetores normais aos planos ortogonais X e Y.

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7. As tensões normais máxima e mínima são dadas pelas distâncias O σΑ = σI
e OσΒ = σII, respectivamente, e as normais aos planos principais estão sobre
os eixos (horizontal) I e (vertical) II, traçados a partir da origem dos planos
Oα .
8. O ângulo que a tensão principal I faz com o eixo X, αI, é contado
positivamente no sentido trigonométrico a partir de X. O eixo II é sempre
localizado atrasado de π/2 com relação ao eixo I.
9. As normais aos planos onde atuam as tensões cisalhantes, máxima e
mínima, estão mostradas como linhas tracejadas e deve-se notar que elas
fazem ângulos iguais a 450 com os eixos I e II.
O estudo geométrico do estado tridimensional de tensões também pode ser
feito através de três círculos de Mohr conforme pode ser visto na Figura 2.2. Um
plano qualquer que passe pelo ponto tem seu ponto representativo posicionado
na região sombreada entre os três círculos. As tensões normal e cisalhante que
atuam neste plano podem ser determinadas pelas coordenadas do ponto com
relação aos eixos σ e τ.
As três circunferências que delimitam os três círculos correspondem aos
lugares geométricos dos pontos que representam as tensões atuantes em planos
que são ortogonais a cada um dos três planos principais. Por exemplo, o círculo
2-3, delimitado pelas tensões principais σ2 e σ3, corresponde ao lugar geométrico
de todos os planos que são ortogonais ao plano 1.
A observação da Figura 2.2 ilustra bem o fato que existem três tensões
cisalhantes máximas locais, definidas nas expressões (3.52). Graficamente, elas
correspondem aos raios dos três círculos de Mohr. A maior das tensões
cisalhantes máximas é aquela que se origina do maior círculo, cujo raio é (σ1−σ3)
que, em certos casos, é diferente e por isto maior que (σI −σII) .
Esta é uma boa razão para renomear-se as tensões determinadas pelas
equações do estado plano: de σI >σII e σIII =0 para σ1 >σ2 >σ3.

Figura 2.2: Tensões cisalhantes máximas para os três cículos de Mohr.

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Figura 2.3: Equilíbrio do paralelepípedo elementar para o estado plano
de tensões

A determinação das tensões σn e τn que atuam num plano definido em


relação aos eixos principais, n = (n1, n2, n3) é mostrada na Figura 2.3. Para localizar
o plano n que passa através de um ponto deve-se seguir o seguinte procedimento:
1. Marcar os ângulos n1, n2 e n3 respectivamente a partir dos eixos verticais 1,
2 e 3.
2. Traçar a reta que indica o ângulo n1 e determinar os pontos A1 e B1 onde
ela corta os círculos 2 e 3.
3. Centrar em C1 e traçar o segmento de círculo A1B1.
4. Fazer o mesmo com os ângulos n2 ou n3 respectivamente com os eixos 2
ou 3.
5. O ponto n será localizado pela interseção dos dois segmentos de círculos
resultantes. Notar que só é necessário a marcação de dois ângulos dados
por seus cossenos diretores, uma vez que o vetor normal tem módulo
unitário.

3. CONCLUSÃO

Mostrou-se que o círculo é utilizado para a visualização gráfica e


qualitativa de como as tensões variam de acordo com a definição dos planos.
Foi bastante utilizado no passado como um meio gráfico de análise do estado
de tensão.

Referências Bibliográficas
https://docgo.net/philosophy-of-money.html?utm_source=aet2-analtensoes-livro-
ie-pdf.

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