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SÍNDROME DO PÂNICO

ILUSTRANDO
Você pode imaginar o que é sentir isto ?
“De repente os olhos embaçaram, eu fiquei tonto, não conseguia
respirar, me sentia fora da realidade, comecei a ficar com pavor
daquele estado, eu não sabia aonde ia parar, nem o que estava
acontecendo…”
” …era uma coisa que parecia sem fim, as pernas tremiam, eu não
conseguia engolir, o coração batendo forte, eu estava ficando cada
vez mais ansiosa, o corpo estava incontrolável, eu comecei a
transpirar, foi horrível…”
“Depois da primeira vez eu comecei a temer que acontecesse de
novo, cada coisa diferente que eu sentia e eu já esperava… ficava
com medo, não conseguia mais me concentrar em nada… deixei de
sair de casa, eu não conseguia nem ir trabalhar.”
“Quando começa eu já espero o pior, “aquilo” é muito maior do que
eu, o caos toma conta de mim, é como uma tempestade que passa
e deixa vários estragos… principalmente eu me sinto arrasado. Eu
sempre fico com muito medo de que aquilo ocorra de novo… minha
vida virou um inferno.”
Por estes relatos de diferentes pessoas que sofrem de Síndrome
do Pânico, é possível identificar o grau de sofrimento e impotência
que estas pessoas sentem..
Parece haver algo errado com o corpo, que reage de modo
“estranho“, “louco“. Porém os exames clínicos não detectam nada
de anormal.
Como entender?
Nas crises de Pânico o corpo reage como se estivesse frente a
uma ameaça, com sintomas como taquicardia, respiração curta,
tremor etc – numa estado de “medo sem saída”. Como não há
nenhum ameaça no ambiente que justifique estas reações, a
mente se volta para as reações do corpo como se estas fossem
perigosas, disparando pensamentos catastróficos, imaginando as
piores consequências desta aparente perda de controle.
Vamos compreender o que acontece e como se pode sair desta
armadilha.

O QUE É SÍNDROME DO PÂNICO ?


A Síndrome do Pânico é um transtorno psicológico caracterizada
pela ocorrência de inesperados ataques de pânico e por uma
expectativa ansiosa de ter novos ataques (ou crises de pânico).
As crises de pânico – ataques de pânico – consistem em períodos
de intensa ansiedade, geralmente com início súbito
e acompanhados de uma sensação de catástrofe iminente. A
freqüência das crises varia de pessoa para pessoa e a duração
também é variável, geralmente durando alguns minutos.
As crises de pânico apresentam pelo menos quatro dos treze
seguintes sintomas: (1) palpitação ou taquicardia, (2) sudorese, (3)
tremores, (4) sensação de falta de ar, (5) sensação de asfixia, (6)
dor ou desconforto toráxico, (7) náusea ou desconforto abdominal,
(8) sensação de desmaio/tontura/instabilidade (9) calafrios
ou ondas de calor (10) dormências ou formigamentos, (11)
desrealização (sentimento de irrealidade) e/ou despersonalização
(sentir-se fora de si), (12) medo de enlouquecer ou perder o
controle e (13) medo de morrer.
Enquanto na Fobia a pessoa teme uma situação ou um objeto
específico fora dela, como na fobia de altura, por exemplo, na
Síndrome do Pânico a sensação é de que o perigo vem de
dentro. Frente ao corpo aparentemente descontrolado, há
uma sensação de descontrole e uma interpretação catastrófica
das reações corporais, como sendo perigosas.
Há quatro tipos principais de pensamentos catastróficos que
aparecem nas crises de pânico: (1) de perda o controle, (2) de
que se vai desmaiar, (3) que vai morrer e/ou (4) que
está enlouquecendo. Ao ser dominada por estes pensamentos
catastróficos negativos, a pessoa fica aprisionada na dinâmica da
Síndrome do Pânico.
Com a repetição das crises surge um medo de ter novas crises de
pânico, um fenômeno denominado ansiedade antecipatória. É
comum a pessoa começar um processo de evitação, restringindo
sua vida para tentar evitar que “aquilo volte”. Ela começa evitando
certos lugares e fazer determinadas coisas, numa tentativa de
evitar uma crise, o que vai limitando sua vida pessoal
e profissional.
Muitas pessoas com pânico também apresentam sintomas de
agorafobia. A agorafobia é um estado de ansiedade relacionado a
estar em locais ou situações onde escapar ou obter ajuda seria ser
difícil caso a pessoa tenha um ataque de pânico. É mais comum
ocorrer em espaços abertos, em ambientes cheios de gente, em
lugares pouco familiares e quando a pessoa se afasta de casa.
Pode incluir situações como estar sozinho, estar no meio de
multidão, estar preso no trânsito, dentro do metrô, num
shopping, etc.
As pessoas que desenvolvem agorafobia geralmente se sentem
mais seguras com a presença de alguém de sua confiança e
acabam elegendo alguém como companhia preferencial. Este
acompanhante funciona como um “regulador externo” da
ansiedade, ajudando a pessoa a se sentir menos vulnerável a uma
crise de pânico.
AS QUESTÕES ESSENCIAIS
O Início das Crises de Pânico
Qualquer um está sujeito a um eventual ataque de pânico, quando
exposto a um estresse muito alto, quando inundado por
emoções intensas ou vivendo situações que levem a estados
de vulnerabilidade e desamparo. Assim muitas pessoas tem uma
crise de pânico isolada, sem desenvolver um padrão de crises
repetidas que caracteriza a Síndrome do Pânico.
Na Síndrome do Pânico, a partir de uma crise inicial de pânico a
pessoa começa a apresentar crises repetidas, sentindo-se
insegura e temendo a ocorrência de novas crises (ansiedade
antecipatória).
Há alguns fatores que contribuem para uma pessoa vir a
desenvolver Síndrome do Pânico.
Pesquisas mostram que eventos de vida difíceis nos dois anos de
vida anteriores as primeiras crises podem contribuir para
desencadear o processo. Estes eventos podem ser de vários tipos
como separação, doença, perdas, violência, traumas, crises
existenciais, crises profissionais e outras mudanças importantes.
Há fatores que também podem acentuar a vulnerabilidade ao
desenvolvimento da Síndrome do Pânico, como ter nascido com um
temperamento ansioso, ter apresentado ansiedade de separação
na infância ou ter sido criado por pais que não ajudaram a criança
a se sentir emocionalmente segura.
As pessoas que desenvolvem Síndrome do Pânico costumam
apresentar certa precariedade no processo de auto-regulação
emocional. Elas ficam ansiosas e não desenvolveram bem recursos
internos para se voltar a se regular. Veremos as razões disso
abaixo.
As primeiras crises de pânico acabam sendo vividas
como experiências traumáticas, ficando registrada no circuito
específico de memória implícita – memória emocional – que passa
a disparar a mesma reação automaticamente, sem a participação
da consciência. Sempre que aparecem algumas
condições similares no corpo, na mente ou no ambiente, dispara-se
uma nova crise de pânico.
Uma combinação destes fatores contribui para que alguém possa
desenvolver Síndrome do Pânico.

Medo das Reações do Corpo


Na Síndrome do Pânico, várias reações do corpo que estavam
presentes nos primeiros ataques de pânico ficam associadas a
perigo e passam, a partir daí, a funcionar como disparadores de
novas crises.
Geralmente as crises de pânico se iniciam a partir de um susto –
consciente ou não – em relação a estas reações. Sempre que as
reações do corpo reaparecem, dispara-se automaticamente
ansiedade e pode se iniciar uma crise de pânico.
As reações corporais temidas podem ser variadas como as batidas
do coração, falta de ar, tontura, formigamento, enjoo,
escurecimento da visão, fraqueza muscular etc.
Numa crise de pânico a pessoa reage frente aquilo que seu
cérebro interpreta como um perigo. Não há um perigo
real, apenas uma hiperativação do circuito do medo que dispara
um alarme na presença de algumas reações corporais que ficaram
associadas a perigo.
A presença destes gatilhos corporais pode disparar
ansiedade mesmo quando a pessoa não tem consciência
deles. Pesquisas apontam, por exemplo, que numa crise de pânico
noturna, estados corporais que ficaram associadas a perigo
surgem com a pessoa ainda dormindo e disparam uma reação de
ansiedade que acorda a pessoa, muitas vezes já tendo uma crise.
Um dos focos do tratamento é enfraquecer esta associação onde
algumas reações do corpo representam perigo, começando uma
crise de pânico
É comum a pessoa viver ansiosamente o que poderia ser vivido
como sensações e sentimentos variados. Numa situação que
poderia despertar alegria, a pessoa se sente ansiosa; numa
situação que provocaria raiva ela também se sente ansiosa.
Qualquer reação interna ou sentimento pode disparar reações de
ansiedade.
A pessoa faz constantes interpretações equivocadas e
catastróficas de suas reações e sensações corporais, achando que
vai ter um ataque cardíaco, que está doente, que vai desmaiar, que
vai morrer, que vai enlouquecer etc.
Esta perda de discriminação da paisagem interna compromete
seriamente a vida da pessoa, pois esta se sente constantemente
ameaçada por suas próprias reações corporais. O corpo passa a
ser a maior fonte de ameaça. Perder a confiança no funcionamento
do corpo produz um forte sentimento de vulnerabilidade.

Curto-circuito Corpo-Emoção-Pensamento
Podemos identificar a emoção de medo/ansiedade ocorrendo em
três níveis:
– como reações fisiológicas: alterações nos batimentos cardíacos,
na pressão sanguínea, hiperventilação, suor, etc
– como reações emocionais: ansiedade, medo, apreensão,
desamparo, desespero etc
– como reações cognitivas: preocupação, pensamentos negativos,
ruminações etc
O estado emocional de ansiedade é acompanhado de reações
fisiológicas como taquicardia e respiração curta, por
exemplo. A pessoa tende a interpretar estas reações como
perigosas – sinal de doença, de catástrofe iminente, etc. Estas
interpretações, na forma de pensamentos catastróficos, acabam
por gerar mais emoção de ansiedade, o que por sua vez aumenta
as reações fisiológicas que vão reforçar os pensamentos
catastróficos.
Cria-se assim um curto-circuito infindável onde as reações
fisiológicas naturais de medo/ansiedade são interpretadas
equivocadamente como perigosas, o que acaba por produzir mais
ansiedade, que por sua vez alimenta os pensamentos
catastróficos, num processo sem fim. Enquanto a pessoa não
interromper este curto-circuito ela não consegue se livrar das
crises de pânico.

Prisioneiro do Futuro
A ansiedade é uma emoção de expectativa de perigo, de uma
ameaça que pode ser difusa, não claramente identificada. A mente
ansiosa acaba imaginando cenários, se projetando em situações
sentidas como potencialmente ameaçadoras: “e se… e
se acontecer… eu vou passar mal…”.
O estado de ansiedade leva a automatismos no processo de
atenção e pensamento. A atenção passa a se deslocar
descontroladamente, monitorando o corpo e o ambiente em busca
de algo que possa representar perigo. O enfraquecimento da
capacidade de controle voluntário da atenção está relacionado à
dificuldade de concentração frequentemente relatada pelas
pessoas ansiosas.
Sob ansiedade a mente é tomada por um fluxo intenso de
preocupações, pensamentos negativos e ruminações e há pouco
domínio da mente.
Assim, o ansioso vive boa parte do tempo tomado de expectativa
ansiosa e tem dificuldade de se sentir presente e inteiro no
momento atual.
Neste contexto, criar presença e fortalecer a atenção são focos
importantes no tratamento.

Auto-Regulação
Observa-se que nas pessoas com Síndrome do Pânico a função de
auto-regulação não está bem desenvolvida. No início da vida, a
regulação pelo vínculo será o modelo a partir do qual se
desenvolverá posteriormente a capacidade auto-regulação
emocional. Inicialmente a mãe ajuda a regular o corpo da criança
até que o corpo um pouco mais maduro possa se auto-regular. A
mãe acalma a criança assustada, pegando-a no colo, dirigindo-lhe
palavras num tom de voz sereno, ajudando deste modo a diminuir a
ansiedade e a agitação da criança.
É comum as pessoas que desenvolvem Pânico terem
tido experiências vinculares problemáticas, que atrapalham
o desenvolvimento desta capacidade de auto-regulação, criando
uma pequena janela de tolerância à excitação interna. A pessoa se
sente facilmente ansiosa, vulnerável e desamparada frente as
reações que dominam o seu corpo, sem saber como apagar o fogo
que arde dentro de si. É comum solicitar a presença de
alguém para trazer segurança. Assim se busca compensar a
dificuldade de auto-regulação através de uma regulação pelo
vínculo.

TRATAMENTO
Objetivos Principais
Há algumas diretrizes importantes para o tratamento da Síndrome
do Pânico:
1 – Etapa Educativa: compreender o que é o Pânico, assumindo a
atitude certa para lidar com a ansiedade e as crises
Os sintomas do pânico são mais difíceis de lidar enquanto não são
compreendidos. A crise de pânico é um estado de intensa
ansiedade, na qual o corpo reage como se estivesse sob ameaça e
sem saída. A mente interpreta este estado interno como perigoso,
gerando pensamentos negativos, fantasiando uma catástrofe, o
que vai alimentando as reações de pânico.
Nesta etapa vamos aprender o que é a ansiedade, o que ocorre
numa crise de pânico, compreender as reações do corpo como
tentativa de sair do estado de ameaça congelada que acabam
sendo mal interpretadas como ameaças internas, gerando mais
congelamento e ansiedade. Temos que esclarecer o papel do curto-
circuito emoção-corpo-pensamento na criação e manutenção do
pânico.
2 – Auto-gerenciamento: desenvolvendo a capacidade de regulação
emocional
A pessoa com pânico precisa desenvolver uma melhor capacidade
de regulação emocional, permitindo e facilitando os recursos
naturais de auto-regulação do seu corpo e
aprendendo estratégias para influenciar positivamente seu estado
emocional.
Através do rastreamento das reações somáticas é possível
identificar e facilitar os processos que o corpo precisa para sair do
estado de ameaça sem saída, que caracteriza o pânico.
Precisamos rastrear, reconhecer e facilitar as tentativas do corpo
descongelar através de tremores, movimentos inacabados e
expressões emocionais.
Este processo é facilitado pelo aprendizado de técnicas de auto-
gerenciamento. Utilizamos um repertório de técnicas de auto-
gerenciamento que incluem trabalhos
respiratórios, trabalhos com atenção e presença (Mindfulness,
Open Focus Brain), técnicas visuais (convergência binocular
focal), reorganização da forma somática através do Método dos
Cinco Passos, técnicas de relaxamento etc. Estas técnicas influem
sobre os estados internos, ampliando a capacidade de auto-
regulação.
3 – Aumentar a janela de tolerância à excitação interna
A pessoa com pânico tende a interpretar muitas reações de seu
corpo como se fossem sinais catastróficos, indicadores de um
perigo iminente, como desmaio, morte, perda de controle etc. É
necessário enfraquecer esta associação automática corpo-perigo
e ajudar a desenvolver uma nova relação com as reações
somáticas.
Para ajudar aumentar a janela de tolerância em relação ao que é
sentido somaticamente, utilizamos dois caminhos básicos.
(1) Técnicas de atenção dirigida às reações do corpo sem
interferência – observação quase neutra – permitindo acompanhar
os processos naturais da emoção e da regulação somática.
(2) Técnicas de exposição interoceptiva, onde utilizamos exercícios
cuidadosamente graduados de produção intencional das reações
corporais temidas.
Estes recursos ajudam na compreensão das reações do corpo que
podem parecer “ameaçadoras” mas que muitas vezes são
tentativas do corpo sair de um estado paralisado de ameaça. Ao
invés de serem combatidas, estas reações deveriam ser apenas
acompanhadas para que o processamento somático permita a
saída do estado de perigo congelado.
4 – Trabalhar com os pensamentos automático negativos
Sob estado de ansiedade a pessoa é inundada de distorções
cognitivas, com pensamentos que projetam cenários futuros
catastróficos e interpretando as sensações em seu corpo como
sinais de perigo iminente.
É importante trabalhar no desenvolvimento da capacidade de auto-
observação identificando e diferenciando-se dos pensamentos
catastróficos que derivam da ansiedade e contribuem para se criar
mais ansiedade. Neste processo se aprende a observar e
reconhecer os padrões de pensamentos e as expectativas
catastróficas sem ser dominado por eles. Aprende-se a ancorar o
ego no “eu que observa” e não no tumultuoso “eu que pensa”.
5 – Processar as memórias traumáticas
Assim como as primeiras crises de pânico podem ter se
constituído como experiências traumáticas, reativando sua intensa
carga emocional a cada nova crise, os eventos traumáticos
anteriores da história de vida podem estar se reeditando nas
experiências atuais de pânico, mantendo a pessoa aprisionada no
processo de ansiedade e crises. Muitos casos de Síndrome do
Pânico tidos como resistentes e difíceis só podem ser superados
quando se faz o processamento de memórias traumáticas. Para
isso utilizamos as técnicas de EMDR e Brainspotting.
Os melhores resultados são obtidos por um tratamento que
contemple todos estes objetivos: a compreensão do processo do
pânico, o desenvolvimento da capacidade de auto-regulação, o
aumento da janela de tolerância, o trabalho com os pensamentos
automáticos negativos e o processamento das memórias
traumáticas.
Uma combinação destes objetivos é a melhor solução para um
tratamento eficaz da Síndrome do Pânico.

Sobre a Medicação
Os remédios podem ser recursos auxiliares importantes para o
controle das crises de pânico, trabalhando conjuntamente com a
psicoterapia para ajudar na superação da Síndrome do Pânico.
Porém, há algumas ponderações sobre a sua utilização . Primeiro,
é necessário ter claro que os remédios não ensinam. Eles não
ensinam à pessoa como ela própria pode influenciar seus estados
internos e assim a superar o sentimento de impotência que o
pânico traz. Não ensinam a pessoa a compreender os sentimentos
e experiências que desencadeiam as crises de pânico. E não
ajudam a pessoa a perder o medo das reações de seu corpo e a
ganhar uma compreensão mais profunda de seus sentimentos. Os
remédios – quando utilizados – devem ser vistos como auxiliares do
tratamento psicológico.
Algumas pessoas optam por um tratamento conjugado de
medicação e psicoterapia enquanto outras optam por tratar o
pânico somente com uma psicoterapia especializada. Na
psicoterapia especializada utilizamos técnicas de auto-
gerenciamento – para manejar os níveis de ansiedade e controlar
as crises – e ao mesmo tempo trabalhamos as questões
psicológicas envolvidas. A opção mais precária seria tratar o
pânico somente com medicação, visto que o índice de recaídas é
maior quando há somente tratamento medicamentoso do que
quando há também um tratamento psicológico. Os remédios mal
administrados podem acabar mascarando por anos o sofrimento ao
invés de ajudar a pessoa a superá-lo.
Atualmente é possível tratar a pessoa com Síndrome de Pânico
sem a utilização de medicação e temos obtido bons resultados
tanto com pessoas que estão paralelamente tomando medicação
como com aquelas que preferem não tomar remédios.
Melhora: Um Horizonte Possível
Para uma pessoa ficar boa do Pânico não basta controlar as crises,
é necessário integrar as sensações e sentimentos que estavam
disparando as crises e assim superar o estado interno de
fragilidade e desamparo.
A melhora advém quando a pessoa torna-se capaz de sentir-se
identificada com seu corpo, capaz de influenciar seus estados
internos, sentindo-se conectada com os outros à sua volta,
podendo lidar com os sentimentos internos, se reconectando com
os fatores internos que a precipitaram no Pânico e podendo lidar
com eles de um modo mais satisfatório.
Superar a experiência da Transtorno de Pânico pode ser uma
grande oportunidade de crescimento pessoal, de uma retomada
vital e contemporânea do processo psicológico de vida de cada
um.

O psicólogo Artur Scarpato participou de um programa no


canal GNT falando sobre Ansiedade e Síndrome do Pânico.
Assista agora os melhores momentos do programa.
“Desenvolvemos um tratamento especializado para pessoas
com Síndrome do Pânico desde 1995. É um tratamento que visa
superar as crises de pânico, agindo
sobre os processos responsáveis pelo início, manutenção e
recaída nos ataques de pânico. Além de ajudar a pessoa a
desenvolver recursos de regulação emocional é necessário
aumentar sua tolerância interna, superando o medo das reações
do corpo. Temos que trabalhar os traumas psicológicos
que mantém o pânico ativo. Visamos desconstruir o mecanismo do
pânico, criando outros modos de lidar com os estados de
vulnerabilidade e desamparo que disparavam o processo. Este é o
diferencial de uma abordagem especializada”. Artur Scarpato

Artur Scarpato: Psicólogo Clínico (PUC SP). Mestre em


Psicologia Clínica pela PUC SP. Especialista em Psicologia
Hospitalar pelo Hospital das Clínicas da USP e em Cinesiologia
Psicológica pelo Instituto Sedes Sapientiae. Terapeuta
certificado em EMDR. Desenvolve desde 1995 um tratamento
especializado para pessoas com Síndrome do Pânico.

Artur T. Scarpato – Psicologia Clínica – CRP 06/42113


Rua Artur de Azevedo, 1767
Pinheiros São Paulo SP
(Próx. da Av Rebouças e Metrô Fradique Coutinho)
Fone (011) 30675967
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Última atualização 19/02/2019

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