CNC Comando Numerico Computadorizado PDF

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CNC – Comando Numérico

Computadorizado
1 - Histórico

Busca de melhoria ao produto, aliado ao


desenvolvimento dos computadores.

Principal fator: 2ª Guerra Mundial – produção


em massa (a guerra consumia tudo, até mão-
de-obra).

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1 - Histórico
Primeira ação para criação do CNC surgiu em
1949 no laboratório de servomecanismo do
Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT)
e a empresa Parsons Corporation of Traverse
City em Michigan.

OBS.: servomecanismo – é um dispositivo


automático para controlar grandes quantidades
de força mediante uma quantidade de força
muito pequena. CNC - Comando Numérico Computadorizado
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1 - Histórico
Demonstração prática ocorreu em março de
1952.

Relatório final do novo sistema foi publicado


em maio de 1953.

EX.: Força Aérea Norte-Americana

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1 - Histórico
Em 1958, por intermédio da EIA (Eletronic
Industries Association) foram realizados estudos
para padronizar os tipos de linguagem. Foi a partir
daí que surgiu o meio mais usado de entrada de
dados para o CNC até hoje: via computador.

Em 1967 surgiram no Brasil as primeiras


máquinas, importadas dos Estados Unidos,
controladas numericamente.
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1 - Histórico
Já no início da década de 70 surgiram no
mundo as primeiras máquinas CNC (comando
numérico computadorizado). Hoje a
confiabilidade nos componentes eletrônicos tem
aumentado, crescendo a confiança em todo
sistema.

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2 - Vantagens
Fabricação de peças com geometrias
complexas, com menores tolerâncias
dimensionais e melhor acabamento;

Repetibilidade maior sobre as características


do produto, sendo idênticas umas às outras;

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2 - Vantagens
Redução de tarefas repetitivas para os
operadores – esses agora responsáveis pela
preparação, programação e controle das
máquinas;

Flexibilidade da produção, pequenos lotes e


grande variedade de produtos, tudo isso com
ajustes rápidos nas máquinas.
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3 - Desvantagens

Mão-de-obra especializada para


programação;

Manutenção;

Uso de ferramental específico.

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4 - Norma ISO 6983
A Norma ISO 6983 descreve o formato das
instruções do programa para máquinas de
Controle Numérico. Trata-se de um formato
geral de programação e não um formato para
um tipo de máquina específica. A flexibilidade
desta norma não garante intercambiabilidade
de programas entre máquinas. Os objetivos
desta norma são:

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4 - Norma ISO 6983
Unificar os formatos-padrão anteriores numa
Norma Internacional para sistemas de controle
de posicionamento, movimento linear e
contorno;

Introduzir um formato-padrão para novas


funções, não descritas nas normas anteriores;

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4 - Norma ISO 6983

Reduzir a diferença de programação entre


diferentes máquinas ou unidades de controle,
uniformizando técnicas de programação;

Incluir os códigos das funções preparatórias e


miscelâneas.

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5 - Sistemas de
Coordenadas

Regra da mão
direita

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5 - Sistemas de
Coordenadas
• Para torno CNC utiliza-se os eixos “X” para
diâmetro e “Z” para comprimento.

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5 - Sistemas de
Coordenadas
• Para fresadora CNC utiliza-se os eixos “X”
para comprimento, “Y” para largura e “Z” para
altura.

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6 - Sistema de Coordenada
Absoluta

Nesse sistema de coordenada é a


partir do ponto zero que se define
por onde a ferramenta fará o
percurso, sendo as coordenadas
da própria ferramenta sempre
relacionadas ao ponto, ou seja, o
ponto zero é fixo.
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6 - Sistema de Coordenada
Absoluta

X Y
P1 10 10
P2 10 40
P3 60 40
P4 60 10
P1 10 10

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7 - Sistema de Coordenada
Incremental
Nesse sistema de coordenadas, a
origem estará sempre no ponto que
está a ferramenta. As medidas são
feitas por meio da origem com o
ponto mais próximo, sendo que
esse ponto será sempre a origem
futura, ou seja, o ponto zero é
flutuante.
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7 - Sistema de Coordenada
Incremental

X Y
P1 10 10
P2 0 30
P3 50 0
P4 0 -30
P1 -50 0

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8 - Função
É o código (palavra apropriada) compreensível
pelo comando, que predispõe a máquina ou o
próprio comando a funcionar de determinado
modo. A função se divide em:

• Função Modal

• Função Não-modal
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8 - Função
1.FUNÇÃO MODAL: é aquela que, depois de
memorizada, somente será cancelada com
a memorização de outra função que a
cancela.

2.FUNÇÃO NÃO-MODAL: é aquela que tem


validade somente no bloco programado.

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9 - Tipos de Funções
Quanto ao tipo, as funções são divididas em
quatro grupos:

• Função Seqüencial – N (não-modal)


• Função Preparatória – G (modal e não-
modal)
• Função de Posicionamento – X, Y e Z (não-
modal)
• Função Complementar – M, T, S e F (modal
e não-modal) CNC - Comando Numérico Computadorizado
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10 - Função Seqüencial

Tem a finalidade de numerar, em ordem


crescente, os blocos de um programa para
facilitar o acompanhamento do mesmo. O
valor numérico de N não tem influência
para o comando.

Ex.: N01, N02, ...

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11 - Função Preparatória

É a função que definem ao comando e a


máquina “o que fazer”, preparando-a para
uma determinada operação (deslocamento
linear, circular, etc.)

Ex.: G00, G01, G33, G90

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11 - Função Preparatória
G00 – AVANÇO RÁPIDO DA FERRAMENTA
G01 – AVANÇO LINEAR DE TRABALHO
G02 – INTERPOLAÇÃO CIRCULAR NO
SENTIDO HORÁRIO
G03 – INTERPOLAÇÃO CIRCULAR NO
SENTIDO ANTI-HORÁRIO
G04 – TEMPO DE PERMANÊNCIA
G33 – CORTE DE ROSCA PASSO
CONSTANTE
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11 - Função Preparatória
G40 – CANCELA CORREÇÃO DO RAIO DE
CORTE DA FERRAMENTA
G41 – SELECIONA CORREÇÃO DE RAIO DE
CORTE À ESQUERDA DA PEÇA
G42 – SELECIONA CORREÇÃO DE RAIO DE
CORTE À DIREITA DA PEÇA
G54 – TRANFERÊNCIA DO ZERO MÁQUINA
PARA A ZERO PLACA
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11 - Função Preparatória
G58 – TRANFERÊNCIA DO ZERO PLACA
PARA A ZERO PEÇA
G70 – SELECIONA MEDIDAS EM
POLEGADAS
G71 – SELECIONA MEDIDAS EM
MILÍMETROS
G90 – SELECIONA MEDIDAS EM
COORDENADAS ABSOLUTAS
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11 - Função Preparatória
G91 – SELECIONA MEDIDAS EM
COORDENADAS INCREMENTAIS
G92 – LIMITE DE ROTAÇÃO DA PLACA
G96 – ATIVA VELOCIDADE DE CORTE
CONSTANTE
G97 – CANCELA G96, PERMANECE A
ÚLTIMA ROTAÇÃO CALCULADA

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12 - Função de
Posicionamento
Definem ao comando “onde fazer”, ou seja, as
coordenadas do ponto que se deseja alcançar
e são programadas com a indicação do sinal
algébrico, de acordo com sua posição em
relação ao sistema de referência.

Ex.: X25 Z30 ; X18.5 Z-38

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13 - Função
Complementar
Definem ao comando “com o que fazer”
determinada operação, complementando as
informações dos blocos na programação.

Ex.: M30, T04, S2000, F0.15

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14 - Função Miscelânea

M00 – PARADA DE PROGRAMA


M01 – PARADA OPCIONAL DO PROGRAMA
M02 – FIM DE PROGRAMA
M03 – SENTIDO HORÁRIO DE ROTAÇÃO DO
EIXO-ÁRVORE
M04 – SENTIDO ANTI-HORÁRIO DE
ROTAÇÃO DO EIXO-ÁRVORE
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14 - Função Miscelânea

M05 – DESLIGA O EIXO ÁRVORE


M08 – LIGA O ÓLEO REFRIGERANTE
M09 – DESLIGA O ÓLEO REFRIGERANTE
M17 – FIM DE SUBPROGRAMA
M30 – FIM DE PROGRAMA PRINCIPAL

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15 - Elementos da Linguagem
de Programação
Todo comando acoplado a máquina CNC
necessita de um meio de comunicação entre o
programador e a máquina. Essa comunicação,
feita por meio de códigos ou símbolos
padronizados, recebe o nome de linguagem de
programação.

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15 - Elementos da Linguagem
de Programação
• Caractere: é um número, letra ou símbolo
utilizado para exprimir uma informação.
Ex.: I, G, %, LF,...

• Endereço: é representado por uma letra


que identifica um tipo de instrução.
Ex.: G, X, Y, Z, F,...

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15 - Elementos da Linguagem
de Programação
• Palavra: uma palavra é constituída de um
endereço seguido de um valor numérico.
Ex.: G01, X50, F.15, T02,...

• Bloco ou Sentença: é um conjunto de


palavras que identificam uma operação.
Ex.: N10 G01 X120 F200 LF

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15 - Elementos da Linguagem
de Programação
Uma operação é expressa por meio de blocos
necessários para definir completamente uma
fase. Assim podemos dizer que um programa
é formado por blocos numerados
seqüencialmente. Com isso um programa de
comando numérico pode ser definido como
uma “seqüência lógica de informações para a
usinagem de uma peça.
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15 - Elementos da Linguagem
de Programação

• Programa – consiste de sentenças ou


blocos

• Sentença – consiste de palavras ou funções

• Palavra – consiste de um endereço e um


número
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16 - Pontos Zero

São pontos de referência da máquina, atuantes


dentro do campo de trabalho. Os principais são:

• Ponto zero referência (R)


• Ponto zero máquina (M)
• Ponto zero trajetória (N)
• Ponto zero ferramenta (T)
• Ponto zero peça (W)
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17 - Ponto Zero
Referência (R)
O ponto de referenciamento é uma coordenada
definida na área de trabalho através de chaves
limites e cames, que servem para à aferição e
controle do sistema de medição dos eixos de
movimento da máquina. Tal coordenada é
determinada pelo fabricante da máquina.

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18 - Ponto Zero
Máquina (M)
O ponto zero da máquina é o ponto zero para o
sistema de coordenadas da máquina (X0, Z0), e
também o ponto inicial para todos os demais
sistemas de coordenadas e pontos de referência
existentes. Geralmente é determinado após o
referenciamento da máquina.

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19 - Ponto Zero
Trajetória (N)
O ponto de trajetória “N” é um ponto de espaço.
Porém, uma vez referenciada a máquina suas
coordenadas de posicionamento dentro da área
de trabalho são reconhecidas pelo comando, e
servirá como referência na obtenção dos
balanços das ferramentas (bX, bZ), quando
montadas na máquina durante a preparação da
mesma.
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20 - Ponto Zero
Ferramenta (T)
É o ponto de atuação da ferramenta no perfil
programado. Porém para que isso ocorra é
necessário definir os valores de balanço em X
e Z das ferramentas operantes.

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21 - Ponto Zero Peça (W)
O ponto zero peça “W”, é o ponto que define a
origem (X0, Z0) do sistema de coordenadas da
peça. Este ponto é definido pelo programador
através de um código de função preparatória
(G54 ou G55), e determinado na máquina pelo
operador na preparação da mesma (preset),
levando em consideração apenas a medida de
comprimento no eixo “Z”.
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22 - Ponto Zero Placa (P)

É o ponto de referência obtido através do


deslocamento do zero máquina de acordo
com a espessura da placa.

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23 - Localização

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