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Guilherme Iyda Egashira

R1 Radiologia

FÍGADO
INTRODUÇÃO
Órgão irregular, em forma de cunha, que se encontra abaixo do diafragma, no quadrante
superior direito da cavidade abdominal.

Peso - 1200 a 1600g

- Apresenta duas superfícies:

 Diafragmática – superior e anteriormente


 Visceral – inferiores e posteriores

 Medidas - Lobo E ≤ 10cm


Lobo D ≤ 15cm
Veia porta ≤ 1,2cm

DIVISÃO ANATÔMICA
Divididos em lobo direito e esquerdo vistos na superfície diafragmática pela inserção do
ligamento falciforme e, na superfície visceral, pela fissura d o ligamento venoso (posteriormente), e pela
fissura do ligamento redondo (anteriormente).

Lobos anatômicos do fígado: Além da divisão direita e esquerda, apresenta a divisão em lobo
caudado (próx. a v. cava) e lobo quadrado (próx. a VB).

- Segmentação anatomocirúrgica portobílio-arterial ou “portal”:

 Parte posterior do fígado (lobo caudado): Segmento posterior (I)

 Parte hepática esquerda:


1. Divisão lateral esquerda:
segmento posterior lateral esquerdo ( II)
segmento anterior lateral esquerdo (III)
2. Divisão medial esquerda:
segmento medial esquerdo(IV)

 Parte hepática direita:


1. Divisão medial direita:
segmento anterior medial direito (V)
segmento posterior medial direito (VIII)
2. Divisão lateral direita:
segmento anterior lateral direito (VI)
segmento posterior lateral direito (VII)

*O segmento I não é visível na face diafragmática do fígado.

*O segmento VIII não é visível na face visceral do fígado.

VASCULARIZAÇÃO
O fígado recebe um fornecimento de sangue duplo da veia porta e das artérias hepáticas.

A veia porta hepática fornece 75% do suprimento sanguíneo do fígado em volume e transporta
sangue venoso drenado da mesentérica superior e esplênica (pobre em oxigênio e rico em nutrientes).

As artérias hepáticas (ramo do tronco celíaco) fornecem sangue arterial (rico em oxigênio e
pobre em nutrientes), e se dividem em:

- artéria hepática comum: do tronco celíaco até a origem da artéria gastroduodenal

- artéria hepática própria: da origem da gastroduodenal até sua bifurcação em ramos direito e
esquerdo

O oxigênio provém de ambas as fontes, em aproximadamente 50% de cada.

Veias hepáticas: Abrem-se na veia cava inferior abaixo do diafragma e dividem-se em: direita,
intermédia e esquerda.

TRÍADE PORTAL
Formada pela artéria hepática, veia porta e ducto colédoco.

Cada lóbulo hepático possui uma “tríade portal interlobular” composta por um ramo da artéria
hepática, um ramo da veia porta e um ducto biliar.

Tríade Portal Interlobular:


- ramo da artéria hepática: a artéria hepática própria se ramifica em artérias hepáticas direita e
esquerda, que se ramificam nos pequenos ramos da artéria hepática.
- um ramo da veia porta: a veia porta se ramifica em veias portas direita e esquerda, que se
ramificam nos pequenos ramos da veia porta.
- um ducto biliar: os ductos biliares se anastomosam em ductos hepáticos direito e esquerdo,
que se unem virando o ducto hepático comum, que recebe o ducto cístico da vesícula biliar, e
vira ducto colédoco (que ainda recebe o ducto pancreático, transformando-se em ampola de
Water ou ampola hepatopancreática)

LIGAMENTOS DO FÍGADO
Existem espessamentos de peritônio chamados de ligamentos, que fixam os órgãos a parede
abdominal / retroperitônio.

Os ligamentos que fixam o fígado são: o ligamento falciforme (forma de foice) e o ligamento
redondo (provém do colabamento da veia umbilical após o nascimento).

Ligamento redondo - início na cicatriz umbilical, percorre a linha mediana e se insere ao fígado,
abaixo do ligamento falciforme até a veia porta esquerda.

Ligamento falciforme - prende o fígado à parede abdominal anterior.

Os ligamentos que fixam o fígado ao diafragma e retroperitônio são chamados de ligamentos


coronários direito e esquerdo e encontram-se na parte superior do fígado (o termo coronário vem de
coroa).

Ligamentos: hepatocólico (liga o fígado ao cólon), hepatorenal (liga o fígado aos rins),
hepatogástrico (que liga o fígado ao estômago) e os ligamentos triangulares (é a fusão do ligamento
coronário direito e esquerdo, que forma um triângulo).

A área do fígado que não é revestida pelo peritônio visceral é chamada de área nua.

DRENAGEM LINFÁTICA
- Vasos linfáticos superficiais (cápsula fibrosa subperitoneal)

- Vasos linfáticos profundos (tecido conectivo que acompanha as ramificações da tríade portal e
veias hepáticas).

INERVAÇÃO
- Fibras simpáticas: provenientes do plexo celíaco
- Fibras parassimpáticas: provenientes dos troncos vagais anteriores e posteriores
VESÍCULA BILIAR
 Longitudinal: 7-10cm
 Transversal: ≤ 4cm
 Contraída: < 2cm
 Hidrópica: 4cm
 Vol.: 30ml
 Parede vesicular: ≤ 4mm

A VB é dividida em colo, corpo e fundo.


O fundo é direcionado para baixo, para frente e para a direita, e projeta além da borda anterior do
fígado
O corpo e o pescoço são direcionados para cima e para trás para a esquerda.
A superfície superior da vesícula biliar é ligada ao fígado pelo tecido conjuntivo e pelos vasos.
A superfície inferior é coberta pelo peritônio, que é refletido sobre ele a partir da superfície do
fígado.

Quatro camadas:

 Serosa
 Muscularis externa
 Lâmina própria
 Mucosa

VASCULARIZAÇÃO
Arterial – A. cística supre esta região e origina-se da artéria hepática direita.
Venosa – As veias císticas que drenam os ductos biliares e o colo da vesícula entram no fígado
diretamente ou drenam através da veia porta do fígado;
As veias do fundo e do corpo passam para a face visceral do fígado e drenam para os sinusóides
hepáticos.

DRENAGEM LINFÁTICA
- Linfonodos hepáticos através dos linfonodos císticos.

INERVAÇÃO
- Os nervos passam ao longo da artéria cística provenientes do plexo celíaco (simpático), do
nervo vago (parassimpático) e do nervo frênico acessório (sensitivo).
VIAS BILIARES
- Intra e extra hepáticas.
- Ducto cístico < ou = 4cm
- Ducto colédoco 5 a 15 cm
DRENAGEM
- Canalículos biliares -> pequenos ductos biliares interlobulares -> grandes ductos biliares
coletores
da tríade portal intrahepática -> se fundem para formar ductos hepáticos direito e esquerdo -> ducto
hepático comum que se une ao ducto cístico -> ducto colédoco.

PÂNCREAS
- Órgão retroperitoneal
- Divide-se em cabeça, colo, corpo, cauda e processo uncinado.
- Comprimento - 12,5 a 15 cm
- Tamanho- Cabeça (< 3cm), corpo (<2.5 cm), cauda (< 2 cm).
- Peso - mulher é de 15 g e no homem 16 g
- Ducto pancreático – liso, diâmetro < ou = a 2mm

LOCALIZAÇÃO
Localiza-se transverso e retroperitonealmente, posterior ao estômago, anterior os grandes
vasos, à esquerda do duodeno e à direita do baço. Possui um ducto pancreático principal que se inicia na
cauda e termina na papila duodenal maior, após a junção com o ducto colédoco.

IRRIGAÇÃO
Arterial – Cabeça - artérias pancreaticoduodenal inferior e superior

- Corpo e cauda - ramos da artéria esplênica

Venoso – Veia esplênica (inicia-se no hilo esplênico, recebe veia mesentérica inferior e segue
posteriormente ao corpo e cauda pancreática. Se une com a v. mesentérica para formar a veia porta.)

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