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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Marcos Eduardo Gonçalves

INSTRUÇÃO DE VOO E SUA IMPORTÂNCIA NO


DESENVOLVIMENTO DA FORMAÇÃO DO ALUNO

CURITIBA
2009
INSTRUÇÃO DE VOO E SUA IMPORTÂNCIA NO
DESENVOLVIMENTO DA FORMAÇÃO DO ALUNO

CURITIBA
2009
Marcos Eduardo Gonçalves

INSTRUÇÃO DE VOO E SUA IMPORTÂNCIA NO


DESENVOLVIMENTO DA FORMAÇÃO DO ALUNO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Curso de Tecnologia Superior em Pilotagem
Profissional de Aeronaves da Universidade Tuiuti
do Paraná, como requisito parcial para obtenção
do título de Tecnólogo em Pilotagem Profissional
de Aeronaves.
Orientador: Profa. Ms. Margareth Hasse

CURITIBA
2009
TERMO DE APROVAÇÃO
Marcos Eduardo Gonçalves

INSTRUÇÃO DE VOO E SUA IMPORTÂNCIA NO


DESENVOLVIMENTO DA FORMAÇÃO DO ALUNO

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado pela banca examinadora da Faculdade
de Ciências Aeronáuticas (Facaero) do curso em Tecnologia em Pilotagem Profissional de Aeronaves
da Universidade Tuiuti do Paraná.

Curitiba, 01 de junho de 2009.

____________________________________________

Tecnologia em Pilotagem Profissional de Aeronaves


Universidade Tuiuti do Paraná

Orientador: Professora Ms. Margareth Hasse


SUMÁRIO

RESUMO.....................................................................................................................1

ABSTRACT.................................................................................................................2

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................3

2. PROCESSO E TEORIAS ....................................................................................5

2.1. Teoria do aprendizado ..................................................................................5


2.2 Behaviorismo ................................................................................................5
2.3 Teoria cognitiva.............................................................................................6

3. MOTIVAÇÃO E AUTOCONFIANÇA ....................................................................6

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO..........................................................................10

5. CONCLUSÕES...................................................................................................12

6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................13


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RESUMO

A importância do instrutor no desenvolvimento e formação do aluno piloto e

de que forma se segue o treinamento, tratando de técnicas e teorias para um melhor

aproveitamento do treinamento do aluno-piloto. Como o instrutor deve analisar e

conhecer seu aluno em termos de habilidade técnica e também psicológica, e mudar

métodos de treinamento para atender as necessidades e características de cada

indivíduo. O processo de aprendizado e suas teorias, o behaviorismo que trata da

aprendizagem como uma mudança de comportamento e a teoria cognitiva. A

motivação e a autoconfiança para um desempenho satisfatório e impulsionar o

progresso do treinamento como também das maneiras de manter o aluno motivado

e confiante.

Palavras-Chave: Instrutor, aluno, teorias, treinamento, progresso,

autoconfiança.
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ABSTRACT

The importance of the flight instructor in the development of the student pilot and how

it’s training advances, techniques and theories for a better progress of the training of

the student pilot. How the instructor should be able to analyze and judge his students

skill and also his psychology state, and change its methods of training accordingly to

the different necessity of each student. The learning process and theories, the

behaviorism that treats the learning as a change of behavior, and also the cognitive

theory. The motivation and self confidence to improve performance and improve

progress of the training, and ways to keep and improve the students self confidence.

Key words: Instructor, students, theories, training, progress, self-

confidence.
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1. INTRODUÇÃO

Os estudantes olham para o instrutor de voo como autoridades na profissão

que exercem. Mas é importante para o instrutor de voo não somente saber ensinar

eles também precisam projetar seu conhecimento e uma imagem profissional. Além

disso, os instrutores de voo estão na linha de frente nos esforços para aumentar a

consciência quanto à segurança de voo.

O aprendizado deve ser uma experiência prazerosa fazendo com que cada

missão seja uma experiência prazerosa, o instrutor consegue manter o aluno com

um alto grau de motivação. Mas isso não significa que o instrutor deve facilitar o

treinamento para o aluno e nem sacrificar os padrões do treinamento somente para

atendê-lo, os estudantes terão uma experiência satisfatória em fazer um bom

trabalho e completando a missão a ser executada com sucesso e o desafio de

completar uma tarefa difícil.

O aprendizado deve ser interessante. Conhecer o objetivo de cada tarefa

que será executada propicia um significado e desperta o interesse tanto do aluno

como do instrutor. O não conhecimento daquilo que será executado frequentemente

leva às confusão, desinteresse e desconforto por parte do estudante.

Aprender a voar deve propiciar ao estudante a oportunidade de explorar

experimentar. E como parte disso, aos estudantes deve ser permitido explorar e

avaliar os elementos incluídos em cada missão. Isso os encoraja a descobrir suas

próprias habilidades e a ajuda no aumento de sua confiança.

E como os instrutores têm uma grande responsabilidade em todas as fases

do treinamento, eles precisam ser muito claros sobre os objetivos a serem

realizados. O instrutor necessita de um plano de ação e ensino para poder

apresentar todas as informações necessárias para o treinamento de forma efetiva.


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Conhecer o objetivo é uma parte e outra parte é conhecer o aluno, o instrutor precisa

conhecer o aluno e seu grau de conhecimento e habilidade e adequar o ensino e

missão de acordo com o nível que será apresentado pelo aluno.

Os instrutores de voo devem tentar cuidadosamente analisar a personalidade

do aluno assim como sua habilidade. Não existem dois alunos iguais e o mesmo

método que e usado em um aluno pode não funcionar adequadamente em outro. O

instrutor deve conversar com o aluno para conhecê-lo, conhecer seu temperamento

e sua maneira de pensar e agir. Os métodos do instrutor podem mudar de acordo

com o progresso do aluno e nas diferentes fases de treinamento.

Quando o instrutor falha em analisar e conhecer seu aluno ele pode descobrir

que não esta produzindo os resultados esperados. Por exemplo, o instrutor analisa o

aluno como uma pessoa com raciocínio lento, quando na verdade este tem raciocino

rápido, mas é uma pessoa hesitante para reagir. Este estudante pode não reagir de

maneira correta em uma devida situação pelo motivo de falta de confiança, mas não

pela falta de entendimento da situação. Neste caso o instrutor deve direcionar o

desenvolvimento da confiança deste aluno. Em outro caso o instrutor pode intimidar

uma pessoa que já seja tímida se for muito critico, enquanto instruções mais

complexas e objetivas podem levar a uma aplicação mais cuidadosa dos

conhecimentos.
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2. PROCESSOS E TEORIAS

Aprender e adquirir um conhecimento ou habilidade, crianças aprendem a

identificar objetos com pouca idade, jovens aprendem a desenvolver métodos para

melhorar seus métodos de aprendizagem, enquanto adultos podem aprender a

resolver problemas complexos. Pilotos precisam adquirir altos níveis de

conhecimento e habilidades, incluindo a habilidade de julgamento e resolução de

problemas. O desafio para o instrutor de voo é entender como os alunos aprendem

e, mais importante como aplicar esse entendimento em seu meio.

2.1. Teoria do aprendizado

A teoria do aprendizado pode ser descrito como sendo os princípios

defendidos por psicólogos e educadores para explicar como as pessoas adquirem

habilidades, conhecimento e atitudes. Vários braços da teoria do aprendizado são

usados em treinamento formal para melhorar e acelerar o processo de treinamento.

Conceitos chaves como os objetivos do treinamento e profundidade do treinamento.

Ao passar dos anos muitas teorias tentaram explicar como as pessoas aprendem,

mesmo que psicólogos e educadores não concordem completamente, a maioria

concorda que o processo pode ser explicado através da combinação de duas

teorias.

2.2 Behaviorismo

Behavioristas acreditam que animais, incluindo seres humanos aprendem da

mesma maneira. Behavioristas falam da importância de ter certa forma de

comportamento reforçado por alguém, além de si próprio, para formar e controlar o

que é aprendido. E no treinamento de voo essa reafirmação e feita pelo instrutor.


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Frequentemente, reafirmação positiva acelera o treinamento. Essa teoria fornece ao

instrutor maneiras de manipular o estudante com estímulo e a indução à

determinado comportamento e resposta. Em geral a teoria do behaviorismo enfatiza

a reafirmação de forma positiva ao invés de não reafirmação e punição.

2.3 Teoria cognitiva

A teoria cognitiva é uma teoria de aprendizado da psicologia que tenta

explicar o comportamento humano pelo entendimento do processamento dos

pensamentos. Assume-se que seres humanos usam a lógica e usam seu raciocínio

para fazer escolhas que fazem sentido. Processamento da informação e uma

descrição comum usados para descrever o processo mental, comparando a mente

humana a um computador. A teoria cognitiva normalmente rejeita o behaviorismo já

que o mesmo reduz a complexidade do comportamento humano a simples causa e

efeito. Mas a tendência de décadas passadas está na junção das duas teorias.

3. MOTIVAÇÃO E AUTOCONFIANÇA

Cada estudante vê o processo do aprendizado de uma maneira diferente.

Cada estudante é um indivíduo único com diferentes experiências que afetam a

maneira com que vai receber e interagir com o treinamento. Já que o treinamento é

um processo individual, o instrutor não pode fazer pelo estudante. O conhecimento

de cada pessoa e o resultado de suas experiências e de cada indivíduo. As pessoa

não podem ter exatamente as mesmas experiências. Mesmo observando um

determinado evento, duas pessoas reagem de formas diferentes, aprendem com

isso de acordo com a maneira que essa situação o afeta. Experiências prévias

condicionam uma pessoa a responder a certas coisas e ignorar outras.


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Se os instrutores vêm seus objetivos como somente treinar seus estudantes,

memória e músculos, eles estão subestimando o potencial do ensinamento.

Estudantes podem aprender muito mais do que o esperado se forem exercitados

suas mentes e sentimentos. O fato desses itens não serem incluídos no plano de

ensino do instrutor não significa que ele não possa tentar influenciar seus alunos

dessa maneira. Estudantes não absorvem conhecimento como uma esponja

absorve água e os instrutores não podem assumir que seus alunos se lembram de

tudo somente porque estavam em sala de aula ou junto ao avião quando foi

apresentado o material de ensino. Também não podem assumir que os estudantes

podem colocar em prática uma situação porque podem responder corretamente a

ela verbalmente. Para aprender, os estudantes precisam reagir e responder.

Motivação é provavelmente a forca dominante que impulsiona o progresso e

a habilidade de aprender de um estudante. Motivação pode ser tanto negativa como

positiva. Motivação negativa pode levar ao medo e pode ser percebido pelo

estudante como uma ameaça. Mesmo que a motivação negativa possa ser útil em

determinadas situações, essa característica não é efetiva para um treinamento

eficiente como a motivação positiva. A motivação positiva pode ser obtida através da

promessa ou cumprimento de um objetivo e recompensas. Essas recompensas

podem ser pessoais ou sociais, pode envolver um ganho financeiro, ou um

reconhecimento por algo realizado. E essa motivação pode ser usada pelo instrutor,

essa vontade do aluno, de uma conquista pessoal, uma vontade de ter segurança e

conforto, vontade de aprovação por partes de amigos e por parte da família, e

também pela melhora de sua imagem pessoal. Estudantes são como empregados

querendo alcançar um retorno através de seus esforços. Para a motivação ser

efetiva, estudantes precisam acreditar que seus esforços serão recompensados de


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acordo. E essas recompensas devem estar constantemente aparentes durante o

treinamento, quer seja por autoconfiança, satisfação financeira ou um

reconhecimento público.

Algumas vezes as missões de treinamento não são óbvias a principio,

mesmo que estas sejam necessária como parte do treinamento como um todo, os

instrutores precisam fazer o estudante entender o porquê de determinadas atitudes,

para o adequado progresso da missão. Uma forte fonte de motivação e a aprovação.

Todas as pessoas gostam e precisam de aprovação, e o interesse do aluno pode ser

estimulado ou mantido através desse desejo natural. A maioria dos estudantes gosta

de pertencer a grupos e tem interesse de obter conquistas que lhe trarão prestígio

para com os outros participantes do grupo.

Estudantes rapidamente ficam apáticos quando percebem que o instrutor

realizou uma preparação inadequada para a instrução/missão a ser executada ou

quando o instrutor parece ser deficiente em sua instrução, contraditório ou não

parece sincero. Para assegurar o interesse do aluno e manter a motivação

necessária para um aprendizado eficiente, bem planejado, apropriado e acurado.

Nada destrói o interesse do estudante tão rápido como um período de instrução mal

organizado. Mesmo um estudante inexperiente pode perceber imediatamente

quando o instrutor não está preparado para a instrução a ser executada.

A instrução pode ser tão óbvia e elementar e não ser capaz de assegurar o

interesse do aluno ou também pode ser tão genérica ou complicada que também

não será capaz de segurar um interesse satisfatório para um aprendizado eficiente.

O nível da apresentação ou “debrifieng” deve ser ajustado ao nível do estudante

para poder assegurar seu interesse. Por exemplo, realizar uma inspeção pré voo

deve ser efetuado de uma forma diferente para um aluno com experiência de de vôo
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ou mesmo em manutenção de aeronaves comparado a um aluno sem experiência

prévia com aeronaves. O resultado da inspeção deve ser o mesmo, a maneira como

esta é apresentada ao aluno deve ser diferente, atendendo à sua experiência e

assegurando seu interesse.

Uma apresentação deficiente e inadequada pode resultar não apenas de

uma preparação deficiente, mas também de hábitos inadequados ou às vezes uma

aparente irritação com o aluno. Criar a impressão de estar falando do alto com aluno

é uma das maneiras do instrutor perder a confiança do aluno e acabar com sua auto

confiança e atenção. Uma vez que o instrutor perde a confiança do aluno é difícil de

recuperá-la e a eficiência do treinamento método diminuída desnecessariamente.


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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A grande discussão deste trabalho trata da questão de como o instrutor,

através de seu treinamento de voo, poderá afetar tanto de maneira positiva quanto

de maneira negativa seu aluno piloto, como seu preparo ou a falta do mesmo

influencia diretamente na formação e carreira do aluno.

O instrutor tem um papel fundamental na formação do aluno piloto e

portanto necessita de um alto grau de entendimento de como funciona o processo

de aprendizagem e a construção da auto confiança do aluno, aliada também claro a

um alto grau de capacitação técnica.

De acordo com o que foi apresentado no decorrer deste artigo, das

técnicas e processos de aprendizado. Técnicas e processos que serão o

fundamento para o aluno, e que quando realizados de forma eficiente e adequada

serão carregados ao longo de sua carreira. E que quando estas são negativas

podem tanto atrasar o treinamento do aluno piloto como até mesmo este ser

interrompido devido a má prática de instrução e/ou falta de preparação do instrutor.

Já que no caso de experiências negativas de treinamento o aluno poderá sentir-se

incapaz e inapto para prática de voo.

E que, como apresentado, o instrutor quando da instrução, deve analisar de

maneira correta e adequada o aluno para qual será dada instrução e que, quando a

análise é realizada corretamente, pode ser usada pelo instrutor na construção,

melhora ou às vezes na manutenção da autoconfiança e que esta autoconfiança é

essencial para o progresso do aluno em seu treinamento, seja qual for seu nível. E

que quando analisado de forma inadequada ou até mesmo na não análise do aluno

e este não possuindo a autoconfiança necessária, o treinamento estará muito


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prejudicado e o progresso ocorrerá de uma maneira muito mais lenta e deficitária do

que a desejada, do que o progresso de um aluno que possui autoconfiança elevada

e que esta constantemente sendo alimentada e monitorada pelo instrutor de voo.


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5. CONCLUSÕES

A importância dos instrutores de voo vai além de apenas ensinar, eles

precisam possuir conhecimento e habilidades, ter uma capacidade de percepção

quanto ao potencial e as fraquezas do aluno-piloto. Quando o instrutor possuí essa

característica de percepção, ele fará a diferença para a capacitação e evolução do

aluno-piloto, será capaz de aumentar a auto-estima e confiança, e assim construir a

base de sua formação que será usada pelo estudante ao longo de sua carreira.
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6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

GALLADERD, RD, Dc Remer D. Human Factors and Crew Resource Management

for Flight Instructors: The New Student Involvement. Grand Fords, ND, USA: Eastern

Dakota Publishers, 1993.

GARLAND, Wise JA. Handbook of Aviation Human Factors, Mahwah, NJ, USA:

Lawrence Erlbaum Associates Publishers. 1999.

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HELMREICH, RL, Foushee HC, Benson R, Russini W. Cockpit management

attitudes. Exploring the attitude behavior linkage. Aviation, Space and Environmental

Medicine. 1986.

GRAHAME, Claude; HARPER, Harry. Learning to flight: A practical manual to

beginners. 2008

SMITH, Darren. Getting the Most from your Ground School

U.S DEPARTMENT OF DEFENSE, FAA: Airplane Flying handbook. 2004

MONEYPENNY, Michael. The flight instructor role in weather aviation. NOAA. 2002

BOERS, RM Fatores Humanos para a Aviação Geral. 2002

LANDSBERG, Bruce. Flight Instruction Safety: An in depth look at instructional

accidents. AOPA Air Safety Foundation. 2004

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