O autor inicia o texto nos falando sobre como se é realizado a compreensão da leitura, com uma leitura mundo e leitura palavra que mesmo sendo precedida pela leitura mundo acaba por receber um enfoque maior, para explicar sobre este assunto primeiro nos conta sobre o seu próprio processo de alfabetização, desde o inicio no quintal de sua casa indo à escolinha particular de Eunice Vasconcelos onde mesmo lá e já estando alfabetizado não houve uma ruptura com a leitura do mundo, mas sim algo como uma palavramundo. Após isso discursa sobre lembranças de sua juventude como professor, onde observava a maneira como a leitura era muitas vezes impostas sobre os alunos, sendo muitas vezes não uma leitura propriamente dita de um livro mas sim comparável à devorar capítulos, geralmente sem nenhum aprofundamento e compreensão dos textos; for fim desta primeira parte enfatiza a importância deste congresso sobre alfabetização.
Alfabetização de adultos e bibliotecas populares – uma introdução
O autor nesse capitulo discorre sobre uma nova maneira de se fazer a alfabetização de adultos, algo que antes era muito mais rígido e autoritário para um ensino mais flexível ligado a uma leitura da palavra em conjunto com o mundo, um conhecimento criador e politico tanto para o estudante quanto para o professor deste. Junto com esta discussão ele nos mostra a importância de tirar a ideia de uma leitura elitista e sim investir em bibliotecas publicas com um acervo de conteúdo de mundo onde esse leitor além de desenvolver sua leitura irá desenvolver seu pensamento critico e sua capacidade interpretativa.
O povo diz a sua palavra a sua alfabetização em São Tomé e Príncipe*
Nesta ultima parte Freire utiliza de exemplo e nos apresenta o caso de São Tomé e Príncipe, local onde havia uma baixa taxa de alfabetização, sendo por isso que o governo local tomou medidas para lidar com o problema aplicando com apoio do autor, o método que este descreveu. Após nos explicar rapidamente os Cadernos de Cultura Popular Paulo Freire nos mostra a sua aplicação prática, desde o material para alfabetização aos materiais pós-alfabetização, fazendo muito uso de temáticas cotidianas da população local(o “mundo” destes) e de textos que convidam esse novo leitor a conhecer melhor a realidade de sua sociedade e pensa-la de uma maneira mais crítica e politizada.