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Instalações hidrossanitárias

ÁGUA FRIA
Livro: Instalações Hidraúlicas e Sanitárias – Helio Creder

Felipe Sombra dos Santos


felipe.sombra@uva.br
Instalações hidrossanitárias

Normas e critérios de projetos

Água Fria – NBR 5626

Água Quente – NBR 7198

Esgoto Sanitário – NBR 8160

Registro de pressão – NBR 10071

Águas pluviais – NBR 10844

Sistema de Hidrantes (Incêndio) – NBR 13714

Cores para identificação de tubulação – NBR 6493


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Componentes da Instalação
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Cores para identificação de tubulação – NBR 6493


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Requisitos de projeto

• Planta, cortes, detalhes e vistas isométricas, com


dimensionamento e traçado dos condutores

• Memorial descritivo, justificativas e de cálculo

• Determinação das vazões

• Especificação do material e as respectivas normas

• Orçamento, compreendendo o levantamento das


quantidades e dos preços unitário e global da obra

• Escala de projeto usual 1:50. Em alguns casos pode ser


1:100. Os detalhes devem ser feitos em 1:20 ou 1:25
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Requisitos de projeto
• Antes de definir o projeto de arquitetura e/ou o sistema de abastecimento adequado,
o construtor/projetista deve consultar a companhia concessionária de abastecimento
de água local.
• No caso da CEDAE, deve-se solicitar o Declaração de Possibilidade de Abastecimento
(DPA).
https://seguro.cedae.com.br/CPAE/paginasform/menuCPAEweb.jsf
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Aspectos a serem considerados


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Sistema de abastecimento

• Particular (nascentes, poços, quedas, etc.)

• Padrão de potabilidade (Portaria MS 2914/11)

• Distribuição mista (público e particular)


Atentar para os usos
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Sistema de abastecimento – CUIDADOS – NBR5626

Edifícios com pequenos reservatórios individualizados, como é


o caso de residências unifamiliares

Tempo de enchimento ≤ 1h

Grandes reservatórios, dependendo do tipo de edifício

Tempo de enchimento ≤ 6h

Velocidade da água, em qualquer trecho de tubulação, não


atinja valores superiores a 3 m/s, a fim de não produzir ruído
excessivo.

Uma noção da velocidade pode ser obtida 𝟏𝟒√𝐃

O volume de água reservado para uso doméstico deve ser,


no mínimo, o necessário para 24 h de consumo normal no
edifício, sem considerar o volume de água para combate a
incêndio.
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Sistema de abastecimento – CUIDADOS – NBR5626


Os tubos e conexões de água fria podem ser de aço
galvanizado, cobre, ferro fundido, PVC ou outro material de
tal modo que satisfaça a condição de que a pressão de
serviço não seja superior a pressão estática no ponto
considerado, somada à sobrepressão devido ao golpe de
aríete

• Sobrepressão: < 20 mca (200 kPa)

• Pressão estática: < 40 mca (400 kPa)

• Pressão mínima de serviço: > 0,5 mca (5 kPa)

A norma não recomenda a utilização de válvula de


descarga, devido a variação de pressão. É sugerida uma
coluna exclusiva para atender às válvulas de descarga.

10 m coluna água = 100 kPa = 1kgf/cm2


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Partes constituintes de uma instalação predial de água fria e terminologia


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Sistema de distribuição
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Dimensões das caixas de proteção dos Hidrômetros – PADRÃO CEDAE


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Sistema de distribuição
• Sistema direto de distribuição

Abastecimento feito diretamente com água da rede, sem reservação.

Vantagens: maior pressão disponível, menor custo de instalação e melhor qualidade da


água, devido a concentração de cloro.

Desvantagens: limitação de vazão para um maior consumo, variação da pressão ao longo


do dia, falta de água em caso de interrupção. Não se usa válvula de descarga com esse
tipo de distribuição.
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Sistema de distribuição
• Sistema indireto de distribuição sem bombeamento

Abastecimento feito sem continuidade com pressão suficiente, é comum adotar um


reservatório superior. Não há necessidade de bombeamento. Recomendado para
residências até dois pavimentos

Vantagens: fornecimento de água de forma contínua, pequena variação de pressão,


menor consumo de água, permite instalação de válvula de descarga

Desvantagens: contaminação da água, menor pressão, maior custo de instalação.


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Sistema de distribuição
• Sistema indireto de distribuição com bombeamento

Empregado quando há pressão insuficiente e descontinuidade no fornecimento de água, é


recomendado adotar um reservatório inferior e outro superior. A distribuição será
descendente.

Usado em grandes edifícios, sendo necessário uso de bombas de recalque.

Inferior
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Reservatório inferior
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Esquema geral
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Sistema de distribuição
• Sistema hidropneumático de distribuição

Não adota reservatório superior.

Empregado em casos especiais


(gabarito crítico e avaliar estrutura)

Possui um conjunto de pressurização


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Taxa de ocupação de acordo com a natureza do local

Local Taxa de Ocupação


Bancos Uma pessoa por 5,0 m2 de área
Escritórios Uma pessoa por 6,0 m2 de área
Pavimentos térreos Uma pessoa por 2,5 m2 de área
Lojas – pavimentos superiores Uma pessoa por 5,0 m2 de área
Museus e bibliotecas Uma pessoa por 5,5 m2 de área
Salas de hotéis Uma pessoa por 5,5 m2 de área
Restaurantes Uma pessoa por 1,4 m2 de área
Salas de operação (hospital) Oito pessoas
Teatros, cinemas, auditórios Uma cadeira para cada 0,70 m2 de área
Prédio de apartamentos Duas pessoas por quarto
Supermercados Uma pessoa por 2,5 m2 de área
Shopping Centers Uma pessoa por 5,0 m2 de área
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Capacidade dos reservatórios


• É usual atender a um consumo de 2
dias, caso haja interrupção de
abastecimento

• Reservatório inferior: 3/5 do consumo

• Reservatório superior: 2/5 do


consumo

• Reserva de incêndio: 15 a 20% do


consumo diário

• Reservatório acima de 4.000 L


recomenda ser dividido em células
iguais, com comunicação através de
um barrilete provido de registro de
manobra.

• Não ter conexão cruzada de água


potável com água de reuso.
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Prescrições para reservatórios

• Cada compartimento do reservatório


inferior deve conter uma canalização
para bombeamento da água,
apresentando na parte inferior um crivo
que deverá ficar pelo menos a 10 cm do
fundo.

• As canalizações de esgoto devem ficar


afastadas dos reservatórios enterrados
e ser de ferro fundido ou PVC, para
evitar o risco de fuga de água, capaz de
chegar ao reservatório.

• As tampas dos reservatórios enterrados


devem estar elevadas a pelo menos 50
cm do piso acabado.
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Prescrições para reservatórios


• O extravasor deve escoar livremente no
espaço em lugar visível, de modo a poder
servir de advertência, e nunca em caixas
de areia, ralos, calhas ou condutores de
águas pluviais.

• A extremidade livre de saída do extravasor


deve ser dotada de um crivo de tela de
latão com 0,5 mm, no máximo, de malha,
com área total superior a 6 vezes à da
seção reta do extravasor.

• O diâmetro do extravasor deverá ser no


mínimo de uma bitola comercial acima do
diâmetro do tubo de entrada de água.

• O extravasor deve situar-se a uma altura


tal que por ele não possa penetrar água
de inundação no reservatório, podendo
ser usada válvula de retenção
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Exemplo típico de barrilete em um edifício


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Norma técnica de combate a incêndios

No estado do Rio de Janeiro, deve-se seguir o COSCIP.

O COSCIP determina a necessidade de dispositivos de


combate a incêndio de acordo com a tipologia.

Para uma determinada tipologia, o nível de exigência


aumenta com o porte da edificação.

Para construções residenciais


Art. 11 - As edificações residências privativas unifamiliares e multifamiliares,
exceto as transitórias, deverão atender às exigências dos incisos deste artigo:

I - A edificação com o máximo de 3 (três) pavimentos e área total construída até


900m2 (novecentos metros quadrados) é isenta de Dispositivos Preventivos Fixos
Contra Incêndio;

II - Para a edificação com o máximo de 3 (três) pavimentos e área total construída


superior a 900m2 (novecentos metros quadrados), será exigida a Canalização
Preventiva Contra Incêndio prevista no Capitulo VI;

III - Para a edificação com 4 (quatro) ou mais pavimentos serão exigida


Canalização Preventiva Contra Incêndio, prevista no Capitulo VI, e portas corta-
fogo leves e metálicas e escadas previstas no capitulo XIX;
http://www.cbmerj.rj.gov.br/pdfs/from_dgst/COSCIP.pdf
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Prevenção de incêndios
II - Para a edificação com o máximo de 3 (três) pavimentos e área total construída superior a 900m2 (novecentos
metros quadrados), será exigida a Canalização Preventiva Contra Incêndio prevista no Capitulo VI;
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Prevenção de incêndios
III - Para a edificação com 4 (quatro) ou mais pavimentos serão exigida Canalização Preventiva Contra Incêndio,
prevista no Capitulo VI, e portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas no capitulo XIX;

IV - Para a edificação cuja altura exceda a 30m (trinta


metros) do nível do logradouro publico ou da via interior,
serão exigidas Canalização Preventiva Contra Incêndio,
prevista no Capitulo VI, e portas corta-fogo leves e
metálicas e escadas previstas no capitulo XIX, e rede de
chuveiros automáticos do tipo “Sprinkler” prevista no
capitulo X;
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Exemplo de consumo
Um edifício de apartamento de 10 pavimentos, com quatro apartamentos por
pavimento, tendo cada apartamento três quartos sociais e um de empregada, mais o
apartamento do zelador. Qual a capacidade do reservatório superior e inferior de água
fria?

RESOLUÇÃO

Cada apartamento: 7 pessoas


Cada pavimento: 28 pessoas
Zelador: 4 pessoas
População do prédio: 284 pessoas

Para um edifício deve ser considerado um consumo de 200 L/hab.d


Adotando uma reserva de incêndio de 20%, tem-se:
Consumo diário: 200 x 284 = 56.800 L
Reserva de incêndio: 0,2 x 56800 = 11.360
Total: 68.160 litros

Considerando dois dias de consumo, então temos um volume de 136.320 L. A


capacidade do reservatório superior será de 50.000 L e o inferior de 85.000 L
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Exercícios

1 - Dimensione os reservatórios superior e inferior para um edifício


com 15 pavimentos e 2 apartamentos de 3 dormitórios, mais
dependência de empregada por apartamento. Prever 12.000 litros
para combate de incêndio.

2 – Determine as capacidades dos reservatórios superior e inferior que


abriga 1 cinema com 200 metros quadrados, um restaurante que serve
500 refeições por dia, 900 metros quadrados de lojas, sendo metade
delas no térreo, 1 supermercado de 500 metros quadrados. Devem ser
reservados 8.000 litros para combate de incêndio.

Considerar:
A altura dos reservatórios deve ter 2,0 m, e a relação B/L = 3.
Considerar folga de 0,15 cm de altura entre o nível da água e a tampa.
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Vazão das peças de Utilização – Tabela A1 – NBR 5626

Peça de utilização Vazão (L/s) Peso


Bacia sanitária com caixa de descarga 0,150 0,300
Bacia sanitária com válvula de descarga 1,700 32,000
Banheira 0,300 1,000
Bebedouro 0,100 0,100
Bidê 0,100 0,100
Chuveiro 0,200 0,500
Ducha 0,200 0,400
Lavatório 0,150 0,300
Máquina de lavar louça ou roupa 0,300 1,000
Mictório auto-aspirante 0,500 2,800
Mictório de descarga contínua, por metro ou por aparelho 0,150 0,300
Mictória de decarga descontínua 0,150 0,300
Pia (torneira ou misturador) 0,250 0,700
Pia (torneira elétrica) 0,100 0,100
Tanque de lavar roupa 0,250 0,700
Torneira de jardim 0,200 0,400
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Consumo máximo provável

Mesmo em horários de picos, nunca há caso de se utilizar todas as peças ao mesmo tempo.

Tendo em vista isso, há uma economia no dimensionamento das canalizações.

Não há como em um banheiro a mesma pessoa utilizar vaso sanitário, chuveiro, pia, etc.,
simultaneamente.

Há uma expressão que da uma ideia de vazão provável em função dos “pesos” atribuídos às
peças de utilização, conforme abaixo:

𝐐 = 𝐂 ∙ 𝐏
Onde:
Q = vazão em L/s
C = coeficiente de descarga = 0,30
P = soma dos pesos de todas as peças de utilização alimentada através do trecho
considerado

Com o valor de vazão obtida e a soma dos pesos, entra-se em um ábaco, e descobre-se o
diâmetro da tubulação no trecho.
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Método da soma dos pesos - ETAPAS

1° - Verificar o peso relativo de cada aparelho, conforme estabelecido na Tabela


A.1 (NBR 5626)

2° - Somar os pesos dos aparelhos alimentados em cada trecho da tubulação.

3° - Calcular a vazão em cada trecho da tubulação pela expressão


𝐐 = 𝐂 ∙ 𝐏

4° - Determinar o diâmetro de cada trecho da tubulação, conforme o ábaco

5° - Verificar se a velocidade atende ao limite estabelecido pela norma, pela


expressão:
𝟒𝟎𝟎𝟎∙𝐐
𝐯= 𝟐 , Q (L/s); D (mm); v (m/s) ou ainda v = 14D
𝛑∙𝐃

6° - Verificar a perda de carga dos tubos e conexões, através de ábacos e Tabelas


(A.2 e A.3 – NBR 5626)

7° - Verificar se a pressão se situa dentro dos limites estabelecidos pela NBR 5626
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Dimensionamento das Colunas (Método Hunter)

As colunas são dimensionados trecho por trecho do


esquema vertical da instalação, com as peças que serão
atendidas em cada coluna.

Em vez de ramais longos, usar novas colunas.

Deve se evitar colocar na mesma coluna vasos


sanitários com válvulas de descarga e aquecedores, a
fim de evitar golpe de aríete, apagando o aquecedor
por queda de pressão.

Recomenda-se nos banheiros, uma coluna atendendo


somente as válvulas e outras para atender as demais
peças.

Golpe de aríete: é um fenômeno que se observa no


escoamento de qualquer fluido em conduto
forçado, quando o escoamento é bruscamente
interrompido, gerando rompimento da tubulação e
barulhos excessivos.
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Instalação de válvulas redutoras de pressão em edifícios altos (12 andares)

A – Não há possibilidade de acesso às


válvulas nos andares, sendo somente no
subsolo. A coluna desce do reservatório até o
subsolo e se ramifica em outras duas colunas,
a partir de um barrilete ascendente

B – Possibilidade de zonear o prédio, de tal


modo que as colunas partam de barriletes
descendentes, com as pressões controladas
de acordo com a altura do pavimento.

C – A redução de pressão é feita na própria


coluna de alimentação. A instalação das
válvulas redutoras de pressão devem ser
feitas em locais de fácil acesso e de serventia
comum (corredores, escadas, etc.)

PONTO CRÍTICO: Ponto de encontro entre o


barrilete e a coluna de distribuição
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Instalação de válvulas redutoras de pressão em edifícios altos (12 andares)


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Pressões Estáticas e Dinâmicas Máximas e Mínimas nos Pontos de Utilização (m.c.a)


Diâmetro nominal Pressão Máxima Pressão Mínima
Aparelho
DN (mm) DN (pol) Estática Dinâmica Estática Dinâmica
Aquecedor elétrico de alta pressão 40,0 40,0 1,0 0,5
Aquecedor elétrico de baixa pressão 5,0 4,0 1,0 0,5
Aquecedor a gás (baixa pressão) - 5,0 - 1,0
Aquecedor a gás (alta pressão) - 40,0 - 1,0
Bebedouro 15 ½ - 40,0 - 2,0
Chuveiro de ½” (15 mm) 15 ½ - 40,0 - 2,0
Chuveiro de ¾” (20 mm) 20 ¾ - 40,0 - 1,0
10 3/8
15 ½
Torneira - 40,0 - 0,5
20 ¾
25
Torneira-bóia de caixa de descarga de ½” (15
- 40,0 - 1,5
mm)
Torneira-bóia de caixa de descarga de ½” (20
- 40,0 - 0,5
mm)
Torneira-bóia para reservatório - 40,0 - 0,5
Válvula de descarga 1 ½” (38 mm) - 6,0 2,0 1,2
Válvula de descarga 1 ¼ ” (32 mm) - 15,0 - 3,0
Válvula de descarga 1” (25 mm) - 40,0 - 10,0
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Método da soma dos pesos

Esse método é válido para instalações


destinadas ao uso normal da água e dotadas
de aparelhos sanitários e peças de utilização
usuais;

NÃO se deve aplicar este método quando o


uso é intensivo (como é o caso de cinemas,
escolas, quartéis, estádios e outros), onde
torna-se necessário estabelecer, para cada
caso particular, o padrão de uso e os valores
máximos de demanda
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Ábaco para cálculo de tubulações - Vazões e diâmetros em função dos pesos


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Ábaco de Fair-Whipple-Hsiao para tubulações de aço galvanizado e ferro fundido até 100 mm
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Ábaco de Fair-Whipple-Hsiao para tubulações de aço galvanizado e ferro fundido até 100 mm

Fórmula de Fair-Whipple-Hsiao (tubos de aço carbono, galvanizado ou não): 𝐉 = 𝟐𝟎, 𝟐 ∙ 𝟏𝟎𝟔 ∙ 𝐐𝟏,𝟖𝟖 ∙ 𝐃−𝟒,𝟖𝟖 (kPa/m), Q (L/s), D (mm)

A vazão é dada por: 𝐐 = 𝟐𝟕, 𝟏𝟏𝟑 ∙ 𝐉 𝟎,𝟔𝟓𝟐 ∙ 𝐃𝟐,𝟓𝟗𝟔 (L/s), J (m/m), D (mm)

A perda de carga unitária é obtida através do ábaco ou da expressão anterior. Já a perda de carga total é dada
por:

𝐉𝐭 = 𝐉𝐮 ∙ 𝐋𝐭

Além disso devem ser consideradas as perdas de carga referente as peças empregadas na tubulação, que são as
localizadas ou acidentais, que também são função do material.

Nesse caso será empregado o método dos comprimentos equivalentes, que compara a perda de carga a um
comprimento de tubulação.

Além disso devem ser consideradas as perdas de carga referente as peças empregadas na tubulação, que
apresentam valores diferentes para este tipo de material. O comprimento real será dado da seguinte forma:

𝑙𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐽𝑡 + 𝑙𝑒𝑞
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Perda de carga localizada: Comprimento equivalentes em metros de canalização de aço


galvanizado, conexões de ferro maleável classe 10
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Comprimentos equivalentes em metros para bocais e válvulas


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Tubos e conexões da linha soldável


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Ábaco de Fair-Whipple-Hsiao para tubulações de cobre e plástico até 100 mm


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Ábaco de Fair-Whipple-Hsiao para tubulações de cobre e PVC até 100 mm

Fórmula de Fair-Whipple-Hsiao (plástico, cobre ou liga de cobre): 𝐉 = 𝟖, 𝟔𝟗 ∙ 𝟏𝟎𝟓 ∙ 𝐐𝟏,𝟕𝟓 ∙ 𝐃−𝟒,𝟕𝟓 (kPa/m), Q (L/s), D (mm)

A vazão é dada por: 𝐐 = 𝟓𝟓, 𝟗𝟑𝟒 ∙ 𝐉 𝟎,𝟓𝟕𝟏 ∙ 𝐃𝟐,𝟕𝟏𝟒 (L/s), J (m/m), D (mm)

A perda de carga unitária é obtida através do ábaco ou da expressão anterior. Já a perda de carga total é dada
por:

𝐉𝐭 = 𝐉𝐮 ∙ 𝐋𝐭

Além disso devem ser consideradas as perdas de carga referente as peças empregadas na tubulação, que
apresentam valores diferentes para este tipo de material. O comprimento real será dado da seguinte forma:

𝑙𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐽𝑡 + 𝑙𝑒𝑞
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Perda de carga localizada com equivalência em metros de tubulação de PVC rígido ou cobre
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Tubos e conexões da linha roscável


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Perda de carga em tubulação

Perda distribuída: Perda distribuída: Perda localizada:


escoamento em tubo escoamento em tubo mudança de direção
rugoso, maior perda liso, menor perda de da tubulação.
de carga. carga.
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Exemplo
Dimensione um encanamento (ramal) que alimenta um banheiro, com as seguintes peças:
vaso sanitário com válvula de descarga, um lavatório, um bidê, uma banheira e um chuveiro.

1° passo: Consultar os pesos de cada peça na Tabela A1 (NBR 5626) de peso relativo

Vaso sanitário: 32
Lavatório: 0,3 Diâmetro recomendado
Bidê: 0,1 Vazão (L/s)
Banheira: 1,0 Soma dos pesos
Chuveiro: 0,5

2º passo: Somar os pesos

32 + 0,3 + 0,1 + 1,0 + 0,5 = 33,9

3° passo: Calcular a vazão através da expressão 𝐐 = 𝐂 ∙ 𝐏

Q = 0,3 ∙ 33,9 = 1,75 L/s

Com o valor da vazão igual a 1,75 L/s e somatório dos pesos igual a 33,9, entra-se no ábaco, e
pega o valor da tubulação, que é igual 1 ¼” (32 mm)
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Exercício de fixação
Dimensione as colunas de água fria de um edifício que possui 10
andares, 4 apartamentos por andar. Deve-se adotar hidrômetro
individual na saída de cada barrilete e considerar também o
apartamento do zelador que está localizado no térreo.

Considerar que cada apartamento possui 2 banheiros, uma


cozinha, uma área de serviço.

O apartamento do zelador fica localizado no pavimento térreo, e


possui um banheiro, um dormitório, uma cozinha e uma área de
serviço.

RESOLUÇÃO
1° passo: Identificar os possíveis equipamentos existentes
2° passo: Determinar o somatório de peso de cada apartamento, conforme os equipamentos
apresentados
3° passo: Entrar no ábaco e pegar o diâmetro nominal para cada apartamento
4° passo: Calcular a vazão total

ATENÇÃO: Lembre-se que na saída do reservatório, deve ser somada as vazões de todos os
apartamentos
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Exercício de fixação
RESOLUÇÃO
Identificação dos equipamentos e cálculo do peso de cada apartamento

Equipamento Quantidade Peso relativo Total


Chuveiros 2 0,5 1,0
Lavatórios 2 0,3 0,6
Caixa de
2 0,3 0,6
descarga
Ducha 2 0,4 0,8
Pia de cozinha 1 0,7 0,7
Ponto de filtro 1 0,1 0,1
Tanque 1 0,7 0,7
Máquina de
1 1,0 1,0
lavar
Peso total 5,5

Utilizando o ábaco para esse peso o DN = 1” (25 mm)


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Exercício de fixação
RESOLUÇÃO
Identificação dos equipamentos e cálculo do peso do apartamento do zelador

Equipamento Quantidade Peso relativo Total


Chuveiros 1 0,5 0,5
Lavatórios 1 0,3 0,3
Caixa de
1 0,3 0,3
descarga
Ducha 1 0,4 0,4
Pia de cozinha 1 0,7 0,7
Ponto de filtro 1 0,1 0,1
Tanque 1 0,7 0,7
Máquina de
1 1,0 1,0
lavar
Peso total 4,0

Para esse peso, consultando o ábaco tem-se o DN = 1” (25 mm)


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Exercício de fixação
RESOLUÇÃO

Como são 4 apartamentos por andar, em um total de 10 andares, e o apartamento do zelador


na 4ª coluna, temos o seguinte:

Um barrilete de distribuição para cada coluna para ser distribuída para o barrilete de cada
apartamento

Um barrilete de saída do reservatório para distribuir para cada coluna

Água para consumo Água para consumo

Reserva de Incêndio Reserva de Incêndio

? Peso = 224
DN = 50 mm
Peso = 59
DN = 40 mm

AF1 AF2 AF3 AF4

10 AP 10 AP 10 AP 10 AP + ZEL

TUBOS DE 25 mm
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Exercício de fixação
RESOLUÇÃO

Fazendo o somatório dos pesos de todas as colunas do edifício mais a do zelador, chega-se a
um valor de 224, que segundo o ábaco fornece uma vazão de aproximadamente 4,6 L/s e v =
2,34 m/s.

Vazão aproximada = 4,6 L/s


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Probabilidade de uso simultâneo de aparelhos sanitários


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Exemplo
Dimensione a coluna que vai alimentar 20 banheiros contendo bacia sanitária com caixa
de descarga e lavatório e 10 chuveiros.

RESOLUÇÃO
Consultar a Tabela A.1 – NBR 5626
Peça de utilização Vazão (L/s)
Bacia sanitária com caixa de descarga 0,150
Chuveiro 0,200
Lavatório 0,150

É necessário usar a percentagem de uso para o cálculo da vazão!!! Lembrar que não há
aparelho com válvula, logo o percentual a ser usado é de 42%, logo:

Bacia e lavatório: 20 x 2 x 0,15 x 0,42 = 2,52


Chuveiro: 10 x 0,20 x 0,5 = 1,00
Vazão total de 3,52 L/s, e o DN será de 50 mm
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Curva de percentagens prováveis, em função dos consumos máximos possíveis

QUANDO NÃO SE TEM A TABELA, É POSSÍVEL


USAR ESSE GRÁFICO

Calcular pelo gráfico


O consumo máximo possível é o débito global de todos os aparelhos de uma instalação
O consumo máximo provável é o débito máximo simultâneo dos aparelhos de uma instalação
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Exemplo
Determine o consumo máximo provável dos banheiros e o diâmetro nominal da
tubulação necessária, separadamente, localizados em um refeitório, cujas peças estão
discriminadas abaixo.

Banheiro masculino
Peça Quantidade
Mictório auto aspirante 05
Bacia sanitária com válvula de descarga 05
Lavatório 05

Banheiro feminino
Peça Quantidade
Bacia sanitária com válvula de descarga 08
Lavatório 08
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RESOLUÇÃO
A vazão unitária de cada peça é apresentada abaixo
Banheiro masculino
Peça Vazão (L/s)
Mictório auto aspirante 0,50
Bacia sanitária com válvula de descarga 1,70
Lavatório 0,15

Vazão do banheiro masculino será dada por:

Q = 0,50 x 5 + 1,70 x 5 + 0,15 x 5 = 11,75 L/s = 705 L/min

Entrando no gráfico é possível obter a percentagem máxima provável de uso de 52%,


aproximadamente.

O consumo máximo provável é dado por:

Qprovável = 0,52 x 11,75 = 6,11 L/s

Entrando no ábaco é possível obter o diâmetro de 50 mm


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RESOLUÇÃO
Já para o banheiro feminino temos:

Banheiro feminino
Peça Quantidade
Bacia sanitária com válvula de descarga 1,70
Lavatório 0,15

Vazão do banheiro feminino será dada por:

Q = 1,70 x 8 + 0,15 x 8 = 14,8 L/s = 888 L/min

Entrando no gráfico é possível obter a percentagem máxima provável de uso de 48%,


aproximadamente.

O consumo máximo provável é dado por:

Qprovável = 0,48 x 14,8 = 7,10 L/s

Entrando no ábaco é possível obter o diâmetro de 65 mm


Instalações hidrossanitárias

Número mínimo de aparelhos

Tipo de Banheiros Bebedouros fora


Lavatório Vasos sanitários Mictórios
ocupação ou chuveiros dos banheiros
1 chuveiro para cada
Residência ou
1 para cada banheiro banheiro, sendo a 1 para cada banheiro
apartamento
banheira opcional
Meninos: 1 para cada 75
Escolas primárias 1 para cada 30 alunos 1 chuveiro para cada
1 para cada 75 Meninas: 1 para cada 25 1 para cada 30
20 alunos
Escolas alunos Meninos: 1 para cada 75 meninos
1 para cada 50 alunos (caso haja Ed. Física)
secundárias Meninas: 1 para cada 35
N° N°
N° Aparelhos N° Pessoas
Pessoas Aparelhos
1-15 1 1-15 1
Quando há
16-35 2 16-35 2 mictórios. Instalar
1 vaso sanitário a
36-60 3 36-55 3 menos para cada
1 para cada 75
Escritórios ou mictório, contanto
61-90 4 pessoas 56-80 4
edifícios públicos que o n° vasos não
seja reduzido a
81-110 5 menos de 2/3 do
91-125 5 especificado nesta
111-150 6
tabela
Acima de 125, adicionar 1 Acima de 125, adicionar 1
aparelho para cada 45 aparelho para cada 45 pessoas a
pessoas a mais mais
Acampamentos
1 para cada 30 1 para cada 30
e Instalações 1 para cada 30 operários
operários operários
Provisórias
Instalações hidrossanitárias

Número mínimo de aparelhos

Banheiros Bebedouros fora


Tipo de ocupação Lavatório Vasos sanitários Mictórios
ou chuveiros dos banheiros
N° N°
N° Aparelhos N° Pessoas
Pessoas Aparelhos
1 para cada 10 Quando há
1-100 1-9 1
pessoas 1 chuveiro para cada mictórios. Instalar
15 pessoas dedicadas a 1 vaso sanitário a
atividades contínuas 10-24 2 menos para cada
1 para cada 15
pessoas ou 1 ou expostas a calor mictório, contanto
Estabelecimentos 1 para cada 75 25-49 3
para cada 15 excessivo ou que o n° vasos não
Industriais pessoas
onde houver contaminação da pele 50-74 4 seja reduzido a
risco de com substâncias menos de 2/3 do
> 100 venenosas, infecciosas especificado nesta
agressão da 75-100 5
pele por ou irritantes tabela ou 1 para
substâncias Acima de 100, adicionar 1 cada 50 operários
tóxicas ou aparelho para cada 30
irritantes empregados

N° Pessoas N° aparelhos
1 para cada 8 pessoas. Masc. Fem. Masc. Fem. 1 para cada 25
1 para cada 12 pessoas.
No caso de dormitório 1 - 10 1–8 1 1 homens.
Acima de 12 adicionar 1 1 para cada 75
de mulheres adicionar Acima de 150
Dormitórios lavatório para cada 20 pessoas Acima de 10 homens adicionar
banheiras na razão de pessoas adicionar 1
homens ou para cada 15 um aparelho para cada 25
1 para cada 30 pessoas aparelho para cada
mulheres a mais homens a mais.
a mais 20 pessoas a mais
Acima de 8 mulheres 1 aparelho
para cada 20 mulheres a mais
Instalações hidrossanitárias

Número mínimo de aparelhos


Bebedouros
Tipo de Banheiros
Lavatório fora dos Vasos sanitários Mictórios
ocupação ou chuveiros
banheiros
N° Aparelhos N°

N° Pessoas
N° Aparelhos N° Pessoas aparelhos
Pessoas Masc Fem (M)

1-100 1
1-200 1 1-100 1 1
Cinemas,
1 para cada 100
teatros, 201-400 2 101-200 2 2 101-200 2
pessoas
auditórios e
locais de reunião 401-750 3 201-400 3 3
201-400 3

Acima de 750 pessoas, Acima de 400, adicionar 1 aparelho Acima de 400, adicionar
adicionar 1 aparelho para para cada 500 homens ou 300 1 aparelho para cada
cada 500 pessoas a mais mulheres a mais 300 homens a mais

Altura dos pontos de utilização


Aparelho Altura do ponto (m) Aparelho Altura do ponto (m)

0,20 do piso
Válvula de descarga 1,10 Vaso com caixa acoplada
0,15 à esquerda do eixo

Caixa de descarga 2,00 Banheira 0,30

Bidê 0,30 Chuveiro 2,00 a 2,20

Máquina de lavar roupa e


Lavatório 0,60 0,75
louça

Tanque 0,90 Pia de cozinha 1,00


Instalações hidrossanitárias

Exemplo de dimensionamento de AF de PVC

Dimensione a colune AF-1, de


PVC, que alimenta em cada
pavimento um BWC, com 1 VS
com válvula de descarga, 1 LV e
1 CH, conforme mostrado
abaixo.

Considere pé direito = 3,0 m


Edifício com 8 pavimentos
Comprimento do barrilete até
ao ponto A possui 6,0 m de
tubulação
Instalações hidrossanitárias

Planilha de cálculo

Pesos Comprimento (m) Perda de carga


Vazão DN V Pressão à jusante
Coluna Pavimento Trecho
(L/s) (mm) (m/s) (mca)
Simples Acumulados Real Equiv Total Unitária Total

AF-1 8° A-1

AF-1 7° 1-2

AF-1 6° 2-3

AF-1 5° 3-4

AF-1 4° 4-5

AF-1 3° 5-6

AF-1 2° 6-7

AF-1 1° 7-8

Ver Planilha de cálculo


Instalações hidrossanitárias

Dimensionamento de Encanementos de Recalque

Recalque é o encanamento que vai da


bomba ao reservatório superior

A capacidade horária mínima de bomba é


de 15% do consumo diário.

A vazão mínima a ser admitida é aquela que


exige o funcionamento do conjunto
elevatório durante 6,66 horas por dia.

Na prática pode-se adotar os seguintes


tempos de funcionamento a cada 24 horas

a) Prédios de apartamentos e hotéis: três


períodos de 1 hora e 30 minutos cada;
b) Prédios de escritórios: dois períodos de
2 horas cada;
c) Hospitais: três períodos de 2 horas
cada;
d) Indústrias: dois períodos de 2 horas
cada.
Instalações hidrossanitárias

Dimensionamento de Encanementos de Recalque


O dimensionamento do recalque também pode ser feito através da equação de Forschheimmer

𝟒
𝐃𝐫 = 𝟏, 𝟑 𝐐𝐝 ∙ 𝐗
Onde:
Dr é o diâmetro nominal da tubulação, em metros
Qd é a vazão de descarga, em m3.s-1
X é o número de horas de funcionamento da bomba no período de 24 horas
𝐡
𝐗=
𝟐𝟒
h depende do local e dos períodos de funcionamento.

Exemplo: Deseja-se dimensionar o recalque para um reservatório de um hospital, cujo consumo diário é de
72.560 litros.

Para esse caso o hospital terá três períodos de 2 horas, sendo um total de 6 horas. Logo h = 6
A vazão horária será 15% da vazão diária, logo, tem-se:
0,15 × 72560 −4
m3
Qd = = 1,26 × 10
24 × 3600 × 1000 s

Substituindo na equação de Formschheimmer, temos:


4
Dr = 1,3 1,26 × 10−4 ∙ 6
24 = 0,0103 m = 10,3 mm (15 mm ou 1/2")
Instalações hidrossanitárias

Dimensionamento do Barrilete
Barrilete é o cano que interliga as duas metades da caixa d´água
e de onde partem as colunas de água. Pode ser do tipo
ramificado ou concentrado.
Pode ser dimensionado de duas formas: Método de Hunter ou
pelo Método das Seções Equivalentes
Instalações hidrossanitárias

Dimensionamento do Barrilete
Método de Hunter: A perda de carga deve ser fixada em 8%, e
calcula á vazão como se cada metade da caixa atendesse à
metade das colunas. Conhecendo J e Q, entra no ábaco e calcula
o diâmetro.
Instalações hidrossanitárias

Dimensionamento do Barrilete

Dimensione o barrilete apresentado na Figura ao lado,


considerando as seguintes vazões para as colunas

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