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O renascimento em Itália
O estilo que nasceu em Florença e que acabou por alastrar a toda
a Europa foi fruto, essencialmente, do trabalho de três artistas:
Brunelleschi, Donatello e Masaccio.
A arquitetura – a manifestação matemática e geométrica de
Deus
A arquitetura renascentista foi profundamente influenciada pelo
pensamento racional e a renovação formal foi exactamente
alicerçada nessa nova visão do mundo. A base da formulação
arquitectónica foi, talcomo na antiga Roma, a geometria e a
matemática, que eram a revelação da ordem de Deus no universo
(a influência da igreja não foi neutralizada nesta radical
mudança).
Esta nova arquitectura foi igualmente marcada pelo retirar do
supérfluo (criando um movimento contrário ao gótico), pelo
primor através da simplicidade e pela busca da perfeição divina.
Estas características revelam-se no uso da luz branca inalterada
vinda do exterior e no uso do quadrado e do círculo como
elementos formais mais importantes. O desenvolvimento de uma
obra arquitetónica também evoluiu imensamente.
Renascimento e maneirismo
Os trabalhos iniciavam-se sempre no desenho, sendo este
considerado fundamental no processo criativo. O estudo/projecto
ganhou valor na concepção do edifício, apoiado pela geometria,
que era o elemento estruturante do espaço arquitetónico.
O maneirismo
Renascimento e maneirismo
O período do maneirismo iniciou-se por volta de 1520. Foi
caracterizado por algumas mudanças no campo do visível na arte,
mas com grandes alterações no pensamento. No segundo quartil
do séc. XVI, a Europa encontrava-se desagregada e a igreja
dividida: na Europa verificava-se uma grande instabilidade
política e guerras e a igreja tinha sofrido uma quebra ideológica
que se reflectiu no movimento da Reforma. Assim, aos tempos de
certeza, racionalidade (positivismo humanista) sucederam tempos
de dúvida, angústia e inquietação.
A crise política da Itália acabou por atingir o seu centro, capital da
religião cristã. Assim a igreja foi inevitavelmente afectada.
Paralelamente, nos países nórdicos, iniciou-se o movimento da
Reforma, quecriticava o excesso protagonismo político em
detrimento do espiritual na igreja. O impulsionador deste
movimento foi Martinho Lutero, conseguindo expandir as suas
ideias pelo mundo germânico e escandinávio.
Martinho defendeu uma igreja liberta da tutela política e
financeira, pelo que foi aceite pelos religiosos mais puritanos do
norte da Europa. A igreja, descontente com este protesto, iniciou a
Contra-Reforma, com o intuito de reunificar a igreja. O programa
deste movimento foi apresentado no Concílio de Trento, em que
se definiu um conjunto de prescrições dogmáticas e reformas
disciplinares que ajudariam a restabelecer a unidade católica.
Analogamente, surgiu uma nova ordem religiosa, a Companhia de
Jesus, que tinha o objectivo de defender e expandir a fé cristã.
Esta nova ordem introduziu um novo tipo de templo, constituído
por uma só nave majestosa, mais apropriada a divulgar esta nova
visão da religião. A coexistência destes dois movimentos opostos
causou instabilidade tanto a nível político como religiosoe como
social. Aumentaram, neste período, os autos-de-fé, as
perseguições, as fomes, a destruição de livros...
No que diz respeito à relação arte-igreja, estes movimentos foram
de encontro um ao outro: o reformista defendeu a iconoclastia
Renascimento e maneirismo
enquanto o contra-reformista reforçou a defesa das imagens
sagradas, afirmando que estas eram o veículo da fé.
A nível formal, esta instabilidade trouxe muitas novidades: por
consequência destas mudanças, dá-se a dissolução dos modelos
perfeitos, da racionalidade universal, do conjunto de ideias
cultivado pelo renascimento, aparecendo o movimento, a torção, a
deformação substituindo a harmonia, a ordem e a proporção.
A abolição da fronteira entre as artes criou numa nova gama
temática: o culto do insólito foi ampliado, e o imaginário e o
fantástico começaram a aparecer. Esta nova realidade artística
ofereceu o aprofundamento das possibilidades técnicas e
plásticas. A figura que inaugurou o maneirismo foi Miguel
Ângelo, já no fim da sua carreira. Este artista libertou a expressão
do capricho pessoal, incluindo nas suas obras a sua própria
interpretação mais evidentemente.
Mais tardiamente, outros artistas desenvolveram as suas obras
nestes termos, entre os quais Parmigianino, Giulio Romano e El
Greco. O maneirismo também foi marcado por um grande
desenvolvimento na tratadística. Ainda ancorada em Vitrúvio,
desenvolveu os aspectos formais e ajudou a difundir esses
modelos pela Europa. Um importante tratado foi o de Serlio, que
incluía imensas figuras para suplementar informativamente o
texto e que serviram de base visual e informativa para a expansão
desta linguagem arquitetónica pela Europa.
Vasari definiu, mais tarde, o maneirismo de uma forma
pejorativa, designando-a de “arte afectada”, cheia de
artificialidades, afastada do equilíbrio e racionalismo humanistas.
Contudo, o maneirismo acabou por ser uma busca por maior
expressividade formal e plástica, com a introdução do estilo mais
pessoal, individual, criando novas hipóteses artísticas.
Iluminismo
Uso da razão, progresso e ciência;
Renascimento e maneirismo
Liberdade, igualdade e frateridade;
Oposição à intolerância religiosa;
Direito à educação;
Critica à ordem social – condenação dos costumes
tradicionais;