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Apéndice | - Certificagao INMETRO / Sistema Internacional de Unidades — SI Certificagao INMETRO. Histérico do Inmetro Durante 0 Primeiro Reinado, as tentativas de Uniformizacdo das unidades de medida brasile!- ras se apoiaram em padrées oriundos da Corte Portuguesa. Em 1830, um ano antes da abdica- Go ao trono por D. Pedro |, 0 deputado gaticho C&ndido Baptista de Oliveira sugeriu a adogao do sistema métrico decimal em vigor na Reptiblica Francesa. Entretanto, apenas em 26 de junho de 1862, j4 no Segundo Reinado, Dom Pedro 1! pro- mulga a Lei Imperial n° 1157 e com ela oficializa, em todo 0 territério nacional, a utilizagao do siste- ma métrico decimal francés. O Brasil foi uma das primeiras nagdes a adotar o novo sistema como signatério da Convengéo do Metro, institulda em 20 de maio de 1875. 0 crescimento industial no século XX fortale- eu a necessidade de criar no Brasil instrumentos mais eficazes de controle que viessem a impulsionar proteger produtores e consumidores. Em 1964, foi criado o Instituto Nacional de Pesos e Medidas (INPM), centralizando a politica metrolégica nagio- nal. Para a plena execugéo de suas competéncias, ele adotou, em 1962, 0 Sistema Intemacional de Unidades (Si), consolidado pela 11° Conferén- cia Geral de Pesos e Medidas em 1960. Os Orgaos. Estaduais, hoje conhecidos como Orgaos Delega- dos, recebem a incumbéncia de execucéo de ativi- dades metrol6gicas, atingindo cada regido do Pals. O crescimento econdmico verificado no Brasil a0 final da década de 1960 motivou novas politi- cas goveriamentais de apoio ao setor produtivo.. A necessidade de acompanhar o mundo na sua corrida tecnolégica, no aperfeigoamento, na exati- MODULO Ik Apéndices do e, principalmente, no atendimento as exigén- cias do consumidor, trouxe novos desafios para a indistria. Em 1973, nascia o Instituto Nacional de Metrologia, Normalizagao e Qualidade dustrial, 0 Inmetro, hoje chamado Instituto Na- cional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia. No mbito de sua ampla misséo institucional: fortalecer as empresas nacionais, aumentando a sua produtividade por meio da adogdo de meca- nismos destinados @ melhoria da qualidade de produtos e servigos. A importancia da Certificagao: A certificagéio de conformidade induz & busca continua da melhoria da qualidade. As empresas que se engajam neste movimento, orientam-se para assegurar a qualidade dos seus produtos, processos e servicos, benefi- ciando-se com a melhoria da produtividade e ‘aumento da competitividade. A cettificagdo 6 um indicador para os con- sumidores de que 0 produto, processo ou ser- vigo atende a padrées minimos de qualidade. Em relago as trocas comerciais, no Ambito dos blocos econdmicas, & particularmente impor- tante a certificagéio de conformidade. E cada vez mais usual o carder obrigatorio da certficago para ‘a comercializagdo de produtos que se relacionam com a satide, a seguranca e 0 meio ambiente. A livre circulagao de bens e servigos s6 se Viabiliza integralmente se os paises ervolvidos mantiverem sistemas de certificagéo compati- veis e mutuamente reconhecidos. Sistema Internacional de Unidades - SI* sistema Intemacional de Unidades (SI) foi criado apés diversas reuniées denominadas de Conferéncia Geral de Pesos e Medidas (CGPM) a 108 CGPM, em 1954, aprova a 37 Disponivel em - Acesso em: fev.2042 38 Disponivel em , Acesso em: fev.2012 MODULO Ix Apéndices introdugéo do ampére, do kelvin e da candela como unidades de base, respectivamente, para + intensidade de corrente elétrica, temperatura termodinamica e intensidade luminosa, A 11° CGPM dé o nome Sistema Internacional de Unidades (SI) para esse sistema, em 1960. Tabela 46 - Unidades SI de Base Unidades SI de Base = comprimento > massa ~ tempo = ~_corrente elétrica ‘temperatura termodindmica 2 ~ quantidade de materia > ~ intensidade luminosa_ ss Unidades expressas a partir de unidades de base oe © Quadro 2 fomece alguns exemplos de unidades derivadas expresses diretamente a partir de Unidades de base. As unidades derivadas séo obtidas por multiplicagdo e diviséo das unidades de base. > Tabela 47 - Exemplos de unidades SI derivadas, expressas a partir das unidades de base. 2 superficie metro quadrado_ a ___ volume metro clibico a velocidade metro por segundo ~ aceleragao Bea ser cca 4 ndmero de ondas foeen ace consol : Bs Cf uilograma por metro cdbico a volume espectfico metro olibico por quilograma | _densidade de corrente ampére por metro quadrado 7 campo magnético ampére por metro ae ~ concentragao mol por . (de quantidade de matéria) metro cébico N lumingncia indice de refragé candela por metro quadrado (© ndmero) um Definig6es das unidades mecanicas utilizadas nas definigdes das unidades elétricas: Unidade de forga - A unidade de forga [no Sistema MKS (Metro, Quilograma, segun- do)] é a forga que comunica a uma massa de 1 quilograma a aceleragdo de 1 metro por se- undo, por segundo. Joule (unidade de energia ou de traba- tho) - 0 joule é 0 trabalho Produzido quando o Ponto de aplicagdo de 1 unidade MKS de forea (newton) se desloca de uma distancia igual a1 metro na diregdo da forga. Watt (unidade de poténcia) - 0 watt 6 @ poténcia que desenvolve uma produgéo de energia igual a 4 joule por segundo. Definigées das unidades elétricas. © Comité (internacional) admite as seguin- tes proposigdes que define a grandeza teéri- a das unidades elétricas: Ampére (unidade de intensidade de Corrente elétrica) - 0 ampére é a intensidade de uma corrente elétrica constante que, manti- da em dois condutores paralelos, retilineos, de Comprimento infinito, de sego circular despre- zivel e situados no vacuo a distancia de 4 me- ‘tro um do outro, produziria entre esses condu- tores uma forca igual a 2 x 10-7 unidade MKS de forga (newton) por metro de comprimento. Volt (unidade de diferenca de potencial © de forga eletromotriz) - 0 volt é a diferenca de potencial elétrico que existe entre dois pontos de um fio condutor ‘transportando uma corrente constante de 1 ampére, quando a poténcia dis- sipada entre esses pontos é igual a 1 watt. Ohm (unidade de resisténcia elétricay ~ O ohm é a resist&ncia elétrica que existe en- ‘tte dois pontos de um condutor quando uma diferenga de potencial constante de 1 volt, apli- cada entre esses dois Pontos, produz, nesse MODULO Ix Apéndices condutor, uma corrente de 1. ampére, nao ten- do esse condutor nenhuma forga eletromotriz. Coulomb (unidade de quantidade de eletricidade) - 0 Coulomb é a quantidade de eletricidade transportada em 1 segundo por uma corrente de 1. ampare. Apéndice I Disjuntores Certificagao INMETRO Nos dias de hoje, o disjuntor tomou-se eca fundamental na seguranga interior de seu lar. Isso porque, caso a flagdo elétrica receba uma corrente muito elevada, o disjuntor desliga automaticamente, interrompendo a energia até que 0 problema seja resoivido, evitando incén- dios e queimas nos eletro-eletrénicos e, até, em sua residéncia. E6 por esse motivo, pensando na seguranga do consumidor, que o inmetro certifica disjunto- res obrigatoriamente, isto 6, todos os fabricantes brasileiros somente podem vender disjuntores que tenham o selo de certificagao do INMETRO. Este selo indica que o disjuntor apresenta adequado grau de confianga, na conformidade ‘com as normas técnicas. Além do Selo, deve Constar uma etiqueta indicativa de seu nivel de Protegao, bem como sua aplicagao, 0 Selo INMETRO é obrigatério a todos os fabricantes de DISJUNTORES RESIDENCIAIS ATE 63A conforme ABNT NBR NM 60898 Figura 227 - Selo INMETRO Seguranga » INMETRO peo ABNT NBR NM 60898 Portaria Inmetro n.° 348, de 13 de setembro de 2007 “Art, 3° Manter, no Ambito do Sistema Brasileiro de Avaliagao da Conformidade -SBAC, a certificagéio ‘compuls6ria dos disjuntores utilizados nos quadros de entrada, de medigdo e de distribuigao, residenciais, ‘comumente conhecidos como minidisjuntores, ou execugdes mono, bi, tre tetrapolares para tensdes até 445V (Volts), correntes nominais até 63A (Ampére) € corentes de curtocircuito até 1OKA (Quilo ampére).” Figura 228 - Selo de identificagao da Figura 229 - Selo de Conformidade Conformidade do inmetro INMETRO de Disjuntor - Geral Rieter ec Later) Mae es Conceitos Técnicos - Definigées gerais ‘Sao citados a seguir os principais conceitos técnicos ‘segundo a norma ABNT NBR NM 60898: * Sobrecorrente: Corrente cujo valor excede a corrente nominal. * Corrente de sobrecarga: Sobrecorrente num circuito, sem que haja falta elétrica. Cy NOTA: Uma corrente de sobrecarga pode causar dano se for mantida por um tempo suficiente. Figura 230 - Conceito de Sobrecarga Sobrecares MODULO x Apéndices Corrente de curto-circuito Sobrecorrente que resulta de uma falta, de impedéncia insignificante, entre condutores vivos que apresentam uma diferenga de potencial em funcionamento normal. Laval NOTA: Uma corrente de curto-circuito pode resultar de um defeito ou de uma ligagéo incoreta. Figura 231 - Conceito de curto circuito FALHA OU IMPRUDENCIA Condigao normal tempo (ms) O mesmo selo de conformidade INMETRO do disjuntor traz ainda informagdes das normas a ele relacionadas. Figura 232 - Selo de Conformidade Capacidade de Interrupgao Nominal (len) INMETRO de Disjuntor - Normas * Estabelecida pela NBR NM 60898 é a ca- pacidade maxima de interrupgéo do disjuntor: 1,5KA; 3kA; 4,5KA; GkA; LOKA; 15kA; 20KA @ 25 kA Capacidade Limite de Interrupgao (leu): + Estabelecida pela NBR IEC 60947-2 é a ca- pacidade méxima de interrupgao do disjuntor (maxima corrente que ele consegue suportar) eu Capacidade de Interrupeao em Servigo (les): * Capacidade de interrupedo do disjuntor para garantir, no minimo, trés atuagdes sucessivas com essa corrente, sem modificar as suas ca- racteristicas mec&nicas e elétricas (desempe- ho do disjuntor) Tabela 48 - Capacidades de interrupgao a ‘ABNT NBR IEC 60947-2 Grau de poluicdo Escolha do fabricante 25%, 50%, 75% ou 100% de Icu + Definido pela ABNT NBR IEC 60947-1: * "Numero convencional, baseado na quantidade de poeiras condutoras ou higroscépicas, de - gases ionizados ou de sais, ¢ na umidade relativa e sua freqiiéncia de aparecimento traduzida : ABNT NBR NM 60898 ela absorgao ou condensagao de umidade, tendo por efeito diminuir a rigidez dielétrica e/ou = a resistividade superficial" = Tabela 49 - Grau de Poluigéo 2 sem poluigo y ‘Sem poluigao condutora ambiente residencial = poluigao condutora ambiente industrial Elevado indice de poluigao ambientes exterios 7 condutora ‘ . ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ . ‘ ‘ « ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ . ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘ ‘

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