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Diferencial e
Integral
Cálculo Diferencial e
Integral
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida
ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico,
incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e
transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e
Distribuidora Educacional S.A.
ISBN 978-85-8482-158-7
CDD 515
2015
Editora e Distribuidora Educacional S. A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041 ‑100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Sumário
Seção 4 - A derivada 53
4.1 | Taxa de variação 53
4.2 | Função derivada 55
Cabe ressaltar que a utilização dos links e materiais disponíveis nos "Para
Saber Mais" deste livro são essenciais para que o aprendizado aconteça de forma
completa.
Bons estudos!
Unidade 1
FUNÇÕES, LIMITE,
CONTINUIDADE E DEFINIÇÃO
DE DERIVADA
Mariele Vilela Bernardes Prado
Objetivos de aprendizagem:
Seção 4 | A derivada
Nesta seção, será apresentada a definição de derivada a partir dos
conceitos de taxa de variação e retas secantes e tangentes.
Introdução à unidade
Seção 1
Revisando funções
A função é descrita por leis científicas e princípios de engenharia como uma
quantidade que depende de outra. O termo “função” foi apresentado por Leibniz
para indicar a dependência de uma quantidade em relação à outra de acordo com a
definição a seguir:
Se uma variável y depende de uma variável x de tal modo que cada valor de x
determina exatamente um valor de y, então dizemos que y é uma função de x.
As funções podem ser representadas por equações, por tabelas, por gráficos ou até
mesmo por meio de palavras.
Uma função ƒ é uma regra que associa uma única saída a cada entrada. Se a
entrada for denotada por χ , então a saída será denotada por ƒ ( χ ) .
Muitas vezes, a saída de uma função também é denotada por uma letra -
normalmente o γ - e escreve-se γ = ƒ ( χ ) . Tal equação expressa γ como uma função
de χ . A variável χ é denominada variável independente e a variável γ é denominada
variável dependente.
Vejamos um exemplo:
ƒ associa γ = 6 a χ = 2.
Vejamos um exemplo:
χ=1⇒γ=2.1=2
χ=2⇒γ=2.1=4
Logo, R={(1,2),(2,4)}.
A partir de agora, sempre que falarmos de funções e não definirmos seus conjuntos
de entrada e saída, vamos assumir que estamos trabalhando com funções reais de
variáveis reais.
Para conhecer mais sobre a história das funções acesse: Disponível em:
<http://www.unifal-mg.edu.br/matematica/?q=hist_funcao>.
Exemplo:
a. ƒ ( χ ) = χ4
b. ƒ ( χ ) = √χ - 5
Resposta:
a. A função ƒ tem valores reais para todo χ real. Logo, seu domínio é o intervalo
( - ∞, ∞ ), ou simplesmente o próprio conjunto dos reais (R).
Exemplo:
I. Qual a imagem de ƒ ( χ ) = 5 + √χ - 1 ?
Resposta:
Quais os possíveis valores de saída quando x assume valores dentro de seu domínio?
χ=1→γ=5
χ = 3 ⁄ 2 → γ ≅ 5,71
χ=2→γ=6
χ=5→γ=7
χ = 65 → γ = 13
Observe que para cada valor que χ assume em seu domínio os valores de γ serão
sempre maiores que 5. Sendo assim, a imagem de ƒ é o intervalo [5,∞), ou ainda, Imƒ
= {γ ∈ R | γ ≥ 5}.
χ+1
II. Qual a imagem de ƒ ( χ ) = ?
χ-1
Observe que, para que o denominador seja diferente de zero, devemos ter χ - 1 ≠ 0
⇒ χ ≠ 1 . Logo, o domínio natural de ƒ é dado por Dƒ = {χ ∈ R | χ ≠ 1}.
χ+1
Agora, sendo γ = quais os possíveis valores que y pode assumir?
χ-1
γ+1
Observe que χ = 1, = 1 ⇒ γ + 1 = γ - 1 ⇔ 1 = - 1, o que é um absurdo. Logo,
γ-1
a restrição denominada por Dƒ não implica restrição para a Imƒ.
Observe, porém, que para γ=1 não teríamos um valor possível para χ , uma vez que
a divisão por zero não é definida. Logo, Imƒ = {γ ∈ R | γ ≠ 1}.
Foi definido acima que a imagem de uma função é o conjunto formado apenas
pelos valores de saída que apresenta relação com algum valor de entrada. Assim,
podemos esperar que alguns valores de saída de uma função podem não se relacionar
com os valores de entrada. O conjunto formado por todos os elementos do conjunto
de saída, independentemente se este valor se relaciona ou não com algum elemento
do conjunto de entrada, é chamado de contradomínio de ƒ.
Sendo ƒ uma função real de variável real, temos que o gráfico de ƒ no plano
cartesiano χγ é dado pelo gráfico da equação γ=ƒ(χ). Ou ainda, o gráfico de ƒ é o
conjunto dos pontos dados pelos pares ordenados (χ,γ) em que χ∈Dƒ e γ∈Imƒ.
x -2 -1 0 1 2
y 4 1 0 1 4
Figura 1.1 | Gráfico de f(x)=x2
Nas definições dadas no início da unidade aprendemos que, para que uma função
exista, é preciso que exista um único valor da variável dependente para cada valor da
variável independente, ou seja, para cada χ pertencente ao conjunto de entrada existe
um único γ pertencente ao conjunto de saída.
Exemplo:
Resposta:
ƒ + g = ƒ(χ) + g(χ) = χ2 + χ - 2
ƒ - g = ƒ(χ) - g(χ) = χ2 - (χ - 2) = χ2 - χ + 2
ƒ . g = ƒ(χ) . g(χ) = (χ2) . (χ - 2) = χ3 - 2χ2
ƒ / g = ƒ(χ) / g(χ) = χ2 / (χ - 2), para χ ≠ 2
Veremos agora outra operação possível de ser realizada entre funções que não
apresenta analogia com nenhuma operação entre números.
(ƒ o g)(χ) = ƒ(g(χ))
Exemplo:
Resposta:
Quando uma função afim apresenta um coeficiente linear nulo ( ) recebe o nome
de função linear.
Para a>0, a parábola apresenta concavidade voltada para cima e para a<0,
concavidade voltada para baixo.
Uma função é dita racional, se ela é o cociente entre duas funções polinomiais,
isto é:
p(χ)
ƒ(χ) =
q(χ)
Para saber mais sobre funções quadráticas, assista ao vídeo. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=W7NbQuiNnsc>.
Dada a função bijetora ƒ: A→B definida pela sentença γ = ƒ(χ), para obtermos a
sentença aberta que define ƒ-1 devemos seguir os seguintes passos:
Exemplo:
i. γ = 4χ + 7 → χ = 4γ + 7
χ-7
ii. χ = 4γ + 7 ⇒ 4γ + 7 = χ ⇒ 4γ = χ - 7 ⇒ γ = .
4
χ-7
Logo, a inversa de ƒ, isto é, ƒ-1 é dada por γ = .
4
Seção 2
definida para χ ∈ R / χ ≠ 2.
Os limites para χ < 2 e χ > 2 são chamados de limites laterais. O tema será abordado
de forma mais completa ainda neste material.
Você já deve ter percebido que, conforme o valor de χ se aproxima de 2, ƒ (χ) fica
cada vez mais próxima de 3. Ou ainda, podemos tornar ƒ (χ) tão próximo de 3 quanto
desejarmos, basta tomarmos χ suficientemente próximo de 2, conforme observado
na figura 1.7.
1 2
A partir desta observação podemos definir, de forma informal: seja ƒ uma função
definida em um intervalo que contenha o ponto a, exceto eventualmente no próprio
a, dizemos que:
Então
Teorema 3: Se e , então:
a. .
b. .
c. .
d. desde que .
f. e .
g.
Exemplo:
Calcule .
Resposta:
Agora, e .
2.3 Indeterminação
A propriedade d do teorema 3 nos diz que o desde que L2 ≠ 0. Tal
restrição é clara, uma vez que a divisão por zero não está definida.
Para casos como este, deve-se, quando possível, reescrever a expressão estudada
de outra forma equivalente.
Logo
Exemplo:
I. Calcule
Logo,
II. Calcule
O limite apresenta mais uma vez uma indeterminação do tipo 0 . Neste caso, não
0
se trata de um quociente de polinômios e para reescrever a expressão pode-se usar o
artifício de multiplicar o numerador e o denominador por .
III. Calcule
O exemplo III apresenta outro tipo de indeterminação do tipo 0 . Aqui, uma solução
0
possível para encontrarmos uma expressão equivalente que permita o cálculo do
limite é utilizar o artifício da mudança de variável.
Se χ → 1, então . Logo u → 2.
Assim,
Logo,
No início dos estudos de limites foi mencionada a existência dos limites laterais.
Vimos que o estudo do comportamento de uma função nos valores próximos a a, isto
é, uma função definida em um intervalo que contenha o ponto a, exceto eventualmente
no próprio a, deve ser feita para valores menores que a e maiores que a. Para χ < a, é
calculado o limite lateral à esquerda, e para χ > a calculamos o limite lateral à direita.
Seja ƒ uma função definida em um intervalo aberto ]a,b[ . O limite de ƒ(χ) , quando
χ se aproxima de a pela direita é L1 e escrevemos .
Seja ƒ uma função definida em um intervalo aberto ]c,a[. O limite de ƒ(χ), quando χ
se aproxima de a pela esquerda é L2 e escrevemos .
Para o caso de termos lim ƒ(χ) ≠ lim ƒ(χ), dizemos que lim ƒ(χ) não existe.
χ→a χ→a
Exemplo:
Observe os limites das funções apresentadas na figura 1.8. Os limites laterais de ƒ(χ)
quando χ tende a a são χlim
→a
ƒ(χ) = 2 e χlim
→a
+
ƒ(χ) = 6 . Logo, podemos afirmar que χlim
-
→a
ƒ(χ)
não existe, pois seus limites laterais são diferentes. Já na função g(χ), os limites laterais
são lim g(χ) = 5 e lim g(χ) = 5 . Sendo os limites laterais iguais, podemos afirmar que lim
χ → b+ χ → b-
g(χ) existe e é igual a 5. Mesmo que o valor de g em χ=b seja diferente do limite de g(χ)
quando χ→b.
II. Seja ƒ(χ)=χ2 - 4, temos que lim ƒ(χ) = 0 e lim ƒ(χ) = 0. Logo, lim ƒ(χ) existe e é
χ → 2+ χ → 2- χ→a
também igual a 0.
Logo,
logo
Agora fica fácil calcularmos os limites laterais, basta utilizarmos a ideia apresentada
no início da seção.
Como, lim g(χ) = lim g(χ) temos que lim g(χ) não existe.
χ → 2+ χ → 2- χ→2
Em alguns casos, a função pode assumir valores cada vez maiores, ou cada vez
menores.
1
Observe a função ƒ(χ) = definida para R*.
χ
Como é o comportamento de ƒ(χ) próximo a 0?
A partir da tabela acima e do gráfico de ƒ(χ) apresentado na figura 1.9 é fácil perceber
que, conforme χ se aproxima de 0 pela direita, os valores de ƒ(χ) crescem infinitamente
e de forma positiva. Quando χ se aproxima de 0 pela esquerda, ƒ(χ) assume valores
negativos e decrescem infinitamente.
Quando lim ƒ(χ) = + ∞ e lim ƒ(χ) = + ∞ , podemos afirmar que lim ƒ(χ) existe, e ainda
χ → a+ χ → a- χ→a
lim ƒ(χ) = + ∞. De forma análoga, temos que lim ƒ(χ) = + ∞ se lim ƒ(χ) = lim ƒ(χ) = + ∞.
χ→a χ→a χ → a+ χ → a-
Outra caso que envolve valores infinitos é quando χ assume valores cada vez maiores,
ou menores. Nestes casos, teremos limite no infinito.
Além das propriedades para o cálculo de limites já apresentadas, que são válidas
para limites no infinito, devemos saber também que:
Exemplo:
Calcule .
∞
Observe que o limite apresenta uma indeterminação do tipo . Afim de resolvermos
∞
o problema, vamos dividir o numerador e o denominador da função por χ3. Observe
que tal argumento só é válido pois χ ≠ 0.
Como , temos
2.6 Assíntotas
Vamos voltar ao exemplo do tópico anterior, a função ƒ(χ) = 1χ definida para R* , com
o gráfico apresentado na figura 1.9.
Observe que ƒ(χ) aproxima-se da reta χ = 0 cada vez mais, chegando a confundir-se
com ela. Do mesmo modo, ƒ(χ) aproxima-se da reta γ = 0 cada vez mais.
• Uma reta χ = a é uma assíntota vertical ao gráfico de ƒ(χ) caso lim ƒ(χ) = -+ ∞ ou
χ → a+
lim ƒ(χ) = ∞ +
-
χ → a-
• Uma reta γ = a é uma assíntota horizontal ao gráfico da função ƒ(χ) caso χlim
→ ∞
ƒ(χ) = b.
+
-
• Calcular os lim ƒ(χ) e lim ƒ(χ), e se o valor encontrado for um número real a,
χ→+∞ χ→-∞
Exemplo:
Temos que χ=-3 é um ponto crítico de , pois para χ=-3, teríamos o valor
1.
2.
3.
Exemplos:
I. Calcule .
Seja u=5χ, então χ=u / 5 e se χ→0 , u→0. Substituindo na função inicial, temos
II. Calcule .
III. Calcule .
Seja,
Você deve recordar que a distância entre ƒ(χ) e 5 e entre χ e 2 é dada por |ƒ(χ)
= -5| e |χ-2| respectivamente.
Vamos reescrever, então, o que foi dito anteriormente: Podemos tornar |ƒ(χ)
= -5| tão pequeno quanto desejarmos, desde que tomemos |χ-2| suficientemente
pequeno, mas diferente de 0.
Supondo que desejamos que |ƒ(χ) = -5| < 1 . Quais valores de |χ-2| devemos ter?
100
1
Portanto, devemos tomar χ, tal que |χ-2| < e χ ≠ 2.
200
Para quantificar o quão pequenas devem ser essas diferenças, faremos uso das letras
ε (epsilon) e δ (delta).
Para todo ε > 0, existe um δ > 0 tal que |ƒ(χ) = -5| < δ sempre que 0 < |χ-2| < δ.
Exemplos:
É preciso mostrar que, dado ε > 0, pode-se encontrar um δ > 0 tal que
se .
Pode-se reescrever a afirmação acima de forma que torne mais fácil encontrar o δ
apropriado.
Portanto, quando 0 < |χ - 2| ε , então |ƒ(χ) -1| < ε. Basta tomar δ = ε , qualquer que
2 2
seja ε > 0. Logo, .
4χ2 + 11
1. Calcule limχ → - ∞
3χ2 + χ - 7
(2 + χ)2 - 4
a. limχ → 0
χ
5χ2 - 4χ + 3
a. O limite da função ƒ(χ) = quando χ tende a ∞ é:
3χ - 2
Seção 3
Funções contínuas
Podemos apresentar a ideia de continuidade como processos que ocorrem de
maneira ininterrupta, sem mudanças repentinas. Imagine que você deixe cair uma
moeda de uma altura de 2m. A moeda não pode, ao seguir sua trajetória, estar a 1,5m
do chão e, em seguida, aparecer a 0,5m, não é mesmo? A trajetória da moeda deve
percorrer todos os valores entre 0 e 2m. Funções que representam processos como
esse são chamadas de funções contínuas.
Caso uma ou mais dessas condições não sejam satisfeitas, dizemos que ƒ apresenta
uma descontinuidade em χ = a, ou é descontínua em χ = a.
Exemplos:
χ2 - 4
I. A função ƒ(χ) = χ - 2 é contínua em χ=2?
• ƒ(2) existe?
Como os limites laterais são iguais, podemos afirmar que lim ƒ(χ) existe e é igual a 4.
χ→2
A partir das duas primeiras condições, chegamos que lim ƒ(χ) = ƒ(2) = 4.
χ→2
Observando o esboço do gráfico de g(χ) apresentado na figura 1.11 (a), vimos que
existe uma quebra no gráfico no ponto χ - 3 e que g(χ) não está definida neste ponto.
Assim, a condição (i) não é satisfeita. Logo, g apresenta uma descontinuidade no ponto
χ - 3, isto é, g(χ) é uma função descontínua.
1. ƒ + g é contínua em χ = a.
2. ƒ - g é contínua em χ = a.
3. ƒ . g é contínua em χ = a.
Exemplo:
Podemos escrever h(χ) como uma função composta h = ƒog, sendo ƒ(χ) = √χ
e g(χ) = 9 - χ2. Como ƒ e g são funções contínuas em seu domínio, pelo teorema 5
podemos afirmar que h é também continua em seu domínio.
χ → b-
Uma das consequências do Teorema do Valor Intermediário é que ele é útil para
identificarmos intervalos em que a raiz de uma função pertença.
Você já sabe que funções polinomiais são contínuas, e pelo teorema 7 podemos
afirmar que p(χ) = χ2 + 3χ + 4 assume pelo menos um valor c entre [2,5] tal que ƒ(c)=0.
Vamos encontrar as raízes de p(χ) e comprovar que pelo menos uma delas
pertence ao intervalo [2,5].
Como 4 ∈ [2,5], temos que pelo menos uma das raízes de p(χ) está no intervalo
analisado.
χ3 + 1
1. A função ƒ(χ) = é contínua para quais valores?
χ2 - 9
Seção 4
A derivada
A derivada estuda a taxa segundo qual varia uma quantidade em relação a outra,
conhecida como taxa de variação.
Como h=χ2 - χ1, podemos escrever χ2=h+χ1. A inclinação de PQ pode ser escrita
Quando P=Q, a secante gira em torno do ponto P. Observe que este movimento
no leva a infinitas retas, sendo uma delas a reta tangente a ƒ em P.
Assim, .
Exemplos:
Vamos agora encontrar uma equação para a reta tangente a curva dada no exemplo I
no ponto (3,2).
Como a inclinação da reta tangente em qualquer ponto (χ1, γ1) é dada por m(χ1)=2χ1 - 2,
a inclinação da reta tangente no ponto (3,2) é m(3)=4.
Conhecendo a inclinação da reta no ponto (3,2), e sabendo que uma possível equação
da reta tangente a ƒ(χ) no ponto (χ1, γ1) é dada por (γ - γ1)=m(χ1).(χ - χ1), temos que
O termo derivada decorre do fato de ƒ' derivar da função ƒ por meio de um limite.
Exemplo:
0
Que nos leva à indeterminação .
0
Podemos escrever
Se ƒ é diferenciável em cada ponto do intervalo aberto (χ, γ), então dizemos que ƒ
é diferenciável em (χ, γ).
1. Calculando obtemos:
a. 4
b. 1/2
c. 0
d. 1
2. O :
a. √5
10
b. √5
c. 4√5
3
d. √5
3
3. O é:
a. Não existe.
b. 7
5
c. 7
5
d. +∞
a. 4
b. 2χ
c. 2
d. χ + 1
1. Calculando , obtemos:
2. O é:
3. O é?
Referências
SUGESTÃO DE LEITURA
ANTON, H.; BIVENS, I.; DAVIS, S. Cálculo. 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.
DOMINGUES, H. H.; IEZZI, G. Álgebra Moderna. 4. ed. São Paulo: Atual, 2003.
ERCOLE, G.; PINTO, M. M. F. Introdução ao Cálculo Diferencial. Belo Horizonte:
UFMG, 2009.
GIMENEZ, C. S. C.; STARK, R. Cálculo 1. 2. ed. Florianópolis: UFSC, 2011.
IEZZI, G.; MURAKAMI, C. Fundamentos de Matemática Elementar: conjuntos e
funções. 8. ed. São Paulo: Atual Editora 2004.
IEZZI, G.; MURAKAMI, C. Fundamentos de Matemática Elementar: limites, derivadas e
noções de integral. 8. ed. São Paulo: Atual Editora 2004.
LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. 3. ed. São Paulo: Harbra, 1994.
MORETTIN, P.; BUSSAB, W.; HAZZAR, S. Cálculo: Funções de uma e várias variáveis.
São Paulo: Saraiva, 2003.
CÁLCULO DE DERIVADAS
Renata Karoline Fernandes
Objetivos de aprendizagem:
Ao final dessa unidade, espera-se que você seja capaz de realizar derivadas de
funções, utilizar a regra do produto, do quociente e da cadeia, conheça e saiba
utilizar aplicações para esse conceito. Saiba realizar derivadas em funções
com duas variáveis, derivadas implícitas, bem como calcular e interpretar o
gradiente de uma função.
64 Cálculo de derivadas
U2
Introdução à unidade
Um dos principais fatores que motivou o estudo das derivadas foi a intenção
de determinar o coeficiente angular de uma reta tangente a uma curva, pois por
meio desse coeficiente angular podemos realizar diferentes estudos, por exemplo,
o ponto de máximo e de mínimo de uma função.
Bons estudos!
Cálculo de derivadas 65
U2
66 Cálculo de derivadas
U2
Seção 1
Além de sua importância para a própria Matemática, esse conteúdo tem aplicações
na física, química, engenharia, tecnologia, ciências econômicas e várias outras.
Nós estudamos a derivada como coeficiente angular da reta tangente que passa
por um ponto de uma curva na unidade anterior desse material impresso, mas
sempre é bom relembrar.
Cálculo de derivadas 67
U2
<http://www.youtube.com/watch?v=oLEsg0BPdik>.
<http://www.vestibular1.com.br/revisoes/matematica/aulas_
matematica/aula46.pdf>.
<https://www.youtube.com/watch?v=AzqYhgmDWsE>.
<https://www.youtube.com/watch?v=2xqYJKVcb4Y>.
<https://www.youtube.com/watch?v=WcFfGlH02uI&index=11&list=PL9
18074FE0AD0458B>.
Você percebeu que a derivada nada mais é do que o limite de uma função
quando a distância entre estes dois pontos dessa função tende a zero?
68 Cálculo de derivadas
U2
Vale lembrar que o cálculo desse limite será uma derivada, desde que ele exista; se
não existir em um determinado ponto, significa que não existe derivada nesse ponto,
mas pode existir em outros pontos da mesma função. Esse limite foi desenvolvido
a partir de variações, de modo similar ao que utilizamos para calcular o coeficiente
angular de uma reta. Vamos ver a figura 2.1 para compreender melhor.
Cálculo de derivadas 69
U2
EXEMPLO:
REPOSTA:
70 Cálculo de derivadas
U2
1 -1
Então, o coeficiente angular da curva y = x no ponto a, com a≠0, vale a2 .
Agora podemos responder aos itens do exemplo, para isso temos que substituir no
coeficiente angular (que chamaremos de m) o valor -1. Assim:
-1 1
Sendo assim, a=2 ou a= -2. A curva tem coeficiente angular 4 nos pontos (2, 2 )
-1
e (2, 2 ).
Fonte: Thomas (2012, p.118)
<http://eaulas.usp.br/portal/video?idItem=2674>.
Nós já aprendemos que todas as funções que têm derivada em um ponto podem
ser calculadas por meio da definição, mas mesmo existindo a definição de derivada,
calcular algumas funções por meio dela pode ser muito trabalhoso e, por vezes,
complicado.
Cálculo de derivadas 71
U2
Exemplos:
Exemplos:
Regra da potenciação
Se n for um número inteiro real, então
A interpretação dessa regra é a mesma que
a da anterior, porém, de modo geral, com o
expoente sendo um número real.
Para todo x em que as potências xn e nxn-1 forem
definidas.
Exemplos:
72 Cálculo de derivadas
U2
Exemplos:
Cálculo de derivadas 73
U2
b. f'(x) = 1 + 12
2√x
c. f'(x) = 1 + 12 - 1
2√x
d. f'(x) = x + 12
2
e. f'(x) = 1
2√x
74 Cálculo de derivadas
U2
c. t'(x) = 8 + 10x
x5
d. t'(x) = 8 + 10x
x3
e. t'(x) = 6 + 10x - ex
x5
Que tal conhecer mais algumas regras que serão de grande ajuda no nosso
estudo? Nos links a seguir, veremos como é possível calcular uma derivada sem a
necessidade de utilizar sua definição.
Técnicas de derivação
Para aprender mais a respeito das técnicas de derivação, veja mais
exemplos acessando os seguintes links: Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=DuGtJNuMh08>.
<http://wwwp.fc.unesp.br/~arbalbo/arquivos/derivadas.pdf>. (A partir
da página 64)
<http://www.pucrs.br/famat/silveira/calculoa/m2/3tecnicas.htm>.
<https://www.youtube.com/watch?v=WZnpYljB368&index=12&list=P
L918074FE0AD0458B>.
<http://ltodi.est.ips.pt/analise1/documentos/DERIVADAS/
FolhasRegrasDeriv.pdf>.
<http://www.matematiques.com.br/conteudo.php?id=553>.
<http://www.uff.br/webmat/Calc1_LivroOnLine/Cap10_Calc1.html>.
<https://www.youtube.com/watch?v=P4nYv6p8DQc&index=13&list=
PL918074FE0AD0458B>.
Ao estudar os links sugeridos, você teve contato com regras importantes para a
derivação, entre elas, a regra da soma e subtração de funções, mas nesses links você
Cálculo de derivadas 75
U2
Além disso, aprendemos algo muito importante também, que só existe derivada
em um ponto dado da função se nesse ponto ela for contínua. Acabamos de
associar o que aprendemos na unidade anterior com o que estamos aprendendo
nessa unidade.
Para calcular a derivada dessa função, precisamos utilizar a regra do produto, pois
temos o termo (2x-3) vezes o termo (3x-1), assim:
76 Cálculo de derivadas
U2
g(x)=x2 ln(x)
g' (1)=2.1.ln(1)+1=1
a. g'(x)= [sen(x)-1]5x4-(x5-1)[-sen(x)]
[cos(x)-1]2
Cálculo de derivadas 77
U2
b. g'(x)= -(x5-1)[-sen(x)]-[cos(x)-1]5x4
[cos(x)-1]2
c. g'(x)= (x5-1)[-sen(x)]-[cos(x)-1]5x4
[cos(x)-1]2
d. g'(x)= [cos(x)-1]5x4-(x5-1)[-sen(x)]
[cos(x)-1]2
e. g'(x)= -(x5-1)[-sen(x)]-[cos(x)-1]5x4
cos(x)-1
78 Cálculo de derivadas
U2
Seção 2
Agora que você já conhece a regra da cadeia, vamos pensar um pouco a respeito.
Cálculo de derivadas 79
U2
Vamos ver exemplos de como utilizar essa regra para realizar derivadas.
A função h(x) = cos(x²+5x) é uma função composta, por isso devemos utilizar a regra
da cadeia para calcular sua derivada, assim:
Perceba que a função t(x) = √(2x2+x+1)3 também é uma função composta, por isso,
utilizamos a regra da cadeia para calcular sua derivada.
A função h(x) tem um termo composto que é e3x4+12, por isso, nessa parte iremos
utilizar a regra da cadeia, assim:
80 Cálculo de derivadas
U2
Para saber mais a respeito da regra da cadeia e também para aprender a utilizá-la,
vamos assistir a alguns vídeos e estudar alguns materiais.
<https://www.youtube.com/watch?v=IQitdam5vi8&index=14&list=PL
918074FE0AD0458B>.
<https://www.youtube.com/watch?v=QUpDGyNOKZQ>.
<http://ecalculo.if.usp.br/derivadas/regras_cadeia/regra_cadeia.htm>.
<http://arquivos.unama.br/nead/graduacao/cesa/
administracao/1semestre/matematica/html/unidade2/aula3/unid2_
aula3.pdf>.
Com as técnicas que você aprendeu nessa seção, você é capaz de resolver a derivada
de inúmeras funções.
Agora que você já aprendeu a respeito das técnicas de derivação, vamos aprender
a respeito da repetição de derivadas, ou seja, a derivada de uma derivada, as conhecidas
derivadas de ordem superior.
Cálculo de derivadas 81
U2
3e√(3x+1)
a. g'(x)=
2√(3x+1)
3e√(3x+1)
b. g'(x)=
√(3x+1)
e√(3x+1)
c. g'(x)=
2√(3x+1)
e√(3x+1)
d. g'(x)=
√(3x+1)
3e√(3x+1)
e. g'(x)=
2
Vamos, agora, compreender melhor o que são derivadas de ordem superior (também
conhecidas como derivadas sucessivas, ou então derivadas de segunda ordem, terceira
82 Cálculo de derivadas
U2
Vale lembrar que apenas existe a função de segunda ordem (f'') se a derivada
da função f (a função f') for derivável em um determinado intervalo de números,
sendo este intervalo contido ou igual ao conjunto dos números reais.
Na explicação das derivadas de ordem superior, você pode ler que poderíamos
realizar a quantidade de derivadas sucessivas que nos interessasse, ou então a quantidade
que fosse possível, vamos pensar um pouco a respeito disso.
Cálculo de derivadas 83
U2
b) h(x) = excos(x)
c) g(p) = p6-2p3
1 - 2x
d) t(x) =
x-5
Para realizar a primeira derivada da função f(x) é necessário aplicar a regra da cadeia.
Para calcular a derivada de segunda ordem da função f(x) é necessário aplicar a regra
do quociente para derivadas.
Para calcular a derivada de terceira ordem da função f(x) é necessário aplicar a regra
do quociente para derivadas e também a regra da cadeia.
Para realizar a primeira derivada da função h(x) é necessário aplicar a regra do produto
para derivadas.
84 Cálculo de derivadas
U2
Para calcular a derivada de segunda ordem da função h(x) é necessário aplicar a regra
do produto para derivadas e também a propriedade da soma da derivada de funções.
Para calcular a derivada de terceira ordem da função h(x) é necessário aplicar a regra
do produto para derivadas.
Cálculo de derivadas 85
U2
Para calcular a derivada de segunda ordem da função t(x) é necessário aplicar a regra
do quociente para derivadas.
1 - 2x
Derivada de terceira ordem de t(x) =
x-5
54
t'''(x) =
(x - 5)4
Para calcular a derivada de terceira ordem da função t(x) é necessário aplicar a regra
do quociente para derivadas e também a regra da cadeia.
b. g'''(x) = (x + 1) 4
3
(x + 1)
8
c. g'''(x) =
(x + 1)4
3
d. g'''(x) =
(x + 1)4
24
e. g'''(x) =
(x + 1)4
Agora que aprendemos mais a respeito das derivadas de ordem superior, vamos
aprofundar nosso conhecimento a respeito desse assunto.
86 Cálculo de derivadas
U2
Agora vamos ver uma aplicação para a derivada de segunda ordem, a concavidade
de funções.
Teorema. Sendo f(x) derivável duas vezes nos pontos do intervalo aberto I,
1. Se f”(x) > 0 para todo x pertencente I, a curva y = f(x), tem concavidade voltada
para cima no intervalo I.
Para conseguir resolver esse problema é necessário derivar uma primeira vez e igualar
a zero para verificar os intervalos dessa função, assim:
Cálculo de derivadas 87
U2
Para verificar se nesses intervalos o gráfico da função tem concavidade voltada para
cima ou para baixo, é preciso utilizar a derivada de segunda ordem e substituir a variável
independente por um valor que pertença a cada um dos intervalos, assim:
f''(x)= 6x-3
III) Substituir x na segunda derivada por um valor pertencente ao intervalo (2,∞), assim:
f"(3)= 6(3)-3= 18-3=15, como a segunda derivada no ponto foi positiva, significa que esse
intervalo tem concavidade voltada para cima.
Bons estudos!
88 Cálculo de derivadas
U2
Seção 3
Vamos pensar na função xy+1=2x-y, ela está escrita de forma implícita, mas realizando
algumas operações algébricas nós conseguimos escrevê-la de forma explícita, vejamos:
2x - 1
Sendo assim, a função xy+1=2x-y pode ser escrita como y=
x+1
Cálculo de derivadas 89
U2
Vamos ver como podemos realizar a derivada de uma função de forma implícita.
90 Cálculo de derivadas
U2
Perceba que as regras utilizadas para realizar a derivada de funções implícitas são
as mesmas utilizadas para a derivada de funções escritas na forma explícita.
Cálculo de derivadas 91
U2
a. dy = ycos(xy)
dx 2y-xcos(xy)
b. dy =2x+ysen(xy)
dx 2y-xcos(xy)
c. dy =2x+ycos(xy)
dx 2y-xcos(xy)
d. dy =2x+ycos(xy)
dx -xcos(xy)
e. dy =2x+ycos(xy)
dx 2y-cos(xy)
E aí, a qual conclusão você chegou? Vamos pensar juntos agora. Pense na
equação implícita 3x2+y2+5=0, ela define uma função?Se sua resposta foi não,
você está correto. Vejamos o que acontece quando tentamos escrever uma função
explicita por meio dessa equação:
Perceba que não existe um número pertencente ao conjunto dos números reais
que faça com que essa igualdade seja verdadeira, pois, para qualquer valor de x,
teremos uma raiz quadrada de número negativo e esse tipo de raiz não existe nos
números reais.
92 Cálculo de derivadas
U2
EXEMPLO
Solução
O círculo x2+y2=25 não é o gráfico de uma única função x,e sim combinação dos
gráficos de duas funções deriváveis, .O ponto (3,-4) está
no gráfico de y2=-√25-x2, portanto podemos determinar o coeficiente angular pelo
cálculo direito da derivada usando a regra da cadeia para potências.
Para resolver esse problema, nós escrevemos a função implícita de forma explicita
e depois realizamos a derivada, mas vejamos como ficaria se nós calculássemos a
derivada da função implícita x2+y2=25. Teríamos:
dy2
Observe que, diferentemente da fórmula do coeficiente angular para dx
, que se
aplica apenas a pontos abaixo do eixo x, a fórmula se aplica a qualquer
ponto do círculo que apresente um coeficiente angular. Observe também que a
derivada envolve ambas as variáveis x e y, e não apenas a variável independente x.
Cálculo de derivadas 93
U2
DERIVAÇÃO IMPLÍCITA
Para derivar uma função definida de forma implícita, derivamos os dois lados da
equação em relação a x, considerando y como uma função derivável de x.
<http://www.uff.br/webmat/Calc1_LivroOnLine/Cap12_Calc1.
html#XII-2_DiferenciacaoImplicita>.
<http://mtm.ufsc.br/~azeredo/calculos/Acalculo/x/listas/implicexer/
implexer.html>.
<http://wwwp.fc.unesp.br/~arbalbo/arquivos/
derivadaimplicitaediferenciais.pdf>.
EXEMPLO
94 Cálculo de derivadas
U2
Se derivarmos uma função que descreve a posição de uma partícula, nós obtemos
uma função que descreve a velocidade dessa partícula.
EXEMPLO:
A função horária do movimento de uma partícula é dada por s(t)=(t2-t) ln(t). Calcule
a velocidade escalar nos instantes:
Resolução: Temos
a) Fazendo t = 1 , vem
2
Cálculo de derivadas 95
U2
Agora que você já refletiu a respeito da derivada da velocidade, será que você chegou
à conclusão correta? Lá vai a resposta, quando derivamos uma função velocidade,
calculamos a função aceleração.
Mas as taxas relacionadas não são apenas com a posição, velocidade e aceleração.
Vamos conhecer mais uma taxa. Quando derivamos uma função que representa a
massa de algo, obtemos a densidade (linear) deste objeto.
EXEMPLO:
Uma torneira lança água em um tanque. O volume de água nele, no t, é dado por
V(t)=5t3+3t litros, t sendo dado em minuto. Calcule a vazão da água, no instante t = 3
minutos.
96 Cálculo de derivadas
U2
Resolução:
A vazão é dv . Temos:
dt
Por meio das derivadas podemos também calcular o que chamamos de funções
marginais. As funções marginais são as derivadas de funções que descrevem a receita, o
lucro ou custo de uma empresa.
EXEMPLO:
Resolução:
O custo marginal de uma função é obtido por meio da derivada da função custo,
assim:
A receita marginal é dada pela derivada da função receita. A função receita é obtida
pela multiplicação da demanda pela quantidade de unidades, no caso desse exemplo,
representada pela letra x, logo:
Cálculo de derivadas 97
U2
A receita marginal dessa empresa com a venda de x unidades é descrita pela função
Rmg (x)= 13-2x-6x2
A função lucro é dada pela função receita menos a função custo, desta forma, o
lucro dessa empresa é descrito pela função:
Como o problema pede o lucro marginal, nós precisamos derivar a função lucro.
Essa é a função que descreve o lucro marginal dessa empresa. Como queremos o
lucro marginal para uma unidade, necessitamos substituir x por 1, e assim:
E o que podemos falar a respeito das taxas de variação com relação a uma área?
Com certeza, você já pensou na derivada, já começamos a compreender que, ao derivar
uma função, obtemos uma taxa relacionada.
O livro do autor George B. Thomas (2012, p.186) traz um quadro síntese a respeito
de estratégias para problemas de taxas relacionadas. Que tal conhecer essa estratégia?
- Anote informações numéricas (em termos dos símbolos que você escolheu).
98 Cálculo de derivadas
U2
- Anote aquilo que você deve determinar (geralmente uma taxa, expressa em forma
de derivada).
- Escreva uma equação que relacione as variáveis. Talvez você precise combinar
duas ou mais equações para obter uma única (esse foi o caso do nosso exemplo
anterior), que relacione as variáveis cuja taxa você quer descobrir com as variáveis
cujas taxas você conhece.
Essa estratégia não é válida só para esse tipo de problemas, podemos utilizá-las em
problemas que envolvem a otimização de funções, uma aplicação muito importante
para das derivadas e seguir a estratégia apresentada anteriormente, pode ajudar bastante.
Nós conhecemos a respeito das aplicações de derivadas, porém ainda temos muito
que aprender. E para isso vamos saber mais.
<https://www.youtube.com/watch?v=tX9JQeWFUQk>.
<https://www.youtube.com/watch?v=uuvEF4VQf90>.
<http://acessibilidade.bento.ifrs.edu.br/oa-04-html.php>.
<http://www.dm.ufscar.br/~sampaio/calculo1_aula14.pdf>.
<http://anotacoesdeaula.wordpress.com/2011/03/21/bc0402-
interpretacoes-da-derivada-tangente-taxa-de-variacao-taxas-
relacionadas/>.
Para calcular esses valores que otimizam uma função, muitas vezes, precisamos
calcular os pontos máximos ou mínimos dessa função e fazemos isso utilizando os
testes das derivadas (teste da primeira derivada e da segunda derivada). Vejamos alguns
materiais relacionados a esses testes.
Cálculo de derivadas 99
U2
<http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/superior/maxmin/mm01.htm>.
<http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/superior/maxmin/mm02.htm>.
<http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/superior/maxmin/mm03.htm>.
<http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/superior/maxmin/mm07.htm>.
<https://www.youtube.com/watch?v=KL08c3aow38>.
<https://www.youtube.com/watch?v=tkWUCUB-rCY>.
<https://www.youtube.com/watch?v=Ir4cZNfyZ70>.
Como podemos ver nos arquivos sugeridos, existem dois testes para as derivadas
que possibilitam o cálculo de pontos de máximo e pontos de mínimo. Na sequência
será apresentado um quadro síntese destes testes e de como aplicá-los.
Os pontos de máximo ou mínimo de uma função são os pontos que a otimizam, por
exemplo, se uma função descreve o custo do material utilizado para a construção de
algo, ao calcular o ponto de máximo e mínimo dessa função obtemos os valores para
os quais este custo será máximo e mínimo.
Minha sugestão para que você aprofunde seu conhecimento referente à otimização
de funções é:
Resolução
Esse problema busca o volume máximo para O volume foi calculado multiplicando as três
caixa, no caso, o volume pode ser representado dimensões da caixa x (que é o valor do lado dos
como: quadrados cortados, sendo assim, é a altura da
V(x)=x(12-2x)2=144x-48x2+4x3 caixa), 12 -2x (que são a medida da largura e do
V' (x)=144-96x+12x2 comprimento da caixa, por este motivo está ao
Igualando a derivada da função a zero e quadrado, foi multiplicado duas vezes).
calculando suas soluções temos: Aqui começa o cálculo para descobrir o valor dos
144-96x+12x2=0 pontos críticos da função.
x1=2 e x2=6 Quando igualamos a derivada a zero, tivemos
As raízes da equação são 2 e 6, ou seja são os uma equação do segundo grau, que Pode ser
pontos críticos da função. resolvida utilizando a fórmula de Bháskara, soma
Aplicando o teste da segunda derivada temos: e produto, ou fatoração.
V" (x)=-96+24x As respostas dessa equação são os pontos
Substituindo x pelos valores dos pontos críticos, críticos da função.
temos: Após ter os pontos críticos, calcula-se a segunda
V" (6)=-96+24.6=48 derivada.
Ou seja, V" (6)>0, sendo assim, 6 é um ponto de No resultado da segunda derivada, substituímos
mínimo. a variável (no caso x) pelos valores dos pontos
V" (2)=-96+24.2=-48 críticos.
Ou seja, V" (2)<0, sendo assim, 2 é um ponto de Após obter os resultados números verificamos se
máximo. a segunda derivada é positiva, negativa ou nula.
Resposta: Para que essa caixa tenha a maior Se ela for positiva, o ponto crítico é ponto de
capacidade, os lados dos quadrados recordados mínimo; se for negativa, o ponto crítico é ponto
devem medir 2 cm. de máximo; se for nula, o teste foi inconclusivo.
SOLUÇÃO: Para resolver essa questão é necessário utilizar as regras das derivadas,
para calcular as dimensões do cilindro, para as quais este tenha o volume máximo.
A área total do cilindro é dada por At=2πr2+2πrh e o problema diz que essa área total
é de 36π, logo:
2πr2+2πrh= 36π
Isolando h, temos:
Aplicando o teste da segunda derivada, veremos se r=√6 é o raio para o qual o cilindro
terá o volume máximo. Assim:
V''=- 6πr
Se r=√6, então:
V''=- 6π√6<0
Sabendo o valor do raio desse cilindro, nós podemos calcular a altura que faça com
que o cilindro tenha o volume máximo.
a) 18 cm e 14 cm
b) 15 cm e 17 cm
c) 12 cm e 12 cm
d) 10 cm e 22 cm
e) 9 cm e 23 cm
Os conteúdos dessa unidade chegam ao fim, mas agora é vez de praticar. Vamos
relembrar o que aprendemos no Fique ligado e realizar algumas atividades.
Referências
BOULOS, Paulo. Cálculo Diferencial e Integral. São Paulo: Makron Books, 1999.
THOMAS, George B. Cálculo I. 12. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.
Objetivos de aprendizagem:
A unidade 3 desse material impresso tem por intenção auxiliar no processo de
aprendizagem de conteúdos de grande importância para a formação do futuro
profissional da educação matemática.
Com o estudo dos conceitos presentes nessa unidade você poderá
compreender melhor as situações que envolvem mais de duas variáveis,
bem como realizar operações com infinitos números, compreendendo o
comportamento de séries e sequências finitas e infinitas.
Ao final dessa unidade, espera-se que você seja capaz de realizar derivadas
parciais, levando em consideração a variável de interesse; que compreenda
séries e sequências, com a intenção de compreender se elas convergem ou
divergem, bem como seus comportamentos.
Tenha bons estudos!
Introdução à unidade
Será que é possível estudar esse tipo de função? E a inclinação das retas
tangentes a esse tipo de superfície, podemos calcular? Se você disse que sim,
está totalmente correto, essa é apenas uma das aplicações para o conceito de
derivadas parciais, um dos assuntos dessa unidade.
Mas essa unidade não tem como objetivo apenas o estudo de derivadas parciais,
pois ocorrerá o estudo de somas infinitas.
Seção 1
Derivadas parciais
Nesta seção, aprenderemos a respeito dos procedimentos para a realização de
derivadas parciais.
Essas são derivadas de funções que envolvem mais do que duas variáveis, por
isso podemos calcular a derivada em relação a uma ou outra variável.
Um exemplo de situação que pode ser descrita por meio de duas variáveis
independentes e uma dependente é o volume de um cilindro reto, pois podemos
dizer que o volume desse sólido geométrico pode ser calculado como PI vezes o
raio ao quadrado (que é a área da base do cilindro) vezes a altura dele, para descrever
essa situação por meio de uma função, podemos perceber que o volume depende
do raio, bem como da altura do cilindro, mas essas variáveis são independentes,
assim, nossa função pode ser descrita como: V(r,h)= πr2 h.
Nós definimos a derivada de uma função com apenas uma variável dependente
por meio de uma interpretação geométrica, por meio da ideia de coeficiente angular
de uma reta tangente a um ponto de uma curva, como podemos ver na figura abaixo.
A definição para a derivada parcial de uma função com duas variáveis independentes
emerge de forma similar, mas para isso é preciso definir uma das duas variáveis, para
assim calcular a derivada parcial em relação àquela variável. Vejamos, na sequência,
como podemos definir a derivada parcial com relação à variável x.
Se o limite existir.
Se o limite existir.
Perceba que a notação que utilizamos para representar uma derivada parcial é
diferente da que utilizamos para representar uma derivada. Vejamos outras notações
que também representam a derivada parcial.
Vamos aprender mais a respeito das funções com mais de duas variáveis,
estudando os materiais dos links a seguir. Disponível em:
<http://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/114/f_aula_
ifvv.pdf>.
<https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=we
b&cd=2&ved=0CCMQFjAB&url=http%3A%2F%2Fmatematiques.com.
br%2Farquivos%2Fdoc_calculo__781089898.ppt&ei=iPG3VLC_IpPmgw
TggoN4&usg=AFQjCNEcwus96ohotQGDSX9lItvwWTZXFA&sig2=V5ZAJ
rKkyXW4h_XkjLERiQ&bvm=bv.83640239,bs.1,d.cWc&cad=rja>.
<https://twiki.ufba.br/twiki/pub/CalculoB/NotasDeAula/funcao.pdf>.
<http://www.pucrs.br/famat/demat/facin/calcb/material_200502/
Topico_08_Funcoes_de_duas_ou_mais_variaveis.pdf>.
Estudando os conteúdos dos links do Para saber mais, você aprendeu a respeito
dos gráficos de funções com mais de duas variáveis, bem como seus domínios e
suas imagens.
a) f(x,y)=2x2-3y-4
b) f(x,y)=x2-xy-y2
c) f(x,y)=(x2-1)(y-2)
d) f(x,y)=5xy-7x2-y2+3x-6y+2
e) f(x,y)= (xy-1)2
f) f(x,y)= √(x2+y2)
(x+y)
g) f(x,y)=
(xy-1)
h) f(x,y)=(x2-xy)(y-2x)
SOLUÇÕES:
e. Para derivar a função f(x,y)= (xy-1)2 nós utilizaremos a regra da cadeia tanto para
a derivada em relação a x e a y, assim:
Para derivar a função f(x,y)= (xy-1)2 em relação a x foi aplicada a regra da cadeia,
por isso derivamos a função u², sendo u=(xy-1) e multiplicamos pela derivada de u.
Formalmente, definimos a regra da cadeia como: Se f(u) é derivável no ponto u
=g(x) e g(x) é derivável em x, então a função composta (f ° g)(x) = f(g(x)) é derivável
em x e:
g. A função é uma função que envolve uma divisão, por isso, para
realizar a derivada parcial em relação a x e em relação a y, é necessário aplicar a
regra do quociente, ou seja, , mas lembrando que, quando estamos
derivando em relação a x, devemos lidar com y como sendo uma constante e o
inverso também. Deste modo:
SOLUÇÃO: Como o problema pede uma reta tangente que intercepta o plano y,
então é preciso calcular a derivada parcial em relação a x, assim:
Como o ponto de interesse é (3, 2, 48), temos que substituir na derivada x por 3
e y por 2, assim:
Assim,
<http://www.professores.uff.br/almaraz/images/stories/Aulas_Denise/
Parte_6_Calc_2B_-_Derivadas_Parciais.pdf>.
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAQagAD/exercicios-
resolvidos-derivadas-parciais-primeira-ordem>.
<http://www.las.pucpr.br/anderson/arquivos/DERIVADAS%20PARCIAIS.
pdf>.
<http://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/114/
derivadas_parciais.pdf>. (Até página 20).
Agora que você já estudou alguns exemplos, vamos colocar o que aprendeu em
prática com as atividades de aprendizagem.
Seção 2
∂f ∂f
Você percebeu na seção anterior que, de modo geral, e
∂x ∂y
tem resultados diferentes? Agora que vamos começar a realizar
derivações parciais de ordem superior, reflita a respeito das
respostas: será que se derivarmos uma função parcialmente em
relação a x e depois a y, ou então derivarmos parcialmente em
relação a y e depois a x, teremos uma resposta igual ou diferente?
∂ ∂
=fxx primeira derivada da função f(x,y) em relação a x e segunda
∂x ∂x
derivada da função f(x,y) em relação a x.
∂ ∂
=fxy primeira derivada da função f(x,y) em relação a x e segunda
∂y ∂x
derivada da função f(x,y) em relação a y.
∂ ∂
=fyy primeira derivada da função f(x,y) em relação a y e segunda
∂y ∂y
derivada da função f(x,y) em relação a y.
∂ ∂
=fyx primeira derivada da função f(x,y) em relação a y e segunda
∂x ∂y
derivada da função f(x,y) em relação a x.
Para aprender mais a respeito das derivadas parciais de ordem superior, vamos ao
nosso Para saber mais.
<http://univesptv.cmais.com.br/calculo-ii/vetor-gradiente-e-
derivada-direcional-de-uma-funcao-de-duas-variaveis>.
<http://univesptv.cmais.com.br/calculo-ii/exercicios-propriedades-
do-gradiente-e-regra-da-cadeia>.
<http://univesptv.cmais.com.br/calculo-ii/exercicios-sobre-
diferenciabilidade-e-plano-tangente-ao-grafico>.
SOLUÇÃO
logo:
∂2f
A terceira derivada de ordem superior que iremos resolver é , para isso,
∂x∂y
derivaremos em relação a x a resposta de derivada da função f(x,y) em relação a y,
deste modo: 4x³y-12xy³
∂2f
Agora, para resolver a última derivada de segunda ordem , pegamos o
∂y2
resultado da derivada e derivaremos novamente em relação a y.
Para calcular a derivada parcial da função f(x,y) com relação a y, será utilizada a
regra do produto, em que u = 5xy e v = ey2. É preciso tomar certo cuidado, pois a
derivada de v vai envolver a regra da cadeia.
Para a próxima derivada parcial de segunda ordem, será necessário utilizar a regra
do produto para derivar o termo 10xy²ey2, assim:
Para o cálculo das derivadas parciais da função f(x,y)=x³y²+xy4 não será necessário
utilizar a regra do produto, pois quando derivamos em relação a uma variável, a outra
é considerada como uma constante, assim:
Segunda derivada:
função são:
Você acabou de ter contato com vários exemplos resolvidos dos conteúdos que
estamos estudando. Vamos aprofundar mais nosso conhecimento a respeito no
Para saber mais.
<http://www.professores.uff.br/almaraz/images/stories/Aulas_Denise/
Parte_8_Calc_2B_-_Derivadas_Parciais_de_Ordens_Superiores.pdf>.
<http://www2.sorocaba.unesp.br/professor/luiza/CDI-III/func3.pdf>.
<http://insperblog.files.wordpress.com/2010/04/cap-2-5-derivadas-
parciais-de-ordens-superiores.pdf>.
<http://neerci.ist.utl.pt/neerci_shelf/LERC/1%20Ano/2%20Semestre/
Calculo%20Diferencial%20e%20Integral%20II/Teoricas%20e%20
Resumos/2012%20-%202013/Derivadas%20parciais%20de%20
ordem%20superior.pdf>.
∂2f
1. A notação (x,y) indica a necessidade de derivar uma
∂x∂y
função parcialmente primeiro em relação a y e depois em
relação a x. Deste modo, é correto afirmar que
vale:
a) fyxyz=10x
b) fyxyz=18x²z
c) fyxyz = 36z²
d) fyxyz=20xyz²
e) fyxyz=15z²
Seção 3
Séries e sequências
Esta seção é dedicada ao estudo dos conceitos de séries e sequências. Você,
provavelmente, realizou um estudo preliminar a respeito na Educação Básica, ao
estudar as progressões aritméticas e geométricas, bem como, a soma de seus termos.
0+3+6+9+12+15+...+90
∑
n=0
3n
1º) n = 1, 12+1=2
2º) n = 2, 22+2=6
3º) n = 3, 32+3=12
4º) n= 4, 42+4=20
Realizando as somas dos termos, ou seja, 2 + 6 + 12 + 20, obtemos como resultado 40.
Uma sequência numérica real pode ser descrita por meio de uma função que
relaciona um valor para cada número inteiro não negativo, por exemplo:
Perceba que os valores apresentados foram obtidos substituindo n
1
por 1, 2, 3, ..., n, ..., pois o termo geral dessa sequência xn= com n maior que
2n
zero, pois n representa a posição de cada um dos termos na sequência em questão.
Mas o que acontece se lim xn não tem como resultado um L que representa um
n→∞
número real? Se isso acontece dizemos que a sequência diverge. Vejamos a definição.
O lim xn=∞ para todo M∈IR existe N0 ∈ N, tal que n> N0 que implica xn > M. Nesse
n→∞
caso, dizemos que a sequência é uma sequência divergente para o infinito. Uma
sequência pode divergir também para menos infinito se xn < M.
Vejamos exemplos:
Nós podemos operar com sequências convergentes, sabendo que elas têm
algumas propriedades, as quais chamamos de propriedades operacionais, sendo elas:
Uma sequência pode ser definida também por uma função contínua desde que
xn=f(n), onde f é uma função contínua, tal que lim f(x) existe, então lim an =lim f(x).
n→∞ n→∞ n→∞
Vejamos um exemplo.
Obtendo o resultado do limite é possível afirmar que a sequência diverge para mais
infinito.
Para saber mais a respeito dessa regra que tem grande utilidade no cálculo
moderno, estude os materiais disponíveis nos seguintes links. Disponível em:
<https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&
source=web&cd=14&ved=0CDcQFjADOAo&url=http%3A
%2F%2Fwww.matematiques.com.br%2Farquivos%2Fdoc_
calculo__372368497.ppt&ei=SmTqU8STOIXnsATtk4DACg&usg=AFQ
jCNETnyV8GBUl1TtM09VF6QOGnmkvIQ&sig2=4_lEuW_aOnsBpFZ_
EYoLNQ&bvm=bv.72676100,d.cWc&cad=rja>.
<http://www.dm.ufscar.br/~sampaio/calculo1_aula13.pdf>.
<http://www.im.ufrj.br/waldecir/calculo1/calculo1pdf/capitulo_27.
pdf>.
SOLUÇÃO:
<http://www.pucrs.br/famat/augusto/calcIII/Series>.
<http://professor.ucg.br/sitedocente/admin/arquivosUpload/4191/
material/Sequencias%20e%20Series.pdf>.
<http://www.icmc.usp.br/~andcarva/sma333/notasdeaula.pdf>.
<http://matematicaufsj.files.wordpress.com/2013/02/sequc3aancias-
e-sc3a9ries.pdf>.
<http://www.mat.ufmg.br/~chincaro/CalcII_Aula1_Sequencias.pdf>.
<http://univesptv.cmais.com.br/calculo-iii/home/sequencias-
numericas>.
Para uma série infinita ∑ an, a enésima soma parcial é dada por:
Sn=a1+a2+a3+...+an
Agora devemos estabelecer uma fórmula que possa representar a soma dos termos
dessa série, para isso devemos estabelecer semelhanças. Vejamos que na S2 obtivemos
como numerador o valor 3, que é 2 elevado ao quadrado menos 1, e o denominador
é o próprio 2 elevado ao quadrado. Em S3 o numerador obtido é 2 elevado ao cubo
menos 1 e o denominador é o 2 elevado ao cubo. Em S4 o numerador é o 2 elevado a
quarta potência menos 1 e o denominador é 2 elevado a quarta potência. Observado
essas regularidades podemos escrever uma fórmula geral para Sn que é o numerador
na forma 2 elevado a n, menos 1 e o denominador é 2 elevado a n, assim:
Agora podemos verificar para qual valor essa série converge, aplicando o limite,
assim:
EXEMPLO:
A série ∑n=1
∞
=1+1+1+1+... é uma série que diverge, porque a somatória dos termos
e a soma parcial diverge.
Deste modo, podemos afirmar que a série converge para a soma 1. Vejamos o
gráfico associado à soma dessa série e verificarmos que ela realmente converge para 1.
Para poder analisar o gráfico, a escala tem que ser muito pequena, para assim
inferirmos que a soma dos termos da série vale 1 (valor da coordenada y).
<http://minerva.ufpel.edu.br/~camila.costa/Arquivo/2012_02/calc_II/
series_aula_2.pdf>.
<http://www.somatematica.com.br/superior/series/series.php>.
<http://www.somatematica.com.br/superior/series/series2.php>.
<http://www.somatematica.com.br/superior/series/series3.php>.
<http://www.somatematica.com.br/superior/series/series4.php>.
Foram apresentados alguns dos conteúdos estudados nessa unidade, mas tenho
certeza de que você aprendeu muito mais do que isso. Uma boa forma de organizar o
que você aprendeu é escrevendo um pequeno texto com exemplos e explicações feitas
por você mesmo. Que tal fazer esse texto?
Outra forma muito importante para aprofundar seu conhecimento é por meio da
participação do fórum de aprendizagem. Esse convite é muito importante, pois no fórum
você tem contato com o professor responsável pela disciplina de Cálculo Diferencial e
Integral e também com seu tutor eletrônico, e eles podem te auxiliar tirando dúvidas e
propondo novos estudos.
variável independente.
São importantes também os conceitos relacionados a séries e
sequências.
Todos os conceitos aprendidos nesse material impresso não serão
ministrados por você em turmas da Educação Básica, mas tem grande
importância para sua formação, pois auxiliam na compreensão mais
aprofundada de assuntos do Ensino Fundamental I e II e Ensino
Médio, bem como para o desenvolvimento do pensamento algébrico
e geométrico, que, como foram vistos nos semestres anteriores,
fazem parte do que se espera para o ensino da Matemática.
Para que você aprofunde a aprendizagem dos conceitos desse
material impresso, faça as leituras sugeridas, resolva as atividades de
aprendizagem, participe do fórum e também, se possível, vá a uma
biblioteca e estude os materiais que compõem a bibliografia dessa
unidade.
Continue se dedicando à aprendizagem desses conteúdos, participe
do fórum de aprendizagem e divida com seus colegas as suas
descobertas.
∞ 4
1. A respeito da série ∑n=0 é correto afirmar que sua soma vale:
2
n
a) 2.
b) 4.
c) 6.
d) 8.
e) 10.
∂2f
5. A derivada parcial de segunda ordem do tipo da função
∂x2
f(x,y) = xsen(x y) está expressa em qual das alternativas abaixo?
2
Referências
BOULOS, Paulo. Cálculo Diferencial e Integral. São Paulo: MAKRON Books, 1999.
THOMAS, George B. Cálculo I. 12. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS,
INTEGRAIS E INTEGRAIS
MÚLTIPLAS
Keila Tatiana Boni
Objetivos de aprendizagem:
Nesta unidade trazemos uma discussão de conceitos fundamentais
relacionados às informações que você já obteve nos capítulos anteriores,
sobretudo com relação a uma quantidade expressa por uma função no
caso de se conhecer sua taxa de variação (derivada). É a partir desse estudo
já realizado, bem como do cálculo de áreas e volumes, que introduzimos o
conceito de integral e suas técnicas de cálculo.
Vamos, ainda, nesta unidade, estudar um dos tópicos da Matemática
mais usados na resolução de determinados problemas de Engenharia e de
Ciências: as equações diferenciais.
Todas essas abordagens têm por objetivo levar você, estudante, a se
apropriar de conhecimentos mínimos que são considerados essenciais
aos estudos no campo do Cálculo Diferencial e Integral, se constituindo,
portanto, em um ponto de partida para que você busque um conhecimento
mais amplo e aprofundado sobre o assunto.
Introdução à unidade
Por meio deste estudo será possível você perceber que a importância dos
assuntos abordados extrapola os conteúdos matemáticos em si, uma vez que
podem ser aplicados em diversas áreas.
O capítulo traz apenas os aspectos mais relevantes sobre cada assunto, sendo
muito importante que você busque aprofundar seus conhecimentos por meio dos
demais materiais que o professor da disciplina disponibilizará para você, além de
contar com o fórum para sanar suas dúvidas.
Esperamos que o estudo proposto nesta unidade possa contribuir para melhor
compreensão e aprofundamento dos temas que constituem a estrutura curricular
do seu curso de Matemática.
Seção 1
Um dos problemas do Cálculo, para o qual podemos contar com o auxílio das
integrais, diz respeito ao problema de calcular uma função cuja derivada seja uma função
dada. Por exemplo: supondo que conhecemos uma função f(x) e queremos encontrar
outra função F(x) de maneira que a derivada de F(x) seja igual à funçãof(x) inicial.
∫ f(x)dx=F(x)+C
As respostas para este caso são diversas: pode ser F(x)=8x+15,F(x)=8x-3 etc. A
resposta mais apropriada para esse caso seria: uma família de funções com a expressão
F(x)=5x+C,C∈R, onde C é uma constante.
Visto que a integração pode ser vista como um processo inverso da derivação,
assim como para as derivadas, para as integrais podemos enunciar alguns teoremas
que facilitarão nossos cálculos de antiderivadas:
Podendo ser esse último teorema generalizado para qualquer quantidade finita de
parcelas.
Você estudou na unidade de derivadas de funções reais a Regra da Cadeia, a qual era
utilizada para calcular a derivada de funções compostas.
Sendo assim, podemos entender que f(x)g(x)é uma primitiva de f' (x)g(x)+f(x)g' (x).
Portanto, podemos escrever:
Vamos ver alguns exemplos. Nesses exemplos, perceba que nesse caso não
é possível resolver por substituição e nem de imediato recorrendo à tabela de
integrais.
Para resolvermos a última parte dessa integração por partes 2∫x cos(x) dx, vamos
utilizar essa mesma técnica novamente:
Logo, temos:
ATENÇÃO: Vimos que existem casos em que podemos ter várias opções para
realizar a integração por partes, porém é preciso analisar tais opções de maneira
a escolher a que nos levará à resolução mais trivial. Perceba que ignoramos as
substituições u=1 edv=dx, pois estas, certamente, pouco (ou em nada) ajudarão
ou facilitarão no cálculo.
b
Podemos definir: quando existir a integral de Riemann∫a f(x)dx, diremos que a
função f é integrável em [a.b] e a chamaremos de integral definidadefem [a.b].
Figura 4.2 | Área limitada por uma função contínua, pelo eixo Ox e por[a,b]
Pela figura podemos perceber que a função F calcula a área limitada entre o
gráfico de f e o eixo Ox situada entre as abscissas a e x, quando percorre [a,b].
Podemos perceber, ainda, que:
Segundo Barros (2009, p. 190), “o TFC demonstra que essa função, que
calcula a área entre o gráfico e o eixo Ox, é diferenciável, e que a taxa de variação
instantânea (derivada) dessa função é o próprio valor da função f no ponto x”.
Assim, temos:
Sendo f uma função contínua em [a,b], se F é tal que F' (x)=f(x) para x∈[a,b],
então,
Solução:
A área pode ser calculada se separarmos a região em duas regiões do tipo Rx. A
primeira situada entre as abscissas x=1 ex=3 e limitada entre o gráfico superior, o
da função y²=2x-2, o qual pode ser escrito como y=√(2x-2), e o gráfico inferior, o
da função y=-√(2x-2).
A segunda região fica entre as abscissas x=3 ex=9. O limite superior é do gráfico
y=√(2x-2), e o limite inferior é o do gráfico da função y=x-5. Portanto, temos:
a) 30 pessoas.
b) 40 pessoas
c) 50 pessoas.
d) 60 pessoas.
Seção 2
Integrais múltiplas
Nesta seção estenderemos nossos estudos sobre integrais: abordaremos sobre
integrais múltiplas, as quais também são conhecidas como integrais de funções
variáveis reais.
Na seção anterior estudamos a integral definida para calcular áreas. Mas, e para
calcular volume? Será que a integral definida é um procedimento eficiente?
Figura 4.5 | Gráfico de uma função f de duas variáveis, definida em um retângulo fechado
O volume será dado pelo produto entre a altura e a área do retângulo da base:
Vij=f(xij,yij) ∆A
Se esse limite existir. Tal expressão pode ser do mesmo modo, representada por:
Dado f(x,y)≥0, podemos considerar que o volume do sólido que está acima do
retângulo R e abaixo da superfície z=f(x,y) é:
1) Calcule a integral:
Solução:
2º modo:
Solução:
Veja nesse exemplo que não utilizaremos as integrais duplas apenas no cálculo
de volumes. Aqui temos um cálculo de área limitada por duas funções. Neste caso, já
temos y escrito em função de x, portanto é mais fácil começarmos a integração em
relação a y.
As integrais de funções de três ou mais variáveis são uma extensão natural da integral
dupla. O principal cuidado é quanto ao domínio de definição dessas funções, que precisa
ocorrer em domínios simples, cujas fronteiras sejam regulares.
Solução:
2) Sendo D_xyz a região do Primeiro Octante abaixo do plano 2x+3y+z=6, então Dxy
é a região do Primeiro Quadrante abaixo da reta
Na figura temos
Solução:
Quando a fronteira Dxy, em geral, tem partes curvilíneas, faz-se necessário realizar a
mudança de coordenadas cartesianas para polares. “Ao procedermos tal mudança de
variáveis, podemos obter um novo domínio de integração cuja fronteira tem apenas
partes retilíneas” (BARBOSA; BARREDA, 2014, p.70).
Sejam
Daí,
a) 45 u. v.
b) 46 u. v.
c) 47 u. v.
d) 48 u. v.
Seção 3
Para que possa compreender o que vem a ser a integral de linha, vamos supor que
queremos encontrar a massa de um arame bastante fino. Esse arame descreve uma
curva lisa C, e para cada ponto (x,y,z) em C, a função densidade linear é f(x,y,z).
Em cada pequena divisão, ou seja, em cada seção, escolhemos um ponto (xi, yi,
zi). Considerando o comprimento dessa seção como ∆Si, é possível aproximarmos a
função f nessa seção pelo valor f(xi, yi, zi). Logo, podemos escrever a massa dessa seção
como:
Diante do que foi exposto, podemos, então, definir: sendo C uma curva lisa, a
integral de linha de uma função real f,(f(x,y)ou f(x,y,z)), em relação a S ao longo de
C é definida como:
Para algum ti ∈[ti-1, ti], utilizando o teorema do valor médio para integrais.
Supondo que as funções x(t),y(t) ez(t) têm derivadas contínuas em [a,b], então, temos,
em R²:
Vejamos um exemplo:
Solução:
Pela figura acima podemos observar que a curva em questão é uma hélice.
Assim, temos:
Veja o exemplo:
Solução:
TEOREMA: “Seja R uma região plana simplesmente conexa, cuja fronteira é uma
curva C lisa por partes, fechada, simples e orientada no sentido anti-horário. Se f(x,y) e
g(x,y) possuem derivadas de primeira ordem contínuas” (SIMCH; SUAZO; PINTO, 2009,
p. 65), temos:
Veja o exemplo:
Solução:
Vamos supor uma lâmina curva que pode ser representada por uma superfície no
espaço tridimensional. Vamos supor, ainda, que para cada ponto (x,y,z) de tal superfície
a função x(x,y,z) represente a densidade por área.Para calcular a massa dessa lâmina,
deveríamos:
1º) Dividir a superfície em subretângulos (σ1, σ2,…, σn com áreas ∆S1, ∆S2,…, ∆Sn:
2º) Vamos supor que (xK, yK, zK) seja um ponto da k-ésima porção e que ∆MK represente
a massa dessa porção.
Para isso, consideramos que o limite existe e, para afirmar que existe, basta mostrar
que f(x,y,z) é contínua em σ.
→ → →
TEOREMA 1: Seja σ uma superfície lisa, com equação vetorial r=x(u,v)i + y(u,v)j +z(u,v)
→
k, onde (u,v)∈ R. Se f(x,y,z) é contínua em σ, então:
TEOREMA 2: Seja σ uma superfície paramétrica lisa com equação z=g(x,y) e seja R a
sua projeção sobre o plano xy. Se g tiver derivadas parciais de primeira ordem contínuas
em R e f(x,y,z) for contínua em σ, então:
Ou simplesmente:
Vejamos um exemplo:
→ → →
1. Calculando ∫C (xy+z)dx, sendo C como no caso C: r (t)=ti + tj
→
+tk ,t∈[0,1], é correto afirmar que o resultado será:
Seção 4
As equações:
A equação:
y^'''+ (y^'')4-y^'=x
É de Terceira Ordem.
Ainda é importante que você conheça o que são equações diferenciais ordinárias
lineares, que são equações da forma:
Substituindo y porf(x),dy por f' (x) e d y2 por f'' (x) no primeiro membro da EDO dada,
2
dx dx
teremos:
Percebam que esse resultado é válido para todo x real. Portanto, f(x)=2e-x+3xe-x é
uma solução, na forma explícita, para a EDO dada, em ℝ.
Solução: Inicialmente, podemos notar que a EDO não está definida para y=0.
Forma geral:
Forma normal:
Forma diferencial:
M(x,y)dx+N(x,y)dy=0
Uma equação diferencial homogênea pode ser resolvida por meio de uma
substituição algébrica. Especificamente, a substituição y=ux oux=vy, em que ‘u’ e ‘v’
são novas variáveis independentes, transformará a equação diferencial de primeira
ordem em separável. Para ver isso, seja y=vx; então, sua diferencial dy=x dv+v dx.
M(x,y)dx+N(x,y)dy=0
Tal equação é uma diferencial exata em uma região R do plano xy se ela corresponde
à diferencial total de alguma função f(x,y).
Temos:
Assim:
Acesse os vídeos por meio dos links abaixo para ver alguns exemplos
com explicações de exercícios sobre equações lineares de primeira
ordem. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=31YFqhkIf_I>.
<https://www.youtube.com/watch?v=5L-skgtWvoY>.
é com relação ao PVI: nos de 1ª ordem vimos que procurávamos uma solução de uma
EDO, sujeito a uma condição dada. No caso das de 2ª ordem, duas condições devem
ser impostas e, consequentemente, para EDOs de ordem n, n condições devem ser
impostas.
Em particular, o PVI:
1) Resolva o PVI:
De acordo com o Teorema, o PVI apresenta solução única y=y(t) em ℝ. Para obter
tal solução, precisamos determinar c1 ec2 da combinação linear y(t)=c1 e-t +c2 e2t que
satisfazem simultaneamente às condições iniciais y(0)=3 e y' (0)=0. Assim, temos:
Obtemos os valores c1=2 ec2=1. Logo, a única solução do PVI dado é a função
y(t)=2e-t+e2t.
1
Operador Diferencial Linear de ordem n a coeficientes constantes. Para saber mais, procure em livros
de Álgebra Linear.
a. y''-9y=0
b. 4y''-4y'+y=0
c. y''-4y'+5y=0
a. A - B - C
b. B - A - C
c. B - C - A
d. C - A - B
2. Resolva o PVI:
a) 32
3
27
b)
2
19
c)
5
15
d)
6
a) 3√3
b) 5√6
c) 4√3
d) 7√5
a) y=8e-3x- 9e-2x
b) y=5e-3x-7e-2x
c) y=-7e-2x-9e-3x
d) y=9e-2x-7e-3x
Referências
BARBOSA, José Renata Ramos; BARREDA, Manuel Jesus Cruz. Manual Técnico-
Didático Cálculo de várias variáveis. Universidade Federal do Paraná, 2014.
BARROS, Rui Marcos de Oliveira. Cálculo Diferencial e Integral 1. Maringá: Eduem,
2009.
MONTORFANO, Carla; KATO, Lilian Akemi; SHIMONISHI, Maria Lauricéa. Cálculo
Diferencial e Integral III. Maringá: Eduem, 2010.
RIBEIRO, Ademir. A integral de Riemann. Paraná: UFPR, 2007. Disponível em: <http://
people.ufpr.br/~ademir.ribeiro/ensino/slides/integral.pdf>. Acesso em: 31 mar. 2015.
SHIMONISHI, Maria Lauricéa; FRANCO, ValdeniSoliani. Cálculo Diferencial e Integral
II. Maringá: Eduem, 2009.
SIMCH, Márcia Rosales Ribeiro; SUAZO, Germán Ramón Canahualpa; PINTO, Silvia
PrietschWendt. Cálculo D. Pelotas: Universidade de Pelotas/ Ministério da Educação,
2009. Disponível em: <http://wp.ufpel.edu.br/nucleomatceng/files/2012/08/
calculo_d.pdf>. Acesso em: 31 mar. 2015.