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ACÇÃO EXECUTIVA QUESTIONÁRIO

1. Em qualquer altura do processo, a falta de todo e qualquer pressuposto processual


leva inevitavelmente à absolvição da instância?
R: Só nos casos em que se constata pressupostos processuais insanáveis, que observar-
se-á o disposto na al. b), n.º1 do artigo 474 do CPC, bem como, os previstos nos artigos
101 e 105/1 do mesmo diploma legal. Todavia, não existindo incompetência absoluta, o
juiz exarará o despacho de aperfeiçoamento, convidando o exequente a sanar a falta de
pressuposto processual susceptível de sanação, determinando a realização dos actos
necessários à regularização da instância, não sendo a falta corrigida dentro do prazo
estabelecido pelo juiz, dá lugar à absolvição do réu da instância.

2. Os arrematantes, os titulares de direito de preferência e de remissão na acção


executiva são considerados partes acessórias? Por quê?
R: Sim, porque são pessoas que não ficam na posição processual de subordinação com
as partes principais (o exequente e o executado). No caso dos arrematantes aparecem
como colaboradores na realização dos fins da acção executiva. Outros, são titulares de
direitos que a lei lhes confere para serem exercidos na ocasião da alienação dos bens
no processo executivo, nos termos dos artigos 892º e 912º do CPC. Em suma, são
aquelas pessoas que têm um interesse na acção.

3. Refira-se a autonomia da acção executiva relevante ao direito subjectivo.


R: Segundo o artigo 1º do CPC, o direito de execução existe para não haver recurso a
justiça privada. Na medida em que já se sabe quem tem o direito, o exequente tem o
interesse de ver o seu direito reparado, ele é a base, isto é, ele é essencial para qualquer
acção executiva. Já o executado, cabe apenas verificar a legalidade dos actos. Esta
característica tem como sustentabilidade o principio da auto responsabilidade do
exequente nos termos dos artigos 847º e 864º do CPC.

4. Quando tem lugar a execução por custas, a quem se reconhece legitimidade activa e
a que finalidade se destina?
R: A execução por custas tem lugar quando, a parte perdedora da causa fica obrigado a
pagar as custas judiciais da acção intentada e deixa de pagar. O CPC no seu artigo 59º
reconhece a legitimidade activa ao MºPº, que em representação do Estado se destina
para promover acção executiva contra aqueles que entram em divida com o Estado,
para o cumprimento escrupuloso do pagamento das custas. Art.º 927º cpc

5. Citado o executado, quê atitude pode este tomar?


R: o executado pode reagir de forma diferente: a) pagando a divida, que dará lugar a
extinção da execução;
b) Nomear bens à penhora, art. 833º cpc
c) Agravar o despacho de citação;
d) Embargo de execução, 812º
e) Arguir nulidades processuais, art. 193º ou
f) Simplesmente não fazer nada, art 836/al a)
6. Qual é a natureza jurídica da penhora?
R: podemos encontrar no artigo 601º cc e 821º e ss do CPC

7. Pode o credor usar da acção declarativa estando munido de um título com manifesta
força executiva?
R: Pode sim, só que torna trabalhoso para o tribunal, bem como, obrigará em situação
o autor a pagar as mesmas custas por duas vezes tornando mais dispendioso de sua
parte. Invés de intentar uma acção declarativa de condenação, pode o autor, nos termos
do artigo 449º/2 al. c) optar em usar seu título com manifesta força executiva para
intentar uma acção executiva, no que torna menos oneroso a causa.

8. Quais são os pressupostos processuais que conheces:


R: Quanto às partes: Personalidade Judiciária, Capacidade Judiciária, Legitimidade,
Patrocínio Judiciário obrigatório, Interesse em agir. Quanto ao tribunal: Competência.
Quanto ao Objecto: a litispendência e o caso julgado.
São pressupostos específicos: O titulo executivo, a Certeza, a exigibilidade e a liquidez
da obrigação exequenda.

9. Descreva os pressupostos formais e materiais:


R: São formais: O título executivo e a Legitimidade das partes. São materiais: a Certeza,
exigibilidade e liquidez da obrigação exequenda.
10. Descreva os pressupostos relativos aos sujeitos e ao objecto:
R: Relativos aos sujeitos: Personalidade judiciária, Capacidade judiciária, legitimidade,
patrocínio judiciário obrigatório, interesse processual, a competência do tribunal.
Relativo ao objecto: O titulo executivo, materiais, litispendência (negativo) e o caso
julgado (negativo) (são negativos, dado que a regularidade da instância depende da sua
verificação).

11. Que força jurídica têm as decisões proferidas pelos tribunais arbitrais e qual é a
competência executiva destes tribunais?
R: As decisões dos tribunais arbitrais têm força executiva igual à dos tribunais
permanentes da 1ª Instância, nos termos do n.º2 do art. 48 cpc, mas a acção executiva
deve ser intentado nos termos do n. 2 do art. 90º cpc, em tribunal de 1ª Instância.
Contudo, os tribunais arbitrais não têm competência para o processo executivo, mas o
processo arbitral pode originar um título executivo judicial.

12. Quais são as características da Acção Executiva?


R: 1º O princípio do contraditório é enfraquecido porque já houve uma acção
declarativa, durante a sua tramitação existirão algumas acções que terão natureza
declarativa em que encontramos o contraditório. 2º Na quase total disponibilidade do
exequente (auto responsabilidade do exequente). 3º Abundância de despachos
discricionários do juiz (Discricionário, vinculativo e mero expediente). 4º Flexibilidade
do regime de nulidades dos actos processuais (primarias (previstas pela lei) e
secundarias (previstas no art. 201cpc)).

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