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DEFINIÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
Baseia-se no tempo de evolução dos sintomas e na freqüência de
Processo inflamatório da mucosa do nariz e dos seios paranasais
seu aparecimento:
caracterizada por:
• rinossinusite aguda (RSA): aquela cujos sintomas teriam duração
•dois ou mais dos seguintes sintomas: obstrução nasal, rinorréia de até 4 semanas; É importante ressaltar que a suspeita de uma
anterior ou posterior, dor ou pressão facial, redução ou perda do RS aguda bacteriana deve ocorrer quando os sintomas de uma
olfato;
IVAS viral pioram após o 5o dia ou persistem por mais de 10 dias
• um ou mais achados endoscópicos: pólipos, secreção •rinossinusite subaguda (RSSA): duração maior que 4 e menor que
mucopurulenta drenando do meato médio, edema obstrutivo da 12 semanas;
mucosa no meato médio;
•rinossinusite crônica (RSC): duração maior que 12 semanas;
•e/ou alterações de mucosa do complexo óstio-meatal (COM) ou •rinossinusite recorrente (RSR), quatro ou mais episódios de RSA
seios paranasais visualizadas na tomografia computadorizada no intervalo de um ano, com resolução completa dos sintomas
(TC).
entre eles;
•rinossinusite crônica com períodos de agudização (RSCA),
duração de mais de 12 semanas com sintomas leves e períodos de
intensificação.
ANATOMIA E PATOFISIOLOGIA
- Ao nascimento, somente os seios maxilares e os etmoidais estão
presentes. Durante a infância, devido a um grande
desenvolvimento do crânio e da região médio-facial, ocorre
aumento considerável do tamanho dos seios paranasais ao redor
da cavidade orbitária. Aos 14 anos de idade, o seio etmoidal já vai
estar totalmente desenvolvido; o seio maxilar atinge sua plenitude
com a erupção dentária. O seio frontal inicia seu
desenvolvimento aos 2 anos de idade e inicia sua pneumatização
a partir da migração de uma célula etmoidal para o osso frontal,
ao redor dos 6 anos de idade. Todos os seios paranasais
comunicam-se com a cavidade nasal através dos seus óstios de
drenagem.
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EXAMES
- RINOSCOPIA
- ENDOSCOPIA (EXAME FÍSICO)
- RAIO X SIMPLES
- TC
- RM
- CITOLOGIA NASAL E BIOPSIA
- FUNÇÃO MUCOCILIAR
- LABORATÓRIAL: proteína C reativa, somado a história clínica e
exame físico no diagnóstico de exclusão de infecção bacteriana.
Pesquisa de cloro no suor (FC), imunoglobulinas totais e
específicas (imunodeficiências, RS alérgica por fungo),
complemento (CH50, CH100), anticorpo citoplasmático
antineutrofílico (c-ANCA – granulomatose de Wegener),
enzima conversora da angiotensina (sarcoidose).
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TRATAMENTO
- Descongestionantes tópicos e sistêmicos: são medicamentos
agonistas α-adrenérgicos que atuam como vasoconstritores. Ao
- Anti-histamínicos: A rinite alérgica é uma condição predisponente provocar constrição no leito vascular nasal e conseqüente
de todas as formas de RS. Os AH podem ser coadjuvantes no limitação do fluxo sangüíneo, reduzem o edema e a obstrução,
tratamento das RSA e RSR com exacerbação de quadro alérgico. resultando no alívio da congestão nasal. Normalmente são
Os AH estão disponíveis em apresentação isolada ou associados indicados por poucos dias nas RSA e intermitentes, para melhorar
com descongestionantes ou corticosteróides. Os AH clássicos, a ventilação e a drenagem das cavidades paranasais.
como a dexclorfeniramina, causam mais reações adversas como Descongestionantes não estão embasados na literatura quanto ao
sonolência e perda de reflexos, contudo são eficazes e ainda uso nas RSC com e sem polipose.
muito encontrados em associações. Os AH não-sedantes, hoje - Lavagem nasal / solução salina
bastante usados e acessíveis, são loratadina, desloratadina, - Mucolíticos
cetirizina, epinastina, fexofenadina, ebastina, rupatadina.
- Antileucotrienos
- CIRURGICO
RELATO DE CASO
- K.O.S, feminino, branca, 10 anos, procedente e residente em
Sorocaba.
- QD: Cefaléia há 1 ano, tosse seca há 1 semana.
- HPMA: Acompanhante refere que paciente realizou
adenectomia há 8 anos; refere que há 2 anos começou a se
queixar de dificuldade para respirar a noite, acompanhada de
roncos, falta de ar e agitação. Menciona também dores de
cabeça diárias, localizadas na região frontal acompanhada de
naúseas cedendo com o uso de Tylenol ou inalação com água e
sal. Refere “dificuldade para enxergar”, porém há 1 ano passou
em consulta no BOS, no qual nada foi diagnósticado e não foi
indicado o uso de óculos. Por fim mãe relata tosse seca há 1
semana, piorando a noite acompanhada de cefaléia. Dor
abdominal, USG sem alterações.
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Diagnósticos:
- Vacinal: Não foi vista a carteirinha - Adequado
- Nutricional: Adequado
DISCUSSÃO
- Crescimento: Adequado
Pelo QC de cefaléia em região frontal, dor seio maxilar, sendo um
- Alimentar: Inadequado, orientação – correção jantar
quadro arrastado (1ano) com a agudização há 1 semana – tosse
- DNPM: adequado
(rinorréia retronasal); Fatores Genéticos (pai com rinite alérgica),
Hipotese Diagnóstico:
ambientais (variação de temperatura) e anatômicos como
- Sinusite Crônica (?), Cefaléia Oftalmológica (?)
hipertrofia de conchas nasais, história de hipertrofia de adenóide
Conduta:
(resolução cirúrgica) temos como Hipotese Diagnóstica uma
- Orientação de ingerir legumes e carne no jantar
Rinossinusite Crônica Agudizada ou simplesmente um RSC (RS
- Encaminhamento para optalmologista
Alérgica pois não encontramos no EF secreções em região de
- Rx Cavum
meato médio ou fossas nasais, drenagem posterior de secreção
- Rx Seios da face
mucopurulenta). Pode-se excluir Migrânea pela não caracterização
- Rinossoro 0,3% 4x/dia 5-7 dias ; Sorine 0,9% várias vezes por 7 de outros sintomas (Escotomas, Difusa, Pulsátil, presença de aura)
dias; Budecort 50 1 jato em cada narina à noite por 3 meses; porém devemos tratar enquanto a Avaliação oftalmológica não é
tylenol se dor de cabeça 35 gotas 6/6h; Anita 7,5mL/mg/dia Realizada.
13mL por boca de 12/12h por 3 dias
;
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
- Rev. Bras. Otorrinolaringol (São Paulo) 2008; Vol.74 no.2 Supl.0:
Apesar da espera por uma avaliação opftalmológica ou a falta de
Diretrizes Brasileiras de Rinossinusites
exames como RX Cavum, Seios da face ou uma TC (padrão ouro
- J Pediatr (Rio J) 2003;79(Supl.1):S77-S86: infecções de vias aéreas
pórem com acesso restrito em nosso meio) o quadro clínico é
superiores, vírus respiratórios
forte preditor de uma Rinossinusite Crônica de fundo alérgico,
- J. pediatr. (Rio J.). 1998; 74 (Supl.1): S31-S36: sinuite, rinossinusite,
sendo assim, podemos efetuar o tratamento com Anti-histamínicos,
radiologia, tomografia computadorizada, seios paranasais,
antibióticos
Lavagem nasal / solução salina (removem o edema intersticial pela
- E,Sakano; LLM, Weckx; LU, Sennes. Diagnósticos e Tratamento da
desidratação tissular e, em consequência, desobstrui
Rinossinusite. Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia: Projeto
temporariamente o nariz, estudos demonstram que melhora o
Diretrizes, p. 1-7. 21jun.2001
trato muco-ciliar).
- Departamento de Otorrinolaringologia. USP. Fisiologia e Anatomia
Endoscópica Nasossinusal. Disponível em: http://
www.otorrinousp.org.br/imagebank/seminarios/seminario_73.pdf.
Acesso em: 03 jun.2014