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PC-RJ

POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

GRAMÁTICA
MORFOLOGIA DO VERBO

PRÉ-edital

Livro Eletrônico
ELIAS SANTANA

Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e


Respectiva Literatura – pela Universidade de
Brasília. Possui mestrado pela mesma instituição,
na área de concentração “Gramática – Teoria e
Análise”, com enfoque em ensino de gramática.
Foi servidor da Secretaria de Educação do DF,
além de pro­fessor em vários colégios e cursos
preparatórios. Ministra aulas de gramá­
tica,
redação discursiva e interpretação de textos.
Ademais, é escritor, com uma obra literária já
publicada. Por essa razão, recebeu Moção de
Louvor da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

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GRAMÁTICA
Morfologia do Verbo
Prof. Elias Santana

SUMÁRIO
Verbo.........................................................................................................4
Parte I: Conceitos e Características................................................................6
Parte II: Conjugação Verbal........................................................................ 10
Conjugação dos Verbos Regulares................................................................ 10
Conjugação dos Verbos Irregulares.............................................................. 18
Tempos Compostos.................................................................................... 24
Particípios Irregulares................................................................................ 26
Parte III: Emprego dos Tempos e Modos Verbais............................................ 27
Parte IV: Correlação Verbal......................................................................... 28
Questões de Concurso................................................................................ 33
Gabarito................................................................................................... 74
Gabarito Comentado.................................................................................. 75

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VERBO

Olá, querido(a) amigo(a)!

Neste PDF, falaremos de um assunto que nem todas as bancas para concursos

públicos cobram: a morfologia verbal. Antes de iniciarmos a matéria, gostaria de

apresentar algumas justificativas.

Todo material elaborado por mim é concebido de acordo com o perfil de banca,

e não apenas de acordo com o edital proposto. Vou dar exemplos:

O Cespe, em muitos editais, cita “relações entre tempos e modos verbais”. To-

davia, pegue o escopo das últimas questões elaboradas pela banca. Este assunto

foi cobrado? Não! Então, pergunto: por que eu deveria gastar o seu precioso

tempo com isso?

A FCC, em muito editais, cita “acentuação gráfica”. Todavia, pegue o escopo

das últimas questões elaboradas pela banca. Este assunto foi cobrado? Não! Então,

pergunto: por que eu deveria gastar o seu precioso tempo com isso?

Eu não quero, com esse discurso, estimular a irresponsabilidade, mas o adequa-

do planejamento tático dos seus estudos. Quem se prepara para concursos públicos

deve gerir prioridades, uma vez que o tempo sempre será curto, nunca será

possível ver tudo em detalhes, e existem assuntos que, de acordo com o perfil de

cada banca, são garantidos.

As bancas podem nos surpreender? Claro que podem! Você precisa estudar

tudo, mas deve saber quando estudar cada matéria. Estudar “relações entre

tempos e modos verbais” é obrigatório para qualquer estudante, mas não deve ser

a sua prioridade quando a sua próxima prova será realizada pelo Cespe, entende?

Estudar “acentuação gráfica” é obrigatório para qualquer estudante, mas deve ser

a sua prioridade quando a sua próxima prova será realizada pela FCC!

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Estou sendo repetitivo, mas preciso ser extremamente claro. A missão de um

professor – ainda mais no meu caso – não é apenas transmitir os conteúdos que

domino. Preciso ter empatia e discernimento, uma vez que, se eu estivesse no seu

lugar, gostaria de dar prioridade ao que efetivamente me levará ao meu sonho.

Vou apresentar um exemplo ainda mais claro: sabemos todos que um goleiro

é o único jogador em um time autorizado a usar as mãos durante uma partida de

futebol. Sabemos inclusive que ele trabalha mais com elas do que com os membros

inferiores. Pergunto, portanto: é prudente, por isso, que ele não saiba jogar com os

pés? Claro que não! Ele precisa saber usar o corpo todo no desempenho de seu ofí-

cio, mas ele sabe que algo deve estar mais aprimorado: seus membros superiores.

Digo isso porque, se você tem este PDF vinculado ao seu curso, sua banca faz

questão de explorar a morfologia verbal. Isso acontece com poucas bancas,

e você, feliz ou infelizmente, foi contemplado(a) com a oportunidade de ter de dar

prioridade a essa matéria (é uma visão bastante eufêmica, não?), independente-

mente de sua familiaridade com o assunto.

Se compararmos todos os capítulos de uma gramática, você verá que “verbo”

é o maior deles. Esta é a classe gramatical mais importante de qualquer língua do

mundo. Há muito a ser estudado sobre ela.

Para quem está estudando para concursos públicos, o conhecimento acerca do

verbo deve ser assim dividido:

I – conceito e características;

II – conjugação verbal (para que você saiba reconhecer os verbos);

III – emprego semântico do verbo (tempos e modos);

IV – correlação verbal;

V – vozes verbais.

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Exceto o último, todos os demais serão explorados neste PDF. “Professor, mas

por que você não falará sobre vozes verbais?”

Porque já estudamos esse assunto! Ele está no PDF “vozes verbais e funções

do SE”. Isso acontece porque vozes é, incomparavelmente, o tópico mais cobrado

entre os acima citados (e o único presente em quase todas as bancas).

Por isso, nosso PDF será baseado em quatro blocos. Siga-os na ordem por mim

proposta. Vamos juntos?

Parte I: Conceitos e Características

A classe dos verbos deve ser compreendida por meio de três parâmetros: o

morfológico, o sintático e o semântico.

Morfologicamente, o verbo é uma palavra passível de conjugação (por isso, so-

fre flexão). Nos verbos regulares, por exemplo, há uma parte invariável (chamada

de radical) e uma variável (chamada de desinência). Estas é que se flexionam, a

fim de indicar modo, tempo, número e pessoa.

Sintaticamente, o verbo é a condição de existência de uma oração. Ele é res-

ponsável por indicar o sujeito (por meio da concordância) e os complementos (por

meio da regência). Do ponto de vista sintático, o verbo classifica-se como transiti-

vo (direto, indireto ou direto e indireto), intransitivo ou de ligação. Tudo isso já foi

visto por nós ao longo do curso.

Semanticamente, o verbo é a palavra empregada em uma sentença com a res-

ponsabilidade de indicar ações, estados ou fenômenos da natureza. Também já

discutimos esse tópico em estudos anteriores.

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Dessa forma, perceba que o nosso objetivo agora é compreender a morfologia

do verbo, independentemente de suas interações com outras estruturas da oração

ou de seu sentido. Vamos, portanto, discutir as flexões do verbo.

1) Modo

• Indicativo: quando o verbo expressa uma certeza, afirmação. Ex.: Ele corre

no fim da tarde.

• Subjuntivo: quando o verbo expressa dúvida, hipótese. Ex.: Talvez ele cor-

ra no fim da tarde.

• Imperativo: quando o verbo expressa ordem, sugestão. Ex.: Corra! Você

vai se atrasar!

2) Tempo

• Presente: o que acontece. Ex.: Ele chega às 10h.

• Pretérito: o que aconteceu. Ex.: Ele chegou às 10h.

• Futuro: o que acontecerá. Ex.: Ele chegará às 10h.

3) Número

• Singular: quando o verbo faz referência a um sujeito singular. Ex.: Ela fala

sempre em fé.

• Plural: Quando o verbo faz referência a um sujeito plural. Ex.: Elas falam

sempre em fé.

4) Pessoa

• 1ª pessoa: quem fala no discurso (eu/nós).

• 2ª pessoa: com quem/para quem se fala no discurso (tu/vós).

• 3ª pessoa: de quem/do que se fala no discurso (ele/ela/eles/elas).

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Vamos analisar algumas situações práticas:

(1) O professor comentou a prova aplicada.

Modo: indicativo.

Tempo: pretérito.

Número: singular.

Pessoa: terceira.

(2) Pressuponho que tu estejas pronto!

Modo: subjuntivo.

Tempo: presente.

Número: singular.

Pessoa: segunda.

(3) Não gritem durante o jantar.

Modo: imperativo.

Tempo: presente1.

Número: plural.

Pessoa: terceira.

Note que a nossa análise acerca dos verbos ainda é bastante simples, mas isso

é necessário para que você possa ir se familiarizando com o assunto.

Vamos falar, agora, de mais alguns conceitos gerais acerca do verbo, antes de

avançarmos ao que realmente interessa:

1
Os verbos imperativos não costumam ser classificados quanto ao tempo. Todavia, o entendimento dos gra-
máticos clássicos aponta que, em razão de ser uma ordem ou sugestão, há uma indicação de algo presente.

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Estrutura morfológica: o verbo é composto por duas partes fundamentais:

radical e desinências2. A primeira é a parte invariável (e que carrega a essência

semântica do verbo); a segunda é variável (responsável por indicar as flexões do

verbo). Compare, por exemplo, compro e compramos. Note que, nos dois ver-

bos, há uma parte invariável (compr-) e uma parte variável (-o e -mos).

Aspectos flexionais: podemos apontar que existem verbos regulares (o ra-

dical não sofre variação quando conjugado; ex.: vender), irregulares (o radical

sofre variações quando conjugado; ex.: ser), defectivos (que não são conjugados

em todas as pessoas; ex.: abolir, que não possui primeira pessoa do singular do

presente do indicativo), abundantes (que apresentam mais de uma forma para

o mesmo verbo; ex.: particípio do verbo imprimir, que pode ser imprimido ou im-

presso) e pronominais (verbos que existem mediante a presença de um pronome

oblíquo átono; ex.: arrepender-se).

Formas nominais: você já conhece como infinitivo (verbos terminados em

AR, ER e IR), gerúndio (verbos terminados em NDO) ou particípio (verbos termi-

nados em ADO ou IDO – quando regular). Nesses casos, os verbos não podem ser

classificados em tempo, modo, número e pessoa.

Locução verbal: quando um único verbo é formado por outros dois: um au-

xiliar e um principal. Falamos sobre isso na aula sobre verbos impessoais, em um

dos nossos primeiros PDFs.

Esses são conceitos gerais que vão nos auxiliar a entender as demais seções

deste PDF. De agora em diante, os tópicos a serem citados são mais importantes

para provas!
2
Há também, em alguns verbos, a presença da vogal temática, que é responsável por conectar o radical às
desinências e garantir a eufonia (harmonia sonora da palavra). É o caso do “a” de “compramos”, nos exem-
plos acima apresentados. Como esse é um assunto de pouca relevância para concursos públicos, não apro-
fundarei sobre.

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Parte II: Conjugação Verbal

Com certeza, o “calo no sapato” de inúmeros brasileiros. Vamos dividir esta

seção em três: conjugação dos verbos regulares; conjugação dos verbos

irregulares; tempos compostos e particípios irregulares.

Conjugação dos Verbos Regulares

Os verbos regulares, conforme já foi exposto anteriormente, seguem um pa-

radigma de conjugação previsível, com as mesmas desinências para cada um dos

verbos de cada tempo e modo.

Para facilitar o processo, temos três formas verbais primitivas: o presente do

indicativo, o pretérito perfeito do indicativo e o infinitivo impessoal. Por

meio desses três, é possível gerar todos as demais conjugações. Veja abaixo:

1) Presente do indicativo

• Presente do subjuntivo

• Imperativo afirmativo

• Imperativo negativo

2) Pretérito perfeito do indicativo

• Pretérito mais-que-perfeito do indicativo

• Pretérito imperfeito do subjuntivo

• Futuro do subjuntivo

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3) Infinitivo impessoal

• Infinitivo pessoal

• Futuro do presente

• Futuro de pretérito

• Pretérito imperfeito do indicativo

Os que estão em negrito devem obrigatoriamente ser memorizados. A partir

deles, os demais são formados. Vou descrever o passo a passo:

1) Presente do indicativo

a) Conjugue o verbo no presente do indicativo.

b) Olhe para a terceira pessoa do singular. Ela terminará em -a (se o verbo for

de primeira conjugação) ou -e (se o verbo for de segunda conjugação). Para

formar a primeira pessoa do presente do subjuntivo, troque a terminação -a

por -e (e, se for -e, troque por -a).

c) Conjugue as demais formas do presente do subjuntivo.

d) Olhe para a segunda pessoa (do singular e do plural) do presente do indicati-

vo. Se você retirar o -s que está em frente a esses verbos, obterá as segun-

das pessoas do imperativo afirmativo.

e) Retire as demais pessoas do imperativo afirmativo do presente do subjuntivo

(obs.: o imperativo não possui a primeira pessoa do singular).

f) Repita os verbos do presente do subjuntivo no imperativo negativo. (obs.: o

imperativo não possui a primeira pessoa do singular).

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Vou mostrar como funciona com o verbo pular:

Etapa A:

Presente do Presente do Imperativo Imperativo


indicativo subjuntivo (que) afirmativo negativo
Eu Pulo
Tu Pulas
Ele Pula
Nós Pulamos
Vós Pulais
Eles pulam

Etapa B:

Presente do Imperativo Imperativo


Presente do indicativo
subjuntivo (que)3 afirmativo negativo
Eu Pulo E Pule
pelo
o q u eoA
Tu Pulas Tr

Ele Pula
Nós Pulamos
Vós Pulais
Eles pulam

Etapa C:

Presente Presente do Imperativo Imperativo


do indicativo subjuntivo (que) afirmativo negativo
Eu Pulo Pule
Tu Pulas Pules
Ele Pula Pule
Nós Pulamos Pulemos
Vós Pulais Puleis
Eles pulam Pulem

3
A conjugação do presente do subjuntivo é sempre feita com a conjunção “que” antes do pronome pessoal.

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Etapa D:

Presente do Imperativo Imperativo


Presente do indicativo
subjuntivo (que) afirmativo negativo
Eu Pulo
Sem S
Tu Pulas Pula (tu)
Ele Pula
Nós Pulamos
Sem S
Vós Pulais Pulai (vós)
Eles pulam

Etapa E:

Presente do Imperativo Imperativo


Presente do indicativo
subjuntivo (que) afirmativo negativo
Eu Pulo Pule
Tu Pulas Pules Pula (tu)
Ele Pula Pule Pule (você)
Nós Pulamos Pulemos Pulemos (nós)
Vós Pulais Puleis Pulais (vós)
Eles pulam Pulem Pulem (vocês)

Etapa F:

Presente do Imperativo Imperativo


Presente do indicativo
subjuntivo (que) afirmativo negativo
Eu Pulo Pule
Tu Pulas Pules Pula (tu) Não pules (tu)
Ele Pula Pule Pule (você) Não pule (você)
Nós Pulamos Pulemos Pulemos (nós) Não pulemos (nós)
Vós Pulais Puleis Pulais (vós) Não puleis (vós)
Eles pulam Pulem Pulem (vocês) Não pulem (vocês)

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Viu como é simples? Isso vale para qualquer verbo regular! Tente fazer o mes-

mo com os verbos comer e imprimir (segunda e terceira conjugações, respecti-

vamente).

2) Pretérito perfeito do indicativo

a) Conjugue o verbo no pretérito perfeito do indicativo.

b) Olhe para a segunda pessoa do singular. Ela terminará em -ste. Troque essa

desinência por -ra (para formar a 1ª p.s. do pretérito mais-que-perfeito do

indicativo), por -sse (para formar a 1ª p.s. do pretérito imperfeito do subjun-

tivo) e por -r (para formar a 1ª p.s. do futuro do subjuntivo).

c) A partir das primeiras pessoas obtidas na etapa anterior, conjugue as demais

formas.

Vamos ver na prática, com o verbo comer.

Etapa A:

Pretérito Futuro do
Pretérito mais-que-per- Pretérito imperfeito
perfeito do subjuntivo
feito do indicativo do subjuntivo (se)
indicativo (quando)
Eu Comi
Tu Comeste
Ele Comeu
Nós Comemos
Vós Comestes
Eles Comeram

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Etapa B:

Pretérito Futuro do
Pretérito mais-que-per- Pretérito imperfeito
perfeito subjuntivo
feito do indicativo do subjuntivo (se)4
do indicativo (quando)5

Eu Comi Comera Comesse Comer

Tu Comeste

Ele Comeu
Nós Comemos
Vós Comestes
Eles Comeram

Etapa C:

Pretérito Pretérito Futuro do


Pretérito mais-que-per-
perfeito do imperfeito do subjuntivo
feito do indicativo
indicativo subjuntivo (se) (quando)
Eu Comi Comera Comesse Comer
Tu Comeste Comeras Comesses Comeres
Ele Comeu Comera Comesse Comer
Nós Comemos Comêramos Comêssemos Comermos
Vós Comestes Comêreis Comêsseis Comerdes
Eles Comeram Comeram Comessem Comerem

4
A conjugação do pretérito imperfeito do subjuntivo é sempre feita com a colocação da conjunção “se” antes
do pronome pessoal.
5
A conjugação do pretérito imperfeito do subjuntivo é sempre feita com a colocação da conjunção “quando”
antes do pronome pessoal.

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3) Infinitivo impessoal

a) Olhe para o verbo no infinitivo.

b) Não acrescente nada a ele para formar a 1ª p.s. do infinitivo pessoal; acres-

cente -ei para formar a 1ª p.s. do futuro do presente; acrescente -ia para

formar a 1ª p.s. do futuro do pretérito.

c) Olhe novamente para o infinitivo impessoal. Troque -ar por -ava (se for um

verbo de primeira conjugação) ou -er ou -ir por -ia (se for um verbo de se-

gunda ou terceira conjugação) para formar a 1ª p.s. do pretérito imperfeito.

d) A partir das primeiras pessoas geradas, conjugue as demais.

Vamos testar com o verbo imprimir.

Etapa A:

Infinitivo Infinitivo Futuro do Futuro do Pretérito imperfeito


impessoal pessoal (para) presente pretérito do indicativo
Eu
Tu
I
Ele M
Nós P
RI
Vós
Eles

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Etapa B:

Infinitivo Infinitivo pes- Futuro do Futuro do Pretérito imper-


impessoal soal (para)6 presente pretérito feito do indicativo
Eu Imprimir imprimirei Imprimiria
Tu
I
Ele M
Nós P
RI
Vós
Eles

Etapa C:

Infinitivo Infinitivo Futuro do Futuro do Pretérito imperfeito


impessoal pessoal (para) presente pretérito do indicativo
Eu Imprimir Imprimirei Imprimiria Imprimia
Tu
I
Ele M
Nós P
RI
Vós
Eles

Etapa D:

Infinitivo Infinitivo Futuro do Futuro do Pretérito imper-


impessoal pessoal (para) presente pretérito feito do indicativo
Eu Imprimir imprimirei Imprimiria Imprimia
Tu Imprimires Imprimirás Imprimirias Imprimias
I
Ele M Imprimir Imprimirá Imprimiria Imprimia
P
Nós Imprimirmos Imprimiremos Imprimiríamos Imprimíamos
RI

Vós Imprimirdes Imprimireis Imprimiríeis Imprimíeis


Eles Imprimirem Imprimirão Imprimiriam imprimiam

Viu como é simples? Agora, a minha recomendação: TREINE!

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Conjugação dos Verbos Irregulares

Os verbos irregulares, como a própria nomenclatura sugere, não seguem um

paradigma previsível de conjugação. Veja exemplos:

Pedir:

O radical do verbo é ped-; todavia, perceba que, em algumas conjugações, o

“d” é substituído por “ç”. Isso é um verbo irregular (e esse apresenta uma irregu-

laridade leve)!

Querido(a), agora eu não tenho uma notícia muito legal: você precisará memo-

rizar o que aparecerá nesta seção. Alguns verbos irregulares são essenciais para

provas de concursos públicos.

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Vou listá-los aqui:

Ser:

Estar:

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Ter:

Haver:

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Ir:

Vir:

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Ver:

Mediar (e outros verbos terminados em -IAR):

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Apaziguar (e outros verbos terminados em -UAR):

Dica 1: pesquise também pelos verbos trazer, dizer, querer, pedir, caber e

abolir.

Dica 2: a melhor forma de estudar é conjugando dois verbos por semana: um

regular (para que você treine como formar os tempos derivados a partir dos primi-

tivos) e um irregular (para que você os memorize).

Veja como isso aparece em provas:

1. (2018/FCC/TRT6/TÉCNICO) Thomas Jefferson pretendia que o bom jornalismo...

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do sublinhado acima está também

sublinhado em:

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a) ... as bases materiais do jornalismo profissional deslizam...

b) ... os eleitores haveriam de aprender a exercer a democracia.

c) Algo parecido ocorre agora com as redes sociais...

d) ... mais raro ainda que sejam reconhecidos como tais.

e) Desde quando os tabloides eram o principal veículo de massas...

Letra e.

O verbo destacado no enunciado está no pretérito imperfeito do indicativo, assim

como o verbo sublinhado na letra e. Na letra a, temos presente do indicativo; na

b, futuro do pretérito; na c, presente do indicativo; na d, presente do subjuntivo.

Tempos Compostos

Toda a conjugação que estudamos até agora é pautada em tempos simples; ou

seja, um único verbo. Em nossa língua, há também tempos verbais formados por

locuções verbais. Essa locução verbal possui uma estrutura quase fixa: o verbo

auxiliar é sempre ter ou haver; o verbo principal aparece sempre no particípio.

O verbo auxiliar sofrerá alterações de tempo e modo; são elas que definirão

cada tempo composto. Veja:

Indicativo

• Pretérito perfeito composto: presente + particípio. Ele tem estudado to-

dos os dias.

• Pretérito mais-que-perfeito composto: pretérito imperfeito + particípio.

Ele tinha estudado todos os dias.

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• Futuro do presente composto: futuro do presente + particípio. Ele terá

estudado todos os dias.

• Futuro do pretérito composto: futuro do pretérito + particípio. Ele teria

estudado todos os dias.

Subjuntivo

• Pretérito perfeito composto: presente + particípio. Supõe-se que ele te-

nha estudado todos os dias.

• Pretérito mais-que-perfeito composto: pretérito imperfeito + particípio.

Se ele tivesse estudado todos os dias, já estaria trabalhando.

• Futuro composto: futuro + particípio. Quando ele tiver estudado todos os

dias, conseguirá ótimos resultados.

 Obs.: o verbo “ter” pode ser substituído por “haver”, sem qualquer alteração de

correção ou sentido. É por isso que eles estão listados na seção anterior

(verbos irregulares).

Veja como cai em provas:

2. (2017/FCC/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Mantendo-se o sentido e a correção, a

forma verbal havia passado (3º parágrafo) pode ser alterada para

a) passara.

b) iria passar.

c) teria passado.

d) passaria.

e) passando.

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Letra a.
Você nem precisa de texto. “Havia passado” é o pretérito mais-que-perfeito com-
posto do indicativo. Basta trocar pelo pretérito mais-que-perfeito simples do indi-
cativo! Dica: quase sempre cai esse tempo e modo!

Particípios Irregulares

Lá nos conceitos gerais sobre verbo, comentei acerca dos verbos abundantes.
Na sua cabeça, esse conceito deve estar associado aos particípios, uma vez que
alguns verbos possuem duas formas: uma regular e outra irregular. Veja:

Qual é a regra de uso?


Nos tempos compostos, adota-se o particípio regular; na voz passiva analíti-
ca, o particípio irregular.
Cuidado: os verbos dizer, escrever, vir, fazer, abrir e cobrir só possuem
particípios irregulares (dito, escrito, vindo, feito, aberto e coberto, respectivamen-

te). O verbo trazer só possui a forma regular (trazido).

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Parte III: Emprego dos Tempos e Modos Verbais

Se você tiver noção da parte II, esta será fácil. Além de conhecer os verbos,

precisamos também saber o que cada um deles expressa semanticamente em

uma oração. Em outras palavras: você deve interpretar a informação oferecida pelo

verbo! Isso afeta principalmente os verbos no indicativo. O subjuntivo possui uma

finalidade clara: indicar dúvida, hipótese, possibilidade. O imperativo, ordens, su-

gestões, pedidos, conselhos.

Vamos então entender o que acontece no indicativo:

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Veja como isso aparece em provas:

3. (2007/FCC/TRF4/TÉCNICO JUDICIÁRIO)

... de que a atividade humana contribuíra significativamente para esse aumento...

(3º parágrafo)

O emprego da forma verbal grifada acima denota, considerando- se o contexto,

a) ação real, a ser obtida no futuro, em relação a outra, no presente.

b) condição passível de ser realizada, até mesmo no presente.

c) incerteza da realização de uma ação num futuro próximo.

d) possibilidade futura, que depende de uma condição anterior.

e) fato passado em relação a outro, também passado.

Letra e.

É o principal motivo pelo qual se usa o pretérito mais-que-perfeito: indicar uma

ação no passado anterior a outro fato ocorrido no passado.

Parte IV: Correlação Verbal

Você já sabe que, em um período composto por subordinação, existem, no mínimo,

dois verbos. O que talvez seja novo para você é que esses verbos não podem ser es-

colhidos ao acaso. Eles precisam fazer sentido entre si, por meio da correlação verbal.

É muito mais fácil entender o que é a correlação verbal por meio de um exemplo:

Ex.: se ele trabalhasse, ganhará experiência.

Ex.: quando você estudar, foi aprovado.

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Eu pergunto: as frases acima fazem algum sentido para você? Acredito que
não. E isso é simples de ser explicado: no exemplo 1, é possível entender que ele
não trabalha (é levantada a hipótese acerca do trabalho). Qual é a lógica, então, de
ele, garantidamente no futuro ganhar experiência? No exemplo 2, o ato de estudar
será praticado no futuro. Qual é a lógica de a aprovação ter acontecido no passado?
Eu tenho certeza de que você prefere assim:
Ex.: se ele trabalhasse, ganharia experiência.
Ex.: quando você estudar, será aprovado.

Nos dois primeiros exemplos, não houve qualquer respeito aos princípios de
correlação verbal. Nos dois últimos, a correlação foi perfeitamente estabelecida.
Costumo dizer que as relações de correlação devem ser experimentadas, e
não decoradas. Você, com a sua experiência de vida e conhecimento linguístico,
sabe, mesmo sem regras, o que faz ou não sentido nesses casos. Mas irei detalhar
abaixo alguns casos de correlação verbal:

I – Verbo da OP declarativo nos tempos presente do indicativo, futuro do pre-

sente ou imperativo  correlação com todos os tempos do modo indicativo.

ama
Nós sabemos
amava
amou
amara
Eles falarão que o professor os seus alunos.
amaria
amará
tem amado
Diga
tinha amado

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II – Verbo da OP declarativo em qualquer pretérito do indicativo  corre-

lação com o pretérito imperfeito do indicativo, pretérito + que perfeito do

indicativo ou futuro do pretérito do indicativo.

Ele anunciou
falava

Ele anunciava que o presidente falara (tinha falado) a verdade.

falaria
Ele anunciara

III  – Verbo da OP, com o sentido de vontade, pedido ou permissão, no

presente do indicativo, futuro do presente do indicativo ou imperativo 

correlação com o presente do subjuntivo.

Eu faço

Eu pedirei que meu filho fale com o irmão.

Peça (você)

IV  – Verbo da OP, com o sentido de vontade, pedido ou permissão, em

qualquer pretérito do indicativo  correlação com o pretérito imperfeito

do subjuntivo.

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Eu queria

Eu quis que todos se mudassem daqui.

Eu quisera

Reitero: não queira memorizar as regras apresentadas acima. Opte por enten-

der os períodos.

Vamos ver como esse tópico é abordado em provas:

4. (2018/FCC/SEGEP-MA/TÉCNICO) Há correspondência correta entre tempos e

modos verbais na seguinte frase:

a) É preciso que se aumente o investimento em pesquisa para que o agronegócio

brasileiro não precisasse importar tanto maquinário.

b) Se houvesse maior difusão das novas tecnologias, o agronegócio brasileiro será

uma das principais áreas a se beneficiar.

c) O presidente da Embrapa demonstrou convicção ao defender que as novas tec-

nologias revolucionarão o futuro do agronegócio.

d) A agricultura de precisão já esteja sendo necessária nos dias atuais, mas talvez

tivesse sido mais determinante para o futuro do agronegócio.

e) Quando a carne produzida em laboratório tiver amplo consumo é que podería-

mos dizer se os recursos gastos em seu desenvolvimento sejam válidos.

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Letra c.

Vamos analisar as demais:

Na letra a, os verbos “aumente” e “precisasse” não se correlacionam (como uma

ação no presente pode gerar uma finalidade no passado?).

Na letra b, os verbos “houvesse” e “será” não se correlacionam (como uma hipó-

tese do passado pode gerar uma certeza no futuro?).

Na letra d, o verbo “esteja” já está inadequado (o texto indica certeza; o verbo

precisa estar no indicativo).

Na letra e, os verbos “tiver” e “poderíamos” não se correlacionam (como uma ação

no futuro gera uma hipótese no futuro do pretérito?).

Viu como é uma questão muito mais de lógica e de interpretação do que de aplica-

ção de regras?

O que Cai, Elias?

Não sei se você percebeu, mas a parte I serviu apenas de base para as demais par-

tes – que são as que efetivamente aparecem em provas. Para tanto, meus conselhos:
1) treine a conjugação dos verbos regulares.

2) memorize os irregulares que citei.

3) estude os particípios (regulares e irregulares) juntamente com os tempos

compostos e a voz passiva analítica.

4) entenda o sentido dos verbos (principalmente os do modo indicativo).

5) experimente, por meio de exercícios, a correlação verbal.

Com esses cinco conselhos, verbos nunca mais serão um problema para você!

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QUESTÕES DE CONCURSO

1. (2018/FCC/TRT 6ª REGIÃO (PE)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)

Atenção: Para responder à questão abaixo, considere o texto abaixo.

O jornalismo pode ser qualificado, embora com certo exagero, como um mal

necessário. É um mal porque todo relato jornalístico tende ao provisório. Mesmo

quando estamos preparados para abordar os assuntos sobre os quais escrevemos,

é próprio do jornalismo apreender os fatos às pressas. A chance de erro, sobretudo

de imprecisões, é grande.

O próprio instrumento utilizado é suspeito. Diferente da notação matemática,

que é neutra e exata, a linguagem se presta a vieses de todo tipo, na maior parte

inconscientes, que refletem visões de mundo de quem escreve. Eles interagem com

os vieses de quem lê, de forma que, se são incomuns textos de fato isentos, mais

raro ainda que sejam reconhecidos como tais.

Pertenço a uma geração que não se conformava com as debilidades do relato

jornalístico. O objetivo daquela geração, realizado apenas em parte, era estabele-

cer que o jornalismo, apesar de suas severas limitações, é uma forma legítima de

conhecimento sobre o nível mais imediato da realidade.

O que nos remete à questão do início; sendo um mal, por que necessário? Por

dois motivos. Ao disseminar notícias e opiniões, a prática jornalística municia seus

leitores de ferramentas para um exercício mais consciente da cidadania. Thomas

Jefferson pretendia que o bom jornalismo fosse a escola na qual os eleitores have-

riam de aprender a exercer a democracia.

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O outro motivo é que os veículos, desde que comprometidos com o debate dos

problemas públicos, servem como arena de ideias e soluções. O livre funciona-

mento das várias formas de imprensa, mesmo as sectárias e as de má qualidade,

corresponde em seu conjunto à respiração mental da sociedade.

Entretanto, o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria. A

maioria das pessoas está de tal maneira consumida por seus dramas e divertimen-

tos pessoais que sobra pouca atenção para o que é público. Desde quando os tab-

loides eram o principal veículo de massas, passando pela televisão e pela internet,

vastas porções de jornalismo recreativo vêm sendo servidas à maioria.

O jornalismo de verdade, que apura, investiga e debate, é sempre elitista. Está

voltado não a uma elite econômica, mas a uma aristocracia do espírito. São líderes

comunitários, professores, empresários, políticos, sindicalistas, cientistas, artistas.

Pessoas voltadas ao coletivo.

A influência desse tipo de jornalismo sempre foi, assim, mediada. Desde que

se tornou hegemônico, nos anos 1960-70, o jornalismo televisivo se faz pautar

pela imprensa. Algo parecido ocorre agora com as redes sociais. A imprensa, que

vive de cobrir crises, sempre esteve em crise. O paradoxo deste período é que, no

mesmo passo em que as bases materiais do jornalismo profissional deslizam, sua

capacidade de atingir mais leitores se multiplica na internet, conforme se torna vi-

sível a perspectiva de universalizar o ensino superior.


(Adaptado de: FILHO, Otavio Frias. Disponível em: www.folha.uol.com.br)

Thomas Jefferson pretendia que o bom jornalismo...

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do sublinhado acima está tam-

bém sublinhado em:


a) ... as bases materiais do jornalismo profissional deslizam...
b) ... os eleitores haveriam de aprender a exercer a democracia.

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c) Algo parecido ocorre agora com as redes sociais...

d) ... mais raro ainda que sejam reconhecidos como tais.

e) Desde quando os tabloides eram o principal veículo de massas...

2. (2018/FCC/ALESE/TÉCNICO LEGISLATIVO/ADMINISTRAÇÃO) Para responder à

questão abaixo, considere o texto abaixo:

(Adaptado de: CARVALHO, Bernardo. “A opinião dos leitores e a crítica”. Disponível em:
folha.uol.com.br. Acesso em: 10/3/2018)

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uma tendência que já coroava as edições anteriores do prêmio (4º parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do que se encontra acima está su-

blinhado em:

a) por meio do qual definia uma suposta obra de arte

b) o novo prêmio atenderia ao mercado

c) ou o que o contraria

d) o leitor elegerá títulos apenas entre os finalistas

e) ele contempla os títulos com mais chances

3. (2018/FCC/METRÔ-SP/TÉCNICO LOGÍSTICA) A questão abaixo refere-se ao tex-

to seguinte.

Levante a mão quem nunca teve o azar de ser amado pelas razões erradas. Eis

uma experiência capaz de produzir a angústia de quem se depara com um duplo

de si mesmo: o espelho do olhar do outro te devolve uma imagem que parece sua,

mas na qual você não se reconhece. Claro que ninguém ama com objetividade. O

que o amante vê no ser amado é sempre contaminado pela fantasia. Não me re-

firo, então, à impossibilidade fundamental de complementaridade entre os casais,

mas aos encontros que se dão na base do puro malentendido. Sentir-se amado por

qualidades que o outro imagina, mas não têm nada a ver com você, pode ser muito

angustiante. E sedutor. Vale lembrar que a palavra “sedução” indica o ato de des-

viar alguém de seu caminho: “eis que chega a roda-viva e carrega o destino pra lá”.

Pensava essas coisas de meu lugar na plateia lotada do Credicard Hall (que

nome para um teatro, caramba!), onde fui ver o show de uma de minhas canto-

ras favoritas no momento: Maria Gadú. Com jeito de moleque, encarapitada no

banquinho, de onde não desceu para rebolar nenhuma vez, composições muito

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pessoais que escapam ao clichê romântico e uma rara sofisticação musical, Maria

Gadú parecia não se reconhecer diante do público que – vibrava? Não, vibrar seria

compreensível. Delirava? Sim; mas o entusiasmo foi muito além disso. O público

ululava desde os primeiros acordes de cada canção, que todos sabiam de cor, mas

não conseguiam escutar. A energia com que aplaudiam mais parecia uma fúria, que

a timidez da artista só fazia excitar mais e mais. Pareciam todos sedentos por uma

experiência musical autêntica, promovida por alguém que não vendesse sensua-

lidade barata, e ao mesmo tempo não se conformavam de não conseguir puxar a

cantora para o terreno familiar da vulgaridade e do sex appeal.

Mas estava espantada com a dimensão do sucesso. Como responderá ao apelo

de um público que talvez esteja apaixonado por ela pelas razões erradas? Como

não se espelhar na imagem banal de pop star que lhe oferecem? O que é mais difícil

de enfrentar, na vida artística: a resistência do público para quem sua obra se dirige

ou a fama vertiginosa que alavanca (ops) a carreira de alguns artistas iniciantes

para o topo do mercado em algumas semanas?

Ela diz ter com a música uma aliança impossível de desfazer. Sua intuição mu-

sical parece capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e a sutil entonação

dolorida na voz talvez não permita que ela vire uma espécie de Ivete Sangalo pau-

listana. O CD de estreia é dedicado à avó Cila. A terceira faixa é uma homenagem

fúnebre tocante, uma toada em feitio de oração. Como outro grande compositor

negro, Gilberto Gil, Gadú se mostra capaz de reverenciar a força de seus ancestrais.

“Se queres partir, ir embora / me olhe de onde estiver”, pede para a avó, contando

com a ajuda dos orixás. Quem sabe a forte conexão com sua origem a proteja de

se transformar em fast food para a voracidade dos consumidores.

(Adaptado de: KEHL, Maria Rita. 18 crônicas e mais algumas. São Paulo: Boitempo, 2011)

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Sua intuição musical parece capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e
a sutil entonação dolorida na voz talvez não permita que ela vire uma espécie de
Ivete Sangalo paulistana. (último parágrafo)
Alterando-se tão somente o tempo, e não o modo, dos verbos da frase acima, está
correta a redação que se encontra em:
a) Sua intuição musical teria parecido capaz de levá-la muito além da próxima
esquina, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não teria permitido que ela hou-
vesse virado uma espécie de Ivete Sangalo paulistana.
b) Sua intuição musical parecerá capaz de levá-la muito além da próxima esquina,
e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permitirá que ela vire uma espécie
de Ivete Sangalo paulistana.
c) Sua intuição musical parecesse capaz de levá-la muito além da próxima esqui-
na, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permitisse que ela virasse uma
espécie de Ivete Sangalo paulistana.
d) Sua intuição musical tinha parecido capaz de levá-la muito além da próxima es-
quina, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permitiu que ela virasse uma
espécie de Ivete Sangalo paulistana.
e) Sua intuição musical parecia capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e
a sutil entonação dolorida na voz talvez não permitisse que ela virasse uma espécie
de Ivete Sangalo paulistana.

4. (2017/FCC/TRT 21ª REGIÃO (RN)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)

É compreensível imaginar que, dentro do contexto de uma arte de tantos sé-


culos como o teatro, o clichê “nada se cria, tudo se copia” já seja uma máxima.
Alguns estudiosos da dramaturgia dizem que tal frase é perfeitamente aplicável. O

curioso, no entanto, é constatar a rapidez com que o cinema, que tem menos de

120 anos de vida, tem incorporado essa máxima.

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No século 21, é em Hollywood que essa tendência aparece com maior força.

Praticamente todos os sucessos de bilheteria da indústria cinematográfica norte-a-

mericana são adaptações de quadrinhos, livros, videogames ou programas de TV

que fizeram sucesso. A indústria da adaptação tornou-se tão forte que existe uma

massa de escritores com contratos fixos com alguns estúdios, o que significa que

escrevem obras literárias já pensando em sua adaptação para o cinema. O roteiro

original, portanto, tornou-se um artigo de luxo no cinema norteamericano.

Em Hollywood, tal fenômeno é compreensível. A razão para que haja uma alta

sem precedentes das adaptações é o medo do risco em tempos de crise econômi-

ca, que faz com que os estúdios apostem em histórias já testadas e aprovadas por

leitores. Essa estratégia, apesar de não garantir êxito de bilheteria, reduz o risco

de apostar todas as fichas em histórias inéditas.

No Brasil, as adaptações também viraram moda, uma vez que, nos primeiros

anos do século 21, os filmes mais comentados vieram de livros e outras formas de

expressão artística.

(Adaptado de: BALLERINI, Franthiesco. Cinema Brasileiro no Século 21: reflexões de cine-
astas, produtores, distribuidores, exibidores, artistas, críticos e legisladores sobre os
rumos da cinematografia nacional. Edição digital. São Paulo: Summus Editorial, 2012)

... que faz com que os estúdios apostem em histórias já testadas e aprovadas por

leitores.

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o sublinhado acima encontra-se

em:

a) ... as adaptações também viraram moda...

b) A razão para que haja uma alta sem precedentes das adaptações...

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c) A indústria da adaptação tornou-se tão forte...


d) ... que essa tendência aparece com maior força.
e) ... programas de TV que fizeram sucesso.

5. (2017/FCC/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)

A coletânea de aforismos que constituem os dois volumes de Humano, dema-


siado humano, considerado o marco inicial do segundo período da produção de
Nietzsche, é um ajuste de contas definitivo com as ideias fundamentais do sistema
filosófico de Schopenhauer.
Dedicando o livro à memória do filósofo francês Voltaire e escolhendo como
epígrafe uma citação de René Descartes, Nietzsche já o insere simbolicamente na
tradição da filosofia das Luzes, caracterizada pela confiança no poder emancipató-
rio da ciência, em seu triunfo contra as trevas da ignorância e da superstição. Não
por acaso, portanto, a obra tem como subtítulo Um livro para espíritos livres.
Se, para o jovem Nietzsche, era a arte – e não a ciência – o que constituía a
atividade metafísica do homem, em Humano, demasiado humano ela é destituída
desse privilégio. Fazendo uma referência velada a pressupostos fundamentais da
filosofia de Schopenhauer, dos quais partilhara, Nietzsche toma agora o cuidado
de se afastar criticamente deles. “Que lugar ainda resta à arte? Antes de tudo, ela
ensinou, através de milênios, a olhar com interesse e prazer a vida, em todas as
suas formas. Essa doutrina foi implantada em nós; ela vem à luz novamente agora
como irresistível necessidade de conhecer. O homem científico é o desenvolvimento

do homem artístico”.

Se, para o jovem Nietzsche, o aprofundamento do conhecimento científico con-

duzia à proliferação de um saber erudito e estéril, que sufocava a vida, para o

Nietzsche do período intermediário o conhecimento científico torna livre o espírito.

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Pouco mais tarde, Nietzsche aprofundaria seu novo entendimento relativo ao

papel da ciência e à oposição entre esta e a arte. Contrapondo-se àqueles que

valorizam apenas a imaginação e as obras-primas do disfarce estético, o filóso-

fo afirma: “eles pensam que a realidade é horrível; contudo, não pensam que o

conhecimento até da mais horrível realidade é belo, do mesmo modo que aquele

que conhece bastante e amiúde está, por fim, muito longe de considerar horrível

o grande todo da realidade, cuja descoberta lhe proporciona sempre felicidade. A

felicidade do homem do conhecimento aumenta a beleza do mundo.

(Adaptado de: GIACOIA JUNIOR, Oswaldo. Nietzsche. São Paulo, Publifolha, 2000, p. 42-46)

... o que constituía a atividade metafísica do homem... (3º parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do da frase acima está em:

a) que sufocava a vida

b) aprofundaria seu novo entendimento

c) que valorizam apenas a imaginação

d) dos quais partilhara

e) ela é destituída desse privilégio

6. (2016/FCC/TRT 20ª REGIÃO (SE)/ANALISTA JUDICIÁRIO/COMUNICAÇÃO SO-

CIAL) Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.

Em junho de 2013, o Presidente Robert Mugabe, do Zimbábue, afirmou duran-

te uma entrevista: “Nelson Mandela é santificado demais. Foi bom demais com

os brancos à custa dos negros em seu próprio país”. Alguns concordaram, outros

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protestaram. Até certo ponto acredito que ele tenha levantado uma questão. Suas

atitudes podiam ser percebidas dessa maneira. Ainda assim, em uma conversa com

Richard Stengel, o próprio Madiba* havia dito, muito tempo antes: “As pessoas

sentirão que vejo demais o bem nas pessoas. Então, é uma crítica que tenho de

suportar e à qual tento me ajustar, pois, seja isso verdade ou não, é algo que pen-

so ser proveitoso. É uma coisa boa de assumir, agir com base no fato de que... os

outros são homens de integridade e honra... porque você tende a atrair integridade

e honra, se é dessa maneira que olha para aqueles com quem trabalha.

*um dos nomes pelos quais Nelson Mandela era chamado; refere-se a seu clã e

denota afeto e respeito.

(Adaptado de: LA GRANGE, Zelda. Bom dia, Sr. Mandela. Trad. Felipe José Lindoso. Ribeirão
Preto: Novo Conceito, 2015, p. 9)

... o próprio Madiba havia dito, muito tempo antes...

A expressão destacada está corretamente substituída, preservando-se o tempo, o

modo e o aspecto verbais, por

a) disse.

b) dissera.

c) dizia.

d) diria.

e) dissesse.

7. (2016/FCC/TRT 20ª REGIÃO (SE)/TÉCNICO JUDICIÁRIO - TECNOLOGIA DA IN-


FORMAÇÃO) Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.

O conceito de infância, como o conhecemos, consolidou-se no Ocidente a partir


do século XVIII. Até o século XVI, pelo menos, assim que conseguissem se virar

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sem as mães ou as amas, as crianças eram integradas ao mundo dos adultos. A


infância, como idade da brincadeira e da formação escolar, ao mesmo tempo com
direito à proteção dos pais e depois à do Estado, é algo relativamente novo.
A infância não é um conceito determinado apenas pela biologia. Como tudo, é
também um fenômeno histórico implicado nas transformações econômicas e so-
ciais do mundo, em permanente mudança e construção.
Hoje há algo novo nesse cenário. Vivemos a era dos adultos infantilizados. Não é
por acaso que proliferaram os coaches. Coach, em inglês, significa treinador. Origi-
nalmente, treinador de esportistas. Nesse conceito importado dos Estados Unidos,
país que transformou a infância numa bilionária indústria de consumo, a ideia é a
de que, embora estejamos na idade adulta, não sabemos lidar com a vida sozinhos.
Precisamos de um treinador que nos ajude a comer, conseguir amigos e emprego,
lidar com conflitos matrimoniais e profissionais, arrumar as finanças e até mesmo
organizar os armários. Uma espécie de infância permanente do indivíduo.
Os adultos infantilizados desse início de milênio encarnam a geração do “eu me-
reço”. Alcançar sonhos, ideais ou mesmo objetivos parece ser compreendido como
uma consequência natural do próprio existir, de preferência imediata. Quando essa
crença fracassa, é hora de buscar o treinador de felicidade, o treinador de saúde.
É estarrecedor verificar como as gerações que estão aí parecem não perceber que
dá trabalho conquistar o que se deseja. E, mesmo que se esforcem muito, haverá
sempre o que não foi possível alcançar.

(Adaptado de: BRUM, ELIANE. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca)

Precisamos de um treinador que nos ajude a comer...

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o sublinhado acima está tam-

bém sublinhado em:

a) ... assim que conseguissem se virar sem as mães ou as amas...

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b) Não é por acaso que proliferaram os coaches.

c) ... país que transformou a infância numa bilionária indústria de consumo...

d) E, mesmo que se esforcem muito...

e) Hoje há algo novo nesse cenário.

8. (2016/FCC/METRÔ-SP/ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Atenção:

A questão refere-se ao texto abaixo.

Não cometo esse erro tão comum de julgar os outros por mim. Acredito de

bom grado que o que está nos outros possa divergir essencialmente daquilo que

está em mim. Não obrigo ninguém a agir como ajo e concebo mil e uma maneiras

diferentes de viver; e, contrariamente ao que ocorre em geral, espantam-me bem

menos as diferenças entre nós do que as semelhanças. Não imponho a outrem

nem meu modo de vida nem meus princípios; encaro-o tal qual é, sem estabelecer

comparações. O fato de não ser continente não me impede de admirar e aprovar os

Feuillants* e os capuchinhos que o são; pela imaginação ponho-me muito bem em

sua pele e os estimo e honro tanto mais quanto divergem de mim. Aspiro particu-

larmente a que julguem cada qual como é, sem estabelecer paralelos com modelos

tirados do comum. Minha fraqueza não altera absolutamente o apreço em que deva

ter quem possui força e vigor. Embora me arraste ao nível do solo, não deixo de

perceber nas nuvens, por mais alto que se elevem, certas almas que se distinguem

pelo heroísmo. Já é muito para mim ter o julgamento justo, ainda que não o acom-

panhem minhas ações, e manter ao menos assim incorruptível essa qualidade. Já

é muito ter boa vontade, mesmo quando as pernas fraquejam.

*Ordem religiosa.
(Extraído de MONTAIGNE, Michel de. “Catão, o jovem”, Ensaios, trad. Sérgio Milliet, São Paulo,
Nova Cultural, 1996, p. 213)

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Embora me arraste ao nível do solo...

O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado acima está

também grifado em:

a) O fato de não ser continente não me impede de admirar e aprovar...

b) ... contrariamente ao que ocorre em geral...

c) ... mesmo quando as pernas fraquejam.

d) Aspiro particularmente a que julguem cada qual como é...

e) Não cometo esse erro tão comum de julgar os outros por mim.

9. (2016/FCC/METRÔ-SP/ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Atenção:

A questão refere-se ao texto abaixo.

Nascido nos Estados Unidos da América em 30 de abril de 1916, Claude E.

Shannon obteve o título de doutor no MIT, em 1937, com trabalho notável em

“Álgebra de Boole”, propondo circuitos elétricos capazes de executar as principais

operações da Lógica clássica.

Quatro anos antes (23 de junho de 1912) de seu nascimento, em Londres, nas-

cera Allan M. Turing, que também se interessou por encontrar meios de realizar

operações lógicas e aritméticas, fazendo uso de máquinas. Suas ideias resultaram

no importante conceito de “Máquina de Turing”, paradigma abstrato para a compu-

tação, apresentado durante seus estudos, no King’s College, em Cambridge, no ano

de 1936. Entre 1936 e 1938, Turing viveu em Princeton-NJ onde realizou seu dou-

torado estudando problemas relativos à criptografia. Assim, Shannon e Turing, de

maneira independente, trabalhavam, simultaneamente, em comunicações e com-

putação, dois tópicos que, combinados, hoje proporcionam recursos antes inima-

gináveis para o mundo moderno das artes, da ciência, da medicina, da tecnologia

e das interações sociais.

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Contemporaneamente à eclosão da Segunda Guerra Mundial, Shannon e Turing


gestavam ideias abstratas sofisticadas, tentando associá-las ao mundo concreto
das máquinas que, gradativamente, tornavam-se fatores de melhoria da qualidade
de vida das populações.
A Segunda Grande Guerra utilizou-se de tecnologias sofisticadas para a des-
truição. Os bombardeios aéreos causaram muitas mortes e devastaram cidades.
Evitá-los e preveni-los eram questões de vida ou morte e, para tanto, ouvir as co-
municações dos inimigos e decifrar seus códigos era uma atividade indispensável.
Os países do eixo tinham desenvolvido sofisticadas técnicas de comunicação
criptografada utilizada para planejar ataques inesperados às forças aliadas. Shan-
non e Turing, então, com seu conhecimento sofisticado da matemática da informa-
ção deduziram as regras alemãs de codificação, levando os aliados a salvar muitas
de suas posições de ataques nazistas.
Pode-se dizer que uma boa parte da inteligência de guerra dos aliados vinha
desses dois cérebros privilegiados.
Finda a guerra, Shannon passou a trabalhar nos laboratórios Bell, propondo a
“Teoria da Informação”, em 1948. Com carreira profícua, notável pela longevidade
e muitos trabalhos importantes, deixou sua marca nas origens das comunicações
digitais. Faleceu aos 85 anos (em 24 de fevereiro de 2001), deixando grande lega-
do intelectual e tecnológico.
Turing, após o término da guerra, ingressou como pesquisador da Universidade
de Manchester, sofrendo ampla perseguição por ser homossexual. Mesmo vivendo
na avançada Inglaterra, foi condenado à castração química, em 1952. Essa sequ-
ência de dissabores levou-o ao suicídio, em 7 de junho de 1954.
Shannon viu sua teoria transformar o mundo, com o nascimento da internet.
Turing, entretanto, não viu sua máquina se transformar em lap-tops e tablets que
hoje povoam, até, o imaginário infantil.
(PIQUEIRA, José Roberto Castilho. “Breve contextualização histórica”, In: “Complexidade com-
putacional e medida da informação: caminhos de Turing e Shannon”, Estudos Avançados, Uni-
versidade de São Paulo, v. 30, n. 87, Maio/Agosto 2016, p.340-1)

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... ouvir as comunicações dos inimigos e decifrar seus códigos era uma atividade

indispensável.

O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado acima está

em:

a) Quatro anos antes (23 de junho de 1912) de seu nascimento, em Londres, nas-

cera Allan M. Turing...

b) ... Shannon e Turing gestavam ideias abstratas sofisticadas...

c) A Segunda Grande Guerra utilizou-se de tecnologias sofisticadas para a destruição.

d) ...dois tópicos que [...] hoje proporcionam recursos antes inimagináveis...

e) Os bombardeios aéreos causaram muitas mortes...

10. (2016/FCC/AL-MS/NÍVEL MÉDIO)

A nuvem

− Fico admirado como é que você, morando nesta cidade, consegue escrever

toda semana sem reclamar, sem protestar, sem espinafrar ninguém!

Meu amigo está, como dizem as pessoas exageradas, grávido de razões. Mas

que posso fazer? Até que tenho reclamado muito isto e aquilo. Mas se eu ficar re-

zingando todo dia, estou roubado: quem é que vai aguentar me ler?

Além disso, a verdade não está apenas nos buracos das ruas e outras mazelas.

Não é verdade que as amendoeiras neste inverno deram um show luxuoso de fo-

lhas vermelhas voando no ar? E ficaria demasiado feio eu confessar que há uma

jovem gostando de mim? Ah, bem sei que esses encantamentos de moça por um

senhor maduro duram pouco. Eles se irão como vieram, leve nuvem solta na brisa,

que se tinge um instante de púrpura sobre as cinzas do meu crepúsculo.

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E olhem só que tipo de frase estou escrevendo! Tome tenência, velho Braga.

Deixe a nuvem, olhe para o chão − e seus tradicionais buracos.

(Adaptado de: BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana! Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960, p. 179/180)

Tome tenência, velho Braga. Deixe a nuvem, olhe para o chão (...)

Utilizando-se o tratamento da 2ª pessoa do singular, a sequência das formas ver-

bais da frase acima deverá ser:

a) toma − Deixa − olha

b) tomes − Deixes − olha

c) tomai − Deixai − olheis

d) tomes − Deixas − olhas

e) toma − Deixes − olhes

11. (2016/FCC/TRT 23ª REGIÃO (MT)/TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO)

O que é assinatura digital?

A assinatura digital é uma modalidade de assinatura eletrônica, resultado de

uma operação matemática que utiliza algoritmos de criptografia assimétrica e per-

mite aferir, com segurança, a origem e a integridade do documento.

A assinatura digital fica de tal modo vinculada ao documento eletrônico “subscri-

to” que, ante a menor alteração neste, a assinatura se torna inválida. A técnica per-

mite não só verificar a autoria do documento, como estabelece também uma “imu-

tabilidade lógica” de seu conteúdo, pois qualquer alteração do documento, como por

exemplo a inserção de mais um espaço entre duas palavras, invalida a assinatura.

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Necessário distinguir assinatura digital da assinatura digitalizada. A assinatura di-


gitalizada é a reprodução da assinatura autógrafa como imagem por um equipamen-
to tipo scanner. Ela não garante a autoria e integridade do documento eletrônico,
porquanto não existe uma associação inequívoca entre o subscritor e o texto digita-
lizado, uma vez que ela pode ser facilmente copiada e inserida em outro documento.
(Disponível em: http://portal.trt23.jus.br/ecmdemo/public/trt23/Informese/assinaturaDigital.
Acesso em: 02.12.2015)

Empregam-se todas as formas verbais de acordo com a norma culta na seguinte


frase redigida a partir do texto:
a) Para que se mantesse sua autenticidade, o documento não poderia receber
qualquer tipo de retificação.
b) Os documentos com assinatura digital disporam de algoritmos de criptografia
que os protegeram.
c) Arquivados eletronicamente, os documentos poderam contar com a proteção de
uma assinatura digital.
d) Quem se propor a alterar um documento criptografado deve saber que compro-
meterá sua integridade.
e) Não é possível fazer as alterações que convierem sem comprometer a integri-
dade dos documentos.

12. (2018/FCC/ALESE/TÉCNICO LEGISLATIVO/TAQUIGRAFIA)


Como eu era protestante, não pulei Carnaval durante a minha infância, nas décadas
de 1950 e 1960. No entanto, eu e meu pai cantávamos muitas das marchinhas que
ouvíamos no rádio, numa época em que a TV ainda não existia. Uma de que eu
gosto muito diz assim: “Iaiá, cadê o jarro? O jarro que eu plantei a flor. Eu vou te
contar um caso: eu quebrei o jarro e matei a flor”. Hoje já não há marchinhas tão
interessantes, quase não sinto beleza nelas. Mas gosto muito dos sambas-enredo,
verdadeiras epopeias.”
(Adaptado de: ROSA, Yêda Stela. 70 anos, de São Luiz. A-lá-lá- ô, ô, ô, ô, ô. Todos. São Paulo:
Mol, Fevereiro/Março, p. 22)

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Quanto ao emprego das formas verbais destacadas, está correta a seguinte obser-

vação:

a) eu quebrei o jarro e matei a flor: descrevem eventos de longa duração, desace-

lerando a narrativa.

b) O jarro que eu plantei a flor: pela correlação com os outros eventos, deveria ser

substituído por “teria plantado”.

c) ouvíamos é forma que sinaliza a reiteração incessante da ação de ouvir.

d) Como eu era protestante, não pulei Carnaval durante a minha infância: considera-
-se um intervalo de duração mais longa, no qual se destaca um evento mais pontual.
e) Eu vou te contar um caso: tem-se futuro estabelecido em relação ao evento
descrito em “plantar”, isto é, em relação ao passado.

13. (2018/FCC/SEGEP-MA/AGENTE ESTADUAL AGROPECUÁRIO)

‘GATONET’ poderá render multa e cadeia para quem instala e para quem usa
Ter TV por assinatura com ‘sinal pirateado’, prática mais conhecida como ‘ga-
tonet’, poderá se tornar crime no Brasil. O Projeto de Lei do Senado n.186/2013
começou a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado nesta semana
e, caso aprovado, vai tipificar os crimes de interceptação e recepção clandestina de
sinal de TV por assinatura.
Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos ‘gatonets’

quanto os clientes que solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa de até

R$ 10 mil. Também está prevista reclusão de seis meses a dois anos, com a possi-

bilidade de aumentar a pena em 50% caso fique provado danos a terceiros. Dessa

forma, as autoridades poderão não apenas confiscar equipamentos utilizados para

piratear sinal de TV por assinatura, mas também poderão prender os responsáveis

e colocá-los no sistema sob legislação específica.

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Acredita-se que o grande problema da pirataria de TV por assinatura hoje é a


comercialização de equipamentos decodificadores que substituem os oferecidos
oficialmente pelas operadoras.
A venda, compra ou fabricação desses aparelhos também será punida. A impor-
tação de produtos como esses já está proibida no Brasil desde 2011, mas não se tem
notícia da responsabilização penal de seus fornecedores pelo crime de contrabando.
(Adaptado de: https://www.tecmundo.com.br)

Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos ‘gatonets’
quanto os clientes que solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa de até
R$ 10 mil. (2º parágrafo)
A forma verbal destacada indica
a) recomendação.
b) necessidade.
c) certeza.
d) obrigação.
e) possibilidade.

14. (2017/FCC/TRT 21ª REGIÃO (RN)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)

Natal mudou em 1942. A chegada das tropas norte-americanas à capital poti-


guar trouxe dinheiro e desenvolvimento. Em troca, a cidade cedeu sua posição ge-
ográfica, considerada estratégica para o poderio militar dos EUA. Afinal, na América
do Sul, Natal é o ponto mais próximo dos continentes europeu e africano. “Os EUA
precisavam de um ponto de apoio que permitisse abastecer e seguir direto para a
África”, explicou o professor de história Luís Eduardo Suassuna. Foi por suprir esta
necessidade que Natal se transformou no “trampolim da vitória” para os EUA. Os
aviões vinham deste país, abasteciam em Natal e ficavam prontos para fazer a tra-
vessia do Atlântico.

(Adaptado de: HOLDER, Caroline. Disponível em: g1.globo.com)

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Os aviões vinham deste país, abasteciam em Natal e ficavam prontos para fazer a

travessia do Atlântico.

Transformando-se o que se afirma acima em uma hipótese, os verbos devem as-

sumir as seguintes formas:

a) vieram − abasteceram − ficaram

b) viriam − abasteceriam − ficariam

c) tinham vindo − teriam abastecido − ficarão

d) vieram − tivessem abastecido − ficavam

e) viriam − haviam abastecido − ficaram

15. (2017/FCC/TRT 24ª REGIÃO (MS)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)

Instituições financeiras reconhecem que é cada vez mais difícil detectar


se uma transação é fraudulenta ou verdadeira

Os bancos e as empresas que efetuam pagamentos têm dificuldades de contro-


lar as fraudes financeiras online no atual cenário tecnológico conectado e complexo.
Mais de um terço (38%) das organizações reconhece que é cada vez mais difícil
detectar se uma transação é fraudulenta ou verdadeira, revela pesquisa realizada
por instituições renomadas.
O estudo revela que o índice de fraudes on-line acompanha o aumento do nú-
mero de transações on-line, e 50% das organizações de serviços financeiros pes-
quisadas acreditam que há um crescimento das fraudes financeiras eletrônicas.
Esse avanço, juntamente com o crescimento massivo dos pagamentos eletrônicos
combinado aos novos avanços tecnológicos e às mudanças nas demandas corpora-
tivas, tem forçado, nos últimos anos, muitas delas a melhorar a eficiência de seus

processos de negócios.

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De acordo com os resultados, cerca de metade das organizações que atuam no


campo de pagamentos eletrônicos usa soluções não especializadas que, segundo as
estatísticas, não são confiáveis contra fraude e apresentam uma grande porcenta-
gem de falsos positivos. O uso incorreto dos sistemas de segurança também pode
acarretar o bloqueio de transações. Também vale notar que o desvio de pagamen-
tos pode causar perda de clientes e, em última instância, uma redução nos lucros.
Conclui-se que a fraude não é o único obstáculo a ser superado: as instituições
financeiras precisam também reduzir o número de alarmes falsos em seus sistemas
a fim de fornecer o melhor atendimento possível ao cliente.
(Adaptado de: computerworld.com.br. Disponível em: http://computerworld.com.br/quase-
-40-dos-bancos-nao-sao-capazes-de-diferenciar-um-ataque-de-atividades-normais-de-clientes)

No texto, as formas verbais flexionadas no presente do indicativo “têm” (1º parágra-

fo), “acompanha” (2º parágrafo) e “apresentam” (3º parágrafo) indicam eventos que

a) já aconteceram e certamente não acontecerão mais.

b) ocorrem em condições hipotéticas.

c) se repetem com os passar dos dias.

d) não se repetirão num futuro próximo.

e) raramente aconteceram ou acontecem.

16. (2016/FCC/TRT 20ª REGIÃO (SE)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TECNOLOGIA DA IN-

FORMAÇÃO) Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.

Com a literatura de cordel como aliada, o clichê de “mudar o mundo” não soa

tão inalcançável. Os folhetos de cordel são baratos, acessíveis e extremamente fá-

ceis de transportar e de compartilhar com outras pessoas. Melhor ainda: são ideais

para a sala de aula. Entre rimas, estrofes e melodias, muitos assuntos pertinentes

podem ser tratados e debatidos.

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Nos últimos quatro anos, desde que comecei a publicar os meus cordéis, rece-

bi centenas de mensagens com depoimentos de educadores que compram meus

folhetos e utilizam minhas rimas para falar sobre questões raciais, de gênero, de

diversidade sexual e história. Com a série Heroínas Negras na História do Brasil,

séculos de esquecimento começam a ser rompidos e muita gente escuta falar, pela

primeira vez, sobre as mulheres negras que foram líderes quilombolas e guerreiras

na luta contra a escravidão.

Pelo cordel, nomes como Tereza de Benguela, Dandara dos Palmares, Zacimba

Gaba e Mariana Crioula protagonizam discussões acaloradas sobre racismo e ma-

chismo; até mesmo uma aula de português pode ser a oportunidade perfeita para

colocar essas questões em pauta.


Esse tipo de cordel com proposta social é chamado de Cordel Engajado e pode
trazer política, defesa de causas e críticas sociais para a literatura de uma maneira
profundamente envolvente. Afinal, a literatura de cordel é excelente para a trans-
formação da sociedade em uma realidade onde exista mais equidade e respeito
pela diversidade.
Esse respeito, aliás, pode começar pela própria valorização do cordel, algo que
só deve acontecer quando todos os empecilhos preconceituosos forem tirados do
caminho. Ainda há muito a se caminhar, sobretudo com o alarme do tempo piscan-
do e gritando que um dia, infelizmente, o cordel pode virar artigo de museu.
(Adaptado de: ARRAES, Jarid. “A literatura de cordel...”, Blooks. Rio de Janeiro: Ginga Edições,
2016, p. 12-13).

... uma realidade onde exista mais equidade e respeito pela diversidade. (4º pará-
grafo). A respeito do verbo sublinhado acima, afirma-se corretamente:
a) O modo imperativo enfatiza o desejo do autor por uma cidade mais igualitária.
b) Pode ser substituído pelo verbo “haver”, tanto no singular como no plural.
c) O modo subjuntivo reforça o caráter exortativo da recomendação

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d) Pode ser substituído pela forma “existam”, sem prejuízo para a correção.
e) O modo indicativo assinala a possibilidade de uma nova realidade.

17. (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/ANALISTA DE ORÇAMENTO) Aten-


ção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Há um comentário frequentemente encontrado nos meios de comunicação ou


mesmo em conversas cotidianas: “O carnaval de hoje não é mais o mesmo. Trans-
formou-se em um grande empreendimento turístico. Perdeu a autenticidade.” Em
seu sentido amplo, esse comentário aplica-se a diversas modalidades de cultura
popular: não só às festas, mas também ao artesanato, à música, à dança, à culi-
nária. Pode ser expresso na forma de um lamento e de um incontido sentimento
de nostalgia.
Em outras palavras, circula de modo amplo e difuso em nosso cotidiano uma
perspectiva sobre as culturas populares na qual estas são apresentadas sob o signo
da perda. Supõe-se que elas conheceram em sua longa história um momento no
qual teriam florescido na sua forma mais autêntica e próxima às expectativas da-
queles que as produzem. Mas desde então, como consequência das transformações
históricas e em especial da chamada modernização, essas formas socioculturais
teriam cada vez mais perdido seus atributos definidores. Essa narrativa é segura-
mente poderosa e tem notável capacidade de convencimento. No entanto, um fan-
tasma ronda os estudos sobre as culturas populares. Elas não desapareceram; con-
tinuam a existir e se reproduzir: festas regionais, como o bumba meu boi; as festas
do Divino Espírito Santo; as festas de Reis; as inúmeras modalidades de música
popular ou folclórica produzidas em diversas regiões do Brasil. Os exemplos podem
se estender facilmente. O que importa assinalar, no entanto, é que essas formas de
cultura popular continuam a ser produzidas no tempo presente e de modo criativo;
e não parecem indicar, ao contrário do que se afirma obsessivamente, que estejam
em processo de desaparecimento.

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O problema evidentemente não está na cultura popular, mas nas perspectivas


que postulam sua existência arcaica e seu inevitável desaparecimento. Trata-se de
um fantasma produzido pelos que se recusam a reconhecer que elas expressam
visões de mundo diferentes.
Muitas vezes, essas formas socioculturais estão associadas à oposição entre um
mundo rural estável e harmônico e um mundo urbano industrializado e “inautênti-
co”. Contudo, pesquisas de antropologia social ou cultural já demonstraram que as
culturas populares, estejam elas situadas no mundo rural ou nas grandes cidades,
desempenham funções sociais e simbólicas fundamentais para sua persistência
e reprodução. Desse modo, festas, artesanatos, lendas, formas musicais, dança,
culinária articulam simbolicamente concepções coletivas de sociedade.
As culturas populares não se constituem em agregados de traços culturais pas-
síveis de serem inventariados. Elas consistem efetivamente em sistemas de práti-
cas sociais. Os comentários usuais sobre uma suposta perda de autenticidade das
culturas populares na atualidade esquecem que elas não são o espelho de nossas
categorias e classificações; o que elas oferecem de mais interessante não é nem
o testemunho de um passado remoto, nem a catástrofe de seu desaparecimento,
mas invenções alternativas e atuais dos modos de estar no mundo.
(Adaptado de: GONÇALVES, José Reginaldo Santos. “Culturas populares: patrimônio e autenticidade”. In:
Agenda brasileira: temas de uma sociedade em mudança. BOTELHO, André e SHWARCZ, Lilia Moritz (org.)
São Paulo: Cia das Letras, 2011, p. 136-139)

A frase em que o tempo verbal evidencia uma hipótese está em:


a) As culturas populares não se constituem em agregados de traços culturais pas-
síveis de serem inventariados.
b) Elas não desapareceram...
c) ...essas formas socioculturais teriam cada vez mais perdido seus atributos defi-
nidores.
d) Perdeu a autenticidade.
e) ...circula de modo amplo e difuso em nosso cotidiano uma perspectiva sobre as
culturas populares...

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18. (2015/FCC/DPE-SP/OFICIAL DE DEFENSORIA PÚBLICA) Considere a tirinha

abaixo.

A alternativa em que a forma verbal faça está empregada no modo imperativo, as-

sim como tome, na fala da personagem no primeiro quadrinho, está destacada em:

a) O antivírus de meu computador, embora faça constantes atualizações, não tem

sido muito eficaz.

b) Senhor usuário, faça uma atualização de seu antivírus, para que seu computa-

dor continue protegido.

c) Para que o antivírus faça uma varredura completa, é necessário acionar a prote-

ção de arquivos e de internet.

d) Precisamos de um antivírus gratuito, e que faça uma limpeza minuciosa em

nossos computadores.

e) Não é recomendável que se faça uso de mais de um antivírus, pois isso prejudica

o desempenho do sistema.

19. (2013/FCC/SEFAZ-SP/AGENTE FISCAL DE RENDAS/GESTÃO

TRIBUTÁRIA) Atenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de

números 13 a 21.

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Considerado o contexto, a frase em que a ação destacada, tendo ocorrido no pas-


sado, é referida como sendo anterior a outra ação igualmente passada é:
a) ... na efervescência da Bolonha do século XVI, uma pintura, fosse um retrato
ou uma cena, fosse religiosa ou alegórica, histórica ou privada, era criada com a
intenção de ser lida.
b) Essa era uma característica inerente e essencial do ato estético: a possibilidade,
por meio de um vocabulário compartilhado, da comunicação entre o ponto de vista
do artista e o ponto de vista do público.
c) Um quadro podia ser venerado pela sua arte ou seu conteúdo, mas acima da
veneração estava a promessa de algo a ser aprendido ou pelo menos reconhecido.
d) Ainda no século VI, o papa Gregório, o Grande, havia declarado: “Uma coisa é
adorar um quadro, outra é aprender em profundidade, por meio dos quadros, uma
história venerável”.
e) Temos permitido que a propaganda e a mídia eletrônica privilegiem a imagem

para transmitir informações instantaneamente ao maior número de pessoas.

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20. (2008/FCC/MPE-RS/SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS)

Voluntário

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... no posto mais próximo do hotel em que se hospedara...

O emprego da forma verbal grifada acima indica

a) ação habitual e repetitiva.

b) incerteza em relação a uma situação futura.

c) ação passada, anterior a outra, também no passado.

d) fato realizável, a depender de outro, posterior ao primeiro.

e) fato passado e terminado em um momento específico.

21. (2006/FCC/TRE-SP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)

Na primeira metade do século XIX, as ferrovias surgiam como o meio quase mági-

co que permitiria transpor enormes distâncias com rapidez e grande capacidade de


carga, atravessando qualquer tipo de terreno. No Brasil, onde a era ferroviária

se iniciou em 1854, algumas vozes apontaram o descompasso que tenderia a se

verificar entre as modestas dimensões da economia nacional e os grandes investi-

mentos requeridos para as construções ferroviárias. Mas pontos de vista como esse

foram vencidos pela fascinação exercida pelo trem de ferro e pela fé em seu poder

de transformar a realidade.

De um ponto de vista econômico, não seria propriamente incorreto dizer que a

experiência ferroviária no Brasil não passou de um relativo fracasso - que se tradu-

ziria, hoje, no predomínio das rodovias, ao contrário do ocorrido em outros países

de grandes dimensões. De acordo com supostas explicações, o triunfo das ro-

dovias no Brasil teria sido obtido graças a um complô que envolveria governos e
grandes empresas petrolíferas e automobilísticas. Mas a verdade é que, além de

outras deficiências estruturais, o setor ferroviário nacional nunca chegou a formar

uma autêntica rede cobrindo todo o território. Como a economia dependia da agro-

exportação, o problema consistia simplesmente em ligar as regiões produtoras aos

portos marítimos.

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A partir dos anos 30, quando se colocou o desafio da efetiva integração econômica

do país como parte do processo de expansão do mercado interno, os transportes

rodoviários mais ágeis, necessitando de uma infraestrutura muito menor que a das

vias férreas - demonstraram uma flexibilidade que o trem não tinha como acompa-

nhar. Isso não significa que as ferrovias não tenham desempenhado um importante

papel econômico no país. Elas foram fundamentais no período dominado pela agro-

exportação e continuaram a ser importantes também no contexto da industrializa-

ção acelerada.

Mas as estradas de ferro não podem ser analisadas apenas mediante critérios es-

tritamente econômicos. No Brasil, as ferrovias criaram novas cidades, como Porto

Velho, e revitalizaram antigas. Representaram uma experiência indelével, frequen-

temente dramática, para os trabalhadores mobilizados nas construções. Objeto de

fascínio, elas impuseram um novo ritmo de vida, marcado pelos horários dos trens,

e reorganizaram espaços urbanos, nos quais as estações se destacavam como “ca-

tedrais” da ciência e da técnica.

(Adaptado de Paulo Roberto Cimó Queiroz, Folha [Sinapse], p. 20-22, 22 de fevereiro de 2005)

... como o meio quase mágico que permitiria transpor enormes distâncias...

O emprego da forma verbal grifada acima denota, no contexto,

a) finalidade de uma ação no presente.

b) ação anterior a outra, no passado.

c) certeza futura na realização de um fato.

d) situação hipotética em relação a um fato no passado.

e) ação habitual, condicionada a um fato futuro.

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22. (2018/FCC/TRT 6ª REGIÃO (PE)/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA)

A arte requer “explicação”?

Aqui e ali, quem frequenta bienais, salões de arte ou exposições de artes plás-

ticas encontrará de repente não um quadro, uma escultura ou algum objeto de

significação histórica, mas uma instalação – nome que se dá, segundo o dicionário

Houaiss, a “alguma obra de arte que consiste em construção ou empilhamento de

materiais, permanente ou temporário, em que o espectador pode participar, ma-

nipulando-a, ou, sendo, às vezes, de tamanho tão grande, que o espectador pode

nela entrar”. Trata-se, em outras palavras, de materiais organizados num espaço

físico de modo a constituírem uma obra de arte.

Ocorre, porém, com grande parte das instalações, um fenômeno curioso: com

muita frequência o criador é convidado a explicar – e o faz com linguagem muito

sofisticada – o sentido profundo que pretendeu dar àquele conjunto de materiais,

àquela instalação que ele concebeu. Para o público, restará a impressão final de

que os materiais eram, em si mesmos, insuficientes para significarem alguma coi-

sa: precisavam da explicação de quem os utilizou.

As verdadeiras obras de arte se impõem por si mesmas, independentemente de

qualquer explicação prévia ou justificativa final. O grande músico, o grande escritor,

o grande cineasta não precisam interpor-se entre a sonata, o romance ou o filme

para explicar seu sentido junto ao público. Certamente haverá oportunidade para

todos refletirmos sobre o sentido dinâmico de uma obra artística que atingiu o nos-

so interesse e provocou o nosso prazer; mas nada será mais forte do que a mobili-

zação emocional e intelectual que a obra já despertou em nós, no primeiro contato.

(Aristeu Valverde, inédito)

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Há construção na voz passiva e adequada articulação entre os tempos verbais na frase:


a) Os que apreciarem as instalações, no futuro, talvez poderiam emprestar-lhes o
sentido que hoje não parecem ter.
b) Ao serem visitadas, as instalações costumam impressionar o público que se dei-
xa levar pela significação que o próprio autor lhes atribui.
c) Se fosse para levar a sério a materialidade das instalações, nenhuma delas ne-
cessita da justificativa a ser dada pelo criador.
d) Nunca a linguagem das grandes obras de arte teria necessidade de alguma ex-
plicação que venha a se tornar indispensável.
e) Por mais que nos esforcemos para perscrutar o sentido de uma instalação, este
sempre dependeria das razões alegadas pelo autor.

23. (2018/FCC/ALESE/ANALISTA/ADMINISTRADOR) A questão abaixo refere-se ao


texto seguinte − parte do prefácio de um livro de sociologia em que o autor se de-
dicou ao estudo da cultura popular.

[Linguagens e culturas]
Este livro estuda as modificações que se deram na cultura das classes populares
ao longo das últimas décadas, de modo especial aquelas que podem ser atribuídas
à influência das publicações de massa. Creio que obteríamos resultados muito se-
melhantes caso tomássemos como exemplos algumas outras formas de comunica-
ção, como o cinema, o rádio ou a televisão.
Penso que tenho sempre tentado dirigir-me principalmente ao “leitor comum”
sério ou “leigo inteligente” de qualquer classe social. Não significa isto que eu te-
nha tentado adotar qualquer tom de voz específico, ou que tenha evitado o uso de

quaisquer termos técnicos, para só empregar expressões banais. Escrevi tão clara-

mente quanto o permitiu a minha compreensão do assunto, e apenas usei termos

técnicos quando me pareceram susceptíveis de se tornarem úteis e sugestivos.

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O “leigo inteligente” é uma figura vaga, e a popularização uma tarefa perigosa;

mas parece-me que aqueles de nós que consideram uma urgente necessidade es-

crever para ele devem continuar a tentá-lo. Porque um dos mais nefastos aspectos

da nossa condição cultural é a divisão entre a linguagem dos peritos e o nível ex-

traordinariamente baixo daquela utilizada nos órgãos de comunicação de massa.

(Adaptado de: HOGGART, Richard. As utilizações da cultura. Trad. de Maria do Carmo Cary.
Lisboa: Editorial Presença, 1973.)

Há construção na voz passiva e adequada correlação entre os tempos verbais

na frase:

a) Resultados muito semelhantes ao dessa pesquisa seriam encontrados caso o

foco de análise incidisse sobre outros meios de comunicação.

b) Essa pesquisa teria chegado a resultados semelhantes desde que o foco não

deixe de incidir sobre a linguagem dos outros meios de comunicação.

c) Dispondo-se a vir fazer uma boa análise de outras formas de comunicação, o

pesquisador terá encontrado resultados semelhantes.

d) Quando outras análises incidirem sobre outros meios de comunicação, seria

possível chegar a resultados não muito diferentes destes.

e) Por haver-se dedicado sobretudo ao estudo da linguagem da imprensa, o de

outros meios de comunicação não foi conclusivo.

24. (2018/FCC/SEGEP-MA/TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA)

Na cerimônia de entrega do Prêmio Melhores do Agronegócio 2017, o presidente


da Embrapa, Maurício Lopes, disse que a chegada e a difusão de novas tecnologias

vão revolucionar o futuro do campo brasileiro.

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Ele anunciou que a Embrapa Gado de Corte está lançando um cabresto com

sensores para ser colocado no boi. A ferramenta é capaz de transmitir para o com-

putador alguns sinais, como a temperatura do corpo, por exemplo, possibilitando

ao pecuarista atuar com antecedência sobre problemas da boiada. “É uma das úl-

timas palavras em tecnologia.”

O presidente da Embrapa disse, ainda, que a agricultura de precisão será deter-

minante para o futuro do agronegócio.

Em resposta a uma provocação do jornalista Bruno Blecher, Maurício Lopes dis-

se acreditar que a carne do futuro poderá mesmo ser produzida em laboratório.

Há dez anos, um simples bifinho custava US$ 120 mil. Hoje, ele sai por US$ 5 mil,

afirma. “Resta saber se alguém vai querer comer.”

(Adaptado de: NASCIMENTO, Sebastião. Novas tecnologias vão definir o futuro do agro, diz pre-
sidente da Embrapa. Disponível em: http://revistagloborural.globo.com)

Há correspondência correta entre tempos e modos verbais na seguinte frase:

a) É preciso que se aumente o investimento em pesquisa para que o agronegócio

brasileiro não precisasse importar tanto maquinário.

b) Se houvesse maior difusão das novas tecnologias, o agronegócio brasileiro será

uma das principais áreas a se beneficiar.

c) O presidente da Embrapa demonstrou convicção ao defender que as novas tec-

nologias revolucionarão o futuro do agronegócio.

d) A agricultura de precisão já esteja sendo necessária nos dias atuais, mas talvez

tivesse sido mais determinante para o futuro do agronegócio.

e) Quando a carne produzida em laboratório tiver amplo consumo é que podería-

mos dizer se os recursos gastos em seu desenvolvimento sejam válidos.

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25. (2018/FCC/SEGEP-MA/AGENTE ESTADUAL AGROPECUÁRIO) Há correspondên-

cia plena entre as formas verbais na frase:

a) O litoral maranhense tenha sido esquecido pelos portugueses, antes mesmo que

os franceses o ocupariam.

b) Se os portugueses tivessem se preocupado com o litoral maranhense, os fran-

ceses não o tivessem frequentado.

c) Já que os portugueses não se preocuparão com o litoral maranhense, os france-

ses o ocupassem oportunamente.

d) Os franceses começaram a frequentar o litoral maranhense, mas os portugueses

não terão se preocupado com isso.

e) Como os portugueses não se preocuparam com o litoral maranhense, os france-

ses começaram a frequentá-lo.

26. (2018/FCC/DETRAN-MA/ANALISTA DE TRÂNSITO)

Mobilidade urbana

Ao longo dos últimos anos a expressão mobilidade urbana – soma das condições

e dos critérios oferecidos para a livre circulação das pessoas numa cidade − tem

sido empregada para identificar um dos desafios dos grandes centros urbanos.

Trata-se de um conceito mais complexo do que parece: não se reduz a uma sim-

ples questão de trânsito, diz respeito ao modo e à qualidade de vida das pessoas,

à dinâmica instituída em seu cotidiano. Trata-se, enfim, de considerar uma política

pública para qualificar os espaços em que os indivíduos se movimentam.

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O desafio está, sobretudo, em escolher os usos do território urbano, em pri-

vilegiar este ou aquele meio de transporte, em administrar os rumos e as con-

centrações de passageiros. Essa escolha não se faz sem pressupostos: o que, de

fato, se pretende instituir? A livre circulação dos automóveis? O favorecimento do

transporte coletivo? A velocidade máxima em canais de uso regulamentado? Faixas

para ciclistas? Calçadões para pedestres? Espaços ambientais interligados? Linhas

subterrâneas? A política implicada nesta ou naquela escolha diz muito das convic-

ções de quem administra o espaço das grandes cidades. Como este é fatalmente

limitado, e tende a receber um número sempre crescente de usuários, há que se

encontrar medidas que otimizem seu uso e favoreçam a mobilidade de quem se

considere seu usuário preferencial. Não é à toa que medidas tomadas para a imple-

mentação prática da mobilidade urbana provocam polêmicas ácidas, quando não

conflitos mais graves, entre setores da população.

Como regra geral, o poder público deve se envolver sobretudo com o que seja

coletivo, o que atenda à parte maior da população, visando criar condições dignas

para sua mobilidade. O transporte de massas não pode ser sacrificado em nome

do transporte individual. A primazia do automóvel tem infligido enormes custos à

qualidade de vida da maioria dos que habitam as grandes cidades.

(Argemiro Diaféria, inédito)

Há construção na voz passiva e adequada articulação entre os tempos e for-

mas verbais na seguinte frase:

a) O favorecimento do transporte coletivo terá melhores resultados caso o admi-

nistrador viesse a fazer um correto diagnóstico da demanda existente.

b) Ainda que as medidas tomadas sejam insuficientes, os entraves na circulação

de veículos desta cidade seriam menos sérios no caso de haver real planejamento.

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c) É comum que os segmentos mais prestigiados da população queiram manter

seus privilégios, conquanto os direitos alheios sejam injustamente negligenciados.

d) Uma das novas medidas que teriam causado maior discussão é a instauração de

faixas exclusivas, nas quais os ciclistas gozassem de maior segurança.

e) Caso o transporte público não constitua uma prioridade, os problemas de circu-

lação nas grandes metrópoles continuariam a atormentar os cidadãos.

27. (2018/FCC/DETRAN-MA/ASSISTENTE)

Percursos

Não há dúvida de que uma linha reta é o caminho mais curto entre dois pon-

tos. Mas ninguém pode afirmar que seja também o melhor, o mais indicado, o

mais proveitoso, por ser mais alegre, mais bonito ou mais surpreendente. Quem

caminha pelas cidades sabe que há trajetos e trajetos: uns para a pressa, outros

para animar o espírito. Numa época em que a velocidade se tornou uma espécie

de paradigma geral, vale a pena experimentar alternativas para o nosso modo de

atravessar os espaços e o tempo.

Imagino quantos motoristas presos num congestionamento não sonharão em

abandonar o carro, ou quantos passageiros em deixar o ônibus, e sair à toa e a pé

em busca de novos caminhos, desistindo de se submeter à ditadura do relógio e

dos compromissos. Se ninguém faz isso, o desejo de libertação existe para todos.

As grandes cidades, em vez de oferecerem espaços de circulação ou acolhimento,

impõem-nos caminhos intransitáveis, paralisantes. Nosso estilo de vida levou-nos

aos impasses urbanos que impositivamente configuram nossa rotina.

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Dizia o poeta espanhol António Machado que o caminho se faz caminhando,

que os caminhantes é que traçam e qualificam seu destino. Essa convicção deveria

inspirar não apenas os responsáveis diretos pelo uso mais desfrutável do espaço

urbano, mas todos aqueles que sentem seu compromisso com os rumos e o anda-

mento da civilização.

(Hermínio Toledo, inédito)

A flexão das formas verbais e a articulação entre seus tempos e modos estão ple-

namente adequadas na frase:

a) Quem caminhasse pelas grandes cidades virá a constatar que elas contessem

muitas surpresas.

b) Numa época em que a velocidade se impuser de forma ainda mais drástica, va-

lerá a pena buscar alternativas.

c) Se ninguém vir a buscar caminhos alternativos, nenhuma possibilidade real de

libertação seria explorada.

d) Nosso estilo de vida levará-nos a impasses urbanos que dificilmente encontra-

riam alguma forma de solução.

e) A convicção do poeta acena para a criação nossa de caminhos próprios, da qual

advisse um novo prazer de viver.

28. (2018/FCC/DPE-AM/ANALISTA CIÊNCIAS JURÍDICAS)

Ponderação, a mais desmoralizada das virtudes

É isso, mas também aquilo. Não obstante o abacaxi, temos o pepino. Posto que
A seja indiscutível, deve-se levar em conta que B, somado a C, cria um cenário em
que D pode se impor de certa forma como desejável, ressalvados E e F. Só depois
desse percurso, claro, chegaremos ao ponto G.

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O parágrafo anterior satiriza a ponderação de forma fácil e injusta, mas du-

vido que muita gente se incomode com isso. Sinônimo de circunspecção reflexi-

va, equilíbrio, prudência, a ponderação é hoje a mais desmoralizada das virtudes.

Precisamos reabilitar a ponderação, nem que seja apenas como subproduto da

perplexidade, aquilo que faz o marinheiro do samba levar o barco devagar sem-

pre que o nevoeiro é denso. O fogo selvagem que inflamou ao longo da história

as turbas linchadoras do diferente que é visto como ameaça − corporificado em

bruxas, negros, judeus, homossexuais, loucos, ciganos, gagos − é hoje condenado

por (quase) todo mundo. No entanto, o mesmo fogo selvagem inflama as turbas

linchadoras que se julgam investidas do direito sagrado de vingar bruxas, negros,

judeus, homossexuais, loucos, ciganos, gagos etc. Quem acha que o primeiro fogo

é ruim e o segundo é bom não entendeu nada.

Representa um inegável avanço civilizatório a exposição, nas redes sociais, de

comportamentos opressivos ancestrais que sempre estiveram naturalizados em

forma de assédio, desrespeito, piadinhas torpes e preconceitos variados. Ao mes-

mo tempo, é um claro retrocesso que o avanço se dê à custa da supressão do di-

reito de defesa e do infinito potencial de injustiça contido no poder supremo de um

juiz sem rosto.

(Adaptado de: RODRIGUES, Sergio. Folha de S. Paulo, 16/11/2017)

Todas as formas verbais atendem às normas de concordância e articulam-se em

tempos e modos adequados na frase:

a) Ao se evitarem as ponderações que devem anteceder qualquer julgamento,

abre-se o caminho para o arbítrio e a violência de graves preconceitos.

b) Devem-se aos juízos preconceituosos esse tipo de violência, disseminada nas

redes sociais, que nada mais seriam que verdadeiros linchamentos públicos.

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c) Às turbas linchadoras nunca ocorreriam que, por conta de sua violência irracio-
nal, muitos inocentes terão sido vitimados de forma cruel.
d) Não parece abalar a pessoa irracional as razões levantadas pelo autor do texto
para que, com a ponderação, refreássemos nossos instintos violentos.
e) Quando se leva em conta as diferenças pessoais, seria de se imaginar que a tal
cuidado deva corresponder julgamentos mais prudentes e generosos.

29. (2018/FCC/DPE-AM/ASSISTENTE TÉCNICO/ADMINISTRATIVA) Há correspon-


dência entre tempos e modos entre as formas verbais empregadas em:
a) Caso estivesse vivo hoje, o filósofo Auguste Comte teria a oportunidade de cons-
tatar o quanto suas suposições se distanciaram da experiência.
b) Independentemente da época em que fossem expressas, as previsões sobre o
futuro sempre dirão muito mais sobre o presente de quem se arriscar a fazê-las.
c) Por mais precisos que nossos instrumentos de medição de engarrafamentos venham
a se tornar, é improvável que fôssemos capazes de fazer previsões a longo prazo.
d) Quando a extensão do cosmo puder ser medida, tivéssemos chegado a um novo
patamar da experiência humana, nunca vislumbrado por cientistas ou filósofos.
e) O conhecimento humano possui limitações, mas é função da ciência pôr essas
limitações à prova, a fim de que poderíamos avançar continuamente.

30. (2018/FCC/DPE-AM/ANALISTA/ADMINISTRADOR)

A velhice na sociedade industrial

Durante a velhice deveríamos estar ainda engajados em causas que nos trans-
cendem, que não envelhecem, e que dão significado a nossos gestos cotidianos.
Talvez seja esse um remédio contra os danos do tempo. Mas, pondera Simone
de Beauvoir, se o trabalhador aposentado se desespera com a falta de sentido da
vida presente, é porque em todo o tempo o sentido de sua vida lhe foi roubado.
Esgotada a sua força de trabalho, sente-se um pária, e é comum que o escutemos
agradecendo sua aposentadoria como uma esmola.

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A degradação senil começa prematuramente com a degradação da pessoa que

trabalha. Esta sociedade pragmática não desvaloriza somente o operário, mas todo

trabalhador: o médico, o professor, o esportista, o ator, o jornalista.

Como reparar a destruição sistemática que os homens sofrem desde o nasci-

mento, na sociedade da competição e do lucro a qualquer preço? Cuidados geriátri-

cos não devolvem a saúde física nem mental. A abolição dos asilos e a construção

de casas decentes para a velhice, não segregadas do mundo ativo, seria um passo

à frente. Mas haveria que sedimentar uma cultura para os velhos com interesses,

trabalhos, responsabilidades que tornem digna sua sobrevivência. Como deveria

ser uma sociedade para que, na velhice, o homem permaneça um homem? A res-

posta é radical para Simone de Beauvoir: “seria preciso que ele sempre tivesse sido

tratado como homem”.

Para que nenhuma forma de humanidade seja excluída da Humanidade é que as

minorias têm lutado, que os grupos discriminados têm reagido. A mulher, o negro,

combatem pelos seus direitos, mas o velho não tem armas. Nós é que temos de

lutar por ele.

(Adaptado de: BOSI, Ecléa. Lembranças de velhos. S. Paulo: T. A. Queiroz, 1983, p. 38-39)

Há construção na voz passiva, bem como adequada correlação entre tempos e

modos verbais, na frase:

a) Se, em nossa velhice, ainda estivéssemos engajados em causas políticas maio-

res, bem mais digna será nossa condição de vida.

b) Por lhes ter sido roubado o sentido mesmo de viver, os trabalhadores aposenta-

dos chegam a se desesperar com tamanho vazio.

c) Desde que a sociedade passou a glorificar a competição e o pragmatismo, os

homens veriam desvalorizados seus ideais mais nobres.

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d) Fossem outros os valores de nossa sociedade, em lugar do atual pragmatismo

vicioso, outra cultura poderá incluir com justiça os velhos trabalhadores.

e) No caso de que viesse a encontrar quem lute por ele, o velho terá reconhecido

nesse apoio uma comprovação de nossa humanidade.

31. (2017/FCC/TRT 21ª REGIÃO (RN)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)

..I.., no cinema, alguns críticos e intelectuais que, como o russo Sergei Eisenstein,..

II.. conhecimento teórico sobre a linguagem cinematográfica e, em determinado

momento,..III.. colocar suas teorias em prática.

(Adaptado de: BALLERINI, Franthiesco. Op. cit.)

Preenchem corretamente as lacunas I, II e III da frase acima, na ordem dada:

a) Surge − possuíram − decidirão

b) Surgiram − possuíam − decidiram

c) Surgirão − possuíam − decida

d) Havia surgido − possuíssem − decidirão

e) Surgem − possuam − haveria de decidir

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GABARITO

1. e 24. c

2. a 25. e

3. e 26. c

4. b 27. b

5. a 28. a

6. b 29. a

7. d 30. b

8. d 31. b

9. b

10. a

11. e

12. d

13. e

14. b

15. c

16. d

17. c

18. b

19. d

20. c

21. d

22. b

23. a

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GABARITO COMENTADO

1. (2018/FCC/TRT 6ª REGIÃO (PE)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)


Atenção: Para responder à questão abaixo, considere o texto abaixo.

O jornalismo pode ser qualificado, embora com certo exagero, como um mal
necessário. É um mal porque todo relato jornalístico tende ao provisório. Mesmo
quando estamos preparados para abordar os assuntos sobre os quais escrevemos,
é próprio do jornalismo apreender os fatos às pressas. A chance de erro, sobretudo
de imprecisões, é grande.
O próprio instrumento utilizado é suspeito. Diferente da notação matemática,
que é neutra e exata, a linguagem se presta a vieses de todo tipo, na maior parte
inconscientes, que refletem visões de mundo de quem escreve. Eles interagem com
os vieses de quem lê, de forma que, se são incomuns textos de fato isentos, mais
raro ainda que sejam reconhecidos como tais.
Pertenço a uma geração que não se conformava com as debilidades do relato
jornalístico. O objetivo daquela geração, realizado apenas em parte, era estabele-
cer que o jornalismo, apesar de suas severas limitações, é uma forma legítima de
conhecimento sobre o nível mais imediato da realidade.
O que nos remete à questão do início; sendo um mal, por que necessário? Por
dois motivos. Ao disseminar notícias e opiniões, a prática jornalística municia seus
leitores de ferramentas para um exercício mais consciente da cidadania. Thomas
Jefferson pretendia que o bom jornalismo fosse a escola na qual os eleitores have-
riam de aprender a exercer a democracia.
O outro motivo é que os veículos, desde que comprometidos com o debate dos
problemas públicos, servem como arena de ideias e soluções. O livre funciona-
mento das várias formas de imprensa, mesmo as sectárias e as de má qualidade,
corresponde em seu conjunto à respiração mental da sociedade.

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Entretanto, o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria. A

maioria das pessoas está de tal maneira consumida por seus dramas e divertimen-

tos pessoais que sobra pouca atenção para o que é público. Desde quando os tab-

loides eram o principal veículo de massas, passando pela televisão e pela internet,

vastas porções de jornalismo recreativo vêm sendo servidas à maioria.

O jornalismo de verdade, que apura, investiga e debate, é sempre elitista. Está

voltado não a uma elite econômica, mas a uma aristocracia do espírito. São líderes

comunitários, professores, empresários, políticos, sindicalistas, cientistas, artistas.

Pessoas voltadas ao coletivo.

A influência desse tipo de jornalismo sempre foi, assim, mediada. Desde que

se tornou hegemônico, nos anos 1960-70, o jornalismo televisivo se faz pautar

pela imprensa. Algo parecido ocorre agora com as redes sociais. A imprensa, que

vive de cobrir crises, sempre esteve em crise. O paradoxo deste período é que, no

mesmo passo em que as bases materiais do jornalismo profissional deslizam, sua

capacidade de atingir mais leitores se multiplica na internet, conforme se torna vi-

sível a perspectiva de universalizar o ensino superior.

(Adaptado de: FILHO, Otavio Frias. Disponível em: www.folha.uol.com.br)

Thomas Jefferson pretendia que o bom jornalismo...

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do sublinhado acima está também

sublinhado em:

a) ... as bases materiais do jornalismo profissional deslizam...

b) ... os eleitores haveriam de aprender a exercer a democracia.

c) Algo parecido ocorre agora com as redes sociais...

d) ... mais raro ainda que sejam reconhecidos como tais.

e) Desde quando os tabloides eram o principal veículo de massas...

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Letra e.
Tanto “pretendia” quanto “eram” estão no pretérito imperfeito do indicativo. “Des-
lizam” e “ocorre” estão no presente do indicativo; “haveriam”, futuro do pretérito;
“sejam”, presente do subjuntivo.

2. (2018/FCC/ALESE/TÉCNICO LEGISLATIVO/ADMINISTRAÇÃO) Para responder à


questão abaixo, considere o texto abaixo:

(Adaptado de: CARVALHO, Bernardo. “A opinião dos leitores e a crítica”. Disponível em: folha.
uol.com.br. Acesso em: 10/3/2018)

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uma tendência que já coroava as edições anteriores do prêmio (4º parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do que se encontra acima está su-

blinhado em:

a) por meio do qual definia uma suposta obra de arte

b) o novo prêmio atenderia ao mercado

c) ou o que o contraria

d) o leitor elegerá títulos apenas entre os finalistas

e) ele contempla os títulos com mais chances

Letra a.

Tanto “coroava” quanto “definia” estão no pretérito imperfeito do indicativo. “Con-

traria” e “contempla” estão no presente do indicativo; “atenderia”, futuro do preté-

rito; “elegerá”, futuro do presente.

3. (2018/FCC/METRÔ-SP/TÉCNICO LOGÍSTICA) A questão abaixo refere-se ao texto

seguinte.

Levante a mão quem nunca teve o azar de ser amado pelas razões erradas. Eis

uma experiência capaz de produzir a angústia de quem se depara com um duplo

de si mesmo: o espelho do olhar do outro te devolve uma imagem que parece sua,

mas na qual você não se reconhece. Claro que ninguém ama com objetividade. O

que o amante vê no ser amado é sempre contaminado pela fantasia. Não me re-

firo, então, à impossibilidade fundamental de complementaridade entre os casais,

mas aos encontros que se dão na base do puro malentendido. Sentir-se amado por

qualidades que o outro imagina, mas não têm nada a ver com você, pode ser muito

angustiante. E sedutor. Vale lembrar que a palavra “sedução” indica o ato de des-

viar alguém de seu caminho: “eis que chega a roda-viva e carrega o destino pra lá”.

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Pensava essas coisas de meu lugar na plateia lotada do Credicard Hall (que

nome para um teatro, caramba!), onde fui ver o show de uma de minhas canto-

ras favoritas no momento: Maria Gadú. Com jeito de moleque, encarapitada no

banquinho, de onde não desceu para rebolar nenhuma vez, composições muito

pessoais que escapam ao clichê romântico e uma rara sofisticação musical, Maria

Gadú parecia não se reconhecer diante do público que – vibrava? Não, vibrar seria

compreensível. Delirava? Sim; mas o entusiasmo foi muito além disso. O público

ululava desde os primeiros acordes de cada canção, que todos sabiam de cor, mas

não conseguiam escutar. A energia com que aplaudiam mais parecia uma fúria, que

a timidez da artista só fazia excitar mais e mais. Pareciam todos sedentos por uma

experiência musical autêntica, promovida por alguém que não vendesse sensua-

lidade barata, e ao mesmo tempo não se conformavam de não conseguir puxar a

cantora para o terreno familiar da vulgaridade e do sex appeal.

Mas estava espantada com a dimensão do sucesso. Como responderá ao apelo

de um público que talvez esteja apaixonado por ela pelas razões erradas? Como

não se espelhar na imagem banal de pop star que lhe oferecem? O que é mais difícil

de enfrentar, na vida artística: a resistência do público para quem sua obra se dirige

ou a fama vertiginosa que alavanca (ops) a carreira de alguns artistas iniciantes

para o topo do mercado em algumas semanas?

Ela diz ter com a música uma aliança impossível de desfazer. Sua intuição mu-

sical parece capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e a sutil entonação

dolorida na voz talvez não permita que ela vire uma espécie de Ivete Sangalo pau-

listana. O CD de estreia é dedicado à avó Cila. A terceira faixa é uma homenagem

fúnebre tocante, uma toada em feitio de oração. Como outro grande compositor

negro, Gilberto Gil, Gadú se mostra capaz de reverenciar a força de seus ancestrais.

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“Se queres partir, ir embora / me olhe de onde estiver”, pede para a avó, contando

com a ajuda dos orixás. Quem sabe a forte conexão com sua origem a proteja de

se transformar em fast food para a voracidade dos consumidores.

(Adaptado de: KEHL, Maria Rita. 18 crônicas e mais algumas. São Paulo: Boitempo, 2011)

Sua intuição musical parece capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e

a sutil entonação dolorida na voz talvez não permita que ela vire uma espécie de

Ivete Sangalo paulistana. (último parágrafo)

Alterando-se tão somente o tempo, e não o modo, dos verbos da frase acima, está

correta a redação que se encontra em:

a) Sua intuição musical teria parecido capaz de levá-la muito além da próxima

esquina, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não teria permitido que ela hou-

vesse virado uma espécie de Ivete Sangalo paulistana.

b) Sua intuição musical parecerá capaz de levá-la muito além da próxima esquina,

e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permitirá que ela vire uma espécie

de Ivete Sangalo paulistana.

c) Sua intuição musical parecesse capaz de levá-la muito além da próxima esqui-

na, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permitisse que ela virasse uma

espécie de Ivete Sangalo paulistana.

d) Sua intuição musical tinha parecido capaz de levá-la muito além da próxima es-

quina, e a sutil entonação dolorida na voz talvez não permitiu que ela virasse uma

espécie de Ivete Sangalo paulistana.

e) Sua intuição musical parecia capaz de levá-la muito além da próxima esquina, e

a sutil entonação dolorida na voz talvez não permitisse que ela virasse uma espécie

de Ivete Sangalo paulistana.

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Letra e.

Na letra a, ocorre “houvesse”; na b, “vire”, na letra c, logo no começo, o verbo

“parecesse”; na d, “virasse”. Todos esses verbos estão no subjuntivo.

4. (2017/FCC/TRT 21ª REGIÃO (RN)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)

É compreensível imaginar que, dentro do contexto de uma arte de tantos sé-

culos como o teatro, o clichê “nada se cria, tudo se copia” já seja uma máxima.

Alguns estudiosos da dramaturgia dizem que tal frase é perfeitamente aplicável. O

curioso, no entanto, é constatar a rapidez com que o cinema, que tem menos de

120 anos de vida, tem incorporado essa máxima.

No século 21, é em Hollywood que essa tendência aparece com maior força.

Praticamente todos os sucessos de bilheteria da indústria cinematográfica norte-a-

mericana são adaptações de quadrinhos, livros, videogames ou programas de TV

que fizeram sucesso. A indústria da adaptação tornou-se tão forte que existe uma

massa de escritores com contratos fixos com alguns estúdios, o que significa que

escrevem obras literárias já pensando em sua adaptação para o cinema. O roteiro

original, portanto, tornou-se um artigo de luxo no cinema norteamericano.

Em Hollywood, tal fenômeno é compreensível. A razão para que haja uma alta

sem precedentes das adaptações é o medo do risco em tempos de crise econômi-

ca, que faz com que os estúdios apostem em histórias já testadas e aprovadas por

leitores. Essa estratégia, apesar de não garantir êxito de bilheteria, reduz o risco

de apostar todas as fichas em histórias inéditas.

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No Brasil, as adaptações também viraram moda, uma vez que, nos primeiros

anos do século 21, os filmes mais comentados vieram de livros e outras formas de

expressão artística.

(Adaptado de: BALLERINI, Franthiesco. Cinema Brasileiro no Século 21: reflexões de cine-
astas, produtores, distribuidores, exibidores, artistas, críticos e legisladores sobre os
rumos da cinematografia nacional. Edição digital. São Paulo: Summus Editorial, 2012)

... que faz com que os estúdios apostem em histórias já testadas e aprovadas por

leitores.

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o sublinhado acima encontra-se

em:

a) ... as adaptações também viraram moda...

b) A razão para que haja uma alta sem precedentes das adaptações...

c) A indústria da adaptação tornou-se tão forte...

d) ... que essa tendência aparece com maior força.

e) ... programas de TV que fizeram sucesso.

Letra b.

Tanto “apostem” quanto “haja” estão no presente do subjuntivo. Nas letras a, c e

e, aparecem verbos no pretérito perfeito do indicativo; na d, presente do indicativo.

5. (2017/FCC/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)

A coletânea de aforismos que constituem os dois volumes de Humano, dema-

siado humano, considerado o marco inicial do segundo período da produção de

Nietzsche, é um ajuste de contas definitivo com as ideias fundamentais do sistema

filosófico de Schopenhauer.

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Dedicando o livro à memória do filósofo francês Voltaire e escolhendo como

epígrafe uma citação de René Descartes, Nietzsche já o insere simbolicamente na

tradição da filosofia das Luzes, caracterizada pela confiança no poder emancipató-

rio da ciência, em seu triunfo contra as trevas da ignorância e da superstição. Não

por acaso, portanto, a obra tem como subtítulo Um livro para espíritos livres.

Se, para o jovem Nietzsche, era a arte – e não a ciência – o que constituía a

atividade metafísica do homem, em Humano, demasiado humano ela é destituída

desse privilégio. Fazendo uma referência velada a pressupostos fundamentais da

filosofia de Schopenhauer, dos quais partilhara, Nietzsche toma agora o cuidado

de se afastar criticamente deles. “Que lugar ainda resta à arte? Antes de tudo, ela

ensinou, através de milênios, a olhar com interesse e prazer a vida, em todas as

suas formas. Essa doutrina foi implantada em nós; ela vem à luz novamente agora

como irresistível necessidade de conhecer. O homem científico é o desenvolvimento

do homem artístico”.

Se, para o jovem Nietzsche, o aprofundamento do conhecimento científico con-

duzia à proliferação de um saber erudito e estéril, que sufocava a vida, para o

Nietzsche do período intermediário o conhecimento científico torna livre o espírito.

Pouco mais tarde, Nietzsche aprofundaria seu novo entendimento relativo ao

papel da ciência e à oposição entre esta e a arte. Contrapondo-se àqueles que

valorizam apenas a imaginação e as obras-primas do disfarce estético, o filóso-

fo afirma: “eles pensam que a realidade é horrível; contudo, não pensam que o

conhecimento até da mais horrível realidade é belo, do mesmo modo que aquele

que conhece bastante e amiúde está, por fim, muito longe de considerar horrível

o grande todo da realidade, cuja descoberta lhe proporciona sempre felicidade. A

felicidade do homem do conhecimento aumenta a beleza do mundo.

(Adaptado de: GIACOIA JUNIOR, Oswaldo. Nietzsche. São Paulo, Publifolha, 2000, p. 42-46)

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... o que constituía a atividade metafísica do homem... (3º parágrafo)


O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do da frase acima está em:
a) que sufocava a vida
b) aprofundaria seu novo entendimento
c) que valorizam apenas a imaginação
d) dos quais partilhara
e) ela é destituída desse privilégio

Letra a.
Tanto “constituía” quanto “sufocava” estão no pretérito imperfeito do indicativo. Na
b, ocorre futuro do pretérito; na c, presente do indicativo; na d, pretérito mais-
-que-perfeito; na e, presente do indicativo.

6. (2016/FCC/TRT 20ª REGIÃO (SE)/ANALISTA JUDICIÁRIO/COMUNICAÇÃO SO-


CIAL) Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.

Em junho de 2013, o Presidente Robert Mugabe, do Zimbábue, afirmou duran-


te uma entrevista: “Nelson Mandela é santificado demais. Foi bom demais com
os brancos à custa dos negros em seu próprio país”. Alguns concordaram, outros
protestaram. Até certo ponto acredito que ele tenha levantado uma questão. Suas
atitudes podiam ser percebidas dessa maneira. Ainda assim, em uma conversa com
Richard Stengel, o próprio Madiba* havia dito, muito tempo antes: “As pessoas
sentirão que vejo demais o bem nas pessoas. Então, é uma crítica que tenho de
suportar e à qual tento me ajustar, pois, seja isso verdade ou não, é algo que pen-
so ser proveitoso. É uma coisa boa de assumir, agir com base no fato de que... os
outros são homens de integridade e honra... porque você tende a atrair integridade
e honra, se é dessa maneira que olha para aqueles com quem trabalha.
*um dos nomes pelos quais Nelson Mandela era chamado; refere-se a seu clã e
denota afeto e respeito.
(Adaptado de: LA GRANGE, Zelda. Bom dia, Sr. Mandela. Trad. Felipe José Lindoso. Ribeirão
Preto: Novo Conceito, 2015, p. 9)

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... o próprio Madiba havia dito, muito tempo antes...

A expressão destacada está corretamente substituída, preservando-se o tempo, o

modo e o aspecto verbais, por

a) disse.

b) dissera.

c) dizia.

d) diria.

e) dissesse.

Letra b.

A locução verbal destacada indica o pretérito mais-que-perfeito composto. Basta

trocá-la pelo pretérito mais-que-perfeito simples.

7. (2016/FCC/TRT 20ª REGIÃO (SE)/TÉCNICO JUDICIÁRIO - TECNOLOGIA DA IN-

FORMAÇÃO) Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.

O conceito de infância, como o conhecemos, consolidou-se no Ocidente a partir

do século XVIII. Até o século XVI, pelo menos, assim que conseguissem se virar

sem as mães ou as amas, as crianças eram integradas ao mundo dos adultos. A

infância, como idade da brincadeira e da formação escolar, ao mesmo tempo com

direito à proteção dos pais e depois à do Estado, é algo relativamente novo.

A infância não é um conceito determinado apenas pela biologia. Como tudo, é

também um fenômeno histórico implicado nas transformações econômicas e so-

ciais do mundo, em permanente mudança e construção.

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Hoje há algo novo nesse cenário. Vivemos a era dos adultos infantilizados. Não é

por acaso que proliferaram os coaches. Coach, em inglês, significa treinador. Origi-

nalmente, treinador de esportistas. Nesse conceito importado dos Estados Unidos,

país que transformou a infância numa bilionária indústria de consumo, a ideia é a

de que, embora estejamos na idade adulta, não sabemos lidar com a vida sozinhos.

Precisamos de um treinador que nos ajude a comer, conseguir amigos e emprego,

lidar com conflitos matrimoniais e profissionais, arrumar as finanças e até mesmo

organizar os armários. Uma espécie de infância permanente do indivíduo.

Os adultos infantilizados desse início de milênio encarnam a geração do “eu me-

reço”. Alcançar sonhos, ideais ou mesmo objetivos parece ser compreendido como

uma consequência natural do próprio existir, de preferência imediata. Quando essa

crença fracassa, é hora de buscar o treinador de felicidade, o treinador de saúde.

É estarrecedor verificar como as gerações que estão aí parecem não perceber que

dá trabalho conquistar o que se deseja. E, mesmo que se esforcem muito, haverá

sempre o que não foi possível alcançar.

(Adaptado de: BRUM, ELIANE. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca)

Precisamos de um treinador que nos ajude a comer...

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o sublinhado acima está tam-

bém sublinhado em:

a) ... assim que conseguissem se virar sem as mães ou as amas...

b) Não é por acaso que proliferaram os coaches.

c) ... país que transformou a infância numa bilionária indústria de consumo...

d) E, mesmo que se esforcem muito...

e) Hoje há algo novo nesse cenário.

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Letra d.

Tanto “ajude” quanto “esforcem” estão no presente do subjuntivo. Na a, ocorre

pretérito imperfeito do subjuntivo; na b e na e, presente do indicativo; na c, pre-

térito perfeito.

8. (2016/FCC/METRÔ-SP/ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Atenção:

A questão refere-se ao texto abaixo.

Não cometo esse erro tão comum de julgar os outros por mim. Acredito de

bom grado que o que está nos outros possa divergir essencialmente daquilo que

está em mim. Não obrigo ninguém a agir como ajo e concebo mil e uma maneiras

diferentes de viver; e, contrariamente ao que ocorre em geral, espantam-me bem

menos as diferenças entre nós do que as semelhanças. Não imponho a outrem

nem meu modo de vida nem meus princípios; encaro-o tal qual é, sem estabelecer

comparações. O fato de não ser continente não me impede de admirar e aprovar os

Feuillants* e os capuchinhos que o são; pela imaginação ponho-me muito bem em

sua pele e os estimo e honro tanto mais quanto divergem de mim. Aspiro particu-

larmente a que julguem cada qual como é, sem estabelecer paralelos com modelos

tirados do comum. Minha fraqueza não altera absolutamente o apreço em que deva

ter quem possui força e vigor. Embora me arraste ao nível do solo, não deixo de

perceber nas nuvens, por mais alto que se elevem, certas almas que se distinguem

pelo heroísmo. Já é muito para mim ter o julgamento justo, ainda que não o acom-

panhem minhas ações, e manter ao menos assim incorruptível essa qualidade. Já

é muito ter boa vontade, mesmo quando as pernas fraquejam.

*Ordem religiosa.

(Extraído de MONTAIGNE, Michel de. “Catão, o jovem”, Ensaios, trad. Sérgio Milliet, São Paulo,
Nova Cultural, 1996, p. 213)

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Embora me arraste ao nível do solo...

O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado acima está

também grifado em:

a) O fato de não ser continente não me impede de admirar e aprovar...

b) ... contrariamente ao que ocorre em geral...

c) ... mesmo quando as pernas fraquejam.

d) Aspiro particularmente a que julguem cada qual como é...

e) Não cometo esse erro tão comum de julgar os outros por mim.

Letra d.

Tanto “arraste” quanto “julguem” estão no presente do subjuntivo. Nas letras a, b,

c e e, ocorre presente do indicativo.

9. (2016/FCC/METRÔ-SP/ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Atenção:

A questão refere-se ao texto abaixo.

Nascido nos Estados Unidos da América em 30 de abril de 1916, Claude E.

Shannon obteve o título de doutor no MIT, em 1937, com trabalho notável em

“Álgebra de Boole”, propondo circuitos elétricos capazes de executar as principais

operações da Lógica clássica.

Quatro anos antes (23 de junho de 1912) de seu nascimento, em Londres, nas-

cera Allan M. Turing, que também se interessou por encontrar meios de realizar

operações lógicas e aritméticas, fazendo uso de máquinas. Suas ideias resultaram

no importante conceito de “Máquina de Turing”, paradigma abstrato para a compu-

tação, apresentado durante seus estudos, no King’s College, em Cambridge, no ano

de 1936. Entre 1936 e 1938, Turing viveu em Princeton-NJ onde realizou seu dou-

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torado estudando problemas relativos à criptografia. Assim, Shannon e Turing, de

maneira independente, trabalhavam, simultaneamente, em comunicações e com-

putação, dois tópicos que, combinados, hoje proporcionam recursos antes inima-

gináveis para o mundo moderno das artes, da ciência, da medicina, da tecnologia

e das interações sociais.

Contemporaneamente à eclosão da Segunda Guerra Mundial, Shannon e Turing

gestavam ideias abstratas sofisticadas, tentando associá-las ao mundo concreto

das máquinas que, gradativamente, tornavam-se fatores de melhoria da qualidade

de vida das populações.

A Segunda Grande Guerra utilizou-se de tecnologias sofisticadas para a des-

truição. Os bombardeios aéreos causaram muitas mortes e devastaram cidades.

Evitá-los e preveni-los eram questões de vida ou morte e, para tanto, ouvir as co-

municações dos inimigos e decifrar seus códigos era uma atividade indispensável.

Os países do eixo tinham desenvolvido sofisticadas técnicas de comunicação

criptografada utilizada para planejar ataques inesperados às forças aliadas. Shan-

non e Turing, então, com seu conhecimento sofisticado da matemática da informa-

ção deduziram as regras alemãs de codificação, levando os aliados a salvar muitas

de suas posições de ataques nazistas.

Pode-se dizer que uma boa parte da inteligência de guerra dos aliados vinha

desses dois cérebros privilegiados.

Finda a guerra, Shannon passou a trabalhar nos laboratórios Bell, propondo a

“Teoria da Informação”, em 1948. Com carreira profícua, notável pela longevidade

e muitos trabalhos importantes, deixou sua marca nas origens das comunicações

digitais. Faleceu aos 85 anos (em 24 de fevereiro de 2001), deixando grande lega-

do intelectual e tecnológico.

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Turing, após o término da guerra, ingressou como pesquisador da Universidade

de Manchester, sofrendo ampla perseguição por ser homossexual. Mesmo vivendo

na avançada Inglaterra, foi condenado à castração química, em 1952. Essa sequ-

ência de dissabores levou-o ao suicídio, em 7 de junho de 1954.

Shannon viu sua teoria transformar o mundo, com o nascimento da internet.

Turing, entretanto, não viu sua máquina se transformar em lap-tops e tablets que

hoje povoam, até, o imaginário infantil.

(PIQUEIRA, José Roberto Castilho. “Breve contextualização histórica”, In: “Complexidade com-
putacional e medida da informação: caminhos de Turing e Shannon”, Estudos Avançados, Uni-
versidade de São Paulo, v. 30, n. 87, Maio/Agosto 2016, p.340-1)

... ouvir as comunicações dos inimigos e decifrar seus códigos era uma atividade

indispensável.

O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado acima está em:

a) Quatro anos antes (23 de junho de 1912) de seu nascimento, em Londres, nas-

cera Allan M. Turing...

b) ... Shannon e Turing gestavam ideias abstratas sofisticadas...

c) A Segunda Grande Guerra utilizou-se de tecnologias sofisticadas para a destruição.

d) ...dois tópicos que [...] hoje proporcionam recursos antes inimagináveis...

e) Os bombardeios aéreos causaram muitas mortes...

Letra b.

Tanto “era” quanto “gestavam” representam o pretérito imperfeito do indicativo. Na

a, ocorre pretérito mais-que-perfeito; na c e na e, pretérito perfeito; na d, presen-

te do indicativo.

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10. (2016/FCC/AL-MS/NÍVEL MÉDIO)

A nuvem

− Fico admirado como é que você, morando nesta cidade, consegue escrever

toda semana sem reclamar, sem protestar, sem espinafrar ninguém!

Meu amigo está, como dizem as pessoas exageradas, grávido de razões. Mas

que posso fazer? Até que tenho reclamado muito isto e aquilo. Mas se eu ficar re-

zingando todo dia, estou roubado: quem é que vai aguentar me ler?

Além disso, a verdade não está apenas nos buracos das ruas e outras mazelas.

Não é verdade que as amendoeiras neste inverno deram um show luxuoso de fo-

lhas vermelhas voando no ar? E ficaria demasiado feio eu confessar que há uma

jovem gostando de mim? Ah, bem sei que esses encantamentos de moça por um

senhor maduro duram pouco. Eles se irão como vieram, leve nuvem solta na brisa,

que se tinge um instante de púrpura sobre as cinzas do meu crepúsculo.

E olhem só que tipo de frase estou escrevendo! Tome tenência, velho Braga.

Deixe a nuvem, olhe para o chão − e seus tradicionais buracos.

(Adaptado de: BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana! Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960,
p. 179/180)

Tome tenência, velho Braga. Deixe a nuvem, olhe para o chão (...)

Utilizando-se o tratamento da 2ª pessoa do singular, a sequência das formas ver-

bais da frase acima deverá ser:

a) toma − Deixa − olha

b) tomes − Deixes − olha

c) tomai − Deixai − olheis

d) tomes − Deixas − olhas

e) toma − Deixes − olhes

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Letra a.

Ele quer que você troque os verbos do imperativo da terceira pessoa do singular para

a segunda. Basta conferir no primeiro processo de formação de tempos derivados.

11. (2016/FCC/TRT 23ª REGIÃO (MT)/TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO)

O que é assinatura digital?

A assinatura digital é uma modalidade de assinatura eletrônica, resultado de

uma operação matemática que utiliza algoritmos de criptografia assimétrica e per-

mite aferir, com segurança, a origem e a integridade do documento.

A assinatura digital fica de tal modo vinculada ao documento eletrônico “subscri-

to” que, ante a menor alteração neste, a assinatura se torna inválida. A técnica per-

mite não só verificar a autoria do documento, como estabelece também uma “imu-

tabilidade lógica” de seu conteúdo, pois qualquer alteração do documento, como por

exemplo a inserção de mais um espaço entre duas palavras, invalida a assinatura.

Necessário distinguir assinatura digital da assinatura digitalizada. A assinatura

digitalizada é a reprodução da assinatura autógrafa como imagem por um equipa-

mento tipo scanner. Ela não garante a autoria e integridade do documento eletrônico,

porquanto não existe uma associação inequívoca entre o subscritor e o texto digita-

lizado, uma vez que ela pode ser facilmente copiada e inserida em outro documento.

(Disponível em: http://portal.trt23.jus.br/ecmdemo/public/trt23/Informese/assinaturaDigital.


Acesso em: 02.12.2015)

Empregam-se todas as formas verbais de acordo com a norma culta na seguinte

frase redigida a partir do texto:

a) Para que se mantesse sua autenticidade, o documento não poderia receber

qualquer tipo de retificação.

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b) Os documentos com assinatura digital disporam de algoritmos de criptografia

que os protegeram.

c) Arquivados eletronicamente, os documentos poderam contar com a proteção de

uma assinatura digital.

d) Quem se propor a alterar um documento criptografado deve saber que compro-

meterá sua integridade.

e) Não é possível fazer as alterações que convierem sem comprometer a integri-

dade dos documentos.

Letra e.

Na letra a, o correto é mantivesse; na b, dispuseram; na c, puderam; na d,

propuser.

12. (2018/FCC/ALESE/TÉCNICO LEGISLATIVO/TAQUIGRAFIA)

Como eu era protestante, não pulei Carnaval durante a minha infância, nas

décadas de 1950 e 1960. No entanto, eu e meu pai cantávamos muitas das mar-

chinhas que ouvíamos no rádio, numa época em que a TV ainda não existia. Uma

de que eu gosto muito diz assim: “Iaiá, cadê o jarro? O jarro que eu plantei a flor.

Eu vou te contar um caso: eu quebrei o jarro e matei a flor”. Hoje já não há mar-

chinhas tão interessantes, quase não sinto beleza nelas. Mas gosto muito dos sam-

bas-enredo, verdadeiras epopeias.”

(Adaptado de: ROSA, Yêda Stela. 70 anos, de São Luiz. A-lá-lá- ô, ô, ô, ô, ô. Todos. São Paulo:
Mol, Fevereiro/Março, p. 22)

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Quanto ao emprego das formas verbais destacadas, está correta a seguinte obser-
vação:
a) eu quebrei o jarro e matei a flor: descrevem eventos de longa duração, desace-
lerando a narrativa.
b) O jarro que eu plantei a flor: pela correlação com os outros eventos, deveria ser
substituído por “teria plantado”.
c) ouvíamos é forma que sinaliza a reiteração incessante da ação de ouvir.
d) Como eu era protestante, não pulei Carnaval durante a minha infância: consi-
dera-se um intervalo de duração mais longa, no qual se destaca um evento mais
pontual.
e) Eu vou te contar um caso: tem-se futuro estabelecido em relação ao evento
descrito em “plantar”, isto é, em relação ao passado.

Letra d.
Erro das demais:
a) Errada. Os verbos indicam ações pontuais no passado.
b) Errada. Não há a necessidade de correlação com o futuro do pretérito composto.
c) Errada. Não é incessante, pois a ação ocorreu no pretérito.
e) Errada. É em relação ao presente.

13. (2018/FCC/SEGEP-MA/AGENTE ESTADUAL AGROPECUÁRIO)

‘GATONET’ poderá render multa e cadeia para quem instala e para quem usa
Ter TV por assinatura com ‘sinal pirateado’, prática mais conhecida como ‘ga-
tonet’, poderá se tornar crime no Brasil. O Projeto de Lei do Senado n.186/2013
começou a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado nesta semana
e, caso aprovado, vai tipificar os crimes de interceptação e recepção clandestina de

sinal de TV por assinatura.

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Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos ‘gatonets’

quanto os clientes que solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa de até

R$ 10 mil. Também está prevista reclusão de seis meses a dois anos, com a possi-

bilidade de aumentar a pena em 50% caso fique provado danos a terceiros. Dessa

forma, as autoridades poderão não apenas confiscar equipamentos utilizados para

piratear sinal de TV por assinatura, mas também poderão prender os responsáveis

e colocá-los no sistema sob legislação específica.

Acredita-se que o grande problema da pirataria de TV por assinatura hoje é a

comercialização de equipamentos decodificadores que substituem os oferecidos

oficialmente pelas operadoras.

A venda, compra ou fabricação desses aparelhos também será punida. A impor-

tação de produtos como esses já está proibida no Brasil desde 2011, mas não se tem

notícia da responsabilização penal de seus fornecedores pelo crime de contrabando.

(Adaptado de: https://www.tecmundo.com.br)

Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos ‘gatonets’

quanto os clientes que solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa de até

R$ 10 mil. (2º parágrafo)

A forma verbal destacada indica

a) recomendação.

b) necessidade.

c) certeza.

d) obrigação.

e) possibilidade.

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Letra e.

O verbo “poder”, no futuro do presente, indica que a punição é uma possibilidade,

e não uma certeza.

14. (2017/FCC/TRT 21ª REGIÃO (RN)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)

Natal mudou em 1942. A chegada das tropas norte-americanas à capital poti-

guar trouxe dinheiro e desenvolvimento. Em troca, a cidade cedeu sua posição ge-

ográfica, considerada estratégica para o poderio militar dos EUA. Afinal, na América

do Sul, Natal é o ponto mais próximo dos continentes europeu e africano. “Os EUA

precisavam de um ponto de apoio que permitisse abastecer e seguir direto para a

África”, explicou o professor de história Luís Eduardo Suassuna. Foi por suprir esta

necessidade que Natal se transformou no “trampolim da vitória” para os EUA. Os

aviões vinham deste país, abasteciam em Natal e ficavam prontos para fazer a tra-

vessia do Atlântico.

(Adaptado de: HOLDER, Caroline. Disponível em: g1.globo.com)

Os aviões vinham deste país, abasteciam em Natal e ficavam prontos para fazer a

travessia do Atlântico.

Transformando-se o que se afirma acima em uma hipótese, os verbos devem as-

sumir as seguintes formas:

a) vieram − abasteceram − ficaram

b) viriam − abasteceriam − ficariam

c) tinham vindo − teriam abastecido − ficarão

d) vieram − tivessem abastecido − ficavam

e) viriam − haviam abastecido − ficaram

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Letra b.

Basta trocar todos os verbos pelo futuro do pretérito. Isso também respeita as re-

lações de correlação verbal.

15. (2017/FCC/TRT 24ª REGIÃO (MS)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)

Instituições financeiras reconhecem que é cada vez mais difícil detectar

se uma transação é fraudulenta ou verdadeira

Os bancos e as empresas que efetuam pagamentos têm dificuldades de contro-

lar as fraudes financeiras online no atual cenário tecnológico conectado e complexo.

Mais de um terço (38%) das organizações reconhece que é cada vez mais difícil

detectar se uma transação é fraudulenta ou verdadeira, revela pesquisa realizada

por instituições renomadas.

O estudo revela que o índice de fraudes on-line acompanha o aumento do nú-

mero de transações on-line, e 50% das organizações de serviços financeiros pes-

quisadas acreditam que há um crescimento das fraudes financeiras eletrônicas.


Esse avanço, juntamente com o crescimento massivo dos pagamentos eletrônicos

combinado aos novos avanços tecnológicos e às mudanças nas demandas corpora-

tivas, tem forçado, nos últimos anos, muitas delas a melhorar a eficiência de seus

processos de negócios.

De acordo com os resultados, cerca de metade das organizações que atuam no

campo de pagamentos eletrônicos usa soluções não especializadas que, segundo as

estatísticas, não são confiáveis contra fraude e apresentam uma grande porcenta-

gem de falsos positivos. O uso incorreto dos sistemas de segurança também pode

acarretar o bloqueio de transações. Também vale notar que o desvio de pagamen-

tos pode causar perda de clientes e, em última instância, uma redução nos lucros.

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Conclui-se que a fraude não é o único obstáculo a ser superado: as instituições


financeiras precisam também reduzir o número de alarmes falsos em seus sistemas
a fim de fornecer o melhor atendimento possível ao cliente.

(Adaptado de: computerworld.com.br. Disponível em: http://computerworld.com.br/quase-


-40-dos-bancos-nao-sao-capazes-de-diferenciar-um-ataque-de-atividades-normais-de-clientes)

No texto, as formas verbais flexionadas no presente do indicativo “têm” (1º pa-

rágrafo), “acompanha” (2º parágrafo) e “apresentam” (3º parágrafo) indicam

eventos que

a) já aconteceram e certamente não acontecerão mais.

b) ocorrem em condições hipotéticas.

c) se repetem com os passar dos dias.

d) não se repetirão num futuro próximo.

e) raramente aconteceram ou acontecem.

Letra c.

Os verbos no presente empregados detonam uma rotina, um hábito cotidiano.

16. (2016/FCC/TRT 20ª REGIÃO (SE)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TECNOLOGIA DA IN-

FORMAÇÃO) Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.

Com a literatura de cordel como aliada, o clichê de “mudar o mundo” não soa

tão inalcançável. Os folhetos de cordel são baratos, acessíveis e extremamente fá-

ceis de transportar e de compartilhar com outras pessoas. Melhor ainda: são ideais

para a sala de aula. Entre rimas, estrofes e melodias, muitos assuntos pertinentes

podem ser tratados e debatidos.

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Nos últimos quatro anos, desde que comecei a publicar os meus cordéis, rece-

bi centenas de mensagens com depoimentos de educadores que compram meus

folhetos e utilizam minhas rimas para falar sobre questões raciais, de gênero, de

diversidade sexual e história. Com a série Heroínas Negras na História do Brasil,

séculos de esquecimento começam a ser rompidos e muita gente escuta falar, pela

primeira vez, sobre as mulheres negras que foram líderes quilombolas e guerreiras

na luta contra a escravidão.

Pelo cordel, nomes como Tereza de Benguela, Dandara dos Palmares, Zacimba

Gaba e Mariana Crioula protagonizam discussões acaloradas sobre racismo e ma-

chismo; até mesmo uma aula de português pode ser a oportunidade perfeita para

colocar essas questões em pauta.

Esse tipo de cordel com proposta social é chamado de Cordel Engajado e pode

trazer política, defesa de causas e críticas sociais para a literatura de uma maneira

profundamente envolvente. Afinal, a literatura de cordel é excelente para a trans-

formação da sociedade em uma realidade onde exista mais equidade e respeito

pela diversidade.

Esse respeito, aliás, pode começar pela própria valorização do cordel, algo que

só deve acontecer quando todos os empecilhos preconceituosos forem tirados do

caminho. Ainda há muito a se caminhar, sobretudo com o alarme do tempo piscan-

do e gritando que um dia, infelizmente, o cordel pode virar artigo de museu.

(Adaptado de: ARRAES, Jarid. “A literatura de cordel...”, Blooks. Rio de Janeiro: Ginga Edições,
2016, p. 12-13).

... uma realidade onde exista mais equidade e respeito pela diversidade. (4º pará-

grafo). A respeito do verbo sublinhado acima, afirma-se corretamente:

a) O modo imperativo enfatiza o desejo do autor por uma cidade mais igualitária.

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b) Pode ser substituído pelo verbo “haver”, tanto no singular como no plural.

c) O modo subjuntivo reforça o caráter exortativo da recomendação

d) Pode ser substituído pela forma “existam”, sem prejuízo para a correção.

e) O modo indicativo assinala a possibilidade de uma nova realidade.

Letra d.

O verbo, que está no presente do subjuntivo, pode ser trocado por “existam”, uma

vez que, posposto a ele, aparece um sujeito composto unido por conjunção aditiva.

A letra c está errada porque não há recomendação, e sim hipótese.

17. (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/ANALISTA DE ORÇAMENTO) Aten-

ção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Há um comentário frequentemente encontrado nos meios de comunicação ou

mesmo em conversas cotidianas: “O carnaval de hoje não é mais o mesmo. Trans-

formou-se em um grande empreendimento turístico. Perdeu a autenticidade.” Em

seu sentido amplo, esse comentário aplica-se a diversas modalidades de cultura

popular: não só às festas, mas também ao artesanato, à música, à dança, à culi-

nária. Pode ser expresso na forma de um lamento e de um incontido sentimento

de nostalgia.

Em outras palavras, circula de modo amplo e difuso em nosso cotidiano uma

perspectiva sobre as culturas populares na qual estas são apresentadas sob o signo

da perda. Supõe-se que elas conheceram em sua longa história um momento no

qual teriam florescido na sua forma mais autêntica e próxima às expectativas da-

queles que as produzem. Mas desde então, como consequência das transformações

históricas e em especial da chamada modernização, essas formas socioculturais

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teriam cada vez mais perdido seus atributos definidores. Essa narrativa é segura-

mente poderosa e tem notável capacidade de convencimento. No entanto, um fan-

tasma ronda os estudos sobre as culturas populares. Elas não desapareceram; con-

tinuam a existir e se reproduzir: festas regionais, como o bumba meu boi; as festas

do Divino Espírito Santo; as festas de Reis; as inúmeras modalidades de música

popular ou folclórica produzidas em diversas regiões do Brasil. Os exemplos podem

se estender facilmente. O que importa assinalar, no entanto, é que essas formas de

cultura popular continuam a ser produzidas no tempo presente e de modo criativo;

e não parecem indicar, ao contrário do que se afirma obsessivamente, que estejam

em processo de desaparecimento.

O problema evidentemente não está na cultura popular, mas nas perspectivas

que postulam sua existência arcaica e seu inevitável desaparecimento. Trata-se de

um fantasma produzido pelos que se recusam a reconhecer que elas expressam

visões de mundo diferentes.

Muitas vezes, essas formas socioculturais estão associadas à oposição entre um

mundo rural estável e harmônico e um mundo urbano industrializado e “inautênti-

co”. Contudo, pesquisas de antropologia social ou cultural já demonstraram que as

culturas populares, estejam elas situadas no mundo rural ou nas grandes cidades,

desempenham funções sociais e simbólicas fundamentais para sua persistência

e reprodução. Desse modo, festas, artesanatos, lendas, formas musicais, dança,

culinária articulam simbolicamente concepções coletivas de sociedade.

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As culturas populares não se constituem em agregados de traços culturais pas-

síveis de serem inventariados. Elas consistem efetivamente em sistemas de práti-

cas sociais. Os comentários usuais sobre uma suposta perda de autenticidade das

culturas populares na atualidade esquecem que elas não são o espelho de nossas

categorias e classificações; o que elas oferecem de mais interessante não é nem

o testemunho de um passado remoto, nem a catástrofe de seu desaparecimento,

mas invenções alternativas e atuais dos modos de estar no mundo.

(Adaptado de: GONÇALVES, José Reginaldo Santos. “Culturas populares: patrimônio e autenticidade”. In:
Agenda brasileira: temas de uma sociedade em mudança. BOTELHO, André e SHWARCZ, Lilia Moritz (org.)
São Paulo: Cia das Letras, 2011, p. 136-139)

A frase em que o tempo verbal evidencia uma hipótese está em:

a) As culturas populares não se constituem em agregados de traços culturais pas-

síveis de serem inventariados.

b) Elas não desapareceram...

c) ...essas formas socioculturais teriam cada vez mais perdido seus atributos defi-

nidores.

d) Perdeu a autenticidade.

e) ...circula de modo amplo e difuso em nosso cotidiano uma perspectiva sobre as

culturas populares...

Letra c.

É a única alternativa possível, por haver um verbo no futuro do pretérito. Nas de-

mais opções, ocorre outros verbos no indicativo.

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18. (2015/FCC/DPE-SP/OFICIAL DE DEFENSORIA PÚBLICA) Considere a tirinha

abaixo.

A alternativa em que a forma verbal faça está empregada no modo imperativo, as-

sim como tome, na fala da personagem no primeiro quadrinho, está destacada em:

a) O antivírus de meu computador, embora faça constantes atualizações, não tem

sido muito eficaz.

b) Senhor usuário, faça uma atualização de seu antivírus, para que seu computa-

dor continue protegido.

c) Para que o antivírus faça uma varredura completa, é necessário acionar a prote-

ção de arquivos e de internet.

d) Precisamos de um antivírus gratuito, e que faça uma limpeza minuciosa em

nossos computadores.

e) Não é recomendável que se faça uso de mais de um antivírus, pois isso prejudica

o desempenho do sistema.

Letra b.

A própria presença do vocativo denota o receptor da ordem. Nos demais casos,

ocorre o presente do subjuntivo.

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19. (2013/FCC/SEFAZ-SP/AGENTE FISCAL DE RENDAS/GESTÃO


TRIBUTÁRIA) Atenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de
números 13 a 21.

Considerado o contexto, a frase em que a ação destacada, tendo ocorrido no pas-


sado, é referida como sendo anterior a outra ação igualmente passada é:
a) ... na efervescência da Bolonha do século XVI, uma pintura, fosse um retrato
ou uma cena, fosse religiosa ou alegórica, histórica ou privada, era criada com a
intenção de ser lida.
b) Essa era uma característica inerente e essencial do ato estético: a possibilidade,
por meio de um vocabulário compartilhado, da comunicação entre o ponto de vista
do artista e o ponto de vista do público.
c) Um quadro podia ser venerado pela sua arte ou seu conteúdo, mas acima da
veneração estava a promessa de algo a ser aprendido ou pelo menos reconhecido.
d) Ainda no século VI, o papa Gregório, o Grande, havia declarado: “Uma coisa é
adorar um quadro, outra é aprender em profundidade, por meio dos quadros, uma

história venerável”.

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e) Temos permitido que a propaganda e a mídia eletrônica privilegiem a imagem

para transmitir informações instantaneamente ao maior número de pessoas.

Letra d.

Quando se fala em “passado do passado”, deve-se pensar em pretérito mais-que-per-

feito. No caso apresentado na letra d, foi usada a forma composta.

20. (2008/FCC/MPE-RS/SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS)

Voluntário

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... no posto mais próximo do hotel em que se hospedara...

O emprego da forma verbal grifada acima indica

a) ação habitual e repetitiva.

b) incerteza em relação a uma situação futura.

c) ação passada, anterior a outra, também no passado.

d) fato realizável, a depender de outro, posterior ao primeiro.

e) fato passado e terminado em um momento específico.

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Letra c.

O comentário da questão anterior justifica esta. A única diferença é que, agora, o

verbo está no pretérito mais-que-perfeito simples.

21. (2006/FCC/TRE-SP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)

Na primeira metade do século XIX, as ferrovias surgiam como o meio quase má-

gico que permitiria transpor enormes distâncias com rapidez e grande capacidade

de carga, atravessando qualquer tipo de terreno. No Brasil, onde a era ferroviária

se iniciou em 1854, algumas vozes apontaram o descompasso que tenderia a se

verificar entre as modestas dimensões da economia nacional e os grandes investi-

mentos requeridos para as construções ferroviárias. Mas pontos de vista como esse

foram vencidos pela fascinação exercida pelo trem de ferro e pela fé em seu poder

de transformar a realidade.

De um ponto de vista econômico, não seria propriamente incorreto dizer que

a experiência ferroviária no Brasil não passou de um relativo fracasso - que se

traduziria, hoje, no predomínio das rodovias, ao contrário do ocorrido em outros

países de grandes dimensões. De acordo com supostas explicações, o triunfo das

rodovias no Brasil teria sido obtido graças a um complô que envolveria governos

e grandes empresas petrolíferas e automobilísticas. Mas a verdade é que, além de

outras deficiências estruturais, o setor ferroviário nacional nunca chegou a formar

uma autêntica rede cobrindo todo o território. Como a economia dependia da agro-

exportação, o problema consistia simplesmente em ligar as regiões produtoras aos

portos marítimos.

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A partir dos anos 30, quando se colocou o desafio da efetiva integração econô-
mica do país como parte do processo de expansão do mercado interno, os trans-
portes rodoviários mais ágeis, necessitando de uma infraestrutura muito menor que
a das vias férreas - demonstraram uma flexibilidade que o trem não tinha como
acompanhar. Isso não significa que as ferrovias não tenham desempenhado um
importante papel econômico no país. Elas foram fundamentais no período domina-
do pela agroexportação e continuaram a ser importantes também no contexto da
industrialização acelerada.
Mas as estradas de ferro não podem ser analisadas apenas mediante critérios
estritamente econômicos. No Brasil, as ferrovias criaram novas cidades, como Porto
Velho, e revitalizaram antigas. Representaram uma experiência indelével, frequen-
temente dramática, para os trabalhadores mobilizados nas construções. Objeto de
fascínio, elas impuseram um novo ritmo de vida, marcado pelos horários dos trens,
e reorganizaram espaços urbanos, nos quais as estações se destacavam como “ca-
tedrais” da ciência e da técnica.
(Adaptado de Paulo Roberto Cimó Queiroz, Folha [Sinapse], p. 20-22, 22 de fevereiro de 2005)

... como o meio quase mágico que permitiria transpor enormes distâncias...
O emprego da forma verbal grifada acima denota, no contexto,
a) finalidade de uma ação no presente.
b) ação anterior a outra, no passado.
c) certeza futura na realização de um fato.
d) situação hipotética em relação a um fato no passado.
e) ação habitual, condicionada a um fato futuro.

Letra d.
Como ocorre o futuro do pretérito, há o valor hipotético associado.

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22. (2018/FCC/TRT 6ª REGIÃO (PE)/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA)

A arte requer “explicação”?

Aqui e ali, quem frequenta bienais, salões de arte ou exposições de artes plás-

ticas encontrará de repente não um quadro, uma escultura ou algum objeto de

significação histórica, mas uma instalação – nome que se dá, segundo o dicionário

Houaiss, a “alguma obra de arte que consiste em construção ou empilhamento de

materiais, permanente ou temporário, em que o espectador pode participar, ma-

nipulando-a, ou, sendo, às vezes, de tamanho tão grande, que o espectador pode

nela entrar”. Trata-se, em outras palavras, de materiais organizados num espaço

físico de modo a constituírem uma obra de arte.

Ocorre, porém, com grande parte das instalações, um fenômeno curioso: com

muita frequência o criador é convidado a explicar – e o faz com linguagem muito

sofisticada – o sentido profundo que pretendeu dar àquele conjunto de materiais,

àquela instalação que ele concebeu. Para o público, restará a impressão final de

que os materiais eram, em si mesmos, insuficientes para significarem alguma coi-

sa: precisavam da explicação de quem os utilizou.

As verdadeiras obras de arte se impõem por si mesmas, independentemente de

qualquer explicação prévia ou justificativa final. O grande músico, o grande escritor,

o grande cineasta não precisam interpor-se entre a sonata, o romance ou o filme

para explicar seu sentido junto ao público. Certamente haverá oportunidade para

todos refletirmos sobre o sentido dinâmico de uma obra artística que atingiu o nos-

so interesse e provocou o nosso prazer; mas nada será mais forte do que a mobili-

zação emocional e intelectual que a obra já despertou em nós, no primeiro contato.

(Aristeu Valverde, inédito)

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Há construção na voz passiva e adequada articulação entre os tempos verbais na

frase:

a) Os que apreciarem as instalações, no futuro, talvez poderiam emprestar-lhes o

sentido que hoje não parecem ter.

b) Ao serem visitadas, as instalações costumam impressionar o público que se dei-

xa levar pela significação que o próprio autor lhes atribui.

c) Se fosse para levar a sério a materialidade das instalações, nenhuma delas ne-

cessita da justificativa a ser dada pelo criador.

d) Nunca a linguagem das grandes obras de arte teria necessidade de alguma ex-

plicação que venha a se tornar indispensável.

e) Por mais que nos esforcemos para perscrutar o sentido de uma instalação, este

sempre dependeria das razões alegadas pelo autor.

Letra b.

Conselho de amigo do peito: sempre que a questão falar em correlação + outro

assunto (no caso, voz passiva), comece pelo outro assunto. Note que apenas a

letra b possui estrutura de voz passiva (“serem visitadas”). Isso já resolve a ques-

tão! Não coloque “chifre em cabeça de cavalo”.

23. (2018/FCC/ALESE/ANALISTA/ADMINISTRADOR) A questão abaixo refere-se ao

texto seguinte − parte do prefácio de um livro de sociologia em que o autor se de-

dicou ao estudo da cultura popular.

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[Linguagens e culturas]

Este livro estuda as modificações que se deram na cultura das classes populares

ao longo das últimas décadas, de modo especial aquelas que podem ser atribuídas

à influência das publicações de massa. Creio que obteríamos resultados muito se-

melhantes caso tomássemos como exemplos algumas outras formas de comunica-

ção, como o cinema, o rádio ou a televisão.

Penso que tenho sempre tentado dirigir-me principalmente ao “leitor comum”

sério ou “leigo inteligente” de qualquer classe social. Não significa isto que eu te-

nha tentado adotar qualquer tom de voz específico, ou que tenha evitado o uso de

quaisquer termos técnicos, para só empregar expressões banais. Escrevi tão clara-

mente quanto o permitiu a minha compreensão do assunto, e apenas usei termos

técnicos quando me pareceram susceptíveis de se tornarem úteis e sugestivos.

O “leigo inteligente” é uma figura vaga, e a popularização uma tarefa perigosa;

mas parece-me que aqueles de nós que consideram uma urgente necessidade es-

crever para ele devem continuar a tentá-lo. Porque um dos mais nefastos aspectos

da nossa condição cultural é a divisão entre a linguagem dos peritos e o nível ex-

traordinariamente baixo daquela utilizada nos órgãos de comunicação de massa.

(Adaptado de: HOGGART, Richard. As utilizações da cultura. Trad. de Maria do Carmo Cary.
Lisboa: Editorial Presença, 1973.)

Há construção na voz passiva e adequada correlação entre os tempos verbais

na frase:

a) Resultados muito semelhantes ao dessa pesquisa seriam encontrados caso o

foco de análise incidisse sobre outros meios de comunicação.

b) Essa pesquisa teria chegado a resultados semelhantes desde que o foco não

deixe de incidir sobre a linguagem dos outros meios de comunicação.

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c) Dispondo-se a vir fazer uma boa análise de outras formas de comunicação, o

pesquisador terá encontrado resultados semelhantes.

d) Quando outras análises incidirem sobre outros meios de comunicação, seria

possível chegar a resultados não muito diferentes destes.

e) Por haver-se dedicado sobretudo ao estudo da linguagem da imprensa, o de

outros meios de comunicação não foi conclusivo.

Letra a.

Você seguiu o conselho que eu dei na questão anterior? Se sim, você nem sofreu

com essa questão. Só há uma alternativa com estrutura de voz passiva (“seriam

encontrados”).

24. (2018/FCC/SEGEP-MA/TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA)

Na cerimônia de entrega do Prêmio Melhores do Agronegócio 2017, o presidente

da Embrapa, Maurício Lopes, disse que a chegada e a difusão de novas tecnologias

vão revolucionar o futuro do campo brasileiro.

Ele anunciou que a Embrapa Gado de Corte está lançando um cabresto com

sensores para ser colocado no boi. A ferramenta é capaz de transmitir para o com-

putador alguns sinais, como a temperatura do corpo, por exemplo, possibilitando

ao pecuarista atuar com antecedência sobre problemas da boiada. “É uma das úl-

timas palavras em tecnologia.”

O presidente da Embrapa disse, ainda, que a agricultura de precisão será deter-

minante para o futuro do agronegócio.

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Em resposta a uma provocação do jornalista Bruno Blecher, Maurício Lopes dis-

se acreditar que a carne do futuro poderá mesmo ser produzida em laboratório.

Há dez anos, um simples bifinho custava US$ 120 mil. Hoje, ele sai por US$ 5 mil,

afirma. “Resta saber se alguém vai querer comer.”

(Adaptado de: NASCIMENTO, Sebastião. Novas tecnologias vão definir o futuro do agro, diz pre-
sidente da Embrapa. Disponível em: http://revistagloborural.globo.com)

Há correspondência correta entre tempos e modos verbais na seguinte frase:

a) É preciso que se aumente o investimento em pesquisa para que o agronegócio

brasileiro não precisasse importar tanto maquinário.

b) Se houvesse maior difusão das novas tecnologias, o agronegócio brasileiro será

uma das principais áreas a se beneficiar.

c) O presidente da Embrapa demonstrou convicção ao defender que as novas tec-

nologias revolucionarão o futuro do agronegócio.

d) A agricultura de precisão já esteja sendo necessária nos dias atuais, mas talvez

tivesse sido mais determinante para o futuro do agronegócio.

e) Quando a carne produzida em laboratório tiver amplo consumo é que podería-

mos dizer se os recursos gastos em seu desenvolvimento sejam válidos.

Letra c.

É a única alternativa em que ocorre lógica (um verbo declarativo seguido de um no in-

dicativo). Na letra a, o verbo no presente do subjuntivo não combina com uma finali-

dade no pretérito; na b, não faz sentido iniciar com uma possibilidade e terminar com

uma certeza; na d, o próprio verbo “esteja” não está adequado à oração em que se

insere; na e, uma possibilidade no futuro não pode gerar uma hipótese no passado.

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25. (2018/FCC/SEGEP-MA/AGENTE ESTADUAL AGROPECUÁRIO) Há correspondên-


cia plena entre as formas verbais na frase:
a) O litoral maranhense tenha sido esquecido pelos portugueses, antes mesmo que
os franceses o ocupariam.
b) Se os portugueses tivessem se preocupado com o litoral maranhense, os fran-
ceses não o tivessem frequentado.
c) Já que os portugueses não se preocuparão com o litoral maranhense, os france-
ses o ocupassem oportunamente.
d) Os franceses começaram a frequentar o litoral maranhense, mas os portugueses
não terão se preocupado com isso.
e) Como os portugueses não se preocuparam com o litoral maranhense, os france-
ses começaram a frequentá-lo.

Letra e.
Na letra a, o primeiro verbo já não está de acordo com a oração em que está inse-
rido; na letra b, a condição pretérita levantada na primeira oração não é concluída
na segunda; na c, o futuro do presente não combina com o pretérito imperfeito do
subjuntivo; na d, ocorre o inverso: o pretérito perfeito não combina com o futuro
do presente.

26. (2018/FCC/DETRAN-MA/ANALISTA DE TRÂNSITO)

Mobilidade urbana
Ao longo dos últimos anos a expressão mobilidade urbana – soma das condições
e dos critérios oferecidos para a livre circulação das pessoas numa cidade − tem
sido empregada para identificar um dos desafios dos grandes centros urbanos.
Trata-se de um conceito mais complexo do que parece: não se reduz a uma sim-
ples questão de trânsito, diz respeito ao modo e à qualidade de vida das pessoas,
à dinâmica instituída em seu cotidiano. Trata-se, enfim, de considerar uma política

pública para qualificar os espaços em que os indivíduos se movimentam.

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O desafio está, sobretudo, em escolher os usos do território urbano, em pri-

vilegiar este ou aquele meio de transporte, em administrar os rumos e as con-

centrações de passageiros. Essa escolha não se faz sem pressupostos: o que, de

fato, se pretende instituir? A livre circulação dos automóveis? O favorecimento do

transporte coletivo? A velocidade máxima em canais de uso regulamentado? Faixas

para ciclistas? Calçadões para pedestres? Espaços ambientais interligados? Linhas

subterrâneas? A política implicada nesta ou naquela escolha diz muito das convic-

ções de quem administra o espaço das grandes cidades. Como este é fatalmente

limitado, e tende a receber um número sempre crescente de usuários, há que se

encontrar medidas que otimizem seu uso e favoreçam a mobilidade de quem se

considere seu usuário preferencial. Não é à toa que medidas tomadas para a imple-

mentação prática da mobilidade urbana provocam polêmicas ácidas, quando não

conflitos mais graves, entre setores da população.

Como regra geral, o poder público deve se envolver sobretudo com o que seja

coletivo, o que atenda à parte maior da população, visando criar condições dignas

para sua mobilidade. O transporte de massas não pode ser sacrificado em nome

do transporte individual. A primazia do automóvel tem infligido enormes custos à

qualidade de vida da maioria dos que habitam as grandes cidades.

(Argemiro Diaféria, inédito)

Há construção na voz passiva e adequada articulação entre os tempos e for-

mas verbais na seguinte frase:

a) O favorecimento do transporte coletivo terá melhores resultados caso o admi-

nistrador viesse a fazer um correto diagnóstico da demanda existente.

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b) Ainda que as medidas tomadas sejam insuficientes, os entraves na circulação

de veículos desta cidade seriam menos sérios no caso de haver real planejamento.

c) É comum que os segmentos mais prestigiados da população queiram manter

seus privilégios, conquanto os direitos alheios sejam injustamente negligenciados.

d) Uma das novas medidas que teriam causado maior discussão é a instauração de

faixas exclusivas, nas quais os ciclistas gozassem de maior segurança.

e) Caso o transporte público não constitua uma prioridade, os problemas de circu-

lação nas grandes metrópoles continuariam a atormentar os cidadãos.

Letra c.

Novamente, é a única sentença a apresentar estrutura de voz passiva (“sejam ne-

gligenciados”).

27. (2018/FCC/DETRAN-MA/ASSISTENTE)

Percursos

Não há dúvida de que uma linha reta é o caminho mais curto entre dois pon-

tos. Mas ninguém pode afirmar que seja também o melhor, o mais indicado, o

mais proveitoso, por ser mais alegre, mais bonito ou mais surpreendente. Quem

caminha pelas cidades sabe que há trajetos e trajetos: uns para a pressa, outros

para animar o espírito. Numa época em que a velocidade se tornou uma espécie

de paradigma geral, vale a pena experimentar alternativas para o nosso modo de

atravessar os espaços e o tempo.

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Imagino quantos motoristas presos num congestionamento não sonharão em

abandonar o carro, ou quantos passageiros em deixar o ônibus, e sair à toa e a pé

em busca de novos caminhos, desistindo de se submeter à ditadura do relógio e

dos compromissos. Se ninguém faz isso, o desejo de libertação existe para todos.

As grandes cidades, em vez de oferecerem espaços de circulação ou acolhimento,

impõem-nos caminhos intransitáveis, paralisantes. Nosso estilo de vida levou-nos

aos impasses urbanos que impositivamente configuram nossa rotina.

Dizia o poeta espanhol António Machado que o caminho se faz caminhando,

que os caminhantes é que traçam e qualificam seu destino. Essa convicção deveria

inspirar não apenas os responsáveis diretos pelo uso mais desfrutável do espaço

urbano, mas todos aqueles que sentem seu compromisso com os rumos e o anda-

mento da civilização.

(Hermínio Toledo, inédito)

A flexão das formas verbais e a articulação entre seus tempos e modos estão ple-

namente adequadas na frase:

a) Quem caminhasse pelas grandes cidades virá a constatar que elas contessem

muitas surpresas.

b) Numa época em que a velocidade se impuser de forma ainda mais drástica, va-

lerá a pena buscar alternativas.

c) Se ninguém vir a buscar caminhos alternativos, nenhuma possibilidade real de

libertação seria explorada.

d) Nosso estilo de vida levará-nos a impasses urbanos que dificilmente encontra-

riam alguma forma de solução.

e) A convicção do poeta acena para a criação nossa de caminhos próprios, da qual

advisse um novo prazer de viver.

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Letra b.

Na letra a, o correto é contivessem; na c, há erro de correlação (futuro do sub-

juntivo seguido de futuro do pretérito); na d, o correto seria “nos levará” (verbos

no futuro não admitem ênclise); na e, o correto seria adviesse.

28. (2018/FCC/DPE-AM/ANALISTA CIÊNCIAS JURÍDICAS)

Ponderação, a mais desmoralizada das virtudes

É isso, mas também aquilo. Não obstante o abacaxi, temos o pepino. Posto que

A seja indiscutível, deve-se levar em conta que B, somado a C, cria um cenário em

que D pode se impor de certa forma como desejável, ressalvados E e F. Só depois

desse percurso, claro, chegaremos ao ponto G.

O parágrafo anterior satiriza a ponderação de forma fácil e injusta, mas du-

vido que muita gente se incomode com isso. Sinônimo de circunspecção reflexi-

va, equilíbrio, prudência, a ponderação é hoje a mais desmoralizada das virtudes.

Precisamos reabilitar a ponderação, nem que seja apenas como subproduto da

perplexidade, aquilo que faz o marinheiro do samba levar o barco devagar sem-

pre que o nevoeiro é denso. O fogo selvagem que inflamou ao longo da história

as turbas linchadoras do diferente que é visto como ameaça − corporificado em

bruxas, negros, judeus, homossexuais, loucos, ciganos, gagos − é hoje condenado

por (quase) todo mundo. No entanto, o mesmo fogo selvagem inflama as turbas

linchadoras que se julgam investidas do direito sagrado de vingar bruxas, negros,

judeus, homossexuais, loucos, ciganos, gagos etc. Quem acha que o primeiro fogo

é ruim e o segundo é bom não entendeu nada.

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Representa um inegável avanço civilizatório a exposição, nas redes sociais, de


comportamentos opressivos ancestrais que sempre estiveram naturalizados em
forma de assédio, desrespeito, piadinhas torpes e preconceitos variados. Ao mes-
mo tempo, é um claro retrocesso que o avanço se dê à custa da supressão do di-
reito de defesa e do infinito potencial de injustiça contido no poder supremo de um
juiz sem rosto.
(Adaptado de: RODRIGUES, Sergio. Folha de S. Paulo, 16/11/2017)

Todas as formas verbais atendem às normas de concordância e articulam-se em


tempos e modos adequados na frase:
a) Ao se evitarem as ponderações que devem anteceder qualquer julgamento,
abre-se o caminho para o arbítrio e a violência de graves preconceitos.
b) Devem-se aos juízos preconceituosos esse tipo de violência, disseminada nas
redes sociais, que nada mais seriam que verdadeiros linchamentos públicos.
c) Às turbas linchadoras nunca ocorreriam que, por conta de sua violência irracio-
nal, muitos inocentes terão sido vitimados de forma cruel.
d) Não parece abalar a pessoa irracional as razões levantadas pelo autor do texto
para que, com a ponderação, refreássemos nossos instintos violentos.
e) Quando se leva em conta as diferenças pessoais, seria de se imaginar que a tal
cuidado deva corresponder julgamentos mais prudentes e generosos.

Letra a.

Na letra b, o correto seria deve-se, pois o sujeito é “esse tipo de violência”; na

c, o correto seria ocorreria, pois há sujeito oracional; na d, o correto seria pa-

recem, pois o sujeito é “as razões”; na e, o correto seria levam, pois o sujeito é

“as diferenças pessoais”. Primeiro, veja a concordância; depois, a correlação (se

for necessário).

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29. (2018/FCC/DPE-AM/ASSISTENTE TÉCNICO/ADMINISTRATIVA) Há correspon-

dência entre tempos e modos entre as formas verbais empregadas em:

a) Caso estivesse vivo hoje, o filósofo Auguste Comte teria a oportunidade de cons-

tatar o quanto suas suposições se distanciaram da experiência.

b) Independentemente da época em que fossem expressas, as previsões sobre o

futuro sempre dirão muito mais sobre o presente de quem se arriscar a fazê-las.

c) Por mais precisos que nossos instrumentos de medição de engarrafamentos ve-

nham a se tornar, é improvável que fôssemos capazes de fazer previsões a longo

prazo.

d) Quando a extensão do cosmo puder ser medida, tivéssemos chegado a um novo

patamar da experiência humana, nunca vislumbrado por cientistas ou filósofos.

e) O conhecimento humano possui limitações, mas é função da ciência pôr essas

limitações à prova, a fim de que poderíamos avançar continuamente.

Letra a.

Na letra b, o pretérito imperfeito do subjuntivo não combina com o futuro do pre-

sente; na c, a falta de lógica ocorre por iniciar com um verbo no presente do subjun-

tivo e terminar com pretérito imperfeito do subjuntivo; na d, inicia-se com o futuro

e termina-se com um resultado pretérito; na e, se a ciência vai pôr as limitações à

prova, não faz sentido haver uma finalidade hipotética no futuro do pretérito.

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30. (2018/FCC/DPE-AM/ANALISTA/ADMINISTRADOR)

A velhice na sociedade industrial

Durante a velhice deveríamos estar ainda engajados em causas que nos trans-
cendem, que não envelhecem, e que dão significado a nossos gestos cotidianos.
Talvez seja esse um remédio contra os danos do tempo. Mas, pondera Simone
de Beauvoir, se o trabalhador aposentado se desespera com a falta de sentido da
vida presente, é porque em todo o tempo o sentido de sua vida lhe foi roubado.
Esgotada a sua força de trabalho, sente-se um pária, e é comum que o escutemos
agradecendo sua aposentadoria como uma esmola.
A degradação senil começa prematuramente com a degradação da pessoa que
trabalha. Esta sociedade pragmática não desvaloriza somente o operário, mas todo
trabalhador: o médico, o professor, o esportista, o ator, o jornalista.
Como reparar a destruição sistemática que os homens sofrem desde o nasci-
mento, na sociedade da competição e do lucro a qualquer preço? Cuidados geriátri-
cos não devolvem a saúde física nem mental. A abolição dos asilos e a construção
de casas decentes para a velhice, não segregadas do mundo ativo, seria um passo
à frente. Mas haveria que sedimentar uma cultura para os velhos com interesses,
trabalhos, responsabilidades que tornem digna sua sobrevivência. Como deveria
ser uma sociedade para que, na velhice, o homem permaneça um homem? A res-
posta é radical para Simone de Beauvoir: “seria preciso que ele sempre tivesse sido
tratado como homem”.

Para que nenhuma forma de humanidade seja excluída da Humanidade é que as


minorias têm lutado, que os grupos discriminados têm reagido. A mulher, o negro,
combatem pelos seus direitos, mas o velho não tem armas. Nós é que temos de
lutar por ele.
(Adaptado de: BOSI, Ecléa. Lembranças de velhos. S. Paulo: T. A. Queiroz, 1983, p. 38-39)

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GRAMÁTICA
Morfologia do Verbo
Prof. Elias Santana

Há construção na voz passiva, bem como adequada correlação entre tempos e


modos verbais, na frase:
a) Se, em nossa velhice, ainda estivéssemos engajados em causas políticas maio-
res, bem mais digna será nossa condição de vida.
b) Por lhes ter sido roubado o sentido mesmo de viver, os trabalhadores aposenta-
dos chegam a se desesperar com tamanho vazio.
c) Desde que a sociedade passou a glorificar a competição e o pragmatismo, os
homens veriam desvalorizados seus ideais mais nobres.
d) Fossem outros os valores de nossa sociedade, em lugar do atual pragmatismo
vicioso, outra cultura poderá incluir com justiça os velhos trabalhadores.
e) No caso de que viesse a encontrar quem lute por ele, o velho terá reconhecido
nesse apoio uma comprovação de nossa humanidade.

Letra b.
É a única alternativa em que há uma estrutura de voz passiva (“sido roubado”).

31. (2017/FCC/TRT 21ª REGIÃO (RN)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)


..I.., no cinema, alguns críticos e intelectuais que, como o russo Sergei Eisenstein,..
II.. conhecimento teórico sobre a linguagem cinematográfica e, em determinado
momento,..III.. colocar suas teorias em prática.
(Adaptado de: BALLERINI, Franthiesco. Op. cit.)

Preenchem corretamente as lacunas I, II e III da frase acima, na ordem dada:

a) Surge − possuíram − decidirão

b) Surgiram − possuíam − decidiram

c) Surgirão − possuíam − decida

d) Havia surgido − possuíssem − decidirão

e) Surgem − possuam − haveria de decidir

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GRAMÁTICA
Morfologia do Verbo
Prof. Elias Santana

Letra b.

Agora, em vez de analisar a correlação, você deve empregá-la. Na letra b, todos

os verbos estão no pretérito e no modo indicativo (dois no pretérito perfeito e um

no imperfeito). Por isso, a correlação foi possível.

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