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A forma com que o médico avalia as funções físicas e mentais dos pacientes idosos é denominada de avaliação
geriátrica ampla (AGA), que se diferencia de outras abordagens por ser complementada por escalas de avaliação
voltadas para o idoso.
Anamnese
Exame físico
Escalas de avaliação complementares à anamnese
Física
Cognitiva
Emocional
Social
PRINCIPAIS DESAFIOS:
Conforto do paciente:
Deficiências auditivas:
Deficiência visual:
Deficiência cognitiva:
Falta de conhecimento:
PARTICULARIDADES:
ASPECTOS DA ANAMNESE:
Deficiência de memória
Deficiência auditiva
Deficiência visual
Transtornos de comportamento como agressividade, irritabilidade, atitude sexual ou social inapropriada
Alterações de marcha
Alteração de mobilidade, flexibilidade e força muscular nos membros e tronco
Episódios de queda
Traumatismo
Alterações no nível de consciência
Alterações da cavidade oral: dente, gengiva, mucosas, próteses, tumores, úlceras e dor ao mastigar
Distúrbios alimentares.
Necessidade de dietas especiais
Perda ou ganho de peso
Modificações no padrão de sono
Fadiga crônica
Dor
Disfunções sexuais
Incontinência urinária e fecal
Sintomas depressivos
Sintomas de ansiedade
Úlceras por pressão (escaras)
EXAME FÍSICO:
Postura e marcha
Alteração da postura devido à velhice
Marcha senil: aumento da flexão dos cotovelos, cintura e quadril, diminuição do balançar dos braços,
levantamento dos pés e marcha de pequenos passos.
Acentuamento da curvatura da coluna vertebral em virtude da diminuição da espessura dos discos
intervertebrais e levando à cifose
Perda do arco dos pés = diminuição da estatura
Equilíbrio
Fáscie
Hiperpigmentação
Edema das pálpebras inferiores
Queda das pálpebras superiores (ptose)
Afundamento do globo ocular
Diminuição da função lacrimal
Transferência de um lugar para o outro
Sinais vitais: PA, FC, FR, temperatura e dor
Perda da capacidade respiratória e circulatória
Aferir a pressão em 3 posições diferentes
Medidas antropométricas: peso, altura, circunferências
Hidratação
Condição da pele e mucosas
Pele flácida, formando pregas nos braços, coxas e abdome
Cútis romboide: quadriculado na nuca
Pele mais rugosa e seca devido à redução das glândulas sudoríparas
Diminuição e embraqueamento dos pelos
Aparecimento de manchas hipercrômicas, planas e lisas (melanose senil)
Unhas espessas e curvas
Alterações bucais
Tecido subcutâneo
Aumento dos pavilhões auriculares
Gânglios
Força muscular em grau, mobilidade e flexibilidade dos membros e tronco
Perda de tecido ósseo (osteoporose)
Palpação dos pulsos e ausculta cardíaca
Endurecimento e tortuosidade de veias e artérias
Espessamento das cúspides, aumento de tecido fibroso e calcificação, levando à sopro sistólico
Palpação e ausculta de pulsos no pescoço e aorta abdominal
Toque retal
Avaliação criteriosa de deformação nos pés e mãos: deformidades, mobilidade, ferimentos, trofismo muscular
bilidade, ferimentos, trofismo muscular, sinais de inflamação, isquemia e tremores.
Avaliação dos nervos cranianos, reflexos, sinais piramidais e extrapiramidais.
Cabeça e pescoço:
Exame do tórax:
Exame do abdome:
Palpar e auscultar o trajeto da aorta abdominal, pois dilatações aneurismáticas e estenoses de seus ramos
(renais, por exemplo) são mais comuns em idades avançadas.
Palpação da região suprapúbica também é importante nos casos de diminuição do volume urinário ou
incontinência, sob pena de deixar passar uma bexiga distendida.
Toque retal deve completar o exame, pois as doenças prostáticas, os fecalomas e as neoplasias do reto são
frequentes nessa faixa etária.
Os idosos podem estar com fecaloma que se manifesta de maneira atípica, com a chamada incontinência fecal
paradoxal e, ocasionalmente, apenas confusão mental.
Exame neurológico:
Deve ser realizado em todos os idosos, independentemente da queixa do paciente, pois muitas doenças
neurológicas podem manifestar-se com sintomas inespecíficos, como é o caso da doença de Parkinson, que
pode ocorrer sem tremor e o paciente procurar assistência por depressão e/ou quedas.
O diagnóstico será estabelecido pelo encontro, ao exame físico, de outros sinais extrapiramidais, como
bradicinesia e rigidez.
Primeiro, avalia-se a função mental. Examinam -se os nervos cranianos e, principalmente, a movimentação
ocular. Quando comparados com os jovens, os idosos apresentam maior dificuldade com o olhar vertical,
principalmente para cima.
É importante ressaltar que cerca de 30 a 40% dos idosos têm rigidez de nuca decorrente de osteoartrose da
coluna cervical, tornando esse sinal pouco específico para o diagnóstico de irritação meníngea. A força e o
trofismo muscular devem ser avaliados e os reflexos profundos testados.
O envelhecimento pode diminuí-los, principalmente os patelares e aquileus.
Sinais de comprometimento piramidal (sinal de Babinski, hiper-reflexia) e extrapiramidal (rigidez, tremores,
coreia, bradicinesia) devem ser pesquisados, pois as doenças neurodegenerativas que acometem os idosos
podem afetar esses sistemas.
Avalia-se também a sensibilidade tátil, dolorosa, vibratória e proprioceptiva.
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA:
Objetivos:
Parâmetros de avaliação:
Equilíbrio e mobilidade
Função cognitiva
Capacidade do indivíduo de realizar atividades básicas da vida diária
Capacidade do indivíduo de realizar atividades instrumentais da vida diária
Condições emocionais
Disponibilidade e adequação de suporte familiar e social
Condições ambientais
Estado e risco nutricional
EQUILÍBRIO E MOBILIDADE:
Get up and go test: avalia o equilíbrio sentado, a transferência de sentado para a posição de pé, a estabilidade
na deambulação e as alterações no curso da marcha sem utilizar estratégias de compensação.
Timed get up and go test: avalia-se o tempo em que a atividade é realizada.
10s: independente de alteração.
20s: independente de transferência básica.
30s: indivíduo
dependente de
muitas
atividades da
vida diária e
habilidade da
mobilidade
Pode-se executar o teste
de Romberg antes do
paciente caminhar e
solicitar que ele, de olhos
abertos, sustente o peso
do corpo primeiro nos
calcanhares e, depois,
nas pontas dos pés.
Escores:
1. Normalidade
2. Normalidade leve
3. Anormalidade média
4. Anormalidade moderada
5. Anormaliadde grave
FUNÇÃO COGNITIVA:
Os idosos estão sujeitos às mesmas doenças psíquicas que acometem a população mais jovem.
Alterações no comportamento que persistem por um tempo mínimo de 2 semanas, como irritabilidade,
pessimismo, sensação de menos valia, inúmeras queixas orgânicas, a falta de interesse pelas atividades
habituais, os distúrbios de memória e o afastamento social, não devem ser considerados como características
da população idosa, mas sim como prováveis sinais e sintomas de uma depressão
A falta de suporte e de adequação do idoso à vida familiar e social é um dos fatores que contribuem negativamente
para as suas condições de saúde e capacidade funcional. Dessa maneira, faz-se necessária uma avaliação adequada
desse parâmetro utilizando perguntas-chave que fornecerão informações precisas. As perguntas sugeridas são:
MAUS-TRATOS:
O médico deve reconhecer certos tipos de maus-tratos, fatores de risco, situações que sugerem e ter uma
postura ativa diante da situação de risco ou sugestiva.
CONDIÇÕES AMBIENTAIS:
O ambiente deve propiciar autonomia, mas com grau de especificidade e cuidado, o que impõe necessidade
de planejamento e adaptação dos espaços a depender da diminuição das capacidades físicas, sensoriais e
funcionais.
O médico deve sempre obter informações sobre o domicílio do idoso seja por meio de perguntas dirigidas ao
paciente, cuidadores e familiares, seja realizando visitas domiciliares. Na avaliação deve ser observada a
possibilidade de introduzir modificações que possam tornar o ambiente mais conveniente às limitações do
idoso.
ESTADO DE RISCO NUTRICIONAL:
Avaliar: perda ou ganho de peso, alterações do padrão alimentar, sintomas gastrintestinais, avaliação da
capacidade funcional, demanda metabólica, antecedentes patológicos, uso de medicamentos, história social,
história dietética.
Peso
Altura: A altura reduz, a partir dos 40 anos de idade, cerca de 1 a 2,5 em por década, sendo mais acentuada
em idades avançadas. Essas alterações são decorrentes das alterações morfológicas que ocorrem no processo
de envelhecimento.
IMC
Altura do joelho: Realizada com a perna flexionada em um ângulo de 90° e posicionando a base da régua
embaixo do calcanhar, a haste pressionando a superfície da fíbula com o indivíduo deitado.
Circunferência do braço: Avalia gordura subcutânea e músculo, medida com braço relaxado ao longo do corpo
na linha média, que foi definida com o braço flexionado, entre olécrano e acrômio.
Circunferência abdominal: Medida feita com uma fita métrica não extensível, com o idoso em pé, no ponto
médio entre a última costela e a crista ilíaca.
Circunferência da cintura: técnica é a mesma da medida anterior, porém deve ser feita no local da cintura
natural ou na menor curvatura entre a última costela e a crista ilíaca.
Razão cintura/quadril: A medida da circunferência do quadril é feita com o indivíduo de pés juntos, braços
afastados do corpo, com a fita métrica ao redor da região de maior protuberância do quadril. RCQH > 1 e
RCQM > 0,85.