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Estudo sobre a oração do “Pai-Nosso” (Mateus 6.

9-13)

Jesus ensinou seus discípulos a orar e deixou um modelo de oração que deve ser bem entendida. Mais do que
uma “reza” para ser repetida por “papagaios religiosos” a oração do “Pai nosso” tem lições que vamos ver
agora, são 10 itens:

1º - REDENÇÃO - Pai nosso ...


Podemos dizer Pai nosso, porque os que aceitaram Jesus são feitos filhos de Deus. (João 1:12)
Iniciamos a oração (conversa) nos dirigindo a quem nos ouvirá.

2º - AUTORIDADE - ... que estás nos céus ...


Ele é o Senhor soberano, criador, todo-poderoso, tem autoridade e nos dá autoridade (Mc. 16:17; Lc. 10:19)
Devemos exaltar Aquele que é digno.

3º - ADORAÇÃO - ... santificado seja o Teu nome ...


O Senhor procura verdadeiros adoradores que O adorem em espírito e em verdade. (Jo. 4:23-24). A expressão
“Teu nome” se refere a Deus na Sua totalidade, significa Deus em todos os Seus atributos, é a preocupação
genuína em dar toda a glória a Deus Pai. (João 8:50).
Deus deve ser adorado. Em nossas orações, devemos adorá-Lo antes de qualquer coisa.

4º - GOVERNO - ...venha a nós o Teu reino ...


Deus governa todo o Universo e governa também minha vida, o governo de Deus implica em impactar o
mundo através do Evangelho, quando vidas são libertas, famílias restauradas, enfermos são curados,
pecadores transformados em santos, o Reino de Deus está sendo implantado. Quando oramos: “venha o Teu
reino”, estamos orando pelo sucesso do evangelho, em sua amplitude e poder, é uma oração missionária, e
também indica que estamos esperando e apressando a vinda do dia de Deus. (II Pe. 3:12; Mt. 24:14).

5º - SUBMISSÃO - ... seja feita a Tua vontade assim na Terra como no céu ...
Quando eu começo a desejar a vontade de Deus e não a minha, os itens anteriores são verdade, sou filho,
reconheço Sua autoridade, O adoro, estabeleço o Seu governo e não do homem, enfim, seja na Terra ou no
céu, Sua vontade é perfeita, boa e agradável. (Rm. 12:2). Esse deve ser o desejo de todo crente sincero
ansiando para que o mundo inteiro venha a conhecê-Lo também.
A vontade de Deus deve ser posta antes da nossa, pois ela sempre é melhor!

6º - PROVISÃO - ... o pão nosso de cada dia nos dá hoje ...


Deus garante a provisão necessária para os seus filhos, isso é a expressão do Seu cuidado conosco. A nós
cabe viver na Sua dependência, confiando nas Suas promessas. (Sl 37.25)

7º - PERDÃO - ... perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores ...
Perdoar não é uma condição para sermos perdoados por Ele, as palavras demonstram o Seu interesse em nos
lembrar da necessidade e importância do perdão. A parábola do credor incompassivo ensina que a prova que
você e eu fomos perdoados é que perdoamos aos outros. O homem que sabe que foi perdoado em virtude do
sangue vertido por Cristo, e nada mais, é o indivíduo que sente a compulsão de perdoar os outros.

8º - PROTEÇÃO - ... não nos deixes cair em tentação ...


Assim como Jesus estendeu a Sua mão e segurou a Pedro, assim devemos estar pedindo que Deus nos segure
com Sua mão porque Ele conhece nossa fraqueza. Jesus é o nosso Pastor e nos guiará em proteção. Nesse
sentido Jesus nos ensina a orar e vigiar para não entrar em tentação (Mt. 26:41).

9º - LIBERTAÇÃO - ... mas livra-nos do mal ...


Por qual motivo deveríamos pedir a Deus para sermos resguardados do mal? Pelo grande e admirável motivo
que a nossa comunhão com Deus jamais venha a sofrer interrupção. O mal aqui inclui não somente o diabo
mas também todas as formas e variedades do mal. Só está livre quem é redimido por Cristo (Jo. 8:32)

10º - SEGURANÇA - ... pois Teu é o Reino, o poder e a glória para sempre.
Quando consideramos as nossas necessidades e também o quanto dependemos d'Ele e as nossas relações
com Ele, não podemos parar, dizendo: “livra-nos do mal”. Precisamos terminar nossa oração conforme
havíamos começado, isto é, louvando ao Senhor. Podemos chegar com confiança diante do Trono da graça
(Hb. 4:16).
O modelo de oração deixado por Jesus em Mateus 6.9-13, apresenta alguns
elementos fundamentais para a eficácia deste exercício primordial ao cristão; a
oração é muito mais do que uma “lista de supermercado”, é a evidência da vida
com Deus, manifesta através da manutenção do diálogo entre o filho e seu Pai,
demonstrando toda afeição e devoção que temos a Ele.

1. Pai nosso,
RELACIONAMENTO PESSOAL
Quando aceitamos Jesus como Salvador pessoal, nos tormamos filhos de Deus,
porque cremos no Seu nome. Pela fé, passamos a ser filhos por adoação, membro
da família de Deus, por Jesus Cristo nosso Salvador.
A posição do crente na família de Deus é esta: somos filhos por adoação, irmãos
do Unigênito do Pai. Portanto, como filhos de Deus temos acesso a Ele, pois
somos seus filhos.

2. que estás nos céus,



Este relacionamento filial com Deus é possível graças a fé no nome de Jesus, é
Ele quem nos dá acesso ao Pai, pela fé.

3. santificado seja o teu nome;


ADORAÇÃO
Nosso relacionamento filial com o Pai, pela fé em Cristo Jesus, nos conduz ao
estado de adorador, pois a adoração resulta da presença do Espírito Santo em
nossa vida, que nos possibilita desfrutar deste íntimo relacionamento famíliar com
o divino. A adoração é a celebração, na esfera terrena, deste relacionamento.

4. Venha o teu reino,


EXPECTATIVA
Congratulando-se continuamente com o Espírito Santo, num singular vínculo
familiar com o Pai, o crente é nutrido pelo sentimento de “querer estar MAIS perto”,
partícipe da unidade plena que Cristo revelou gozar com o Pai. Diferente de Jesus,
nós só desfrutaremos desse grau íntimo de relacionamento quando estivermos
inseridos plenamente no Reino de Deus. Por isso, é natural ao autêntico cristão a
expectiva da “vinda do Reino”, não cessando de orar pelo seu retorno.

5. seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;


SUBMISSÃO
Deus é soberano, tanto na terra como no céu. Os seres angélicos estão sujeitos a
Sua vontade, assim como toda a criação terrena. De igual forma, devemos nos
submeter a soberana vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável.
6. O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
PETIÇÃO
Conhecendo que Ele é soberano, devemos humildemente apresentá-Lo nossas
necessidades, através da petição constante e devotada.
Algumas pessoas erroneamente transforma a oração numa exposição massiva de
suas necessidades, preenchendo todo o tempo com pedidos que mais parecem
uma lista de compras de supermercado.
A petição é um dos elementos da oração, não “o" elemento.

7. E perdoa-nos as nossas dívidas,


CONFISSÃO
Devemos chegar ao Pai cônscio que somos devedores. Sim, somos pecadores
carentes da misericórdia divina. É Deus quem perdoa todas as nossas
transgressões, não devemos nos omitir de pedi-Lo perdão.

8. assim como nós perdoamos aos nossos devedores;


COMPAIXÃO
Da mesma maneira que recorremos à compaixão divina, precisamos exercitar a
compaixão com o próximo. A medida que Deus nos mede, é a mesma que
medimos o próximo, ou seja, para obtermos o perdão das nossas dívidas,
devemos perdoar primeiramente aos nossos devedores.

9. E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal;


DEPENDÊNCIA
O crente é profundamente carente dos cuidados do Pai, é Ele quem nos livra de
todos os males desta vida. Na esfera terrena da nossa existência, enfrentamos
fortes tentações, provações e inúmeras aflições, há necessidade de comunicarmos
ao nosso Pai celestial todas as nossas dificuldades. Deus tem força para nos
conceder nos momentos de adversidades, através da presença do Seu Espírito
Santo.

10. porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.


RECONHECIMENTO
Sim, a Ele pertence o reino, Ele é o Rei dos reis, Senhor dos senhores.
Momentos antes de sua assunção, Jesus revelou aos discípulos que tinha
recebido do Pai todo o poder que há nos céus e na terra.
Sua glória majestosa preenche todo o espaço celestial, Ele é glorioso e sua
grandeza permanece para toda a eternidade. Glorifiquemos pois a Ele,
comunicando-se com o Pai através da oração mediada por Jesus o nosso
Salvador, reconhecendo Sua majestade soberana e eternal.

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