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DCI-NSAPVD/2012/273-282
Elaborador por:
Alexandre Jumbe Júnior Filipe
Maputo 2016
1
Índice
1.Introdução.................................................................................................................................................. 3
4.1.Definições ........................................................................................................................................... 6
2
1.Introdução
As empresas Moçambicanas necessitam de constantes capacitação dos trabalhadores e
empregadores com vista a prepara-los para uma vida profissional saudável porque de nada serve
uma empresa dispor de um potencial económico e de recursos humanos consideráveis se não
tiver boa prestação e de nada serve um País dispor de um bom conjunto de normas
regulamentares sobre a protecção dos trabalhadores contra os riscos profissionais, mesmo que
providas de sanções, se não forem capazes de convencer todos os intervenientes na relação
laboral da necessidade de mudar comportamentos, adoptar atitudes de Higiene e Segurança no
trabalho e cumprirem as regras que permitam prevenir a ocorrência de acidentes de trabalho nos
locais de actividades.
Com o projecto Saber para Participar, a presente Formação vai abordar aspectos de Higiene e
Segurança no Trabalho como forma de por os Empregadores, Sindicatos e demais participantes
de normas da segurança do trabalho, relacionando a actividade com a frequente versão ao uso
dos equipamentos de protecção individual (EPI). Estes equipamentos, apesar da grande
importância, são deixados de lado pelo Trabalhadores/Empregadores, elevando o risco de
problemas de saúde e acidentes.
Apesar de avanço, muitas tecnologias são desenvolvidas para facilitar o trabalho, mas não são
adoptadas nas práticas do quotidiano, pelas empresas como forma de reduzir a exposição do
trabalhador durante a execução da sua actividade.
Com esta formação, busca-se todos procedimentos de HST, também mostrando os principais
mal, como a Doença Ocupacionais e acidentes de trabalho como causadoras de redução de
produtividade ao nível das empresas.
3
Por outro o crescimento do sector mineiro deve ser acompanhado com medidas cautelares,
através do respeito dos padrões mínimos de prevenção e redução dos riscos de contaminação,
tratamento e responsabilização dos empregadores pelos acidentes de trabalho, que ocorrem com
frequência nas empresas privadas.
Neste contexto, o grande desafio das empresas, o Ministério do Trabalho, é o aumento dos níveis
de investimento na formação de recursos humanos em matéria de saúde, higiene e segurança no
trabalho para assegurar o bem-estar do mercado laboral, ausência de factores nocivos e perigosos
no processo de produção. “Cuidar de um trabalhador é um investimento que deve ser visto como
um dos serviços social, moral e jurídico da empresa, por constituir o principal activo na
aquisição e incremento dos níveis de produção e da economia nacional”, para quem as normas de
saúde, de higiene e de segurança no trabalho não devem ser criadas apenas para satisfazer o
empregador, mas sim, como um dos factores cruciais para o incremento dos níveis de produção,
melhoria das condições de trabalho, dentre outros.
2.Objectivo da Formação
Esta formação visa a incentivar aos participantes a criação de uma cultura contínua de Higiene e
Segurança no Trabalho no posto de trabalho, implementar políticas de redução e prevenção:
Acidentes de Trabalhos, Doenças de Trabalho e Profissionais;
Identificar as principais linhas de enquadramento da Segurança e Saúde no Trabalho
preconizadas pela lei;
Implementar no quotidiano principais medidas de prevenção e protecção adequadas a
cada risco profissionais;
Organização de serviço/ unidade de Higiene e Segurança no Trabalho nos Postos de
trabalho;
Divulgação dos direitos e deveres de trabalhadores e empregadores no âmbito de HST;
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Praticar uma protecção colectiva e individual dos trabalhadores e aplicar um plano de
Segurança na empresa na prevenção e no combate ao incêndio;
Intervenção em primeiros socorros/ emergência e evacuação e gestão do Ambiente e
Qualidade no Posto de Trabalho
3.Resultados esperados
• Fazer conhecer os passos de elaboração de PSS (Plano de Saúde e Segurança) e sua
importância para a Empresa;
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4.1.Definições
Higiene do trabalho ou higiene ocupacional é um conjunto de medidas preventivas
relacionadas ao ambiente do trabalho, visando a redução de doenças ocupacionais.
Doença ocupacional é designação de várias doenças que causam alterações na saúde do
trabalhador, provocadas por factores relacionados com o ambiente de trabalho. Elas se dividem
em doenças profissionais e doenças do trabalho .
Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são adoptadas
visando minimizar os acidentes de trabalho, bem como proteger a integridade e a capacidade de
trabalho do trabalhador.
Saúde no Trabalho: abordagem que integra, além da vigilância médica, o controlo dos
elementos físicos, sociais e mentais que possam afectar a saúde dos trabalhadores.
A higiene e a segurança; são duas actividades que estão intimamente relacionadas com o
objectivo de garantir condições de trabalho capazes de manter um nível de saúde dos
colaboradores e trabalhadores de uma Empresa.
Segundo a O.M.S.- Organização Mundial de Saúde, a verificação de condições de Higiene e
Segurança consiste "num estado de bem-estar físico, mental e social e não somente a
ausência de doença e enfermidade ".
A segurança do trabalho propõe-se combater, também dum ponto de vista não médico, os
acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer educando os
trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.
Para além disso, as condições de segurança, higiene e saúde no trabalho constituem o
fundamento material de qualquer programa de prevenção de riscos profissionais e contribuem, na
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empresa, para o aumento da competitividade, produtividade com diminuição da
sinistralidade.
Prevenção: Conjunto de actuações que contribuem para tornar o risco menor, ou seja, para
minimizar a probabilidade de ocorrência de um evento indesejável.
Princípio da Prevenção
A atitude preventiva deverá transparecer e ser desenvolvida segundo princípios, normas e
programas que visem, entre outros:
A promoção e vigilância da saúde dos trabalhadores;
A educação, formação e informação para promover a segurança, higiene e saúde no
trabalho;
A eficácia de um sistema de fiscalização do cumprimento da legislação relativa à
segurança, higiene e saúde no trabalho.
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Dever de Planificação
É obrigação do empregador planificar a prevenção na empresa,
É obrigação da entidade empregadora, relativamente à organização do trabalho, procurar
eliminar os efeitos nocivos do trabalho monótono e do trabalho cadenciado sobre a saúde
dos trabalhadores.
A entidade empregadora tem por obrigação adoptar medidas e dar instruções que
permitam aos trabalhadores, em caso de perigo grave e iminente que não possa ser
evitado,
É sua obrigação, no domínio do dever de fornecer instruções adequadas aos trabalhadores
ter em consideração se os trabalhadores têm conhecimentos e aptidões em matéria de
segurança e saúde no trabalho que lhes permitam exercer com segurança as tarefas de que
os incumbir.
É sua obrigação permitir unicamente a trabalhadores com aptidão e formação adequadas,
e apenas quando e durante o tempo necessário, o acesso a zonas de risco grave.
Dever de Cooperação
Dever de Informação
Cabe ao empregador a obrigação e aos trabalhadores, assim como os seus representantes na
empresa, estabelecimento ou serviço, o direito, de fornecer/aceder a informação actualizada
sobre:
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Os riscos para a segurança e saúde, bem como as medidas de protecção e de prevenção e
a forma como se aplicam, relativos quer ao posto de trabalho ou função, quer, em geral, à
empresa, estabelecimento ou serviço;
As medidas e as instruções a adoptar em caso de perigo grave e iminente;
As medidas de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação dos
trabalhadores em caso de sinistro, bem como os trabalhadores ou serviços encarregados
de as pôr em prática.
momentos-chave são:
-A quando da admissão do trabalhador na empresa;
-Quando o trabalhador mude de posto de trabalho ou de funções;
-Quando sejam introduzidos novos equipamentos de trabalho ou os já existentes sofram
alterações;
-Quando seja adoptada uma nova tecnologia;.
Dever de Formação
As entidades empregadoras têm o dever de assegurar aos seus trabalhadores uma formação
adequada e suficiente no domínio da segurança, higiene e saúde no trabalho, tendo em conta as
respectivas funções e o posto de trabalho.
Dever de Consulta Prévia
As medidas de higiene e segurança antes de serem postas em prática ou, logo que seja
possível, em caso de aplicação urgente das mesmas;
A designação dos trabalhadores responsáveis pela aplicação das medidas de primeiros
socorros, de combate a incêndios e de evacuação dos trabalhadores, a respectiva
formação e o material disponível;
O material de protecção que seja necessário utilizar;
Se a conduta do trabalhador tiver contribuído para originar a situação de perigo, poderá ser de
qualquer forma apurada a sua responsabilidade nessa medida;
Constituem obrigação dos trabalhadores:
Cumprir as prescrições de segurança, higiene e saúde no trabalho estabelecidas nas
disposições legais ou convencionais aplicáveis e as instruções determinadas com esse fim
pelo empregador;
Zelar pela sua segurança e saúde, bem como pela segurança e saúde das outras pessoas
que possam ser afectadas pelas suas acções ou omissões no trabalho;
Utilizar correctamente, e segundo as instruções transmitidas pelo empregador, máquinas,
aparelhos, instrumentos, substâncias perigosas e outros equipamentos e meios postos à
sua disposição, designadamente os equipamentos de protecção colectiva e individual,
bem como cumprir os procedimentos de trabalho estabelecidos;
Cooperar, na empresa, estabelecimento ou serviço, para a melhoria do sistema de
segurança, higiene e saúde no trabalho;
Comunicar imediatamente ao superior hierárquico ou, não sendo possível, aos
trabalhadores que na empresa ou estabelecimento desempenhem funções de organização
das actividades de segurança, higiene e saúde no trabalho, as avarias e deficiências por si
detectadas que se lhe afigurem susceptíveis de originarem perigo grave e iminente, assim
como qualquer defeito verificado nos sistemas de protecção;
Em caso de perigo grave e iminente, não sendo possível estabelecer contacto imediato
com o superior hierárquico ou com os trabalhadores que desempenham funções
específicas nos domínios da segurança, higiene e saúde no local de trabalho, adoptar as
medidas e instruções estabelecidas para tal situação.
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Dever de Cooperação dos Trabalhadores
Os trabalhadores têm o dever de cooperar para que seja assegurada a segurança, higiene e saúde
nos locais de trabalho, cabendo-lhes, em especial:
Tomar conhecimento da informação e participar na formação, proporcionadas pela
empresa sobre segurança, higiene e saúde no trabalho;
Comparecer aos exames médicos e realizar os testes que visem garantir a segurança e
saúde no trabalho;
Prestar informações que permitam avaliar, no momento da admissão, a sua aptidão física
e psíquica para o exercício das funções correspondentes à respectiva categoria
profissional.
Direito à informação
Direito a Formação
Direito de Participação
Os trabalhadores têm o direito de apresentar propostas; caso detectem riscos profissionais, têm o
direito de, por si ou por intermédio dos seus representantes, apresentar propostas, de modo a
minimizar esses mesmos riscos.
Para tal, assiste-lhes o direito de aceder a todas as informações técnicas objecto de registo,
provenientes de serviços de inspecção e outros organismos competentes no domínio da
segurança, higiene e saúde no trabalho, e ainda a dados médicos colectivos (não
individualizados).
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Direito de consulta prévia
Os trabalhadores ou os seus representantes têm o direito de ser previamente consultados sobre:
os riscos , a equipe que vai constituir a CIPA ou a criação ou a exoneração da equipe responsável
pela segurança e Higiene no trabalho e mais situações.
6. SEGURANÇA NO TRABALHO
Objectivo principal é prevenção de Acidentes de Trabalho.
Para ser alcançado este objectivo é necessário a elaboração de plano de segurança de trabalho
que envolve os seguintes requisitos:
1. As condições de trabalho, o ramo de actividade, o tamanho, a localização da empresa,
etc, determina os meios materiais preventivos;
2. A segurança não deve ficar restrita somente na área de produção, os escritórios,
depósitos, etc, também oferecem riscos cujas implicações afectam a empresa toda;
3. Adaptação da pessoa ao trabalho (selecção de pessoal), adaptação de trabalho a pessoa
(racionalização ao trabalho).
4. Treinamento e doutrinação de técnicos, operários, etc ,controle de cumprimento de
normas de segurança ,simulação de acidentes, inspecção periódica de equipamento de
combate a incêndio, primeiros socorros, distribuição de equipamentos de protecção’;
O que é ACIDENTE ?.
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Se procurarmos num dicionário poderemos encontrar “Acontecimento imprevisto , casual , que
resulta em ferimento , dano , estrago , prejuízo , avaria , ruína , etc ..”
Os acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de factores, entre os quais se destacam
as falhas humanas e falhas materiais.
Vale a pena lembrar que os acidentes não escolhem hora nem lugar. Podem acontecer em casa, no
ambiente de trabalho e nas inúmeras locomoções que fazemos de um lado para o outro, para cumprir
nossas obrigações diárias.
Quanto aos acidentes do trabalho o que se pode dizer é que grande parte deles ocorre porque os
trabalhadores se encontram mal preparados para enfrentar certos riscos.
O que diz a lei ?. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução
da capacidade para o trabalho, permanente ou temporária...”
Ou é o sinistro que se verifica, no local e durante o tempo do trabalho, desde que produza,
directa ou indirectamente, no trabalhador subordinado lesão corporal, perturbação funcional ou
doença de que resulte a morte ou redução na capacidade de trabalho ou de ganho.
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O acidente que ligado ao trabalho, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído
directamente para a morte do trabalhador, para a perda ou a redução de sua capacidade
para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
Lesão corporal é qualquer dano produzido no corpo humano, seja ele leve, como, por exemplo, um
corte no dedo, ou grave, como a perda de um membro.
Perturbação funcional é o prejuízo do funcionamento de qualquer órgão ou sentido. Por exemplo, a
perda da visão, provocada por uma pancada na cabeça, caracteriza uma perturbação funcional.
Acidente com afastamento pode deixar o trabalhador impedido de realizar suas actividades por
dias seguidos, ou meses, ou de forma definitiva. Se o trabalhador acidentado não retornar ao
trabalho imediatamente ou até no dia seguinte, temos o chamado, que pode resultar na
incapacidade temporária, ou na incapacidade parcial e permanente, ou, ainda, na incapacidade
total e permanente para o trabalho.
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A) A incapacidade temporária é a perda da capacidade para o trabalho por um período
limitado de tempo, após o qual o trabalhador retorna às suas actividades normais. Ou
perda total de capacidade para o trabalho durante o dia de acidente ou que se prolongue
por um período menor de um ano. No retorno o empregado assume a sua função sem
redução da sua capacidade. E deve ser mencionada no relatório de acidente e do mês.
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ato abaixo do padrão, condição abaixo do padrão e factor pessoal de insegurança. Vamos
conhecer melhor cada um deles:
Acto inseguro (acto abaixo do padrão): são aqueles que dependem das acções dos
homens como fontes causadoras de acidentes. Ex: deixar de usar equipamento de
protecção individual, entrar em áreas não permitidas e operar máquinas sem estar
habilitado, o não cumprimento de normas, etc. estima –se em 80% a 86% como causa
dos acidentes .
Condição insegura (condição abaixo do padrão): são as condições físicas no ambiente
de trabalho que podem gerar acidentes. Ex: piso escorregadio, ferramentas em mau
estado de conservação e iluminação e ventilação inadequadas, geralmente são
representadas pelas situações da natureza do tipo de trabalho, (estima se 14% a 20%).
Factor pessoal de insegurança: As pessoas cometem actos inseguros ou criam
condições inseguras ou colaboram para que elas continuem existindo, pelo seu modo de
agir. Ex: desconhecimento dos riscos de acidentes, treinamento inadequado, excesso de
confiança, problemas sociais, nervosismo etc.
A ocorrência dos acidentes de trabalho, independente do tipo que ele seja, pode gerar
consequências para a empresa, o trabalhador e a sociedade. Para o trabalhador, por exemplo,
pode causar sofrimento físico, desamparo à família e incapacidade para o trabalho. Já a empresa
pode sofrer com a perda de facturamento, gasto com serviços médicos e perda de tempo e
produtos. Quanto à sociedade, podem existir impactos como: aumento de impostos e do custo de
vida e perda de elementos produtivos.
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NOTA: De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que, desde
2003, adoptou 28 de Abril como Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, ocorrem
anualmente 270 milhões de acidentes de trabalho em todo o mundo. Aproximadamente 2,2
milhões deles resultam em mortes
Todas as despesas não atribuídas aos acidentados mais que estão indirectamente ligadas a elas.
Não são de responsabilidade da empresa seguradora, sedo portanto da responsabilidade da
empresa
São considerados como custo indirecto
Salários pagos durante o tempo perdido por outros tripulantes na hora do acidente e após
o mesmo;
Salários pagos aos inspectores ou supervisores durante o tempo dispendido em
actividades decorrentes do acidente;
Salários pagos aos acidentados não cobertos pela seguradora;
Despesa com treinamento de quem substitui o acidentado;
Custo de material ou equipamento danificado nos acidentes.
Caso a empresa tenha seguro colectivo dos trabalhadores será suportados os custos
segurados/Directos como:
São todas as despesas ligadas directamente ao atendimento do acidentado e são da
responsabilidade da empresa seguradora:
São considerados como custo directo:
Despesas médicas, hospitalares e farmacêuticas necessárias para a recuperação do
trabalho acidentado, para que ele possa a reassumir a sua o mais breve possível:
Pagamento de diária e benefícios aos acidentados:
Transportes do acidentado, etc
Na actividade corrente de uma empresa, compreendeu-se que os custos Indirectos dos acidentes
de trabalho são bem mais importantes que os custos Directos, através de factores de perda como
os seguintes:
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Perda de horas de trabalho pela vítima
Perda de horas de trabalho pelas testemunhas e Responsáveis
Perda de horas de trabalho pelas pessoas encarregadas dos inquéritos
Interrupções da produção,
Danos materiais,
Atraso na execução do trabalho,
Custos inerentes às peritagens e acções legais eventuais,
Diminuição do rendimento durante a substituição
A retoma de trabalho pela vítima
Estas perdas podem ser muito elevadas, podendo mesmo representar quatro vezes os custos
directos do acidente de trabalho.
A diminuição de produtividade esta relacionada com horários de trabalho excessivos e por más
condições de trabalho, nomeadamente no que se refere à iluminação e à ventilação,
demonstraram que o corpo humano, apesar da sua imensa capacidade de adaptação, tem um
rendimento muito maior quando o trabalho decorre em condições óptimas.
Com efeito, existem muitos casos em que é possível aumentar a produtividade simplesmente
com a melhoria das condições de trabalho. De uma forma geral, a Gestão das Empresas não
explora suficientemente a melhoria das condições de higiene e a segurança do trabalho nem
mesmo do ajusto mutuo entre o homem e o seu ambiente de trabalho nos postos, como forma de
aumentar a Produtividade e a Qualidade .
Desta forma pode-se afirmar que na maior parte dos casos a Produtividade
é afectada ,pela conjugação de dois aspectos importantes :
Um meio ambiente de trabalho: que exponha os trabalhadores a riscos profissionais
graves (causa directa de acidentes de trabalho e de doenças profissionais);
A insatisfação dos trabalhadores: face a condições de trabalho que não estejam em
harmonia com as suas características físicas e psicológicas.
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Querendo evitar a curto prazo um desperdício de recursos humanos e monetários e a longo prazo
garantir a competitividade da Empresa , deverá prestar-se maior atenção às condições de trabalho
e ao grau de satisfação dos seus colaboradores , reconhecendo-se que, uma Empresa desempenha
não só uma função técnica e económica mas também um importante papel social.
8.PREVENCÃO DE INCÊNDIOS
O fogo que provoca um incêndio é uma reacção química do tipo oxidação exotérmica, ou seja,
queima de oxigénio com libertação de calor.
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Combustível (sólido, liquido ou gasoso) É toda substância capaz de queimar e alimentar a
combustão.
Comburente (geralmente o oxigénio da atmosfera) É o elemento que possibilita vida às
chamas e intensifica a combustão. O mais comum na natureza é o oxigênio, encontrado
na atmosfera a 21%.
Catalisador (a temperatura)
Triângulo de fogo
1.1.Classificação de Incêndios
Os incêndios são classificados de acordo com os materiais com eles envolvidos bem como a
situação como se encontram, essa classificação é feita para determinar o agente extintor
adequado para o tipo de incêndio específico. Como demonstra o quadro:
Categoria de incêndio Tipos de combustível Principais agentes Cuidados principais
extintores
A Papel, madeira, tecidos, Espuma Eliminação de calor por
trapos embebedados em Soda - ácida saturação com água
óleo, lixos, etc Água
B Líquidos inflamáveis, Gás carbónico (CO2) Neutralização do comburente
óleo e produtos de Pó químico seco com substância não
petróleo (tintas, Espuma inflamável
gasolinas, etc)
C Equipamentos Gás carbónico (CO2) Neutralização do comburente
electrónicos ligados Pó químico seco com substância não
inflamável
D Gazes inflamáveis sob Gás carbónico (CO2) Neutralização do comburente
pressão e combustíveis Pó químico seco com substância não
pirofóricos (magnésio, inflamável
selénio,
antimônio, lítio, potássio,
alumínio fragmentado,
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zinco, titânio, sódio,
zircônio).
Assim a extinção de um incêndio deve ser feita por meio dos seguintes princípios:
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NORMAS BÁSICAS DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
Não fume no local de trabalho.
Respeite as proibições de fumar e acender fósforos em locais sinalizados.
Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados.
Coloque os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados.
Não deixe os equipamentos elétricos ligados após sua utilização. Desconecte-os da
tomada.
Não improvise instalações elétricas, nem efectue consertos em tomadas e interruptores
sem que esteja familiarizado com isso.
Verifique, antes de sair do trabalho, se os equipamentos elétricos estão desligados.
Observe as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou explosivos.
Mantenha os materiais inflamáveis em locais resguardados e à prova de fogo.
AGENTES EXTINTORES
Extintores de Incêndio
Agentes extintores são substâncias que, devido às suas características, quando lançados sobre
um fogo o extinguem.
São inúmeros os agentes extintores existentes, porém os mais comuns são:
Água
Espuma (mecânica ou química)
Gás carbônico (c02)
Pó químico seco (pqs)
Halon
IMPORTANTE
Os extintores de incêndio são aparelhos de primeiros socorros, que carregam em seu interior um
dos tipos de agente extintor acima citados, que deverá ser usado em princípios de incêndio.
O extintor receberá sempre o nome do agente extintor que transporta e deverá ser construído
conforme as normas. Poderá ser:
Portátil
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Após instalado, um extintor nunca poderá ser removido, a não ser quando para uso em combate
ao fogo, recarga, teste ou instrução; estar sempre sinalizado e seu acesso desobstruído.
1. Evitar os riscos
2. Identificar e avaliar os riscos
3. Combater os riscos na origem
4. Adaptar o trabalho às pessoas (nunca o inverso)
5. Ter em conta o estado da evolução da técnica, bem como de novas formas de organização e do
trabalho
6. Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso
7. Planificar a prevenção com um sistema coerente
8. Dar prioridade às medidas de protecção colectiva em relação às medidas de protecção
individual
9. Dar instruções compreensíveis e adequadas às actividades desenvolvidas pelos trabalhadores
Redes de Protecção
Sinalizadores de segurança (como placas e cartazes de advertência, ou fitas zebradas)
Extintores de incêndio
Kit de primeiros socorros
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Quando não for possível adoptar medidas de segurança de ordem geral, para garantir a protecção
contra os riscos de acidentes e doenças profissionais, devem-se utilizar os equipamentos de
protecção individual, conhecidos pela sigla EPI.
Os E.P.I: s de Uso Temporário são aqueles que a empresa fornece aos trabalhadores para a
realização de um trabalho específico sob condição de risco, em situação normal, anormal ou
emergências, após o término do trabalho para higienização, reposição de peças ou materiais,
inspecção, manutenção, etc.
Ex.: máscaras, capas de aproximação, roupas de emergência, cintos de segurança, etc.
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óculos de protecção produtos químicos
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EPI completo recomendado para aplicação de
agrotóxicos.
No interior e exterior das instalações da Empresa , devem existir formas de aviso e informação rápida,
que possam auxiliar os elementos da Empresa a actuar em conformidade com os procedimentos de
segurança .Com este objectivo , existe m conjunto de símbolos e sinais especificamente criados para
garantir a fácil compreensão dos riscos ou dos procedimentos a cumprir nas diversas situações
laborais que podem ocorrer no interior de uma Empresa ou em lugares públicos .A forma geométrica
e o significado dos sinais de segurança, bem como a combinação das formas e das cores e seu
significado nos sinais estão indicados nos quadros seguintes.
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Sinais de aviso/perigo
FORMA
CORES
MATERIAL DE
VERMELHO PROIBIÇÃO COMBATE A
INCÊNDIOS
AMARELO AVISO/PERIGO
SALVAMENTO OU
VERDE
DE EMERGÊNCIA
Formas e cores
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Fornece indicações sobre saídas de
Salvamento ou de
emergência ou meios de socorro ou
emergência
salvamento
Sinais relativos ao
material de combate a Fornece indicações sobre a localização dos
incêndios equipamentos e/ou material de combate a
incêndios
Sinais de proibição:
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Substâncias Substâncias tóxicas Tropeçamento
radioactivas
Sinais de obrigação:
Protecção
Obrigatória do Rosto
Protecção Protecção Protecção
Obrigatória das Obrigatória das Obrigatória do
Mãos Vias Respiratórias Corpo
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Sinais de salvamento ou de emergência:
Telefone para
Salvamento e
Primeiros Socorros
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Direcção a Seguir Direcção a Seguir Direcção a Seguir Direcção a Seguir
Sinais de informação:
12.Riscos Professionais
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12.1 Avaliação de Riscos Profissionais
Todos os anos, milhares de trabalhadores se lesionam no trabalho; outros entram de baixa por
motivos de stresse, de sobrecarga de trabalho; lesões músculo-esqueléticas; problemas de visão;
problemas de audição, problemas respiratórios ou outras doenças relacionadas com o trabalho.
Para além do custo humano que têm para as/os trabalhadores e suas famílias, os acidentes e as
doenças consomem igualmente os recursos dos sistemas de saúde e afectam a produtividade das
empresas.
A avaliação de riscos constitui, pois, a base de uma gestão eficaz da segurança e saúde e é
fundamental para reduzir as doenças profissionais e os acidentes de trabalho. Se for bem
realizada, esta avaliação pode melhorar a saúde e a segurança das/os trabalhadores, bem como,
de um modo geral, o desempenho das empresas.
Concepção de avaliação
A avaliação de riscos é o processo de avaliação para a saúde e segurança das/os
trabalhadores decorrentes de perigos no local de trabalho. É, pois, a análise sistemática
de todos os aspectos do trabalho que identifica:
Aquilo que é susceptível de causar lesões ou danos;
A possibilidade de os perigos serem eliminados e, se tal não for o caso, controlados;
As medidas de prevenção ou protecção que existem, ou deveriam existir, para controlar
os riscos.
Decidir o modo como os riscos podem ser eliminados ou reduzidos – é possível melhorar
as instalações, os métodos de trabalho, o equipamento ou a formação?
Estabelecer prioridades para as medidas a tomar, com base na dimensão dos riscos,
número de trabalhadores afectados.
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Pôr em prática medidas de controlo.
Verificar se as medidas de controlo funcionam.
As necessidades de formação e informação.
As necessidades da vigilância da saúde dos trabalhadores.
A Empresa deve constituir uma Equipe de SHT ou CIPA (Comissão interna de prevenção de
Acidente segundo a Lei de Trabalho)
É uma equipe que pode ser composta por um coordenador e os seus respectivos adjuntos com
funções bem definidas ao nível da SHT na empresa.
E a equipe reuni-se regularmente para avaliar e aprovar novas normas e divulgar aos trabalhador
e propor capacitação aos trabalhadores de acordo com as necessidades da empresa.
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Funções da comissão SST (Segurança e saúde no trabalho)
A Comissão terá nomeadamente algumas destas funções:
Efectuar inspecções periódicas a todas as instalações e material que tenha a ver com a
SST.
Verificar o cumprimento das disposições legais e contratuais, bem como regulamentos
internos e instruções em matéria de SST.
Solicitar e apreciar as sugestões do pessoal.
Esforçar-se por assegurar o concurso de todos os trabalhadores com vista a um
verdadeiro espírito de Saúde e Segurança.
Providenciar formação, instrução e conselhos necessários em matéria de SST a todos os
trabalhadores admitidos pela primeira vez ou que mudem de posto de trabalho.
Examinar as circunstâncias e as causas de cada um dos acidentes ocorridos, bem como,
apresentar recomendações destinadas a evitar a repetição de acidentes e melhorar as
condições de SST.
Mapa de Riscos é a representação gráfica dos riscos de acidentes nos diversos locais de
trabalho, inerentes ou não ao processo produtivo, devendo ser afixado em locais acessíveis e de
fácil visualização no ambiente de trabalho, com a finalidade de informar e orientar todos os que
ali actuam e outros que, eventualmente, transitem pelo local.
No Mapa de Riscos, são círculos de cores e tamanhos diferentes mostram os locais e os factores
que podem gerar situações de perigo em função da presença de agentes físicos, químicos,
biológicos, ergonómicos e de acidentes/Mecênicos
Veja a figura
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Os Riscos Profissionais dividem-se em dois grandes grupos
Ruído
Vibrações
Ambiente Térmico
Radiações
Para a colheita de Tabaco é apontada como a etapa mais desgastante para a saúde do
Trabalhador/agricultor, seguidas pela secagem e aplicação de defensivos. Geralmente durante a
colheita, o período em que as condições de trabalho são desfavoráveis para o bem estar físico e
mental dos agricultores. Isso se deve ao fato dos trabalhadores executarem suas actividades ao ar
livre, principalmente a céu aberto e em condições ergonómicas prejudiciais, exigindo um grande
esforço físico.
Poeiras
Fibras
Gases
Fungos
Bactérias
Virus
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Fungos
Riscos Ergonómicos
Posturas Incorrectas
Exigência de esforço físico intenso,
Levantamento e transporte manual de pesos,
Postura inadequada no exercício das actividades,
Exigências rigorosas de produtividade,
Períodos de trabalho prolongadas ou em turnos,
Actividades repetitivas
Controle rígido de produtividade,
Situação de estresse,
Imposição de rotina intensa.
Incêndio
Circulação de pessoas e máquinas
Utilização de equipamentos de trabalho
Eléctricos
Manuseamento de substâncias químicas
Movimentação manual e mecânica de cargas
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O primeiro socorros pode ser prestado com qualquer funcionário desde que tenha recebido uma
formacao especifica para tal.
1. O que são os Primeiros Socorros?
Entende-se por primeiros socorros o conjunto de actuações e técnicas que permitem dat atenção
Imediata a um acidentado, até que chegue a assistência médica profissional, de modo a que as
lesões sofridas não piorem.
2. Conselhos gerais de socorrismo
Existem 10 considerações que devem sempre ser tidas em conta, como atitude a ter perante os
acidentes. Seguir estes 10 conselhos permite evitar cair nos erros que mais habitualmente se
cometem ao socorrer acidentados, conseguindo-se deste modo não agravar as suas lesões.
Portanto, recomenda-se que leia atentamente cada um destes conselhos:
1. Manter-se calmo
Não perder a calma é fundamental para se poder actuar de forma correcta, evitando erros
irremediáveis.
2. Evitar aglomerações
Não se deve permitir que o acidente se converta num espectáculo. Ao evitar-se a histeria
colectiva, o socorrista tem mais facilidade em agir.
3. Saber impor-se
É preciso tomar a situação e dirigir a organização dos recursos e a posterior evacuação do ferido.
4. Não mover o ferido
Como norma básica e elementar, não se deve mover ninguém que tenha sofrido um acidente
enquanto não se tiver a certeza de que se pode realizar movimentos sem que haja riscos de piorar
as lesões já existentes. Não obstante, existem situações em que a deslocação deve ser imediata,
nomeadamente quando as condições ambientais assim o exijam ou quando deva ser realizada a
operação de reanimação cardio-pulmonar.
5. Examinar o ferido
Deve efectuar-se uma avaliação preliminar que consiste em determinar as situações em que haja
a possibilidade de morte imediata.
6. Tranquilizar o ferido
Os acidentados ficam normalmente assustados, desconhecem as lesões que sofreram e
necessitam de alguém em quem confiar nesses momentos de angústia.
Todas empresa são obrigadas a prestar primeiros socorros em qualquer situação minimizado o
sofrimento do trabalhador em causa para tal pode ser prestados por pessoal treinado ou prestação
de serviço por terceiros.
As empresas devem ter Kits de primeiros socorros em locais devidamente identificados e com
itens regularmente vigiado para caso de validade exemplos de itens que pode constar em Kits de
primeiros socorros:
Todos os itens devem ser colocados numa caixa plástica apropriada para mantê-los limpos e
secos.
É necessario sempre o controle de validade de alguns itens dentro de Kit e ser substituido quando
necessário.
Para consolidar a aula de primeiros socorros sera projectado vídeos com várias intervenões.
Para o cumprimento de normas de HST temos seguintes instrumentos de consulta para qualquer
esclarecimento de dúvida:
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Lei de Trabalho nº 23/2007, de 1 de Agosto (Capitulo VI)
Decreto nº 62/2013 – Regime Jurídico dos Acidentes e Doenças Profissionais.
Decreto nº 61/2006, de 26 de Dezembro – técnicas de prevenção em actividades de
mineração.
Diploma Legislativo nº 48/73, de 5 de Julho – Regulamento Geral de HST na Indústria
Diploma Legislativo nº 120/71, de 20 de Novembro – Na construção civil
Convenções de OIT
ISO / OSHA
Como forma de dar uma contribuição para o conhecimento dos interessados, sobre a Legislação
de Higiene e Segurança no Trabalho há muito em vigor no País, vem através deste tema,
identificar alguns diplomas legais definidores de normas gerais e especificas que regulam o
regime jurídico aplicável em estabelecimentos industriais e outros ramos de actividades, no seu
conjunto visando como objectivos seguintes:
Porquanto, devido a cada vez mais crescente número de desastres profissionais nos locais de
trabalho, e com a sociedade a atribuir a esse fenómeno a suposta ausência da Legislação de
Segurança em Moçambique, e como resulta do estudo realizado, fácil foi concluir que se tratava
de um falso problema, pois, desde o passado colonial até após independência nacional, sempre
vigorou um regime jurídico, consagrando normas próprias que protegem a saúde e a integridade
no trabalho.
1.1. Diploma Legislativo nº 48/73, de 5 de Julho, que aprova o Regulamento Geral de HST em
estabelecimentos industriais. Este diploma legal, constitui o quadro de normas aplicáveis em
todos os sectores da indústria, com objectivo de prevenção de riscos profissionais no ramo
industrial do País. Possui 162 artigos, que se resumem em termo do conteúdo das suas
normas o seguinte:
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Dever dos empregadores e dos trabalhadores ao cumprimento das normas de HST (artigo
3 e 4).
Previsão de normas aplicáveis para garantir a saúde em actividades industriais, tais como:
abastecimento de água, limpeza dos locais de trabalho, evacuação de resíduos, contra
roedores e insectos, condições ergonómicas, instalações sanitárias, vestiários e refeitórios
(artigo141 a 148).
43
1.2. Decreto nª 61/2006, de 26 de Dezembro, aprovando o Regulamento da Segurança Técnica e
Saúde dos trabalhadores em actividades geológico-mineiras, contendo normas e praticas
técnicas que definem as condições de HST, medidas de prevenção de riscos típicos de
actividades de mineração, associado também ao Diploma Ministerial nº 96/81, de 16 de
Dezembro, que aprova o Regulamento de Higiene e Segurança dos Trabalhadores em
actividades de mineração subterrânea.
1.3. Decreto nº 62/2013, de 4 de Dezembro que aprova o regime jurídico de acidentes e doenças
profissionais, em revogação do anterior regime aprovado pelo Diploma Legislativo nº1706,
de 19 de Outubro de 1957.
Este ultimo Diploma Legal com 75 artigos, consagra normas especiais que estabelecem o regime
dos acidentes e doenças profissionais, incluindo os direitos a reparação, à assistência médica,
indemnização e pensões, bem como os pressupostos que determinam a transferência de
responsabilidade civil à cargo das entidades seguradoras.
E mais, para além de definir regras relativas aos direitos dos sinistrados, consagra normas que
delimitam os conceitos e caracterização de acidentes e doenças profissionais, bem como um
conjunto de regras aplicáveis na prevenção de riscos nos locais de trabalho.
A grande inovação deste regime actualizado, tem a ver com a revisão dos valores das pensões e
indemnização por acidentes e doenças profissionais antes fixando-se em valores insignificantes
que não iam para além de 10.00Mt, para os actuais valores fixados em 25%, 80%, 90%, 30%,
conforme o estabelecido nos seus artigos 45,46,47,48,49.50,52,53 e 56.
A outra inovação tem haver com a maior intervenção dos intervenientes como Procuradoria da
Republica, Tribunais Judiciais, Inspecção Geral do Trabalho e Empresas de Seguro para gestão
de questões de saúde e responsabilidade na situação de riscos, para além ainda da previsão da
norma que permite a revisão dos valores em função de oscilação do salário mínimo.
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A ISO é a Organização Internacional de Normalização (International Organization for
Standardization), fundada em 1946 com sede na cidade de Genebra na Suíça, com o propósito de
desenvolver e promover normas que possam ser utilizadas por todos os países do mundo.
Qualidade é o grau no qual um conjunto de características satisfaz a um requisito. Para uma
organização qualidade significa satisfação dos clientes (internos e externos).
Todas atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização no sentido de possibilitar
a melhoria de produtos/serviços com vista a garantir a completa satisfação das necessidades dos
clientes.
ISO 9001: esta norma é um modelo de garantia da qualidade que engloba as áreas de
projecto/desenvolvimento, produção, instalação e assistência técnica.
ISO 9002: esta norma é um modelo de garantia da qualidade que engloba a produção e a
instalação.
ISO 9003: esta norma é um modelo de garantia da qualidade em inspecção e ensaios finais.
As normas ISO 9000 e ISO 9004 revelam as directrizes para selecção, uso das normas e para a
implementação de um sistema de gestão de qualidade.
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AS NORMAS DA SÉRIE 14000
• ISO 14004 - Sistemas de Gestão Ambiental - Directrizes, Princípios Gerais e Técnicas de
Apoio;
• ISO 14010 - Directrizes para Auditoria Ambiental - Princípios Gerais da Auditoria
Ambiental;
• ISO 14011 - Directrizes para Auditoria Ambiental - Procedimentos - Auditoria de
Sistemas de Gestão Ambiental;
• ISO 14012 - Directrizes para Auditoria Ambiental - Critérios de Qualificação para
Auditores Ambientais.
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15.Bibliografias consultadas
Legislação laboral vigente no Pais;
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