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ÍNDICE

Capa..................................................................................................................................................1

Índice.................................................................................................................................................2

Significado e matéria da sua nova faixa............................................................................................3

Grandes Mestres...............................................................................................................................6

Conhecendo o Dojo...........................................................................................................................8

Continuando os Números em Japonês...........................................................................................11


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Amarela (6º Kyu): O Sol. Da mesma forma que o sol nasce todos os dias, o seitôwa
(aluno) dessa graduação nasce para o Karate dando inicio a longa caminhada em seu
aprendizado.

Essa faixa, pela sua vibração, dá mais energia física, mostrando que agora, mais do que
nunca é necessária força de vontade para não desistir da conquista dos seus ideais. Persistência,
força física, estímulo e poder são seus traços típicos.

Assim como o sol nascente, o conhecimento começa a aflorar para o iniciante. Agora ele
pode vislumbrar um pouco da iluminação da descoberta e da realidade do que é o Karatê.
Entretanto, assim como o amarelo é uma cor primária, isto é, não pode ser formado pela mistura
de outras cores, ele também deve manter-se puro dentro da escola de Karatê que escolheu ainda
evitando misturar outras coisas aos conhecimentos que está recebendo para não se confundir
dentro do verdadeiro Karatê.

MATÉRIA:

KATÁS

 Taikyoku Guedan Dai Ichi


 Taikyoku Guedan Dai Ni
 Taikyoku Kake Uke Dai Ichi
 Taikyoku kake Uke Dai Ni

DACHI

• Nekoashi Dachi (Postura do gato)


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UKE WAZA (técnica de defesa) em deslocamento.

• Kake Uke/Sanchin Dachi

• Kake Uke/Nekoashi Dachi


• Soto Uke (defesa média de fora para dentro)/Sanchin Dachi
• Soto Uke (defesa média de fora para dentro)/Zenkutsu Dachi
• Yoko Uke Shita Barai/Sanchin Dachi

TE WAZA em deslocamento.
• Ura Uchi/Sanchin Dachi
• Shuto Uchi/Zenkutsu Dachi
• Gyaku Zuki/Zenkutsu Dachi (soco invertido)
• Kizami Tsuki/Zenkutsu Dachi (soco c/mão da frente)

HIJI WAZA (Técnica de cotovelo) em deslocamento.


• Mae Hiji Ate/Zenkutsu Dachi (Golpe com o cotovelo para frente a nível Chudan)

KERI WAZA (técnica de chute) em deslocamento.

• Sokuto Geri/Hanzenkutsu Dachi

• Kansetsu Geri/Shiko Dachi Shakaku

TENSHIN UKE (Depois de cada técnica voltar em Heiko Dachi)

• Iniciasse em Heiko Dachi


• Para frente Jodan Age Uke em Sanchin Dachi Migi
• Para frente Jodan Age Uke em Sanchin Dachi Hidari
• Para trás Chudan Uke em Zenkutsu Dachi Hidari
• Para trás Chudan Uke em Zenkutsu Dachi Migi
• Para o lado esquerdo Gedan Harai Otoshi Uke em Shiko Dachi Shakaku Hidari

• Para o lado direito Gedan Harai Otoshi Uke em Shiko Dachi Shakaku Migi
• Executar Mawate com o pé direito passando pela frente terminando em Kake Uke em
• Nekoashi Dachi Hidari
• Executar Mawate com o pé esquerdo passando pela frente terminando em Kake Uke em
Nekoashi Dachi Migi
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• Executar Mawate com o pé direito passando por trás terminando em Mawashi Uke em
Nekoashi Dachi Migi para trás
• Executar Mawate com o pé esquerdo passando por trás terminando em Mawashi Uke em
Nekoashi Dachi Hidari para trás.
• Terminar em Heiko Dachi na mesma direção que começou. SHIHO IDO
• Jodan Uke /Sanchin Dachi/Gyaku Tsuki
• Chudan Uke /Zenkutsu Dachi/Gyaku Tsuki
• Gedan Barai/Shiko Dachi Shakaku/Gyaku Tsuki
• Kake Uke/Nekoashi Dachi/Kizami Geri

YON HON DOSA


• Mae Geri/Zenkutsu Dachi/Mae Hiji Ate/ Ura Ken Uchi/ Gedan Harai Othoshi Uke/ Gyaku Zuki

KATA EM HEIKO DACHI (sem desloamento)


• Taikyoku Guedan Ichi e Ni
• Taikyoko Kake Uke Ichi e Ni

SHIAI KUMITE: (veja em conhecimentos gerais/fundamentos).


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GRANDES MESTRES

KANRYO HIGAONNA
O Sensei Kanryo Higaonna nasceu a 10 de março de 1853 em Naha, cidade capital de
Okinawa. Seu pai, kanryo era um mercador que negociava entre as pequenas ilhas de Okinawa.
Desde muito novo Kanryo Higaonna ajudava o seu pai no trabalho que exigia grande
esforço físico, permitindo-lhe desenvolver um corpo forte.
Kanryo Higaonna ainda trabalhava com o seu pai quando este, subitamente, morreu.
Kanryo resolve então estudar artes marciais e para isso viaja para fuzhou, China. Chegou a
Fuzhou em 1869 com 16 anos de idade. Uma vez em Fuzhou, estudou artes marciais chinesas
com o Sensei Ryu Ryu Ko. Em breve ascendeu a "Uchi Deshi" (discípulo privado) permanecendo
na china subordinado à instrução severa do seu professor durante cerca de 13 anos. Além de
estudar artes marciais de mãos vazias, estudou também as técnicas de armas e medicamento
herbário chinês. O Sensei Ryu Ryu Ko estimulou largamente o seu aluno e autorizou-lhe o
domínio destas artes, uma honra raramente outorgada. Tal era a habilidade de kanryo Higaonna
nas artes marciais que a sua fama foi difundida ao longo de diversos anos.
Pelo ano de 1881 Kanryo Higaonna regressou a Okinawa. Aí ensinou estas artes marciais,
conhecidas como naha-te entre os jovens de Okinawa.
Sensei Chojun Miyagi (fundador do Goju Ryu e sucessor de Kanryo Higaonna) disse de
Kanryo Higaonna," o meu mestre possuí uma força incrível; a severidade do treino que ele sofreu
na china está além da compreensão... A velocidade e poder do Sensei Kanryo eram
verdadeiramente sobre-humanos; as mãos deles e pés moviam-se mais rapidamente que a luz".
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No entanto, as palavras não podem expressar a sua real habilidade. Apenas podemos dizer que a
sua habilidade era incrível, o que mesmo assim não lhe faz justiça.

Quando ensinava, Sensei Kanryo Higaonna era extremamente duro. Porém, na sua vida
normal era um homem sereno, humilde e reconhecido pelo seu caráter virtuoso.
Levou uma vida simples e completamente dedicada ao estudo e prática das artes marciais.
Há muitas histórias relacionadas com a vida e o treino do Sensei Kanryo Higaonna. O
poder das perdas dele era lendário, tanto que, em Okinawa era frequentemente chamado de
"Ashi no Higaonna" (pernas de Higaonna). O seu caráter virtuoso era extremamente conhecido e
respeitado e a sua popularidade fez com que as pessoas de Naha o designassem de "Higaonna
Tanmei", situação que refletia o afeto e respeito que eles tinham para com este grande homem e
supremo artista marcial.
Além da habilidade inigualada de kanryo Higaonna nas artes marciais, o Sensei dedicou-se
a divulgar as artes marciais chinesas para as pessoas de Okinawa.
Para ensinar os jovens de okinawa desenvolveu um método pedagógico cujo objetivo era
desenvolver a mente e o corpo, isto é, alcançar o bem-estar físico e psicológico.
A primeira ocasião na qual a arte previamente reservada de Naha-Te se "abriu" para a
sociedade em geral, aconteceu em outubro de 1905, quando o Sensei Kanryo Higaonna começou
a ensinar na escola secundária e comercial de Naha.
O Sensei Kanryo Higaonna faleceu em dezembro de 1915 com 63 anos com um caminho
de vida totalmente dedicado ao Karate.
O Sensei Kanryo Higaonna é recordado com o título "kensei (punhos sagrados) Kanryo
Higaonna". O seu nome é sinónimo de Okinawa, artes marciais e Naha-Te. O seu espírito está
destinado a viver para sempre como um grande valor da cultura de Okinawa.
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CONHECENDO O DOJO:

O Dojô, e seus procedimentos:

O Dojô é o lugar onde se pratica o Karate-Do. Esta palavra é oriunda do Budismo e significa
“Lugar da Iluminação”. São de suma importância à hierarquia existente nos Dojôs e as normas e
procedimentos necessários para seguir um caminho de evolução dentro dele.

Vamos mostrar como exemplo, os aspectos técnicos de aprendizagem do Karate-Do em um


Dojô. Com o estabelecimento de normas e procedimentos teremos um ensino de qualidade,
embasados em profundos conceitos filosóficos. O Dojo-Kun, é o lema do karate, são os princípios
que norteiam e dirigem o karateca dentro de seu aprendizado. Em um Dojô, o Dojo-Kun deve ser
colocado por escrito no Kamiza, na parte frontal do Dojô, ao lado direito do Kamizama ou abaixo
dele. O Kamizama é o nome do templo, geralmente feito de madeira, que representa a nossa
ligação com o Oriente, a linhagem do Karate, o espírito das artes marciais. Devemos colocá-lo no
Kamiza, região frontal e central do Dojô. Deve ficar de preferência longe da porta de entrada para
não ter contato com influências negativas que venham a adentrar ou se posicionar na entrada do
Dojô. É recomendável que, durante a saudação final da aula, depois do Mokussô,o aluno mais
graduado depois do Sensei ou um dos alunos, escolhido pelo Sensei, deve falar o Dojo-Kun em
voz alta, clara e pausada para auxiliar a concentração e facilitar a reflexão sobre os princípios.
Cada lema deve ser repetido por todos os alunos.

São eles:

DOJO KUN
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DOJO KUN – O LEMA DO KARATE

HITOTSU - JINKAKU KANSEI NI TSUTOMURU KOTO


Primeiro. Esforçar-se para formação do caráter.

HITOTSU - MAKOTO NO MICHI WO MAMORU KOTO


Primeiro. Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão.

HITOTSU - DORYOKU NO SEISHIN O YASHINAU KOTO


Primeiro. Criar o intuito de esforço.

HITOTSU - REIGI O OMONZURU KOTO


Primeiro. Respeito acima de tudo.

HITOTSU - KEKKI NO YU O IMASHIMURU KOTO


Primeiro. Conter o espírito de agressão.

Quando você lê o Kun (mandamentos) provavelmente notará algo.


Cada linha começa com primeiro, porque? Por que não segundo, terceiro, quarto e quinto?
O mestre Funakoshi entendia que nenhum item do Kun fosse mais importante que o outro. Por isso,
cada item foi numerado como sendo o primeiro.

Procedimentos para a Aula no Dojô:

 Pontualidade: A aula deve começar sempre pontualmente. Isso demonstra


responsabilidade e comprometimento. O aluno que chegar depois do ritual do cumprimento
deve se colocar em posição seiza na entrada do Dojô e fazer zazen até o professor
autorizá-lo a entrar.

 Posicionamento no Dojô: Os alunos, sob o comando de início da aula do professor,


devem se posicionar pela hierarquia do Dojô em posição Seiza:
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o Kamiza: O Sensei que comandará a aula se posicionará em frente ao Kamizama.


Este lugar é denominado Kamiza e é destinado ao mestre e seus convidados de
honra.
o Joseki: Os Professores Assistentes devem se posicionar entre a porta de entrada e
o Kamizama. São os homens de confiança do Sensei e possuem conhecimentos
para substituí-lo numa eventual necessidade. Este lugar é denominado Joseki.
o Shimoza: Os karatecas deverão perfilar na posição seiza, em ordem hierárquica, no
lado em frente ao mestre, olhando para ele, sendo que os alunos mais graduados
devem ficar mais a esquerda do mestre. Este lado é chamado de Shimoza.
o Shimoseki: os alunos menos graduados sentarão do lado à direita do mestre
chamado shimoseki.
o Obs.: Aqueles que porventura tenham alguma lesão que o impeçam de ficar na
posição Seiza (ajoelhados, sentados sobre os calcanhares) devem adotar a posição
Agura ( pernas cruzadas).
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CONTINUANDO OS NÚMEROS EM JAPONÊS


Os números em japonês seguem uma lógica muito simples. Eu diria que, pra uma pessoa
que não sabe nem japonês e nem português, aprender a contar até 9.999 em japonês é muito
mais fácil do que aprender a contar até 99 em português. Calma aí, já te explico o porquê! Antes
disso, vamos começar contando até 10 em japonês:

1 一 ichi (se lê “iti”)


2 二 ni
3 三 san
4 四 shi ou yon
5 五 go
6 六 roku (o “ro” se lê como em “couro”, não como em “carro”)
7 七 shichi (se lê “shiti”) ou nana
8 八 hachi (se lê “hati”)
9 九 kyuu ou ku
10 十 juu

Daí você me pergunta: por que está escrito “chi” se é pra ler “ti”? Faço isso porque estou
seguindo o sistema hepburn, que é um do padrões que existem para a romanização das
palavras japonesas. Existem outros padrões, mas este é o que eu estou mais acostumado e
também é o mais utilizado no mundo (segundo o wikipedia). Agora, voltando à lógica dos
números. É muito simples. Agora você já sabe falar 2 (ni), certo? E você também sabe 10 (juu).
Parabéns, agora você já sabe falar 12 (juu ni)! E de brinde ainda leva o 20 (ni juu). Já consegue
imaginar como se fala 22? ni juu ni! É assim que funciona! Mais alguns exemplos:

40 = yon juu (4 10)


43 = yon juu san (4 10 3)
90 = kyuu juu (9 10)
97 = kyuu juu nana (9 10 7)
58 = go juu hachi (5 10 8 )
71 = nana juu ichi (7 10 1)
39 = san juu kyuu (3 10 9)

Por que eu acho isso mais simples do que em português? Talvez você nunca tenha
pensado nisso porque já sabe contar em português desde criancinha. Em português, quando
chegamos na casa dos 1000, a lógica é a mesma da contagem em japonês. 2000 = “dois mil”,
3000 = “três mil”, e assim por diante. Mas 300 não podemos falar “três cem”. E nem 30, “três dez”.
É como se em português todos esses números dos grupos de 10 e de 100 fossem irregulares!
Imagina pra um estrangeiro aprender isso: é uma palavra nova pra “vinte”, outra palavra pra
“trinta”, outra pra “quarenta”, etc. Já em japonês esses números seguem a mesma lógica. Agora
que você sabe contar até 10, sabe contar até 99. Falando em irregulares, infelizmente não é essa
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maravilha toda. Existem alguns irregulares em japonês também. Para 100 (hyaku) e 1000 (sen –
curioso: se lê “cem”) a lógica é a mesma, porém fique atento nas linhas destacadas:

Números maiores

100 百 hyaku 1000 千 sen


200 二百 ni hyaku 2000 二千 ni sen
300 三百 san hyaku 3000 三千 san zen
400 四百 yon hyaku 4000 四千 yon sen
500 五百 go hyaku 5000 五千 go sen
600 六百 roppyaku 6000 六千 roku sen
700 七百 shichi hyaku ou nana hyaku 7000 七千 shichi sen ou nana sen
800 八百 happyaku 8000 八千 hassen
900 九百 kyuu hyaku 9000 九千 kyuu sen

Mais alguns exemplos, agora com esses números maiores. Nos dois primeiros exemplos
coloquei uma ajudinha.
3785 = san zen (3000) nana hyaku (700) hachi juu (80) go (5)
1983 = sen (1000) kyuu hyaku (900) hachi juu (80) san (3)
359 = san byaku go juu kyuu
8888 = hassen happyaku hachi juu hachi (olhe os irregulares!)
127 = hyaku ni juu nana.

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