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UFCD 6558
A ATIVIDADE PROFISSIONAL DO TAS
Índice
Introdução..........................................................................................................................................4
Âmbito do manual.........................................................................................................................4
Objetivos.........................................................................................................................................4
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Ufcd 6558 – A Atividade profissional do/a técnico/a auxiliar de saúde
Conteúdos programáticos.............................................................................................................5
Carga horária.................................................................................................................................6
1.1.Perfil profissional.....................................................................................................................7
1.2.Direitos e deveres do/a Técnico/a Auxiliar de Saúde perante o utente que recorre aos
serviços de saúde........................................................................................................................15
1.3.1.Estrutura hierárquica.....................................................................................................19
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Ufcd 6558 – A Atividade profissional do/a técnico/a auxiliar de saúde
2.5.Boas práticas.........................................................................................................................32
3.As implicações éticas no desempenho das funções do/a Técnico/a Auxiliar de Saúde......34
4.Direito de trabalho.......................................................................................................................40
4.1.Contrato de trabalho............................................................................................................40
Bibliografia........................................................................................................................................51
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Ufcd 6558 – A Atividade profissional do/a técnico/a auxiliar de saúde
Introdução
Âmbito do manual
Objetivos
19
Ufcd 6558 – A Atividade profissional do/a técnico/a auxiliar de saúde
Conteúdos programáticos
19
Ufcd 6558 – A Atividade profissional do/a técnico/a auxiliar de saúde
Carga horária
25 horas
1.1.Perfil profissional
O/A Técnico/a Auxiliar de Saúde é o/a profissional que auxilia na prestação de cuidados de
saúde aos utentes, na recolha e transporte de amostras biológicas, na limpeza,
higienização e transporte de roupas, materiais e equipamentos, na limpeza e higienização
dos espaços e no apoio logístico e administrativo das diferentes unidades e serviços de
saúde, sob orientações do profissional de saúde.
ATIVIDADES
1. Auxiliar na prestação de cuidados aos utentes, de acordo com orientações do
enfermeiro.
1.1. Ajudar o utente nas necessidades de eliminação e nos cuidados de higiene e
conforto de acordo com orientações do enfermeiro;
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Ufcd 6558 – A Atividade profissional do/a técnico/a auxiliar de saúde
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COMPETÊNCIAS
SABERES
Noções de:
1. Alcoolismo e a toxicodependência.
2. Alimentação, nutrição, dietética e hidratação: conceitos, classificação,
composição dietética dos alimentos, necessidades no ciclo de vida e terapêuticas
nutricionais.
3. Acesso à saúde.
4. Doenças profissionais: tipologia e causas.
5. Ergonomia: conceito.
6. Estruturas Prestadoras de Cuidados de Saúde: diferentes contextos.
7. Grupos: conceito e princípios de funcionamento.
8. Hepatite e tuberculose.
9. Interculturalidade e género na saúde.
10. Morte e luto.
11. Necessidades humanas básicas.
12. Negligência, mal tratos e violência.
13. Políticas e orientações no domínio da saúde.
14. Direitos e deveres da utente que recorre aos serviços de saúde.
15. Qualidade em saúde.
16. Saúde mental: doença mental e alterações/perturbações mentais: conceito
17. Sistemas, subsistemas e seguros de saúde.
18. Trabalho em equipa: equipas multidisciplinares em saúde.
19. VIH-Sida.
Conhecimentos de:
20. Lavagem, desinfeção, esterilização: princípios, métodos e técnicas associadas.
21. Pele e sua integridade: estrutura, funções, envelhecimento e implicações nos
cuidados de saúde, fatores que interferem na cicatrização, conceito de ferida aguda
e crónica.
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SABERES-FAZER
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SABERES-SER
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No âmbito destes direitos e deveres, devem contribuir para promover os seguintes direitos
dos utentes:
Direito a ser tratado no respeito pela dignidade humana
Direito ao respeito pelas suas convicções culturais, filosóficas e religiosas
Direito a receber os cuidados apropriados ao seu estado de saúde, no âmbito dos
cuidados preventivos, curativos, de reabilitação e terminais
Direito à prestação de cuidados continuados
Direito a ser informado acerca dos serviços de saúde existentes, suas competências
e níveis de cuidados
Direito a ser informado sobre a sua situação de saúde
Direito de obter uma segunda opinião sobre a sua situação de saúde
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Ufcd 6558 – A Atividade profissional do/a técnico/a auxiliar de saúde
O respeito pela pessoa pela sua dignidade intrínseca, constitui um fundamento essencial
para a prestação de cuidados de saúde. A pessoa, com a sua dignidade própria em
resultado da sua condição natural de ser humano, considerada como único na relação
profissional do técnico de saúde, mas sendo portador de uma dignidade inerente a essa
condição e por isso anterior.
Quando uma pessoa que se entrega ao cuidado do técnico de saúde, passa este a
responsabilizar-se pela satisfação das suas necessidades de cuidados, essenciais à sua
sobrevivência. É esta pessoa inserida no mundo que a rodeia, com os seus princípios de
vida e os seus valores, a sua cultura e as suas convicções religiosas, ideológicas e políticas
que se apresenta una à relação de cuidado, que constitui o principal objeto do respeito
demonstrado.
É o respeito pela unidade do todo humano e não apenas por alguma das suas dimensões
que podem apenas teoricamente separar-se, que constitui uma razão fundamental para a
escolha das intervenções que respondam aos problemas éticos com que o técnico de saúde
se defronta.
O respeito que dá importância aos projetos individuais, mas ao mesmo tempo suporta a
construção desses projetos no sentido da humanidade da vida. Um respeito que se traduz
em presença capaz de transmitir a segurança necessária para lidar com situações de
doença particularmente dolorosas. O respeito que se transforma num agir concreto, no
exercício de um papel profissional que implica a responsabilidade pelo Outro.
O respeito pela pessoa constitui assim uma manifestação da capacidade de tomar o Outro
ao seu cuidado, não apenas na dimensão estrita da prestação de determinada intervenção,
mas numa atitude cuidativa global de resposta às necessidades de cuidado apresentadas.
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Ufcd 6558 – A Atividade profissional do/a técnico/a auxiliar de saúde
Uma atitude que mesmo que o julgado necessário ultrapasse a esfera profissional do
técnico de saúde, o obriga a encaminhar para outro profissional que se encontre em
condições e esteja vinculado ao dever de agir.
Deste modo, guiar o seu agir no respeito pela pessoa e pela sua dignidade, implica
procurar o bem-estar como finalidade, em vez de estabelecer objetivos parcelares que
tenham em vista apenas alguns aspetos da situação de saúde/doença da pessoa em causa.
O respeito pela vontade do Outro, implica que a pessoa se encontre em condições
adequadas de consciência. Alterações da formação da vontade, devido a estados de
doença, de envelhecimento ou à menoridade são realidades com as quais o enfermeiro lida
no seu exercício quotidiano.
Respeitar a autonomia do Outro pressupõe que a pessoa se encontre com capacidade
plena de decidir sobre a sua vida. A não ser que, havendo alterações da consciência, não
havendo vontade atual, seja possível conhecer a vontade da pessoa anteriormente
manifestada.
Através da recolha de informação junto dos familiares, por exemplo, é muitas vezes
possível conhecer em que sentido a pessoa dirigia e pretende orientar a sua vida, pelo que
se torna viável respeitar a vontade anteriormente demonstrada.
No caso das crianças, o regime jurídico português estabelece um princípio que respeita a
possibilidade do menor participar nas decisões de saúde. É estabelecido que a criança
participe na construção da decisão sobre as intervenções a ela dirigidas, na medida da sua
capacidade. A menoridade não surge assim como um limite à participação do próprio em
matéria de consentimento em saúde.
Estes princípios hoje consagrados na lei, ficaram patentes no estudo como aplicados pelo
enfermeiro na construção da decisão ética de enfermagem. Com efeito, verifica-se um
recurso a familiares para recolher informação sobre a vontade anterior da pessoa, quando
esta se encontra impossibilitada de o manifestar no momento.
O respeito pela vontade apresenta-se assim como fundamento que determina a decisão
ética do técnico de saúde, independentemente da idade ou das limitações circunstanciais
da pessoa em causa. Um respeito que não se assume como absoluto, mas que entra na
construção da decisão sem afetar a dignidade da pessoa humana.
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De acordo com o Decreto - Lei nº 231/92, compete aos Assistentes Operacionais entre
outras funções as seguintes:
Colaborar sob supervisão, na prestação de cuidados de higiene e conforto aos
doentes.
Auxiliar nas tarefas de alimentação.
Preparar o material para a esterilização.
Ajudar nas tarefas de recolha de material para análise.
Velar pela manutenção do material utilizado nos cuidados prestados aos doentes.
Assegurar o serviço de mensageiro e proceder à limpeza específica dos respetivos
sectores, assim como dos seus acessos.
Assegurar a manutenção das condições de higiene nos respetivos locais de
trabalho.
Com base nas funções que lhe são atribuíveis, enumeram-se as principais atividades que
deverão desenvolver ao longo dos diferentes turnos de trabalho.
TURNO DA MANHÃ:
Receber a “ passagem de turno “
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TURNO DA TARDE:
Receber a “ passagem de turno “
Proceder à limpeza dos diferentes sectores da unidade, de acordo com a Norma de
Limpeza da UCI
Colaborar na administração de alimentos aos doentes (Lanche, Jantar e Ceia)
Receber o material proveniente da esterilização e conferi-lo
Efetuar semanalmente a conferência do material esterilizado existente, de acordo
com listagem existente para esse efeito
Deslocar-se ao serviço de Aprovisionamento a fim de trazer o material de consumo
clínico, se necessário
Colaborar na arrumação do material de consumo clínico, no dia em que o mesmo é
fornecido
Colaborar com os enfermeiros na realização de cuidados de higiene e conforto
Colaborar na realização de eventuais exames complementares de diagnóstico /
tratamento
Proceder à limpeza das unidades sempre que se justifique
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TURNO DA NOITE:
Receber a “ passagem de turno “
Proceder à execução de nastros para a fixação dos tubos traqueais, se necessário
Efetuar a montagem de espátulas e corte de tiras de adesivo, se necessário
Dobrar sacos de diversas cores e arrumá-los nas respetivas caixas, na sala de sujos
Retirar os resíduos sólidos e sacos de roupa suja no final do turno ou sempre que
se justifique
Proceder à limpeza das unidades se tal se justificar
Colaborar com os enfermeiros na realização de cuidados de higiene e conforto
Colaborar na realização de eventuais exames complementares de diagnóstico /
tratamento
Colaborar no transporte de doentes para execução de exames complementares de
diagnóstico ou para o Bloco Operatório
Proceder à limpeza dos diferentes sectores da unidade, de acordo com a Norma de
Limpeza da unidade
Efetuar a reposição do material a existir em cada unidade do doente
Efetuar a reposição de material na sala de trabalho
Colaborar na recolha de espécimes para análise
Transportar ao laboratório os produtos para análises
Efetuar a “ passagem de turno “.
Ocorreu uma profunda mudança na carreira dos profissionais que exerceram funções de
Auxiliar de ação Médica. Com a nova designação de Técnico Auxiliar de Saúde e um novo
referencial de formação com conteúdos e elementos para o desenvolvimento de
competências mais diversificadas, algumas delas tendo feito parte das funções próprias da
carreira de Enfermagem, é-lhes conferido um nível 4 de qualificação no Catálogo Nacional
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Face às características da relação de ajuda o técnico/a de saúde terá que ser portador de
determinadas competências pessoais e requisitos profissionais, devendo para isso
desenvolver as suas capacidades intelectuais, afetivas, físicas, sociais e espirituais.
O técnico/a de saúde que ajuda deve possuir algumas capacidades, nomeadamente:
Ter capacidade de especificar e fazer especificar;
Ter capacidade de respeitar-se a si mesmo e ao utente;
Ter capacidade de ser congruente consigo mesmo e na relação com o utente;
Ter capacidade de ser simpático;
Ter capacidade de confrontar-se e confrontar os outros;
Ter capacidade de escuta.
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Lavar sempre as mãos no início de cada turno, antes e depois de ir comer, antes e
depois de ir à casa de banho
Lavar sempre as mãos ou desinfetá-las com solução alcoólica, quando transita de
doente para doente
O uso de luvas não invalida a lavagem das mãos
O fardamento próprio da unidade não deve ser utilizado quando se desloca ao
exterior
É fundamental a utilização de material de proteção universal (luvas, máscara, etc.)
devendo usá-lo de forma correta e adequada a cada caso.
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Quando se fala de ética, fala-se de reflexão sobre os nossos atos, o nosso carácter,
personalidade. Quando aceitamos a ética, como sendo um conjunto de regras a orientar o
relacionamento humano no seio de uma determinada comunidade social, podemos admitir
a conceptualização de uma ética deontológica, uma ética voltada para a orientação de uma
atividade profissional.
A ética não envolve apenas um juízo de valor sobre o comportamento humano, mas
determina em si, uma escolha, uma direção, a obrigatoriedade de agir num determinado
sentido em sociedade.
A Bioética pode ser entendida como ciência, disciplina ou movimento de intervenção social
e centra a sua atuação, fundamentalmente, no agir da pessoa humana e nas
consequências que daí resultam, pretendendo com isso melhorar as realidades da vida e do
viver. É sobre ela que se alicerçam reflexões sobre a forma como o ser humano, dotado de
racionalidade, dá continuidade à sua espécie e se relaciona entre si e com o meio
ambiente.
A Bioética passou de ciência ou teoria para movimento cultural e social – no fundo,
corresponde à necessidade que a presente sociedade tem de conciliar os conceitos da
moralidade com os conflitos éticos resultantes do evoluir da biomedicina e da tecnologia
científicas, sob pena de comprometer os destinos da vida humana.
A Bioética é uma nova expressão do dever em face da vida”, e como esta reflexão, longe
de ficar circunscrita ao círculo dos cientistas, estendeu-se paulatinamente quer aos
responsáveis políticos, quer à sociedade política em geral”.
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2.5.Boas práticas
As intervenções de saúde são realizadas com a preocupação da defesa da liberdade e da
dignidade da pessoa humana e do profissional
São valores universais a observar na relação profissional:
a) A igualdade;
b) A liberdade responsável, com a capacidade de escolha, tendo em atenção o bem
comum;
c) A verdade e a justiça;
d) O altruísmo e a solidariedade;
e) A competência e o aperfeiçoamento profissional.
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O doente tem direito a ser informado sobre a sua situação de saúde. Esta informação deve
ser prestada de forma clara, devendo ter sempre em conta a personalidade, o grau de
instrução e as condições clínicas e psíquicas do doente.
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A relação entre o Profissional/ Utente resulta na forma como o Profissional deve cuidar do
Utente, com respeito, como uma pessoa que tem o direito de tomar as suas decisões de
ser autodeterminação e que merece a defesa ou a confidencialidade das suas informações.
Na modalidade dos atos jurídicos intencionais é possível distinguir-se a vontade humana,
sendo que esta é considerada para o direito, como a génese da voluntariedade de
determinar Direito – vontade expressa de uma certa ação. Noutros casos para além dessa
voluntariedade, atende-se também ao facto de o agente querer expressar uma
determinada conduta de pensamento.
A vontade funcional encontra-se sempre nos atos intencionais, não tendo no entanto em
todos eles a mesma extensão, processando-se a distinção nos termos seguintes. Em certos
atos jurídicos intencionais, a vontade, embora se refira aos efeitos do ato, não estipula
esses efeitos.
Os efeitos do ato indeterminado, não são fixos tão só pela norma jurídica, como também
pelo agente. Nem a norma nem o agente determinam os efeitos do ato em termos
absolutos. A norma confere uma certa liberdade ao agente na determinação dos efeitos.
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Um ato ilícito pode ser válido, embora produza os seus efeitos sempre acompanhado de
sanções. Da mesma feita, a invalidade não acarreta também a ilicitude do ato.
Os atos jurídicos intencionais, podem distinguir-se entre determinados e indeterminados.
Há nestes atos jurídicos aquilo a que alguns autores chamam: a nota finalista da conduta
humana.
O hospital deve construir-se também como agente de transformação social, ser gerador de
novos conhecimentos e questionar-se sobre as suas próprias práticas numa atitude
reflexiva.
O hospital deve ser formado de uma cultura prospetiva de relação com o exterior, dinâmica
e criativa, e estar disposto a correr riscos e a gerir o imprevisível. Na realidade, o doente
tem direito a receber ensinamentos necessários para compreender e cooperar no
tratamento, preparar-se para o autocuidado e para adquirir o maior grau de autonomia e
independência que o seu estado permita evitar recaídas ou novas crises, bem como
prevenir a doença em geral e promover a sua saúde e dos seus. Nesta preparação deve-se
incluir a família.
Esta preparação só será bem-sucedida se programada e realizada durante o internamento
e não apenas no momento da alta, pois este momento para além do poder ser breve,
também pode ser um momento onde as emoções, preocupações e a ansiedade perturbam
a aprendizagem, essencial à continuidade dos cuidados. A que os serviços públicos de
saúde, se constituam e funcionem de acordo com os seus legítimos interesse.
Parece-nos, que se promovermos a participação da família nos cuidados ao utente
internado, estamos de algum modo a minimizar a solidão (a separação com o meio
exterior), a permitir que o utente seja um sujeito determinado, quer pela sua história quer
pela sua identidade, e não um refém infalível do nosso sistema de saúde.
Se é verdade que muitas vezes a forma de cuidar das nossas instituições conduz a família a
uma perda de dinamismo e criatividade, também é verdade que as famílias vêem os
profissionais como aqueles que “ tudo deverão fazer “.
Neste sentido, é urgente promover não apenas politicas para a família, ajudando-a
mediante a atribuição de recursos adequados e de instrumentos eficazes de apoio quer na
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educação dos filhos quer no cuidado dos anciãos, evitando o afastamento do núcleo
familiar e reforçando os laços entre gerações.
A carta dos direitos da família considera que “... O sistema amplo, onde existir, deve ser
estimado e ajudado, a fim de cumprir o seu papel tradicional de solidariedade e assistência
mútua, respeitando ao mesmo tempo os direitos do núcleo familiar e a dignidade pessoal
de cada membro... “.
Ao imaginarmos uma situação de internamento hospitalar que tradicionalmente permite a
presença física dos familiares por mais ou menos uma ou duas horas por dia, parece-nos
difícil que este direito seja respeitado.
4.Direito de trabalho
4.1.Contrato de trabalho
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Para efeitos do disposto nos números anteriores, o número máximo de contratos a celebrar
é autorizado pelo Ministro de Estado e das Finanças, sob proposta do Ministro da Saúde.
Compete à Administração Central do Sistema de Saúde, IP, com observância do limite
previsto no número anterior, a fixação de quotas para a contratação de pessoal por cada
região de saúde, cabendo à respetiva administração regional de saúde (IP) a sua
distribuição pelos serviços e estabelecimentos.
A celebração de contratos nos termos dos números anteriores é da exclusiva competência
dos titulares dos órgãos máximos de gestão dos respetivos serviços ou estabelecimentos de
saúde.
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Se não houver acordo, cabe ao empregador marcar as férias que não podem ter início em
dia de descanso semanal do trabalhador. E, estas só podem ser marcadas entre o dia 1 de
Maio e 31 de Outubro.
Na marcação das férias, os períodos mais pretendidos devem ser distribuídos, sempre que
possível, beneficiando alternadamente os trabalhadores em função dos períodos gozados
nos dois anos anteriores.
Salvo se houver prejuízo grave para o empregador, devem gozar férias em idêntico período
os cônjuges que trabalhem no mesmo local, bem como os trabalhadores que vivam em
união de facto ou economia comum.
O gozo do período de férias pode ser interpolado, por acordo entre o trabalhador e o
empregador, devendo, porém, ser assegurado o gozo de um mínimo de 10 dias úteis
consecutivos.
Exercício de outra atividade durante as férias
O trabalhador não pode exercer qualquer outra atividade remunerada durante as férias,
salvo se já a viesse exercendo cumulativamente ou o empregador autorizar a isso.
Faltas
Noção
Falta é a ausência do trabalhador no local de trabalho e durante o período em que devia
desempenhar a atividade a que está adstrito.
Nos casos de ausência do trabalhador por períodos inferiores ao período de trabalho a que
está obrigado, os respetivos tempos são adicionados para determinação dos períodos
normais de trabalho diário em falta.
Tipos de falta
As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.
São consideradas faltas justificadas:
a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por altura do casamento;
b) As motivadas por falecimento do cônjuge, parentes ou afins, nos termos do
artigo 251º;
c) As motivadas pela prestação de provas em estabelecimento de ensino, nos
termos do art. 91º;
d) As motivadas por impossibilidade de prestar trabalho devido a facto que não seja
imputável ao trabalhador, nomeadamente doença, acidente ou cumprimento de
obrigações legais;
e) As motivadas pela necessidade de prestação de assistência inadiável e
imprescindível a filho, a neto ou a membro do agregado familiar de trabalhador, nos
termos dos artigos 49º,50º ou 252º;
f) As ausências não superiores a quatro horas e só pelo tempo estritamente
necessário, justificadas pelo responsável pela educação de menor, uma vez por
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A legislação especial pode estatuir sobre carreiras próprias, duração dos períodos de
trabalho, defesa contra os riscos do exercício profissional e garantia de independência
técnica e científica quanto a profissionais que prestam cuidados diretos.
Tendo em vista assegurar, com carácter de subordinação, a satisfação de necessidades
transitórias e urgentes em serviços e estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde
integrados no Serviço Nacional de Saúde, podem ser celebrados, mediante despacho de
autorização do Ministro da Saúde, contratos de trabalho a termo certo para o exercício de
funções correspondentes às das carreiras médica, de enfermagem, de técnico superior de
saúde, de técnico superior de serviço social, de técnico de diagnóstico e terapêutica, de
auxiliar de ação médica e de auxiliar de apoio e vigilância.
Pode, excecionalmente, em termos devidamente fundamentados, recorrer-se à contratação
de outro pessoal que se mostre absolutamente indispensável a garantir apoio
imprescindível à prestação de cuidados de saúde e desde que esgotadas as hipóteses de
recursos aos instrumentos de mobilidade existentes na Administração Pública.
As administrações regionais de saúde devem enviar trimestralmente ao Departamento de
Recursos Humanos da Saúde listagens nominativas do pessoal contratado nos termos do
presente diploma.
Contratação coletiva
Âmbito
Designa-se contratação coletiva a negociação levada a cabo pelas entidades empregadoras,
por um lado, e as associações sindicais em representação dos trabalhadores nelas filiados,
por outro, com vista à celebração de um acordo coletivo de trabalho onde são regulados
diversos aspetos da relação laboral.
Na contratação coletiva as partes encontram-se num plano de igualdade, não podendo
uma delas impor a sua pretensão à outra.
A entrada em vigor de um acordo coletivo de trabalho, pressupõe, necessariamente, a
concordância de ambas as partes relativamente ao teor do seu clausulado.
Ao Estado compete promover a contratação coletiva, de modo que os regimes previstos em
acordos coletivos de trabalho sejam aplicáveis ao maior número de trabalhadores e
entidades empregadoras públicas.
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Bibliografia
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http://www.ordemenfermeiros.pt/
Portal da saúde
http://www.portaldasaude.pt/
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