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Elaborado por: Euler Cipriani Victorino
Turma: BBAFADEEAD_0519
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Introdução
Inicialmente uma definição das demonstrações contábeis: o Balanço Patrimonial (BP), que
evidencia a situação financeira e patrimonial da empresa em dado período; a Demonstração do
Resultado do Exercício (DRE), na qual se apura se a organização teve lucro ou prejuízo,
Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), que prover informações sobre o movimento de caixa da
empresa e a Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA).
Demonstrações financeiras
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O Balanço patrimonial pode ser entendido como como a demonstração contábil que mostra
a situação econômico-financeira de uma organização em uma determinada data. É um relatório
expresso em forma de tabela contendo dois lados distintos. No direito composto pelo Passivo
Circulante, Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido. No esquerdo contém o Ativo Circulante e o
Ativo Não Circulante (SAPORITO, 2015). O seu objetivo é informar a situação patrimonial e financeira
da empresa em um determinado momento. Por se tratar de apenas uma fotografia da empresa em
um determinado momento, não reflete o seu desempenho financeiro sua capacidade de geração de
caixa sendo uma ferramenta de gestão de controle contábil e não de gestão financeira.
• receita bruta;
• receita líquida;
• lucro bruto;
O Demonstrativo de fluxo de caixa (DFC) têm como objetivo sintetizar de maneira estruturada
todas as saídas e entradas de caixa de uma empresa em um determinado período sendo dividida
em três grandes contas que são atividades operacionais, de investimento e de financiamento
(WEINBERG, 2018). Segundo Monteiro (2015), a DFC resguarda, na sua simplicidade, capacidades
essenciais para o sucesso na condução de qualquer porte ou atividade empresarial, que permite,
como por exemplo: (a) apoiar o estudo para a previsão de falência; (b) analisar a relação lucro
versus caixa; (c) avaliar os efeitos no caixa das transações de investimentos e financiamentos e (d)
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indicar as possibilidades futuras de liquidação de obrigações. Estas, entre outras, corroboram com
a ideia de que, quando a questão é o estudo da liquidez, a DFC é o relatório mais eficaz na gestão
empresarial.
No Brasil a organização possui diversos concorrentes diretos, como a Avon, Eudora entre outras.
Seus clientes são na maioria mulheres, profissionais da área da beleza, microempresárias com ponto
de venda físico e as revendedoras.
A Natura controla empresas como The Body Shop e Aesop, e os resultados consolidados dos últimos
anos vem apontando crescimento significativo, conforme apresentado nas demonstrações em
Anexo. Em 2016 o crescimento foi estável comparado a 2015, lembrando que este período foi de
recessão no país, mas em 2017 houve um crescimento de 24,5% comparado a 2016. O resultaldo
das empresas controladas foi essencial para este crescimento. E diante de todos os resultados
apresentados, percebe-se que esta empresa continua gerando valor.
Seguem as apresentações das demonstrações financeiras da empresa referentes aos três últimos
exercícios.
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1) Balanço Patrimonial
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2) Demonstração do resultado do exercício
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3) Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC)
a) 2016 – 2017
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b) 2017 – 2018
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4) DVA
a) 2016-2017
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b) 2017 – 2018
Os índices de liquidez têm como objetivo apurar a capacidade de a empresa saldar suas
obrigações com terceiros. Os Índices de Rentabilidade indicam basicamente o lucro da empresa com
relação aos custos e despesas realizados para sua obtenção e aos volumes de investimentos
necessários e de recursos disponíveis. Os Índices de Estrutura de Capital fornecem informações
sobre a combinação entre capital próprio representado pelo capital dos acionistas ou proprietários e
a quantidade de capital de terceiros compostos pelos endividamentos e financiamentos. Quanto aos
Índices de Prazos Médios, eles devem ser analisados sempre em conjunto com os outros índices e
permitem ao gestor definir estratégias relacionadas aos prazos de compra, venda e estocagem das
mercadorias ou produtos.
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Neste tutorial abordaremos os seguintes indicadores:
1) Indicadores de liquidez
𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
a) Liquidez Corrente - 𝐼𝐿𝐶 = 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
O índice de liquidez corrente, indica quanto de haveres e direitos a curto prazo a empresa tem para
cada unidade de obrigações a curto prazo.
𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒−𝑒𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒−𝑑𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠
b) Liquidez Seca - 𝐼𝐿𝑆 =
𝑝𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
Semelhante ao ILC, o ILS considera desconsidera alguns ativos de menor liquidez no cálculo.
𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒+𝑟𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑝𝑟𝑎𝑧𝑜
c) Liquidez Imediata – 𝐼𝐿𝐺 = 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒+𝑒𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑝𝑟𝑎𝑧𝑜
𝑓𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑒𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠
c) Prazo Médio de Pagamento - 𝑃𝑀𝑃 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠⁄
360
Mostra o prazo médio em que a empresa paga seus fornecedores, indicando seu poder de barganha
em negociações
Indica todo o ciclo desde a aquisição do estoque, até a realização da receita de venda.
3) Indicadores de Rentabilidade
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
a) Rentabilidade do patrimônio líquido -𝑅𝑃𝐿 = 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝑥 100
O RPL informa a taxa de rentabilidade contábil sobre o capital do acionista. Quanto maior a RPL,
melhor
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
b) Rentabilidade do Ativo – 𝑅𝐴 = 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑥 100
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𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
c) Margem líquida - 𝑀𝐿 = 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝑙𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑥 100
𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠
d) Giro do Ativo - 𝐺𝐴 =
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜
Indica quantos reais provêm de fontes de financiamento não próprias, para cada R$ 100,00 aplicados
no ativo
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
b) Composição ou perfil do Endividamento - 𝑃𝐶⁄𝐶𝑇 = 𝑥 100
𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑃𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒
d) Imobilização do Patrimônio Líquido - 𝐼𝑃𝐿 = 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚𝑜𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑥 100
Seguem abaixo os cálculos dos índices mencionados para a empresa Natura S/A.
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Ciclo operacional 170,84 208,93 175,33
Ciclo financeiro 44,34 120,54 15,15
Em relação à liquidez, a empresa apresentou aumento dos índices no período 17/18 após apresentar
queda em 16/17. Os índices apresentam comportamento satisfatório para o setor, indicando boa
capacidade em honrar compromissos de curto prazo.
Os Índices de prazos médios apesar das pioras no período 16/17, apresentaram melhoras
expressivas no período 17/18, principalmente o ciclo financeiro, com redução expressiva. Isso indica
melhora no fluxo de pagamento de fornecedores e recebimento de vendas da empresa.
Os índices de rendimento apresentaram oscilações nos anos analisados, com expressiva queda no
rendimento sobre o patrimônio líquido, de 41% para 21,30%.
Conclusão
Referências bibliográficas
Liste as fontes de consulta utilizadas na elaboração desta atividade de acordo com os referenciais
da ABNT.
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DA FONSECA, Mariana Vilar; PAIVA, Simone Bastos. Demonstração do valor adicionado: uma
análise do valor adicionado do Banco do Brasil no período 2008-2010. Veredas Favip-Revista
Eletrônica de Ciências, v. 5, n. 1-2, 2013.
MELO, Moisés; BARBOSA, Sérgio. Demonstrações Contábeis: Da Teoria à Prática. ed. Rio de Janeiro:
Freitas Bastos, 2018.
MONTEIRO, Andréa Alves Silveira. Fluxos de caixa e capital de giro: uma adaptação do modelo de
Fleuriet. Pensar Contábil, v. 6, n. 20, 2015.
SAPORITO, Antonio. Análise e estrutura das demonstrações contábeis. Curitiba: Intersaberes, 2015.
WEINBERG, R. Demonstrativo de fluxo de caixa: Entenda como analisar a DFC. Suno Research,
2018. Disponível em <https://www.sunoresearch.com.br/artigos/demonstrativo-fluxo-de-caixa>.
Acesso em: 22 de jun de 2019.
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