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Dia 08 de Março é o Dia Internacional de Luta da Mulher.

O dia, oficializado em 1975 pela


Organização das Nações Unidas (ONU) sintetiza uma série de movimentos protagonizados por
mulheres operárias em defesa dos seus direitos. Na mesma data, em 1857, trabalhadoras de
uma indústria têxtil em Nova York fizeram greve exigindo melhores condições de trabalho e
direitos trabalhistas para as mulheres, sendo violentamente reprimidas. Em 1909, 15 mil
mulheres saem novamente às ruas reivindicando melhores condições de trabalho. Em 25 de
março de 1911, na mesma cidade, um incêndio em uma fábrica têxtil mata 145 pessoas, em
sua maioria mulheres. Ainda em 1917, no 8 de março, um grupo de operárias russas marcham
contra a fome e a Primeira Guerra Mundial.

O 8 de Março não é, no entanto, somente um dia histórico. É um dia de relembrar as lutas


diárias das mulheres contra toda forma de violência de gênero e as opressões constantes. É
um dia para estarmos nas ruas, ao lado de muitas outras mulheres, lutando pela igualdade de
oportunidades, pelo fim da violência sexual, do feminicídio, por espaço político, pelos direitos
sexuais e reprodutivos das mulheres. É um dia para lembrarmos as mudanças políticas que
queremos.

É o momento de reivindicar o fim dos estereótipos de gênero, da culpabilização da vítima, da


hiperssexualização dos corpos femininos, especialmente de mulheres e meninas negras, da
invisibilização da existência LBT, principalmente, de mulheres trans.

É preciso que os meios de comunicação deem os nomes corretos. Relação sexual não
consentida tem nome: estupro. Morte por ódio/ciúme de uma mulher: feminicídio.

O Brasil é o quinto país, num universo de 84, que mais mata mulheres, segundo dados da
OMS. Apenas em janeiro de 2019, foram mais de 100 casos de feminicídio. Em 2017, foram 60
mil registros de estupros. Em representação política, somos apenas 15% do Congresso
Nacional.

O Dia 08 de março é, portanto, um dia de luta. Que os gritos das mulheres se multipliquem nas
ruas e ecoem na defesa de um mundo livre e igualitário, onde a vida de cada uma das
mulheres importa.

Texto inspirado em “8 de março: dia internacional de luta da mulher” de Annelize Tozetto.

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