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Esta saciedade em que se reconhece o fim do desejo, nós a vimos condicionada por uma
experiência certamente complexa, mas essencialmente social em sua origem, seu exercício e seu
sentido.
A psicose paranóica de autopunição, com efeito, não revela apenas seu valor de fenômeno de
personalidade por seu desenvolvimento coerente com a história vivida do sujeito (v. parte II,
capo3), seu caráter de manifestação ao mesmo tempo consciente (delírio) e inconsciente
(tendência auto punitiva) do ideal do eu, e sua dependência das tendências psíquicas próprias às
relações sociais (tensões traduzidas imediatamente tanto nos sintomas e conteúdos do delírio
quanto em. sua etiologia e seu desenlace reacional).
Inexplicáveis isoladamente, os fenômenos atribuíveis à paranoia manifestam-se
ordenadamente sob determinadas condições essencialmente sociais e de
maneira cíclica.
Ao contrário,