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FIGURAS MITOLÓGICAS PRESENTES NA PAISAGEM URBANA DE

BELÉM E SUAS IMPLICAÇÕES RELIGIOSAS


Adma Conceição Danin de Lima
Maria do Carmo Silva dos Santos
Maria Roseli Sousa Santos
Resumo:

Palavra-chave: Seres míticos. Religião. Cidade. Arte.

Introdução

É um estudo cientifico do campo das Ciências a Religião elaborado no


Grupo de Pesquisa Arte, Religião e Memória –ARTEMI, cujo foco é para a
linguagem da religião, mais especificamente para o estudo imagético dos seres
mitológicos presente na arquitetura urbana de Belém, Pará. Na cidade,
existem vários registros de monumentos com a presença de seres mitológicos
em prédios diversos onde estão presente nesse cenário criaturas que permeiam o
universo lendárias, mito, folclores e fábulas. São tão variadas quanto a
diversidade das culturas presente no mundo, seja advindo da contribuição ibérica,
germânicos, gregos, japoneses, etc.
Alguns estudos sobre simbolismo religioso evidenciam a existência de
figuras mitológicas monstruosas esculpidas na fachada de catedrais e igrejas, dos
tempos medievais, não só em fachadas, mas também no interior, esculpidos,
pintados ou nos vitrais nos séculos XI ao XIV que representam em múltiplas formas e
aspectos. Há que se destacar que, a literatura sobre o tema evidencia que livros não
eram de acesso a todos e a Igreja tinha como meio de instruir os fieis sobre as
verdades da fé através das suas arquiteturas que em suas fachadas e interior esse
traduziam com forte simbolismo com suas fachadas carregadas de cenas bíblicas, com
cenas da vida cotidiana, de cenas em família e/ou mesmo de guerra. Utilizavam todo
esse simbolismo para ensinar os comportamentos virtuosos e condenava os maus
hábitos. O uso de figuras mitológicas e monstruosas muitas vezes eram lançados
evocados para atuar sobre os vícios.
Não só na idade Média existiram essas figuras, suas origens tem
referencia a antiguidade, e os estudiosos de mitologia apontam para essas figuras
simbolismo com outras referencias e sentido no corpo do mito e ritos.
As figuras mitológicas variam entre sereias, unicórnio; cerberus, fadas, dragões,
fênix, cavalos alados, serpentes ou tengos da religião budista quanto xintoísta, estas
ultimas que em sua cultura, habitam florestas e montanhas, que tinham em sua
maioria uma função de guardião. As figuras normalmente possuem traços físicos
marcantes e poderes sobrenaturais, em sua maioria a capacidade de mudar de forma e
fazem correspondência quase sempre com os quatro elementos: fogo, água , terra
e ar. Geralmente criaturas maliciosas, antropófaga, temidas e destruidoras ou
protetoras. O objetivo principal é o de conhecer as figuras mitológicas presentes
nos prédios da cidade de Belém estabelecendo relações com a origem
históricas e natureza religiosa local.

Desenvolvimento:

Portanto, especificamente nos deteremos a: realizar estudos teóricos e


bibliográficos sobre a relação entre arte e religião a partir das figuras monumentais
míticas presente no espaço urbano de Belém; descrever as figuras mitológicas, seus
estilos, suas funções no cenário da cidade e suas implicações aspectos históricos de
natureza religiosa; produzir dados fotográficos das imagens mitológicas e aplicar análise
iconológica e iconográfica para compreender a relação destas com o cenário religioso da
cidade; realizar análises do simbolismo religioso ou não a partir da interpretação dos
registros históricos e fotográficos.

Entre os autores estudados para o tema sobre a arte, os seres mitológicos e o


sagrado são destacados: Bulfinch (2002) que trata das mitologias, assim como o estudo
da idade da fábula: histórias de deuses e heróis); Abumanssur (2000) sobre a Arte, a
arquitetura e o sagrado. Outro autor é Campbell (2016) sobre Mythic Worlds, Modern
Words, e Eliade (1992) com “ O sagrado e o profano; Schwaller (1977) com estudo
sobre o templo e o homem.. Para as questões simbolicas recorreremos a Jung (2008)
com os estudos presents em “O homem e seus simbolos”. Entre os contemporaneos
destacamos pesquisadores como Costa (2016) que traz a investigação do tema das
cidades e discorre sobre a “Arquitetura Religiosa e o Resgate do Sagrado em
Belém-Pa”; Oliveira (2009) que apresenta uma coletânea de estudos sobre os Espaços
e Paisagens. Antiguidade Clássica e Heranças Contemporâneas. E finalmente, as
teorias de Panofsny sobre a leitura iconológica e iconográfica, em sua obra “O
significado nas artes visuais” e, ainda com “A Caixa de Pandora: as transformações de
um símbolo mítico”.

A metodologia consiste em pesquisa do tipo exploratória e explicativa;


abordagem hermenêutica e aplicação do método iconográfico e iconologia
para analise das imagens. Metodologia:
Os pressupostos teórico-metodológicos estão ancorados uma abordagem
qualitativa de pesquisa, cujos procedimentos consistem em três etapas:
1ª Etapa:
1.1 – Estudos documentais e bibliográfico a partir das temáticas principais do objeto em
estudo: religião e arte; mitologia/seres mitológico e espaço urbano
1.2 - Estudos de produção acadêmica sobre o tema dispostos no bando de dados
da UEPA e de instituições de Ciências da Religião no contexto brasileiro.
2º Etapa:
2.1 – Pesquisa de campo: Produção de dados (registros fotográficos e registros
etnográficos em igrejas, prédios públicos, praças e domicílios antigos da cidade)
Praças B. Campos; Praça da Republica; Praça das Sereias; Igreja da Sé, Basílica
de Nazaré, Domicílios da Avenida Nazaré, Cidade Velha e Reduto. Centro Comercial
da João Alfredo e Cidade Velha.
3ª Etapa:
3.1 – Aplicação dos estudos da cultura visual com estudos iconográficos e iconológicos
do material coletado; interpretação e sistematização dos resultados da pesquisa a
apresentando os quadros e os textos interpretativos a luz da teoria apresentada;
3.2 - Participação em eventos locais, nacionais e internacionais na área da
ciência da religião e afins favorecendo a socialização dos resultados (parciais e
finais).Outrossim, publicação em anuais, periódicos e sites especializados na área.

Considerações Finais

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