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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS UNIS-MG

UNIDADE DE GESTÃO DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E


TECNOLOGIA - GEAT.

ENGENHARIA MECÂNICA

André Luis Comonian Garcia


Gabriel Barroso
Guilherme Botelho
Mateus Fernandes
Juliano Rodrigues
Marco Aurélio .

GÁS NATURAL VEICULAR - GNV


Varginha-MG
2019
INTRODUÇÃO.

O gás natural veicular (GNV), conhecido como combustível do futuro, é uma


mistura de hidrocarbonetos leves que, sob temperatura ambiente e pressão
atmosférica, permanece no estado gasoso. É constituído predominantemente por
metano (CH4) com teor mínimo em torno de 87%. Ele é encontrado acumulado
em rochas porosas no subsolo, frequentemente acompanhado por petróleo e
constituindo um reservatório.

A queima do GNV é reconhecidamente uma das mais limpas, praticamente sem


emissão de monóxido de carbono. Por não possuir enxofre em sua composição, a
queima do gás natural não lança compostos que produzam chuva ácida quando
em contato com a umidade atmosférica, contribuindo, assim, para a melhoria da
qualidade de vida da população.

O avanço tecnológico envolvendo os tipos de combustíveis disponíveis no


mercado e as novas tecnologias automotivas podem acarretar em mudanças nas
configurações dos kits veiculares de primeiras e segundas gerações disponíveis
atualmente, que são compostos por: Válvula de cilindro, cilindro de
armazenamento, chave comutadora, tubulações de gás de alta pressão, válvula
de abastecimento, manômetro, regulador de pressão e mesclador. Os kits de
primeiras e segundas gerações não atendem aos limites de emissões de
poluentes regulamentados atualmente, já os kits de terceira, quarta e quinta
gerações atendem ao PROCONVE fases três e quatro. A conversão de veículos
através do Kit Gás não altera a utilização do combustível original, apenas agrega
mais uma opção de combustível para abastecimento de veículos automotores.
GÁS NATURAL VEICULAR – GNV.

O Gás Natural Veicular (GNV) é um combustível gasoso cujas


propriedades químicas o qualificam como um substituto de combustíveis
tradicionais, como a gasolina e álcool hidratado, utilizados em motores que
funcionam através da ignição por centelhamento (motores com ciclo Otto ou
motores de dois tempos). O GNV também pode ser usado em veículos movidos a
óleo diesel, quer na forma combinada, que utiliza tanto o diesel quanto o gás, ou
substituindo o antigo motor movido o diesel por outro movido apenas a gás.

O gás natural é adotado como combustível veicular em mais de 60 países.


A origem desta utilização foi à Itália que, a partir dos anos 30, criou e dinamizou
as conversões veiculares para substituir a gasolina e o diesel. Atualmente, a
maior frota do mundo localiza-se na Argentina com cerca de 1,2 milhões de
veículos (cerca de 16% de toda a frota circulante). O Brasil já possui a segunda
maior frota mundial, com aproximadamente 700 mil veículos, seguem-se o
Paquistão com 540 mil e a Itália com cerca de 400 mil veículos.

No Brasil o consumo do GNV vem tendo um desempenho muito positivo e


crescente. Ele foi liberado para veículos de passeio somente a partir de 1997. As
vendas do combustível vêm crescendo. Em 2003 atingiram 1,3 bilhão de m 3 ,
sendo que para 2004 estima-se um consumo de 1,5 bilhão de m 3 . O GNV
responde atualmente por 7 % do consumo de combustíveis no país e a rede de
distribuição já abrange 15 estados e 110 municípios. O Estado do Rio de Janeiro
apresenta a maior frota do país, com 265 mil veículos a gás, representando
11,2% do total do estado. São Paulo detém somente 2,1% da frota utilizando gás
natural, percentual que indica grandes expectativas de expansão do consumo
desse combustível.

Em termos de combustível automotivo, o GNV apresenta vantagens


técnicas em comparação aos combustíveis tradicionais, tornando-o uma
alternativa promissora. Nestes termos podem ser ressaltados os seguintes
aspectos: possui temperatura de ignição superior, o que o torna mais seguro
quanto ao manuseio e apresenta menor densidade que o ar atmosférico, o que,
em caso de vazamento, possibilita sua rápida dissipação na atmosfera.

Além disto, a combustão do GNV com excesso de ar é muito próxima da


combustão completa, reduzindo os resíduos a dióxido de carbono e vapor d´água
e inibindo a formação de resíduos de carbono no motor, aumentando sua vida útil
e o período entre manutenções sem comprometer a integridade das partes
componentes do motor. Por outro lado, seu uso reduz os níveis de poluição
atmosférica. No ambiente urbano, o uso adequado deste combustível, se
comparado com os combustíveis tradicionais, pode reduzir as emissões de
monóxido de carbono (CO) em 76%, de óxido de nitrogênio (NOx) em 84% e de
hidrocarbonetos pesados em 88%.

A principal vantagem de ordem econômica é o menor preço de


comercialização do GNV em comparação com a gasolina e o álcool hidratado
utilizado na frota de veículos leves. Esta redução nos gastos é acompanhada das
economias decorrentes do menor desgaste das partes e componentes do motor e
do maior intervalo entre as trocas de óleo lubrificante.

Estas diferenças são menores em relação ao óleo diesel, em que prevalece


uma pequena diferença entre os preços do óleo diesel e do GNV. Além disso, o
custo da conversão é significativamente maior em função da necessidade de um
maior número de cilindros que permitam o armazenamento de produto suficiente
para garantir autonomia operacional dos veículos. A instalação dos cilindros
ocupa muito espaço nos veículos e o excesso de peso faz com que o veículo
apresente alguns problemas como: dirigibilidade e estabilidade; desgaste
adicional do freio e embreagem; e carga excessiva sobre a suspensão, sendo na
maioria das vezes necessária a troca das molas. Uma alternativa é a utilização de
cilindros mais leves, com peso até 35% menor que os cilindros tradicionais.

Observam-se também problemas em relação à capacidade de


abastecimento e difusão espacial, e da rede de postos atenderem a todas as
regiões do Brasil. A infraestrutura de dutos, por enquanto, concentra-se,
basicamente, na faixa litorânea do país. Outro tipo de problema á a conversão
artesanal, motivada pela busca de custos menores. O resultado obtido, na grande
maioria dos casos, é a instalação de produtos com qualidade duvidosa, o que leva
a defeitos e desgastes precoces no veículo.

No entanto, as perspectivas de curto e médio prazo estão se mostrando


favoráveis para o GNV. Verifica-se a evolução nos processos de conversão de
motores para uso do GNV, com o aprimoramento de kits cada vez mais
modernos. O aumento do consumo real e potencial está viabilizando diversos
investimentos, sejam em infraestrutura (para ampliação e capitalização das redes
de distribuição) ou em tecnologia, para o desenvolvimento de equipamentos
sofisticados para transporte e abastecimento.

Um exemplo que merece ser citado é a utilização de um veículo do tipo


semirreboque (conceito do gasoduto móvel) equipada com um conjunto de
cilindros de armazenamento de GNV, podendo ser utilizado para criar pontos de
abastecimento em regiões que não dispõem ainda de rede de gás natural. O uso
de semirreboque se presta, por exemplo, para suprir uma necessidade
emergencial de GNV em um ponto onde haverá uma ligação futura do produto,
para suprir picos de demanda sazonais ou para utilização esporádica, ou para
uma antecipação da demanda em determinada região, antes da expansão da
rede de distribuição de GNV. A cidade de Manaus está iniciando uma experiência
nesta direção.

Ainda no campo das inovações tecnológicas, destacam-se: (a) os veículos


T ri Fuel, que permitem a utilização de GNV, álcool e/ou gasolina, possibilitando
obter melhor desempenho com cada um dos três combustíveis e redução na
emissão de poluentes; (b) estão sendo realizadas pesquisas buscando o
desenvolvimento de compressores de média vazão, utilizados no abastecimento
dos veículos (com tamanho reduzido e menores custos); (c) desenvolvimento de
novas geometrias para os reservatórios de GNV (não só no tradicional formato
cilíndrico); e, (d) introdução, no cilindro, de carvão ativado, de alta porosidade,
que é material adsorvente, permitindo simular um aumento do volume interno do
reservatório.

Em suma, o uso do GNV no Brasil é muito recente, resultando numa


participação na matriz energética ainda muito modesta. Inúmeros fatores ainda
dificultam a massificação do uso do GNV, destacando-se a insuficiência da malha
distribuidora e o alto investimento para instalação nos postos de serviço dos
equipamentos especiais necessários para a operação de abastecimento dos
veículos, com destaque para os compressores. No médio prazo, com a ampliação
da produção de GNV e o crescimento da demanda do mercado, serão
viabilizados novos projetos e investimentos em infraestrutura de distribuição de
gás, ampliando a participação do GNV na matriz energética brasileira, trazendo
maior eficiência no uso dos recursos econômicos e do meio ambiente.

O gás natural, sob todas as formas, é a energia mais segura, e os índices


de mortes e acidentes são mais baixos que quaisquer outras energias. A indústria
de gás é também a menos perigosa, pois não opera sistemas de altas
temperaturas, como refinarias, os processos de limpeza do gás são simples e
sem complexidade e não aplica altas tensões ou correntes elétricas.

As principais características físico-químicas que conferem segurança ao


gás natural são:

- Densidade Relativa ao Ar Atmosférico Inferior a 1.

Isto significa que o gás natural é mais leve que o ar. Assim, sempre que
alguma quantidade de gás natural for colocada livre no meio ambiente esta subirá
e ocupará as camadas superiores da atmosfera. Em ambientes internos o gás
natural não provoca acúmulos nas regiões inferiores, sendo suficiente para
garantir sua dissipação à existência de orifícios superiores de ventilação e
evacuação;

Ainda por sua densidade, o gás natural não provoca asfixia. A asfixia
ocorre quando um gás qualquer ocupa o espaço do ar atmosférico ao nível do ser
humano, impedindo que este respire. A asfixia é a privação de oxigênio e
independe da toxidade do gás em questão. Como o gás natural não se acumula
nas camadas inferiores e se dissipa rapidamente, não oferece risco de asfixia.

- Não Toxidade

O gás natural não é quimicamente tóxico. Sua ingestão ou inalação


acidental não provoca danos à saúde. Substâncias como o monóxido de carbono
(CO), presente nos gases manufaturados e escapamentos de automóveis, e o
cloro (Cl), utilizado largamente na indústria, possuem a propriedade de se
combinar com a hemoglobina do sangue animal e ocupar o lugar do oxigênio. É a
hemoglobina que transporta o oxigênio do pulmão para o resto do corpo. Se esta
é ocupada por outras substâncias, o oxigênio não alcança o corpo e provoca
falência dos sistemas. As substâncias componentes do gás natural são inertes no
corpo humano, não causando intoxicação.

- Limite de Inflamabilidade Inferior é Alto

I sto significa que para atingir as condições de auto sustentação da


combustão se faz necessária uma quantidade significativa de gás natural em
relação à quantidade total de ar em um ambiente. Assim, na ocorrência de um
escapamento de gás natural em um ambiente interior, as probabilidades de
manutenção da combustão após a iniciação por uma fonte externa (interruptor de
luz, brasa de cigarro) são muito reduzidas. Isto porque o gás é leve e se dissipa,
dificultando o atingimento do limite de inflamabilidade inferior, e como também o
limite inferior é elevado, afastam-se ainda mais as chances de ser atingido;

- Faixa entre os Limites de Inflamabilidade Inferior e Superior é Estreita

Significa dizer que, embora seja difícil alcançar o limite inferior de


inflamabilidade em um escapamento de gás natural em ambiente interior, caso
isso ocorra, a condição de diluição da mistura ar-gás natural que permite a auto
sustentação da combustão após um incitação inicial é rapidamente perdida, pois
logo se atinge o limite superior de inflamabilidade e o gás natural torna-se diluente
do ar.

Assim, verifica-se que a promoção de uma mistura ar-gás natural nas


condições adequadas à combustão autossustentada é difícil de ocorrer
aleatoriamente e depende da intervenção humana para se realizar;

- Não Explosividade

A diferenciação técnica entre combustão e explosão não é bastante clara,


porém, podemos admitir que a diferença entre os dois processos estivesse na
velocidade com que a mistura combustível é queimada, consequentemente no
tempo que dura, e na intensidade com que a energia é liberada. A explosão é um
processo de combustão de intensidade tal que a pressão gerada pela expansão
dos gases é superior à resistência da estrutura que o comporta. Assim,
considerando que o gás natural não se acumula em ambientes internos, que as
condições de inflamabilidade não são facilmente atingidas e que nestas condições
a velocidade de propagação da combustão do gás natural é a menor entre os
gases combustíveis, a ocorrência de explosões por escapamento de gás é
praticamente nula.

Não se podem desconsiderar os processos de detonação, que ocorrem em


ambientes fechados, a altas pressões e a partir de uma onda de choque
provocada. Estes processos podem ocorrer em vasos de armazenagem ou
tubulações de transporte. Como se trata de uma combustão, apenas em
condições especiais, só pode ocorrer se a quantidade adequada de comburente
estiver presente (motores de combustão interna alternativos a gás). Porém,
tratando-se de gás natural que é sempre transportado e armazenado puro, sem
contato com o ar, a ocorrência de processos explosivos só é possível nas
manobras de partida e parada dos sistemas quando ar está presente nas
tubulações e vasos. A aplicação de um gás inerte, como o nitrogênio, para
realizar a purga do ar é suficiente para eliminar os riscos;

Pelas diversas características apresentadas anteriormente constatamos


que não ocorrerão catástrofes ecológicas com a destruição de um gasoduto ou de
um navio metâmero.

A contribuição do metano para o aquecimento global como gás de efeito


estufa deve ser sempre considerada e o lançamento deste gás na atmosfera deve
ser evitado, entretanto, os volumes em questão não provocam impactos
ambientais.

Por que utilizar o GNV?

Os veículos que possuem a tecnologia GNV (Gás Natural Veicular) são


produtos de qualidade, fácil adaptação ao mercado brasileiro, além de
contribuírem para a redução da emissão de carbono.
Dessa forma, a Iveco vem priorizando em suas pesquisas a produção de
veículos ecológicos. Já são mais de 12 mil unidades em diversos países.
Atualmente, a América Latina é foco na introdução dessa introdução.
O GNV é aplicável em caminhões, ônibus e veículos comerciais leves,
projetados para todos os tipos de trabalho, principalmente o urbano.

A Iveco é referência mundial em inovação no que diz respeito às novas


tecnologias. O desenvolvimento de produtos com baixo consumo de combustível
é um dos principais objetivos e, nas últimas décadas, houve um grande
investimento em pesquisas para a produção de veículos ecológicos. É por isso
que a Iveco é líder na tecnologia GNV e protagonista no transporte sustentável.
CONCLUSÃO.

Ter um automóvel no Brasil não é uma tarefa muito simples. Atualmente, o


país abriga as principais montadoras automotivas do mundo, mas isso não
significa que os preços dos veículos sejam acessíveis à população. Um veículo
zero quilômetro, sem adicionais, custa a partir de R$ 30 mil. Além disso, o
motorista precisa ter na ponta do lápis os gastos com manutenção, impostos
(como IPVA) e o seguro.
Outro item muito observado no momento da compra é o rendimento do
carro. Muitos motoristas se preocupam com a autonomia do motor com gasolina
ou etanol. Essas informações servem de base para que o proprietário consiga ter
uma noção se o veículo desejado vai atender suas necessidades, além de saber
quanto o carro vai custar no final do mês.
Uma pessoa que usa o carro para trabalhar, por exemplo, e roda 100
quilômetros por dia, precisa de um modelo mais econômico. Geralmente, os
carros populares atendem à necessidade de motoristas que querem poupar e que
desejam ter um controle efetivo das despesas que o veículo vai gerar para o
orçamento.
Neste cenário, uma opção bastante vantajosa para os proprietários que
desejam, ao menos, economizar com o combustível é o GNV. O Gás Natural
Veicular é excelente para quem não abre mão de um carro confortável, mas sem
deixar de lado a economia no final do mês.
Trata-se de um combustível mais barato que os convencionais, como a
gasolina e o etanol, mas o kit gás não vem de fábrica e, por isso, é necessário
fazer a conversão do motor para o GNV . A instalação deve ser feita em oficinas
homologadas pelo Inmetro e que ofereçam serviços com segurança e eficiência .

Diante de tantas vantagens, o poder público já vem adotando medidas para


estimular o uso do GNV. Muitos estados brasileiros oferecem desconto no IPVA, o
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, para motoristas que
possuem carros movidos à base de gás natural.
No Rio de Janeiro, por exemplo, o desconto no tributo chega a 62,5%. Para
conseguir o benefício, o proprietário do veículo precisa atender algumas
exigências dos órgãos de trânsito do Estado. Geralmente, o procedimento básico
inclui a vistoria do kit gás instalado no automóvel.
Faça a conversão do seu veículo em uma loja homologada pelo Inmetro. A
Inove Gás, oficina de conversão para GNV, tem dez lojas espalhadas pelo Rio de
Janeiro e região e, além de trabalhar apenas com cilindros de alta qualidade da
MAT, ainda garante o melhor preço, com diversas opções de kits nacionais e
importados.

BIBLIOGRAFIA.

 https://www.inovegas.com.br/blog/beneficios-gnv-meio-ambiente.
 https://evolucaodogas.com.br/blog.
 https://www.iveco.com/brasil/collections/pages/gnv_versoes.aspx.
 https://www.gasnet.com.br/gasnatural/combustivel.asp.
 https://cn.br-petrobras.com.br/pgn/servicos/index.jsf.

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