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Teorema Da Função Implicita Jaime Chamorro
Teorema Da Função Implicita Jaime Chamorro
I 00 × J 00 ⊂ I × J e
∂f
(x, y) > c, (3)
∂y
para todo (x, y) ∈ I 00 × J 00 . Além disso, como ∂f
∂x
é contı́nua e I 00 × J 00 é compacto, existe M > 0
tal que
∂f
(x, y) 5 M, (4)
∂x
1
se x, ξ ∈ I 0 e y ∈ J 00 . Seja (ξ, η) como no Lema 1 para (a, b) = (p, q), então segue de (1) e (5) que
∂f ∂f
−εc + (y − q)
(p, η) < f (x, y) − f (p, q) < εc + (y − q) (p, η). (6)
∂x ∂x
Em particular, fazendo y = q + ε, de (3) junto com primeira desigualdade de (6) segue que
∂f
(p, η) < f (x, q + ε) − f (p, q).
0 < −εc + ε
∂x
Da mesma forma, fazendo y = q − ε, de (3) junto com segunda desigualdade de (6) segue que
∂f
f (x, q − ε) − f (p, q) < εc − ε
(p, η) < 0.
∂x
Portanto fixando x ∈ I0 e fazendo kx (y) = f (x, y) − f (p, q), y ∈ J 0 , temos que
kx (q − ε) < 0 < kx (q + ε).
Seja J 0 = (q − ε, q + ε). Temos que J 0 ⊂ J 00 e pelo T.V.Int.‡ existe yx ∈ J 0 tal que kx (yx ) = 0, i.e.,
f (x, yx ) = f (p, q).
Mas tal yx é único, pois kx é injectiva já que kx 0 (y) = ∂f
∂y
(x, y) > 0, para todo y ∈ J0 .
Diferenciabilidade contı́nua. Seja φ : I → J onde φ(x) é o único elemento de J 0 tal que
0 0
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Funções de três variáveis ou mais variáveis
Proposição 3 (Teorema do Valor Médio). Seja g : U → R uma função de classe C 1 , onde U ⊂ Rn
é um conjunto aberto§ e convexo¶ . Dados p, q ∈ U existe ξ no segmento que liga p e q tal que
n
X ∂g
g(q) − g(p) = (qi − pi ) (ξ),
i=1
∂xi
Pelo mesmo argumento na demosntração do Lemma 1 (usando h(y) = f (a1 , a2 , . . . , an , y), para todo
y ∈ J), vemos que as segundas parcelas dos lados direitos das equações (9) e (10), para um certo η
entre y e b, são iguais.
Agora, fixando y ∈ J e considerando a função gy (x1 , x2 , . . . , xn ) = f (x1 , x2 , . . . , xn , y), para
todo (x1 , x2 , . . . , xn ) ∈ I e usando a Proposição 3, obeservamos que as primeiras parcelas dos lados
esquerdos das equações (9) e (10), para um certo ξ = (ξ1 , ξ2 , . . . , ξn ), são iguais.
Teorema 5 (Teorema da Função Implı́cita). Sejam I = I1 × I2 × · · · × In uma caixa aberta de Rn , J
um intervalo aberto de R e f : I × J → R, uma função de classe C 1 . Se (p1 , p2 , . . . , pn , q) ∈ I × J é
tal que ∂f∂y
(p1 , p2 , . . . , pn , q) 6= 0. Então existem ε, δ > 0 tais que: para todo x = (x1 , x2 , . . . , xn ) com
xi ∈ Ii 0 = (pi − δ, pi + δ), i = 1, 2, . . . , n, existe um único y ∈ (q − ε, q + ε) = J 0 satisfazendo
3
Ainda mais, φ é de classe C 1 e
∂f
∂φ ∂xi
(x1 , x2 , . . . , xn , φ(x1 , x2 , . . . , xn ))
(x1 , x2 , . . . , xn ) = − ∂f ,
∂xi ∂y
(x 1 , x2 , . . . , x n , φ(x 1 , x2 , . . . , x n ))
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Demonstração. Faremos indução sobre k. O caso k = 1 é o Teorema 5. Nossa hipótese de indução
∂(f1 ,f2 ,...,fm+1 )
é que o resultado é verdadeiro para k = m. Se k = m + 1, como ∂(y 1 ,y2 ,...,ym+1 )
(p, q) 6= 0, existem
∂fi
i, j ∈ {1, 2, . . . , m + 1} tais que ∂yj (p, q) 6= 0. Sem perda de generalidadek podemos supor que
∂fm+1
∂ym+1
(p, q) 6 0. Assim, aplicando o Teorema 5 à função fm+1 , existem caixas abertas I 00 ⊂ I e
=
J ⊂ J, contendo p e q, respectivamente, e uma função de classe C 1 ψ : I 00 × K 00 → Jm+1 00 , onde
00
além disso
∂fm+1 ∂fm+1 ∂ψ
+ = 0 j = 1, 2, . . . , m, (12)
∂yj ∂ym+1 ∂yj
para todo j = 1, 2, . . . , m. Seja g : I 00 × K 00 → Rm , onde g = (g1 , g2 , . . . , gm ) e
para todo i = 1, 2, . . . , m e para cada (x, y1 , y2 , . . . , ym ) ∈ I 00 × K 00 . Pela regra da cadéia temos que
∂gi ∂fi ∂fm+1 ∂ψ
= + , i, j = 1, 2, . . . , m . (13)
∂yj ∂yj ∂ym+1 ∂yj
Em particular, para ym+1 = ψ(x, y1 , y2 , . . . , ym ) temos que
∂(f1 , f2 , . . . , fm , fm+1 ) ∂(g1 , g2 , . . . , gm ) ∂fm+1
(x, y) = (x, y1 , y2 , . . . , ym ) (x, y),
∂(y1 , y2 , . . . , ym , ym+1 ) ∂(y1 , y2 , . . . , ym ) ym+1
pois para calcular o determinante do lado esquerdo substituimos a j-ésima coluna da matriz pela
soma desta com sua (m + 1)-ésima coluna multiplicada por ∂ψ
yj
e usando (12) e (13) obtemos o lado
∂(g1 ,g2 ,...,gm )
esquerdo. Logo ∂(y 1 ,y2 ,...,ym )
(p, q1 , q2 , . . . , qm ) 6= 0 e, pela hipótese de indução, existem caixas abertas
I ⊂ I e K ⊂ K , contendo p e (q1 , q1 , q2 , . . . , qm ), respectivamente, e funções de classe C 1
0 00 0 00
φ1 , φ2 , . . . , φm : I 0 → K 0 ,
tais que
para todo x ∈ I 0 . Finalmente, fazendo φm+1 (x) = ψ(x, φ1 (x), φ2 (x), . . . φm (x)), para todo x ∈ I 0 ,
J 0 = K 0 × Jm+1 0 e φ = (φ1 , φ2 , . . . , φm , φm+1 ) temos que φ : I 0 → J 0 é de classe C 1 com
Logo
k
Em caso contrário consideramos uma nova aplicação f˜ permutando fi e yj com fm+1 e ym+1 , respectivamente.